EPISTAXES Dr. Pedro Machava EPISTAXE DEFINIÇÕES: Hemorragia Nasal: é qualquer sangramento que se exterioriza pelas fossas nasais independente da origem (seios paranasais, rinofaringe, tuba auditiva etc). Epistaxe: é o sangramento que se origina da mucosa das fossas nasais ANATOMÍA VASCULAR NASAL: A vascularização nazal depende de 2 sistema Woodruff’s Plexus Woodruff responsável pelos sangramentos posteriores, localizando-se posteriormente à concha média. Apresenta anastomose entre ramos da a. Maxilar Interna, principalmente a a. Esfenopalatina, e ramos da a. Faringea Posterior. CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A ORIGEM DO SANGRAMENTO • I. Epistaxis Anterior: • Tem a sua origem na Área de Kiesselbach, lugar onde se localizam o 90% das epistaxis. • II. Epistaxis Posterior: • A Sua origem é na Área de Woodruff localizando-se posteriormente à concha média. , é máis difícil de controlar. • III. Epistaxis Superior: • O sangrado é das arterias etmoidales ou suas ramas. CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A INTENSIDADE DO SANGRAMENTO 1. Epistaxes Ligeira 2. Epistaxes Moderada 3. Epistaxes Severa ou Grave CAUSA LOCAL DE EPISTAXES • Traumáticas 1. Cirúrgico: Complicações das intervenções sobre a região e a intubação nasotraqueal. 2. Não Cirúrgico: - Traumatismo interno: Autolesão da mucosa nasal e os Corpos extranhos nasais. - Traumatismo externo: Agresão directo ou acidente craneo-facial • Não Traumáticas 1. 2. Inflamatórias: Catarro nasal (gripe), Rinites inespecífica. Tumorais: Angioma septal, Pólipo sangrante do septo, Angiofibroma juvenil e Cáncro. Alterações do trofismo: Úlcera trófica de Hajek. 3. CAUSA GERAL DE EPISTAXES • • • • • Inflamatórias específicas: febre tifoidea, Difteria, Escarlatina, Sarampo. Cardiovascular: Arterioscleroses, Vasculites hipertensiva, Vasculites inmunoalérgica. Hemopatias Cuagulopatias Físicas: Exposição ao sol ou calor intenso, frío intenso MANIFESTAÇÃO CLÍNICA • 1. Existe duas formas clínicas: Epistaxes anterior: É a hemorragia nasal corrente, poco abundante e fácil de controlar, a sua origem é produzida por uma vasculite localizada a nível da mancha vascular de Kiesselbach, na área de littere situada no tercio anterior de septo, é brusca 2. Epistaxes posterior: Se caracteriza pela sua intensidade , catalogando-se como moderada ou severa, o paciente pode entrar em Choque hipovolemica. DIAGNÓSTICO • • • • • • • • • • • • • • Historia Clinica Intensidade Forma clínica Etiopatogênia Exame Rinoscópico Nasofibroscopia Hemoglobina e Hematócrito Grupo sanguineo e Factor RH Cuagulograma mínimo Glicemia Rx de seios perinasais em dependência da causa TAC RM Angiografia TRATAMENTO • Varia em função a etiologia e localização, existe uma serie de medidas gerais que deve levar acabo na presencia de uma epistaxis tal como: 1. 2. 3. 4. Traquilizar o paciente Reposo absoluta Colocação do paciente em posição semisentado Colocação de compresas de gelo ou aplicação do frio no pescoço, nunca e dorso nasal. Avaliar a quantidade de sangrado mediante o exame clínico Canalizar a Veia Repor volumes Dieta fria e mol, evitar fumar, alcohol. 5. 6. 7. 8. TRATAMENTO LOCAL • 1. Compresão Bidigital. Colocação no vestibulo nasal de algudão embebida de água oxigenada e exercendo posterior uma presão em ambas alas do nariz durante uns minutos • 1. 2. 3. • 1. 2. 3. Taponamento Anterior Posterior Colocação de uma sonda balonada Cauterização Quimica Eléctrica Fotocuagulação com Láser TRATAMENTO LOCAL • O uso de Merocel – constituído por uma espuma de polímeros sintéticos, aparece em alguns estudos como um meio menos propício ao Staphylococcus aureus hospitalar, em relação ao tampão com gaze. Nos EUA, costuma-se locar o tampão com uma camada de creme de Bacitracina, para lubrificar e diminuir o risco de síndrome do Choque Tóxico. Além disso, o merocel pode ser expandido com a colocação de soluções salinas em seu interior. TRATAMENTO LOCAL • Espumas Trombogênicas – promovem a trombogênese. Surgicel® / Gelfoam®. São de fácil aplicação e mais confortáveis ao paciente. Além disso, em pacientes portadores de coagulopatias, como hemofílicos, hepatopatas ou doença de Von Willembrand, assim como os portadores de vasculopatias como a síndrome de Osler- Weber-Rendu, dá-se preferência a este tipo de material, que por ser absorvível, não precisará ser retirado das fossas nasais, evitando assim uma nova manipulação nasal. • Dedo de Luva – constituído por gaze introduzida num dedo de luva de látex. Tem de ser fixado dando-se um ponto a uma gaze, devido ao risco de aspiração para vias aéreas mais baixas. • Preservativo Masculino- também constituído por gaze introduzida num preservativo masculino. Tem de ser fixado dando-se um ponto a uma gaze, devido ao risco de aspiração para vias aéreas mais baixas. • Sonda de Foley • Também existem tampões próprios, mais adequados para o tamponamento antero-posterior, que são formados por dois balões insufláveis, sendo o menor (de 10 ml) TRATAMENTO REGIONAL • Ligadura arteriais 1. 2. 3. 4. Ligadura da arteria esfenopalatina Ligadura da arteria maxilar interna Ligadura da arteria etmoidais anterior e posterior Ligadura da arteria carótida externa • A embolização percutânea tem sido considerada por muitos o tratamento de escolha na epistaxe posterior. Material necessario para realizar o taponamento nasal MUITO OBRIGADO