EDITORIAL Prezados leitores, A educação matemática tem como

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EDITORIAL
Prezados leitores,
A educação matemática tem como interesse principal o ensino e a aprendizagem da
matemática, bem como o próprio conhecimento matemático. O campo profissional é
composto por professores que ensinam matemática, desde as séries iniciais até o ensino
superior. O campo científico caracteriza-se pela produção regulada de conhecimentos a partir
da contribuição de várias disciplinas científicas.
As pesquisas desenvolvidas nessa área tem sido realizadas, no Brasil, principalmente
nos programas de pós-graduação strictu sensu e o número de produções aumenta anualmente.
O reflexo dessa expansão também evidencia-se nas atividades desenvolvidas nos cursos de
Matemática e Pedagogia, licenciatura, em que docentes e acadêmicos imergem cada vez mais
na busca por respostas a problemas que se fazem presentes no ensino e aprendizagem de
matemática.
Cumprindo com a responsabilidade de atuar na divulgação do conhecimento científico
produzido no âmbito da UNIFESSPA, este dossiê apresenta em oito artigos os resultados de
pesquisas desenvolvidas em educação matemática, duas resenhas de livros publicados em
nível nacional e internacional referentes a temas da área e uma listagem de Trabalhos de
Conclusão de Curso – TCCs defendidos na Faculdade de Matemática. Portanto, a leitura
desse material interessa a professores em formação inicial e professores em formação
continuada, além de outras pessoas que pesquisam ou estudam o tema.
O artigo intitulado Alfabetismo funcional em matemática, numeramento e
escolaridade na EJA, de autoria de Carlesom dos Santos Piano, Licenciado Pleno em
Matemática, aborda o desempenho dos alunos da EJA na resolução de questões matemáticas
envolvendo habilidades de diferentes níveis de alfabetismo funcional. A pesquisa evidencia
que o numeramento e o grau de escolarização influencia positivamente a resolução de
problemas pelos alunos da Educação de Jovens e Adultos – EJA.
Aline Cristina Alves Leite, Licenciada Plena em Matemática e autora do artigo Textos
nos livros didáticos de matemática: características de seus usos, analisa como os livros
didáticos voltados para o 7º e 8º anos do ensino fundamental se utilizam de textos em
atividades matemáticas. O estudo mostra que há diversidade de textos presentes nestes livros,
mas que nem todos estão ligados a tarefas que possam explicitamente promover o
aprendizado dos alunos.
Obstáculos didáticos na resolução de expressões numéricas no 6º ano do ensino
fundamental, escrito por Elaine Cristina Souza de Alexandria, Licenciada Plena em
Matemática, discute algumas dificuldades apresentadas por alunos na resolução de
expressões numéricas. A autora conclui que obstáculos de ordem didática manifestados pelos
alunos podem ter sido originados na estratégia de ensino adotada pelo professor.
Escrito por Airon Rogério Ferreira de Souza, Elcio Gomes de Oliveira, Emanoel
Barbosa de Castro e Fábio Alves Botelho, acadêmicos do curso de Matemática, Licenciatura,
o artigo Dificuldades de alunos do 6º ano do ensino fundamental na resolução de problemas
analisa as características das resoluções apresentadas por alunos para diferentes tipos de
problemas. Tal investigação aponta para o fato de que seguir as etapas de resolução aumenta
as chances de os alunos chegarem a uma resposta correta.
O artigo Percepções de professores do ensino fundamental sobre o uso da modelagem
matemática como metodologia para ensinar matemática, escrito por Antonio Sidiney da
Costa Oliveira, Chardival Dias de Oliveira Neto e Erika Rocha dos Reis, acadêmicos do
curso de Matemática, Licenciatura, analisa o que os professores das séries iniciais e finais do
Ponto de Partida: Revista Acadêmica Discente do Campus de Marabá, nº 2/2013
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ensino fundamental falam acerca do uso da modelagem matemática com finalidades de
ensino de matemática. A conclusão dos autores é que embora haja uma diferença entre as
percepções dos professores do primeiro e do segundo segmentos do ensino fundamental,
ambos praticamente desconhecem o que vem a ser esta estratégica metodológica.
Em Modelagem matemática: uma estratégia possível para a melhoria da prática
pedagógica dos professores do ensino médio, o professor Licenciado Pleno em Matemática,
Alex Santos da Silva, discute como a modelagem matemática pode contribuir para a melhoria
da prática pedagógica dos professores do ensino médio. A pesquisa aponta para o fato de que
dificuldades como falta de conhecimento acerca da modelagem matemática, tempo e
despreparo por parte dos professores inviabilizam a prática desta estratégia em sala de aula
pelos docentes.
Os acadêmicos do curso de Matemática, Licenciatura, Juliano de Castro Alves e José
Ricardo dos Santos Freitas, e o professor da Faculdade de Matemática, Campus de Marabá,
Josiel de Oliveira Batista, no artigo O uso da história da matemática como estratégia de
ensino, discutem o conhecimento que os professores do ensino médio manifestam acerca do
uso da história da matemática para ensinar matemática. O estudo mostra que para boa parte
dos professores tal estratégia restringe-se apenas ao conhecimento da biografia e do trabalho
de matemáticos considerados personalidades na história da matemática.
No artigo intitulado A etnomatemática no contexto escolar do Programa de Educação
de Jovens e Adultos – PEJA e da Educação de Jovens e Adultos – EJA, de autoria dos
acadêmicos do curso de Matemática, Licenciatura, Marcelo Augusto da Costa Maciel,
Mateus Gonçalves Martins e Willian Mathias Formachari de Oliveira, e do professor da
Faculdade de Matemática, Campus de Marabá, Josiel de Oliveira Batista, é discutido se o
conhecimento matemático de alunos tem sido aproveitado pelos professores no âmbito
escolar da EJA e do PEJA. A pesquisa evidencia que embora o currículo para esse público
seja diferenciado, há a necessidade de mudanças metodológicas para que de fato o
conhecimento dos alunos possa ser utilizado em sala de aula.
A resenha intitulada O pensamento matemático mediado pela escrita, de Sonalle
Rosane Moura da Nóbrega e Sylvania Valadares do Nascimento Araújo, alunas do curso de
Matemática, Licenciatura, sintetiza as contribuições de um livro publicado no Brasil sobre as
potencialidades de utilizar-se da escrita como ferramenta para desenvolver o pensamento
matemático.
Carlos Roberto Barbosa de Souza, acadêmico do curso de Matemática, Licenciatura,
no texto Existe um gene para a matemática?, resenha as ideias presentes em um livro
traduzido para o português sobre a teoria de que a aprendizagem matemática poderia ou não
ser oriunda de um gene específico do ser humano.
A lista de TCCs elenca os trabalhos defendidos por alunos da Faculdade de
Matemática a partir do ano de 2005. Estão ordenados por ano de defesa, em ordem alfabética.
Manifestamos nossos agradecimentos aos autores dos trabalhos e, em especial, aos
pareceristas que contribuiram sobremaneira para que este dossiê fosse concretizado.
Ronaldo Barros Ripardo
Editor Responsável
Ponto de Partida: Revista Acadêmica Discente do Campus de Marabá, nº 2/2013
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará – UNIFESSPA
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