introdução referências bibliográficas material e métodos

Propaganda
Rotina da Fisioterapia no Linfedema Secundário
ao Câncer Ginecológico –HCII/INCA
MARCHON, R.; BUSSINGER, M.F.; RIBEIRO, V.L.; PLÁCIDO, T.; ALVES R.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER
Hospital do Câncer II
Rio de Janeiro
Protocolo de tratamento do Linfedema:
INTRODUÇÃO
O Câncer Ginecológico apresenta grande incidência na população feminina
brasileira, sendo estimado, somente para tumores de colo uterino, mais de
18.000 novos casos no ano de 2009. Tumores de endométrio, ovário, vulva e
vagina também são constantes nas mulheres. O tratamento oncológico
realizado é indicado de acordo com o estadiamento (FIGO), podendo se
constituir de cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia. Além da retirada do
tumor, é necessária a exerese das cadeias linfonodais e/ou irradiação das
mesmas, gerando desequilíbrio da circulação linfática o que pode levar a
instalação do linfedema de membros inferiores, uma das patologias crônicas
mais incapacitantes de grande impacto físico, psicológico, sexual e social
interferindo na qualidade de vida das mulheres. O tratamento preconizado pela
Sociedade Internacional de Linfologia é a Terapia Física Complexa (TFC) que
consiste em cuidados com a pele, drenagem linfática manual, técnicas
compressivas e exercícios linfomiocinéticos que tem por finalidade terapêutica a
redução e conseqüente manutenção do volume do membro acometido.
MATERIAL E MÉTODOS
O Serviço de Fisioterapia do Hospital do Câncer II, implantou em 2000 a
atenção fisioterapêutica ao tratamento do câncer ginecológico tendo como
objetivo prevenir, tratar, restaurar e paliar as seqüelas do tratamento e do câncer
avançado.
Na avaliação das pacientes são realizadas inspeção e palpação da pele,
medidas de circunferência tendo como ponto de referência a borda superior da
patela e medidas a cada 7 centímetros e sinal de Stemmer tardiamente.
Abordagem terapêutica inicia-se preventivamente na enfermaria ou após o
término da radioterapia, com continuidade ambulatorial até o segundo ano de
tratamento oncológico, sendo submetidas a protocolos de tratamento quando
em vigência do linfedema, como mostrado na rotina abaixo:
Fonte: Serviço de Fisioterapia do HC2/INCA
Fonte: Serviço de Fisioterapia do HC2/INCA
Pós Operatório Imediato
Pacientes submetidas a HTA III, vulvectomias com linfadenectomia inguinal
uni ou bilateral, linfadenectomia pélvica associada à HAS, TVP prévia e
obesidade, são acompanhadas desde o POI, onde são avaliadas; realiza-se
perimetria; inicia-se tratamento preventivo de complicações respiratórias,
motoras e circulatórias; são agendadas para continuidade ambulatorial; e
para o linfedema, recebem orientações quanto aos cuidados com a pele
Avaliação após
término RT
Fonte: Serviço de Fisioterapia do HC2/INCA
CONCLUSÃO
Avaliação
Abordagem preventiva
Avaliação de Seguimento
(3 meses)
p
Avaliação de Seguimento
(de 6 em 6 meses até completar 2anos)
Alta após 2 anos de controle para
as pacientes sem linfedema
Fonte: Serviço de Fisioterapia do HC2/INCA
Em vigência do
linfedema, a paciente é
acompanhada segundo
protocolo, de acordo com
a fase de instalação.
Pós-operatório imediato:
Consiste de avaliação física individual, orientação quanto prevenção
disfunções respiratórias, déficits motores, cuidados com os membros inferiores,
posicionamento no leito e deambulação precoce. Tem por objetivo orientar,
prevenir complicações e controlar sintomatologia, assim como orientar
cuidados para prevenir a ocorrência do linfedema.
Avaliação 45ºPO ou após término da radioterapia(RT):
Consiste de avaliação física individual, perimetria dos membros inferiores,
orientação quanto aos cuidados com a pele, exercícios ativos e linfomiocinéticos
e retorno gradativo as AVD's. Tem por objetivo a orientação específica,
manutenção e/ou melhora da independência funcional, promover alívio da dor
e desconforto e orientar a paciente quanto a possibilidade de desenvolver
linfedema, contribuindo para a detecção precoce do linfedema.
Avaliações de seguimento (3 meses a 2 anos):
Consiste de avaliação física individual, controle da perimetria dos membros
inferiores através de comparação com as medidas
anteriores,
acompanhamento da frequência e intensidade dos exercícios. Detecção
precoce e tratamento precoce do linfedema.
Muitos fatores pessoais e terapêuticos contribuem para o desenvolvimento do
linfedema de membros inferiores após o tratamento do câncer porém um
conhecimento mais detalhado ainda é pouco explorado no câncer ginecológico
quando comparado ao de mama. A elaboração desta rotina visa prevenir e
minimizar as seqüelas, diminuindo o sofrimento do adoecimento causado pelo
câncer e surgimento das seqüelas. Além de otimizar o atendimento, resultados
desta rotina estão sendo coletados e armazenados em um Banco de Dados do
Serviço que possibilitarão estudos e pesquisas científicas, contribuindo para o
desenvolvimento técnico-científico futuro. A divulgação desta prática de saúde
se faz necessária na rede pública e privada com o objetivo de ampliar o acesso e
a oferta de serviços que dêem suporte preventivo e terapêutico a essa
população.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Beesley, V;Janda, M;Eakin, E;Obermair, A;Battistutta, D. Lymphedema after gynecological cancer treatment.
Cancer, 2007;109:2607-14.
Kim, S-J; Effects of complex descongestive physiotherapy on the oedema and the quality of life of lower unilateral
lymphoedema following treatment for gynecological cancer. European Journal of Cancer Care, 2008, 17, 463468.
Jackson, S;Naik, R.Pelvic Floordysfunction and radical hysterectomy. Int J Gynecol Cancer, 2006; 16:354-56.
Herpertz, U. Edema e drenagem linfática:diagnóstico e terapia do edema.São Paulo: Roca, 2006.
Camargo, M; Marx, A.Reabilitação física no câncer de mama.São Paulo: Roca, 2000.
[email protected] / [email protected] / [email protected] /
Tiago.plá[email protected] /[email protected] /
Projeto Gráfico: Seção de Edição Técnico-Científica / DIETC / CEDC / INCA
Avaliação 45°PO
Download