DEBATER A EUROPA Periódico do CIEDA e do CEIS20 , em parceria com GPE e a RCE. N.10 janeiro/junho 2014 – Semestral ISSN 1647-6336 Disponível em: http://www.europe-direct-aveiro.aeva.eu/debatereuropa/ A cadeia de valor da inovação da economia do mar em Portugal e na Europa Joaquim A. Macedo de Sousa CESAM Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, UA Bionetworks – Bio and Marine Consulting Email: [email protected] Eduardo Andrade Pereira Bionetworks – Bio and Marine Consulting Email: [email protected] Resumo Qual o posicionamento dos centros de investigação na cadeia de valor da inovação da economia do mar? Para responder a esta questão, foram avaliados indicadores da economia do mar em Portugal e na Europa. Seguidamente foram recolhidos os seguintes indicadores: 1) produtividade científica, que permitiu destacar 17 centros de investigação na europa e fazer o levantamento de todos os centros portugueses que desenvolvem investigação na área do mar; 2) produtividade tecnológica, pesquisando o registo de patentes nos serviços europeu e nacional; e 3) projetos empresariais, das entidades do sistema científico e nacional, que deram origem a spin-offs na área do mar. Palavras-chave: investigação; produtividade científica; tecnologia; patentes; spin-offs Abstract How do research centres stand in the economy of the sea innovation value chain? In order to address this issue, sea economy indicators for Portugal and Europe were assessed. Then the following indicators were evaluated: 1) scientific productivity, which highlighted seventeen research centres in Europe and allowed mapping all Portuguese centres carrying out marine and maritime research; 2) technological productivity, from 75 industrial property registered at European and Portuguese patenting offices: 3) spin-off business projects from the Portuguese science and technology system operating in the sea economy. Keywords: research; scientific output; technology; patents; spin-offs 1. Introdução Em 2012, com a publicação do “Crescimento Azul” (EC 2012) a Comissão Europeia atribui um caráter económico à Política Marítima Integrada Europeia, na perspetiva de aproveitar o potencial inexplorado dos oceanos, mares e zonas costeiras da Europa, para o crescimento e a criação emprego. Esta aposta económica implica o desenvolvimento de estratégias de inovação, envolvendo as empresas tradicionais e trazendo novas empresas de base tecnológica. É hoje assumido que as entidades do Sistema Científico e Tecnológico (SCT) são determinantes para o processo de inovação das empresas. Num contexto global, de fluxo de informação abundante e extremamente rápido, as organizações empresariais poderão beneficiar do input criativo das universidades e dos centros de investigação, para o desenvolvimento de processos e produtos ou serviços inovadores. Na ótica do SCT importa conhecer a cadeia de valor da inovação das empresas e perceber de que forma melhor poderão contribuir para as estratégias de inovação da esfera económica. O presente trabalho pretende estudar de que forma, no contexto Europeu e, particularmente em Portugal, os centros de investigação ligados ao mar cooperam com as empresas para a promoção de estratégias de inovação. Qual o posicionamento dos centros de investigação na cadeia de valor da inovação da economia do mar? Para o efeito foi feito caracterizado o Valor Acrescentado e o Emprego gerado pela Economia do Mar em Portugal e na Europa. Seguidamente foram avaliados os seguintes indicadores: 1) produtividade científica, que permitiu destacar 17 centros de investigação na europa e fazer o levantamento de todos os centros portugueses que desenvolvem investigação na área do mar; 2) produtividade tecnológica, pesquisando o registo de patentes nos serviços europeu (EPO) e nacional (INPI); e 3) projetos empresariais, das entidades do sistema científico e nacional português, que deram origem a spin-offs a operarem na área da economia do mar. Este estudo foi levado a cabo durante 2012, após a publicação do “Crescimento Azul” da Comissão Europeia. Cerca de um ano depois, em 2013, foi apresentada em 76 Portugal a Estratégia Nacional para o Mar 2013-2020. Em fevereiro, foi aprovado preliminarmente pela Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar este instrumento de política pública que esteve em discussão entre 1 de março e 31 de maio. O modelo de desenvolvimento apresentado no documento que esteve em discussão pública – e que certamente será mantido na estratégia a adotar – assenta no conhecimento e na inovação em todas as atividades e usos do mar, num quadro moderno, pró-ativo e empreendedor. Desta forma pelo momento em que teve lugar esta recolha de informação e pela pertinência que estes temas têm para a Estratégia Nacional para o Mar, o presente trabalho de investigação poderá ser um referencial anterior à implementação do instrumento do país para a política do mar entre 2013 e 2020. 1. A economia do mar em Portugal e na UE O reconhecido potencial do mar e dos seus recursos para Portugal não tem sido suficiente para desenvolver a economia do mar que representa menos de 2% do PIB (tabela I) e emprega pouco mais de 1% (tabela II) da população ativa1. Os setores que têm um contributo mais relevante para a economia do mar portuguesa, em termos de valor acrescentado e contributo para o emprego da população ativa, são o Turismo Costeiro e as Pescas. A relevância destes setores no panorama económico nacional é histórica e, por isso, expectável. Com o objetivo de comparar o valor acrescentado e o emprego da economia do mar portuguesa com outros países da UE normalizou-se estes indicadores, respetivamente, com o PIB do país e com a população ativa. Foram depois construídos rankings europeus para cada setor, com os indicadores do valor acrescentado e do emprego. As tabelas III e IV indicam a posição de Portugal comparando-o com o país líder de cada ranking. Em termos de valor acrescentado (tabela III), o setor melhor representado no ranking europeu é o do Turismo de Cruzeiro, ainda que, como se viu na tabela I, represente um valor modesto na economia do mar do país. O país da UE que lidera o valor acrescentado gerado pelo Turismo de Cruzeiro, é o Reino Unido. Os setores portugueses do Turismo Costeiro e das Pescas estão bem representados no ranking europeu (ambos em 5º lugar), confirmando a sua relevância na economia nacional. 1 Note-se que os dados das tabelas I a IV reportam a 2006 e 2008, em relatórios onde é possível obter os dados mais atualizados para os países da UE. 77 Para os cálculos da empregabilidade da economia do mar, como já se tinha visto da tabela II, foi possível descriminar os resultados dos subsetores das Pescas: Aquicultura, Pesca Extrativa e Transformação de Pescado. O conjunto destes subsetores têm a posição mais elevada no ranking da empregabilidade da UE em percentagem da população ativa (tabela IV). A Aquicultura coloca mesmo Portugal no primeiro lugar do ranking. Esta posição é bastante surpreendente tendo em conta a baixa produtividade aquícola portuguesa e, especialmente, quando comparando com outros países europeus (Macedo-Sousa 2012). O Turismo Náutico, que é o setor marítimo que mais emprega em Portugal, ocupa a 11ª posição do ranking Europeu, liderado por Malta onde está quase 19% da população ativa. 2. A cadeia de valor da inovação A inovação é reconhecidamente um fator determinante para a competitividade das empresas e, consequentemente, para o crescimento da economia (OECD 2007). O sucesso de uma estratégia de inovação não depende, per se, na aposta em I&D, mas sim na capacidade das empresas em alinhar essa estratégia de inovação com a sua estratégia de negócio e do esforço dedicado à compreensão das necessidades do mercado. A análise das empresas mundiais mais inovadoras permite verificar que a inovação não é uma consequência direta do investimento em I&D. Em 2009, a Microsoft, que ocupava o 6º lugar do ranking da inovação da Booz & Company, gastou (cerca de 9 Biliões de Dólares) quase 7 vezes mais em I&D do que a empresa líder, a Apple (Jaruzelski & Dehoff 2010). De acordo com Hansen e Birkinshaw (2007) a cadeia de valor da inovação compreende 3 fases sequenciais: geração de ideias, desenvolvimento das ideais e difusão dos conceitos que se desenvolveram. Em cada uma destas fases deverão ser executadas 6 tarefas: pesquisa de fontes internas, cruzamento de fontes entre unidades, pesquisa de fontes externas, seleção, desenvolvimento e disseminação da ideia pela empresa. É habitual que as empresas procurem fora novos conceitos e parceiros, sendo os meios académicos um dos interlocutores que maiores oportunidades apresenta para projetos inovadores e profícuos. Torna-se por isso fundamental que as entidades do SCT conheçam e compreendam a cadeia de valor da inovação na perspetiva empresarial e criem as condições para contribuir de forma eficaz nas várias etapas desse fluxo. 78 Na UE a inovação é avaliada por uma lista de indicadores publicada anualmente pelo Instituto Maastricht para a Investigação Económica e Social em Inovação e Tecnologia (UNU-MERIT 2012). Estes indicadores estão organizados em: facilitadores, atividades empresariais e resultados. Tendo em conta a cadeia de valor da inovação, importa que os centros de investigação contribuam com atividades que possam ser medidas por estes indicadores, nomeadamente a sua produtividade científica, produtividade tecnológica (patentes) ou desenvolvimento de projetos empresariais de base tecnológica (spin-offs). 3. Os centros de investigação do mar 3.1.O contexto Europeu Cruzando a informação do Top 30 mundial das Instituições de Investigação Oceanográfica do “Times Higher Education” (THE 2010) com o Ranking Web Mundial dos Centros de Investigação (CSIC 2011), é possível identificar 17 centros de investigação europeus relevantes nas disciplinas relacionadas com o I&D do mar (tabela V). No contexto das entidades do SCT, foram considerados para a listagem os centros de investigação pois – dado seu carácter de especialização, pela procura de financiamento privado e pelo facto de desenvolverem investigação aplicada – estão mais próximos das empresas do mar e serão os vetores mais relevantes na promoção da inovação da economia. O ranking do “Times Higher Education” estabelece as Instituições de Investigação Oceanográfica mais relevantes com base nas citações dos artigos com mais impacto científico de acordo com a base de dados dos indicadores científicos essenciais da Thomson Reuters 2 . Nesta análise considerou-se que a oceanografia abrange várias disciplinas científicas, incluindo biologia marinha, limnologia, ciências da pesca, ecologia e geofísica. No caso do ranking Web Mundial, ou Webometrics, a avaliação é feita com base no domínio web dos centros de investigação, ao nível do tamanho, visibilidade, “rich files” e das publicações e citações. 2 http://science.thomsonreuters.com/products/esi/ 79 Entre os mais destacados centros de investigação europeus, não se encontram instituições portuguesas. Existem centros de Espanha, França, Itália, Alemanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Polónia, Reino Unido (e da Noruega, fora da UE). Com o objetivo de avaliar o contributo destes centros de investigação para os indicadores da produtividade tecnológica, foi feita uma pesquisa das patentes relacionadas com o mar, registadas no Instituto Europeu de Patentes e tendo como requerentes entidades provenientes do SCT (EPO 2012). Entre as 95 patentes identificadas, apenas 16% tinham como requerentes entidades europeias e metade provinham de entidades Norte Americanas (figura 1). Analisando as patentes registadas por entidades do SCT europeu (tabela VI), observa-se que mais de metade (nove) provem dos centros de investigação identificados na tabela V. No entanto, trata-se de um valor muito reduzido e que, por si, torna difícil justificar o impacto dos centros de investigação na inovação da economia do mar dos respetivos países. Por outro lado, há uma prevalência das patentes relacionadas com tecnologias subaquáticas, que não apresentam uma relação direta com as indústrias marítimas. Estes dados devem, no entanto, ser analisados com cautela. Primeiro, porque não foram pesquisadas as patentes registadas nos países de onde provêm os centros de investigação. Além do mais, há outros indicadores importantes para compreender o impacto da I&D na inovação, como por exemplo: i) as linhas de investigação orientadas para o sector empresarial; ii) o número de contratos de licenciamento de tecnologia; iii) o volume (ou percentagem) de financiamento para investigação proveniente de empresas ou com incentivos públicos orientados para projetos com empresas; ou iv) o número de projeto empresariais saídos dos centros de investigação. Finalmente haverá que considerar que as patentes tornam pública informação tecnológica, acessível assim a potenciais concorrentes, o que poderá ser dissuasor da utilização de formas de proteção industrial. A melhor forma para compreender o impacto tecnológico dos centros de investigação na Economia do Mar poderia passar por uma análise mais fina. Existem vários centros Europeus com tradição reconhecida na interação com empresas marítimas; poder-se-ia, por exemplo, selecionar uma amostra desses centros e entrevistar as pessoas responsáveis pelos processos de transferência de tecnologia. 80 a. Os centros de investigação em Portugal A tabela VII, apresenta todos os centros de investigação relevantes para a economia do mar em Portugal (OCEANOXXI 2009; UTEN 2010). Foram considerados unidades de investigação e laboratórios associados, bem como escolas e departamentos do subsistema politécnico, com linhas de investigação do mar. Na tabela VIII são indicadas as áreas de investigação do meio marinho dos laboratórios de Estado. Existe uma grande diversidade de áreas de investigação em Portugal: das Pescas e Aquicultura à Biotecnologia, da Engenharia Naval à Robótica Subaquática, da Energia à Indústria Alimentar. Verifica-se, no entanto, uma maior proximidade entre os laboratórios de Estado e a economia do mar, dada a natureza destas instituições que têm na sua missão o desenvolvimento de atividades de prestação de serviços, apoio à indústria, peritagens, normalização, certificação ou regulamentação. Os únicos dois laboratórios associados integralmente dedicados às ciências do mar são o CESAM (Centro de Estudos do Ambiente e do Mar) da Universidade de Aveiro e o CIMAR (Centro de Investigação Marinha e Ambiental) que integra o CIIMAR da Universidade do Porto e o CCMAR da Universidade do Algarve. As Universidades do Porto e do Algarve são aliás as duas entidades do SCT Nacional que parecem dedicar mais atenção às ciências do mar dado serem aquelas que apresentam mais centros de investigação nesta área. i. O posicionamento dos centros portugueses de investigação do mar na inovação Numa pesquisa efetuada no Serviço Online do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI 2012) foram encontradas 46 patentes relacionadas com o ambiente marinho. De forma a efetuar uma pesquisa suficientemente abrangente, selecionaram-se as seguintes palavras-chave no resumo da patente: “mar”, “marinho”, “marinha”, “marítimo”, “marítima”, “oceano”, “oceânico” e “oceânica”. Na pesquisa, a única entidade do SCT Nacional com patentes concedidas é o Instituto Superior Técnico (tabela IX). Mas, das 6 patentes do IST, apenas uma tem que ver diretamente com um setor de atividade do mar, ainda que seja para um nicho, da Construção Naval (as embarcações tradicionais e as réplicas de navios). 81 De forma a explorar a produtividade tecnológica portuguesa e dado o baixo registo de patentes encontradas, foi feita uma pesquisa da oferta tecnológica na área do mar. Para o efeito, recorreu-se ao portefólio tecnológico disponibilizado pela UTEN Portugal (UTEN 2012). Dentro das 162 tecnologias disponíveis, existem 3 relacionadas com o meio marinho: 1) aditivo alimentar para linguado do CCMAR (centro de investigação da Universidade do Algarve); 2) tecnologia robótica para compostos bioativos, incluindo provenientes de organismos marinhos, da Bioalvo S.A.; e 3) sistema de cultivo de microalgas para produção de biodiesel da Bluemater S.A. Finalmente, procurou-se analisar a existência de projetos empresariais de base tecnológica provenientes do meio académico. No relatório anual da UTEN estão listadas as Oficina de Transferência de Tecnologia e Conhecimento e Incubadoras das Universidades associadas a este programa, bem como o respetivo número spin-offs (280). Numa pesquisa às páginas web dessas entidades, foi possível identificar aquelas spin-offs relacionadas com a economia do mar (treze), tal como se pode ver da tabela X. A Universidade do Porto e a Universidade do Algarve são aquelas que apresentam um maior número de spin-offs que operam nos setores marítimos. No caso da Necton e SPAROS, do Algarve, trata-se mesmo de empresas de referência nacional e internacional nos setores, respetivamente, da produção de sal e algas e da aquicultura. É curioso ver o interesse das empresas de base tecnológica nos sistemas de produção de microalgas, empresas essas localizadas no Porto, no Algarve e até na Covilhã. 4. Conclusões Foi possível identificar os centros de investigação europeus e nacionais que mais se destacaram pela sua produtividade científica. Nalguns casos, também apresentavam patentes o que proporcionou uma breve visão da sua produtividade tecnológica. No entanto, e mesmo no caso português, onde se identificaram os projetos empresariais oriundos do meio académico, a avaliação não permitiu compreender o posicionamento dos centros de investigação na cadeia de valor da inovação das empresas marítimas. Além do mais, na lista dos 17 centros de investigação que se obteve, não há representatividade dos países que lideram os rankings da economia do mar na UE (das tabelas III e IV). Por exemplo, Portugal é o país que emprega uma maior percentagem da população ativa no subsetor da aquicultura, mas os nossos centros de investigação não têm qualquer impacto científico e tecnológico de relevo na esfera europeia. 82 Os instrumentos financeiros que resultarão da implementação da Política Marítima Integrada Europeia e, no caso português, do plano de ação da Estratégia Nacional para o Mar 2013-2020, serão vetores para o desenvolvimento de uma economia do mar assente no conhecimento e na inovação. Há uma grande expectativa que as entidades do SCT, através da sua investigação, venham a ser agentes dessa produção de conhecimento e inovação. O presente estudo, que apresenta um retrato de 2012 dos resultados da inovação e empreendedorismo com origem na investigação científica, não apresenta evidências de que as entidades do SCT se posicionem na cadeia de valor da economia do mar. Será importante ir atualizando estes indicadores, à medida que os resultados das políticas públicas europeias e nacionais na área do mar forem sendo notórios, para compreender qual o papel que as entidades do SCT têm no crescimento da economia do mar. 83 Tabela I. Valor Acrescentado (em Milhões de Euros) dos Setores mais revelantes da Economia do Mar portuguesa. Fonte da informação para a construção da tabela: DG-MARE 2008; Eurostat 2008. Setores da Economia do Mar mais relevantes em Portugal Turismo costeiro Pescas Transporte marítimo Construção naval Portos Turismo de cruzeiro Náutica de recreio Obras marítimas TOTAL Valor Acrescentado em M € % do PIB 1.139 666 305 101 99 58 44 27 0,67% 0,39% 0,18% 0,06% 0,06% 0,03% 0,03% 0,02% 2.843 1,68% 84 Tabela II. Valores do Emprego nos Setores mais revelantes da Economia do Mar portuguesa. Fonte da informação para a construção da tabela: DG-MARE 2006a; DG-MARE 2006b. Setores da Economia do Mar mais relevantes em Portugal Turismo costeiro Pescas Pesca extrativa Aquacultura Processamento de pescado Construção naval Transporte marítimo Náutica de recreio Portos Obras marítimas TOTAL N.º Empregados % da população ativa 38.894 33.229 20.457 6.472 6.300 4.336 3.206 2.480 2.002 509 0,76% 0,65% 0,40% 0,13% 0,12% 0,08% 0,06% 0,05% 0,04% 0,01% 64.199 1,25% 85 Tabela III. Valor Acrescentado Direto dos Setores da Economia do Mar: posicionamento de Portugal e números do líder do ranking da UE. Fonte da informação para a construção da tabela: DG-MARE 2008; Eurostat 2008. Valor Acrescentado (VA) Direto Setores da Economia do Mar na UE Turismo de cruzeiro Turismo costeiro Pescas Obras marítimas Náutica de recreio Construção naval Transporte marítimo Portos Portugal Ranking (UE-27) em % do VA em M € PIB 3 58 5 1.139 5 666 9 27 10 44 14 101 17 305 17 99 TOTAL 11 PIB de Portugal em M €: 2.843 TOP 1 % do PIB País 0,03% 0,67% 0,39% 0,02% 0,03% 0,06% 0,18% 0,06% Reino Unido Chipre Malta Letónia Itália Malta Estónia Malta VA em M € 967 762 32 39 3.304 40 446 300 1,68% Malta 540 PIB do país em M € % do PIB 2.054.236 15.902 5.455 21.027 1.554.199 5.455 16.069 5.455 0,05% 4,79% 0,59% 0,19% 0,21% 0,73% 2,78% 5,50% 5.455 9,90% 169.319 Nota: A coluna (cinzenta) “PIB do país em M €” não está relacionada diretamente com as linhas da coluna “Setores da Economia do Mar na UE” mas indica o valor do PIB do país que se encontra no topo do ranking, de forma a fornecer a informação dos valores usados no cálculo do Valor Acrescentado Direto para cada setor da economia do mar em % do PIB 86 Tabela IV. Emprego nos Setores da Economia do Mar: posicionamento de Portugal e números do líder do ranking da UE. Fonte da informação para a construção da tabela: DG-MARE 2006b; DG-MARE 2006a. Emprego Portugal TOP 1 Ranking (UE-25) em % da população ativa N.º Empregados % da população ativa País N.º Empregados População ativa do país (*1000) % da população ativa Aquacultura Pesca extrativa Processamento de pescado Obras marítimas Construção naval Turismo costeiro Náutica de recreio Transporte marítimo Portos 1 4 6 9 10 11 14 17 17 6.472 20.457 6.300 509 4.336 38.894 2.480 3.206 2.002 0,13% 0,40% 0,12% 0,01% 0,08% 0,76% 0,05% 0,06% 0,04% Portugal Malta Estónia Letónia Malta Malta Finlândia Chipre Malta 6.472 1.303 4.100 1.700 1.763 28.000 4.500 24.200 5.536 5.118 148 594 1.007 148 148 2.365 327 148 0,13% 0,88% 0,69% 0,17% 1,19% 18,92% 0,19% 7,40% 3,74% TOTAL 13 64.199 1,25% Malta 35.766 148 24,17% Setores da Economia do Mar na UE População ativa em Portugal (*1000): 5.118 Nota: A coluna (cinzenta) “População ativa do país (*1000)” não está relacionada diretamente com as linhas da coluna “Setores da Economia do Mar na UE” mas indica o valor total da população ativa do país que se encontra no topo do ranking, de forma a fornecer a informação dos valores usados no cálculo do Emprego de cada para cada setor da economia do mar em % do PIB 87 Tabela V. Centros de Investigação na área do mar mais destacados nos rankings da UE. Centro de Investigação Plymouth Marine Laboratory Max Planck Gesellschaft: • Max Planck Institute for Marine Microbiology Consejo Superior de Investigaciones Científicas CSIC: • Centre for Advanced Studies of Blanes (CEAB) • Instituto de Acuicultura de Torre de la Sal (IATS) • Mediterranean Center for Marine and Environmental Research (CMIMA) • Instituto de Investigaciones Marinas • Instituto de Ciencias Marinas de Andalucía (ICMAN) • Mediterranean Institute for Advanced Studies (IMEDEA) Consiglio Nazionale delle Ricerche CNR: • Marine science institute • Institute for coastal marine environment Fraunhofer Gesellschaft: • Research Institution for Marine Biotechnology Natural Environment Research Council: • National Oceanography Centre at Southampton Institut Français de Recherche pour l' Exploitation de la Mer IFREMER Flanders Marine Institute Norwegian Polar Institute Alfred Wegener Institut für Polar und Meeresforschung Sintef Foundation for Scientific and Industrial Research at the Norwegian Institute of Technology: • SINTEF Fisheries and Aquaculture • MARINTEK Polish Academy of Sciences: • Institute of Oceanology of the Polish Academy of Sciences Leibniz-Institut für Meereswissenschaften Kiel National Environmental Research Institute: • Department of Arctic Environment (NERI) • Department of Marine Ecology (NERI) Institute of Marine Research Netherlands Organisation for Applied Scientific Research TNO: • Maritime and Offshore Innovation Zentrum für Marine und Atmosphärische Wissenschaften: • Institute of Coastal Research País Reino Unido Alemanha Espanha Itália Alemanha Reino Unido França Bélgica Noruega Alemanha Noruega Polónia Alemanha Dinamarca Noruega Holanda Alemanha 88 89 Tabela VI. Patentes europeias requeridas por entidades do Sistema Científico e Tecnológico da UE. Centro de Investigação Plymouth Marine Laboratory Consiglio Nazionale delle Ricerche CNR Institut Français de Recherche pour l' Exploitation de la Mer IFREMER País Reino Unido Itália França Derby, Stanley Innovation Centre, Aberdeen Offshore Technology Park Reino Unido Heriot-Watt University Reino Unido OHM Limited Aberdeen Technology Centre Swanturbines Limited University of Wales The University of Exeter Sheffield University Enterprises, Ltd. University of Southampton Reino Unido Reino Unido Reino Unido Reino Unido Reino Unido # Patentes 1. MARINE CARBON SEQUESTRATION 1. SYSTEM FOR LAUNCHING MARINE PROBES 2. APPARATUS FOR UNDERWATER ECHOGRAPHIC ANALYSIS 3. HIGH-RESOLUTION AND HIGH-POWER ULTRASOUND METHOD AND DEVICE, FOR SUBMARINE EXPLORATION 4. TRANSMISSION-RECEPTION DEVICE OF ACOUSTIC SIGNALS FOR MARINE ENVIRONMENT EXPLORATION 1. INSTALLATION AND METHOD FOR RECOVERING AN UNDERWATER OR MARINE VEHICLE 2. APPARATUS FOR RECOVERING AN UNDERWATER OR MARINE VEHICLE 3. EMBRYOLARVAL TEST OF MARINE BIVALVES IN SITU 4. MARINE BACTERIAL STRAIN OF THE GENUS VIBRIO, WATER-SOLUBLE POLYSACCHARIDES PRODUCED BY SAID STRAIN AND THEIR USES 1. HOLLOW CONCRETE-WALLED STRUCTURE FOR MARINE USE 1. METHOD AND APPARATUS FOR ACOUSTIC HOLOGRAPHIC IMAGING IN MARINE AND OTHER ACOUSTIC REMOTE SENSING EQUIPMENT 1. SIGNAL GENERATION APPARATUS AND METHOD FOR SEAFLOOR ELECTROMAGNETIC EXPLORATION 1. MARINE TURBINE 1. MARINE SENSING APPARATUS 1. MARINE BIOFOULING REDUCTION 1. MARINE FOUNDATIONS Setor de atividade Ambiente Tecnologias subaquáticas Tecnologias subaquáticas Tecnologias subaquáticas Tecnologias subaquáticas Tecnologias subaquáticas Tecnologias subaquáticas Aquacultura Produção de biocombustível Construção Naval Tecnologias subaquáticas Tecnologias subaquáticas Energia offshore Tecnologias subaquáticas Tecnologias subaquáticas Construção e engenharia marítima 90 Tabela VII. Centros de investigação do SCT Nacional com áreas relacionadas com as ciências e tecnologias do mar. Centro de Investigação Áreas de Investigação Afiliação principal no Ensino Superior CESAM Centro de Estudos do Ambiente e do Mar • Interacção oceano-clima-brisas • Fluxos oceano-atmosfera • Poluentes e aerossóis sobre o oceano • Qualidade da água estuarina e marinha • Matéria orgânica natural versus poluentes • Ecologia de sapais e impactos • Ciclos de poluentes em estuários • Contaminação química de organismos marinhos • Remediação de sedimentos • Biologia e geofísica de ecossistemas profundos • Circulação oceânica, grande escala – estuários • Processos sedimentares na plataforma continental e na zona costeira • Dispersão e conectividade de populações marinhas • Produtividade marinha em diferentes escalas • Biodiversidade marinha • Biotecnologia marinha • Conservação de espécies marinhas protegidas • Práticas de pesca artesanal sustentável • Ecotoxicologia - biomonitorização costeira e biomarcadores • Estudos hidrológicos ao nível da bacia hidrográfica • Planeamento e gestão integrada de zonas costeiras e marinhas • Planeamento costeiro e sustentabilidade ambiental • Análise de ciclo de vida de produtos marinhos • Tratamento de efluentes em zonas costeiras Univ. Aveiro Departamento de Tecnologias do Mar • Segurança marítima IMAR Instituto do Mar • Aquacultura • Gestão costeira • Modelação ecológica • Impacto ambiental • Pescas • Modelação hidrodinâmica • Instrumentação • Biologia marinha • Poluição • Transporte sedimentar • Toxicologia Centro de Oceanografia • Oceanos e clima • Oceanografia da margem continental ISCIA Univ. Coimbra Univ. Lisboa 91 • Estuários, lagunas e zonas costeiras • Pescas e aquacultura • Conservação dos recursos naturais, ambiente e poluição ITQB Instituto de Tecnologia Química e Biológica • Estudo de microrganismos marinhos hipertermofílicos (osmo-e termo-adaptação em Bacteria e Archaea) para fins biotecnológicos Univ. Nova Lisboa REQUIMTE • Microbiologia marinha e Avaliação química Univ. Nova Lisboa CENTEC Centro de Engenharia e Tecnologia Naval • Ambiente marinho • Dinâmica e hidrodinâmica naval • Estruturas navais Segurança, fiabilidade e manutenção IST ISR-Lisboa Instituto de Sistemas e Robótica • Tecnologias para a exploração do oceano • Monitorização e vigilância com agentes robóticos • Tecnologias sustentáveis e sistemas ambientais • Processamento de sinal em redes de comunicação e multimédia IST Unidade de Investigação em Eco-Etologia • Genética molecular aplicada à taxonomia de peixes, biologia e biogeografia de populações e identificação de larvas de peixes utilizando marcadores genéticos • Técnicas moleculares para estudos comportamentais • Estudo do comportamento combinado com medidas endocrinológicas e manipulação em áreas como o conflito social e o stresse em peixes induzido pela perturbação humana Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche • Recursos marinhos • Biotecnologia marinha Inst. Polit. Leiria Escola Superior de Tecnologia e Gestão • Processamento alimentar • Tecnologia alimentar • Qualidade e Segurança alimentar Inst. Polit. Viana do Castelo Departamento de Oceanografia e Pescas • Estudos multidisciplinares do sistema marinho • Avaliação e gestão dos recursos pesqueiros • Estudo dos ecossistemas do mar profundo Univ. Açores CIIMAR Laboratório Associado • Ecologia, Biodiversidade e Gestão dos ecossistemas aquáticos • Química ambiental e Toxicologia • Biologia e Biotecnologia marinha • Aquacultura • Genómica marinha Univ. Porto IHRH Instituto de Hidráulica e Recursos Hídricos • Saneamento básico e Recursos hídricos • Hidráulica fluvial e Aproveitamentos hidráulicos • Estudos costeiros e marítimos Univ. Porto INEGI Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão • Mecânica experimental e Novos materiais • Novas tecnologias e Processos avançados de produção Univ. Porto Inst. Sup. Psicologia Aplicada 92 Industrial INESC Porto • Navegação e controlo de múltiplos veículos • Modelação de processos oceânicos • Amostragem adaptativo em tempo real com veículos autônomos Univ. Porto Laboratório de Sistemas e Tecnologia Subaquática • Veículo operado remotamente (ROV) para a inspeção de estruturas submarinas • AUV de baixo custo para oceanografia costeira • Módulos de sensores de baixo custo para controle remoto e / ou rede de coleta de dados ambientais • Tecnologia de navegação acústica para AUVs múltiplos • Conceitos operacionais para a operação coordenada de múltiplos AUVs • Arquitetura para a coordenação e controlo de vários veículos Univ. Porto • Avaliação de risco alimentar • Ferramentas e estratégias de mitigação de risco alimentar Univ. Católica Centro de Biotecnologia e Química Fina ISEP Instituto Superior de Engenharia do Porto • Robótica aplicada à oceanografia e monitorização ambiental, segurança e transporte Inst. Polit. Porto CCMAR Centro de Ciências do Mar Laboratório Associado • Aquacultura • Biogeografia, Ecologia e Evolução • Biofísica • Biologia molecular de organismos marinhos • Biologia pesqueira e Hidrobiologia • Biotecnologia marinha • Bioquímica celular e inorgânica • Ecologia e Evolução Microbianas • Endocrinologia comparativa e molecular • Ecohidrologia e restauração de habitats costeiros e estuarianos • Grupo de Investigação de ecologia e plantas marinhas • Grupo de Síntese e reactividade orgânica • Pescas, Biodiversidade e Conservação • Sistemática Vegetal e Bioinformática • Tecnologias Ambientais Univ. Algarve CIMA Centro de Investigação Marinha e Ambiental • Processos marinhos • Processos morfosedimentares marinhos • Processos geológicos de grande escala e seu registo local • Os impactos das alterações ambientais Univ. Algarve ICCE Centro Internacional de Ecohidrologia Costeira • Ciências aquáticas em zonas costeiras Univ. Algarve 93 Tabela VIII. Laboratórios do Estado com áreas de investigação relacionadas com as ciências e tecnologias do mar. Laboratórios do Estado Áreas de Investigação IPIMAR Instituto de Investigação das Pescas e do Mar • Recursos marinhos e Sustentabilidade • Ambiente marinho e Biodiversidade • Aquicultura (reprodução, melhoramento genético, nutrição, sanidade, e diversificação e dos sistemas de produção) • Valorização dos produtos da pesca e da aquicultura Instituto Hidrográfico • Hidrografia • Geologia marinha • Oceanografia física • Química e Poluição marinha • Navegação LNEG Laboratório Nacional de Energia e Geologia • Sistemas de produção de energia • Tecnologias inovadoras estratégicas • Recursos endógenos • Riscos geológicos e ambiente • Geologia para a valorização do território 94 Tabela IX. Lista de patentes nacionais concedidas pelo INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial, a entidades do sistema científico e nacional na área do mar. (Nota: apenas o Instituto Superior Técnico possui patentes concedidas.) Patentes nacionais concedidas ao IST SISTEMA AUTOMÁTICO E DISTRIBUIDO DE MEDIAÇÃO DE PARÂMETROS DA QUALIDADE DA ÁGUA MÉTODO DE PRODUÇÃO DE UM RECIFE ARTIFICIAL PARA SURF, PARA ONDAS NÃO PARALELAS À COSTA MEDIDOR DE TURBIDEZ PARA APLICAÇÕES AMBIENTAIS SISTEMA DE PROTECÇÃO PARA EQUIPAMENTOS OFFSHORE EM CASO DE TEMPESTADE MÉTODO DE PROTECÇÃO COSTEIRA, PARA RETENÇÃO DE AREIA E MELHORIA DO SURF, USANDO ESPORÕES LONGOS, QUE SE ESTENDAM PARA ALÉM DOS AGUEIROS E CORRENTES DE RETORNO (RIP CURRENTS). NOVO MÉTODO DE PROJECTO E CONSTRUÇÃO DE VERGAS EM FIBRA DE CARBONO PARA EMBARCAÇÕES TRADICIONAIS E RÉPLICAS DE NAVIOS ANTIGOS DE APARELHO LATINO Setor de atividade Ambiente Desportos náuticos Ambiente Proteção costeira Proteção costeira Construção naval 95 Tabela X. Lista das spin-offs identificadas pelas universidades e respetivas OTIC (Oficina de Transferência de Tecnologia e Conhecimento) e Incubadoras associadas do programa UTEN Portugal, descriminando os projetos empresariais na área da economia do mar e quais os seus setores de atividade. Universidade associada Parceiro UTEN relacionado com a transferência de tecnologia # Spinoffs Spin-offs na área da Economia do Mar Setores da Economia do Mar UTAD OTIC-GAPI UTAD 1 0 U. Minho Avepark/ Spinpark TecMinho 12 30 1. Simbiente 0 UPIN 3 0 1. Planeta Vivo 2. Ambietel UPTEC 58 3. Bluemater INESC Porto 7 4. REEFPOWER 5. Walk-On-Wind 0 UA UATEC 12 0 UBI UBIACTIVA Parkurbis 4 24 0 1. SpecialShare, Green Technologies UC OTIC-UC IPN 5 23 0 0 - U. Évora U. Évora 3 0 - U. Madeira Gapi Madeira TECMU Madeira 1 1 0 0 - ISCTE, UL, UNL, UTL Gabinete de Empreendedorismo 21 1. Qualitas Instruments U. Porto Ambiente e Proteção Costeira Investigação Ambiente Ambiente Microalgas (energia, aquacultura, farmacêutica e nutracêunica) Energia offshore Turismo marítimo Microalgas (energia, aquacultura, farmacêutica e nutracêunica) TICE 96 IMM INDEG OTIC-UTL Inovisa TT@IST Taguspark 2 4 1 5 4 34 0 0 0 1. Cooking.Lab 1. Hidromod Modelação em Engenharia, Lda. 0 1. Necton, S.A. CRIA 21 U. Algarve Sines Tecnopólo 4 2. MarSensing Lda., Marine Sensing and Underwater Acoustic Technologies 3. SPAROS 1. TECNONAU Fabricação e Reparação de Peças da Industria Náutica e Terrestre Gastronomia molecular Ambiente e Oceanografia Produção de sal | Microalgas (energia, aquacultura, farmacêutica e nutracêunica) Tecnologias subaquáticas Aquicultura (nutrição) Construção naval | Obras marítimas 97 Figura 1. Patentes relacionadas com o mar registadas no Instituto Europeu de Patentes e tendo como requerentes entidades provenientes do sistema científico e tecnológico (total=95). 98 Bibliografia CSIC, 2011. Ranking Web of Research Centers. 2011 (12 Nov). DG-MARE, 2006a. Employment in the fisheries sector: current situation, Brussels: EC Directorate-General for Maritime Affairs and Fisheries. DG-MARE, 2006b. Employment trends in all sectors related to the sea or using sea resources, Brussels: EC Directorate-General for Maritime Affairs and Fisheries. DG-MARE, 2008. The role of maritime clusters to enhance the strength and development of maritime sectors, Brussels: EC Directorate-General for Maritime Affairs and Fisheries. EC, 2012. Blue Growth – Opportunities for marine and maritime sustainable growth – Communication from the Commission to the European Parliament, the Council, the European Economic and Social Committee and the Committee of the Regions, Luxembourg. EPO, 2012. European Patent Register Advanced Search. 2012 (18 Fev). Eurostat, 2008. Eurostat Annual national accounts, Theme Economy and finance. 2011 (12 Nov). Hansen, M.T. & Birkinshaw, J., 2007. The Innovation Value Chain. 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