O Linfedema no pós-cirurgico do câncer de mama e a

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O Linfedema no pós-cirurgico do câncer de mama e a fisioterapia
No Brasil, o câncer de mama é a neoplasia maligna mais frequente entre as mulheres no
Rio Grande do Sul.
Dentre as diversas sequelas e/ou complicações que podem ocorrer no pós-operatório
desta patologia encontra-se o linfedema, isto é, o "inchaço" do membro superior acometido. O
Linfedema pode ser definido como um acúmulo de líquido no espaço intersticial, edema e
inflamação crônica de uma extremidade, onde existe uma perda de equilíbrio entre o sistema
vascular e linfático, com consequente sobrecarga funcional do sistema linfático.
No caso do pós-operatório do câncer de mama e suas complicações, sendo este com
linfanedectomia (esvaziamento axilar) ou retirada de linfonodo sentinela, poderá acontecer o
linfedema secundário, que ocorre como resultado de uma interrupção ou obstrução do sistema
linfático.
Como causa de desenvolvimento do linfedema temos:
O esvaziamento axilar ou em alguns casos de retirada do linfonodo sentinela, a
manipulação da axila necessária à cirurgia, a radioterapia principalmente axilar, a obesidade, a
idade, a amplitude de movimento diminuída, ferimentos, abuso de atividades que exijam esforço
(peso) associado com a repetitividade, a inatividade com o membro superior acometido,
alterações teciduais e cicatriciais, seromas, entre outros.
A instalação de um quadro de linfedema poderá influenciar nos aspectos psicológicos,
sociais, emocionais e físicos destas pacientes, causando grande alteração na qualidade de vida,
na concepção estética de cada uma, na força e sensibilidade do membro superior, sensação do
aumento de tensão tecidual que pode levar a dor e desconforto, além de deixar a paciente com
uma suscetibilidade a algum tipo de inflamação ou infecção no membro afetado.
Considera-se que a principal forma de tratamento para o linfedema é a fisioterapia
específica para pós-cirúrgico de câncer de mama no tratamento com a linfoterapia, que utiliza
recursos como a drenagem linfática manual, enfaixamentos, cinesioterapia (exercícios
linfomiocinéticos), contenção elástica, automassagem e readequação de atividades diversas. O
tratamento é dirigido para cada caso, conforme uma completa e detalhada avaliação inicial.
Observa-se, no entanto, que a falta de orientações para a prevenção do problema e, se
necessário, o tratamento fisioterapêutico específico para minimização e/ou resolução deste
quadro, influencia no resultado e principalmente nos movimentos e na adequação de atividades
diárias da paciente.
O Linfedema no pós-cirurgico do cancer de mama e a fisioterapia - Iara Rogrigues (18-11-2009)
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Verifica-se que a grande maioria das pacientes que desenvolvem o linfedema, em grau
leve ou não, realizaram em algum momento alguma atividade inadequada que envolvia esforço
associado a repetitividade, ou ainda contração muscular estática prolongada seja ela domiciliar,
ocupacional, esportiva.
Segundo um levantamento obtido com pacientes que realizaram cirurgia de câncer de
mama e retirada do linfonodo sentinela, também aqui na CliniOnco, e que foi aprovado para
apresentação em pôster no XV Congresso Brasileiro de Mastologia, numa amostra de 83
pacientes, 09 pacientes eram assintomáticas, 12 receberam orientações fisioterapêuticas e as 62
restantes tinham indicação e realizaram o atendimento fisioterapêutico.
Acredita-se que para uma melhor prevenção e possível resolução do linfedema póscirúrgico de câncer de mama a paciente deverá ser avaliada, orientada e, se necessário, iniciado
tratamento fisioterapêutico especializado para cada caso, visando essencialmente a melhoria na
sua qualidade.
O Linfedema no pós-cirurgico do cancer de mama e a fisioterapia - Iara Rogrigues (18-11-2009)
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