TERAPIA ALTERNATIVA SINTONIA AFINADA Teste realizado com antenas ajuda no diagnóstico e na escolha de medicamentos Mônica Tarantino O Hospital das Clínicas de São Paulo costuma ser reconhecido pela seriedade dos tratamentos e das pesquisas que realiza. Por isso, um dos estudos feitos na instituição pode até soar inusitado, mas vem apresentando resultados surpreendentes. Trata-se da pesquisa realizada na Liga de Acupuntura do HC que investiga a influência da energia eletromagnética no diagnóstico e tratamento das doenças. O trabalho é coordenado pelo clínico e acupunturista Paulo Farber, 39 anos, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O pesquisador está estudando o papel dessa energia a partir da análise dos mecanismos do Bi Digital O-Ring-Test (ou exame do anel). É um teste feito com a ajuda de uma antena capaz de avaliar os tratamentos de enfermidades crônicas e tumores. “O O-Ring-Test não é diagnóstico nem terapêutico. Ele apenas dá sugestões valiosas sobre o remédio mais adequado para cada doença e organismo”, explica Farber. Foto: Hélcio Nagamine O exame feito por Farber auxilia Martinelli a achar os remédios certos contra a esclerose O teste foi criado pelo pesquisador japonês Yoshiaki Omura, nos Estados Unidos. Os únicos recursos indispensáveis são uma antena de madeira ou metal e uma terceira pessoa. A ponta da antena deve ser encostada pelo assistente do médico em diversas áreas do corpo do paciente. A cada ponto, o médico tenta afastar os dedos indicadores e polegar do doente ou do intermediário, que se encontram unidos nas pontas, formando um anel. Pode até fazer pressão, mas, se a região estiver saudável, os dedos não se distanciam. “Se houver agentes nocivos ou doença, faltará tônus muscular e os dedos se soltam sem resistência”, diz Farber. O exame também serve, por exemplo, para dar pistas das melhores substâncias a serem usadas em tratamentos convencionais, como antibióticos, ou naqueles feitos com medicamentos à base de ervas (fitoterápicos) e acupuntura. Os remédios são colocados sobre a mão do intermediário e, se forem os mais adequados àquele doente e estiver na dosagem certa, o assistente, que receberá as ondas eletromagnéticas do paciente por meio da antena, ganhará força e o médico não abrirá seus dedos. “Se o paciente está com pneumonia, posso escolher qual o melhor antibiótico para ele”, garante o médico. O princípio de física envolvido no teste seria a ressonância (prolongamento de um som ou onda eletromagnética pelo seu reflexo ou repercussão em outros corpos, que entram em vibração). O exemplo clássico disso é o copo de cristal que se quebra diante da ressonância causada pela voz de um tenor cantando alto. “Os órgãos do corpo têm impulsos. São correntes eletromagnéticas que percorrem músculos e nervos e se alteram quando há doença”, explica Salvatore de Salvo, consultor de química, de São Paulo.