CONTROLE DE PREÇOS Para fins de reajuste tarifários as receitas das concessionária serão divididas em duas parcelas cada uma: PARCELA A= Parcela da receita de concessionária correspondente aos seguintes custos : *cota de RGR – ( Reserva Global de Reversão ) *cota CCC – ( Conta de Consumo de Combustíveis ) *Encargos da Compensação Financeira pela exploração de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica * Valores relativos a fiscalização de energia elétrica; *Compra de Energia E1étrica para revenda; e, *Encargos de transmissão não associadas a geração. PARCELA B = Valor remanescente da Receita Concessionária, excluído o ICMS, após a dedução da Parcela A. Conforme contrato de concessão, o reajuste, será calculada mediante a aplicação, sobre as tarifas vigentes, na "Data de Referência Anterior" do Índice de Reajuste Tarifário - (IRT) assim definido: IRT= VPA + VPBo x ( IVI +- X ) ------------------------RAo ONDE: IRT - Índice de reajuste tarifário VPA = é o valor da Parcela A, considerando-se as condições vigentes na data do reajuste em processamento e a energia comprada em função do mercado de referência, aqui entendida como mercado de energia garantida da Concessionária, nos doze meses anteriores do reajuste em processamento; RAo = Receita Anual, calculada considerando-se as tarifas vigentes na “Data de referência Anterior” e o mercado de referência “, não incluindo ICMS; IVI = um número dos índices do IGPM da Fundação Getúlio Vargas ou do índice que vier a sucedê-lo, do mês anterior ao do reajuste em processamento e o mês anterior à "Data de referência Anterior” . Na hipótese de não haver um índice sucedâneo, o poder Concedente estabelecerá novo índice a ser adotado; VPBo = Valor da Parcela B, considerando-se as condições vigentes na “Data de referência Anterior” , e o Mercado de Referência” , calculado da seguinte forma : VPBo = RAo - VPAo onde: VPAo = Valor da parcela A, considerando-se as condições na “Data de Ref. Anterior” e a energia comprada em função do “Mercado de referências”. X = Número Índice Definido pelo poder Concedente. Este índice será nulo para os primeiros 5 reajuste anuais a serem processados . No processo de revisão das tarifas, estabelecido pelo Poder Concedente, estabelecerá os valores de X, que deverão ser subtraídos ou acrescidos na variação do IVI ou seu substituto, nos reajuste anuais subsequentes. Para os primeiros 5 reajustes anuais os valores de X será zero. CONCESSÃO: O Contrato da Concessão para geração e distribuição de energia elétrica no Estado do Mato Grosso foi assinado em 11 de dezembro de 1997, entre esta concessionária e o poder concedente - ANEEL, tendo como prazo de vigência trinta anos contados a partir da assinatura do contrato. A Empresa, como concessionária do serviço público de energia elétrica do Estado do Mato Grosso atende atualmente 123 municípios de um total de 126 existentes. As concessões outorgadas para distribuição nos municípios atendidos ainda estão plenamente vigentes . Os municípios não atendidos são considerados pela Empresa como desmembramentos de municípios de concessão e incluídos no plano de obras da Empresa para os próximo anos. SETOR DE ATUAÇÃO: A instabilidade da economia brasileira, a consumação de um cenário recessivo e a conseqüente perda de poder aquisitivo da população brasileira poderá afetar os negócios, a situação financeira e as perspectivas de crescimento da Empresa. Apesar de o novo Governo Federal não ter tomado medidas que alterem substancialmente a estabilidade do mercado, não é possível prever qual será a configuração macroeconômica nos próximos 4 (quatro) anos. Durante os últimos anos, a economia brasileira tem sido afetada pela intervenção do Governo Federal que, na tentativa de influenciar o desempenho econômico, alterou, em diversas ocasiões, a política monetária, de crédito fiscal, tarifária e outras. Ademais, as ações do Governo Federal para controlar a inflação têm envolvido controle de salários e preços, desvalorização cambial, controle sobre remessas de capital, limites à importação e aumento da taxa de juros interna, entre outros. Em janeiro de 2003 um novo Governo Federal tomou posse. No entanto, ainda é cedo para prever as diretrizes que efetivamente serão seguidas pelo novo governo, razão pela qual não é possível determinar quais serão as medidas a serem tomadas e seus impactos na economia brasileira. Os negócios, as condições financeiras e os resultados operacionais da empresa podem ser adversamente afetados, de forma relevante, por mudanças na política envolvendo flutuações da moeda, controle de câmbio, inflação, indexação da economia, instabilidade de preços, taxas de juros, política fiscal, regulamentações e outros acontecimentos políticos, diplomáticos, sociais e econômicos que afetem o Brasil. A inflação e algumas medidas governamentais destacadas a combatê-la geraram no passado, e poderão gerar no futuro, significativos efeitos sobre a economia do país, afetando adversamente os resultados da Empresa. Embora a inflação tenha sido relativamente moderada nos últimos anos, o Brasil conviveu, historicamente, com taxas de inflação extremamente altas. A inflação e algumas medidas governamentais destinadas a combatê-la geraram, no passado, significativos efeitos adversos sobre a economia do País. A volta de altos índices de inflação no Brasil poderia afetar negativamente e de forma relevante a economia brasileira, tendo um impacto negativo sobre os negócios da empresa, sua condição financeira e o resultado de suas operações, principalmente se as tarifas cobradas atualmente não puderem ser reajustadas pela mesma taxa e periodicidade da inflação, impedindo a recuperação das perdas decorrentes desta. A desvalorização efetiva do real perante o dólar norte-americano pode afetar os negócios da Cemat, sua condição financeira e o resultado de suas operações. No início de 1999, a moeda brasileira sofreu substancial desvalorização em relação ao dólar norte-americano diante da adoção de uma nova política cambial, que se caracteriza pela livre flutuação da moeda brasileira. Desde a introdução desta nova política, a moeda brasileira tem apresentado grande volatilidade e, particularmente, a partir de meados de 2002, sofreu nova desvalorização substancial e grandes oscilações. Ante a recente alteração do Governo Federal e a nova política econômica a ser adotada, não é possível prever o comportamento do real em relação ao dólar norte-americano no futuro próximo. Dessa forma, caso haja desvalorização do real frente ao dólar norte-americano o percentual de endividamento da companhia aumentará, podendo afetar adversamente os resultados da Empresa.