16 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ EDER ORACI MARTINS Avaliação da Viabilidade Mercadológica para a Comercialização de Produtos Licenciados pelo Time Marcílio Dias. Balneário Camboriú 2008 17 EDER ORACI MARTINS Avaliação da Viabilidade Mercadológica para a Comercialização de Produtos Licenciados pelo Time Marcílio Dias. Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração – ênfase em Marketing, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Orientador: Prof. Ricardo Boeing da Silveira Balneário Camboriú 2008 18 EDER ORACI MARTINS Avaliação da Viabilidade Mercadológica para a Comercialização de Produtos Licenciados pelo Time Marcílio Dias. Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em Administração e aprovada pelo Curso de Administração – ênfase em Marketing da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú. Área de Concentração: Balneário Camboriú, 26 de Novembro de 2008. _________________________________ Prof. Msc. Ricardo Boeing da Silveira Orientador ___________________________________ Prof. Msc. Roberto Hering Avaliador ___________________________________ Prof. Msc. Márcio Daniel Kiesel Avaliador 19 EQUIPE TÉCNICA Estagiário(a): Eder Oraci Martins Área de Estágio: Administrativo / Marketing Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder Supervisor da Empresa: Carlos Crispim Professor(a) orientador(a): Ricardo Boeing da Silveira 20 DADOS DA EMPRESA Razão Social: Clube Náutico Marcílio Dias. Endereço: Rua Gil Stein Ferreira nº216 - Centro – Itajaí Setor de Desenvolvimento do Estágio: Administrativo / Marketing Duração do Estágio: 120 horas (Estágio II) e 240 horas (Estágio III) Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Presidente – Carlos Crispim Carimbo do CNPJ da Empresa: 83.825.109/0001-95 21 AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA Balneário Camboriú, 26 de Novembro de 2008. A Empresa Marcílio Dias, pelo presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os dados do Relatório de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Curricular Obrigatório, pelo acadêmico Eder Oraci Martins. ___________________________________ 22 "Dá-se muita atenção ao custo de se realizar algo. E nenhuma ao custo de não realizá-lo”. Philip Kotler. 23 AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais Oraci e Vilma apesar de serem separados, pela compreensão, carinho, paciência e apoio durante toda a minha vida. Agradeço aos meus irmãos Evandro e Edna, que mesmo casados e com pouco convívio são muito especiais e importantes na minha vida. Agradeço ao Professor Orientador Ricardo Boeing, pela oportunidade, dedicação e contribuições no desenvolvimento do trabalho. Agradeço sem exceção a todos os Professores do Curso de Administração com ênfase em Marketing, pelos momentos fantásticos de aprendizagem. Agradeço aos Colegas da Graduação, pelas lições decorrentes das aulas, aprendizados e confraternizações. Agradeço a minha amiga Débora, por me ajudar na escolha do orientador, na pesquisa quantitativa indicando o programa surveymonkey e pelas sugestões na elaboração da minha monografia. Agradeço a minha namorada e futura esposa Stefanie pelo amor, companheirismo, compreensão e amizade. E especialmente agradeço a "DEUS", por colocar todas essas pessoas citadas acima no meu caminho. 24 RESUMO O brasileiro é apaixonado por futebol, mas ainda não tem o hábito de consumir os produtos de seu clube de coração com freqüência. A paixão e a emoção são os ingredientes da relação do torcedor com seu clube do coração, além disto, o esporte é um fenômeno que atinge a todas as faixas de público, independentemente de credo, raça, idade, sexo ou classe social. O objetivo geral do trabalho é avaliar a viabilidade mercadológica para a implantação de produtos licenciados pelo time Marcílio Dias. Foi utilizada a metodologia de pesquisa quantitativa, com abordagem exploratória descritivo, cuja coleta de dados se deu através de questionário estruturado destinado aos usuários de um site de relacionamento que são torcedores da equipe pesquisada. Utilizouse também uma pesquisa qualitativa dirigida ao responsável pelo departamento de marketing do Figueirense Futebol clube onde foi verificado, junto ao time rival, as características dos produtos que já são licenciados e comercializados. Percebeu-se em análise dos resultados das pesquisas quantitativa e qualitativa utilizadas nesse estudo que há grande viabilidade mercadológica para a implantação de produtos licenciados pelo time Marcílio Dias. Palavras Chaves: Marketing, Viabilidade Mercadológica e licenciamento de produtos. 25 ABSTRACT The Brazilian is in love with football, but do not yet have the habit of consuming the products of his club of heart frequently. The passion and emotion are the ingredients of the relationship with the fan club of his heart, addition, the sport is a phenomenon that affects all tracks of the public, regardless of creed, race, age, sex or social class. The general objective of the study is to assess the feasibility merchandising for the deployment of licensed products for the team Marcílio Dias. We used the methodology of quantitative research, with descriptive approach, which has been collecting data through structured questionnaire aimed at users of a site of relationships that are fans of the team searched. We used also a responsibility to the qualitative research by the marketing department of Figueirense Futebol Clube where he was found, near the rival team, the characteristics of the products that are already licensed and marketed. It was noticed in analyzing the results of quantitative and qualitative research used in this study that there are great marketing feasibility for the implementation of licensed products for the team Marcílio Dias. Key Words: Marketing, Marketing Viability and Products Licensing. 26 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Conceitos centrais do Marketing............................................... 23 Figura 2 Marcas mais associadas com futebol no Brasil........................ 66 Figura 3 Loja Figueira Stores.................................................................. 82 Figura 4 Site da Loja do Jack.................................................................. 82 Figura 5 Projeto Gol da Natureza............................................................ 84 Figura 6 Quarta camisa do Figueirense Futebol Clube........................... 85 Figura 7 Campanha Doação de Órgãos “TE QUERO VIDA”.................. 88 Figura 8 Campanha Gol de Placa........................................................... 89 27 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Três Eras na História do Marketing.......................................... 24 Quadro 2 A estrutura dos 4 P’s................................................................ 26 Quadro 3 Considerações de Marketing para Produtos de Consumo....... 28 Quadro 4 Percentual de respondentes atingidos das referidas comunidades e usuários pesquisados..................................... Análise dos pontos fortes e fracos para implantação de produtos licenciados................................................................. Proporção em relação ao total de despesas e distribuição percentual dos recursos aplicados na função desporto e lazer para as grandes regiões.................................................. Número e a distribuição percentual dos equipamentos esportivos existentes, por tipo de equipamento esportivo nas grandes regiões do Brasil......................................................... Número e a distribuição percentual das instalações esportivas existentes, por tipo de instalação esportiva nas grandes regiões do Brasil......................................................... Observação das oportunidades e ameaças em destaque das 6 grandes dimensões do ambiente de marketing.................... Descrição das características do time em análise e dos seus torcedores......................................................................................... Identificação das percepções, expectativas e receptividade dos torcedores do time em questão e futuros produtos licenciados. Observação das oportunidades e ameaças juntamente com o ambiente de marketing para implantar produtos licenciados com a marca Marcílio Dias....................................................... Os 4 P’s de produtos licenciados com a marca Marcílio Dias ................................................................................................. 46 Quadro 5 Quadro 6 Quadro 7 Quadro 8 Quadro 9 Quadro10 Quadro11 Quadro12 Quadro13 75 86 87 87 90 91 92 93 94 28 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Gráfico 2 Gráfico 3 Gráfico 4 Gráfico 5 Gráfico 6 Gráfico 7 Gráfico 8 Gráfico 9 Gráfico 10 Gráfico 11 Gráfico 12 Gráfico 13 Gráfico 14 Gráfico 15 Gráfico 16 Gráfico 17 Gráfico 18 Gráfico 19 Gráfico 20 Gráfico 21 Gráfico 22 Gráfico 23 Gráfico 24 Sexo dos pesquisados............................................................. Faixa etária dos pesquisados................................................... Estado civil dos pesquisados................................................... Grau de escolaridade dos pesquisados................................... Renda Individual Mensal dos Pesquisados.............................. Localização dos Pesquisados.................................................. Preferência dos pesquisados sobre o futebol.......................... Participação dos pesquisados em movimentos, associações ou torcidas organizadas........................................................... Preferência dos pesquisados em ir a todos os jogos do seu clube em casa.......................................................................... Preferência do pesquisados por produtos originais................. Preferência de Comprar produtos de empresas parceiras ou patrocinadoras do seu clube.................................................... Percepção de Compra de produtos das empresas parceiras ou patrocinadoras do clube rival.............................................. Freqüência dos pesquisados em relação às noticias do seu clube......................................................................................... Freqüência de compra de produtos com a marca de clubes de futebol.................................................................................. Participação dos pesquisados enquanto sócios nos seus clubes....................................................................................... Hábito de utilizar camisa ou outro acessório que identifique como torcedor.......................................................................... Freqüência de compra de produtos independentemente dos resultados................................................................................. Influência dos pesquisados enquanto a pessoas próximas (filhos, amigos...) a torcerem pelo seu clube............................ Percepção dos pesquisados enquanto ao patrocínio do clube com grandes empresas............................................................ Conhecimento dos pesquisados sobre algum produto com a marca do clube......................................................................... Conhecimento dos pesquisados sobre alguma estratégia de marketing adotada pelo clube.................................................. Aceitabilidade dos pesquisados sobre produtos com a marca do clube.................................................................................... Avaliação dos pesquisados sobre a idéia do clube abrir uma loja com produtos esportivos.................................................... Percepção dos pesquisados sobre o marketing do clube........ 50 51 51 52 53 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 65 67 67 69 70 70 29 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÀO............................................................................. 16 1.1 Tema de estágio........................................................................... 17 1.2 Problema de pesquisa.................................................................. 18 1.3 Objetivos da pesquisa.................................................................. 19 1.3.1 Objetivo Geral............................................................................... 19 1.3.2 Objetivos Específicos................................................................... 19 1.4 Justificativa da pesquisa............................................................... 19 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................... 22 2.1 Marketing...................................................................................... 22 2.2 Mix de Marketing, Composto Mercadológico............................... 26 2.2.1 Produto......................................................................................... 27 2.2.2 Preço............................................................................................ 29 2.2.3 Praça............................................................................................ 30 2.2.4 Promoção..................................................................................... 31 2.2.5 Propaganda.................................................................................. 32 2.3 Segmentação de Mercado........................................................... 33 2.4 Posicionamento............................................................................ 34 2.5 Comportamento do Consumidor.................................................. 35 2.6 Marketing Esportivo...................................................................... 36 2.7 Patrocínio Esportivo..................................................................... 38 2.8 Marca............................................................................................ 40 2.9 Licenciamento.............................................................................. 43 3. METODOLOGIA.......................................................................... 45 3.1 Contextualização da Pesquisa..................................................... 45 3.2 Amostragem................................................................................. 46 3.3 Instrumento de Coleta de Dados.................................................. 47 3.4 Análise e Interpretação de Dados................................................ 48 3.5 Limitações da Pesquisa................................................................ 49 4. RESULTADOS............................................................................. 50 4.1 Descrição das características do time em análise e dos seus torcedores..................................................................................... 50 30 4.2 Identificação das percepções, expectativas e receptividade dos 58 torcedores em relação ao time em questão e futuros produtos licenciados.................................................................................... 4.3 Verificação, junto a um time rival, as características dos 71 produtos que já são licenciados e comercializados..................... 4.4 Observação de pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças 74 de produtos licenciados pelo Marcílio Dias.................................. 4.4.1 Observação das análises dos pontos fortes e fracos para 74 implantar produtos licenciados com a marca do Marcílio Dias.... 4.4.2 Observação das oportunidades e ameaças juntamente com o 78 ambiente de marketing para implantar produtos licenciados com a marca do Marcílio Dias...................................................... 4.4.2.1 Ambiente Econômico.................................................................... 78 4.4.2.2 Ambiente Político e Legal............................................................. 80 4.4.2.3 Ambiente Competitivo.................................................................. 81 4.4.2.4 Ambiente Natural.......................................................................... 83 4.4.2.5 Ambiente Tecnológico.................................................................. 84 4.4.2.6 Ambiente Social............................................................................ 86 4.5 91 Avaliação da viabilidade mercadológica para implantação de produtos licenciados pelo time Marcílio Dias............................... 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................... 98 5.1 Conclusões................................................................................... 98 5.2 Sugestões para novos trabalhos.................................................. 99 Referências.................................................................................. 101 Apêndice A................................................................................... 107 Apêndice B................................................................................... 112 Apêndice C................................................................................... 113 Anexos.......................................................................................... 115 16 1 INTRODUÇÃO O Brasil, pela sua miscigenação, por sua extensão territorial e pela sua grande população, pode ser considerado uma grande nação esportiva em potencial. Costa (1995) afirma que “O futebol, tal qual as mulheres, são sinônimas de paixão. Uma paixão que, para o brasileiro comum, não pode ser explicada verbalmente: ela é sentida, está no universo das coisas relacionadas ao espírito”. Portanto, no Brasil, o futebol é uma das principais fontes de identidade da nação. Nos dias atuais, sabe-se o quanto o esporte tem influenciado a vida das pessoas. Para um país como o Brasil, que teve um passado em crises, o esporte é hoje um dos fatores que consegue trazer alegrias para o povo, justamente pelas emoções que proporciona. De acordo com Araújo (2002), o setor esportivo no país vem sofrendo uma crescente participação na mídia, nos negócios, na economia e, principalmente, no lazer das pessoas. O Marketing Esportivo teve origem entre os anos 70 e 80, quando o esporte brasileiro começou a despertar interesse da juventude, fazendo com que a mídia intensificasse sua divulgação, aproveitando-se de novos talentos recém descobertos como Oscar, Paula e Hortência (basquete), Bernardinho (vôlei) e Zico (futebol), entre outros. As crises financeiras na economia nacional e o aumento da concorrência na disputa do mercado consumidor do País têm obrigado as empresas de diversos segmentos a estabelecerem novas ferramentas para atrair e chamar a atenção de seus consumidores. O marketing de patrocínio esportivo é uma delas. Além de investir em mídia de massa, as empresas apostam no esporte como um caminho para consolidar suas marcas. Para Somoggi (2003), o esporte ao redor do mundo e em diferentes épocas já provou ser muito diferente de qualquer outra atividade de entretenimento. “Atualmente já é visto e, principalmente, utilizado como mídia alternativa por diferentes empresas que desejam alcançar seu consumidor nos momentos que estes estão praticando, vendo ou se informando sobre seu esporte favorito”. O marketing esportivo exerce sua função como merchandising, devido ao fato de que cada modalidade esportiva permite, segundo Melo Neto (1995), “uma pesquisa de espaço, considerando o local da competição, os uniformes 17 dos atletas, o posicionamento do equipamento, o local destinado ao público e os demais personagens coadjuvantes que participam do evento esportivo”. Esta característica é um dos pontos positivos do marketing esportivo, pois o produto está para o consumidor de uma forma não tão explícita de venda e, mesmo não sendo o foco principal do evento, será lembrado pelo público, funcionando como uma mensagem de qualidade. As empresas perceberam que seus clientes estão muito mais dispostos a consumir seus produtos, ou simplesmente, criar certa simpatia com a marca, quando estão vendo ou praticando esporte. Como complemento, o interesse do consumidor pelo esporte é cada vez mais alto, indicando que tais empresas estão investindo em verbas de marketing numa maneira correta. Como conseqüência há o surpreendente crescimento da indústria esportiva em todo mundo. Sendo assim, o estudo desenvolvido está voltado para avaliar a viabilidade mercadológica para a implantação de produtos licenciados pelo time Marcílio Dias, cuja importância se vincula tanto ao fortalecimento da marca do clube, à indústria do esporte, quanto à obtenção de resultados para os investidores. 1.1 Tema de Estágio Para Afif (2000) o Brasil é um potencial na área de marketing e consumo de materiais esportivos por ser um dos maiores mercados esportivo do mundo. No futebol, por exemplo, o faturamento depende dos direitos de transmissão, dos patrocínios, bilheterias, formação e negociação de atletas. Em média, 72% das receitas dos clubes vêm dessas fontes. Apenas 28% do caixa é feito com operações de merchandising, licenciamento e exploração do estádio. Já na Inglaterra, por exemplo, essas receitas respondem por 40% dos ganhos das equipes. Isso é uma prova de que as equipes brasileiras não sabem explorar suas marcas, vender materiais oficiais e nem fazer sua praça de esportes, uma fonte de renda significativa. O futebol possui um enorme potencial que se for explorado com as ferramentas adequadas de marketing agregará um grande valor aos clubes. Existem diversas oportunidades de marketing integradas aos objetivos da 18 organização que são fundamentais para aumento das receitas e aproveitamento das oportunidades. O Licenciamento é uma oportunidade de desenvolvimento de mercado, desenvolvimento de produto e diversificação. A empresa passa a atuar em mercados diferentes do seu “core business” e desenvolve em parceria com as industrias licenciadas novos produtos de consumo com sua marca já consolidada na categoria a qual se originou. Portanto, o tema a ser abordado neste estudo refere-se à importância de implantar estratégias de implantação para produtos licenciados, fortalecendo assim a marca do clube elevando juntamente as receitas. 1.2 Problema No futebol atual, o investimento dos clubes em ações de marketing deixou de ser uma tendência e se tornou praticamente uma obrigação. As principais equipes do mundo têm nesse departamento uma forma de potencializar suas receitas e facilitar suas administrações. O esporte hoje é uma realidade no mundo inteiro, fazendo parte da vida das pessoas, não só como atividade física ou lazer, mas como entretenimento. Alguns clubes brasileiros, já têm essa visão menos míope da gestão do marketing esportivo. Clubes como São Paulo, Cruzeiro, Atlético-PR e Internacional têm em seus departamentos de marketing, uma estrutura de admirar a muitas grandes empresas. São profissionais trabalhando com o simples objetivo de atender e superar as necessidades dos seus consumidores/torcedores e por conseqüência alavanca a receitas alternativas do clube. Utilizar o marketing esportivo em clubes de futebol é benéfico para todos, tanto para o torcedor que irá usufruir atendimentos qualificados e melhores e maiores opções de produtos com a marca do clube, quanto para o clube, que terá aumento significativo nas suas receitas alternativas e de sua imagem perante o mercado em que se encontra, tendo como resultado, a atração de investidores e possibilidade maior de melhor desempenho técnico no campo. Com base nestas informações, formulou-se a seguinte pergunta de 19 pesquisa: Qual a viabilidade mercadológica para a comercialização de produtos licenciados pelo time Marcílio Dias? 1.3 Objetivos A seguir são descritos os objetivos que nortearão o desenvolvimento deste trabalho. 1.3.1 Objetivo Geral Avaliar a viabilidade mercadológica para a comercialização de produtos licenciados pelo time Marcílio Dias. 1.3.2 Objetivos Específicos • Descrever as características do time em análise e seus torcedores; • Identificar a percepção, expectativas e receptividade dos torcedores em relação ao time em questão e futuros produtos licenciados; • Verificar, junto ao time rival, as características dos produtos que já são licenciados e comercializados; • Apontar pontos fracos, pontos fortes, oportunidades e ameaças de produtos licenciados pelos Marcílo Dias. 1.4 Justificativa O marketing esportivo, nos últimos anos, tem se mostrado uma forma de divulgação bastante vantajosa para as empresas de um modo geral, no Brasil, a tendência do marketing esportivo é de expansão. Muitas empresas têm tomado consciência desta forma de divulgação de marcas e seu potencial para atingir o público. Cardia (2004) afirma que a Marca é a propriedade de marketing mais valiosa que um clube, uma equipe ou mesmo um atleta pode dispor no mundo dos esportes e do marketing esportivo. Da mesma forma, os 20 fãs constituem o bem mais valioso que um esporte, atleta, equipe, clube ou liga podem ter. Como objetivos, o marketing esportivo visa aumentar o reconhecimento público, reforçar a imagem corporativa, estabelecer identificação com segmentos específicos do mercado, combater ou antecipar-se a ações da concorrência, envolver a empresa com a comunidade, conferir credibilidade ao produto com a associação à qualidade e emoção do evento, entre outros (ARAÚJO, 2002). Campomar (1992), aprofundando-se na questão conceitual, coloca que as relações existentes entre marketing e esporte apresentam uma espécie de dicotomia: de um lado há o marketing do esporte uso das técnicas de marketing aplicadas à promoção de uma modalidade esportiva e, de outro, o esporte no marketing de uma organização modo de relacionamento em que o esporte age como elo de ligação entre as ações promocionais da empresa e as preferências de seus consumidores-alvos. Empresas e marcas líderes costumam privilegiar esta área, aproveitando-se da boa imagem de atletas ou equipes esportivas junto à opinião pública, gerando resultados extremamente positivos para suas imagens. Nesse sentido, Afif (2000) afirma que, atualmente, profissionais de marketing precisam muita criatividade para se sobressair à publicidade tradicional, inovando com algo que tenha o poder de influenciar as pessoas. Adrenalina, alegria, conquista, vibração e emoção são alguns dos elementos que fazem da atividade um misto de aventura e poder. Para Mulin, Hardy & Sutton (2004) comprar um produto licenciado permite que os fãs “levem a vivencia para casa” depois de um evento, ou, em alguns casos, o produto é um substitutivo ou um complemento da vivência de um evento. O licenciamento, segundo Kotler (1992), significa um acordo entre duas partes para que um licenciado possa usar o processo de fabricação, a marca, a patente, o segredo comercial ou outro item de valor que pertença a um licenciado, mediante o pagamento de uma taxa ou de royalties. No futuro sobreviverão apenas os clubes que praticarem o seu marketing de forma eficaz. No Brasil, atualmente, são poucos os clubes que estão colocando em prática planos e projetos de marketing (MELO NETO, 2000). 21 A implantação de produtos licenciados com a marca do clube é uma peça importante na tentativa de reforçar a imagem corporativa, estabelecer identificação com segmentos específicos do mercado, combater ou anteciparse a ações da concorrência, envolver a empresa com a comunidade, conferir credibilidade ao produto com a associação à qualidade e emoção do evento, tendo finalidade de tornar sua marca mais conhecida e conseqüentemente aumentar sua venda, entre outros (ARAÚJO, 2002). 22 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste capítulo serão apresentados os conceitos que servirão de referência para a análise da empresa estudada, além de contribuírem para o melhor entendimento do tema desta pesquisa. 2.1 Marketing O marketing hoje é o objeto de atenção e interesse de diversos tipos de organizações lucrativas e não lucrativas, de empresas privadas e empresas públicas, de empresas de grande porte e empresas de microporte, de políticos até as nações, o marketing permeia a atividade mercantil e não mercantil, tendo como principal responsabilidade o alcance do crescimento em receitas lucrativas para a empresa, devendo identificar, avaliar e selecionar as oportunidades de mercado e estabelecer as estratégias para alcançar proeminência, senão domínio, nos mercados-alvo. Os profissionais de marketing precisam obter informações sobre o meio que os cerca, principalmente informações sobre clientes e concorrentes. Precisam saber como os mercados-alvo determinados por eles respondem a um composto de marketing atual e como reagiriam a mudanças nele. Significa o marketing, trabalhando com os mercados para conseguir trocas com o propósito de satisfazer necessidades e desejos humanos, seguindo de um processo pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que precisam e desejam através de produtos e valores. (KOTLER, 1999; COBRA, 1992; LAS CASAS, 1997) Porém, quando se fala em Marketing, muitas dúvidas ainda se fazem presentes. Há empresas que possuem produtos adequados, mas não tem uma orientação para o marketing o que pode implicar em um mau desempenho, como conseqüência de não investirem em um departamento de marketing. Rocha e Christensen (1987) destacam que muitas empresas não sobreviveram no mercado porque acreditavam e confiavam exageradamente em seus produtos, e não se preocupavam em satisfazer as necessidades dos seus clientes, não tendo, nestes casos, uma direção de seus produtos voltada para o marketing, a fim de obterem um contato direto com o consumidor final. 23 Hoje em dia, tempo e espaço se unem numa única dimensão, exigindo que nos tornemos capazes de aprender com o consumidor no mesmo momento que estamos lhe vendendo um produto ou prestando um serviço, assegurando sua satisfação imediata, única forma de fidelizá-lo. Autores definem que o Marketing é um processo indispensável a qualquer organização (empresa, associações, sindicatos, igrejas, etc). Da escassez à inflação no mercado o mundo passou por várias mudanças, inclusive mudou o modo como nós nos comportamos perante os produtos que consumimos, passamos a exigir mais qualidade em todo tipo de serviço que nos cerca, hotéis, restaurantes, padarias, lojas de departamentos, bancos, etc, queremos ser atendidos bem e rápido, e se no produto observarmos algum defeito que consideremos inadmissível ou nem tão grave assim, dificilmente voltaremos a comprá-lo além de “comunicar” a nossos amigos e conhecidos e reclamar e exigir nossos direitos. (VILHENA, 2008; ELICIANO, 2002; MENSHEIN, 2007) A seguir, é apresentada a Figura 1, onde mostra os conceitos centrais do marketing. Figura 1:Conceitos centrais do Marketing Fonte: Kotler; Armstrong, (1993, p 3) A maioria das pessoas pensa em administração de marketing como sendo o trabalho de encontrar clientes em números suficientes para atender á produções da empresa, as organizações, na busca da sobrevivência, acabam por descobrir a importância de se orientar pelas necessidades e exigências do mercado, é preciso descobrir o que o consumidor quer, ou necessita e a partir daí orientar uma produção mais racionalizada. O marketing na sua abordagem mais atual tenta identificar as necessidades, desejos e expectativas de 24 mercados-alvo selecionados, no intuito de mais que satisfazê-los, encantá-los, de modo mais rápido e eficiente que a concorrência, visando a lealdade dos clientes sem negligenciar o bem-estar da sociedade em longo prazo. (KOTLER; ARMSTRONG, 2004; MCKENNA, 2000) A seguir, é apresentado o quadro 1, onde mostra as três eras na história do marketing. PERÍODO ERA APROXIMADO DE ATITUDE PREDOMINANTE TEMPO Era da Produção Era das Vendas Antes dos anos 20 “Um produto bom se venderá por si mesmo”. “Propagandas e vendas criativas vencerão a Antes dos anos 50 resistência do consumidor e os convencerão a comprar”. Era do Segunda metade do Marketing século XX “O consumidor é o rei! Busque uma necessidade e satisfaça-a”. Quadro 1: Três eras na História do Marketing Fonte: Boone & Kurtz (1998, p. 7). Na era da Produção a demanda era maior que a oferta, os consumidores estavam ávidos por produtos e serviços, já na era de Vendas começaram a surgir os primeiros sinais de excesso de oferta, a oferta passou a superar a demanda e os produtos acumulavam nos estoques. Na segunda metade do século XX que foi a partir de 1950, o mais importante era a conquista e a manutenção de negócios em longo prazo, mantendo relações permanentes com a clientela, estava determinado p conceito de marketing, em que o consumidor passava a ser considerado o “rei”. (LAS CASAS, 1997) Marketing é mais que venda e propaganda é um conjunto de atividades desenvolvidas por organizações e também é um processo social e, divide-se em dois segmentos: micromarketing que é o desempenho das atividades destinadas a realizar os objetivos de uma organização, partindo das 25 necessidades do consumidor ou cliente e dirigindo-lhes um fluxo de bens e serviços a partir de um fabricante ou produtos; e macromarketing que é o processo social que dirige o fluxo econômico de bens e serviços dos produtores aos consumidores de maneira que iguale eficazmente a oferta e a demanda e realize os objetivos da sociedade. (MC CARTHY, PERREAULT, 1997; KOTLER, 2000; ROCHA, 1999) A principal contribuição de um novo conceito de marketing foi à expansão dos limites e o estabelecimento de suas dimensões sociais. Kotler e Gerlad Zaltmen (1995) empregaram o termo “marketing social”, definindo-o como “a criação, implementação e controle de programas calculados para influenciar a aceitabilidade das idéias sociais e envolvendo considerações de planejamento de produto, preço, comunicação, distribuição e pesquisa de marketing”. Em 1960, a American Marketing Association (AMA) definiu o marketing como atividades que direcionavam bens e serviços a um determinado consumidor. Esse conceito, à época, foi suficiente para dar início aos estudos relacionados a uma área que, por desconhecimento ou interpretação equivocada, “virou sinônimo de técnica de ludibriar o consumidor” (VAZ, 1995), entendendo o autor que a própria palavra vem sendo mal empregada e seu real significado, muitas vezes, não chega ao conhecimento de todos. De acordo com o autor Kotler (1999), o antigo pensamento de marketing está cedendo lugar a novas maneiras de pensar. As empresas inteligentes estão melhorando seu conhecimento do cliente, e as tecnologias de conexão com o mesmo, alem da compreensão dos seus fatores econômicos. As novas empresas estão prontas para tornar seus produtos, serviços e condições mais flexíveis, fazendo uso de meios de comunicação mais direcionados, integrando suas atividades de marketing para transmitir uma mensagem mais coerente para os clientes. Sant’anna (1998); Shimp (2002) colocam que o marketing é o conjunto de atividades através das quais as empresas e outras organizações criam como forma de transferir valores entre elas próprias e seus clientes. As atividades do Marketing são mais amplas, mas, grande parte da sua atividade envolve a comunicação composta no mix de marketing. 26 2.2 Mix de Marketing, Composto Mercadológico Borden (1949) afirma que o marketing mix pode ser definido como a combinação de elementos variáveis que compõe as atividades de Marketing. Em sua obra que o termo lhe veio à cabeça ao ler os estudos de outro autor de sua época (James Culliton), que chamava os executivos de liquidificadores, já que a sua função era a de materializarem receitas, seja misturando os ingredientes, mudando suas quantidades ou inventando novos elementos. A partir de então a expressão marketing mix (mistura de Marketing) ou composto de marketing, como é conhecida no Brasil, passou a ser a teoria mais aceita para efetivar atividades de Marketing. Jerome McCarthy (1976), aprimorou a Teoria de Borden e definiu os 4 grandes grupos de atividades que representariam os ingredientes do composto e os separou em: product, price, promotion e place. Lauterborn (1990) desenvolveu uma nova visão para o Marketing Mix. Ao contrário de McCarthy (1976) que afirmava que a mistura de variáveis para uma atividade de Marketing deveria ser dosada com os 4 Ps: Produto, Preço, Praça e Promoção, Lauterborn conforme o quadro 2, oferece 4 novos ingredientes. Consumers Wants and needs (Necessidades e Desejos do Consumidor), Cost To Satisfy 9 (Custo para satisfazer o Consumidor), Convenience to buy (Conveniência para comprar) e Communication (Comunicação). Mix de Marketing Produto Variedade de produto Qualidade Design Característica Nome da Marca Embalagem Tamanhos Serviços Garantias Devoluções Praça Canais Cobertura Variedade Pontos de Venda Estoque Transporte Mercado Alvo Preço Preço Nominal Descontos Concessões Prazo de Pagamentos Condições de Crédito Quadro 2: A estrutura dos 4 P’s Fonte: Kotler, (1999) Promoção Promoção de Vendas Propaganda Força de Vendas Relações Públicas Marketing Direto 27 Para que haja um planejamento adequado é necessário controlar, organizar e planejar o composto de marketing organizando-o com a finalidade de levar o produto ou o serviço certo, na quantidade e no tempo certo para o cliente certo, o composto de marketing tem que ser ajustado para satisfazer as necessidades do cliente. Conforme o quadro acima o administrador planeja os subitens dos quatro grupos de acordo com o objeto de comercialização, sendo assim terá o composto de marketing planejado. (LAMB, HAIR, MCDANIEL, 2004; KOTLER, 2001) Segundo Armstrong e Kotler (2004) O composto deve se relacionar aos demais combinados do mix de marketing, principalmente ao produto que será ofertado, pois é ele o ponto de partida para as organizações e a definição dele que irá indicar quais estratégias de mercado que se pretende atingir. 2.2.1 Produto Produto é qualquer coisa que possa ser oferecida a um mercado para aquisição, utilização ou consumo e que pode satisfazer um desejo ou necessidade. Outro fator a ser considerado em relação ao produto é que o produto deve enquadrar-se em três níveis, no sentido de realmente atender de forma plena aos anseios e necessidades dos consumidores. Esses três níveis incluem o produto básico, incluindo a solução de problemas que o consumidor espera alcançar, quando da compra de um produto; o produto tangível, em que são consideradas suas qualidades, aspectos, estilo, nome de marca e embalagem e, por fim, os produtos ampliados, representados por algo além do que o consumidor espera em termos de produto básico. A base de qualquer negocio é um produto ou serviço, as empresas têm por objetivos oferecer algo de maneira diferente e melhor para que o mercado-alvo tenha a preferi-lo é o ponto inicial na criação de um composto de marketing, pois não se pode determinar um preço, projetar uma estratégia de promoção ou criar um canal de distribuição até que a empresa tenha um produto para vender. (LAMB, HAIR E MCDANIEL, 2004; KOTLER; ARMSTRONG, 2003; JÚNIOR, TÓFANI, 2007) A definição sugerida por Kotler; Armstrong (2003), conforme quadro 3, para dimensionar o produto segundo a sua classificação usual, a fim de se basear como os consumidores tomam decisões de compra, se dividem nas 28 considerações de marketing para produtos de consumo em quatro formas: conveniência, comparação, especialidade e não procurados. Tipos de produtos de consumo Consideração de Marketing Produtos de conveniência Produtos de comparação Produtos não Produtos de especialidades procurado s Pouco conhecim ento do Forte preferência e lealdade produto, Compra freqüente, pouco Compra freqüente, muito por marcas, esforços havendo planejamento e esforço de Comportamento de planejamento, pouca especiais de compra, pouca conhecim comparação ou esforço de compra, comparação das Compra do comparação de marcas, ento, Consumidor compra, baixo envolvimento marcas quanto a preço, pouca preocupação com pouco do consumidor qualidade e estilo preço. interesse ou nenhum interesse. Preço Preço Baixo Preço mais Alto Preço Alto Distribuição Distribuição ampla, locais Convenientes Distribuição seletiva em poucos pontos de venda Distribuição exclusiva em um único ou poucos pontos Variada de vendas por áreas de mercado Promoção Promoção de massa pelo produtor Propaganda e venda pessoal promovidas pelo produtor e pelos revendedores Promoção mais bem orientada promovida pelo produtor e pelos distribuidores Variado Propagan da agressiva e venda pessoal promovid as pelo produtor e pelos distribuido res Quadro 3: Considerações de Marketing para Produtos de Consumo Fonte: Kotler & Armstrong (2003) Produtos de conveniência: são aqueles comprados com freqüência, imediatamente e com o mínimo de comparação e esforço. Em geral, tem preço mais baixo e são altamente disponíveis. Produtos de comparação: são os produtos de consumo comprados com menos freqüência e cuidadosamente comparados em diversas alternativas. Quando os consumidores compram produtos de comparação, tem mais trabalho e gastam mais tempo buscando informações e fazendo comparações. Produtos de especialidade: são os produtos de consumo com características únicas ou identificação de marca, em função das quais vários consumidores dispõem-se a fazer um esforço especial de compra, isto é, os compradores dispõem-se a fazer grandes deslocamentos 29 para comprá-lo. Produtos não-procurados: são os produtos de consumo que o consumidor não conhece, ou, se conhece, normalmente não pensa em comprar. (KOTLER; ARMSTRONG, 2003; CHURCHILL; PETER, 2000) Para Baker (2003) o preço é um dos pontos mais importantes para o marketing, pois é um dos responsáveis por definir o mercado que a companhia pretende trabalhar, sendo assim o grande responsável por criar valor através do desenvolvimento de suas ferramentas. 2.2.2 Preço Em sentido mais restrito, preço é a quantia em dinheiro que se cobra por um produto ou serviço. Em sentido mais amplo, é a soma de todos os valores que os consumidores trocam pelos benefícios de obter ou utilizar um produto ou serviço. O preço define as condições básicas pelas quais o vendedor e os compradores estão dispostos a realizar a troca. Sob o ponto de vista da empresa, o preço pode ser visto como a compensação recebida pelos produtos e serviços que oferece ao mercado. Sob o ponto de vista do comprador, o preço expressa aquilo que ele está disposto a dar para obter o que a empresa lhe oferece. O preço ainda permanece como um dos elementos fundamentais na determinação da participação de mercado e na lucratividade das empresas, os autores comentam que o preço é o único elemento do marketing mix que produz receita, as outras variáveis, apesar de essenciais para o sucesso da empresa, produzem, sobretudo, custos, sendo assim consideradas de mais difícil compressão. (LOVELOCK, 1996; KOTLER; ARMSTRONG, 2003; ROCHA; CHRISTENSEN, 1999) Alguns fatores de importância das decisões de preço no ambiente de marketing são considerados tais como: o preço influencia diretamente a demanda, determina diretamente a rentabilidade da atividade e influencia a percepção do produto contribuindo para o posicionamento da marca. Mesmo com tal importância, muitas empresas não lidam bem com a determinação de preços. Para determinar o preço, existem modelos teóricos que se resumem em 4 fatores: Objetivos (de venda, de lucro, de concorrência); custos (fixos, variáveis, marginal); demanda (unitária, elástica, inelástica) e concorrência. 30 (LAMBIM, 2000; TUCKER, 1999) A escolha de uma estratégia de preços impõe o respeito a dois tipos de coerência: a coerência interna que contempla que o preço definido respeite as condições de custo e de rentabilidade da empresa, e as coerências externas, que exige um preço compatível com a sensibilidade dos compradores ao preço e com os preços praticados pela concorrência. Ao estabelecer uma política de preços a empresa deve pensar em seis etapas: (1) seleção do objetivo da determinação de preços, (2) determinação da demanda, (3) estimativa de custos, (4) análise de custos, preços e oferta dos concorrentes, (5) seleção de um método de determinação de preços e (6) seleção do preço final. (KOTLER, 2000; ETZEL; WALKER; STANTON, 2001; LAMBIN, 2000) Kotler (2001); Lamb, Hair e McDaniel (2004), afirmam que para que a empresa seja competitiva é necessário que o composto seja o mais flexível possível podendo se adaptar a possíveis variações da concorrência, para tanto, devem ser utilizadas estratégias de promoção e distribuição do produto. 2.2.3 Praça Por distribuição entendem-se aspectos como a localização física de pontos de varejo, a localização física de produtores de bens e serviços, a cadeia de intermediários utilizada desde o fabricante até o consumidor final e os aspectos de logística envolvidos na distribuição. O canal de marketing tem como função base buscar reduzir os esforços para a distribuição dos produtos, ou seja, o fabricante usa de intermediários de vários níveis para que o produto chegue até o consumidor final. O uso ou não e consecutivamente a quantidade de níveis de canais empregados resultarão em pontos positivos e negativos, por isso é fundamental analisar se a metodologia empregada efetivamente é a melhor. O canal de distribuição é definido como a organização externa, gerenciada pela empresa, para atingir objetivos de distribuição. Trata-se, portanto, de rede externa à empresa, que cumpre funções de negociação, tais como compra, venda, precificação e estocagem de mercadorias. (KOTLER, ARMSTRONG, 2003; ROCHA; CHRISTENSEN, 1999; LAMB, HAIR, MCDANIEL, 2004) Kotler, (1999); Treacy e Wiersema (1995), definem que o “P” de praça é, 31 senão, um dos mais importantes fatores que contribuem para a liderança em excelência operacional. Refletindo de um cauteloso know-how, aplicação de tecnologia e rígida gerência. As decisões de distribuição devem levar em conta o caráter dinâmico dos canais que podem ser: diretos (sem intermediários) e indiretos (curtos: controlado diretamente com o varejo; longos: menos controlador; e ultralongos: favorece planejamento de produção). A distribuição apresenta vários desafios. As empresas tendem a reconhecer que suas escolhas de distribuição estabelecem um compromisso razoavelmente longo com o qual terão que conviver mesmo se aparecerem canais novos e mais atraentes. Kotler (2001) afirma que após um produto ser produzido, com o seu preço estabelecido, ele precisa ser distribuído no mercado até os pontos de vendas. A praça no mercado tem um importantíssimo papel no mix de marketing, podendo assim o distribuidor fazer as promoções que se adequam aos consumidores, obtendo assim o sucesso de vendas dos produtos. 2.2.4 Promoção Poucos produtos ou serviços, não importa os quão bem desenvolvidos, quão bons seja, seu preço ou sua distribuição, podem sobreviver no mercado sem promoção. Promoção é o conjunto de ações que estarão incidindo sobre certo produto ou serviço, de forma a estimular a sua comercialização ou divulgação, cobrindo todas as aquelas ferramentas de comunicação que fazem chegar uma mensagem ao público-alvo. As ferramentas são de comunicação são: propaganda, promoção de vendas, relações públicas, força de vendas e marketing direto. (KOTLER, 2001; LAMB, HAIR, MCDANIEL, 2004) Segundo LAMB, HAIR, MCDANIEL, (2004) a estratégia promocional consiste no elemento de tomada de decisão da empresa, preocupado com a escolha do composto mais apropriado de propaganda, promoção de vendas, venda pessoal e publicidade, para comunicação com seu mercado alvo, umas das principais funções é convencer os clientes-alvo de que os produtos e serviços oferecidos fornecem uma vantagem diferencial sobre a concorrência. A vantagem diferencial tem características percebidas como os seus produtos para o mercado-alvo são os mais significativos e superiores da concorrência. 32 Nickels e Wood (1999) propõem uma comunicação integrada de marketing envolvendo relacionamentos longos e duradouros não só com clientes, mas com os parceiros do canal, empregados e outros grupos de interesse. A comunicação (promoção) não se limita a simplesmente informar o mercado acerca de um produto/serviço, o que se pretende é desenvolver uma comunicação a fim de levar o consumidor à realmente adquirir o produto, satisfazendo a sua necessidade, e maximizando o lucro da empresa. A promoção de vendas trata-se de uma forma de comunicação usada, com o objetivo de chamar bastante a atenção dos consumidores. Pode ser realizada de várias formas, dentre elas: a propaganda que é uma ferramenta promocional usada por todos os tipos de empresa, porém, quando usada precisa ser combinada com outros tipos de ferramentas promocionais, uma vez que é uma forma de comunicação na qual as pessoas geralmente esquecem com facilidade, apesar de ser muito chamativa no momento de sua implementação. (KOTLER, ARMSTRONG 2003) 2.2.5 Propaganda Uma propaganda deve capturar a atenção, ser claramente compreendida, retida na memória e a alegação ser aceita pela audiência alvo para poder persuadir. A propaganda engloba comunicações de massa (por meio de mídias como jornal, revista, radio, televisão) e direta, dirigida a clientes identificados, sejam eles empresa, profissional, ou consumidor final. A propaganda tem por fim criar ou reforçar a imagens e preferências na mente do consumidor, predispondo-o favoravelmente em relação ao produto ou instituição patrocinadora. (WEELS, 1995; SHIMP, 2002; GRACIOSO, 2002) Kotler e Keller (2006) definem propaganda como “qualquer forma paga de apresentação e promoção não pessoal de idéias, mercadorias ou serviços por um anunciante identificado”. Para Urdan e Urdan (2006); Jain (1999) tratase de uma forma de comunicação pagas, impessoais, unilaterais e transmitidas por mídia de massa. Para Armstrong e Kotler (2004) a propaganda auxilia as empresas a direcionarem seus produtos a mercados específicos focando e segmentando o público com intuito de restringir o mercado e fidelizar uma menor quantidade de 33 consumidores. 2.3 Segmentação de Mercado O motivo de segmentar o mercado é simples, os consumidores são diferentes, cada um tem uma preferência e um gosto. Um mesmo produto não pode satisfazer todas as pessoas com necessidades diferentes. Quando se conhece o público alvo é fácil direcionar o esforço e as estratégias a serem desenvolvidas. (As vantagens da segmentação do mercado são as possibilidades de visar mercados adequados às estratégias e ao produto da empresa). A segmentação, por sua vez, parte da premissa inversa: a demanda não é uniforme, mas sim heterogêneo o que justifica uma concentração dos esforços de marketing e determinadas fatias especificas do mercado. (KOTLER, 2000; RICHERS, LIMA, 1991) Além disso, a segmentação auxilia a identificação de lacunas no mercado. Mas para segmentar o mercado deve-se levar em conta as informações sobre os públicos compradores do produto, as características de semelhança e as disponibilidades de recursos para atingir os públicos. A segmentação é divida em quatro partes: geográfica (região, clima); demográfica (idade, sexo, religião, renda); psicográfica (classe social, personalidade, estilo de vida) e comportamental (benefícios, atitudes, grau de lealdade), os autores concluem segmentar o mercado é o resultado da divisão de um mercado em pequenos grupos. Este processo é derivado do reconhecimento de que o mercado total representa o conjunto de grupos com características distintas, que são chamados segmentos (KOTLER, 2000; PORTER, 1990) De acordo com Linneman & Stanton (1993); Lamb, Hair e MC Daniel, (2004), os fundamentos da segmentação de mercado é relativamente simples. Baseia-se na idéia de que um produto comum não pode satisfazer necessidades e desejos de todos os consumidores. Assim sendo, não se podem tratar todos da mesma forma, bem como não se podem tratar todos de forma diferente. O centro de toda a discussão é que existem diferenças entre os consumidores, diferenças essas que devem ser consideradas no processo decisório da empresa. A finalidade da segmentação de mercado é permitir que o profissional de marketing ajuste o composto para atender às necessidades de 34 um ou mais segmentos específicos. A estratégia de segmentação permite às empresas evitar competir de frente no mercado através da diferenciação de suas ofertas, não apenas com base em preço, mas também através do estilo, da embalagem, promoção, distribuição e do serviço. Os critérios de segmentação podem ser vistos como qualitativos ou determinantes por natureza; os qualitativos (tamanho, acessibilidade, operacionalidade) são comuns a todos os segmentos; os critérios determinantes (homogeneidade, heterogeneidade) diferem de um segmento para outro e determinam as diferenças nas ofertas. (KANUK, SCHIFFMAN, 2000; SANDHUSEN, 2000) Outro objetivo é de segmentar o mercado de acordo com os benefícios procurados por ele no mercado que poderá ser usada para posicionar várias marcas numa mesma categoria de produto. (LAMB, HAIR, MCDANIEL, 2004; SCHIFFMAN, KANUK, 2000) 2.4 Posicionamento Em 50 tivemos a era do produto. Em 60 a era da imagem. No momento estamos numa era que reconhece tanto a importância do produto como a importância da imagem da empresa, mas que acima de tudo destaca a necessidade de se criar uma posição na mente do consumidor. Para ter sucesso em nossa sociedade supercomunicada é necessário que uma companhia crie “uma posição” na mente do comprador em potencial. Uma posição que tenha consciência não apenas de suas próprias forças e fraquezas, mas que conheça também as de seus concorrentes. A posição de um produto é sua imagem de marca com respeito aos produtos concorrentes a maneira como o produto é definido competitivamente pelos consumidores nos atributos importantes. (SANT'ANNA, 2003; SANDHUSEN, 1998) Para Aaker (1996), uma identidade e uma posição de marca bem concebidas e implementadas trazem uma série de vantagens à organização: (a) orientam e aperfeiçoam a estratégia de marca; (b) proporcionam opções de expansão da marca; (c) melhoram a memorização da marca; (d) dão significado e concentração para a organização; (e) geram uma vantagem competitiva; (f) ocupam uma posição sólida contra a concorrência; (g) dão 35 propriedade sobre um símbolo de comunicação; (h) provêm eficiências em termos de custos de execução. Para Kotler e Armstrong (2004); Al Ries (2002) afirmam que posicionamento é o que se faz na mente do cliente em perspectiva. Não é o que se faz com o produto, mas como ele é colocado na mente do consumidor em potencial. Al Ries (2002) o fato de o posicionamento ser o principal responsável de atribuir atributos importantes na mente do consumidor faz com que seja necessária uma pesquisa profunda de mercado e do comportamento do consumidor. 2.5 Comportamento do Consumidor De acordo com Engel, Blackwell e Miniard (2000); Wells e Prensky (1996); Gade (1998) comportamento do consumidor são atividades diretamente envolvidas em obter, consumir e dispor de produtos e serviços, incluindo os processos decisórios que antecedem e sucedem estas ações. Ainda neste conceito, afirmam que comportamento do consumidor são as ações de troca que incluem valor (não necessariamente monetário) por produtos ou serviços que satisfaçam as necessidades do consumidor. Segundo Kotler e Armstrong (1993), o comportamento do consumidor é influenciados basicamente por 4 (quatro) grupos de fatores principais de características, sendo eles: Fatores Culturais (ex: cultura/subcultura), Fatores Sociais (ex: família, grupos de referência), Fatores Pessoais (ex: idade, sexo, ciclo de vida) e os Fatores Psicológicos (ex: personalidade, inteligência, motivação). O comportamento de compra do consumidor tem como os modelos mentais utilizados pelo consumidor na determinação do produto/serviço ideal à satisfação de suas necessidades. Esses modelos mentais, que podem ser descritos como formas e esquemas de interpretação, organização, decisão e comunicação de um indivíduo, são normalmente ativados pelo processo de compra do consumidor, incluindo desde a fase de identificação da necessidade até a fase de pós-compra do produto/serviço. (LARSAKLIAN, 2000; KOTLER; ARMSTRONG, 1993; SANDHUSEN, 1998) 36 Dentro do contexto do comportamento do consumidor, Engel, Blackwell e Miniard (2000); Solomon (2002) definem o reconhecimento da necessidade como sendo um estado de desejo que inicia um processo decisório que ocorre através da interação de diferenças individuais (como valores e necessidades) e das influências ambientais, o reconhecimento ocorre toda vez que o consumidor vê uma diferença significativa entre o seu estado atual e algum estado desejado ou ideal. Nesse momento, o consumidor percebe então que há um problema a ser resolvido, independente de sua grandeza e ou complexidade, mas que normalmente reflete-se na forma de um desejo ou necessidade que o consumidor precisa satisfazer de acordo com seus recursos disponíveis e situação contextual. Engel, Blackwell & Miniard (2000) deve sempre levar em conta quais são as motivações que o consumidor leva para adquirir um produto ou serviço, que comportamento pode ser influenciado pela atividade de marketing, e por fim, que esta influência deve ser no mínimo legal, ética e moral, buscando sempre resguardar os direitos do consumidor, fortalecendo assim a estratégia de marketing esportivo por parte do estudo do comportamento do consumidor. 2.6 Marketing Esportivo Segundo Afif (2000); Contursi (1996), o marketing esportivo teve grande avanço no Brasil nos anos 50, durante o governo de Juscelino Kubitschek. A política, cujo lema era 50 anos em 5 levou diversas organizações, tanto nacionais como internacionais, a atuar no país. As grandes empresas de origem estrangeira traziam para o país as mesmas marcas que comercializavam em outros países e limitava-se a produzir artigos padronizados. A ênfase estava nas vendas, mas empresas líder já utilizavam estratégias de marketing como as pesquisas, a propaganda e promoções de venda. As décadas de 80 e 90 representaram para o Marketing brasileiro um período das ilusões perdidas. O país começou a observar melhor sua realidade de seu subdesenvolvimento e a recessão. No decorrer destas décadas a economia sofreu profundas alterações em todos os segmentos da sociedade, e o marketing por sua vez foi influenciado por golpes, por incompetência de governantes e pela instabilidade das empresas. 37 O marketing esportivo corresponde ao processo de elaborar e implementar atividades de produção, formação de preço, promoção e distribuição de um produto esportivo para satisfazer as necessidades ou desejos de consumidores e realizar os objetivos da empresa. Um conjunto de ações voltadas à prática e à divulgação de modalidades esportivas, clubes e associações, sejam pela promoção de eventos e torneios ou pelo patrocínio de equipes e clubes esportivos, é uma das estratégias que utilizam o esporte para atingir suas metas. Para eles, existem duas formas de definir essa prática. A primeira se faz por intermédio do marketing de produtos e serviços voltados aos consumidores (camisas oficiais do time, por exemplo). A segunda trata-se de uma estratégia que emprega o esporte como meio de divulgar produtos. (patrocinadores em geral). (PITTS, STOTLAR, 2002; BERTOLDO, 2000; AFIF, 2000; ARAUJO, 2002) O marketing esportivo se divide em marketing no esporte, que procura comercializar produtos e serviços do esporte e marketing por meio do esporte, no qual as empresas procuram comercializar seus produtos mediante a atividade esportiva ou a própria promoção de atividades e de empresas esportivas. A motivação que leva empresas a investirem no esporte está proporcionalmente ligada ao espaço que a mídia em geral reserva para a divulgação dos eventos em virtude do sucesso obtido em grandes competições nacionais e internacionais e o retorno institucional e de vendas que trazem. O marketing esportivo desempenha a função de "lembrete" de qualidade, impondo sua venda, uma vez que ao fazer-se lembrar, ele está lhe dando uma opção de nome no mercado. (POZZI, 1998; CONTURSI, 2000; OLIVEIRA, 1996) Melo Neto (2000), POZZI (1998) afirmam que as empresas que investem no esporte possuem marcas fortes ou potencialmente fortes e buscam novas formas de comunicação, utilizando-se do esporte como mídia alternativa para melhoria de sua imagem, pois, ao associar a imagem do atleta, do clube, do patrocínio, enfim do esporte à marca, forma-se um elemento decisivo na estratégia de valorização, divulgação e, se necessário, rejuvenescimento da marca/produto. O esporte caracteriza-se como uma excelente oportunidade de divulgação, reciclagem e promoção uma vez que ele funciona de modo simples através do patrocínio a times ou atletas, do licenciamento de produtos, e muitas 38 outras possibilidades. O setor esportivo no País vem experimentando uma crescente participação na mídia, nos negócios, na economia e, principalmente, no lazer das pessoas, o que acabou transformando o Brasil no quinto maior mercado esportivo do mundo, crescimento que tem tido influência na economia interna do País, o setor teve, em 2001, uma participação de 2% no PIB, valor correspondente a R$ 15 bilhões, conforme cresceu o alcance dos patrocínios, as organizações esportivas se tornaram altamente dependentes dos mesmos para ter lucros, para garantir novas instalações e ainda equilibrar custos. (ARAÚJO, 2002; MULLIN, HARDY, SUTTON, 2004) Afif (2000), Oliveira e Pozzi (1996) explicam que muitas pessoas começam a compreender que, além do patrocínio esportivo, podem ter a oportunidade de realizar alguns negócios, principalmente no futebol, participando de investimentos ou licenciando a marca do time para utilizá-la em suas ações de marketing esportivo, ainda complementam que as mensagens transmitidas por patrocínios esportivos chegam sutilmente aos consumidores mediante associações, garantindo prestígio e credibilidade às marcas que patrocinam. 2.7 Patrocínio Esportivo O patrocínio é conceituado como sendo os incentivos (financeiros ou de produtos/serviços) oferecidos a uma outra organização por pessoas, empresas e entidades que esperam como retorno o reconhecimento público de seu envolvimento com a organização patrocinada, um investimento que uma instituição faz em um evento, atleta ou grupo de atletas com a finalidade de atingir mercados, recebendo, em contrapartida, uma série de vantagens. O maior benefício que o patrocínio esportivo oferece é a transferência da emoção e da competitividade do evento para a marca do patrocinador, sempre com o objetivo de aumentar o reconhecimento público, reforçar a imagem corporativa, estabelecer identificação com segmentos específicos do mercado, combater ou antecipar-se a ações da concorrência atingir a audiência em momento altamente receptivo às mensagens e garantir exposição do produto durante o ano inteiro. (POZZI, 1998; PITTS, STOLLAR, 2002; CARDIA, 2004). 39 Patrocínio é definido como uma ação promocional que, ao dar suporte às demais ações do composto promocional, contribui para o alcance dos objetivos estratégicos de marketing da empresa, em especial no que se refere à imagem corporativa, promoção da marca, posicionamento do produto, promoção de vendas e comunicação com clientes, fornecedores, distribuidores e demais parceiros. O patrocínio estende-se para atividades culturais, sociais e econômicas, além do campo esportivo, o patrocínio de clubes, equipes e pessoas como estratégia de comunicação de promoção institucional atribui para o fortalecimento, manutenção da imagem de empresas e produtos (NETO, 2000; FERRUCIÚ, 2002; COSTA, CRESCITELLI, 2003) O patrocínio utiliza várias atividades associadas a um processo de comunicação planejado para utilizar o marketing do esporte e do estilo de vida para enviar mensagens para um público-alvo. Aspectos muito significativos do patrocínio esportivo, como ação promocional, são diversos, tais como: concentrar grande número de pessoas nos locais de competição, poder comunicar com multidões ou selecionarem públicos, conquistar opinião favorável na sociedade em geral, proporcionar aparecimento das marcas patrocinadoras e apoiadoras na mídia. Dessa forma ressaltam que as estratégias de patrocínio esportivo podem ser implementadas como objetivos quando: os recursos são insuficientes para grandes campanhas na mídia, a concorrência utiliza vários canais de comunicação, é necessária a exposição de produtos e exploração da marca deseja-se alcançar mercados diferentes ou pequeno nicho (MULLIN, HARDY, SUTTON, 2004; COSTA, CRESCITELLI, 2003; BRANCHI, 2002) Segundo Pozzi (1998), com o propósito de associar diretamente a imagem da empresa e/ou produto com o evento, o patrocinador utiliza-se deste relacionamento para atingir seus objetivos promocionais ou facilitar e dar suporte aos seus objetivos globais de Marketing. O patrocínio pode ser considerado, igualmente, como um acordo profissional entre patrocinador e patrocinado para que ambos alcancem objetivos claramente definidos, visando o sucesso da equipe, como também o retorno ao investimento da empresa, que implicará em definição, acompanhamento, controle e mensuração dos resultados perante os objetivos traçados previamente. As principais características do Patrocínio, segundo Pozzi (1998), são: 40 ● conseguir adequar-se para promover a consciência de uma marca ou companhia; ● revitalizar, rejuvenescer e dinamizar a imagem de uma marca ou empresa; ● é mais eficiente que a propaganda nos dois itens anteriores, porém menos eficiente quando se deseja explicar as funções e características de um produto; ● é mais aceito, por ser menos perturbador e intromissor que a propaganda. Ao patrocinar esporte, as empresas descobriram que podem atingir novos níveis de exposição com custos mais baixos que aos investidos em companhias publicitárias. Pela necessidade de se manter próximas de seus públicos e estabelecer diferenciais de comunicação, as empresas buscam constantemente formas alternativas de divulgação, que proporcionem alto retorno com menor investimento. As empresas ligadas ao esporte querem ser vistas como cidadãs com a responsabilidade de contribuir para o bem-estar das comunidades em que operam, o que pode contribuir para o fortalecimento da imagem da instituição em conjunto (FERRUCIÚ, 2002; COSTA, CRESCITELLI, 2003; SILVA, MACHADO, 2006; MELO NETO, 2000; PITTS; STOTLAR, 2002) Quando uma empresa utiliza o marketing esportivo através de uma das suas ferramentas que é o patrocínio, ela está agregando à marca em todas as qualidades do esporte como, jovialidade, garra, modernidade, tecnologia, alegria, competitividade e vitória. Dessa forma a marca, naturalmente, adquire maiores chances de ser preferida pelo target. Quanto mais o target e o esporte estiverem adequados um ao outro, maior o grau de influência. (COCCO, 2006) 2.8 Marca Uma marca é um nome, um termo, design, símbolo, ou qualquer outro elemento que identifica os bens ou serviços de um vendedor e os diferencia de outros vendedores, o papel da marca é diferenciar e identificar a oferta de um vendedor. O mercado nos dias de hoje, não respondem mais às estratégias que deram certo no passado. Ao tentar entender a mente das pessoas eles observaram que o grande volume de informações, a grande variedade de 41 produtos e empresas e as interferências de marketing formam um cenário turbulento de uma sociedade com excesso de comunicação. A mente, como uma defesa contra a quantidade de informação rejeita grande parte dela, absorvendo somente aquilo que se enquadra previamente com um conhecimento ou uma experiência anterior. (AMA, 2007; REIS, TROUT, 2002) Convencer as pessoas a comprar um produto ou um serviço num ambiente saturado e competitivo é um caminho com inúmeras dificuldades. Não existem respostas adequadas de como fazê-lo e o uso apenas da criatividade não funciona nesse caso, a chave para o sucesso é compreender o poder emocional que influencia a tomada de decisão dos seus consumidores potenciais. “Não se pode desenvolver uma marca separando-a das sensações que os consumidores sentem ao terem contato com um determinado produto ou serviço”. Para que uma marca se torne relevante e sobreviva no mercado competitivo, é preciso ter conhecimento das necessidades emocionais e dos desejos das pessoas. (GOBÉ, 2002; TAVARES, 1998; KOTLER, 1998). O design de uma marca é a expressão mais potente de uma marca, é através do design que os consumidores imaginam e fazem associações de uma marca, produto ou serviço. O design de uma marca é capaz de provocar emoções e fazer com que os consumidores estimulem os seus cinco sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato), proporcionando experiências férteis e imaginativas nos seus momentos de compra. Na construção de uma marca é necessário trabalhar com grupos de imagens representativas das emoções humanas que tenham significado simbólico confirmado em pesquisas com o consumidor. Por meio dessa técnica é possível definir imagens de marcas que estimulem o sentimento de autenticidade e, simultaneamente, a percepção de valorização da marca. (MARTINS, 1999; GOBÉ, 2002; PINHO, 1996) A identidade da marca é um conjunto de associações mentais que se pretende criar no consumidor. A estruturação da identidade da marca tem sido objeto de várias formulações nas quais são apresentadas diversas facetas: a organização - as associações que o consumidor faz entre a marca e a empresa; o físico - o conjunto de características objetivo da marca; a personalidade - o caráter da marca, em analogia com um ser humano; a cultura - o sistema de valores que inspira a marca; os símbolos - elementos gráficos e personagens utilizados na comunicação. (AAKER, 1996; KAPFERER, 1994) 42 Além de desempenhar importantes funções para os consumidores, as marcas também desempenham papeis fundamentais para os fabricantes. A marca é uma forma de identificar, simplificar as movimentações das empresas. Ela protege, legalmente, especificações exclusivas dos produtos e, também, pode ser um símbolo de qualidade e de clientes satisfeitos. Além disso, serve para endossar o produto por meio de associações exclusivas, criar vantagem competitiva e retorno financeiro. (AAKER, 1996; KAPFERER, 2003; KELLER, MACHADO, 2006; KOTLER, KELLER, 2006) Segundo Kotler (1998), Uma imagem eficaz proporciona três coisas para um produto. Primeiro, transmite uma mensagem que estabelece a característica e a proposição de valor do produto. Segundo transmite essa mensagem de maneira distintiva para não ser confundida com mensagens similares dos concorrentes. Terceiro, transmite poder emocional, de maneira que toca os corações e as mentes dos compradores. A marca pode conduzir até seis níveis de significados: - Atributos: umas marcas trazem a mente diversas atributos como preço alto, qualidade, etc; - Benefícios: os consumidores compram benefícios que são funcionais ou emocionais; - Valores: a marca transmite algo sobre os valores do fabricante, por exemplo, segurança, prestígio; - Cultura: a marca pode representar uma certa cultura; - Personalidade: a marca pode projetar uma certa personalidade; - Usuário: a marca sugere o tipo de consumidor que compra o produto. Pinho (1996) afirma que a publicidade exerce um papel importante na construção da imagem da marca, este meio de comunicação manipula, reforça ou transmite atributos, valores e associações que constituem os componentes essenciais para a formação, manutenção ou rejuvenescimento da imagem de uma marca, produto ou serviço. A comunicação publicitária pode ser utilizada na construção do conhecimento do nome da marca, na percepção de suas qualidades, na formação de associações e até mesmo, na fidelidade dos consumidores. Um dos negócios mais interessantes no marketing esportivo é o licenciamento de marcas esportivas por clubes, atletas, ligas, confederações e 43 equipes a terceiros, para que estes vendam os produtos e serviços com suas logomarcas. (CARDIA, 2004) 2.9 Licenciamento Mullin, Hardy, Sutton (2004), Cárdia (2004) afirmam que o licenciamento é o mecanismo pelo qual uma indústria adquire o direito de uso de determinada marca, logotipo, mascotes ou slogan, tendo um método contratual de desenvolvimento e exploração de propriedades intelectuais através da transferência do seu direito de uso a terceiros. O licenciamento tem um potencial de crescimento muito grande no Brasil, o mercado está pronto para consumir, existem centenas de empresas aptas a produzir os bens de consumo desejados e existem marcas de renome desejadas pelo mercado que estão esperando para ser licenciada. Um produto ou serviço objeto de licenciamento é todo aquele bem ao qual se agrega uma marca para deixar o produto mais desejado, com um maior valor agregado e mais identificado com o publico alvo. O processo de licenciamento possibilita as organizações esportivas que compreendem esses fatores de marketing aumentar as receitas com muito pouco risco, também permite que os licenciados capitalizem sobre esses fatores para gerar o reconhecimento de marca e interesse nos seus produtos. (CARDIA, 2004; MULLIN, HARDY, SUTTON, 2004) Segundo Melo Neto (1998) as opções de uma empresa patrocinadora que deseja investir num evento são: venda do patrocínio; venda do direito do uso da marca do evento; venda do licenciamento; venda de estandes; permissão para a instalação de postos de serviços e venda de publicidade no local do evento. Devido ao número muito grande de produtos lançados no mercado, a grande concorrência, e produtos muito similares, a diferenciação se faz necessária. Esta diferenciação ocorre com a queda das barreiras impostas pelo público-alvo, pois o esporte tem grande aceitação junto aos consumidores. Quanto ao seu benefício e forma de utilizar-se, o licenciamento pode ser um grande gerador de receita para esportes bastando que, para, isso os profissionais de marketing descubram como inseri-lo em seus planejamentos de comunicação. O licenciamento depende da preservação da exclusividade da 44 concessão do uso da marca do clube nos produtos; sem isso, a possível empresa licenciada não investirá no clube, várias empresas já se deram conta deste filão e investem no licenciamento de produtos com a marca dos grandes clubes de futebol do Brasil, no entanto, este licenciamento não é restrito aos grandes clubes de futebol; o clube que possuir uma marca forte pode licenciar sua marca e ganhar importantes cifras. (NUZMANN, 1996; MELO NETO, 2000; CONTURSI, 1996) O licenciamento de produtos com temas esportivos foi responsável por US$ 807 milhões em royalties, ou cerca de US$14,5 bilhões de dólares em vendas, no varejo. Esta categoria cresceu 12,4% em relação aos dois últimos anos. O Real Madrid, o clube mais rico do mundo, fatura 295 milhões de euros por ano, sendo 150 milhões de euros apenas em marketing e licenciamento. Hoje em dia, estes mesmos produtos que outrora eram restritos a poucos se massificaram em diferentes categorias de produtos e de marcas e estão por todos os lados. A marca dá confiança ao cliente, dá referência social ao consumidor; e ao empresário dá lucro com rapidez. (NIGRI, 2006) Sebrae (2006) explica que a Associação Brasileira de Licenciamento constatou aumento do faturamento do setor de produtos licenciados neste ano e aponta maior exploração do mercado. O mercado de produtos licenciados tem, anualmente, demonstrado significativo crescimento e conseguida alavanca vendas e promover, principalmente, a divulgação de pequenas empresas. De acordo com Tales Andreassi (2006), professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, o licenciamento de produtos é uma medida muito interessante, principalmente para empresários interessados em expandir sua atuação e conquistar novos mercados. Ele proporciona uma série de novos negócios e oferece às empresas reconhecimento no segmento onde atuam, além de garantir maior visibilidade atrelada a uma marca já consolidada no setor onde atua. Na realidade, os cuidados em relação ao licenciamento de marcas devem envolver duas partes inseridas no processo: tanto as firmas que licenciam as marcas quanto as que são proprietárias correm riscos nas negociações e ambas podem ter a credibilidade abalada com a má utilização das marcas atreladas aos produtos. 45 3 METODOLOGIA Andrade (1997), Oliveira (1999) afirma que a metodologia é o conjunto de métodos ou caminhos que são percorridos na busca do conhecimento, que nos leva a identificar a forma pela qual alcançamos determinado fim ou objetivo. O enfoque deste estudo é a transformação da marca Marcilio Dias em produtos licenciados, pretende-se fazer a verificação das teorias e conceitos dos processos práticos e demonstrar a estratégia e os meios que serão utilizados. O caminho escolhido é o da pesquisa quantitativa e qualitativa, através de um estudo exploratório. 3.1 Contextualização da Pesquisa No presente estudo, as abordagens utilizadas serão quantitativa e qualitativa, sendo a pesquisa exploratória e descritiva. A pesquisa quantitativa normalmente se mostra apropriada quando existe a possibilidade de medidas quantificáveis de variáveis e inferências a partir de amostras de uma população. Esse tipo de pesquisa usa medidas numéricas para testar construtos científicos e hipóteses, ou busca padrões numéricos relacionados a conceitos cotidianos. Em contrapartida, a pesquisa qualitativa se caracteriza, principalmente, pela ausência de medidas numéricas e análises estatísticas, examinando aspectos mais profundos e subjetivos do tema em estudo e permite um conhecimento mais aprofundado das motivações e opiniões dos entrevistados ao pesquisador, porém, sua particularidade essencial ocorre sobre uma amostra reduzida. (DIAS, 1999; GIL, 1996) A pesquisa exploratória visa a proporcionar ao pesquisador uma maior familiaridade com o problema em estudo. Este esforço tem como meta tornar um problema complexo mais explícito ou mesmo construir hipóteses mais adequadas, o objetivo principal é possibilitar a compreensão do problema enfrentado pelo pesquisador e procurar explorar um problema ou uma situação para prover critérios e compreensão. A pesquisa descritiva objetiva conhecer e interpretar a realidade sem nela interferir para modificá-la. Pode-se dizer que 46 ela está interessada em descobrir e observar fenômenos, procurando descrevê-los, classificá-los e interpretá-los. (MALHOTRA, 2001; BOONE, KURTZ, 1998; MATTAR, 1999) Os dados primários são todos aqueles que são coletados diretamente em uma pesquisa de campo, e os dados secundários são todos aqueles que foram obtidos após o uso de operações estatísticas nos dados primários. (GIL, 1996) 3.2 População e Amostra Para a pesquisa quantitativa foi utilizada a comunidade do site de relacionamento Orkut. Foram determinada para coleta a comunidade que envolve o clube Marcilio Dias, no qual foi consultada no dia 30 de junho de 2008 e possui 2.949 usuários cadastrados. Para a realização dessa pesquisa, foi coletado aleatoriamente e individualmente o login dos membros usuários da comunidade acima descrita. Foi postado também tópico informativo a respeito dessa pesquisa no fórum da comunidade, como forma de atingir o público alvo de maneira mais efetiva, abordando um número maior de participantes, para os quais os questionários estruturados serão enviados onde é de muita importância a identificar a percepção dos torcedores sobre o time e a expectativa com relação aos produtos que poderão ser comercializados pelo clube. Segundo Barbetta (2001) utiliza-se para o erro amostral de 5% e num grau de confiabilidade de 95% no cálculo de aproximação de uma primeira amostra de 353 pesquisados. O quadro de número 4 a seguir revela o percentual de respondentes atingidos das referidas comunidades e usuários pesquisados. Comunidade do Orkut Amostra Total de Respondentes Percentual de Respondentes Atingido Marcilio Dias 353 201 56,94% Total: 353 201 56,94% Quadro 4: Percentual de respondentes atingidos das referidas comunidades e usuários pesquisados. Fonte: Dados primários 47 Para a pesquisa qualitativa, foi realizada entrevista estruturada com o responsável pelo departamento de marketing e licenciamento do Figueirense Futebol Clube, o clube foi o escolhido, por ser o único pertencente de Santa Catarina na série A do brasileiro, podendo obter uma maior visibilidade, principalmente por ter uma estrutura organizada, diferenciada, possuir mais recursos e também porque o clube náutico Marclio Dias e o clube entrevistado Figueirense futebol clube possui uma grande rivalidade entre eles na disputa da série A do campeonato catarinense. Analisam-se os produtos licenciados, com intuito de verificar viabilidade dentro do time, estratégias que podem ser utilizadas no time e que são implementadas por outro clube e que deram certo. A amostragem aleatória simples é um processo para selecionar amostras de tamanho “n” dentre as “N” unidades em que foi dividida a população. Sendo a amostragem feita sem reposição, que é o caso mais comum, existem (N,n) possíveis amostras, todas igualmente prováveis. Na prática, a amostra aleatória simples é escolhida unidade por unidade, as unidades da população são numeradas de 1 a N. Outras técnicas de amostragem são preferíveis à aleatória simples pois levam em consideração a composição da população facilitando o trabalho de seleção de amostras e aumentando a precisão. (SANTO, 1992; MARCONI, LAKATOS, 1996) 3.3 Instrumento de Coleta de Dados Entrevista é uma técnica de pesquisa que visa obter informações de interesse a uma investigação, onde o pesquisador formula perguntas orientadas, com um objetivo definido, frente a frente com o respondente e dentro de uma interação social. A entrevista estruturada apresenta uma relação padronizada e fixa de perguntas (questionário ou formulário), cuja ordem e redação permanecem invariáveis para todos os entrevistados, que geralmente são em grande número. (GIL, 1999; GRESSLER, 2004) Um dos instrumentos para coleta dos dados para a pesquisa qualitativa foi definido um roteiro estruturado de entrevista, onde será realizada uma entrevista com o responsável pelo departamento de marketing e licenciamento do clube Figueirense futebol clube. De acordo com Alencar (2000), uma entrevista é realizada por meio de 48 um questionário ou roteiro, que são planejados e elaborados a partir do problema de pesquisa, do objetivo do estudo, do referencial teórico, das hipóteses ou questões norteadas. O instrumento de coleta de dados foi elaborado com base em Melo Neto (2000) acredita que no futuro sobreviverão apenas os clubes que praticarem o seu marketing de forma eficaz. No Brasil, atualmente, são poucos os clubes que estão colocando em prática planos e projetos de marketing. Um dos instrumentos para coleta dos dados para a pesquisa quantitativa foi o questionário estruturado dirigido aos integrantes da comunidade já mencionada, do site de relacionamento Orkut. Na pesquisa serão utilizadas as ferramentas disponíveis no site Survey Monkey, que proporciona o acompanhamento das respostas durante a entrevista, e um link específico aos pesquisados, além de dados já tabulados e gráficos prontos. Foram elaborados questionários para torcedores de clubes de futebol. Samara e Barros (1997) um questionário é estruturado quando tem uma seqüência lógica de perguntas que não podem ser modificadas nem conter inserções pelo entrevistador. As perguntas são feitas exatamente como estão escritas no formulário de coleta de dados. O instrumento de coleta de dados foi elaborado com base em Mulin, Hardy & Sutton (2004) que acredita que comprar um produto licenciado permite que os fãs “levem a vivencia para casa” depois de um evento, ou, em alguns casos, o produto é um substitutivo ou um complemento da vivência de um evento. No futuro sobreviverão apenas os clubes que praticarem o seu marketing de forma eficaz. 3.4 Análise e Interpretação dos dados Para fins de tratamento de dados foi utilizada na pesquisa qualitativa a categorização simples. Que permiti compreender os motivos que levam o clube pesquisado a fazer estratégias em marketing esportivo e quais os objetivos que os pretendem atingir com as estratégias. Na pesquisa quantitativa utiliza-se a média, que permite verificar através das porcentagens geradas as diferenças nas opiniões dos pesquisados, 49 permitindo assim uma melhor identificação dos grupos formados através das respostas semelhantes, o que facilitou a elaboração do perfil. A confrontação dos resultados alcançados com a pesquisa quantitativa e qualitativa se dará através das médias obtidas nas questões e as respostas adquiridas com os entrevistados. Posteriormente será realizada uma análise comparativa, o que possibilitará um entrosamento maior entre a opinião dos torcedores e dos gestores de marketing do clube concorrente. 3.5 Limitações da Pesquisa Como limitações de pesquisa pode-se destacar que houve a dificuldade de se conseguir o número de respondentes requerido para o questionário. Como a pesquisa foi feita através do Orkut, onde havia a divulgação do link referente ao clube pesquisado, muitos usuários desse site de relacionamento acreditavam tratar-se de vírus, já que essa prática de enviar links maliciosos é bastante comum no meio virtual, conseqüentemente deixaram de responder a pesquisa. Pode-se citar ainda como limitação, o estudo ter-se dado através do Orkut, devido aos torcedores não ter freqüência de acesso à comunidade do clube pesquisado. 50 4. RESULTADOS Este capítulo apresenta os resultados obtidos nas pesquisas quantitativa e qualitativa realizada através de questionário estruturado junto aos pesquisados. Apresenta ainda o resultado obtido através da interpretação da entrevista realizada junto ao Sr. Piero Furlan responsável pelo departamento de marketing e licenciamento do clube Figueirense Futebol Clube. Será demonstrada também a análise dos resultados e comentários pertinentes a cada processo da pesquisa. Os assuntos estão descritos de acordo com os objetivos do trabalho, conforme já apresentados e descritos no capítulo 1. 4.1 Descrição das características do time em análise e dos seus torcedores Na seqüência serão dispostos os gráficos correspondentes às respostas dos torcedores juntamente com as análises que contou com a colaboração de 201 pessoas, refere-se sobre as características do time e dos seus torcedores. O gráfico de número 1 trata do sexo dos pesquisados, conforme segue: Gráfico 1: Sexo dos Pesquisados Fonte: Dados Primários Mostra-se através do gráfico de número 1 que a grande maioria dos pesquisados é do sexo masculino com 85,1% e apenas 14,9% do sexo feminino. Como já era esperado é possível verificar que os pesquisados do sexo masculino detêm a predominância. A tendência do futebol feminino é crescer cada vez mais com o passar dos anos, estamos vendo a massificação do futebol nas escolas e isso é muito 51 bom, a postura profissional tem mudado bastante com o passar dos anos. A própria mídia está mais interessada e isso contribui muito para crescer ainda mais o futebol feminino. O gráfico seguinte, de número 2, apresenta a idade dos pesquisados. Gráfico 2: Faixa Etária dos Pesquisados Fonte: Dados Primários O gráfico 2 apresenta que os pesquisados com até 18 anos representam 38,3% do total, os pesquisados entre 19 a 30 anos representam a maior percentagem com 54,7% do total e os acima de 30 anos estão em menor número, apenas 7,0% do total. Na faixa etária é possível perceber que a grande maioria dos pesquisados em questão possui até 30 anos com 93% do total, pode ser o fato de que a pesquisa foi aplicada pelo site de relacionamento Orkut, onde possui uma parcela maior de usuários nessa faixa etária. O gráfico a seguir de número 3, trata do estado civil dos pesquisados que pertencem a essa pesquisa. Dando continuidade assim, na verificação e formação do perfil dos torcedores. Gráfico 3: Estado Civil dos Pesquisados Fonte: Dados Primários O gráfico 3 demonstra em grande maioria que são solteiros 89,6% do 52 total, 10,4% do total são casados e 0% do total é viúvo, sendo então que nenhum dos pesquisados são viúvo. Percebe que a maioria dos pesquisados que pertencem à pesquisa é solteira, muito provavelmente se deve ao fato da idade da maioria desses pesquisados não ultrapassarem dos 30 anos. O gráfico de número 4 refere-se ao grau de escolaridade dos pesquisados em questão. Gráfico 4: Grau de escolaridade dos Pesquisados Fonte: Dados Primários Percebeu-se no gráfico 4 que 26,0% dos torcedores pertencem ao ensino médio incompleto, 24,0% dos respondentes estão no Ensino Médio, em grande maioria dos pesquisados cerca de 34,0% do total possuem o nível superior incompleto, enquanto 13,5% já concluíram o ensino superior e apenas 2,5% dos pesquisados estão acima de ensino superior. Observou-se após a análise do gráfico 4, relativo ao grau de escolaridade que é pouca a diferença entre os pesquisados em relação ao ensino, dado publicado em setembro deste ano pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que indicadores de educação no Brasil sinalizam que há avanços no setor, mas de maneira desigual: enquanto o ensino superior ensaia passos mais largos, o ensino de base ainda engatinha, cresceram em 13,2% o número de estudantes de ensino superior entre 2005 e 2006. Na seqüência no gráfico 5 é analisada a renda individual mensal dos que pertencem a pesquisa. 53 Gráfico 5: Renda Individual Mensal dos Pesquisados Fonte: Dados Primários O gráfico 5 demonstra que os pesquisados que recebem até R$415,00 mensal possui 26,8%, R$416,00 à R$1.000,00 possui 35,6% do total obtendo um maior número de respondentes, enquanto 24,2% recebem de R$1.001,00 á R$2.000,00 e em menor escala 13,4% recém acima de R$2.001,00. Analisando as respostas dessa questão foi percebida pouca diferença ao que se refere à renda entre os respondentes da questão, pode ser o fato de que a pesquisa foi aplicada pelo site de relacionamento Orkut, onde possui uma grande mistura de classes. A melhoria na distribuição da renda e do crescimento dos consumidores proporciona, um ingresso significativo no mercado esportivo, considerando-se a linha de baixo, e reforçaria este mesmo mercado com a elevação da capacidade de compra da classe média. Portanto, a pesquisa sobre a renda individual mensal do consumidor deve ser levada em consideração, pois há grandes possibilidades de os pesquisados obter renda para efetuarem compras de produtos licenciados com a marca do Marcilio Dias. O gráfico de número 6 refere-se à localização dos pesquisados em questão. Gráfico 6: Localização dos Pesquisados Fonte: Dados Primários O gráfico 6 apresenta em grande maioria o pessoal que mora em Itajaí- 54 SC com 69,3% do total, enquanto 26,6% localizam-se em cidades vizinhas e em menor escala ficam os que localizam-se fora do estado de Santa Catarina com apenas 4,0%. Observou-se após análise do gráfico que na grande maioria dos pesquisados a localização que predomina é na cidade de Itajaí – SC, mas não dispensando um considerável número de moradores de cidades vizinhas. Identifica-se nesse gráfico algumas oportunidades que o clube venha a possuir, fazendo um bom planejamento de marketing e relacionamento, o clube pode conquistar um considerável numero de torcedores fora da cidade de Itajaí - SC destinando assim a valorizar os torcedores que se encontram fora da cidade. A torcida ou grupos organizados devem estar ligados e bem informados de tudo que se passa no clube, inclusive com produtos e outros. Com relação à localização, o vice-presidente de marketing do clube, Graciliano Rodrigues aborda que o clube náutico Marcilio Dias é um clube de futebol e brasileiro sediado na cidade de Itajaí em santa Catarina, onde disputa a primeira divisão do campeonato catarinense (Divisão principal). Na seqüência no gráfico 7 é analisado se o futebol para os pesquisados é o esporte favorito. Gráfico 7: Preferência dos pesquisados sobre o futebol Fonte: Dados Primários O gráfico 7 demonstra a paixão dos pesquisados pelo futebol, 63.7% do total responderam que “sempre” é o esporte favorito, 18,4% do total “quase sempre” é o esporte favorito, enquanto 9,0% “as vezes” seguido de 5,5% “nunca” e em menor escala 3,5% do total “quase nunca”. Observa-se que 82,1% dos pesquisados predomina o futebol como esporte favorito. O futebol é o desporto coletivo mais praticado no mundo, praticado em centenas de países, este esporte desperta tanto interesse em 55 função de sua forma de disputa atraente. O futebol tornou-se tão popular graças a seu jeito simples de jogar. Basta uma bola, equipes de jogadores e as traves, para que, em qualquer espaço, crianças e adultos possam se divertir com o futebol. Na rua, na escola, no clube, no campinho do bairro ou até mesmo no quintal de casa, desde cedo jovens de vários cantos do mundo começam a praticar o futebol. O gráfico de número 8 refere-se à participação dos pesquisados em movimentos, associações ou torcidas organizadas relacionadas com o seu clube. Gráfico 8: Participação dos pesquisados em movimentos, associações ou torcidas organizadas Fonte: Dados Primários Percebeu-se no gráfico 8 que os pesquisados não possui o hábito de freqüentar movimentos, associações ou torcidas organizadas com 31,0% do total responderam “nunca”, 26,5% do total “as vezes”, 17,5% do total “sempre”, enquanto 14,5% do total responderam “quase nunca” e em menor escala com 10,5% “quase sempre”. Conclui-se com esses dados, que os pesquisados não possuem hábito de freqüentar movimentos, associações ou torcidas organizadas do seu clube. Os dados são de importância valiosa para um planejamento de marketing, identifica-se a oportunidade de fazer o torcedor participar de eventos juntamente com a equipe, mantendo-se assim uma equipe de profissionais qualificados a desenvolver palestras, pesquisas e análises minuciosas para fundamentar projetos que atendam as necessidades do clube, do torcedor e do mercado. Constata-se a afirmação com Araújo (2002), Bertoldo (2000) e Afif (2000) onde os autores citam que um conjunto de ações voltadas à prática e à 56 divulgação de modalidades esportivas, clubes e associações, sejam pela promoção de eventos e torneios ou pelo patrocínio de equipes e clubes esportivos, é uma das estratégias que utilizam o esporte para atingir suas metas. Com base nas análises feitas sobre participação dos pesquisados em movimentos, associações ou torcidas organizadas, o vice-presidente de marketing aborda que o clube possui uma grande legião de torcedores fanáticos e uma torcida organizada, no qual se chama Fúria Marcilista, fundada em 19/08/1999 onde possui sua sede na cidade de Itajaí – SC. A seguir, é demonstrado no gráfico 9 se os pesquisados procuram ir a todos os jogos do clube em questão em casa. Gráfico 9: Preferência dos pesquisados em ir a todos os jogos do seu clube em casa Fonte: Dados Primários O gráfico 9 descreve que 36,4% do total dos pesquisados “sempre” procuram ir aos jogos do clube em casa, 21,2% do total “as vezes” procuram ir, 18,7% do total “nunca” vão aos jogos, enquanto 15,2% “quase sempre” procuram ir e em menor escala 8,1% “quase nunca” procuram ir aos jogos dentro de casa. Após a analise é possível perceber que os pesquisados em 52,1% gostam de freqüentar os estádios de futebol para assistir seu clube em campo, já 48,0% dos pesquisados não procuram assistir os jogos do clube em casa ou não possuem o hábito de assistir jogos de futebol nos estádios, por quaisquer que sejam os motivos. Esses dados coletados constatam-se com a informação dos autores Araújo (2002) e Sutton (2004) onde afirmam que o setor esportivo no País vem experimentando uma crescente participação na mídia, nos negócios, na 57 economia e, principalmente, no lazer das pessoas, o que acabou transformando o Brasil no quinto maior mercado esportivo do mundo, crescimento que tem tido influência na economia interna do País, o setor teve, em 2001, uma participação de 2% no PIB, valor correspondente a R$ 15 bilhões, conforme cresceu o alcance dos patrocínios, as organizações esportivas se tornaram altamente dependentes dos mesmos para ter lucros, para garantir novas instalações e ainda equilibrar custos. Tratando-se de participação dos torcedores, o responsável pelo departamento de marketing do clube produziu uma campanha de grande destaque, aconteceu antes de uma partida do campeonato brasileiro da serie C, onde se falava “Atenção torcedor (a): vá ao estádio da melhor forma possível, a entrada é diferenciada, custo é acessível e agora com sorteio de prêmios a partir de domingo. O clube precisa do seu apoio torcedor neste momento de tamanha importância, é o momento de unir forças, entre equipe, comissão técnica, diretoria e torcida para levarmos o Clube Náutico Marcílio Dias a um lugar em que nunca esteve – a Série B”. A seguir, é demonstrado no gráfico 10 se os pesquisados buscam sempre comprar produtos originais para ajudar o clube. Gráfico 10: Preferência do pesquisados por produtos originais Fonte: Dados Primários Notou-se no gráfico 10 que 55,6% do total “sempre” buscam comprar produtos originais para ajudar o clube, 16.2% do total responderam que “quase sempre” buscam comprar, 10,6% do total “nunca” busca comprar, enquanto 10,1% do total “as vezes” busca comprar produtos originais e em menor escala com 7,6% do total “quase nunca” busca comprar produtos originais do seu clube. 58 Observou-se após uma análise do gráfico 10 que os pesquisados em grande maioria buscam comprar produtos originais do seu clube, apresentando 71,8% uma diferença de 28,2% que responderam às vezes, quase nunca e nunca, o número é significativo e deve ser explorado pelo clube que busca o licenciamento de produtos com a marca do clube, atingindo assim esse público através de suas estratégias diferenciadas. Os dados do gráfico correspondem com a análise que os autores Larsaklian (2000), Kotler (1993) e Sandhusen (1998) afirmam sobre o comportamento de compra do consumidor, onde o comportamento de compra tem como os modelos mentais utilizados pelo consumidor na determinação do produto/serviço ideal à satisfação de suas necessidades. Esses modelos mentais, que podem ser descritos como formas e esquemas de interpretação, organização, decisão e comunicação de um indivíduo, são normalmente ativados pelo processo de compra do consumidor, incluindo desde a fase de identificação da necessidade até a fase de pós-compra do produto/serviço. 4.2 Identificação das percepções, expectativas e receptividade dos torcedores em relação ao time em questão e futuros produtos licenciados Na seqüência serão dispostos os gráficos correspondentes às respostas dos torcedores juntamente com as análises que contou com a colaboração de 202 pessoas, refere-se sobre a percepções, expectativas e receptividade dos torcedores em relação ao time em questão. A seguir, será demonstrada no gráfico 11 a preferência de compra por produtos de empresas parceiras ou patrocinadoras do seu clube. Gráfico 11: Preferência de Comprar produtos de empresas parceiras ou patrocinadoras do seu clube Fonte: Dados Primários 59 O gráfico 11 demonstra que os pesquisados “às vezes” com 36.9% preferem comprar produtos de empresas parceiras ou patrocinadas pelo seu clube, 24,2% do total responderam que “sempre” preferem comprar, 14.6% do total “quase sempre”, enquanto 12,6% do total “nunca” preferem comprar e em menor escala 11,6% “quase nunca” preferem comprar produtos de empresas parceiras ou patrocinadas do seu clube. Observou-se após análise do gráfico 11 que o potencial de venda de produtos ou serviços das empresas parceiras ou patrocinadoras dos clubes acima mencionados é bastante elevado, 75,7% dos pesquisados total responderam que adquirem os produtos das empresas patrocinadoras “às vezes, sempre ou quase sempre”, apenas 24,3% “quase nunca ou nunca” preferem comprar produtos de empresas parceiras ou patrocinadas do seu clube. Esse número deve ser explorado pelas empresas juntamente com o clube que busca vender produtos licenciados com a marca do clube a esse público através de estratégias. Pozzi (1998) relata que com o propósito de associar diretamente a imagem da empresa e ou produto com o evento, o patrocinador utiliza-se deste relacionamento para atingir seus objetivos promocionais ou facilitar e dar suporte aos seus objetivos globais de Marketing. A seguir, o gráfico 12 traz a informação referente à percepção dos pesquisados com relação às empresas parceiras e os patrocinadores das equipes rivais, se os mesmos compram produtos com a marca que patrocinam os times rivais. Gráfico 12: Percepção de Compra de produtos das patrocinadoras do clube rival Fonte: Dados Primários empresas parceiras ou Entendeu-se no gráfico 12 que 29.4% do total dos pesquisados “sempre” 60 evita comprar produtos de empresas parceiras ou patrocinadas pelo clube rival, 26.4% do total “às vezes” evitam comprar, 21,8% do total responderam que “nunca”, enquanto 13,2%do total “quase nunca” evita comprar, por quaisquer que seja o motivo e em menor escala com 9,1% do total “quase sempre” evita comprar os produtos. Foi possível perceber após a análise do gráfico 12 que os pesquisados inseridos em questão tiveram como opção mais respondida “sempre” , e em segundo lugar houve quase um empate entre “as vezes e nunca”. De qualquer forma é possível concluir que mesmo se tratando do patrocinador da equipe rival, a empresa tem visibilidade perante a torcida e aos indivíduos que assistem aos jogos de futebol. Para o departamento de marketing do clube referente aos dados coletados do gráfico deve-se levar em consideração a abordagem de Engel, Blackwell & Miniard (2000) onde afirma que deve sempre levar em conta quais são as motivações que o consumidor levam para adquirir um produto ou serviço, que comportamento pode ser influenciado pela atividade de marketing, e por fim, que esta influência deve ser no mínimo legal, ética e moral, buscando sempre resguardar os direitos do consumidor, fortalecendo assim a estratégia de marketing esportivo por parte do estudo do comportamento do consumidor. A seguir, será demonstrada no gráfico 13 se os pesquisados em questão acompanham noticias diariamente do seu clube de futebol. Gráfico 13: Freqüência dos pesquisados em relação às noticias do seu clube Fonte: Dados Primários Percebeu-se através do gráfico de número 13 que a grande maioria, ou 61 seja, 61,1% dos pesquisados “sempre” acompanha noticias do seu clube diariamente, 21,7% do total acompanha “quase sempre”, cerca de 10,1% do total acompanham “às vezes”, enquanto 3,5% dos pesquisados responderam que “quase nunca ou nunca” acompanha as noticias do seu clube diariamente. Analisando o gráfico 13 pode-se concluir que a maioria dos pesquisados 82,8% do total acompanha noticias do seu clube diariamente. Essa informação poderá ser de grande importância para o clube, mantendo os torcedores atualizados e para as empresas que utilizam a técnica do patrocínio esportivo. A seguir, é apresentado o gráfico 14, que demonstra se os pesquisados, enquanto consumidores, adquirem produtos com a marca de clubes de futebol. Gráfico 14: Freqüência de compra de produtos com a marca de clubes de futebol Fonte: Dados Primários Observou-se analisando o gráfico 14 que 35,5% dos pesquisados afirmaram que “sempre” compram produtos com a marca de clubes de futebol, em segundo lugar com 23,5% do total “às vezes” adquirem os produtos, 20,5% do total “quase sempre” adquirem os produtos, enquanto cerca de 11,0% “quase nunca” adquirem os produtos e em menor escala com 9,5% do total “nunca” compram produtos com a marca de clubes de futebol. Observou-se após análise do gráfico 14 que o potencial de vendas de produtos com a marca do clube é considerável. Acredita-se que o futebol mexe muito com o emocional e o torcedor aumenta a compra dos produtos do clube de acordo com o desempenho da equipe, já que neste esporte, o sentimento é colocado à prova sempre, conforme a lealdade dos torcedores vai aumentando, a marca do clube passa a ficar mais valorizada. 62 Essa afirmação constata-se com as dos autores Aaker (1996), Kapferer (2003), Machado (2006) e Kotler, Keller (2006) onde afirmam que a marca protege, legalmente, especificações exclusivas dos produtos e, também, pode ser um símbolo de qualidade e de clientes satisfeitos. Além disso, serve para endossar o produto por meio de associações exclusivas, criar vantagem competitiva e retorno financeiro. Segue o gráfico 15 com intuito de verificar se os pesquisados são sócios de seus clubes. Gráfico 15: Participação dos pesquisados enquanto sócios nos seus clubes Fonte: Dados Primários Entendeu-se no gráfico 15 que 73,9% do total “não”é associado a seu clube, 18,1% do total responderam que “sim” e em menor escala “talvez” seriam associado ao seu clube. Analisando o gráfico 15 foi possível identificar que os pesquisados em sua grande maioria não tem o hábito de associar-se ao seu clube de futebol. Para o departamento de marketing do clube esses dados são de grande avalia, podendo fazer um estudo e fazer pesquisas para que os torcedores possam em futuro próximo ser sócio do clube. Tratando-se de participação dos pesquisados enquanto sócios, o responsável de marketing do clube criou uma campanha onde o foco era atrair sócios para o clube, “A hora é agora, e é muito fácil, seja sócio marinheiro com apenas 30 reais mensais, podendo assistir a todos os jogos do Rubro-anil no estádio Dr. Hercílio luz, além de concorrer a prêmios exclusivos a partir já de domingo. Você não pode perder as próximas partidas do Marinheiro, vamos rumar ao mais alto posto, seja sócio e juntos vamos levar o Marcílio para a 63 série B em 2009”. O próximo gráfico, de número 16 mostra se os pesquisados, enquanto torcedores, utilizam habitualmente camisa ou outro acessório que o identifique como torcedor. Gráfico 16: Hábito de utilizar camisa ou outro acessório que identifique como torcedor Fonte: Dados Primários Percebeu-se através do gráfico de número 16 que 36,2% do total dos pesquisados “sempre” utiliza camisa ou outro acessório que identifique como torcedor, com 22,6% do total utiliza-se “às vezes”, 20,6% do total “quase sempre” utiliza-se, enquanto 13,1% dos pesquisados responderam que “nunca” e em menor escala com 7,5% “quase nunca” utiliza-se camisa ou outro tipo de acessório que os identifique como torcedor. Analisando o gráfico 16 pode-se concluir que 56,8% utiliza-se ou tem interesse em utilizar camisa ou outro acessório que identifique como torcedor, 22,6% responderam que às vezes utilizam, por quaisquer motivos que seja e 30,6% quase nunca ou nunca utilizam camisas ou outros acessórios que os identifique como torcedor. Esses dados são de grande importância para o marketing do clube, podendo assim fazer campanhas para que os torcedores passam a utilizar habitualmente camisas ou outros acessórios licenciados do clube. O próximo gráfico, de número 17 mostra se os pesquisados, enquanto torcedores, compram produtos do seu clube independentemente dos resultados obtidos no campeonato. 64 Gráfico 17: Freqüência de compra de produtos independentemente dos resultados Fonte: Dados Primários Observou-se analisando o gráfico 17 que 49,2% dos pesquisados afirmaram que “sempre” compram produtos independentemente dos resultados, em segundo lugar com 20,3% do total “às vezes” adquirem os produtos, 14,7% do total “quase sempre” adquirem os produtos, enquanto cerca de 9,6% “nunca” adquirem os produtos e em menor escala com 6,1% do total “quase nunca” compram produtos do seu clube independentemente dos resultados obtidos no campeonato. Analisando o gráfico 17 pode-se afirmar que 63,9% compram produtos do seu clube independentemente dos resultados, 20,3% responderam que “às vezes” compram, por quaisquer motivos que seja e 15,7% “quase nunca” ou “nunca” compram produtos do seu clube independentemente dos resultados obtidos no campeonato. Essa informação é de grande valia para os clubes, quanto para as empresas patrocinadoras. As empresas não devem apenas apoiar os clubes vencedores, mas sim explorar as necessidades e desejos que os torcedores possuem como consumidores de produtos dos seus clubes. Para o marketing do clube, o bom desempenho dos clubes nos gramados do Brasil é ótimo naturalmente, é de grande exemplo o Clube Atlético Paranaense que gerou uma legião de novos torcedores e associados. O próximo gráfico, de número 18 mostra se os pesquisados, enquanto torcedores procuram influenciar pessoas próximas (filhos, amigos...) a torcerem pelo seu clube. 65 Gráfico 18: Influência dos pesquisados enquanto a pessoas próximas (filhos, amigos...) a torcerem pelo seu clube Fonte: Dados Primários Observou-se analisando o gráfico 18 que 66,0% dos pesquisados afirmaram que “sempre” procuram influenciar as pessoas próximas, em segundo lugar com 10,7% do total “quase sempre” procuram influenciar, 9,6% do total “às vezes” procuram influenciar, enquanto cerca de 9,1% “nunca” procuram influenciar e em menor escala com 4,6% do total “quase nunca” procuram influenciar pessoas próximas (filhos, amigos...) a torcerem pelo seu clube. Analisando o gráfico 18 pode-se afirmar que 76,7% procuram influenciar as pessoas próximas, influenciar as pessoas (filhos, amigos...) a torcerem pelo seu clube. Os torcedores influenciando os seus filhos ou amigos, juntamente com o trabalho do departamento de marketing, é de grande importância para o futuro do clube, sendo que em longo prazo o mesmo, possa obter atletas “pratas da casa” seguidamente gerando uma nova legião de torcedores. O próximo gráfico, de número 19 mostra se os pesquisados, enquanto torcedores do clube em questão, conhecem se o clube possui patrocínio com grandes empresas. Gráfico 19: Percepção dos pesquisados enquanto ao patrocínio do clube com grandes empresas Fonte: Dados Primários 66 Percebeu-se através do gráfico de número 19 que 42,4% do total dos pesquisados responderam que o clube “não” possui patrocínio de grandes empresas, com 33,3% do total responderam que “não conhece” patrocínio de grandes empresas e em menor escala com 24,2% responderam “sim” que o clube em questão possui patrocínio com grandes empresas. Analisando o gráfico 19 foi possível identificar que os pesquisados em sua grande maioria responderam que o clube em questão, “não” possui patrocínios com grandes empresas. Para Francisco Machado diretor do grupo Dass, em entrevista para o site Mundo Marketing 04/08/2008, afirma que o torcedor enxerga à empresa patrocinadora de seu clube com mais atenção e respeito, tornando aquela marca a primeira da lista na hora da compra. O prestígio que a marca alcança com os torcedores de um clube acaba gerando fidelidade. A seguir mostra-se a figura 2 que apresenta as marcas mais associadas com futebol no Brasil. Figura 2 Marcas mais associadas com futebol no Brasil Fonte: Futebol & Negocio (2008) O próximo gráfico, de número 20 mostra se os pesquisados, enquanto consumidores possuem conhecimento de algum produto com a marca do clube em questão. 67 Gráfico 20: Conhecimento dos pesquisados sobre algum produto com a marca do clube Fonte: Dados Primários O gráfico 20 descreve que 58,5% do total dos pesquisados “Não conhecem” nenhum produto com a marca do clube pesquisado, enquanto 41,5% responderam que “conhecem” produtos com marca do clube pesquisado. Analisando o gráfico 20 pode-se concluir que os pesquisados em maior escala não possuem conhecimento de produtos com a marca do clube pesquisado, mas em um número considerável os pesquisados possuem conhecimento de produtos com a marca do clube. È de grande importância para o clube à pesquisa em questão, acredita-se devido a vários casos de sucessos de clubes de futebol, Atlético Paranaense, Grêmio, Figueirense, entre outros, que produtos com a marca do clube fazem parte da estratégia de visibilidade, onde sua marca fica estampada por diversos lugares e serve também para arrecadar recursos para serem empregados no desenvolvimento do clube. A seguir, é apresentado o gráfico 21, que demonstra se os pesquisados, enquanto torcedores, conhecem alguma estratégia de marketing adotada pelo clube pesquisado e questão. Gráfico 21: Conhecimento dos pesquisados sobre alguma estratégia de marketing adotada pelo clube Fonte: Dados Primários 68 Percebeu-se através do gráfico de número 21 que 76,3% do total dos pesquisados responderam que “não conhece” nenhuma estratégia de marketing adotada pelo clube pesquisado, com 23,7% do total responderam que “conhece” alguma estratégia adotada pelo clube pesquisado em questão. Analisando o gráfico 21 pode-se afirmar que os pesquisados em sua grande maioria representados por 76.3% do total não possuem conhecimento de estratégia de marketing adotada pelo clube pesquisado. Em entrevista concedida à equipe Chute no Gol no dia 07/11/2007, Marcello Collodoro pergunta ao Diretor de Marketing do São Paulo Futebol Clube, Orandi Mura, 55, se o mesmo acha que os clubes exploram bem o marketing esportivo. Ele afirma que os clubes em geral não exploram porque isso é reflexo de uma boa base de diretoria, que divide o clube em departamentos, entre eles o marketing. Mas tem clubes que não sabem explorar, colocam curiosos no cargo de marketing. Um planejamento bem elaborado pode, de médio em longo prazo, trazer lucro ao clube. Para o departamento de marketing do clube é relevante à abordagem do autor Melo Neto (1998) onde afirma que o clube em seu processo de transformação precisa trocar a paixão por atos e a visão do presente por uma perspectiva de longo prazo, ou seja, surge à necessidade da implementação de uma visão estratégica. O que se cria pela utilização de uma visão estratégica por parte dos clubes é a perspectiva da resolução, sem que haja a obrigatoriedade ou garantia da solução. O que se propõe é um ingrediente a mais para dar segurança as propostas de médio e longo prazo por parte dos dirigentes esportivos. Tratando-se de estratégia de marketing, verificou-se em pesquisa observada no site do clube pesquisado que o responsável pelo departamento de marketing do clube produziu uma campanha muito significante, onde estão sendo vinculados na Internet, outdoors, jornais, revistas, propagandas de televisão e rádios e nos murais de ponto de ônibus, onde aborda a seguinte frase “O MARCILIO SERÁ GRANDE SE VOCÊ JOGAR JUNTO”. A seguir, é apresentado o gráfico 22, que demonstra se os pesquisados, enquanto consumidores comprariam produtos com a marca do clube pesquisado em questão. 69 Gráfico 22: Aceitabilidade dos pesquisados sobre produtos com a marca do clube Fonte: Dados Primários Percebeu-se através do gráfico de número 22 que 79,0% do total dos pesquisados responderam “sim” que comprariam produtos com a marca do clube pesquisado, com 15,5% do total responderam que “talvez” comprariam e em menor escala 5,5% do total responderam que “não” comprariam produtos com a marca do clube pesquisado. Analisando o gráfico 22 foi possível identificar que os pesquisados em sua grande maioria comprariam produtos com marca do clube e com 20,5% responderam que “não” ou “talvez” comprariam produtos com a marca do clube por quaisquer motivos que seja. Em entrevista concedida à equipe máquina do esporte no dia 24/04/2008, Erich Beting fala que o alto valor cobrado para a aquisição de produtos oficiais dos clubes de futebol tem feito com que a pirataria seja incentivada. Os clubes têm que estar atentos para todo o mix de marketing, pois não adianta apenas ter o programa de licenciamento e avisar que os produtos existem. É fundamental que os produtos estejam acessíveis tanto no preço quanto nos canais de distribuição. Aborda Henrique (2008) que a compra de produtos com a marca do clube facilita as transações, pois torna mais rápida a interpretação e processamento das informações pelo torcedor/cliente em relação com determinadas experiências com os produtos, gerando expectativas de confiança, satisfação e auto-expressão, pois uma marca forte melhora a eficiência dos programas de marketing como relacionamento e fidelidade. A seguir, é apresentado o gráfico 23, que demonstra se os pesquisados aprovam a idéia do clube pesquisado abrir uma loja com produtos esportivos. 70 Gráfico 23: Avaliação dos pesquisados sobre a idéia do clube abrir uma loja com produtos esportivos Fonte: Dados Primários Percebeu-se através do gráfico de número 23 que 77,4% do total dos pesquisados acham “Ótimo” a idéia do clube, 17,6% do total acham “boa” a idéia, 3,0% do total acham “regular” a idéia, em menor escala 2,0% do total acham “péssima” a idéia e com 0% ou nenhum respondente acham “ruim” a idéia do clube abrir uma loja com produtos esportivos. Analisando o gráfico 23 foi possível identificar que os pesquisados com 95% do total acham “ótima” e “Boa” a idéia do clube pesquisado abrir uma loja com produtos esportivos. È de grande importância para o clube à pesquisa em questão, devido a vários casos de sucesso no futebol catarinense, um deles é o Figueirense que tem a loja Figueira Store, uma loja oficial onde o objetivo é facilitar a vida dos seus torcedores nas compras por produtos esportivos. A seguir, é apresentado o gráfico 24 se os pesquisados, como torcedores avaliam o marketing do clube pesquisado em questão. Gráfico 24: Percepção dos pesquisados sobre o marketing do clube Fonte: Dados Primários 71 O gráfico 24 demonstra que o clube não possui um departamento de marketing convincente, pois 36,5% do total responderam que o marketing do clube é “regular”, 26,0% do total disseram que o marketing é “ruim”, enquanto 16,0% responderam que o marketing do clube é “bom”, seguido de 14,0% que avaliam que o marketing do clube é “péssimo” e em menor escala 7,5% do total responderam que o clube tem um “ótimo” departamento de marketing. Analisando o gráfico 23 foi possível identificar que os pesquisados em sua grande maioria com 76,5% do total acham o marketing do clube “regular”, “ruim” e “péssimo, com apenas 23,5% do total, os pesquisados acham “bom “ e “ótimo” o marketing do clube pesquisado. Hinrichsen (2007) diretor do departamento de marketing do flamengo diz que o marketing não pode ter nenhuma interferência ou ligação com a administração do dia-a-dia do futebol. A função do marketing no futebol é pegar os resultados de dentro de campo e transformá-los em resultado comercial, o que o marketing pode fazer é organizar e maximizar os resultados para ser investido no espetáculo, em melhores estádios e para manter atletas por mais tempo no clube. Em outra abordagem sobre marketing de clubes, Afif (2000) afirma que o marketing esportivo é uma das estratégias que utilizam o esporte para atingir suas metas. Para ele, existem duas formas de definir essa prática. A primeira se faz por intermédio do marketing de produtos e serviços voltados aos consumidores que, de alguma maneira, se relacionam com o esporte (camisas oficiais do time, por exemplo). A segunda trata-se de uma estratégia que emprega o esporte como meio de divulgar produtos, sem que estes tenham ligação com atividades esportivas (patrocinadores em geral). O autor ainda complementa dizendo que o marketing esportivo cai como uma luva, pois é o momento em que se pode atingir o expectador (consumidor) durante o seu lazer, é quando este está disposto a receber à mensagem da empresa e seus produtos. 4.3 Verificação, junto a um time rival, as características dos produtos que já são licenciados e comercializados Para a realização da pesquisa foi elaborado um roteiro de entrevista que foi aplicado junto ao gerente responsável do departamento de marketing e licenciamento do clube Figueirense Futebol Clube. 72 A primeira questão abordou-se os principais valores que o clube possui. Verificou-se que torcedores, jogadores e colaboradores do clube são os principais valores que o clube possui. A segunda questão avaliou-se como esses valores citados acima se manifestam, principalmente, no dia a dia do clube. O responsável pelo departamento de marketing deixa claro que esses três valores são de grande importância para o clube, formam um conjunto, uma união, para que o mesmo seja sempre bem representado e bem visto no cenário nacional. Os colaboradores do clube é a base, onde todos os dias têm dedicação e seriedade, os jogadores são os representantes do trabalho feito pelos colaboradores e o torcedor é os que prestigiam que consome, que aplaude é o resultado de um grande planejamento. Seguindo o mesmo raciocínio do respondente, Leite Lopes (1999) aborda que o profissionalismo, hoje, não diz respeito só aos jogadores, mas se situa num nível mais abrangente, no nível do enquadramento de uma atividade esportiva que se tornou um espetáculo televisivo. Ele é levado a criar ou a transformar, por essa razão, todo um conjunto de profissões que se situam na interseção entre as profissões do corpo (preparadores físicos, fisioterapeutas, médicos), as profissões do espetáculo (os “empresários” que gerem as carreiras dos jogadores, os responsáveis pelas “relações públicas”), a numerosa imprensa esportiva, os especialistas em marketing esportivo, e o pessoal de serviço (vigilantes, pessoal do estádio, funcionários e voluntários, recepcionistas etc.). A terceira questão constata-se na seqüência como o departamento de marketing e licenciamento avalia a quantidade, diversidade e qualidade dos produtos e serviços ofertados pelo clube, se o Licenciamento era interno ou terceirizado e qual a sua importância. Após análise da pergunta o responsável afirma que o clube está com uma linha boa, porém eles estão em um planejamento em curso para segmentar e oferecer produtos licenciados para todos os tipos de consumidores. O licenciamento é interno e eles possuem uma agencia em São Paulo, pois, lá é o grande centro econômico brasileiro e precisamos de uma empresa nos representando naquele mercado. Ele ainda afirma que ao ter um processo de licenciamento interno, o clube gerencia e controla melhor a forma que é utilizada a marca e os valores dos contratos. 73 A quarta questão avaliou-se o departamento de marketing, se o mesmo visualiza o planejamento, a realização e os resultados dos jogos. O responsável comunica que sim, o departamento está trabalhando para mudar a cultura dos torcedores, tentando mostrar aos mesmos que quanto mais eles usarem produtos licenciado, mais competitivo o clube fica e conseqüentemente mais títulos irá conquistar. A abordagem do responsável constata-se com a avaliação do autor Pozzi (1998) onde afirma que o Grêmio Futebol Porto Alegrense é um exemplo de utilização de estratégia de marketing muito bem administrada. Dedica-se ao associado/torcedor como segmento de mercado, usa o slogan “Grêmio: 6.000.000 de clientes satisfeitos”; a estratégia de linha de produto, como camisetas, transformou o time no que mais vendeu camisetas no mundo em 1996, e, com o licenciamento de produtos, possui mais de 250 produtos licenciados. Também as lojas do Grêmio Mania são um exemplo de estratégia de distribuição. Na quinta questão abordou-se o tema mercadológico, como eles avaliam o desempenho do clube, nestes últimos 10 anos. O responsável afirma que a avaliação do desempenho mercadológico é positiva, pois nos últimos 10 anos, o clube obteve um aumento aproximado de 665% de sua receita anual. Na sexta questão avaliou-se os resultados, se é possível apontar um ou alguns resultados (títulos, Público, vendas, licenciamento de produtos ou patrocínios) que sejam mais importantes, mais representativos buscados pelo clube. O responsável ressalta que todos os resultados são representativos, pois, o Figueirense para poder disputar um campeonato onde a diferença entre a receita financeira para com os demais clubes é bastante relevante, todos os resultados são buscados a cada dia. A sétima questão questionou-se ao responsável quais são as principais oportunidades de marketing pro clube. Ele aponta a mídia espontânea, principal esporte nacional e paixão dos torcedores. Em abordagem sobre oportunidade de marketing o autor Pozzi (1998) aborda que o futebol possui um enorme potencial que se for explorado com as ferramentas adequadas de marketing agregará um grande valor aos clubes. Existem diversas oportunidades de marketing integradas aos objetivos da organização que são fundamentais para aumento das receitas e 74 aproveitamento das oportunidades. A oitava questão abordou-se o tema produtos e serviços, em relação entre eles, quais seriam as características e os desempenhos ótimos dos mesmos. Nessa questão o responsável enfatiza a importância de satisfazer as necessidades dos consumidores, para que os mesmos retornem a comprar um produto ou serviço do clube. Na nona questão constata-se o tema político, como o departamento visualiza no clube, o impacto da questão política, nas atividades desenvolvidas pelo marketing, por exemplo. O responsável explica que a questão política pode afetar positivamente e negativamente, EX: Proibição de venda de cerveja dentro do estádio, conseqüência queda de receita em dias de jogos, e alteração do plano diretor da região permitindo o projeto do novo estádio. A décima questão avaliou-se à receita do clube, se a grande receita, assim como da maior parte dos clubes brasileiros, ainda é a televisão e como estão distribuídas hoje as principais fontes de receita do clube. Verificou-se que o clube por não pertencer ao clube dos 13, a receita da televisão não é única forma de sobrevivência, é obtido patrocínios/publicidades e royalties; receita de bares, venda de ingressos e sócios que contribuem em equiparadas condições com a receita do clube. 4.4 Observação de pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças de produtos licenciados pelo Marcílio Dias Na seqüência serão observados os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças que o clube possui em análises feitas juntamente com a pesquisa quantitativa, qualitativa e dados secundários com intuito de avaliar a viabilidade de comercialização de produtos licenciados com a marca do Marcilio Dias. 4.4.1 Observação das análises dos pontos fortes e fracos para comercialização de produtos licenciados com a marca do Marcílio Dias No quadro 5 a seguir indicam-se os pontos fortes e fracos das análises feitas sobre os entrevistados da pesquisa quantitativa e qualitativa juntamente com as observações feitas sobre cada ponto no que refere-se a 75 comercialização de produtos licenciados com a marca do clube pesquisado. Quadro 5: Análise dos pontos fortes e fracos para comercialização de produtos licenciados Fonte: Dados Primários Verificou-se na faixa etária gráfico 02 que a grande maioria dos pesquisados em questão possui até 30 anos com 93% do total do pesquisados, avalia-se que é um ponto neutro, mas é de grande importância para o clube, pois podem ser lançados ao mercado produtos licenciados para todas as faixas etárias. Analisando as respostas do gráfico 05 foi percebida pouca diferença ao que se refere à renda mensal individual entre os entrevistados em questão, acredita-se que o fator renda é um ponto neutro, mas é de grande importância para o comércio de produtos licenciados, pois quanto melhor for à renda dos torcedores mais produtos poderão adquiri-los. Observa-se que na grande maioria dos pesquisados a localização (gráfico 06) que predomina é na cidade de Itajaí – SC, mas não dispensando um considerável número de moradores de cidades vizinhas. Constata-se que o fator localização é um ponto forte e de grande importância para o clube, pois inicialmente pretende-se instalar a loja de produtos licenciados na cidade de Itajaí-SC, podendo assim os torcedores da cidade e região freqüentar e adquirir produtos na loja. 76 Verificou-se gráfico 07 que 82,1% dos pesquisados predomina o futebol como esporte favorito. Avalia-se que para o clube esse percentual é um ponto forte e de grande importância, pois a implantação de uma loja de produtos esportivos poderá obter uma grande visibilidade e atratividade para esse público alvo. Conclui-se gráfico 08 com os dados analisados, que os pesquisados não possuem hábito de freqüentar movimentos, associações ou torcidas organizadas do seu clube. Verifica-se que essa pesquisa é um ponto fraco, mas de grande importância para o clube, pois o torcedor freqüentando esses movimentos, associações ou torcidas organizadas acredita-se que estarão sempre visitando a loja e adquirindo produtos licenciados do clube. Após a análise do gráfico 09 é possível perceber que apenas 52,1% dos pesquisados gostam de freqüentar os estádios de futebol para assistir seu clube em campo. Avalia-se esse dado como um ponto fraco, mas de grande importância para o clube, pois inicialmente pretende-se instalar a loja de produtos licenciados nas dependências do clube, por esse motivo entende-se com uma maior freqüência de torcedores ao estádio, maior será a divulgação da loja para os mesmos. Observou-se após uma análise do gráfico 10 que os pesquisados em grande maioria buscam comprar produtos originais do seu clube, apresentando 71,8% dos pesquisados. Acredita-se que esse percentual é um ponto forte e de grande importância para o clube, pois com a implantação de produtos licenciados, o clube poderá fornecer a esse público produto de grande qualidade. Conclui-se após análise do gráfico 14 que o potencial de vendas de produtos com a marca do clube é considerável, avalia-se que é um ponto forte e de grande importância para o clube, pois com esse potencial o clube poderá fazer estratégias de marketing oferecendo produtos licenciados de qualidade para esse público. Analisando o gráfico 15 foi possível identificar que os pesquisados em sua grande maioria não têm o hábito de associar-se ao seu clube de futebol. Acredita-se que esse dado é um ponto fraco, mas de grande importância para o clube, pois para implantação da loja de produtos licenciados, a participação dos torcedores associados é fundamental em vários aspectos, divulgação, 77 aquisição, planejamento, organização e etc. Analisando o gráfico 16 pode-se concluir que 56,8% utiliza-se ou tem interesse em utilizar camisa ou outro acessório que identifique como torcedor esse percentual é um ponto forte e de grande importância para o clube, pois o departamento de marketing pode levar em conta esse dado para fazer estratégias de marketing na venda de camisas com a marca licenciada do clube. Conclui-se após análise do gráfico 17 que 63,9% compram produtos do seu clube independentemente dos resultados, acredita-se que esse dado é um ponto forte e de grande importância para o clube, pois o departamento de marketing mesmo quando o clube não possuir resultados positivos poderá fazer campanhas e estratégias para vender seus produtos licenciados. Analisando o gráfico 20 pode-se concluir que os pesquisados em maior escala não possuem conhecimento de produtos com a marca do clube pesquisado. Avalia-se que para o clube esse dado é um ponto fraco, mas de grande importância para implantação da loja, o departamento de marketing precisará fazer campanhas e estratégias para que o torcedor possa a vir adquirir os produtos licenciados. Observou-se após análise do gráfico 21 que os pesquisados em sua grande maioria não possuem conhecimento de estratégia de marketing adotada pelo clube pesquisado. Acredita-se que esse dado é um ponto fraco, mas de grande importância para o clube, principalmente tratando-se de implantar uma loja de produtos licenciados o departamento de marketing deve estar sintonizado com o público consumidor sempre para que possa com suas estratégias fazê-los a consumir os produtos licenciados. Conclui-se após análise do gráfico 22 que os pesquisados em sua grande maioria comprariam produtos com marca do clube, verifica-se esse dado como um ponto forte e de grande importância para o clube, pois com essa aceitabilidade perante aos pesquisados, a implantação de uma loja será de grande valia para o clube, podendo os mesmos obter um local próprio e de fácil acesso para adquirir os produtos licenciados. Analisando o gráfico 23 foi possível identificar que os pesquisados em sua grande maioria com 95% do total acham “ótima” e “Boa” a idéia do clube pesquisado abrir uma loja com produtos esportivos. Acredita-se que esse 78 percentual é um ponto forte e de grande importância para a implantação de um a loja de produtos licenciados, o departamento de marketing precisará sempre está em contato com os torcedores, associados e consumidores passando a eles credibilidade e comprometimento para que a loja possa se tornar um sucesso. Após análise da questão 3 o responsável afirma que o clube está com uma linha de produtos boa, porém eles estão em um planejamento em curso para segmentar e oferecer produtos licenciados para todos os tipos de consumidores. O licenciamento do clube rival é interno e eles possuem uma agencia em São Paulo, pois, lá é o grande centro econômico brasileiro e o responsável afirma ainda que o clube precisa de uma empresa que os represente naquele mercado. Avalia-se essa entrevista como um ponto fraco, mas de grande importância para o clube, o clube rival já está bem estruturado tecnologicamente e financeiramente perante o clube pesquisado, mas é de grande valia essa informação para que em longo prazo o clube possa estar estruturando-se para atender aos seus consumidores, torcedores e associados com qualidade. 4.4.2 Observação das oportunidades e ameaças juntamente com o ambiente de marketing para comercializar produtos licenciados com a marca do Marcílio Dias A seguir serão analisadas as 6 grandes dimensões do ambiente de marketing, a econômica, política, competitivo, natural, tecnológico e a social para avaliar a viabilidade mercadológica para a comercialização de produtos licenciados com a marca Marcílio Dias. 4.4.2.1 Ambiente Econômico Em observação ao ambiente econômico encontra-se uma oportunidade e uma ameaça referente à implantação da loja e comercialização de produtos do clube. Churchill e Peter (2000) afirmam que numa economia de crescimento mais lento, os profissionais de marketing podem ter de conhecer melhores seus 79 clientes para criar valor, ainda abordam que o ambiente econômico para o marketing envolve a economia como um todo, incluindo ciclos de negócios e padrões de gastos, além de questões referentes à renda do consumidor. Em uma matéria realizada pelo IG vinculado no dia 22/04/2008 e postado no site http://www.indcultural.hpg.ig.com.br/industri.htm “Indústria do Futebol - Torcida significa consumidor” é abordado que toda essa circulação de dinheiro em volta do futebol é por causa de um único motivo: o torcedor. O torcedor é quem paga o ingresso, vai ao campo, compra os produtos dos times e dá audiência aos meios de comunicação. Os dirigentes deixaram de ser amadores (ou tentam deixar de ser) e começaram a administrar os clubes como administrariam a sua empresa que visa o lucro. O esporte é hoje a segunda atividade que mais gera dinheiro no mundo perdendo para o turismo, e de todos esportes o que circula mais dinheiro é o futebol. Sabendo desse dado e que o futebol conta com um público fiel empresários de grandes multinacionais começaram a enxergar o torcedor como um consumidor em potencial e grande fonte de renda para os clubes. No Brasil o processo de profissionalização está apenas começando. Grandes clubes como Atlético, Flamengo, Corinthians, Cruzeiro, Grêmios já estão se unindo ou já se uniram com grandes parcerias. Os grupos de investimentos sabendo das grandes torcidas e da paixão do brasileiro pelo futebol, se unem ao clube e exploram a marca, vendendo uma infinidade de produtos com o logo do time e em troca sustentam os clubes com o pagamento da folha de salários dos jogadores e investe em grandes contratações para ver sempre o clube em alta para que o cliente (torcedor) esteja feliz e compre seus produtos. Em uma matéria realizada pela a UOL esportes vinculados no dia 13/10/2008, "Crise desacelera futebol brasileiro e ameaça preparação para Copa de 2014", é abordado o seguinte assunto: A queda das bolsas, congelamento do crédito, redução de taxas de juros e recessão, com a crise global da economia, o futebol brasileiro já começa a estudar esses termos, se preparando para quando o esporte for atingido, especialista alertam que o mercado boleiro já sente efeitos da desaceleração global e prevêem reflexos maiores nos gramados. Acredita-se que a crise financeira é uma ameaça para o clube, pois durante uma recessão, os consumidores cuidam das suas 80 reservas financeiras, diminuindo naturalmente os seus gastos, dificultando assim a comercialização dos produtos licenciados. 4.4.2.2 Ambiente Político e Legal Em observação ao ambiente político e legal encontra-se duas oportunidades e uma ameaça referente à implantação da loja e comercialização de produtos do clube. O ambiente político e legal influencia as estratégias de marketing por meio de leis, regulamentações e pressões políticas (CHURCHILL; PETER, 2000) Em uma matéria pública no site www.futebolfinance.com/timemania no qual o assunto era “Time mania – solução para as dívidas dos clubes brasileiros” aborda que o poder público, por entender que o futebol é um negócio importante para as economias local e nacional, executam algumas ações de apoio aos clubes. No decorrer da história as loterias esportivas são um exemplo deste fato. Uma nova loteria que usará as marcas de clubes brasileiros, chamada de Time Mania, foi aprovada no Congresso Nacional e passará a existir a partir da segunda metade de 2006, pretendendo auxiliar os clubes de futebol brasileiros a quitarem as suas dividas fiscal. Em visita ao site www.furacão.com verificou-se uma reportagem sobre o Clube Atlético Paranaense postada no dia 21/04/2008 por Patrícia Bahr onde o tema era "Um drible na Pirataria" abordava-se que o trabalho de combate à pirataria rendeu ao clube um prêmio na Câmara dos Deputados, em 2005, quando o Atlético foi convidado a participar do 1° Seminário de Combate à Pirataria do Brasil, organizado pela Frente Parlamentar de Combate à Pirataria e Sonegação Fiscal, com o clube apresentando suas ações no combate à venda de produtos falsificados. Na oportunidade, o Atlético reproduziu um varal semelhante aos que comercializam camisas piratas nas proximidades de diversos estádios do país, com a peculiaridade de que no varal atleticano todos os produtos serem oficiais e licenciados pelo clube. A iniciativa atleticana é pioneira no futebol brasileiro e serve de modelo para outros clubes do país, Internacional e Figueirense já manifestaram interesse em adotar essas estratégias. Muitos clubes fazem ações isoladas no 81 combate à pirataria, mas o grande diferencial do projeto do Atlético é fazer uma ação interligada com os vendedores ambulantes, não apenas apreendendo o produto falsificado, mas criando opções de venda para o mercado de ambulantes. Em uma matéria realizada pelo portal tigrelog vinculado no dia 26/04/2008 e postado no site http: //www.tigrelog.com.br/futebol/cbf-proibebebidas-alcoolicas-nos-estadios/ aborda um acordo assinado pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o presidente do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais da Justiça (CNPG), Marfan Vieira, proíbe, a partir de agora, a venda de bebidas alcoólicas nos estádios brasileiros em competições organizadas pela CBF. Teixeira acredita que com a proibição de venda de bebidas alcoólicas, pretende-se reduzir substancialmente a violência nos estádios, o que já está comprovado onde essa proibição acontece, o acordo é um avanço na busca pela segurança do torcedor nas partidas de futebol. 4.4.2.3 Ambiente Competitivo Em observação oportunidades e uma ao ambiente ameaça competitivo referentes à encontram-se implantação da duas loja e comercialização de produtos do clube. Os profissionais de marketing precisam descobrir o que seus concorrentes estão fazendo e prever o que eles podem fazer no futuro (CHURCHILL; PETER, 2000) Em visita ao site www.figueirense.com.br na área de licenciamento de produtos verificou-se algumas ações feitas pelo clube rival, segue as ações feitas: O cliente/torcedor ao comprar um produto que leva a marca “Figueirense”, além de usufruir dos benefícios incluídos no produto, contribui diretamente para o aumento da geração de receita do Clube e a área de licenciamentos do Figueirense Futebol Clube também promove a autorização de licença de operação de lojas oficiais, a exemplo da loja licenciada Figueira Stores, baseadas no conceito e know how obtidos com a loja do estádio Orlando Scarpelli. A seguir, é apresentada a figura 3, onde mostra-se uma foto ilustrativa da loja licenciada do Figueirense Futebol Clube localizada nas dependências 82 do clube a Figueira Store. Figura 3: Loja Figueira Stores Fonte: Dados Secundários Constatou-se que a figueira stores é uma loja licenciada do clube. A licença é um contrato comercial que promove a liberação para uso da marca em um determinado produto. Esse sistema traz resultados para todos os envolvidos no processo. No caso do Figueirense, objetiva o fortalecimento de sua marca. Já para as empresas parceiras, aparece como alternativa de associar a sua imagem e seu produto a um clube vencedor com “poder comercial. Os consumidores também são beneficiados no processo, com a oportunidade de adquirir produtos legítimos e de qualidade”. Em visita ao site www.jec.com.br no qual se refere ao clube Joinville Futebol Clube encontra-se uma pagina virtual no qual o nome chama-se www.lojadojack.com.br a loja oficial do torcedor jequeano, onde possui vários produtos licenciados com a marca do clube. A seguir, é apresentada a figura 4, onde se mostra uma foto ilustrativa do site da loja licenciada do Joinville Esporte Clube. Figura 4: Site da Loja do Jack Fonte: Dados Secundários Constatou-se que o site loja do Jack é uma loja oficial do torcedor 83 jequeano, onde os consumidores torcedores possam comprar produtos licenciados do clube Joinville Esporte Clube. Constatou-se uma ameaça ao clube pesquisado, em visita a uma matéria no blog Arena do Marketing vinculada no dia 01/04/2008, Hermes Tomedi, Gerente Regional do SESI em Blumenau em entrevista sobre o tema "Santa Catarina: terra dos estádios?", aborda que na última pesquisa de torcida divulgada no país, Santa Catarina exibia índices muito ruins de participação dos torcedores nos clubes locais. São Paulo, Palmeiras, Inter e Grêmio, só para citar alguns exemplos, fazem a cabeça de milhares de catarinenses, incluindo aí, os que têm clubes de relativa força em suas cidades. Os clubes catarinenses parecem dispostos a mudar essa realidade, no entanto Figueirense, Avaí, Joinville e Chapecoense planejam grandes estruturas para receber seus torcedores atuais e atraírem novos. 4.4.2.4 Ambiente Natural Em observação ao ambiente natural encontrou-se uma oportunidade referente à implantação da loja e comercialização de produtos do clube. Numa iniciativa pioneira e muito elogiada, o Paraná clube lançou o Projeto Gol da Natureza, através da empresa PlayNature, com a coordenação de William Presta, do ecologista acústico Beto Bertolini e do Fotógrafo da natureza Carlos Renato Fernandes (Tarzan), com o apoio da Center Mídia (Curitiba). O Paraná Clube, que tem no seu escudo a Gralha azul e o pinheirodo-paraná (símbolos oficiais do Estado), denota uma afinidade com o meio ambiente, e encontrou no Gol da Natureza uma possibilidade de viabilizar algumas práticas em favor da paz no esporte e de preservação do meio ambiente, confirmando uma política de comprometimento e responsabilidade social. No dia 5 de novembro de 2006, um pouco antes de iniciar o jogo entre o Paraná Clube e o Palmeiras, foram colados dois banners (7x3m) um em cada gol estampando imagens enigmáticas de olhos de pássaros, simbolizando “A natureza de olho em você”. A seguir, é apresentada a figura 5, onde se mostra uma foto ilustrativa do projeto Gol da Natureza. Paz, Calma e Tranqüilidade no Futebol organizado 84 pelo Paraná Clube. Figura 5: Projeto Gol da Natureza Fonte: Dados Secundarios Constatou-se ainda mais o sucesso Gol da Natureza, devido o Paraná Clube, desde o lançamento do projeto, não perder nenhum jogo e conquistou a classificação para a Copa Libertadores da América 2007. Certamente, o bom momento do time vai favorecer a divulgação da iniciativa e a adoção da prática por parte de outros clubes do Brasil e do exterior. Gol da Natureza e iniciativas similares têm nos permitido acreditar que é possível existir harmonia entre o homem, o progresso e o meio ambiente. Todos queremos viver em paz e desfrutar da melhor forma possível à vida no planeta Terra. Churchill e Peter (2000) afirmam que os profissionais de marketing descobriram que a consciência ambiental é muitas vezes não só necessária como lucrativa. Em muitas organizações essa consciência inclui o marketing verde, ou seja, atividade de marketing destinada a atender ao desejo dos clientes de proteger o ambiente. Verifica-se que o clube pesquisado possui um a grande oportunidade ao que se refere à comercialização de produtos licenciados, pois diante da afirmação dos autores e da campanha feita pelo Paraná Clube, o departamento de marketing pode aplicar uma campanha neste mesmo sentido juntamente com a implantação de produtos licenciados com a marca do clube destinado à campanha ambiental feita. 4.4.2.5 Ambiente Tecnológico Em observação ao ambiente tecnológico encontram-se uma ameaça e uma oportunidade referente à comercialização de produtos do clube. 85 Os desenvolvimentos tecnológicos proporcionam oportunidades importantes para melhorar o valor oferecido aos clientes e quando as organizações não acompanham as mudanças, a tecnologia torna-se uma ameaça (CHURCHILL; PETER, 2000) Em visita ao site www.sportmarketing.com.br verificou-se uma reportagem postada no dia 14/10/2008 no qual o tema era o lançamento da quarta camisa do Figueirense. A iniciativa é para comemorar os 10 anos de parceria da marca de materiais esportivos com o clube catarinense. A camisa tem um moderno e vistoso design, com o emprego de alta tecnologia de confecção e de tecidos compostos de fibras especiais perfeitamente adequadas a pratica de atividades esportivas. A seguir, é apresentada a figura 6, onde apresenta o modelo da quarta camisa do Figueirense Futebol Clube. Figura 6: Quarta camisa do Figueirense Futebol Clube Fonte: Dados Secundários Em análise ao site www.dataclick.com.br, uma empresa que produz sites na Internet, verificou-se uma reportagem publicada no dia 07/06/2004 que abre uma grande oportunidade para o clube pesquisado implantar produtos licenciados com a marca do clube no site. A reportagem fala que a nova frente de marketing do Clube Náutico Marcílio Dias mostra que o investimento do clube junto a Dataclick, já está trazendo ótimos e expressivos resultados. Segundo o Webalizer (sistema de estatísticas de acesso), o site chegou ao número de 3.421 visitas no mês de Abril, com uma média de 110 visitas diárias. Em uma média de relação por visita, cada usuário chega a visualizar um total de 16 páginas. Na prática, os atrativos do site e seu dinâmico processo de atualização de conteúdo, é que estão proporcionando estes números. Notícias diárias inseridas diante de um sistema totalmente gerenciável pela equipe de marketing e imprensa do clube, resultados, enquetes, fotos e muito mais novidades é que estimulam em uma crescente o 86 nível de ligação do usuário para com o clube. 4.4.2.6 Ambiente Social Em observação ao ambiente social são apresentadas 03 tabelas que demonstram ameaças ao clube pesquisado, devido à região sul receber menor investimento do governo federal ao que se compara com as demais regiões e duas campanhas que mostra oportunidade ao clube referente à comercialização de produtos do clube. A seguir, é apresentado o quadro 6, onde se mostra uma proporção em relação ao total de despesas e distribuição percentual dos recursos aplicados na função desporto e lazer para as grandes regiões. Quadro 06: Proporção em relação ao total de despesas e distribuição percentual dos recursos aplicados na função desporto e lazer para as grandes regiões. Fonte: IBGE, Diretoria de pesquisa, coordenação de população e indicadores sociais, Pesquisa de esporte 2003. Constatam-se na proporção em relação ao total de despesas e distribuição percentual dos recursos aplicados na função desporto e lazer para grandes regiões do Brasil, que a região com a menor porcentagem de distribuição é a região Sul do país. A seguir, é apresentado o quadro 7, onde se mostra o número e a distribuição percentual dos equipamentos esportivos existentes, por tipo de 87 equipamento esportivo nas grandes regiões do Brasil. Quadro 7: Número e a distribuição percentual dos equipamentos esportivos existentes, por tipo de equipamento esportivo nas grandes regiões do Brasil. Fonte: IBGE, Diretoria de pesquisa, coordenação de população e indicadores sociais, Pesquisa de esporte 2003. Constatam-se nos números e nas distribuições percentuais dos equipamentos esportivos existentes, que a região com o menor número e percentual é a região Sul do país. A seguir, é apresentado o quadro 8, onde se mostra o número e a distribuição percentual das instalações esportivas existentes, por tipo de instalação esportiva nas grandes regiões do Brasil. Quadro 8: Número e a distribuição percentual das instalações esportivas existentes, por tipo de instalação esportiva nas grandes regiões do Brasil. Fonte: IBGE, Diretoria de pesquisa, coordenação de população e indicadores sociais, Pesquisa de esporte 2003. 88 Constatam-se nos números e nas distribuições percentuais das instalações esportivas existentes, que a região com o menor número e percentual é a região Sul do país. Em visita ao site www.aparsc.org.br verificou-se uma campanha vinculada no dia 12/04/2008 onde a APAR, em parceria com o Instituto Figueirense de Assistência Social (Ifas), realizou campanha para informar à população sobre a doação de órgãos no jogo contra o Vasco, válido pela série A do Campeonato Brasileiro de futebol. A seguir, é apresentada a Figura 7, onde se mostra uma foto ilustrativa da campanha de doação de órgãos “TE QUERO VIDA” organizada por Figueirense Futebol Clube. Figura 7: Campanha Doação de Órgãos “TE QUERO VIDA” Fonte: Dados Secundarios Constatou-se junto ao Instituto Figueirense de Assistência social - IFAS a produção da campanha doação de órgãos “TE QUERO VIDA” juntamente com a instituição APAR que levanta o tema da doação de órgãos e ajuda a conscientizar as famílias sobre a importância das doações para salvar vidas. 89 A seguir, é apresentada a Figura 8, onde se mostra uma foto ilustrativa da campanha Gol de placa realizada pelo IFAS. Figura 8: Campanha Gol de Placa Fonte: Dados Secundarios Verificou-se no blog gigantealvinegro.blogspot.com uma campanha do clube Figueirense Futebol Clube no qual o tema era “GOL DE PLACA”. A segunda edição da Criança Alvinegra Feliz, organizada pelo Instituto Figueirense de Assistência Social, em parceria com o Figueirense e a Figueirense Participações, foi um verdadeiro sucesso. Aproximadamente duas mil crianças foram ao estádio Orlando Scarpelli participar do evento. É o Figueirense pensando no futuro do clube. Enquanto a nossa rival incentiva seus torcedores a pedir esmola, o Figueirense disponibiliza alegria e diversão aos seus torcedores mirins. Os profissionais de marketing descrevem esse ambiente de acordo com quem são as pessoas (idade, renda, cidade etc.) e com as características de sua cultura. Mudanças no ambiente social sejam elas sutis ou drásticas, podem apresentar aos profissionais de marketing novas oportunidades e desafios (CHURCHILL; PETER, 2000) A seguir, é apresentado o quadro 9, onde são observados as oportunidades e ameaças em destaque das 6 grandes dimensões do ambiente de marketing. 90 Quadro 9: Observação das oportunidades e ameaças em destaque das 6 grandes dimensões do ambiente de marketing. Fonte: Dados Secundários Observou-se no quadro 9 as oportunidades e ameaças que se destacaram na avaliação feita das 6 grandes dimensões do ambiente de marketing. Verifica-se que o departamento de marketing juntamente com a diretoria do clube pesquisado possui dados que lhe proporcionam grandes oportunidades para implantação de produtos licenciados, já em outra situação o clube possui dados que os proporciona fazer um planejamento eficiente para 91 combater as ameaças que os circundam. Numa interpretação geral analisou-se o que Churchill e Peter (2000) afirmam sobre o ambiente de marketing, os profissionais de marketing devem examinar todas as dimensões do ambiente externo. As informações resultantes podem-se ajudá-los a identificar as oportunidades para servir melhor seu mercado e identificar as ameaças à capacidade de uma organização em manter sua vantagem competitiva, sobreviver e prosperar. 4.5 Avaliação da viabilidade mercadológica para comercialização de produtos licenciados pelo time Marcílio Dias Na seqüência será feita avaliação da viabilidade mercadológica para comercialização de produtos licenciados pelo clube Marcílio Dias, baseando-se nos sub-capitulos, nas pesquisas quantitativa e qualitativa e na observação dos pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças que o clube pesquisado em questão possui. A seguir, é apresentado o quadro 10, onde aponta pontos fortes ao que se refere à descrição das características do time em análise e dos seus torcedores. Quadro 10: Descrição das características do time em análise e dos seus torcedores. Fonte: Dados Primários Verificou-se no quadro 10, pontos fortes e ótimas oportunidades ao que 92 se refere à descrição das características do time em análise e dos seus torcedores. Para o departamento de marketing do clube é de grande valia, pois com esses dados analisa-se uma grande oportunidade na implantação de produtos licenciados com a marca Marcílio Dias. A seguir, é apresentado o quadro 11, onde aponta pontos fortes ao que se refere à identificação das percepções, expectativas e receptividade dos torcedores do time em questão e futuros produtos licenciados. Quadro 11: Identificação das percepções, expectativas e receptividade dos torcedores do time em questão e futuros produtos licenciados. Fonte: Dados Primários Analisou-se o quadro 11, pontos fortes e ótimas oportunidades ao que se refere à identificação das percepções, expectativas e receptividade dos 93 torcedores do time em questão e futuros produtos licenciados. Verifica-se diante dos dados apresentados grandes oportunidades para o departamento de marketing implantar produtos licenciados com a marca Marcílio Dias. A seguir, é apresentado o quadro 12, onde são observadas as oportunidades juntamente com o ambiente de marketing para implantar produtos licenciados com a marca Marcílio Dias. Quadro 12: Observação das oportunidades juntamente com o ambiente de marketing para comercialização de produtos licenciados com a marca Marcílio Dias. Fonte: Dados Primários Constatam-se no quadro 12, ótimas oportunidades ao que se refere à observação das oportunidades juntamente com o ambiente de marketing. Analisou-se que o departamento de marketing do clube pesquisado possui diante dos dados apresentados oportunidades em todas as 6 grandes dimensões de marketing, onde avalia-se positivamente a implantação de produtos licenciados com a marca Marcílio Dias. 94 A seguir, é apresentado o quadro 13, onde aborda os 4 P’s de marketing para os produtos licenciados com a marca Marcílio Dias. Quadro 13: Os 4 P’s de produtos licenciados com a marca Marcílio Dias. Fonte: Dados Primários Verifica-se no quadro 13, o composto mercadológico 4P’s de marketing para os produtos licenciados com a marca Marcílio Dias. Abordam-se os produtos disponíveis, a estratégia de preço, a localidade e a disponibilidade dos produtos e as estratégias de promoções. Abordando-se o composto produto, Churchill e Peter (2000) abordam que os novos produtos podem ser inovações contínuas, isto é, mudança em produtos existentes, ou inovações descontínuas, completamente novas. Complementam ainda que podem ser inovações voltadas para tecnologia, que vem de pesquisa e desenvolvimento, ou inovações voltadas para os clientes, que vem da análise de necessidades e desejos dos consumidores. Verifica-se no caso do Marcílio Dias que os produtos licenciados que se constatam no quadro 13 é uma inovação voltada para o cliente. Em pesquisa realizada nos sites dos clubes rivais procurou-se verificar quais os produtos licenciados que os clubes citados acima comercializam em suas lojas. Analisaram-se os dados obtidos da pesquisa quantitativa e da pesquisa feita nos sites dos clubes rivais, onde verificou-se que o clube Marcílio Dias deve-se comercializar os seguintes produtos: abridor oval, adesivo, agasalho, bermuda de viagem, bandeira, bolsa, boné, camiseta, caneta, chaveiro, kit infantil, produtos leeper e uniformes completos masculino e feminino. 95 Analisando-se o composto preço, realizou-se uma pesquisa junto aos clubes rivais, onde verificou-se o preço dos produtos comercializados. Joinville Esporte Clube: Abridor Oval – R$3,00, Adesivo – R$5,00, Agasalho Completo – R$259,00, Bermuda de Viagem – R$45,00, Bandeira – R$30,00, Baby Look feminina – R$66,00, Bolsa Viagem – R$76,00, Boné – R$45,00, Camiseta de Treino – R$58,00, Camisa Oficial – R$99,00, Calção Oficial – R$66,00, Caneta – R$2,00, Chaveiro Mosquetão – R$ 6,00, Kit Infantil – R$69,00, Meião Oficial – R$16,00 e Produtos Leeper (Faixa Torcedor) – R$6,00. Figueirense Futebol Clube: Abridor Oval – R$5,00, Adesivo – R$5,00, Agasalho Completo – R$319,90, Bermuda de Viagem – R$50,00, Bandeira – R$39,90, Baby Look feminina – R$99,00, Bolsa Viagem – R$59,90, Boné – R$29,90, Camiseta de Treino – R$89,00, Camisa Oficial – R$159,00, Calção Oficial – R$70,00, Caneta – R$2,00, Chaveiro Mosquetão – R$ 9,90, Kit Infantil – R$129,90, Meião Oficial – R$29,00 e Produtos Leeper (Faixa Torcedor) – R$10,00. Com esses dados obtivemos uma base na concorrência, podendo assim aproveitar os mesmos para montar a estratégia de precificação dos produtos licenciados do Marcílio Dias. O departamento de marketing do clube pesquisado deve-se utilizar como estratégia de precificação o preço de penetração de mercado, pois acredita-se que para atrair o mercado e incentivar os consumidores a experimentarem os produtos licenciados com a marca Marcílio Dias deve-se utilizar esse tipo de precificação. Preço sugerido para os produtos licenciados Marcílio Dias: Abridor Oval – R$2,00, Adesivo – R$1,00, Agasalho Completo – R$200,00, Bermuda de Viagem – R$25,00, Bandeira – R$15,00, Baby Look feminina – R$45,00, Bolsa Viagem – R$30,00, Boné – R$20,00, Camiseta de Treino – R$40,00, Camisa Oficial – R$65,00, Calção Oficial – R$40,00, Caneta – R$1,00, Chaveiro Mosquetão – R$ 2,00, Kit Infantil – R$40,00, Meião Oficial – R$15,00 e Produtos Leeper (Faixa Torcedor) – R$5,00. Analisou-se o composto praça dos clubes rivais, referente ao local físico, a distribuição, e a disponibilidade dos produtos no site. Esses dados servem de referência para o clube pesquisado devido os clubes rivais obterem uma melhor visibilidade e uma estrutura diferenciada no que se refere à 96 comercialização de produtos licenciados. Acredita-se para uma melhor visibilidade, conforto, atendimento e distribuição dos produtos deve-se instalar a loja para a comercialização dos produtos licenciados na Rua Gil Stein Ferreira nº216 - Centro – Itajaí – SC nas dependências do Estádio Hercílio Luz, com uma estrutura de 10m x 10m em cores vermelho e azul com o nome Marinheiro Store em branco, disponibilidade de um funcionário, um computador e movéis para postar os produtos. Quanto ao custo do investimento, o clube vai obter apenas na parte da pintura, pois no ambiente de venda, funcionário, computador e os móveis o clube pesquisado já possui em suas dependências. Referente a disponibilidade dos produtos no site www.marciliodias.com.br deve-se criar um tópico com o nome da loja, onde consta explicações sobre o produto, marca e licenciamento juntamente com a disponibilidade de compra dos produtos, constando também formas e prazos de entrega, formas de trocas, formas de pagamentos, cadastro e contato. Abordando-se o composto promoção, Churchill e Peter (2000) caracterizam que os profissionais de marketing utilizam a comunicação para tentar aumentar vendas e lucros ou alcançar outras metas. Baseando-se no conceito dos autores acredita-se que a comunicação com o público alvo, a promoção de vendas e a publicidade devam-se ser os meios de divulgação dos produtos licenciados. A seguir as metas e as estratégias de comunicação para a divulgação dos produtos licenciados com a marca Marcílio Dias. • Criar Consciência: Informando o público sobre os produtos, loja e o time. • Formar imagens positivas: Criar na mente das pessoas avaliações positivas sobre produtos, loja e o clube. • Reter Clientes: Criar valor para os clientes, satisfazer as necessidades, desejos e conquistando lealdade. • Criação do "Jornal do Marinheiro". Um veículo a ser distribuído em dias de partidas, contando histórias do confronto, destacando algum jogador que está em campo, orientações relevantes para os torcedores como locais a serem encontrados, preços de alimentos e bebidas, informações sobre preliminares, enfim, nada muito complexo. Um jornal de frente e verso, papel jornal mesmo 97 (barato) que seja atraente a ponto de pessoas se sentirem tentadas a colecioná-lo. • Promoção de ingressos: Traga o seu filho e pague meio entrada. • Promoção de vendas: Nos dias dos jogos fazer divulgações e promoções dos produtos licenciados. • Publicidade: Divulgação dos jogos na televisão e nas rádios, fazer parcerias com os canais para ajudar nos custos. Analisando-se a descrição das características do time em análise e dos seus torcedores, identificando as percepções, expectativas e receptividade dos torcedores em relação ao time em questão e futuros produtos licenciados, verificando, junto a um time rival, as características dos produtos que já são licenciados e comercializados, observando os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças de produtos licenciados pelo Marcílio Dias e as atribuições feitas para o composto mercadológico, como produtos disponíveis, a estratégia de preço, a localidade e a disponibilidade dos produtos e as estratégias de promoções é possível fazer uma avaliação sobre a viabilidade de implantar produtos licenciados. Avaliam-se os dados levantados no trabalho em questão como sendo viável a implantação de produtos licenciados com a marca Marcílio Dias. 98 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste capítulo são apresentadas as conclusões sobre as análises dos resultados da pesquisa aplicada no trabalho em questão, assim como as justificativas que contribuem para a conclusão final. 5.1 Conclusões Neste estudo foi determinado quatro objetivos específicos e um objetivo geral. A pergunta de pesquisa foi identificar qual a viabilidade mercadológica para a comercialização de produtos licenciados pelo time Marcílio Dias. Os resultados da pesquisa quantitativa referente à descrição das características do time em análise e dos seus torcedores revelaram que o perfil dos torcedores que participaram dessa pesquisa são em sua maioria homens, solteiros, com idade entre 19 e 30 anos, com Ensino Médio incompleto, Ensino Médio completo ou Ensino Superior Incompleto, renda mensal individual de R$416,00 á R$1000, 00, residem em Itajaí-SC, o futebol é o esporte favorito, não participam ativamente em movimentos, associações ou torcidas organizadas, acompanham os jogos do seu time no estádio e buscam sempre comprar produtos originais. Com relação aos resultados da pesquisa quantitativa referente à identificação das percepções, expectativas e receptividade dos torcedores em relação ao time em questão e futuros produtos licenciados revelaram que em grande maioria acompanham noticias do clube diariamente, compram produtos com marca de clubes de futebol, utilizam camisa ou outro acessório que identifique como torcedor, compram produtos do clube independentemente de resultados obtidos, procuram influenciar pessoas próximas a torcerem pelo seu clube, comprariam produtos com a marca Marcílio Dias e avaliaram como uma ótima idéia o clube abrir um aloja com produtos esportivos. Para a pesquisa qualitativa referente à verificação, junto a um time rival, as características dos produtos que já são licenciados e comercializados considera-se algumas informações oportunas para a implantação de produtos licenciados. O clube rival pesquisado possui uma linha boa de produtos, porém eles estão em um planejamento em curso para segmentar e oferecer produtos 99 licenciados para todos os tipos de consumidores. O licenciamento é interno e eles possuem uma agencia em São Paulo, pois, acreditam que lá é o grande centro econômico brasileiro e precisam de uma empresa representando o clube naquele mercado. Ele ainda afirma que ao ter um processo de licenciamento interno, o clube gerencia e controla melhor a forma que é utilizada a marca e os valores do contrato. Avaliando o departamento de marketing do clube rival, se o mesmo visualiza o planejamento, a realização e os resultados dos jogos, verifica-se que é visualizado e que o departamento está trabalhando para mudar a cultura dos torcedores, tentando mostrar aos mesmos que quanto mais eles usarem produtos licenciado, mais competitivo o clube fica. Abordou-se o tema produtos e serviços do clube rival, ao que se refere às características e os desempenhos. É enfatizada a importância de satisfazer as necessidades dos consumidores, para que os mesmos retornem a comprar um produto ou serviço do clube. As observações dos pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças de produtos licenciados pelo Marcílio Dias como mostra no quadro 12 revela-se muitos pontos favoráveis e oportunos juntamente com as análises dos ambientes de marketing, a econômica, política, competitivo, natural, tecnológico e a social para a implantação de produtos licenciados. Analisando-se a todos os sub-capitulos descritos no trabalho em questão, as descrições das características do time em análise e dos seus torcedores, identificações das percepções, expectativas e receptividade dos torcedores em relação ao time em questão e futuros produtos licenciados, verificação, junto a um time rival, das características dos produtos que já são licenciados e comercializados, observação dos pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças de produtos licenciados pelo Marcílio Dias e as atribuições feitas para o composto mercadológico foi possível avaliar a viabilidade mercadológica para a implantação de produtos licenciados pelo time Marcílio Dias. 5.2 Sugestões para novos trabalhos Através das conclusões obtidas neste trabalho, novos estudos podem 100 ser realizados a fim de enriquecer as bases conceituais iniciadas por esta pesquisa. • Avaliar a viabilidade mercadológica de clubes rivais do Estado de Santa Catarina que não possuam produtos licenciados com suas marcas. • Analisar o comportamento de compra de torcedores de clubes de futebol do Estado de Santa Catarina. • Analisar a influência da comunicação e marketing sobre o comportamento do consumidor de produtos licenciados. • Analisar a importância do marketing esportivo nos clubes de futebol do Estado de Santa Catarina. 101 REFERÊNCIAS AAKER, David A. 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Qual a importância disso? 04 - Vocês visualizam o planejamento, a realização e os resultados dos jogos? 05 - Como você avalia o desempenho mercadológico do clube, nestes últimos 10 anos? 06 - È possível apontar um ou alguns resultados (títulos, Publico, vendas, licenciamento de produtos ou patrocínios) que sejam mais importantes, mais representativos buscados pelo clube? 07 - Quais são as principais oportunidades de marketing pro clube? 08 - Agora em relação a produtos e serviços. Quais seriam as características e os desempenhos ótimos deles? 09 - Como você visualiza no clube, o impacto da questão política, nas atividades desenvolvidas pelo marketing, por exemplo? 10 - A grande receita do clube, assim como da maior parte dos clubes brasileiros, ainda é a televisão? Como estão distribuídas hoje as principais fontes de receita do clube? 113 APÊNDICE C - Roteiro de Entrevista com as respostas 01 - Quais são os principais valores que o clube possui sustentados pela direção? Torcedores, jogadores e colaboradores do clube. 02 - Como esses valores que você citou se manifestam, principalmente, no dia a dia do clube? Esses três são de grande importância para o clube, formam um conjunto, uma união, para que o clube seja sempre bem representado e bem visto no cenário nacional. Os colaboradores do clube é a base, onde todos os dias têm dedicação e seriedade, os jogadores são os representantes do trabalho feito pelos colaboradores e o torcedor é os que prestigiam, que consome, que aplaude é o resultado de um grande planejamento. 03 - Como você avalia a quantidade, diversidade e qualidade dos produtos e serviços ofertados pelo clube? O Licenciamento é interno ou terceirizado? Qual a importância disso? O Clube está com uma linha boa, porém estamos em um planejamento em curso para segmentar e oferecer produtos licenciados para todos os tipos de consumidores. O licenciamento é interno e temos uma agencia em São Paulo, pois, lá é o grande centro econômico brasileiro e precisamos de uma empresa nos representando naquele mercado. Ao ter o processo de licenciamento interno, o clube gerencia e controla melhor a forma que é utilizada a marca e os valores dos contratos. 04 - Vocês visualizam o planejamento, a realização e os resultados dos jogos? Sim, o departamento está trabalhando para mudar a cultura dos torcedores, tentando mostrar aos mesmos que quanto mais eles usarem produtos licenciado, mais competitivo o clube fica e conseqüentemente mais títulos irá conquistar. 05 - Como você avalia o desempenho mercadológico do clube, nestes últimos 10 anos? A avaliação é positiva, pois nos últimos 10 anos o clube, o clube teve um aumento aproximado de 665% de sua receita anual. 06 - È possível apontar um ou alguns resultados (títulos, Publico, vendas, licenciamento de produtos ou patrocínios) que sejam mais importantes, mais representativos buscados pelo clube? Todos os resultados são representativos, pois, o Figueirense para poder disputar um campeonato 114 onde a diferença entra a receita financeira para com os demais clubes é bastante relevante, todos os resultados são buscados a cada dia. 07 - Quais são as principais oportunidades de marketing pro clube?Mídia espontânea, principal esporte nacional e paixão dos torcedores. 08 - Agora em relação a produtos e serviços. Quais seriam as características e os desempenhos ótimos deles? Satisfazer as necessidades dos consumidores. 09 - Como você visualiza no clube, o impacto da questão política, nas atividades desenvolvidas pelo marketing, por exemplo? A questão política pode afetar positivamente e negativamente, EX: Proibição de veda de cerveja dentro do estádio, conseqüência queda de receita em dias de jogos, e alteração do plano diretor da região permitindo o projeto do novo estádio. 10 - A grande receita do clube, assim como da maior parte dos clubes brasileiros, ainda é a televisão? Como estão distribuídas hoje as principais fontes de receita do clube? O Clube por não pertencer ao clube dos 13, a receita da televisão não é única forma de sobrevivência, temos patrocínios/publicidades e royalties, receita de bares, venda de ingressos e sócios que contribuem em equiparada condição com a receita do clube. 115 ANEXO A – Campanha “O Marcílio será grande se você jogar junto” Fonte: http://www.marciliodias.com.br/site/?home=noticias&n=zodd 116 ANEXO B – Campanha “Seja Sócio, vá ao estádio e concorra prêmios” Fonte: http://www.marciliodias.com.br/site/?home=noticias&n=zzqd 117 ANEXO C - Reportagem ““Indústria do Futebol - Torcida significa consumidor” Fonte: http://www.indcultural.hpg.ig.com.br/industri.htm 118 ANEXO D – Reportagem “Crise desacelera futebol brasileiro” Fonte: http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas/2008/10/13/ult59u173862.jhtm 119 ANEXO E – Reportagem “Timemania – A solução para as dívidas dos clubes brasileiros” Fonte: http://www.futebolfinance.com/timemania 120 ANEXO F – Reportagem “Um drible na Pirataria” Fonte: http://www.furacao.com/materia.php?cod=25533 121 ANEXO G – Reportagem “CBF proíbe bebidas alcoólicas nos estádios” Fonte: http://www.tigrelog.com.br/futebol/cbf-proibe-bebidas-alcoolicas-nos-estadios/ 122 ANEXO H – Reportagem “Santa Catarina: Terra dos estádios?” Fonte: http://arenadomarketing.blogspot.com/2008/04/ 123 ANEXO I – Reportagem “Site do Marcílio continua surpreendendo em número de visitas” Fonte: http://www.dataclick.com.br/novo/news_dentro.php?id=54&pagina=3