INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS - IRAs

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INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS
AGUDAS - IRAs
Estima--se que morram de IRA
Estima
4 milhões de crianças de
0 a 5 anos por ano/mundo
Prof. Enf. Hygor Elias
PNEUMONIA
75% das mortes
Rinofaringite
Amigdalite
Otite
Sinusite
Trato
Respiratório
Superior
Trato
Respiratório
Inferior
Aspectos Epidemiológicos das IRAs
na Infância
Etiologia
- Infecciosos: vírus e bactérias
- Alérgicos: ácaros, poeira, polén
- Outros: ozônio, fungos, corpos
estranhos
Bronquiolite
Bronquite
Pneumonia
Causam estridor:
Epiglotite
Laringite
Traqueobronquite
Crupe
Infecções das Vias Aéreas Superiores.
• Rinofaringite
• Faringoamigdalites
• Otites
• Sinusites
Rinofaringite Aguda Viral
Doença infecto-contagiosa viral que mais acomete a criança
(4-6 episódios p/ano)
Etiologia
Agente etiológico mais importante: Rinovírus
Parainfluenza
A seguir:
Vírus sincicial respiratório (VSR)
Menos frequentes:
frequentes: Vírus da influenza
Adenovírus
Rinite Aguda Viral
Rinofaringite Aguda Viral
Sinais Predominantes
Predominantes::
Febre < 38ºC,
38 , coriza
coriza,, prurido, obstrução nasal, tosse e espirros
Nos lactentes, quanto menor a criança, o sintoma que mais se
manifesta é a obstrução nasal, há febre (38-39ºC), irritabilidade,
vômito e/ou diarréia.
O recém-nascido pode ter obstrução nasal fisiológica nas
primeiras semanas de vida.
Obs: pode ocorrer secreção amarelada entre 2º e 3º dia, mesmo
sem infecção secundária.
Duração: 1 a 3 dias. Persistindo por 10 dias ou mais pensar em
infecções secundárias.
É o acometimento da mucosa de revestimento da cavidade
nasal
Sinais: crises de espirros, coriza hialina, prurido e obstrução
nasal
Etiologia: componente genético (predisposição a alergias)
Maior incidência acima dos 5 anos, com pico na adolescência.
Tratamento
Drogas como mucolíticos, expectorantes, antitussígenos,
antiinflamatórios não têm indicação nas rinites agudas virais.
Antibióticos indicados somente nas complicações bacterianas.
Gripe
Etiologia:: Vírus Influenza e VRS (0 a 2 anos)
Etiologia
Sintomas Predominantes:
Predominantes:
Febre > 38ºC,
38
rinorréia,
rinorréia, congestão nasal, tosse seca, olhos
vermelhos, dor de garganta, dor de cabeça, dores
musculares intensas, cansaço
Amigdalite Aguda Viral
- Mesmo com secreção purulenta nas amígdalas, somente 15
a 20% dos casos são bacterianos
- Faringoamigdalite com exsudato purulento em crianças
menores de 2 anos, excluída a difteria, mais provável que
seja devida a um adenovírus
São sugestivas de etiologia viral:
Nos lactentes, sintomas semelhantes ao da PN
Duração: 5 a 7 dias, altamente contagiosa
Tratamento:
• Presença de vesículas e/ou hiperemia na garganta
• Coriza, tosse, rouquidão, conjuntivite, diarréia,
principalmente abaixo de 2 anos
Tratamento: Tratar febre e dor
Analgésicos, descongestionantes, repouso, líquidos.
Amigdalite Bacteriana
90% dos casos - Estreptococos beta-hemolíticos do grupo A
Não dar antibioticos
Otite Média Aguda (OMA)
Pico de incidência entre o 6o e o 12o mês de vida
vida..
(Streptococcus pyogenes)
Fator idade:
idade: Antes dos 2 anos de idade, somente 4% das
amígdalites são pelo estreptococo
estreptococo. Entre 5 e 8 anos este
número sobe para 50%
Sugestivos de Faringite Estreptocócica :
• Início abrupto do quadro e febre alta
• Presença de exsudato purulento nas amígdalas
• Petéquias no palato e/ou nos pilares amigdalianos
Agentes Causais:
Causais:
Streptococcus pneumoniae
Haemophylus influenzae
Moraxella catarrhalis
Sugestivos de OMA:
• Início súbito, em geral, durante ou após episódio de
IRA
• Rinite e tosse em 80% dos casos
•
• Febre, otalgia e/ou otorréia - Dor a compressão não tem
valor para diagnóstico
• Gânglios submandibulares aumentados e dolorosos
• Alteração na otoscopia
• Cefaléia e mal-estar geral
• No lactente, queixas inespecíficas (irritabilidade,
choro intenso e freqüente, recusa da alimentação)
• Faixa etária maior do que 3 a 4 anos de idade
Otite Média Aguda (OMA)
Atelectasia
OMA
Otite Média Aguda (OMA)
Tratamento
1ª Escolha: Amoxilina 7 a 10 dias
2ª Escolha: Amoxilina-clavulanato e cefalosporinas
Alergia a Penicilina: Sulfametoxazol-trimetoprim
Secar o ouvido 3x/dia
Tratar a febre/dor
Reavaliar em 5 dias
Normal
OM c/efusão
Otoscopia - achados que sugerem a OMA:
Normal
OM c/ efusão
abaulamento, hiperemia difusa e intensa, perda da translucidez
com opacificação da MT (valorizar ocorrência unilateral)
Dor e
vermilhidão
atrás da orelha
Infecções das Vias Aéreas Inferiores
•Bronquiolites
•Asma brônquica
•Pneumonias
MASTOIDITE
Referir
urgente
Bronquiolite
Faixa etária: (0 a 2 anos)
Etiologia:
VSR (80%)
Parainfluenza
Adenovírus
Mycoplasma pneumoniae
Sinais:
• Febre baixa, tosse seca/produtiva
• Taquipnéia, dispnéia
• Retração intercostal
• Sibílos, roncos e/ou estertores
• Irritabilidade, inapetência
Duração: 7 dias
50% dos casos
se tornam
asma
Asma Brônquica
Faixa etária: pré-escolar e escolar
Etiologia: componente genético
Crises surgem a partir de contato com certos agentes
desencadeantes, como: poeira, ácaro, fumaça de cigarro,
poluição, alimentos, etc.
Sinais:
Pneumonia Aguda
Há consenso de que a maioria dos quadros pneumônicos
costuma ser precedida por infecção viral que favorece a
invasão.
Agentes etiológicos na Pneumonia Viral: 50% dos casos
Parainfluenza, Vírus sincicial respiratório (mais comum no
lactente), Rinovírus, Vírus da influenza, Adenovírus
Fatores de Risco de Agravamento das IRAs:
• Tosse seca
• Taquipnéia, dispnéia
• Sibilância audível c/ ou s/estetoscópio
• Retração subcostal
• Episódios de sibilância ocasional ou freqüente
Baixo peso ao nascer
Desnutrição
Criança menor de 2 anos
Desmame precoce
Vacinação incompleta
Condições precárias de assistência à saúde
Pneumonia Aguda
Sinais sugestivos de pneumonia
Ausculta:
São comuns queixas de:
de:
Tosse, seca ou produtiva, febre, obstrução nasal, coriza,
falta de ar, vômitos, anorexia, dor torácica, dor abdominal,
dor no ombro, queda do estado geral, diminuição da
atividade física.
No lactente, a Pn costuma ter início brusco com febre,
posteriormente taquipnéia, tiragem, gemidos, cianose
periférica, distensão abdominal e taquicardia. Pode
apresentar convulsão.
No RN costumam predominar os sinais gerais de sépsis.
• Presença de estertores crepitantes
• Diminuição do MV na ausência de broncoespasmo
• Submacicez ou macicez à percussão torácica
Obs: Algumas crianças com broncopneumonia e pneumonia lobar
podem apresentar ausculta normal
Hemograma - Alterações não específicas
Raio-x - Nos lactentes com idade inferior a 6 meses, independente do
agente etiológico, costuma-se observar o padrão broncopneumônico.
• Consolidações lobares ou segmentares são mais associadas às
infecções pelo pneumococo e H .influenzae
• Padrões intersticiais são mais sugestivos de pneumonias virais e
por Mycoplasma pneumoniae
AIDPI – Atenção Integrada às Doenças
Prevalentes na Infância.
Avaliação da criança com IRA
... um interrogatório completo
• É uma estratégia que visa a melhoria da saúde
da criança e inclui intervenções no nível
comunitário e no sistema público de saúde.
• Constitui uma das prioridades das políticas de
saúde infantil do Ministério da Saúde (MS),
com ênfase na atenção primária de saúde.
... e um exame físico cuidadoso
Verificar se a criança apresenta algum risco de vida
(sinal de perigo) causada pela IRA ou outra doença
grave
Se doença grave, encaminhar
Se IRA, classificar se a criança está ou não com
pneumonia e se esta é grave ou não
Classificação baseada na proposta AIDPI
SINAIS DE PERIGO EM CRIANÇA < 2 meses
SINAIS DE PERIGO EM CRIANÇA < 2 meses
VERIFICAR se o bebê apresenta:
O bebê está mamando bem?
FR > 60 rpm
O bebê vomita tudo que mama?
O bebê teve febre?
O bebê teve convulsões?
O bebê está se movimentando menos do que o normal
muito sonolento?
ou está
Tiragem subcostal grave
Batimento asa de nariz
Gemido
Febre (=> 38ºC) ou Hipotermia (= < 35,5ºC)
Fontanela abaulada
Secreção purulenta no ouvido
Dor à manipulação
Letargia
Outros sinais de
risco:
• desidratação
grave
• emagrecimento
intenso
• crises de apnéia
• insuficiência
respiratória
POSSÍVEL INFECÇÃO BACTERIANA GRAVE
Conduta
Referir urgentemente
SINAIS DE PERIGO - 2 MESES A 5 ANOS DE IDADE
Diagnóstico de pneumonia se baseia em
dois sinais:
VERIFICAR se a crianca apresenta:
FR, retração subcostal,estridor em repouso e outros sinais (batimentos
asa de nariz, cianose)
Outro problema:
Abscesso de garganta grave
• desnutrição grave
Tumefação na região póspós-auricular
Letargia
• desidratação grave
• anemia grave
aumento da frequência respiratória da criança - é o sinal
de melhor valor prognosticante de pneumonia
presença ou não de tiragem subcostal - é o sinal de melhor
valor prognosticante de gravidade
• dor abdominal
intensa)
Rigidez de nuca
Considera--se como taquipnéia:
Considera
Petéquias
• < 2 meses: com 60 ou mais rpm
• 2 a 11 meses: com 50 ou mais rpm
• 1 a 4 anos: com 40 ou mais rpm
Abaulamento da fontanela
RISCO OU DOENÇA FEBRIL GRAVE
Conduta
Referir urgentemente
Atendimento de Crianças Menores de 2 meses
Tosse
SEM respiração rápida < 60/min
Retração subcostal leve
PNEUMONIA POUCO
PROVAVEL
Tosse
Respiração rápida = > 60/min
COM retração subcostal
COM sinais de perigo: gemido,
batimentos asa de nariz, cianose
Referir urgentemente
• Orientar a mãe para manter cça
aquecida e amamentar c/
frequência
• Manter a cça aquecida e AME
• Retorno em 48 h. p/ aval. ou antes
Tosse
S/ respiração rápida
< 50/min - 2 a 11 m
< 40/min - 1 a 5 a
S/ retração subcostal
S/ estridor em repouso
Sem outros sinais
Tosse
Respiração rápida
= > 50/min - 2 a 11 m
= > 40/min - 1 a 5 a
S/ retração subcostal
S/ estridor em repouso
Sem outros sinais
PNEUMONIA
Tratar no domicílio
• Limpeza nasal
Atendimento de Crianças 2 meses até 5 anos
NÃO É
PNEUMONIA
PNEUMONIA
Tosse
Respiração rápida
= > 50/min - 2 a 11 m
= > 40/min - 1 a 5 a
COM retração subcostal
COM estridor em
repouso
COM sinais de perigo:
gemido, batimentos
asa de nariz, cianose
PNEUMONIA
GRAVE
• Dar 1a. dose antibiótico
Tratar no domicílio
Tratar no domicílio
Referir urgente
• Tratar febre e hipoglicemia
• Tratar febre
• Dar antibiótico 7 dias
• Manter a cça aquecida
• Dar SRO, se diarréia
• Tratar sibilância c/
broncodilatador VO
• Tratar febre
• Dar 1a. dose
antibiótico
• Iniciar oxigenioterapia
• Aliviar tosse, dor de
garganta ou de ouvido
• Retorno em 5 dias ou
antes
• Tratar sibilância c/
broncodilatador VO
• Aliviar tosse, dor de
garganta ou de ouvido
• Retorno em 48 h. ou
antes
• Dar 1a dose
antitérmico
• Dar broncodilatador IV
• Iniciar oxigenioterapia
OBRIGADO!
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