Astronomia Galáctica Semestre: 2016.1 Sergio Scarano Jr 18/07/2016 Horário de Atendimento do Professor Professor: Sergio Scarano Jr Sala: 119 Homepage: http://www.scaranojr.com.br/ * E-mail: [email protected]** Horário de Atendimento***: Segunda Terça Quarta Quinta Sexta 14:00-15:00 17:00-18:00 14:00-15:00 17:00-18:00 A ser discutido * Nosso canal de comunicação principal será o SIGAA, mas o material será disponibilizado na homepage, atualizado toda sexta-feira; ** Não serão respondidas dúvidas sobre a matéria por e-mail *** Os horário podem ser articulados em caso de demanda dos alunos em acordo com o professor Avaliação O aluno será avaliado por meio das provas (P1 e P2 e P3) da seguinte forma: P1+T1: Primeira avaliação (04/08/2016); P2+T2: Segunda avaliação (08/09/2016); P3+T3: Terceira avaliação (13/10/2016); A média final será dada por: M= 0.75*(P1 + P2 + P3) + 0.25*(T1 + T2 + T3) 3 OBS: Não haverá prova de recuperação. Por essa razão os pesos das avaliações será mantido o mesmo de modo que o aluno possa se recuperar de uma má avaliação a partir das demais. Efeitos de Perspectiva O que parece estar junto pode ser apenas um efeito de perspectiva. Então diferentes brilhos não representam diferentes distâncias http://astro.unl.edu/classaction/animations/coordsmotion/bigdipper.html Características Comuns de um Objeto e Distâncias Analogia de como reconhecer características comuns entre objetos e utilizalas em função da distância Faço o mesmo procedimento com diversas vacas a que eu tenho acesso (próximas) h1 h2 h3 h5 h4 h0 ... considero desvios h = média (h0, h1, h2, h3, ..., hn) sh = desvios (h0, h1, h2, h3, ..., hn) Isolando distância: h D= tan (a) a Conhecendo uma vaca de próximo D h A Física Estatística e a Irradiação Estelar http://www.falstad.com/gas/ Comportamento Ondulatório da Luz e o Espectro Eletromagnético O caráter ondulatório da luz é muito eficiente para explicar os fenômenos de refração, interferência, etc. Beija-flores têm a capacidade de enxergar tanto no infravermelho quanto no ultravioleta. Frequência em Hertz (Hz = 1/s) 104 Bandas e Comprimento de onda (l) em metros 108 Rádio 1012 Microondas 1 1014 Infravermelho 10-4 1015 Visível 10-6 1016 Ultravioleta 10-7 1020 Raios X 10-8 Raios Gama 10-12 Comportamento Ondulatório da Luz e o Espectro Eletromagnético O caráter ondulatório da luz é muito eficiente para explicar os fenômenos de refração, interferência, etc. Onda passando por diferentes comprimentos de onda e frequência. - Energético + Energético Frequência (n) em Hertz (Hz = 1/s): 104 Bandas e Comprimento de onda (l) em metros: 108 Rádio 1012 Microondas 1 1014 Infravermelho 10-4 1015 Visível 10-6 1016 Ultravioleta 10-7 1020 Raios X 10-8 Raios Gama 10-12 Ordem de tamanho: Prédios Atravessa a atmosfera? (S = Sim, N = Não, P = Parcialmente) S S Humanos S P abelhas agulhas Protozoários N P -272 -173 S moléculas átomos N Temperatura em Celsius e cor global observada: 10.000 10 milhões Núcleo atômico Cores Observadas das Estrelas Constelação de Órion UY_Scuti_zoomed_in,_Rutherford_Observatory,_07_September_2014 Estrelas possuem suas próprias cores quando observadas com cuidado. Usando a técnica de desfocar gradativamente a imagem da constelação de Órion conforme ela passa na frente da câmera ajuda a revelar essas cores. Classificação Estelar e Temperatura Quente Fria O B A F G K M 60.000 K 30.000 K 9.500 K 7.200 K 6.000 K 5.250 K 3.850 K Oh! Be A Fine Girl, Kiss Me ! Sol Espectro de uma Estrela Para uma estrela de tipo A: Hg Hb Ha Direção Espacial He Hd Fluxo (Quantidade de Luz Recebia Somada da Direção Espacial) Direção Espectral Linhas do Hidrogênio Linhas de absorção 4000 5000 6000 Comprimento de onda [Angstrom] 7000 Classificação Espectral de Harvard temperatura aumenta Annie J. Cannon estudou o espectro de mais de 400,000 estrelas e percebeu uma correlação entre o tipo espectral (A, B, C, etc.) e a cor da estrela (ou seja, sua temperatura). Ela propôs uma nova classificação, em que a intensidade da linha de um dado elemento depende da composição química e temperatura da fotosfera comprimento de onda (l) aumenta Estrelas como Corpos Negros Um corpo negro é uma aproximação teórica de um corpo ideal em equilíbrio termodinâmico que absorve todos os comprimentos de onda incidentes nele e os reemite numa distribuição característica desse equilíbrio. A energia total emitida depende somente da temperatura. Bl 2hc 2 1 l5 e hc /(lkT ) 1 Índice de Cor associado à Temperatura da Estrela http://astro.unl.edu/classaction/animations/light/bbexplorer.html Sol emitindo como Corpo Negro Visível 2.0 1.8 1.6 Fluxo [ J/s/m 2 /Å ] 1.4 Filtro 1.2 Fotômetro 1.0 0.8 0.6 0.4 0.2 0.0 2500 5000 7500 10000 12500 15000 17500 20000 22500 25000 Comprimento de Onda [Å] Mais azul Mais vermelho Potencial de Radiação Solar na Terra Fluxo, Luminosidade e a Lei do Inverso do Quadrado da Distância A energia luminosa total emitida por um objeto e a fração dessa energia detectada se relacionam pelos conceitos de fluxo, cuja grandeza decai como quadrado da distância. Luminosidade é a quantidade de energia total emitida por unidade de tempo: L E t F E At Fluxo ou Brilho é a quantidade de energia de-tectada por unidade de área e de tempo: F L A Para uma esfera A = 4pD2, então: F L 4p D 2 Lei de Stefan - Boltzmann Para um corpo negro a soma do fluxo total de uma estrela tem uma relação direta com a temperatura, deduzida empiricamente por Stefan e teoricamente por Boltzman. Fluxo [ erg/cm 2/s/Å ] 250 7000 K 200 Bl 2hc 2 1 l5 e hc /(lkT ) 1 150 100 4000 K 50 0 3000 3500 4000 4500 5000 5500 6000 6500 7000 7500 Comprimento de Onda F sT 4 8000 8500 9000 9500 10000 10500 [Å] s = 5,67.10-8W/m2K4 Lei de Wien Para um corpo negro o máximo de emissão ocorre em um comprimento de onda lmax que é inversamente proporcional à temperatura. d Bl 0 dl Fluxo [ erg/cm 2/s/Å ] 250 200 Bl 2hc 2 1 l5 e hc /(lkT ) 1 150 d Bl 0 dl 100 7000 K 50 4000 K 0 3000 3500 4000 4500 5000 5500 6000 6500 7000 7500 Comprimento de Onda 8000 [Å] lmaxT 2897,6m 8500 9000 9500 10000 10500 Luminosidade do Sol Depende da então conhecida “constante solar" ou o fluxo total de irradiação solar (Fsol = 1367 W/m2). Medidas originais de Claude Pouillet piroheliômetro 2 Lsol Fsol 4p Dsol Fsol L = (3.846 ± 0.005)×1026 J/s http://nssdc.gsfc.nasa.gov/planetary/factsheet/sunfact.html Magnitudes e Razões de Fluxos Constatou-se que uma diferença de fluxo de 5 magnitudes correspondia uma razão de fluxo de 100. m6 m1 5 F1 100 F6 Como a sensibilidade visual é logarítmica (lei fisiológica de Weber-Fechner), podemos escrever a magnitude em função do logaritmo do brilho como uma reta to tipo: y a x b Assim: y y 0 a x x0 log Fk log Fn a mk mn F log k a mk mn Fn F6 log F1 a m6 m1 de modo a compatibilizar as diferenças de magnitudes na escala de Hipparcos com um mesmo fator na razão de fluxos, teremos: a 0 ,4 Mesma inclinação, não importando qual k ou n F mk mn 2 ,5 log k Fn Definição Genérica de Magnitude F m 0 2,5 log k F0 Para estabelecer uma expressão genérica da magnitude é necessário a definição de uma referência. Assumindo que o fluxo mn = 0 para uma estrela de referência de fluxo Fn = F0 (Vega foi usada como referência no princípio). m C 2,5 log F onde assumimos: mk = m e Fk = F. Problema Sugerido: Uma estrela muda de brilho por um fator 4. Em quanto sua magnitude aparente é alterada? Distância Estelar pelo Método da Paralaxe Trigonométrica Utiliza o efeito de como um objeto observado a partir de diferentes perspectivas é visto contra um fundo de objetos mais distantes. A distância pode ser obtida por triangulação: D 1 UA D= p p pequeno e em radianos 2p 1” 1 UA tan (p) = Permite definir uma unidade de distância. O parsec (pc) é a distância de um objeto cuja paralaxe é 1 segundo de arco (1”). Assim, conhecida a paralaxe de um objeto pode-se determinar diretamente sua distância em pc por: 2p p 1 pc D D [pc] = 1 UA 1 p [”] 1 UA 1 pc = 3,09x1016 m = 3.26 anos luz Magnitude Absoluta e o Módulo da Distância Como a simples informação da magnitude de um objeto não informa nada sobre sua distância criou-se o conceito de magnitude absoluta, que é magnitude que tal objeto teria se fosse colocado a uma distância de 10 pc. m1 F m2 m1 2,5 log 2 F1 i=2 m2 F2, D2 F1, D1 Msol = 4,83 Lembrando que L Fi 4p Di2 i=1 L 4p D12 m2 m1 2,5 log 2 4 p D L 2 Chamando m2 de M, ou magnitude absoluta, m1 = m, D1 = D e substituindo D2 = 10 pc, temos a expressão do módulo da distância: D m M 5 log 10 msol = -26,74 Pela definição de magnitudes: D 10 m M 5 5 Magnitude Absoluta e a Luminosidade Tomando como referência a magnitude absoluta do Sol em um dado filtro, podemos medir a magnitude absoluta de qualquer estrela em magnitudes solares ou luminosidades solares atentando às seguintes relações: F m2 m1 2,5 log 2 F1 Para fluxos: F* Para magnitudes: D m* M * 5 log ; 10 D mSol M sol 5 log 10 O que resulta em: L M * M sol 2,5 log * Lsol A magnitude absoluta é ligada à uma propriedade intrínseca da estrela! L* ; 4pD 2 Fsol Lsol 4pD 2 Filtro Msol Filtro Msol U 5,61 u 6,80 B 5,48 g 5.45 V 4,83 r 4,76 R 4,42 i 4,58 I 4,08 z 4,51 J 3,64 H 3,32 K 3,28 http://www.ucolick .org/~cnaw/sun.ht ml