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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
FITOTOXICIDADE E SELETIVIDADE DO HERBICIDA
TRIFLOXYSULFURON SODIUM NA MAMONEIRA
(Ricinus communis L.) CULTIVAR BRS NORDESTINA
UILMA CARDOSO DE QUEIROZ
Areia – Paraíba
Março – 2007
Livros Grátis
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Milhares de livros grátis para download.
UILMA CARDOSO DE QUEIROZ
FITOTOXICIDADE E SELETIVIDADE DO HERBICIDA
TRIFLOXYSULFURON SODIUM NA MAMONEIRA
(Ricinus communis L.) CULTIVAR BRS NORDESTINA
Orientador: Napoleão Esberard de Macêdo Beltrão
Areia – Paraíba
Março – 2007
UILMA CARDOSO DE QUEIROZ
FITOTOXICIDADE E SELETIVIDADE DO HERBICIDA
TRIFLOXYSULFURON SODIUM NA MAMONEIRA
(Ricinus communis L.) CULTIVAR BRS NORDESTINA
Dissertação
apresentada
ao
Programa de Pós-Graduação em
Agronomia
Federal
da
da
Universidade
Paraíba,
em
cumprimento às exigências para
obtenção do título de Mestre em
Agronomia.
Área de Concentração: Agricultura Tropical
Areia – Paraíba
Março – 2007
Ficha Catalográfica Elaborada na Seção de Processos Técnicos
da Biblioteca Setorial de Areia-PB, CCA/UFPB. Bibliotecária:
Elisabete Sirino da Silva CRB-4/905
Q3f Queiroz, Uilma Cardoso de
Fitotoxicidade e seletividade do herbicida trifloxysulfuron sodium na mamoneira
(Ricinus communis L.) cultivar BRS nordestina. / Uilma Cardoso de Queiroz - Areia-PB:
UFPB/CCA,2007.
77f. : il.
Dissertação (Mestrado em Agronomia ) - Universidade Federal da Paraíba-Centro de Ciências Agrárias, Areia, 2007.
Bibliografia.
Orientador: Napoleão Esberard de Macedo Beltrão
1 Mamoneira-fitotoxicidade 2 Mamoneira-seletividade 3.Herbicida- trifloxysulfuron
sodium I Beltrão, Napoleão Esberard de Macedo (Orientador) II.Título.
CDU: 582.757 (043.3)
DEDICATÓRIA
A Deus
Aos meus pais Antonio e Alzira
Ao meu irmão Wilton
Ao meu esposo Ruy
AGRADECIMENTOS
A Deus, por me permitir o dom da vida e a sabedoria;
Aos meus pais, Antonio Cardoso de Queiroz e Alzira Nunes de Queiroz,
ao meu irmão, Wilton Nunes de Queiroz, pelo amor, apoio, dedicação e
cumplicidade, que tanto dedicaram a mim;
Ao meu esposo Ruy Ferreira Silva pela companhia, apoio moral e
emocional, e contribuição nos experimentos;
A Jedson (Gordurinha) pela sua colaboração prática no experimento;
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
(CAPES), pela concessão da bolsa de estudos, durante este período;
Ao pesquisador, orientador e verdadeiro amigo, Dr. Napoleão Esberard
de M. Beltrão do CNPA-EMBRAPA, pela valiosa e inestimável orientação para
o meu conhecimento técnico e intelectual e sua eterna amizade;
A professora Josivanda pela valiosa e inestimável orientação no estágio
de docência;
Aos funcionários do CNPA-EMBRAPA, pelo auxílio prestado nas
atividades;
Aos professores e funcionários da Universidade Federal Paraíba
(UFPB), pelo ensino e amizade;
Finalmente, a todos aqueles que contribuíram para conclusão deste
trabalho.
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS .................................................................................................iv
LISTA DE FIGURAS .................................................................................................vii
RESUMO...................................................................................................................x
ABSTRACT...............................................................................................................xi
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................1
2. REVISÃO DE LITERATURA ...............................................................................3
2.1MAMONEIRA E SUA IMPORTÂNCIA
3
2.2 PLANTAS DANINHAS ................................................................................... 5
2.3 CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS .......................................... ...............5
2.4 CONTROLE QUÍMICO................................................................................ ...7
2.5 HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON-SODIUM E SUAS PROPRIEDADES . ..8
2.6 ENZIMA ACETOLACTATO SINTASE (ALS)........................ ...................8
2.7 PRODUTO UTILIZADO E SUAS INFORMAÇÕES..................................9
2.7.1 Composição química do trifloxysulfuron-sodium..................................... ..9
2.7.2 Fórmula bruta.......................................................................................... 10
2.7.3 Fórmula estrutural...............................................................................10
2.6.4 Modo de ação do trifloxysulfuron-sodium............................................10
2.6.5 Recomendações de uso......................................................................11
2.8 FATORES RELACIONADOS COM A APLICAÇÃO DO HERBICIDA
TRIFLOXYSULFURON-SODIUM NA PÓS−EMERGENCIA............................ 11
2.8.1 Plantas infestantes e o seu estádio de controle: ............................... 11
2.8.2 Adjuvantes/Espalhantes−Adesivos:................................................... 12
2.9 TOLERANCIA DA CULTURA/SELETIVIDADE:....................................... ..12
2.10 INFORMAÇÕES SOBRE O MANEJO DE RESISTÊNCIA: .................. ...13
3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................ 14
3.1 LOCAL ......................................................................................................... 14
3.2 CULTIVAR ................................................................................................... 15
3.3 CARACTERISTICAS EXPERIMENTAIS...................................................... 15
3.3.1 Caracterização do solo .......................................................................... .15
3.3.2 Adubação................................................................................................ 16
3.3.3 Água utilizada ......................................................................................... 16
3.3.4 Prepação do produto............................................................................... 17
3.4 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL.......................................................18
3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA .............................................................................. 18
3.6 INSTALAÇÃO DO EXPERIMENTO ............................................................. 18
3.7 VARIÁVEIS ANALISADAS........................................................................... 19
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................. 21
4.1 REDUÇÃO DE CRESCIMENTO...............................................................21
4.2 TURGIDEZ................................................................................................26
4.3 AMARELECIMENTO.................................................................................34
4.4 NECROSE ................................................................................................... 40
4.5 MATÉRIA SECA .......................................................................................... 48
5. CONCLUSÕES ............................................................................. 54
6. RECOMENDAÇÕES ..................................................................... 54
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................. 55
II
LISTA DE TABELAS
1 - Características químicas e física do solo, proveniente do
município de Lagoa Seca, PB, 2006..............................................
16
2 - Características físicas e químicas da água usada na irrigação do
experimento. Campina Grande, PB, 2006..............................
17
3 - Classificação da escala EWRC para fitotoxicidade nas plantas.
Campina Grande, PB, 2006..........................................................
20
4 - Resumos das análises de variância e coeficiente de variação
dos dados da fitotoxicidade (F), escala utilizada da EWRC (1 a
9), para a variável redução de crescimento aos 7, 14, 21 e 28
dias após a aplicação do produto trifloxysulfuron sodium.
Campina Grande, PB. 2006.......................................................... 21
5 - Análise de regressão para as doses de herbicida aos 7, 14, 21 e
28 dias, na variável redução de crescimento, após a aplicação
do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona,
cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006................... 23
6 - Análise de regressão para o estádio aos 7, 14, 21 e 28 dias, na
variável redução de crescimento, após a aplicação do herbicida
trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS
Nordestina. Campina Grande, PB, 2006....................................... 24
7 - Resumos das análises de variância dos dados da fitotoxicidade
(F), escala EWRC (1 a 9), variável turgidez aos 7, 14, 21 e 28
dias após a aplicação do trifloxysulfuron sodium. Campina
Grande, PB, 2006. ........................................................................
27
8 - Análise de regressão para os estádios aos 7 e 14 dias, na
variável turgidez, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron
sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina.
Campina Grande, PB, 2006.......................................................... 27
III
9 - Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da
variável turgidez, aos 28 dias, após a aplicação do herbicida
trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS
Nordestina Campina Grande, PB, 2006........................................
31
10 - Análises de variância e coeficiente de variação ao grau de
amarelecimento das folhas da mamoneira, em função das
oscilações do trifloxysulfuron sodium aos 7, 14, 21 e 28 dias
após a aplicação. Campina Grande, PB, 2006............................. 35
11 - Análise de regressão para as doses aos 14, 21 e 28 dias, na
variável amarelecimento, após a aplicação do herbicida
trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS
Nordestina, Campina Grande, PB, 2006....................................... 36
12 - Análise de regressão para as doses aos 7, 14, 21e 28 dias, na
variável amarelecimento, após a aplicação do herbicida
trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS
Nordestina. Campina Grande, PB, 2006....................................... 38
13 - Resumos das análises de variância dos dados da fitotoxicidade
(F), escala da EWRC (1 a 9), variável grau de necrose aos 7,
14, 21 e 28 dias após a aplicação do produto trifloxysulfuron
sodium. Campina Grande, PB, 2006............................................. 40
14 - Análise de regressão para as doses aos 21 dias, na variável
necrose, após a aplicação do trifloxysulfuron sodium, da cultura
da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB,
2006................................................................................................ 41
15 - Análise de regressão para os estádios aos 7, 14 e 21 dias, na
variável necrose, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron
sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina.
Campina Grande, PB, 2006...........................................................
IV
16 - Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da
variável necrose, aos 28 dias, após a aplicação do herbicida
trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS
Nordestina. Campina Grande, PB, 2006........................................
45
17 - Resumos das análises de variância da matéria seca, após a
pesagem ao final do experimento. Campina Grande, PB,
2006................................................................................................ 48
18 - Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da
variável raiz, após pesagem da matéria seca, da cultura da
mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006... 49
19 - Análise de regressão para matéria seca, na variável caule e
folha, após pesagem do material, da cultura da mamona, cultivar
BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006............................... 52
V
LISTA DE FIGURAS
1 - Fórmula Estrutura do Trifloxysulfuron sodium............................
10
2 - Localização
da
cidade
de
Campina
Grande,
PB............................................................................................... 14
3 - Aspecto visual das plantas com tratamento da dose 7,5 g/ha
de trifloxysulfuron sodium, no segundo estádio de
desenvolvimento, aos 14 dias após aplicação, e sem aplicação
do produto (testesmunha) da mamoneira, cultivar BRS
Nordestina. Campina Grande, PB, 2006..................................... 22
4 - Redução do crescimento da planta da mamona em função das
doses de trifloxysulfuron sodium aos 7, 14, 21 e 28 dias, após
a aplicação do herbicida. Campina Grande, PB, 2006............... 23
5 - Redução do crescimento em função dos estádios aos 7, 14, 21
e 28 dias após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron
sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina.
Campina Grande, PB, 2006........................................................ 25
6 - Turgidez em função do estádio aos 7 e 14 dias após a
aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da
mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB,
2006............................................................................................ 28
7 - Aspecto visual da turgidez da mamoneira, BRS Nordestina,
com 10,0 g/ha do trifloxysulfuron sodium, no estádio 1 aos 7
dias após a aplicação. Campina Grande, PB, 2006................... 29
8- Aspecto visual da turgidez da mamoneira, no estádio de duas
folhas verdadeiras, BRS Nordestina, que não recebeu
dosagem (testemunha) do trifloxysulfuron sodium. Campina
Grande, PB, 2006....................................................................... 29
VI
9- Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da
variável Turgidez, aos 28 dias, em função das doses nas
plântulas da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina
Grande, PB, 2006....................................................................... 32
10 - Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da
variável Turgidez aos 28 dias em função dos estádios nas
plântulas mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande,
PB, 2006. ................................................................................... 33
11 - Amarelecimento em função das doses de herbicidas aos 14,
21 e 28 dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron
sodium. Campina Grande, PB, 2006.......................................... 36
12 - Folha com aplicação do trifloxysulfuron sodium, na dosagem
12,5g/ha, no estádio 4, aos 7 dias após a aplicação do produto
na mamoneira, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB,
2006. .......................................................................................... 37
13 - Folha sem aplicação do trifloxysulfuron sodium na mamoneira,
cultivar BRS Nordestina (Testemunha), plântula no estádio de
quatro folhas verdadeiras. Campina Grande, PB, 2006............. 37
14 - Amarelecimento em função do estádio de herbicidas aos 7, 14,
21 e 28 dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron
sodium. Campina Grande, PB, 2006.......................................... 39
15 - Necrose em função das doses aos 21 dias, após a aplicação
do herbicida trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB,
2006............................................................................................ 41
16- Folhas necrosadas após a aplicação do trifloxysulfuron
sodium, na dosagem 7,5 g/ha, no estádio 2, aos 14dias, após
aplicação do produto, na mamoneira cultivar BRS Nordestina.
Campina Grande, PB, 2006........................................................ 42
17 - Folhas necrosadas após a aplicação do trifloxysulfuron
sodium, na dosagem 12,5 g/ha, no estádio 3, aos 14 dias,
após aplicação do produto, na mamoneira cultivar BRS
Nordestina.
Campina
Grande,
PB,
2006............................................................................................ 42
VII
18 - Testemunha da mamoneira, cultivar BRS Nordestina, sem
aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, no quarto
estádio de desenvolvimento. Campina Grande, PB, 2006......... 43
19 - Necrose em função dos estádios de herbicidas aos 7, 14 e 21
dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium.
Campina Grande, PB, 2006........................................................ 44
20 - Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da
variável Necrose aos 28 dias, em função das doses nas
plântulas da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina
Grande, PB. 2006....................................................................... 46
21 - Desdobramento da interação Dose (D) x Estádio (E), da
variável Necrose aos 28 dias, em função do estádio nas
plântulas da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina
Grande, PB, 2006....................................................................... 47
22 - Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da
raiz, em função da dose, após pesagem da matéria seca, da
cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina
Grande, PB, 2006....................................................................... 50
23 - Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da
raiz, em função do estádio, após pesagem da matéria seca, da
cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina
Grande, PB, 2006....................................................................... 51
24 - Detalhamento da matéria seca, das raízes da mamoneira,
cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006................ 51
25 - Matéria seca, variável caule e folha, em função dos estádios,
após pesagem do material. Campina Grande, PB, 2006............ 53
VIII
FITOTOXICIDADE E SELETIVIDADE DO HERBICIDA
TRIFLOXYSULFURON-SODIUM NA MAMONEIRA (Ricinus communis L.)
CULTIVAR BRS NORDESTINA
RESUMO
A mamoneira (Ricinus communis L.) é uma planta rústica, heliófila,
resistente à seca, pertencente à família das Euforbiáceas. Mas, caracteriza-se
por ser sensível a diversos herbicidas e a competição imposta pelas plantas
daninhas. Objetivou-se com este trabalho estudar a influência de diferentes
doses do herbicida trifloxysulfuron-sodium* em diferentes estádios de
desenvolvimento da mamoneira, cultivar BRS Nordestina. O experimento foi
conduzido em 2006, em condições de casa de vegetação da EMBRAPA –
Algodão de Campina Grande, PB. O delineamento experimental foi
inteiramente ao acaso e esquema fatorial 4 x 4 + 1, constando de quatro
dosagens 5,0; 7,5; 10,0 e 12,5g/ha de trifloxysulfuron sodium e quatro estádios
do desenvolvimento da planta (folhas cotiledonares, duas folhas verdadeiras,
duas folhas expandidas e quatro folhas) e uma testemunha absoluta. Foram
testados no total, dezessete tratamentos com quatro repetições. As variáveis
mensuradas foram: redução de crescimento, turgidez, amarelecimento e
necrose, ligados a fitotoxicidade do herbicida trifloxysulfuron-sodium nas
plantas da mamoneira e ao final do experimento a matéria seca. Verificou-se,
com base nos resultados obtidos, para a variável redução de crescimento,
refletida pela altura e tamanho das plantas, que houve efeitos significativos
para doses e estádios do desenvolvimento e a interação entre eles, sendo que
a planta mais nova foi mais sensível ao produto. Considerando a variável, grau
de amarelecimento foi verificado que mesmo na dose mais baixa (5,0 g/ha), as
plantas amarelaram as folhas, sendo mais pronunciado nos estádios de duas
folhas (aos sete, 14, 21, e 28 dias). O herbicida que atua nas folhas e raízes,
foi fitotóxico para a mamoneira, cultivar BRS Nordestina, mesmo na menor
dose testada.
* Envoke®: Marca Registrada da SYNGENTA PROTECTION, Suíça. Registrado no Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) SOB Nº. 7001.
IX
PHYTOTOXICITY AND SELECTIVITY OF THE HERBICIDE
TRIFLOXYSULFURON-SODIUM IN CASTOR BEEN (Ricinus communis L.)
TO CULTIVATE BRS NORDESTINA
ABSTRACT
The castor been (Ricinus communis L.) it is a rustic plant, heliophile,
resistant to the drought, belonging to the family of Euforbiace. But, it is
characterized by being sensitive the several herbicides and the competition
imposed by the harmful plants. It was objectified with this study the influence of
different doses of the herbicide trifloxysulfuron-sodium* in different stadiums of
development of the castor been, to cultivate BRS Nordestina. The experiment
was lead in 2006, in conditions of house of vegetation of the EMBRAPA Algodão of Campina Grande, PB. The experimental delineation was entirely
randomized and factorial project 4 x 4 + 1, consisting of four dosages 5.0; 7.5;
10.0 and 12.5g/ha of trifloxysulfuron sodium and four stadiums of the
development of the plant (leves cotiledonares, two true leves, two expanded
leves and four leves) and one testify absolute. They had been tested in the
total, seventeen treatments with four repetitions. The measured variable had
been: reduction of growth, turgidity, becoming yellow and necrosis, linked the
phytotoxicity of the herbicide trifloxysulfuron-sodium in the plants of the castor
been and at the end of the experiment the dry matter. It was verified, with base
in the obtained results, for the variable growth reduction, contemplated by the
height and size of the plants, that there were significant effects for doses and
stadiums of the development and the interaction among them, and the newest
plant was more sensitive to the product. Considering the variable, yellow degree
it was verified that same in the dose lowest (5.0 g/ha), the plants had turned
yellow leves, being sharper in stadiums of two leves (to the seven, 14, 21, and
28 days).The herbicide trifloxysulfuron-sodium, that acts in the leaves and roots,
it was phytotoxicy to the castor been, to cultivate BRS Nordestina, even in the
smallest tested dose.
* Envoke®: Registered mark of SYNGENTA PROTECTION, Switzerland. Registered in the Ministry of the
Agriculture, Livestock and Provisioning (MAPA) UNDER no. 7001.
X
FITOTOXICIDADE E SELETIVIDADE DO HERBICIDA
TRIFLOXYSULFURON SODIUM NA MAMONEIRA (Ricinus
communis L.) CULTIVAR BRS NORDESTINA
1. INTRODUÇÃO
O intenso aquecimento do planeta, a redução das reservas mundiais de
petróleo e a pressão da crescente consciência ambiental em todo o mundo
tornam inadiável a opção pelos biocombustíveis. Destacando-se, a mamoneira
(Ricinus communis L.), planta de origem tropical, heliófila, pertencente à família
das Euforbiáceas. Como fonte de óleo, matéria prima para produção de
biodiesel (BIODIESEL, 2006). Ela requer pelo menos 500 mm de chuvas para o
seu crescimento e desenvolvimento, e temperatura do ar deve estar entre 20 e
30º C, para o seu ótimo ecológico, além de preferir locais com altitude entre
300 a 1500m (MAPA, 2006).
O Brasil já foi há cerca de 30 anos, o maior produtor mundial de
mamona, que produz em suas sementes um óleo de qualidade singular
(BELTRÃO & QUEIROZ, 2005). Porém, têm tudo para ser um dos maiores e
mais destacados líderes mundiais na produção de energias renováveis.
A ricinocultura não se resume, contudo, à produção de biodiesel. Dos
subprodutos gerados da extração do óleo, produz-se inclusive adubo orgânico
para recuperação de solos esgotados (SAVY FILHO et al., 1999). Da sua
industrialização, é produzida a extração do óleo das sementes desta
oleaginosa, e como subproduto, a torta da mamona, que pode ser utilizada,
como alimento animal, aproveitando o alto teor de proteínas (SEVERINO,
2005). Podendo, também, ser utilizada como fertilizante orgânico, além de
apresentar propriedades inseticidas e nematicidas (DIRECTORATE OF
OILSEEDS RESEARCH, 2001). A fitomassa da cultura da mamona de
sequeiro ou irrigado colabora para reduzir o efeito estufa, ao retirar do ar o gás
carbônico, um dos principais responsáveis pelo aquecimento da terra (PAIVA,
2007).
Com o Programa Nacional de Biocombustível existe a possibilidade de
surgir áreas extensivas para o cultivo da mamona, principalmente no Cerrado,
onde se produz normalmente com tecnologia avançada. Portanto, o
conhecimento tecnológico do controle químico das ervas daninhas deverá ser
demandado por produtos modernos, em razão da mamoneira ser bastante
sensível a competição com as plantas daninhas pelo subtrasto ecológico (água,
nutrientes, CO2 e luz). Praticamente, não se têm informações sobre o uso de
herbicidas modernos para a requerida cultura, sem considerar a trifluralina que
já foi registrada no MAPA.
O pouco interesse dos órgãos de pesquisa, pelo desenvolvimento o uso
de herbicidas na ricinocultura, se deve ao fato do Nordeste representar a região
mais produtora da mamona em baga, sendo mais de 90% da área cultivada. E,
o controle das ervas daninhas é feito por pequenos produtores que utilizam
métodos mecânicos (enxada e/ou cultivador). Na cultura da mamona não se
têm informações do uso de herbicida trifloxysulfuron sodium* que é moderno,
latifolicida e indicado para as culturas dicotiledôneas, como por exemplo o
algodoeiro. Desta forma, objetivou-se com este trabalho verificar se o produto
em apreço é seletivo ou não para a mamoneira em função do grau de
fitotoxicidade determinado nos primeiros estádios de desenvolvimento das
plantas, considerando a cultivar BRS Nordestina.
* Envoke®: Marca Registrada da SYNGENTA PROTECTION, Suíça. Registrado no Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) SOB Nº. 7001.
2
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 MAMONEIRA E SUA IMPORTÂNCIA
A mamoneira (Ricinus communis L.) é uma planta xerófila, de elevada
resistência à seca, porém sensível ao excesso de umidade por períodos
prolongados (AMORIM NETO et al., 2001). Pode ser produzida em altitudes
que variam de 300 a 1.500 metros (WEISS, 1983), temperaturas entre 20 e
30ºC, e semeada em vários tipos de solo (MAZZANI, 1983), exceto nos muito
argilosos, sujeitos a encharcamento, salinos e/ou sódicos, com elevado teor de
sódio trocável (AMARAL, 2006). Apresenta sistema radicular que se estende
lateral e profundamente e uma parte aérea ramificada, de coloração verde ou
avermelhada, de acordo com a variedade. Com folhas lombadas de formas
variadas. É uma planta monóica, sua inflorescência contendo flores femininas
na parte superior e flores masculinas na inferior. A flor masculina contém
grande número de estames e a feminina possui um ovário com três lojas, em
cada uma das quais se desenvolve uma semente. O fruto é uma cápsula lisa
ou com espinhos. A semente é carunculada, oval, de tamanho grande, médio
ou pequeno, podendo ter colorações muito variadas (MAZZANI, 1983;
BELTRÃO et al., 2001).
O
óleo
da
mamoneira
tem
uma
estrutura
química
peculiar,
predominando o ácido ricinoléico em 90% de sua composição (SANTOS et al.,
2001). O uso do óleo da mamona tem benefícios ambientais e técnicos e
representa uma grande oportunidade de desenvolvimento para zonas áridas e
empobrecidas, como o nordeste brasileiro. Sendo o único óleo na natureza
solúvel em álcool (BELTRÃO & SILVA, 1999). Segundo Osava, 2007, o óleo
extraído das sementes dessa planta já possui um mercado internacional
crescente, garantido por 700 aplicações que incluem uso medicinal e em
cosméticos e substituição do petróleo na fabricação de plásticos e lubrificantes.
Além, de outros como, fibra ótica, vidro à prova de balas e próteses ósseas. E,
é indispensável para impedir o congelamento de combustíveis e lubrificantes
de aviões e foguetes espaciais a baixíssimas temperaturas.
3
O óleo pode ser extraído a partir da semente completa (sem descascar)
ou da baga (semente descascada mecanicamente). O método utilizado para
extrair o óleo pode ser prensagem, a frio ou a quente, ou extração por solvente,
enquanto que a torta, um subproduto de seu óleo, é resultante da última
prensagem onde esta é moída e transformada em farelo, rico em nitrogênio, e
que tem grande capacidade de recuperação de solos com a fertilidade baixa,
pois se constitui num adubo orgânico nitrogenado de grande importância,
sendo utilizada na base de duas a três toneladas por hectare (CAVALCANTE,
2004).
A mamona é tratada, tradicionalmente, como planta daninha em
algumas culturas e é indesejada na produção pecuária, uma vez que contém
alguns dos mais poderosos agentes tóxicos vegetais (SAVY FILHO, 2005). Sua
arquitetura de planta e as folhas relativamente grandes proporcionam boa
habilidade de sombrear as espécies cultivadas; contudo, estas características
implicam que quando implantada como cultura comercial para produção de
óleo, a mamona deve ser cultivada em espaçamentos mais amplos e em
menor densidade do que os usados tipicamente em soja, milho, feijão e outras
culturas (EMBRAPA, 2004). Este aspecto reduz a habilidade competitiva e
favorece o crescimento de espécies vegetais oportunistas, as quais competem
com a cultura por água, luz e nutrientes (MACIEL et al., 2004). Muitos
herbicidas são, por isso, utilizados para controle destas plantas. Isto implica em
dificuldades para encontrar herbicidas que controlem plantas daninhas
dicotiledôneas em mamona, e, ao mesmo tempo, sejam seletivos a esta
cultura.
4
2.2 PLANTAS DANINHAS
Uma planta é considerada daninha quando ocorre em local e momento
indesejado, interferindo negativamente na agricultura. Em geral, é também
conceituada como sinônimo de erva daninha, planta invasora e planta
espontânea; entretanto, essa conceituação pode diferir conforme a ideologia
dos profissionais em ciências agrárias (WIKIPEDIA, 2007).
Ashton & Mônaco (1991) definem planta daninha como sendo a planta
que cresce onde não é desejada. Assim, uma planta de algodão, por exemplo,
é considerada planta daninha num plantio de mamona. As plantas daninhas,
constituem-se, também, num problema sério para a agricultura porque se
desenvolvem em condições semelhantes às das plantas cultivadas. Onde
estas, reduzem a produção das lavouras e aumentam seus custos de
produção.
Por outro lado, as plantas daninhas podem ser vistas dentro de um
contexto, mais amplo, o que ajuda a entender que não são sempre
indesejáveis, pois, pode controlar a erosão, aumentar teor de matéria orgânica
entre outros benefícios ao ambiente.
As ervas daninhas podem ser agrupadas em várias categorias: uma
destas, é a anual, que segundo Saad (1978), são plantas que germinam, se
desenvolvem, florescem, produzem sementes e morrem dentro de um ano.
Costumam ter pequenas raízes fibrosas ou carnosas, verticais, um tanto
ramificadas, propagando-se por frutos ou sementes. A melhor época de se
destruir esse tipo de planta é antes que ela produza sementes.
2.3 CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS
Como o próprio nome sugere, controle é o método que consiste no
retardamento temporário do crescimento e desenvolvimento das plantas
daninhas durante o ciclo da cultura. É importante não permitir que haja
estabelecimento definitivo das espécies daninhas, isto dificultaria o seu controle
5
e permitiria a concorrência (EMBRAPA, 2006). Recomenda-se, portanto, fazer
o seu controle quando as mesmas estiveram em fase de plântula ou
preventivamente, através do uso de herbicidas em pré-emergência.
Segundo Amaral (2006), a mamoneira é bastante sensível à competição
causada pelas plantas daninhas, ocorrendo perda significativa de produtividade
em caso de controle inadequado. O período crítico de competição se
estabelece nos primeiros 70 dias após a emergência das plantas. Um aspecto
básico do manejo das plantas daninhas em mamoneira é a duração da
competição entre elas. Sabe-se, que não é necessário manter a cultura da
mamona livre da presença de espécies daninhas durante todo seu ciclo para se
obter bons rendimentos (EMBRAPA, 2006).
Para Lorenzi (1984), podem-se utilizar diversos métodos de controle de
plantas daninhas. O manual, via uso de enxada; o mecânico com uso do
cultivador; o cultural; o químico, com o uso de herbicidas, e o integrado,
envolvendo pelo menos dois dos métodos anteriormente citados ao mesmo
tempo.
Segundo Amaral (2006), para que o pequeno produtor possa manter a
cultura livre da concorrência com as plantas daninhas são necessárias apenas
duas ou três capinas ou o uso correto do cultivador (pequena profundidade, de
2 a 3cm, operação feita dentro do período crítico e complemento dentro das
fileiras com a enxada. O emprego de herbicidas necessita de acompanhamento
de profissional especializado, pois envolve vários tipos de conhecimento
(correção do pH da água a ser utilizada, calibração dos pulverizadores, uso de
bicos adequados, definição de produtos e dosagens a serem utilizados,
métodos de aplicação, etc).
6
2.4 CONTROLE QUÍMICO
O método químico consiste no uso de produtos químicos no controle de
plantas daninhas. Os pesticidas específicos para o controle de plantas
daninhas são chamados de herbicidas (EMBRAPA, 2006).
O uso de herbicidas, apresenta-se como uma das opções mais
eficientes e econômicas de controle, principalmente em extensas áreas de
plantio com alta infestação de plantas daninhas, durante períodos chuvosos ou
mesmo sob irrigações, quando outros métodos são de baixa eficiência no
controle de plantas daninhas. Na implantação do controle químico, o uso de
herbicidas deve ser racional, devendo ser feito por pessoas que possuem
conhecimento suficiente para adoção dessa prática. Os produtos devem ser
escolhidos seguindo as recomendações técnicas, tendo em vista a eficiência, a
segurança, o menor impacto ambiental e a economia. É imprescindível a
supervisão constante de um profissional capacitado, desenvolvendo um
programa específico para cada situação (APTA, 2007).
Além de outros cuidados, que também precisam ser tomados, tais como:
à escolha dos produtos, dos equipamentos, da calibração, das doses, levar em
consideração a textura do solo e as condições climáticas por ocasião da
aplicação dos produtos. No uso de herbicidas em pré-emergência é
recomendável fazer a semeadura ligeiramente mais profunda que o normal a
fim de se evitar problema de germinação de sementes, particularmente quando
do uso de doses mais elevadas, em solos de textura mais pesada (LORENZI,
1984). O princípio mais correto é seguir as recomendações do produto quanto
à dosagem, misturas de produtos e medidas de segurança.
Baseando-se
em
resultados
experimentais,
recomendam-se
os
seguintes herbicidas: alachlor, diuron, linuron, eptc, norea, simazine e trifluralin
(WEISS, 1983; GELMINI, 1985; YAROSLAVSKAYA, 1986). Saad (1978),
recomenda também o uso do 2,4 D isolado e em mistura com latifolicidas como
o diuron.
7
2.5 HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON-SODIUM E SUAS PROPRIEDADES
O herbicida trifloxysulfuron sodium, recentemente registrado no País,
vem sendo amplamente utilizado na cultura do algodão, sendo aplicado em
pós-emergência inicial, sendo um produto utilizado em baixas concentrações
(em torno de 7,5 g ha-1), descrito por Procópio et al. (2004).
É um herbicida seletivo indicado para o controle pós-emergente das
plantas infestantes atualmente na cultura do algodão e cana−de−açúcar. É
indicado nos cultivos de variedades comerciais, particularmente no sistema de
plantio convencional ou mesmo no sistema de plantio direto. Contendo
ingrediente ativo trifloxysulfuron sodium na sua formulação, caracteriza−se pelo
seu espectro de controle das plantas anuais de folhas largas e de tiririca que
ocorrem na cultura do algodão e da cana−de−açúcar (RODRIGUES &
ALMEIDA, 2005). Onde, as plantas daninhas anuais, são classificadas assim,
porque germinam, desenvolvem, florescem, produzem sementes e morrem
dentro de um ano. Propagam-se por frutos ou sementes (SAAD, 1978).
2.6 ENZIMA ACETOLACTATO SINTASE (ALS)
A
enzima
acetolactato
sintase
(ALS),
também
chamada
acetohidroxibutirato sintase (AHAS), é a primeira enzima da rota de síntese dos
aminoácidos de cadeia ramificada: valina, leucina e isoleucina. Esses
aminoácidos, encontram-se entre os dez essenciais para mamíferos, pois não
são sintetizados pelos mesmos (VIDAL & MEROTTO JR., 2001). Os herbicidas
inibidores da enzima ALS compõem uma das classes mais numerosas de
herbicidas registrados atualmente, somando 20 ingredientes ativos (VIDAL,
2002).
Os herbicidas que atuam nessa enzima estão reunidos em cinco grupos
químicos, ou seja, imidazolinonas, sulfoniluréias, sulfonanilidas, pirimidiniloxibenzoatos e sulfonilaminocarboniltriazolinonas. Entretanto, no Brasil só estão
8
disponíveis para venda produtos pertencentes aos quatro primeiros grupos
(VIDAL & MEROTTO JR., 2001). A inibição do crescimento das plantas é
detectada 1 a 2 horas após o tratamento com herbicidas, muito antes de
qualquer efeito sobre outros processos, como as reações fotossintéticas,
respiração aeróbica ou a síntese do RNA ou de proteínas. Estudos revelaram
que o herbicida bloqueia rapidamente o ciclo celular de G2 para a mitose e de
G1 para a síntese de DNA. Mesmo sem nenhum efeito direto sobre o aparato
mitótico é possível que haja função regulatória sobre o controle da divisão
celular (BROWN, 1996).
Os
herbicidas
inibidores
da
ALS
controlam
plantas
daninhas
dicotiledôneas, além de gramíneas e ciperáceas. No Brasil, cerca de 44% dos
herbicidas dessa classe estão registrados para utilização na cultura da soja,
28% para a cana-de-açúcar, 22% para o arroz irrigado, havendo também
registros para algodão, feijão, milho e espécies arbóreas (RODRIGUES &
ALMEIDA, 1998; LORENZI, 2000). O mecanismo mais comum de tolerância de
culturas aos herbicidas inibidores da ALS é a metabolização da molécula. Entre
as reações metabólicas mais comuns, envolvidas na seletividade de culturas
aos inibidores da ALS, estão a hidroxilação do anel aromático, a hidroxilação
alifática, a desalquilação, a deesterificação e a conjugação. A enzima citocromo
P450 monooxigenase muitas vezes está associada com reações de
hidroxilação das moléculas de herbicida (VIDAL, 2002).
2.7 PRODUTO UTILIZADO E SUAS INFORMAÇÕES
2.7.1 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO TRIFLOXYSULFURON-SODIUM
Herbicida seletivo de ação sistêmica do grupo químico das sulfoniluréias.
Sua formulação é do tipo granulado dispersível. Segundo a ANVISA (2007), a
composição química do herbicida trifloxysulfuron sodium, é a seguinte:
9
N−[(4,6−dimetoxi-pirimidinil)carbamoyl]−3−(2,2,2−trifluoroeoxi)−trifluoroetoxi)piridim-2−sulfonamida, sal sódico.
2.7.2 FÓRMULA BRUTA
C14 H14 F3 N5 O6 S
Fonte: Rodrigues, 2005.
2.7.3 FÓRMULA ESTRUTURAL
Figura 1: Fórmula Estrutural do Trifloxysulfuron sodium
Fonte: Rodrigues, 2005.
2.7.4 MODO DE AÇÃO DO TRIFLOXYSULFURON-SODIUM
O ingrediente ativo trifloxysulfuron sodium é absorvido pelas folhas e
raízes das plantas sendo que nas aplicações em pós-emergência, a folha é a
principal via de penetração do produto. O trifloxysulfuron sodium no interior das
plantas inibe a formação da enzima Acetolactato sintase (ALS) bloqueando a
10
síntese de aminoácidos tais como valina, leucina, e isoleucina e inibe a
formação de proteínas essenciais às plantas suscetíveis. RAY (1984)
demonstrou que a aplicação exógena dos aminoácidos valina, leucina e
isoleucina é capaz de evitar o efeito fitotóxico quando são aplicados em plantas
suscetíveis, pois a ALS é uma das enzimas-chaves no processo metabólico de
síntese desses aminoácidos; a aplicação destes, de forma exógena, é capaz
de evitar o efeito herbicida dos inibidores da ALS devido à absorção pela
planta.
O sintoma do efeito do herbicida, sobre as plantas sensíveis,
caracteriza−se pelo amarelecimento inicial das folhas, paralisação do
crescimento e a morte das mesmas em uma a três semanas (PORTERFIELD,
2002). Algumas plantas, entretanto não chegam a morrer, porém, sofrem uma
paralisação no seu crescimento e a sua presença não chega a causar
competição com a cultura (RODRIGUES & ALMEIDA, 1998).
2.7.5 RECOMENDAÇÕES DE USO
O
trifloxysulfuron
sodium
é
recomendado
para
aplicação
pós−emergente, no total controle das plantas infestantes de folhas largas
(dicotiledôneas) e ciperáceas, onde as gramíneas são controladas por
herbicidas específicos em pré ou pós−emergência, ou seja, por outros tipos de
herbicidas, graminicidas, tais como sethoxydim, clethodin (CARVALHO &
CHIAVEGATO, 1999).
2.8 FATORES RELACIONADOS COM A APLICAÇÃO DO HERBICIDA
TRIFLOXYSULFURON-SODIUM NA PÓS−EMERGÊNCIA
2.8.1 Plantas infestantes e o seu estádio de controle:
O efeito do produto, porém, é relativamente lento sobre as plantas
infestantes e os sintomas nas plantas se manifestam somente 5 a 6 dias após
11
aplicação, com a clorose do meristema apical que se torna posteriormente
necrótico, sendo necessário de 7 a 15 dias até a morte da planta.
O trifloxysulfuron sodium exerce também uma forte ação inibitória ou
efeito de supressão no desenvolvimento de muitas espécies. Notadamente no
seu estádio um pouco mais avançado, permitindo que a cura cresça livre de
sua concorrência (SYNGENTA, 2006).
2.8.2 Adjuvantes/Espalhantes−Adesivos:
A adição de espalhantes ou adjuvantes à calda da pulverização favorece
o efeito pós−emergência do produto, imprimindo melhor controle das plantas
infestantes. Dentre os diversos espalhantes, destaca−se o uso de espalhante
adesivo não iônico.
2.9 TOLERÂNCIA DA CULTURA/SELETIVIDADE:
Dentro das doses recomendadas e nas condições indicadas para
aplicação o trifloxysulfuron sodium se mostra bastante seguro para o
algodoeiro e a cana−de−açúcar, no sistema de tratamento pós−emergente (da
cultura e das plantas infestantes), através de pulverização em área total.
Entretanto, pode ocorrer nessas culturas um amarelecimento inicial das folhas
e uma pequena redução inicial de crescimento, mas essas culturas retomam
seu crescimento normal em 2 a 3 semanas e não há efeitos negativos à
produtividade, o que foi detectado nos diversos trabalhos de pesquisa
realizados (RODRIGUES & ALMEIDA, 1998).
O herbicida trifloxysulfuron-sodium, apesar de causar fitotoxicidade
diferenciada a cultivares de cana-de-açúcar, é recomendado para essa cultura
e está sendo amplamente utilizado em pós-emergência inicial (Procópio et al.,
12
2003). A boa aceitação desse produto pode ser atribuída ao amplo espectro de
ação, ao uso em baixas doses e ao longo efeito residual no solo, garantindo o
controle de plantas daninhas durante o desenvolvimento inicial da cultura
(SANTOS et al., 2004).
2.10 INFORMAÇÕES SOBRE O MANEJO DE RESISTÊNCIA:
O uso continuado de herbicidas com o mesmo mecanismo de ação pode
contribuir para o aumento de população de plantas infestantes a ele
resistentes. Como prática de manejo e resistência de plantas infestantes
deverão ser aplicadas herbicidas, com diferentes mecanismos de ação,
devidamente registradas para a cultura. Não havendo produtos alternativos,
recomenda−se a rotação de culturas que possibilite o uso de herbicidas com
diferentes mecanismos de ação (RODRIGUES & ALMEIDA, 2005).
13
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 LOCAL
O experimento foi conduzido em casa de vegetação (Figura 2),
pertencente ao Centro Nacional de Pesquisa de Algodão (CNPA) /EMBRAPA,
no período dos meses de maio a agosto de 2006, em Campina Grande -PB.
Campina Grande está situada na mesorregião do Agreste Paraibano,
zona oriental e trecho mais escarpado do Planalto da Serra da Borborema.
Apresenta relevo fortemente ondulado, com curvas de nível variando entre 500
m e 600 m acima do nível médio de mar. As coordenadas geográficas são de
7°13’50’’ S de latitude, 35°52’52’ W de longitude (DAMASCENO, 2006).
Figura 2: Localização da cidade de Campina Grande, PB.
14
De acordo com a classificação climática de Koeppen, o clima da região é
AWi, caracterizado como clima tropical chuvoso (megatérmico) com total anual
médio de chuva (P) em torno de 750 mm, e temperatura do ar média mensal,
em todos os meses, superior a 18 ºC, em que a estação seca se translada do
outono para o inverno.
3.2 CULTIVAR
A espécie utilizada foi mamona (Ricinus communis L.), cultivar BRS
Nordestina, antes denominada BRS 149 Nordestina. Lançada pela Embrapa
Algodão e a EBDA (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S/A) em
1998, produz-se em quase todos os tipos de solo do semi-árido brasileiro e
outras regiões (EMBRAPA, 1999). Mas, para produzir de forma rentável,
necessita de
terrenos planos, com até 12% de declividade, que não
encharquem e localizados em regiões do ótimo ecológico da cultura definidas
no zoneamento agrícola: Altitude variando de 300 a 1500m, chuvas oscilando
de 500 a 1000mm/ano, temperatura do ar entre 20 a 30 ºC e umidade relativa
abaixo de 80%, sendo a ideal em torno de 65% (EMBRAPA, 2004).
3.3 CARACTERíSTICAS EXPERIMENTAIS
3.3.1 CARACTERIZAÇÃO DO SOLO
O
solo
utilizado
apresenta
textura
arenosa,
identificado
como
NEOSSOLO regolítico, foi proveniente do município de Lagoa Seca - PB,
coletado nas instalações da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da
Paraíba
(EMEPA),
e
caracterizado
química
e
fisicamente
na
EMBRAPA/Algodão via laboratório de solos.
15
Tabela 1: Características químicas e física do solo, proveniente do município
de Lagoa Seca, PB, 2006.
pH H2O
01:02,5
7,9
Análise Química
Complexo Sortivo (mmolc/dm3)
%
Mg+2
Na+
K+
S
H+AL
T
V
3,1
1,1
3,4
52,5
0,0
52,5
100,0
Ca +2
28,0
Areia Grossa
Areia Fina
456
394
mmolc/dm3
Al+3
0,0
Análise Física
Silte
g/Kg
128
mg/dm3
P
2,1
g/Kg
M.O.
10,0
Argila
23
Análises realizadas no Laboratório de Solos e Nutrição de Planta – CNPA/EMBRAPA
3.3.2 ADUBAÇÃO
Ao solo foi incorporada uma adubação orgânica, com esterco bovino na
proporção de 1:10. Todas as plantas receberam adubação mineral, composta
de Nitrogênio, Fósforo (P2O5) e Potássio (K2O) aplicados respectivamente 9090-60 Kg/ha, em fundação. Utilizou-se as seguintes fontes minerais: sulfato de
amônio, super fosfato triplo e cloreto de potássio.
3.3.3 ÁGUA UTILIZADA
A água usada na irrigação das plantas da mamoneira, foi de
abastecimento local e submetida à caracterização física e química no
Laboratório
de
Saneamento
Ambiental
(AESA)
do
Departamento
de
Engenharia Civil (UFCG), de acordo com os métodos analíticos (APHA, 1998),
cujas variáveis e valores estão apresentados na Tabela 2.
16
Tabela 2: Características físicas e químicas da água usada na irrigação do
experimento. Campina Grande, PB, 2006.
CARACTERIZAÇÕES
DETERMINAÇÕES
UNIDADES
VALORES
Física
Condutividade Elétrica
Potencial Hidrogeniônico (pH)
+
Sódio (Na )
+
Potássio (K )
+
Cálcio (Ca )
+2
Magnésio (Mg )
µohm/cm
460
8,45
527,3
3,86
19,91
7,2
Químicas
mg/l
Bicarbonato (HCO3 )
79,3
Carbonato (CO3 )
Ausente
Cloreto (Cl )
20,8
Amônio (NH4 )
0,57
Nitrato (NO3 )
0,94
−
−
−
+
−
Análises realizadas no Laboratório de Solos e Nutrição de Plantas/CNPA/EMBRAPA
3.3.4 PREPAÇÃO DO PRODUTO
Inicialmente foi feita a calibração do pulverizador, obtendo-se uma vazão
de 316l/ha. Para uma melhor fixação do produto foi adicionado um espalhante
adesivo não iônico*, a uma concentração de 0,5 l/ha. Logo após, foi preparada
a mistura juntamente com o herbicida trifloxysulfuron sodium** e aplicado a
cada tratamento e nas repetições (unidades experimentais).
*Produto comercial Agral
** Envoke®: Marca Registrada da SYNGENTA PROTECTION, Suíça. Registrado no Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) SOB Nº. 7001.
17
3.4 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL
O delineamento experimental utilizado foi inteiramente ao acaso, com
quatro doses e quatro estádios do desenvolvimento da mamona, sendo quatro
repetições e dezessete tratamentos, em distribuição fatorial 4 x 4 + 1, sendo os
fatores, quatro doses de herbicida (5,0; 7,5; 10,0 e 12,5g/ha) e quatro estádios
de maturação, onde o primeiro estádio foi o cotiledonário, o segundo estádio
com duas folhas verdadeiras, o terceiro estádio com duas expandidas e o
último e quarto estádio com quatro folhas, mais a testemunha absoluta, sem a
aplicação do herbicida. Para cada estádio, as avaliações foram feitas de sete
em sete dias após a aplicação do produto.
3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Foram realizadas as análises de variância dos dados das variáveis de
fitotoxicidade e peso seco, as comparações de médias pelo teste de Tukey
com nível de 1% e 5% de probabilidade. Realizou-se também análise de
regressão, conforme método citado por Santos & Gheyi, 2003 e Gomes, 1978.
Utilizando-se o programa Sisvar.
3.6 INSTALAÇÃO DO EXPERIMENTO
Cada unidade experimental foi constituída de um vaso plástico com
capacidade de 25 litros e furados na parte inferior. No interior da cada vaso foi
colocado uma tela e uma camada de brita para facilitar a drenagem e lixiviação.
18
Após o enchimento dos vasos com o material do solo e adubo orgânico,
aplicou-se uma irrigação em todas as unidades, na tentativa de deixar as
unidades com a umidade do solo próxima da capacidade de campo. A
semeadura foi realizada numa profundidade de 2,0 cm, utilizando-se três
sementes em cada vaso, onde, desbastou-se uma planta por vaso aos doze
dias após a emergência.
Foram utilizadas quatro dosagens do herbicida: 5,0; 7,5; 10,0 e 12,5g/ha,
em quatros estádios: cotiledonares, duas folhas verdadeiras, duas folhas
expandidas e quatro folhas.
3.7 VARIÁVEIS ANALISADAS
Foram avaliadas as seguintes variáveis: fitotoxicidade aos 7, 14, 21 e 28
dias depois da aplicação, analisada via escala da EWRC, que varia de 1 a 9
(CAMARGO, 1972), observada na Tabela 3, considerando as seguintes subvariáveis: redução de crescimento, amarelecimento, turgidez e necrose.
Considerou-se a redução de crescimento, o tamanho da planta em relação à
testemunha, atribuindo à nota de acordo com a escala retromensionada, sendo
1 para planta normal, sem o herbicida trifloxysulfuron sodium e 9 a planta sem
crescer. Para o amarelecimento, foi considerado o grau de coloração das
folhas, com relação à testemunha (nota 1 para as folhas verdes e 9 para as
folhas totalmente amarelas). Para a turgidez, também foi feita comparação com
a testemunha (nota 1 para planta totalmente túrgida e 9 para a planta
totalmente murcha). E, por último, a necrose, comparada com a testemunha
(nota 1 sem dano na folha e 9 para planta totalmente necrosada), a qual pode
ser observada, ainda na Tabela 3. Também foi analisado o peso seco das
folhas (em estufa de circulação na temperatura de 80ºC, até obtenção do peso
constante), das raízes e caule para todos os ensaios.
19
Tabela 3: Classificação da escala EWRC para fitotoxicidade nas plantas.
Campina Grande, PB, 2006.
Índice
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Efeito do herbicida
Fitotoxicidade à planta
Nula (testemunha)
Muito leve
Leve
Sem Influência na produção
Média
Quase forte
Forte
Muito forte
Total (destruição completa)
Fonte: Escala da EWRC, citado por Camargo, 1972.
20
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 REDUÇÃO DE CRESCIMENTO
Na Tabela 4, observa-se os resumos das análises de variância dos
dados da fitotoxicidade (F), utilizando-se a escala da EWRC (1 a 9),
(CAMARGO, 1972), referente a redução de crescimento, refletida pela altura
de plantas aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação do produto trifloxysulfuron
sodium.
Tabela 4: Resumos das análises de variância e coeficiente de variação dos
dados da fitotoxicidade (F), escala utilizada da EWRC (1 a 9), para a variável
redução de crescimento aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação do produto
trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB. 2006.
Fatores
Doses (D)
Estádio (E)
Dose x Estádio
Fatorial vs. Test
Resíduo
CV (%)
GL
3
3
9
1
48
Quadrado médio
Épocas de avaliação (Dias Após Aplicação)
(F) 7 dias
(F) 14 dias
(F) 21 dias
(F) 28 dias
2,94**
1,19**
1,13*
0,55**
8,52**
18,85**
6,04**
1,43**
0,23ns
0,20ns
0,14ns
0,32ns
69,00**
125,83**
156,01**
202,17**
0,55
0,31
0,35
0,15
14,07
8,24
8,00
4,67
ns:
Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
* Significativo pelo teste F a nível de 5% de probabilidade
** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
Com base nos resumos das análises de variância (Tabela 4), verifica-se,
que houve significância estatística para os fatores isolados, mas a interação
entre eles não foi significativa, em todas as quatro épocas avaliadas,
denotando a interdependência entre os fatores. O contraste ortogonal, função
21
linear simples, entre o fatorial e a testemunha (controle, sem o uso do
herbicida) foi altamente significativo, a nível de 1 % de probabilidade, o que
demonstra que o produto reduziu bastante o crescimento das plantas de
mamona na sua fase juvenil. Estes dados obtidos estão de acordo com
Rodrigues & Almeida (1998). Na Figura 3, podem-se visualizar as diferenças
entre os tratamentos. Os baixos coeficientes de variação das variáveis
estudadas na tabela citada, evidência que a precisão experimental foi muito
boa, ou seja, a variação dentro dos tratamentos, nas suas repetições, foi
pequena.
Na Tabela 5, podem ser observadas as significâncias estatísticas para
análise regressional, considerando o fator doses dentro dos estádios, com
modelos ajustados lineares e razoáveis valores de determinação. Como pode
ser na Figura 4. Verifica-se que os coeficientes angulares foram de baixos
valores, indicando que mesmo na dose mais baixa a redução da altura das
plântulas foi significativa.
S/ aplicação
C/ aplicação
Figura 3: Aspecto visual das plantas com tratamento da dose 7,5g/ha de
trifloxysulfuron sodium, no segundo estádio de desenvolvimento, aos 14 dias
após aplicação, e sem aplicação do produto (testesmunha) da mamoneira,
cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
22
Tabela 5: Análise de regressão para as doses de herbicida aos 7, 14, 21 e 28
dias, na variável redução de crescimento, após a aplicação do herbicida
trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina.
Campina Grande, PB, 2006.
Regressão
Linear
Quadrática
Quadrados médios
14 dias
21 dias
Dose Aplicada
7 dias
7,20**
1,00ns
3,20**
0,25 ns
28 dias
1,65**
0,02 ns
3,20**
0,06 ns
Modelos de regressão de melhor ajuste
Equação
Y = 4,53125 + 0,300X
Y = 6,281250 + 0,2000X
Y = 6,9375 + 0,2000X
Y = 7,96875 + 0,14375X
Dose
7 dias
14 dias
21 dias
28 dias
ns:
R2
81,70
89,82
90,14
98,88
Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
9
Redução de crescimento*
8
7
6
5
4
3
7 dias
2
14 dias
21 dias
28 dias
1
0
5
7,5
10
12,5
Doses (g/ha)
*: Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito
leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição
total da planta.
Figura 4: Redução do crescimento da planta da mamona em função das doses
de trifloxysulfuron sodium aos 7, 14, 21 e 28 dias, após a aplicação do
herbicida. Campina Grande, PB, 2006.
23
Na Tabela 6, têm-se as significâncias estatísticas para os estádios
dentro de cada dose do herbicida, todas significativas, sendo no modelo linear
nos dois primeiros períodos e quadrático nos demais. Observa-se que os
coeficientes de determinação foram elevados, o que demonstra que os
modelos explicam bem o relacionamento entre as variáveis e que a alienação
foi pequena, com muito pouco devido ao acaso. Na Figura 5, verifica-se que
quanto mais nova estavam as plântulas, mais sensíveis elas foram, porém de
uma maneira bem suave. Pois mesmo no estádio 1, plantas com sete dias, o
herbicida já reduziu bem a altura das plântulas.
Tabela 6: Análise de regressão para o estádio aos 7, 14, 21 e 28 dias, na
variável redução de crescimento, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron
sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB,
2006.
Regressão
Linear
Quadrática
Dose
7 dias
14 dias
21 dias
28 dias
ns:
7 dias
24,20**
0,56 ns
Quadrados médios
14 dias
21 dias
Estádio na Aplicação
56,11**
0,25 ns
9,11**
9,00**
Modelos de regressão de melhor ajuste
Equação
Y = 6,65625 - 0,55X
Y = 8,875 - 0,8375X
Y = 10,15625 - 2,2125X + 0,375X2
Y = 9,734375 - 1,265625X + 0,234375X2
28 dias
0,70*
3,52**
R2
94,67
99,20
99,93
98,18
Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
* Significativo pelo teste F a nível de 5% de probabilidade
** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
24
10
Redução de crescimento*
9
8
7
6
5
4
3
2
7 dias
1
14 dias
21 dias
28 dias
0
1
2
3
4
Estádios
Obs: Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com
2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas.
*: Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito
leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição
total da planta.
Figura 5: Redução do crescimento em função dos estádios aos 7, 14, 21 e 28
dias após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da
mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
25
4.2 TURGIDEZ
Na Tabela 7, observam-se os resumos das análises de variância dos
dados da fitotoxicidade (F), escala EWRC (1 a 9),
variável
turgidez das
plântulas, em especial das folhas aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação do
produto trifloxysulfuron sodium. Verifica-se que não houve efeitos significativos
para as doses aplicadas nas três primeiras épocas. Sendo significativo aos 28
dias. Já para o estádio não houve significância apenas para os 21 dias. Na
interação, Dose x Estádio houve efeito significativo a 1 % de probabilidade aos
28 dias. Indicando que, a dose aplicada depende do estádio que a planta se
encontra, ou seja, um fator influenciou o outro. Com relação ao contraste
fatorial (efeito médio de todos os tratamentos em que foram utilizados o
herbicida) e a testemunha (controle, sem o uso do herbicida), verifica-se na
Tabela 7 que foi significativo, sendo o valor da testemunha nota 1 (com
turgidez máxima), contra os valores colocado na Figura 6, considerando doses
em cada estádio de desenvolvimento.
Ainda na Tabela 7 podem ser observados os resumos das análises de
variância dos dados para a variável turgidez, sendo o máximo nota 1, plântula
normal, totalmente túrgida, e mínimo, planta flácida, nota 9, denotando-se as
significâncias estatísticas para os fatores estudados, a interação entre eles e o
contraste ortogonal entre o fatorial e a testemunha absoluta, sem o uso do
herbicida. Verifica-se ainda que os coeficientes de variação foram médios,
indicando uma razoável precisão experimental.
Na Tabela 8, têm-se as significâncias para o desdobramento da
interação entre os fatores doses e estádios do desenvolvimento, considerando
estádios dentro das doses. Na mesma tabela, verifica-se que os efeitos se
ajustaram ao modelo quadrático, com elevados coeficientes de determinação
(Tabela 8) e Figura 6. Observou-se que dependendo do estádio do
desenvolvimento, a dose tem efeito contrário na turgidez das plântulas, como
pode ser visto nas Figuras 7 e 8.
26
Tabela 7: Resumos das análises de variância dos dados da fitotoxicidade (F),
escala EWRC (1 a 9),
variável turgidez aos 7, 14, 21 e 28 dias após a
aplicação do trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB, 2006.
Fatores
Doses (D)
Estádio (E)
Dose x Estádio
Fatorial vs. Test
Resíduo
CV (%)
GL
3
3
9
1
48
ns:
Quadrado médio
Épocas de avaliação (Dias Após Aplicação)
(F) 7 dias
(F) 14 dias1
(F) 21 dias1
(F) 28 dias1
0,44ns
0,03ns
0,10ns
1,01*
ns
36,35**
1,44**
0,49
2,00**
0,17ns
0,03ns
0,26ns
1,08**
55,62**
25,63**
27,83**
50,76**
0,38
0,11
0,23
0,28
12,82
17,59
25,55
25,92
Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
* Significativo pelo teste F a nível de 5% de probabilidade
** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
1
: Dados transformados em
x
Tabela 8: Análise de regressão para os estádios aos 7 e 14 dias, na variável
turgidez, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da
mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
Quadrados médios
Regressão
Linear
Quadrática
Dose
7 dias
14 dias
7 dias
Estádio na Aplicação
92,45**
16,00**
14 dias
35,77**
17,01**
Modelos de regressão de melhor ajuste
Equação
Y = - 0,34375 + 3,575X - 0,5X2
Y = 4,515625 - 1,909375X + 0,515625X2
R2
99,44
90,95
** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
27
7
6
Turgidez*
5
4
3
2
7 dias
1
14 dias
0
1
2
3
4
Estádios
Obs: Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com
2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas,
*: Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito
leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição
total da planta,
Figura 6: Turgidez em função do estádio aos 7 e 14 dias após a aplicação do
herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS
Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
28
Figura 7: Aspecto visual da turgidez da mamoneira, BRS Nordestina, com 10,0
g/ha do trifloxysulfuron sodium, no estádio 1 aos 7 dias após a aplicação.
Campina Grande, PB, 2006.
Figura 8: Aspecto visual da turgidez da mamoneira, no estádio de duas folhas
verdadeiras, BRS Nordestina, que não recebeu dosagem (testemunha) do
trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB, 2006.
29
Considerando desdobramento da interação, via regressão, na Tabela 9
podem ser observadas as significâncias obtidas. Para doses dentro de estádios
do desenvolvimento e estádios dentro de doses do herbicida, tendo as
equações para onde houve ajustamento e as informações onde não foi
possível fazer o ajustamento. Os coeficientes de determinação foram elevados,
indicando uma dependência satisfatória entre as variáveis estudadas.
Na Figura 9, estádios dentro de doses, verifica-se que nos estádios 1
(cotiledonares) e 2 (duas folhas verdadeiras). A turgidez foi reduzida com o
incremento da dose do herbicida.
Nos demais, os efeitos foram menores,
porém sempre pronunciado em relação a testemunha, que não recebeu o
herbicida e teve a turgidez normal, nota na escala EWRC de 1, descrito por
Camargo (1972).
30
Tabela 9: Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da variável
turgidez, aos 28 dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da
cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina Campina Grande, PB, 2006.
Regressão
Linear
Quadrática
Estádio 1
49,61**
3,06 ns
Quadrados médios
Estádio 2
Estádio 3
Dose Aplicada
0,80 ns
5,51 ns
0,06 ns
1,00 ns
Modelos de regressão de melhor ajuste
Dose
Estádio 1
Estádio 2
Estádio 3
Estádio 4
Linear
Quadrática
Dose
Dose 1
Dose 2
Dose 3
Dose 4
ns:
Equação
Y = 2,875 + 1,575X
Nenhum modelo de regressão se ajustou
significativamente
Nenhum modelo de regressão se ajustou
significativamente
Y = - 1,500 + 2,625X
Dose 2
Dose 3
Dose 1
Estádio na Aplicação
ns
0,11 ns
7,20
72,20**
1,00 ns
95,06**
4,00 ns
Modelos de regressão de melhor ajuste
Equação
Nenhum modelo de regressão se ajustou
significativamente
Y = 9,125 - 1,90X
Y = 16,8125 - 12,1125X + 2,4375X2
Y = 20,7500 - 14,4750X + 2,8750X2
Estádio 4
137,81**
3,06 ns
R2
85,26
88,24
Dose 4
0,20 ns
132,25**
R2
93,84
98,95
98,66
Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
31
10
Estádio 1
9
Estádio 2
Estádio 3
Estádio 4
8
Turgidez*
7
6
5
4
3
2
1
0
5
7,5
10
12,5
Dose (g/ha)
Obs: Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com
2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas,
*: Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito
leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição
total da planta,
Figura 9: Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da variável
Turgidez, aos 28 dias, em função das doses nas plântulas da mamona, cultivar
BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
Com relação ao desdobramento para a variável turgidez, em função das
doses dentro dos estádios de desenvolvimento, verifica-se na Figura 11 os
comportamentos entre tratamentos, foram diferenciados, sendo mais estável
nas doses 2 (7,5 g/ha) e 3 (10,0 g/ha), Na dose 4 (12,5 g/ha), a de maior
quantidade do trifloxysulfuron sodium, a redução de crescimento aumentou na
nota dada pela escala da EWRC,
com o aumento do estádio de
desenvolvimento da planta, possivelmente devido a maior massa foliar
existente.
32
10
Dose 1
Dose 2
Dose 3
Dose 4
9
8
Turgidez*
7
6
5
4
3
2
1
0
1
2
3
4
Estádios
Obs1: Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas
com 2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas.
Obs 2: Dose 1: 5,0 g/ha; Dose 2: 7,5 g/ha; Dose 3: 10,0 g/ha e Dose 4: 12,5 g/ha.
*: Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1
nula, 2 muito leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8
muito forte e 9 destruição total da planta,
Figura 10: Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da variável
Turgidez aos 28 dias em função dos estádios nas plântulas mamona, cultivar
BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
33
4.3 AMARELECIMENTO
Na Tabela 10, observam-se os resumos das análises de variância dos
dados da fitotoxicidade (F), escala EWRC (1 a 9), para a variável grau de
amarelecimento das folhas
aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação do
produto trifloxysulfuron sodium. Verifica-se que houve significância estatística
para os fatores estudados em vários estádios do desenvolvimento das
plântulas, e que a interação entre eles não foi significativa, indicando
independência entre os fatores estudados. O contraste ortogonal entre o
fatorial (média dos tratamentos herbicídicos) versus a testemunha (controle),
sem o uso de herbicidas foi significativo, indicando que o herbicida
independente da dose e do estádio de desenvolvimento, causou forte
amarelecimento das folhas da mamoneira, sendo um sintoma descrito por
Rodrigues & Almeida (1998). Uma vez que este produto atua no metabolismo
das plantas sensíveis, impedindo ou diminuindo a biossíntese de vários
aminoácidos protéicos, tais como valina, leucina, e isoleucina e inibe a
formação de proteínas essenciais às plantas sucetíveis sendo inicialmente
externado via amarelecimento foliar e redução ou paralisação do crescimento
(RODRIGUES & ALMEIDA, 2005). Estes sintomas são típicos dos herbicidas
inibidores da enzima acetolactato sintase (PORTERFIELD et al., 2002).
34
Tabela 10: Análises de variância e coeficiente de variação ao grau de
amarelecimento das folhas da mamoneira, em função das oscilações do
trifloxysulfuron sodium aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação. Campina
Grande, PB, 2006.
Fatores
Doses (D)
Estádio (E)
Dose x Estádio
Fatorial vs. Test
Resíduo
CV (%)
ns:
GL
3
3
9
1
48
Quadrado médio
Épocas de avaliação (Dias Após Aplicação)
(F) 7 dias
(F) 14 dias
(F) 21 dias
(F) 28 dias
ns
1,42
1,64**
2,79**
2,06**
4,88**
19,02**
8,87**
4,81**
0,25ns
0,36ns
0,71ns
0,74ns
52,94**
125,15**
156,01**
191,96**
1,01
0,40
0,36
0,31
21,16
9,36
8,12
6,81
Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
* Significativo pelo teste F a nível de 5% de probabilidade
** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
Com relação ao fator doses de herbicida, aplicadas na mamoneira,
observa-se na Tabela 11 que os resultados obtidos foram significativos, bem
como as equações de regressão, todas com modelos ajustados para o primeiro
grau, com elevados coeficientes de determinação, indicando baixa alienação
entre as variáveis relacionadas. Verifica-se que o grau de amarelecimento das
folhas aumentou com o incremento da dose aos 14, 21 e 28 dias do ciclo
fenológico das plântulas (Figura 11), ou seja, com o aumento da área foliar
houve uma maior área trofofilar comprometida, como pode ser visto na Figura
12.
Na testemunha, que não recebeu o herbicida, a nota foi mínima, ou seja,
1, com as folhas sadias, verdes e com fotossíntese plena. Na Figura 13, pode
ser visto uma das plântulas da testemunha. A mamoneira, mostrou-se
altamente sensível ao herbicida em estudo.
35
Tabela 11: Análise de regressão para as doses aos 14, 21 e 28 dias, na
variável amarelecimento, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium,
da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina, Campina Grande, PB, 2006.
Regressão
Linear
Quadrática
Quadrados médios
21 dias
Dose Aplicada
7,81**
0,25 ns
14 dias
4,75**
0,14 ns
28 dias
5,25**
0,77 ns
Modelos de regressão de melhor ajuste
Dose
Equação
14 dias
21 dias
28 dias
ns:
R2
96,57
93,28
85,11
Y = 6,15625 + 0,24375X
Y = 6,65625 + 0,3125X
Y = 7,500 + 0,25625X
Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
9
Amarelecimento*
8
7
6
5
4
3
14 dias
2
21 dias
28 dias
1
0
5
7,5
10
12,5
Dose (g/ha)
*: Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1
nula, 2 muito leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8
muito forte e 9 destruição total da planta.
Figura 11: Amarelecimento em função das doses de herbicidas aos 14, 21 e
28 dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium. Campina
Grande, PB, 2006.
36
Figura 12: Folha com aplicação do trifloxysulfuron sodium, na dosagem 12,5
g/ha, no estádio 4, aos 7 dias após a aplicação do produto na mamoneira,
cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
Figura 13: Folha sem aplicação do trifloxysulfuron sodium na mamoneira,
cultivar BRS Nordestina (Testemunha), plântula no estádio de quatro folhas
verdadeiras. Campina Grande, PB, 2006.
37
No tocante, ao fator estádios do desenvolvimento da plântula, na Tabela
12 podem ser observadas as significâncias obtidas, bem como as equações de
regressão, sendo três delas do segundo grau, de natureza parabólica,
considerando os períodos de 7, 21 e 28 dias da emergência das plântulas e do
primeiro grau para o período de 14 dias, todas com elevados coeficientes de
determinação. Na Figura 14, pode ser visto que aos sete dias o
amarelecimento
na
folha,
foi
menor
do
que
nos
demais
períodos,
possivelmente devido a menor área foliar das plântulas.
Tabela 12: Análise de regressão para as doses aos 7, 14, 21 e 28 dias, na
variável amarelecimento, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium,
da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
Regressão
7 dias
Linear
Quadrática
5,51**
9,00**
Quadrados médios
14 dias
21 dias
Estádio na Aplicação
19,01**
56,95**
4,00**
0,02 ns
Modelos de regressão de melhor ajuste
Dose
7 dias
14 dias
21 dias
28 dias
ns:
Equação
Y = 2,21875 + 2,1375X - 0,375X2
Y = 8,875 - 0,84375X
Y = 9,90625 - 1,7375X + 0,250X2
Y = 10,578125 - 2,240625X + 0,421875X2
28 dias
1,38*
11,39**
R2
99,23
99,84
86,43
88,54
Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
* Significativo pelo teste F a nível de 5% de probabilidade
** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
38
10
9
Amarelecimento*
8
7
6
5
4
3
2
7 dias
1
14 dias
21 dias
28 dias
0
1
2
3
4
Estádios
Obs: Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com
2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas,
*: Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito
leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição
total da planta,
Figura 14: Amarelecimento em função do estádio de herbicidas aos 7, 14, 21 e
28 dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium. Campina
Grande, PB, 2006.
39
4.4 NECROSE
Na Tabela 13, observa-se os resumos das análises de variância dos
dados da fitotoxicidade (F), determinada na escala da EWRC (1 a 9), variável
grau de necrose foliar aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação do produto
trifloxysulfuron sodium, com as insignificâncias obtidas para os seguintes
fatores estudados: doses do herbicida e estádios do desenvolvimento, a
interação entre eles e o contraste ortogonal entre o fatorial (efeito médio dos
tratamentos herbicídicos) e a testemunha, onde as plantas não receberam o
herbicida.
Na Tabela 14, podem ser observadas as insignificâncias obtidas, bem
como a equação de regressão e o coeficiente de determinação. Sendo estes,
elevados em função das doses dentro dos 21 dias, com forte efeito linear, ou
seja, à medida que se incrementou a dose, o grau de necrose foliar foi
aumentado, e assim comprometendo a área foliar para o pleno processo da
fotossíntese, observado nas Figuras 15 e 16. Na Figura 18, observamos a
testemunha da mamoneira, que não recebeu a aplicação do herbicida.
Tabela 13: Resumos das análises de variância dos dados da fitotoxicidade (F),
escala da EWRC (1 a 9), variável grau de necrose aos 7, 14, 21 e 28 dias
após a aplicação do produto trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB,
2006.
Fatores
Doses (D)
Estádio (E)
Dose x Estádio
Fatorial vs. Test
Resíduo
CV (%)
GL
3
3
9
1
48
ns:
Quadrado médio
Épocas de avaliação (Dias Após Aplicação)
(F) 7 dias1
(F) 14 dias
(F) 21 dias
(F) 28 dias
0,15ns
1,17ns
1,73*
2,38**
0,50**
21,79**
6,27**
3,83**
ns
ns
ns
0,06
0,18
0,10
0,85*
38,62**
119,12**
160,59**
194,49**
0,12
0,46
0,56
0,32
16,91
10,33
9,96
6,94
Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
* Significativo pelo teste F a nível de 5% de probabilidade
** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
1
: Dados transformados em
x
40
Tabela 14: Análise de regressão para as doses aos 21 dias, na variável
necrose, após a aplicação do trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona,
cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
Regressão
Quadrados médios
21 dias
Dose Aplicada
Linear
Quadrática
4,51**
0,56 ns
Modelos de regressão de melhor ajuste
Dose
Equação
21 dias
86,99
Y = 6,93750 + 0,2375X
ns:
R2
Necrose*
Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
8,0
7,9
7,8
7,7
7,6
7,5
7,4
7,3
7,2
7,1
7,0
21 dias
5
7,5
10
12,5
Dose (g/ha)
*: Considerando-se a escala da EWRC, (CAMARGO, 1972), temos a fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito leve,
3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição total da
planta.
Figura 15: Necrose em função das doses aos 21 dias, após a aplicação do
herbicida trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB, 2006.
41
Figura 16: Folhas necrosadas após a aplicação do trifloxysulfuron sodium, na
dosagem 7,5 g/ha, no estádio 2, aos 14dias, após aplicação do produto, na
mamoneira cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
Figura 17: Folhas necrosadas após a aplicação do trifloxysulfuron sodium, na
dosagem 12,5 g/ha, no estádio 3, aos 14 dias, após aplicação do produto, na
mamoneira cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
42
Figura 18: Testemunha da mamoneira, cultivar BRS Nordestina, sem aplicação
do herbicida trifloxysulfuron sodium, no quarto estádio de desenvolvimento.
Campina Grande, PB, 2006.
Considerando os estádios do desenvolvimento dentro das doses,
interação significativa, para a variável grau de necrose foliar, observa-se na
Tabela 15 as significâncias estatísticas obtidas, bem como as equações de
regressão e com altos valores de coeficientes de determinação. Na Figura 19,
pode ser observado que nas doses dentro dos estádios de desenvolvimento
aos 7, 14 e 21 dias que a necrose aumentou com a dose, embora com
inclinações diferenciadas, ditadas pelo coeficiente angular das equações de
regressão.
43
Tabela 15: Análise de regressão para os estádios aos 7, 14 e 21 dias, na
variável necrose, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da
cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
Quadrados médios
Regressão
7 dias
14 dias
21 dias
Estádio na Aplicação
Linear
Quadrática
10,15**
63,01**
13,14**
0,56 ns
15,31**
2,25 ns
Modelos de regressão de melhor ajuste
Dose
R2
Equação
7 dias
14 dias
21 dias
88,58
96,39
81,40
Y = 2,828125 + 1,909375X - 0,453125X2
Y = 8,84375 - 0,8875X
Y = 8,6250 - 0,4375X
ns:
Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
9
8
Necrose*
7
6
5
4
3
2
7 dias
1
14 dias
21 dias
0
1
2
3
4
Estádios
Obs: Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com
2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas.
* Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito
leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição
total da planta.
Figura 19: Necrose em função dos estádios de herbicidas aos 7, 14 e 21 dias,
após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB,
2006.
44
Com relação ao desdobramento da interação entre os fatores estudados,
estádios dentro de doses, para a variável grau de necrose, pode ser verificado
na Tabela 16. Níveis de insignificâncias obtidos, bem como as equações de
regressão e os coeficientes de determinação, com elevado valor, exceto no
estádio 1 (estádio cotiledonário). O grau de necrose foi considerado médio,
como pode ser visto nas Figuras 20 e 21.
Tabela 16: Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da variável
necrose, aos 28 dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da
cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
Regressão
Estádio 1
Quadrados médios
Estádio 2
Estádio 3
Estádio 4
Dose Aplicada
Linear
Quadrática
1,0125 ns
0,0625 ns
0,1125 ns
0,0625 ns
5,5125**
3,0625**
Modelos de regressão de melhor ajuste
Dose
Estádio 1
Estádio 2
Estádio 3
Estádio 4
Equação
Nenhum modelo de regressão se ajustou
significativamente
Nenhum modelo de regressão se ajustou
significativamente
Y= 4,0625 + 2,712500X - 0,4375X2
Y= 7,5000 + 0,3750X
Dose 2
Dose 3
Dose 1
2,8125**
0,0625 ns
R2
93,33
88,24
Dose 4
Estádio na Aplicação
Linear
Quadrática
1,25**
4,00**
1,51**
0,06 ns
0,01 ns
3,06**
Modelos de regressão de melhor ajuste
Dose
Dose 1
Dose 2
Dose 3
Dose 4
ns
Equação
Y = 10,75 - 2,750X + 0,50X2
Y = 9,00 - 0,275X
Y = 10,4375 - 2,1625X + 0,4375X2
Y = 11,000 - 2,500X + 0,50X2
0,001 ns
4,00**
R2
51,22
89,63
96,47
99,99
Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
45
7
6
Necrose*
5
4
3
2
Estádio 1
1
Estádio 2
Estádio 3
Estádio 4
0
5
7,5
10
12,5
Doses (g/ha)
Obs: Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com
2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas.
* Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito
leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição
total da planta.
Figura 20: Desdobramento da interação Dose (D) x Estádio (E), da variável
necrose aos 28 dias, em função das doses nas plântulas da mamona, cultivar
BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
46
7
6
Necrose*
5
4
3
2
Dose 1
1
Dose 2
Dose 3
Dose 4
0
1
2
3
4
Estádios
Obs: Dose 1: 5,0 g/ha; Dose 2: 7,5 g/ha; Dose 3: 10,0 g/ha e Dose 4: 12,5 g/ha.
*: Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito
leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição
total da planta.
Figura 21: Desdobramento da interação Dose (D) x Estádio (E), da variável
Necrose aos 28 dias, em função do estádio nas plântulas da mamona, cultivar
BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
47
4.5 MATÉRIA SECA
Na Tabela 17, observam-se às médias dos tratamentos, para variável
peso seco (fitomassa). Na raiz houve efeito significativo para dose, estádio e a
interação dose x estádio. Já para caule e folha houve significância apenas para
o estádio. No fatorial vs testemunha, constatou-se significância em todas as
variáveis. Considerando o contraste ortogonal fatorial versus testemunha, foi
verificado significância elevada, em razão do herbicida ter sido bastante
fitotóxico para a mamoneira, cultivar BRS Nordestina, comprometendo a parte
aérea das plantas. Mesmo na menor dose testada (5,0 kg/ha), a raiz foi
também comprometida pelo herbicida, pois o crescimento da mamona tem
alometria quase que perfeita, conforme foi colocado por Strett & Opik (1974).
Tabela 17: Resumos das análises de variância da matéria seca, após a
pesagem ao final do experimento. Campina Grande, PB, 2006.
Fatores
Doses (D)
Estádio (E)
Dose x Estádio
Fatorial vs. Test
Resíduo
CV (%)
GL
3
3
9
1
48
Quadrado médio (Fitomassa)
Raiz
Caule1
Folha1
0,76**
0,03ns
0,26ns
10,59**
21,75**
23,96**
ns
0,29**
0,06
0,32ns
1533,73**
1486,56**
3883,04**
0,06
0,05
0,18
26,89
15,74
25,50
1
ns
Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
* Significativo pelo teste F a nível de 5% de probabilidade
** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
1
Dados transformados em
x
Na Tabela 18 e nas Figuras 22 e 23, podem ser vistos os
desdobramentos da interação, estádios dentro de doses e doses dentro dos
estádios do desenvolvimento. De um modo geral, foi verificado que o herbicida
reduziu o peso das raízes, quando comparado à testemunha, e que houve uma
interdependência entre os fatores, demonstrado na Figura 24.
48
Tabela 18: Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da variável
raiz, após pesagem da matéria seca, da cultura da mamona, cultivar BRS
Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
Regressão
Linear
Quadrática
Estádio 1
0,02 ns
0,01 ns
Quadrados médios
Estádio 2
Estádio 3
Dose Aplicada
27,22**
0,03 ns
ns
0,01
15,31**
Estádio 4
Modelos de regressão de melhor ajuste
Dose
Estádio 1
Estádio 2
Estádio 3
Estádio 4
Equação
Nenhum modelo de regressão se ajustou
significativamente
Nenhum modelo de regressão se ajustou
significativamente
Y = 9,764375 – 6,057375X + 0,978125X2
Y = 5,57625 – 0,6725X
Dose 2
Dose 3
Dose 1
9,04**
4,28 ns
R2
94,41
62,76
Dose 4
Estádio na Aplicação
Linear
Quadrática
89,37**
0,24 ns
24,11**
4,97*
23,27**
5,44*
Modelos de regressão de melhor ajuste
Dose
Dose 1
Dose 2
Dose 3
Dose 4
Equação
Y = - 2,620 + 2,114X
Y = 1,1725 – 1,6895X + 0,5575X2
Y = 1,353125 – 1,836875 X + 0,583125X2
Y = 1,4725 – 1,90525X + 0,58875X2
21,56**
5,54*
R2
86,11
99,74
99,18
99,92
ns
Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
* Significativo pelo teste F a nível de 5% de probabilidade
** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
49
6
5
Raiz(g)
4
Estádio 1
3
Estádio 2
Estádio 3
Estádio 4
2
1
0
-1
5
7,5
10
12,5
Doses (g/ha)
Obs: Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com
2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas.
Figura 22: Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da raiz, em
função da dose, após pesagem da matéria seca, da cultura da mamona,
cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
50
6
Dose 1
5
Dose 2
Dose 3
Dose 4
Raiz(g)
4
3
2
1
0
1
2
3
4
Estádios
Obs: Dose 1: 5,0 g/há; Dose 2: 7,5 g/há; Dose 3: 10,0 g/há e Dose 4: 12,5 g/há,
Figura 23: Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da raiz, em
função do estádio, após pesagem da matéria seca, da cultura da mamona,
cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
Testemunha
Estádio 3
Estádio 1
Estádio 2
Estádio 4
Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com 2
folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas.
Figura 24: Detalhamento da matéria seca, das raízes da mamoneira, cultivar
BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
51
Considerando a fitomassa aérea, na Tabela 19, podem ser observadas
as significâncias obtidas e as equações da regressão para caule e folhas, com
modelos do segundo grau, com elevados R2. Na Figura 25, verifica-se que a
medida que as plantas envelheceram, ou seja, quanto maior o seu estádio de
desenvolvimento, maior foi a matéria seca, independente da dose utilizada, não
sendo significativa a interação Doses x Estádios. Resultados similares
ocorreram com o algodoeiro segundo Freitas et. al., (2006).
Tabela 19: Análise de regressão para matéria seca, nas variáveis caule e
folha, após pesagem do material, da cultura da mamona, cultivar BRS
Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.
Regressão
Caule
Folhas
Estádio na Aplicação
Linear
Quadrática
Dose
Caule
Folhas
ns:
941,19**
642,07**
97,46**
78,19**
Modelos de regressão de melhor ajuste
R2
Equação
Y = 1,655313 – 2,693562X + 1,105312X2
Y = 1,674375 – 2,740313X + 1,234063X2
99,92
99,43
Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade
52
12
Matéria Seca(g)
10
Caule
Folha
8
6
4
2
0
1
2
Estádios
3
4
Obs: Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com
2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas.
Figura 25: Matéria seca, variável caule e folha, em função dos estádios, após
pesagem do material. Campina Grande, PB, 2006.
53
5. CONCLUSÃO
- Independente dos estádios de desenvolvimento (duas folhas, duas folhas
verdadeiras,
duas
folhas
expandidas
e
quatro
folhas),
o
herbicida
trifloxysulfuron-sodium, mesmo na menor dosagem (5,0 g/ha), foi fitotóxico a
mamoneira, cultivar BRS Nordestina.
6. RECOMENDAÇÃO
- Estudar combinações de produtos pré-emergentes como o Diuron, trifluralin,
entre outros, mais o trifloxysulfuron-sodium em pós-emergência, em jato
dirigido, e em confronto com outras alternativas de controle, em especial o
mecânico, via uso de enxada e cultivador.
54
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