A experiência da farmácia do Componente Especializado na 3ª R.S. em Ponta Grossa. Em 2004 a Farmácia que atendia aos pacientes com os medicamentos na época denominados excepcionais começa a aumentar em muito seu número de pacientes e a farmacêutica Vânia Martins Vargas, chefe da Seção de Insumos, Material e Patrimônio inicia um processo de aumento do número de funcionários e do espaço físico. O espaço destinado à farmácia é isolado, pois servia também de passagem para os medicamentos e demais materiais armazenados no almoxarifado. É substituído o balcão alto em que as pessoas eram atendidas em pé por um balcão mais baixo e com três “baias” - espaço para que o paciente e o farmacêutico sentassem separados dos outros atendimentos por uma parede de vidro, tornando a dispensação com maior privacidade. As prateleiras para o acondicionamento de medicamentos que ficavam voltadas para os pacientes foram dispostas de forma que não são visíveis ao atendimento e com gavetas com chaves para os medicamentos controlados. Uma sala junto à farmácia foi isolada para a guarda do estoque dos medicamentos e insumos com ar condicionado, mantendo a temperatura. Todo o espaço da farmácia também conta com ar condicionado e barreira de temperatura sobre a porta. Outra sala, com entrada exclusiva e ao lado da farmácia ficou para as informações e cadastro de pacientes. São adquiridos 04 refrigeradores com visor impedindo a abertura excessiva das portas para retirada de medicamentos, implantados os procedimentos operacionais e um farmacêutico, José dos Passos Neto, é destacado para o trabalho exclusivo da farmácia com mais uma auxiliar de farmácia e uma técnica administrativa. Com a entrada do farmacêutico e o apoio da Dra. Vânia iniciou-se o atendimento ao paciente baseado nas questões legais, técnicas e educativas. As questões legais e técnicas relacionadas à obediência dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas e também ao esclarecimento ao paciente sobre o procedimento médico, o resultado dos exames relacionados, a importância do retorno ao médico e à farmácia para recebimento mensal do medicamento. Deixou-se de aceitar receitas ilegíveis, sem datas ou outras irregularidades sendo que a necessidade de comunicação entre médico/paciente/farmacêutico tornou-se menos tensa com a criação de material informativo sobre a receita. O material abaixo era entregue ao paciente durante a dispensação, se necessário. Quando não era possível fazer a dispensação ao paciente pois a receita tinha irregularidades era fixado na receita o modelo abaixo preenchido e devolvido ao paciente para que ele retornasse ao médico. FARMÁCIA ESPECIAL – 3ª REGIONAL DE SAÚDE Prezado Doutor, Considerando as legislações vigentes não posso dispensar esta receita em anexo. Solicito, por obséquio, uma nova receita: Nome do paciente ⃞ Nome do medicamento ⃞ Duração do tratamento Modo de usar ⃞ Dosagem ou concentração ⃞ Receita rasurada Receita ilegível ⃞ Assinatura do médico ⃞ Carimbo Data da emissão ⃞ Receita em 2 vias ⃞ Validade de 30 dias Identificação do estabelecimento ou médico impresso ⃞ ⃞ ⃞ ⃞ ⃞ Obs.:__________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Data: ___/___/____ _________________________________ Dr. José dos Passos Neto Diretor Técnico CRF-PR 2983 O melhor resultado dessa forma de atuação é termos hoje um índice de receitas devolvidas ao paciente e sem a devida dispensação muito pequeno. Não deixamos também de entrar em contato com os médicos solicitando informações, explicando a legislação. Como muitos pacientes consultam com especialistas em outras cidades o contato telefônico tem sido muito importante. A principal resposta é que nunca deixamos de ser atendidos e a maior dificuldade ainda são com os médicos residentes pois não tem informação de como fazer uma prescrição correta. Outro material que até hoje é utilizado é o da guarda dos medicamentos em refrigerador: Deve ser destacado a informatização em 2008 que gerou diminuição do tempo burocrático com o paciente e aumentando o contato sobre sua situação clínica. Ainda em 2008 foi muito importante a vinda de mais uma farmacêutica, a Dra. Josélia Daher, professora da UEPG, que trouxe um ganho de qualidade nas informações ao paciente além do trabalho relacionado especificamente ao diabético tipo 1 e o uso de análogos de insulina. Aumentou o contato com a UEPG, com os médicos endocrinologistas e nutricionistas, com a indústria farmacêutica e principalmente com os pacientes que possuem um atendimento diferenciado. Alguns trabalhos de avaliação estão sendo realizados e os resultados estão relacionados à melhoria do paciente após o seu contato com o farmacêutico. Em 2010 temos a chegada de mais duas farmacêuticas, Miki Machinski e Monica R. Valente Moro, fazendo com que a farmácia na maioria do período que está aberta tenha as três farmacêuticas atendendo os pacientes e a burocracia e serviços não exclusivos do farmacêutico sendo realizados pelos demais funcionários. A partir de 2011 foi liberado a contratação de um aluno de farmácia estagiário. Em meados de 2012 os farmacêuticos assumiram a auditoria/avaliação das solicitações de medicamentos. Hoje a Farmácia já encontra dificuldades quanto ao tamanho do espaço e a Seção de Insumos Estratégicos junto com o Departamento de Assistência Farmacêutica da SESA tem levado adiante estudos de modificações internas e a construção de um novo espaço pois faz parte do Programa Farmácia do Paraná essa obra.