Instituto Federal Fluminense Campus Campos Centro Programa Tecnologia Comunicação Educação (PTCE) Com esta apostila espera-se levar o aluno a: o Apostila organizada por: Vanderlane Andrade Florindo Silvia Cristina Freitas Batista Carmem Lúcia Vieira Rodrigues Azevedo o o o Compreender o significado das representações dos intervalos reais; Representar, no eixo real, intervalos reais dados na forma algébrica e vice-versa; Identificar o modelo de funções definidas por partes com sentenças dadas por leis de funções afins; Representar gráfica e algebricamente funções definidas por partes com sentenças dadas por leis de funções afins. Campos dos Goytacazes/RJ – Julho – 2015 P ágina |2 Sumário 1. Intervalos Reais ....................................................................................................... 3 2. Funções Definidas por Partes: sentenças dadas por leis de funções afins .............. 5 2. 1. Representação gráfica ......................................................................................... 8 Exercícios .................................................................................................................... 25 Gabarito ....................................................................................................................... 29 Referências .................................................................................................................. 31 P ágina |3 1.Intervalos Reais Para melhor compreendermos o assunto proposto, vamos rever como denotamos e representamos intervalos reais. Tomando dois números reais a e b quaisquer, com a < b, os subconjuntos de ℝ mostrados no quadro 1 são chamados intervalos reais. Quadro 1 – Intervalos reais Representação algébrica Representação no eixo real Descrição {𝑥 ∈ ℝ | 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏} ou [𝑎, 𝑏] Intervalo fechado de extremos a e b. {𝑥 ∈ ℝ | 𝑎 < 𝑥 < 𝑏} ou ]𝑎, 𝑏[ ou (𝑎, 𝑏) Intervalo aberto de extremos a e b. {𝑥 ∈ ℝ | 𝑎 ≤ 𝑥 < 𝑏} ou [𝑎, 𝑏[ ou [𝑎, 𝑏) {𝑥 ∈ ℝ | 𝑎 < 𝑥 ≤ 𝑏} ou ]𝑎, 𝑏] ou (𝑎, 𝑏] Intervalo fechado à esquerda e aberto à direita de extremos a e b. Intervalo aberto à esquerda e fechado à direita de extremos a e b. {𝑥 ∈ ℝ | 𝑥 ≥ 𝑎} ou [𝑎, +∞[ ou [𝑎, +∞) Intervalo ilimitado fechado à esquerda. {𝑥 ∈ ℝ | 𝑥 > 𝑎} ou ]𝑎, +∞[ ou (𝑎, +∞) Intervalo ilimitado aberto à esquerda. {𝑥 ∈ ℝ | 𝑥 ≤ 𝑎} ou ]−∞, 𝑎] ou (−∞, 𝑎] Intervalo ilimitado fechado à direita. {𝑥 ∈ ℝ | 𝑥 < 𝑎} ou ]−∞, 𝑎[ ou (−∞, 𝑎) Intervalo ilimitado aberto à direita. ℝ ou ]−∞, +∞[ ou (−∞, +∞) Intervalo ilimitado de −∞ a + ∞. P ágina |4 Exemplo resolvido 1: Represente na reta real os intervalos reais abaixo: a) ] − 1, 3] d) {𝑥 ∈ ℝ| 𝑥 > 2} b) {𝑥 ∈ ℝ| − 2 ≤ 𝑥 ≤ 5} e) ]−∞, −1] c) [1, 4) f) {𝑥 ∈ ℝ| 𝑥 < 5} Solução: a) d) b) e) c) f) Exemplo resolvido 2: Escreva a notação algébrica dos seguintes intervalos reais representados na reta real: a) d) b) e) c) f) Solução: a) {𝑥 ∈ ℝ | 𝑥 < −6} ou ]−∞, −6[ ou (−∞, −6) b) {𝑥 ∈ ℝ | − 5 ≤ 𝑥 < 4} ou [−5, 4[ ou [−5, 4) c) {𝑥 ∈ ℝ | 0 ≤ 𝑥 ≤ 3} ou [0, 3] d) ℝ ou ]−∞, +∞[ ou (−∞, +∞) e) {𝑥 ∈ ℝ | − 2 < 𝑥 < 0} ou ]−2, 0[ ou (−2, 0) f) {𝑥 ∈ ℝ | 𝑥 ≥ −5} ou [−5, +∞[ ou [−5, +∞) Obs.: No restante da apostila, para não tornar o texto cansativo, utilizaremos, na representação algébrica de intervalos reais, apenas as duas primeiras notações usadas nos itens ao lado (ou seja, não utilizaremos a notação com parênteses). P ágina |5 2. Funções Definidas por Partes: sentenças dadas por leis de funções afins Uma função definida por partes é composta por várias sentenças e o seu domínio é a união dos domínios de todas as sentenças que a compõem. Funções definidas por partes também são chamadas funções definidas por várias sentenças. −𝑥 3 , se 𝑥 ≤ 0 5 Um exemplo de função definida por partes é 𝑓(𝑥) = {𝑥 + 7, se 0 < 𝑥 < 3, que é composta por 𝑥2 2 − 3, se 𝑥 ≥ 3 três sentenças, sendo uma polinomial do 2°. grau, outra do 5°. grau e outra do 3°. grau. Observe que o domínio de f é ℝ. Obtemos esse domínio por meio da união dos domínios das três sentenças. Nesta apostila, no entanto, consideraremos apenas funções definidas por partes nas quais as sentenças sejam dadas por leis de funções afins. Como por exemplo, as funções 3, se 𝑥 < 2 𝑥 + 1, se 𝑥 < −3 𝑔(𝑥) = {2𝑥 − 3, se 𝑥 = 2 e ℎ (𝑥) = { . Perceba que a função g tem −𝑥 − 2, se − 3 ≤ 𝑥 ≤ −1 𝑥 − 1, se 𝑥 > 2 domínio ℝ e que a função h tem domínio ] − ∞, −1]. Não se preocupe!!! No exercício resolvido 1 mostraremos como determinar o domínio de funções desse tipo. Exemplo resolvido 1: Determine o domínio das funções a seguir: 𝑥, se 𝑥 ≤ 0 𝑥 + 1, se 0 < 𝑥 ≤ 2 a) 𝑔(𝑥) = { 𝑥 − 1, se 𝑥 > 2 P ágina |6 Solução: A função g é formada por três partes, sendo assim seu domínio é a união dos domínios dessas três sentenças. Representando o domínio de cada sentença no eixo real, temos: I: 𝑥 ≤ 0 II: 0 < 𝑥 ≤ 2 III: 𝑥 > 2 Logo, o domínio da função g é: I ∪ II ∪ III A representação algébrica do domínio é dada por ]−∞, +∞[ ou ℝ. 𝑥 + 3, se 𝑥 < 5 𝑥 b) ℎ(𝑥) = { 5 , se 𝑥 = 5 𝑥, se 5 < 𝑥 < 8 Solução: A função h é formada por três partes, sendo assim seu domínio é a união dos domínios dessas três sentenças. Representando o domínio de cada sentença no eixo real, temos: I: 𝑥 < 5 II: 𝑥 = 5 III: 5 < 𝑥 < 8 Logo, o domínio da função h é: I ∪ II ∪ III A representação algébrica desse domínio é dada por ]−∞, 8[ ou {𝑥 ∈ ℝ |𝑥 < 8}. Note que o domínio da segunda sentença é apenas um ponto, pois a condição é dada apenas para 𝑥 = 5. P ágina |7 𝑥, se − 4 < 𝑥 ≤ 0 c) 𝑘(𝑥) = { 𝑥 + 3, se 𝑥 > 2 Solução: A função k é formada por duas partes. Representando o domínio de cada sentença no eixo real, temos: I: −4 < 𝑥 ≤ 0 II: 𝑥 > 2 Logo, o domínio da função k é: I ∪ II A representação algébrica desse domínio é dada por ] − 4, 0] ∪ ]2, +∞[ {𝑥 ∈ ℝ | − 4 < 𝑥 ≤ 0 ou 𝑥 > 2}. −1, se − 3 < 𝑥 ≤ −1 d) 𝑙(𝑥) = { 2, se − 1 < 𝑥 < 3 𝑥 − 1, se 3 ≤ 𝑥 < 8 Solução: A função l é formada por três partes. Representando o domínio de cada sentença no eixo real, temos: I: −3 < 𝑥 ≤ −1 II: −1 < 𝑥 < 3 III: 3 ≤ 𝑥 < 8 Logo, o domínio da função l é: I ∪ II ∪ III A representação algébrica desse domínio é dada por ] − 3, 8[ ou {𝑥 ∈ ℝ | − 3 < 𝑥 < 8}. ou P ágina |8 Exemplo resolvido 2: Dada a função 𝑓(𝑥) = { −2, se 𝑥 ≤ 2 , determine: −𝑥 + 1, se 𝑥 > 2 a) f (3) b) f (0) c) f (2) Solução: A função f é definida por duas sentenças: uma para x ≤ 2 e outra para x > 2. Para resolver os itens a, b e c, será preciso identificar o intervalo ao qual pertence cada valor de x apresentado. a) Como 3 > 2, o número 3 pertence ao domínio da segunda sentença. Então, devemos substituir x por 3 em 𝑓(𝑥) = −𝑥 + 1 para encontrar f (3). Assim: 𝑓(3) = −3 + 1 = −2 b) Como 0 < 2, o número 0 pertence ao domínio da primeira sentença, assim, utilizaremos 𝑓(𝑥) = −2, logo: 𝑓(0) = −2 c) Para encontramos f (2), devemos substituir x por 2 na primeira lei, pois esta inclui valores menores ou iguais a 2. Assim: 𝑓(𝑥) = −2 𝑓(2) = −2 2. 1. Representação gráfica Antes de iniciarmos o estudo de traçado de funções definidas por partes dadas por leis de funções afins, vamos aprender a traçar gráficos de funções afins com restrição do domínio. Na apostila “Função Afim: definição e representação gráfica” estudamos como traçar gráficos de funções afins. Para representar graficamente a função 𝑓(𝑥) = 𝑥 − 3, por exemplo, basta marcar, no P ágina |9 plano cartesiano, dois pontos que satisfaçam à lei de formação da função e, então, traçar a reta definida por eles, como mostra a figura 1. Figura 1 – Gráfico de 𝑓 O domínio da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 − 3 é ℝ, no entanto, podemos construir o gráfico de outras funções que tenham essa mesma lei, mas cujos domínios sejam diferentes de ℝ, conforme mostrado nos exemplos a seguir: 𝑔(𝑥) = 𝑥 − 3, para 𝑥 > 3 Para representarmos graficamente trechos de uma função afim devemos seguir os mesmos passos do traçado da representação de funções afins de domínio ℝ. Como precisamos de apenas dois pontos, escolhemos dois valores de x, pertencentes ao domínio da função, e encontramos os valores de y correspondentes, da forma descrita abaixo. Quando o domínio da sentença for um intervalo real limitado de a até b, utilizaremos os extremos desse intervalo (sejam abertos ou fechados) para traçarmos a representação gráfica. Já, quando o domínio for um intervalo real ilimitado, utilizaremos o extremo do mesmo (aberto ou fechado) e outro valor de x pertencente ao domínio. Neste exemplo, escolheremos o extremo do intervalo, que nesse caso é 3, e outro valor de x maior que 3. Espera um minuto! Mas não queremos apenas a representação da função para valores de 𝑥 maiores que 3? Isso significa que 𝑥 = 3 não pertence à função, por que vamos incluí-lo? P á g i n a | 10 Devemos incluir 𝑥 = 3, pois, em ℝ, não é possível definir qual é o número imediatamente maior ou menor que outro. Para 𝑥 = 3, temos: 𝑔(𝑥) = 𝑥 − 3 𝑔(3) = 3 − 3 𝑔(3) = 0 Logo, um dos pontos será (3, 0). Lembre-se de que estamos trabalhando com um intervalo ilimitado aberto à esquerda, então, haverá uma bolinha aberta no ponto em que x = 3, ou seja, no ponto (3, 0). Escolhendo um valor de x maior que 3, x = 4, por exemplo, temos: 𝑔(4) = 4 − 3 𝑔(4) = 1 Logo, o outro ponto será (4, 1). Representando graficamente a função g, temos (Figura 2): Figura 2 – Gráfico de 𝑔 P á g i n a | 11 ℎ(𝑥) = 𝑥 − 3, para 𝑥 ≥ 3 O extremo do intervalo, neste exemplo, também é 3, sendo assim, devemos utilizar x = 3 para determinar um dos pontos. Para x = 3, temos o ponto (3, 0), como já calculado anteriormente. Como estamos trabalhando com um intervalo ilimitado fechado à esquerda, haverá uma bolinha fechada no ponto em que x = 3, ou seja, no ponto (3, 0). Escolhendo x = 4, temos o ponto (4, 1), como já calculado anteriormente. Utilizando os pontos encontrados, representamos graficamente a função h (Figura 3): Figura 3 – Gráfico de ℎ p (x) = x – 3, para 𝑥 < 3 Para o extremo x = 3, temos o ponto (3, 0), já calculado anteriormente. Escolhendo um valor de x menor que 3, x = 2, por exemplo, temos: 𝑝(2) = 2 − 3 𝑝(2) = −1 Logo, o outro ponto será (2, −1). Representando graficamente a função p, temos (Figura 4): P á g i n a | 12 Figura 4 – Gráfico de 𝑝 q (x) = x – 3, para 𝑥 ≤ 3 Para o extremo x = 3, temos o ponto (3, 0), já calculado anteriormente. Escolhendo x = 2, temos o ponto (2, −1), também calculado anteriormente. Representando graficamente a função q, temos (Figura 5): Figura 5 – Gráfico de 𝑞 t (x) = x – 3, para 0 ≤ 𝑥 ≤ 3 Este exemplo é de um intervalo limitado fechado, sendo assim, devemos tomar como valores de x, para representarmos o trecho, os extremos do intervalo que são 0 e 3. P á g i n a | 13 Para x = 3, temos o ponto (3, 0), já calculado anteriormente. Para x = 0, temos: 𝑡(𝑥) = 𝑥 − 3 𝑡(0) = 0 − 3 𝑡(0) = −3 Logo, o outro ponto será (0, −3). Como os dois extremos pertencem ao domínio da função t, representamos os pontos com bolinhas fechadas (Figura 6). Assim: Figura 6 – Gráfico de 𝑡 v (x) = x – 3, para 0 < 𝑥 < 3 Para x = 3, temos o ponto (3, 0), já calculado anteriormente. Para x = 0 temos o ponto (0, – 3), já calculado anteriormente. Como os dois extremos não pertencem ao domínio da função, representamos os pontos com bolinhas abertas (Figura 7). Figura 7 – Gráfico de 𝑣 P á g i n a | 14 u (x) = x – 3, para 0 ≤ 𝑥 < 3 Para 𝑥 = 3, temos o ponto (3, 0), já calculado anteriormente. Para 𝑥 = 0, temos o ponto (0, – 3), já calculado anteriormente. O extremo x = 0 pertence ao domínio da função, então, representamos o ponto (0, – 3) com bolinha fechada. Já o extremo x = 3 não pertence ao domínio da função, logo, representamos o ponto (3, 0) com bolinha aberta. Representando graficamente a função u, temos (Figura 8): Figura 8 – Gráfico de 𝑢 r (x) = x – 3, para 0 < 𝑥 ≤ 3 Para 𝑥 = 3, temos o ponto (3, 0), já calculado anteriormente. Para 𝑥 = 0, temos o ponto (0, – 3), já calculado anteriormente. O extremo x = 3 pertence ao domínio da função, então, representamos o ponto (3, 0) com bolinha fechada. Já o extremo x = 0 não pertence ao domínio da função, logo, representamos o ponto (0, – 3) com bolinha aberta. Representando graficamente a função r, temos (Figura 9): P á g i n a | 15 Figura 9 – Gráfico de 𝑟 Agora que já revisamos como traçar gráficos de funções afins com restrição de domínio, vamos estudar a representação gráfica de funções definidas por partes dadas por leis de funções afins. A representação gráfica de funções definidas por partes depende, exclusivamente, dos intervalos do domínio da função e das leis das funções relacionadas a cada um deles. Vamos construir o gráfico da função 𝑓(𝑥) = { −𝑥 + 1, se 𝑥 ≤ 2 . 𝑥 + 2, se 𝑥 > 2 Perceba que essa função possui duas sentenças, então, para construirmos o seu gráfico, devemos traçar, em um mesmo plano cartesiano, os gráficos de cada uma dessas sentenças, assim: Construindo 𝑓(𝑥) = −𝑥 + 1, se 𝑥 ≤ 2, temos: Observe que, nessa sentença, a lei de formação 𝑓(𝑥) = −𝑥 + 1 assume o modelo de uma função afim, porém, o domínio não é ℝ, e sim {𝑥 ∈ ℝ/ 𝑥 ≤ 2}, portanto, sua representação gráfica não é uma reta e sim um trecho de uma reta. Mesmo assim, necessitaremos de dois pontos para traçar essa representação gráfica. Porém, como visto anteriormente, um desses pontos, necessariamente, deverá ter como abscissa o extremo do intervalo que, nesse caso, é 𝑥 = 2. Assim, trabalharemos com 𝑥 = 2 e com outro valor de 𝑥 que pertença ao intervalo considerado (𝑥 ≤ 2), por exemplo, 𝑥 = 1. P á g i n a | 16 Para 𝑥 = 2, temos: 𝑓(𝑥) = −𝑥 + 1 𝑓(2) = −2 + 1 = −1 ponto (2, −1) Como o intervalo é 𝑥 ≤ 2, ou seja, ilimitado fechado a direita em 2, logo, o ponto (2, −1) pertence à função. Para 𝑥 = 1, temos: 𝑓(1) = −1 + 1 = 0 ponto (1, 0) Construindo o gráfico dessa parte da função (Figura 10): Figura 10 – Gráfico de 𝑓(𝑥) = −𝑥 + 1, se 𝑥 ≤ 2 Construindo 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 2, se 𝑥 > 2: Como na primeira, necessitaremos de dois pontos para traçar a representação gráfica dessa sentença, pois a mesma também assume o modelo de uma função afim (𝑓(𝑥) = 𝑥 + 2). Assim, trabalharemos com 𝑥 = 2 e com outro valor de 𝑥 que pertença ao intervalo considerado (𝑥 > 2), por exemplo, 𝑥 = 3. Dessa forma: Para 𝑥 = 2, temos: 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 2 𝑓(2) = 2 + 2 = 4 ponto (2, 4) Lembre-se, no entanto, de que esse extremo é aberto, ou seja, o ponto não pertence a essa parte da função. Para 𝑥 = 3, temos: 𝑓(3) = 3 + 2 = 5 ponto (3, 5) P á g i n a | 17 Construindo o gráfico dessa parte da função (Figura 11): Figura 11 – Gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 2, se 𝑥 > 2 Juntando os gráficos das duas sentenças, temos (Figura 12): Figura 12 – Gráfico de 𝑓 Lembre-se de que, pela definição de função, não é possível ter mais de um valor de 𝑦 correspondente a um mesmo valor de 𝑥. Note, nesse exemplo, que o ponto (2, −1) é fechado, mas o ponto (2, 4) é aberto, ou seja, a imagem de 𝑥 = 2 é 𝑦 = −1. Observe que na representação gráfica de uma sentença para outra existe uma descontinuidade, que chamamos de “salto”, em que o gráfico passa do ponto (2, −1) para o ponto (2, 4). 3𝑥, se 𝑥 < 0 Agora, vamos construir o gráfico da função 𝑔(𝑥) = { −1, se 0 ≤ 𝑥 < 3 . −2𝑥 + 1, se 𝑥 ≥ 3 Para simplificar a explicação da construção do gráfico da função g, organizaremos uma tabela (Tabela 1). Assim: P á g i n a | 18 Tabela 1 – Dados para a construção do gráfico da função 𝑔 Sentença 3𝑥, se 𝑥 < 0 −1, se 0 ≤ 𝑥 < 3 −2𝑥 + 1, se 𝑥 ≥ 3 x 𝑔(𝑥) Ponto 0 𝑔(0) = 3.0 = 0 (0, 0) Representação do extremo do intervalo Bolinha aberta -1 𝑔(−1) = 3. (−1) = −3 (−1, −3) --- 0 𝑔(0) = −1 (0, −1) Bolinha fechada 3 𝑔(3) = −1 (3, −1) Bolinha aberta 3 𝑔(3) = −2. (3) + 1 = −5 (3, −5) Bolinha fechada 4 𝑔(4) = −2. (4) + 1 = −7 (4, −7) --- Utilizando os pontos apresentados na tabela 1, traçamos o gráfico a seguir (Figura 13): Figura 13 – Gráfico de 𝑔 Esse gráfico possui dois “saltos”. Um do ponto (0, 0) para o ponto (0, −1) e o outro do ponto (3, −1) para (3, −5). Existe outro tipo de descontinuidade comum em gráficos que é a descontinuidade removível. Gráficos com esse tipo de descontinuidade apresentam “furos”, como mostrado nos exemplos a seguir: 𝑥 + 1, se 𝑥 ≠ 2 𝑓(𝑥) = { 𝑥 − 1, se 𝑥 = 2 Para construir o gráfico da primeira sentença da função f, precisamos de dois pontos, uma vez que sua lei de formação, 𝑦 = 𝑥 + 1, assume o modelo de uma função afim. Devemos, então, escolher dois valores de 𝑥 e encontrar os valores de 𝑦 correspondentes para determinarmos os P á g i n a | 19 pontos. O domínio dessa sentença é ℝ − {2} =] − ∞, 2[ U ]2, +∞[, ou seja, todos os reais exceto o 2, no entanto, teremos que escolher 𝑥 = 2, para registrar o ponto de descontinuidade. O outro valor de 𝑥 poderá ser qualquer real diferente de 2, por exemplo 𝑥 = 0. Para 𝑥 = 2, temos: 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 1 𝑓(2) = 2 + 1 = 3 ponto (2, 3) Como 𝑥 = 2 não pertence ao domínio da primeira sentença da função 𝑓 , o ponto (2, 3) será aberto. Para 𝑥 = 0, temos: 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 1 𝑓(0) = 0 + 1 = 1 ponto (0, 1) Usando os dois pontos encontrados, traçamos a representação gráfica da primeira sentença, como mostrado na figura 14: Figura 14 – Gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 1, se 𝑥 ≠ 2 É importante lembrar que o domínio dessa sentença é ]−∞, 2[ U ]2, +∞[. Assim, embora não tenhamos escolhido nenhum valor de x maior do que 2 para a determinação dos pontos a serem marcados, o gráfico existe também para esses valores. Então, para obtermos, de forma mais segura, a representação gráfica correta, poderemos considerar três pontos, ao invés de apenas dois: - um com abscissa menor do que 2, como (0,1) que determinamos; - o com abscissa 2, ou seja (2,3); - um com abscissa maior que 2, por exemplo, x = 3, que nos levaria a (3, 4). Com esses três pontos, seria mais fácil traçar o gráfico, pois estaríamos considerando o domínio de forma mais completa. P á g i n a | 20 Para a segunda sentença, 𝑓(𝑥) = 𝑥 − 1, teremos um único ponto, fechado, já que a condição é 𝑥 = 2, assim: 𝑓(2) = 2 − 1 = 1 ponto (2, 1) Representando graficamente as duas sentenças da função f, temos (Figura 15): Figura 15 – Gráfico de 𝑓 −𝑥 + 1, se 𝑥 < 0 e 𝑥 ≠ −1 𝑥 + 5, se 𝑥 = −1 𝑔(𝑥) = { 𝑥 + 1, se 𝑥 ≥ 0 Para simplificar a explicação da construção do gráfico da função g, organizaremos uma tabela (Tabela 2): Tabela 2 – Dados para a construção do gráfico da função 𝑔 Sentença −𝑥 + 1, se 𝑥 < 0 e 𝑥 ≠ −1 𝑥 + 5, se 𝑥 = −1 𝑥 + 1, se 𝑥 ≥ 0 x 𝑔(𝑥) Ponto 0 𝑔(0) = −0 + 1 = 1 (0, 1) Representação do extremo do intervalo Bolinha aberta −1 𝑔(−1) = −(−1) + 1 = 2 (−1, 2) Bolinha aberta −1 𝑔(−1) = −1 + 5 = 4 (−1, 4) Bolinha fechada 0 𝑔(0) = 0 + 1 = 1 (0, 1) Bolinha fechada 1 𝑔(1) = 1 + 1 = 2 (1, 2) --- P á g i n a | 21 Perceba que na primeira sentença da função g há duas condições a serem atendidas, 𝑥 < 0 e 𝑥 ≠ −1, o que justifica a escolha de 𝑥 = 0 e 𝑥 = −1 na tabela 2. Como esses dois valores não pertencem ao domínio da primeira sentença, os pontos (0, 1) e (−1, 2) são abertos. No entanto, no gráfico abaixo, visualizamos apenas o ponto (−1, 2) aberto, já que o ponto (0, 1) é fechado na representação gráfica da terceira sentença 𝑥 + 1, se 𝑥 ≥ 0. Assim, ao traçarmos o gráfico da função g por inteiro, representamos o ponto (0,1) apenas com bolinha fechada. Usando os dados da tabela 2, podemos representar a função g (Figura 16): Figura 16 – Gráfico de 𝑔 Funções definidas por partes também podem ser contínuas em todo o seu domínio, como a função 𝑓(𝑥) = { −𝑥, se 𝑥 < 0 , que iremos representar graficamente. 𝑥, se 𝑥 ≥ 0 De maneira informal, dizemos que uma função real é contínua quando seu gráfico não apresenta interrupções. A definição formal exige conceitos não abordados nessa apostila e, portanto, não a apresentaremos aqui. Para simplificar a explicação da construção do gráfico da função f, organizaremos uma tabela (Tabela 3): Tabela 3 – Dados para a construção do gráfico da função 𝑓 Sentença −𝑥, se 𝑥 < 0 𝑥, se 𝑥 ≥ 0 x 𝑓(𝑥) Ponto 0 𝑓(0) = −0 = 0 (0, 0) Representação do extremo do intervalo Bolinha aberta −1 𝑓(−1) = −(−1) = 1 (−1, 1) --- 0 𝑓(0) = 0 (0, 0) Bolinha fechada 1 𝑓(1) = 1 (1, 1) --- P á g i n a | 22 Usando os dados da tabela 3, podemos representar a função f (Figura 17): Figura 17 – Gráfico de 𝑓 Como podemos observar, o gráfico da função f é contínuo em ℝ, que é o seu domínio. Exemplo resolvido 1: (Paiva – 2010, p.155 – adaptada) Em um local ao nível do mar, um bloco de gelo é colocado em um recipiente sobre o fogo. O gráfico abaixo descreve a variação de temperatura (T) em função do tempo (t) e as mudanças de estado ocorridas nessa experiência (Figura 18). Figura 18 – Exemplo 1 a) Qual a temperatura inicial do bloco de gelo ao ser colocado no recipiente sobre o fogo? b) Quanto tempo durou o processo de fusão? c) Quanto tempo durou o processo de ebulição? d) Qual era a temperatura da água depois de 9 minutos do início do aquecimento? e) Expresse a lei da função descrita pelo gráfico no intervalo do domínio [0, 17]. Solução: a) A temperatura inicial é aquela em que o tempo (t) é igual a zero, ou seja, - 30 °C. b) O processo de fusão se deu do tempo 3 ao tempo 6, então se deu por (6 – 3 = 3) 3 minutos. c) O processo de ebulição vai do tempo 11 ao tempo 17, assim durou (17 – 11 = 6) 6 minutos. P á g i n a | 23 d) O tempo 9 min está relacionado ao trecho destacado na figura 19. Figura 19 – Trecho destacado – exemplo 1 Precisamos, então, definir a lei que rege o intervalo do domínio destacado, [6, 11]. Sabemos que se trata de um trecho de uma função afim, podemos encontrar sua lei tomando dois pontos e substituindo na função 𝑇(𝑡) = 𝑎𝑡 + 𝑏. Podemos utilizar os pontos (6, 0) e (11, 100), evidentes nesse intervalo, para encontrar o valor de a, assim: Caso você ainda tenha dúvidas de como encontrar a lei de uma f ( x 2 ) f ( x1 ) 100 0 100 a 20 x 2 x1 11 6 5 função afim, consulte a apostila “Função Afim: definição e representação gráfica”. Substituindo 𝑎 = 20 e o ponto (6, 0), em 𝑇(𝑡) = 𝑎𝑡 + 𝑏, temos: 6 . 20 + 𝑏 = 0 120 + 𝑏 = 0 𝑏 = −120 Temos, então, que a lei que rege esse trecho é: 𝑇(𝑡) = 20𝑡 − 120. Substituindo t = 9 na função encontrada, teremos: 𝑇(9) = 20.9 − 120 = 180 − 120 = 60 Logo, a temperatura da água depois de 9 minutos do início do aquecimento é 60 °C. e) Nesse intervalo do domínio, a função é definida por quatro sentenças. Temos que determinar a lei da função para cada uma das partes nos seguintes intervalos de t: Para o intervalo [0, 3]: Nesse intervalo temos os pontos (0, –30) e (3, 0). O ponto (0, –30) indica que o valor inicial da função é –30, ou seja, b = –30. P á g i n a | 24 Substituindo o valor de b e o ponto (3, 0) na lei de formação T (t) = at + b, temos: 0 = 𝑎. 3 − 30 3𝑎 = 30 𝑎 = 10 Sendo assim, a função desse trecho é: 𝑇(𝑡) = 10𝑡 − 30 Para o intervalo ]3, 6]: Nesse intervalo, a função é constante e é dada por 𝑇(𝑡) = 0. Caso você não se lembre da definição de função constante e de suas características, consulte a apostila “Função Afim: definição e representação gráfica”. Para o intervalo ]6,11]: Nós já definimos a lei que rege esse intervalo no item anterior, que é: 𝑇(𝑡) = 20𝑡 − 120. Para o intervalo ]11, 17]: Nesse intervalo, a função é constante e é dada por 𝑇(𝑡) = 100. Assim, a lei que define a função T (t) no intervalo de [0, 17] é: 10𝑡 − 30, se 0 ≤ 𝑡 ≤ 3 0 , se 3 < 𝑡 ≤ 6 𝑇(𝑡) = { 20𝑡 − 120, se 6 < 𝑡 ≤ 11 100 , se 11 < 𝑡 ≤ 17 Nesse caso, como a função é contínua no intervalo descrito, os intervalos das sentenças dessa função poderiam ser escritos de outras formas. Seguem alguns exemplos. Outras formas de escrever a lei dessa função: 10𝑡 − 30, se 0 ≤ 𝑡 < 3 0, se 3 ≤ 𝑡 < 6 𝑇(𝑡) = { 20𝑡 − 120, se 6 ≤ 𝑡 ≤ 11 100, se 11 < 𝑡 ≤ 17 ou 10𝑡 − 30, se 0 ≤ 𝑡 ≤ 3 0, se 3 < 𝑡 < 6 𝑇(𝑡) = { 20𝑡 − 120, se 6 ≤ 𝑡 < 11 100, se 11 ≤ 𝑡 ≤ 17 P á g i n a | 25 1. Represente na reta real os intervalos reais abaixo: a) {𝑥 ∈ ℝ| − 8 < 𝑥 < 8} e) ]2, + ∞[ b) {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 > 2} f) ] − ∞, + ∞[ c) ] − 2, −1] g) ] − ∞, 3[ d) {𝑥 ∈ ℝ| − 3 ≤ 𝑥 ≤ 6} h) {𝑥 ∈ ℝ| 𝑥 ≤ 0} 2. Escreva a notação algébrica dos seguintes intervalos reais representados na reta real: a) e) b) f) c) g) d) h) P á g i n a | 26 3. Determine o domínio das funções: a) 𝑥 − 1, se 𝑥 < 4 𝑗(𝑥) = { 3, se 4 ≤ 𝑥 < 6 b) ℎ(𝑥) = { c) −𝑥 + 1, se 𝑥 ≤ −1 𝑥, se 𝑥 > −1 g representada graficamente abaixo: −3𝑥 + 2, se 𝑥 < 0 d) 𝑞(𝑥) = {𝑥 + 2, se 0 ≤ 𝑥 < 2 3𝑥 − 2, se 𝑥 ≥ 2 4. e) 3𝑥 + 2, se 𝑥 = 0 𝑥 + 2, se 0 < 𝑥 < 2 𝑘(𝑥) = { 3𝑥 − 2, se 𝑥 = 2 4, se 3 ≤ 𝑥 ≤ 4 f) s representada graficamente abaixo: 5 x, se x 3 Considere a função real definida por g ( x) , determine o valor da 3x 1, se x 3 expressão g (2) g (8) g (3) . g (4) g (0) P á g i n a | 27 5. (Souza, 2013, p. 80) Em certo instante t = 0, um avião sai do repouso e começa a ganhar velocidade na pista até decolar. Mantém velocidade constante no trajeto e, ao se aproximar do ponto de aterrissagem, reduz a velocidade, pousa e para. De acordo com o texto, o gráfico que melhor representa a velocidade v do avião em função do tempo t é: 6. (UERJ – 2002; modificada) Uma panela, contendo um bloco de gelo a – 40 °C, é colocada sobre a chama de um fogão. A evolução da temperatura T, em grau Celsius, ao logo do tempo x, em minuto, é descrita pela seguinte função real: 20𝑥 − 40, se 0 ≤ 𝑥 < 2 0, se 2 ≤ 𝑥 ≤ 10 𝑇(𝑥) = { 10𝑥 − 100, se 10 < 𝑥 ≤ 20 100, se 20 < 𝑥 ≤ 40 Qual a temperatura atingida em 15 minutos? 7. Represente graficamente as funções abaixo: 1 − 𝑥, se 𝑥 ≤ 1 a) ℎ(𝑥) = { −2, se 𝑥 > 1 𝑥 − 2, se 𝑥 < −3 b) 𝑘(𝑥) = {1 + 𝑥, se − 3 ≤ 𝑥 < 0 𝑥, se 𝑥 ≥ 0 2𝑥, se 𝑥 < 3 c) 𝑐(𝑥) = {2𝑥 − 3, se 𝑥 = 3 𝑥 − 1, se 𝑥 > 3 P á g i n a | 28 8. Determine: a) uma lei para a função h, definida no intervalo de [-4, 4[, representada na figura abaixo: b) uma lei para a função j, definida no intervalo de [-4, 3[, representada na figura abaixo: c) a lei da função k, definida em ℝ, sabendo que o ponto (0, representada na figura abaixo: 1 2 ) pertence a essa função, P á g i n a | 29 1. a) e) b) f) g) c) h) d) 2. a) [2 , 3[ ou {𝑥 ∈ ℝ|2 ≤ 𝑥 < 3} e) ] − ∞, −1] ou {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 ≤ −1} b) [−1, +∞[ ou {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 ≥ −1} f) ]0, +∞[ ou {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 > 0} c) ] − ∞, 2[ou {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 < 2} g) ] − 2 , 3] ou {𝑥 ∈ ℝ| − 2 < 𝑥 ≤ 3} d) [1, 0[ ou {𝑥 ∈ ℝ|1 ≤ 𝑥 < 0} h) ] − 1, 2[ ou {𝑥 ∈ ℝ| − 1 < 𝑥 < 2} 3. a) ] − ∞, 6[ ou {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 < 6} e) [0, 2] ∪ [3, 4] ou {𝑥 ∈ ℝ|0 ≤ 𝑥 ≤ 2 ou b) ]−∞, +∞[ ou ℝ 3 ≤ 𝑥 ≤ 4} c) [−4, 3[ou {𝑥 ∈ ℝ| − 4 ≤ 𝑥 < 3} f) ] − ∞, −3[ ∪ [−2, +∞[ ou d) ]−∞, +∞[ ou ℝ {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 < −3 ou 𝑥 ≥ −2} 4. g (2) g (8) 7 21 28 g (3) 2 29 g (4) g (0) 95 4 5. item d 6. 50 °C P á g i n a | 30 7. a) b) c) P á g i n a | 31 2𝑥 + 7, se − 4 ≤ 𝑥 ≤ −2 −3 8. a) ℎ(𝑥) = { 2 𝑥, se − 2 < 𝑥 < 2 ou −4, se 2 ≤ 𝑥 < 4 2𝑥 + 7, se − 4 ≤ 𝑥 < −2 −3 ℎ(𝑥) = { 2 𝑥, se − 2 ≤ 𝑥 < 2 −4, se 2 ≤ 𝑥 < 4 1, se − 4 ≤ 𝑥 < −3 1, se − 4 ≤ 𝑥 < −3 0, se − 3 ≤ 𝑥 < −1 0, se − 3 ≤ 𝑥 < −1 b) 𝑗(𝑥) = ou 𝑗(𝑥) = −𝑥, se 𝑥 = −1 1 , se 𝑥 = −1 1 1 1 1 − 4 𝑥 + 4 , se − 1 < 𝑥 < 3 − 4 𝑥 + 4 , se − 1 < 𝑥 < 3 { { Existem infinitas outras respostas para a função j (item b), uma vez que a terceira sentença pode ser substituída por qualquer lei cujo resultado seja igual a 1, como, por exemplo, −2𝑥 − 1 e −3𝑥 − 2. 𝑥 + 4, se 𝑥 < −4 1, se − 4 ≤ 𝑥 < −3 c) 𝑘(𝑥) = −𝑥 − 5, se − 3 ≤ 𝑥 < −2 1 1 − 4 𝑥 + 2 , se 𝑥 ≥ −2 { Referências PAIVA, Manoel Rodrigues. Matemática: Paiva. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2010. SOUZA, Joamir Roberto. Novo olhar: matemática. 2. ed. v. 1. São Paulo: FTD, 2013.