Unificação Italiana e Alemã Antecedentes: Em 1813, após fracassar na invasão da Rússia, Napoleão Bonaparte é obrigado a assinar o Tratado de Fontaineblau com Prússia, Inglaterra, Áustria e Rússia, perdendo o poder na França e ficando com a ilha de Elba, próxima da Córsega. Antes de seu retorno a França, em seu governo dos Cem Dias, quando no fim, perdeu a batalha de Waterloo para o Duque de Wellington foi organizado o Congresso de Viena (1814-1815), na Áustria. Na reunião ocorrida entre as potências da época, Áustria, Inglaterra, Rússia, Prússia e depois a França restaurada (volta dos Bourbon, com Luis XVIII) foi decidido que deveria se estabelecer um equilíbrio entre os grandes estados europeus, a defesa das monarquias absolutistas contra revoltas e revoluções, bem como a punição contra qualquer tentativa de nacionalismo ou luta por independência. Mais importante, o Congresso dividiu a Europa entre essas potências imperiais monárquicas. O Império Russo detinha parte da Polônia, a Áustria, parte da atual Alemanha e o norte da Itália, a Prússia ficando com outros tantos territórios alemães. Essas duas regiões, Alemanha e Itália foram divididas no Congresso de Viena, mas já se tratava de regiões segmentadas devido ao SIRG, formado no século X (depois substituído pela Confederação do Reno, por Bonaparte), sem falar no poder da Igreja, com seu Estado Pontificial, a histórica independência das cidades italianas e dos ducados e principados da Alemanha, ainda com relações feudais de soberania. Nesse contexto de tentativa de restauração das monarquias absolutistas pelo Congresso de Viena (e a Santa Aliança, o braço armado dos países envolvidos), fortalecem os sentimentos nacionalistas em várias regiões da Europa, povos com sentimentos de identidades comuns, que falavam uma mesma língua, que possuíam uma mesma cultura, muitos querendo a independência dos territórios conquistados pelos estados monárquicos centralizados. A Grécia conseguira sua independência do Império Turco Otomano (herança do Império Bizantino). A Bélgica proclamara sua independência da Holanda (herança da luta das duas regiões para se tornarem independentes da Espanha, no século XVI e do Congresso de Viena, que obrigou a Bélgica a ficar submetida à Holanda) Essa onda nacionalista e de lutas pela independência chegou à Itália e à Alemanha, na esteira da Primavera dos Povos de 1848, quando movimentos burgueses liberais e até movimentos de tendência socialista, dos operários, eclodiram na França e outras partes da Europa. Unificação da Itália Por volta de 1830 à Itália estava dividida em vários reinos e ducados (herança do SIRG e do Congresso de Viena), muitos deles sob domínio estrangeiro. O Reino da Lombardia, onde se encontra Milão, o Reino de Parma, a Toscana, onde está Florença, a Venécia, onde se encontra Veneza, a Romagna, onde estão Bolonha e Ravena, todas essas regiões pertenciam ao Império da Áustria desde o Congresso de Viena. Ao sul, havia um estado autônomo, o Reino das duas Sicílias, comandados por Francisco II, descendente do tronco espanhol dos Bourbons franceses (o ramo espanhol dos Bourbon surge com Felipe V, neto de Luis XIV, que o coloca no trono no início do século XVIII, na Guerra de Sucessão Espanhola). O único reino governado por um italiano independente era o reino do PiemonteSardenha onde está Gênova e Turim, próximo à França. Era governado por Vítor Emanuel II da família Savóia, duques do Piemonte e Savóia da época do SIRG (Reich, extinto por Napoleão, em 1806). Fora o Piemonte havia o Estado Pontíficio, sob a autoridade do papa, compreendendo o centro da Itália, nas imediações de Roma. A partir de 1830 e 1848, duas tendências nacionalistas se fortalecem na Itália: uma tendência republicana, com os carbonários (cabanas de carvoeiros, onde se encontravam os republicanos) Giuseppe Garibaldi e Giuseppe Mazzino e uma tendência monarquista, articulada pelo conde Camilo Benso de Cavour, fiel ao rei Vítor Emanuel II, do Piemonte. Mazzini era de Gênova, no mesmo Piemonte, organizando sociedades secretas republicanas e Garibaldi havia lutado pela independência e pela República italiana desde 1830, destacando-se também na Revolução Farroupilha do RS, a partir de 1837, quando o movimento se tornou republicano no ano anterior. Cavour, por sua vez, era monarquista, divulgando a idéias de que somente o reino italiano do Piemonte poderia promover a unificação, perspectivas essas levantadas no Jornal Risorgimento. A partir de 1852, Cavour torna-se o Primeiro-Ministro do Piemonte, sob a autoridade do rei Vítor Emanuel II. Ele obtém apoio externo contra a Áustria, principalmente o amparo de Napoleão III da França (governante desde 1851). Os franceses ajudam o Piemonte com tropas militares em troca de territórios na fronteira com a França, tais como Savóia e Nice. As tropas tomam territórios da Lombardia (Milão) e Romagna (Bolonha e Ravena) a partir de 1860, obtendo apoio também da população italiana de Parma (Parma) e da Toscana (Florença), que realizam um plebiscito e expulsam os austríacos da região. Enquanto as tropas do Piemonte (Turim e Gênova) saem de Turim para conquistar o norte, as tropas republicanas de Garibaldi, seus “Camisas Vermelhas” saem de Gênova para tomar, ao longo de 1860, o Reino das Duas Sicílias, de posse do rei borgonhês Francisco II. Garibaldi desiste de seu projeto republicano para não dividir as forças da unificação, favorecendo com isso, o rei Vítor Emanuel II, do Piemonte. Os últimos territórios conquistados são Venécia (Veneza), em 1866 (Áustria estava fraca devido à Guerra das Seis Semanas com a Prússia) e os territórios da Igreja, em 1870-1871. O papa, ao ver Roma cercada por tropas francesas e do Piemonte, ameaça Vítor Emanuel II de Excomunhão. Contando com a promessa do monarca do Piemonte de que não invadiriam os territórios papais (Emanuel, liberando as tropas francesas para lutar na Guerra Franco-Prussiana de 1870-1871), o Papa Pio IX cede, o estado da Igreja logo sendo tomado de assalto, completando-se a unificação. O papa, preso no Vaticano, recusou-se a reconhecer o novo Estado Italiano Unificado, sob a monarquia Savóia do Piemonte, processo esse chamado de Questão Romana. Somente em 1929, quando Mussoline e o Papa Pio XI assinam o Tratado de Latrão, é que o território independente do vaticano é criado, o menor Estado independente do mundo. As regiões da Istria e do Trentino, na fronteira do Império Austríaco só seriam concedidas para a Itália, após a I Guerra Mundial (1814-1918), o que levou a Itália a lutar na Entente (1915) contra a Tríplice Aliança, após fazer parte desta no início. Unificação Alemã. Napoleão dissolveu o SIRG, formando em 1806 a Confederação do Reno. Congresso de Viena dividiu os 39 Estados alemães, organizados na Confederação Germânica entre Áustria e Prússia. A Prússia era um Império mais industrializado (têxteis e maquinaria) e a Áustria um Estado mais agrário. Com maior população, mais eleitores, a Áustria elegia mais representantes para o Parlamento da Confederação Germânica, formada após o Congresso de Viena. Isso mudou quando a Prússia passou a liderar o Zollverein, uma liga aduaneira, união alfandegária de estados da confederação que pretendiam abolir as tarifar comerciais entre os Estados membros da Confederação para realizar comércio, uma espécie de Mercado Comum Alemão. A Prússia, com mais manufaturados, se beneficiou, vendendo produtos para os Estados da Confederação a preços baixos. 1860: Prússia industrializa-se cada vez mais. O grupo dominante, porém ainda é formado pelos latifundiários (antigos nobres e senhores de terra), chamados de junkers. O rei (Kaiser) Guilherme I, da Prússia escolhe, em 1862, o junker Otto Von Bismark como Primeiro Ministro e esse toma medidas para acelerar o desenvolvimento industrial. Ele amplia as ferrovias de 2 para 11 mil km entre 1862 e 1870. Estimula a siderurgia (extração de minérios) e a metalurgia (fabricação e molde), modernizando também os exércitos (profissionalização), na medida em que a unificação dos Estados Germânicos se daria pela guerra. Bismark une os junkers e a nova burguesia industrial da Prússia, com apoio do exército, significando que a unificação veio de cima e não do povo. Isso leva a Prússia a tentar liderar a unificação, na medida em que a burguesia da região queria o fim dos Estados germânicos para praticar o comércio de forma livre entre todos os territórios. Bismark vai empreender a unificação em nome do Kaiser (César), Guilherme I, formando um Segundo Reich (Império), o primeiro, o antigo SIRG. Em 1866 temos a Guerra das Seis Semanas entre a Prússia e a Áustria, aonde ambas as nações disputam territórios, a primeira saindo vitoriosa. A Prússia forma a Confederação Germânica do Norte (Tratado de Praga, em que a antiga Confederação é extinta), sob a liderança de Guilherme I. O sul permanece autônomo (Áustria deixa o palco político) e o Imperador Francês, Napoleão III, com receio de ter de enfrentar um Estado poderoso em suas fronteiras, se coloca contra a Prússia. Guerra franco-prussiana (1870-1871): Essa guerra ocorre porque a França tem receio da formação de um Estado germânico oriental unificado em suas fronteiras e Bismark pretende com ela, unificar o povo alemão e os estados do norte e sul contra um inimigo comum, os franceses. O exército prussiano vence em 1870 (Metz e Sedan), prendendo o imperador Napoleão III. Temos o fim do II Império Francês e o início da Terceira República. Os prussianos invadem a França republicana e, em 1871, os representantes da Confederação do Norte mais os estados autônomos do sul proclamam em Versalhes (França), o Segundo Reich, sob as ordens do Kaiser Guilherme I. Surge a nova Alemanha e essa garantiu uma indenização de 5 bilhões de francos dos franceses e os territórios da Alsácia-Lorena, na fronteira com a França. Imperialismo do século XIX Processo histórico que resultou, no século XIX no chamado expansionismo europeu ou neocolonialismo. Teve a Inglaterra como maior expoente. Só para ter uma idéia, a comunidade Britânica, em 1930 dominava 53 nações, tais como Nigéria, Quênia, Índia, Austrália e Canadá, possuindo 30 milhões de km e 400 milhões de habitantes. Era Vitoriana (1837-1901): período em que a Inglaterra foi governada pela Rainha Vitória, auge do Império Britânico. Liberais (whigs) e conservadores (tories) se revezavam nos gabinetes e o crescimento industrial inglês era acelerado. Havia um estado consolidado, desde a vitória sobre Napoleão, em 1815, uma marinha mercante e militar poderosa, a libra esterlina sendo a moeda mais valorizada do mundo. Os ingleses chamavam seu domínio de Pax Britânica, por considerarem seu imperialismo a manifestação do fim de todos os conflitos. Importante que a Inglaterra chegou a ser o maior império territórial do mundo. Em 1930, a Comunidade Britânica dominava 53 nações, tais como o Quênia, a Nigéria, a Índia, o Canadá e a Austrália. A comunidade tinha 30 milhões de quiilômetros quadrados e 400 milhões de habitantes. A Commonwealth of Nations é uma associação de territórios autônomos, mas dependentes do Reino Unido, criada em 1931 e formada atualmente por 54 nações, a maioria das quais independentes, mas incluindo algumas que ainda mantêm laços políticos com a antiga potência colonial britânica. A Índia tornou-se uma República em 1947, ainda que possuindo tratados comeciais com o Reino Unido. A Austrália se tornou uma nação com a unificação da federação das seis colônias em 1901, mas ainda fazendo parte da Comunidade Britânica, com um governador geral escolhido pelo Parlamento Inglês e palo rei ou rainha da Inglaterra, chefe de Estado do país. O mesmo vale para o Canadá, que a partir de 1982 eliminou o controle direto do Parlamento Britânico sobre seu território, escolhendo um primeiro ministro como chefe de governo, ainda que a rainha Elizabethe II da Inglaterra seja a chefe de Estado. Importante mecnionar que o Reino Unido é formado por Inglaterra, Irlanda do Norte (o Eire, ou a parte sul, separada do Reino Unido em 1922/essa tem o Euro como moeda, o Irlanda do Norte a Libra, assim como todas as nações do reino Unido), Escócia e País de Gales. Segunda Revolução Industrial: Ocorrida no século XIX, enquanto a primeira ocorrera após 1750. Temos aqui: - A substituição do ferro pelo aço. - Melhorias das ferrovias e dos navios. - Invenção da lâmpada, por Thomas Edison, em 1879. Muitos afirmam que a maioria das invenções creditadas a Edison são da autoria de outros. Um caso famoso que ilustra esta opinião é o de Nikola Tesla (lâmpada e também o inventor do Rádio), que trabalhou com Edison e não teria sido pago por algumas de suas aplicações, aprimoramentos e descobertas. - Substituição do carvão pela energia elétrica. - Descoberta do petróleo, nos EUA e depois em outras partes do mundo (indústria automobilística iria surgir no início do XX). Com essa revolução industrial, forte na Europa e EUA, ainda mais forte na Inglaterra, haveria a necessidade de busca de matérias primas e novos mercados consumidores, uma das principais causas do imperialismo e expansionismo da época. Imperialismo, expansionismo e neocolonialismo: Trata-se de sinônimos históricos. A dominação econômica, política e cultural de uma nação mais poderosa sobre outras. No século XIX, as nações da África e da Ásia principalmente, foram conquistadas pelos países industrializados ou em processo de industrialização, principalmente os europeus. Características e outras causas do Imperialismo: O colonialismo dos séculos XV e XVI ocorreu devido à procura de metais preciosos, especiarias e mercados consumidores para o capitalismo comercial. O neocolonialismo do XIX estava em busca de matérias primas, como o ferro, o petróleo, o cobre, o manganês e o algodão para a indústria, além de novos mercados consumidores para uma produção crescente. Estamos na esteira do capitalismo industrial. O colonialismo dos séculos XV e XVI se pautou pelo comércio marítimo e pelo empreendimento estatal no processo de expansão, as coroas respaldando e financiando a expansão. O colonialismo do XIX foi financiado pelas grandes empresas privadas e bancos que, muitas vezes emprestavam dinheiro para os Estados, os endividando. Além de matérias primas e novas terras, o neocolonialismo estava à procura de: - Terras para o excedente populacional da Europa (190 milhões no XVIII e 423 milhões no XIX). - Áreas para investimento de capitais (subsidiárias para as matrizes, nas metrópoles). - Novas tributações e contingentes militares. - Bases estratégicas para proteger o comércio marítimo. Missão Civilizadora: Em alguns momentos, a política imperialista se ocultava sob uma capa de altruísmo. Os defensores do neocolonialismo diziam que os europeus estavam levando melhores condições de vida para os demais povos periféricos, que estavam querendo apenas civilizar os povos primitivos da Ásia e da África, perspectiva essa chamada de Missão Civilizadora. A obra de Rudyard Kipling sobre o Fardo do Homem Branco, no qual ganhou o Nobel de Literatura, em 1907, demonstra bem essa ideologia. Dominação Imperialista: Processada de forma direta, com ocupação de tropas, de cargos governamentais coloniais por agentes metropolitanos ou de forma indireta, por alianças com as elites locais que receberiam dinheiro e poder. Consequências: Além da exploração e do atraso econômico, o imperialismo modelou as regiões ocupadas, incluindo culturalmente, transformando a maior parte do planeta em áreas dependentes, fortalecendo visões eurocêntricas e etnocêntricas. Além da Inglaterra, tivemos outras nações imperialistas no XIX: França Rússia Países Baixos (Holanda) Bélgica Portugal e Espanha Itália e Alemanha após a Unificação EUA: um imperialismo indireto ou direto, exercido sobre a América Latina. Japão: Manchúria na China, Coréia e Formosa (Taiwan). Imperialismo na África: Conferência de Berlim, em 1884-1885 entre 14 países europeus, EUA e Rússia. Intenções: - Delimitar territórios coloniais para cada potência. - Estabelecer normas de condutas para as potências seguirem e respeitarem, impedindo conflitos entre elas. - Obviamente que não conseguiu eliminar as divergências entre as nações imperialistas, uma das causas da I Guerra Mundial. Antecedentes: A África já era dominada antes da conferência. A França dominava a Argélia, Tunísia e o Marrocos. A Inglaterra dominava amplos territórios, do norte (Egito) até o sul, atual África do Sul. Canal de Suez: Em 1875, a Inglaterra tomou posse deste canal. Tratava-se de uma construção frano-egípcia de 1859-1869, patrocinada por Napoleão III, uma forma de escoar a produção africana, na medida em que o canal ligava o Mar Vermelho ao Mediterrâneo. Guerra dos Bôeres (1899-1902): Conflito entre os ingleses e os bôeres (do holandês, fazendeiro), colonos holandeses que haviam migrado para o sul da África no século XVII e fundado Repúblicas livres independentes, tais como o Transvaal e Orange. Com a descoberta de diamantes em Johannesburgo (1866), no Transvaal, estrangeiros migraram para a região, principalmente britânicos (alguns núcleos já existentes por lá desde 1815). A Inglaterra, visando essas riquezas interveio, anexando as regiões às suas colônias do extremo sul: Cabo (antiga colônia holandesa fundada pela Cia das Índias Orientais) e Natal, após suas tropas destruir as fazendas dos boêres. Em 1910, todas essas regiões formaram a União Sul Africana, uma autonomia limitada, com domínio econômico britânico. A independência política da República da África do Sul se daria somente em 1961, desde antes com a sistema de segregação racial o apartheid. Imperialismo na Africa no século XIX: Itália: tomou posse da Líbia e Somália. Alemanha: colonizou o Togo e Camarões. Bélgica: Tomou posse do Congo, propriedade do rei Leopoldo II. França: já controlava a Argélia, Tunísia e o Marrocos, assegurando essas regiões pela Conferência de Berlim (Também a Costa do Marfim). Portugal: tomou posse de Angola e Moçambique. Únicos Estados livres: Abissínia (atual Etiópia) e Libéria (nação formada para receber negros dos EUA após a Guerra da Secessão de 1861-1865). Índia Chegada dos europeus com Vasco da Gama, em 1498. Século XVI: holandeses, franceses e ingleses disputam a região. Guerra dos Sete Anos (1756-1763) (Entre Inglaterra e França): Inglaterra toma territórios na Índia dos franceses. Século XVIII: Índia é uma espécie de protetorado britânico. Domínio indireto e econômico. Em meados do mesmo século, britânicos constroem estradas, organizam expedições religiosas, culturais, afetando e interferindo nos costumes locais. Temos a destruição das manufaturas téxteis indianas, em razão destes não conseguir concorrer com a indústria téxtil da Inglaterra. Guerra dos Sipaios (1857-1859): teve como causa o nacionalismo indiano contra ocupação e atraso econômico na Índia. Os Sipaios (termo que signidica soldados) eram uma unidade paramilitar de nativos que passaram a servir à coroa inglesa após a Guerra dos Sete Anos (antes serviam à França). Eles se rebelaram primeiramente contra os oficiais ingleses em razão dos cartuchos revestidos de graxa animal, considerados impuros por suas crenças religiosas (sebo de boi ou porco). As causas reais giravam em torno da dominação estrangeira, mas eles usaram os cartuchos como justificativa (até porque os britânicos usaram depois sebo de abelha ou óleo vegetal). Em 1859 a rebelião foi sufocada e, em 1876, o primeiro ministro inglês tornou a Índia parte do Império Britânico, a rainha Vitória se tornando Imperatriz da Índia sem nunca ter estado na região. Independência veio em 1947, com Mahatma Gandhi, atuante desde a década de 1920. Um ano depois (1948), muçulmanos e hindus lutaram entre si, formando-se o Estado do Paquistão, de maioria muçulmana e a União Indiana, de maioria hindu ou budista. Gandhi foi assassinado nesse conflito. Japão O Japão estava isolado do ocidente desde 1542, quando chegaram os primeiros portugueses, seguidos dos espanhóis. O Japão reagiu violentamente à presença européia e às missões jesuíticas. O massacre de 37 mil cristãos japoneses em 1616 demonstra essa xenofobia, o país se fechando completamente em 1648, com a instituição do xogunato Tokugawa. Foi a Revolução Meiji, de 1868 que restaurou o poder do Imperador (micado), antes enfraquecido pelo xogum, uma espécie de senhor militar (daimio) superior aos demais senhores, que centralizou o poder em detrimento do Imperador. Antes disso, o almirante Perry, dos EUA, com uma esquadra naval, forçou a abertura dos portos japoneses, favorecendo o Imperador. O Imperador Matsuhito “Meiji” (Iluminado) adotou uma série de medidas para industrializar o Japão, investindo em infra-estrutura e na intervenção direta do Estado sobre a economia (Edo se tornou a capital, chamando-se Tóquio). Com as novas tecnologias trazidas do ocidente, tais como armamentos (modernização dos exércitos), estradas de ferro, máquinas industriais, o Japão se indsutrializou, iniciando seu processo imperialista (os grandes grupos financeiros, chamados de zaibatsu controlavam os empréstimos e as grandes empresas, surgindo uma forte iniciativa privada). A Guerra contra a China de 1894 (Sino-Japonese) fez com que japoneses tomassem a região da Manchuria (no sul das China) a Coréia e Fomosa, atual Taiwan. Depois, a Guerra Russo-Japonesa de 1904, consolidou o domínio japonês da Manchúria, região em litígio com os russos. Logo o Japão iria expandir seus domínios sobre o Pacífico, entrando em choque com os EUA. China O crescimento demográfico chinês atraiu os europeus no XIX, a procura deste mercado consumidor. Sendo um país agricola, governado por líderes imperiais em constante crise de soberania, os europeus encontraram uma região passível de ser dominada. Os europeus conseguiram isso pela Guerra do Ópio, de 1841. O produto era utilizado pelos chineses como medicamento no século anterior. Produzindo grandes quantidades deste produto na Índia, os ingleses forçaram a entrada no mercado para ganhar mais dinheiro, disseminando o vício na população chinesa. Rebelando-se contra tal vício, as autoridades chinesas teriam obrigado o representante britânico a entregar 20 mil caixas de ópio em 1839 (Cantão), segundo alguns autores, jogando-as no mar, segundo outros, afundando o navio aonde as mesmas estavam. A Inglaterra, que dominava 80 % do comércio com a China, exigiu indenização pelas perdas, acusando a China de violar os tratados de livre comércio. Iniciou-se a Guerra do Ópio e, em 1842, a China foi derrotada, sendo obrigada a assinar o Tratado de Nanquim, pelo qual abria cinco portos ao livre comércio com os europeus, principalmente os ingleses, abolia qualquer fiscalização e entregava Hong Kong à Inglaterra (devolvida somente em 1997). Em 1860 foi assinado o Tratado de Pequim, que estabeleceu a abertura de outros portos, a instalação de embaixadas européias na China, etc. No final do século XIX, a China entrou em guerra contra o Japão, perdendo territórios e precisando pagar indenização aos vencedores. Guerra dos Boxers (1900) Os punhos fechados, ou boxers, como eram chamados pelos chineses, eram lutadores nacionalistas radicais que queriam libertar a nação do imperialismo estrangeiro. Em 1900 organizaram uma rebelião, matando 200 estrangeiros, inclusive o embaixador alemão na China. Em represália, uma força expedicionária internacional, composta por ingleses, franceses, alemães, russos, japoneses e EUA, invadiram o país para acabar com o movimento, forçando as autoridades locais a reconhecer as concessões já realizadas aos imperialistas. Somente em 1911, com o Kuomintang (liderado por Sun Yat-Sen), o Partido Nacionalista Chinês, temos o início de um movimento nacional institucional, não conseguindo, porém acabar com o imperialismo no país, apesar de derrubar o último imperador, iniciando uma República. GUERRA DA SECESSÃO AMERICANA (1861 – 1865). Antecedentes: Região Norte: Existência de uma burguesia emergente, mini e médio fúndio, existência de manufaturas e indústria. Os nortistas eram a favor de um mercado interno, contra o trabalho escravo, apoiando o protecionismo alfandegário, o aumento das taxas de importação para que os produtos nacionais concorressem em melhor situação com os produtos estrangeiros. No norte haviam empreendedores interessados no desenvolvimento nacional, com aplicação de recursos em infra-estrutura, na construção de ferrovias e fontes de energia (elétrica, termoelétrica~carvão, gás natural). Os nortistas eram unionistas, defendendo a idéia de União, ede federação, com autonomia relativa entre estados, mas todos governados por um poder central, o Estado nacional. Região Sul: No sul, figurava o sistema de plantation, com produção de algodão visando a exportação para a Inglaterra. As elites sulistas eram compostas por uma aristocracia rural voltada aos interesses regionais, em defesa dos negócios coma Inglaterra, importando manufaturados em troca da exportação de matérias primas (algodão). Eles defendiam uma liberdade comercial, não em razão de qualquer liberalismo industrial e econômico, mas uma política sem taxas protecionistas para a continuidade dos negócios do algodão, mediante trabalho escravo. Os sulistas defendiam a autonomia total dos estados em relação a União, tendo, portanto, tendências separatistas, em geral, em defesa de estados confederados (cada um com leis próprias, moedas, bancos centrais, tesouros, unidos apenas por acordos comerciais e pela cultura). Eventos importantes: Alguns eventos importantes ocorreram para acirrar as diferenças entre sul e norte, levando à Guerra da Secessão. Em 1833, o nortista William Garrisson funda a Sociedade Americana contra a Escravidão, defendendo a abolição total da escravidão, sem nenhuma indenização aos senhores escravocratas. Em 1852 temos a publicação do livro “A Cabana do Pai Tomás”, de Herriet Stowe, mostrando aos leitores as condições em que se encontravam os negros nas fazendas de algodão, trabalhando 16 horas por dia, sem descanso, abaixo de maus tratos. O livro vendeu um milhão de exemplares em apenas dois anos, difundidno idéias abolicionistas no norte. Em 1860, temos a eleição do nortista Abraham Lincoln, do Partido Republicano, de forte tendência unionista e protecionista. Com isso, o novo presidente visava estimular a indústria nacional, opondo-se a escravidão e ao espírito autonomista do sul. Reações no sul: Elites aristocráticas da Carolina do Sul decidiram separar-se da União, levando outros estados da região a fazerem o mesmo. Formou-se os Estados Confederados da América. Capital: Richmond, na Virgínia. Presidente: Jefferson Davis, aristocrata. Estados integrantes: Virgínia, Carolina do Sul, Carolina do Norte, Geórgia, Flórida, Tenesse, Alabama, Mississipi, Louisiana, Arkansas, Texas. Outros estados escravistas que não se uniram aos confederados, ficando na União (norte): Kansas, Mossouri, Kentucky, Virgínia Ocidental. O Norte se manteve como União, governado pelo republicano Abraham Lincoln. Diferenças na guerra: Os estados do sul contabilizavam 11 estados, com apenas 9 milhões de habitantes, enquanto os do norte tinham 23 estados, com 28 milhões de habitantes. Os estados do sul precisavam importar armas, enquanto os do norte produziam seus armamentos, possuindo mais infra-estrutura, autonomia econômica e auto suficiência produtiva. O sul lutava por autonomia política, mas era dependente das exportações de matérias primas, precisando importar produtos industriais da Inglaterra. Mesmo assim, não podemos esquecer que os ingleses eram contra a escravidão, significando uma posição ambigua, comercializando com o sul, mas pressionando pelo fim desta instituição. Eclosão da Guerra: Em 12 de abril de 1861, tropas Confederadas (uniforme cinza) atacaram o Forte Sumter, na Carolina do Sul, portegido por tropas da União (uniforme azul). Três dias depois, Lincoln declarou geurra à confederação, mobilizando 2,5 milhões de homens para a guerra, que teria um total de 620 mil mortos. Seria a primeira guerra total da história, onde todos os recursos da nação estavam voltados para a guerra. Em 1863, Lincoln fez a Proclamação da Emancipação, libertando os negros dos Estados confederados do sul, uma forma de enfraquecer os sulistas e não se indispor com os estados escravistas que o apoiavam (kansas, Missouri, Kentucky, Virgínia Ocidental). Em 1864, Abraham Lincoln se reelegu presidente, finalizando a guerra em 1865, quando o comandante confederado, o general Robert Lee rendeu-se parante o general nortista, Ulisses Grant. O presidente seira assassinado alguns dias depois do fim da guerra (três dias?), no interior de um teatro, pelo ator John Booth. Consequências da guerra: As principais consequências da Guerra giram em torno da aceleração do processo industrial nos EUA, levando o país a ultrapassar a França, a Alemanha e a Inglaterra em produtividade e desenvolvimento, transformando-se aos poucos na potência mundial econômica, fato consolidado após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. Os EUA se tornaram ainda mais atrativos para a imigração de pessoas a procura de oportunidades. Antes de 1865, a população era de 30 milhões de habitantes, após 1900, chegou à 90 milhões. Não podemos esquecer a Lei Homestead, de 1862, que garantia um lote mínimo a cada colono na ocupação do oeste americano, sem falar na ferrovia transcontinental, do mesmo ano, que garantia acesso ao interior. Assim, ao contrário da Lei de Terras (1850), no Brasil, que dificultou a distribuição de terras, a Lei Homestead facilitou, gerando produtividade, policultura, emprego no campo e um forte mercado consumidor nos EUA. Em 1865, o governo aprovou a 13 º e 14º Emendas. A primeira abolia em todo o território a escravidão, a segunda concedia direitos civis a todos os nascidos nos EUA e naturalizados americanos. Isso deu aos negros o direito de participação na vida política do país. Em 1867, no Tennesse, surge a Ku Klux Klan (do grego, kuklos/círculo e da palavra inglesa klan/clã – também o barulho de um rifle ao atirar). Essa facção foi criada por veteranos sulistas, descontentes com a abolição, tentando impedir os direitos dos negros. As roupas brancas com capuz serviam poara assustar as vítimas. Logo, começaram as agressões e aos assassinatos, normalmente com chamas, as vítimas sendo pregadas em cruzes (1915). O movimento se acirrou quando Ulisses Grant, presidente em 1868 promulgou o voto universal. Em 1877, a justiça proibiu as atividades, a Klan se tornando clandestina e se fortalecendo na época do nazismo e nas decadas de 1950- 1960, época da luta por direitos civis nos EUA (lei contra segregação nas escolas públicas e ônibus). Após a Secessão temos a consolidação do capitalismo industrial no país, favorecendo o imperialismo sobre o continente. Não podemos esquecer da Doutrina Monroe, e o lema “A América para os americanos” (James Monroe, de 1823), que antes estava relacionado a autonomia do continente em relação a Europa e a Inglaterra, agora estava relacionado ao próprio imperialimso dos EUA. Outra idéia era a doutrina do Destino Manifesto, de 1848, que afirmava que Deus reservou aos EUA o domínio mundial. Entre 1901-1909, o presidente Theodore Roosevelt adaptou os fundamentos da doutrina Monroe e do Destino Manifesto no Corolário Roosevelt. O Imperialismo estava em toda a sua intensidade, caracterizando-se em uma política de “voz macia, mas com um grande porrete”. Tratava-se do big stick, no qual os EUA se viam no direito de interferir, mesmo que militarmente, nos países latino-americanos quando consideravam de seu interesse. As intervenções mais marcantes estão em Cuba, no Panamá e na Nicarágua. Cuba: independência da Espanha em 1898, com José Marti a frente, com ajuda dos EUA. Os últimos auxiliaram os cubanos com o pretexto de proteger os interesses de proprietários norte-americanos. Em 1901 temos a instituição na constituição cubana da Emenda Platt, que deu direitos de intervenção dos EUA na ilha, incluindo com tropas militares. Além disso concedeu uma área de 117 km na Bacia de Guantânamo, hoje uma base militar dos EUA e uma prisão para criminosos políticos da potência, aonde se encontram muitos terroristas. A autonomia cubana viria somente com a revolução socialista de 1959, com Fidel Castro e Che Guevara. Panamá: independência da Colômbia em 1903, também com apoio dos EUA. Os últimos receberam o direito de construir um canal, ligando o oceano atlântico ao pacífico, um trabalho iniciado pelos franceses em 1881. Os EUA obtiveram o controle do canal até que em 1970, o governo panamenho fez um acordo para a devolução, ocorrida em 1999. Nicarágua: intervenção militar dos EUA no país em 1909 atpe 1933 dizendo que pretendia estabilizar a região, em constantes lutas camponesas. Nas lutas contra o imperialismo dos EUA aparece o camponês guerrilheiro Augusto César Sandino. Transformado em herói naional após sua morte nas mãos do general Anastácio Somoza, em 1934. Sandino era acusado de terrorista pelos EUA, transformado em modelo da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), equanto Somoza, com apoio dos EUA se tornara líder perpétuo e hereditário do país, até ser derrubado em 1973 pela Revolução Sandinista. PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1814-1818) Chamada de Grande Guerra na época, seira a “guerra para acabar com todas as guerras”. Infelizmente, tais perspectivas não se confirmaram, visto que vinte anos depois de finalizada a I Guerra Mundial, eclodiu outra guerra de proporções ainda maiores. O fato é que as duas guerras quebraram paradigmas, influenciaram e mudaram o mundo, envolvendo a muitos países em escala global, num processo chamado de guerra total. Antecedentes: Com o imperialismo do século XIX as potências entraram em disputas por novos mercados consumidores, iniciando-se as chamadas rivalidades imperialistas, as principais causas da I Guerra Mundial. Vejamos algumas: • Alemanha versus Inglaterra: Disputas por mercados consumidores, ainda mais quando a Alemanha se unifica e se industrializa, levando a tentar tomar territórios ingleses na Ásia e na África. Não podemos esqeucer que na Conferência de Berlim em 1884-1885, a nova nação ficou como Togo e Camarões. • Alemanha versus Franca: baseado no Revanchismo francês, um sentimento instigado na França após a derrota francesa na Guerra Franco-Prussiana de 1870-1871. Não podemos esqeucer que o segundo reich, a nação alemã foi proclamada no palácio de Versalhes, na frança, após o Kaiser Guilhere e seu chanceler, Bismark vencerem Napoleão III. Com essa guerra, a França perdeu os territórios da Alsácia-Lorena, na fronteira. Temos também a chamada Questão Marroquina, de de 1905-1911. O marocos era território francês, reconhecido inclusive pelos ingleses em 1904, quando formaram a chamada Entente Cordiale, em 1904. O problema é que o kaises Guilherme II desembarcou em Tãnger, em 1905, mostrando interesse na região, acirrando os ânimos na França. Temos um conflito pelo Marrocos, uma região cheia de minérios, a Inglaterra, aliada da França tendo de intermediar a situação. Em 1911 a Alemanha reconhecia que o Marrocos era da França em troca de uma parte do Congo, antes território belga e depois francês. Apesar de tudo, isso não solucionaou a rivalidade entre tais nações. • Alemanha versus Rússia: Rivalidade baseada no enfrentamento entre os nacionalismos germânicos (pangermanismo) e eslavo (paneslavismo), a vontade das nações germânicas e eslavas em unificar e proteger territíorios povoados pelas suas respectivas etnias. Com base nessas idéias havia a expansão que levava ao conflito. Além disso, a Alemanha apoiava o expansionismo do Império Áustro-Húngaro, que pretendia anexar as regiões da península balcânica (próximo a Grécia) do moribundo Império Turco-Otomano. O problema é que a Sérvia, nação eslava, aliada da também eslava Rússia, também queria tais territórios, no intuito de formar uma Grande Sérvia, que englobasse todos os povos eslavos da península. Isso levou a Guerra dos Balcâs, na medida em que tratava-se de um barril de pólvora. Tinha uma posição estratégica ligando o Oriente ao Ocidente e muitas nações haviam surgido e se tornado Independentes do antigo Império Turco-Otomano. Podemos citar a Grécia (1829), a própria Sérvia, Montenegro e Romênia (1878), a Bulgária (1897) e a Albânia (1912). O fato é que havia um território em litígio entre Sérvia e Império Austro-Húngaro: a Bósnia Herzegovina. Essa havia sido anexad apela Áustria em 1808, mas era pretendida pela Sérvia, levando a que Rússia, aliada da Sérvia e Alemanha, aliada da Áustria, entrassem em desavenças. • Áustria-Hungria versus Sérvia: Assim, surge a rivalidade entre Áustria e Sérvia, ambas pretendendo um mesmo território, a Bósnia. • Itália versus Austria-Hungria: A Itália pretendia anexar territírios cuja população continha uma cultura e uma língua semelhantes à sua, territórios esses ainda dominados pela Áustria, na fronteira entre as duas nações, uma herança do antigo SIRG. Esses territórios não haviam sido anexados com a Unificação, tratando-se da Istria e do Trentino. • Itália versus França: Disputas pelo território colonial da Tunísia, dominado pela França desde 1881, pretendido pela Itália. Não podemos esqeucer também da Ferrovia Berlim-Bagdá, projeto alemão para interligar sua nação com o Oriente Médio de forma a ter acesso aos recursos naturais fosseis, como o petróleo. A Sérvia se opunha ao empreendimento, pois a estrada passaria por territórios pretendidos por ela, para formar suas Grande Sérvia, levando sua aliada, a Russia a se opor ao empreendimento. França e Inglaterra, também eram contra, a última possuindo territórios na região do Orinte Médio. Para impedir, compraram secretamente ações do empreendimento responsável pelo projeto, boicotando a construção. Sistema de Alianças: Essas rivalidades levaram a formação de alianças militares entre nações específicas, um movimento esperado diante do conflito iminente. São elas: - Tríplice Aliança: Alemanha, Áustria-Húngria e Itália, formada em 1882. O acordo da Itália era apenas defensivo com a Alemanha. Mais tarde ela seria substituída pelo Império Turco-Otomano. - Tríplice Entente: Formada entre 1904 (Entente Cordiale entre França e Inglaterra) e 1907, com a entrada da Rússia. Mais tarde essa última sairia, entrando os EUA, sem falar na Itália, também se aliando aqui. Esse período de alianças é chamado de “Paz Armada”, em função da inexistência de um grande conflito real e direto, mas uma constante preparação para a guerra, uma corrida armamentista voltada para a industrialização e a produção bélica.