Um resumo do Microcontrolador PIC18xx

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Um resumo do
Microcontrolador
PIC18xx
Autor: Pedro Inácio
Revisão: Rui Antunes
Dezembro/2007
1.
Introdução
1.1 PIC-Programmable Interrupt Controller
O PIC é um microcontrolador fabricado exclusivamente pela empresa Microchip, que
se divide em várias famílias. Com arquitectura de 8 bits têm-se por ordem crescente
de performance e dimensão o PIC10, PIC12, PIC16 e PIC18. Com arquitectura de
16 bits têm-se os microcontroladores PIC24F e PIC24H e os controladores de sinal
dsPIC30 e dsPIC33. Este documento refere-se à família PIC18xx, embora
genericamente, possa ser aplicado a todas as famílias de 8 bits e de forma mais
abstracta às de 16 bits.
1.2 A família PIC18xx
Na
Figura
1.1
representa-se,
como
exemplo,
o
diagrama de
pinos
do
microcontrolador PIC18F2550, em que se pode ver que se trata de um DIP28 (Dual
Inline Package 28) – duas filas de 14 pinos totalizando 28.
Figura 1: Diagrama de pinos do Microcontrolador PIC18F2550
2
Note-se que cada pino não tem uma única função. Dependendo das necessidades
de cada aplicação, o utilizador poderá utilizar cada uma das funções de certo grupo
de pinos. Por exemplo os pinos 26, 27 e 28 podem ser usados como GPIO (General
Purpose Input Output) – entrada/saída normal, ou como PGM, PGC ou PGD, para a
programação ICSP (In Circuit Serial Programming) – programação sem remoção do
microcontrolador do circuito. Os pinos são específicos de uma determinada função
integrada em certos modelos pelo que diferem para cada microcontrolador.
1.3 Programação do PIC
A maioria dos microcontroladores recebe como programa o ficheiro binário gerado
por uma linguagem compilada. Esta programação pode ser feita dentro do circuito
com um mecanismo que desabilita o funcionamento e reescreve a área de memória
de programa com o novo código, ou ainda removendo o microcontrolador do circuito
e inserindo-o num programador externo.
A Microchip produz um interface de programação/depuração chamado ICD2, que
juntamente com o IDE (Integrated Development Environment) – ambiente de
desenvolvimento integrado (chamado MPLAB), permitem escrever o código,
compilar, programar e depurar sem sequer desligar o circuito.
Existem outros métodos de programação por programadores universais como o ALL11 e o PRESTO, em que é necessário remover o microcontrolador, compilar o
código e levar ambos ao programador, que reescreve o código (flash).
1.4 Configuração
Os microcontroladores são configurados por fuses ou bits de configuração.
Estes podem ser configurados no IDE (como no caso do MPLAB), num programador
universal, ou no código (sobrepõe o MPLAB, mas não funciona no programador
ALL-11).
De seguida descrevem-se algumas das configurações mais comuns:
3
Oscilador
O PIC necessita de uma fonte de sincronismo. Existem muitas formas de a obter.
Existe normalmente um PLL com um divisor. Dividir por PLL significa multiplicar a
frequência de entrada pelo factor seleccionado.
XT Crystal/Resonator
XTPLL Crystal/Resonator with PLL enabled
HS High-Speed Crystal/Resonator
HSPLL High-Speed Crystal/Resonator with PLL enabled
Nestes modos é utilizado um cristal de baixa (XT) ou alta-frequência (HS). Ao usar o
PLL pode multiplicar-se a frequência. Por exemplo: usando um cristal de 12MHz e a
PLL com divisor de 4, atinge-se a frequência interna de 48MHz.
Figura 2: Circuito do oscilador
EC External Clock with FOSC/4 output
ECIO External Clock with I/O on RA6
ECPLL External Clock with PLL enabled and FOSC/4 output on RA6
ECPIO External Clock with PLL enabled, I/O on RA6
Neste modo requer-se uma fonte externa de sincronismo.
Nos modos EC e ECPLL, a frequência de entrada é dividida por 4 e é disponibilizada
no pino OSC2 (Figura 1.2).
4
Figura 3: Divisor de frequência
Nos modos ECIO e ECPIO o pino OSC2 é poupado para uso geral como RA6
(Figura 1.3).
Figura 4: Pino de uso geral
INTHS Internal Oscillator used as microcontroller clock source, HS Oscillator
used as USB clock source
INTXT Internal Oscillator used as microcontroller clock source, XT Oscillator
used as USB clock source
INTIO Internal Oscillator used as microcontroller clock source, EC Oscillator
used as USB clock source, digital I/O on RA6
INTCKO Internal Oscillator used as microcontroller clock source, EC Oscillator
used as USB clock source, FOSC/4 output on RA6
Estes modos fazem uso do oscilador interno.
O modo INTHS usa o oscilador de 8MHz e um divisor para gerar a frequência
seleccionada, e INTXT usa o oscilador de 31kHz.
OS modos INTIO e INTCKO usam o oscilador de 8MHz, mas o primeiro poupa os
pinos RA6 e RA7 para GPIO e o segundo poupa o pino RA7, divide a frequência por
4 e disponibiliza no pino OSC2.
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Nos PIC com USB o pino OSC1 é sempre usado para entrada de sincronismo
externo para o controlador USB.
RC External Resistor/Capacitor with FOSC/4 output on RA6
RCIO External Resistor/Capacitor with I/O on RA6
Nestes modos o oscilador é composto por um schmitt-trigger interno e por uma
malha RC externa.
O modo RC divide a frequência por 4 e disponibiliza no pino OSC2 (Figura 1.4).
Figura 5: Divisor de frequência
O modo RCIO poupa o pino RA6 para GPIO (Figura 1.5)
Figura 6: Pinos OSC1 e RA6
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Configurações Gerais
Port A/D Enable:
Porto configurado como I/O digital
Porto configurado como entradas analógicas (ADC)
Master Clear
Porto configurado como GPIO
Porto configurado como MCLR
Brownout
Desactivado
Especificar uma tensão mínima de limite
WDT
Desactivado
Especificar um tempo de intervalo entre checkpoints
1.5 Memória
Registos
Um registo é um local na memória do PIC, que pode ser lida e escrita, e dependendo
do endereço, pode ter um significado especial no comportamento do programa se for
um SFR (Special Function Register – registo de função especial), ou ser apenas um
pedaço de memória de uso geral.
Bancos de Memoria
O banco de memória 0 corresponde ao acesso à memória geral e o banco 1
corresponde aos registos.
TRIS
Este registo controla o sentido da porta respectiva. Por exemplo se TRISA = 255 =
11111111, o porto A é configurado para entrada, se TRISB = 129 = 10000001, o
7
porto B é configurado para saída excepto os pinos 0 e 7 que são de entrada.
Os dispositivos actuais só possuem este dispositivo para compatibilidade e os mais
recentes já não o possuem, pelo que o código só deve referir o TRIS quando se
refere a dispositivos antigos ou ao reutilizar código antigo.
PORT
Cada um destes registos controla um porto. O esquema de cada pino encontra-se
representado na Figura 1.6. Normalmente cada porto é composto por 8 bits (mas
podem ser menos), ou ainda algum destes estar a ser usado por uma função
especial, pelo que deve ser tomado cuidado ao se escrever em todo o porto. As
instruções de escrita bit a bit são uma prática mais eficaz, segura e perceptível. A
atribuição de nomes inteligíveis aos pinos que realizam uma função específica
também é recomendada em prol da facilidade de compreensão e depuração do
código.
Figura 7: Esquema de um pino
W – Working Register (Acumulador)
O Working register ou Acumulador é o registo onde tudo normalmente acontece. É o
espaço de memória mais volátil do PIC, pois poucas operações garantem a
manutenção do seu conteúdo. O conteúdo que se deseje preservar deve então ser
imediatamente copiado para um local seguro.
A analogia a reter para boa prática é imaginar o Working register como uma espécie
de ardósia onde se escrevem os resultados dos cálculos.
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2.
Exemplos de programação (Assembly e C)
Enunciam-se seguidamente alguns exemplos de programação em, respectivamente,
linguagem Assembly e C:
Exemplo 1: Escrever na memória
Pretende-se escrever o valor 06h no endereço 85h no banco 1.
BSF
MOVLW
MOVWF
BCF
03h,5
06h
85h
03h,5
;Banco 1
;Coloca 00110 no W
;Coloca W no 85h
;Banco 0
BSF 03h,5 – coloca 1 (set) no bit 5 do endereço 03h
MOVLW 06h – escreve o valor 06h no W
MOVWF 85h – coloca o conteúdo do W no endereço 85h
BCF 03h,5 – coloca 0 (clear) no bit 5 do endereço 03h
bit_set(0x03,5) – coloca 1 (set) no bit 5 do endereço 03h
*0x85 = 0x06 – valor literal 06h no endereço 85h
bit_clear(0x03,5) – coloca 1 (set) no bit 5 do endereço 03h
ou
write_bank(1, 0x85, 0x06); escreve o valor 06h no endereço 85h no banco 1
Exemplo 2: Escrever num porto, ligando o bit 1
Pretende-se colocar o bit 1 do porto A a 1.
BSF
MOVLW
MOVWF
BCF
MOVLW
MOVWF
03h,5
00h
85h
03h,5
02h
05h
;Banco 1
;Escreve 0 no W
;Escreve W no 85h/TRISA :definir o porto A para saída
;Banco 0
;Escreve 00000010 no W
;Escreve W no 05h/PORTA :escrever W no porto A
BSF 03h,5 – coloca 1 (set) no bit 5 do endereço 03h
MOVLW 00h – coloca o valor 00h no registo W
MOVWF 85h – coloca o conteúdo do registo W no endereço 85h que corresponde
ao TRISA
BCF 03h,5 – coloca 0 (clear) no bit 5 do endereço 03h
MOVLW 02h – escreve o valor literal 00000010 no registo W
9
MOVWF 05h – coloca o conteúdo do registo W no endereço 05h que corresponde
ao PORTA
bit_set(0x03,5) – coloca 1 (set) no bit 5 do endereço 03h
*0x85 = 0x00 – escreve o valor 06h no endereço 85h
bit_clear(0x03,5) – coloca 1 (set) no bit 5 do endereço 03h
*0x05 = 0x02 – escreve o valor 02h no endereço 05h
ou
write_bank(1, 0x85, 0x00); escreve o valor 00h no endereço 85h no banco 1
write_bank(0, 0x05, 0x02); escreve o valor 02h no endereço 05h no banco 0
ou
set_tris_a(0x00); definir o porto A como saída
output_high(PIN_A0); ligar o bit 1 do porto A
Exemplo 3: Loops e delays
Pretende-se controlar a temporização de atrasos através de ciclos e instruções
directas.
MOVLW
0FFh ;Coloca 0 no W
MOVWF
08h ;Coloca W no 08h
CONTADOR EQU 08h ;Define CONTADOR como o endereço de memoria 08h
CICLO
;Define uma marcação no código
DECFSZ CONTADOR,1 ;Subtrai 1 ao valor no endereço designado por
;contador e ignora a próxima instrução de o valor
;resultante da subtracção for 0
GOTO CICLO
;Salta para a posição marcada pelo nome CICLO
;As instruções seguintes serão executadas quando o valor
;de CONTADOR chegar a 0 e a instrução de salto for
;ignorada
#byte contador = 0x08
contador = 0xFF;
do{
contador--;
}while(contador > 0);
// Define CONTADOR como o endereço de memoria 08h
// Escreve o valor 255 no CONTADOR
// Repete o bloco de instruções enquanto a condição se
// verificar
// Decrementa CONTADOR
// Define a condição de repetição
10
Assumindo um relógio interno de 40MHz, tem-se um clock de instrução de 10MHz e
período de 100ns. As instruções DECFSZ e GOTO são ambas de 2 ciclos, logo cada
loop demora 4 ciclos, ou seja 400ns. Para um atraso de 20us, o valor a escolher
para o contador será então de 20000/400 = 50 ou 32h.
Na linguagem C é mais difícil efectuar a contagem de ciclos, pois a maioria dos
compiladores não esclarece a relação entre o código escrito e o código máquina
correspondente. Na maioria das linguagens C para o microcontrolador PIC existe
uma instrução de atraso declarada por:
delay_us(20);
pode ainda usar-se um bloco de linguagem Assembly no código C:
int8 contador=0x32;
#asm
CICLO
DECFSZ CONTADOR,1
GOTO CICLO
#endasm
Exemplo 4: Funções e Subrotinas
Pretende-se agora definir e chamar subrotinas. Define-se uma rotina que guarda um
valor numa localização de memória, e chama-se do bloco principal.
ROTINA
MOVFW
09h
MOVWF
30h
RETURN
;...
MOVLW
56h
MOVWF
09h
CALL ROTINA
; Guarda o valor do endereço 09h no endereço 30h
;Nome da subrotina
;Escreve o conteúdo do endereço 09h no W
;Escreve o conteúdo do W no endereço 30h
;Retorna ao ponto onde a rotina foi chamada
;Escreve 56h no W
;Escreve o conteúdo do W no endereço 09h
;Chama a subrotina
#byte objecto = 0x09
//Define objecto como o endereço de memória 09h
void guarda (int8 valor){
*0x30 = valor;
}
//cabeçalho da função
//escreve o valor recebido no endereço 30h
void main(){
objecto = 0x56;
guarda(objecto);
}
//Coloca o valor 56h no objecto
//chama a função para guardar o valor do endereço 09h
11
Exemplo 5: Leitura de portos
Pretende-se ler de um porto e alterar a sua direccionalidade. O programa espera que
o bit 0 do porto B esteja a 1 e coloca o bit 7 do mesmo porto a 1. Depois retorna o bit
0 a 0;
STATUS
TRISB
PORTB
EQU
EQU
EQU
FD8h
F93h
F81h
INICIO
MOVLW
MOVWF
01h
TRISB
;Coloca o bit 0 do porto B para entrada
CICLO
BTFSS
PORTB,0
GOTO
CICLO
BSF
PORTB,7
MOVLW
00h
MOVWF
TRISB
BSF
PORTB,0
GOTOINICIO
;Testa o bit 0 do porto B e salta a próxima instrução se for
;1
;Se o bit 0 estiver a 0 testa de novo
;Se o bit 0 estiver a 1
;Coloca o bit 7 a 1
;Configura todo o porto B como porto de saída
;Coloca o bit 0 a 0
;Repete o programa
while(true){
set_tris_b(0x01);
while(!input(PIN_B0)){}
set_tris_b(0x00);
output_low(PIN_B0);
output_high(PIN_B7);
}
Exemplo 6: Adição e subtracção
Pretende-se verificar as operações básicas da adição e da subtracção, usando
operadores no acumulador
MOVLW
MOVWF
MOVLW
ADDLW
SUBLW
SUBWF
30
08h
25
25
20
08h
;W=30
;08h=30
;W=25
;W=50
;W=30
;W=0
12
#byte f = 0x08
main(){
int8 acumulador = 25;
f = 30;
acumulador += 25;
acumulador -= 20;
acumulador += f;
}
Exemplo 7: Interrupção por Temporizador
Pretende-se usar um temporizador (timer) com interrupção de overflow temporizar 1
segundo.
ORG
GOTO
00h
MAIN
;Vector de Reset
;Evita sobrepor o vector de interrupção com código
ORG
GOTO
08h
LOW_ISR
;Vector de Interrupção
;Evita sobrepor o vector de interrupção prioritário com
;código, neste caso é desnecessário, pois não é usado
ISR
BTFSS
GOTO
MOVLW
MOVWF
BCF
FIM_ISR
RETFIE
INTCON,5
FIM_ISR
0FFh
PORTB
TMR0IF
;Tratamento de interrupção
;Escreve FFh no W
;Escreve o conteúdo do registo W no porto B
;Limpa a flag para permitir a activação da interrupção
;Fim do tratamento de interrupção
MAIN
BCF
BSF
BSF
IPEN
GIE
TMR0IE
;Desabilita prioridade de interrupções
;Habilita interrupções
;Habilita interrupção do timer
BCF
BSF
BCF
BCF
MOVLW
IORWF
MOVLW
MOVWF
MOVLW
MOVWF
TMR0ON
T08BIT
T0CS
PSA
06h
T0CON,1,1
98h
TMR0H
96h
TMR0L
;Pára o Timer0
;Configura o contador para 16bits
;Configura a fonte para clock interno
;Usa divisor de frequência
;Divide a frequência por 128
13
BSF
TMR0ON
;Inicia o Timer0
;....
; Ao fim de 1 segundo o programa será interrompido e todos os pinos do porto B
estarão a ‘1’, seguindo imediatamente de onde havia sido interrompido. Assume-se
uma frequência interna de 40MHz
#pragma code INT_VECTOR = 0x08
timer0_isr(){
PORTB=0xFF;
TMR0IF=0;
}
void main(){
IPEN=0;
GIE=1;
TMR0IE=1;
TMR0ON=0
T08BIT=1;
T0CS=0;
PSA=0;
T0CON|=0x06;
TMR0H=0x98;
TMR0L=0x96;
TMR0ON=1;
//
...
}
//Desabilita prioridade de interrupções
//Habilita interrupções
//Habilita interrupção do timer
//Pára o Timer0
//Configura o contador para 16bits
//Configura a fonte para clock interno
//Usa divisor de frequência
//Divide a frequência por 128
//Inicia o Timer0
ou
#int_timer0
timer0_isr(){
output_port_b(0xFF);
}
void main(){
interrupt_active(int_timer0);
setup_timer(RTCC_INTERNAL|RTCC_DIV_2|RTCC_16_BIT);
set_timer0(0x9896);
//
...
}
14
3.
Interrupções e registos associados
INTCON
bit 7 GIE/GIEH: Global Interrupt Enable bit
Quando IPEN = 0:
1 = Activa todas as interrupções
0 = Desactiva todas as interrupções
Quando IPEN = 1:
1 = Activa todas as interrupções com alta prioridade
0 = Desactiva todas as interrupções com alta prioridade
bit 6 PEIE/GIEL: Peripheral Interrupt Enable bit
Quando IPEN = 0:
1 = Activa todas as interrupções periféricas
0 = Desactiva todas as interrupções periféricas
Quando IPEN = 1:
1 = Activa todas as interrupções periféricas com alta prioridade
0 = Desactiva todas as interrupções periféricas com alta prioridade
bit 5 TMR0IE: TMR0 Overflow Interrupt Enable bit
1 = Activa a interrupção do timer 0
0 = Desactiva a interrupção do timer 0
bit 4 INT0IE: INT0 External Interrupt Enable bit
1 = Activa a interrupção externa 0
0 = Desactiva a interrupção externa 0
bit 3 RBIE: RB Port Change Interrupt Enable bit
1 = Activa a interrupção do porto B
0 = Desactiva a interrupção do porto B
bit 2 TMR0IF: TMR0 Overflow Interrupt Flag bit
1 = O registo TMR0 chegou ao máximo/activou interrupção (para reactivar a
detecção/interrupção, deve manualmente colocar-se a 0, ou a detecção/interrupção
não volta a disparar)
0 = O registo TMR0 não chegou ao máximo/activou interrupção
bit 1 INT0IF: INT0 External Interrupt Flag bit
1 = A interrupção INT0 foi activada (para reactivar a interrupção, deve manualmente
colocar-se a 0, ou a interrupção não volta a activar)
0 = A interrupção INT0 não foi activada
15
bit 0 RBIF: RB Port Change Interrupt Flag bit(1)
1 = Um dos pinos do porto B mudou de estado
0 = Nenhum dos pinos do porto B mudou de estado
INTCON2
bit 7 RBPU: PORTB Pull-up Enable bit
1 = Todos os pull-ups do PORTB estão desabilitados
0 = Todos os pull-ups do PORTB são controlados pelo valor do latch de cada porto
bit 6 INTEDG0: External Interrupt 0 Edge Select bit
1 = INT0 activo na transição positiva
0 = INT0 activo na transição negativa
bit 5 INTEDG1: External Interrupt 1 Edge Select bit
1 = INT1 activo na transição positiva
0 = INT1 activo na transição negativa
bit 4 INTEDG2: External Interrupt 2 Edge Select bit
1 = INT2 activo na transição positiva
0 = INT2 activo na transição negativa
bit 2 TMR0IP: TMR0 Overflow Interrupt Priority bit
1 = TMR0 tem prioridade alta
0 = TMR0 tem prioridade baixa
bit 0 RBIP: RB Port Change Interrupt Priority bit
1 = PORTB tem prioridade alta
0 = PORTB tem prioridade baixa
INTCON3
bit 7 INT2IP: INT2 External Interrupt Priority bit
1 = INT2 tem prioridade alta
0 = INT2 tem prioridade baixa
bit 6 INT1IP: INT1 External Interrupt Priority bit
1 = INT1 tem prioridade alta
0 = INT1 tem prioridade baixa
bit 4 INT2IE: INT2 External Interrupt Enable bit
1 = Activa a interrupção externa 2
0 = Desactiva a interrupção externa 2
16
bit 3 INT1IE: INT1 External Interrupt Enable bit
1 = Activa a interrupção externa 1
0 = Desactiva a interrupção externa 1
bit 1 INT2IF: INT2 External Interrupt Flag bit
1 = A interrupção INT2 foi activada (para reactivar a interrupção, deve manualmente
colocar-se a 0, ou a interrupção não volta a activar)
0 = A interrupção INT2 não foi activada
bit 0 INT1IF: INT1 External Interrupt Flag bit
1 = A interrupção INT1 foi activada (para reactivar a interrupção, deve manualmente
colocar-se a 0, ou a interrupção não volta a activar)
0 = A interrupção INT1 não foi activada
PIR1
bit 6 ADIF: A/D Converter Interrupt Flag bit
1 = A conversão A/D terminou (para reactivar a interrupção, deve manualmente
colocar-se a 0, ou a interrupção não volta a activar)
0 = A conversão A/D não terminou
bit 5 RCIF: EUSART Receive Interrupt Flag bit
1 = O buffer de recepção EUSART, RCREG, está cheio (este bit é colocado a 0
lendo o buffer)
0 = O buffer de recepção EUSART está vazio
bit 4 TXIF: EUSART Transmit Interrupt Flag bit
1 = O buffer de recepção EUSART, TXREG, está cheio (este bit é colocado a 0
escrevendo no buffer)
0 = O buffer de recepção EUSART está vazio
bit 3 SSPIF: Master Synchronous Serial Port Interrupt Flag bit
1 = A transmissão/recepção terminou (para reactivar a interrupção, deve
manualmente colocar-se a 0, ou a interrupção não volta a activar)
0 = Aguardando transmissão/recepção
PIE1
bit 6 ADIE: A/D Converter Interrupt Enable bit
1 = Activa a interrupção do ADC
0 = Desactiva a interrupção do ADC
bit 5 RCIE: EUSART Receive Interrupt Enable bit
1 = Activa a interrupção de recepção do EUSART
0 = Desactiva a interrupção de recepção do EUSART
17
bit 4 TXIE: EUSART Transmit Interrupt Enable bit
1 = Activa a interrupção de transmissão do EUSART
0 = Desactiva a interrupção de transmissão do EUSART
bit 3 SSPIE: Master Synchronous Serial Port Interrupt Enable bit
1 = Activa a interrupção do MSSP (SPI/I2C)
0 = Desactiva a interrupção do MSSP (SPI/I2C)
IPR
bit 6 ADIP: A/D Converter Interrupt Priority bit
1 = A interrupção do ADC tem prioridade alta
0 = A interrupção do ADC tem prioridade baixa
bit 5 RCIP: EUSART Receive Interrupt Priority bit
1 = A interrupção de recepção do EUSART tem prioridade alta
0 = A interrupção de recepção do EUSART tem prioridade baixa
bit 4 TXIP: EUSART Transmit Interrupt Priority bit
1 = A interrupção de transmissão do EUSART tem prioridade alta
0 = A interrupção de transmissão do EUSART tem prioridade baixa
bit 3 SSPIP: Master Synchronous Serial Port Interrupt Priority bit
1 = A interrupção do MSSP (SPI/I2C) tem prioridade alta
0 = A interrupção do MSSP (SPI/I2C) tem prioridade baixa
RCON
bit 7 IPEN: Interrupt Priority Enable bit
1 = Activa os níveis de prioridade das interrupções
0 = Inactiva os níveis de prioridade das interrupções
bit 6 SBOREN: BOR Software Enable bit
Se BOREN1:BOREN0 = 01:
1 = BOR está activo
0 = BOR está desactivado
Se BOREN1:BOREN0 = 00, 10 or 11:
Bit está desactivado
bit 4 RI: RESET Instruction Flag bit
1 = Não foi executado RESET (não editável)
0 = Foi executado RESET (Deve ser colocado a 0 por software após um brown-out)
bit 3 TO: Watchdog Time-out Flag bit
1 = Aplicado no início, ou após CLRWDT ou SLEEP
0 = O watchdog timer fez RESET
18
bit 2 PD: Power-Down Detection Flag bit
1 = Aplicado no início, ou após CLRWDT
0 = Aplicado após SLEEP
bit 1 POR: Power-on Reset Status bit(2)
1 = Não foi executado Power-on Reset (não editável)
0 = Foi executado Power-on Reset (Deve ser colocado a 0 por software após um
Power-on Reset)
bit 0 BOR: Brown-out Reset Status bit
1 = Não foi executado Brown-out Reset (não editável)
0 = Foi executado Brown-out Reset (Deve ser colocado a 0 por software após um
Brown-out Reset)
4.
Características e funções do PIC18xx
Master Clear (MCLR)
O pino MCLR é a forma de externamente inicializar o dispositivo. Este pino, quando
atribuído a esta função não pode ser escrito por software.
Power-on Reset (POR)
Esta função ocorre quando o valor de tensão do pino VDD sobe acima de um
determinado nível, após o qual é determinado que o dispositivo encontra-se
efectivamente ligado. Esta função assegura que o código é correctamente iniciado.
Brown-out Reset (BOR)
Esta função ocorre quando o valor de tensão do pino VDD desce abaixo de um nível
pré-configurado, em que se reinicia o funcionamento.
Watchdog Timer (WDT)
Esta função permite reiniciar automaticamente o dispositivo após um intervalo de
tempo pré-configurado. Devem ser introduzidos checkpoints para reiniciar a
contagem em zonas do código que assegurem que existe tempo de execução
suficiente para o programa correr normalmente.
Ciclos de instrução
O clock interno é dividido por 4 para gerar o sincronismo de pipeline, conforme
ilustrado na figura 8. Isto significa que cada ciclo de programa corresponde a 4 ciclos
de relógio. Por exemplo, para um oscilador de 20MHz com PLL de 2, tem-se uma
19
frequência interna de 40MHz. A frequência de instrução será então de 10Mhz e o
período de 100ns.
Figura 8: Pipeline
5.
Referências
•
http://www.microchip.com
•
http://www.pic-tools.com
20
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