Esquizofrenia.

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RENAPI/NAPNE
Junho de 2010
ESQUIZOFRENIA
 É uma doença mental grave e crônica que,
segundo a Associação de Apoio aos
Doentes Depressivos e Bipolares (2009),
impossibilita a pessoa de se comportar
normalmente na família, no trabalho e na
comunidade.
http://images03.olx.com.br/ui/2/04/41/21870341_1.jpg
Sintomas
 Os sintomas incluem alucinações (“vozes” e
outras),
delírios,
pensamento
desorganizado, alterações dos afetos, das
emoções, do juízo crítico, de vontade e fuga
da realidade.
http://blogsergiofreire.files.wordpress.com/2009/06/grito.jpg
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A pessoa que sofre de esquizofrenia pode:
falar incoerentemente ou deixar de falar;
ter respostas emocionais inadequadas;
humor neutro, ausência de respostas
emocionais ou períodos longos de
exaltação ou depressão;
ideias de perseguição e grandeza;
delírios, alucinações;
distúrbios cognitivos e afetivos;
criar uma realidade paralela.
Diagnóstico
 O diagnóstico é feito pelo especialista a
partir das manifestações da doença. Não
há nenhum tipo de exame de laboratório
que permita confirmar o diagnóstico da
doença. Muitas vezes, o clínico solicita
exames, mas estes servem apenas para
excluir outras doenças que podem
apresentar manifestações semelhantes à
esquizofrenia. (NETO, 2010).
Causas
http://images2.minhavida.com.br/imagensConteud
o/13151/esquizofrenia2_13151_22457.jpg
 Não se sabe quais são as causas da
esquizofrenia. A hereditariedade tem uma
importância
relativa.
Fatores
ambientais
(complicações da gravidez e do parto,
infecções, entre outros) que possam alterar o
desenvolvimento do sistema nervoso no período
de gestação parecem ter importância na
doença. (NETO, 2010)
 Estudos
feitos
com
métodos
modernos
de
imagem,
como
tomografia
computadorizada
e
ressonância magnética, mostram que
alguns pacientes têm pequenas
alterações cerebrais, que parecem
estar implicadas na doença. Veja a
imagem seguinte:
Cérebro de paciente com esquizofrenia
http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/img/esquizofrenia.jpg
Incidência
http://4.bp.blogspot.com/xPl5zKS5gMY/Tai7fdNOhTI/
AAAAAAAACZ4/rNbzGKnwwJ0/s1600/cerbero-2.jpg
 Segundo Amâncio (2010, p.6), cerca de 1%
da população mundial possui esquizofrenia,
e que seus sintomas aparecem normalmente
na juventude.
 A ocorrência precoce (na infância) é 50
vezes menos frequente que nos casos
surgidos na vida adulta.
Principais consequências
 Dificuldade
para criar e manter laços
sociais.
 Problemas para lidar com momentos de
conflito, com perdas e com mudanças,
podendo causar desencadeamento ou
crises e transformação brusca do sujeito,
diz a psicanalista Adriane Barroso.
(REVISTA VEJA, 2009)
 Ocorrência de problemas na escola, no
trabalho, e até dentro da própria casa,
podendo tomar a atitude extrema de
deixar a família ou ser abandonado por
ela.
http://www.carcasse.com/revista/o_gabinete/xilogravura_expressionista_no_brasil/goeldi_abandono.jpg
Evolução da esquizofrenia no cérebro
 Estudos da Universidade da Califórnia em
Los Angeles (UCLA) e do Instituto Nacional
de Saúde Mental (EUA) detectaram a morte
de mais de 10% de massa cerebral no
córtex parietal. Pacientes que tiveram a
maior perda registraram também os
sintomas mais graves, que incluem
alucinações, delírios, pensamentos bizarros
e psicóticos, audição de vozes e depressão.
(COELHO, 2001)
Taxa de perda da massa cerebral de
adolescentes “normais” e esquizofrênicos
Verifica-se maior
perda nos
pacientes
esquizofrênicos!
http://www.loni.ucla.edu/~thompson/MEDIA/PNAS/n469b.jpg
Tratamento
 Neto (2010) afirma que o tratamento da
esquizofrenia visa ao controle dos sintomas e
a reintegração do paciente. O tratamento da
esquizofrenia requer duas abordagens:
medicamentosa e psicossocial.
Fonte: http://www.matorres.com.br/portal/images/stories/remedio.jpg
http://4.bp.blogspot.com/_5JagWcwleg/Spc9zPFmixI/AAA
AAAAAAl4/KdOZtItZWnc/s400/psicologo1movil.gif
 O tratamento medicamentoso é feito com
remédios chamados antipsicóticos ou
neurolépticos. Eles são utilizados para
aliviar os sintomas psicóticos, e também
nos períodos entre as crises. A maioria dos
pacientes precisa utilizar a medicação
ininterruptamente para não ter novas
crises.
http://2.bp.blogspot.com/_XDkMzDleomI/SdE9Xmvk8FI/
AAAAAAAAAEo/xg7VK1cz8nA/s200/esquizofrenia.jpg
 Segundo a Resolução SS nº 295 , de 04 de
setembro de 2007:
Os antipsicóticos são a base para o tratamento
medicamentoso
da
esquizofrenia,
sendo
utilizados na fase aguda, na terapia de
manutenção e na prevenção de recidiva. Os
antipsicóticos disponíveis para tratamento são os
de
primeira
geração,
ou
convencionais,
contemplados no Programa Dose Certa da
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e os
de segunda geração, ou atípicos, incluídos no
Programa de Medicamentos Excepcionais do
Ministério da Saúde. (SÃO PAULO, 2007, p. 2)
 As abordagens psicossociais são necessárias para
promover a reintegração do paciente à família e à
sociedade. Devido ao fato de que alguns sintomas
(principalmente apatia, desinteresse, isolamento
social e outros) podem persistir mesmo após as
crises,
é
necessário
um
planejamento
individualizado de reabilitação do paciente. (NETO,
2010).
http://1.bp.blogspot.com/_f2we-b2vIQA/TBB9z9BFQSI/AAAAAAAAatA/7nyC5oK-7Yw/s400/1.jpg
Outros transtornos associados
Galvão (2001)
 Transtorno Esquizofreniforme
Os
pacientes
com
Transtorno
Esquizofreniforme apresentam um quadro
clínico muito parecido com a Esquizofrenia.
A diferença deve-se ao tempo limitado em
que os sintomas persistem, eles devem
estar presentes por mais de um mês,
porém os pacientes não devem ultrapassar
seis meses com o quadro.
 Transtorno Esquizoafetivo
http://3.bp.blogspot.com/__mY8SU6QVhQ/ShEYH6gw
HGI/AAAAAAAADek/KQo0vHQgvpI/s400/esquizo.jpg
Os pacientes que apresentam essa doença
têm sintomas de esquizofrenia, "misturados"
com sintomas de doença afetiva bipolar
(antigamente
conhecida
como
psicose
maníaco-depressiva) ou de depressão. Esses
sintomas podem apresentar-se juntos ou de
maneira alternada.
 Transtorno Delirante
O principal sintoma apresentado pelos
pacientes com Transtorno Delirante é o
delírio, que deve estar presente por um
período maior que um mês.
Não compromete seu comportamento e
linguagem.
Os
pacientes
podem
apresentar
alucinações,
mais
comumente
relacionadas ao tato e ao olfato (cheiros).
Antigamente denominava-se Paranoia.
 Transtorno Psicótico Breve
O Transtorno Psicótico Breve caracterizase por delírios, alucinações, linguagem ou
comportamento desorganizado ou com o
Transtorno Delirante. Esses sintomas
deverão estar presentes por um curto
espaço de tempo e persistir no mínimo por
um dia, e no máximo por 1 mês,
melhorando completamente dentro desse
período sem deixar sintomas residuais.
 Transtorno Psicótico Compartilhado
(Folie à Deux, Codependência)
Trata-se de uma situação rara na qual uma
pessoa começa a apresentar sintomas
psicóticos (delírios), a partir da convivência
próxima com um doente psicótico.
http://2.bp.blogspot.com/_P7DlgLzVFPo/StkV3MBCBJI/AAAAAA
AABVo/-FwQy78auzg/s400/PersonalidadEsquizoide01.jpg
Pessoas ilustres com esquizofrenia
John Forbes Nash
Matemático, professor e
vencedor do Prêmio
Nobel da Economia, cuja
vida é retratada no filme
“Uma Mente Brilhante” .
Syd Barrett
Um dos fundadores da
famosa banda inglesa
“Pink Floyd”.
Lionel Aldridge
Jogador de futebol
americano.
Jack Kerouac
Escritor franco-americano.
Eduard Einstein
Filho de Albert Einstein.
Vincent Van Gogh
Pintor holandês.
Antonin Artaud
Poeta e dramaturgo francês.
Como lidar com estas pessoas?
 O melhor é tratar a pessoa naturalmente.
Há certos casos, entretanto, nos quais o
comportamento em relação à pessoa
deve ser mudado gradualmente. Isso
ocorre
porque
as
pessoas
com
esquizofrenia têm grandes dificuldades
em processar estímulos sensoriais
diferentes ou simultaneamente.
 Outro aspecto é a comunicação: dever ser
breve, concisa e sem ambiguidades. É
preciso ser prático e direto; as frases
devem ser curtas; e ter paciência é muito
importante.
http://www.fmanha.com.br/blogs/vestindoacamisa/wp-content/uploads/2009/09/conversar.jpg
Na aprendizagem
 Dificuldade de concentração.
 Estados de tensão de origem desconhecida.
 Desinteresse pelas atividades sociais, com
tendência ao isolamento e à retração.
 Tudo isso contribui para que a pessoa deixe
de se dedicar aos estudos e ao trabalho e
apresente dificuldade de adquirir novas
habilidades.
 Perturbações
e
desordem
dos
pensamentos.
 Falta de motivação e apatia são
sintomas que podem, também,
interferir
no
processo
de
aprendizagem do esquizofrênico.
 A frequente associação entre palavras
e frases e a descontinuidade entre as
ideias afeta a comunicação dos
esquizofrênicos e são mais um
obstáculo para que
consigam
aprender coisas novas.
Filmes sobre esquizofrenia
 Uma mente brilhante (A Beautiful Mind, 2001,
Ron Howard);
 Clube da luta (Fight Club, 1999, David Fincher);
 Número 23 (The Number 23, 2007, Joel
Schumacher);
 O Segredo de NeverWas (Neverwas, 2005,
Joshua Michael Stern).
http://www.adorocinema.com/filmes
Livros sobre esquizofrenia
 PALMEIRA, Leonardo. et al. Entendendo
a Esquizofrenia: Como a família pode
ajudar no tratamento? Rio de Janeiro:
Interciência, 2009.
 NETO, Mario Rodrigues Louzã.
Convivendo com a Esquizofrenia: um
guia para portadores e familiares. São
Paulo: Prestígio, 2006.
 STERIAN, Alexandra. Esquizofrenia.
São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001.
Referências

ASSOCIAÇÃO DE APOIO AOS DOENTES DEPRESSIVOS E BIPOLARES. Estigma e
Saúde Mental. Disponível em:
<http://www.adeb.pt/sobre_adeb/publicacoes/guias/texto/estigma.htm>. Acesso em: 28
maio.2010.

AMÂNCIO, Edson. Mente desintegrada. In: Revista Mente e Cérebro. Doenças do
Cérebro: esquizofrenia e bipolaridade. São Paulo: Duetto. Nº 4. 2010.

COELHO, Sandra. Evolução da esquizofrenia. Ciência Hoje on-line. 2001. Disponível
em: <http://www.loni.ucla.edu/~thompson/MEDIA/PNAS/ch_online.html > Acesso em: 08
jun. 2010.

GALVÃO, Ana Luiza. Et al. Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos . 2001.
Disponível em: < http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?189 > Acesso em 09 jun.
2010.

NETO, Mario Rodrigues Louzã. Esquizofrenia. Disponível em:
<http://www.saudemental.net/o_que_e_esquizofrenia.htm> Acesso em: 08 jun. 2010.

SÃO PAULO. RESOLUÇÃO SS nº 295 , de 04 de setembro de 2007. Aprova a Norma
Técnica para inclusão do aripiprazol na relação de medicamentos para tratamento da
Esquizofrenia, no âmbito do Estado de São Paulo. Disponível em:
<http://www.saude.sp.gov.br/resources/geral/acoes_da_sessp/assistencia_farmaceutica/ar
ipripazol/norma_tecnica_aripiprazol.pdf > Acesso em: 08 jun. 2010.

VEJA. Esquizofrenia. Julho de 2009. Disponível em:
<http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/esquizofrenia/esquizofrenia.
shtml#6> Aceso em: 09 jun. 2010.
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