PROTOCOLO DE ATENDIMENTO EM PERIODONTIA 1 - DIAGNÓSTICO 2 - TRATAMENTO PERIODONTAL 3 - ACOMPANHAMENTO 1. DIAGNÓSTICO 1.1- ANAMNESE 1.2- EXAMES COMPLEMENTARES 1.3- AVALIAÇÕES CLÍNICA 1.1. ANAMNESE História Médica – Fatores Sistêmicos Pacientes de risco: - diabetes ( e DP não tratada ) - estresses ( físicos e psicológicos) - alterações hormonais ( gravidez, menopausa, adolescentes.. ) Hereditariedade Presença de DP na família fatores a considerar: - fumo - higiene - perda de suporte x idade - hábitos/vícios.. 1.2. EXAMES COMPLEMENTARES Principais: Periapical - devem ser realizadas com a utilização de posicionadores radiográficos, em dentes que apresentem profundidade de sondagem maior do que 5mm, lesão de furca e mobilidade graus II e III. Bite-wing - para manutenção do tratamento Panorâmica- visão geral 1.3. AVALIAÇÃO CLÍNICA: AVALIAÇÃO PERIODONTAL MESA CLÍNICA * Sonda periodontal milimetrada * Sonda exploradora no 5 * Espelho clínico plano * Pinça clínica * Sonda de Nabers * Gaze estéril CARACTERISTICAS GENGIVAIS - Coloração - Contorno e textura superficial - Sensibilidade dolorosa - Posição gengival EXAMES PERIODONTAIS 1- Índice de placa 2- índice gengival 3- índice de retenção 4- Nível gengival 5- Profundidade de sondagem 6- Nível de inserção 7- Mobilidade 8- Furca ÍNDICE DE PLACA - Avalia presença ou ausência de placa, e a qualidade de higiene oral do paciente . - Após o bochecho com clorexidina, secar a superfície dentária para melhor visualização - Verifia 4 sítios periodontais ( M-D-V-P ) - Em locais onde a placa bacteriana não é visível, usa-se a sonda exploradora para detecção da mesma. ÍNDICE GENGIVAL - Verifica a presença de sangramento na margem gengival e com isso a presença ou não d gengivite. -Posiciona sonda milimetrada 0,5mm subgengival, percorrendo-a ao redor de todo o dente. ( 4 sítios ) - Avalia se o paciente está colaborando com o tratamento e realizando a higiene oral de forma correta. ÍNDICE DE RETENÇÃO - Avalia a presença de fatores retentivos de placa próximas da margem gengival. - Representam no paciente áreas em que a higiene oral é dificultada. - Usa-se a sonda exploradora para verificar a presença destes fatores em 4 sítios periodontais. NÍVEL GENGIVAL -Verifica a relação da margem gengival com a junção cemento-esmalte. - Serve para ver se o paciente apresenta a gengiva na posição normal, com recessão ou hiperplasia. - Posiciona-se a sonda milimetrada na margem gengival e mede-se a distância até a junção cemento-esmalte, em 6 sítios ( MV,V,DV,ML,DL,P ) - Anota-se na fixa sinal de + para recessão e de – para hiperplasia. PROFUNDIDADE DE SONDAGEM - distância da margem gengival até a base da bolsa. - verifica se o paciente possui gengivite ou periodontite - a medida de 3mm é considerada normal; - PS>3mm + sangramento+ perda de inserção= periodontite -utiliza a sonda milimetrada paralela ao longo eixo do dente nas faces livres e inclinada nas superfícies proximais. NÍVEL DE INSERÇÃO -verifica a quantidade real de inserção do dente -obtida através da medida entre a junção cemento-esmalte até a base da bolda ou através da fórmula NI=PS+NG -este exame auxilia no prognóstico e se o tratamento foi/está sendo favorável ou não. EXAME DE MOBILIDADE -mobilidade é o resultado da perda de inserção óssea por doença periodontal ou trauma oclusal. - é medida com o auxílio de 2 instrumentos rígidos: um posicionado na coroa pela superfície vestibular e outro pela lingual ou palatina, fazendo o movimento V-L e também no sentido do longo eixo do dente. - O grau de mobilidade pode ser: Grau I: movimento de até 1mm no sentido V-L ( normal - prognóstico favorável) Grau II: movimento de + de 1mm no sentido V-L( prognóstico duvidoso ) Grau III: além do dente se movimentar no sentido horizontal, ele intrui ( prognóstico desfavorável ). EXAME DE FURCA - Avalia a perda óssea na região de furca. - utiliza a sonda Nabers Grau I: sonda penetra até 1/3 da largura V-L ( prognóstico positivo) Grau II: sonda penetra + de 1/3 da largura V-L ( prognóstico duvidoso ) Grau III: sonda ultrapassa o outro lado. ( prognóstico ruim ) Dentes que se avalia a furca e região: Molares inferiores – vestibular e lingual Molares superiores – vestibular, mesial e distal 1° pré-molares – mesial e distal 2 - TRATAMENTO PERIODONTAL: 123456- INSTRUÇÃO DE HIGIENE ORAL RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR REMOÇÃO DOS FATORES RETENTIVOS DE PLACA PROFILAXIA COM TAÇA DE BORRACHA E PASTA PROFILÁTICA FLÚOR BOCHECHO COM CLOREXIDINA 0,12% 2x AO DIA quando o paciente apresenta índice gengival positivo em mais de 90% dos dentes. INSTRUMENTOS PARA RASPAGEM: Mc Call 1-10 - só para raspagen supra gengival em regiões interproximais dos dentes anteriores - remoção de grandes massas de cálculo -haste paralela ao longo eixo do dente LIMAS: mais em região sub-gengival ( grandes massas de cálculo ) - 3-7 : raspar proximais de dentes anteriores e V-L de posteriores - 5-11 : raspar V-L de anteriores e proximais de posteriores - 2-2A : raspar a distal do último dente CURETAS Cureta Universal: - 13-14 : pode ser usada em todas as faces de todos os dentes Curetas Gracey: raspagem e alisamento radicular - 5-6: raspagem de todas as faces dos dentes anteriores - 7-8: raspagem de V e L dos posteriores - 11-12: raspagem das mesiais dos posteriores - 13-14: raspagem das distais dos posteriores * movimentos devem ser usados verticais e oblíquos. 3 – ACOMPANHAMENTO REAVALIAÇÃO Avalia: - resposta tecidual ao tratamento - cooperação do paciente - necessidade de retratamento - necessidade de procedimentos cirúrgicos corretivos Quando fazer? Após o tratamento básico, - período de 30-40 dias Considerações que podem variar o tempo: - risco do paciente - risco dentário - risco de sítio Seqüência clínica: - exames periodontais - reavaliação e diagnóstico - motivação ( crítica + incentivo ) - instrumentação de sítios reinfectados - profilaxia - flúor - rechamada MANUTENÇÃO - Controle - Monitoramento da saúde periodontal conquistada - Evitar recidivas - Manutenção do controle de placa - Remoção de fatores retentivos - Motivação do paciente - Deve-se refazer os exames periodontais e compará-los com os anteriores, para o acompanhamento longitudinal. - Profilaxia e flúor para eliminar a blaca bacteriana, prevenindo a recidiva da doença. Se necessário, faz raspagem. - Serão necessárias novas explicações para remotivar o paciente ( paciente já está mais receptivo ) A MANUTENÇÃO É FEITA DE 3 MESES A ATÉ 1 ANO APÓS O TRATAMENTO PERIODONTAL BÁSICO. * Os intervalos dependem de vários fatores e devem ser estabelecidos para cada indivíduo, vinculando-se ao grau de higienização bucal e predisposição à doença. Referências Bibliográficas FUNDAMENTOS de periodontia. São Paulo: Premier, 1998. 221 p. LINDHE, J.; KARRING, T.; LANG, N.P.; MOLERI, A.B. (Tradutora). Tratado de periodontia clínica e implantologia oral. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 1013 p. LINDHE, J. Terapia periodontal de suporte. In: Lindhe, J. Tratado de periodontia clínica e implantologia oral. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. p.602-17. RAMFJORD, S.P, MORRISON, E.C.; BURGETT, F.G.; NISSLE, R.R.; SHICK, R.A. Oral hygiene and maintenance of periodontal support. J Periodontol , v.53, n.1, p.26-30., 1982.