FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA TURMA - PDE/2012 Título: Bullying: uma questão de saúde a ser trabalhada no ensino de Ciências Autor Eliane Aparecida Belin Mandrick Disciplina/Área Ciências Escola de Implementação do Projeto e sua localização Colégio Estadual Professora Dilma K. Angélico Município da escola Catanduvas Núcleo Regional de Educação Cascavel Professor Orientador Helaine Maruska Vieira Silva Instituição de Ensino Superior UNIOESTE Relação Interdisciplinar Multidisciplinar Resumo O material didático pedagógico tem como objetivo auxiliar o trabalho dos professores com relação a alguns conteúdos sobre o sistema nervoso e endócrino e o bullying como uma ação capaz de alterar o equilíbrio neuroendócrino. Considerando a necessidade de reconhecer a escola como espaço de formação de um cidadão crítico e consciente, torna-se fundamental identificar e exercer ações no sentido de combater o bullying na escola, alertando sobre as consequências à saúde de quem sofre esse tipo de violência. O estudo desenvolveu-se na forma de uma sequência didática a qual contém uma série de atividades planejadas, articuladas e orientadas. O objetivo desta ação reside em promover aprendizagem significativa e contextualizada, auxiliando o professor a conhecer novos caminhos durante seu trabalho no ensino de Ciência. Esta sequência está dividida em 4 etapas. Em cada etapa estão descritos os conteúdos na forma de textos, vídeos e atividades para o auxílio na fixação e compreensão sobre o tema abordado. A 1ª ETAPA discorre sobre a anatomia e fisiologia do sistema nervoso; a 2ª ETAPA sobre a anatomia e fisiologia do sistema endócrino; a 3ª ETAPA trata sobre a relação neuroendócrina no controle das atividades funcionais do organismo humano e as doenças psicossomáticas decorrentes. E finalizando a sequência, na 4ª ETAPA será conceituado bullying, as ações legais e educativas para facilitar os relacionamentos intra e interpessoais. Palavras-chave Bullying; sensibilização; ciências. Formato do Material Didático Unidade Didática Público Alvo 8º ano Ensino Fundamental UNIDADE DIDÁTICA 1ª ETAPA – COMPREENDER A ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO 1. Conteúdo estruturante: Sistemas biológicos 2. Conteúdos Básicos: Morfologia e fisiologia dos seres vivos 3. Conteúdo específico: Sistema Nervoso 4. Objetivo/ expectativa de aprendizagem. Propiciar aos alunos o conhecimento aos conceitos morfológico e fisiológico fundamentais no sistema nervoso: - reconhecer o neurônio como um tipo celular do sistema nervoso capaz de conduzir impulsos para outros neurônios e/ou órgãos efetores; - conhecer a organização morfofuncional (sistema nervoso central e periférico/ sistema nervoso sensorial, motor e autônomo); Introdução A concepção de corpo humano como um sistema integrado, que interage com o ambiente e reflete a historia de vida do sujeito, orienta esta temática: O corpo humano deve ser visto como um todo, dinamicamente integrado e articulado; os diferentes sistemas que o compõem devem ser percebidos em suas funções específicas, mas, ao mesmo tempo, integradas para a manutenção do todo. Importa, portanto, compreender as relações fisiológicas e anatômicas do organismo, destacando ainda que as interações com o meio respondem pela manutenção da integridade do corpo. A maneira como as interações são estabelecidas, de forma a permitir ou não a realização das necessidades biológicas, afetivas, sociais e culturais, fica registrada no corpo, refletindo a história de vida do sujeito. Assim, o conhecimento acadêmico sobre o corpo humano deve estar associado ao autoconhecimento do aluno, para a construção e/ou amadurecimento da percepção. Essa visão favorece o desenvolvimento de atitudes de respeito e de apreço pelo próprio corpo e pelas diferenças individuais. O aluno chega à escola com um conjunto de ideias a respeito do corpo e seu funcionamento; ideias que aprendeu em seu meio de convívio, especialmente em família, ou na mídia. O tema em discussão neste trabalho tem como objetivo permitir a construção de conceitos científicos, visando à identificação de pré-concepções que porventura, sejam equivocadas. Sendo assim, primeiramente, é importante compreender o todo do sistema nervoso e como é dividido anatomicamente em: sistema nervoso central (encéfalo: cérebro, cerebelo e tronco encefálico; e medula espinhal) e sistema nervoso periférico (nervos cranianos e raquidianos). O sistema nervoso central é o que comanda várias funções em nosso corpo, sendo primordial para o bom funcionamento do mesmo, pois o cérebro é responsável pela percepção das diferentes sensações através dos sentidos, inteligência, memória, entre outros. O cerebelo é responsável pelo equilíbrio e o tronco encefálico possui regiões especializadas que comandam várias funções fisiológicas, tais como os movimentos respiratórios e os batimentos cardíacos, entre outras. O sistema nervoso periférico conduz informações do sistema nervoso central (SNC) para os órgãos ou dos órgãos para o SNC. Conforme a divisão funcional, o sistema nervoso é classificado como sensorial, motor ou autônomo (simpático e parassimpático). NEURÔNIOS: condutores de informações do sistema nervoso1 Todos os órgãos que formam o sistema nervoso são constituídos pelo tecido nervoso, 1 existindo dois tipos celulares: neurônios e células da Os textos apresentados são com base no livro de AMABIS e MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da biologia moderna. -2 ed. - São Paulo : Moderna, 1997. glia. A célula capaz de conduzir impulsos elétricos no tecido nervoso são os neurônios. Cada neurônio é formado, basicamente, por três porções: os dendritos, o corpo celular e o axônio. Os dendritos e o corpo celular são receptores de estímulos e o axônio é transmissor de estímulos. A transmissão do impulso nervoso é feita de neurônio a neurônio, porém não há contato direto entre eles. A condução do impulso nervoso ocorre do seguinte modo: os dendritos ou o corpo celular recebe um estímulo e esse é transmitido ao axônio. Ao final da transmissão do estímulo, o axônio libera uma substância que estimula os dendritos ou corpo celular do neurônio seguinte. O estímulo é passado desse modo pelos neurônios ao longo da fibra nervosa até chegar tecido-alvo, provocando uma resposta. O lugar onde os axônios de um neurônio e os dendritos do outro se comunicam é denominado sinapse. DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO SISTEMA NERVOSO CENTRAL O Sistema Nervoso Central é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal. O encéfalo é muito delicado e protegido por uma caixa óssea, o crânio. O encéfalo é formado pelo telencéfalo, cerebelo, diencéfalo e tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo). Crânio: o esqueleto da cabeça é formado pelo crânio neural e facial ou face. A medula espinhal parte do encéfalo e percorre todo o tronco. Trata-se também de uma estrutura muito delicada e protegida em toda sua extensão pela coluna vertebral. O encéfalo possui massa cinzenta por fora e branca por dentro. Essa diferença de coloração é devido à disposição dos neurônios na constituição de cada uma dessas estruturas: os corpos celulares dos neurônios formam a substância cinzenta e os axônios formam a substância branca. O telencéfalo é a parte mais desenvolvida do sistema nervoso, servindo como centro do pensamento, intelecto, memória, lógica, fala, controle das funções motoras e sensações. A substância cinzenta telencefálica forma o córtex cerebral, que pode ser divido em diversas partes de acordo com suas funções. O cerebelo é responsável pelo equilíbrio, localização tridimensional no espaço e atividade muscular. Ele está ligado diretamente às cócleas (na orelha interna), que lhe enviam a posição do corpo, além de outras regiões do sistema nervoso. É dividido em dois hemisférios cerebelares e uma porção mediana. Como já foi citado, o seu interior é formado pela substância branca e a externa pela cinzenta, sendo portanto, semelhante ao cérebro em relação à disposição da massa cinzenta e branca. O diencéfalo é formando pelo tálamo, epitálamo, subtálamo e hipotálamo. Dentre as divisões, a mais importante é o hipotálamo responsável pelo controle das sensações como sede, sono e temperatura corporal, entre outras. O diencéfalo é ligado à hipófise, constituindo-se no principal intermediário entre sistema nervoso e o sistema hormonal. O diencéfalo controla parcialmente o funcionamento da hipófise, a glândula considerada “regente da orquestra hormonal”, por ser a mais ativa do sistema endócrino. O diencéfalo também é um centro de controle das funções autônomas do organismo, ou seja, é capaz de alterar o balanço simpático e parassimpático aos órgãos. O bulbo está em contato direto com a medula espinhal, e é a partir dele que se originam os nervos cranianos sensitivos e os nervos motores. A medula oblonga, outra denominação para o bulbo, controla funções vitais como respiração, batimentos cardíacos, pressão sanguínea, deglutição, tosse e vômito. Ao contrario do cérebro e do cerebelo, a medula oblonga possui massa cinzenta internamente e branca externamente. A medula espinhal é um prolongamento que parte do encéfalo, iniciando-se na altura do osso occipital, descendo por dentro do canal vertebral e terminando aproximadamente entre a primeira e a segunda vértebra lombar. A medula espinhal estabelece a ligação entre os nervos da parte periférica do sistema nervoso e os órgãos do encéfalo, ela age também como centro de resposta rápida, como será explicado adiante. REVESTIMENTO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Nosso sistema nervoso central é protegido por estruturas ósseas (crânio e vértebras) e três membranas, denominadas meninges. A meninge externa, que no encéfalo fica em contato com os ossos da caixa craniana, chama-se dura-máter, a intermediaria é a aracnóide e a interior, que fica em contato com o tecido nervoso, tanto do encéfalo quanto da medula, é a piamáter. Entre a aracnóide e a pia-máter existe um líquido designado por líquido cérebro-espinhal, ou líquor. As meninges servem como uma proteção do SNC e atuam como um tampão mecânico para prevenir trauma, regular o volume da pressão intracraniana, circulação de nutrientes, remover produtos metabólicos do SNC , e genericamente, age como um lubrificante para esse sistema. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Os nervos, que constituem a parte do sistema nervoso periférico, fazem a comunicação dos órgãos com a medula e com o encéfalo. Eles não são considerados sedes de centros nervosos, pois não controlam as funções do organismo, sendo a sua função transmitir mensagens entre os órgãos e os centros nervosos. Tipos de nervos: Cranianos – ligam o encéfalo, principalmente, aos órgãos dos sentidos e à musculatura da face e das vísceras; Espinhais – ligam a medula à musculatura esquelética. Esses nervos desempenham duas funções: a de conduzir mensagens dos órgãos para o encéfalo e para a medula, chamados sensitivos, e a de reconduzir as mensagens de volta aos órgãos, chamados de nervos motores. Existem, no entanto, nervos que conduzem a mensagem nos dois sentidos. Estes são chamados de nervos mistos. Os nervos espinhais são todos mistos, pois se formam da união de uma raiz sensitiva com uma raiz motora. DIVISÃO FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO SISTEMA NERVOSO SENSORIAL Sistema sensorial2 Este sistema é composto por receptores sensoriais, estruturas que percebem os estímulos provenientes do ambiente e do interior do corpo. Estas terminações sensitivas são encontradas nos órgãos dos sentidos: pele, ouvido, olhos, língua e fossas nasais. Os receptores sensoriais têm a capacidade de transformar os estímulos em impulsos nervosos, os quais são transmitidos ao sistema nervoso central que, por sua vez, determinam as diferentes reações do organismo. Tipos de receptores sensoriais Os receptores sensoriais são classificados de acordo com o estímulo que conseguem captar: 1. Quimiorreceptores: transmitem informações acerca de substâncias químicas dissolvidas no ambiente. 2 Texto diponivel em http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistemasensorial/sistema-sensorial.php. Acessado em 10/11/2012. 2. Termorreceptores: detectam a variação térmica. 3. Mecanorreceptores: captam estímulos mecânicos. 4. Fotorreceptores: detectam a luz – olhos. 5. Receptores de dor: informação sobre injúria tecidual por ação química, mecânica e/ou térmica. O sentido da visão - olho A visão, cujo órgão é o olho, é um processo fisiológico por meio do qual se distinguem as formas e as cores. Sendo assim, as lentes do olho funcionam como uma câmara fotográfica que projeta uma imagem invertida de fora para dentro, onde existe um revestimento fotossensível - a retina - que envia informações codificadas ao sistema conferindo nervoso ao central, individuo a sensação da visão. Audição A orelha é o órgão responsável pela audição e pela manutenção do equilíbrio. Ele é composto por estruturas sensórias, que identificam os sons e também a aceleração e angulação da cabeça, enviando essas informações ao sistema nervoso central, via nervo vestíbulo-coclear. Tato – pele O sentido táctil permite obter informações sobre as características dos corpos físicos, como suas propriedades mecânicas, textura e grau de dureza. O tato abrange três tipos de sensibilidade: mecânica, térmica e dolorosa. Os receptores sensoriais táteis estão na superfície do corpo e em diferentes órgãos internos. As terminações sensoriais podem ser livres ou protegidas por uma cápsula e são denominadas por: 1. Meissner: percebe a forma e textura dos objetos; 2. Pacini: pressão vibratória; 3. Ruffini: tato, pressão estática; 4. Krause: mecanocepção; discute-se sua contribuição para detecção da sensação de frio; 5. Merkel: mantém a pressão de pele constante; 6. Terminações nervosas livres: dor, temperatura, tato. Olfato – nariz No homem, os receptores olfativos localizam-se na parte superior das fossas nasais, mais precisamente na chamada mucosa olfativa. Seu suporte ósseo é composto pelos ossos nasais da parte superior e, em sua região central, encontra-se uma membrana cartilaginosa unida ao osso vômer, que separa as fossas. Em casa fossa nasal distinguem-se canais delimitados pelos chamados cornetos ou ossos turbinados. As vias nasais são recobertas pela mucosa olfativa. Os receptores olfativos situados nessa mucosa são células epiteliais especificas, ou células olfativas. Cada célula olfativa se prolonga num axônio, que atravessa a lâmina crivada do osso etmóide do crânio para terminar no bulbo olfativo, onde ocorre a sinapse com os detritos das células mitrais, que formam os glomérulos olfativos. Estas formações comunicam-se, por sua vez, com o centro olfativo do sistema nervoso central. Para que a mucosa olfativa seja estimulada, a substância odorante deve ser volátil a tal ponto que suas moléculas se desprendam e sejam carregadas para dentro das narinas, pela corrente de ar, e interajam com as células olfativas. Paladar – língua Os receptores do paladar são as papilas gustativas que existem no epitélio da língua. Há quatro modalidades básicas de sabores: doce, amargo, azedo e salgado. O alimento, uma vez solubilizado, estimula os corpúsculos gustativos das papilas. Essa informação é transmitida pelos nervos até o bulbo raquidiano e se encaminha ao centro cortical consciente, situado na parte média da circunvolução do hipocampo. As sensações gustativas podem provocar prazer ou desprazer, ou um reflexo de rejeição, dependendo dos hábitos alimentares do indivíduo e também de sua constituição genética. A intensidade da percepção depende do número de papilas, da penetração da substância no interior das mesmas e da natureza, concentração, capacidade ionizante e composição química da substância. A velocidade da percepção é também variável para cada um dos sabores. SISTEMA MOTOR O sistema motor pode ser dividido em: Sistema nervoso autônomo: atua sobre músculo liso, cardíaco, glândulas e vísceras; Sistema nervoso somático: controla a musculatura estriada esquelética. SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO O sistema motor apresenta estruturas, como a medula espinhal, a qual organiza os movimentos reflexos. É o córtex cerebral que organiza os movimentos voluntários. A organização e a emissão dos movimentos podem requerer, antes de sua execução, a elaboração de uma estratégia motora e em seguida a elaboração de seus aspectos táticos. A elaboração dos aspectos táticos é de responsabilidade direta do córtex e do cerebelo e refere-se ao padrão de ativação sequencial dos músculos necessários à realização do plano motor. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Podemos dizer que o sistema simpático prepara o corpo para a ação para que o parassimpático possa agir mais no sentido do repouso, da conservação e da recuperação. O sistema nervoso periférico autônomo encaminha as respostas do sistema nervoso musculatura lisa, ao central à músculo cardíaco e ao sistema endócrino. O sistema nervoso autônomo consta de duas partes: o simpático e o parassimpático. O sistema nervoso autônomo simpático é formado por dois cordões nervosos, que apresentam diversos engrossamentos, chamados gânglios centrais. Desses gânglios partem os nervos simpáticos, que podem se ramificar e se entrelaçar, formando plexos. O sistema nervoso autônomo parassimpático é formado pelos nervos parassimpáticos, que partem do encéfalo e da região sacral da medula espinhal. Os dois componentes autonômicos agem, geralmente, mas não exclusivamente, em sentido contrário um do outro. Se o simpático acelera os batimentos cardíacos, o parassimpático diminui; se o simpático contrai a íris, dilatando a pupila, o parassimpático dilata a íris, reduzindo a pupila. Em suma, a divisão autonômica participa da coordenação para que os órgãos funcionem em conjunto, de acordo com a necessidade de cada momento. METODOLOGIA Apresentar o texto acima em slides e passar os vídeos disponíveis nos endereços on-line ou clicando sobre os endereços relacionados: http://youtu.be/0OpLBFiThu4 http://youtu.be/abmTg0sePio http://youtu.be/i9Bn3JLvA8c Os vídeos fazem uma análise da genialidade do cérebro humano, sua capacidade em aprender desde o nascimento. Sua evolução, a inteligência, os sentidos como meio de relação entre o cérebro e o meio externo. A capacidade de aprendizagem e as mudanças estruturais cerebrais decorrentes da mesma, as conexões, o desenvolvimento das habilidades humanas de um modo geral. Após o trabalho de leitura e discussões, fazer uma visita ao site http://saude.hsw.uol.com.br/cerebro.htm/printable. O texto produzido por Craig Freudenrich, Ph.D. traduzido por HowStuffWorks Brasil - disponível neste site diz respeito ao funcionamento do cérebro: estrutura dos neurônios, funções, partes do cérebro, as conexões, será usado para comparar as informações entre os textos. Atividades de fixação: 1. Preencha o diagrama de acordo com as instruções a seguir. 1 S 2 I 3 S 4 T 5 E 6 7 M A * 8 9 110 13 E R 11 12 N V O S 14 O * 1 – “Mensagem” que percorre os axônios dos neurônios 2 – Prolongamento de um neurônio que conduz as “mensagens” para outros neurônios ou para células de músculos e glândulas. 3 – Pequenos prolongamentos de um neurônio que recebem as “mensagens” de neurônios ou de órgãos sensoriais. 4 – Parte do sistema nervoso constituída por encéfalo e medula espinhal. 5 – O conjunto do sistema nervoso composto de nervos cranianos e de nervos espinhais, chama-se -------6 – Estrutura do sistema nervoso alojada dentro da coluna vertebral. 7 – Parte do sistema nervoso que fica protegida pelos ossos do crânio. 8 – Contato entre os neurônios 9 – Célula do sistema nervoso especializado na produção e condução do impulso nervoso. 10 – O ____________ é a parte mais desenvolvida do sistema nervoso, servindo como centro do pensamento, intelecto, memória, lógica, fala, controle das funções motoras e sensações 11 – Estrutura pertencente ao SN periférico formado por axônios. 12 – Substância química responsável pela transmissão das “mensagens” por meio da junção entre neurônios. 13 –O sistema nervoso central é protegido por estruturas ósseas: crânio e ____. 14 – Nome da divisão do sistema nervoso periférico responsável, de modo geral, pelo controle das funções vegetativas do organismo, tais como batimentos cardíacos, digestão e respiração. GABARITO 1 impulso elétrico 2 axônio 3 dendritos 4 central 5 periférico 6.medula 7 encéfalo 8 sinapse 9 neurônio 10 cérebro 11 nervo 12 neurotransmissor 13 vértebras 14 autônomo 2. Indique, na figura abaixo, o corpo celular, os dendritos, o axônio, a terminação nervosa do axônio. Desenhe uma seta que indique o sentido de propagação dos impulsos nervosos em um neurônio. 3. Denomine e pinte as partes do encéfalo3. 3 Imagem disponível em: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-nervoso/encefalo.php. acessada em 27/11/2012. 4. Complete o texto abaixo: O sistema nervoso é formado por bilhões de células denominadas ___neurônios______________ e células da glia___________________. O sistema nervoso ___central______________ é um importante centro de decisões, algumas delas voluntárias e outras involuntárias. Ele é formado pelo ___encéfalo_________, que fica protegido pelo crânio; e pela ___medula espinhal_____________________, que fica dentro da __coluna vertebral___________________. Já o sistema nervoso periférico são vias de comunicação por meio dos quais o sistema nervoso __periférico______________ recebe e envia _mensagens___________________. AVALIAÇÃO A avaliação será diagnóstica, pois tem por função detectar as falhas na aprendizagem dos alunos, durante as atividades (participação, pesquisas e contribuição na exposição do conteúdo) para que se possa saná-las durante o processo de desenvolvimento do conteúdo que está sendo trabalhado. 1. Conteúdo estruturante: Sistemas biológicos 2. Conteúdos Básicos: Morfologia e fisiologia dos seres vivos 3. Conteúdo específico: Sistema Endócrino 4. Objetivo/ expectativa de aprendizagem. Entender o funcionamento do sistema endócrino e a relação deste com sistema nervoso SISTEMA ENDÓCRINO4 O sistema endócrino é composto por glândulas que secretam agentes químicos chamados hormônios, responsáveis por diversas funções do organismo. Os hormônios controlam diversas atividades como o crescimento, o rítmo cardíaco, a eliminação do suor, o teor de açúcar no sangue e muitas outras. As glândulas endócrinas (endos= dentro; krynos=secreção) são chamadas assim porque despejam suas secreções (hormônios) diretamente no sangue, que as leva para todas as células do corpo. A espécie humana possui diversas glândulas endócrinas, algumas delas responsáveis pela produção de mais de um tipo de hormônio. HIPÓFISE (PITUITÁRIA) A hipófise, também denominada de glândula pituitária, é bem pequena, com cerca de um centímetro e meio em sua maior dimensão, localizado na base do crânio. Por exercer múltiplas funções é conhecida como glândula mestra do organismo. É dividida em 4 Os textos apresentados são com base no livro de AMABIS e MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da biologia moderna. -2 ed. - São Paulo : Moderna, 1997. adenohipófise e neurohipófise. Sua atividade é controlada, principalmente, pelo diencéfalo. A hipófise produz diversos hormônios que atuam no funcionamento de outras glândulas, como a tireóide, gônadas e as as supra-renais. Dentre os hormônios produzidos pela hipófise temos: Hormônios Gonadotrópico s: atuam sobre as gônadas, na produção de gametas e de hormônios sexuais. Hormônio Prolactina: estimula a secreção de leite das mães. Esse hormônio começa a ser produzido logo após o parto, e sua produção continua devido aos estímulos nervosos provenientes de sucção do bebê. Hormônio Ocitocina: age na musculatura lisa da parede do útero durante o parto, facilitando, assim, a expulsão do feto e da placenta. Durante a amamentação estimula a eliminação do leite das mamas. Somatotropina ou hormônio do crescimento cuja função primordial baseia-se em promover o crescimento de ossos e músculos. A falta desse hormônio pode ocasionar nanismo, e o excesso pode causar gigantismo. Hormônio antidiurético ou vasopressina: reduz a eliminação de água pela urina, constituindo, assim, um mecanismo importante para o equilíbrio hídrico do organismo. Bao Xishun, de 2,36 metros de altura - o homem mais alto do -mundo - saúda a He Pingping, de 19 anos e 73 centímetros de altura, em Baotou, China. Segundo o livro dos Recordes Guinness 2007 Hormônio Tireotrópico ou Tireotropina: atua sobre o funcionamento da tireóide. Torna-se necessária uma breve explanação sobre a glândula tireóide. A tireóide está situada na porção anterior do pescoço e tem sua atividade regulada pelo hormônio adenohipofisário tireotropina. Sob influência da adenohipófise, a tireóide produz o hormônio tiroxina e triodotironina, que controlam a atividade celular, influenciando, assim, na quantidade de energia produzida no organismo e, consequentemente, no comportamento das pessoas. Por esse motivo, a tireóide também é conhecida por glândula do temperamento. A hiperfunção da tireóide pode causar o hipertireoidismo, no qual o indivíduo fica mais agitado, nervoso, tenso, com batimentos cardíacos acelerados e com mais apetite. Quando há pouca atividade da tireóidea, ocorre o hipotireoidismo, ficando o individuo mais calmo, com reações mais lentas. Na infância, se não houver tratamento adequado, o hipotireoidismo pode causar um quadro chamado cretinismo. Essa doença é caracterizada por um crescimento anormal da tireóide (bócio), retardamento mental, obesidade, alterações no comportamento e desenvolvido anormal dos órgãos sexuais. Hormônio corticotropina ou adrenocorticotrópico: Estes hormônios são produzidos pelas células corticotropos da Adenohipófise, os quais atuam sobre o córtex supra renal, controlando a secreção dos hormônios corticorteróides. . Supra-renais As glândulas supra-renais são duas, cada uma localizada logo acima de um rim. Nessas glândulas, é possível distinguir duas partes: o córtex e a medula. Os pelo hormônios córtex, produzidos os corticosteróides, controlam o metabolismo do sódio e do potássio e o aproveitamento dos carboidratos, minerais proteínas pelo e sais organismo, entre outras funções. A medula produz adrenalina e noradrelina. Esses hormônios influenciam, por exemplo, nos batimentos cardíacos e na pressão arterial. A raiva, o medo, um susto, são alguns fatores que podem provocar aumento da secreção de adrenalina, causando contração dos vasos sanguíneos, palidez e taquicardia. PARATIREÓIDES As glândulas paratireóides são quatro pequenas glândulas, localizadas duas em cada lado da glândula tireóide. As paratireóides secretam o paratormônio, uma proteína que controla os níveis de cálcio no sangue. Pâncreas O pâncreas é uma glândula de secreção mista, que produz: - o suco pancreático, que é conduzido até o duodeno, atuando na digestão dos alimentos; - e os hormônios insulina e glucagon, liberados diretamente na corrente sanguínea. A insulina diminui o nível de glicose no sangue, ao passo que o glucagon aumenta. A falta de insulina ou seu mau aproveitamento pelo organismo resultam num aumento de taxa de glicose no sangue, quadro característico da doença diabetes melito. Ovários Os hormônios produzidos pelos ovários são a progesterona e os estrógenos. A progesterona é um hormônio que controla o desenvolvimento do útero, preparando-o para receber o embrião, caso tenha ocorrido fecundação. Ocorrendo fecundação, a progesterona é secretada durante todo o período da gravidez. Os estrógenos são um grupo de hormônios que atuam no desenvolvimento dos órgãos sexuais e no desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, como as mamas, por exemplo. Testículos Nos testículos há a produção de testosterona, o hormônio responsável pelo desenvolvimento dos órgãos sexuais masculinos e pelos caracteres sexuais secundários, como o aumento de pelos na face e a mudança na voz. ESTRATÉGIAS Apresentar os vídeos e, com base no texto acima, discutir com os alunos as seguintes questoes: o que compõem o sistema endócrino? O que são glândulas? O que são hormônios e para que servem? Qual a sua importância para o corpo? Glândulas e hormônios parte 1 disponível em http://youtu.be/9bulb2AyYo4 Glândulas e hormônios parte 2 disponível em http://youtu.be/ONR5fELY6Kc Estes vídeos apresentam imagens e concepções sobre os hormônios, tipos e funções, bem como a importância dos mesmos no controle do rítmo da vida humana. 1. Com base no vídeo parte 1 a) Quais são as funções dos hormônios no nosso corpo? b) Por que essas substâncias químicas são tão importantes para o organismo? c) Por que o relógio biológico é citado no vídeo parte 1? O que é “relógio biológico”? d) Qual a importância do pâncreas no sistema hormonal? e) Qual a função da glândula pineal? 2. Com base no vídeo parte 2 a) Explique por que a glicose é uma fonte de energia? b) Qual a função do hormônio de crescimento no organismo humano e em qual glândula é produzido? 3.Acessar a página http://www.terra.com.br/istoegente/314/saude/index.htm, ler o texto “hormônio de crescimento para rejuvenescer faz mal5” e produzir um texto sobre o tema. De acordo com Accursio (2005) A confusão começou porque se descobriu que algum paciente com deficiência do hormônio tem um envelhecimento mais rápido e acentuado. Esses realmente se beneficiam com sua reposição, feita por meio de injeção subcutânea dosadas. Mas os sinais e sintomas que aparecem pela falta parcial ou total de hormônio de crescimento, chamados de somatopausa ou somatotrofico – de somatos (corpo) e trofico (aquele que nutre) –, são os mesmo do envelhecimento. Diminuição da qualidade de vida, depressão a ansiedade, declínio da vitalidade física e psicológica, instabilidade emocional, aumento da gordura corporal e diminuição da massa óssea, da massa muscular e da espessura da pele acometem não 5 Texto produzido 22/08/2005,por Wilmar Accursio, é endocrinologista e nutrologista formado pela Escola Paulista de Medicina (Universidade Federal de São Paulo). Dirige o Centro de Estudos de Pós-Graduação da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e preside a Sociedade Brasileira de Antienvelhecimento (SOBRAE). só os que têm como também os que não têm a deficiência do hormônio de crescimento. SISTEMA NEUROENDÓCRINO Objetivo Proporcionar ao educando o conhecimento integrado dos sistemas nervoso e endócrino; RELAÇÕES ENTRE SISTEMA NERVOSO, SISTEMA ENDÓCRINO E DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS. Frequentemente o sistema nervoso interage com o endócrino, formando mecanismos reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação sobre o meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta informação. Uma situação que exemplifica a interação é o estabelecimento da puberdade. No início da puberdade o hipotálamo – região do cérebro que regula uma série de funções orgânicas – aumenta a produção do hormônio de liberação das gonadotropinas (GnRH). Esse hormônio (GnRH) induz a hipófise – uma importante glândula situada na base do cérebro – à liberação de dois outros hormônios, LH (hormônio luteinizante) e FSH (hormônio folículo estimulante), desencadeando o crescimento dos folículos e a síntese de estrogênio e progesterona (nos ovários) e a maturação dos espermatozóides e a síntese de testosterona (nos testículos), marcando o início da fase adulta. Além disso, estudos revelam que o bullying é capaz de alterar a química do cérebro e conduzir a mudanças no comportamento social. A descoberta é de pesquisadores da Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos. O abuso modifica a química cerebral, principalmente em regiões fundamentais para o processamento das emoções. De acordo com as teorias de Fante e Pedra (208) qualquer tipo de estresse leva a mudanças de comportamento e promove a liberação de uma série de “substâncias químicas”. No caso do bullying tende a ser mais grave, porque o estresse pode se prolongar, tornando-se crônico. O sistema nervoso central possui uma camada externa, responsável pela percepção e resposta aos estímulos. Ou seja, reconhece estímulos e transmite-os para as várias áreas específicas internas do SNC6, em uma região chamada sistema límbico. Uma dessas áreas é o hipotálamo, que integra os estímulos e responde a eles através da glândula hipófise. A hipófise é uma glândula mestra e está situada na base do cérebro e dentro do crânio, bem protegida. É ela que libera hormônios que coordenam e controlam, praticamente, todas as funções. É através de hormônios e de terminações nervosas que o SNC comanda e interage com nossas funções somáticas e também emocionais e vice versa. Uma das glândulas hormonais comandadas pela hipófise são as supra renais, localizadas sobre os rins. São elas que liberam hormônios envolvidos na fração luta/fuga. Quando recebemos estímulos ameaçadores, nosso córtex sinaliza uma situação de perigo/risco. Diante disso há uma reação. Essas glândulas têm a função de preservação física, enfrentando a ameaça ou fugindo. É o nosso sistema neuroendócrino que atua fazendo com que nossas glândulas endócrinas trabalhem rapidamente, liberando hormônios para que haja a reação e uma preparação para a luta ou fuga. Sendo o bullying o que diz Fante (2005) começa frequentemente pela recusa de aceitação de uma diferença, seja ela qual for, mas sempre notória e abrangente, envolvendo religião, raça, estrutura física, peso, cor dos cabelos, deficiências visuais, auditivas e vocais; ou é uma diferença de ordem psicológica, social, sexual e física, ou está relacionada a aspectos de força, coragem e habilidades esportivas e intelectuais (p. 62-63). Quando a vítima de bullying se encontra diante de qualquer uma destas situações, o córtex envia uma substância química que vai para o hipotálamo, o qual estimulará as supra-renais para que liberem as catecolaminas (adrenalina e noradrenalina). Estas substâncias fazem com que o coração acelere seus batimentos, os vasos sanguíneos se contraiam, os brônquios dilatem, a respiração aumente e a musculatura contraia, entre outros efeitos. 6 SNC - sistema nervos central Após uma situação de estresse, os níveis de catecolaminas vão baixando devagar e a vítima começa a perder o controle da musculatura e a tremer, podendo ter crise de choro, desmaiar, sofrer um AVC7, ou um enfarto agudo do miocárdio. Após certo tempo seu corpo vai doer como se tivesse sido atropelado. A liberação das catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) se dá por um processo pelo qual cargas físicas, emocionais e/ou psíquicas são traduzidas na forma de sinais e sintomas físicos com ou sem causa orgânica específica. Indivíduos expostos e submetidos ao bullying manifestam, inicialmente, sentimentos de ansiedade e de medo que são causados pela agressão imposta e liberação das catecolaminas. Elas também atuam nos SNC cardiocirculatório, imunológico, dermatológico e respiratório. À medida que essa exposição se torna-se repetida (característica do bullying) esses indivíduos podem desenvolver uma gama de sinais e sintomas de alterações cardiocirculatórios e respiratórios, entre outros, e emocionais que podem levar à síndrome do pânico. Portanto, a ansiedade presente nos indivíduos atingidos pelo bullying não é só emocional. Esses indivíduos submetidos a situações de estresse repetitivo, à exposição contínua à violência podem desenvolver manifestações emocionais como: ansiedade, depressão, angústia, baixa auto-estima, altos níveis de estresse, evasão escola,r atitudes de autoflagelação e até suicídio. ESTRATÉGIA Para trabalhar estas situações sobre Bullying, de uma maneira mais prática, será usado o filme: Bang! Bang! Você Morreu! Uma história inspirada em fatos reais. Um filme com cunho educativo, lançado em 2002. Ficha técnica: Titulo original Bang bang You’re Dead Ano 2002 Tempo 93 minutos País Canadá, EUA 7 Acidente vascular cerebal. Gênero Drama Produtor Every Guy Productions Sinopse8: O filme aborda, de uma maneira simples, como o preconceito – pré-conceito – pode ser fatal nas ações de qualquer pessoa, principalmente, de um estudante. A taxação de “burro”, “feio”, “chato” ou englobando o famoso “Bullying” pode justamente leva-lo a cometer ou a ser aquilo que já se pensa sobre ele. Julgar é o primeiro passo para ver a ação se concretizar. No filme, a figura de Trevor Adams, situado na parte central da arte da capa ao lado, é dado como maluco, psicótico, problemático, mau filho, mau aluno, má pessoa. Embora fosse esse o destino do garoto, traçado pelas pessoas à sua volta, inclusive seus pais, o jovem, com a ajuda de uma câmera caseira consegue mostrar que nada do que as pessoas pensam diz respeito somente sobre a ele. O verdadeiro culpado nem sempre é o principal acusado. Conhecer os fatos, ir a fundo dos acontecimentos pode fazer o autor ser inocentado de um disparo a tiro. Bang! Bang! Você morreu! É um excelente título sobre discriminação, preconceito e que mostra claramente do que um jovem é capaz quando o que se espera dele invade os preceitos morais de um determinado grupo ou de toda uma sociedade. 1. Conteúdo estruturante: Bullying 2. Conteúdos Básicos: Bullying: características, causas e consequências 4. Objetivo/ expectativa de aprendizagem: 1. Entender o bullying nas concepções teóricas; 8 http://guiadavideolocadora.wordpres 2. Identificar as formas de bullying mais comuns na escola, e as conseqüências destes atos no processo educativo; 3. Conhecer os principais problemas de saúde gerados pelo bullying; BULLYING: CARACTERÍSTICAS, CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS 9 Introdução De todos os temas relativos aos problemas comportamentais de crianças e adolescentes na sala de aula, aquele que sempre desperta o maior interesse e preocupação de educadores é o bullying. Essa palavra inglesa evoca os mais diversos sentimentos, pois a dor provocada nas vítimas se transforma em cicatrizes pelo resto da vida. Para compreender a dimensão do problema, uma pesquisa realizada no Brasil em 2008, pela International Plan Brasil, uma organização não governamental de proteção à infância, entrevistou cerca de 12 mil estudantes de escolas brasileiras e constatou que 70% dos alunos pesquisados afirmaram ter sido vítima da violência escolar. 84% desses alunos apontaram suas escolas como violentas. Esses dados reforçam a idéia de que alguma coisa deve ser feita para modificar essa triste realidade. Uma questão que deve ser enfatizada é o caráter global que o Bullying representa, atingindo escolas de todas as esferas sociais, localizadas em grandes metrópoles e centros urbanos ou em pequenas e remotas comunidades de vila de zona rural. Essa forma de agressão, o bullying, está presente em escolas pequenas, com poucos alunos, e em grandes instituições de ensino tradicionais e de disciplina rígida, ou de ensino liberal, aplicadores de diferentes métodos pedagógicos, de orientação religiosa ou não. Todas, sem exceção, convivem e enfrentam essa realidade. Este texto têm como finalidade a identificação de possíveis vítimas dessa calamitosa epidemia de violência que agride, maltrata e assusta filhos e alunos. 9 Texto reorganizado a partir do livro, TEIXEIRA, Gustavo. Manual Antibullying: para alunos, pais e professores. Rio de janeiro: BestSeller, 2011. O QUE É O BULLYING? O bullying pode ser definido como comportamento agressivo entre estudantes. São atos de agressão física, verbal, moral ou psicológica que ocorrem de modo repetitivo, sem motivação evidente, praticados por um, ou vários estudantes contra outro indivíduo em uma relação desigual de poder, normalmente, dentro da escola. ONDE OCORRE? O bullying ocorre, principalmente, na sala de aula e no horário do recreio. O QUE SIGNIFICA? A palavra bullying é um termo inglês e deriva do verbo to bully, que significa ameaçar, intimidar e dominar. Não existe uma tradução exata, mas a expressão resume o conjunto de comportamentos agressivos que preocupa pais e professores. O BULLYING ESTA RELACIONADO A QUÊ? Todos precisam entender que o bullying está relacionado com poder. Quando identificamos, por exemplo, dois estudantes brigando e não existe um desequilíbrio de forças, isto é, ambos são munidos de capacidades físicas e psicológicas semelhantes e não há uma simetria nessas relações de poder, não estamos lidando com o bullying. Então, o comportamento bullying sempre segue um padrão: uma relação desigual de poder em que um ou mais alunos tentam subjugar e dominar outros jovens. O estudante alvo de bullying pode ser exposto a diferentes formas de agressão, entretanto, não é capaz de se defender. Esse desequilíbrio de poder determina a repetição e a manutenção do comportamento agressivo de estudantes que tentam, a todo custo, dominar e humilhar um companheiro. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DO BULLYING? Um levantamento realizado no Brasil pela ABRAPIA10 em 2002, envolvendo quase 6 mil alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, de 11 escolas do município do Rio de Janeiro, revelou que 40,5% dos estudantes admitiram ter algum 10 Associação Brasileira Multidisciplinar de Proteção a Infância e Adolescência envolvimento com o comportamento bullying, sendo 16,9% como vitimas, 12,7% agressores, e 10,9% afirmaram ser vítimas e também agressores. Pode-se afirmar que o problema está mais perto de nós do que qualquer um possa imaginar. De uma forma geral, pode-se dizer que, aproximadamente, um em cada três alunos está diretamente envolvido nesse problema, como alvo ou autor de bullying. São crianças e adolescentes, em idade escolar, vivenciando ativamente o comportamento doentio que machuca e violenta toda uma geração de estudantes, dia após dia. Os estudos também identificam os locais onde esses atos agressivos mais ocorrem. O grande palco dessa tragédia é a própria sala de aula, seguindo pelo pátio do recreio escolar, além das imediações da escola, e durante o período de saída e chegada de alunos. Basicamente, os sintomas do bullying podem ser divididos em 4 categorias: física, verbal, moral ou psicológica e sexual. 1. Os sintomas da agressão física estão relacionados com atos violentos como bater, chutar, empurrar, derrubar, ferir e perseguir. 2. Os sintomas verbais são xingamentos, ameaças, intimidações e gritos. 3. A violência moral ou psicológica está relacionada com outros atos violentos que agridem a alma da pessoa. Nesse caso, a auto-estima do agredido é devastada por ações que virão a humilhar, desqualificar, amedrontar e aterrorizar o estudante com apelidos ofensas descriminações, intimidações, gozações e exclusão social. 4. A categoria da agressão se refere às intimidações de caráter sexual, caracterizado por insinuações, assédios e tentativas de abusar e de violentar a vítima. Nesse tipo de bullying, os alvos são as meninas, pré-adolescentes e adolescentes que, na maioria das vezes, convivem com esse tipo de violência também em outros ambientes sociais. Pode-se também caracterizar o bullying- pela forma como as agressões são dirigidas às vítimas – em duas categorias: o bullying direto e o bullying indireto. 1. No bullying direto presenciam-se ataques deliberados. O agressor ataca a sua vítima de forma verbal, com xingamentos, ameaças e intimidações, ou fisicamente, com chutes, socos e empurrões. São os atos mais facilmente identificados e praticados, principalmente, pelos meninos. 2. No bullying indireto presenciamos atos velados, escondidos, em que o agressor ataca a sua vítima de forma subliminar. Normalmente, este assédio é executado por difamação, isolamento e exclusão social, por exemplo. Essas características são marcantes na hora em que descrevemos os perfis masculinos e femininos dos agressores. Nos meninos, identificam-se os atos mais agressivos e hostis, prevalecendo a força física e ações mais diretas e violentas. Já, as meninas tendem a ser mais diretas nas agressões, praticando, principalmente, atos de exclusão, inventando histórias difamatórias, criando intrigas, espalhando fofocas, por exemplo. Talvez pela presença de comportamentos mais disfarçados e, muitas vezes, escondidos, o bullying, entre as meninas, pode ser ainda mais difícil de identificar e tratar. AGRESSORES OU BULLIES Os autores de bullying, também chamados de bullies ou agressores, apresentam características peculiares de comportamento, como uma agressividade e impulsividade mais exacerbada do que a maioria dos outros estudantes e um desejo por dominar, humilhar e subjugar os demais. Eles são fisicamente mais fortes e suas posturas de confronto e desafio podem ser também identificadas contra pais, professores e outros adultos. Os bullies se julgam superiores, diferentemente do que acredita o senso comum. Não possuem baixa auto-estima, normalmente são muito autoconfiantes e podem ser considerados populares por muitos estudantes. São também mais hábeis socialmente, isto é, mais comunicativos, mais falantes e mais extrovertidos, principalmente, quando o comportamento bullying se desenvolve nos últimos anos do ensino fundamental e durante o ensino médio. Dessa forma, possuem um poder maior de liderança e são mais aptos para realizar a manipulação de alguns colegas contra outros, por exemplo. Os agressores mantêm seu status social à custa da violência e da opressão de suas vítimas e se sentem mais poderosos cada vez que agridem e maltratam outros estudantes. Como a covardia é outra marca dos bullies, não costumam agir sozinhos, são seguidos por dois ou mais alunos que reforçam a noção de grupo, utilizando-se disso para impor mais medo e inseguranças aos alvos da violência. Outra característica fundamental e que ajuda na manutenção desse problema, é que os bullies acreditam que nunca serão punidos por seus atos, e uma vez que esses agressores acreditam que, por pior que sejam suas atitudes, jamais ocorrerá uma punição escolar. Assim eles perpetuam nas agressões e humilhações. Existe um desejo pelo domínio dos outros alunos, uma necessidade de poder e afirmação através da violência física, verbal ou moral. Em alguns casos o bully, ou agressor, utiliza-se de sua força e poder para extorquir dinheiro, roubar o lanche ou conseguir as respostas dos deveres de casa, por exemplo. A somatória das características do bully facilmente identifica um perfil opositivo e desafiador característico de dois transtornos comportamentais da infância e adolescência, nos quais podem estar presentes: o transtorno desafiador opositivo e o transtorno de conduta. VÍTIMA OU ALVO As vítimas ou alvos são aqueles estudantes que recebem as agressões dos bullies. A incapacidade de se defender das agressões e a negação em solicitar ajuda por medo dos agressores, ou por acreditar na impunidade, ajudam na manutenção do problema. Normalmente são crianças tímidas, retraídas, introspectivas, fisicamente mais fracas, menores e mais jovens que os agressores. Esses alunos possuem poucos amigos, parecem solitários e passam a maior parte do tempo sozinha e isolada no recreio escolar. Outra característica comumente observada é que eles apresentam um rendimento acadêmico ruim e não se dão bem nos esportes. Esse é um padrão que costumamos encontrar, na maioria das vezes, entretanto, vale à pena enfatizar que nem sempre os alvos de bullying apresentam essas características. De uma forma geral, pode se afirmar que o bully está à procura de algo diferente na vítima, uma possível vulnerabilidade que sirva de motivo para agredi-la. Portanto, alunos novos na escola, vindos de outras localidades e de diferentes religiões também são comumente vítimas de bullying. A vítima pode responder ao agressor através do choro, no caso das crianças pequenas, ou adotando uma postura passiva e permissiva, no caso de muitos adolescentes. De uma forma geral, esse comportamento passivo pode ser encarado como um sinal aos autores de bullying de que esses estudantes serão “alvos fáceis” e que não serão retaliados caso os ataquem. Seguindo esse pensamento, podemos concluir também que a maneira como a vítima reage às agressões poderá determinar se o assédio continuará ou cessará. VÍTIMAS: PURA E PROVOCADORA Dois tipos de vítimas também podem ser identificados: a vítima pura e a vítima provocadora. Na primeira, o estudante não faz nada para se tornar o alvo. Ele é escolhido pelo bully. Chama a atenção dos agressores por atributos físicos ou pela linguagem corporal, isto é, o agressor consegue identificar sinais que mostram uma criança ou adolescente mais ansioso e com baixa autoestima, geralmente. Dessa forma, o agressor escolhe sua vítima, alguém que dificilmente revidará a sua hostilidade. Essa pode também ser portadora de um problema físico, mental ou de aprendizagem. A segunda, é aquele estudante que, deliberadamente, provoca e irrita os colegas de sala de aula, despertando o desejo de ataque dos bullies. Apesar da postura mais submissa da maioria dos alvos do bullying, esses alunos considerados vítimas provocadoras, são estudantes que têm um perfil mais ansioso e explosivo. Eles apresentam uma reação agressiva diante dos assédios de seus agressores e a irritabilidade é encarada como um convite a esses agressores para continuar com o bullying. TESTEMUNHAS As testemunhas são os alunos que não se enquadram nem entre os autores, nem entre os alvos do bullying, entretanto, convivem diariamente com o medo de se tornarem as próximas vítimas das agressões. Uma vez que os índices estimados de agressores e vítimas de bullying giram em torno de trinta por cento dos estudantes, podemos concluir que as testemunhas representam a grande maioria de alunos que convivem como espectadores de toda essa violência na escola. Geralmente, esses alunos demonstram muita ansiedade, preocupações e angústia, e podem se sentir com vergonha de fazer perguntas e esclarecer suas dúvidas com os professores por medo de serem alvos do bullying. Até mesmo a participação em eventos sociais escolares como festas, reuniões e jogos esportivos pode ser comprometida. Para esses alunos, a escola também deixa de ser um ambiente seguro e acolhedor, como deveria ser, e eles passam a enxergá-la como um local hostil, perigoso, violento e inseguro. Em alguns casos, quadros de fobia escolar são desencadeados e esses alunos podem demonstrar sintomas de grande ansiedade e medo no momento de ir à escola. As testemunhas de bullying apresentam muita dificuldade de se posicionar e de defender um colega de sala de aula que seja alvo das agressões. Esse silêncio ajuda os bullies na manutenção de comportamentos hostis contra as vítimas. Na mente dos agressores, o comportamento passivo das testemunhas é encarado como legitimação às agressões, pois nada fazem para impedi-las, enquanto para as vítimas essa passividade é entendida como: “Ninguém me ajuda, estão todos contra mim.” CYBERBULLYING Nos últimos anos, a facilidade com que os jovens se comunicam pela rede mundial de computadores tem ajudado na popularização de um novo fenômeno: o cyberbullying. Trata-se da versão multimídia da violência escolar, que cresce a cada dia, como uma epidemia, acompanhando o interesse de crianças e adolescentes pelo mundo virtual. Pode ser considerada uma das formas potencialmente mais perigosas e traiçoeiras de violência na escola. Esses atos de bullying realizados através da internet têm ainda um caráter mais perverso, covarde e que torna o cyberbullying uma ferramenta muito poderosa para aterrorizar outros estudantes. Trata-se da possibilidade de realização das agressões de forma anônima e indireta. Ela permite que seus autores se escondam atrás de identidades falsas ou através de mecanismos que os mantenham no anonimato. Dessa maneira, os alvos podem ser repetidamente agredidos e humilhados e, descobrir quem os agride pode ser algo muito difícil. Além disso, o anonimato das agressões abre o leque de possíveis autores de bullying, pois permite que um número maior de crianças e adolescentes se tornem agressores. Jovens que não conseguiriam realizar tais atos cara a cara, enfrentando deliberadamente seus alvos, conseguem agredir e ofender escondidos, atrás de um computador conectado à internet e mascarados por uma identidade virtual falsa. Por esse motivo, o cyberbullying tem se popularizado muito no sexo feminino, visto a possibilidade de ataques indiretos e da ausência da necessidade de encarar as vítimas pessoalmente. As consequências aos alvos do cyberbullying são devastadoras, pois rumores, boatos e todo o tipo de agressão enviada pela internet através de textos, fotos e vídeos são capazes de alcançar um grande número de pessoas em questão de segundos. TIPOS DE CYBERBULLYING Bullying direto: uma das formas mais comuns de cyberbullying é a agressão direta. O autor envia ameaças e xingamentos em salas de bate-papo, por e-mails, pelo aparelho de celular ou por meio de textos deixados no mural da página pessoal de relacionamento da vítima, os famosos recados do Orkut e do Facebook. Criação de websites: Alguns provedores de internet até disponibilizam áreas livres na internet para a criação e hospedagem de páginas virtuais. Dessa forma, tais páginas podem ser criadas e confeccionadas com a intenção de agredir, ofender, humilhar e difamar algum aluno. Impersonalização: ocorre quando uma pessoa se faz passar por outra no mundo virtual, seja através da invasão de contas de e-mail ou de perfis nos sites de relacionamento como Facebook ou Orkut. O cyberbullying enviará ofensas a terceiros, utilizando o nome da vítima, como suposta autora das mensagens. Fórum de discussões: blogs, sites de relacionamento e páginas na internet podem ser utilizados para fórum de discussões sobre os mais diversos assuntos. Nesse caso, são verdadeiros grupos de fofocas e difamação, em que um grupo de estudantes denigre a imagem da vítima Postagens de vídeos e fotos: nessa modalidade de cyberbullying, vídeos e fotos registrados através de máquinas fotográficas, câmeras filmadoras ou mesmo celulares são vinculados através de e-mails ou de contas em sites que disponibilizam, gratuitamente, as postagens de vídeos como o Youtube. As imagens das vítimas podem ser distribuídas pelo mundo virtual com uma facilidade e velocidade incrível, podendo, inclusive, ser distorcidas e modificadas para agredir ainda mais seus alvos. Recursos de edição de imagens, adição de áudio e de texto são usualmente utilizados pelos autores de cyberbullying. Outro tipo comum de postagens de vídeo é a gravação de ataques físicos contra os alvos de bullying. Normalmente são gravados através de celulares e postados na internet. Na verdade, todas as questões e os problemas relacionados ao cyberbullying são responsabilidade de toda a sociedade. A internet é apenas um meio de veiculação de informação utilizada para agredir o aluno, sendo este ridicularizado, humilhado, maltratado e exposto também no ambiente escolar. Dessa forma, não existem barreiras territoriais, o cyberbullying agride, maltrata e expõe suas vítimas na escola, no clube, na festa e em qualquer outro ambiente. QUAIS SÃO AS CAUSAS? Existe um consenso de que métodos parentais de criação, isto é, a forma como os pais educam seus filhos, podem ser responsáveis pelo desencadeamento de atitudes violentas na escola. Trata-se de um modelo de aprendizagem por espelhamento. Se a criança convive com pais pouco afetuosos e que demonstram um padrão de comportamento que preza a violência e a agressividade como estratégias de resolução de problemas, ela assumirá esse comportamento aprendido com os pais. Soma-se a esse padrão parental agressivo, a falta de afeto e carinho, a ausência de diálogo e a aplicação de punições físicas contra o filho ou filha. Estudos revelam que a máxima “violência gera violência” é, verdadeiramente, um fator para o desenvolvimento do bullying, e a criança tomará esses comportamentos como corretos e os levará para o ambiente escolar. Outro padrão familiar que colabora para o desenvolvimento de atitudes agressivas na infância é a falta de limite e a permissividade dos pais quanto aos comportamentos hostis dos filhos em relação a irmãos, amigos e colegas da escola. A dificuldade que muitos pais enfrentam a imposição de regras e de disciplina pode propiciar o surgimento de verdadeiros “reizinhos da casa”. Crianças opositivas, desafiadoras e desobedientes que podem, precocemente, desenvolver comportamentos agressivos na escola, tornando-se bullies. O temperamento e a personalidade da criança também representam fatores colaboradores ao surgimento do comportamento bullying na escola. Isso significa que muitas características e traços emocionais são definidos geneticamente e algumas crianças são, naturalmente, mais impulsivas, agressivas e hostis. Essas crianças apresentam maiores chances de desenvolver o comportamento bullying na escola, enquanto as crianças mais calmas e menos impulsivas terão menos chances de se tornarem bullies. QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS? As consequências para os alunos vítimas de bullying são devastadoras. Esses estudantes experimentam um grande sofrimento psíquico que pode interferir intensamente no desenvolvimento social, emocional e em sua performance escolar. Os estudos científicos evidenciam que, devido a serie de violência sofrida repetidamente por esses alunos, os prejuízos, a longo prazo, podem ser irreparáveis. Normalmente, encontramos crianças e adolescentes com níveis de estresse altíssimos, com mais chances de apresentar prejuízos acadêmicos graves. E isso provoca, muitas vezes, a reprovação escolar, alem do desinteresse pelos estudos, mudanças sucessivas de escolas, na tentativa de fugir das agressões e até o abandono dos estudos. Isso mesmo, os jovens estão deixando de estudar, perdendo oportunidades de um futuro melhor, porque não se sentem seguros dentro da sala de aula. Crianças e adolescentes alvos de bullying podem apresentar insônia, baixa autoestima, depressão e podem também desenvolver transtornos como a fobia escolar, um medo exagerado de freqüentar a escola que pode prejudicar os estudos. Outra grave consequência do bullying é a prevalência de índices elevados de pensamentos de morte e ideação suicida. Nesses jovens, o risco aumentado de tentativas de suicídio existe, principalmente, quando há um quadro depressivo instalado e quando os níveis de estresse são muito elevados. Com relação ao agressor, as consequências são devastadoras também. Identificamos que esses estudantes apresentam mais chances de fazer uso abusivo de álcool e drogas, maior envolvimento em brigas e com o crime, podem andar armados, apresentar problemas com a justiça e atitudes delinquentes, como furtos, agressões, destruição de patrimônio público, ou outros atos ilegais. Outro dado importante é que o padrão agressivo de comportamento demonstrado no colégio tende a se repetir na faculdade, no ambiente de trabalho e na vida adulta de uma forma geral. Os filhos de pais agressivos, violentos e autores de bullying apresentam mais chances de sofrer abuso físico e psicológico por seus pais e de desenvolver também o comportamento bullying no futuro. SINAIS DE ALERTA: COMO IDENTIFICAR SE UM ALUNO ESTÁ SENDO ALVO DE BULLYING? Saber identificar crianças e adolescentes vítimas de bullying ou sob risco de se tornarem alvos dessa violência é muito importante para um trabalho preventivo e de intervenção na escola. Se um filho ou aluno apresenta algumas dessas características, isso não significa que ele esteja envolvido com o bullying, entretanto demonstra um perfil comportamental que merece cuidado. Portanto, as pistas a serem consideradas são: Conquista poucos amigos Passa o tempo do recreio escolar sozinho. Não possui um “melhor amigo”. Tem medo de ir à escola. Evita atividades escolares como grupos de estudo, passeios ou atividades esportivas. É xingado, ridicularizado ou recebe apelidos pejorativos dos colegas de sala. É intimidado, humilhado ou ameaçado por colegas de sala. Apresentam machucados, arranhões, roupas rasgadas, manchadas de giz ou riscadas de caneta, constantemente e sem uma explicação lógica para tal. É agredido fisicamente, entretanto não é capaz de se defender. Está envolvido em brigas, levando sempre a pior. É excluído das brincadeiras ou dos esportes. Normalmente é o último atleta a ser escolhido nos times da educação física. Apresenta uma queda no rendimento acadêmico. Parece estar sempre infeliz, triste e desmotivado na escola. Prefere a companhia de adultos no recreio. Mostra-se inseguro ou ansioso em sala de aula. Desinteressa-se pelos estudos. Quer mudar de escola, sem apresentar um motivo plausível. Apresenta queixas físicas, como dores de cabeça, enjoos e indisposição antecedendo a ida à escola. Escolhe caminhos diferentes para ir à escola, como se estivesse fugindo ou evitando alguém. Os vídeos: motivação – como as águias, disponível em disponível em http://youtu.be/oTLB8rjwPeA, E o vídeo campanha Diga não ao bullying http://youtu.be/c7sqjPDeQvQ Nos Vídeos “como as águias” e “Diga não ao bullying” sugerem-se algumas práticas de convivência e relacionamento: Rever conceitos, repensar formas de agir; Perder o medo; Eliminar vícios; Tomar atitudes positivas Renovação de comportamento; Contribui para a formação de um ser melhor. 1. Conteúdo estruturante: Bullying 2. Conteúdos Básicos: A prevenção e os Aspectos bioculturais de gênero, identidade e auto-estima 3. Conteúdo específico: 1. Legislação 4. Objetivo/ expectativa de aprendizagem: Interpretar as mudanças de comportamento na pré-adolescência e adolescência e a importância das responsabilidades consigo próprio, com os demais seres e com o ambiente. Buscar na legislação os direitos dos oprimidos, os deveres dos responsáveis e as consequências para os supostos opressores. Aplicar estratégias didáticas enfocando valores humanos e prevenção do bullying no ambiente escolar; ASPECTOS LEGAIS, BIOCULTURAIS DE GÊNERO, IDENTIDADE E AUTOESTIMA E FORMAS DE PREVENÇÃO Para compreender as questões bioculturais de gênero, buscou-se entender o ser humano nas suas dimensões antropológica, neurológica e histórica, ou seja, compreender a etiologia humana, entre outras áreas do conhecimento humano. Compreender a cultura possibilita o diálogo entre a biologia, a cultura do indivíduo, a aprendizagem inerente aos mesmos e, ainda, o desenvolvimento da corporeidade e atitudes de convivência social. A cultura é constituída de mitos, gestos, os quais são bioculturais e expressam a vida individual e coletiva, ritmos, jogos simbólicos, que são meios de comunicação, todos com suas significações, os quais obedecem a regras e normas vigentes culturalmente. Mas isto não impede que estas culturas se comuniquem. Esta comunicação entre as culturas permitem que o homem crie música, cinema, dança, jogos, brincadeiras e que as mesmas não têm limites. Diante deste contexto, um trabalho em conjunto da sociedade se faz necessário, pois, o artigo 227 da Constituição Federal diz que É dever da família, da sociedade e do estado assegurar à criança, ao adolescente ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária . Como complementação a essa lei, o art. 129 do Código Penal diz que “ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem”, terá como pena, detenção de três meses a um ano. Portanto é possível perceber que há leis que protegem os indivíduos e leis que punem os infratores, de acordo com a legislação. Nesse sentido, os profissionais de educação devem buscar apoio de outras instituições para tentar resolver os casos de bullying que ocorrem na escola.Para ajudar no enfrentamento dessa problemática, faz-se necessário a utilização de normas e ações e um trabalho coletivo, com envolvimento de todas as áreas: psicologia, saúde, os assistentes sociais e até profissionais do ministério público, policiais, Promotoria da vara da Infância e da Juventude, Conselho Tutelar, a família, a igreja e a mídia como instituições educadoras também devem ser chamadas a assumir suas responsabilidades. Tognetta (2009) lembra que agir preventivamente na direção de coibir todo e qualquer tipo de violência nas instituições de ensino é também agir no sentido de garantir uma sociedade saudável, na qual o respeito é essencial nas relações, fortalecendo os sujeitos em seu desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e moral, educando dessa forma para relações mais justas, solidárias e respeitosas. Freire (2005), coloca que “sem diálogo não há comunicação e sem esta não há verdadeira educação” (p 96). O aprendizado pode ocorrer com maior facilidade se o professor proporcionar momentos de reflexão através do diálogo e da afetividade. Freire já dizia que “não há diálogo, porém, se não há um profundo amor ao mundo e aos homens. Não é possível a pronúncia do mundo sem amor” (p 91). Ou seja, para Freire (2005), o diálogo não é um produto histórico, é a própria “historicização”, ele é, pois, o movimento constitutivo da consciência que se abrindo para a infinitude, incessantemente, vence busca intencionalmente reencontrar-se além as de fronteiras si da mesmo. finitude e, Expressar-se expressando o mundo, implica o comunicar-se. A educação afetiva e intelectual impulsiona o educador e o educando à conquista de uma sociedade mais solidária e propõe uma educação problematizadora e dialógica buscando promover caminhos para que o próprio aluno seja sujeito e construa sua autonomia. A escola deve estar aberta ao diálogo e, dessa forma, buscar juntamente aos professores e alunos, o respeito mútuo e a confiança. Para que a construção do conhecimento ocorra de forma efetiva, é primordial o papel do professor, a fim de que o mesmo, utilizando-se do conhecimento apoiado no currículo, possa atender às necessidades educacionais do aluno. O papel do professor é de fundamental importância para que exista um clima de respeito e paz dentro da escola, fazendo com que os alunos entendam a importância do respeito a todos, e do diálogo, ao invés da utilização de práticas agressivas. Se na sala de aula os alunos não estiverem em harmonia com o ambiente, o processo educativo dos alunos sofrerá consequências. Fante (2005) concorda que: [...] um relacionamento marcado pela falta de afetividade positiva e pelos maus-tratos físicos ou verbais influenciará o indivíduo, determinando seu desempenho social e sua capacidade de adaptação às normas de convivência, bem como sua habilidade de integração social. Portanto, as raízes do comportamento agressivo estão fincadas na infância, sendo o modelo de identificação familiar o elemento fundamental para a sua compreensão (p.173). A questão está na organização do trabalho coletivo em sala de aula para se realizar a construção do conhecimento procurando desenvolver no educando a autonomia e racionalidade, bases para a formação de valores individuais. Lepre (2009), propõe que seja trabalhada uma educação voltada para a moral, para formar hábitos de convivência, que reforcem valores como a justiça, a solidariedade, a cooperação ou cuidados para com os outros. É importante, também, apresentar uma opção de tratamento definitivo através de um programa antibullying, realmente eficiente e que possa ser colocado em prática dentro de qualquer instituição brasileira, levando em conta as particularidades regionais. METODOLOGIA Sendo assim, deve-se aumentar o conhecimento, alertando, de um modo geral, sobre o bullying e a violência escolar. Além disso, prevenir o surgimento de novos casos de violência escolar e tratar os casos existentes. É imprescindível buscar melhoria nas relações sociais entre os jovens, utilizando-se de conceitos de ética e moral para ajudar no desenvolvimento de um ambiente escolar saudável, seguro e acolhedor para todos. Isso tudo fornecerá a promoção da aprendizagem e estimulará uma cultura pacifista na escola e na vida. Para efetivamente combater o bullying. Este projeto de combate ao comportamento agressivo entre estudantes deve ser incorporado ao dia a dia da escola. Isso implica a implantação de atividades como: Elaborar um material informativo sobre o comportamento bullying para ser repassado, como livros, guias, folhetos e cartilhas. Posteriormente, esses alunos vão até as salas de aulas de crianças mais novas e oferecem palestras para ensiná-las sobre a violência escolar e orientá-las sobre as estratégias de combate desse problema. Toda turma de colégio possui alunos extremamente habilidosos. São líderes na sala, comunicativos, tiram boas notas e possuem boa índole. Muitas vezes, os professores podem contar com uma ajuda informal desses estudantes, solicitando que façam companhia e incluam aqueles alunos deixados de lado no recreio ou que sejam vítimas de bullying. Essa atitude aumenta as chances do aluno pouco habilidoso e com poucos amigos de ser incluído e de fazer novas amizades. Em contrapartida, o bully se sentirá constrangido de atacar um amigo do garoto popular da escola. Na disciplina de história abordar conceitos éticos relativos aos problemas sociais do dia a dia do aluno, pode ser uma forma de identificar situações problemáticas e ajudar na busca por soluções práticas e duradouras. Desenvolver a caixa de recados que funciona como um canal de comunicação entre estudantes e educadores, na qual os alunos podem reportar incidentes, pedir ajuda e denunciar atos de bullying, por exemplo. Essa caixa de recados pode ficar em locais estratégicos da escola, como corredores e pátio escolar. Organizar um conjunto de regras pelos próprios estudantes como o primeiro passo na busca do equilíbrio e da paz na sala de aula. A partir daí, guiar os alunos ao desenvolvimento da Constituição antibullying do 8º ano: são conceitos éticos e morais que servem de modelo para a formação do caráter e de cidadãos responsáveis e promotores da paz, do diálogo, da democracia e do respeito mútuo O bullying não será tolerado. Nós não vamos agredir outros estudantes. Vamos ajudas colegas vítimas de bullying. Vamos incluir qualquer aluno deixado de lado no recreio escolar. Contaremos a um adulto em casa e na escola caso presenciemos um ato de bullying. Carta registrada e assinada por todos os alunos e pela professor Além disso, produzir um grande cartaz e afixá-lo no mural de recado da sala. Ações caso o aluno quebre as regras: será julgado e punido pelos próprios colegas e mediado pela professora. Casos graves seriam encaminhados à direção da escola, enquanto que os casos mais simples poderiam ser resolvidos dentro da própria sala de aula. Possíveis punições: uma conversa individual após o horário da aula ou durante o recreio; perda de privilégios; perda de parte do recreio escolar; trabalho comunitário na escola após o horário de aula; uma conversa com a coordenadora pedagógica; uma conversa com o diretor; comunicar aos pais do estudante sobre o problema ocorrido na escola; chamar os pais do estudante para uma conversa particular com a direção. Os elogios são excelentes reforçadores de comportamentos positivos, quando identificam situações em que as regras antibullying são respeitadas. Na disciplina de arte: criar uma minipeça de teatro em que os alunos encenam um tema que está relacionado ao bullying: desrespeito, preconceito, intolerância, agressividade e poder. Esse tema pode surgir de exemplos concretos na sala de aula ou em outras situações. Na disciplina de Educação Física: sabe-se que esporte representa um grande fator de inclusão entre todos os alunos. O papel do professor de Educação Física será fundamental para isso. Durante atividades esportivas, crianças e adolescentes terão a possibilidade de aprender sobre a importância do trabalho em equipe e poderão desenvolver conceitos essenciais para a vida adulta como disciplina, hierarquia, amizade, ética, respeito, motivação, confiança e equilíbrio emocional. Organizar, na escola, uma equipe multidisciplinar com docentes, alunos e pais, para a promoção de atividades informativas (legislação), de orientação e prevenção ao bullying, a partir de um histórico de ocorrências, exigirem sanções legais para os agressores. Devido às agressões também ocorrerem no intervalo do recreio, será proposto aos alunos do 8º ano realizar jogos e brincadeiras – o recreio interativo. E ainda será feito um estudo sobre a Legislação: art. 227 da Constituição Federal de 1988 e LEI Nº 13.632/2010 "Dispõe sobre a política "antibullying" nas instituições de ensino no município de Curitiba". Disponível no site http://www.leismunicipais.com.br/twitter/253/legislacao/lei-13632-2010-curitibapr.html AVALIAÇÃO A avaliação será contínua, portanto ocorrerá durante o desenvolvimento das atividades propostas. As atitudes dos alunos serão observadas, tais como: responsabilidade, compromisso e envolvimento na realização dos trabalhos. Será verificada, também, a compreensão do aluno sobre o assunto estudado, a contribuição para a seleção do material utilizado, a participação nas indagações, o desenvolvimento dos cartazes, regras, panfletos, nas atividades de fixação, a participação no grupo e a análise dos registros realizados pelo grupo. Um relatório individual será construído pelo professor com o registro de avaliação de cada aluno, relatando as atividades realizadas. É importante divulgar a eles como acontecerá a avaliação de todo trabalho e, também, a importância da participação nas atividades, tendo como referência os itens citados anteriormente. Através da avaliação o professor identificará as dificuldades encontradas pelos alunos em relação aos conteúdos trabalhados, podendo assim utilizar diversas ações que possam contribuir para sanar as dificuldades encontradas por eles. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com este trabalho visa-se a proporcionar aos educandos conceitos científicos e atualizados sobre o funcionamento dos sistemas nervoso e endócrino. Ao mesmo tempo em que se esclarece para os alunos a importância para a saúde do corpo físico e mental, à medida que se tem informações, conhecimentos sobre o tema bullying e suas implicações nos sistemas citados. Neste sentido, é importante analisar com os alunos que o bullying é uma ameaça à dignidade humana, e que o objetivo em estudar o tema é estimular o respeito às diferenças dentro e fora da escola, além de manter um trabalho de sensibilização, a fim de combater esse tipo de comportamento que, muitas vezes ocorre por falta de informação. Silenciar diante desse problema não é uma atitude coerente com a prática educativa saudável e democrática. Durante o desenvolvimento do trabalho, observou-se que há a necessidade em desenvolver atividades interdisciplinares visando à formação de cidadãos. Neste contexto, o papel do professor, da família, da sociedade é imprescindível para que haja mais discussões e compreensão cultivando-se a convivência para a tolerância, numa cultura de paz. REFERÊNCIAS AMABIS, José Mariano e MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da biologia moderna. -2 ed. - São Paulo : Moderna, 1997. BARROS, Carlos. Ciências: o corpo humano. Vol. 3, 4ªed. São Paulo : Ática, 2009. Portifólio Digital do Professor de http://www.portefolionaturas.net/nonoano.htm Ciências Naturais. Endereço: SILVA, Ana Beatriz B. Bullying: mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010. TEIXEIRA, Gustavo. Manual Antibullying: para alunos, pais e professores. Rio de janeiro: BestSeller, 2011. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005, 42.ª edição. TOGNETTA, Luciene Regina Paulino. A formação da personalidade ética: Estratégias de trabalho com afetividade na escola. Campinas: Mercado de Letras São Paulo: Fapesp, 2009. FANTE, Cléo e PEDRA, José Augusto. Bullying escolar: perguntas e respostas. Porto Alegre: Artmede, 2008. FANTE, Cléo. Fenômeno Bullying. São Paulo, Versus, 2005. REFERÊNCIAS DAS IMAGENS Figura 1 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=TLmDiC3sf0aIM:&imgrefurl=htt p://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/sistemanervoso3.php&docid=0f_mTGnH9MmrvM&imgurl=http://www.sobiologia.co m.br/figuras/Corpo/neuronio.jpg&w=503&h=346&ei=5NevUK2uK4qy0AGJ24CoDg&zoom=1&iact=hc&vpx=1093&vpy=193&dur =265&hovh=186&hovw=271&tx=153&ty=115&sig=110018763068794609838&page=1&tbnh=149&tbnw=217&start=0&ndsp=22 &ved=1t:429,r:5,s:0,i:113 figura 2 http://www.google.com.br/imgres?start=70&um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=6LLkaAMSRAZKzM:& imgrefurl=http://www.correiodemocratico.com.br/2011/11/26/transplantedeneuroniosrecuperafuncoescerebrais/&docid=dtIlBdzP xjJIKM&imgurl=http://www.correiodemocratico.com.br/wpcontent/uploads/2011/11/Transplantedeneur%2525C3%2525B4niosre cupera.jpg&w=400&h=251&ei=VdivUL7OO6SH0QG26oEg&zoom=1&iact=rc&dur=390&sig=110018763068794609838&page=3 &tbnh=109&tbnw=173&ndsp=45&ved=1t:429,r:7,s:70,i:27&tx=92&ty=57. Figura 3 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=KjUA9l6oclEHOM:&imgrefurl=ht tp://www.infoescola.com/citologia/celulasdaglia/&docid=uZ0z5G74U8e2RM&imgurl=http://www.infoescola.com/wpcontent/uploa ds/2010/04/celulasglia.jpg&w=500&h=295&ei=zdvUKTBGpCK9ATWwIDgDg&zoom=1&iact=rc&dur=390&sig=11001876306879 4609838&page=1&tbnh=137&tbnw=232&start=0&ndsp=21&ved=1t:429,r:1,s:0,i:88&tx=139&ty=94 Figura 3 Fundamentos da Biologia Moderna. Figura 4 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=bOJnZVjQJpN0xM:&imgrefurl= http://adanatomia.blogspot.com/2011/06/sistemaesqueleticoesqueletocefalico.html&docid=tKu8ztkp7SHjM&imgurl=http://3.bp.bl ogspot.com/a1ysmaioA9Y/Tf_Axt0TchI/AAAAAAAAACM/pUPdLTbtSY0/s1600/cranio4a1of.jpg&w=425&h=420&ei=ouqvUITkLu yN0QGU74G4Bg&zoom=1&iact=hc&vpx=345&vpy=236&dur=764&hovh=223&hovw=226&tx=152&ty=134&sig=1100187630687 94609838&page=2&tbnh=134&tbnw=135&start=25&ndsp=55&ved=1t:429,r:25,s:25,i:284 Figura 5 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=Fmv5jc_nbW87M:&imgrefurl=ht tp://seitaiquiropraxiajaponesa.blogspot.com/2009/01/colunacervicalcolunacervicalse.html&docid=M22gSllW0AYkM&imgurl=http: //1.bp.blogspot.com/_XIFFd8SL1Bw/SWdSy8uoyDI/AAAAAAAAACg/DgMobcIogk/s320/cerv1.bmp&w=316&h=241&ei=tvKvUIz aLYu80QGsuYEw&zoom=1&iact=hc&vpx=1165&vpy=217&dur=484&hovh=192&hovw=252&tx=89&ty=123&sig=110018763068 794609838&page=1&tbnh=162&tbnw=212&start=0&ndsp=27&ved=1t:429,r:7,s:0,i:107 Figura 6 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=Fmv5jc_nbW87M:&imgrefurl=ht tp://seitaiquiropraxiajaponesa.blogspot.com/2009/01/colunacervicalcolunacervicalse.html&docid=M22gSllW0AYkM&imgurl=http: //1.bp.blogspot.com/_XIFFd8SL1Bw/SWdSy8uoyDI/AAAAAAAAACg/DgMobcIo0gk/s320/cerv1.bmp&w=316&h=241&ei=tvKvUI zaLYu80QGsuYEw&zoom=1&iact=rc&dur=437&sig=110018763068794609838&page=1&tbnh=162&tbnw=212&start=0&ndsp= 27&ved=1t:429,r:7,s:0,i:107&tx=110&ty=91 figura 7 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=6WTO6GvbaDQlYM:&imgrefurl =http://www.jornallivre.com.br/129378/oqueeencefalo.html&docid=zE2nPPCyOXSjtM&imgurl=http://www.colegiosaofrancisco.c om.br/alfa/corpohumanosistemanervoso/imagens/encefaloilustracao.gif&w=301&h=234&ei=i_OvUNDgN8PG0QHz3YCYDQ&zo om=1&iact=hc&vpx=247&vpy=375&dur=171&hovh=187&hovw=240&tx=166&ty=115&sig=110018763068794609838&page=1&t bnh=160&tbnw=220&start=0&ndsp=21&ved=1t:429,r:8,s:0,i:136 Figura 8 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=AvchAxOUfa1MzM:&imgrefurl= http://evoluciencia.blogspot.com/2011/10/ratocyborgcomcerebelodigital.html&docid=YeatKX1BH5KvHM&imgurl=http://1.bp.blog spot.com/5xxTGQ3lyg/TpkbSfMPSBI/AAAAAAAAAG8/3zxPuzDfoE4/s1600/Cerebelo.jpg&w=356&h=345&ei=NfWvUISAFJPc8 ASY6YDgDw&zoom=1&iact=hc&vpx=1123&vpy=176&dur=46&hovh=221&hovw=228&tx=101&ty=103&sig=1100187630687946 09838&page=1&tbnh=158&tbnw=163&start=0&ndsp=22&ved=1t:429,r:5,s:0,i:165 Figura 9 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=AGNgsmIwvp9fM:&imgrefurl=http://leojisso.blogspot.com/2010/07/domingodaseichonoie110710.html&docid=3vR7yNUrIA9RGM&imgurl=http://4.bp.blogspot.com/_gsRq5Ae4oGg/TDpT3_ksziI/AAAAAAA AADE/CU1XUiXCB7c/s1600/Dienc%2525C3%2525A9falo.jpg&w=329&h=321&ei=X_WvULy0C4am9gTgpIGgBA&zoom=1&iact =rc&dur=281&sig=110018763068794609838&page=1&tbnh=157&tbnw=172&start=0&ndsp=23&ved=1t:429,r:9,s:0,i:126&tx=93 &ty=127 Figura 10 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=nyTtsKNeTCyc5M:&imgrefurl=h ttp://aprovaja.blogspot.com/2012/02/respiracaopulmonarnossereshumanos.html&docid=9uNU4DZUk_O1M&imgurl=http://2.bp.b logspot.com/X8Mm2Hik_Q4/TyxEDCfc0I/AAAAAAAADQ4/7rwn210u0H8/s1600/encefalo2.jpg&w=294&h=242&ei=wPWvUMPP FYGS9QSCooDoCA&zoom=1&iact=rc&dur=546&sig=110018763068794609838&page=1&tbnh=127&tbnw=153&start=0&ndsp =36&ved=1t:429,r:2,s:0,i:90&tx=52&ty=54 Figura 11 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=jqPaTz8DxTWv2M:&imgrefurl= http://bloganatomiahumana.blogspot.com/2009/04/medulaespinhal.html&docid=PLclfDvxZbpGgM&imgurl=http://2.bp.blogspot.c om/_Xqgz_OrLti0/SfTULdpK8I/AAAAAAAAAEk/2qvxtI8pfM/s400/imagemasdfasd.bmp&w=400&h=400&ei=9vWvUNnCD43G9g TDmIDAAw&zoom=1&iact=rc&dur=562&sig=110018763068794609838&page=1&tbnh=161&tbnw=161&start=0&ndsp=27&ved =1t:429,r:10,s:0,i:117&tx=127&ty=52 Figura 12 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=Fe0xjbqczCRT2M:&imgrefurl=h ttp://www.alunosonline.com.br/biologia/nervossistemanervosoperiferico.html&docid=otbe7Vkkkwy3EM&imgurl=http://www.aluno sonline.com.br/upload/conteudo_legenda/60af7ba0d505c116e45c8c8ea54f2f12.jpg&w=378&h=414&ei=JvavUKynNJHm8gT3z 4AY&zoom=1&iact=hc&vpx=162&vpy=360&dur=93&hovh=235&hovw=214&tx=100&ty=256&sig=110018763068794609838&pa ge=2&tbnh=134&tbnw=122&start=29&ndsp=53&ved=1t:429,r:1,s:29,i:196 Figura 13 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=lBxQA8XdPck9CM:&imgrefurl= http://evsrenatavieira.blogspot.com/2010/10/neuroanatomiafuncionaldossistema.html&docid=MLDleIn56Fi1aM&imgurl=http://2b p.blogspot.com/_8xneimAtunE/TKorDDW9qlI/AAAAAAAAAV4/_hVTBYolb6w/s1600/sistema%252Bsensorial.jpg&w=384&h=36 4&ei=tfavUO6eNo68wTQhYCICw&zoom=1&iact=hc&vpx=1219&vpy=225&dur=93&hovh=219&hovw=231&tx=117&ty=105&sig= 110018763068794609838&page=1&tbnh=125&tbnw=135&start=0&ndsp=41&ved=1t:429,r:39,s:0,i:204 Figura14 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=uY5wuNB5o227IM:&imgrefurl= http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso4.asp&docid=eotSVRcJPBACxM&imgurl=http://www.afh.bio.br/nervoso/img/SN%252520a ut%2525C3%2525B4nomo.gif&w=605&h=494&ei=HvevUMhMon49gTbj4DIBw&zoom=1&iact=hc&vpx=165&vpy=140&dur=812 &hovh=203&hovw=248&tx=145&ty=106&sig=110018763068794609838&page=1&tbnh=128&tbnw=157&start=0&ndsp=41&ved =1t:429,r:1,s:0,i:87 Figura 15 Fundamentos da Biologia Moderna Figura 16 https://www.google.com.br/search?hl=ptBR&tok=zrXWohvAfEs7SPonARmJJw&cp=4&gs_id=a&xhr=t&q=figuras+de+linguagem &bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.&bpcl=38897761&biw=1600&bih=750&wrapid=tljp135370123067806&um=1&ie=UTF8&tbm=isch& source=og&sa=N&tab=wi&ei=0devUKr4FYqn0AHp0oHwBA#um=1&hl=ptBR&tbo=d&tbm=isch&sa=1&q=sistema+endocrino&oq =sistema+endocrino&gs_l=img.3..0l10.3182.7550.0.8112.17.14.0.3.3.0.281.1858.27.7.0...0.0...1c.1.PelIWJR2pWM&bav=on.2,o r.r_gc.r_pw.r_qf.&fp=519e4d7f2bbdf1d1&bpcl=38897761&biw=1600&bih=750 Figura 17 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=I8Nq8bQom2xndM:&imgrefurl= http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/hipofise.htm&docid=tUKRXRON3qHoMM&imgurl=http://www.mundoeducacao.com .br/upload/conteudo_legenda/85db0ff82844c45cf72b9b4e74edb04f.jpg&w=399&h=367&ei=Iv6vUOX9JMaB0QH5IDQBQ&zoom =1&iact=rc&dur=499&sig=110018763068794609838&page=2&tbnh=130&tbnw=141&start=40&ndsp=50&ved=1t:429,r:38,s:40,i :330&tx=76&ty=77 Figura 18 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=mwN8l3DY6c1_gM:&imgrefurl= http://www.grupoescolar.com/pesquisa/sistemaendocrino.html&docid=j57bPwSwy6KasM&imgurl=http://www.grupoescolar.com/ a/b/6C92C.jpg&w=396&h=266&ei=6P2vULq2AsTb0QHiroGoDQ&zoom=1&iact=hc&vpx=951&vpy=331&dur=78&hovh=184&ho vw=274&tx=180&ty=112&sig=110018763068794609838&page=1&tbnh=143&tbnw=213&start=0&ndsp=27&ved=1t:429,r:14,s:0 ,i:167 Figura 19 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=vEvGmW0FlWeDsM:&imgrefurl =http://fernandotrainer.zip.net/arch20100131_20100206.html&docid=tZhVOANqkE5yhM&imgurl=http://fernandotrainer.zip.net/i mages/dwarfgiant.jpg&w=600&h=400&ei=pP6vUK_JJIw0QGUuoCgDQ&zoom=1&iact=rc&dur=390&sig=110018763068794609 838&page=1&tbnh=130&tbnw=177&start=0&ndsp=44&ved=1t:429,r:10,s:0,i:114&tx=86&ty=64 Figura 20 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=ICdTyi9QI4ZOM:&imgrefurl=htt p://tricologiamedica.blogspot.com/2011/11/quandoproblemasdatireoidecausam.html&docid=koDok6bNQsOfHM&imgurl=http://3 bp.blogspot.com/HysFP_99Nsw/TsEwFYLtZpI/AAAAAAAAAIs/p6Z3cWbZmzg/s1600/tireoide.jpg&w=610&h=415&ei=QwCwUN mLMqw0AHk5YCAAQ&zoom=1&iact=hc&vpx=722&vpy=200&dur=141&hovh=185&hovw=272&tx=159&ty=116&sig=11001876 3068794609838&page=1&tbnh=159&tbnw=212&start=0&ndsp=24&ved=1t:429,r:4,s:0,i:162 Figura 21 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=jllCVuLxfzlQxM:&imgrefurl=http: //portaldocorticoide.blogspot.com/2010/12/obocio.html&docid=v2hIpMDx2mLsXM&imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_sOVW_iyA 2no/TQFF56N1ZdI/AAAAAAAAAIo/F0O0j2G_FTA/s1600/bocio.jpg&w=220&h=304&ei=fwCwUOrAGarp0gHc8oCQBw&zoom=1 &iact=rc&dur=62&sig=110018763068794609838&page=2&tbnh=129&tbnw=93&start=23&ndsp=46&ved=1t:429,r:2,s:23,i:181&t x=44&ty=70 Figura 22 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=VrGmC9YGysztcM:&imgrefurl= http://www.palavrademedico.kit.net/tema25.htm&docid=5w2RiS6f2cA1M&imgurl=http://www.palavrademedico.kit.net/suprarenai s.gif&w=175&h=143&ei=pAGwUPvCKqyF0QHgxoDAAg&zoom=1&iact=rc&dur=436&sig=110018763068794609838&page=1&t bnh=114&tbnw=140&start=0&ndsp=25&ved=1t:429,r:3,s:0,i:107&tx=82&ty=70 Figura 23 http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=ptBR&tbo=d&biw=1600&bih=750&tbm=isch&tbnid=HJWxoyf20JYIM:&imgrefurl=htt p://www.infoescola.com/glandulas/paratireoide/&docid=2Ugj5fF01r3cZM&imgurl=http://www.infoescola.com/wpcontent/uploads/ 2010/08/glandulaparatireoides.jpg&w=400&h=344&ei=1wGwUKaGM8m50AHE34HIBw&zoom=1&iact=hc&vpx=187&vpy=189& dur=406&hovh=208&hovw=242&tx=126&ty=142&sig=110018763068794609838&page=1&tbnh=160&tbnw=186&start=0&ndsp =24&ved=1t:429,r:1,s:0,i:101 figura 24 http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.linkes.com.br/wp-content/uploads/tdomf/51576/Bang-BangVoc%C3%AAMorreu240.jpg&imgrefurl=http://www.linkes.com.br/bangbangvocemorreu&h=240&w=240&sz=16&tbnid=NUlDAIL NuDdNsM:&tbnh=91&tbnw=91&zoom=1&usg=__kxbUGFfKrQ32_HGGROStdYSKRX8=&docid=aWiIvHZfMLjjM&hl=ptBR&sa= 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