FACULDADE TEOLÓGICA BETESDA SIDNEY WAGNER DA SILVA A DIVINDADE DE CRISTO SÃO PAULO 2015 1 SIDNEY WAGNER DA SILVA A DIVINDADE DE CRISTO Monografia apresentada junto ao Curso de Bacharel em Teologia da faculdade teológica betesda na área de concentração (???), como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel. Orientador: Prof.__________________ São Paulo 2 2015 Sidney Wagner da Silva A Divindade de Cristo Monografia apresentada junto ao Curso de Bacharel em Teologia da faculdade teológica betesda na área de concentração (???), como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel. Orientador: Prof.__________________ COMISSÃO EXAMINADORA ______________________________________ Prof. Dr.___________________________ Faculdade teológica betesda ______________________________________ Prof. Dr.___________________________ Faculdade teológica betesda ______________________________________ Prof. Dr.___________________________ Faculdade teológica betesda São Paulo, _____ de ________________de 2015. 3 AGRADECIMENTOS Aos professores da faculdade teológica betesda pela compreensão, e paciência que mostraram para comigo durante estes longos anos de curso. Aos meus familiares, principalmente a minha esposa que sempre procurou colaborar nas horas que precisava dedicar-me aos estudos e minhas filhas pelo apoio e incentivo. 4 RESUMO Este trabalho tem por objetivo ampliar o conhecimento daqueles que buscam aprimorar-se diante de Deus acerca da Divindade/humanidade de Jesus Cristo, tanto no Velho Testamento, quanto no Novo Testamento, assim como tirar possíveis dúvidas que possa haver em alguns. Deus em sua infinita sabedoria dispôs desde ao mais simples leitores das Escrituras até aos grandes e dedicados estudiosos, o conhecimento a respeito de Jesus Cristo como sendo Deus. Apesar de alguns ou por que não dizer, vários estudarem a respeito do assunto, com o intuito de contrariar a verdade bíblica que Jesus Cristo é o Grande “Eu Sou”, para aqueles que com profunda sinceridade e desejo de conhecer a verdade, buscam o entendimento, as Escrituras só terão a dizer seguramente que: Jesus Cristo é Deus! Jesus Cristo é Deus e Jesus Cristo é homem. Sem um estudo aprofundado sobre a questão, não é difícil criar ai uma confusão de entendimento que o assunto se trata de um ensinamento filosófico desenvolvido pelos gregos a respeito de semi-deuses, ou seja, deuses que foram gerados a partir de relacionamentos dos deuses da Mitologia Grega, não é disso que a Bíblia fala. Quando se trata da Encarnação de Jesus Cristo que João na direção do espírito Santo, expõe para nós, a Bíblia está dizendo que Jesus é o Verbo e que o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Com a leitura deste trabalho o leitor terá suas dúvidas sanadas e a compreensão maior que não há contrariedade nas Escrituras. Verdadeiramente Jesus é o Messias esperado; Jesus Cristo é Deus! 5 6 SUMÁRIO Introdução...................................................................................................................................8 1. O Messias no Antigo Testamento ..........................................................................................9 2. O Messias no Novo Testamento...........................................................................................11 3. A interpretação histórica sobre a divindade de Jesus Cristo.................................................14 3a. 1. O testemunho da história.................................................................................................15 3b . 2. O testemunho dos apóstolos...........................................................................................15 3c. 3. Provas da Divindade.......................................................................................................16 4. As objeções sobre a divindade de Jesus Cristo na história...................................................20 4a. O objeções contra a divindade de Jesus Cristo...................................................................20 4b. Jesus Cristo Nunca Existiu.................................................................................................20 4c. As Provas e as Contra Provas.............................................................................................23 4d. Houve um túmulo vazio?...................................................................................................23 5. A posição dos teólogos modernos sobre divindade de Jesus Cristo....................................24 5a. A origem da teologia moderna/liberal................................................................................24 6. A posição da Igreja contemporânea sobre a divindade de Jesus Cristo...............................26 6ª. A Doutrina de Cristo Depois da Reforma..........................................................................26 6a1. Até ao século dezenove....................................................................................................26 6a2. No século dezenove..........................................................................................................27 Conclusão.................................................................................................................................27 Bibliografia...............................................................................................................................28 7 INTRODUÇÃO Um dos assuntos mais discutidos por aqueles que creem e pelos que não creem está na Divindade/Humanidade de Jesus Cristo. Pode um homem vir a ser Deus, ou Deus vir a ser homem? Como entender essa confusa realidade? Como convencer os incrédulos, críticos e até mesmo os que creem acerca dessa Hipostática tão difícil de ser aceita? Desde a antiguidade, dentro da Mitologia grega, vemos essa “fusão” do homem em ser deus, ou de deuses se casarem com humanos e nesta relação surge os meio homens, meio deuses, ou semideuses. O principal herói grego é Heracles, ou em romano, Hércules. Ele era filho de Zeus Principal Deus do Olimpo e Alcmena uma personagem da mitologia grega, mulher de Anfitrião e mãe de Hércules..(1). Mas qual a finalidade da existência dos deuses da Mitologia Grega? Qual seriam a razão para os gregos trazerem a existência esses deuses e semideuses como Hércules citado acima? A razão é que o homem busca em todo o tempo de sua vida uma explicação para sua existência, e à existência deste Universo com todas as suas implicações. Ou seja, para a existência de algo, alguém sempre irá procurar uma explicação que o convença, mas que muitas vezes se torna também de difícil entendimento. De difícil entendimento também é explicar a Divindade e a Humanidade em uma só pessoa JESUS CRITO. Difícil porque para entender esta questão, é preciso que se creia que há uma razão para isso, há um porque do nascimento de um Deus homem, ou homem Deus, há uma razão da existência e manifestação deste milagre em nosso meio, em nosso tempo e para um fim específico. João 1. 1-3,15-17. Diz que no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. João testificou dele, e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: O que vem após mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu. E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça. Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. O Texto diz que Jesus Cristo era o verbo e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus e nos dá uma explicação que os gregos tentaram explicar com a criação de seus “deuses”: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez”. Uma coisa este texto tem em comum com a tentativa dos gregos de explicar a origem de todas as coisas: A Mitologia Grega concorda que “a origem de todas as coisas tem de ser criada por alguém que não seja humano”. Se não pode ser humano, quem então poderia fazer algo tão grande e magnífico como a criação da raça humana? Só encontraremos a resposta se crermos que existe um Deus que é Soberano e Poderoso para fazer infinitamente mais que pensamos. Um Deus que não foi gerado pelo encontro da natureza com um deus criado pela imaginação do homem como AFRODITE deusa da beleza e do amor, nascida da espuma das ondas do mar, uma deusa que passou a existir depois de uma desavença entre Crono e seu pai, Urano, onde Crono castrou 8 Urano e atirou ao mar a bolsa escrotal e o pênis, que provocaram uma onda de espuma manchada de sangue, da qual nasceu Afrodite. Não! Se quisermos falar da criação de todas as coisas temos que falar de um Único Criador Eterno, que criou os céus e a Terra e todo o Universo, suas estrelas, tudo o que existe, incluindo o homem à quem amou e considerou entre toda a Sua criação como “muito bom!” (Genesis 1:31). Precisamos crer que o que é “muito bom”, não pode ser resultado de contendas, mas sim de amor. No capitulo 3 do Livro de Gênesis, vemos que este homem criado por Deus pecou. Em Genesis 3:15, Deus promete salvar o homem, destruindo aquele que o induziu a afastar-se do Criador... e porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. Deus aqui está revelando seu plano, um plano de salvação a este homem. Em João 3: 16 está escrito: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Em Isaias capítulo 59:16 diz que Deus buscou alguém que pudesse interceder pelo homem e não achou um sequer; E vendo que ninguém havia, maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; por isso o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve, e Deus que no princípio era o verbo,[...] se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (João 1:14). Mas antes de falar de Jesus em nosso tempo é importante dizer que ele não passou a viver entre nós a partir do dia em que se fez carne, mas voltar no tempo para mostrar que o verbo realmente era desde o princípio. Voltar no tempo para entender que Jesus Cristo é o Messias esperado, entender que o Messias Jesus, é Jeová. O Messias é uma realidade para muitos e uma irrealidade para outros, muitas são as tentativas de comprovar a inexistência de Jesus como sendo Deus. Há aqueles que acreditam por que ouviram falar, mas há os que querem provas para acreditar. Porém há os que não acreditam que Jesus Cristo é o Messias, ou seja; Deus e vão investir seu tempo e todos os recursos disponíveis para levar outras pessoas a crerem que Jesus Cristo não passa de uma fraude. Comprovar a existência de Jesus como homem que viveu nesta terra, pode ser facilmente comprovado, porém a questão é: Jesus Cristo é o esperado Messias que viria para salvar seu povo e que, portanto teria poder para redimi-los? Não há como comprovar a existência de Deus na terra com a missão de “salvar a humanidade”, se não recorrermos ao que diz o Livro Sagrado, ou seja, para crermos que Jesus é Deus Jeová, teremos que buscá-lo na Bíblia que é a nossa fonte de inspiração e fé. 1- O Messias no Antigo Testamento O que é frequentemente esquecido é o fato de que o Messias predito no Antigo Testamento é repetidamente declarado ser Jeová. Deve também ser observado que, dentro do mistério da Trindade, Jeová e o Messias são duas pessoas separadas. No Salmo 2.2, é dito que 9 os reis e governantes da terra “juntos conspiram contra o Senhor e contra o seu ungido”. (Aqui ungido é melhor traduzido como „Messias‟). Embora a mente finita hesite por falta de capacidade de entender o que está declarado, há muitas passagens de interpretação inquestionável nas quais se diz que o Messias é Jeová. Na verdade, isto é verdadeiro na grande maioria das predições messiânicas. Algumas destas podem ser indicadas aqui. Deuteronômio 30.3: “O Senhor teu Deus te fará voltar do teu cativeiro, e se compadecerá de ti, e tornará a ajuntar-te dentre todos os povos entre os quais te houve espalhado o Senhor teu Deus”. Nesta passagem, que é a primeira menção dentro do Texto Sagrado do segundo advento, é Jeová Elohim, o qual proclama que Ele retornará; mas não pode retornar, se não estivesse antes ali. Isto é somente verdadeiro a respeito de Cristo, que estava aqui e depois partiu, e então retornará, e quando Ele retornar, como está afirmado nesta passagem, reunirá Israel, e reinará sobre a terra. Nenhuma interpretação opcional está disponível. Cristo somente que satisfaz esta descrição e Ele é aqui identificado como Jeová Elohim. Jeremias 33.14-17: “Eis que vem os dias, diz o Senhor, em que cumprirei a boa palavra que falei acerca da casa de Israel e acerca da casa de Judá. Naqueles dias e naquele tempo farei que brote a Davi um Renovo de justiça; ele executará juízo e justiça na terra. Naqueles dias Judá será salvo e Jerusalém habitará em segurança; e este é o nome que lhe chamarão: O SENHOR E NOSSA JUSTIÇA. Pois assim diz o Senhor: Nunca faltará a Davi varão que se assente sobre o trono da casa de Israel” Desta profecia pode ser visto que o Renovo, ou o Filho, de Davi completará a promessa de que a Davi nunca faltará quem se assente no seu trono. A linhagem dos reis legítimos continuou desde Davi até Cristo, mas nenhum outro rei precisa surgir, e nenhum outro rei surgirá. De Cristo está declarado que o seu reino é eterno ( Dn 7.14), e Ele reinará para sempre e sempre (Ap. 11.15). No seu anúncio a Maria sobre o nascimento do Messias, o anjo lhe disse que o menino seria Filho do Altíssimo, que Ele se sentaria no trono de Davi, e que Ele reinaria para sempre. Este Filho, por não ter pai humano, é o Filho de Deus (Lc 1.3135). Fica assim conclusivamente demonstrado que Cristo é Jeová. Isaías 9.6,7: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno e Príncipe da Paz. Do aumento do seu governo e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o estabelecer e o fortificar em retidão e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos exércitos fará isso”. Títulos incomparáveis são aqui atribuídos a essa pessoa singular que nunca é duplicada no céu ou na terra, que junta, a humanidade como uma criança nascida e a divindade como um Filho que é dado. Aqui é dito que Ele é Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz; todavia, este é Aquele Jeová - que, como declarado acima, se assentará no trono de Davi. Tudo o que pode ser atribuído a Jeová Elohim 10 é designado também a Cristo; portanto, Cristo é Jeová. Zacarias 9.9: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei; ele é justo e traz a salvação; ele é humilde e vem montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta”. No cumprimento desta predição, registrado em Mateus 21.1-14 e João 12.12-15, Cristo é proclamado como o Filho de Davi que vem em nome do Senhor (Jeová); e quando entrou no templo, expulsou os vendilhões, e disse que haviam transformado a sua casa em covil de salteadores, quando devidamente a chamou de “casa de oração”. Malaquias predisse que Jeová assim viria ao seu templo. Era o templo de Jeová, e Cristo assevera que Ele é Jeová quando chamou o templo de “minha casa". Assim Zacarias 9.9 é uma predição messiânica que faz o Messias ser Jeová, e Cristo cumpriu esta profecia. A conclusão é que Cristo é Jeová. 2 2- O Messias no Novo Testamento A forma como Jesus se manifesta na humanidade traz para alguns a compreensão errada em relação a “encarnação”. Alguns confundem a encarnação com a “reencarnação”, mas a Bíblia apresenta Jesus como encarnado, ou seja, ele se fez carne, se revelou à nós através da carne para se fazer homem como nós. Jo 1.14 E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai. A identificação é completa. Ela deve ser a Segunda Pessoa ou o Filho que se tornou carne, não o Pai ou o Espírito. Permanece verdadeiro que Cristo era e é Deus no mistério da Trindade; mas Ele somente, um dos três, tomou-se carne e tomou sobre Si a forma de homem. Ele, portanto, é singular. Nunca houve e jamais haverá alguém igual a essa Pessoa teantrópica. (Te vem de theos que é Deus em grego e Antrópico refere-se ao homem. Vem do grego Antrópos. (3) Jesus que subsistia imutável na forma exata ou na realidade de Deus (Fp 2.6; Hb 1.3) assumiu aquilo que é humano. Ele foi muito mais que um mero homem. Sua Pessoa Preexistente é agora Teantrópica, Deus-Homem). Nem deveria haver surpresa no fato de Ele ser diferente de todos os outros seres humanos. As Escrituras estão sempre preocupadas em estabelecer em termos conhecíveis o caráter eterno dAquele que se tomou came. No começo do Evangelho de João, está escrito: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez... E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigénito do Pai” (Jo 1.1-3,14). (4) Um estudo analítico sobre Jesus revelado no NT, nos leva a afirmar que Ele não é somente homem, mas plenamente divino. A palavra “encarnação”, embora não esteja explícita na Bíblia, a igreja á tem usado para referir-se ao fato de que Jesus Cristo veio em carne João 1:14 E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. Esta foi a forma que o Filho de Deus usou para assumir sua natureza humana. Da mesma forma que as Escrituras afirmam a 11 existência do Messias (Cristo), no AT, as mesmas Escrituras nos trazem provas irrefutáveis do Messias (Cristo) no NT como sendo a mesma pessoa divina, ou seja Jeová. 1. João 1:1-18. João 1:1 diz: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” Há três pontos afirmados neste versículo. Primeiro, o “Verbo” já estava em existência quando o tempo e a criação começaram; segundo, o Verbo estava sempre em comunicação com o Pai, e terceiro, o Verbo sempre participou da divindade. “O Verbo era Deus” é uma declaração que afirma a natureza divina do Logos. Theos, que aqui é anarthrous [substantivo usado sem o artigo], descreve a natureza do Logos, em vez de identificar sua pessoa. Jesus como o Logos é pessoalmente indistinto do Pai (vers. 1b), contudo é uno com o Pai em natureza (vers. 1c). Neste versículo, então, o Novo Testamento está ensinando a respeito da divindade de Jesus. “Aqui, então, João identifica o Verbo como Deus (totus deus) e assim fazendo atribuir a ele a natureza ou essência da divindade”. Isto não significa que deveria ser traduzido como “o Verbo era divino,” como alguns têm feito. Que “o Verbo” é uma referência a Jesus é facilmente visto no contexto. O versículo 14 diz: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. O contexto identifica mais adiante o “Verbo” como Jesus (vers. 15-17). João 1:18 tem alguma dificuldade ligada a ele. A segunda parte do versículo, “o Deus unigênito, que está no seio do Pai,” tem algumas variantes nos manuscritos gregos. A alternativa mais notável é “o Filho unigênito.” Como foi explicado antes, “unigênito” se refere a unicidade (uno e único). A maioria dos críticos, contudo, “concorda que monogenes theos era o escrito original”. Reymond indica: “O respeitável crítico textual precisa admitir que a evidência aponta muito decisivamente em favor de um theos original”. Parece que haja uma pequena dúvida, em termos da evidência dos manuscritos, sobre o uso aqui da expressão que significa “uno e único Deus”. Se for o sentido original, seria então outra instância de ensinamento a respeito da divindade de Jesus. Contudo, uma vez que esta passagem tem em si alguma ambiguidade, seria difícil repousar um caso inteiro nela. Em ambos os casos, ela não contradiz o resto do testemunho do Novo Testamento da divindade de Jesus. 2. João 20:28. A Bíblia registra que, depois que Jesus se levantou dentre os mortos e apareceu aos seus discípulos pela primeira vez, Tomé não estava presente. Quando ouviu que Jesus fora visto, Tomé duvidou, e disse que teria que vê-lo por si mesmo para que cresse nisso. Jesus apareceu a eles novamente, e quando Tomé ficou convencido, respondeu a Jesus: “Meu Senhor e meu Deus”. Alguns têm tomado esta como uma exclamação de louvor a Deus (não a Jesus). Contudo, o texto afirma que Tomé disse isto “a ele.” Ele estava se dirigindo a Jesus como Senhor e Deus. Outros têm dito que esta foi uma exclamação num momento de excitação. Contudo, não há registro de uma repreensão de Jesus. Ele aceitou esta saudação e levou-a um passo adiante”: “Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram” (vers. 29). Isto se torna a base para a declaração de João do motivo porque ele escreveu o livro (vers. 30-31). Não pode haver dúvida de que Jesus dê evidência aqui, por sua aceitação expressa da apreciação dele por Tomé, que ele era em seu próprio entendimento seu Senhor para ser servido e seu Deus para ser adorado”. “Em nenhum outro lugar no Novo Testamento Jesus é identificado mais claramente como Deus”. Esta declaração de Tomé, 12 como está, é por si mesma um tremendo testemunho do ensinamento do Novo Testamento da divindade de Jesus. 3. Romanos 9:5. Paulo escreveu a respeito dos israelitas: “... deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre.” A NVI traduz como “Cristo, que é Deus acima de todos, bendito para sempre”. Ainda que alguns tenham tentado fazer “Deus bendito para sempre” separado do contexto como uma doxologia dirigida ao Pai, “é muito mais natural considerar as palavras finais do versículo como uma descrição ou doxologia do Messias, Jesus Cristo”. Esta passagem, na sua leitura mais natural do texto grego, atribui plena divindade a Jesus Cristo. Ele permanece como o Senhor e dominador do universo, e merece pleno louvor. O argumento de Paulo neste contexto é que ainda que muitos companheiros israelitas tivessem rejeitado Jesus como Messias, Jesus é, realmente, supremo sobre o universo e, como Deus, merece ser servido e louvado. Nenhuma Cristologia mais alta pode ser encontrada. 4. Tito 2:13 e 2 Pedro 1:1. Estas duas passagens podem ser consideradas juntas por causa de sua frase idêntica: “Deus e Salvador” (theou kai soteros). Em ambas as passagens, “Jesus Cristo” é o objeto da frase. Alguns argumentam que “Salvador” se aplica a Jesus, mas “Deus” é uma referência ao Pai: “Deus (o Pai) e Salvador Jesus Cristo.” Contudo, isto não é apoiado pela construção grega. Esta frase é aplicada a uma pessoa: Jesus Cristo. Primeiro, esta é a leitura mais natural do texto. Segundo, os dois nomes ficam sob um artigo, que precede “Deus.” Isto indica que eles têm que ser construídos juntos, não separadamente. E mais, esta frase foi uma fórmula comum e sempre denotou uma divindade, não duas pessoas separadas. Quando ambos Paulo e Pedro usaram a frase, então, “seus leitores sempre a entenderiam como uma referência a uma só pessoa, Jesus Cristo. Simplesmente não ocorreria a eles que „Deus‟ pudesse significar o Pai, com Jesus Cristo como o „Salvador”. O que isto tudo significa é que Pedro e Paulo entenderam que Jesus era ambos, “Deus e Salvador”. 5. Hebreus 1:8. Em Hebreus 1 há um contraste entre o Filho e os seres angelicais. Isto mostra a superioridade do Filho sobre os anjos. Para defender este ponto, é feito o argumento que Jesus é o único Filho (vers. 5). Ele tem de ser adorado, até mesmo pelos anjos (vers. 6). Então, no versículo 8 o próprio Pai chama Jesus Deus: “do Filho ele diz, teu trono, ó Deus, é para todo o sempre”. Ainda que haja alguma controvérsia envolvendo se “ó Deus” é ou não para ser construído vocativamente (como na maioria das traduções) ou como um nominativo (“Deus é teu trono”) ou como predicado nominativo (“teu trono é Deus”), a avassaladora maioria dos gramáticos, comentaristas, autores de estudos gerais e traduções para o inglês dão força a este vocativo. Na passagem da qual isto é tirado (Salmo 45:6), o vocativo é visível. Os versículos 10 e 11 são ligados aos versículos 8 e 9 pela conjunção kay, que indica que estes versículos caem sob a mesma introdução que os versículos 8-9. No versículo 10, Jesus é saudado como “Senhor”, o que também o liga com Yahweh (Salmo 102). Isto fortalece a decisão para “ó Deus” ser entendida vocativamente no versículo 8. Isto significa que o Filho é saudado como “Deus” nestes versículos, num sentido ontológico. 13 A consideração das passagens precedentes mostra que o Novo Testamento atribui consistentemente divindade a Jesus Cristo. Pelo menos quatro escritores – João, Paulo, Pedro e o autor de Hebreus – usam o título “Deus” com referência a Jesus. O uso deste título foi primitivo, começando pouco tempo depois da ressurreição (Tomé) e continuando até o final do primeiro século. Os escritos, dirigidos a várias pessoas, foram espalhados através de várias regiões, incluindo a Grécia, a Judéia e Roma. Entre o título de Deus aplicado a Jesus, as declarações de Jesus e o resto das Escrituras que implicam sua divindade, o Novo Testamento está repleto de ensinamento sobre Jesus sendo Deus. Se a pessoa deseja ou não aceitar isto, é outro assunto. Se a pessoa aceita a Bíblia como verdade, então ela precisa também aceitar que Jesus é Deus. (5) 3. A interpretação histórica sobre a divindade de Jesus Cristo Quem foi o verdadeiro Jesus histórico? Resposta: Sem dúvida, uma das perguntas mais frequentes é "Quem foi Jesus?". Não há dúvida de que Jesus tem, de longe, o nome mais bem conhecido em todo o mundo. Cerca de um terço da nossa população mundial - aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas – afirma ser cristã. O Islamismo, o qual abrange cerca de 1,5 bilhões de pessoas, na verdade reconhece Jesus como o segundo maior profeta depois de Maomé. Das restantes 3,2 bilhões de pessoas (cerca de metade da população mundial), a maioria tem ou ouvido falar do nome de Jesus ou sabe quem Ele é. Se alguém fosse fazer um resumo da vida de Jesus desde o seu nascimento à sua morte, seria um tanto escasso. Ele nasceu de pais judeus em Belém, uma pequena cidade ao sul de Jerusalém, enquanto o território estava sob ocupação romana. Seus pais se mudaram ao norte, para Nazaré, onde cresceu, por isso Ele era conhecido como “Jesus de Nazaré”. Seu pai era um carpinteiro, por isso Jesus provavelmente adquiriu bem cedo essa habilidade. Quando tinha cerca de 30 anos de idade, Ele começou um ministério público. Ele escolheu uma dúzia de homens de reputação duvidosa como Seus discípulos e tinha como sua “sede” Cafarnaum, uma aldeia de pescadores e grande centro comercial na costa do Mar da Galileia. De lá, Ele viajou e pregou em toda a região da Galileia, muitas vezes se deslocando entre os gentios e samaritanos vizinhos com viagens intermitentes para Jerusalém. Os ensinamentos e metodologias incomuns de Jesus assustaram e incomodaram muitas pessoas. Suas mensagens revolucionárias, juntamente com milagres e curas surpreendentes, conquistaram um enorme grupo de seguidores. Sua popularidade entre a população cresceu rapidamente e, como resultado, isso foi notado pelos líderes bem entrincheirados da fé judaica. Logo, esses líderes judeus tornaram-se ciumentos e ressentidos do Seu sucesso. Muitos desses líderes achavam seus ensinamentos ofensivos e sentiram que suas estabelecidas tradições e cerimônias religiosas estavam sendo comprometidas. Logo conspiraram com os governantes romanos para que fosse morto. Foi nessa época que um dos discípulos de Jesus o 14 traiu aos líderes judeus por uma quantia irrisória de dinheiro. Pouco tempo depois, eles prenderam-no, engendraram às pressas uma série organizada de julgamentos simulados e sumariamente o executaram por crucificação. Entretanto, ao contrário de qualquer outro na história, a morte de Jesus não foi o fim da sua história; era, de fato, o começo. O Cristianismo só existe por causa do que aconteceu depois de Jesus ter morrido. Três dias depois de Sua morte, os Seus discípulos e muitos outros começaram a afirmar que Ele havia ressuscitado dos mortos. Seu túmulo foi encontrado vazio, o corpo não estava lá, e inúmeras aparições foram testemunhadas por muitos grupos diferentes de pessoas, em locais diferentes e entre circunstâncias dessemelhantes. Como resultado de tudo isso, as pessoas começaram a proclamar que Jesus era o Cristo, ou o Messias. Elas alegaram que a Sua ressurreição validava a mensagem de perdão dos pecados através do Seu sacrifício. No início, eles declararam esta boa notícia, conhecida como o evangelho, em Jerusalém, a mesma cidade onde Jesus havia sido condenado à morte. As notícias logo ficaram conhecidas como o Caminho (veja Atos 9:2, 19:9, 23, 24:22) e expandiram-se rapidamente. Em um curto período de tempo, esta mensagem do evangelho de fé se espalhou até mesmo para além da região, expandindo-se até à Roma e outras áreas mais distantes do seu vasto império. Jesus sem dúvida teve um impacto tremendo na história mundial. A questão do "verdadeiro Jesus histórico" pode ser melhor respondida ao se estudar o impacto de Jesus na história. A única explicação para o impacto incomparável que Jesus teve é que Ele foi muito mais do que apenas um homem. Jesus foi, e é, precisamente quem a Bíblia afirma que Ele é – Deus que se tornou homem. Somente o Deus que criou o mundo e controla o curso da história poderia ter tão grande impacto no mundo. (6) 1. O testemunho da história: Um historiador judeu de nome Josefo escreveu no final do primeiro século D.C., em sua obra Tempos Antigos Dos Judeus: "Havia, então, um homem nesse tempo chamado Jesus, um homem sábio, se é que é lícito chamá-Lo de um homem; pois ele fazia maravilhas, um mestre de homens que receberam a verdade com imenso prazer. Ele atraía para si muitos judeus e também muitos dos gregos. Tal homem era o Cristo e quando Pilatos o condenou à cruz, pela acusação dos homens principais entre nós, aqueles que o amaram desde o princípio não o abandonaram; ele lhes apareceu vivo no terceiro dia. Os santos profetas haviam falado estas coisas e milhares de outras maravilhas a respeito dele. E mesmo agora, a raça de Cristãos, os que tomaram seu nome, não desvaneceram." Josefo era um judeu tentando agradar aos romanos e certamente ele não teria relatado esta história se não fosse verdade, já que não era agradável aos romanos retratar Pilatos como aquele que havia condenado o "Cristo". 15 2. O testemunho dos apóstolos: Simon Greenleaf, Professor de Direito na Universidade de Harvard, escreveu em An Examination of the Testimony of the Four Evangelists by the Rules of Evidence Administered in the Courts of Justice –(Um exame do Testemunho dos Quatro Evangelistas segundo as Regras de Evidências Aplicadas nas Cortes de Justiça): "As grandes verdades que os apóstolos declararam eram que Cristo tinha ressuscitado dos mortos, e que só através do arrependimento do pecado, e fé em Jesus, os homens poderiam obter a salvação. Esta é a doutrina que eles afirmavam com uma só voz, em todos os lugares, não apenas sob condições de desalento, mas ante os mais assustadores erros que se podem apresentar à mente do homem. O mestre desses homens acabava de morrer como um malfeitor, pela sentença de um tribunal público. Sua religião procurava derrotar as religiões do mundo inteiro. As leis de cada país estavam contra os ensinamentos de Seus discípulos. Os interesses e as paixões de todos os governantes e grandes homens no mundo estavam contra eles. O costume do mundo estava contra eles. Propagando esta nova fé, mesmo que da maneira mais inofensiva e pacífica, eles não podiam esperar coisa alguma a não ser desprezo, oposição, insultos, perseguições amargas, açoites, aprisionamentos, tormentas e mortes cruéis. Ainda assim, eles propagaram zelosamente a fé que tinham, suportaram firmes todas estas misérias e, não somente isto, eles o fizeram com júbilo. Foram expostos a mortes miseráveis um após o outro, contudo os sobreviventes prosseguiram a obra com maior vigor e determinação. Poucas vezes os anais de combates militares fornecem tal exemplo de persistência heroica, paciência e indescritível coragem. Eles tinham todas as razões possíveis para reverem cuidadosamente os fundamentos da fé que professavam e as evidências dos grandes fatos e verdades que afirmavam; e estas razões os oprimiam com tristeza e frequência terrível. Por isso era impossível que eles persistissem em afirmar as verdades que narravam, se Jesus não tivesse realmente ressuscitado dos mortos. Sem sombra de dúvida eles sabiam o que tinha acontecido" (Greenleaf, Simon. Testimony of the Evangelists, Examined by the Rules of Evidence Administered in Courts of Justice. Grand Rapids: Baker Book House, 1965 (reprinted from 1847 edition). (7) 3. PROVAS DA DIVINDADE Séculos antes da Vinda de Jesus, tinham os judeus em suas Escrituras, uma série de Vaticínios concretos de característica específica, concernentes ao Messias que eles agradavam-no Legado Divino, o Filho de Deus. Durante 11 séculos, foram profetizadas as peculiaridades de Jesus Cristo, uma através de profeta, as demais pelos outros. Cinco séculos antes da sua vinda, terminada, se encontrava a descrição dos traços do Messias. Ninguém tem direito de duvidar as profecias. Os judeus conservavam para nós os Escritos durante 11 séculos consecutivos. Todas essas profecias, feito histórico inegável em ciência, estavam já publicados séculos antes da Vinda do Cristo. 16 Alguns vaticínios são de um profeta, outros de outro, esses foram escritos num local, aquele em outro, uns versam uma matéria, outros noutra... Cada profeta descreve um traço ou uma circunstância do messias vindouro. Cada profeta o anuncia solenemente. E todos esses traços fragmentários e separados convergem para um ponto concreto: a pessoa íntegra do messias. Profecias no período Patriarcal, Judicial real e profético. Pessoa de Jesus Cristo. 1 – Nascimento da semente da mulher Profecia: Gn 3. 15 Cumprimento: Mt 1. 20; Gl 4. 4 2 – Nascido de uma virgem Profecia: Is 7. 14 Cumprimento: Mt 1. 18, 24, 25; Lc 1. 26-35 3 – Filho de Deus Profecia: Sl 2. 7 Cumprimento: Mt 3. 17 4 – Semente de Davi Profecia: Gn 12. 2, 3; 22. 18 Cumprimento: Mt 1. 1; Gl 3. 16 5 – Filho de Isaque e Jacó Profecia: Gn 21. 12; 35. 10, 12; núm. 24. 17 Cumprimento: Lc 3. 23, 24 6 – Tribo de Judá Profecia: Gn 49. 10; Mq 5. 2 Cumprimento: Mt 1. 2; Lc 3. 23-33 7 – Casa de Davi Profecia: 2º Sm 7. 12-16; Jr 23. 5 17 Cumprimento: Mt 1. 2; Lc 3. 23-33 8 – Nascido em Belém Profecia: Mq 5. 2 Cumprimento: Mt 2. 1; Lc 2. 4-7; Jo 7. 42 9 – Será um Profeta, Sacerdote e Rei. Profecia: Dt 18. 18; sl 2. 6; 110. 4 Cumprimento: Mt 21. 11; 27. 37; Hb 5. 5, 6 10 – Juiz Profecia: Is 33. 22 Cumprimento: Jo 5. 30 11 – Deveria entrar em Jerusalém montado num jumento Profecia: Zc 9. 9 Cumprimento: Mt 21. 6-11; Lc 19. 35-37 12 – Sepultado no túmulo Rico Profecia: Is 53. 9 Cumprimento: Mt 27. 57-60 Desnecessário será citar aqui, as 61 profecias cumpridas rigorosamente, com total exatidão em Jesus. Procure um homem que tenha cumprido em sua vida, quer seja ela morta ou viva, que tenha cumprido apenas cinco profecias acima citada do A. T. Antes de explicarmos o motivo desse estudo, queremos responder algumas objeções levantadas a respeito da profecia: a) – Jesus cumpriu intencionalmente as profecias Bem, isto seria aplausível se muitas profecias tivessem sobre o seu controle, tais como: lugar de nascimento (Mq 5. 2); modo de nascimento (Is 7. 14); traição (Sl 41. 9); tipo de morte (Sl 22. 16); sepultamento (Is 53. 9); etc... b) – Os cumprimentos das profecias em Jesus não foram uma coincidência, uma obra do acaso. Na verdade você poderia ver algumas dessas profecias cumpridas em líderes políticos ou religiosos, contesta os críticos. Até concordo sim, mas todas elas, os 61 vaticínios. Endosso 18 a proposta. Josh Mc‟Dowell nos diz que a chance de algum homem ter vivido até o presente e ter cumprido todas as profecias é de 1 a 10 / 17, isto é, um homem em cem quadrilhões. Isto ilustrado é o seguinte: Apanhemos 10/17 (cem quadrilhões) de moedas de prata de um dólar e as coloquemos sobre o Estado do Texas. Elas serão uma camada de 60 centímetros de espessura cobrindo todo o Estado. Agora faça uma marca numa dessas moedas que estão sobre o Estado. Ponha uma venda nos olhos de um homem e diga-lhe que ele pode ir até onde quiser, mas que deve apanhar certa moeda, aquela marcada. Qual a probabilidade de apanhar a moeda certa?. Mas como tudo isso prova a Divindade de Jesus? Vejam bem, todas essas profecias, predições concretas, proclamadas séculos antes da sua realização vaticínios com abundância de detalhes, cumpridas plenamente, rigorosamente no Messias, Jesus de Nazaré – o Legado Divino. Tais predições jamais poderiam ser fruto da inteligência humana. Quero dizer, que predizer é difícil. O homem arrisca, “vamos ver se dá certo”, mas isto está longe de ser predição precisa, categoricamente afirmada e matematicamente cumprida. Predizer... Que dificuldade! Fenômeno meteorológico, o homem não consegue com antecedência prever furacões, maremotos, etc..., não consegue com exatidão medir dias antes temperaturas, velocidade do vento, a sua direção, etc... Haverá alguém que poderá me dizer o que ocorrerá no dia 20 de agosto de 2015? Quantos milímetros exatamente cairão no pluviômetro nesse dia caso chova? Quão difíceis senhores é predizer... Predizer o futuro com exatidão Pertence unicamente a Deus, só Ele pode dizer o futuro com milênios de antecedência e com a certeza absoluta e determinação precisa e com o cumprimento exato. “Falou Deus, quem não profetizará”, são mais de 60 profecias (concernentes ao Messias), feitas durante 11 séculos, por vários profetas, cumpridas ao pé da letra. Como se explica isto? Deus! Somente Deus pode ser o autor dos vaticínios. Bem, Deus sendo autor das profecias, então podemos guiarnos por elas na obtenção da verdade. As profecias se cumpriram rigorosamente em Jesus! E algumas profecias atestavam que Ele era Deus (Sl 2; Is 9. 6; Mq 5. 2). Há um detalhe também em relação aos vaticínios, Jesus certa ocasião disse “Ego Sum Veristas” (Eu Sou a Verdade – Jo 14. 6). Sim Jesus é a Palavra da Verdade que fez os profetas vaticinarem sem nenhuma mescla de erros (cf 1º Pe 1. 11). Palavra? Sim, Jesus é esta palavra. “No princípio era o verbo, palavra” (Jo 1. 1). Agora reparem, antes dos profetas vaticinarem alguma coisa, vinha primeiro sobre eles “a Palavra do Senhor” (cf Ez 3. 16; Jr 40. 1). E era essa palavra que dava total garantia de erro aos profetas, e quem era essa palavra? João responde que era Deus, e isto João falava de Jesus (Jo 1. 14). Só Deus pode prever o futuro e a garantia desse “prever” era a palavra do Senhor, então senhores raciocinem comigo: João fala que essa palavra é Jesus, então essa palavra era o próprio Deus que vinha sobre os profetas e os dirigiam em suas mensagens com 100% de acerto, então Jesus é esse Deus. Jesus Cristo aconselhava aos judeus que verificassem as Escrituras para saberem se ele era o Messias, por quê? Ora, se os profetas vaticinarem com total acerto as suas mensagens, e algumas delas sobre a sua nação (e os judeus sabiam disso muito bem) então as suas profecias sobre o Messias estavam se cumprindo, porque então não verificar para saberem se Jesus era ou não o Messias. Jesus reivindicava sua messianidade e Divindade baseado nas profecias e os judeus criam nas profecias e sabiam que elas vinham de Deus, então era só examinar as Escrituras para saberem se o Messias era Divino, nisto eles se calavam, pois o fato atestava para isto. E, além 19 disto, era o próprio Jesus o autor das profecias o que comprova que mais ainda a sua divindade (Jo 5. 39). Crês nas profecias? Então crês na divindade do Senhor (Jo 1. 45). Outra coisa a mencionar é que se somente Deus pode prever o futuro com 100% de acerto, então Jesus é Deus. (8) 4. As objeções sobre a divindade de Jesus Cristo na história “Existe uma chave para a liberdade: Pense! Se quiseres ser um cordeiro, seja feita a tua vontade. Não reclames, entretanto, quando fores servido em nosso grande Sabbath!” Um “bem velho” dito pagão, do século XX (9) a. Objeções contra a Divindade de Cristo Os céticos, críticos, teólogos liberais e outros, nunca pouparam esforços para negarem a Divindade de Jesus Cristo, nem que para isso usem textos da própria Bíblia. Os céticos e os críticos falam que Jesus não poderia ser Deus, pois agiu como qualquer homem indignado, irado e nem sequer medindo as suas palavras, cheias de ódio. (10) b. Jesus Cristo Nunca Existiu Os pesquisadores que se dedicaram ao estudo das origens do cristianismo sabem que, desde o Século II de nossa era, tem sido posta em dúvida a existência de Cristo. Muitos até mesmo entre os cristãos procuram provas históricas e materiais para fundamentar sua crença. Infelizmente, para eles e sua fé, tal fundamento jamais foi conseguido, porquanto, a história cientificamente elaborada denota que a existência de Jesus é real apenas nos escritos e testemunhas daqueles que tiveram interesse religioso e material em prová-la. Desse modo, a existência, a vida e a obra de Jesus carecem de provas indiscutíveis. Nem mesmo os Evangelhos constituem documento irretorquível. As bibliotecas e museus guardam escritos e documentos de autores que teriam sido contemporâneos de Jesus, os quais não fazem qualquer referência ao mesmo. Por outro lado, a ciência histórica tem-se recusado a dar crédito aos documentos oferecidos pela Igreja, com intenção de provar-lhe a existência física. Ocorre que tais documentos, originariamente, não mencionavam sequer o nome de Jesus; todavia, foram falsificados, rasurados e adulterados visando suprir a ausência de documentação verdadeira. Por outro lado, muito do que foi escrito para provar a inexistência de Jesus Cristo foi destruído pela Igreja, defensivamente. Assim é que, por falta de documentos verdadeiros e indiscutíveis, a existência de Jesus tem sido posta em dúvida desde os primeiros séculos desta 20 era, apesar de ter a Igreja tentado destruir a tudo e a todos os que tiveram coragem ousaram contestar os seus pontos de vista, os seus dogmas. Por tudo isso é que o Papa Pio XII, em 955, falando para um Congresso Internacional de História em Roma, disse: “Para os cristãos, o problema da existência de Jesus Cristo concerne à fé, e não à história”. Emílio Bossi, em seu livro intitulado “Jesus Cristo Nunca Existiu”, compara Jesus Cristo a Sócrates, que igualmente nada deixou escrito. No entanto, faz ver que Sócrates só ensinou o que é natural e racional, ao passo que Jesus ter-se-ia apenas preocupado com o sobrenatural. Sócrates teve como discípulos pessoas naturais, de existência comprovada, cujos escritos, produção cultural e filosófica passaram à história como Platão, Xenófanes, Euclides, Esquino, Fédon. Enquanto isso, Jesus teria por discípulos alguns homens analfabetos como ele próprio tê-lo-ia sido, os quais apenas repetiriam os velhos conceitos e preconceitos talmúdicos. Sócrates, que viveu 5 séculos antes de Cristo e nada escreveu, jamais teve sua existência posta em dúvida. Jesus Cristo, que teria vivido tanto tempo depois, mesmo nada tendo escrito, poderia apesar disso ter deixado provas de sua existência. Todavia, nada tem sido encontrado que mereça fé. Seus discípulos nada escreveram. Os historiadores não lhe fizeram qualquer alusão. Além disso, sabemos que, desde o Século II, os judeus ortodoxos e muitos homens cultos começaram a contestar a veracidade de existência de tal ser, sob qualquer aspecto, humano ou divino. Estavam, assim, os homens divididos em duas posições: a dos que, afirmando a realidade de sua existência, divindade e propósitos de salvação, perseguiam e matavam impiedosamente aos partidários da posição contrária, ou seja, àqueles cultos e audaciosos que tiveram a coragem de contestá-los. O imenso poder do Vaticano tornou a libertação do homem da tutela religiosa difícil e lenta. O liberalismo que surgiu nos últimos séculos contribuiu para que homens cultos e desejosos de esclarecer a verdade tentassem, com bastante êxito, mostrar a mistificação que tem sido a base de todas as religiões, inclusive do cristianismo. Surgiram também alguns escritos elucidativos, que por sorte haviam escapado à caça e à queima em praça pública. Fatos e descobertas desta natureza contribuíram decisivamente para que o mundo de hoje tenha uma concepção científica e prática de tudo que o rodeia, bem como de si próprio, de sua vida, direitos e obrigações. A sociedade atualmente pode estabelecer os seus padrões de vida e moral, e os seus membros podem observá-los e respeitá-los por si mesmos, pelo respeito ao próximo e não pelo temor que lhes incute a religião. Contudo, é lamentavelmente certo que muitos ainda se conservam subjugados pelo espírito de religiosidade, presos a tabus caducos e inaceitáveis. Jesus Cristo foi apenas uma entidade ideal, criada para fazer cumprir as escrituras, visando dar sequência ao judaísmo em face da diáspora, destruição do templo e de Jerusalém. Teria sido um arranjo feito em defesa do judaísmo que então morria, surgindo uma nova 21 crença. Ultimamente, têm-se evidenciado as adulterações e falsificações documentárias praticadas pela Igreja, com o intuito de provar a existência real de Cristo. Modernos métodos como, por exemplo, o método comparativo de Hegel, a grafotécnica e muitos outros, denunciaram a má fé dos que implantaram o cristianismo sobre falsas bases com uma doutrina tomada por empréstimos de outros mais vivos e inteligentes do que eles, assim como denunciaram os meios fraudulentos de que se valeram para provar a existência do inexistente. É de se supor que, após a fuga da Ásia Central, com o tempo os judeus foram abandonando o velho espírito semita, para irem-se adaptando às crenças religiosas dos diversos povos que já viviam na Ásia Menor. Após haverem passado por longo período de cativeiro no Egito, e, posteriormente, por duas vezes na Babilônia, não estranhamos que tenham introduzido no seu judaísmo primitivo as bases das crenças dos povos com os quais conviveram. Sendo um dos povos mais atrasados de então, e na qualidade de cativos, por onde passaram, salvo exceções, sua convivência e ligações seria sempre com a gente inculta, primária e humilde. Assim é que, em vez de aprenderem ciências como astronomia, matemática, sua impressionante legislação, aprenderam as superstições do homem inculto e vulgar. Quando cativos na Babilônia, os sacerdotes judeus que constituíram a nata, o escol do seu meio social, nas horas vagas, iriam copiando o folclore e tudo o que achassem de mais interessante em matéria de costumes e crenças religiosas, do que resultaria mais tarde compendiarem tudo em um só livro, o qual recebeu o nome de Talmud, o livro do saber, do conhecimento, da aprendizagem. Por uma série de circunstâncias, o judeu foi deixando, aos poucos, a atividade de pastor, agricultor e mesmo de artífice, passando a dedicar-se ao comércio. A atividade comercial do judeu teve início quando levados cativos para a Babilônia, por Nabucodonosor, e intensificou-se com o decorrer do tempo, e ainda mais com a perseguição que lhe moveria o próprio cristianismo, a partir do século IV. Daí em diante, a preocupação principal do povo judeu foi extinguir de seu meio o analfabetismo, visando com isso o êxito de seus negócios. Deve-se a este fato ter sido o judeu o primeiro povo no meio do qual não haveria nenhum analfabeto. Destarte, chegando a Roma e a Alexandria, encontrariam ali apenas a prática de uma religião de tradição oral, portanto, terreno propício para a introdução de novas superstições religiosas. Dessa conjuntura é que nasceu o cristianismo, o máximo de mistificação religiosa de que se mostrou capaz a mente humana. O judeu da diáspora conseguiu o seu objetivo. Com sua grande habilidade, em pouco tempo o cristianismo caiu no gosto popular, penetrando na casa do escravo e de seu senhor, invadindo inclusive os palácios imperiais. Crestus, o Messias dos essênios, pelo qual parece terem optado os judeus para a criação do cristianismo, daria origem ao nome de Cristo, cristão e cristianismo. Os essênios haviam-se estabelecido numa instituição comunal, em que os bens pessoais eram repartidos igualmente para todos e as necessidades de cada um tornavam-se responsabilidade de todos. 22 Tal ideal de vida conquistaria, como realmente aconteceu, ao escravo, a plebe, enfim, a gente humilde. Daí, a expansão do cristianismo que, nada tendo de concreto, positivo e provável, assumiu as proporções de que todos temos conhecimento. Não tendo ficado restrita à classe inculta e pobre, como seria de se pensar, começou a ganhar adeptos entre os aristocratas e bem-nascidos. De tudo o que dissemos, depreende-se que o cristianismo foi uma religião criada pelos judeus, antes de tudo como meio de sobrevivência e enriquecimento. Tudo foi feito e organizado de modo a que o homem se tornasse um instrumento dócil e fácil de manejar, pelas mãos hábeis daqueles aos quais aproveita a religião como fonte de rendimentos. Métodos modernos como, por exemplo, o método comparativo de Hegel, a grafotécnica, o uso dos isótopos radioativos e radiocarbônicos, denunciaram a má fé daqueles que implantaram o cristianismo, falsificando escritos e documentos na vã tentativa de provar o que lhe era proveitoso. Por meios escusos tais como os citados, a Igreja tornou-se a potência financeira em que hoje se constitui. Finalmente, desde o momento em que surgiu a religião, com ela veio o sacerdote que é uma constante em todos os cultos, ainda que recebam nomes diversos. A figura do sacerdote encarregado do culto divino tem tido sempre a preocupação primordial de atemorizar o espírito dos povos, apresentando-lhes um Deus onipotente, onipresente e, sobretudo, vingativo, que a uns premia com o paraíso e a outros castiga com o inferno de fogo eterno, conforme sejam boas ou más suas ações. No cristianismo, encontraremos sempre o sacerdote afirmando ter o homem uma alma imortal, a qual responderá após a morte do corpo, diante de Deus, pelas ações praticadas em vida. Como se tudo não bastasse, o paraíso, o purgatório dos católicos e o inferno, há ainda que considerar a admissão do pecado original, segundo o qual todos os homens ao nascer, trazem-no consigo. Ora, ninguém jamais foi consultado a respeito de seu desejo ou não de nascer. Assim sendo, como atribuir culpa de qualquer natureza a quem não teve a oportunidade de manifestar vontade própria. Quanta injustiça! Condenar inocentes por antecipação. O próprio Deus e o próprio Cristo revoltar-se-iam por certo ante tão injusta legislação, se os próprios existissem. c. As Provas e as Contra Provas A Igreja serviu-se de farta documentação, conforme já mencionamos anteriormente, com intenção de provar a existência de Cristo. No entanto, a história ignora-o completamente. Quanto aos autores profanos que pretensamente teriam escrito a seu respeito, foram nesta parte falsificados. Por outro lado, documentos históricos demonstram sua inexistência. As provas históricas merecem nosso crédito, porque pertencem à categoria dos fatos certos e positivos, e constituem testemunhos concretos e válidos de escritores de determinadas escolas. 23 A interpretação da Bíblia e da mitologia comparada não resiste a uma confrontação com a história. Flávio Josefo, Justo de Tiberíades, Filon de Alexandria, Tácito, Suetônio e Plínio, o Jovem, teriam feito em seus escritos, referências a Jesus Cristo. Todavia, tais escritos após serem submetidos a exames grafotécnicos, revelaram-se adulterados no todo ou em parte, para não se falar dos que foram totalmente destruídos. Além disso, as referências feitas a Crestus, Cristo ou Jesus, não são feitas exatamente a respeito do Cristo dos Cristãos. Seria mesmo difícil estabelecer qual o Cristo seguido pelos cristãos, visto que esse era um nome comum na Galileia e Judeia. (11) d. Houve um túmulo vazio? A descoberta de um túmulo vazio pressupõe, em primeiro lugar, que houve um túmulo, e que este fosse conhecido, e que fosse descoberto, é claro. Contudo, quando se tem dúvidas até mesmo sobre a existência de um túmulo, os relatos de sua descoberta são igualmente lançados em dúvida. Os apologistas cristãos costumam argumentar que a descoberta do túmulo vazio é um dos dados históricos mais seguros da história dos primórdios do movimento cristão. Eu mesmo costumava pensar isso: No entanto, simplesmente não é verdade. Dada a nossa suspeita sobre a tradição do sepultamento, existe bastante motivo para se duvidar da descoberta de um túmulo vazio, (12) Por aí vemos que nem Jesus nem o cristianismo têm nada de original. A veneração das imagens já era muito anterior ao cristianismo. Por outro lado, o judaísmo, que as baniu, não foi, entretanto, o primeiro a tomar tal atitude. Plutarco disse que os tebanos não as usavam, assim como Numa Pompílio proibiu os romanos de usarem-nas, durante o seu governo. O batismo era uma cerimônia praticada pelos antigos muito antes de se cogitar, sequer, do nome de cristão. Os hindus lavam o recém-nascido em água lustral, dando-lhe um nome de um gênio protetor. Aos oito anos, a criança aprende a recitar os hinos ao Deus-Sol. A extremaunção também, de há muito antes do cristianismo, era praticada pelos hindus. Copiando detalhes dos ritos e cultos de uma grande variedade de seitas, o cristianismo constituiu o seu próprio ritual, tudo girando em torno do Deus-Sol, no qual, por fim, vestiram a roupa de Jesus Cristo. (13) 5. A posição dos teólogos modernos sobre divindade de Jesus Cristo a- A ORIGEM DA TEOLOGIA MODERNA/LIBERAL. Ao acontecer o evento iluminista, fez com que seus pressupostos alcançassem a teologia cristã, dando origem à teologia moderna/liberal no final do século XVIII e no século XIX. Fazendo que seus legados continuem até nos dias de hoje. Essa teologia nascera no protestantismo, todavia, hoje ela é mais influente no meio católico apostólico romano. 24 Sempre a alguém que origina uma corrente teológica, e essa foi criada pelo alemão Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher (1768-1834). Esse homem negava a autoridade e os milagres de Jesus, o Cristo que estavam escrito na bíblia. Ele acreditava que a religião era auto-suficiente quando o sentimento humano mostrava, por exemplo, a comunhão com Deus era feito quando o individuo sente que está se relacionando com o Divino, e assim se torna salvo, mesmo que não creia no evangelho de Cristo. Para ele a bíblia não poderia ser tratada como uma narrativa de intervenções divinas, ou como uma coletânea de pronunciamentos divinos. Ela era uma obra de experiência religiosa. Logo, não era preciso levar a escritura a sério em seus detalhes mais pequenos. Assim ele acreditava que as experiências religiosas era o centro da essência da religião. E a essência da religião encontra-se “no nosso senso da dependência absoluta”. Ou seja, na nossa comunhão com Deus, é que encontramos a religião pura, e não na confiabilidade da escritura. Vamos ver algumas palavras dele: “O elemento comum nas expressões da piedade, por mais diversas que sejam… é este: a consciência de ser totalmente dependente ou de estar em relacionamento com Deus, o que é a mesma coisa”. Com este pensamento ela elaborava novamente todas as doutrinas cristãs. E ele reinterpretou o pecado, dizendo que não é uma transgressão com a moral que deve ter, como a bíblia ensina, mas, sim, é a falta de busca da dependência com o Sagrado e o almejo pela liberdade. A redenção só ocorrerá se esse senso de dependência for restaurado. Agora chegamos no tocante da questão, a sua elaboração sobre quem era Cristo. Ele negava o Cristo ensinado pela teologia histórica com seus concílios cristológicos, em outras palavras, ele negava a deidade de Cristo. Ensinava que Cristo era um homem que buscou o senso da dependência absoluta com o Divino, ou seja, buscou a comunhão com Deus, e essa comunhão foi tão intensa que poderia dizer que Deus habitava nele. Vamos ver o que ele escveve: “O redentor, portanto, é como todos os homens em virtude da identidade da natureza humana, mas distinto de todos eles pela potencialidade constante da sua consciência de Deus, que era uma verdadeira existência de Deus dentro dele” Tendo essa ideia de Cristo ele diz que a obra redentora de Cristo, é a inspiração que ele dá através de sua vida, dos homens se relacionarem e procurarem a comunhão com Deus. Já que ele não acredita em Cristo como Deus, logo, não aceita a trindade como verdade. Ele declara que essa doutrina é a amarração da doutrina cristã. Portanto, ele dispensa essa doutrina e adota consigo o utilitarismo. Como ele definiria então as três pessoas da trindade que ele não acredita? Deus para ele é existente, pois o homem busca o senso de dependência absoluta com Ele. Jesus é um homem histórico que nos deu o exemplo de relacionarmos com Deus. E o Espírito Santo é simplesmente como descrevemos a experiência religiosa, ou seja, a experiência com o Deus da igreja. Vemos a mesma ideia de Deus, nos escritos de Paul Tillich, mas, esse muda a nomenclatura para “o Fundamento do ser” e, também, nos escritos de Robinson que chama de “preocupação última”. 25 Devemos criar a consciência de que, Friedrich Schleiermacher distanciou da teologia bíblica e da teologia natural, e analisou a experiência religiosa como senso da dependência absoluta com o Sagrado. Para quem gostaria de aprender mais, é só ler o livro dele: “The Cristian Faith”. Com a abordagem de Friedrich Schleiermacher vários pensadores foram influenciados. Muitas coletâneas começaram a ser produzidas falando sobre a “vida de Jesus”. Jesus começou a ser reinterpretado com interpretações racionalistas e fictícias, partindo do pressuposto de que os milagres e o sobrenaturalismo na bíblia não devem ter créditos. Mais para frente não só Jesus, mas toda a bíblia começou a ser reinterpretada sem os milagres e o sobrenatural, criando assim o conceito de quê há mitos na bíblia. Esse presente estudo não estará mostrando todos os pensadores dessa teologia, mas, citarei alguns nomes: Strauss, Renan, Seeley, Drews, Harnack e Ritschl. Esse último partia da premissa de Kant, falando que a bíblia é um livro de moral, e o cristianismo é uma religião de moralidade e não de sobrenaturalismo. A maioria desses autores falava que Jesus era um pregador de amor e moral. Todos buscam o Jesus Histórico, com isso tentavam levantar uma nova historicidade de Jesus, além daquela que está na Bíblia. Alguém que devemos dar uma atenção especial nesse espaço, é Albert Schweitzer. Esse montou sua tese de doutorado chamado, “A busca pelo Jesus Histórico”, que se tornou uma obra admirada para essa teologia. Aqui podemos ver a teoria de Lessing, que citei acima. A história Cristã não é de se confiar e é preciso que seja revista, e foi isso que Schweitzer fez. E sem dúvida foi quem mais influenciou o meio liberal depois de Schleiermacher. (14) 6 posição da Igreja contemporânea sobre a divindade de Jesus Cristo 6a- A Doutrina de Cristo Depois da Reforma. Aconteceram mudanças na doutrina de Cristo dentro da Igreja contemporânea sobre a divindade de Jesus Cristo? E como aconteceram estas reformas, quais as posições e decisões tomadas desde então pela igreja? 6a1. ATÉ AO SÉCULO DEZENOVE. A Reforma não trouxe grandes mudanças à doutrina da pessoa de Cristo. Tanto a Igreja Romana como as igrejas da reforma subscreveram a doutrina de Cristo nos termos de sua formulação pelo Concílio de Calcedônia. Suas diferenças importantes e profundas estão noutras áreas. Há uma peculiaridade da cristologia luterana que merece atenção. A doutrina de Lutero sobre a presença física de Cristo na ceia do Senhor levou ao conceito caracteristicamente luterano da communicatio idiomatum (comunicação de propriedades), com o sentido de “que cada uma das naturezas de Cristo permeia a outra (perichoresis), e que a humanidade participa dos atributos da Sua divindade”. Afirma-se que os atributos de onipotência, onisciência e onipresença foram comunicados à natureza humana de Cristo ao tempo da encarnação. Suscitou-se naturalmente a questão sobre como isto poderia harmonizar-se com o que sabemos da vida terrena de Jesus. Esta questão levou a uma 26 diferença de opinião entre os teólogos luteranos. Alguns afirmam que Cristo pôs de lado os atributos divinos recebidos na encarnação, ou os usava só ocasionalmente, enquanto outros diziam que Ele continuou de posse deles durante toda a sua vida terrena, mas os manteve ocultos ou só os usava secretamente. Alguns luteranos atualmente parecem inclinados a rejeitar esta doutrina. Os teólogos reformados (calvinistas) viam nessa doutrina luterana uma espécie de eutiquianismo ou de fusão das duas naturezas de Cristo. A teologia reformada também ensina uma comunicação de atributos, mas a concebe de maneira diferente. Ela crê que, depois da encarnação, as propriedades de ambas as naturezas podem ser atribuídas à pessoa única de Cristo. Pode-se dizer que a pessoa de Cristo é onisciente, mas também, que tem conhecimento limitado; pode se considerada onipresente, mas também limitada, em qualquer tempo particular, a um único lugar. Daí, lemos na Segunda Confissão Helvética: “reconhecemos, pois, que há no único e mesmo Jesus, nosso Senhor, duas naturezas – a natureza divina e a humana; e dizemos que estas são ligadas ou unidas de modo tal, que não são absorvidas, confundidas ou misturadas, mas, antes, são unidas ou conjugadas numa pessoa (sendo que as propriedades de cada uma delas permanecem a salvo e intactas), de modo que podemos cultuar a um Cristo, nosso Senhor, e não a dois. Portanto, não pensamos nem ensinamos que a natureza divina em Cristo sofreu, ou que Cristo, de acordo com a Sua natureza humana, ainda está no mundo e ,assim, em todo lugar”. 6a2. NO SÉCULO DEZENOVE. No início do século dezenove deu-se grande mudança no estudo da pessoa de Cristo. Até àquele tempo, o ponto de partida fora predominantemente teológico, e a cristologia resultante era teocêntrica; mas durante a última parte do século dezoito houve crescente convicção de que se alcançariam melhores resultados partindo de algo mais próximo, a saber do estudo do Jesus histórico. Assim foi introduzido o “segundo período cristológico”, assim chamado. O novo ponto de vista era antropológico, e o resultado foi antropocêntrico. Isto evidenciou-se destrutivo para a fé cristã. Uma distinção de maior alcance e perniciosa foi feita entre o Jesus histórico, delineado pelos escritores dos evangelhos, e o Cristo teológico, fruto da fértil imaginação dos pensadores teológicos, e cuja imagem reflete-se agora nos credos da igreja. O Cristo sobrenatural abriu alas para um Jesus humano; e a doutrina das duas naturezas abriu alas para a doutrina de um homem divino. Scheleiermacher esteve à testa do novo desenvolvimento. Ele considerava Cristo como uma nova criação, na qual a natureza humana é elevada ao nível da perfeição ideal. Todavia, Ele redime o homem por Seu ensino, por Seu exemplo e por Sua única, e, portanto, é digno de ser chamado Deus. Este conceito é virtualmente um restabelecimento da doutrina de Paulo de Samosata. Com base na ideia panteísta moderna da imanência de Deus, a doutrina de Cristo hoje em dia é muitas vezes exposta de maneira completamente naturalista. As exposições podem variar muito, mas geralmente a ideia fundamental é a mesma, a saber, a ideia de uma unidade essencial de Deus e o homem. A doutrina das duas naturezas de Cristo desapareceu da 27 teologia moderna e em seu lugar temos uma identificação panteísta de Deus e o homem. Essencialmente, todos os homens são divinos, desde que todos têm em si um elemento divino; e todos são filhos de Deus, diferindo de Cristo somente em grau. O ensino moderno acerca de Cristo está baseado na doutrina da continuidade de Deus e o homem. E é exatamente contra essa doutrina que Barth e os que pensam como ele ergueram sua voz. Nalguns círculos atuais há sinais de um retorno à doutrina das duas naturezas. Em sua obra intitulada, What Is the Faith? (Que é Fé?), Mickelm confessa que durante muitos anos afirmou confiantemente que atribuição a Cristo de duas naturezas numa pessoa tinha que ser abandonada, mas agora Vê que isto se firmava num mal-entendido. (16) CONCLUSÃO: Até o mais incrédulo dos homens precisa se firmar em uma crença para explicar a existência das coisas como são e como caminham. Enfim nós seres humanos precisamos explicar a nossa existência e o porquê existimos. Nem todos os que dizem acreditar em Deus, conseguem entender sua forma de operar e dentro disso, muitos se perdem em busca de razões e provas para acreditarem no que dizem crer. A Bíblia diz que só há um Deus, "Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, e seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus." (Isaías 44: 6), mas também lemos que: “NO princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus”. (João 1:1,2). O verbo era Deus, e o verbo estava com Deus. Podemos entender que por um lado, não há Deus, além de Deus, mas por outro lado entendemos que “este verbo” que estava com Deus, é Deus. Essa “confusão” de palavras e escritos é que faz com que os céticos desistam de crer, os curiosos se aprofundem para satisfazerem sua curiosidade e os que creem, busque o conhecimento para crerem ainda mais. Quando queremos saber sobre a vida de alguém ou algo em algum ponto da história, precisamos pesquisar através de livros, testemunhos de pessoas que viram ou ouviram falar a respeito daquilo que nos interessa saber. Quando temos dúvidas a respeito da identidade ou até mesmo da idade de alguém, precisamos perguntar a seus pais sobre este alguém, mas também temos o registro de nascimento dessa pessoa e até mesmo acesso ao cartório de registro e testemunhas que possam falar a respeito e assim munidos de provas, acreditar que a pessoa a quem estamos curiosos, realmente é quem diz ser. Quando queremos saber acerca de Jesus, a fonte de informações é a Bíblia, ela nos relata sobre a existência deste homem que viveu entre nós, ela fala de pessoas que viveram com ele, comeram com ele e ouviram seus ensinamentos, mas quando se busca nos registros e testemunhas sobre Jesus ser quem a Bíblia diz ser, temos uma pesquisa diferente, pois encontraremos testemunho anterior ao nascimento deste homem. Temos informações que este homem que viveu entre nós, não se trata de um homem comum, nem se trata de um semideus, mas sim de um homem cem por cento homem e cem por cento, Deus. O estudo do Jesus histórico também é importante para compreendermos não somente a existência de Jesus, mas a gama de informações e conclusões que chegam os mais diversos estudiosos deste tema tão importante; a humanidade e a divindade de Jesus. Portanto de acordo com as informações obtidas através de estudos e pesquisas, e que independente das tentativas de provar a inexistência de Jesus Cristo como Deus por alguns e até mesmo que Jesus nem mesmo existiu por outros, posso afirmar que Jesus Cristo é verdadeiramente Deus que encarnou e habitou entre nós, "e [...] se manifestou em carne, foi 28 justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória." (I Timóteo 3 : 16). BIBLIOGRAFIA (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Conteúdo sem fontes poderá ser removido fonte: Teologia sistemática – Livro III – Lewis Sperry Chaffer pg. 35,37 Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/teantr%C3%B3pico/ Fonte: Teologia Sistemática – Livro IV – Lewis Sperry Chafer. Pdf pg. 115 http://www.estudosdabiblia.net/2004321.htm –por Doy Moyer http://www.gotquestions.org/Portugues/real-verdadeiro-Jesus.html Fonte: 5 Evidência Poderosa Sobre a Divindade de Cristo . http://earthharvest.org/pt/ApologiaDaBibliaChristianismo/JesusCristoDeusProvas/5Prova sDivindadeDeJesusCristo.htm (8) Fonte: http://profdeteologia.blogspot.com.br/2012/05/por-que-creio-na-divindade-dejesus.html (9) fonte: http://ateus.net/artigos/critica/jesus-cristo-nunca-existiu/ (10) fonte: http://profdeteologia.blogspot.com.br/2012/05/por-que-creio-na-divindade-dejesus.html (11) (http://ateus.net/artigos/critica/jesus-cristo-nunca-existiu/ capítulo I e II) (12) (trecho do livro: COMO JESUS SE TORNOU DEUS de BART D, EHRMAN – Uma editora do Grupo LeYa pg. 222,223) (13) autor: La Sagesse http://ateus.net/artigos/critica/jesus-cristo-nunca-existiu/ (14) Fonte: http://www.cacp.org.br/o-que-e-ser-teologo-modernoliberal/ (15) Fonte: CRISTOLOGIA –FATEC – pg. 07-10 29 30