Infecções respiratórias - Associação Saúde da Família

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Pediatria:
30
30--60% das consultas serviços de urgência e ambulatoriais
14 milhões de óbito/ano < 5 anos
1/3 PNEUMONIA
90% países em desenvolvimento
PNEUMONIA ADQUIRIDAS NA COMUNIDADE
• Integra a estratégia AIDPI
• Mortalidade:
– 5 milhões de mortes/ano em < de 5 anos
– 90% países em desenvolvimento
• Morbidade:
– 20
20--40% das hospitalizaç
hospitalizações pediá
pediátricas
PNEUMONIA ADQUIRIDAS NA COMUNIDADE
• Incidência anual:
anual: 150,7 milhões casos por ano
• No mundo
mundo:: em < 5 anos
Alta
• Países desenvolvidos:
desenvolvidos:
Baixa
0,29 episódios/
episódios/ano.
ano.
0,026 episódios/
episódios/ano.
ano.
Fahra e Thomson - 2005
Mortalidade
• No Brasil:
Brasil: IRA
segunda
segunda//terceira causa de óbito
• Mortalidade diminuiu entre 1996 a 2003
Mortalidade
Brasil
ETIOLOGIA
VÍRUS
Vírus Sincicial Respiratório
Influenza A ou B
Parainfluenza 1, 2 e 3
Adenovirus
Rhinovirus
Metapneumovirus humano
Varicela zooster
Herpes simples
Sarampo
Cytomegalovirus
Enterovirus
BACTÉRIAS
Streptococcus pneumoniae
Haemophilus influenzae tipo B
Staphylococcus aureus
Streptococcus grupo A
Bordetella pertussis
Moraxella catarrhalis
Haemophilus infuenzae não tipado
Mycobacterium tuberculosis
Mycoplasma pneumoniae
Chlamydia trachomatis
Chlamydia pneumoniae
ETIOLOGIA/FAIXA ETÁRIA
Vírus X Bactéria
A etiologia viral isolada mais freqüente nos países
desenvolvidos (60-90% dos agentes determinados)
Nos países em desenvolvimento se encontra
predomínio da etiologia bacteriana, (em mais de
60% dos agentes determinados)
A maioria dos quadros pneumônicos costuma
ter o envolvimento de vírus, seja como agente
etiológico ou facilitador da invasão bacteriana
ETIOLOGIA/FAIXA ETÁRIA
Distribuição dos agentes etiológicos mais prováveis,
por faixa etária, em pneumonias comunitárias
FAIXA ETÁRIA
RN
2 a 12 sem
3ma5a
acima de 5 a
AGENTES ETIOLÓGICOS
Estreptococos do grupo B, GramGram-negativos
negativos,,
especialmente Escherichia coli
coli,, Listeria
monocytogenes e Staphylococcus aureus e
epidermidis,,
epidermidis
Vírus sincicial respiratório,Chlamydophila
respiratório,Chlamydophila
trachomatis , Ureaplasma urealiticum
urealiticum,, Pneumocystis
jiroveci
jiroveci,, citomegalovírus
citomegalovírus,, Streptococcus pneumoniae
(pneumococo), Haemophilus influenzae e
Staphylococcus aureus
aureus..
Vírus, Streptococcus pneumoniae (pneumococo),
Haemophilus influenzae e Staphylococcus aureus
aureus..
Vírus, Streptococcus pneumoniae,
pneumoniae, Mycoplasma
pneumoniae e Chlamydophila pneumoniae
ETIOLOGIA/FAIXA ETÁRIA
Os vírus mais freqüentes relacionados à PAC:
Influenza, vírus sincicial respiratório (VRS), rhinovirus
rhinovirus,,
adenovirus,, parainfluenza e enterovirus
adenovirus
enterovirus..
Atualmente foram descritos novos vírus associados a
quadros de infecção de vias respiratórias inferiores
que causam bronquiolite e pneumonia: os
metapneumovirus e mais recentemente os bocavirus
bocavirus,,
da família dos parvovirus
parvovirus..
Aspectos Clínicos
• História:
– Início com IVAS
– Febre
– Tosse
– Dificuldade respiratória
– Dor torácica
– Dor abdominal
• Antecedentes:
Pneumonias anteriores
Sibilância
Frequência em creches
Aspectos Clínicos
• Exame Físico:
– Estado geral
• Sinais de sepse
– FR
– Esforço respiratório
– Ausculta pulmonar
Sibilância
Sibilância:: viral e pneumonia atípica
SINAIS DE ALERTA DE GRAVIDADE
Febre alta e prolongada
Gemência
Prostação
Recusa alimentar
Vomitos
Esforço respiratório
Frequência respiratória e o
diagnóstico de pneumonia
Taquipnéia é preditor de hipóxia em menores de 2 anos e da
necessidade de uso de 02
Mike S Archives of chilhood disease V82(1) Jan 2000
Taquipnéia e o diagnóstico de pneumonia por Rx
Taquipnéia isoladamente
•Sensibilidade: 74% Especificidade: 67% VP Positivo: 69%
Miguel P, Héctor G, et al Archives of childhood disease V82(1) Jan 2000
Frequência respiratória / idade
• 0 a 2 meses até 60 rpm
• 2 a 12 meses até 50 rpm
• 1 a 4 anos até 40 rpm
• > 4 anos até 20 rpm
Aspectos Clínicos
AIDPI
Pneumonia bacteriana x viral
Não há como diferenciar clinicamente de forma definitiva,
pneumonia viral da bacteriana
Pneumonias virais podem cursar com chiado, OMA e
conjuntivite
Avaliações laboratoriais de identificação do agente, são
promissores
Radiologia não diferencia, embora o padrão alveolar,
pode ser indicativo, mais frequentemente,
frequentemente, de pneumonia
bacteriana
Exames laboratoriais:
Hemograma
Hemoculturas
Métodos rápidos de identificação dos vírus:
VSR, influenza, adenovírus e parainfluenza
Sorologias
Radiologia
• Rx de Tórax ??
BTS 2004, Consenso Brasileiro
Radiologia
• A radiografia de tórax por vezes confirma o diagnóstico
de pneumonia, avalia a extensão do processo e identifica
complicações.
• As manifestações radiológicas da PAC nem sempre
correspondem aos achados clínicos.
• Os achados radiológicos não são específicos, nem
permitem acurada diferenciação entre as pneumonias
bacterianas e as causadas por outros agentes como vírus,
riquétsias,
riquétsias, fungos ou micoplasmas
micoplasmas..
AS de 20 dias de vida
Sexo feminino
HPMA: Tosse seca há 4 dias, que dificulta as
mamadas, falta de ar. Neg febre.
IC: Refere secreção ocular constante há 1 semana,
pouca quantidade.
Antecedentes neonatais: Parto normal, hospitalar
Mãe teve corrimento na gravidez
EF T: 36,5ºC, Dispneica FR: 69 rpm
rpm.. Hidratada,
acianótica,
acianótica, anictérica
anictérica..
Tiragem intrecostal
intrecostal,, subdiafragmática e de fúrcula.
Pulmões: Roncos disseminados.
PNEUMONIA AFEBRIL DO
LACTENTE
ETIOLOGIA
FAIXA ETÁRIA
2 a 12 sem
AGENTES ETIOLÓGICOS
Vírus sincicial respiratório,Chlamydophila
respiratório,Chlamydophila
trachomatis , Ureaplasma urealiticum
urealiticum,, Pneumocystis
jiroveci
jiroveci,, citomegalovírus
citomegalovírus,, Streptococcus pneumoniae
(pneumococo), Haemophilus influenzae e
Staphylococcus aureus
aureus..
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO:
Clínico
Radiologia
Hemograma: Eosinofilia
Tratamento:
Ambulatorial se em BEG e eupneica (pneumonia afebril)
Internação (abaixo de 2 meses)
Hidratação
Suplementação de oxigênio (quando a saturação periférica
de oxigênio for inferior a 92%)
Antibioticoterapia:
Antibioticoterapia:
Macrolídeos (pneumonia afebril do lactente)
Oxacilina + Aminoglicosídeo (pneumonia bacteriana)
GSS de 5 meses.
HPMA: Há 3 dias iniciou quadro de rinorréia
rinorréia,, tosse
seca de início que se tornou mais produtiva, com
piora do quadro com chiado no peito e falta de ar há 2
dias. Febre desde o início do quadro de moderada a
alta.
EF: FR: 62 rpm T: 38,6º C
Levemente desidratada, dispnéica, acianótica
acianótica..
Batimento de asa de nariz e tiragem intercostal.
Pulmões: Roncos, ESC finos e e médios
disseminados, expiração prolongada.
Na unidade foi submetida a inalação com fenoterol
com discreta melhora
BRONQUIOLITE
ETIOLOGIA
3ma5a
Vírus, Streptococcus pneumoniae (pneumococo),
Haemophilus influenzae e Staphylococcus aureus
aureus..
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO:
Clínico
Radilogia
Bronquiolite Viral Aguda
•
•
•
•
Doença infecciosa das VAS e VAI
Insuficiência Respiratória Aguda Baixa
Obstrutiva
Lactentes
Obstrução brônquica na BVA
Edema
± 0,2 mm
Secreção
Células
ETIOLOGIA
Agentes mais comuns
Adenovírus
Influenza
Parainfluenza
Vírus Sincicial Respiratório (VSR)
Metapneumovírus
Rinovírus
Coronavírus
Vírus Sincicial Respiratório
•
•
•
Maior Risco:
Risco: Prematuros/
Prematuros/ Cardiopatas/
Cardiopatas/
Pneumopatas// Imunodeficientes
Pneumopatas
Hígidos:
Hígidos: < 6 meses
Aglomeração / Menor escolaridade materna
Menor aleitamento
Poluição/
Poluição/ Fumo
Síndrome da Morte Súbita
Simoes
Simoes,, 2003,Lanari et al, 2002
Diagnóstico
•
•
•
•
•
Clínico
Radiológico
Secreções nasofaríngeas:
nasofaríngeas: Pesquisa rápida viral,
PCR, Cultura
Sorologia
Saturação de O2
Tratamento
• Tratamento ambulatorial
– Sem dificuldade respiratória
– Boa aceitação da VO
• Tratamento hospitalar
– Dificuldade respiratória
– Má aceitação da VO
– Outros sinais de gravidade (apnéia
(apnéia,, cianose, ...)
Tratamento
•
•
•
•
Suporte
Suporte:: Oxigênio/
Oxigênio/ Hidratação
Beta 2 agonistas /Adrenalina
Corticóides
Antivirais (Ribavirina)
Ribavirina)
Tratamento
Hidratação
Conforto
Oxigenoterapia
Complicações
• Insuficiência respiratória
• Acidose respiratória descompensada
• Pneumotórax e Pneumomediastino
Prognóstico
Evolução benigna na maioria dos casos
Mortalidade em torno de 1%
Pacientes com fatores de risco apresentam
mortalidade de até 5%
Possível relação com desenvolvimento
subseqüente de asma.
Preven
Prevenção
ção
– Lavagem das mãos
mãos
– Evitar contato com pessoas com resfriado/gripe
– Aleitamento materno
– Palivizumab (anticorpo especí
específico para VSR)
• Prematuros
• Cardiopatas
RSB de 2 anos
Sexo masculino
HPMA: Iniciou com quadro de coriza e tosse seca
há 4 dias, a tosse piorou tornadotornado-se produtiva.
Febre desde o início do quadro, alta (38 a 39º C0. Há
1 dia com falta de ar. Nega chiado no peito.
EF: T: 38,8º C Hidratado, corado, acianótico
acianótico,,
dispneico.
dispneico. FR: 48 rpm
Tiragem intercostal
Pulmões: Diminuição de murmúrio vesicular em
base direita.
PNEUMONIA ADQUIRIDA
NA COMUNIDADE
ETIOLOGIA
FAIXA ETÁRIA
3ma5a
AGENTES ETIOLÓGICOS
Vírus, Streptococcus pneumoniae (pneumococo),
Haemophilus influenzae e Staphylococcus aureus
aureus..
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO:
Clínico
Radiologia
Tratamento
Ambulatorial
• Penicilina procaína + benzatina
•Amoxacilina
• Macrolídeo
Internado
• Penicilina cristalina
BRE com 10 anos de idade, sexo masculino
HPMA: Tosse seca há 1 semana. Febre baixa e intermitente.
Cefaléia há 3 dias.
Refere piora com falta de ar aos esforços e há 2 dias o
aparecimento de dor torácica ventiloventilo-dependente
dependente..
EF: FR: 32 rpm Afebril, levemente dispneico,
dispneico, hidratado,
corado.
Tiragem intercostal discreta.
Pulmões: ESC em bases, sibilos esparsos.
PNEUMONIA ATÍPICA
ETIOLOGIA
FAIXA ETÁRIA
acima de 5 a
AGENTES ETIOLÓGICOS
Vírus, Streptococcus pneumoniae,
pneumoniae, Mycoplasma
pneumoniae e Chlamydophila pneumoniae
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO:
Clínico
Radilogia
Tratamento
Ambulatorial
Internado
• Penicilina cristalina
• Penicilina procaína + benzatina
• Macrolídeo
• Macrolídeo
Antibióticoterapia (resumo)
resumo)
Faixa
etária
Tratamento
Ambulatorial
Internado (BEG)
Internado ((sepse
sepse))
3
semanas
a 3 meses
• afebril:
macrolídeo
•Oxacilina +
Aminoglicosídeo
•Ampicilina + cefotaxime
4 meses a
5 anos
• Pen procaína +
benzatina
• Amoxicilina
• Viral ?
• Pen cristalina
• Cefalosporina 1a. G +
5 a 15
anos
• Pen procaína +
benzatina
• Macrolídeo
• Pen cristalina
•
Cefalosporina 1a. G
• macrolídeo
•
Cefuroxime/cefotax
Cefuroxime/
ime
•
macrolídeo
(resistência)
Cloranfenicol
McIntosh, 2002 (adaptado)
Tratamento ambulatorial com peniclina
12 24 36 48 hs
7 a 10 dias
4 doses de penicilina procaina:
procaina: 25 a 50.000 U/kg/dose (acima de 4 kg = 1 frasco)
1 dose de penicilina benzatina:
benzatina: 25 a 50.000 U/kg/dose
0 a 10 kilos:
kilos: 300.000 UI
10 a 20 kilos:
kilos: 600.000 UI
20 a 25 kilos:
kilos: 900.000 UI
Acima de 25 kilos:
kilos: 1.200.000 Ui
Controle
Reavaliação em 48 horas
Se melhora clínica,
clínica, retormo ambulatorial de acordo com o caso
Se não houver melhora clínica, reavaliar:
• Com sinais de alerta, encaminhar para internação.
• Sem sinais de alerta, mais 4 doses de penicilina procaina
LNB de 5 anos do sexo masculino
HPMA: Tosse há mais de 1 mês. Mãe refere que vem tendo
episódios de tosse há mais de um mês, às vezes
acompanhado de chiado no peito. Refere ter tido febre
neste período mas nunca mediu. Foi várias vezes na
unidade e em prontopronto-socorro onde foi medicada com
antibiótico e fez inalação com discreta melhora mas com
persistência do quadro.
Antecedentes pessoais: Teve várias pneumonias no último
ano. Nega asma.
Antecedentes familiares: Mãe hígida. Pai é fumante e tosse
há mais de um mês e é ex
ex--presídiário
presídiário..
EF: Afebril, eupneico
eupneico,, descorado +/4, acianótico
acianótico.. FR: 22
Pulmões: Roncos esparsos, expiração prolongada
TUBERCULOSE
PRIMÁRIA
ETIOLOGIA
FAIXA ETÁRIA
AGENTE ETIOLÓGICO
Mycobacterium tuberculosis
Qualquer faixa
etária
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO:
Clínico
Radiologia
Teste tuberculínico
ATENÇÃO
NÃO ESQUEÇAM DA TUBERCULOSE COMO
ETIOLOGIA EM PNEUMONIAS COM
MÁ EVOLUÇÃO CLÍNICA, RECORRENTE OU
SEM BOA RESPOSTA AO TRATAMENTO USUAL
TUBERCULOSE NA INFÂNCIA :
como abordar?
SITUAÇÕES NA PRÁTICA PEDIÁTRICA:
“Entrada I” : CRIANÇA COM QUADRO CLÍNICO
SUGESTIVO DE TBC
“Entrada II”:CRIANÇA COMUNICANTE DE CASO
DE TBC
Dificuldades para o diagnóstico:
Sinais e sintomas incaracterísticos
Dificuldade na recuperação do bacilo
Falta de profissional preparado
Interferência da vacinação no teste
tuberculínico
Métodos inespecíficos e/ou de alto custo para
diagnóstico de TB doença
DIAGNÓSTICO DE TBC NA INFÂNCIA
QUADRO CLÍNICO
ANTECEDENTES EPIDEMIOLÓGICOS
RADIOLOGIA
EXAMES LABORATORIAIS
PARA TODO CASO SUSPEITO
OU COMUNICANTE !
QUADRO CLÍNICO
SINTOMATOLOGIA:
POUCOS SINTOMAS TÍPICOS DE TBC (FEBRE, EMAGRECIMENTO,
SUDORESE NOTURNA, ANOREXIA, TOSSE, EXPECTORAÇÃO
HEMOPTÓICA E HEMOPTISE)
50 A 60% DAS CRIANÇAS MENORES DE UM ANO,DIAGNOSTICADAS
COMO DOENTES NA BUSCA DE COMUNICANTES SÃO POUCO OU
ASSINTOMÁTICAS
80 A 90% DAS CRIANÇAS MAIORES TAMBÉM
QUADRO CLÍNICO
QUADROS CLÍNICOS MAIS ENCONTRADOS:
FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA
TOSSE PROLONGADA SEM ETIOLOGIA DEFINIDA
PNEUMONIA DE EVOLUÇÃO ARRASTADA
PNEUMONIAS DE REPETIÇÃO
SÍNDROME ASMATIFORME DE INÍCIO ABRUPTO OU DE
DIFÍCIL CONDUÇÃO
ATELECTASIAS PULMONARES (S. LOBO MÉDIO)
ANTECEDENTES EPIDEMIOLÓGICOS
EPIDEMIOLÓGICOS::
EPIDEMIOLOGIA DE TBC DEVE SER PESQUISADA EM QUALQUER
CONSULTA PEDIÁTRICA
MELHOR MANEIRA DE PREVENIR OU DIAGNOSTICAR TBC EM
CRIANÇAS É ATRAVÉS DA INVESTIGAÇÃO DE COMUNICANTES DE
ADULTOS BACILÍFEROS
MAIOR QUANTIDADE DE DIAGNÓSTICOS NA INFÂNCIA É
CONSEGUIDO ATRAVÉS DA INVESTIGAÇÃO DE COMUNICANTES (60 A
80% DOS CASOS)
QUANTO MENOR A CRIANÇA MAIOR A POSSIBILIDADE DE SE
ACHAR O FOCO INTRAINTRA-DOMICILIAR (CERCA DE 90% DOS CASOS DE
TBC EM CRIANÇAS ABAIXO DE 1 ANO DE IDADE)
Caso Amparo
T
N
52
Falecido
62
Agregado
Q
N
TR
32
33
35
T
32
T
N
Q
N
N
29
28
30
29
27
15
T
T
T
T
9
8
6
4
T
T
1
T
T
T
T
T
T
T
T
10
8
6
4
2
5
4
3
T: Tuberculose em tratamento
Q: Quimioprofilaxia
TR: Tuberculose renal
N: Não tem tuberculose
RADIOLOGIA::
RADIOLOGIA
EXAME RADIOLÓGICO É MÉTODO MUITO UTILIZADO PELA
FACILIDADE DE EXECUÇÃO
APESAR DA BAIXA ESPECIFICIDADE ESTÁ INDICADO NAS FORMAS
PULMONARES COM EXAME BACTERIOLÓGICO NEGATIVO OU DE DIFÍCIL
COLETA
NÃO EXISTE IMAGEM RADIOLÓGICA PATOGNOMÔNICA DE TBC E SIM
IMAGENS SUGESTIVAS
AS ALTERAÇÕES RADIOLÓGICAS PODEM DIFERENCIAR TBC PRIMÁRIA
DA TBC PÓSPÓS-PRIMÁRIA
RX DE TÓRAX É ESSENCIAL PARA O DIAGNÓSTICO DE TBC PRIMÁRIA,
PORÉM A TBC CONFIRMADA BACTERIOLOGICAMENTE PODE OCORRER
NA PRESENÇA DE RX DE TÓRAX NORMAL
RADIOLOGIA::
RADIOLOGIA
RX DE TÓRAX
IMAGENS MAIS FREQUENTES NA TBC PRIMÁRIA:
CONSOLIDAÇÃO PARENQUIMATOSA UNIFORME
ATELECTASIA
LINFOADENOPATIA
DERRAME PLEURAL
TBC MILIAR
IMAGENS MAIS FREQUENTES NA TBC PÓSPÓSPRIMÁRIA:
DOENÇA PARENQUIMATOSA E CAVITAÇÃO
TBC BRÔNQUICA
TBC PLEURAL
TOMOGRAFIA:
MAIOR SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE EM RELAÇÃO AO RX
INDICAÇÕES RESTRITAS DEVIDO AO CUSTO
400 X MAIS EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO QUE UM RX DE TÓRAX
TBC PRIMÁRIA:
CONSOLIDAÇÃO LOBAR
MÚLTIPLAS CAVIDADES
ADENOPATIA HILAR OU MEDIASTINAL
TBC PÓSPÓS-PRIMÁRIA ATIVA:
CONSOLIDAÇÃO LOBAR E CAVIDADE
NÓDULOS CENTROCENTRO-LOBULARES
ESPESSAMENTOS DE PAREDES BRÔNQUICAS
NÓDULOS POUCO DEFINIDOS DE 6 A 10 mm
TBC MILIAR:
NÓDULOS DE 1 A 3 mm
RETICULAÇÕES
EXAMES LABORATORIAIS
LABORATORIAIS::
EXAMES BACTERIOLÓGICOS
TESTE TUBERCULÍNICO
EXAME IMUNOLÓGICO
REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE (PCR)
DOSAGEM DE ADENOSINADEAMINASE (ADA)
EXAMES BACTERIOLÓGICOS:
BACILOSCOPIA:
EXAME MAIS EMPREGADO NA ROTINA DAS UNIDADES
PERMITE IDENTIFICAR PACIENTES POTENCIALMENTE CONTAGIOSOS
AUXILIA NA MONITORIZAÇÃO DO TRATAMENTO
INDICADO NOS SINTOMÁTICOS RESPIRATÓRIOS
PRESENÇA DO BACILO DÁ O DIAGNÓSTICO DA DOENÇA
NEGATIVIDADE NÃO EXCLUE A DOENÇA
DIFICULDADES: BAIXA SENSIBILIDADE
NECESSITA PELO MENOS 5.000 BACILOS/ML
BAIXA ESPECIFICIDADE
NÃO IDENTIFICA BACILOS
EM CRIANÇAS COLHEITA DIFÍCIL E POSITIVIDADE BAIXA:
LAVADO GÁSTRICO
LAVADO TRAQUEAL
EXAME DE ESCARRO QUANDO HÁ EXPECTORAÇÃO
EXAMES BACTERIOLÓGICOS:
CULTURA:
CONFIRMA O DIAGNÓSTICO
ALTA ESPECIFICIDADE (+/_100%)
COM BAIXA SENSIBILIDADE(+/_50% NO L.G.)
LONGO PERÍODO DE INCUBAÇÃO ( > 4 semanas)
BACTEC:
BACTEC: PERMITE A DETECÇÃO PRECOCE ( 7 DIAS)
TESTE TUBERCULÍNICO
• SIMPLES E DE BAIXO CUSTO
• BOA SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE EM NÃO VACINADOS
• A VACINAÇÃO COM BCG DIFICULTA A INTERPRETAÇÃO
( VER ESQUEMA DE INTERPRETAÇÃO)
• MÉTODO COMPLEMENTAR: NÃO FORNECE O DIAGNÓSTICO
PPD - 2UT de RT23
• TÉCNICA DE MANTOUX
• LEITURA EM 72 A 96 horas
TESTE TUBERCULÍNICO
INTERPRETAÇÃO:
< 5 mm
NÃO REATOR
não infectados, anérgicos
5 a 9 mm REATOR FRACO infectados por M. tuberculosis,
mycobactérias atípicas, ou vacinados BCG
≥ 10 mm REATOR FORTE infectados, doentes ou não, em não vacinados
BCG
ou vacinados BCG após 2 anos
≥ 15 mm
REATOR FORTE infectados, doentes ou não, independentes da
época de vacinação
Como se interpreta?
A leitura da prova tuberculínica é realizada de 72 a 96 horas após a
aplicação, medindomedindo-se com régua milimetrada o maior diâmetro
transverso da área de endurecimento palpável, sem o eritema
eritema..
Diagnóstico de tuberculose pulmonar em crianças e
adolescentes com baciloscopia negativa (Clemax
(Clemax:: Kritski
Kritski,, 2001)
Radiologia
Quadro clínico
Febre ou tosse,
adinamia,
adinamia,
expectoração,
emagrecimento,
sudorese
> 2 semanas
Adenomegalia hilar ou
padrão miliar
ou
condensação ou infiltrado
(com ou sem escavação)
> 2 semanas sem melhora
uso ATB germes comuns
Contato
Próximo
nos últiúltimos
2 anos
Teste
Nutrição
> 10 mm
não BCG ou
BCG > 2a
Peso
percentil
> 15mm
< 10
nâo BCG ou
BCG < 2 a
Assintomático ou Condensação ou infiltrado ocasional
5 a 9 mm
ou
com sintomas
de qualquer tipo
negativo
< 2 semanas
< 2 semanas
Peso
percentil
> 10
Infecção respirarespira- Radiografia de tórax
tória com melhora normal
uso ATB
Peso
percentil
> 10
15 pontos
- 10 pontos
10 pontos
- 5 pontos
5 pontos
0 pontos
ocasional
< 5 mm
ou
negativo
Interpretação
> 40 pontos: muito provável
30 a 35 pontos: possível
< 25 pontos: pouco provável
ANÁLISE DO “SCORE”
• CRIANÇAS COM DIAGNÓSTICO DE TB POR CULTURA
(CASOS) = 43
• CRIANÇAS INVESTIGADAS POR SUSPEITA DE TBC ,
MAS NÃO CONFIRMADAS (CONTROLE) = 96
• SENSIBILIDADE A 35 PONTOS : 86%
• ESPECIFICIDADE A 35 PONTOS : 83%
( SANT’ANNA ,2003)
CONDUTA em CRIANÇAS CONTATANTES de
TUBERCULOSE
Teste tuberculínico
Radiografia de tórax
Normal
Sugestivo de TB
TRATAMENTO
Reator
QUIMIOPROFILAXIA
Não
Reator
Fonte: II Diretrizes Brasileiras de Tuberculose, 2004
Repetir o TT após 8
semanas
TUBERCULOSE
EXTRA--PULMONAR
EXTRA
•
•
•
•
•
•
•
GANGLIONAR
SNC
ÓSTEO--ARTICULAR
ÓSTEO
RENAL
INTESTINAL
PERITONIAL
OCULAR
CONTROLE DA TUBERCULOSE
BCG AO NASCIMENTO
BUSCA ATIVA DE CASOS:
INVESTIGAÇÃO DE COMUNICANTES
BACILOSCOPIA EM SINTOMÁTICOS RESPIRATÓRIOS
QUIMIOPROFILAXIAS : 1ª E 2ª
TRATAMENTO PRECOCE E CORRETO DOS CASOS
NOTIFICAÇÃO ADEQUADA E CONTROLE EPIDEMIOLÓGICO
QUIMIOPROFILAXIA
Dose: Isoniazida 10 mg/Kg /dia , no máximo de 300 mg de acordo com os esquemas:
Indicações:
PRIMÁRIA : RecémRecém-nascidos coabitantes de foco tuberculoso ativo: isoniazida é administrada por 3
meses . Após esse período, fazfaz-se a prova tuberculínica . Se reatora , devedeve-se manter
quimioprofilaxia por mais 3 meses ; senão nterrompenterrompe-se a quimioprofilaxia e vacinavacina-se
‘
com BCG.
SECUNDÁRIA :
Pessoas com menos de 15 anos, não vacinadas com BCG, sem sinais de tuberculose ativa,
comunicantes de Bacilíferos e reatores à tuberculina de 10mm ou mais OU crianças vacinadas com
BCG, mas com TT igual ou uperior a 15mm.
Indivíduos com viragem tuberculínica recente (até 12 meses).
População indígena, em contato com bacilífero, reator forte ao PPD, independente de idade
e estado vacinal, sem tbc doença.
Imunodeprimidos por uso de drogas ou doença imunossupressora em contato intradomiciliar,
intradomiciliar,
sob criteriosa decisão médica.
QUIMIOPROFILAXIA
Reatores forte à tuberculina, sem sinais de tbc doença, mas com
condições clínicas de alto risco de desenvolvêdesenvolvê-la como:
• Alcoolismo
• Diabetes melitus insulinoinsulino-dependente
• Silicose
• Nefropatias graves
• Sarcoidose
• Linfomas
• Pacientes em uso prolongado de corticosteróides
• Pacientes em quimioterapia antineoplásica
• Pacientes em uso de imunossupressores
• Portadores de imagem radiológica compatível com tbc inativa sem
história de quimioterapia prévia
Co
Co--infectados HIV e M. tuberculosis com reação ao PPD maior que
5mm, de acordo com clínica, exames de laboratório e RX de tórax.
OBRIGADO PELA ATENÇÃO
E
BOM FERIADO
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