ASPECTOS HISTÓRICOS, EPIDEMIOLÓGICOS E CLÍNICOS DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE PARNAÍBA-PI. Izeneide Barros de Araujo1 Fabiana Alves Soares2 Raylena Martins da Costa2 Alípio Sady Milério2 Maria do Socorro Lins Brasilienses3 Resumo Este trabalho tem como objetivo analisar os aspectos históricos, epidemiológicos e clínicos da hanseníase no município de Parnaíba-PI. Foi realizado um levantamento de dados nos arquivos históricos e nas fichas ambulatoriais do Hospital Colônia do Carpina, e nos registros do SINAN/Vigilância Epidemiológica de Parnaíba. O estudo seccional dos registros de pacientes atendidos no Hospital Colônia nos primeiros e dos últimos 15 anos mostrou a ocorrência de 328 casos de hanseníase no período 1931-1946 e de 409 no período 1992-2006 com maior freqüência de casos no sexo masculino, na faixa etária maior de 45 anos de idade. De acordo com dados do sistema de informação SINAN/Vigilância Epidemiológica foram notificados 412 casos da doença no período de 2000-2006, sendo registrados 61 casos em 2007. Foi verificada a ocorrência das diferentes formas clínicas da hanseníase, elevado índice de pacientes multibacilares e da forma virchowiana. Apesar da diminuição no percentual de abandono do tratamento e na taxa de mortalidade, a elevada incidência da doença em Parnaíba requer atenção e investimento no programa de controle. Palavras-chave: Hanseníase, Epidemiologia, Controle, Colônia do Carpina. 1 Introdução A Hanseníase é uma moléstia infecciosa crônica, cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae. Aproximadamente 94% dos casos conhecidos nas Américas e 94% dos casos diagnosticados são notificados pelo Brasil, sendo que o país continua sendo o segundo em número de casos no mundo (WHO, 1995; MS, 2000; ARAÚJO, 2003; FIGUEIREDO & SILVA, 2003; MOREIRA, 2003). A hanseníase é uma doença que pode produzir seqüelas, deformações, constituindo-se num importante problema de saúde pública em vários países do mundo e no Brasil (PEDROSO et al., 1989; ALBUQUERQUE et al., 1989; MS, 1994, WHO, 1995; MS, 1998, 2000; ARAÚJO, 2003). A patologia não teria tanta importância se fosse apenas uma doença de pele contagiosa. Mas, é sua predileção pelos troncos nervosos causando as incapacidades e deformidades que são responsáveis pelo medo, pelo preconceito e pelos tabus que envolvem a doença. 1 MSc., Professora Orientadora da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) - Campus Parnaíba. Acadêmicos do Curso de Enfermagem, Faculdade de Odontologia e Enfermagem (FACOE) - UESPI. 3 Enfermeira, Coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) - Parnaíba. 2 1 No Brasil os primeiros documentos que atestam à existência da hanseníase em nosso território datam do fim do século XVII. São vários os documentos e arquivos históricos que descrevem sobre a ocorrência da hanseníase, as marcas da enfermidade e a situação de leprosários ou preventórios existentes no Brasil nos séculos XIX e XX. Nas fontes de dados sobre a história da hanseníase no Brasil existem diversos registros de leprosários, como os Hospitais dos Lázaros e os Hospitais-Colônia no Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Recife, Espírito Santo, Minas Gerais e outros, incluindo o Hospital de São Lázaro, hoje Hospital Colônia do Carpina, no Piauí (SANTOS, 2003). A prevalência nacional em 1998 foi de 4, 86 por 10 mil habitantes em média e a detecção 2,60 por 10 mil hab., sendo considerada muito alta. A taxa de detecção de casos novos em menores de 15 anos determina a tendência secular desta endemia, tendo sido este valor também muito elevado em 1998 (MS, 1994, 1998, 2000). Hoje, os bolsões da lepra estão localizados em alguns estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, principalmente no Maranhão, Piauí, Pernambuco, Pará, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso, sendo a sua distribuição focal mesmo nas áreas endêmicas (AQUINO et al., 2003; SARNO, 2003). A hanseníase apresenta uma série de manifestações clínicas, que estão relacionadas com a condição imunológica do paciente. No tipo tuberculóide, as lesões são constituídas de placas ou pápulas delimitadas, nesses casos há comprometimento dos troncos nervosos. No pólo anérgico da moléstia está à forma virchowiana, em que há dano neurológico com envolvimento de troncos nervosos podendo surgir incapacidades físicas. Na hanseníase do tipo dimorfa ocorre com freqüência comprometimento dos nervos periféricos, sendo este intenso e extenso. Esta patologia tem evolução crônica, mas por vezes tem seu curso interrompido por episódios agudos, denominados estados reacionais (PEDROSO et al., 1989; MS, 1994; TRABULSI & ALTERTHUM, 2002; ARAÚJO, 2003). Seu diagnóstico baseia-se principalmente no exame clínico, na pesquisa de sensibilidade e no encontro de bacilos álcool-ácido resistente (BAAR), sendo a baciloscopia o exame complementar mais útil no diagnóstico. A hanseníase é uma doença que tem cura, na primeira dose do tratamento 99% dos bacilos são eliminados e não há mais chance de contaminação, sendo preconizado atualmente o tratamento poliquimioterápico (PQT), (CUNHA, 2002; ARAÚJO, 2003). É também de fundamental importância na conduta terapêutica do paciente, particularmente dos seqüelados, os cuidados e as ações de enfermagem bem como o tratamento humanizado (PEDRAZZANI, 1995; MS, 2000). Tendo em vista a elevada prevalência da hanseníase no Brasil, sua importância no contexto da saúde publica, bem como dando ênfase ao número acentuado de casos da doença 2 notificados no Estado do Piauí observou-se a necessidade de se realizar uma pesquisa acerca da hanseníase no município de Parnaíba particularmente no que se refere a sua epidemiologia. Este artigo tem como objetivos estudar e analisar os aspectos epidemiológicos, históricos e a ocorrência das diferentes formas clínicas da hanseníase em Parnaíba. 2 Material e Métodos 2.1 Área de estudo O estudo está sendo realizado no município de Parnaíba, Estado do Piauí, Brasil. Parnaíba está localizada ao norte do Estado, com vegetação costeira ou de tabuleiros litorâneos adaptados à salinidade devido à proximidade com o mar. O município possui uma população de 143.674, sendo 68.220 de homens e 75.454 de mulheres. Dos 30.101 domicílios permanentes, 26.889 possuem rede de abastecimento de água e 24.690 contam com banheiro ou sanitário. Por outro lado, Parnaíba não conta com rede de esgoto pública, existindo apenas algumas de entidades particulares (FIBGE, 2000). 2.2 População estudada Foram investigadas pessoas portadoras de hanseníase, atendidas no Hospital Colônia do Carpina e em outras unidades de saúde do município de Parnaíba-PI, bem como pacientes notificados através do sistema SINAN com registro na Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde. 2.3 Fonte e coleta de dados Foram consultados os livros de registros e arquivos do Hospital Colônia do Carpina para realização da busca de informações históricas a respeito de sua constituição, seus serviços bem como sobre o registro dos casos de hanseníase, os dados clínicos, epidemiológicos dos pacientes atendidos e a conduta do paciente hanseniano desde a sua fundação. Os dados epidemiológicos e clínicos foram coletados também nas fichas ou em prontuários dos portadores de hanseníase internos e atendidos ambulatorialmente pelo Hospital Colônia do Carpina, observando-se dados referentes ao sexo, às formas da doença, ao grau de comprometimento, aos estados reacionais e ao tratamento supervisionado. Foi realizada ainda pesquisa e levantamento de dados epidemiológicos, no que diz respeito aos casos notificados nos últimos anos e informações epidemiológicas, particularmente nos registros do SINAN (Sistema de Informações sobre Agravos de Notificação) e do sistema de informação da Vigilância Epidemiológica da Prefeitura Municipal de Parnaíba. 3 2.4 Análises dos dados As informações obtidas sobre o número de casos de hanseníase e os dados coletados dos pacientes nos registros históricos da Colônia do Carpina, e do SINAN foram agrupados e analisados estatisticamente para obtenção dos índices de ocorrência da doença em anos anteriores e recentes assim como o perfil clínico epidemiológico destes pacientes. 3 Resultados 3.1 Aspectos históricos No Piauí em 1922, o capitão Manoel Raimundo Paz Filho, intendente municipal de Teresina, promoveu sem sucesso uma tentativa de amparo aos leprosos da cidade construindo nos arredores da cidade uma casa de palha onde abrigou 3 doentes. Depois o número de internos chegou a 16, mas este isolamento permaneceu somente até 1932 quando o último interno faleceu e por ordem do Estado o casebre foi derrubado (Campelo, 1982). Em 08 de Maio de 1928, o mestre médico de Parnaíba Dr. Mirocles de Campos Veras com a colaboração do senhor José Narciso, do senhor Jéssias e da firma James Clark conseguiu a fundação de um abrigo. Esta tinha como fim: “Instituir uma colônia e hospital, destinado a tratamento das pessoas atacadas pelo mal de hansen”. Em 1975, o Hospital de Lázaro teve sua denominação trocada para Hospital Colônia do Carpina, destinado a receber 50 pacientes. Contudo, em algumas ocasiões chegou a abrigar 300 doentes, todos em regime de isolamento. Muitos morreram sem sair de lá. Entre os anos de 1931 a 1951, 492 pessoas foram internadas sendo 320 do sexo masculino e 172 do sexo feminino. Até o ano de 1952 tem vários diretores, dentre eles: Augusto Aumax da Rocha, Diógenes Melo Rebelo, Arnaldo Brandão, Absalão de Almeida, Emídio Martinele. No ano de 1952, iniciava-se a direção do Dr. Mariano Lucas de Souza, que ficou até 1978. Neste mesmo ano assumiu a direção do Hospital Colônia do Carpina, o Dr. Edílson Pinheiro do Egito, o qual permaneceu até maio de 1984. Em junho daquele mesmo ano assumiu a direção o Dr. Rivaldo de Araújo Luz, que permaneceu no cargo até o ano de 1999. Normalmente havia um médico diretor e um médico assistente. Hoje, tem-se como diretora a pedagoga Profa. Francelina Paiva; médica dermatologista Dra. Ana Maria Morais Guzzo; clínicos gerais Dr. José Geraldo Oliveira e Rivaldo Luz; equipe de enfermagem: enfermeira Dra.Rayla Pontes Guimarães Costa, 5 técnicos e 3 auxiliares enfermagem; psicólogo Dra. Vitória Isaura; bioquímico Dr. Antônio João. 4 Atualmente, o hospital dispõe de 40 vagas para internações onde 29 destas são ocupadas por pessoas que residem na colônia, sendo que apenas um dos pacientes internos está em tratamento no momento e 28 já estão curados. Destes, a maioria são pacientes seqüelados e permanecem sob cuidados de enfermagem e acompanhamento clínico. O Hospital Colônia do Carpina hoje também dispõe de serviço ambulatorial a comunidade, com prioridade aos pacientes com hanseníase e realiza exames de baciloscopia. Não há fisioterapia, nem setor de pequenas cirurgias. É realizada terapia ocupacional para os pacientes internos, voltada principalmente pra atividades psicopedagógicas, sendo realizados projetos educacionais como o Pró-educação com 18 pacientes residentes participantes e onde 14 estão alfabetizados. 3.2 Série histórica dos casos de hanseníase registrados nos períodos 1931-1946 e 1992-2006, Hospital Colônia do Carpina, Parnaíba-PI. No levantamento de dados correspondentes aos primeiros 15 anos (1932-1946), após a fundação da Colônia do Carpina, foi verificado nos registros históricos um total de 328 casos, sendo o maior percentual (28,1%) de pacientes entre os maiores de 45 anos de idade. No segundo momento analisado, nos últimos 15 anos, foram registrados 409 casos de pessoas com hanseníase também com elevada freqüência na faixa etária acima dos 45 anos, mas com ocorrência de casos nos menores de 15 anos (Tabelas 1 e 2). No presente estudo foi verificado índices mais elevados da doença entre o sexo masculino com 64,3% e 59,17 % dos casos detectados nos pacientes atendidos na Colônia do Carpina nos dois períodos de tempo analisados, respectivamente. Tabela 1. Distribuição dos casos de hanseníase no município de Parnaíba, período de 1931-1946, segundo a faixa etária. Faixa etária N° % < 15 0 0 15 – 30 68 20,5 31 – 45 82 25 > 45 92 28,1 Sem informação 86 26,2 TOTAL 328 100 Fonte: Arquivo histórico - Livros de registros de pacientes do Hospital Colônia do Carpina. 5 Tabela 2. Distribuição dos casos de hanseníase município de Parnaíba, período de 1992-2006, segundo a faixa etária. Faixa etária N° % < 15 22 5,4 15 – 30 84 20,5 31 – 45 112 7,4 > 45 191 46,7 Sem informação 0 0 TOTAL 409 100 Fonte: Arquivo histórico - Livros de registros de pacientes do Hospital Colônia do Carpina. Com relação aos aspectos clínicos observados, foram registradas todas as formas clínicas nos dois períodos pesquisados. Porém, no período de 1931 a 1946 ocorreram principalmente os pólos extremos da doença: a formas indeterminada (45%) e a virchowiana (31,8%), enquanto em 1992-2006 a forma dimorfa foi a mais freqüente e a virchowiana apresentou baixo índice (0,3%) de acordo com os dados coletados nos livros de registros do Hospital Colônia. Na pesquisa realizada foi verificada uma diminuição dos índices de morte e abandono no tratamento no período de 1992-2006 em relação a 1931-1946, sendo que o percentual de cura foi de 78,2% no período mais recente. 3.3 Dados referentes ao sistema de informação de Parnaíba no período de 2000 a 2006. Tabela 3. Casos de hanseníase notificados no município de Parnaíba, período 2000-2006, segundo o sexo. Sexo No de casos % Masculino 242 58,7 Feminino 170 41,3 Total 412 100 Fonte: SINAN/Vigilância Epidemiológica de Parnaíba. Foram notificados 412 casos de hanseníase no período de 2000 a 2006, sendo a maioria (58,7%) do sexo masculino (Tabela 3). O maior índice de casos foi registrado na faixa etária maior que 45 anos com 48% das notificações, de acordo com os registros do SINAN. Segundo os dados obtidos, foi verificado que um maior contingente de pacientes hansenianos realizou tratamento supervisionado no Hospital Colônia do Carpina, 6 correspondendo a 353 pacientes (85,64%). Este é visto como referência para diagnóstico e tratamento da hanseníase pela população da cidade de Parnaíba e outras localidades do município. 3.4 Registro dos casos de pacientes hansenianos em tratamento no município de Parnaíba-PI Os dados da Tabela 4 mostram um maior número de casos de hanseníase registrados no ano de 2007 em relação a 2006, sendo que 34 (56%) dos casos em tratamento atual são do sexo masculino e 27 (44%) dos pacientes diagnosticados são do sexo feminino. Segundo o MS (1999), a doença apresenta uma maior incidência nos homens do que em mulheres, na maioria das regiões do Brasil. Tabela 4. Distribuição dos casos de hanseníase em atendimento atual no município de Parnaíba, segundo ano e sexo. Ano Sexo Masculino Total Pop.Segundo Sexo Feminino de hansenianos IBGE No % No % No 2006 18 51,4 17 48,6 35 100% 143.675 hab 2007 34 44 27 56 61 100% 140.834 hab % Fonte: SINAN, Registros da Vigilância Epidemiológica - SMS/PMP. De acordo com os dados coletados houve um número em 2006 de 2,436 pacientes com hanseníase para cada 10000 habitantes na cidade de Parnaíba. Em 2007, uma incidência de 3,124 para cada 10000 habitantes. Considerando a classificação operacional dos casos de hanseníase, registrados no atendimento em 2007, foram detectados um maior índice de pacientes multibacilares (MB) representando 57,4% dos casos. Levando-se em conta que a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza a meta de eliminação da hanseníase no mundo e estabelece uma prevalência de menos de 01 paciente para cada 10000 habitantes, observa-se que a doença ainda continua sendo um importante problema de saúde pública em Parnaíba. 7 Tabela 5. Distribuição dos casos de hanseníase em atendimento no município de Parnaíba, no ano de 2007, segundo a forma clínica. Forma No % Tuberculóide 5 8.2 Dimorfa 2 3.2 Virchowiana 15 24.6 Indeterminada 17 28 Não informou 22 36 Total 61 100 Fonte: SINAN, Registros da Vigilância Epidemiológica - SMS/PMP. As formas clínicas mais encontradas foram a Indeterminada (I) e a Virchowiana (V), com 28% e 24,6% respectivamente. A Tuberculóide (T) e a Dimorfa (D) apresentaram índices 8,2% e 3.2%, respectivamente. Não havia informação quanto à forma clínica em 36% dos casos diagnosticados (Tabela 5). Dos 61 casos registrados em 2007, 35 (57,4%) foram caracterizados como multibacilares (MB). 4 Conclusões As pesquisas realizadas nos registros do Hospital Colônia do Carpina, do SINAN e da Vigilância Epidemiológica em Parnaíba indicam uma tendência histórica na ocorrência da hanseníase na região. O presente trabalho mostra que a prevalência e a incidência da doença no município ainda se mantêm elevadas visto que temos o registro de 61 casos em 2007, sendo em torno de 3 casos por 10000 hab e estando acima do que é preconizado pela OMS. O levantamento histórico na Colônia do Carpina através de estudo seccional mostrou o registro de 328 pacientes com hanseníase no período de 1931 a 1946 e 409 casos de 1992 a 2006. Além disso, de acordo com o sistema SINAN foram notificados 412 casos da doença no município de Parnaíba considerando apenas o período de 2000 a 2006. Embora tenha havido diminuição nos índices de morte e abandono ao tratamento com a utilização do PQT, é de suma importância intensificar a busca ativa e aperfeiçoar os sistemas de registros de notificações para o melhor controle da hanseníase no município de Parnaíba. Os resultados deste estudo mostram o elevado número de casos de hanseníase em Parnaíba, principalmente nas faixas etárias maiores de 31 anos, mas também ocorrendo entre 8 os menores de 15 anos de idade, a ocorrência das formas mais graves da doença com alto índice da forma virchowiana e, portanto, de pacientes multibacilares. Estes aspectos apontam para necessidade de maior investimento e vigilância no tratamento, assim como em todos os pressupostos do Programa de Controle da Hanseníase. 5 Referências Bibliográficas ARAÚJO, M.G. 2003. Hanseníase no Brasil. Rev Soc Bras Med Trop 36: 3731-382. ALBUQUERQUE, M.F.P.M.; MORAIS, H.M.M.; XIMENES, R. 1989. A expansão da hanseníase no nordeste brasileiro. Rev Saúde Pública, 23: 107-116. AQUINO DMC; CALDAS, A.J.M.; SILVA, A.A.M.S.; COSTA, J.M.L. 2003. Perfil dos pacientes com hanseníase em área hiperendêmica da Amazônia do Maranhão, Brasil. Rev Soc Bras Med Trop, 36: 57-64. CUNHA, A.Z.S. 2002. Hanseníase: aspectos da evolução do diagnóstico, tratamento e controle. Ciênc Saúde Coletiva 7: 235-242. FIBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 2000. Censo Demográfico, Piauí. FIGUEIREDO, I.A.; SILVA, A.A.M. 2003. Aumento na detecção de casos de hanseníase em São Luís, Maranhão, Brasil, de 1993 a 1998: a endemia está em expansão? Cad Saúde Pública, 19: 439-445. MOREIRA, T.A. 2003. Panorama sobre a hanseníase: quadro atual e perspectivas. Hist Ciênc Saúde-Manguinhos, 10: 291-307. MS (Ministério da Saúde). 1994. Guia de controle da hanseníase. Brasília: Coordenação Nacional de Dermatologia Sanitária, Centro Nacional de Epidemiologia, Fundação nacional de Saúde, MS. MS (Ministério da Saúde) 1998. Hanseníase no Brasil: processos e dificuldades em relação à eliminação. Brasília: Departamento de Gestão de Políticas Estratégicas, Secretaria de Políticas de Saúde, MS. 9 MS (Ministério da Saúde) 2000. Dados epidemiológicos de 1988. Brasília: Coordenação Nacional de Epidemiologia Sanitária, Centro Nacional de Epidemiologia, Fundação Nacional de Saúde, MS. PEDROSO, M.; OLIVEIRA, S.; BACCARELLI, R.; VIEIRA, P.C.T.; GONÇALVES, A. 1989. Incapacidades físicas em hanseníase: estudo multicênctrico da realidade brasileira. Anais Bras Dermatologia, 64: 301-306. PEDRAZZANI, E.S. 1995. Levantamento sobre as ações de enfermagem no programa de controle da hanseníase no estado de São Paulo. Rev Latino-Am Enfermagem, 3: 109-115. SARNO, E.N. 2003. Hansen’s disease in the laboratory. História, Ciências e Saúde manguinhos, 10: 277-290. SANTOS, S.M. 2003. Researching documents on the history of Hansen’s disease in Brazil. História, Ciências e Saúde - Manguinhos, 10: 415-426. TRABULSI, L.R.; ALTERTHUM, F. 2002. Microbiologia. 3a.ed. Atheneu, São Paulo, cap. 6, p. 389-423. World Health Organization. Guia para la eliminacion de la lepra como problema de salud publica. WHO/Programa de Acción para Eliminación de la Lepra, Genebra, 1995. 10