AMINOFILINA Broncodilatadores

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AMINOFILINA Broncodilatadores
Identificação do Produto:
Formas Farmacêuticas e Apresentações:
Solução injetável: Caixa com 100 ampolas de 10mL.
Composição: Cada ampola de 10 mL contém:
Aminofilina ......................................... 250mg
Veículo adequado q.s.p 10mL
Informações Técnicas:
A Aminofilina é um produto resultante da combinação da teofilina (81%) e da etilenodiamina (14%). A
teofilina, juntamente com a cafeína e a teobromina são três alcalóides (metilxantinas) estreitamente
relacionados e que ocorrem em diversas plantas (como o chá, o cacau e o café) bastante conhecidas e
utilizadas no mundo inteiro atualmente.Todas apresentam baixa solubilidade, que melhora pela formação de
complexos como o da Aminofilina.
Farmacocinética:
Como derivado do teofilinato de etilenodiamina, são absorvidas prontamente após administração parenteral,
oral ou retal. As metilxantinas são distribuídas em todos os compartimentos corpóreos. Elas atravessam a
placenta e passam para o leite materno. O volume aparente de distribuição é similar para a cafeína e a
teofilina, e geralmente está entre 0,4 e 0,6 litro/Kg. Estes valores são consideravelmente altos em crianças
prematuras. A teofilina exibe menor ligação às proteínas do plasma em menor extensão que a cafeína, e a
fração ligada declina à medida que a concentração de metilxantinas aumenta. Em concentrações terapêuticas,
a ligação da teofilina às proteínas plasmáticas é, em média, de cerca de 60%, mas é diminuída para cerca de
40% em neonatos e adultos com cirrose hepática.
As metilxantinas são eliminadas em primeiro lugar por metabolismo hepático. Menos de 15% e 5% da
teofilina e cafeína administradas, respectivamente, são recuperados inalteradas na urina. A cafeína tem uma
meia-vida plasmática de 3 a 7 horas. Isto aumenta em cerca de o dobro nas mulheres durante os últimos
estágios de gravidez ou com o uso, a longo prazo, de anticoncepcionais esteróides orais. Em prematuros, a
eliminação de ambas as metilxantinas é bem lenta. A meia-vida média da cafeína é de mais de 50 horas,
enquanto os valores médios obtidos para a teofilina em vários estudos variam entre 20 e 36 horas. Entretanto,
estes últimos valores incluem a extensa conversão de teofilina em cafeína nestas crianças. Há uma variação
interindividual acentuada na taxa de eliminação de teofilina, devida tanto a fatores genéticos quanto
ambientais.
Diferenças de quatro vezes não são raras. A meia-vida média é de cerca de 3,5 horas em crianças pequenas,
enquanto valores de 8 ou 9 horas são mais típicos em adultos. Na maioria dos pacientes, a teofilina obedece à
cinética de eliminação de primeira ordem dentro da faixa terapêutica. Entretanto, em concentrações maiores, a
cinética de ordem zero torna-se evidente devido à saturação de enzimas metabólicas. Isto prolonga o declínio
das concentrações de teofilina a níveis não-tóxicos. Dentre os fatores que influenciam na depuração da
Aminofilina temos:
Fatores que retardam a ação: idade: crinças pré-maturas e em pacientes com mais de 65 anos, sexo: masculino,
fármacos: eritromicina e cimetidina, doenças: cirrose hepática, insuficiência cardíaca congestiva, doença
pulmonar crônica.
Fatores que abreviam a ação: hábitos: cigarro, sexo: feminino, fármacos: fenobarbital, rifampicina e
contraceptivos.
Mecanismo de Ação:
O mecanismo de ação da Aminofilina é complexo e envolve:
Inibição da fosfodiesterase (10 a 20%) e o conseqüente aumento das concentrações de AMP cíclico no
músculo liso em doses terapêuticas;
Bloqueio dos receptores de adenosina (sem importância na broncodilatação);
Alterações no movimento do Ca2+ no músculo liso (relaxante);
Inibição dos efeitos das Prostaglandinas no músculo, liso bem como da liberação de histamina e leucotrienos.
Indicações:
Broncoespasmo e enfisema - Basicamente é empregada para relaxar o músculo liso brônquico, no tratamento
da asma e para aliviar a dispnéia, no tratamento da doença pulmonar obstrutiva. Estas duas doenças
apresentam obstrução do fluxo aéreo pulmonar, com chiados e dispnéia e que podem resultar em insuficiência
respiratória.
Apnéia do recém-nascido - Também está indicada no tratamento da apnéia prolongada que ocorre em alguns
recém-nascidos prematuros e que representam risco de hipóxia recorrente e lesão neurológica.
Respiração de Cheyne-Stoke - Neste caso a Aminofilina baixa o limiar de CO2 no cérebro sem diminuir a
sensibilidade deste aos níveis de CO2.
Contra-Indicações:
Deve ser avaliada a relação risco/benefício na presença de arritmias pré-existentes, insuficiência cardíaca
congestiva, diarréia, gastrite ativa, úlcera péptica ativa, hipertrofia prostática, lesão miocárdica aguda,
hipoxemia grave, doença hepática e hipertireoidismo.
Interação Medicamentosa:
Os broncodilatadores adrenérgicos associados com Aminofilina podem produzir reações tóxicas. Os níveis
plasmáticos da teofilina podem ser aumentados por propranolol, cimetidina, eritromicina, ciprofloxacina e
contraceptivos orais.( ver também precauções )
Toxicologia:
Ela está relacionada principalmente ao SNC e sistema circulatório. Insônia, inquietação e excitação são os
primeiros sintomas, que podem progredir para um delírio brando. A emese e as convulsões também são
proeminentes. Os músculos tornam-se tensos e trêmulos. A taquicardia e as extrassístoles são freqüentes e a
respiração é acelerada.
As intoxicações fatais com teofilina têm sido muito mais freqüentes do que com cafeína. A rápida
administração intravenosa de doses terapêuticas de Aminofilina (500mg) às vezes resulta em morte súbita que,
provavelmente, é devida a arritmias cardíacas, e o fármaco deve ser injetado de modo lento durante 20 a 40
minutos, para evitar sintomas tóxicos. Eles incluem cefaléia, palpitação, tontura, náuseas, hipotensão e dor
pré-cordial. As manifestações adicionais de intoxicação são: taquicardia, grave inquietação, agitação e emese.
Estes efeitos estão associados a concentrações plasmáticas de mais de 20mg/mL. Também podem ocorrer
convulsões focais e generalizadas, às vezes sem sinais anteriores de toxicidade.
A maior parte da toxicidade resulta de administração repetida, de teofilina, seja por via oral ou parenteral.
Embora convulsões e morte também tenham ocorrido em concentrações plasmáticas tão baixas quanto
25mg/mL, as convulsões são relativamente raras em concentrações abaixo de 40mg/mL. Os pacientes com
intoxicação de teofilina a longo prazo parecem ser muito mais propensos a convulsões do que aqueles com
superdoses de curto prazo. Tal dependência da exposição à teofilina pode contribuir para a dificuldade em
estabelecer uma relação entre a gravidade dos sintomas tóxicos e a concentração do fármaco no plasma e
deve-se ter muito cuidado ao tratar pacientes que ingeriram teofilina regularmente. O tratamento pode incluir a
administração profilática de diazepam, talvez junto com fenitoína ou fenobarbital. Quando surgem convulsões,
elas podem ser refratárias à terapia anticonvulsivante, e pode ser necessário recorrer à anestesia geral e outras
medidas usadas no tratamento do estado de mal epiléptico.
Relação com doença cardiovascular: Existem muitos estudos conflitantes sobre o café ou a cafeína como um
fator de risco na doença coronariana. Embora existam evidências de que um consumo a longo prazo de
grandes quantidades de café possa estar associado ao aumento de risco de coronariopatia, a questão não está
resolvida e exige mais pesquisas. Uma aparente associação entre o consumo de café e os níveis séricos de
colesterol parece estar relacionada a algum constituinte do café que não a cafeína, e pode depender do método
de preparação.
Toxicidade e Comportamento: Doses moderadas de cafeína podem provocar intensa sensação de ansiedade,
medo ou pânico em alguns indivíduos. Até mesmo pessoas com uma história de uso leve a moderado de
cafeína sofrem tensão, ansiedade e disforia após ingerirem 400mg ou mais de cafeína. Em crianças que
receberam tratamento para apnéia de prematuridade, a teofilina pode produzir alterações persistentes nos
padrões de sono-vigília, mas os efeitos a longo prazo no comportamento ou no desenvolvimento cognitivo
ainda não foram identificados. Tem havido uma crescente preocupação de que o tratamento de crianças
asmáticas com teofilina possa produzir depressão, hiperatividade ou outra toxicidade comportamental.
Entretanto, um recente estudo de desenvolvimento acadêmico de crianças asmáticas, tratadas com teofilina ou
não, mostrou um desempenho acadêmico igual em crianças asmáticas e não-asmática. Muito embora seja
difícil distinguir os efeitos específicos da teofilina daqueles causados por doenças ou outras características do
esquema terapêutico, muitos pesquisadores acreditam que a maioria das crianças se beneficia com o uso de
meios alternativos de controle de seus sintomas.
Precauções:
O uso simultâneo da forma parenteral com corticóides pode originar hipernatremia. Doses altas de alopurinol
podem aumentar as concentrações séricas de teofilina e o uso de anestésicos orgânicos por inalação (halotano)
pode aumentar o risco de arritmias cardíacas. A carbamazepina, fenitoína, primidona ou rifampicina
estimulam o metabolismo hepático das xantinas.
Os betabloqueadores com xantinas podem originar uma mútua inibição dos efeitos terapêuticos. O uso de
broncodilatadores adrenérgicos pode produzir toxicidade aditiva. Os anticoncepcionais orais que contêm
estrogênios podem alterar a eficácia terapêutica e os medicamentos que podem produzir nervosismo,
irritabilidade, insônia ou possíveis crises convulsivas.
Posologia:
A Aminofilina injetável só deve ser utilizada em pacientes internados e sua aplicação deve ser em infusão
intravenosa, lenta durante 20 a 40 minutos.
A dose de ataque para adultos não-fumantes é de 6mg/Kg (o que equivale 5mg/Kg de teofilina). Na ausência
de sinais tóxicos pode-se fazer mais 3mg/Kg. Para a manutenção 5mg/Kg de peso a cada hora em adultos nãofumantes e sem outras doenças.Crianças menores que 2 anos e fumantes 0,8 a 0,9mg/Kg/hora com vigilância
da concentração plasmática a cada 6 horas, sendo o nível ótimo em torno de 4 a 8mg/mL.
Superdose:
Casos de superdose podem levar a sintomas como, dor abdominal, agitação, confusão, alterações do
comportamento, diarréia, hematêmese, hiperglicemia, hipoglicemia, hipotensão arterial, acidose metabólica,
convulsão, taquiarritmia, taquicardia, tremor, vômito.
Nesse caso deve-se interromper o tratamento imediatamente. Não existe antídoto específico, a conduta na
superdose deve ser de suporte (corrigir a hipotensão, equilíbrio àcido-base e desidratação e administrar
oxigênio). Se houver
convulsões pode ser administrado Diazepam.
Similares:
AMINOFILINA (de vários Laboratórios)
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