QUÍMICA PRÉ-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br © 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. I229 IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. — Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor] 832 p. ISBN: 978-85-387-0577-2 1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título. CDD 370.71 Disciplinas Autores Língua Portuguesa Literatura Matemática Física Química Biologia História Geografia Francis Madeira da S. Sales Márcio F. Santiago Calixto Rita de Fátima Bezerra Fábio D’Ávila Danton Pedro dos Santos Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba Costa Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. Saquette Edson Costa P. da Cruz Fernanda Barbosa Fernando Pimentel Hélio Apostolo Rogério Fernandes Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogério de Sousa Gonçalves Vanessa Silva Duarte A. R. Vieira Enilson F. Venâncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer Produção Projeto e Desenvolvimento Pedagógico Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Mecanismo de reações orgânicas O flúor, por ser o mais eletronegativo, atrai intensamente o par eletrônico, adquirindo elevada densidade Diminui a F H força de Desde a Pré-História, o ser humano limitava-se a usar materiais que encontrava na natureza, sem provocar neles grandes modificações. A descoberta do fogo trouxe ao ser humano a primeira maneira efetiva de criar novos materiais. Por exemplo, foram desenvolvidos métodos para extração de alguns metais a partir do aquecimento de minério. Isso nos permitiu passar da Idade da Pedra para a Idade do Bronze e chegar à Idade do Ferro. Os metais, tão importantes na Antigüidade, ainda têm grande utilidade. Porém, muitos materiais indispensáveis à sociedade moderna eram desconhecidos até o início do século XX, principalmente os compostos orgânicos, como medicamentos e polímeros. O conhecimento de mecanismo assim como das reações orgânicas e das características das diferentes funções orgânicas é fundamental para que se possa entender não só os processos orgânicos, mas também a bioquímica, ou seja, os processos metabólicos que ocorrem em seres vivos. Ressonância Observe o que ocorre com o par eletrônico que estabelece a ligação, devido à diferença de eletronegatividade: EM_V_QUI_034 3,0 C segure intensamente o hidrogênio ( atrai ). atração sobre o hidrogênio. C H H Br O iodo, por ser o menos eletronegativo dos halogênios, adquire densida- I H de eletrônica menos intensa. Então, ele segura menos intensamente o hidrogênio. Note, então, que é mais fácil arrancar o hidrogênio do HI e mais difícil arrancar o hidrogênio do HF. Quanto maior a facilidade em arrancar o hidrogênio, tanto mais forte é o ácido; concluímos, então, que o HI é o ácido mais forte. ácido mais fraco ácido mais forte HF < HC < HBr < HI força aumenta Vamos considerar os ácidos halogenídricos (HF, HCI, HBr e HI) e fazer uma comparação. 4,0 F eletrônica. Isso faz com que ele 2,8 Br 2,4 I 2,1 H eletronegatividade diminui Efeitos indutivos Chamamos de efeito indutivo (Is) o efeito apresentado por determinados grupos que possuem a propriedade de atrair ou repetir elétrons numa molécula. O efeito apresentado por grupos que atraem elétrons recebe o nome de efeito indutivo negativo (-Is), enquanto o apresentado por grupos que repelem (“empurram”) elétrons recebe o nome de efeito indutivo positivo (+Is). Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 1 Vamos analisar o efeito apresentado por Cl e O CH3 no grupo carboxila : C OH O H C O Este hidrogênio é ionizável. H ácido metanoico Efeito mesômero O efeito mesômero é caracterizado pelo deslocamento de um par de elétrons na “molécula”, conduzindo a estruturas que diferem entre si apenas pelo arranjo dos elétrons e que recebem o nome de estruturas canônicas de ressonância. A estrutura real da “molécula” é um híbrido das estruturas canônicas. Vejamos alguns casos de ressonância. 1.° O benzeno ácido cloroetanoico O O H3C H2C C O H C O H C Este grupo “empurra” elétrons: apresen- Devido ao efeito + Is do CH, este oxigênio ta efeito + Is. adquire elevada densidade eletrônica. Isso faz com que segure intensamente o hidrogênio. A teoria da ressonância diz que o benzeno não contém três ligações simples e três ligações duplas de carbono-carbono, como nos mostram as estruturas de Kekulé, mas seis ligações idênticas, intermediárias entre as ligações simples e duplas, que são denominadas ligações híbridas. Observe: H H O cloro atrai elétrons: apresenta efeito – Is. Devido ao efeito – Is do cloro, este oxigênio fica com baixa densidade eletrônica. Isso faz com que segure menos intensamente o hidrogênio. Com isso, percebemos que é mais fácil arrancar o hidrogênio do ácido cloroetanoico do que do ácido etanoico; logo, o ácido cloroetanoico é o mais forte. Desse modo, podemos dizer que: O efeito –Is aumenta a acidez, pois o hidrogênio fica mais solto, enquanto o efeito +Is diminui a acidez, pois o hidrogênio fica mais preso. Observe o quadro abaixo: Radicais que apresentam afeito indutivo negativo (– Is) – F – SO3H –I – NO2 – Br – OH –C H2C = C – C H C H C C H C H 2 C H C H H estrutura canônica H estrutura canônica A estrutura real da molécula do benzeno não é nenhuma das duas formas apresentadas acima, mas um híbrido delas, que se representa por: ou Um fato a favor dessa ideia é que as medidas das distâncias de todas as ligações carbono-carbono nos conduzem ao valor 1,39 A, e não a valores que condizem com ligações simples e duplas. Veja: C C C=C Ligação dupla: Ligação simples: 1,33 A H o efeito + Is aumenta H C C 1,54 A – CH3 H3C – C – H3C – C – C – C C NH2 Radicais que apresentam afeito indutivo positivo (+ Is) C H 120 0 H C 1,09 A H H C C 1200 C C 1,39 A C H H Na molécula do benzeno, os carbonos apresentam hibridação sp2 e todos os átomos (seis carbonos e seis hidrogênios) se localizam no mesmo plano. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_QUI_034 ácido etanoico 2.° O grupo nitro O grupo nitro, comumente representado por – N O não condiz com a realidade. O Veja por quê: Sabe-se que o comprimento de uma ligação dupla nitrogênio-oxigênio é de 1,18 A e que o de uma ligação simples nitrogênio-oxigênio é de 1,36 A. Entretanto, no grupo nitro as duas ligações têm exatamente o mesmo comprimento (1,21 A). Então, como representá-lo? Assim: 1,18 A –N O O 1,36 A ? –N O –N O O 1,21 A Ou seja: –N O 1,21 A O O si apenas pelo arranjo dos elétrons e onde a disposição dos núcleos atômicos seja a mesma, existirá ressonância. A “molécula” será, então, um híbrido de todas essas estruturas. Em resumo temos que, como já estudadas as funções orgânicas, vamos estabelecer os seguintes conceitos: Heterólise ou cisão heterolítica Chamamos de heterólise (heteros: diferente; lise: quebra) a ruptura que ocorre num par eletrônico covalente de uma estrutura, de modo a originar íons (estruturas carregadas eletricamente). Assim: H–O H HO– + H+ ânion estrutura canônica híbrido de ressonância (grupo nitro) estrutura canônica 3.° O ânion carboxilato O ânion carboxilato (– COO-) é um híbrido de ressonância, fato que se confirma por meio do comprimento das ligações. O ácido fórmico, por exemplo, possui uma ligação simples carbono-oxigênio de comprimento de 1,36 A, é uma ligação dupla carbono-oxigênio e comprimento de 1,23 A. Entretanto, no formiato de sódio as ligações carbono-oxigênio são idênticas e de comprimento de 1,27 A. Veja: 1,23 A O –C H–C OH A 1,36 O O estrutura canônica ácido fórmico –C estrutura canônica Ou seja: 1,27 A –C 1,27 A O O H–C EM_V_QUI_034 híbrido de ressonância (ânion carboxilato) O O Na formiato de sódio Conclusão: Sempre que uma “molécula” puder ser representada por duas ou mais estruturas que difiram entre C ânion cátion C – +C + cátion Os elétrons ficam com o oxigênio por ser este mais eletronegativo que o hidrogênio. Homólise ou cisão homolítica Chamamos de homólise (homos: igual; lise: quebra) a ruptura que ocorre num par de eletrônico covalente de uma estrutura, de modo a originar radicais (estruturas neutras). Veja: H H O O C C H H C + H H H C C H C + C + Reagente eletrófilo (E) Chamamos de reagente eletrófilo (eletro: elétron; filo: amigo) a estrutura que ataca centros (chamados substratos) de alta densidade eletrônica. Evidentemente, os reagentes eletrófilos devem ter “deficiência” de elétrons, podendo ter carga positiva efetiva ou não. Assim, são reagentes eletrófilos as estruturas H+, C +, NO+2, AIC 3, FeC 3 etc. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 3 Eu gosto de elétrons. E Então, temos: CN S E HC – C Centro de alta densidade eletrônica. `` H3 C – C – OH H2 H + álcool: substrato (base de Lewis) reagente eletrófilo (ácido de Lewis) Reagente nucleófilo (**Nu) Chamamos de reagente nucleófilo (nucleo: núcleo; filo: amigo) a estrutura que ataca centros (chamados substratos) de baixa densidade eletrônica. Evidentemente, os reagentes nucleófilos devem ter “excesso” de elétrons, podendo ter carga negativa efetiva ou não. Assim, são reagentes nucleófilos as estruturas OH-, H2O, NH3 etc. Nu Eu não gosto de elétrons. S S Nu Centro de baixa densidade eletrônica. `` Exemplo: Na molécula do aldeído, devido aos efeitos indutivo e mesômero, ocorre o seguinte: C O H HC – C O H O CN – ataca este carbono, que é um centro de baixa densidade eletrônica. 4 O H (base de Lewis) Considerando que existem milhões de substâncias orgânicas, é fácil concluir que a quantidade de reações possíveis é também muito grande. Embora muito numerosas, as principais reações orgânicas seguem padrões bem definidos, o que facilita a previsão dessas reações. É oportuno também relembrar que os fatos gerais da Química continuam valendo na Química Orgânica. Por exemplo: moléculas polares reagem, em geral, melhor que as apolares; ácidos reagem com bases; oxidantes reagem com redutores; e assim por diante. Grandezas como o comprimento das ligações, a energia das ligações, o ângulo formado por ligações vizinhas etc. também nos ajudam a compreender melhor as reações orgânicas. Por fim, lembramos que a Química orgânica moderna não se limita a determinar quais são os reagentes iniciais e os produtos finais de uma reação; é muito importante saber como a reação se processa – é o que se denomina mecanismo da reação. Tratase de um estudo tão complexo quanto importante, pois nos leva a um aprimoramento das reações já conhecidas e ao descobrimento de novas reações, resultando na produção de novos medicamentos, corantes, plásticos etc. De um modo geral, as reações na Química orgânica são mais lentas e difíceis do que na Química inorgânica. Isso ocorre porque, em geral, as reações orgânicas são moleculares, enquanto as reações inorgânicas são iônicas. As reações iônicas (isto é, as que ocorrem entre íons) são, em geral, fáceis e rápidas, pois os íons já estão “prontos” para reagir. Por exemplo: AgNO3+NaC Fórmula HC HC – C Note que os reagentes nucleófilos são bases de Lewis, ou seja, são estruturas doadoras de par eletrônico. Exemplo: H3 C – C – OH + H H2 H (ácido de Lewis) +CN– AgC +NaNO3 As reações moleculares (isto é, as que ocorrem entre moléculas) são, em geral, mais lentas e difíceis do que as reações iônicas – é o que acontece normalmente com as reações orgânicas. Nesses casos, a reação somente ocorre com a quebra de algumas ligações das moléculas iniciais e a formação de novas ligações, que irão constituir as moléculas finais. Por exemplo: CH2= CH2+H2 Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br CH3– CH3 EM_V_QUI_034 S O Essa reação ocorre de acordo com o seguinte esquema: H H H H H – C=C – H + H – H H–C–C–H H H Quebra da ligação entre os átomos de hidrogênio. Quebra da ligação (que é a mais fraca) da dupla ligação. Formação das ligações na molécula resultante. É evidente que, se a quebra das ligações iniciais for fácil e o reatamento das ligações finais propício, a própria reação será fácil e rápida; caso contrário, a reação será difícil, demorada e somente irá ocorrer com ajuda externa – isto é, com auxílio de temperaturas altas, pressões elevadas, catalisadores especiais etc. Consequentemente, torna-se muito importante saber de que maneira os átomos se ligam nas moléculas orgânicas e como essas ligações podem ser quebradas e reatadas. Para alcançar esse objetivo, é necessário conhecer as principais características físico-químicas das ligações covalentes, a saber: a energia da ligação, o comprimento da ligação, o ângulo formado entre duas ligações vizinhas e a polaridade da ligação. Observemos o funcionamento (mecanismo) nos tipos principais de reações orgânicas. Observando a reação I temos que: As moléculas das substâncias CH e C são apolares, bastante estáveis e “resistem” à quebra de suas ligações. A energia da luz, porém, promove a seguinte “quebra”: 1a. etapa (Iniciação) C 2 C C Note que, nessa quebra, houve uma repartição equitativa dos dois elétrons da ligação covalente; em outras palavras, cada átomo de cloro acabou ficando com seu próprio elétron; é o que se denomina quebra, ruptura ou cisão homolítica – ou, simplesmente, homólise da ligação (do grego: homos, igual; lysis, quebra). Desse modo, formam-se dois C , que são entidades neutras, chamadas de radicais livres, nas quais existe um elétron isolado ou desemparelhado (por comodidade, sua representação é apenas C ). O processo, porém, não para por aí. É bom relembrar que os elétrons procuram sempre se agrupar aos pares, seja nos orbitais dos átomos isolados, seja na formação de ligações covalentes. Sendo assim, os radicais livres são, em geral, muito instáveis (isto é, de vida muito curta), pois o elétron desemparelhado procura “desesperadamente” um parceiro. Por esse motivo, a reação continua: 2a. etapa (Propagação) H H H C H+C H C + HC Atacante H H Molécula-alvo Novo radical livre Reações de substituição São aquelas nas quais um ou mais átomos da molécula orgânica são substituídos por outro átomo. Vejamos alguns exemplos: H H H C Luz H +C –C Atacante H H C C +H–C H Molécula-alvo Nesta reação, o H do CH foi substituído pelo C ; é uma reação difícil, que somente se processa com a ajuda externa da luz. H +C – C EM_V_QUI_034 Verifique que, na 2.a etapa da reação, o radical livre C “acertou sua vida” encontrando um “parceiro”, que é o H retirado do CH, formando o HC . Em contrapartida, a situação do CH “piorou”, pois perdeu o H e se transformou em um novo radical livre, o HC . Como consequência, o HC parte para o ataque a uma nova molécula de C , segundo: H 3a. etapa (Propagação) H C +C H C H H C C +C H Molécula final desejada FeC C +HC Atacante Molécula-alvo Elétron isolado ou desemparelhado Aqui também o H foi substituído pelo C ; é uma reação mais fácil que a anterior, mas necessita da ajuda do FeCl (catalisador). Novo radical livre O novo radical livre C , formado nesta etapa, volta à 2.a etapa, de modo que a 2.a e a 3.a etapas se repetem milhares de vezes, para cada molécula de C que é quebrada na 1.a etapa; é por esse motivo que a 1.a etapa é chamada de etapa de iniciação, enquanto a 2.a e a 3.a etapas são denominadas etapas de pro- Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 5 pagação da reação global; é essa repetição que dá o nome de reação em cadeia ao processo descrito. Não se deve imaginar, porém, que a reação prossiga indefinidamente – aos poucos, os radicais livres do 3.a etapas vão sendo “consumidos” ciclo 2.a por reações do tipo: 4a. etapa (Finalização) C +C H3C + CH3 C 2 ou CH3– CH3 etc. + H C + 2a. etapa +C Verdadeiro atacante Composto intermediário (instável) Molécula-alvo Seguem-se, então, as 3.a e 4.a etapas, onde: + Essa “finalização” não é desejada, mas sempre ocorre e produz, inclusive, produtos não-previstos (subprodutos), como é o caso do CH3 – CH3. A “história” que acabamos de contar é um exemplo de reação que se processa pelo chamado mecanismo de radicais livres. Esse tipo de mecanismo aparece em muitas reações químicas e bioquímicas, sendo responsável, por exemplo, pela maior ou menor polimerização em certos plásticos, pelos processos de envelhecimento de nosso organismo etc. Vamos considerar a reação III dada no início: H +C – C FeC 3 C +HC Essa reação tem um mecanismo bem diferente do que foi descrito na reação I. De fato, temos agora: FeC 3+ C Catalisador C FeC +C – 4 4a. etapa H C H++ FeC C + H+ FeC 3+ HC 4 Catalisador regenerado Nesse caso, ocorreu um mecanismo iônico, do tipo denominado substituição eletrófila ou eletrofílica (SE), uma vez que a molécula-alvo foi atacada por um reagente eletrófilo (no caso, o C +). Contando com o auxílio de um catalisador (FeC ) e ocorrendo por meio de íons, a reação II é mais rápida e tem melhor rendimento do que a reação I. + Reagente Relembramos que o átomo de cloro tem sete elétrons na última camada eletrônica e procura sempre ganhar um elétron para adquirir a configuração estável, transformando-se no íon negativo C –, que é bastante estável. Na reação acima, porém, o FeC 3 “forçou” uma quebra anormal da molécula de cloro, dando origem ao íon positivo C +; uma quebra desse tipo é chamada de ruptura, quebra ou cisão heterolítica – ou, simplesmente, heterólise (do grego heteros: diferente; lysis: quebra); o íon C + formado é muito instável, tem vida muito curta e procura reagir rapidamente; sendo positivo, a preferência do C + será a de atacar regiões negativas, sendo por esse motivo chamado de atacante ou reagente eletrófilo ou reagente eletrofílico (eletrofílico: “amigo de elétrons”). Desse modo, resultará a 2.a etapa da reação, com o ataque do C + ao anel benzênico que, como sabemos, tem uma “auréola” negativa formada por elétrons . 6 – Existem reações em que podem-se formar íons nas quais o carbono apresenta carga negativa – são os chamados carboânions ou íons de carbônio, como acontece na dissociação: H3CMgC H3C – + +MgC Reações de adição Estas reações ocorrem quando um reagente se adiciona a uma molécula orgânica, onde os mais comuns são os que concluem insaturações entre carbono, por exemplo: Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_QUI_034 1a. etapa 3a. etapa C CH2=CH2+ HC – CH3– CH2 3. etapa a Ao observarmos a reação, vemos que a ligação dupla é formada por uma ligação , mais forte, e uma ligação , mais fraca. A existência da “nuvem” , eletricamente negativa, “atrai” os reagentes eletrófilos (positivos ou carentes de elétrons), de tal modo que o mecanismo (andamento) da reação envolverá: + 1a. etapa H + C HC OH O – CH3 C H CN + H CH2=CH2 H Esse é o ataque eletrófilo do H+ à molécula do CH = CH, produzindo um carbocátion, instável, muito reativo e que, imediatamente, passa a reagir na 3.a etapa. + 3a. etapa – CH2 – CH2 + C CH2 – CH2 H H C Dizemos, então, que houve uma adição eletrófila do HC ao CH = CH. Lembramos por fim que, em alcenos mais complicados, a adição obedece à regra de Markovnikov. Como segundo exemplo, consideremos a reação: CH3 C + HCN CH3 H CN C CN H C CH2=CH2+NaC +H2O Eliminados (retirados) da molécula De certa forma, essas reações são inversas às reações de adição, levando à formação de ligações duplas ou triplas. É evidente que a eliminação de um ácido (como o HC , no exemplo acima) será facilitada pela ação de uma base; a eliminação de elementos eletronegativos (por exemplo, os halogêneos) será facilitada pela ação de elementos eletropositivos (como os metais); e assim por diante. É interessante que a eliminação de átomos que ficam afastados entre si, em uma molécula, poderá levar à formação de compostos cíclicos, como por exemplo: CH2– CH2– CH2– C CH2– CH2– CH2– C + Zn CH2– CH2– CH2 CH2– CH2– CH2 + ZnC 2 Todas essas reações têm seus mecanismos específicos, que não serão discutidos, para não alongar nosso estudo. OH O C São aquelas nas quais alguns átomos são eliminados da molécula orgânica. Por exemplo: + CH2=CH2+H CH3 Reações de eliminação CH2– CH2+NaOH 2a. etapa + H+ H Nesse caso, a adição será do tipo nucleófilo, pois: 1. Explique por que o ácido hidroxietanoico é mais forte que o ácido etanoico. H+ + CN– HCN 1a. etapa `` – O 2a. etapa CH3 C O Ressonância CH3 H C + + CN H Ataque nucleófilo Solução: – H2 C – C O O–H OH – O EM_V_QUI_034 CH3 C H CN Este grupo apresenta efeito – Is; logo, atrai elétrons. Devido ao efeito – Is do grupo – OH, este oxigênio fica com densidade eletrônica baixa, fazendo com que o hidrogênio seja facilmente retirado. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 7 O H3C – C III. O–H H3C – C – OH e H3C – C – O H2 H2 Devido ao efeito +Is do grupo – CH, este oxigênio fica com densidade eletrônica elevada, fazendo com que o hidrogênio fique mais preso a ele. Este grupo apresenta efeito + Is; logo, ele “empurra” elétrons. Então, é mais fácil arrancar o hidrogênio do ácido hidroxietanoico: logo, ele é o ácido mais forte. 2. Dada uma estrutura canônica, escreva a outra estrutura: Qual(is) representa(m) estrutura(s) canônica(s) de ressonância? `` Resposta: Formas I e II. 5. Obter o mecanismo da reação entre propeno e cloridreto. `` Solução: a) H3C – C = CH2 H3C H3C – C = CH2+ H – C C=CH2 H3C – C – CH2 H b) C H H C H+ + b) Ressonância no propeno: H2C – C – CH2 H C Este grupo possui efeito + Is; portanto, “empurra” elétrons. H 3. Determine o efeito que se nota na seguinte ressonância: O H2C = C – C H2C – C=C H H CH 2 Mecanismo: a) Heterólise do HC H2C – C = CH2 H2C – C = CH2 C O hidrogênio adiciona-se neste carbono, que é o mais hidrogenado da dupla, de acordo com a regra de Markovnikov. H C H H H H3C C H O H H3C – C – CH2 H C – O par eletrônico desloca-se para este carbono devido ao efeito + Is do CH. H3C – C – CH2 H c) Ataque eletrófilo `` Resposta: Efeito Mesômero. H3C – C – CH2 + H + H 4. Dados os pares de estruturas: I. H H3C – C – CH2 H carbocátion reagente eletrófilo OH OH ataque eletrófilo d) Ataque nucleófilo no carbocátion: H H3C – C – CH2+ H II. H3C – C 8 O O e H3C – C O C – ataque nucleófilo reagente nucleófilo O Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br C H H3C – C – CH2 H 2 – cloro-propano EM_V_QUI_034 e Note que, através desse mecanismo, fica explicada a regra de Markovnikov, ou seja, a entrada do hidrogênio no carbono mais hidrogenado da dupla. 6. Indicar o mecanismo da halogenação do benzeno, na presença de FeC 3. `` H3C – C = CH + C H3C – C = CH C C H3C – C = CH + C – ataque nucleófilo H3C – C = CH c) Segunda etapa: Solução: H C ataque eletrófilo + C FeC +C – C C 3 +HC C H3C – C = CH C Mecanismo: a) O FeC 3 com o C 2, liberando o reagente eletrófilo C +: C C + FeC C 3 FeC FeC – 3 +C C H3C – C – CH C C H3C – C – CH + C C – 4 C b) Ressonância no benzeno, seguida do ataque eletrófilo: ataque eletrófilo + C H3C – C = CH C C C H3C – C – CH + C + C C – ataque nucleófilo C H3C – C = CH C C C ou H3C – C – CH C C H H C H +C + reagente eletrófilo ataque eletrófilo C Este H+ ataca o FeC 4-, regenerando o catalisador FeC 3. +H+ FeC 4–+ H+ Éter comum FeC 3+ HC 7. Indicar o mecanismo da adição eletrófila entre propino e cloro. `` Solução: C H3C – C CH + C –C C –C Mecanismo: a) Ocorre heterólise com o C : EM_V_QUI_034 C C C ++ C – b)Primeira etapa: H3C C = CH H3C – C = CH C H3C – C – CH C C O éter etílico (etoxietano, éter sulfúrico) constitui o éter comum e apresenta-se como líquido incolor, de cheiro característico, bastante inflamável e que sofre combustão. Seu ponto de fusão é –116ºC e de ebulição 34,6ºC. Esse éter foi obtido pela primeira vez em 1540 por Valerius Cordus (alquimista alemão), que fez reagir oleum vitrioli (ácido sulfúrico xaroposo) com espiritus vinii (álcool etílico). Atualmente, ainda se usa esse processo para produzir, industrialmente, éter etílico, ou seja, aquece-se a 140ºC uma mistura de álcool etílico com ácido sulfúrico concentrado na proporção de 5 : 9. É devido à utilização de ácido sulfúrico na sua preparação que o éter etílico é chamado éter sulfúrico. Os vapores desse éter dão, com o oxigênio do ar, uma mistura altamente explosiva, além do que ele fixa o oxigênio do ar, formando um peróxido extremamente explosivo, o peróxido diidroxietila. H H H3C – C – O – O – C – CH3 OH OH Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 9 Assim, torna-se bastante perigoso fazer uma destilação de um éter etílico preparado há muito tempo. Para evitar esse perigo, costumase armazenar esse éter adicionando sulfato ferroso, que destrói o grupo peroxi (pois o sulfato ferroso é um redutor). O perigo que há em deixar frascos que contenham o éter etílico abertos está no fato de que os seus vapores são mais densos que o ar, e, assim, se acumulam no piso ou sobre a mesa. Caso haja a aproximação de uma chama, pode ocorrer uma explosão. O éter etílico é bastante usado na indústria como solvente de óleos, gorduras, resinas e outras substâncias, na preparação da seda artificial, da pólvora sem fumaça, do colódio etc. Na medicina é usado como anestésico local, pois sua evaporação é altamente endotérmica, o que provoca um resfriamento do local onde é aplicado, anestesiando-o (hoje utiliza-se muito o éter divinílico, que tem um poder anestésico maior). 4. (Elite) Classifique as reações de substâncias que seguem: a) O H3C – C C O + NaOCH3 NaC + H3C — C O — CH3 b) H2SO4 + HNO3 —NO2 + H2O c) CH3 +C CH2 — C luz + HC 2 5. (PUC–Rio) Seja a seguinte fórmula: H X—C—Y H De acordo com a nomenclatura da IUPAC, escreva o nome da substância para cada um dos casos abaixo: a) Se X = – NH2 e Y = propil 1. (Elite) Indique se os reagentes a seguir são eletrófilos, ­nucleófilos ou podem formar radicais livres: a) FeC b) Se X = etil e Y = – CN c) Se X = propil e Y = N — CH3 H 3 b) NaO CH2CH3 d) Se X = fenil e Y = – NH2 c) H2SO4 d) Cl2 H H H e) Se X = etil e Y = — N — C — C — C — H H H H H .v 2. (Elite) Classifique as reações de adição que seguem: a) 6. (Cesgranrio) É dada a reação, OH H3C – CH = CH2 + H2O H2SO4 H3C — CH — CH3 + H2SO4 SO3H + H2O b) OH O H3C – C — C + HCN que é classificada como uma reação de: a) adição. H3C — C — CN CH3 b) ciclo-adição. c) c) condensação. H3C — CH2 — CH2 d) eliminação. Br 10 3. Explique a diferença entre cisão homolítica e cisão heterolítica em moléculas orgânicas. e) substituição. 7. (Cesgranrio) No 3–metil–pentano, cuja estrutura está representada a seguir, Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_QUI_034 H2C = CH = CH3 + HBr peróxido 1 2 3 4 5 H3C — CH2 — CH — CH2 — CH3 CH3 6 o hidrogênio mais facilmente substituível por halogênio está situado no carbono de número: a) 1 b) 2 processos sintéticos abaixo, aquele que não permite a obtenção de etileno é: a) redução do etanal. b) hidrogenação parcial do etino. c) desidratação intramolecular do etanol. d) reação do 1, 2 dibromo etano com zinco metálico. 11. (Elite) Cite quais são os principais catalisadores nas reações de hidrogenação. Na prática, qual é o mais utilizado em escala industrial? Por quê? c) 3 d) 4 e) 6 8. (PUC) Considere as seguintes reações orgânicas: I. 12. Qual é o produto das reações a seguir? Ni a) HC = CH + 2H2 b) H2C = CH – CH3 + HCl c) H3C – CH = CH2 + H2O d) H3C – CH = CH2 + H2SO4 e) H2C = CH2 + Br2 13. (Unirio) Na hidrogenação catalítica de propeno, obtém-se: a) propino, cuja fórmula geral é CnH2n — 2. II. b) ciclo propano. c) propano. d) propadieno. e) 2 – propanol. 14. (UFF) É dada a reação, III. que é classificada como uma reação de: a) adição. A opção que apresenta os tipos de reação corretos é: a) I – adição; II – substituição; III – eliminação. b) I – adição; II – eliminação; III – substituição. c) I – eliminação; II – substituição; III – adição. d) I – eliminação; II – adição; III – substituição. e) I – substituição; II – eliminação; III – adição. 9. (Elite) Cite os principais reagentes para reações: c) substituição. d) ciclo adição. e) eliminação. 15. (Elite) Complete as reações abaixo: a) H C = CH – CH + H Ni 2 b) CH3 – C 3 2 C – CH3 + 2H2 c) CH3 – CH2 – CHO + H2 a) eletrofílicas. Ni Pt 16. (Elite) O químico Markovnikov é o autor de uma importante regra utilizada nas reações orgânicas. Qual é o enunciado desta regra? b) nucleofílicas. c) radical livre. EM_V_QUI_034 b) condensação. 10. (UERJ) A implantação do polo petroquímico no Rio de Janeiro visa, além de outros processos à produção de etileno (CH = CH) a partir de frações de petróleo. Dos 17. (Elite) Toda regra tem sempre uma exceção. Explique com suas palavras, o que diz a regra anti-Markovnikov ou reação de Karasch. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 11 18. (UERJ – 2.ª fase) Da hidratação do 1 – buteno, obtemos um composto principal. Qual é o nome desse produto principal e a que função química ele pertence? 19. (UFF) Dê a classificação da reação abaixo: fuso: um deles era “eletrofílico” e o outro “nucleofílico”. Que explicação você daria a este aluno, para que este pudesse distinguir o uso dos 2 reagentes? 3. (UFMG) A reação entre 1 mol de propino, HC ≡ C − CH3 e 2 mol de bromo, Br2, na ausência de luz ou calor, produz: a) CHBr2 – CBr2 – CH3 b) CH2Br – CBr2 – CH2Br c) CBr2 = CH – CHBr2 d) CHBr – CBr – CHBr2 a) adição nucleofílica. 4. (Elite) Comente sobre as condições necessários para ocorrência de reações via radicais livres. b) substituição nucleofílica. c) adição eletrofílica. 5. (Elite) Explique a ordem de estabilidade dos intermediários em uma reação (carbocátions e dos carboânions). d) substituição eletrofílica. e) eliminação. 20. (UERJ) O pólo gás-químico, a ser implantado no Estado do Rio de janeiro, irá produzir alcenos de baixo peso molecular a partir do craqueamento térmico do gás natural da bacia de Campos. Além de sua utilização como matéria-prima para polimerização, os alcenos são também intermediários importantes na produção de diversos compostos químicos, como por exemplo: CH3 — CH CH — CH3 — HC CH3 — CH — CH2 — CH3 C I II a) Quais os nomes dos compostos I e II? b) Qual a fórmula estrutural do produto principal obtido quando, na reação acima, o composto I é substituído pelo metil propeno? 6. Equacione a reação devidamente balanceada que permita obter tetracloreto de carbono e calcule a massa de gás cloro utilizado para se obter 1 mol de tetracloreto de carbono. 7. Na sequência de reações H 2C = C H 2 + A → H 3C C H 2C + Z n B H 2C = C H 2 + C → H 3C C H 2O H + D E O H3C — C = O H3C – C — CH3 OC2H5 OH A, B, C, D e E estão representando, respectivamente: a) ácido clorídrico, álcool, água, dicromato de potássio e etanol. b) álcool, ácido clorídrico, dicromato de potássio, etanol e água. c) água, álcool, ácido clorídrico, dicromato de potássio e etanol. d) dicromato de potássio, etanol, ácido clorídrico, álcool e água. C 2 I. H2C = CH2 baixa temperatura II. C – CH2 – CH2 – C 500 C o C – CH2 – CH2­– C H2C = CHC + HC Essas reações I e II são classificadas, respectivamente como: a) adição nucleofílica, eliminação. b) adição eletrofílica, eliminação. c) substituição nucleofílica, substituição eletrofílica. d) substituição eletrofílica, substituição nucleofílica. 12 2. (Elite) Rodrigo, estudante de química, estava em um laboratório, e ao ler o rótulo de 2 reagentes ficou con- e) ácido clorídrico, água, álcool, dicromato de potássio e etanol. 8. (Cesgranrio) Analise as afirmativas abaixo sobre reações de adição de alcanos e alcinos: I. A reação de adição de duas moléculas de um hidrácido (HBr) ao composto CH3 – C ≡ CH tem como produto final o composto CH3 – CHBr – CH2Br. II. A reação de adição de água a um Alcino, em presença de um catalisador adequado, forma sempre uma cetona, exceto no caso do acetileno, que forma um aldeído. III. A reação de adição de uma molécula de HC ao propeno tem como produto final o CH3 – CHC – CH3. IV. A reação de adição de uma molécula de H2O ao propeno tem como produto final um álcool primário. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_QUI_034 1. (UERJ) O cloreto de vinila, principal componente das resinas polivinílicas, pode ser obtido através da sequência das seguintes reações: a) Sobre as afirmações acima, conclui-se que: b) todas são verdadeiras. c) somente II é verdadeira. 14. (UERJ) A reação de esterificação consiste em fazer reagir um álcool com um ácido orgânico ou com um ácido mineral. O produto orgânico resultante desse processo é um éster. d) somente II e III são verdadeiras. e) somente II e IV são verdadeiras. f) somente I, III e IV são verdadeiras. 9. (PUC–Rio) Quais são, respectivamente, os catalisadores utilizados em uma hidrogenação catalítica, adição via radicais livres e oxidação: a) A C 3, gelo, K2Cr2O7 b) oxidação. b) Ni, luz e calor, KMnO4 c) eliminação. c) Pt, peróxido, NaOH d) substituição. d) A C 3, luz e calor, KmnO4 e) Ni, peróxido, H2SO4 10. O tetracloreto de carbono é um dos solventes orgânicos mais utilizados para lavagem de roupa “a seco”. O tipo de cisão envolvida e os produtos formados na síntese do tetracloreto de carbono a partir de metano e cloro, em presença de luz ultravioleta, são, respectivamente: a) homolítica / HC e CC 4 b) homolítica / H2, HC e CC 4 c) heterolítica / H2 e CC 4 d) heterolítica / CH2C e HC e) heterolítica / CH3C e HC 11. Os alcanos são os principais constituintes do gás natural e do petróleo. A gasolina é, no Brasil, o principal combustível utilizado pela indústria automobilística. No entanto, o uso do gás natural vem expandindo-se no país. Explique a importância ecológica que o aumento do uso de gás natural trará. 12. Um gás ideal desconhecido contendo 80% em massa de carbono e 20% em massa de hidrogênio tem massa específica 1,22 g / , quando submetido à pressão de 1 atm e à temperatura de 27°C. Calcule o peso molecular e escreva a fórmula molecular desse gás. 13. (UFF) A transformação do 1 – propanol, em propileno, constitui reação de: 15. Considere a sequência de reações: a) 1 – buteno + HC → A b) A Mg eteranidro c) B + etanal B hidrólise C d) Dê as fórmulas estruturais e os nomes oficiais dos compostos A, B e C. 16. (UERJ) Os hidrocarbonetos insaturados reagem com cloreto de hidrogênio, originando produtos de adição eletrofílica, tais como os cloretos de alquila. O produto previsto, em maior proporção, para a reação entre ­cloreto de hidrogênio e 2-metil-2-penteno está nomeado em: a) 3-cloro-2-metilpentano. b) 2-cloro-3-metilpentano. c) 3-cloro-3-metilpentano. d) 2-cloro-2-metilpentano. 17. (Cesgranrio) Sem considerar a isomeria óptica, o alcano de peso molecular 86 que apresenta três derivados monobromados é o: a) 2, 2- dimetilbutano. b) 2, 3-dimetilbutano. c) 2-etilbutano. d) 3-metilpentano. e) 2-metilpentano. a) hidratação. b) desidratação. c) hidrogenação. d) halogenação. EM_V_QUI_034 Esse processo de esterificação pode ser também classificado como uma reação de: a) adição. e) descarboxilação. 18. (UFRJ) A reação abaixo é de grande importância industrial, pois permite a conversão de óleos em gorduras plásticas para a produção de margarinas e de gorduras compostas. É utilizada também para melhorar a firmeza de gorduras ou para reduzir a suscetibilidade destas à rancidez. I II Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 13 Nesta reação, um dos compostos apresenta isomeria espacial. Identifique: a) o grupamento funcional presente nos compostos citados. b) o composto que apresenta a isomeria espacial. c) o tipo de isomeria espacial. d) o tipo de reação que ocorre. 19. (Unirio) Assinale, entre as equações abaixo, a que representa os reagentes de uma reação para obtenção do 2 – pentino. a) HC C – CH2 – CH2 – CH3 + H2 b) CH3 – C C – CH2 – CH3 + H2 c) CH3 – C C – CH2 – CH3 + H2O d) HC C – CH3 + HC e) CH3 C + NaC 23. A hidratação do propino, catalisada por ácido, produz principalmente: a) 1 – propanol. b) 2 – propanol. c) 1 – propanal. d) 2 – propanona. e) ácido propanoico. 24. O manjericão é uma planta cujas folhas são utilizadas em culinária para elaborar deliciosos molhos, como é o caso do exótico pesto genovês. Uma das substâncias responsáveis pelo aroma característico do manjericão é o ocimeno, cuja fórmula estrutural é mostrada a seguir: C – CH2 – CH3 C – CH2CH3 20. (UFF) O principal produto obtido pela adição de 1 mol de HBr ao eritreno (1, 3-butadieno) é o: Ocimeno (presente no manjericão) b) 2-bromo-2-buteno. Escreva a fórmula estrutural do produto obtido quando o ocimeno sofre: a) hidrogenação catalítica completa. c) 2, 3-dibromo-2-buteno. b) adição de bromo a todas as ligações duplas. d) 2-bromo-2-metilbutano. c) adição de HCl a todas as ligações duplas. a) 2-bromo butano. e) 1-bromo-2-buteno. 21. (Cesgranrio) Substituindo-se um átomo de hidrogênio por um átomo x, quantos compostos diferentes encontramos para o propano? 25. O colesterol é uma substância que tem despertado muita atenção dos médicos nos últimos anos, pois há evidências da relação entre altas taxas de colesterol no sangue e o aparecimento de alguns problemas cardíacos. a) Analisando a fórmula do colesterol, dada a seguir, faça a previsão do produto de sua reação com água, sob catálise ácida apropriada. a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 22. Dada a reação: X H2SO4 conc. H2C = CH2 + H2O Colesterol Assinale a alternativa que indica a substância x: a) CH3 – CH2OH b) CH3 – CH(OH) – CH3 c) CH3 – CH2 – O – CH2 – CH3 14 H e) CH3 — C — CH3 O Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_QUI_034 O d) CH3 – C 4. a) Substituição nucleofílica, pois o reagente é uma espécie que tem par de elétrons disponíveis. 1. b) Substituição eletrofílica, pois o reagente é uma espécie que precisa de um elétron. a) eletrófilo. c) Substituição via radicais livres, pois a luz e o calor promovem esse tipo de reação. b) nucleófilo. c) eletrófilo. 5. d) via radicais livres. a) n-butilamina. EM_V_QUI_034 2. b) butanonitrila. a) adição eletrofílica, pois o reagente é um eletrófilo. c) metilbutilamina. b) adição nucleofílica, pois o reagente é um nucleófilo. d) benzilamina. c) adição via radicais livres, pois a presença de peróxido evidencia este caso. e) dipropilamina. 3. A cisão é dita homolítica quando cada estrutura (A e B) unidas anteriormente por uma ligação covalente, permanece com um elétron desemparelhado, resultando nos radicais livres. Já a cisão heterolítica ocorre quando o rompimento da ligação covalente acontece de forma a uma das estruturas, A ou B, permaneça com o par de elétrons que estava sendo compartilhado. 6. E 7. C 8. C 9. a) Ácidos de Lewis: H+, BF3, AC3 , NO2+ b) Bases de Lewis: OH– , H2O, NH3, CN– c) H3C (metil), C2 Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 15 10. A 11. Os principais catalisadores são: Ni (níquel), Pd (paládio) e Pt (platina). Na prática, o mais utilizado é o Ni, devido à questões econômicas (é o mais barato dos três). ça de peróxidos. Ocorre então, o inverso do previsto por Markovnikov. O carbono atacado é o menos hidrogenado, e isso se deve à presença dos peróxidos. 18. 12. a) H3C – CH3 b) 19. C Trata-se de adição eletrofílica porque o HBr é um reagente positivo, ou seja, com falta de elétrons. 20. a) I) c) II) 2–buteno 2–cloro–butano b) H2C = C — CH3 + HC CH3 d) C H3C — C — CH3 CH3 1. B e) 2. Reagente eletrófilo é aquele que ataca o substrato estando positivo, ou seja, “a fim de elétrons”. Esses reagentes são ácidos (de ARRHENIUS, BRÖNSTED e LEWIS) e também oxidantes. Já o reagente nucleofílico possui um ar de elétrons disponível para atacar o substrato, que tem “falta de elétrons”. Esses reagentes são bases (de ARRHENIUS, BRÖNSTED e LEWIS) e também redutores. 3. A 13. C 14. C 15. a) b) 5. A formação de um ou mais intermediários em uma reação, vai ocorrer preferencialmente a daquele que é mais estável, pois é o que consome menos energia durante o processo químico. c) C — C — C > C — C — C > C — C > CH3 C Carbocátion ⇒ 3ário > 2ário > 1ário > ⊕ CH3 A estabilidade do carboânion é maior quanto menos básico este for, ou seja, quanto menos disponível estiver o par de elétrons do carbono. 6. CH4 + 4 C2 → CC4 + 4 HC 16. A regra de Markovnikov diz que: “O hidrogênio vai atacar preferencialmente o carbono mais hidrogenado”. 17. A regra de Karash diz que ao reagir alcenos com HBr, este não ataca o carbono mais hidrogenado, em presen- 16 4 . 71g 1 mol m = 284g Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_QUI_034 4. Estes tipos de reações estão associados à presença de luz ultravioleta, temperaturas elevadas ou peróxidos. São reações em cadeia. 7. A c) cis – trans. 8. C d) Hidrogenação. 9. B 19. E 10. A 20. E A presença de luz ultravioleta é característica de que trata-se de cisão homolítica. Logo, os produtos serão HC e CC 4. 11. O gás natural é um excelente combustível, pois além de possuir alto poder calorífico é bem menos poluente que a gasolina. 21. B 12. 80% ÷ 12 = 6,66 ÷ 6,66 = 1 22. A 23. D 24. a) H3C — C = CH — CH2 — CH = C + 3H2 CH3 CH3 20% ÷ 1 = 20 ÷ 6,66 = 3 pV=nRT⇒pV= m mol R . T ⇒ p . mol = m V .R.T ⇒ 1 . mol = 1,22 . 0,082 . 300 ⇒ mol = 30g → fórmula molecular (CH3)n = 30 ⇒ 15n = 30 ⇒ n = 2 ⇒ (CH3)2 ⇒ C2H6 → fórmula molecular. H Ni H H H H H3C — C — CH — CH2 — CH — C — CH — CH CH3 CH3 2,6 dimetil-octano. b) 13. B Br 14. D Br 15. H H H — C = C — C — C — H + HC H H H H H C H H H — C — C — C — C —H H H H H 2-cloro butano Cl H3C – CH — CH2 — CH3 Mg eter MgCl H3C — CH — CH2 — CH3 H Br Br Br Br c) “Regra de Markovnikov”. Cl 25. Colesterol + H2O Cl Cl H2SO4 2-cloreto de sec – butil magnésio 3–metil–pentanol–2 16. D Pela regra de Markovnikov, o H do HCl estará no carbono mais hidrogenado, e o cloro no carbono vizinho. 17. A EM_V_QUI_034 18. a) −COOH. ⇒ grupamento carboxílica (ácido carboxílico). b) ácido oleico, pois apresenta ligação dupla. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 17 EM_V_QUI_034 18 Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_QUI_034 Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 19 EM_V_QUI_034 20 Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br