Adenocarcinoma de reto-sigmoide, com metástases no fígado, em

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Adenocarcinoma de reto-sigmoide, com metástases no fígado, em linfonodos para
aórticos e supraclavicular esquerda tratado com radiofreqüência e oxidação
sistêmica
MGRS, feminina, data de nascimento: 10/02/1951, 52 anos, com diagnóstico de
adenocarcinoma de reto-sigmoide, com várias metástases hepáticas, metástase em
linfonodos para aórticos e metástase supraclavicular esquerda. Anátomo
patológico: adenocarcinoma moderadamente diferenciado.
Procurou o Instituto Nacional do Câncer ( INCA ) em janeiro de 2003 por
apresentar grande nódulo supraclavicular esquerdo. Submetida a linfoadenectomia
cervical onde encontrou-se adenocarcinoma metastático moderadamente diferenciado.
Tomografia de abdome: múltiplos nódulos atenuantes de dimensões variáveis
esparsos no parênquima hepático correspondendo a metástases. Hepatomegalia . Massa
para aórtica com 2,5x2,1 cm , correspondendo a linfonodomegalia retroperitoneal
esquerda.
Colonoscopia: o aparelho foi conduzido através do ânus até a 20 cm do orifício
anal, onde no colo sigmóide encontrou-se, lesão ulcerada circunferencial, friável, que
impedia a progressão do aparelho: blastoma maligno de sigmóide tipo Borrmann II .
Biopsia: adenocarcinoma moderadamente diferenciado. Tomografia de tórax: normal
Com o diagnóstico de tumor de reto-sigmóide com múltiplas metástases
hepáticas, metástase para aórtica e supraclavicular foi encaminhada pelo INCA , para o
ambulatório do Centro de Suporte Terapêutico Oncológico para cuidados somente
paliativos.
Após consentimento por escrito foi iniciada em 03/09/2003 a terapia oxidante
com aplicações de RF alta potência, 3 vezes por semana .
Décima quinta aplicação : 06/10/2003 .
Durante o tratamento houve hiperemia sob locais específicos do aplicador , sem
maiores conseqüências. A paciente sempre se apresentou em bom estado geral, sem
queixas e alimentando-se normalmente antes e depois do tratamento.
Tomografia do abdome e pelve ( 21/10/2003 ) : Fígado de dimensões normais
mostrando apenas uma lesão expansiva hipodensa e hipovascular , sólida com
impregnação ligeiramente heterogênea pelo meio de contraste , medindo cerca de
6,0x4,0 cm em segmento VIII. Formação expansiva com impregnação heterogênea ,
medindo cerca de 8,0x3,0 cm em topografia para aórtica esquerda no retroperitôneo
(linfonodomegalias). Espessamento parietal concêntrico somente ao nível do ângulo
esplênico e no segmento descendente do cólon.
Colonoscopia: O aparelho foi conduzido através do ânus (ausência do tumor
anteriormente presente) até o cólon descendente proximal, a 45 cm do orifício anal.,
onde encontrou-se blastoma vegetante e infiltrante, com estreitamento da luz.
Conclusão: blastoma vegetante e infiltrante em cólon descendente proximal. Nada foi
encontrado em sigmóide.
Conseguimos aumentar a peroxidação lipídica de 330 para 600 nanomol/ml , um
aumento de 82% na oxidação sistêmica.
Conclusão : 1- Houve desaparecimento dos múltiplos nódulos metastáticos do
fígado, permanecendo apenas um cuja topografia não permitiu que ficasse sob o campo
da radiofreqüência. O fígado voltou ao tamanho normal.
2- Houve desaparecimento total do grande tumor de reto- sigmóide,
sendo possível o aparelho de colonoscopia ultrapassar o sigmóide e chegar até a porção
proximal do ângulo esplênico do cólon onde inusitadamente havia outra tumoração.
3- Permaneceram aumentados os linfonodos em retroperitônio.
Após quase 2 meses foi iniciado nova sessão de RF alta potência com oxidação
sistêmica, porém sem efeito algum. A paciente desenvolveu o fenômeno bem conhecido
da termotolerância. A incapacidade de diagnóstico do tumor no ângulo esplênico por
obstrução do tumor retal nos impossibilitou a colocação dos eletrodos de RF na região
adequada, na primeira sessão de tratamento.
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