Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: ERROS DE MEDICAÇÃO NA ENFERMAGEM: NO PACIENTE ADULTO HOSPITALIZADO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AUTOR(ES): JULIANA MARIA ALÍPIO, ALINE MENDES DOS SANTOS, JÉSSICA RODRIGUES SANTOS SILVA ORIENTADOR(ES): ROSE MEIRE IMANICHI FUGITA 1. RESUMO: A administração de medicamentos é umas das atribuições da equipe de enfermagem. Este trabalho teve como objetivo identificar, o que levam os profissionais de enfermagem a cometerem erros de medicação na assistência aos pacientes hospitalizados. O método utilizado foi a pesquisa bibliográfica de artigos publicados entre 2004 e 2013. Os resultados foram apresentados segundo as categorias que representam o sistema de medicação: Prescrição; Transcrição; Dispensação e Administração. 2. INTRODUÇÃO: Erro de medicação é qualquer evento evitável, que de fato ou potencialmente, pode ter sido causado devido ao uso inapropriado de medicações ou levar a um dano ao paciente, enquanto a medicação esta sob controle dos profissionais da saúde, paciente ou consumidor. Esses eventos estão relacionados a prática profissional, produtos, procedimentos, embalagem, e nomenclatura, composição, dispensação, administração, educação, monitoramento e uso de medicamento(ROSA,2003). Os profissionais de saúde normalmente associam os erros nas suas atividades à vergonha, perda da profissão e medo de punições. Assim de contribuir para a redução de erros, é preciso análise constante, cuidadosa e atenta, por parte das instituições de saúde(ROSA, 2003). As instituições de saúde devem desenvolver uma cultura voltada para a promoção continua de segurança do paciente, sendo que todo local em que a enfermagem realiza práticas relacionadas a medicação deve-se dispor de infraestrutura e processos que garantam a realização segura da medicação(COREN, 2011). Atualmente, observa-se que na mídia e em estudos relacionados aos erros de medicação estes são considerados “algo comum”. Entretanto as medicações foram criadas e desenvolvidas para minimizar a dor e agravos, melhorar os tratamentos e promover a recuperação, sendo fundamental importância a responsabilidade do sistema de medicação e a segurança do paciente. Porém, quanto a prevenção do erro de medicação, este ainda permanece. 2. OBJETIVO: Identificar os motivos que levam os profissionais da equipe de enfermagem a cometerem erros de medicação na assistência ao paciente hospitalizado. 3. METODOLOGIA: O método da pesquisa bibliográfica foi a base de dados eletrônicos e artigos SCIELO, LILACS utilizando artigos científicos publicados entre 2004 e 2013. As palavras chaves pesquisadas foram erros de medicação, prescrição de medicamentos, sistemas de medicação, e segurança do paciente. 4. DESENVOLVIMENTO: A administração de medicamento é uma das responsabilidades da equipe multidisciplinar que tem como um foco principal prestar assistência com qualidade, segurança e eficácia. Infelizmente os erros de medicação estão sendo muitas vezes, cometidas por negligência, imprudência, imperícia e omissão (ARNDT, 1994, HOCKEL, et al,1996). Os erros de medicação podem ser classificados em: erros de prescrição, de omissão, de horário, administração de uma medicação não autorizada, dose incorreta, apresentação, preparo, técnica de administrações inadequadas, medicamentos deteriorados, monitoramento ineficiente, erros em razão da aderência do paciente e outros(BOHOMOL; RAMOS, 2003). Ressalta-se a importância do processo de educação da equipe, que deve acontecer de forma constante, com apoio integral da gestão e estruturado de forma a adequar a metodologia de ensino para o tipo de instituição e prática assistencial, evitando assim a frequência do erro de medicação. O erro de medicação podem afetar o paciente e trazer consequências prejuízos e danos, reações adversas, lesões temporárias e permanentes, levando até a morte. São detectados como: alterações da pele, níveis glicêmicos, respiratórios, cardiovasculares, renais, rede venosa, aumento de dor, parada respiratória e septicemia(CARVALHO; CASSIANI, 2002). 5. RESULTADOS PRELIMINARES: Neste estudo utilizamos pesquisa de Cassiani(2005), para classificar as categorias dos motivos que levam ao erro, que são: Prescrição; Administração; Transcrição; Dispensação. 5.1 Prescrição: Letra ilegível do médico onde os profissionais tem dificuldade de interpretar o nome de cada medicação, falta de identificação do paciente, leito correto, medicação adequada ao tratamento, via de administração certa, dose certa, velocidade de infusão certa, medicamento contra-indicado e interação medicamentoalimento, deve constar se o paciente tem alergias e reações adversas (TOFANI,2011). 5.2 Transcrição: As informações devem ser claras e objetivas no prontuário do paciente e na receita médica, para não ocorrer erros quando for transcrever ao enfermeiro e farmacêutico, nunca deve constar em uma prescrição: tomar a mesma dose, tomar uma colher e tomar o de costume, pois isso acarretará grandes erros na evolução de cada paciente, o médico deve fazer uma avaliação em cada plantão para poder fazer uma nova prescrição sem erros e costumes (NERI, 2004). 5.3 Dispensação: São os desvios dos medicamentos pelo serviço da farmácia, como dose diferente, outra forma farmacêutica e apresentação e medicamento diferente do que o prescrito(TOFANI,2011). 5.4 Administração: Competência dos profissionais de enfermagem, onde administram em outra via diferente; fazem procedimento ou técnica incorreta; dose incorreta; via correta, porém no local errado, e velocidade de infusão errada(NERI,2004) 5.4.1 Erros devido ao horário: onde é administrado fora do intervalo do tempo pré- definido. 5.4.2 Erros de omissão: não administração de uma dose ou mais medicamento ao paciente. 5.4.3 Falta de comunicação; cansaço e estresse: carga excessiva do profissional podendo perde a capacidade de raciocínio e prejudicando o paciente, falta de comunicação por medo, punição perda da profissão e vergonha entre os profissionais, o desvio de conduta dos mesmos, a omissão, a negligência e a falta de atenção, estresse e dimensionamento pessoal incorreto. 6. FONTES CONSULTADAS CASSIANI, Silvia Helena de Bortoli. A Segurança do Paciente e o Paradoxo no Uso de Medicamento. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 58, n. 1, p. 95-99, Jan.Fev. 2005. COIMBRA, Jorséli Ângela Henriques; CASSIANI, Silvia Helena de Bortoli. Administração de Medicação: Uma Prática Segura. Maringá: Revista Ciência, Cuidado e Saúde, v. 1, n. 1, p. 143-149, 2002. ROSA MB, Et al. Erros de medicação: quem foi? Revista da Associação Médica Brasileira, v.49, n.3, pp. 335-341, 2003. NERI, Eugenia Desirée Robelo. Determinação do perfil dos erros de prescrição de medicamentos em um hospital universitário. Universidade Federal do Ceará, p. 4661, 2004. KEROULAY, Estebanez Roque; ENIRTES, Caetano Prates Melo. Avaliação do Evento Adversos a Medicamentos no Contexto Hospitalar. Rio de Janeiro: Escola Anna Nery, v. 16, n. 1, p.121-127, Março 2012. TOFANI, Andrea Almeida. Segurança na administração de medicamentos: Erros na prescrição e dispensação de medicamentos. INCA, p. 30-31, 2011.