FENILBUTAZONA ÁCIDA Peso molecular: 308.36 Fórmula molecular: C19H20N2O2 CAS: 50-33-9 DCB: 03920 Nome químico: 4-butyl-1,2-diphenyl-pyrazolidine-3,5-dione 1. Características: a fenilbutazona é um agente antiinflamatório nãoesteróide, derivado pirazolônico que possui propriedades analgésicas e antipiréticas. A fenilbutazona exerce uma ação uricossúrica moderada, pela redução da reabsorção tubular do ácido úrico. Apesar de a fenilbutazona não alterar o curso da doença de fundo, este fármaco tem sido eficaz na diminuição da dor, do inchaço e da tensão muscular, melhorando a mobilidade em pacientes com doenças reumáticas. A inibição da cicloxigenase (prostaglandina-sintetase) representa o fator principal no mecanismo de ação da fenilbutazona, diminuindo a produção das prostaglandinas (principalmente das séries E e F) que participam do desenvolvimento das reações inflamatória, dolorosa e febril. Em condições experimentais, a fenilbutazona também inibe as funções leucocitárias (quimiotaxia, liberação e/ou atividade de enzimas lisossômicas). A fenilbutazona foi introduzida em 1949 para o tratamento da artrite reumatóide e doenças relacionadas. Embora ela seja um agente antiinflamatório eficaz, efeitos tóxicos graves limitam sua utilização a longo prazo. 2. Indicações: episódios de espondilite anquilosante. Episódios agudos de gota e pseudogota. Nos casos abaixo, quando não houver resposta satisfatória ao tratamento com outras substâncias antiinflamatórias nãoesteróides: exacerbações agudas da artrite reumatóide e osteoartrose. Formas agudas de reumatismo extra-articular. 3. Posologia: de 100 a 600mg ao dia, e em cremes e loções, a 5%. 4. Precauções: devem ser tomados cuidados especiais nos pacientes idosos, geralmente mais sensíveis aos medicamentos. Não é recomendada a prescrição de Fenilbutazona a pacientes com menos de 14 anos. A possibilidade de reativação de úlceras pépticas requer cuidadosa anamnese, mesmo em se tratando de casos remotos de dispepsias, hemorragias gastrintestinais ou úlceras pépticas. Nos casos excepcionais, em que Fenilbutazona for administrada por período superior a uma semana, deve ser realizado hemograma antes de iniciar o tratamento e periodicamente após o seu início. Ocorrendo diminuição da contagem de leucócitos e/ou plaquetas, ou do -1- IT_Fenilbutazona_11/01/11 hematócrito, suspender a medicação. Em pacientes portadores de doenças cardiovasculares, deve ser considerada a possibilidade de ocorrer retenção de sódio e edema. Recomenda-se cuidado especial ao se tratar pacientes portadores de lúpus eritematoso disseminado, pois pode ocorrer agravo ou exacerbação do quadro. Observando-se reações alérgicas, febre, dor de garganta, sialadenites, icterícia ou sangue nas fezes, a medicação deve ser suspensa imediatamente. 5. Reações adversas: podem ocorrer reações alérgicas e distúrbios gastrintestinais, dispepsia, dor epigástrica, recorrência de úlcera péptica. Têm sido registrados, ocasionalmente, dor de cabeça, confusão, náusea, vômito, edema por retenção de eletrólitos, estomatites, sialadenites, distúrbios da visão, bócio, hepatite, pancreatite e nefrite e como complicações raras - síndrome de Stevens-Johnson, síndrome de Lyell, leucopenia, trombocitopenia, agranulocitose e anemia aplástica. 6. Contra-Indicação: está contra-indicada em pacientes com hipersensibilidade à fenilbutazona, derivados pirazolônicos ou à cinchocaína; pacientes com úlcera péptica (ou história de úlcera péptica); pacientes com sintomas ou história de doenças inflamatórias intestinais com ou sem ulceração, discrasias sangüíneas (ou história de discrasias sangüíneas), diáteses hemorrágicas (trombocitopenia, distúrbios da coagulação sangüínea), insuficiências cardíaca, hepática ou renal graves, hipertensão arterial grave, doenças da tireóide ou da síndrome de Sjogren. Como outros agentes antiinflamatórios nãoesteróides, a Fenilbutazona é também contra-indicada em pacientes nos quais os acessos de asma, urticária ou rinite aguda são desencadeados pelo ácido acetilsalicílico ou por outros medicamentos inibidores da prostaglandina-sintetase. 7. Interações Medicamentosas: pode aumentar a atividade e a duração do efeito de outros fármacos, como ocorre com outros agentes antiinflamatórios, anticoagulantes orais, antidiabéticos orais, fenitoína e sulfonamidas. Por meio da indução de enzimas microssomiais hepáticas, a fenilbutazona pode acelerar o metabolismo de dicumarol, aminofenazona, digitoxina e cortisona. Por outro lado, pode inibir a degradação metabólica da fenitoína e potencializar o efeito da insulina. Em pacientes previamente tratados com drogas que ativam o sistema enzimático dos microssomos hepáticos (por exemplo, barbitúricos, clorfenamina, rifampicina, prometazina e corticosteróides - prednisona), a meia-vida de eliminação da fenilbutazona (normalmente cerca de 75 horas) reduz-se para aproximadamente 57 horas. Quando a fenilbutazona é administrada simultaneamente com metilfenidato, a concentração sérica da oxifembutazona eleva-se e a meia-vida de eliminação da fenilbutazona é prolongada. Durante o período de administração concomitante de esteróides anabólicos e fenilbutazona, eleva-se a concentração da oxifembutazona no soro. A administração simultânea de colestiramina reduz a absorção entérica da -2- IT_Fenilbutazona_11/01/11 fenilbutazona. A fenilbutazona desloca o hormônio tireoideano de suas ligações com as proteínas do soro e pode, desta maneira, dificultar a interpretação das provas de função da tireóide. Quando administrada simultaneamente com preparações de lítio, a fenilbutazona causa aumento da reabsorção tubular desse elemento, elevando, portanto, sua concentração sérica. 8. Sugestões de Fórmulas: Miorrelaxante, antiinflamatório e analgésico Fenilbutazona ....................................... 50mg Cafeína ................................................. 50mg Carisoprodol ......................................... 200mg Dipirona ................................................ 200mg Excipiente qsp ...................................... 1cap Posologia: 1 a 2 cápsulas 2 vezes ao dia. Fenilbutazona ....................................... 200mg Excipiente qsp ...................................... 1cap Posologia: dose inicial, 1 cápsula 2 a 3 vezes ao dia, às refeições; manutenção: 1 cápsula ao dia. Processos inflamatórios e trombóticos; síndrome varicosa, hematomas, contusões, edemas, acidentes esportivos; afecções reumáticas dos músculos e articulações. Fenilbutazona ........................................... 5% Heparina ................................................... 20.000UI% Creme qsp ................................................ 60g Posologia: aplicar várias vezes ao dia, com massagem suave. 9. Referências Bibliográficas: KOROLKOVAS, ANDREJUS. - Dicionário Terapêutico Guanabara, Edição 2007/2008, Guanabara Koogan. P.R. Vade-mécum: Vade-mécum de substâncias de uso terapêutico. 13ª edição. BATISTUZZO, J.A.O.; ITAYA, M.; ETO, Yukiko. Formulário Médico Farmacêutico, 2ª edição, São Paulo, Tecnopress, 2002. HARDMAN, J G; LIMBIRD, L E; MOLINOFF, P. B; RUDDON, R. W; GILMAN, A. G - GOODMAN E GILMAN. As bases farmacológicas da terapêutica. Editora Mcgraw Hill Education 9ª edição. 1996. -3- IT_Fenilbutazona_11/01/11