monografia-a-divindade-de-jesus-cristo-1

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FACULDADE TEOLÓGICA BETESDA
SIDNEY WAGNER DA SILVA
A DIVINDADE DE CRISTO
SÃO PAULO
2015
1
SIDNEY WAGNER DA SILVA
A DIVINDADE DE CRISTO
Monografia apresentada junto ao Curso de
Bacharel em Teologia da faculdade teológica betesda
na área de concentração (???), como requisito parcial à
obtenção do título de Bacharel.
Orientador: Prof.__________________
São Paulo
2
2015
Sidney Wagner da Silva
A Divindade de Cristo
Monografia apresentada junto ao Curso de
Bacharel em Teologia da faculdade teológica betesda na área de
concentração (???), como requisito parcial à obtenção do título
de Bacharel.
Orientador: Prof.__________________
COMISSÃO EXAMINADORA
______________________________________
Prof. Dr.___________________________
Faculdade teológica betesda
______________________________________
Prof. Dr.___________________________
Faculdade teológica betesda
______________________________________
Prof. Dr.___________________________
Faculdade teológica betesda
São Paulo, _____ de ________________de 2015.
3
AGRADECIMENTOS
Aos professores da faculdade teológica betesda pela
compreensão, e paciência que mostraram para comigo durante
estes longos anos de curso.
Aos meus familiares, principalmente a minha esposa que
sempre procurou colaborar nas horas que precisava dedicar-me aos
estudos e minhas filhas pelo apoio e incentivo.
4
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo ampliar o conhecimento daqueles que buscam
aprimorar-se diante de Deus acerca da Divindade/humanidade de Jesus Cristo, tanto no Velho
Testamento, quanto no Novo Testamento, assim como tirar possíveis dúvidas que possa haver
em alguns. Deus em sua infinita sabedoria dispôs desde ao mais simples leitores das
Escrituras até aos grandes e dedicados estudiosos, o conhecimento a respeito de Jesus Cristo
como sendo Deus. Apesar de alguns ou por que não dizer, vários estudarem a respeito do
assunto, com o intuito de contrariar a verdade bíblica que Jesus Cristo é o Grande “Eu Sou”,
para aqueles que com profunda sinceridade e desejo de conhecer a verdade, buscam o
entendimento, as Escrituras só terão a dizer seguramente que: Jesus Cristo é Deus!
Jesus Cristo é Deus e Jesus Cristo é homem. Sem um estudo aprofundado sobre a
questão, não é difícil criar ai uma confusão de entendimento que o assunto se trata de um
ensinamento filosófico desenvolvido pelos gregos a respeito de semi-deuses, ou seja, deuses
que foram gerados a partir de relacionamentos dos deuses da Mitologia Grega, não é disso
que a Bíblia fala. Quando se trata da Encarnação de Jesus Cristo que João na direção do
espírito Santo, expõe para nós, a Bíblia está dizendo que Jesus é o Verbo e que o Verbo se fez
carne e habitou entre nós.
Com a leitura deste trabalho o leitor terá suas dúvidas sanadas e a compreensão maior
que não há contrariedade nas Escrituras. Verdadeiramente Jesus é o Messias esperado; Jesus
Cristo é Deus!
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SUMÁRIO
Introdução...................................................................................................................................8
1. O Messias no Antigo Testamento ..........................................................................................9
2. O Messias no Novo Testamento...........................................................................................11
3. A interpretação histórica sobre a divindade de Jesus Cristo.................................................14
3a. 1. O testemunho da história.................................................................................................15
3b . 2. O testemunho dos apóstolos...........................................................................................15
3c. 3. Provas da Divindade.......................................................................................................16
4. As objeções sobre a divindade de Jesus Cristo na história...................................................20
4a. O objeções contra a divindade de Jesus Cristo...................................................................20
4b. Jesus Cristo Nunca Existiu.................................................................................................20
4c. As Provas e as Contra Provas.............................................................................................23
4d. Houve um túmulo vazio?...................................................................................................23
5. A posição dos teólogos modernos sobre divindade de Jesus Cristo....................................24
5a. A origem da teologia moderna/liberal................................................................................24
6. A posição da Igreja contemporânea sobre a divindade de Jesus Cristo...............................26
6ª. A Doutrina de Cristo Depois da Reforma..........................................................................26
6a1. Até ao século dezenove....................................................................................................26
6a2. No século dezenove..........................................................................................................27
Conclusão.................................................................................................................................27
Bibliografia...............................................................................................................................28
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INTRODUÇÃO
Um dos assuntos mais discutidos por aqueles que creem e pelos que não creem está na
Divindade/Humanidade de Jesus Cristo. Pode um homem vir a ser Deus, ou Deus vir a ser
homem? Como entender essa confusa realidade? Como convencer os incrédulos, críticos e até
mesmo os que creem acerca dessa Hipostática tão difícil de ser aceita?
Desde a antiguidade, dentro da Mitologia grega, vemos essa “fusão” do homem em ser
deus, ou de deuses se casarem com humanos e nesta relação surge os meio homens, meio
deuses, ou semideuses. O principal herói grego é Heracles, ou em romano, Hércules. Ele era
filho de Zeus Principal Deus do Olimpo e Alcmena uma personagem da mitologia grega,
mulher de Anfitrião e mãe de Hércules..(1). Mas qual a finalidade da existência dos deuses da
Mitologia Grega? Qual seriam a razão para os gregos trazerem a existência esses deuses e
semideuses como Hércules citado acima?
A razão é que o homem busca em todo o tempo de sua vida uma explicação para sua
existência, e à existência deste Universo com todas as suas implicações. Ou seja, para a
existência de algo, alguém sempre irá procurar uma explicação que o convença, mas que
muitas vezes se torna também de difícil entendimento.
De difícil entendimento também é explicar a Divindade e a Humanidade em uma só
pessoa JESUS CRITO. Difícil porque para entender esta questão, é preciso que se creia que
há uma razão para isso, há um porque do nascimento de um Deus homem, ou homem Deus,
há uma razão da existência e manifestação deste milagre em nosso meio, em nosso tempo e
para um fim específico. João 1. 1-3,15-17. Diz que no princípio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram
feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. João testificou dele, e clamou, dizendo:
Este era aquele de quem eu dizia: O que vem após mim é antes de mim, porque foi primeiro
do que eu. E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça. Porque a lei
foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
O Texto diz que Jesus Cristo era o verbo e o verbo estava com Deus e o verbo era
Deus e nos dá uma explicação que os gregos tentaram explicar com a criação de seus
“deuses”: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez”. Uma
coisa este texto tem em comum com a tentativa dos gregos de explicar a origem de todas as
coisas: A Mitologia Grega concorda que “a origem de todas as coisas tem de ser criada por
alguém que não seja humano”.
Se não pode ser humano, quem então poderia fazer algo tão grande e magnífico como
a criação da raça humana? Só encontraremos a resposta se crermos que existe um Deus que é
Soberano e Poderoso para fazer infinitamente mais que pensamos. Um Deus que não foi
gerado pelo encontro da natureza com um deus criado pela imaginação do homem como
AFRODITE deusa da beleza e do amor, nascida da espuma das ondas do mar, uma deusa que
passou a existir depois de uma desavença entre Crono e seu pai, Urano, onde Crono castrou
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Urano e atirou ao mar a bolsa escrotal e o pênis, que provocaram uma onda de espuma
manchada de sangue, da qual nasceu Afrodite. Não! Se quisermos falar da criação de todas as
coisas temos que falar de um Único Criador Eterno, que criou os céus e a Terra e todo o
Universo, suas estrelas, tudo o que existe, incluindo o homem à quem amou e considerou
entre toda a Sua criação como “muito bom!” (Genesis 1:31). Precisamos crer que o que é
“muito bom”, não pode ser resultado de contendas, mas sim de amor.
No capitulo 3 do Livro de Gênesis, vemos que este homem criado por Deus pecou. Em
Genesis 3:15, Deus promete salvar o homem, destruindo aquele que o induziu a afastar-se do
Criador... e porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te
ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. Deus aqui está revelando seu plano, um plano de
salvação a este homem. Em João 3: 16 está escrito: Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna. Em Isaias capítulo 59:16 diz que Deus buscou alguém que pudesse
interceder pelo homem e não achou um sequer; E vendo que ninguém havia, maravilhou-se
de que não houvesse um intercessor; por isso o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a
sua própria justiça o susteve, e Deus que no princípio era o verbo,[...] se fez carne, e habitou
entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de
verdade. (João 1:14).
Mas antes de falar de Jesus em nosso tempo é importante dizer que ele não passou a
viver entre nós a partir do dia em que se fez carne, mas voltar no tempo para mostrar que o
verbo realmente era desde o princípio. Voltar no tempo para entender que Jesus Cristo é o
Messias esperado, entender que o Messias Jesus, é Jeová.
O Messias é uma realidade para muitos e uma irrealidade para outros, muitas são as
tentativas de comprovar a inexistência de Jesus como sendo Deus. Há aqueles que acreditam
por que ouviram falar, mas há os que querem provas para acreditar. Porém há os que não
acreditam que Jesus Cristo é o Messias, ou seja; Deus e vão investir seu tempo e todos os
recursos disponíveis para levar outras pessoas a crerem que Jesus Cristo não passa de uma
fraude.
Comprovar a existência de Jesus como homem que viveu nesta terra, pode ser
facilmente comprovado, porém a questão é: Jesus Cristo é o esperado Messias que viria para
salvar seu povo e que, portanto teria poder para redimi-los? Não há como comprovar a
existência de Deus na terra com a missão de “salvar a humanidade”, se não recorrermos ao
que diz o Livro Sagrado, ou seja, para crermos que Jesus é Deus Jeová, teremos que buscá-lo
na Bíblia que é a nossa fonte de inspiração e fé.
1- O Messias no Antigo Testamento
O que é frequentemente esquecido é o fato de que o Messias predito no Antigo
Testamento é repetidamente declarado ser Jeová. Deve também ser observado que, dentro do
mistério da Trindade, Jeová e o Messias são duas pessoas separadas. No Salmo 2.2, é dito que
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os reis e governantes da terra “juntos conspiram contra o Senhor e contra o seu ungido”.
(Aqui ungido é melhor traduzido como „Messias‟). Embora a mente finita hesite por falta de
capacidade de entender o que está declarado, há muitas passagens de interpretação
inquestionável nas quais se diz que o Messias é Jeová. Na verdade, isto é verdadeiro na
grande maioria das predições messiânicas. Algumas destas podem ser indicadas aqui.
Deuteronômio 30.3: “O Senhor teu Deus te fará voltar do teu cativeiro, e se
compadecerá de ti, e tornará a ajuntar-te dentre todos os povos entre os quais te houve
espalhado o Senhor teu Deus”.
Nesta passagem, que é a primeira menção dentro do Texto Sagrado do segundo
advento, é Jeová Elohim, o qual proclama que Ele retornará; mas não pode retornar, se não
estivesse antes ali. Isto é somente verdadeiro a respeito de Cristo, que estava aqui e depois
partiu, e então retornará, e quando Ele retornar, como está afirmado nesta passagem, reunirá
Israel, e reinará sobre a terra. Nenhuma interpretação opcional está disponível. Cristo somente
que satisfaz esta descrição e Ele é aqui identificado como Jeová Elohim.
Jeremias 33.14-17: “Eis que vem os dias, diz o Senhor, em que cumprirei a boa
palavra que falei acerca da casa de Israel e acerca da casa de Judá. Naqueles dias e naquele
tempo farei que brote a Davi um Renovo de justiça; ele executará juízo e justiça na terra.
Naqueles dias Judá será salvo e Jerusalém habitará em segurança; e este é o nome que lhe
chamarão: O SENHOR E NOSSA JUSTIÇA. Pois assim diz o Senhor: Nunca faltará a Davi
varão que se assente sobre o trono da casa de Israel”
Desta profecia pode ser visto que o Renovo, ou o Filho, de Davi completará a
promessa de que a Davi nunca faltará quem se assente no seu trono. A linhagem dos reis
legítimos continuou desde Davi até Cristo, mas nenhum outro rei precisa surgir, e nenhum
outro rei surgirá. De Cristo está declarado que o seu reino é eterno ( Dn 7.14), e Ele reinará
para sempre e sempre (Ap. 11.15). No seu anúncio a Maria sobre o nascimento do Messias, o
anjo lhe disse que o menino seria Filho do Altíssimo, que Ele se sentaria no trono de Davi, e
que Ele reinaria para sempre. Este Filho, por não ter pai humano, é o Filho de Deus (Lc 1.3135). Fica assim conclusivamente demonstrado que Cristo é Jeová.
Isaías 9.6,7: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará
sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno e
Príncipe da Paz. Do aumento do seu governo e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e
no seu reino, para o estabelecer e o fortificar em retidão e em justiça, desde agora e para
sempre; o zelo do Senhor dos exércitos fará isso”.
Títulos incomparáveis são aqui atribuídos a essa pessoa singular que nunca é
duplicada no céu ou na terra, que junta, a humanidade como uma criança nascida e a
divindade como um Filho que é dado. Aqui é dito que Ele é Maravilhoso, Conselheiro, Deus
Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz; todavia, este é Aquele Jeová - que, como
declarado acima, se assentará no trono de Davi. Tudo o que pode ser atribuído a Jeová Elohim
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é designado também a Cristo; portanto, Cristo é Jeová. Zacarias 9.9: “Alegra-te muito, ó filha
de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei; ele é justo e traz a salvação;
ele é humilde e vem montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta”.
No cumprimento desta predição, registrado em Mateus 21.1-14 e João 12.12-15,
Cristo é proclamado como o Filho de Davi que vem em nome do Senhor (Jeová); e quando
entrou no templo, expulsou os vendilhões, e disse que haviam transformado a sua casa em
covil de salteadores, quando devidamente a chamou de “casa de oração”. Malaquias predisse
que Jeová assim viria ao seu templo. Era o templo de Jeová, e Cristo assevera que Ele é Jeová
quando chamou o templo de “minha casa". Assim Zacarias 9.9 é uma predição messiânica que
faz o Messias ser Jeová, e Cristo cumpriu esta profecia. A conclusão é que Cristo é Jeová. 2
2- O Messias no Novo Testamento
A forma como Jesus se manifesta na humanidade traz para alguns a compreensão errada em
relação a “encarnação”. Alguns confundem a encarnação com a “reencarnação”, mas a Bíblia
apresenta Jesus como encarnado, ou seja, ele se fez carne, se revelou à nós através da carne
para se fazer homem como nós. Jo 1.14 E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de
graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.
A identificação é completa. Ela deve ser a Segunda Pessoa ou o Filho que se tornou
carne, não o Pai ou o Espírito. Permanece verdadeiro que Cristo era e é Deus no mistério da
Trindade; mas Ele somente, um dos três, tomou-se carne e tomou sobre Si a forma de homem.
Ele, portanto, é singular. Nunca houve e jamais haverá alguém igual a essa Pessoa
teantrópica. (Te vem de theos que é Deus em grego e Antrópico refere-se ao homem. Vem do
grego Antrópos. (3)
Jesus que subsistia imutável na forma exata ou na realidade de Deus (Fp 2.6; Hb 1.3)
assumiu aquilo que é humano. Ele foi muito mais que um mero homem. Sua Pessoa
Preexistente é agora Teantrópica, Deus-Homem). Nem deveria haver surpresa no fato de Ele
ser diferente de todos os outros seres humanos. As Escrituras estão sempre preocupadas em
estabelecer em termos conhecíveis o caráter eterno dAquele que se tomou came. No começo
do Evangelho de João, está escrito: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e
o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por
intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez... E o Verbo se fez carne, e habitou
entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigénito do
Pai” (Jo 1.1-3,14). (4)
Um estudo analítico sobre Jesus revelado no NT, nos leva a afirmar que Ele não é
somente homem, mas plenamente divino. A palavra “encarnação”, embora não esteja
explícita na Bíblia, a igreja á tem usado para referir-se ao fato de que Jesus Cristo veio em
carne João 1:14 E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a
glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. Esta foi a forma que o Filho de Deus
usou para assumir sua natureza humana. Da mesma forma que as Escrituras afirmam a
11
existência do Messias (Cristo), no AT, as mesmas Escrituras nos trazem provas irrefutáveis do
Messias (Cristo) no NT como sendo a mesma pessoa divina, ou seja Jeová.
1. João 1:1-18. João 1:1 diz: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o
Verbo era Deus.” Há três pontos afirmados neste versículo. Primeiro, o “Verbo” já estava em
existência quando o tempo e a criação começaram; segundo, o Verbo estava sempre em
comunicação com o Pai, e terceiro, o Verbo sempre participou da divindade. “O Verbo era
Deus” é uma declaração que afirma a natureza divina do Logos. Theos, que aqui é anarthrous
[substantivo usado sem o artigo], descreve a natureza do Logos, em vez de identificar sua
pessoa. Jesus como o Logos é pessoalmente indistinto do Pai (vers. 1b), contudo é uno com o
Pai em natureza (vers. 1c). Neste versículo, então, o Novo Testamento está ensinando a
respeito da divindade de Jesus. “Aqui, então, João identifica o Verbo como Deus (totus deus)
e assim fazendo atribuir a ele a natureza ou essência da divindade”. Isto não significa que
deveria ser traduzido como “o Verbo era divino,” como alguns têm feito. Que “o Verbo” é
uma referência a Jesus é facilmente visto no contexto. O versículo 14 diz: “E o Verbo se fez
carne e habitou entre nós”. O contexto identifica mais adiante o “Verbo” como Jesus (vers.
15-17). João 1:18 tem alguma dificuldade ligada a ele. A segunda parte do versículo, “o Deus
unigênito, que está no seio do Pai,” tem algumas variantes nos manuscritos gregos. A
alternativa mais notável é “o Filho unigênito.” Como foi explicado antes, “unigênito” se
refere a unicidade (uno e único). A maioria dos críticos, contudo, “concorda que monogenes
theos era o escrito original”. Reymond indica: “O respeitável crítico textual precisa admitir
que a evidência aponta muito decisivamente em favor de um theos original”. Parece que haja
uma pequena dúvida, em termos da evidência dos manuscritos, sobre o uso aqui da expressão
que significa “uno e único Deus”. Se for o sentido original, seria então outra instância de
ensinamento a respeito da divindade de Jesus. Contudo, uma vez que esta passagem tem em si
alguma ambiguidade, seria difícil repousar um caso inteiro nela. Em ambos os casos, ela não
contradiz o resto do testemunho do Novo Testamento da divindade de Jesus.
2. João 20:28. A Bíblia registra que, depois que Jesus se levantou dentre os mortos e apareceu
aos seus discípulos pela primeira vez, Tomé não estava presente. Quando ouviu que Jesus fora
visto, Tomé duvidou, e disse que teria que vê-lo por si mesmo para que cresse nisso. Jesus
apareceu a eles novamente, e quando Tomé ficou convencido, respondeu a Jesus: “Meu
Senhor e meu Deus”. Alguns têm tomado esta como uma exclamação de louvor a Deus (não a
Jesus). Contudo, o texto afirma que Tomé disse isto “a ele.” Ele estava se dirigindo a Jesus
como Senhor e Deus. Outros têm dito que esta foi uma exclamação num momento de
excitação. Contudo, não há registro de uma repreensão de Jesus. Ele aceitou esta saudação e
levou-a um passo adiante”: “Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e
creram” (vers. 29). Isto se torna a base para a declaração de João do motivo porque ele
escreveu o livro (vers. 30-31). Não pode haver dúvida de que Jesus dê evidência aqui, por sua
aceitação expressa da apreciação dele por Tomé, que ele era em seu próprio entendimento seu
Senhor para ser servido e seu Deus para ser adorado”. “Em nenhum outro lugar no Novo
Testamento Jesus é identificado mais claramente como Deus”. Esta declaração de Tomé,
12
como está, é por si mesma um tremendo testemunho do ensinamento do Novo Testamento da
divindade de Jesus.
3. Romanos 9:5. Paulo escreveu a respeito dos israelitas: “... deles são os patriarcas, e também
deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o
sempre.” A NVI traduz como “Cristo, que é Deus acima de todos, bendito para sempre”.
Ainda que alguns tenham tentado fazer “Deus bendito para sempre” separado do contexto
como uma doxologia dirigida ao Pai, “é muito mais natural considerar as palavras finais do
versículo como uma descrição ou doxologia do Messias, Jesus Cristo”. Esta passagem, na sua
leitura mais natural do texto grego, atribui plena divindade a Jesus Cristo. Ele permanece
como o Senhor e dominador do universo, e merece pleno louvor. O argumento de Paulo neste
contexto é que ainda que muitos companheiros israelitas tivessem rejeitado Jesus como
Messias, Jesus é, realmente, supremo sobre o universo e, como Deus, merece ser servido e
louvado. Nenhuma Cristologia mais alta pode ser encontrada.
4. Tito 2:13 e 2 Pedro 1:1. Estas duas passagens podem ser consideradas juntas por causa de
sua frase idêntica: “Deus e Salvador” (theou kai soteros). Em ambas as passagens, “Jesus
Cristo” é o objeto da frase. Alguns argumentam que “Salvador” se aplica a Jesus, mas “Deus”
é uma referência ao Pai: “Deus (o Pai) e Salvador Jesus Cristo.” Contudo, isto não é apoiado
pela construção grega. Esta frase é aplicada a uma pessoa: Jesus Cristo. Primeiro, esta é a
leitura mais natural do texto. Segundo, os dois nomes ficam sob um artigo, que precede
“Deus.” Isto indica que eles têm que ser construídos juntos, não separadamente. E mais, esta
frase foi uma fórmula comum e sempre denotou uma divindade, não duas pessoas separadas.
Quando ambos Paulo e Pedro usaram a frase, então, “seus leitores sempre a entenderiam
como uma referência a uma só pessoa, Jesus Cristo. Simplesmente não ocorreria a eles que
„Deus‟ pudesse significar o Pai, com Jesus Cristo como o „Salvador”. O que isto tudo
significa é que Pedro e Paulo entenderam que Jesus era ambos, “Deus e Salvador”.
5. Hebreus 1:8. Em Hebreus 1 há um contraste entre o Filho e os seres angelicais. Isto mostra
a superioridade do Filho sobre os anjos. Para defender este ponto, é feito o argumento que
Jesus é o único Filho (vers. 5). Ele tem de ser adorado, até mesmo pelos anjos (vers. 6).
Então, no versículo 8 o próprio Pai chama Jesus Deus: “do Filho ele diz, teu trono, ó Deus, é
para todo o sempre”. Ainda que haja alguma controvérsia envolvendo se “ó Deus” é ou não
para ser construído vocativamente (como na maioria das traduções) ou como um nominativo
(“Deus é teu trono”) ou como predicado nominativo (“teu trono é Deus”), a avassaladora
maioria dos gramáticos, comentaristas, autores de estudos gerais e traduções para o inglês dão
força a este vocativo. Na passagem da qual isto é tirado (Salmo 45:6), o vocativo é visível. Os
versículos 10 e 11 são ligados aos versículos 8 e 9 pela conjunção kay, que indica que estes
versículos caem sob a mesma introdução que os versículos 8-9. No versículo 10, Jesus é
saudado como “Senhor”, o que também o liga com Yahweh (Salmo 102). Isto fortalece a
decisão para “ó Deus” ser entendida vocativamente no versículo 8. Isto significa que o Filho é
saudado como “Deus” nestes versículos, num sentido ontológico.
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A consideração das passagens precedentes mostra que o Novo Testamento atribui
consistentemente divindade a Jesus Cristo. Pelo menos quatro escritores – João, Paulo, Pedro
e o autor de Hebreus – usam o título “Deus” com referência a Jesus. O uso deste título foi
primitivo, começando pouco tempo depois da ressurreição (Tomé) e continuando até o final
do primeiro século. Os escritos, dirigidos a várias pessoas, foram espalhados através de várias
regiões, incluindo a Grécia, a Judéia e Roma. Entre o título de Deus aplicado a Jesus, as
declarações de Jesus e o resto das Escrituras que implicam sua divindade, o Novo Testamento
está repleto de ensinamento sobre Jesus sendo Deus. Se a pessoa deseja ou não aceitar isto, é
outro assunto. Se a pessoa aceita a Bíblia como verdade, então ela precisa também aceitar que
Jesus é Deus. (5)
3. A interpretação histórica sobre a divindade de Jesus Cristo
Quem foi o verdadeiro Jesus histórico?
Resposta: Sem dúvida, uma das perguntas mais frequentes é "Quem foi Jesus?". Não
há dúvida de que Jesus tem, de longe, o nome mais bem conhecido em todo o mundo. Cerca
de um terço da nossa população mundial - aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas – afirma
ser cristã. O Islamismo, o qual abrange cerca de 1,5 bilhões de pessoas, na verdade reconhece
Jesus como o segundo maior profeta depois de Maomé. Das restantes 3,2 bilhões de pessoas
(cerca de metade da população mundial), a maioria tem ou ouvido falar do nome de Jesus ou
sabe quem Ele é.
Se alguém fosse fazer um resumo da vida de Jesus desde o seu nascimento à sua
morte, seria um tanto escasso. Ele nasceu de pais judeus em Belém, uma pequena cidade ao
sul de Jerusalém, enquanto o território estava sob ocupação romana. Seus pais se mudaram ao
norte, para Nazaré, onde cresceu, por isso Ele era conhecido como “Jesus de Nazaré”. Seu pai
era um carpinteiro, por isso Jesus provavelmente adquiriu bem cedo essa habilidade. Quando
tinha cerca de 30 anos de idade, Ele começou um ministério público. Ele escolheu uma dúzia
de homens de reputação duvidosa como Seus discípulos e tinha como sua “sede” Cafarnaum,
uma aldeia de pescadores e grande centro comercial na costa do Mar da Galileia. De lá, Ele
viajou e pregou em toda a região da Galileia, muitas vezes se deslocando entre os gentios e
samaritanos vizinhos com viagens intermitentes para Jerusalém.
Os ensinamentos e metodologias incomuns de Jesus assustaram e incomodaram muitas
pessoas. Suas mensagens revolucionárias, juntamente com milagres e curas surpreendentes,
conquistaram um enorme grupo de seguidores. Sua popularidade entre a população cresceu
rapidamente e, como resultado, isso foi notado pelos líderes bem entrincheirados da fé
judaica. Logo, esses líderes judeus tornaram-se ciumentos e ressentidos do Seu sucesso.
Muitos desses líderes achavam seus ensinamentos ofensivos e sentiram que suas estabelecidas
tradições e cerimônias religiosas estavam sendo comprometidas. Logo conspiraram com os
governantes romanos para que fosse morto. Foi nessa época que um dos discípulos de Jesus o
14
traiu aos líderes judeus por uma quantia irrisória de dinheiro. Pouco tempo depois, eles
prenderam-no, engendraram às pressas uma série organizada de julgamentos simulados e
sumariamente o executaram por crucificação.
Entretanto, ao contrário de qualquer outro na história, a morte de Jesus não foi o fim
da sua história; era, de fato, o começo. O Cristianismo só existe por causa do que aconteceu
depois de Jesus ter morrido. Três dias depois de Sua morte, os Seus discípulos e muitos outros
começaram a afirmar que Ele havia ressuscitado dos mortos. Seu túmulo foi encontrado vazio,
o corpo não estava lá, e inúmeras aparições foram testemunhadas por muitos grupos
diferentes de pessoas, em locais diferentes e entre circunstâncias dessemelhantes.
Como resultado de tudo isso, as pessoas começaram a proclamar que Jesus era o
Cristo, ou o Messias. Elas alegaram que a Sua ressurreição validava a mensagem de perdão
dos pecados através do Seu sacrifício. No início, eles declararam esta boa notícia, conhecida
como o evangelho, em Jerusalém, a mesma cidade onde Jesus havia sido condenado à morte.
As notícias logo ficaram conhecidas como o Caminho (veja Atos 9:2, 19:9, 23, 24:22) e
expandiram-se rapidamente. Em um curto período de tempo, esta mensagem do evangelho de
fé se espalhou até mesmo para além da região, expandindo-se até à Roma e outras áreas mais
distantes do seu vasto império.
Jesus sem dúvida teve um impacto tremendo na história mundial. A questão do
"verdadeiro Jesus histórico" pode ser melhor respondida ao se estudar o impacto de Jesus na
história. A única explicação para o impacto incomparável que Jesus teve é que Ele foi muito
mais do que apenas um homem. Jesus foi, e é, precisamente quem a Bíblia afirma que Ele é –
Deus que se tornou homem. Somente o Deus que criou o mundo e controla o curso da história
poderia ter tão grande impacto no mundo. (6)
1. O testemunho da história:
Um historiador judeu de nome Josefo escreveu no final do primeiro século D.C., em
sua obra Tempos Antigos Dos Judeus: "Havia, então, um homem nesse tempo chamado Jesus,
um homem sábio, se é que é lícito chamá-Lo de um homem; pois ele fazia maravilhas, um
mestre de homens que receberam a verdade com imenso prazer. Ele atraía para si muitos
judeus e também muitos dos gregos. Tal homem era o Cristo e quando Pilatos o condenou à
cruz, pela acusação dos homens principais entre nós, aqueles que o amaram desde o princípio
não o abandonaram; ele lhes apareceu vivo no terceiro dia. Os santos profetas haviam falado
estas coisas e milhares de outras maravilhas a respeito dele. E mesmo agora, a raça de
Cristãos, os que tomaram seu nome, não desvaneceram."
Josefo era um judeu tentando agradar aos romanos e certamente ele não teria relatado esta
história se não fosse verdade, já que não era agradável aos romanos retratar Pilatos como
aquele que havia condenado o "Cristo".
15
2. O testemunho dos apóstolos:
Simon Greenleaf, Professor de Direito na Universidade de Harvard, escreveu em An
Examination of the Testimony of the Four Evangelists by the Rules of Evidence Administered
in the Courts of Justice –(Um exame do Testemunho dos Quatro Evangelistas segundo as
Regras de Evidências Aplicadas nas Cortes de Justiça): "As grandes verdades que os
apóstolos declararam eram que Cristo tinha ressuscitado dos mortos, e que só através do
arrependimento do pecado, e fé em Jesus, os homens poderiam obter a salvação. Esta é a
doutrina que eles afirmavam com uma só voz, em todos os lugares, não apenas sob condições
de desalento, mas ante os mais assustadores erros que se podem apresentar à mente do
homem. O mestre desses homens acabava de morrer como um malfeitor, pela sentença de um
tribunal público. Sua religião procurava derrotar as religiões do mundo inteiro. As leis de cada
país estavam contra os ensinamentos de Seus discípulos. Os interesses e as paixões de todos
os governantes e grandes homens no mundo estavam contra eles. O costume do mundo estava
contra eles. Propagando esta nova fé, mesmo que da maneira mais inofensiva e pacífica, eles
não podiam esperar coisa alguma a não ser desprezo, oposição, insultos, perseguições
amargas, açoites, aprisionamentos, tormentas e mortes cruéis. Ainda assim, eles propagaram
zelosamente a fé que tinham, suportaram firmes todas estas misérias e, não somente isto, eles
o fizeram com júbilo. Foram expostos a mortes miseráveis um após o outro, contudo os
sobreviventes prosseguiram a obra com maior vigor e determinação. Poucas vezes os anais de
combates militares fornecem tal exemplo de persistência heroica, paciência e indescritível
coragem. Eles tinham todas as razões possíveis para reverem cuidadosamente os fundamentos
da fé que professavam e as evidências dos grandes fatos e verdades que afirmavam; e estas
razões os oprimiam com tristeza e frequência terrível. Por isso era impossível que eles
persistissem em afirmar as verdades que narravam, se Jesus não tivesse realmente
ressuscitado dos mortos. Sem sombra de dúvida eles sabiam o que tinha acontecido"
(Greenleaf, Simon. Testimony of the Evangelists, Examined by the Rules of Evidence
Administered in Courts of Justice. Grand Rapids: Baker Book House, 1965 (reprinted from
1847 edition). (7)
3. PROVAS DA DIVINDADE
Séculos antes da Vinda de Jesus, tinham os judeus em suas Escrituras, uma série de Vaticínios
concretos de característica específica, concernentes ao Messias que eles agradavam-no
Legado Divino, o Filho de Deus.
Durante 11 séculos, foram profetizadas as peculiaridades
de Jesus Cristo, uma através de profeta, as demais pelos outros.
Cinco séculos antes da sua vinda, terminada, se encontrava a descrição dos traços do Messias.
Ninguém tem direito de duvidar as profecias. Os judeus conservavam para nós os Escritos
durante 11 séculos consecutivos. Todas essas profecias, feito histórico inegável em ciência,
estavam já publicados séculos antes da Vinda do Cristo.
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Alguns vaticínios são de um profeta, outros de outro, esses foram escritos num local, aquele
em outro, uns versam uma matéria, outros noutra... Cada profeta descreve um traço ou uma
circunstância do messias vindouro. Cada profeta o anuncia solenemente.
E todos esses traços fragmentários e separados convergem para um ponto concreto: a pessoa
íntegra do messias.
Profecias no período Patriarcal, Judicial real e profético.
Pessoa de Jesus Cristo.
1 – Nascimento da semente da mulher
Profecia: Gn 3. 15
Cumprimento: Mt 1. 20; Gl 4. 4
2 – Nascido de uma virgem
Profecia: Is 7. 14
Cumprimento: Mt 1. 18, 24, 25; Lc 1. 26-35
3 – Filho de Deus
Profecia: Sl 2. 7
Cumprimento: Mt 3. 17
4 – Semente de Davi
Profecia: Gn 12. 2, 3; 22. 18
Cumprimento: Mt 1. 1; Gl 3. 16
5 – Filho de Isaque e Jacó
Profecia: Gn 21. 12; 35. 10, 12; núm. 24. 17
Cumprimento: Lc 3. 23, 24
6 – Tribo de Judá
Profecia: Gn 49. 10; Mq 5. 2
Cumprimento: Mt 1. 2; Lc 3. 23-33
7 – Casa de Davi
Profecia: 2º Sm 7. 12-16; Jr 23. 5
17
Cumprimento: Mt 1. 2; Lc 3. 23-33
8 – Nascido em Belém
Profecia: Mq 5. 2
Cumprimento: Mt 2. 1; Lc 2. 4-7; Jo 7. 42
9 – Será um Profeta, Sacerdote e Rei.
Profecia: Dt 18. 18; sl 2. 6; 110. 4
Cumprimento: Mt 21. 11; 27. 37; Hb 5. 5, 6
10 – Juiz
Profecia: Is 33. 22
Cumprimento: Jo 5. 30
11 – Deveria entrar em Jerusalém montado num jumento
Profecia: Zc 9. 9
Cumprimento: Mt 21. 6-11; Lc 19. 35-37
12 – Sepultado no túmulo Rico
Profecia: Is 53. 9
Cumprimento: Mt 27. 57-60
Desnecessário será citar aqui, as 61 profecias cumpridas rigorosamente, com total
exatidão em Jesus. Procure um homem que tenha cumprido em sua vida, quer seja ela morta
ou viva, que tenha cumprido apenas cinco profecias acima citada do A. T. Antes de
explicarmos o motivo desse estudo, queremos responder algumas objeções levantadas a
respeito da profecia:
a) – Jesus cumpriu intencionalmente as profecias
Bem, isto seria aplausível se muitas profecias tivessem sobre o seu controle, tais
como: lugar de nascimento (Mq 5. 2); modo de nascimento (Is 7. 14); traição (Sl 41. 9); tipo
de morte (Sl 22. 16); sepultamento (Is 53. 9); etc...
b) – Os cumprimentos das profecias em Jesus não foram uma coincidência, uma obra
do acaso.
Na verdade você poderia ver algumas dessas profecias cumpridas em líderes políticos
ou religiosos, contesta os críticos. Até concordo sim, mas todas elas, os 61 vaticínios. Endosso
18
a proposta. Josh Mc‟Dowell nos diz que a chance de algum homem ter vivido até o presente e
ter cumprido todas as profecias é de 1 a 10 / 17, isto é, um homem em cem quadrilhões. Isto
ilustrado é o seguinte: Apanhemos 10/17 (cem quadrilhões) de moedas de prata de um dólar e
as coloquemos sobre o Estado do Texas. Elas serão uma camada de 60 centímetros de
espessura cobrindo todo o Estado. Agora faça uma marca numa dessas moedas que estão
sobre o Estado. Ponha uma venda nos olhos de um homem e diga-lhe que ele pode ir até onde
quiser, mas que deve apanhar certa moeda, aquela marcada. Qual a probabilidade de apanhar
a moeda certa?. Mas como tudo isso prova a Divindade de Jesus? Vejam bem, todas essas
profecias, predições concretas, proclamadas séculos antes da sua realização vaticínios com
abundância de detalhes, cumpridas plenamente, rigorosamente no Messias, Jesus de Nazaré –
o Legado Divino. Tais predições jamais poderiam ser fruto da inteligência humana. Quero
dizer, que predizer é difícil. O homem arrisca, “vamos ver se dá certo”, mas isto está longe de
ser predição precisa, categoricamente afirmada e matematicamente cumprida. Predizer... Que
dificuldade! Fenômeno meteorológico, o homem não consegue com antecedência prever
furacões, maremotos, etc..., não consegue com exatidão medir dias antes temperaturas,
velocidade do vento, a sua direção, etc... Haverá alguém que poderá me dizer o que ocorrerá
no dia 20 de agosto de 2015? Quantos milímetros exatamente cairão no pluviômetro nesse dia
caso chova? Quão difíceis senhores é predizer... Predizer o futuro com exatidão Pertence
unicamente a Deus, só Ele pode dizer o futuro com milênios de antecedência e com a certeza
absoluta e determinação precisa e com o cumprimento exato. “Falou Deus, quem não
profetizará”, são mais de 60 profecias (concernentes ao Messias), feitas durante 11 séculos,
por vários profetas, cumpridas ao pé da letra. Como se explica isto? Deus! Somente Deus
pode ser o autor dos vaticínios. Bem, Deus sendo autor das profecias, então podemos guiarnos por elas na obtenção da verdade. As profecias se cumpriram rigorosamente em Jesus! E
algumas profecias atestavam que Ele era Deus (Sl 2; Is 9. 6; Mq 5. 2). Há um detalhe também
em relação aos vaticínios, Jesus certa ocasião disse “Ego Sum Veristas” (Eu Sou a Verdade –
Jo 14. 6). Sim Jesus é a Palavra da Verdade que fez os profetas vaticinarem sem nenhuma
mescla de erros (cf 1º Pe 1. 11). Palavra? Sim, Jesus é esta palavra. “No princípio era o verbo,
palavra” (Jo 1. 1). Agora reparem, antes dos profetas vaticinarem alguma coisa, vinha
primeiro sobre eles “a Palavra do Senhor” (cf Ez 3. 16; Jr 40. 1). E era essa palavra que dava
total garantia de erro aos profetas, e quem era essa palavra? João responde que era Deus, e
isto João falava de Jesus (Jo 1. 14). Só Deus pode prever o futuro e a garantia desse “prever”
era a palavra do Senhor, então senhores raciocinem comigo: João fala que essa palavra é
Jesus, então essa palavra era o próprio Deus que vinha sobre os profetas e os dirigiam em suas
mensagens com 100% de acerto, então Jesus é esse Deus. Jesus Cristo aconselhava aos judeus
que verificassem as Escrituras para saberem se ele era o Messias, por quê? Ora, se os profetas
vaticinarem com total acerto as suas mensagens, e algumas delas sobre a sua nação (e os
judeus sabiam disso muito bem) então as suas profecias sobre o Messias estavam se
cumprindo, porque então não verificar para saberem se Jesus era ou não o Messias. Jesus
reivindicava sua messianidade e Divindade baseado nas profecias e os judeus criam nas
profecias e sabiam que elas vinham de Deus, então era só examinar as Escrituras para
saberem se o Messias era Divino, nisto eles se calavam, pois o fato atestava para isto. E, além
19
disto, era o próprio Jesus o autor das profecias o que comprova que mais ainda a sua
divindade (Jo 5. 39). Crês nas profecias? Então crês na divindade do Senhor (Jo 1. 45). Outra
coisa a mencionar é que se somente Deus pode prever o futuro com 100% de acerto, então
Jesus é Deus. (8)
4. As objeções sobre a divindade de Jesus Cristo na história
“Existe uma chave para a liberdade: Pense! Se quiseres ser um cordeiro, seja feita a
tua vontade. Não reclames, entretanto, quando fores servido em nosso grande Sabbath!”
Um “bem velho” dito pagão, do século XX (9)
a. Objeções contra a Divindade de Cristo
Os céticos, críticos, teólogos liberais e outros, nunca pouparam esforços para negarem
a Divindade de Jesus Cristo, nem que para isso usem textos da própria Bíblia. Os céticos e os
críticos falam que Jesus não poderia ser Deus, pois agiu como qualquer homem indignado,
irado e nem sequer medindo as suas palavras, cheias de ódio.
(10)
b. Jesus Cristo Nunca Existiu
Os pesquisadores que se dedicaram ao estudo das origens do cristianismo sabem que,
desde o Século II de nossa era, tem sido posta em dúvida a existência de Cristo. Muitos até
mesmo entre os cristãos procuram provas históricas e materiais para fundamentar sua crença.
Infelizmente, para eles e sua fé, tal fundamento jamais foi conseguido, porquanto, a história
cientificamente elaborada denota que a existência de Jesus é real apenas nos escritos e
testemunhas daqueles que tiveram interesse religioso e material em prová-la.
Desse modo, a existência, a vida e a obra de Jesus carecem de provas indiscutíveis.
Nem mesmo os Evangelhos constituem documento irretorquível. As bibliotecas e museus
guardam escritos e documentos de autores que teriam sido contemporâneos de Jesus, os quais
não fazem qualquer referência ao mesmo. Por outro lado, a ciência histórica tem-se recusado
a dar crédito aos documentos oferecidos pela Igreja, com intenção de provar-lhe a existência
física. Ocorre que tais documentos, originariamente, não mencionavam sequer o nome de
Jesus; todavia, foram falsificados, rasurados e adulterados visando suprir a ausência de
documentação verdadeira.
Por outro lado, muito do que foi escrito para provar a inexistência de Jesus Cristo foi
destruído pela Igreja, defensivamente. Assim é que, por falta de documentos verdadeiros e
indiscutíveis, a existência de Jesus tem sido posta em dúvida desde os primeiros séculos desta
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era, apesar de ter a Igreja tentado destruir a tudo e a todos os que tiveram coragem ousaram
contestar os seus pontos de vista, os seus dogmas.
Por tudo isso é que o Papa Pio XII, em 955, falando para um Congresso Internacional
de História em Roma, disse: “Para os cristãos, o problema da existência de Jesus Cristo
concerne à fé, e não à história”. Emílio Bossi, em seu livro intitulado “Jesus Cristo Nunca
Existiu”, compara Jesus Cristo a Sócrates, que igualmente nada deixou escrito. No entanto,
faz ver que Sócrates só ensinou o que é natural e racional, ao passo que Jesus ter-se-ia apenas
preocupado com o sobrenatural. Sócrates teve como discípulos pessoas naturais, de existência
comprovada, cujos escritos, produção cultural e filosófica passaram à história como Platão,
Xenófanes, Euclides, Esquino, Fédon. Enquanto isso, Jesus teria por discípulos alguns
homens analfabetos como ele próprio tê-lo-ia sido, os quais apenas repetiriam os velhos
conceitos e preconceitos talmúdicos.
Sócrates, que viveu 5 séculos antes de Cristo e nada escreveu, jamais teve sua
existência posta em dúvida. Jesus Cristo, que teria vivido tanto tempo depois, mesmo nada
tendo escrito, poderia apesar disso ter deixado provas de sua existência. Todavia, nada tem
sido encontrado que mereça fé. Seus discípulos nada escreveram. Os historiadores não lhe
fizeram qualquer alusão.
Além disso, sabemos que, desde o Século II, os judeus ortodoxos e muitos homens
cultos começaram a contestar a veracidade de existência de tal ser, sob qualquer aspecto,
humano ou divino. Estavam, assim, os homens divididos em duas posições: a dos que,
afirmando a realidade de sua existência, divindade e propósitos de salvação, perseguiam e
matavam impiedosamente aos partidários da posição contrária, ou seja, àqueles cultos e
audaciosos que tiveram a coragem de contestá-los.
O imenso poder do Vaticano tornou a libertação do homem da tutela religiosa difícil e
lenta. O liberalismo que surgiu nos últimos séculos contribuiu para que homens cultos e
desejosos de esclarecer a verdade tentassem, com bastante êxito, mostrar a mistificação que
tem sido a base de todas as religiões, inclusive do cristianismo. Surgiram também alguns
escritos elucidativos, que por sorte haviam escapado à caça e à queima em praça pública.
Fatos e descobertas desta natureza contribuíram decisivamente para que o mundo de hoje
tenha uma concepção científica e prática de tudo que o rodeia, bem como de si próprio, de sua
vida, direitos e obrigações.
A sociedade atualmente pode estabelecer os seus padrões de vida e moral, e os seus
membros podem observá-los e respeitá-los por si mesmos, pelo respeito ao próximo e não
pelo temor que lhes incute a religião. Contudo, é lamentavelmente certo que muitos ainda se
conservam subjugados pelo espírito de religiosidade, presos a tabus caducos e inaceitáveis.
Jesus Cristo foi apenas uma entidade ideal, criada para fazer cumprir as escrituras,
visando dar sequência ao judaísmo em face da diáspora, destruição do templo e de Jerusalém.
Teria sido um arranjo feito em defesa do judaísmo que então morria, surgindo uma nova
21
crença. Ultimamente, têm-se evidenciado as adulterações e falsificações documentárias
praticadas pela Igreja, com o intuito de provar a existência real de Cristo. Modernos métodos
como, por exemplo, o método comparativo de Hegel, a grafotécnica e muitos outros,
denunciaram a má fé dos que implantaram o cristianismo sobre falsas bases com uma doutrina
tomada por empréstimos de outros mais vivos e inteligentes do que eles, assim como
denunciaram os meios fraudulentos de que se valeram para provar a existência do inexistente.
É de se supor que, após a fuga da Ásia Central, com o tempo os judeus foram
abandonando o velho espírito semita, para irem-se adaptando às crenças religiosas dos
diversos povos que já viviam na Ásia Menor. Após haverem passado por longo período de
cativeiro no Egito, e, posteriormente, por duas vezes na Babilônia, não estranhamos que
tenham introduzido no seu judaísmo primitivo as bases das crenças dos povos com os quais
conviveram. Sendo um dos povos mais atrasados de então, e na qualidade de cativos, por
onde passaram, salvo exceções, sua convivência e ligações seria sempre com a gente inculta,
primária e humilde. Assim é que, em vez de aprenderem ciências como astronomia,
matemática, sua impressionante legislação, aprenderam as superstições do homem inculto e
vulgar.
Quando cativos na Babilônia, os sacerdotes judeus que constituíram a nata, o escol do
seu meio social, nas horas vagas, iriam copiando o folclore e tudo o que achassem de mais
interessante em matéria de costumes e crenças religiosas, do que resultaria mais tarde
compendiarem tudo em um só livro, o qual recebeu o nome de Talmud, o livro do saber, do
conhecimento, da aprendizagem. Por uma série de circunstâncias, o judeu foi deixando, aos
poucos, a atividade de pastor, agricultor e mesmo de artífice, passando a dedicar-se ao
comércio.
A atividade comercial do judeu teve início quando levados cativos para a Babilônia,
por Nabucodonosor, e intensificou-se com o decorrer do tempo, e ainda mais com a
perseguição que lhe moveria o próprio cristianismo, a partir do século IV. Daí em diante, a
preocupação principal do povo judeu foi extinguir de seu meio o analfabetismo, visando com
isso o êxito de seus negócios. Deve-se a este fato ter sido o judeu o primeiro povo no meio do
qual não haveria nenhum analfabeto. Destarte, chegando a Roma e a Alexandria,
encontrariam ali apenas a prática de uma religião de tradição oral, portanto, terreno propício
para a introdução de novas superstições religiosas. Dessa conjuntura é que nasceu o
cristianismo, o máximo de mistificação religiosa de que se mostrou capaz a mente humana.
O judeu da diáspora conseguiu o seu objetivo. Com sua grande habilidade, em pouco
tempo o cristianismo caiu no gosto popular, penetrando na casa do escravo e de seu senhor,
invadindo inclusive os palácios imperiais. Crestus, o Messias dos essênios, pelo qual parece
terem optado os judeus para a criação do cristianismo, daria origem ao nome de Cristo, cristão
e cristianismo. Os essênios haviam-se estabelecido numa instituição comunal, em que os bens
pessoais eram repartidos igualmente para todos e as necessidades de cada um tornavam-se
responsabilidade de todos.
22
Tal ideal de vida conquistaria, como realmente aconteceu, ao escravo, a plebe, enfim,
a gente humilde. Daí, a expansão do cristianismo que, nada tendo de concreto, positivo e
provável, assumiu as proporções de que todos temos conhecimento. Não tendo ficado restrita
à classe inculta e pobre, como seria de se pensar, começou a ganhar adeptos entre os
aristocratas e bem-nascidos.
De tudo o que dissemos, depreende-se que o cristianismo foi uma religião criada pelos
judeus, antes de tudo como meio de sobrevivência e enriquecimento. Tudo foi feito e
organizado de modo a que o homem se tornasse um instrumento dócil e fácil de manejar,
pelas mãos hábeis daqueles aos quais aproveita a religião como fonte de rendimentos.
Métodos modernos como, por exemplo, o método comparativo de Hegel, a
grafotécnica, o uso dos isótopos radioativos e radiocarbônicos, denunciaram a má fé daqueles
que implantaram o cristianismo, falsificando escritos e documentos na vã tentativa de provar
o que lhe era proveitoso. Por meios escusos tais como os citados, a Igreja tornou-se a potência
financeira em que hoje se constitui. Finalmente, desde o momento em que surgiu a religião,
com ela veio o sacerdote que é uma constante em todos os cultos, ainda que recebam nomes
diversos. A figura do sacerdote encarregado do culto divino tem tido sempre a preocupação
primordial de atemorizar o espírito dos povos, apresentando-lhes um Deus onipotente,
onipresente e, sobretudo, vingativo, que a uns premia com o paraíso e a outros castiga com o
inferno de fogo eterno, conforme sejam boas ou más suas ações.
No cristianismo, encontraremos sempre o sacerdote afirmando ter o homem uma alma
imortal, a qual responderá após a morte do corpo, diante de Deus, pelas ações praticadas em
vida. Como se tudo não bastasse, o paraíso, o purgatório dos católicos e o inferno, há ainda
que considerar a admissão do pecado original, segundo o qual todos os homens ao nascer,
trazem-no consigo.
Ora, ninguém jamais foi consultado a respeito de seu desejo ou não de nascer. Assim
sendo, como atribuir culpa de qualquer natureza a quem não teve a oportunidade de
manifestar vontade própria. Quanta injustiça! Condenar inocentes por antecipação. O próprio
Deus e o próprio Cristo revoltar-se-iam por certo ante tão injusta legislação, se os próprios
existissem.
c. As Provas e as Contra Provas
A Igreja serviu-se de farta documentação, conforme já mencionamos anteriormente,
com intenção de provar a existência de Cristo. No entanto, a história ignora-o completamente.
Quanto aos autores profanos que pretensamente teriam escrito a seu respeito, foram nesta
parte falsificados. Por outro lado, documentos históricos demonstram sua inexistência. As
provas históricas merecem nosso crédito, porque pertencem à categoria dos fatos certos e
positivos, e constituem testemunhos concretos e válidos de escritores de determinadas escolas.
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A interpretação da Bíblia e da mitologia comparada não resiste a uma confrontação com a
história. Flávio Josefo, Justo de Tiberíades, Filon de Alexandria, Tácito, Suetônio e Plínio, o
Jovem, teriam feito em seus escritos, referências a Jesus Cristo. Todavia, tais escritos após
serem submetidos a exames grafotécnicos, revelaram-se adulterados no todo ou em parte, para
não se falar dos que foram totalmente destruídos. Além disso, as referências feitas a Crestus,
Cristo ou Jesus, não são feitas exatamente a respeito do Cristo dos Cristãos. Seria mesmo
difícil estabelecer qual o Cristo seguido pelos cristãos, visto que esse era um nome comum na
Galileia e Judeia. (11)
d. Houve um túmulo vazio?
A descoberta de um túmulo vazio pressupõe, em primeiro lugar, que houve um
túmulo, e que este fosse conhecido, e que fosse descoberto, é claro. Contudo, quando se tem
dúvidas até mesmo sobre a existência de um túmulo, os relatos de sua descoberta são
igualmente lançados em dúvida. Os apologistas cristãos costumam argumentar que a
descoberta do túmulo vazio é um dos dados históricos mais seguros da história dos primórdios
do movimento cristão. Eu mesmo costumava pensar isso: No entanto, simplesmente não é
verdade. Dada a nossa suspeita sobre a tradição do sepultamento, existe bastante motivo para
se duvidar da descoberta de um túmulo vazio, (12)
Por aí vemos que nem Jesus nem o cristianismo têm nada de original. A veneração das
imagens já era muito anterior ao cristianismo. Por outro lado, o judaísmo, que as baniu, não
foi, entretanto, o primeiro a tomar tal atitude. Plutarco disse que os tebanos não as usavam,
assim como Numa Pompílio proibiu os romanos de usarem-nas, durante o seu governo. O
batismo era uma cerimônia praticada pelos antigos muito antes de se cogitar, sequer, do nome
de cristão. Os hindus lavam o recém-nascido em água lustral, dando-lhe um nome de um
gênio protetor. Aos oito anos, a criança aprende a recitar os hinos ao Deus-Sol. A extremaunção também, de há muito antes do cristianismo, era praticada pelos hindus.
Copiando detalhes dos ritos e cultos de uma grande variedade de seitas, o cristianismo
constituiu o seu próprio ritual, tudo girando em torno do Deus-Sol, no qual, por fim, vestiram
a roupa de Jesus Cristo. (13)
5. A posição dos teólogos modernos sobre divindade de Jesus Cristo
a- A ORIGEM DA TEOLOGIA MODERNA/LIBERAL.
Ao acontecer o evento iluminista, fez com que seus pressupostos alcançassem a teologia
cristã, dando origem à teologia moderna/liberal no final do século XVIII e no século XIX.
Fazendo que seus legados continuem até nos dias de hoje. Essa teologia nascera no
protestantismo, todavia, hoje ela é mais influente no meio católico apostólico romano.
24
Sempre a alguém que origina uma corrente teológica, e essa foi criada pelo alemão
Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher (1768-1834). Esse homem negava a autoridade e os
milagres de Jesus, o Cristo que estavam escrito na bíblia. Ele acreditava que a religião era
auto-suficiente quando o sentimento humano mostrava, por exemplo, a comunhão com Deus
era feito quando o individuo sente que está se relacionando com o Divino, e assim se torna
salvo, mesmo que não creia no evangelho de Cristo. Para ele a bíblia não poderia ser tratada
como uma narrativa de intervenções divinas, ou como uma coletânea de pronunciamentos
divinos. Ela era uma obra de experiência religiosa. Logo, não era preciso levar a escritura a
sério em seus detalhes mais pequenos. Assim ele acreditava que as experiências religiosas era
o centro da essência da religião. E a essência da religião encontra-se “no nosso senso da
dependência absoluta”. Ou seja, na nossa comunhão com Deus, é que encontramos a religião
pura, e não na confiabilidade da escritura. Vamos ver algumas palavras dele:
“O elemento comum nas expressões da piedade, por mais diversas que sejam… é este:
a consciência de ser totalmente dependente ou de estar em relacionamento com Deus, o que é
a mesma coisa”.
Com este pensamento ela elaborava novamente todas as doutrinas cristãs. E ele
reinterpretou o pecado, dizendo que não é uma transgressão com a moral que deve ter, como a
bíblia ensina, mas, sim, é a falta de busca da dependência com o Sagrado e o almejo pela
liberdade. A redenção só ocorrerá se esse senso de dependência for restaurado. Agora
chegamos no tocante da questão, a sua elaboração sobre quem era Cristo. Ele negava o Cristo
ensinado pela teologia histórica com seus concílios cristológicos, em outras palavras, ele
negava a deidade de Cristo. Ensinava que Cristo era um homem que buscou o senso da
dependência absoluta com o Divino, ou seja, buscou a comunhão com Deus, e essa comunhão
foi tão intensa que poderia dizer que Deus habitava nele. Vamos ver o que ele escveve:
“O redentor, portanto, é como todos os homens em virtude da identidade da natureza
humana, mas distinto de todos eles pela potencialidade constante da sua consciência de Deus,
que era uma verdadeira existência de Deus dentro dele”
Tendo essa ideia de Cristo ele diz que a obra redentora de Cristo, é a inspiração que
ele dá através de sua vida, dos homens se relacionarem e procurarem a comunhão com Deus.
Já que ele não acredita em Cristo como Deus, logo, não aceita a trindade como verdade. Ele
declara que essa doutrina é a amarração da doutrina cristã. Portanto, ele dispensa essa
doutrina e adota consigo o utilitarismo. Como ele definiria então as três pessoas da trindade
que ele não acredita? Deus para ele é existente, pois o homem busca o senso de dependência
absoluta com Ele. Jesus é um homem histórico que nos deu o exemplo de relacionarmos com
Deus. E o Espírito Santo é simplesmente como descrevemos a experiência religiosa, ou seja, a
experiência com o Deus da igreja. Vemos a mesma ideia de Deus, nos escritos de Paul Tillich,
mas, esse muda a nomenclatura para “o Fundamento do ser” e, também, nos escritos de
Robinson que chama de “preocupação última”.
25
Devemos criar a consciência de que, Friedrich Schleiermacher distanciou da teologia
bíblica e da teologia natural, e analisou a experiência religiosa como senso da dependência
absoluta com o Sagrado. Para quem gostaria de aprender mais, é só ler o livro dele: “The
Cristian Faith”.
Com a abordagem de Friedrich Schleiermacher vários pensadores foram influenciados.
Muitas coletâneas começaram a ser produzidas falando sobre a “vida de Jesus”. Jesus
começou a ser reinterpretado com interpretações racionalistas e fictícias, partindo do
pressuposto de que os milagres e o sobrenaturalismo na bíblia não devem ter créditos. Mais
para frente não só Jesus, mas toda a bíblia começou a ser reinterpretada sem os milagres e o
sobrenatural, criando assim o conceito de quê há mitos na bíblia. Esse presente estudo não
estará mostrando todos os pensadores dessa teologia, mas, citarei alguns nomes: Strauss,
Renan, Seeley, Drews, Harnack e Ritschl. Esse último partia da premissa de Kant, falando que
a bíblia é um livro de moral, e o cristianismo é uma religião de moralidade e não de
sobrenaturalismo. A maioria desses autores falava que Jesus era um pregador de amor e
moral. Todos buscam o Jesus Histórico, com isso tentavam levantar uma nova historicidade
de Jesus, além daquela que está na Bíblia. Alguém que devemos dar uma atenção especial
nesse espaço, é Albert Schweitzer. Esse montou sua tese de doutorado chamado, “A busca
pelo Jesus Histórico”, que se tornou uma obra admirada para essa teologia. Aqui podemos ver
a teoria de Lessing, que citei acima. A história Cristã não é de se confiar e é preciso que seja
revista, e foi isso que Schweitzer fez. E sem dúvida foi quem mais influenciou o meio liberal
depois de Schleiermacher. (14)
6 posição da Igreja contemporânea sobre a divindade de Jesus Cristo
6a- A Doutrina de Cristo Depois da Reforma. Aconteceram mudanças na doutrina de
Cristo dentro da Igreja contemporânea sobre a divindade de Jesus Cristo? E como
aconteceram estas reformas, quais as posições e decisões tomadas desde então pela igreja?
6a1. ATÉ AO SÉCULO DEZENOVE. A Reforma não trouxe grandes mudanças à doutrina
da pessoa de Cristo. Tanto a Igreja Romana como as igrejas da reforma subscreveram a
doutrina de Cristo nos termos de sua formulação pelo Concílio de Calcedônia. Suas diferenças
importantes e profundas estão noutras áreas. Há uma peculiaridade da cristologia luterana que
merece atenção.
A doutrina de Lutero sobre a presença física de Cristo na ceia do Senhor levou ao
conceito caracteristicamente luterano da communicatio idiomatum (comunicação de
propriedades), com o sentido de “que cada uma das naturezas de Cristo permeia a outra
(perichoresis), e que a humanidade participa dos atributos da Sua divindade”. Afirma-se que
os atributos de onipotência, onisciência e onipresença foram comunicados à natureza humana
de Cristo ao tempo da encarnação. Suscitou-se naturalmente a questão sobre como isto
poderia harmonizar-se com o que sabemos da vida terrena de Jesus. Esta questão levou a uma
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diferença de opinião entre os teólogos luteranos. Alguns afirmam que Cristo pôs de lado os
atributos divinos recebidos na encarnação, ou os usava só ocasionalmente, enquanto outros
diziam que Ele continuou de posse deles durante toda a sua vida terrena, mas os manteve
ocultos ou só os usava secretamente.
Alguns luteranos atualmente parecem inclinados a rejeitar esta doutrina. Os teólogos
reformados (calvinistas) viam nessa doutrina luterana uma espécie de eutiquianismo ou de
fusão das duas naturezas de Cristo. A teologia reformada também ensina uma comunicação de
atributos, mas a concebe de maneira diferente. Ela crê que, depois da encarnação, as
propriedades de ambas as naturezas podem ser atribuídas à pessoa única de Cristo. Pode-se
dizer que a pessoa de Cristo é onisciente, mas também, que tem conhecimento limitado; pode
se considerada onipresente, mas também limitada, em qualquer tempo particular, a um único
lugar. Daí, lemos na Segunda Confissão Helvética: “reconhecemos, pois, que há no único e
mesmo Jesus, nosso Senhor, duas naturezas – a natureza divina e a humana; e dizemos que
estas são ligadas ou unidas de modo tal, que não são absorvidas, confundidas ou misturadas,
mas, antes, são unidas ou conjugadas numa pessoa (sendo que as propriedades de cada uma
delas permanecem a salvo e intactas), de modo que podemos cultuar a um Cristo, nosso
Senhor, e não a dois. Portanto, não pensamos nem ensinamos que a natureza divina em Cristo
sofreu, ou que Cristo, de acordo com a Sua natureza humana, ainda está no mundo e ,assim,
em todo lugar”.
6a2. NO SÉCULO DEZENOVE. No início do século dezenove deu-se grande mudança no
estudo da pessoa de Cristo. Até àquele tempo, o ponto de partida fora predominantemente
teológico, e a cristologia resultante era teocêntrica; mas durante a última parte do século
dezoito houve crescente convicção de que se alcançariam melhores resultados partindo de
algo mais próximo, a saber do estudo do Jesus histórico. Assim foi introduzido o “segundo
período cristológico”, assim chamado. O novo ponto de vista era antropológico, e o resultado
foi antropocêntrico. Isto evidenciou-se destrutivo para a fé cristã. Uma distinção de maior
alcance e perniciosa foi feita entre o Jesus histórico, delineado pelos escritores dos
evangelhos, e o Cristo teológico, fruto da fértil imaginação dos pensadores teológicos, e cuja
imagem reflete-se agora nos credos da igreja. O Cristo sobrenatural abriu alas para um Jesus
humano; e a doutrina das duas naturezas abriu alas para a doutrina de um homem divino.
Scheleiermacher esteve à testa do novo desenvolvimento. Ele considerava Cristo como
uma nova criação, na qual a natureza humana é elevada ao nível da perfeição ideal. Todavia,
Ele redime o homem por Seu ensino, por Seu exemplo e por Sua única, e, portanto, é digno de
ser chamado Deus. Este conceito é virtualmente um restabelecimento da doutrina de Paulo de
Samosata.
Com base na ideia panteísta moderna da imanência de Deus, a doutrina de Cristo hoje
em dia é muitas vezes exposta de maneira completamente naturalista. As exposições podem
variar muito, mas geralmente a ideia fundamental é a mesma, a saber, a ideia de uma unidade
essencial de Deus e o homem. A doutrina das duas naturezas de Cristo desapareceu da
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teologia moderna e em seu lugar temos uma identificação panteísta de Deus e o homem.
Essencialmente, todos os homens são divinos, desde que todos têm em si um elemento divino;
e todos são filhos de Deus, diferindo de Cristo somente em grau. O ensino moderno acerca de
Cristo está baseado na doutrina da continuidade de Deus e o homem. E é exatamente contra
essa doutrina que Barth e os que pensam como ele ergueram sua voz. Nalguns círculos atuais
há sinais de um retorno à doutrina das duas naturezas. Em sua obra intitulada, What Is the
Faith? (Que é Fé?), Mickelm confessa que durante muitos anos afirmou confiantemente que
atribuição a Cristo de duas naturezas numa pessoa tinha que ser abandonada, mas agora Vê
que isto se firmava num mal-entendido. (16)
CONCLUSÃO:
Até o mais incrédulo dos homens precisa se firmar em uma crença para explicar a
existência das coisas como são e como caminham. Enfim nós seres humanos precisamos
explicar a nossa existência e o porquê existimos. Nem todos os que dizem acreditar em Deus,
conseguem entender sua forma de operar e dentro disso, muitos se perdem em busca de razões
e provas para acreditarem no que dizem crer. A Bíblia diz que só há um Deus, "Assim diz o
SENHOR, Rei de Israel, e seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu
sou o último, e fora de mim não há Deus." (Isaías 44: 6), mas também lemos que: “NO
princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no
princípio com Deus”. (João 1:1,2). O verbo era Deus, e o verbo estava com Deus. Podemos
entender que por um lado, não há Deus, além de Deus, mas por outro lado entendemos que
“este verbo” que estava com Deus, é Deus. Essa “confusão” de palavras e escritos é que faz
com que os céticos desistam de crer, os curiosos se aprofundem para satisfazerem sua
curiosidade e os que creem, busque o conhecimento para crerem ainda mais.
Quando queremos saber sobre a vida de alguém ou algo em algum ponto da história,
precisamos pesquisar através de livros, testemunhos de pessoas que viram ou ouviram falar a
respeito daquilo que nos interessa saber. Quando temos dúvidas a respeito da identidade ou
até mesmo da idade de alguém, precisamos perguntar a seus pais sobre este alguém, mas
também temos o registro de nascimento dessa pessoa e até mesmo acesso ao cartório de
registro e testemunhas que possam falar a respeito e assim munidos de provas, acreditar que a
pessoa a quem estamos curiosos, realmente é quem diz ser.
Quando queremos saber acerca de Jesus, a fonte de informações é a Bíblia, ela nos
relata sobre a existência deste homem que viveu entre nós, ela fala de pessoas que viveram
com ele, comeram com ele e ouviram seus ensinamentos, mas quando se busca nos registros e
testemunhas sobre Jesus ser quem a Bíblia diz ser, temos uma pesquisa diferente, pois
encontraremos testemunho anterior ao nascimento deste homem. Temos informações que este
homem que viveu entre nós, não se trata de um homem comum, nem se trata de um semideus,
mas sim de um homem cem por cento homem e cem por cento, Deus.
O estudo do Jesus histórico também é importante para compreendermos não somente a
existência de Jesus, mas a gama de informações e conclusões que chegam os mais diversos
estudiosos deste tema tão importante; a humanidade e a divindade de Jesus.
Portanto de acordo com as informações obtidas através de estudos e pesquisas, e que
independente das tentativas de provar a inexistência de Jesus Cristo como Deus por alguns e
até mesmo que Jesus nem mesmo existiu por outros, posso afirmar que Jesus Cristo é
verdadeiramente Deus que encarnou e habitou entre nós, "e [...] se manifestou em carne, foi
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justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima
na glória." (I Timóteo 3 : 16).
BIBLIOGRAFIA
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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Conteúdo sem fontes poderá ser removido
fonte: Teologia sistemática – Livro III – Lewis Sperry Chaffer pg. 35,37
Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/teantr%C3%B3pico/
Fonte: Teologia Sistemática – Livro IV – Lewis Sperry Chafer. Pdf pg. 115
http://www.estudosdabiblia.net/2004321.htm –por Doy Moyer
http://www.gotquestions.org/Portugues/real-verdadeiro-Jesus.html
Fonte: 5 Evidência Poderosa Sobre a Divindade de Cristo .
http://earthharvest.org/pt/ApologiaDaBibliaChristianismo/JesusCristoDeusProvas/5Prova
sDivindadeDeJesusCristo.htm
(8) Fonte: http://profdeteologia.blogspot.com.br/2012/05/por-que-creio-na-divindade-dejesus.html
(9) fonte: http://ateus.net/artigos/critica/jesus-cristo-nunca-existiu/
(10) fonte: http://profdeteologia.blogspot.com.br/2012/05/por-que-creio-na-divindade-dejesus.html
(11) (http://ateus.net/artigos/critica/jesus-cristo-nunca-existiu/ capítulo I e II)
(12) (trecho do livro: COMO JESUS SE TORNOU DEUS de BART D, EHRMAN – Uma
editora do Grupo LeYa pg. 222,223)
(13) autor: La Sagesse http://ateus.net/artigos/critica/jesus-cristo-nunca-existiu/
(14) Fonte: http://www.cacp.org.br/o-que-e-ser-teologo-modernoliberal/
(15) Fonte: CRISTOLOGIA –FATEC – pg. 07-10
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