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VII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA
UNAERP CAMPUS GUARUJÁ
Ácidos graxos trans e doenças cardiovasculares
Washington Luiz Fernandes
Discente do Curso de Graduação em Enfermagem
Unaerp – Universidade de Ribeirão Preto - Campus Guarujá
e-mail: [email protected]
Roberta dos Santos Souza
Discente do Curso de Graduação em Enfermagem
Unaerp – Universidade de Ribeirão Preto - Campus Guarujá
e-mail: [email protected]
Renata Corrado Lins
Discente do Curso de Graduação em Enfermagem
Unaerp – Universidade de Ribeirão Preto - Campus Guarujá
e-mail: [email protected]
Gabriel Garbelini Fogaça
Discente do Curso de Graduação em Enfermagem
Unaerp – Universidade de Ribeirão Preto - Campus Guarujá
e-mail: [email protected]
Gabriel Rodrigues de Mendonça
Discente do Curso de Graduação em Enfermagem
Unaerp – Universidade de Ribeirão Preto - Campus Guarujá
e-mail: [email protected]
Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee
Resumo:
Nas últimas décadas a prevalência de doenças cardiovasculares tem
aumentado progressivamente, tornando-se um problema de saúde pública.
Este artigo revisa as principais fontes de ácidos graxos trans na dieta e as
implicações nutricionais da ingestão elevada destes isômeros. Esse estudo
bibliográfico descreve gorduras: definição, composição, classificação,
funções, digestão, absorção e metabolismo, recomendações diárias,
implicações nutricionais, fontes de ácidos graxos trans na dieta, os
alimentos saudáveis e as dietas, doenças cardiovasculares, LDL – c, VLDL –
c, HDL – c e triglicerídeos. Conclui-se, que a ingestão elevada de ácidos
graxos trans contribui para o aumento do risco de doenças cardiovasculares.
Palavras-chave: gorduras trans, doenças cardiovasculares, profissionais de
saúde.
Seção 1 – Curso de Graduação em Enfermagem da Unaerp – Meio
Ambiente.
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Apresentação: oral.
1. Introdução:
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 80% a 90% das pessoas que
morrem de doença coronariana têm um ou mais fatores de risco diretamente
associados a estilo de vida, hábitos alimentares, atividade física e outros
passíveis de modificação.
Os últimos dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, referentes aos anos de 2002 e 2003, revelam um quadro
preocupante em relação aos hábitos alimentares brasileiros e o que isso
representa de risco para a incidência de doenças cardiovasculares, em
particular da doença arterial coronariana.
Em um universo de 96 milhões de pessoas com mais de 20 anos,
existem 41% com excesso de peso, dos quais 10,5 milhões são considerados
obesos. A mesma publicação mostra o consumo reduzido de frutas e
hortaliças, sendo a maior parte das proteínas consumidas de origem animal.
Também constata-se a elevada presença de alimentos com isômeros trans,
como margarinas, sorvetes, biscoitos e batatas fritas, produzidos em nosso
País, com consumo cada vez maior, principalmente entre os mais jovens
(SCHERR et al, 2007).
As gorduras trans estão na pauta do dia em relação a uma alimentação
saudável do ponto de vista cardiovascular. Este tipo de gordura desperta o
interesse da indústria alimentícia por permitir maior prazo de validade, pela
sua estabilidade durante a fritura, e, por ser uma gordura semi-sólida, pode
melhorar a palatabilidade de doces e manufaturados assados.
Neste artigo, estão apresentadas, de forma resumida, algumas
informações fundamentais sobre gorduras trans com implicações para
prática clínica. Os ácidos graxos são sintetizados durante o processo de
hidrogenação parcial de óleos vegetais, transformando algumas ligações
duplas (inexistentes nos saturados) em simples, o que torna sua
configuração semelhante à dos ácidos graxos saturados (SCHERR et al,
2007). Essas gorduras trans estão presentes também em pequenas
quantidades na carne e nos laticínios de vaca, ovelha e outros ruminantes,
produzidos naturalmente pela ação de bactérias no estômago desses
animais.
Os ácidos graxos trans provenientes da carne ou de laticínios de
ruminantes parecem não trazer problemas maiores para a saúde pública,
talvez pela pouca quantidade ingerida (1% a 8% do total de gorduras ou
menos de 0,5% do total de calorias ingeridas) ou por suas diferenças
biológicas em relação aos produzidos por hidrogenação (SCHERR et al,
2007).
2. Objetivo Geral
Descrever as Ações de Enfermagem na prevenção de doenças
cardiovasculares relacionadas ao consumo excessivo de alimentos ricos em
gorduras trans.
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3. Metodologia
Este estudo tipo revisão de literatura baseou-se em livros, artigos
científicos e sites confiáveis de especialistas.
A pesquisa bibliográfica visa, por meio de uma compilação crítica e
retrospectiva de várias obras, demonstrar o estágio atual da pesquisa em
torno de determinado objeto. Não se trata de um texto original. Antes é um
trabalho comparativo que permite ao autor avançar em relação ao seu tema
e criticar o tratamento dados pelos autores ao assunto pesquisado
(AZEVEDO, 2001).
Nessa pesquisa foram utilizados 15 textos, dentre eles foram
consultados livros, artigos e sites de especialistas sendo selecionados,
criteriosamente 5 artigos que mais contribuíram com o tema devido ao seu
modo de explanação e atualidade sobre o assunto. O período de busca foi de
julho a agosto de 2010.
4. Resultados e Discussão:
As ações de enfermagem têm como objetivo principal, esclarecer as
comunidades e/ou população, que o consumo elevado de alimentos ricos em
ácidos graxos trans, podem prejudicar à saúde.
a) Definição
Lípides é o nome coletivo dado, a uma grande variedade de substãncias
químicas insolúveis na água e solúveis em éter, clorofórmio e outro solvente
orgânico. Os lipídios são constituintes de todas as células. Os lípides podem
estar associados ao glicerol, como os triacilglicerídeos (gorduras e óleos –
fornecem calorias) e fosfolípides (estrutura das membranas) e não associados
ao glicerol, como os esteróis (colesterol), fitosteróis, ceras e alcoóis graxos
(GALISA et al, 2008).
b) Composição
Os lípides são formados por carbono, hidrogênio e oxigênio (C, H e O). A
maior relação de H para O, comparada aos glicídios, confere alto valor
energético (9 kcal/g). A maior parte das gorduras naturais é composta de
98% a 99% de triacilgliceróis (triglicerídeos – TG), e a maioria é de cadeia
longa (TG= 3 ésteres de ácidos graxos com 1 molécula de glicerol).
Os ácidos graxos podem ser:
 Saturados: não contêm duplas ligações entre os átomos de carbono,
somente ligações simples; e
 Insaturadas: contêm uma ou mais duplas ligações entre os átomos de
carbono, ou seja, uma dupla ligação é monoinsaturada e duas ou mais
duplas ligações são poliinsaturadas.
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“Uma das preocupações com a hidrogenação da gordura gira em torno de uma
alteração na estrutura química que ocorre quando os óleos poliinsaturados são endurecidos
por hidrogenação. Alguns dos ácidos insaturados em vez de tornarem-se saturados,
acabam mudando sua forma química. Esse processo cria produtos incomuns que não são
fabricados pelo organismo e que ocorrem na natureza em quantidades limitadas,
principalmente em derivados de leite e carne bovina. Esses ácidos graxos alterados, ou
ácidos trans graxos, podem prejudicar a saúde”
(GALISA et al, 2008).
São considerados ácidos graxos essenciais o linoléico (principalmente) e
o linolênico. Os ácidos graxos são responsáveis pelas diferenças no sabor, na
textura e no ponto de fusão das gorduras no alimento. Eles variam de 4 a 30
carbonos (geralmente número par).
 Cadeia curta = 4 a 6 carbonos
 Cadeia média = 8 a 12 carbonos
 Cadeia longa = + de 12 carbonos
Quanto mais curta e mais insaturada, mais líquida é a gordura à
temperatura ambiente. Quanto mais longa e mais saturada, mais sólida é a
gordura à temperatura ambiente.
 Fosfolipídios: Desempenham papel estrutural importante no
organismo. São formados por uma molécula de glicerol e 2 ácidos
graxos e uma molécula contendo fósforo,o que os torna solúveis em
água, enquanto os ácidos graxos os fazem solúveis em gordura. São
emulsificantes, pois mantém as gorduras dispersas em água.
 Esteróis: Os esteróis são macromoléculas complexas que consistem
em anéis interconectados de átomos de carbono com cadeias laterais
de C, H, O ligadas.
c) Classificação
As gorduras podem ser classificadas, de acordo com a composição, em:
 Lípides simples: ácidos graxos, gorduras neutras, ésteres de ácido
graxo com glicerol (mono, di e triacilgliceróis) e ceras (ésteres de ácidos
graxos com alcoóis de alto peso molecular, como éster colesterol e
estéreis de vitamina A);
 Lípides compostos: combinação de gordura neutra com outros
componentes: fosfolípides, glicolípides, lipoproteínas e lípides
derivados (GALISA et al,2008).
d) Funções
 Fornecem energia para o organismo: 1g produz 9 kcal;
 Armazena energia na forma de triglicerídeos;
 As gorduras de alguns alimentos, como peixes (sardinha e salmão, por
exemplo) fornecem ácidos graxos essenciais, especialmente o linolênico
(ômega 3). Os óleos vegetais (de milho, por exemplo) fornecem
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especialmente o ácido graxo linoléico (ômega 6);
Conferem sabor à dieta;
Poupam proteínas para síntese tecidual;
Protegem órgãos vitais;
Transportam vitaminas lipossolúveis (A,D,E e K);
Transportam colesterol;
São constituintes vitais da estrutura das membranas dos tecidos;
Entre outras; (GALISA, et al,2008).
e) Digestão, Absorção e Metabolismo
A digestão química das gorduras efetua-se quase que totalmente no
intestino delgado, porém a ação preparatória ocorre nas partes anteriores do
trato gastrointestinal. Na boca, a mastigação divide as gorduras em
pequenos pedaços e a insalivação as umedece para que passem ao
estômago. No estômago, apenas as gorduras emulsionadas (gordura do leite
e da gema do ovo) recebem a ação da lípase gástrica, que as desdobra em
ácidos graxos e glicerol.
As demais gorduras devem ser primeiramente emulsionadas pela bile,
que é produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar. A emulsão é um
passo importante na preparação das gorduras para digestão química;
consiste em dividir a gordura em pequenos glóbulos, o que aumenta a
superfície disponível para a ação das enzimas (GALISA, et al,2008).
Sob a ação da lípase pancreática e da lípase entérica, as gorduras já
emulsionadas, decompõem-se em ácidos graxos e glicerol e, assim, são
absorvidas. Após a absorção, há uma recombinação desses componentes,
formando triglicerídeos. A circulação leva os triglicerídeos para o fígado onde
são ressintetizados em forma de lípides específicos do organismo. Uma parte
é queimada e usada para fins calóricos, outra parte é armazenada. As
gorduras não absorvidas servem de lubrificantes, facilitando a excreção
intestinal.
O excesso de lipídios armazena-se na forma de tecido adiposo, tanto
subcutâneo como visceral.
f) Recomendações Diárias
Em relação ao Valor Energético Total (VET):
 15% a 30% (WHO, 2003)
Podem chegar até 35% para quem consome dieta rica em hortaliças,
frutas, leguminosas, cereais, sem o risco de sobrepeso.
 20% a 25% (SBAN,1990)
 Ácidos graxos saturados = < 10% da energia (WHO, 2003).
 Ácidos graxos poliinsaturados = 6% a 10% da energia (WHO, 2003).
 Linoléico – 5% a 8% da energia (WHO, 2003).
 Linolênico – 1% a 2% da energia (WHO, 2003).
 Ácidos graxos monoinsaturados = quantidade para completar a
energia.
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 Ácidos graxos trans = < 1% da energia (WHO, 2003).
 Colesterol < 300mg por dia (WHO, 2003).
g) Implicações nutricionais
Em 1961, já se realizavam estudos comparando os efeitos sobre os
níveis de colesterol plasmático da ingestão de gordura parcialmente
hidrogenada, de óleos vegetais e gorduras saturadas. Estes estudos
mostraram os níveis de colesterol total associados à ingestão de gordura
saturada eram um pouco mais elevados que os níveis relacionados a gordura
parcialmente hidrogenada.
Somente em 1990, através de um estudo realizado por Mensink &
Katan, a atenção de muitos pesquisadores foi despertada para a investigação
dos efeitos adversos dos ácidos graxos trans. Neste estudo, os autores
mostraram que a ingestão elevada de AGT aumentava os níveis da
lipoproteína de baixa densidade (LDL - c) de maneira similar aos ácidos
graxos saturados. Entretanto, foi observado que os AGT reduziam os níveis
da lipoproteína de alta densidade (HDL - c) alterando significativamente a
razão entre a LDL – c e a HDL – c, em relação à dieta em que os AGT foram
substituídos por ácidos graxos saturados (MARTIN et al, 2004).
Este efeito dos AGT sobre os níveis plasmáticos da LDL – c e da HDL –
c, tem sido confirmado em vários estudos, realizados com diferentes
porcentagens de AGT em relação a energia total da dieta ingerida. Os ácidos
graxos trans vem sendo associados com o aumento dos níveis de
triacilgliceróis no plasma sanguíneo. Este efeito tem sido observado através
da substituição de ácidos graxos com a configuração cis por AGT, em uma
mesma dieta. Sugeriram uma provável contribuição deste efeito na elevação
do risco de doenças cardiovasculares.
O aumento do consumo de alimentos contendo níveis elevados de AGT,
pode além das implicações nutricionais apresentadas, ter como
conseqüência direta a redução da ingestão de ácidos graxos essenciais (não
produzidos pelo organismo), favorecendo o desenvolvimento de síndromes
relacionadas a deficiência destes ácidos graxos (MARTIN et al, 2004).
h) Fontes de ácidos graxos trans na dieta
Os ácidos graxos trans presentes na dieta são oriundos de gorduras
parcialmente hidrogenadas, de óleos refinados, da carne, leite e derivados de
animais ruminantes.
Os alimentos contendo gordura parcialmente hidrogenada com cerca de
80% a 90% da ingestão diária de AGT. Para alimentos provenientes de
animais ruminantes esta contribuição é bem menor, sendo estimada em
torno, sendo estimada em torno de 2% a 8%. Os óleos refinados apresentam
níveis razoavelmente pequenos (1,0 -1,5%) de AGT, mas a reutilização,
principalmente no preparo de alimentos fritos, pode tornar significativa a
sua contribuição na ingestão diária de AGT.
O grande interesse em utilizar gorduras hidrogenadas na produção de
alimentos deve-se ao desenvolvimento de gorduras cada vez mais específicas,
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com o objetivo de melhorar as características físicas e sensoriais dos
alimentos.
No Brasil, a utilização de gorduras hidrogenadas é ampla e muitas
vezes indiscriminada, envolvendo a produção de margarinas, cremes
vegetais, pães, biscoitos, batatas fritas, massas, sorvetes, pastéis, bolos,
entre outros alimentos.
“Esta estratégia industrial reduz a razão entre os ácidos poliinsaturados e os
ácidos graxos saturados (AGPI/AGS), contribuindo para o aumento dos níveis plasmáticos
de colesterol e triacilgliceróis, e elevando o risco de doenças cardiovasculares”.
(MARTIN et al, 2004)
i) Lipoproteínas
Também são conhecidas como moléculas lipoproteicas, formadas no
fígado e intestino (combinação de TG, glicerol, e proteínas). São elas:
 Quilomicrons: são produzidos no intestino e transportam a gordura
digerida pelo sistema linfático para posterior metabolização;
 LDL – c e VLDL - c: são lipoproteínas de baixa densidade, possuem
mais gordura e menos proteína, em sua composição;
 HDL – c: são lipoproteínas de alta densidade, possuem mais proteína e
menos gordura na sua composição;
j) Doenças cardiovasculares
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Infarto Agudo do Miocárdio;
Hipertensão Arterial;
Diabetes Mellitus;
Acidente Vascular Isquêmico e/ou Hemorrágico;
Obesidade;
Dislipidemia (↑ das taxas de gordura no sangue);
Entre outras;
f) Ações educativas dos profissionais de Saúde:
Todos os profissionais de saúde (nutricionistas, enfermeiros, médicos,
dentistas, educador, visitador, auxiliar de enfermagem entre outros). Podem
e devem desenvolver ações educativas em saúde em todo e qualquer contato
com a população, dentro e fora da unidade de saúde.
A ação educativa em saúde, por ser um dos componentes das ações
básicas de saúde, deve ser entendida como uma postura, um compromisso
com a realidade de saúde da população da área de abrangência do
profissional e como um compromisso de qualidade no atendimento.
g) Os alimentos saudáveis e as refeições:
O profissional deve orientar:
 Sobre a necessidade de se realizar pelo menos três refeições diárias,
intercaladas com lanches saudáveis.
 Quanto à importância da consulta e interpretação da informação
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nutricional e da lista de ingredientes apresentadas nos rótulos dos
alimentos, para seleção de alimentos mais saudáveis.
 Às mulheres durante a gestação, sobre a importância da prática do
aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade da criança e sobre os
passos para alimentação complementar após este período.
 Orientar sobre a importância dos cereais, de preferência integrais,
frutas, legumes e verduras e leguminosas (feijões), no seu conjunto, devem
fornecer mais da metade (55% a 75% do total de energia diária da
alimentação. A distribuição dos nutrientes em relação ao Valor Energético
Total (VET) deverá ser:
 Proteínas – 10% a 15% do VET;
 Lípides – 15% a 30% do VET;
 Glícides – 55% a 75% do VET;
h) Gorduras, açúcares e sal
O profissional deve orientar:
 Quanto a redução de alimentos com alta concentração de sal, açúcar e
gordura para diminuir o risco de ocorrência de obesidade, hipertensão
arterial, diabetes, dislipidemias e doenças cardiovasculares.
 Sobre a importância da consulta e interpretação da informação
nutricional e da lista de ingredientes nos rótulos dos alimentos para
seleção de alimentos mais saudáveis.
 Em relação ao consumo de gorduras
 A contribuição de gorduras e óleos, de todas as fontes, não deve
ultrapassar os limites de 15% a 30% da energia total da alimentação
diária. Uma vez que os dados disponíveis de consumo alimentar no
Brasil são indiretos e baseados apenas na disponibilidade domiciliar
de alimentos, é importante que o consumo de gorduras seja limitado
para que não se ultrapasse a faixa de consumo recomendada.
 O total de gordura saturada não deve ultrapassar 10% do total da
energia diária.
 O total de gorduras trans consumida deve ser menor que 1% do valor
energético total diário (no máximo 2g/dia para uma dieta de 2000
kcal).
 O consumo máximo diário deve ser de 1 porção de alimentos do grupo
dos óleos e gorduras, dando preferência aos óleos vegetais, azeite e
margarinas livres de ácidos graxos trans.
 Alertar sobre os diferentes tipos de óleos e gorduras e seus distintos
impactos sobre a saúde.
5. Considerações Finais:
Este estudo atingiu seu objetivo ao descrever na literatura as ações
educativas do enfermeiro na prevenção de doenças cardiovasculares
diretamente associadas ao elevado consumo de alimentos com altos teores
de gorduras trans.
Espera-se que os discentes de Enfermagem e profissionais graduados
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consigam absorver a importância do conhecimento científico para educar as
comunidades, através de medidas de prevenção contra as doenças
relacionadas a má alimentação.
Sugere-se que os enfermeiros e os demais profissionais de saúde,
publiquem os seu dados, pois só assim a Enfermagem conseguirá manter
sua evolução enquanto Ciência em Enfermagem.
6. Referências Bibliográficas:
1.
GALISA. Mônica Santiago et al. Nutrição, Conceitos e Aplicações. 1ª
Ed. São Paulo: M. Books, 2008.
2.
LIMA. Flávia Emília Leite et al. Ácidos graxos e doenças
cardiovasculares. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rn/v13n2/7909.pdf. Acesso
em: agosto de 2010.
3.
MARTIN. Clayton Antunes et al. Ácidos graxos trans: implicações
nutricionais
e
fontes
na
dieta.
Disponível
em:
http://www.scielo.br/pdf/rn/v17n3/21885.pdf. Acesso em: agosto de 2010.
4.
SCHERR. Carlos et al. O que o Cardiologista precisa saber sobre
gorduras trans. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abc/v90n1/a12v90n1.pdf.
Acesso em: agosto de 2010.
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