SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVASOBRATI
MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA
NIEDJA MARIA COELHO ALVES
Farmacêutico Intensivista: um novo profissional
na UTI
JOÃO PESSOA- PB
2012
1
NIEDJA MARIA COELHO ALVES
Farmacêutico Intensivista: um novo profissional
na UTI
Tese apresentada a Sociedade Brasileira de Terapia
Intensiva como requisito parcial para obtenção do
título de Mestre em Terapia Intensiva.
Orientador: Dr. Douglas Ferrari
João Pessoa- PB
2012
2
“O farmacêutico faz misturas agradáveis, compõe
ungüentos úteis à saúde, e seu trabalho não terminará,
até que a paz divina se estenda sobre a face da terra”
Eclesiástico 38-7
3
RESUMO
Atualmente, as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) reúnem diversos profissionais de
saúde, de diferentes formações e conhecimentos específicos, trabalhando em conjunto
para garantir a integralidade do cuidado ao paciente. Neste contexto, a figura do
Farmacêutico Clínico surge para integrar a equipe com seu conhecimento técnico,
científico e humanístico, com a finalidade de garantir economia e o uso racional dos
medicamentos, sem que para isto, sem perda da qualidade e eficácia do tratamento. A
inserção do Farmacêutico Clínico nas UTI enfrenta dificuldades e as principais são:
inexistência de cursos para formação específica e disponibilidade de profissionais que
possam assumir atividades exclusivamente clínicas, ao mesmo tempo que o hospital
disponha de outros farmacêuticos para as atividades logísticas e administrativas. A
intervenção farmacêutica na terapia medicamentosa é parte integrante do processo de
acompanhamento farmacoterapêutico, assegurando um tratamento adequado, efetivo e
seguro, com importantes conseqüências para a melhora do paciente. A descentralização
da farmácia com instalação de Farmácias Satélite e a implantação do sistema de
distribuição de medicamentos por dose unitária se constituem excelentes estratégias
para uma otimização na distribuição dos medicamentos nas diferentes unidades
assistenciais, a exemplo da UTI. As ocorrências iatrogênicas são consideradas
responsáveis pela maior parcela das complicações em UTI, trazendo conseqüências
imprevisíveis, porém evitáveis. A literatura atribui como fatores contribuintes para estes
erros, na categoria recursos humanos, o desconhecimento sobre as drogas por parte da
enfermagem enfatizando a necessidade de treinamentos e formação acadêmica como
medidas preventivas. Alguns serviços já dispõem da presença do Farmacêutico Clínico,
onde este atua no controle das infecções hospitalares, participando da elaboração de
protocolos clínicos, no monitoramento das prescrições, na padronização de
medicamentos, em especial os antimicrobianos, no ajuste de doses em UTI neonatal e
pediátrica, além da UTI cardiológica, a qual conta a presença de pacientes idosos na
maioria dos casos. A inserção do farmacêutico junto à equipe multiprofissional, apesar
de ser uma aboradagem recente, tem demonstrado sua necessidade e os impactos
positivos na redução de erros de medicação, na prevenção de reações adversas, nas
orientações sobre medicamentos e nos custos do tratamento.
Palavras chave: Farmacêutico Clínico, Unidade de Terapia Intensiva, Ocorrências
Iatrogênicas.
4
ABSTRACT
Nowadays, the Intensive-Care Units (ICUs) gather several kinds of health professionals,
from different graduations and especifics knowledges, working together to assure the
integrality of the pacient care. In this context, the character of Clinical pharmacist
emerges to integrate the staff with his technical, cientific and humanistic knowledge,
with the purpose to assure saving and the racional use of the medicines, without
reducing the quality and efficiency of the treatment. The insertion of the Clinical
pharmacist in the ICUs faces difficulties and the principal ones are: absence of courses
for specific graduation and availability of professionals that can take over activities
exclusively clinical, at the same time that the hospital has another Clinical pharmacists
for the logistic and administrative activities. The pharmaceutical intervetion in the drug
treatment is a integrating piece of the pharmacotherapy attendance process, assuring an
appropriate treatment, effective and safe, with important consequences to the pacient
recovery. The decentralization of the pharmacy with the instalation of the satellite
pharmacys and the introduction of the statement on unit dose drug distribution consists
of excelent strategies for otimization in the distribution of the drugs on several
assistencial units. The Iatrogenic Occurrences with medication are considered
responsible for the major parcel of difficulties in the ICU, bringing unexpected
consequences, however avoidables. The literature attributes as contributive factors to
this mistakes, in the human resource category, the ignorance about the drugs by the
nurse staff, emphasizing the need of training and academic graduation as preventive
measures. Some services already have the presence of the clinical pharmacist, which he
acts in the control of the hospital infections, participating in the elaboration of the
clinical protocols, prescription surveillance, drug padronization, in particular in the
antimicrobials, in the dose adjustment in neonatal and pediatric ICUs, besides of the
cardiology ICU, which has the presence of the elderly pacients, in most cases. The
insertion of the pharmacist in a multi-professional team, despite of being a new
approach, has shown its necessity and the positive impacts in the reduction of the
medication errors, in the prevention of the adverse drug events, in guidance about drugs
and in the costs of treatment.
Key words: Clinical pharmacist, Intensive Care Units, Iatrogenic Occurrences.
5
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
8
2. OBJETIVOS
10
3. METODOLOGIA
11
4. DISCUSSÃO
12
4.1.
Histórico
12
4.1.1. História da Farmacologia
12
4.1.2. História da UTI
12
4.1.3. O surgimento da Farmácia Clínica a partir da evolução da Farmácia
Hospitalar
4.2.
13
DEFINIÇÕES
13
4.2.1. A Farmácia Hospitalar
13
4.2.2. Sistema de Distribuição de medicamentos por Dose Unitária
13
4.2.3. Ocorrências Iatrogênicas
14
4.3.
A
FARMÁCIA
NA
UTI
E
SUAS
ATIVIDADES
14
4.3.1. Administração
14
4.3.2. Adequação de custos – Farmacoeconomia
15
4.4. FERRAMENTAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
4.4.1. Descentralização da farmácia – Farmácia Satélite
15
15
4.4.2. A Implantação do Sistema de Distribuição de Medicamentos por Dose
unitária
15
4.4.3. Principais grupos de medicamentos utilizados na TI
4.5. ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO EM UTI
16
17
4.5.1. Inserção do profissional farmacêutico na Unidade de Terapia Intensiva 17
4.5.2. Dificuldades para inserção do farmacêutico clínico da UTI
17
4.5.3. Intervenção Farmacêutica na Terapia Medicamentosa
18
4.5.4. Controle das iatrogenias com medicação em UTI
18
4.5.5. Controle das Infecções Hospitalares
19
6
4.5.6. Sepse
19
4.5.7. Neonatologia
19
4.5.8. UTI pediátrica
20
4.5.9. Pacientes Idosos
20
CONCLUSÃO
21
REFERÊNCIAS
23
7
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, as UTI comportam diversos profissionais de saúde, de diferentes
formações e conhecimentos específicos, trabalhando em conjunto para garantir o
cuidado integral dos pacientes (OLIVEIRA e col., 2010). Neste contexto, o
farmacêutico clínico trabalha, promovendo a saúde, prevenindo e monitorando efeitos
adversos, intervindo e contribuindo na prescrição de medicamentos para a obtenção de
resultados clínicos positivos, melhorando a qualidade de vida dos pacientes sem,
contudo, perder de vista a questão econômica relacionada à terapia.
A participação dos farmacêuticos em Unidades de Terapia Intensiva através da
Assistência Farmacêutica está regulamentada pela Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária), por meio da Resolução (RDC) 7. Mas para mostrar sua
necessidade e valor dentro das UTI, este profissional deverá romper as barreiras
existentes entre a farmácia (ambiente físico) e o paciente.
Considerando a atual estrutura dos serviços de saúde e a situação econômica do
país, a atuação do farmacêutico nas instituições hospitalares é de suma importância para
garantir uma assistência farmacêutica adequada dentro de critérios técnico-científicos e
utilizando mecanismos gerenciais para uma administração eficaz e racional (GOMES &
REIS, 2003).
A representação do profissional farmacêutico como último elo entre o
medicamento e o paciente, relata a importância da sua atuação no âmbito hospitalar,
especialmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), em que devido às
características clínicas do paciente, à complexidade dos medicamentos utilizados e à
grande variação diária das prescrições, requerem uma avaliação farmacoterapêutica
bastante minuciosa (BATISTA e col., 2010).
Farmacêuticos podem monitorar e estabelecer protocolos para administração de
fármacos-alvo, como, por exemplo, os utilizados na sedação e analgesia, medicamentos
de alto risco como a insulina e bloqueio neuromuscular, além de realizar
acompanhamento farmacoterapêutico, reduzindo custos e melhorando desfechos. O
8
ACCP (American College Pharmacy) e SCCM (Society of Critical Care Medicine)
publicaram documento de consenso definindo os níveis de atenção e o papel do
farmacêutico no cuidado de pacientes críticos, para padronização destas ações de acordo
com o nível de atenção e definindo o farmacêutico como um profissional clínico,
administrativo, educador e pesquisador (OLIVEIRA e col., 2010).
O farmacêutico clínico é fundamental no processo de minimização de erros ao
paciente, uma vez que suas funções interferem tanto no aspecto administrativo quanto
no clínico, sendo peça-chave na orientação da estruturação de processos que possam
melhorar os serviços aos pacientes, como, por exemplo, a implantação de prescrição
eletrônica e adequação dos sistemas de dispensação de medicamentos por características
setoriais. No entanto, a política organizacional dos procedimentos para a prevenção dos
erros no âmbito hospitalar deve envolver não apenas o serviço de farmácia, mas também
outros serviços, como a medicina e a enfermagem (CAVALLINI & BISSON, 2010).
9
2. OBJETIVOS
Mostrar quem é o profissional Farmacêutico Clínico e qual a sua
importância/contribuição na composição da equipe de cuidados intensivos em Unidades
de Terapia Intensiva.
10
3. METODOLOGIA
Desenvolveu-se pesquisa de revisão bibliográfica fundamentada em dados
gerados pela literatura científica, relacionando atividades do âmbito profissional
farmacêutico e as Unidades de Terapia Intensiva.
Para isso utilizou-se revistas e livros das áreas de Farmácia Clínica e de
Terapia Intensiva, bem como os periódicos indexados na base de dados LILACS –
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, onde se captaram 17
artigos, que foram classificados e trabalhados de forma conjunta a partir de literatura
pertinente. Empregaram-se para revisão os seguintes descritores: UTI; Farmacêuticos
em UTI; Farmácia Clínica; Iatrogenia.
Para análise dos dados, os trabalhos foram lidos na íntegra e realizou-se uma
síntese de cada um, registrando-se as informações mais relevantes.
11
4. DISCUSSÃO
4.1 HISTÓRICO
4.1.1 História da Farmacologia
A Farmacologia pode ser definida como o estudo dos efeitos das substâncias
químicas sobre a função dos sistemas biológicos e surge como ciência em meados do
século XIX, baseada mais em princípios de experimentação do que um dogma. Os
primeiros acervos terapêuticos eram documentos que refletiam as tradições místicas,
religiosas e médicas da sociedade antiga. Desde o início da civilização, remédios à base
de ervas sempre foram utilizados, farmacopeias foram redigidas, mas nada que se
utilizasse embasamento científico.
Por volta do final do século XVII, a observação e a experimentação
começaram a substituir a teorização em medicina, seguindo o exemplo das ciências
físicas. Vários nomes foram importantes para o desenvolvimento desta ciência, mas
Claude Bernard pode ser considerado o que mais contribuiu. No final do século XVIII e
início do XIX, juntamente com François Magendie começou a desenvolver métodos de
fisiologia e farmacologia experimentais em animais (VILAS BOAS et al, 2006).
4.1.2 História da UTI
A guerra da Criméia, em que Inglaterra, França e Turquia declararam guerra à
Rússia, em 1854 deu origem à necessidade da monitorização constante de soldados
feridos, em virtude dos grandes ferimentos por armamento pesado e moderno para
aquela época. A jovem Florence Nightingale parte com 38 voluntárias para os Campos
de Scurati para amenizar e tratar feridos de guerra. Em condições precárias a
mortalidade entre os soldados hospitalizados atinge 40%. Sua técnica de monitorização
e separação dos pacientes graves dos não-graves reduziu para 2% o número de óbitos,
12
dando-se início ao conceito de Terapia Intensiva. Florence faleceu em 13 de agosto de
1910, deixando um legado para enfermagem e Terapia Intensiva Moderna (SOBRATI).
4.1.3 O surgimento da Farmácia Clínica a partir da evolução da Farmácia
Hospitalar
No final da década de 1950, por iniciativa da Food and Drug Administration –
FDA/USA e da American Medical Association – AMA, iniciou-se a conscientização
dos farmacêuticos no sentido de controlar as reações adversas aos medicamentos.
Verificou-se, então, que essa tarefa dependia do conhecimento de toda a medicação
administrada aos pacientes, durante o período de internação, e que o sistema de
dispensação de medicamentos empregado na época também colaborava para os erros na
administração dos mesmos.
Nasciam, portanto, dois conceitos fundamentais para o início da prática da
farmácia clínica: a elaboração do perfil farmacoterapêutico (registro sistemático de toda
medicação administrada aos pacientes) e a criação do sistema de dispensação de
medicamentos por doses unitárias (STORPIRTIS; RIBEIRO; MARCOLONGO, 2003).
4.2 DEFINIÇÕES
4.2.1 A Farmácia Hospitalar
De acordo com a Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar – SBRAFH, a
farmácia hospitalar, neste momento em que vivemos uma fase clínico-assistencial, pode
ser definida como “Unidade clínica, administrativa e econômica, dirijida por
profissional farmacêutico, ligada hierarquicamente, à direção do hospital e integrada
funcionalmente com as demais unidades de assistência ao paciente”. (SBRAFH, 1997).
4.2.2 Sistema de Distribuição de Medicamentos por Dose Unitária
13
A distribuição por dose unitária é a distribuição ordenada dos medicamentos
com formas e dosagens prontas para serem administradas a um determinado paciente de
acordo com a prescrição médica, num certo período de tempo (GARRISON; SMITH;
BROWN, 1979). A implantação deste sistema levaria a menor frequência de erros,
quando comparada com outras formas de distribuição.
4.2.3
Ocorrências iatrogênicas
As ocorrências iatrogênicas, também denominadas iatrogenias, complicações,
erros, ocorrências adversas, podem ser definidas como eventos indesejáveis, de natureza
danosa ou prejudicial ao paciente, consequente ou não de falhas do profissional
responsável pelo cuidado, e que compromete ou tem o potencial de comprometer a
segurança do doente (BECKMANN e col., 1996).
Por tratar-se de pacientes de alto risco, em que pequenas falhas podem trazer
conseqüências imprevisíveis, entre elas, a piora do quadro clínico e até mesmo a morte,
na Unidade de Terapia Intensiva, qualquer ocorrência iatrogênica passa a ser não só
indesejável, como extremamente prejudicial, fazendo emergir a questão da qualidade da
assistência e o contexto na qual acontece, o que remete, inevitavelmente, para a
avaliação dos serviços de saúde (PADILHA, 2001).
4.3 A FARMÁCIA NA UTI E SUAS ATIVIDADES
4.3.1 Administração
De acordo com Gonçalves (1998), os hospitais evoluíram desde pequenos
grupos estruturados informalmente até as grandes e complexas organizações dos dias
atuais:
As modificações observadas buscaram sempre a adequação dos esforços
humanos, procurando atingir os objetivos definidos inicialmente. Para tanto o
hospital deve ser administrado segundo critérios absolutamente adequados,
14
essencialmente baseados nos pressupostos que caracterizam a moderna
administração empresarial.
4.3.2 Adequação de custos – Farmacoeconomia
A Farmacoeconomia, recentemente difundida no Brasil, traz novas
perspectivas para as decisões, nos setores público e privado. Sua utilidade no âmbito
hospitalar é inquestionável, na seleção dos medicamentos mais custo-efetivos e na
avaliação dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos, nos estudos de utilização de
medicamentos e na revisão periódica dos tratamentos, de forma a considerar não apenas
os resultados clínicos, mas, igualmente, o aspecto econômico das intervenções. Na
farmácia hospitalar esse instrumental pode ser utilizado na elaboração dos guias
farmacoterapêuticos, com o cálculo dos custos-dia de cada tratamento, nos protocolos
terapêuticos e na gestão das compras e dos estoques de produtos farmacêuticos
(BEVILÁCQUA, 2003).
4.4 FERRAMENTAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
4.4.1 Descentralização da farmácia - Farmácia Satélite
Podemos conceituar farmácia satélite como farmácia localizada no próprio
setor da dispensação com a finalidade de estocar adequadamente materiais e
medicamentos e de proporcionar assistência farmacêutica efetiva e direta (CAVALLINI
& BISSON, 2010).
A Farmácia Satélite é uma necessidade em hospitais de grande porte, que
exigem grandes deslocamentos para entregar os medicamentos nas unidades
assistenciais, sendo uma estratégia adequada para otimizar o sistema de distribuição de
medicamentos nesses hospitais (MOLERO & ACOSTA, 2002) . Entretanto, em
hospitais de diferentes portes encontram-se unidades assistenciais que demandam
disponibilidade imediata e diferenciada de medicamentos e materiais específicos, cujo
fornecimento pelo sistema centralizado não é muito efetivo. Essas unidades geralmente
são: centro cirúrgico, pronto atendimento e unidades de terapia intensiva.
15
4.4.2 A Implantação do Sistema de Distribuição de medicamentos por dose
unitária
As vantagens deste tipo de distribuição são:
 A dose do medicamento é embalada, identificada e distribuída pronta, para ser
administrada ao paciente, de acordo com a prescrição médica, não requerendo a
manipulação prévia por parte da enfermagem;
 Na unidade assistencial estarão estocados somente os medicamentos que
atendem os casos de emergência, anti-sépticos e as doses necessárias para suprir as
próximas 24 horas de tratamento do paciente;
 A dupla conferência do medicamento pela farmácia e equipe de enfermagem
através, respectivamente, do registro farmacoterapêutico do paciente e do registro de
administração do medicamento (LIMA; SILVA; REIS, 2003).
Qualquer que seja o sistema adotado, o importante é direcionar esforços para
uma maior integração com os profissionais dos Serviços de Farmácia dos hospitais,
visando compartilhar a responsabilidade com a equipe de enfermagem, no que diz
respeito a solicitação e distribuição de medicamentos, com vistas a uma assistência mais
segura ao paciente (CAMARGO; PADILHA ,2003).
Foto: Exemplos de unitarização de doses em diferentes formas farmacêuticas. Foto tirada na
Feira Hospitalar 2011.
16
4.4.3 Principais grupos de medicamentos utilizados na TI (Emergência e UTI)
Medicamentos mais comuns:







Antibióticos (mais freqüentes em UTI cirúrgicas)
Anti-hipertensivos (mais freqüente em UTI clínicas)
Sedativos/Analgésicos (grupo mais utilizado)
Broncodilatadores
Drogas vasoativas
Anticoagulantes
Bloqueadores neuromusculares
4.5 ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO EM UTI
4.5.1 Inserção do profissional farmacêutico na Unidade de Terapia Intensiva
A presença do profissional farmacêutico atualizado, qualificado e treinado nas
UTI, justifica-se segundo Araújo & Almeida (2008):
Dada a complexidade dos casos no ambiente da terapia intensiva, como
pacientes nefropatas, transplantados, idosos e etc. e à necessidade de
cuidados com monitoramento intensivos, observam-se prescrições extensas
de medicamentos, combinação de drogas potencialmente inapropriadas e
tempo prolongado de hospitalização que representam maior possibilidade de
desenvolvimento de eventos adversos.
Ainda de acordo com estas autoras, muito se discute sobre a evolução e o
impacto da atuação do farmacêutico na UTI, que participa da visita multidisciplinar à
beira do leito, do processo de padronização e dispensação de medicamentos, colabora
com o médico para uma prescrição segura e racional, provê informações técnicas à
equipe e participa ativamente em protocolos clínicos, reduzindo custos associados à
terapia medicamentosa.
4.5.2 Dificuldades para inserção do farmacêutico clínico na UTI
17
As principais dificuldades encontradas são: a inexistência de cursos para a
formação específica e a disponibilidade do farmacêutico para a atuação específica na
atividade clínica, na UTI, assumindo atividades exclusivamente clínicas, ao mesmo
tempo que a farmácia disponha de outros farmacêuticos para as atividades de
administração e logística (Pharmacia Brasileira set/out 2010).
4.5.3 Intervenção Farmacêutica na Terapia Medicamentosa
De acordo com o Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica: Proposta
(2002), a intervenção farmacêutica consiste
no ato planejado, documentado e realizado junto ao usuário e profissionais de
saúde, que visa resolver ou prevenir problemas que interferem ou podem
interferir na farmacoterapia, sendo parte integrante do processo de
acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico
Esse monitoramento das prescrições farmacológicas pelo Farmacêutico
Clínico, em especial de antimicrobianos, assegurando um tratamento adequado, efetivo
e seguro, além de manter uma conduta para a prevenção, resultará não apenas na
otimização da terapia, mas também em uma diminuição de custos para a instituição.
4.5.4 Controle das iatrogenias com medicação em UTI
Em estudo realizado por Padilha (2006), as principais causas de iatrogenias
referentes à medicação encontradas foram: o não cumprimento do horário de
administração dos medicamentos, erro de dosagem, medicamento errado, via de
administração errada, administração de medicamento para paciente trocado e infusão de
soluções incompatíveis.
A literatura atribui como um dos fatores contribuintes para a presença dos erros
de medicação em UTI, na categoria recursos humanos, o desconhecimento sobre as
drogas por parte da equipe de enfermagem, ao mesmo tempo em que sugere como
medida de prevenção a adoção de treinamentos e reciclagens, bem como a valorização
18
desta atividade por parte destes profissionais, enfatizando a necessidade de formação
acadêmica adequada para realizá-la com segurança (CAMARGO; PADILHA, 2003).
4.5.5 Controle das Infecções Hospitalares
A atuação do farmacêutico reduz a mortalidade, duração de internação e alta da
UTI em pacientes com infecções hospitalares, comunitárias e sepse, além de não
aumentar os custos com tratamentos e exames laboratoriais, de acordo com estudo
publicado por MacLaren e col. (2008), além de ter impacto positivo sobre infecções por
meio da seleção adequada de antibióticos e monitoramento da toxicidade dos mesmos.
Podem minimizar o recebimento de fluidos em pacientes com restrição hídrica,
ajustando a diluição de medicamentos (OLIVEIRA e col., 2010).
4.5.6 Sepse
A atuação do farmacêutico junto à equipe da terapia intensiva reflete também a
busca da recuperação do paciente com sepse. A primeira publicação do Surviving Sepse
Campaign, em 2004, pontuava a atuação do farmacêutico, recomendando sua
intervenção na terapia antimicrobiana para que os agentes utilizados sejam entregues
pela farmácia imediatamente à sua prescrição, pois na ocorrência de choque séptico
cada hora de atraso na administração destes antimicrobianos está associada a um
aumento mensurável de mortalidade. Informações sobre a concentração sérica dos
agentes que podem ser fornecidas pelo farmacêutico são importantes para maximizar
seus efeitos e minimizar a toxicidade (ARAÚJO, 2011).
4.5.7 Neonatologia
Os recém-nascidos em cuidados intensivos estão sujeitos a inúmeras
intervenções potencialmente dolorosas e a dificuldade para reconhecer e avaliar a dor
neste período constitui um dos maiores obstáculos ao seu tratamento adequado nas
UTIs. A falta de conhecimento a respeito das escalas utilizadas para avaliar a dor, das
19
indicações para uso de analgésicos e de seus efeitos colaterais nessa faixa etária
contribui para essa realidade (PRESTES e col., 2005).
Em estudo realizado em UTI neonatal, Lerner e col. (2008), classificaram os
erros medicamentosos em: velocidade incorreta de fluidos intravenosos/infusão de
drogas – mais ou menos 10% da taxa prescrita, omissão de dosagem, horário incorreto,
dosagem inadequada, medicamento não autorizado (medicamentos não permitidos para
uso em RN) e administração incorreta do medicamento. Após análise de 73 prontuários
médicos observaram que o erro mais freqüente esteve relacionado com infusão incorreta
de medicamentos e fluidos intravenosos, em função de ajuste equivocado de bombas de
infusão.
4.5.8 UTI pediátrica
Em estudo realizado na UTI pediátrica do Hospital das Clínicas de Porto
Alegre, Carvalho e col. (2003), encontraram alta prevalência de prescrições com
medicamentos não apropriados para crianças, confirmando o uso inadequado e
inadvertido de medicamentos não testados ou de apresentações não padronizadas para
crianças em UTIP. Segundo o autor:
Possivelmente, devido a razões de mercado ou políticas de investimentos e,
talvez, por não ter sido suficientemente pressionada ou estimulada pelos
órgãos oficiais de controle de medicamentos, nas últimas décadas, a indústria
farmacêutica não tem estado comprometida na realização de estudos clínicos
de eficácia e segurança com grupos pediátricos, para a obtenção de
licenciamento de seus produtos para esse seguimento.
4.5.9 Pacientes idosos
O processo de transição etária desencadeado no Brasil entre os anos 40 e 60,
com um declínio significativo na mortalidade e a redução na fecundidade, iniciou um
rápido processo de desestabilização da estrutura etária brasileira (CARVALHO &
WONG, 2008). Esta transição ao mesmo tempo que gera oportunidades, também gera
desafios ao país e a necessidade de definir e implementar políticas públicas, bens e
20
serviços para esta grande parcela da população e um bom exemplo é a busca da
melhoria das UTI.
CONCLUSÃO
Apesar de ser uma abordagem recente, a inserção do profissional farmacêutico
nas UTI junto à equipe multiprofissional nas UTI, tem demonstrado impacto positivo no
que se refere a prevenção das iatrogenias medicamentosas, redução de custos com
tratamento e nas orientações sobre as medicações, seja para os pacientes ou para os
demais membros da equipe.
O objetivo principal do trabalho foi mostrar quem é o profissional farmacêutico
e quais as suas atribuições dentro da UTI e do hospital como um todo. Foi possível
verificar que se trata de um profissional com conhecimentos técnicos, científicos e
humanísticos, sempre atualizado com a realidade e necessidades em saúde e que pode
gerar impactos na qualidade do atendimento ao paciente crítico.
A revisão bibliográfica foi fundamentada em dados gerados pela literatura
científica e os livros e revistas da área das ciências farmacêuticas tiveram uma maior
contribuição a respeito do tema, uma vez que, os artigos, em sua maioria, tratavam tanto
a administração dos medicamentos como as iatrogenias decorrentes dos erros de
medicação como responsabilidades da equipe de enfermagem, ao passo que, sempre
referiam à necessidade de um aprofundamento nos conhecimentos farmacológicos por
parte desta equipe, enquanto a ausência de um farmacologista dentro das Unidades
nunca era questionada. O que pôde de início ser considerada uma dificuldade para a
elaboração desta pesquisa, chama a atenção para uma demanda e necessidade de estudos
mais aprofundados sobre este tema.
A atuação do farmacêutico se faz presente em muitas situações dentro do
ambiente hospitalar, onde este participa diretamente do ciclo da Assistência
Farmacêutica, o qual se inicia com a seleção e padronização dos medicamentos e
termina na dispensação, que pode ser resumidamente descrita como o ato de entrega da
medicação, acrescida de informações sobre seu uso, estocagem e interações,
possibilitando maior adesão e segurança ao tratamento e garantindo o uso racional
destes.
21
Os exemplos observados na literatura demonstram o amadurecimento e a busca
de qualificação dos farmacêuticos, o qual deixa as funções logísticas e administrativas
da farmácia hospitalar e passa a realizar o acompanhamento ou seguimento
farmacoterapêutico dos pacientes em seus leitos, tornando-se Farmacêutico Clínico,
comprometido com os resultados do tratamento medicamentoso. A atual conjuntura das
UTI que buscam a qualidade total nos seus processos vai de encontro ao surgimento
deste “novo”, porém “antigo” aliado da saúde da população dentro das UTI, onde
colocará em prática os seus conhecimentos de farmacocinética, farmacodinâmica,
farmacotécnica, farmacoeconomia, farmacoepidemiologia, farmacovigilância, nutrição
parenteral, controle de infecções, análises clínicas e a os demais ramos que compõem as
Ciências Farmacêuticas.
Esta pesquisa deixa além da recomendação de outros estudos que possam
continuar abordando este tema, a sugestão e proposta da criação de cursos voltados a
formação do profissional Farmacêutico especialista em UTI, ou seja, o Farmacêutico
Intensivista, propriamente dito, onde possam ser desenvolvidas habilidades referentes
ao conhecimento das características da UTI; identificação das necessidades do paciente
e da equipe de cuidado em relação à farmacoterapia; identificação de riscos e priorizar
as intervenções; acompanhamento da evolução clínica e elaboração de protocolos para
situações específicas.
22
REFERÊNCIAS
1. ARAÚJO, R.Q., ALMEIDA, S.M. Farmácia Clínica na Unidade de Terapia
Intensiva. Revista Pharmacia Brasileira – Novembro/Dezembro 2008.
2. ARAÚJO, R.Q. Unidade de Terapia Intensiva: atuação do farmacêutico clínico
na sepse. Disponível em: http://www.racine.com.br/setor-hospitalar/portalracine/setor-hospitalar/unidade-de-terapia-intensiva-atuacao-do-farmaceuticoclinico-na-sepse Data de acesso: 04/01/2012.
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4. BECKMANN, U. e colaboradores. The Australian Incident Monitoring Study in
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