Diretrizes brasileiras em pneumonia adquirida na

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Diretrizes brasileiras em
pneumonia adquirida na
comunidade em pediatria – 2007
Jornal Brasileiro de Pneumologia 2007;33 (Supl 1):S 31-S 50
Vanessa Macedo Silveira Fuck – R1/
Unidade de Pediatria-HRAS/SES/DF
www.paulomargotto.com.br
Epidemiologia
• Infecções respiratórias agudas (IRA):
– 4 a 6/ano2-3% evoluem para pneumonia1
• Pneumonia: 80 % das morte por IRA
• Incidência em < 5a:
– 0,29 episódios/ano
– 150,7 milhões de casos novos
– 7 a 13% - internação hospitalar2
1. Ahmad OB, Lopez AD, Inoue, M. The decline in child mortality: a reappraisal. Bull World Health
Organ. 2000;78(10):1175-91
2. Farha T, Thomson AH. The Burden of Pneumonia in Children in the Developed World. Paediatr
Respir Rev. 2005;6(2):76-82.
DATASUS [www.datasus.gov.br]. Brasil: Ministério da Saude SINASC – Sistema de informações
sobre nascidos vivos. Sistema de informações sobre mortalidade.
IRA em menores de 5 anos
• Uma das 5 principais causas de óbito em
países em desenvolvimento1
• PAC: 3 milhões de mortes/ano (25%)2
• No Brasil:
– 2ª causa de óbito em menores 5 anos
1. Williams BG, Gouws E, Boschi-Pinto C, Bryce J, Dye C. Estimates of world-wide distribution
of child deaths from acute respiratory infections. Lancet Infect Dis. 2002;2(1):25-32.
2. Camargos et al. Pneumonias comunitárias Infância e adolescência. Pneumoatual 2003 Nov
DATASUS [www.datasus.gov.br]. Brasil: Ministerio da Saude SINASC – Sistema de informações
sobre nascidos vivos. Sistema de informações sobre mortalidade.
Etiologia
Etiologia
• SP1 - crianças com PAC
• 102 crianças: 1 mês a 11,5 anos
• Aspirado Pulmonar:
– cultura e bacterioscopia
• 61,8% de positividade para bactérias
1. Ejzenberg B, Fernandes VO, Rodrigues Neto AJ, Baldacci ER, Belizzio Neto L. Pesquisa da
etiologia bacteriana em 102 crianças internadas por pneumonia aguda. Pediat. (São Paulo)
1986;8(2):99-106.
Aspectos Clínicos
• Precedida por IVAS
• Pneumonia Afebril do Lactente: < de 6 m,
irritabilidade, insidioso.
• Virais: febre > 39º e melhora rápida com
anti-térmicos
• Bacterianas: mantêm a prostração.
Aspectos Clínicos
• Estado Geral: irritabilidade, cefaléia,
hiporexia, vômitos, dor abdominal (15%)
• Tosse: inespecífica
• Febre
• Taquipnéia: gravidade e hipoxemia
• Tiragem Subcostal/Intercostal e BAN(<1a)
• Creptações e MV diminuído
SUSPEITA CLÍNICA: TAQUIPNÉIA + TOSSE+ FEBRE
Avaliação da Gravidade
Sinais de Hipoxemia:
-sudorese
-palidez
-agitação/sonolência
Internação Hospitalar
< de 2 meses:
Se houver hipoxemia não
• Grave Internação
responsiva, instabilidade
2 meses a 5 anos:
• SpO2 < 92%,
cianose
hemodinâmica • Sinais de gravidade
• FR > 70 rpm
• SpO2 < 92%, cianose
e falência respiratória.
• Dificuldade respiratória
• FR > 50 rpm
• Apnéia intermitente
• Falha do tto ambul.
• Gemido
• Doença grave associada
• Impossibilidade de se
•
Sinais
radiológicos
de
alimentar
gravidade (derrame pleural,
• Incapacidade tto em

pneumatoceles,
abscesso)
domicílio Terapia Intensiva
pesquisa do ag. etiológico.
Radiologia
– Confirmação
– Avalia Extensão
– Complicações
Bactérias
Padrão alveolar-segmentar
ou lobar, broncograma
aéreo, abscessos,
pneumatoceles,
espessamento ou derrame
pleurais e imagens
arredondadas.
Vírus
Espessamentos brônquicos
e peribrônquicos, infiltrados
intersticiais, adenopatia
hilar, hiperinsuflação e
atelectasia.
Baixa sensibilidade
para diagnóstico
etiológico
Diagnóstico Laboratorial
• Leucograma:
– Pouco valor na diferenciação Vírus x Bactérias
– Solicitar apenas em pacientes internados
• Proteína C Reativa:
– Não usar rotineiramente
• Hemocultura:
– Todos os casos internados
– Valor epidemiológico e perfil de sensibilidade aos
ATBs
• Anticorpos específicos-Sorologias:
– Chlamydia e Micoplasma
Diagnóstico Laboratorial
• Técnicas invasivas:
– Punção aspirativa e lavado broncopulmonar
– Terapia intensiva e sem resposta ao tto
• Pesquisa de Gram e cultura do escarro:
– Não usar rotineiramente
• Isolamento de vírus e testes sorológicos:
– PCR e cultura IF (S=90%)
• Teste de Aglutinação de latex:
– Líquido pleural e urina (S=73%)
– Anti-pneumococo e anti-hemófilo B
Tratamento Ambulatorial
•
•
•
•
•
•
Tratar a febre, alimentação e hidratação;
Observar sinais de piora;
Marcar retorno em 48 h;
Amoxicilina (ou Pen procaína);
> 6 anos: Macrolídeos
Suspender ATB após 3 a 5 dias de melhora
clínica (7 a 10 dias de tratamento)
Pacientes Internados
Menores
de 2 meses
Taquipnéia
Tiragem Subcostal
Sinais de Gravidade
INTERNAR
Hm, VHS, PCR e Hemocultura
Ampicilina ou Penicilina
Com Aminoglicosídeo
Se evidência de Stafylo:
Oxacilina
Ampicilina ou Penicilina com
Cefalosporina de 3ª geração
Se suspeita de Clamidia:
Eritromicina
Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria – 2007.
Maiores de 2 meses
Retirado do Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria – 2007.
Complicações
• Permanece com febre ou clinicamente
instável após 48-72 h de ATB
•Derrame pleural
•Abscesso Pulmonar
•Atelectasia
•Pneumatocele
•Pneumotórax
Prevenção
• Desnutrição, baixo peso nascer e
desmame precoce.
• Vacinação:
– PNI
– Antipneumocócica conjugada 7-valente
– Anti-Haemophilus influenzae tipo B
Obrigada!!
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