aula 03 e 04 distúrbio trat. respirat. superior

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INFECÇÃO RESPIRATÓRIA
AGUDA-IRA
É um conjunto de doenças, que
acomete principalmente crianças e que
se espalha com facilidade, passando de
uma pessoa para outra, dando mais de
uma vez na mesma criança. As infecções
respiratórias agudas, principalmente a
pneumonia, podem trazer risco de vida
quando não tratadas.
Glaydson Ferrer
Enfermagem Clínica Médica
• Toda a criança que apresenta um ou mais
destes sinais, por até 7 dias sem melhorar,
deve ser levada ao serviço de saúde:
• • tosse
• coriza (nariz escorrendo)
• dor de ouvido
• dor de garganta
• respiração rápida e difícil
CUIDADOS COM CRIANÇAS COM IRA:
NARIZ OBSTRUÍDO
• Lavar com soro fisiológico cada narina,
sempre que necessário. Este soro pode ser
preparado em casa, misturando 1 colher
pequena de sal com um litro de água fervida e
deve ser preparado todos os dias.
TOSSE
• Dar bastante líquido (chás caseiros ou água).
Evitar dar xaropes contra a tosse. A tosse
ajuda a eliminar o catarro. Quando a criança
está com dificuldade de eliminar o catarro,
fazer tapotagem: deitar a criança de bruços,
no colo, e bater com as mãos em concha nas
suas costas.
FEBRE
• Dar banho morno e aplicar compressas
úmidas só com água na testa, nuca e virilha.
• Na febre alta, usar anti-térmico e procurar
atendimento médico.
• Deitar a criança com a cabeça e os ombros
mais altos do que o resto do corpo.
Fazer vaporização, usando um vaporizador ou
uma chaleira ou bule com água fervendo,
apenas nos casos de tosse rouca.
Onde o clima é seco, colocar uma vasilha com
água e panos molhados perto da criança.
• Mantenha a alimentação normal do cliente,
em pequenas quantidades e intervalos
menores – oferecendo várias vezes durante o
dia, sem forçar, evitando assim que a criança
engasgue ou vomite.
Lembrar que durante o período de doenças
infecciosas a criança precisa de mais calorias
através dos alimentos.
VACINAÇÃO DA CRIANÇA
• As vacinas que protegem contra a coqueluche
e a difteria (DPT), contra as formas graves de
tuberculose (BCG) e contra o sarampo, ajudam
a prevenir as doenças respiratórias. Por isso,
todas as crianças da família precisam estar
vacinadas.
Veja neste Guia SUS, o tópico
“Vacinação/Imunização”.
•
ALERGIAS RESPIRATÓRIA
• Com a chegada do inverno e o clima mais
úmido, começa a peregrinação de adultos e
crianças aos consultórios dos alergistas. A
grande maioria dos pacientes apresenta
sintomas de rinite, bronquite e asma,
queixando-se de nariz escorrendo, coceira nos
olhos, tosse e dificuldade para respirar. Sem
falar nas constantes crises de espirro,
principalmente na parte da manhã.
O QUE É ALERGIA?
Trata-se de uma doença hereditária (transmitida
dos pais para os filhos), relacionada ao sistema
imunológico (de defesa) da pessoa. Se um dos
pais é alérgico, a chance de o filho ser é de 20%;
se os dois pais são, as chances passam a ser de
80%. Este fator sofre influências, também, da
região e do ambiente onde a pessoa vive, que
podem, ou não, facilitar o desencadeamento da
doença.
ESTATÍSTICA
• No caso do Brasil, um país tropical com grande
extensão territorial, as pessoas alérgicas sofrem
influências de fatores ambientais inerentes a cada
região; no sul, são registrados mais processos
alérgicos desencadeados devido ao pólen que cai
das flores e à alimentação. Nas grandes cidades
do sudeste, como Rio de Janeiro e São Paulo, as
influências são devido à poluição ambiental
causada pela fumaça do trânsito, indústrias e
chaminés. No nordeste, estão todos os fatores e
o cultural, com exceção do pólen das flores.
Podem ser controladas evitando-se o contato com as
substâncias causadoras, evitando o ambiente e
eliminando os fatores externos que possam estar
desencadeando o processo alérgico. Deve ser tratado
os sinais e sintomas da doença, para que ela não
progrida. Em algumas situações, é necessária a
prescrição de medicamento antialérgico (corticóides
como última opção). Casos graves, como a asma não
controlada e as reações anafiláticas devem ser tratadas
com urgência. A reação anafilática, que pode ser
desencadeada, principalmente, por picada de insetos
(abelhas, vespas e formigas), medicamentos
(antibióticos, ácido acetil salicílico entre outros).
• Além dos fatores genético e ambiental, os
alimentos ; corantes, chocolate e leite , são
grandes desencadeadores de alergia. É
importante minimizar os fatores de risco,
procurando viver em um ambiente seco (sem
umidade), ventilado (sem fungo e ácaro –
parasita responsável por desencadear
processos alérgicos) e limpo (sem poeira ou
sujeira).
DICAS PARA EVITAR AS CRISES:
• Limpe a casa com um pano umedecido em água ou
álcool, evitando desinfetante e outros produtos
químicos. Nada de espanador, cortinas de tecido e
carpete, que concentram muita poeira. Os ácaros,
principais causadores de alergia, são abundantes nos
colchões e travesseiros e por isso é imprescindível o
uso de capas impermeáveis aos ácaros. Evite ter no
quarto almofadas, bichinhos de pelúcia e cortinas
pesadas, pois tudo isso se torna ninho de ácaros. Deixe
entrar ar e sol sempre que possível nos cômodos,
evitando assim o aparecimento de fungos.
OS PRINCIPAIS TIPOS DE DOENÇAS ALÉRGICAS
RESPIRATÓRIA
•
Rinite
Sintomas: coceira no nariz, nariz escorrendo, espirros,
irritação nos olhos, prurido nos ouvidos, garganta
irritada.
Causas: pó (ácaros e fungos), cheiros fortes, fumaça de
cigarro, mudança de temperatura, alguns animais
peludos, pólen de flores. A melhor medida para aliviar
suas crises é evitar as causas: manter a casa arejada,
evitar produtos de limpeza com cheiro forte, eliminar
focos de mofo, principalmente dos armários e forrar
colchões e travesseiros com capas anti-ácaro, além de
evitar sair bruscamente de locais quentes para locais
com ar condicionado.
Sinusite
É a inflamação dos seios da face,
acontecem com a inflamação das
infecções do trato respiratório superior.
É a complicação mais comum da rinite
alérgica. Podendo se tornar crônica.
Sintomas
• Dor na fonte ou região facial;
• Obstrução nasal que pode provocar respiração
pela boca, boca seca e voz fanhosa;
• Escorrimento nasal que pode escorrer em
direção a faringe, provocando mal hálito,
tosse;
• Alteração do olfato, febre, cansaço, fadiga,
indisposição e mal-estar;
Cuidados de Enfermagem
• Manter o cliente em repouso;
• Aplicar compressa quente na face;
• Orientar ao cliente a realizar inalação
com hortelã, eucalipto;
• Observar queixas do cliente;
• Administrar medicação prescrita.
Tratamento e Prevenção
• Ingestão abundante de líquidos, higienização
nasal com S.F e vaporização.
• A obstrução nasal pode ser tratada com;
descongestionantes orais, tópicos, antibióticos,
analgésicos, antitérmicos.
• A prevenção ainda é o cuidado com infecções
nasais, manutenção da permeabilidade nasal
durante as viroses;
• Correção cirúrgica de desvios de septos
obstruídos ou cornetos para evitar sinusite;
• Cuidados quem vive em regiões frias e com
mudanças de temperatura.
Faringite
Inflamação da garganta com hipertermia.
Pode ser aguda ou crônica:
• AGUDA: Membrana faríngea avermelhada,
garganta edemaciada, hipertrofia dos gânglios
linfáticos cervicais.
• CRÔNICA: Irritação persistente, devido acúmulo
de muco expedido pela tosse e por dificuldade de
deglutir, ocorre quando uma infecção
respiratória, sinusal ou da boca se espalha para a
faringe.
Cuidados de Enfermagem
• Repouso no leito durante o estado febril;
• Observar e comunicar o aparecimento de
exantemas pelo corpo;
• Administrar gargarejos com solução salina
morna;
• Higienização oral várias vezes ao dia;
• Ingestão de líquidos;
• Repouso vocal.
Tratamento
• O tratamento é sintomático, com analgésico,
antitérmico e antitussígeno.
• Umidificar as vias aéreas para facilitar a
eliminação das secreções.
• Repouso em casa para evitar complicações.
ASMA BRÔNQUICA
• É uma das doenças mais comuns do aparelho
respiratório,encontrada em crianças, adultos e idosos.
Sua característica principal é uma falta de ar, que as
vezes obriga a pessoa a procurar auxílio em hospital.
• As crises se repetem com freqüência e se devem
basicamente a um estreitamento dos brônquios,
dificultando a passagem do ar principalmente na fase
de expiração. Podem ocorrer devido a inúmeros
fatores, como alergia a substâncias ocasionalmente
inaladas, infecções respiratórias, estresse emocional,
estados de ansiedade e poluição ambiental.
Sintomas
•
•
•
•
•
•
•
Tosse de inicio seca, depois com secreção;
Chiados no peito;
Dispnéia;
Cianose, com inicio discreto;
Sudorese;
Extremidades frias;
Febre.
Cuidados de Enfermagem
• Verificar e anotar sinais vitais ;
• Observar e anotar aspecto e características da tosse;
• Verificar temperatura a para avaliação de possível pnemonia;
• Observar a presença de sudorese;
• Observar a presença de cianose;
• Manter vias aéreas livres. Se for necessário, administrar oxigênio sob
cateter ou máscara;
• Manter cabeceira elevada a 45 graus.
• Oferecer dieta conforme prescrição;
• Aumentar a ingesta de líquidos;
• Proceder à coleta de exames se solicitado;
• Anotar e comunicar qualquer intercorrência com o paciente ao
Enfermeiro responsável por ele;
• Dar continuidade à prescrição médica, anotando e checando todo
procedimento realizado.
Tratamento
•
•
•
•
Xaropes expectorantes;
- Uso de aerosol;
- Soro fisiológico com Berotec ou Atrovente;
- Medicamentos como aminofilina
(broncodilatadores), hidrocortizona e
adrenalina e necessário.
Pneumonia
• É uma inflamação que acomete o tecido
pulmonar, causada por vários tipos de
microorganismos (vírus, bactéria, parasitas e
fungos) e agentes químicos. Ocorre em todas as
épocas do ano e aparece com maior freqüência
em pessoas do sexo masculino. Apesar de
poder aparecer em qualquer fase da vida, é
mais observada em jovens e idosos. A
pneumonia bacteriana mais comum é aquela
causada pela Streptococuspneumoniase, que
ocorre mais no inverno.
Sintomas
• Hipertermia (38º.C a 40º.C).
- Dor torácica (tipo “pontada”, que pode
aumentar com a respiração);
- Dispnéia, calafrios, cianose;
- Tosse com expectoração amarelada ou
esverdeada que pode ter um pouco de sangue
misturado à secreção;
- Gemência e dor torácica;
- Discreta cianose nos lábios;
- Sudorese e as vezes vem de uma gripe mal
curada.
Cuidados de Enfermagem
- Manter o paciente em repouso, em quarto arejado;
- Manter o ambiente tranqüilo, calmo, que proporcione o
conforto ao paciente;
- Fazer a higiene oral e corporal, mantendo o paciente limpo;
- Verificar e anotar os sinais vitais de acordo com rotina da
unidade;
- Oferecer dieta hipercalórica e hiperproteica;
- Estimular a ingestão de líquidos (administração de líquidos EV e
hidratação oral);
- Cuidados com a oxigenoterapia (umidificar o ar inspirado);
- Orientar o paciente, quando tossir a usar lenços de papel;
- Aliviar a dor com analgésicos, conforme prescrito e monitorizar
quanto aos sinais de depressão respiratória;
Tratamento
- A maioria dos pacientes com pneumonia
poderá ser tratada em seu domicílio. Exige-se
hospitalização de pacientes em estado grave
que precisam de cuidados especiais e
medicação endovenosa,de portadores de
outras doenças debilitantes e daqueles cujas
condições domiciliares não permitem o
tratamento adequado. Nos casos graves, até
mesmo a internação em Unidades de
Tratamento Intensivo poderá ser necessário.
Tratamento
• A pneumonia bacteriana deverá ser tratada com
antibióticos. Cada caso é avaliado individualmente
além do tipo de antibiótico.
• Além das medicações, podemos utilizar a fisioterapia
respiratória como auxiliar no tratamento. Na maioria
dos casos de pneumonias virais o tratamento é só de
suporte.
• Utiliza-se uma dieta apropriada, oxigênio e medicações
para dor ou febre. Nos casos de pneumonia por
parasitas ou fungos, antimicrobianos específicos são
utilizados. Muitas vezes uma gripe ou resfriado podem
preceder uma pneumonia. Para tentar evitar
isso,vacinas foram criadas.
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