Material de apoio em História 8° Ano III Bimestre 2012. Imperialismo e Guerra Na segunda metade do século XIX, países europeus como a Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e It ália, eram considerados grandes potências industriais. Na América, eram os Estados Unidos quem apresentavam um grande desenvolvimento no campo industrial. Todos estes países exerceram atitudes imperialistas, pois estavam interessados em formar grandes impérios econômicos, levando suas áreas de influência para outros continentes. Com o objetivo de aumentarem sua margem de lucro e também de conseguirem um custo consideravelmente baixo, estes países se dirigiram à África, Ásia e Oceania, dominando e explorando estes povos. Não muito diferente do colonialismo dos séculos XV e XVI, que utilizou como desculpa a divulgação do cristianismo; o neocolonialismo do século XIX usou o argumento de levar o progresso da ciência e da tecnologia ao mundo, ou seja, a civilização. Para eles a civilização deve ser imposta aos países e raças onde ela não pode nascer espontaneamente. Na verdade, o que estes países realmente queriam era o reconhecimento industrial internacional, e, para isso, foram em busca de locais onde pudessem encontrar matérias primas e fontes de energia. Os países escolhidos foram colonizados e seus povos desrespeitados. Um exemplo deste desrespeito foi o ponto culminante da dominação neocolonialista, quando países europeus dividiram entre si os territórios africano e asiático, sem sequer levar em conta as diferenças éticas e culturais destes povos. Entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885 foi realizado o Congresso de Berlim. Neste encontro, os países europeus imperalistas organizaram e estabeleceram regras para a exploração da África. Na divisão territorial que fizeram, a cultura e as diferenças étnicas dos povos africanos não foram respeitadas. Segundo nossas analises podemos perceber que o neocolonialismo está intimamente associado ao processo imperialista. Tal neocolonialismo foi acelerado pela disputa de mercados consumidores para produtos industrializados e de investimentos de capitais para novos projetos, além da busca de matérias-primas. Para melhor entendermos o neocolonialismo traçaremos um esbolço que orientara as nossas analises. Vejamos: Continente Africano (uma análise crítica) A enorme riqueza do continente africano, sua posição estrategica na navegação para a Ásia, bem como a necessidade de escoamento da produção industrial europeia fizeram com que a África fosse alvo, nos últimos 150 anos, de exploração constantea serviço dos interesses capitalistas da europa. Esse período conhecido como imperialismo ou neocolonialismo marcou um processo de destruição das culturas africanas paralelamente a introdução, muitas vezes violenta, de aspectos sociais e economicos europeu. Unificação italiana O Congresso de Viena (1814-1815) determinou que os atuais territórios da Itália e da Alemanha fossem divididos em diversos estados dominados por estrangeiros. Os povos desses territórios não aceitaram a divisão feita por Viena e promoveram, então, movimentos racionalistas visando transformar suas nações em estados nacionais independentes. Itália foi dividida em pequenosestados por ordem de Viena, são eles: • Reino Sardo-Piemontês: governado por uma dinastia italiana. Era autônomo e soberano; • Reino Lombardo-Veneziano: governado pela Áustria; • Ducados de Parma, Módena e Toscana: governados por duques subservientes à Áustria; • Estados Pontifícios: governados pelo papa; • Reino das Duas Sicílias: governado pela dinastia de Bourbon. As primeiras tentativas de libertação do território italiano foi uma organização revolucionária chamada de Jovem Itália liderada por Giuseppe Mazzini, republicano que junto com a jovem Itália defendia a independência e a transformação da Itália numa república democrática. Em 1848, os seguidores de Mazzini promoveram outra manifestação contra a dominação austríaca em territórios italianos, mas foram vencidos pelo poderoso exército austríaco. Apesar da derrota, o ideal nacionalista permanecer forte e a partir dessa época, a luta pela unificação passou a ser liderada pelo Reino Sardol-Piemontês. Cavour, um dos líderes do Risorgimento (movimento que pretendia fazer a Itália reviver seus tempos de glória), representava todos os que desejavam a unificação. Para alcançar tal objetivo, Cavour teve o apoio da burguesia e dos proprietários rurais e colocou em prática um plano de modernização da economia e do exército do Piemonte. Aproximouse da França e conseguiu ajuda militar para enfrentar a Áustria. Contando com o apoio da França a Itália unifica seu território faltando apenas Roma, parte que pertencia a Igreja Católica, está era protegida pela frança que ao se envolver em um conflito armado contra a Prússia acaba por abrir caminhos para a Itália tomar roma e unificar seu território. A unificação italiana, no final do século XIX, ameaçou a integridade territorial da Igreja. Esse impasse resultou na assinatura do Tratado de Latrão, em 1929, quando Mussolini criou o Estado do Vaticano. Unificação Alemã A Alemanha estava dividida em estados confederados, cerca de 27, onde grande parte deles estavam sobre controle da Prússia. A Prússia buscava competir com os países europeus imperialistas, mas ainda não possuia forças para isto, pois seu território estava muito fragmentado. O primeiro mininstro prussiano Oto Vom Bismarck defendia a unificação, mesmo que para isso fosse necessário o uso da força. com o cargo de primeiro-ministro da Prússia, o chanceler Otto Von Bismarck tomou a missão de promover o processo de unificação alemã. Em 1864, entrou em guerra contra a Dinamarca e assim conquistou territórios perdidos durante o Congresso de Viena. No ano de 1866, Bismarck entrou em conflito com a Áustria e, durante a Guerra das Sete Semanas, conseguiu dar um importante passo para a unificação com a criação da Confederação Alemã do Norte. Com isso, a Prússia passou a deter maior influência política entre os estados germânicos, isolando a Áustria. Com a deflagração de um desgaste político entre a França e a Prússia, o governo de Bismarck tinha em mãos a última manobra que consolidou o triunfo unificador. Com a vitória na Guerra FrancoPrussiana, em 1870, a Prússia conseguiu unificar a Alemanha. O rei Guilherme I foi coroado como kaiser (imperador) da Alemanha e considerado o líder máximo do II Reich Alemão. Conquistando na mesma guerra as regiões da Alsácia e da Lorena, ricas produtoras de minério, o império alemão viveu a rápida ascensão de sua economia. O processo de unificação da Alemanha, junto com o italiano, simbolizou um período de acirramento das disputas entre as economias européias. A partir do estabelecimento dessas novas potências econômicas, observamos uma tensão política gerada pelas disputas imperialistas responsáveis pela montagem do delicado cenário preparatório da Primeira e da Segunda Guerra Mundial.