Estudos acerca da história e cultura mosaicas: breve relato descrito Marcelo Rodrigues Parreiras1 Sumário 1) Introdução; 2) A época mosaica; 3) Moisés: o líder hebreu e seu caráter místico; 4) A história mosaica e do Êxodo; 5) Fatos dignos de nota; 6) Moisés e o Direito hebraico; 7) Considerações preliminares; 8) Webgrafia; 9) Bibliografia Resumo A história mosaica é repleta de teorias controversas e suposições, no entanto a grandeza do líder Moisés como mito ou como figura história é inegável e merece toda a atenção científica. Este artigo tem por objetivo expor os prismas culturais, históricos, jurídicos e religiosos da época, bem como relatar de forma objetiva a conhecida história do Pentateuco com a adição de informações científicas e controvérsias ao que é costumeiramente contado. Palavras-chave: Cultura mosaica, Mito de Moisés, Ciência do Pentateuco, Os setenta anciãos de Moisés, Normartividade hebraica 1) Introdução Moisés é tido como um dos maiores líderes das três principais religiões monoteístas: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Esse líder carismático era filho de hebreus – povo escravizado pelos egípcios – e foi criado pela irmã do faraó como se fosse seu próprio fruto. Aliando-se isso a conhecida história contada no Pentateuco, onde Moisés se compadece pela causa israelita e os lidera contra os egípcios pela liberdade e após rumo a Terra Prometida, chega-se ao senso comum da história mosaica. No entanto, esse líder (ou o personagem de seu mito) realizou ainda feitos grandiosos no campo jurídico e político. Esse e outros aspectos de sua história, tradição e legado são o objetivo deste artigo. 1 Bacharelando em Direito. E-mail: [email protected] 1 No tópico “A época mosaica” deste artigo é tecido um breve relatório quanto ao contexto das civilizações hebraica e egípcia no momento da vida de Moisés. Em sequência, em “Moisés: o líder hebreu e seu caráter místico” é realizado um perfil do líder hebraico. Já em “A história mosaica e do êxodo”, este artigo disponibiliza informações acerca dos feitos de Moisés em conjunto com os israelitas. Em “Fatos dignos de nota”, é elaborada uma síntese dos principais momentos da saga de Moisés e seus sábios anciãos. Ainda é feita uma análise jurídica em “Moisés e o direito hebreu”. 2) A época mosaica Para entender a época egípcia durante a vida de Moisés, é preciso entender antes o cronologia mais aceita de dominação da região do delta do rio Nilo. Durante o domínio hicso no Egito, os hebreus da região viviam em harmonia com os governantes. Há correntes que aceitam o fato de José e Jacó – outros personagens bíblicos – terem vivido e alcançado prosperidade política durante tais governos hicsos (que duraram cerca de 150 anos). Após este período, teria havido uma revolução de egípcios nativos que pôs fim no domínio hicso e fez dos governantes de Tebas os monarcas absolutos do Egito.2 A partir deste ponto, a situação complicou-se na relação entre egípcios e hebreus desencadeando a história mais conhecida de Moisés, que foi retirado de seu cesto de vime das águas pela filha do faraó e criado como egípcio. O faraó cuja irmã teria adotado Moisés seria, segundo a maior parte dos estudiosos – incluindo o bispo irlandês James Ussher – Ramsés II. Ramsés II foi o terceiro faraó da XIX dinastia egípcia. Conhecido como Ramsés, o Grande, este faraó foi o que deixou o maior legado de monumentos de toda sorte: desde cidades fundadas, passando por templos e tumbas. 3 3) Moisés: o líder hebreu e seu caráter místico 2 Wesley Alfredo Gawlinski de Arruda, na matéria Faraós do Egito e o Êxodo do website Arqueologia da Bíblia faz um relato sobre o contexto histórico e cultural da região do vale do rio Nilo. Acesso em 10/01/2015 no endereço <http://www.arqueologiadabiblia.com/2012/01/faraos-do-egito-e-oexodo.html> 3 O artigo Faraó do Êxodo disponível na enciclopédia eletrônica Wikipedia cita James Ussher como um dos teóricos a endossar a teoria de que Ramsés II foi o faraó na época do êxodo hebreu, através de sua obra Annals of the world. Acesso em 11/02/2014 no endereço <http://goo.gl/bZZd62> 2 Também não são unânimes as opiniões sobre as origens de Moisés. Ainda que difundida amplamente pelas regiões judaicas, cristãs e islâmicas, a tese de que o profeta teria sido um filho de hebreus criado entre a família real é refutada por diversos autores, sendo o mais notório deles o austríaco Sigmund Freud. As especulações de Freud sobre as origens egípcias também não eram tão novas como poderiam parecer. Goethe já havia especulado que Moisés podia ter sido assassinado, embora ele tivesse em mente um assassínio político cometido por um impaciente Josué. Antes de Freud, James Breasted e outros egiptólogos sustentaram que o monoteísmo provinha do Egito. Ao contrário da impressão que Freud deixa no leitor, a ascendência egípcia de Moisés não é novidade. Tal hipótese já foi sugerida por pessoas tão diversas quanto o sociólogo Max Weber, o apóstolo antissemita de Bayreuth Houston Stewart Chamberlain e, de forma ficcional, por Joseph Popper-Linkeus, tão apreciado por Freud [...] (YERUSHALMI, 1991/1992, p. 26) Entretanto, partindo pela tese mais difundida, Moisés foi criado como membro natural da família do faraó Ramsés II e instruído pelos maiores produtores de conhecimento da época. Além disso, recebeu ainda treinamento militar durante seu período de aprendizado. A HISTÓRIA MOSAICA E DO ÊXODO Antes de seguir uma linha de entendimento da possível existência de Moisés, é necessário que seja analisada a colocação de Henry Thomas sobre tais prospectos. Há quem negue a existência de Moisés, como há quem negue a de Homero, de Cristo ou dum inspirado Shakespeare. Incapazes de compreender os grandes homens, os pequenos homens do mundo procuram eliminá-los, provando que eles jamais existiram. Se Moisés não foi criado por Deus por sua omissão, criando eles próprios Moisés, pois os judeus precisavam de um tipo de homem extraordinário para organizá-los numa nação. O homem que conseguiu isso foi Moisés, seja como homem de carne e osso que viveu no Egito, seja como herói nacional fictício, que vive no coração de seu povo e que tantas vezes o leva através do deserto do desespero a novos deuses, a novas esperanças e a novas ações. (THOMAS, 1952, p. 30) 3 Portanto, devido a sua importância como inspiração e determinante influência na cultura judaica – em mito ou em real existência – a história de Moisés será aqui contada de acordo com a versão mais aceita, com adendos controversos quando couber à problematização do tema. De acordo com o Velho Testamento bíblico, Moisés teria nascido durante o conturbado período de inibição ao crescimento populacional judeu por parte dos egípcios. O faraó ordenou que todos os filhos de judeus nascidos fossem jogados ao rio Nilo. Seus pais conseguiram escondê-lo por determinado tempo, mas situação se tornou insustentável e o garoto foi solto ao rio em um cesto de vime, de onde foi resgatado pela filha do faraó.4 Henry Thomas, em sua obra “A história da raça humana” de 1952, opina ainda que seria possível até mesmo que Moisés fosse filho natural da irmã do faraó com um pai judeu, e dessa forma é confortável para ambas as civilizações que a história do Velho Testamento seja a tomada como verdadeira. Um fator que contribui para tal divergência é a própria origem do nome Moisés. O nome pode vir do hebreu e significar “retirado das águas”, ou ter origem egípcia e significar “filho de” (como Thutmoses é “filho de Thut” e Ramoses é “filho de Ra”). Moisés foi criado na presença de sua mãe e irmã biológicas, como ama de leite e cuidadora, respectivamente. Ainda foi iniciado nos ensinamentos egípcios como qualquer criança da nobreza faraônica. No entanto, na vida adulta, por sua natureza amigável e humilde, frequentemente estava junto ao povo, ao invés da comum reclusão ao âmbito real praticado pelos nobres. Em dado momento, em uma de suas incursões ao ambiente servil dos judeus, viu um soldado egípcio açoitando violentamente um escravo hebreu, e tomado por um acesso de raiva e compadecimento pelo servo, matou o soldado. Tal fato foi o suficiente para que Moisés fosse expulso do Egito e rumasse para a região de Midiã. Em Midiã, em contraste com sua vida de nobre egípcio, Moisés casou-se com Zípora, teve dois filhos e tornou-se pastor. Passados 40 anos, o fatídico episódio da sarça em chamas ocorre. Neste momento, Moisés teria recebido o chamado de Deus para resgatar seu povo do Egito e libertá-lo da escravidão, liderando-o para a Terra Prometida. Em uma análise psicológica desse evento, Henry Thomas considera que 4 Henry Thomas (1821-1862) chama a atenção para o fato de que a fantástica história do nascimento de Moisés não foi exatamente única em seus aspectos, e muito menos a primeira. O rei da Suméria, Sargão I, também foi encontrado numa arca, flutuando no rio. 4 Moisés tenha alcançado um contato com um deus que se mostrou preocupado com os pobres, que protege seu povo, mas que castiga seus inimigos sem dó, e não hesita em ser controverso em suas atitudes. Em resumo, seria um deus com os exatos defeitos e qualidades do próprio Moisés. Quando soube da morte do faraó e que agora o monarca egípcio era outro, Moisés enxergou a oportunidade da ação. Foi ao Egito e propôs ao novo faraó a liberdade do povo hebreu, que deveria ocupar Canaã, sua Terra Prometida. Diante da negativa do regente, teriam acontecido as conhecidas Pragas do Egito. E sobre suas causas e origens, há outro leque de controvérsias.5 Segundo a tradição veterotestamentária, após a praga da morte do primogênito, o faraó teria cedido ao pedido de liberdade dos hebreus e deixado que partissem. Estima-se que neste dia, deixaram juntos o Egito de 200.000 a 600.000 escravos judeus. Henry Thomas afirma que embora contada em termos gloriosos, a saída dos hebreus do Egito tenha sido um episódio insignificante na história da civilização egípcia. Isso porque não há registro algum desta miraculosa saída nos monumentos egípcios. A travessia do Mar Vermelho, mítica ou história, verdadeira ou falsa, significa a real liberdade do povo recém-retirante. Ao deixar o Egito e partir rumo a Canaã pelo Mar Vermelho esta civilização conhece o princípio de sua independência e de seu legado, que perdura até os dias de hoje. No início, Moisés destacou juízes dentre sua nação para cuidar da organização. Entretanto, no final de sua vida destacou 70 anciãos – dentre líderes e os próprios juízes – para auxiliá-lo na liderença. O líder maior foi notório ainda no campo jurídico. Além da natural aptidão para administrar os problemas de tamanho contingente populacional, teve nos Dez Mandamentos um padrão normativo de importância comparável ao Código de Hamurabi da Mesopotâmia. Quer tenham sido escritos por Deus ou apenas concebidos por Moisés, a escolha do Monte Sinai não poderia ter sido mais acertada. A influência do código deveria exceder os limites de sucesso para que Moisés não tivesse problemas. A 5 O estudioso Kemal Menemencioglu publicou o artigo The Exodus: The true story of Moses and the pharaoh according to Velikovsky, no qual ele dá explicações científicas e controversas a diversos episódios da história bíblica de Moisés, como a abertura do Mar Vermelho e as Pragas do Egito 5 simbologia da elaboração dessas leis é de o fator que se pode destacar em sua aceitação pelos hebreus. Moisés concluiu o objetivo de liderar o povo judeu para Terra Prometida – Canaã – e morreu quando avistou o território. Ali, os israelitas continuaram a escrever sua história. Tendo sido apenas inspirados pelo mito mosaico ou realmente liderados por ele, fato é que o sucesso de sobrevivência dessa civilização ao longo dos séculos é inegável e pode ser atribuído a ele. FATOS DIGNOS DE NOTA Para analisar os feitos de Moisés e seu grupo de líderes, que refletiu na história milenar judaica, é preciso dividir esse legado em diferentes focos. Dessa maneira, serão analisados o prisma cultural, o do campo da política em conjunto com o Direito e o religioso. Quanto à seara cultural: a Moisés é garantido o título de mais importante líder da história judaica, além de sua importância nas religiões cristã e islâmica. Após renegar sua criação egípcia e abraçar as origens hebreias, Moisés liderou uma nação extremamente numerosa pelo deserto por décadas até que a Terra Prometida fosse alcançada. Isso só foi possível por sua influência sobre seus comandados, pois tratava-se de um líder carismático. A sabedoria de Moisés na condução de todos os problemas que acometiam seu povo hoje é venerada por práticas religiosas e motivo de estudos por parte de diversas personalidades expoentes nos campos científico e artístico. Sigmund Freud baseou-se na fascinante e simbólica história mosaica para escrever uma de suas maiores obras: “Moisés e o monoteísmo”, de 1939. Esta obra, além de explorar o campo histórico, expondo controvérsias e as teorias de Freud a seu respeito, também é base de estudo da psicanálise. Freud foi inspirado por outra obra grandiosa: o Moisés de Michelangelo. Feita em escultura, a imagem de Moisés adorna a Basílica de São Pedro no Estado do Vaticano e representa o líder logo após a sua descida do Monte Sinai, onde Deus o teria passado as bases dos Dez Mandamentos. Outra obra grandiosa a respeito de Moisés é a ópera inacabada de Arnold Schoenberg: “Moisés e Arão”. Nesta ópera, são enaltecidas a construção do grande 6 líder para os judeus e suas façanhas ao vencer dificuldades para manter seu povo crente em um deus invisível. Já no campo cinematográfico, podem ser destacadas como as duas principais obras o filme americano “Os Dez Mandamentos” - de Cecil DeMille, lançado em 1956 e no qual Moisés é o personagem central interpretado pelo ator Charles Heston – e a obra também americana “Êxodo: Deuses e Reis” de 2014, que conta a história de Moisés com foco importante na cultura egípcia e suas disputas com Ramsés II. Neste último, o líder é interpretado pelo ator Christian Bale. Sobre a herança jurídico-política: tendo sido escravizado por séculos no Egito, é natural que o povo hebreu tenha oferecido grande resistência a qualquer tipo de organização no momento em que deixou o Egito. Isso porque a organização e a noção de hierarquia demandam ensinamentos básicos, o que naturalmente não foi oferecido aos judeus durante o tempo em que habitaram o delta do rio Nilo. Além disso, partindo do contingente de 200.000 a 600.000 pessoas, a missão só se torna ainda mais difícil. É exatamente por isso que os Dez Mandamentos de Moisés podem ser considerados tão importantes para os hebreus como o Código de Hamurabi foi para os mesopotâmios. A simbologia utilizada para a concepção desse código não poderia ter sido mais acertada para sua aceitação: Moisés subiu ao Monte Sinai e lá Deus teria escrito com seu próprio dedo em duas tábuas de pedra os dez mandamentos primordiais ao seu povo. Por seu caráter cívico e moral, os Dez Mandamentos vão além do reduto hebreu daquela época. Tendo sido capaz de manter ordenada e temente toda uma nação, essas instruções são válidas até os dias de hoje nas mais variadas formas de civilização – independentemente da religião seguida. O mandamento mais relevante é o 5º: “não furtarás”. Nele consiste a ideia de respeito ao próximo, de respeito ao patrimônio espiritual ou material deste próximo, sendo fundamental para que a organização do contingente judeu fosse efetiva. 6 Talvez o legado de observação mais fácil no que diz respeito a Moisés seja o do campo religioso. Moisés é confluente no Islamismo, no Judaísmo e, consequentemente, no Cristianismo. 6 O filósofo prussiano Immanuel Kant (1724-1804) formulou um pensamento análogo, o imperativo categórico, que diz: “não faça a outrem o que não gostaria que fosse feito a ti”. 7 No Islamismo, a importância do líder mosaico pode ser aferida simplesmente pelo fato de ser o indivíduo mais vezes citado em todo o Alcorão. Sua vida também é contada com mais riqueza de detalhes do que a de qualquer outro profeta islâmico. Moisés é definido no Alcorão como profeta e mensageiro simultaneamente, ou seja, além de ser uma liderança religiosa, ele também foi responsável por conceber escrituras e leis ao seu povo. Para o Judaísmo e a religião que deste derivou, o Cristianismo, a influência e importância da figura mosaica é ainda mais nítida. Tendo sido Moisés um líder hebreu e o responsável pela escritura do Pentateuco, ele é considerado uma das figuras icônicas destas religiões, que têm em suas tradições e ritos alusões diretas à figura, história e cultura mosaica. CONSIDERAÇÕES FINAIS A saga de Moisés como figura real ou como mito é, sem dúvidas, uma das mais fascinantes que se tem conhecimento. Não porque é um dos pilares da religião dominante no Brasil e de outras com grande poder de influência em todo o mundo. A grandeza mosaica advém da trajetória repleta de percalços; tendo sido essas dificuldades contornadas com a ajuda de divindades ou não, a liderança e pioneirismo são inegáveis. Ao estudar a história mosaica, é impossível evitar o fascínio pelos mistérios que rondam todos os relatos. Somando-se à já saturada de mistérios história egípcia, a história de Moisés ainda acrescenta tons de controvérsias que podem ratificar feitos impensáveis nos tempos de hoje que são contados por judeus, cristãos e islâmicos, ou servir de fonte para céticos. Isso porque não faltam estudos interessantes produzidos pelas correntes religiosas e contestadoras. Além disso, estudar o período histórico mosaico e as culturas de israelitas e egípcias através da pesquisa serve ao interessado conhecimento suficiente para sair do senso comum e entender como ferramentas administrativas e jurídicas que hoje parecem normais foram extremamente avançadas e inovadoras quando aplicadas a esses povos. Portanto, a aceitação não de um líder espiritual ou simplesmente de um homem com capacidades acima da média são os pontos importantes no estudo mosaico. A verdadeira experiência é o conhecimento de atitudes tomadas, seja pelo homens que 8 criaram o mito ou pelo próprio Moisés, que foram capazes de revolucionar a história de civilizações inteiras. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DE ARRUDA, W. A. G. Faraós do Egito e o Êxodo. Disponível em <http://www.arqueologiadabiblia.com/2012/01/faraos-do-egito-e-o-exodo.html>. Acesso em 15/01/2015 USSHER, J. The Annals of the World. Master Books, 2007. THOMAS, H. A história da raça humana: através da biografia. 9ª ed. Rio de Janeiro: Editora Globo, 1983. MENEMENCIOGLU, K. The Exodus: The true story of Moses and the pharaoh according to Velikovsky. Consensus, 2007. BERLESI, J. O êxodo dos hebreus segundo historiadores e arqueólogos: ênfase na perspectivas minimalista a partir da obra de Finkelstein e Silberman. Revista Eletrônica História em Reflexão, vol. 02, n. 03. Dourados: 2008. ZILBERMAN, R. Moisés: a personagem bíblica, do Êxodo a Sigmund Freud. Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG, v. 02, n. 02. Belo Horizonte: 2008. COUTO, R.; ALBERTI, S. Moisés e a verdade: retorno à questão da verdade histórica. 2013. 9