HISTÓRIA Do ponto de vista social, pode-se afirmar, sobre a Revolução Francesa, que: (A) (B) (C) (D) (E) teve resultados efêmeros, pois foi iniciada, dirigida e apropriada por uma só classe social, a burguesia, única beneficiária da nova ordem. fracassou, pois, apesar do terror e da violência, não conseguiu impedir o retorno das forças sociopolíticas do Antigo Regime. nela coexistiram três revoluções sociais distintas: uma revolução burguesa, uma camponesa e uma popular urbana, a dos chamados sans-culottes. foi um fracasso, apesar do sucesso político, pois, ao garantir as pequenas propriedades aos camponeses, atrasou, em mais de um século, o progresso econômico da França. abortou, pois a nobreza, sendo uma classe coesa, tanto do ponto de vista da riqueza, quanto do ponto de vista político, impediu que a burguesia a concluísse. "(...) a revolução que não se radicaliza morre melancolicamente, como a burguesa. A rigor, uma só revolução existe, a que se deflagrou em 1789: enquanto viveu, ela quis expandir-se, e, assim, a República Francesa se considerou e tentou universal - até o momento em que a pretensão de libertar o mundo se converteu na de anexá-lo, em que os ideais republicanos se reduziram ao imperialismo bonapartista." (Ribeiro, Renato Janine. A ÚLTIMA RAZÃO DOS REIS. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.) (B) (C) (D) (E) urbanos — de um lado, e o bloco de apoio à república operário-burguesa, de outro. a burguesia conseguiu a adesão ideológica da aristocracia, especialmente no que respeita à "abertura das carreiras públicas aos talentos individuais", o que possibilitou a ascensão de seus representantes ao poder do Estado. o comando da burguesia desde o início se revelou como irrefutável, uma vez que ela colocou a serviço de seus objetivos revolucionários os mais variados setores da população, liderando assim uma restauração do Antigo Regime. as vanguardas operário-camponesas colocaram-se ao lado da burguesia, pois tinham claro que suas reivindicações somente alcançariam um patamar de conseqüência numa sociedade em que as relações burguesas de produção já estivessem desenvolvidas. os resultados políticos das sucessivas convulsões sociais geradas nos quadros da crise do estado monárquico francês foram, ao final, capitalizados pela burguesia, que pôde assim dar início à viabilização de seus interesses políticos e econômicos. A "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão", da Revolução Francesa, traz o seguinte princípio: "Os homens nascem e se conservam livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem ter por fundamento o proveito comum". Tal princípio é decorrente: (A) da incorporação das reivindicações da classe média por maior participação na vida política. O motivo pelo qual o conjunto de mudanças políticas que resultou na implantação do regime republicano na França, no século XVIII, pode, genericamente, ser classificado como uma revolução burguesa, é o fato de que nesse processo: (B) a estrutura social francesa viu-se reduzida a uma polarização entre o bloco de apoio ao antigo regime — no qual se encontravam a aristocracia, os camponeses e os trabalhadores (D) do reconhecimento da necessidade de assegurar os direitos dos vencidos, sem distinção de classes. da incorporação dos camponeses à comunidade dos cidadãos com direitos sociais e políticos reconhecidos na lei. da crença popular na perspectiva liberal burguesa de que a Revolução fora feita por todos e em benefício de todos. (A) (C) (E) da determinação burguesa de levar avante um processo revolucionário de distribuição da propriedade privada. Durante o período napoleônico (17991815), dentre as medidas adotadas por Bonaparte, assinale aquela que teve repercussões importantes nas relações comerciais do Brasil com a Inglaterra: (A) (B) (C) (D) (E) Restauração financeira, com a conseqüente fundação do Banco da França, em 1800. Decretação do Bloqueio Continental, em 1806, com o qual Napoleão visava arruinar a indústria e o comércio ingleses. Promulgação, em 1804, do Código Civil que incorporou definitivamente, na legislação francesa, os princípios liberais burgueses. Expansão territorial da França com a incorporação de várias regiões da Europa, formando o chamado Império Napoleônico. Criação do franco, como novo padrão monetário. A obra política considerada como: (A) (B) (C) (D) (E) de Napoleão Bonaparte pode ser um complemento às realizações da Revolução, com o apoio da burguesia francesa. uma tentativa de promover uma revolução industrial na França, seguindo o exemplo inglês; suas bases estariam contidas no Código Civil francês. uma obra de centralização administrativa, pelo fato de ter colocado seus irmãos como chefes de governo em vários países da Europa. uma política de alianças, após as vitórias militares contra os prussianos, os austríacos e os russos, para conseguir o domínio absoluto de toda a Europa. uma reação ao processo desenvolvido durante o período da Revolução Francesa, em conseqüência da inflação, do período do Terror e da incapacidade administrativa. Em 1793, Schiller, um crítico da Revolução Francesa, vislumbrou os possíveis resultados contra-revolucionários gerados pelo movimento de 1789 na seguinte passagem: (B) (C) (D) (E) Quase toda a Europa Ocidental e Central foi sacudida, em 1848, por uma onda de revoluções que se caracterizaram por misturar motivos e projetos políticos diferenciados: liberalismo, democracia e socialismo. Elas também foram marcadas por uma atmosfera intelectual e um sentimento ideológico comuns. Trata-se, no caso destes últimos, do: (A) (B) (C) (D) (E) O processo contra-revolucionário confirmar o receio do autor foi: (A) (B) (C) (D) (E) que (A) (B) A reconstrução da Europa, após as guerras napoleônicas, foi direcionada pelo Congresso de Viena. É incorreto afirmar que ele estabeleceu a: (A) (D) (E) veio a eclosão da Guerra dos Cem Anos. a formação da Santa Aliança. a proclamação da Comuna de Paris. as jornadas de 1830 e 1848. o estabelecimento do Comitê da Salvação. criação de um pacto militar internacional (Santa Aliança) para intervir onde houvesse manifestações revolucionárias. realismo e internacionalismo. romantismo e nacionalismo. romantismo e corporativismo. realismo e nacionalismo. modernismo e internacionalismo. A história política da Europa, durante o século XIX, foi marcada por uma sucessão de "ondas" revolucionárias caracterizadas especificamente numa das opções a seguir. Assinale-a: (C) “A tentativa do povo francês de instaurar os sagrados Direitos do Homem e de conquistar a liberdade política não fez mais que trazer à luz sua impotência e falta de valor a este respeito; o resultado foi que não apenas esse povo infeliz mas junto com ele boa parte da Europa e todo um século foram atirados de volta à barbárie e à servidão." devolução dos territórios conquistados pela França, desde a Revolução. desobrigação de pagamento de indenização pelos franceses por terem ocupado territórios de outros países. restauração da monarquia dos Bourbon na França. autonomia da Itália e da Alemanha, divididas e submetidas à hegemonia húngara. O Congresso de Viena representou a consolidação da obra revolucionária na implantação da sociedade burguesa. Os movimentos revolucionários de 1830 marcaram o processo de Restauração, liderados pela aristocracia. As "ondas" revolucionárias corresponderam ao avanço dos cercamentos dos campos — os "enclousures" — que liberaram a população camponesa para as cidades. Os movimentos de 1848 contaram com a participação das camadas populares e com a forte influência das idéias socialistas. Os movimentos de 1870, na Itália e na Alemanha, deixaram a questão nacional em segundo plano, priorizando a conquista da ordem democrática. As revoluções de 1848 na Europa: (A) (B) (C) tentaram impor o retorno do Absolutismo, anulando as conquistas da Revolução Francesa. foram marcadas pelo caráter nacionalista e liberal, incluindo propostas socialistas. provocaram a união das tropas de Bismarck e Napoleão III para destruir o governo revolucionário. (D) (E) conduziram Luís Felipe ao trono da França e deram origem à Bélgica como estado independente. foram vitoriosas e completaram as unificações nacionais na ltália e Alemanha. A franquia dos portos teve um alcance histórico profundo, pois deu início a um duplo processo: (A) (B) (C) (D) (E) o desenvolvimento do primeiro surto manufatureiro no Brasil e o crescimento do transporte ferroviário. o arrefecimento dos ideais absolutistas no Brasil e a disseminação de movimentos nativistas. a emancipação política do Brasil e o seu ingresso na órbita da influência britânica. a persistência do pacto colonial no Brasil e o seu ingresso no capitalismo monopolista. o fechamento das fronteiras do Brasil aos estrangeiros e a abertura para as correntes ideológicas revolucionárias européias. (C) (D) (E) A Independência do Brasil despertou interesses conflitantes tanto na área econômica quanto na área política. Qual das alternativas apresenta esses conflitos? (A) (B) "CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR: MANIFESTO REVOLUCIONÁRIO" (C) Brasileiros do Norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós, após uma estúpida condescendência com os Brasileiros do Sul, aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos. Que desaforado atrevimento de um europeu no Brasil. Acaso pensará esse estrangeiro ingrato e sem costumes que tem algum direito à Coroa, por descender da casa de Bragança na Europa, de quem já somos independentes de fato e de direito? Não há delírio igual (...)." (D) (Ulysses de Carvalho Brandão. A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR. Pernambuco: Publicações Oficiais, 1924) O texto dos Confederados de 1824 revela um momento de insatisfação política contra a: (A) (B) extinção do Poder Legislativo pela Constituição de 1824 e sua substituição pelo Poder Moderador. mudança do sistema eleitoral na Constituição de 1824, que vedava aos brasileiros o direito de se candidatar ao Parlamento, o que só era possível aos portugueses. atitude absolutista de D. Pedro I, ao dissolver a Constituinte de 1823 e outorgar uma Constituição que conferia amplos poderes ao Imperador. liberalização do sistema de mão-de-obra nas disposições constitucionais, por pressão do grupo português, que já não detinha o controle das grandes fazendas e da produção de açúcar. restrição às vantagens do comércio do açúcar pelo reforço do monopólio português e aumento dos tributos contidos na Carta Constitucional. (E) Os interesses econômicos dos comerciantes portugueses se chocaram com o "liberalismo econômico" praticado pelos brasileiros e subordinado à hegemonia da Inglaterra. A possibilidade de uma sociedade baseada na igualdade e na liberdade levou a jovem nação a abolir a escravidão. As colônias espanholas tornaram-se independentes dentro do mesmo modelo brasileiro: monarquia absolutista. A Guerra da Independência dividiu as províncias brasileiras entre o "partido português" e o "partido brasileiro", levando as Províncias do Grão-Pará, Maranhão, Bahia e Cisplatina a apoiarem, por unanimidade, a Independência. Os republicanos, os monarquistas constitucionalistas e os absolutistas lutaram lado a lado pela Independência, não deixando que as suas diferenças dificultassem o processo revolucionário. O reconhecimento da independência brasileira por Portugal foi devido principalmente: (A) (B) (C) (D) à mediação da França e dos Estados Unidos e à atribuição do título de Imperador Perpétuo do Brasil a D.João VI. à mediação da Espanha e à renovação dos acordos comerciais de 1810 com a Inglaterra. à mediação de Lord Strangford e ao fechamento das Cortes Portuguesas. à mediação da Inglaterra e à transferência para o Brasil de dívida em libras contraída por Portugal no Reino Unido. (E) à mediação da Santa Aliança e ao pagamento à Inglaterra de indenização pelas invasões napoleônicas. "O período regencial foi um dos mais agitados da história política do país e também um dos mais importantes. Naqueles anos, esteve em jogo a unidade territorial do Brasil, e o centro do debate político foi dominado pelos temas da centralização ou descentralização do poder, do grau de autonomia das províncias e da organização das Forças Armadas." (FAUSTO, Boris. HISTÓRIA DO BRASIL. 2 ed. São Paulo: EDUSP, 1995. p. 161.) Sobre as várias revoltas nas províncias durante o período da Regência, podemos afirmar corretamente que: (A) (B) (C) (D) (E) eram levantes republicanos em sua maioria, que conseguiam sempre empolgar a população pobre e os escravos. a principal delas foi a Revolução Farroupilha, acontecida nas províncias do nordeste, que pretendia o retorno do Imperador D. Pedro I. podem ser vistas como respostas à política centralizadora do Império, que restringia a autonomia financeira e administrativa das províncias. em sua maioria, eram revoltas lideradas pelos grandes proprietários de terras e exigiam uma posição mais forte e centralizadora do governo imperial. São manifestações do poder político das câmaras municipais, que expressavam a autoridade dos grandes proprietários de terras e de escravo, desde o Período Colonial. (E) contradições das elites, classe média e camadas populares. uma etapa marcada pela estabilidade política, já que a oposição ao imperador Pedro I aproximou os vários segmentos sociais, facilitando as alianças na regência. Durante o século XIX, a economia brasileira continuou essencialmente agroexportadora. O surgimento de uma nova cultura deslocou o centro econômico do país de uma região para outra, porque: (A) (B) (C) (D) (E) a expansão do mercado internacional do algodão deslocou para o Maranhão os capitais aplicados no tráfico negreiro, tornando esta região um grande centro econômico. o Nordeste perdia para a Região Norte grandes contingentes populacionais, tendo em vista a importância da borracha para o comércio de exportação. o café, ao se tornar o produto de exportação mais rentável, transformou a região Sudeste no centro econômico mais importante do País, desequilibrando a relação de poder no Império. a cultura do cacau associada à da cana-deaçúcar do Recôncavo Baiano deslocou para a região Nordeste capitais empregados na exploração das minas. o crescimento das exportações de açúcar tornaram a região Nordeste o centro econômico mais produtivo durante todo esse período. Observe o esquema: Do ponto de vista político podemos considerar o período regencial como: (A) (B) (C) (D) uma época conturbada politicamente, embora sem lutas separatistas que comprometessem a unidade do país. um período em que as reivindicações populares, como direito de voto, abolição da escravidão e descentralização política foram amplamente atendidas. uma transição para o regime republicano que se instalou no país a partir de 1840. uma fase extremamente agitada com crises e revoltas em várias províncias, geradas pelas Esse esquema representa a situação política brasileira durante o II Reinado. Nesse momento, o sistema parlamentarista foi considerado ÀS AVESSAS porque: (A) (B) (C) (D) (E) a composição ministerial era indicada pelo Imperador, mas dependia da aprovação do Legislativo. o exercício do ministério estava limitado a um plano de ação imposto pelo Legislativo. os Ministros de Estado deveriam prestar contas de seus atos ao Imperador e não ao Poder Legislativo. os Ministros de Estado eram escolhidos pelo Presidente do conselho de ministros e este era nomeado pelo Imperador e não pelo Legislativo. os Ministros tinham prazo determinado para permanecer no poder, mesmo fazendo um bom governo. Após a Revolução Praieira de 1848 em Pernambuco, o reinado de D. Pedro II foi marcado por uma paz que se prolongou por algumas décadas. Todas as alternativas apresentam afirmações corretas sobre o segundo Império no Brasil, EXCETO: (A) (B) (C) (D) (E) A Conciliação, ao amenizar as lutas partidárias, funcionou como fator importante na contenção da idéia republicana. D. Pedro II impôs-se como imperador não tanto por sua seriedade e moral impecáveis, mas pelo fato de a elite latifundiária e escravista considerar a Monarquia como poderoso fator de estabilidade. O Brasil permaneceu isolado do resto da América, não só na forma de governo, mas também economicamente, ao desprezar os países latino-americanos e ao permanecer voltado para o Atlântico. O crescimento da produção cafeeira e a Era Mauá dinamizaram a economia nacional, a qual criou bases internas sólidas e deixou de depender do mercado externo. O fortalecimento do governo central garantiu a repressão às idéias republicanas da esquerda liberal no período das Regências. Em relação ao Segundo Reinado e à economia cafeeira, é incorreto afirmar que: (A) o cultivo do café tornou-se o estabilizador da economia do império, reforçando o sistema de dominação dos senhores rurais. (B) (C) (D) (E) a decretação do Bill Aberdeen ampliou o mercado consumidor de café no oeste paulista e região do Vale do Paraíba, consolidando o escravismo. de 1830 a 1880, quase toda a energia econômica voltou-se para o cultivo do café que no mercado consumidor expandia-se consideravelmente. as estradas de ferro foram aparecendo em decorrência do aumento das regiões cultivadas e necessidade de solucionar a questão dos transportes. a solução para a falta de mão-de-obra cafeeira após 1850 apoiou-se no incentivo à imigração, cujas primeiras iniciativas estão ligadas à firma Vergueiro & Cia.