EFEITO DO EXTRATO BRUTO DE Trichilia catigua CONTRA CEPA DE HERPES SIMPLEX 1 RESISTENTE AO ACICLOVIR. Rechenchoski, D. Z.1*; Santos, F. F.1; Botura, T. J.1; Bomfim, W. A.1; Faccin-Galhardi, L. C.1; Mello, J. C. P.2; Nozawa, C.1; Linhares, R. E. C.1 1 Departamento de Microbiologia, Universidade Estadual de Londrina, Paraná, Brasil. 2 Departamento de Farmácia, Universidade Estadual de Maringá, Paraná, Brasil. *e-mail: [email protected] As infecções causadas pelo vírus herpes simplex (HSV) são muito comuns e apresentam grande importância médica e epidemiológica. Embora, normalmente benignas, em indivíduos imunossuprimidos o risco de infecções severas é alto. O aciclovir, por possuir um alto índice de seletividade, é o fármaco de escolha no tratamento dessas infecções. Entretanto, o número de indivíduos infectados com HSV resistente ao aciclovir tem aumentado significativamente. Nesse caso, uma opção terapêutica é o fosfonoformato, porém ele apresenta custo elevado, inconveniência de administração, que deve ser realizada em ambiente ambulatorial e também pode desencadear diversos efeitos colaterais como o comprometimento da função renal. Nesse contexto, o interesse em produtos de origem natural aponta para o desenvolvimento de agentes antivirais mais efetivos e com menos efeitos colaterais. Trichilia catigua, popularmente conhecida como catuaba, é uma planta nativa brasileira, com algumas propriedades medicinais como: anti-inflamatória e antimicrobiana. Portanto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do extrato bruto de Trichilia catigua contra cepa de HSV-1 resistente ao aciclovir. A citotoxicidade do composto foi avaliada pelo método do brometo de dimetil-tiazolil-difenil tetrazólio (MTT), em células Vero, cultivadas em placas de 96 poços e tratadas com diferentes concentrações do extrato de T. catigua. Já o ensaio antiviral foi realizado pela técnica de TCID 50. As células foram cultivadas em placas de 96 poços, à 37ºC com 5% de CO2, infectadas e tratadas com diferentes concentrações do extrato. Após 72 horas de incubação, submetidas à técnica de MTT para avaliação da viabilidade celular. A concentração citotóxica de 50% (CC 50) foi acima de 400μg/mL. No teste antiviral, as concentrações utilizadas foram de 200μg/mL, 100μg/mL, 50μg/mL, 25μg/mL e 12.5μg/mL. Na maior concentração testada o extrato inibiu 75,11% e na menor concentração 67,65%, mantendo a atividade antiviral. O extrato bruto de T. catigua demonstrou baixa citotoxicidade e uma boa atividade contra a cepa de HSV resistente ao aciclovir, apresentando-se como agente antiviral promissor. Palavras-chaves: Trichilia catigua, herpes simplex, resistência, aciclovir. Suporte financeiro: CAPES, CNPq, Fundação Araucária, PROPPG/UEL Área de conhecimento: Microbiologia Médica