AULA ESTRUTURADA 2 Unidade de Ensino: Unidade 2- A citogenética clínica. Padrões de heranças e anomalias genéticas Carga Horária: 10h/a Objetivos da Unidade: Compreender os aspectos da citogenética clínica que influenciam nas diversas formas do comportamento humano e as características das anomalias genéticas. Competência: Compreender os aspectos citogenéticos que influenciam na formação de anomalias genéticas. Habilidades: Compreender a causa das anomalias genéticas e sua influência no comportamento. Temas: Indicações clínicas para a análise cromossômica. Distúrbios dos autossomos e dos cromossomos sexuais. Padrões de herança de genes únicos. Proposta Metodológica: As aulas teóricas serão desenvolvidas de forma interativa, com projeção multimídia, programas de computador, exposição dialogada, discussão e problematização dos assuntos, trabalhos em grupos, utilização diversificada de recursos didáticos e audiovisuais, objetivando a construção de espaços potenciais de ensino-aprendizagem. As aulas práticas serão desenvolvidas em laboratórios e/ou espaços específicos à disciplina em questão. 1. Atividade de Aprendizagem teórico/prática – 8h/a Fenótipo: são características observáveis resultantes da expressão dos genes e da influencia de fatores ambientais. Genótipo: informações hereditárias contidas no genoma. Nem todo o organismo com o mesmo genótipo reage da mesma forma, pois a aparência e o comportamento são modificados por condições ambientais. Genótipo + ambiente = fenótipo Cariótipo: representa o número total de cromossomos de uma célula. 22 pares de cromossomos autossomos + 1 par de cromossomos sexuais: XX ou XY Cariótipo sem anomalia: 46, XX ou 46, XY Mutação: são alterações hereditárias do material genético de um organismo devido a erros de duplicação antes da divisão celular. Não são causadas pela recombinação. Mutante: fenótipo incomum ou expressão do gene que sofreu mutação. Tipo selvagem: fenótipo comum. Nem todas as mutações podem ser detectadas pelo fenótipo. Algumas delas precisam ser verificadas pela análise molecular. Tipos: 1-Mutações gênicas ou pontuais: ocorrem em um locogênico específico. Pode envolver substituição ou perda de uma base. 2-Mutações cromossômicas: modificações que alteram os cromossomos. Aberrações ou anomalias cormossômicas. 2.1. estruturais: modificam a estrutura do cromossomo. 2.2. numéricas: alteram o número. Classificação: 1-Espontâneas: sem interferência de um agente que a provoque. 2-Induzidas: ocorre pela ação de agentes físicos ou químicos (agentes mutagênicos) Existem duas classes de mutações: 1-Mutações somáticas: ocorrem nas células somáticas, acarretando grande prejuízo. Se atingirem as células em divisão, podem causar tumores ou lesões degenerativas. Se atingir o feto, pode causar mosaicismo (só 1 X é ativo). 2-Mutações gaméticas: ocorrem nas células germinativas e são transmitidas às gerações. Agentes mutagênicos: 1-Agentes físicos: 1.1.radiações ionizantes: a passagem das radiações através das células causa erros na duplicação do DNA. Rompe as ligações açúcar-fosfato. Ex: radiação natural (rochas) ou cósmica, radiologia médica e exposição ocupacional. Obs: as doses de radiação têm efeito acumulativo no organismo, por isso há uma dose máxima permissível de radiação. 1.2.radiações ultravioletas: impedem das bases nitrogenadas. Ex: câncer de pele. 2-Agentes químicos: compostos com ação direta. Citogenética clínica: é o estudo dos cromossomos aplicado à prática da genética. A análise cromossômica é indicada para: problemas precoces de desenvolvimento e de crescimento natimorto e morte neonatal problemas de fertilidade ou abortos recorrentes historia familiar neoplasia gestação em uma mulher de idade avançada Anomalias cromossômicas: Podem ser numéricas ou estruturais, podendo envolver um ou mais autossomos ou cromossomos sexuais, ou ambos simultaneamente. Aneuploidia: número anormal de cromossomos devido a um cromossomo extra ou à falta de um deles, sempre associada a uma malformação física, mental ou ambas. Células normais são diploides (2n) Anomalia do número de cromossomos: Triploidia (3n) _, XXY Tetraploidia (4n)_, XXYY Aneuploidia: 1-Trissomia: em lugar de um dos pares, temos 3 cromossomos 2-Monossomia: em lugar de um dos pares, temos 1 cromossomo apenas. Ex: Trissomia do 21 Cariótipo 47, XX ou 47, XY Trissomia de autossomos Distúrbios autossômicos: 1234- Trissomia do 18 Trissomia do 13 Trissomia do 21 Sind. de Cri Du Chat (miado do gato) Distúrbios sexuais: 12345- Sid. de Klinefelter Sind, de Turner Hermafroditismo verdadeiro Pseudo-hermafroditismo feminino Pseudo-hermafroditismo masculino Distúrbios dos genes únicos: 1234- Neurofibromatose Deformidadeda mão fendida Acondroplastia Síndrome de Rett 2. Atividade de Aprendizagem Orientada – 2h/a Atividade em sala de aula. Deverá ser realizada individualmente e discutida coletivamente. Questões: 1-Defina: fenótipo, genótipo e cariótipo. 2-Quais são os tipos de mutações? Como elas se classificam? 3-Qual o cariótipo de uma célula sem anomalia? E de uma célula com monossomia? E de uma célula com trissomia? 4-Cite os agentes físicos e químicos que podem causar mutações. 5-Em quais casos a análise cromossômica é indicada? Avaliação: 1- Caracterize os seguintes distúrbios autossômicos: Trissomia do 18, Trissomia do 13, Trissomia do 21 e Sind. de Cri Du Chat (miado do gato). 2- Quais os efeitos que o diagnóstico de uma criança portadora da síndrome de Down pode ter na subjetividade dos pais? 3- Caracterize os seguintes distúrbios sexuais: Sid. de Klinefelter, Sind. de Turner, Hermafroditismo verdadeiro, Pseudo-hermafroditismo feminino e Pseudo-hermafroditismo masculino. 4- Por que um adolescente portador da síndrome de Turner ou da síndrome de Klinefelter tem dificuldades para se socializar? 5- Quais os efeitos subjetivos do hermafroditismo verdadeiro e das formas pseudo desta anomalia no sujeito? 6- Faça um pequeno texto que discuta a vivência da sexualidade em indivíduos portadores do Hermafroditismo verdadeiro, pseudo- hermafroditismo feminino e masculino. 5- Caracterize os seguintes distúrbios dos genes únicos: Neurofibromatose, Deformidadeda mão fendida, Acondroplastia e Síndrome de Rett. 6- A criança com síndrome de Rett não apresenta os sintomas de tal anomalia após o nascimento. A criança se desenvolve normalmente até o sexto mês de vida, quando começa a apresentar perdas psicomotoras e cognitivas. Como lidar com a família de uma criança que recebe o diagnóstico com síndrome de Rett? Qual intervenção psicológica pode seu proposta? Bibliografia: THOMPSON & THOMPSON, NUSSBAUM, R. L. et al. Genética Médica. 7ª. ed.. Elsevier: Rio de Janeiro, 2008. VOGEL F. & MOTULSKY A. G.. Genética Humana – Problemas e abordagens. 3ª. ed.. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.