UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA FITOTOXICIDADE E SELETIVIDADE DO HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON SODIUM NA MAMONEIRA (Ricinus communis L.) CULTIVAR BRS NORDESTINA UILMA CARDOSO DE QUEIROZ Areia – Paraíba Março – 2007 Livros Grátis http://www.livrosgratis.com.br Milhares de livros grátis para download. UILMA CARDOSO DE QUEIROZ FITOTOXICIDADE E SELETIVIDADE DO HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON SODIUM NA MAMONEIRA (Ricinus communis L.) CULTIVAR BRS NORDESTINA Orientador: Napoleão Esberard de Macêdo Beltrão Areia – Paraíba Março – 2007 UILMA CARDOSO DE QUEIROZ FITOTOXICIDADE E SELETIVIDADE DO HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON SODIUM NA MAMONEIRA (Ricinus communis L.) CULTIVAR BRS NORDESTINA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Agronomia Federal da da Universidade Paraíba, em cumprimento às exigências para obtenção do título de Mestre em Agronomia. Área de Concentração: Agricultura Tropical Areia – Paraíba Março – 2007 Ficha Catalográfica Elaborada na Seção de Processos Técnicos da Biblioteca Setorial de Areia-PB, CCA/UFPB. Bibliotecária: Elisabete Sirino da Silva CRB-4/905 Q3f Queiroz, Uilma Cardoso de Fitotoxicidade e seletividade do herbicida trifloxysulfuron sodium na mamoneira (Ricinus communis L.) cultivar BRS nordestina. / Uilma Cardoso de Queiroz - Areia-PB: UFPB/CCA,2007. 77f. : il. Dissertação (Mestrado em Agronomia ) - Universidade Federal da Paraíba-Centro de Ciências Agrárias, Areia, 2007. Bibliografia. Orientador: Napoleão Esberard de Macedo Beltrão 1 Mamoneira-fitotoxicidade 2 Mamoneira-seletividade 3.Herbicida- trifloxysulfuron sodium I Beltrão, Napoleão Esberard de Macedo (Orientador) II.Título. CDU: 582.757 (043.3) DEDICATÓRIA A Deus Aos meus pais Antonio e Alzira Ao meu irmão Wilton Ao meu esposo Ruy AGRADECIMENTOS A Deus, por me permitir o dom da vida e a sabedoria; Aos meus pais, Antonio Cardoso de Queiroz e Alzira Nunes de Queiroz, ao meu irmão, Wilton Nunes de Queiroz, pelo amor, apoio, dedicação e cumplicidade, que tanto dedicaram a mim; Ao meu esposo Ruy Ferreira Silva pela companhia, apoio moral e emocional, e contribuição nos experimentos; A Jedson (Gordurinha) pela sua colaboração prática no experimento; A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. (CAPES), pela concessão da bolsa de estudos, durante este período; Ao pesquisador, orientador e verdadeiro amigo, Dr. Napoleão Esberard de M. Beltrão do CNPA-EMBRAPA, pela valiosa e inestimável orientação para o meu conhecimento técnico e intelectual e sua eterna amizade; A professora Josivanda pela valiosa e inestimável orientação no estágio de docência; Aos funcionários do CNPA-EMBRAPA, pelo auxílio prestado nas atividades; Aos professores e funcionários da Universidade Federal Paraíba (UFPB), pelo ensino e amizade; Finalmente, a todos aqueles que contribuíram para conclusão deste trabalho. SUMÁRIO LISTA DE TABELAS .................................................................................................iv LISTA DE FIGURAS .................................................................................................vii RESUMO...................................................................................................................x ABSTRACT...............................................................................................................xi 1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................1 2. REVISÃO DE LITERATURA ...............................................................................3 2.1MAMONEIRA E SUA IMPORTÂNCIA 3 2.2 PLANTAS DANINHAS ................................................................................... 5 2.3 CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS .......................................... ...............5 2.4 CONTROLE QUÍMICO................................................................................ ...7 2.5 HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON-SODIUM E SUAS PROPRIEDADES . ..8 2.6 ENZIMA ACETOLACTATO SINTASE (ALS)........................ ...................8 2.7 PRODUTO UTILIZADO E SUAS INFORMAÇÕES..................................9 2.7.1 Composição química do trifloxysulfuron-sodium..................................... ..9 2.7.2 Fórmula bruta.......................................................................................... 10 2.7.3 Fórmula estrutural...............................................................................10 2.6.4 Modo de ação do trifloxysulfuron-sodium............................................10 2.6.5 Recomendações de uso......................................................................11 2.8 FATORES RELACIONADOS COM A APLICAÇÃO DO HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON-SODIUM NA PÓS−EMERGENCIA............................ 11 2.8.1 Plantas infestantes e o seu estádio de controle: ............................... 11 2.8.2 Adjuvantes/Espalhantes−Adesivos:................................................... 12 2.9 TOLERANCIA DA CULTURA/SELETIVIDADE:....................................... ..12 2.10 INFORMAÇÕES SOBRE O MANEJO DE RESISTÊNCIA: .................. ...13 3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................ 14 3.1 LOCAL ......................................................................................................... 14 3.2 CULTIVAR ................................................................................................... 15 3.3 CARACTERISTICAS EXPERIMENTAIS...................................................... 15 3.3.1 Caracterização do solo .......................................................................... .15 3.3.2 Adubação................................................................................................ 16 3.3.3 Água utilizada ......................................................................................... 16 3.3.4 Prepação do produto............................................................................... 17 3.4 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL.......................................................18 3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA .............................................................................. 18 3.6 INSTALAÇÃO DO EXPERIMENTO ............................................................. 18 3.7 VARIÁVEIS ANALISADAS........................................................................... 19 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................. 21 4.1 REDUÇÃO DE CRESCIMENTO...............................................................21 4.2 TURGIDEZ................................................................................................26 4.3 AMARELECIMENTO.................................................................................34 4.4 NECROSE ................................................................................................... 40 4.5 MATÉRIA SECA .......................................................................................... 48 5. CONCLUSÕES ............................................................................. 54 6. RECOMENDAÇÕES ..................................................................... 54 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................. 55 II LISTA DE TABELAS 1 - Características químicas e física do solo, proveniente do município de Lagoa Seca, PB, 2006.............................................. 16 2 - Características físicas e químicas da água usada na irrigação do experimento. Campina Grande, PB, 2006.............................. 17 3 - Classificação da escala EWRC para fitotoxicidade nas plantas. Campina Grande, PB, 2006.......................................................... 20 4 - Resumos das análises de variância e coeficiente de variação dos dados da fitotoxicidade (F), escala utilizada da EWRC (1 a 9), para a variável redução de crescimento aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação do produto trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB. 2006.......................................................... 21 5 - Análise de regressão para as doses de herbicida aos 7, 14, 21 e 28 dias, na variável redução de crescimento, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006................... 23 6 - Análise de regressão para o estádio aos 7, 14, 21 e 28 dias, na variável redução de crescimento, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006....................................... 24 7 - Resumos das análises de variância dos dados da fitotoxicidade (F), escala EWRC (1 a 9), variável turgidez aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação do trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB, 2006. ........................................................................ 27 8 - Análise de regressão para os estádios aos 7 e 14 dias, na variável turgidez, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006.......................................................... 27 III 9 - Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da variável turgidez, aos 28 dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina Campina Grande, PB, 2006........................................ 31 10 - Análises de variância e coeficiente de variação ao grau de amarelecimento das folhas da mamoneira, em função das oscilações do trifloxysulfuron sodium aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação. Campina Grande, PB, 2006............................. 35 11 - Análise de regressão para as doses aos 14, 21 e 28 dias, na variável amarelecimento, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina, Campina Grande, PB, 2006....................................... 36 12 - Análise de regressão para as doses aos 7, 14, 21e 28 dias, na variável amarelecimento, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006....................................... 38 13 - Resumos das análises de variância dos dados da fitotoxicidade (F), escala da EWRC (1 a 9), variável grau de necrose aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação do produto trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB, 2006............................................. 40 14 - Análise de regressão para as doses aos 21 dias, na variável necrose, após a aplicação do trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006................................................................................................ 41 15 - Análise de regressão para os estádios aos 7, 14 e 21 dias, na variável necrose, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006........................................................... IV 16 - Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da variável necrose, aos 28 dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006........................................ 45 17 - Resumos das análises de variância da matéria seca, após a pesagem ao final do experimento. Campina Grande, PB, 2006................................................................................................ 48 18 - Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da variável raiz, após pesagem da matéria seca, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006... 49 19 - Análise de regressão para matéria seca, na variável caule e folha, após pesagem do material, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006............................... 52 V LISTA DE FIGURAS 1 - Fórmula Estrutura do Trifloxysulfuron sodium............................ 10 2 - Localização da cidade de Campina Grande, PB............................................................................................... 14 3 - Aspecto visual das plantas com tratamento da dose 7,5 g/ha de trifloxysulfuron sodium, no segundo estádio de desenvolvimento, aos 14 dias após aplicação, e sem aplicação do produto (testesmunha) da mamoneira, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006..................................... 22 4 - Redução do crescimento da planta da mamona em função das doses de trifloxysulfuron sodium aos 7, 14, 21 e 28 dias, após a aplicação do herbicida. Campina Grande, PB, 2006............... 23 5 - Redução do crescimento em função dos estádios aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006........................................................ 25 6 - Turgidez em função do estádio aos 7 e 14 dias após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006............................................................................................ 28 7 - Aspecto visual da turgidez da mamoneira, BRS Nordestina, com 10,0 g/ha do trifloxysulfuron sodium, no estádio 1 aos 7 dias após a aplicação. Campina Grande, PB, 2006................... 29 8- Aspecto visual da turgidez da mamoneira, no estádio de duas folhas verdadeiras, BRS Nordestina, que não recebeu dosagem (testemunha) do trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB, 2006....................................................................... 29 VI 9- Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da variável Turgidez, aos 28 dias, em função das doses nas plântulas da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006....................................................................... 32 10 - Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da variável Turgidez aos 28 dias em função dos estádios nas plântulas mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. ................................................................................... 33 11 - Amarelecimento em função das doses de herbicidas aos 14, 21 e 28 dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB, 2006.......................................... 36 12 - Folha com aplicação do trifloxysulfuron sodium, na dosagem 12,5g/ha, no estádio 4, aos 7 dias após a aplicação do produto na mamoneira, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. .......................................................................................... 37 13 - Folha sem aplicação do trifloxysulfuron sodium na mamoneira, cultivar BRS Nordestina (Testemunha), plântula no estádio de quatro folhas verdadeiras. Campina Grande, PB, 2006............. 37 14 - Amarelecimento em função do estádio de herbicidas aos 7, 14, 21 e 28 dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB, 2006.......................................... 39 15 - Necrose em função das doses aos 21 dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB, 2006............................................................................................ 41 16- Folhas necrosadas após a aplicação do trifloxysulfuron sodium, na dosagem 7,5 g/ha, no estádio 2, aos 14dias, após aplicação do produto, na mamoneira cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006........................................................ 42 17 - Folhas necrosadas após a aplicação do trifloxysulfuron sodium, na dosagem 12,5 g/ha, no estádio 3, aos 14 dias, após aplicação do produto, na mamoneira cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006............................................................................................ 42 VII 18 - Testemunha da mamoneira, cultivar BRS Nordestina, sem aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, no quarto estádio de desenvolvimento. Campina Grande, PB, 2006......... 43 19 - Necrose em função dos estádios de herbicidas aos 7, 14 e 21 dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB, 2006........................................................ 44 20 - Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da variável Necrose aos 28 dias, em função das doses nas plântulas da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB. 2006....................................................................... 46 21 - Desdobramento da interação Dose (D) x Estádio (E), da variável Necrose aos 28 dias, em função do estádio nas plântulas da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006....................................................................... 47 22 - Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da raiz, em função da dose, após pesagem da matéria seca, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006....................................................................... 50 23 - Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da raiz, em função do estádio, após pesagem da matéria seca, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006....................................................................... 51 24 - Detalhamento da matéria seca, das raízes da mamoneira, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006................ 51 25 - Matéria seca, variável caule e folha, em função dos estádios, após pesagem do material. Campina Grande, PB, 2006............ 53 VIII FITOTOXICIDADE E SELETIVIDADE DO HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON-SODIUM NA MAMONEIRA (Ricinus communis L.) CULTIVAR BRS NORDESTINA RESUMO A mamoneira (Ricinus communis L.) é uma planta rústica, heliófila, resistente à seca, pertencente à família das Euforbiáceas. Mas, caracteriza-se por ser sensível a diversos herbicidas e a competição imposta pelas plantas daninhas. Objetivou-se com este trabalho estudar a influência de diferentes doses do herbicida trifloxysulfuron-sodium* em diferentes estádios de desenvolvimento da mamoneira, cultivar BRS Nordestina. O experimento foi conduzido em 2006, em condições de casa de vegetação da EMBRAPA – Algodão de Campina Grande, PB. O delineamento experimental foi inteiramente ao acaso e esquema fatorial 4 x 4 + 1, constando de quatro dosagens 5,0; 7,5; 10,0 e 12,5g/ha de trifloxysulfuron sodium e quatro estádios do desenvolvimento da planta (folhas cotiledonares, duas folhas verdadeiras, duas folhas expandidas e quatro folhas) e uma testemunha absoluta. Foram testados no total, dezessete tratamentos com quatro repetições. As variáveis mensuradas foram: redução de crescimento, turgidez, amarelecimento e necrose, ligados a fitotoxicidade do herbicida trifloxysulfuron-sodium nas plantas da mamoneira e ao final do experimento a matéria seca. Verificou-se, com base nos resultados obtidos, para a variável redução de crescimento, refletida pela altura e tamanho das plantas, que houve efeitos significativos para doses e estádios do desenvolvimento e a interação entre eles, sendo que a planta mais nova foi mais sensível ao produto. Considerando a variável, grau de amarelecimento foi verificado que mesmo na dose mais baixa (5,0 g/ha), as plantas amarelaram as folhas, sendo mais pronunciado nos estádios de duas folhas (aos sete, 14, 21, e 28 dias). O herbicida que atua nas folhas e raízes, foi fitotóxico para a mamoneira, cultivar BRS Nordestina, mesmo na menor dose testada. * Envoke®: Marca Registrada da SYNGENTA PROTECTION, Suíça. Registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) SOB Nº. 7001. IX PHYTOTOXICITY AND SELECTIVITY OF THE HERBICIDE TRIFLOXYSULFURON-SODIUM IN CASTOR BEEN (Ricinus communis L.) TO CULTIVATE BRS NORDESTINA ABSTRACT The castor been (Ricinus communis L.) it is a rustic plant, heliophile, resistant to the drought, belonging to the family of Euforbiace. But, it is characterized by being sensitive the several herbicides and the competition imposed by the harmful plants. It was objectified with this study the influence of different doses of the herbicide trifloxysulfuron-sodium* in different stadiums of development of the castor been, to cultivate BRS Nordestina. The experiment was lead in 2006, in conditions of house of vegetation of the EMBRAPA Algodão of Campina Grande, PB. The experimental delineation was entirely randomized and factorial project 4 x 4 + 1, consisting of four dosages 5.0; 7.5; 10.0 and 12.5g/ha of trifloxysulfuron sodium and four stadiums of the development of the plant (leves cotiledonares, two true leves, two expanded leves and four leves) and one testify absolute. They had been tested in the total, seventeen treatments with four repetitions. The measured variable had been: reduction of growth, turgidity, becoming yellow and necrosis, linked the phytotoxicity of the herbicide trifloxysulfuron-sodium in the plants of the castor been and at the end of the experiment the dry matter. It was verified, with base in the obtained results, for the variable growth reduction, contemplated by the height and size of the plants, that there were significant effects for doses and stadiums of the development and the interaction among them, and the newest plant was more sensitive to the product. Considering the variable, yellow degree it was verified that same in the dose lowest (5.0 g/ha), the plants had turned yellow leves, being sharper in stadiums of two leves (to the seven, 14, 21, and 28 days).The herbicide trifloxysulfuron-sodium, that acts in the leaves and roots, it was phytotoxicy to the castor been, to cultivate BRS Nordestina, even in the smallest tested dose. * Envoke®: Registered mark of SYNGENTA PROTECTION, Switzerland. Registered in the Ministry of the Agriculture, Livestock and Provisioning (MAPA) UNDER no. 7001. X FITOTOXICIDADE E SELETIVIDADE DO HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON SODIUM NA MAMONEIRA (Ricinus communis L.) CULTIVAR BRS NORDESTINA 1. INTRODUÇÃO O intenso aquecimento do planeta, a redução das reservas mundiais de petróleo e a pressão da crescente consciência ambiental em todo o mundo tornam inadiável a opção pelos biocombustíveis. Destacando-se, a mamoneira (Ricinus communis L.), planta de origem tropical, heliófila, pertencente à família das Euforbiáceas. Como fonte de óleo, matéria prima para produção de biodiesel (BIODIESEL, 2006). Ela requer pelo menos 500 mm de chuvas para o seu crescimento e desenvolvimento, e temperatura do ar deve estar entre 20 e 30º C, para o seu ótimo ecológico, além de preferir locais com altitude entre 300 a 1500m (MAPA, 2006). O Brasil já foi há cerca de 30 anos, o maior produtor mundial de mamona, que produz em suas sementes um óleo de qualidade singular (BELTRÃO & QUEIROZ, 2005). Porém, têm tudo para ser um dos maiores e mais destacados líderes mundiais na produção de energias renováveis. A ricinocultura não se resume, contudo, à produção de biodiesel. Dos subprodutos gerados da extração do óleo, produz-se inclusive adubo orgânico para recuperação de solos esgotados (SAVY FILHO et al., 1999). Da sua industrialização, é produzida a extração do óleo das sementes desta oleaginosa, e como subproduto, a torta da mamona, que pode ser utilizada, como alimento animal, aproveitando o alto teor de proteínas (SEVERINO, 2005). Podendo, também, ser utilizada como fertilizante orgânico, além de apresentar propriedades inseticidas e nematicidas (DIRECTORATE OF OILSEEDS RESEARCH, 2001). A fitomassa da cultura da mamona de sequeiro ou irrigado colabora para reduzir o efeito estufa, ao retirar do ar o gás carbônico, um dos principais responsáveis pelo aquecimento da terra (PAIVA, 2007). Com o Programa Nacional de Biocombustível existe a possibilidade de surgir áreas extensivas para o cultivo da mamona, principalmente no Cerrado, onde se produz normalmente com tecnologia avançada. Portanto, o conhecimento tecnológico do controle químico das ervas daninhas deverá ser demandado por produtos modernos, em razão da mamoneira ser bastante sensível a competição com as plantas daninhas pelo subtrasto ecológico (água, nutrientes, CO2 e luz). Praticamente, não se têm informações sobre o uso de herbicidas modernos para a requerida cultura, sem considerar a trifluralina que já foi registrada no MAPA. O pouco interesse dos órgãos de pesquisa, pelo desenvolvimento o uso de herbicidas na ricinocultura, se deve ao fato do Nordeste representar a região mais produtora da mamona em baga, sendo mais de 90% da área cultivada. E, o controle das ervas daninhas é feito por pequenos produtores que utilizam métodos mecânicos (enxada e/ou cultivador). Na cultura da mamona não se têm informações do uso de herbicida trifloxysulfuron sodium* que é moderno, latifolicida e indicado para as culturas dicotiledôneas, como por exemplo o algodoeiro. Desta forma, objetivou-se com este trabalho verificar se o produto em apreço é seletivo ou não para a mamoneira em função do grau de fitotoxicidade determinado nos primeiros estádios de desenvolvimento das plantas, considerando a cultivar BRS Nordestina. * Envoke®: Marca Registrada da SYNGENTA PROTECTION, Suíça. Registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) SOB Nº. 7001. 2 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 MAMONEIRA E SUA IMPORTÂNCIA A mamoneira (Ricinus communis L.) é uma planta xerófila, de elevada resistência à seca, porém sensível ao excesso de umidade por períodos prolongados (AMORIM NETO et al., 2001). Pode ser produzida em altitudes que variam de 300 a 1.500 metros (WEISS, 1983), temperaturas entre 20 e 30ºC, e semeada em vários tipos de solo (MAZZANI, 1983), exceto nos muito argilosos, sujeitos a encharcamento, salinos e/ou sódicos, com elevado teor de sódio trocável (AMARAL, 2006). Apresenta sistema radicular que se estende lateral e profundamente e uma parte aérea ramificada, de coloração verde ou avermelhada, de acordo com a variedade. Com folhas lombadas de formas variadas. É uma planta monóica, sua inflorescência contendo flores femininas na parte superior e flores masculinas na inferior. A flor masculina contém grande número de estames e a feminina possui um ovário com três lojas, em cada uma das quais se desenvolve uma semente. O fruto é uma cápsula lisa ou com espinhos. A semente é carunculada, oval, de tamanho grande, médio ou pequeno, podendo ter colorações muito variadas (MAZZANI, 1983; BELTRÃO et al., 2001). O óleo da mamoneira tem uma estrutura química peculiar, predominando o ácido ricinoléico em 90% de sua composição (SANTOS et al., 2001). O uso do óleo da mamona tem benefícios ambientais e técnicos e representa uma grande oportunidade de desenvolvimento para zonas áridas e empobrecidas, como o nordeste brasileiro. Sendo o único óleo na natureza solúvel em álcool (BELTRÃO & SILVA, 1999). Segundo Osava, 2007, o óleo extraído das sementes dessa planta já possui um mercado internacional crescente, garantido por 700 aplicações que incluem uso medicinal e em cosméticos e substituição do petróleo na fabricação de plásticos e lubrificantes. Além, de outros como, fibra ótica, vidro à prova de balas e próteses ósseas. E, é indispensável para impedir o congelamento de combustíveis e lubrificantes de aviões e foguetes espaciais a baixíssimas temperaturas. 3 O óleo pode ser extraído a partir da semente completa (sem descascar) ou da baga (semente descascada mecanicamente). O método utilizado para extrair o óleo pode ser prensagem, a frio ou a quente, ou extração por solvente, enquanto que a torta, um subproduto de seu óleo, é resultante da última prensagem onde esta é moída e transformada em farelo, rico em nitrogênio, e que tem grande capacidade de recuperação de solos com a fertilidade baixa, pois se constitui num adubo orgânico nitrogenado de grande importância, sendo utilizada na base de duas a três toneladas por hectare (CAVALCANTE, 2004). A mamona é tratada, tradicionalmente, como planta daninha em algumas culturas e é indesejada na produção pecuária, uma vez que contém alguns dos mais poderosos agentes tóxicos vegetais (SAVY FILHO, 2005). Sua arquitetura de planta e as folhas relativamente grandes proporcionam boa habilidade de sombrear as espécies cultivadas; contudo, estas características implicam que quando implantada como cultura comercial para produção de óleo, a mamona deve ser cultivada em espaçamentos mais amplos e em menor densidade do que os usados tipicamente em soja, milho, feijão e outras culturas (EMBRAPA, 2004). Este aspecto reduz a habilidade competitiva e favorece o crescimento de espécies vegetais oportunistas, as quais competem com a cultura por água, luz e nutrientes (MACIEL et al., 2004). Muitos herbicidas são, por isso, utilizados para controle destas plantas. Isto implica em dificuldades para encontrar herbicidas que controlem plantas daninhas dicotiledôneas em mamona, e, ao mesmo tempo, sejam seletivos a esta cultura. 4 2.2 PLANTAS DANINHAS Uma planta é considerada daninha quando ocorre em local e momento indesejado, interferindo negativamente na agricultura. Em geral, é também conceituada como sinônimo de erva daninha, planta invasora e planta espontânea; entretanto, essa conceituação pode diferir conforme a ideologia dos profissionais em ciências agrárias (WIKIPEDIA, 2007). Ashton & Mônaco (1991) definem planta daninha como sendo a planta que cresce onde não é desejada. Assim, uma planta de algodão, por exemplo, é considerada planta daninha num plantio de mamona. As plantas daninhas, constituem-se, também, num problema sério para a agricultura porque se desenvolvem em condições semelhantes às das plantas cultivadas. Onde estas, reduzem a produção das lavouras e aumentam seus custos de produção. Por outro lado, as plantas daninhas podem ser vistas dentro de um contexto, mais amplo, o que ajuda a entender que não são sempre indesejáveis, pois, pode controlar a erosão, aumentar teor de matéria orgânica entre outros benefícios ao ambiente. As ervas daninhas podem ser agrupadas em várias categorias: uma destas, é a anual, que segundo Saad (1978), são plantas que germinam, se desenvolvem, florescem, produzem sementes e morrem dentro de um ano. Costumam ter pequenas raízes fibrosas ou carnosas, verticais, um tanto ramificadas, propagando-se por frutos ou sementes. A melhor época de se destruir esse tipo de planta é antes que ela produza sementes. 2.3 CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS Como o próprio nome sugere, controle é o método que consiste no retardamento temporário do crescimento e desenvolvimento das plantas daninhas durante o ciclo da cultura. É importante não permitir que haja estabelecimento definitivo das espécies daninhas, isto dificultaria o seu controle 5 e permitiria a concorrência (EMBRAPA, 2006). Recomenda-se, portanto, fazer o seu controle quando as mesmas estiveram em fase de plântula ou preventivamente, através do uso de herbicidas em pré-emergência. Segundo Amaral (2006), a mamoneira é bastante sensível à competição causada pelas plantas daninhas, ocorrendo perda significativa de produtividade em caso de controle inadequado. O período crítico de competição se estabelece nos primeiros 70 dias após a emergência das plantas. Um aspecto básico do manejo das plantas daninhas em mamoneira é a duração da competição entre elas. Sabe-se, que não é necessário manter a cultura da mamona livre da presença de espécies daninhas durante todo seu ciclo para se obter bons rendimentos (EMBRAPA, 2006). Para Lorenzi (1984), podem-se utilizar diversos métodos de controle de plantas daninhas. O manual, via uso de enxada; o mecânico com uso do cultivador; o cultural; o químico, com o uso de herbicidas, e o integrado, envolvendo pelo menos dois dos métodos anteriormente citados ao mesmo tempo. Segundo Amaral (2006), para que o pequeno produtor possa manter a cultura livre da concorrência com as plantas daninhas são necessárias apenas duas ou três capinas ou o uso correto do cultivador (pequena profundidade, de 2 a 3cm, operação feita dentro do período crítico e complemento dentro das fileiras com a enxada. O emprego de herbicidas necessita de acompanhamento de profissional especializado, pois envolve vários tipos de conhecimento (correção do pH da água a ser utilizada, calibração dos pulverizadores, uso de bicos adequados, definição de produtos e dosagens a serem utilizados, métodos de aplicação, etc). 6 2.4 CONTROLE QUÍMICO O método químico consiste no uso de produtos químicos no controle de plantas daninhas. Os pesticidas específicos para o controle de plantas daninhas são chamados de herbicidas (EMBRAPA, 2006). O uso de herbicidas, apresenta-se como uma das opções mais eficientes e econômicas de controle, principalmente em extensas áreas de plantio com alta infestação de plantas daninhas, durante períodos chuvosos ou mesmo sob irrigações, quando outros métodos são de baixa eficiência no controle de plantas daninhas. Na implantação do controle químico, o uso de herbicidas deve ser racional, devendo ser feito por pessoas que possuem conhecimento suficiente para adoção dessa prática. Os produtos devem ser escolhidos seguindo as recomendações técnicas, tendo em vista a eficiência, a segurança, o menor impacto ambiental e a economia. É imprescindível a supervisão constante de um profissional capacitado, desenvolvendo um programa específico para cada situação (APTA, 2007). Além de outros cuidados, que também precisam ser tomados, tais como: à escolha dos produtos, dos equipamentos, da calibração, das doses, levar em consideração a textura do solo e as condições climáticas por ocasião da aplicação dos produtos. No uso de herbicidas em pré-emergência é recomendável fazer a semeadura ligeiramente mais profunda que o normal a fim de se evitar problema de germinação de sementes, particularmente quando do uso de doses mais elevadas, em solos de textura mais pesada (LORENZI, 1984). O princípio mais correto é seguir as recomendações do produto quanto à dosagem, misturas de produtos e medidas de segurança. Baseando-se em resultados experimentais, recomendam-se os seguintes herbicidas: alachlor, diuron, linuron, eptc, norea, simazine e trifluralin (WEISS, 1983; GELMINI, 1985; YAROSLAVSKAYA, 1986). Saad (1978), recomenda também o uso do 2,4 D isolado e em mistura com latifolicidas como o diuron. 7 2.5 HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON-SODIUM E SUAS PROPRIEDADES O herbicida trifloxysulfuron sodium, recentemente registrado no País, vem sendo amplamente utilizado na cultura do algodão, sendo aplicado em pós-emergência inicial, sendo um produto utilizado em baixas concentrações (em torno de 7,5 g ha-1), descrito por Procópio et al. (2004). É um herbicida seletivo indicado para o controle pós-emergente das plantas infestantes atualmente na cultura do algodão e cana−de−açúcar. É indicado nos cultivos de variedades comerciais, particularmente no sistema de plantio convencional ou mesmo no sistema de plantio direto. Contendo ingrediente ativo trifloxysulfuron sodium na sua formulação, caracteriza−se pelo seu espectro de controle das plantas anuais de folhas largas e de tiririca que ocorrem na cultura do algodão e da cana−de−açúcar (RODRIGUES & ALMEIDA, 2005). Onde, as plantas daninhas anuais, são classificadas assim, porque germinam, desenvolvem, florescem, produzem sementes e morrem dentro de um ano. Propagam-se por frutos ou sementes (SAAD, 1978). 2.6 ENZIMA ACETOLACTATO SINTASE (ALS) A enzima acetolactato sintase (ALS), também chamada acetohidroxibutirato sintase (AHAS), é a primeira enzima da rota de síntese dos aminoácidos de cadeia ramificada: valina, leucina e isoleucina. Esses aminoácidos, encontram-se entre os dez essenciais para mamíferos, pois não são sintetizados pelos mesmos (VIDAL & MEROTTO JR., 2001). Os herbicidas inibidores da enzima ALS compõem uma das classes mais numerosas de herbicidas registrados atualmente, somando 20 ingredientes ativos (VIDAL, 2002). Os herbicidas que atuam nessa enzima estão reunidos em cinco grupos químicos, ou seja, imidazolinonas, sulfoniluréias, sulfonanilidas, pirimidiniloxibenzoatos e sulfonilaminocarboniltriazolinonas. Entretanto, no Brasil só estão 8 disponíveis para venda produtos pertencentes aos quatro primeiros grupos (VIDAL & MEROTTO JR., 2001). A inibição do crescimento das plantas é detectada 1 a 2 horas após o tratamento com herbicidas, muito antes de qualquer efeito sobre outros processos, como as reações fotossintéticas, respiração aeróbica ou a síntese do RNA ou de proteínas. Estudos revelaram que o herbicida bloqueia rapidamente o ciclo celular de G2 para a mitose e de G1 para a síntese de DNA. Mesmo sem nenhum efeito direto sobre o aparato mitótico é possível que haja função regulatória sobre o controle da divisão celular (BROWN, 1996). Os herbicidas inibidores da ALS controlam plantas daninhas dicotiledôneas, além de gramíneas e ciperáceas. No Brasil, cerca de 44% dos herbicidas dessa classe estão registrados para utilização na cultura da soja, 28% para a cana-de-açúcar, 22% para o arroz irrigado, havendo também registros para algodão, feijão, milho e espécies arbóreas (RODRIGUES & ALMEIDA, 1998; LORENZI, 2000). O mecanismo mais comum de tolerância de culturas aos herbicidas inibidores da ALS é a metabolização da molécula. Entre as reações metabólicas mais comuns, envolvidas na seletividade de culturas aos inibidores da ALS, estão a hidroxilação do anel aromático, a hidroxilação alifática, a desalquilação, a deesterificação e a conjugação. A enzima citocromo P450 monooxigenase muitas vezes está associada com reações de hidroxilação das moléculas de herbicida (VIDAL, 2002). 2.7 PRODUTO UTILIZADO E SUAS INFORMAÇÕES 2.7.1 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO TRIFLOXYSULFURON-SODIUM Herbicida seletivo de ação sistêmica do grupo químico das sulfoniluréias. Sua formulação é do tipo granulado dispersível. Segundo a ANVISA (2007), a composição química do herbicida trifloxysulfuron sodium, é a seguinte: 9 N−[(4,6−dimetoxi-pirimidinil)carbamoyl]−3−(2,2,2−trifluoroeoxi)−trifluoroetoxi)piridim-2−sulfonamida, sal sódico. 2.7.2 FÓRMULA BRUTA C14 H14 F3 N5 O6 S Fonte: Rodrigues, 2005. 2.7.3 FÓRMULA ESTRUTURAL Figura 1: Fórmula Estrutural do Trifloxysulfuron sodium Fonte: Rodrigues, 2005. 2.7.4 MODO DE AÇÃO DO TRIFLOXYSULFURON-SODIUM O ingrediente ativo trifloxysulfuron sodium é absorvido pelas folhas e raízes das plantas sendo que nas aplicações em pós-emergência, a folha é a principal via de penetração do produto. O trifloxysulfuron sodium no interior das plantas inibe a formação da enzima Acetolactato sintase (ALS) bloqueando a 10 síntese de aminoácidos tais como valina, leucina, e isoleucina e inibe a formação de proteínas essenciais às plantas suscetíveis. RAY (1984) demonstrou que a aplicação exógena dos aminoácidos valina, leucina e isoleucina é capaz de evitar o efeito fitotóxico quando são aplicados em plantas suscetíveis, pois a ALS é uma das enzimas-chaves no processo metabólico de síntese desses aminoácidos; a aplicação destes, de forma exógena, é capaz de evitar o efeito herbicida dos inibidores da ALS devido à absorção pela planta. O sintoma do efeito do herbicida, sobre as plantas sensíveis, caracteriza−se pelo amarelecimento inicial das folhas, paralisação do crescimento e a morte das mesmas em uma a três semanas (PORTERFIELD, 2002). Algumas plantas, entretanto não chegam a morrer, porém, sofrem uma paralisação no seu crescimento e a sua presença não chega a causar competição com a cultura (RODRIGUES & ALMEIDA, 1998). 2.7.5 RECOMENDAÇÕES DE USO O trifloxysulfuron sodium é recomendado para aplicação pós−emergente, no total controle das plantas infestantes de folhas largas (dicotiledôneas) e ciperáceas, onde as gramíneas são controladas por herbicidas específicos em pré ou pós−emergência, ou seja, por outros tipos de herbicidas, graminicidas, tais como sethoxydim, clethodin (CARVALHO & CHIAVEGATO, 1999). 2.8 FATORES RELACIONADOS COM A APLICAÇÃO DO HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON-SODIUM NA PÓS−EMERGÊNCIA 2.8.1 Plantas infestantes e o seu estádio de controle: O efeito do produto, porém, é relativamente lento sobre as plantas infestantes e os sintomas nas plantas se manifestam somente 5 a 6 dias após 11 aplicação, com a clorose do meristema apical que se torna posteriormente necrótico, sendo necessário de 7 a 15 dias até a morte da planta. O trifloxysulfuron sodium exerce também uma forte ação inibitória ou efeito de supressão no desenvolvimento de muitas espécies. Notadamente no seu estádio um pouco mais avançado, permitindo que a cura cresça livre de sua concorrência (SYNGENTA, 2006). 2.8.2 Adjuvantes/Espalhantes−Adesivos: A adição de espalhantes ou adjuvantes à calda da pulverização favorece o efeito pós−emergência do produto, imprimindo melhor controle das plantas infestantes. Dentre os diversos espalhantes, destaca−se o uso de espalhante adesivo não iônico. 2.9 TOLERÂNCIA DA CULTURA/SELETIVIDADE: Dentro das doses recomendadas e nas condições indicadas para aplicação o trifloxysulfuron sodium se mostra bastante seguro para o algodoeiro e a cana−de−açúcar, no sistema de tratamento pós−emergente (da cultura e das plantas infestantes), através de pulverização em área total. Entretanto, pode ocorrer nessas culturas um amarelecimento inicial das folhas e uma pequena redução inicial de crescimento, mas essas culturas retomam seu crescimento normal em 2 a 3 semanas e não há efeitos negativos à produtividade, o que foi detectado nos diversos trabalhos de pesquisa realizados (RODRIGUES & ALMEIDA, 1998). O herbicida trifloxysulfuron-sodium, apesar de causar fitotoxicidade diferenciada a cultivares de cana-de-açúcar, é recomendado para essa cultura e está sendo amplamente utilizado em pós-emergência inicial (Procópio et al., 12 2003). A boa aceitação desse produto pode ser atribuída ao amplo espectro de ação, ao uso em baixas doses e ao longo efeito residual no solo, garantindo o controle de plantas daninhas durante o desenvolvimento inicial da cultura (SANTOS et al., 2004). 2.10 INFORMAÇÕES SOBRE O MANEJO DE RESISTÊNCIA: O uso continuado de herbicidas com o mesmo mecanismo de ação pode contribuir para o aumento de população de plantas infestantes a ele resistentes. Como prática de manejo e resistência de plantas infestantes deverão ser aplicadas herbicidas, com diferentes mecanismos de ação, devidamente registradas para a cultura. Não havendo produtos alternativos, recomenda−se a rotação de culturas que possibilite o uso de herbicidas com diferentes mecanismos de ação (RODRIGUES & ALMEIDA, 2005). 13 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 LOCAL O experimento foi conduzido em casa de vegetação (Figura 2), pertencente ao Centro Nacional de Pesquisa de Algodão (CNPA) /EMBRAPA, no período dos meses de maio a agosto de 2006, em Campina Grande -PB. Campina Grande está situada na mesorregião do Agreste Paraibano, zona oriental e trecho mais escarpado do Planalto da Serra da Borborema. Apresenta relevo fortemente ondulado, com curvas de nível variando entre 500 m e 600 m acima do nível médio de mar. As coordenadas geográficas são de 7°13’50’’ S de latitude, 35°52’52’ W de longitude (DAMASCENO, 2006). Figura 2: Localização da cidade de Campina Grande, PB. 14 De acordo com a classificação climática de Koeppen, o clima da região é AWi, caracterizado como clima tropical chuvoso (megatérmico) com total anual médio de chuva (P) em torno de 750 mm, e temperatura do ar média mensal, em todos os meses, superior a 18 ºC, em que a estação seca se translada do outono para o inverno. 3.2 CULTIVAR A espécie utilizada foi mamona (Ricinus communis L.), cultivar BRS Nordestina, antes denominada BRS 149 Nordestina. Lançada pela Embrapa Algodão e a EBDA (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S/A) em 1998, produz-se em quase todos os tipos de solo do semi-árido brasileiro e outras regiões (EMBRAPA, 1999). Mas, para produzir de forma rentável, necessita de terrenos planos, com até 12% de declividade, que não encharquem e localizados em regiões do ótimo ecológico da cultura definidas no zoneamento agrícola: Altitude variando de 300 a 1500m, chuvas oscilando de 500 a 1000mm/ano, temperatura do ar entre 20 a 30 ºC e umidade relativa abaixo de 80%, sendo a ideal em torno de 65% (EMBRAPA, 2004). 3.3 CARACTERíSTICAS EXPERIMENTAIS 3.3.1 CARACTERIZAÇÃO DO SOLO O solo utilizado apresenta textura arenosa, identificado como NEOSSOLO regolítico, foi proveniente do município de Lagoa Seca - PB, coletado nas instalações da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (EMEPA), e caracterizado química e fisicamente na EMBRAPA/Algodão via laboratório de solos. 15 Tabela 1: Características químicas e física do solo, proveniente do município de Lagoa Seca, PB, 2006. pH H2O 01:02,5 7,9 Análise Química Complexo Sortivo (mmolc/dm3) % Mg+2 Na+ K+ S H+AL T V 3,1 1,1 3,4 52,5 0,0 52,5 100,0 Ca +2 28,0 Areia Grossa Areia Fina 456 394 mmolc/dm3 Al+3 0,0 Análise Física Silte g/Kg 128 mg/dm3 P 2,1 g/Kg M.O. 10,0 Argila 23 Análises realizadas no Laboratório de Solos e Nutrição de Planta – CNPA/EMBRAPA 3.3.2 ADUBAÇÃO Ao solo foi incorporada uma adubação orgânica, com esterco bovino na proporção de 1:10. Todas as plantas receberam adubação mineral, composta de Nitrogênio, Fósforo (P2O5) e Potássio (K2O) aplicados respectivamente 9090-60 Kg/ha, em fundação. Utilizou-se as seguintes fontes minerais: sulfato de amônio, super fosfato triplo e cloreto de potássio. 3.3.3 ÁGUA UTILIZADA A água usada na irrigação das plantas da mamoneira, foi de abastecimento local e submetida à caracterização física e química no Laboratório de Saneamento Ambiental (AESA) do Departamento de Engenharia Civil (UFCG), de acordo com os métodos analíticos (APHA, 1998), cujas variáveis e valores estão apresentados na Tabela 2. 16 Tabela 2: Características físicas e químicas da água usada na irrigação do experimento. Campina Grande, PB, 2006. CARACTERIZAÇÕES DETERMINAÇÕES UNIDADES VALORES Física Condutividade Elétrica Potencial Hidrogeniônico (pH) + Sódio (Na ) + Potássio (K ) + Cálcio (Ca ) +2 Magnésio (Mg ) µohm/cm 460 8,45 527,3 3,86 19,91 7,2 Químicas mg/l Bicarbonato (HCO3 ) 79,3 Carbonato (CO3 ) Ausente Cloreto (Cl ) 20,8 Amônio (NH4 ) 0,57 Nitrato (NO3 ) 0,94 − − − + − Análises realizadas no Laboratório de Solos e Nutrição de Plantas/CNPA/EMBRAPA 3.3.4 PREPAÇÃO DO PRODUTO Inicialmente foi feita a calibração do pulverizador, obtendo-se uma vazão de 316l/ha. Para uma melhor fixação do produto foi adicionado um espalhante adesivo não iônico*, a uma concentração de 0,5 l/ha. Logo após, foi preparada a mistura juntamente com o herbicida trifloxysulfuron sodium** e aplicado a cada tratamento e nas repetições (unidades experimentais). *Produto comercial Agral ** Envoke®: Marca Registrada da SYNGENTA PROTECTION, Suíça. Registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) SOB Nº. 7001. 17 3.4 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL O delineamento experimental utilizado foi inteiramente ao acaso, com quatro doses e quatro estádios do desenvolvimento da mamona, sendo quatro repetições e dezessete tratamentos, em distribuição fatorial 4 x 4 + 1, sendo os fatores, quatro doses de herbicida (5,0; 7,5; 10,0 e 12,5g/ha) e quatro estádios de maturação, onde o primeiro estádio foi o cotiledonário, o segundo estádio com duas folhas verdadeiras, o terceiro estádio com duas expandidas e o último e quarto estádio com quatro folhas, mais a testemunha absoluta, sem a aplicação do herbicida. Para cada estádio, as avaliações foram feitas de sete em sete dias após a aplicação do produto. 3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA Foram realizadas as análises de variância dos dados das variáveis de fitotoxicidade e peso seco, as comparações de médias pelo teste de Tukey com nível de 1% e 5% de probabilidade. Realizou-se também análise de regressão, conforme método citado por Santos & Gheyi, 2003 e Gomes, 1978. Utilizando-se o programa Sisvar. 3.6 INSTALAÇÃO DO EXPERIMENTO Cada unidade experimental foi constituída de um vaso plástico com capacidade de 25 litros e furados na parte inferior. No interior da cada vaso foi colocado uma tela e uma camada de brita para facilitar a drenagem e lixiviação. 18 Após o enchimento dos vasos com o material do solo e adubo orgânico, aplicou-se uma irrigação em todas as unidades, na tentativa de deixar as unidades com a umidade do solo próxima da capacidade de campo. A semeadura foi realizada numa profundidade de 2,0 cm, utilizando-se três sementes em cada vaso, onde, desbastou-se uma planta por vaso aos doze dias após a emergência. Foram utilizadas quatro dosagens do herbicida: 5,0; 7,5; 10,0 e 12,5g/ha, em quatros estádios: cotiledonares, duas folhas verdadeiras, duas folhas expandidas e quatro folhas. 3.7 VARIÁVEIS ANALISADAS Foram avaliadas as seguintes variáveis: fitotoxicidade aos 7, 14, 21 e 28 dias depois da aplicação, analisada via escala da EWRC, que varia de 1 a 9 (CAMARGO, 1972), observada na Tabela 3, considerando as seguintes subvariáveis: redução de crescimento, amarelecimento, turgidez e necrose. Considerou-se a redução de crescimento, o tamanho da planta em relação à testemunha, atribuindo à nota de acordo com a escala retromensionada, sendo 1 para planta normal, sem o herbicida trifloxysulfuron sodium e 9 a planta sem crescer. Para o amarelecimento, foi considerado o grau de coloração das folhas, com relação à testemunha (nota 1 para as folhas verdes e 9 para as folhas totalmente amarelas). Para a turgidez, também foi feita comparação com a testemunha (nota 1 para planta totalmente túrgida e 9 para a planta totalmente murcha). E, por último, a necrose, comparada com a testemunha (nota 1 sem dano na folha e 9 para planta totalmente necrosada), a qual pode ser observada, ainda na Tabela 3. Também foi analisado o peso seco das folhas (em estufa de circulação na temperatura de 80ºC, até obtenção do peso constante), das raízes e caule para todos os ensaios. 19 Tabela 3: Classificação da escala EWRC para fitotoxicidade nas plantas. Campina Grande, PB, 2006. Índice 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Efeito do herbicida Fitotoxicidade à planta Nula (testemunha) Muito leve Leve Sem Influência na produção Média Quase forte Forte Muito forte Total (destruição completa) Fonte: Escala da EWRC, citado por Camargo, 1972. 20 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 REDUÇÃO DE CRESCIMENTO Na Tabela 4, observa-se os resumos das análises de variância dos dados da fitotoxicidade (F), utilizando-se a escala da EWRC (1 a 9), (CAMARGO, 1972), referente a redução de crescimento, refletida pela altura de plantas aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação do produto trifloxysulfuron sodium. Tabela 4: Resumos das análises de variância e coeficiente de variação dos dados da fitotoxicidade (F), escala utilizada da EWRC (1 a 9), para a variável redução de crescimento aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação do produto trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB. 2006. Fatores Doses (D) Estádio (E) Dose x Estádio Fatorial vs. Test Resíduo CV (%) GL 3 3 9 1 48 Quadrado médio Épocas de avaliação (Dias Após Aplicação) (F) 7 dias (F) 14 dias (F) 21 dias (F) 28 dias 2,94** 1,19** 1,13* 0,55** 8,52** 18,85** 6,04** 1,43** 0,23ns 0,20ns 0,14ns 0,32ns 69,00** 125,83** 156,01** 202,17** 0,55 0,31 0,35 0,15 14,07 8,24 8,00 4,67 ns: Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade * Significativo pelo teste F a nível de 5% de probabilidade ** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade Com base nos resumos das análises de variância (Tabela 4), verifica-se, que houve significância estatística para os fatores isolados, mas a interação entre eles não foi significativa, em todas as quatro épocas avaliadas, denotando a interdependência entre os fatores. O contraste ortogonal, função 21 linear simples, entre o fatorial e a testemunha (controle, sem o uso do herbicida) foi altamente significativo, a nível de 1 % de probabilidade, o que demonstra que o produto reduziu bastante o crescimento das plantas de mamona na sua fase juvenil. Estes dados obtidos estão de acordo com Rodrigues & Almeida (1998). Na Figura 3, podem-se visualizar as diferenças entre os tratamentos. Os baixos coeficientes de variação das variáveis estudadas na tabela citada, evidência que a precisão experimental foi muito boa, ou seja, a variação dentro dos tratamentos, nas suas repetições, foi pequena. Na Tabela 5, podem ser observadas as significâncias estatísticas para análise regressional, considerando o fator doses dentro dos estádios, com modelos ajustados lineares e razoáveis valores de determinação. Como pode ser na Figura 4. Verifica-se que os coeficientes angulares foram de baixos valores, indicando que mesmo na dose mais baixa a redução da altura das plântulas foi significativa. S/ aplicação C/ aplicação Figura 3: Aspecto visual das plantas com tratamento da dose 7,5g/ha de trifloxysulfuron sodium, no segundo estádio de desenvolvimento, aos 14 dias após aplicação, e sem aplicação do produto (testesmunha) da mamoneira, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. 22 Tabela 5: Análise de regressão para as doses de herbicida aos 7, 14, 21 e 28 dias, na variável redução de crescimento, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. Regressão Linear Quadrática Quadrados médios 14 dias 21 dias Dose Aplicada 7 dias 7,20** 1,00ns 3,20** 0,25 ns 28 dias 1,65** 0,02 ns 3,20** 0,06 ns Modelos de regressão de melhor ajuste Equação Y = 4,53125 + 0,300X Y = 6,281250 + 0,2000X Y = 6,9375 + 0,2000X Y = 7,96875 + 0,14375X Dose 7 dias 14 dias 21 dias 28 dias ns: R2 81,70 89,82 90,14 98,88 Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade ** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade 9 Redução de crescimento* 8 7 6 5 4 3 7 dias 2 14 dias 21 dias 28 dias 1 0 5 7,5 10 12,5 Doses (g/ha) *: Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição total da planta. Figura 4: Redução do crescimento da planta da mamona em função das doses de trifloxysulfuron sodium aos 7, 14, 21 e 28 dias, após a aplicação do herbicida. Campina Grande, PB, 2006. 23 Na Tabela 6, têm-se as significâncias estatísticas para os estádios dentro de cada dose do herbicida, todas significativas, sendo no modelo linear nos dois primeiros períodos e quadrático nos demais. Observa-se que os coeficientes de determinação foram elevados, o que demonstra que os modelos explicam bem o relacionamento entre as variáveis e que a alienação foi pequena, com muito pouco devido ao acaso. Na Figura 5, verifica-se que quanto mais nova estavam as plântulas, mais sensíveis elas foram, porém de uma maneira bem suave. Pois mesmo no estádio 1, plantas com sete dias, o herbicida já reduziu bem a altura das plântulas. Tabela 6: Análise de regressão para o estádio aos 7, 14, 21 e 28 dias, na variável redução de crescimento, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. Regressão Linear Quadrática Dose 7 dias 14 dias 21 dias 28 dias ns: 7 dias 24,20** 0,56 ns Quadrados médios 14 dias 21 dias Estádio na Aplicação 56,11** 0,25 ns 9,11** 9,00** Modelos de regressão de melhor ajuste Equação Y = 6,65625 - 0,55X Y = 8,875 - 0,8375X Y = 10,15625 - 2,2125X + 0,375X2 Y = 9,734375 - 1,265625X + 0,234375X2 28 dias 0,70* 3,52** R2 94,67 99,20 99,93 98,18 Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade * Significativo pelo teste F a nível de 5% de probabilidade ** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade 24 10 Redução de crescimento* 9 8 7 6 5 4 3 2 7 dias 1 14 dias 21 dias 28 dias 0 1 2 3 4 Estádios Obs: Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com 2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas. *: Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição total da planta. Figura 5: Redução do crescimento em função dos estádios aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. 25 4.2 TURGIDEZ Na Tabela 7, observam-se os resumos das análises de variância dos dados da fitotoxicidade (F), escala EWRC (1 a 9), variável turgidez das plântulas, em especial das folhas aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação do produto trifloxysulfuron sodium. Verifica-se que não houve efeitos significativos para as doses aplicadas nas três primeiras épocas. Sendo significativo aos 28 dias. Já para o estádio não houve significância apenas para os 21 dias. Na interação, Dose x Estádio houve efeito significativo a 1 % de probabilidade aos 28 dias. Indicando que, a dose aplicada depende do estádio que a planta se encontra, ou seja, um fator influenciou o outro. Com relação ao contraste fatorial (efeito médio de todos os tratamentos em que foram utilizados o herbicida) e a testemunha (controle, sem o uso do herbicida), verifica-se na Tabela 7 que foi significativo, sendo o valor da testemunha nota 1 (com turgidez máxima), contra os valores colocado na Figura 6, considerando doses em cada estádio de desenvolvimento. Ainda na Tabela 7 podem ser observados os resumos das análises de variância dos dados para a variável turgidez, sendo o máximo nota 1, plântula normal, totalmente túrgida, e mínimo, planta flácida, nota 9, denotando-se as significâncias estatísticas para os fatores estudados, a interação entre eles e o contraste ortogonal entre o fatorial e a testemunha absoluta, sem o uso do herbicida. Verifica-se ainda que os coeficientes de variação foram médios, indicando uma razoável precisão experimental. Na Tabela 8, têm-se as significâncias para o desdobramento da interação entre os fatores doses e estádios do desenvolvimento, considerando estádios dentro das doses. Na mesma tabela, verifica-se que os efeitos se ajustaram ao modelo quadrático, com elevados coeficientes de determinação (Tabela 8) e Figura 6. Observou-se que dependendo do estádio do desenvolvimento, a dose tem efeito contrário na turgidez das plântulas, como pode ser visto nas Figuras 7 e 8. 26 Tabela 7: Resumos das análises de variância dos dados da fitotoxicidade (F), escala EWRC (1 a 9), variável turgidez aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação do trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB, 2006. Fatores Doses (D) Estádio (E) Dose x Estádio Fatorial vs. Test Resíduo CV (%) GL 3 3 9 1 48 ns: Quadrado médio Épocas de avaliação (Dias Após Aplicação) (F) 7 dias (F) 14 dias1 (F) 21 dias1 (F) 28 dias1 0,44ns 0,03ns 0,10ns 1,01* ns 36,35** 1,44** 0,49 2,00** 0,17ns 0,03ns 0,26ns 1,08** 55,62** 25,63** 27,83** 50,76** 0,38 0,11 0,23 0,28 12,82 17,59 25,55 25,92 Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade * Significativo pelo teste F a nível de 5% de probabilidade ** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade 1 : Dados transformados em x Tabela 8: Análise de regressão para os estádios aos 7 e 14 dias, na variável turgidez, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. Quadrados médios Regressão Linear Quadrática Dose 7 dias 14 dias 7 dias Estádio na Aplicação 92,45** 16,00** 14 dias 35,77** 17,01** Modelos de regressão de melhor ajuste Equação Y = - 0,34375 + 3,575X - 0,5X2 Y = 4,515625 - 1,909375X + 0,515625X2 R2 99,44 90,95 ** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade 27 7 6 Turgidez* 5 4 3 2 7 dias 1 14 dias 0 1 2 3 4 Estádios Obs: Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com 2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas, *: Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição total da planta, Figura 6: Turgidez em função do estádio aos 7 e 14 dias após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. 28 Figura 7: Aspecto visual da turgidez da mamoneira, BRS Nordestina, com 10,0 g/ha do trifloxysulfuron sodium, no estádio 1 aos 7 dias após a aplicação. Campina Grande, PB, 2006. Figura 8: Aspecto visual da turgidez da mamoneira, no estádio de duas folhas verdadeiras, BRS Nordestina, que não recebeu dosagem (testemunha) do trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB, 2006. 29 Considerando desdobramento da interação, via regressão, na Tabela 9 podem ser observadas as significâncias obtidas. Para doses dentro de estádios do desenvolvimento e estádios dentro de doses do herbicida, tendo as equações para onde houve ajustamento e as informações onde não foi possível fazer o ajustamento. Os coeficientes de determinação foram elevados, indicando uma dependência satisfatória entre as variáveis estudadas. Na Figura 9, estádios dentro de doses, verifica-se que nos estádios 1 (cotiledonares) e 2 (duas folhas verdadeiras). A turgidez foi reduzida com o incremento da dose do herbicida. Nos demais, os efeitos foram menores, porém sempre pronunciado em relação a testemunha, que não recebeu o herbicida e teve a turgidez normal, nota na escala EWRC de 1, descrito por Camargo (1972). 30 Tabela 9: Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da variável turgidez, aos 28 dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina Campina Grande, PB, 2006. Regressão Linear Quadrática Estádio 1 49,61** 3,06 ns Quadrados médios Estádio 2 Estádio 3 Dose Aplicada 0,80 ns 5,51 ns 0,06 ns 1,00 ns Modelos de regressão de melhor ajuste Dose Estádio 1 Estádio 2 Estádio 3 Estádio 4 Linear Quadrática Dose Dose 1 Dose 2 Dose 3 Dose 4 ns: Equação Y = 2,875 + 1,575X Nenhum modelo de regressão se ajustou significativamente Nenhum modelo de regressão se ajustou significativamente Y = - 1,500 + 2,625X Dose 2 Dose 3 Dose 1 Estádio na Aplicação ns 0,11 ns 7,20 72,20** 1,00 ns 95,06** 4,00 ns Modelos de regressão de melhor ajuste Equação Nenhum modelo de regressão se ajustou significativamente Y = 9,125 - 1,90X Y = 16,8125 - 12,1125X + 2,4375X2 Y = 20,7500 - 14,4750X + 2,8750X2 Estádio 4 137,81** 3,06 ns R2 85,26 88,24 Dose 4 0,20 ns 132,25** R2 93,84 98,95 98,66 Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade ** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade 31 10 Estádio 1 9 Estádio 2 Estádio 3 Estádio 4 8 Turgidez* 7 6 5 4 3 2 1 0 5 7,5 10 12,5 Dose (g/ha) Obs: Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com 2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas, *: Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição total da planta, Figura 9: Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da variável Turgidez, aos 28 dias, em função das doses nas plântulas da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. Com relação ao desdobramento para a variável turgidez, em função das doses dentro dos estádios de desenvolvimento, verifica-se na Figura 11 os comportamentos entre tratamentos, foram diferenciados, sendo mais estável nas doses 2 (7,5 g/ha) e 3 (10,0 g/ha), Na dose 4 (12,5 g/ha), a de maior quantidade do trifloxysulfuron sodium, a redução de crescimento aumentou na nota dada pela escala da EWRC, com o aumento do estádio de desenvolvimento da planta, possivelmente devido a maior massa foliar existente. 32 10 Dose 1 Dose 2 Dose 3 Dose 4 9 8 Turgidez* 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 Estádios Obs1: Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com 2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas. Obs 2: Dose 1: 5,0 g/ha; Dose 2: 7,5 g/ha; Dose 3: 10,0 g/ha e Dose 4: 12,5 g/ha. *: Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição total da planta, Figura 10: Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da variável Turgidez aos 28 dias em função dos estádios nas plântulas mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. 33 4.3 AMARELECIMENTO Na Tabela 10, observam-se os resumos das análises de variância dos dados da fitotoxicidade (F), escala EWRC (1 a 9), para a variável grau de amarelecimento das folhas aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação do produto trifloxysulfuron sodium. Verifica-se que houve significância estatística para os fatores estudados em vários estádios do desenvolvimento das plântulas, e que a interação entre eles não foi significativa, indicando independência entre os fatores estudados. O contraste ortogonal entre o fatorial (média dos tratamentos herbicídicos) versus a testemunha (controle), sem o uso de herbicidas foi significativo, indicando que o herbicida independente da dose e do estádio de desenvolvimento, causou forte amarelecimento das folhas da mamoneira, sendo um sintoma descrito por Rodrigues & Almeida (1998). Uma vez que este produto atua no metabolismo das plantas sensíveis, impedindo ou diminuindo a biossíntese de vários aminoácidos protéicos, tais como valina, leucina, e isoleucina e inibe a formação de proteínas essenciais às plantas sucetíveis sendo inicialmente externado via amarelecimento foliar e redução ou paralisação do crescimento (RODRIGUES & ALMEIDA, 2005). Estes sintomas são típicos dos herbicidas inibidores da enzima acetolactato sintase (PORTERFIELD et al., 2002). 34 Tabela 10: Análises de variância e coeficiente de variação ao grau de amarelecimento das folhas da mamoneira, em função das oscilações do trifloxysulfuron sodium aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação. Campina Grande, PB, 2006. Fatores Doses (D) Estádio (E) Dose x Estádio Fatorial vs. Test Resíduo CV (%) ns: GL 3 3 9 1 48 Quadrado médio Épocas de avaliação (Dias Após Aplicação) (F) 7 dias (F) 14 dias (F) 21 dias (F) 28 dias ns 1,42 1,64** 2,79** 2,06** 4,88** 19,02** 8,87** 4,81** 0,25ns 0,36ns 0,71ns 0,74ns 52,94** 125,15** 156,01** 191,96** 1,01 0,40 0,36 0,31 21,16 9,36 8,12 6,81 Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade * Significativo pelo teste F a nível de 5% de probabilidade ** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade Com relação ao fator doses de herbicida, aplicadas na mamoneira, observa-se na Tabela 11 que os resultados obtidos foram significativos, bem como as equações de regressão, todas com modelos ajustados para o primeiro grau, com elevados coeficientes de determinação, indicando baixa alienação entre as variáveis relacionadas. Verifica-se que o grau de amarelecimento das folhas aumentou com o incremento da dose aos 14, 21 e 28 dias do ciclo fenológico das plântulas (Figura 11), ou seja, com o aumento da área foliar houve uma maior área trofofilar comprometida, como pode ser visto na Figura 12. Na testemunha, que não recebeu o herbicida, a nota foi mínima, ou seja, 1, com as folhas sadias, verdes e com fotossíntese plena. Na Figura 13, pode ser visto uma das plântulas da testemunha. A mamoneira, mostrou-se altamente sensível ao herbicida em estudo. 35 Tabela 11: Análise de regressão para as doses aos 14, 21 e 28 dias, na variável amarelecimento, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina, Campina Grande, PB, 2006. Regressão Linear Quadrática Quadrados médios 21 dias Dose Aplicada 7,81** 0,25 ns 14 dias 4,75** 0,14 ns 28 dias 5,25** 0,77 ns Modelos de regressão de melhor ajuste Dose Equação 14 dias 21 dias 28 dias ns: R2 96,57 93,28 85,11 Y = 6,15625 + 0,24375X Y = 6,65625 + 0,3125X Y = 7,500 + 0,25625X Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade ** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade 9 Amarelecimento* 8 7 6 5 4 3 14 dias 2 21 dias 28 dias 1 0 5 7,5 10 12,5 Dose (g/ha) *: Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição total da planta. Figura 11: Amarelecimento em função das doses de herbicidas aos 14, 21 e 28 dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB, 2006. 36 Figura 12: Folha com aplicação do trifloxysulfuron sodium, na dosagem 12,5 g/ha, no estádio 4, aos 7 dias após a aplicação do produto na mamoneira, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. Figura 13: Folha sem aplicação do trifloxysulfuron sodium na mamoneira, cultivar BRS Nordestina (Testemunha), plântula no estádio de quatro folhas verdadeiras. Campina Grande, PB, 2006. 37 No tocante, ao fator estádios do desenvolvimento da plântula, na Tabela 12 podem ser observadas as significâncias obtidas, bem como as equações de regressão, sendo três delas do segundo grau, de natureza parabólica, considerando os períodos de 7, 21 e 28 dias da emergência das plântulas e do primeiro grau para o período de 14 dias, todas com elevados coeficientes de determinação. Na Figura 14, pode ser visto que aos sete dias o amarelecimento na folha, foi menor do que nos demais períodos, possivelmente devido a menor área foliar das plântulas. Tabela 12: Análise de regressão para as doses aos 7, 14, 21 e 28 dias, na variável amarelecimento, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. Regressão 7 dias Linear Quadrática 5,51** 9,00** Quadrados médios 14 dias 21 dias Estádio na Aplicação 19,01** 56,95** 4,00** 0,02 ns Modelos de regressão de melhor ajuste Dose 7 dias 14 dias 21 dias 28 dias ns: Equação Y = 2,21875 + 2,1375X - 0,375X2 Y = 8,875 - 0,84375X Y = 9,90625 - 1,7375X + 0,250X2 Y = 10,578125 - 2,240625X + 0,421875X2 28 dias 1,38* 11,39** R2 99,23 99,84 86,43 88,54 Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade * Significativo pelo teste F a nível de 5% de probabilidade ** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade 38 10 9 Amarelecimento* 8 7 6 5 4 3 2 7 dias 1 14 dias 21 dias 28 dias 0 1 2 3 4 Estádios Obs: Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com 2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas, *: Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição total da planta, Figura 14: Amarelecimento em função do estádio de herbicidas aos 7, 14, 21 e 28 dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB, 2006. 39 4.4 NECROSE Na Tabela 13, observa-se os resumos das análises de variância dos dados da fitotoxicidade (F), determinada na escala da EWRC (1 a 9), variável grau de necrose foliar aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação do produto trifloxysulfuron sodium, com as insignificâncias obtidas para os seguintes fatores estudados: doses do herbicida e estádios do desenvolvimento, a interação entre eles e o contraste ortogonal entre o fatorial (efeito médio dos tratamentos herbicídicos) e a testemunha, onde as plantas não receberam o herbicida. Na Tabela 14, podem ser observadas as insignificâncias obtidas, bem como a equação de regressão e o coeficiente de determinação. Sendo estes, elevados em função das doses dentro dos 21 dias, com forte efeito linear, ou seja, à medida que se incrementou a dose, o grau de necrose foliar foi aumentado, e assim comprometendo a área foliar para o pleno processo da fotossíntese, observado nas Figuras 15 e 16. Na Figura 18, observamos a testemunha da mamoneira, que não recebeu a aplicação do herbicida. Tabela 13: Resumos das análises de variância dos dados da fitotoxicidade (F), escala da EWRC (1 a 9), variável grau de necrose aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação do produto trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB, 2006. Fatores Doses (D) Estádio (E) Dose x Estádio Fatorial vs. Test Resíduo CV (%) GL 3 3 9 1 48 ns: Quadrado médio Épocas de avaliação (Dias Após Aplicação) (F) 7 dias1 (F) 14 dias (F) 21 dias (F) 28 dias 0,15ns 1,17ns 1,73* 2,38** 0,50** 21,79** 6,27** 3,83** ns ns ns 0,06 0,18 0,10 0,85* 38,62** 119,12** 160,59** 194,49** 0,12 0,46 0,56 0,32 16,91 10,33 9,96 6,94 Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade * Significativo pelo teste F a nível de 5% de probabilidade ** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade 1 : Dados transformados em x 40 Tabela 14: Análise de regressão para as doses aos 21 dias, na variável necrose, após a aplicação do trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. Regressão Quadrados médios 21 dias Dose Aplicada Linear Quadrática 4,51** 0,56 ns Modelos de regressão de melhor ajuste Dose Equação 21 dias 86,99 Y = 6,93750 + 0,2375X ns: R2 Necrose* Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade ** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade 8,0 7,9 7,8 7,7 7,6 7,5 7,4 7,3 7,2 7,1 7,0 21 dias 5 7,5 10 12,5 Dose (g/ha) *: Considerando-se a escala da EWRC, (CAMARGO, 1972), temos a fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição total da planta. Figura 15: Necrose em função das doses aos 21 dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB, 2006. 41 Figura 16: Folhas necrosadas após a aplicação do trifloxysulfuron sodium, na dosagem 7,5 g/ha, no estádio 2, aos 14dias, após aplicação do produto, na mamoneira cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. Figura 17: Folhas necrosadas após a aplicação do trifloxysulfuron sodium, na dosagem 12,5 g/ha, no estádio 3, aos 14 dias, após aplicação do produto, na mamoneira cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. 42 Figura 18: Testemunha da mamoneira, cultivar BRS Nordestina, sem aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, no quarto estádio de desenvolvimento. Campina Grande, PB, 2006. Considerando os estádios do desenvolvimento dentro das doses, interação significativa, para a variável grau de necrose foliar, observa-se na Tabela 15 as significâncias estatísticas obtidas, bem como as equações de regressão e com altos valores de coeficientes de determinação. Na Figura 19, pode ser observado que nas doses dentro dos estádios de desenvolvimento aos 7, 14 e 21 dias que a necrose aumentou com a dose, embora com inclinações diferenciadas, ditadas pelo coeficiente angular das equações de regressão. 43 Tabela 15: Análise de regressão para os estádios aos 7, 14 e 21 dias, na variável necrose, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. Quadrados médios Regressão 7 dias 14 dias 21 dias Estádio na Aplicação Linear Quadrática 10,15** 63,01** 13,14** 0,56 ns 15,31** 2,25 ns Modelos de regressão de melhor ajuste Dose R2 Equação 7 dias 14 dias 21 dias 88,58 96,39 81,40 Y = 2,828125 + 1,909375X - 0,453125X2 Y = 8,84375 - 0,8875X Y = 8,6250 - 0,4375X ns: Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade ** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade 9 8 Necrose* 7 6 5 4 3 2 7 dias 1 14 dias 21 dias 0 1 2 3 4 Estádios Obs: Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com 2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas. * Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição total da planta. Figura 19: Necrose em função dos estádios de herbicidas aos 7, 14 e 21 dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium. Campina Grande, PB, 2006. 44 Com relação ao desdobramento da interação entre os fatores estudados, estádios dentro de doses, para a variável grau de necrose, pode ser verificado na Tabela 16. Níveis de insignificâncias obtidos, bem como as equações de regressão e os coeficientes de determinação, com elevado valor, exceto no estádio 1 (estádio cotiledonário). O grau de necrose foi considerado médio, como pode ser visto nas Figuras 20 e 21. Tabela 16: Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da variável necrose, aos 28 dias, após a aplicação do herbicida trifloxysulfuron sodium, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. Regressão Estádio 1 Quadrados médios Estádio 2 Estádio 3 Estádio 4 Dose Aplicada Linear Quadrática 1,0125 ns 0,0625 ns 0,1125 ns 0,0625 ns 5,5125** 3,0625** Modelos de regressão de melhor ajuste Dose Estádio 1 Estádio 2 Estádio 3 Estádio 4 Equação Nenhum modelo de regressão se ajustou significativamente Nenhum modelo de regressão se ajustou significativamente Y= 4,0625 + 2,712500X - 0,4375X2 Y= 7,5000 + 0,3750X Dose 2 Dose 3 Dose 1 2,8125** 0,0625 ns R2 93,33 88,24 Dose 4 Estádio na Aplicação Linear Quadrática 1,25** 4,00** 1,51** 0,06 ns 0,01 ns 3,06** Modelos de regressão de melhor ajuste Dose Dose 1 Dose 2 Dose 3 Dose 4 ns Equação Y = 10,75 - 2,750X + 0,50X2 Y = 9,00 - 0,275X Y = 10,4375 - 2,1625X + 0,4375X2 Y = 11,000 - 2,500X + 0,50X2 0,001 ns 4,00** R2 51,22 89,63 96,47 99,99 Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade ** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade 45 7 6 Necrose* 5 4 3 2 Estádio 1 1 Estádio 2 Estádio 3 Estádio 4 0 5 7,5 10 12,5 Doses (g/ha) Obs: Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com 2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas. * Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição total da planta. Figura 20: Desdobramento da interação Dose (D) x Estádio (E), da variável necrose aos 28 dias, em função das doses nas plântulas da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. 46 7 6 Necrose* 5 4 3 2 Dose 1 1 Dose 2 Dose 3 Dose 4 0 1 2 3 4 Estádios Obs: Dose 1: 5,0 g/ha; Dose 2: 7,5 g/ha; Dose 3: 10,0 g/ha e Dose 4: 12,5 g/ha. *: Considerando-se a escala da EWRC (CAMARGO, 1972), temos a nota da fitotoxicidade, 1 nula, 2 muito leve, 3 leve, 4 sem influência na produção, 5 média, 6 quase forte, 7 forte, 8 muito forte e 9 destruição total da planta. Figura 21: Desdobramento da interação Dose (D) x Estádio (E), da variável Necrose aos 28 dias, em função do estádio nas plântulas da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. 47 4.5 MATÉRIA SECA Na Tabela 17, observam-se às médias dos tratamentos, para variável peso seco (fitomassa). Na raiz houve efeito significativo para dose, estádio e a interação dose x estádio. Já para caule e folha houve significância apenas para o estádio. No fatorial vs testemunha, constatou-se significância em todas as variáveis. Considerando o contraste ortogonal fatorial versus testemunha, foi verificado significância elevada, em razão do herbicida ter sido bastante fitotóxico para a mamoneira, cultivar BRS Nordestina, comprometendo a parte aérea das plantas. Mesmo na menor dose testada (5,0 kg/ha), a raiz foi também comprometida pelo herbicida, pois o crescimento da mamona tem alometria quase que perfeita, conforme foi colocado por Strett & Opik (1974). Tabela 17: Resumos das análises de variância da matéria seca, após a pesagem ao final do experimento. Campina Grande, PB, 2006. Fatores Doses (D) Estádio (E) Dose x Estádio Fatorial vs. Test Resíduo CV (%) GL 3 3 9 1 48 Quadrado médio (Fitomassa) Raiz Caule1 Folha1 0,76** 0,03ns 0,26ns 10,59** 21,75** 23,96** ns 0,29** 0,06 0,32ns 1533,73** 1486,56** 3883,04** 0,06 0,05 0,18 26,89 15,74 25,50 1 ns Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade * Significativo pelo teste F a nível de 5% de probabilidade ** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade 1 Dados transformados em x Na Tabela 18 e nas Figuras 22 e 23, podem ser vistos os desdobramentos da interação, estádios dentro de doses e doses dentro dos estádios do desenvolvimento. De um modo geral, foi verificado que o herbicida reduziu o peso das raízes, quando comparado à testemunha, e que houve uma interdependência entre os fatores, demonstrado na Figura 24. 48 Tabela 18: Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da variável raiz, após pesagem da matéria seca, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. Regressão Linear Quadrática Estádio 1 0,02 ns 0,01 ns Quadrados médios Estádio 2 Estádio 3 Dose Aplicada 27,22** 0,03 ns ns 0,01 15,31** Estádio 4 Modelos de regressão de melhor ajuste Dose Estádio 1 Estádio 2 Estádio 3 Estádio 4 Equação Nenhum modelo de regressão se ajustou significativamente Nenhum modelo de regressão se ajustou significativamente Y = 9,764375 – 6,057375X + 0,978125X2 Y = 5,57625 – 0,6725X Dose 2 Dose 3 Dose 1 9,04** 4,28 ns R2 94,41 62,76 Dose 4 Estádio na Aplicação Linear Quadrática 89,37** 0,24 ns 24,11** 4,97* 23,27** 5,44* Modelos de regressão de melhor ajuste Dose Dose 1 Dose 2 Dose 3 Dose 4 Equação Y = - 2,620 + 2,114X Y = 1,1725 – 1,6895X + 0,5575X2 Y = 1,353125 – 1,836875 X + 0,583125X2 Y = 1,4725 – 1,90525X + 0,58875X2 21,56** 5,54* R2 86,11 99,74 99,18 99,92 ns Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade * Significativo pelo teste F a nível de 5% de probabilidade ** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade 49 6 5 Raiz(g) 4 Estádio 1 3 Estádio 2 Estádio 3 Estádio 4 2 1 0 -1 5 7,5 10 12,5 Doses (g/ha) Obs: Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com 2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas. Figura 22: Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da raiz, em função da dose, após pesagem da matéria seca, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. 50 6 Dose 1 5 Dose 2 Dose 3 Dose 4 Raiz(g) 4 3 2 1 0 1 2 3 4 Estádios Obs: Dose 1: 5,0 g/há; Dose 2: 7,5 g/há; Dose 3: 10,0 g/há e Dose 4: 12,5 g/há, Figura 23: Desdobramento da interação Doses (D) x Estádios (E), da raiz, em função do estádio, após pesagem da matéria seca, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. Testemunha Estádio 3 Estádio 1 Estádio 2 Estádio 4 Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com 2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas. Figura 24: Detalhamento da matéria seca, das raízes da mamoneira, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. 51 Considerando a fitomassa aérea, na Tabela 19, podem ser observadas as significâncias obtidas e as equações da regressão para caule e folhas, com modelos do segundo grau, com elevados R2. Na Figura 25, verifica-se que a medida que as plantas envelheceram, ou seja, quanto maior o seu estádio de desenvolvimento, maior foi a matéria seca, independente da dose utilizada, não sendo significativa a interação Doses x Estádios. Resultados similares ocorreram com o algodoeiro segundo Freitas et. al., (2006). Tabela 19: Análise de regressão para matéria seca, nas variáveis caule e folha, após pesagem do material, da cultura da mamona, cultivar BRS Nordestina. Campina Grande, PB, 2006. Regressão Caule Folhas Estádio na Aplicação Linear Quadrática Dose Caule Folhas ns: 941,19** 642,07** 97,46** 78,19** Modelos de regressão de melhor ajuste R2 Equação Y = 1,655313 – 2,693562X + 1,105312X2 Y = 1,674375 – 2,740313X + 1,234063X2 99,92 99,43 Não significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade ** Significativo pelo teste F a nível de 1% de probabilidade 52 12 Matéria Seca(g) 10 Caule Folha 8 6 4 2 0 1 2 Estádios 3 4 Obs: Estádio 1: plantas cotiledonares; Estádio 2: plantas com 2 folhas verdadeiras; Estádio 3: plantas com 2 folhas expandidas e Estádio 4: Plantas com 4 folhas. Figura 25: Matéria seca, variável caule e folha, em função dos estádios, após pesagem do material. Campina Grande, PB, 2006. 53 5. CONCLUSÃO - Independente dos estádios de desenvolvimento (duas folhas, duas folhas verdadeiras, duas folhas expandidas e quatro folhas), o herbicida trifloxysulfuron-sodium, mesmo na menor dosagem (5,0 g/ha), foi fitotóxico a mamoneira, cultivar BRS Nordestina. 6. RECOMENDAÇÃO - Estudar combinações de produtos pré-emergentes como o Diuron, trifluralin, entre outros, mais o trifloxysulfuron-sodium em pós-emergência, em jato dirigido, e em confronto com outras alternativas de controle, em especial o mecânico, via uso de enxada e cultivador. 54 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, J. G. C. www.dsmm.cati.sp.gov.br, Mamona al Guarany. Disponível em: acesso, em 05/10/2006, as 16:10hs. AMORIM NETO, M. da S.; ARAÚJO, A. E. de; BELTRÃO, N. E. de M. Clima e solo, In: AZEVEDO, D. M. P. de; LIMA, E. F. (eds. Tec.). O agronegócio da mamona no Brasil. Embrapa Algodão (Campina Grande, PB). Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2001. p. 37-61. ANVISA, Disponível em: www.anvisa.gov.br/toxicologia/monografias/t55.pdf, acesso em 12/01/2007 as 7:56hs. APHA. Standard methods for examination of water and wastewater. New York: American Public Health Association. 1998. 824p. APTA, Manejo integrado de plantas daninhas em hortaliças. Disponível em: http://www.aptaregional.sp.gov.br/artigo.php?id_artigo=456. Acesso dia 24/02/2007. ASHTON, F.M.; MÔNACO, T.J. Weed science. New York: John Wiley. 1991. 466p. BELTRÃO, N.E.M.; QUEIROZ, U.C. Alternativa à vista. In: Cultivar Grandes Culturas. Ano VI. No 71. Março 2005. ISSN-1518-3157. p 16-19; BELTRÃO, N. E. de M.; SILVA. L. C.; VASCONCELOS. O. L.; AZEVEDO. D. M. P. de; VIEIRA. D. J. Fitologia. In: AZEVEDO. D. M. P. de; LIMA. E. F. (eds.). O Agronegócio da mamona no Brasil. Embrapa Algodão (Campina Grande.PB). Brasília: Embrapa Informação Tecnológica. 2001. p.37-61. 55 BELTRÃO, N. E. de M.; SILVA. L. C. Os múltiplos usos do óleo da mamoneira (Ricinus Communis L.) e a importância do seu cultivo no Brasil. Comunicado Técnico. n.31. 1999. BIODIESEL BR. História da mamona. Disponível http://www.biodieselbr.com/plantas/mamona/historia-mamona.htm. em: acesso em 12/12/2006. as 13:22hs. BROWN, T. M. Molecular genetics and evolution of pesticide resistance. Washington: ACS, 1996. 340 p. CAVALCANTE, F.S. A Importância da Mamona para a Agricultura Familiar no Estado da Paraíba. Revista Eletrônica de Ciências. Número 27. Junho/Julho/Agosto de 2004. CAMARGO, P. N. Controle Químico de Plantas Daninhas. 4ª Edição. Piracicaba. SP. 1972. CARVALHO, L. H.; CHIAVEGATO. E. J. A cultura do algodão no Brasil: Fatores que afetam a produtividade. In: CIA. E.; FREIRE. E. C.; SANTOS. W. J. (Eds.). Cultura do algodoeiro. Piracicaba: Potafós. 1999. p. 1-8. DAMASCENO, J. Disponível em: http://geocities.yahoo.com.br/damascenojoao/infogeo.htm. acesso no dia 24/01/2006. as 22:09h. DIRECTORATE OF OILSEEDS RESEARCH. Diversified uses of Castor. In: INTERNATIONAL SEMINAR ON CASTOR SEED. CASTOR OIL AND ITS VALUE ADDED PRODUCTS. Proceedings… Analytical Chemistry. v.74. n.21. nov.. p. 239-241. 2001. EMBRAPA, BRS 149 Nordestina. Nova cultivar de Mamona para o Nordeste brasileiro. 1999. (Folder). 56 EMBRAPA. Manejo cultural da mamona para a agricultura familiar. 2004. (Folder). EMBRAPA. Informações Técnicas sobre a cultura da mamona para a agricultura familiar. 2004. (Folder). EMBRAPA. Cultivo da Mamona. Disponível em: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mamona/Cultivo daMamona/plantasdaninhas.htm. acesso em 22/10/2006. as 22:31hs. FREITAS, R. S.; TOMAZ. M. A.; FERREIRA, L. R.; BERGER, P.G.; PEREIRA, C. J.; CECON. P.R. Crescimento do algodoeiro submetido ao herbicida trifloxysulfuron sodium. Revista Planta Daninha. Viçosa-MG. v.24. n.1. p.123-129. 2006. GELMINI, G. A. Herbicidas - indicações básicas. Campinas: CATI. 1985. 251p. (CATI. Documento técnico. 52). GOMES, F.P. Curso de Estatística Experimental. 8a Edição. Piracicaba. SP. 1978. LORENZI, H. Manual de identificação e controle da plantas daninhas. Nova Odessa. SP. 1984. LORENZI, H. Manual de identificação e controle de plantas daninhas. 5. ed. Nova Odessa: Plantarum, 2000. 340 p. MACIEL, C. D. G.; GAVA. F.; VELINI. E. D.; POLETINE. J. P.; AMARAL. J. G. C.; MARTINS. F. M. Períodos de interferência de planas daninhas na cultura da mamona - Cultivar AL Guarany 2002. In: CONGRESSO BRASILEIRO DA CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS. 24. 2004. São Pedro. Anais... 57 MAPA. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br. acesso em 23/11/2006 as 22:52hs. MAZZANI, B. Euforbiáceas oleaginosas. Tártago. In: MAZZANI. B. Cultivo y mejoramiento de plantas oleaginosas. Caracas. Venezuela: Fondo Nacional de Investigaciones Agropecuárias. 1983. p.277-360. OSAVA, M. A energia em uma semente de mamona. Disponível em: http://www.tierramerica.net/2003/0526/panalisis.shtml. acesso em 07/02/2007. as 14:04hs. PAIVA, F. As vantagens do biodiesel. Diário do Nordeste. Caderno 3. Disponüivel em: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=402978. acesso em 01/02/07. as 10:07hs. PORTERFIELD, D.; WILCUT. J. W.; ASKEW. D. Weed free response of seven cotton (Gossypium hirsutum) cultivars to CGA-362622 postemergence. Weed Technol. v.16. n.1.p. 180-183. 2002. PROCÓPIO, S. O.; SANTOS, J. B.; SILVA. A. A.; PIRES, F. R.; RIBEIRO JÚNIOR, J. I.; SANTOS, E.A.; FERREIRA, L. R. Seleção de plantas com potencial para fitorremediação de solos contaminados com o herbicida trifloxysulfuron sodium. Revista Planta Daninha. v.22. n°2. Viçosa- MG. April/June. 2004. PROCÓPIO, S. O. et al. Manejo de plantas daninhas na cultura da cana-deaçúcar. Viçosa-MG: Universidade Federal de Viçosa. 2003. 150 p. 58 RAY, T. B. Site of action of chlorsulfuron inhibitor of valine and isoleucine biosynthesis in plants. Plant Physiology. Los Angeles. v.75. p.827-831. 1984. RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. S. Guia de herbicidas. 4.ed. Londrina: Edição dos Autores. 1998. 648 p. RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. S. Guia de herbicidas. 5.ed. Londrina: Edição dos Autores. 2005. 648 p. SAAD, O. A vez dos herbicidas. 2.ed. Rev. e Ampl. São Paulo. Nobel. 1978. SANTOS, J. B. et al. Seletividade do herbicida trifloxysulfuron sodium para fins de fitorremediação. Revista Ceres. v. 51. n. 293. p. 129-141. 2004. SANTOS, J. W. dos; GHEYI, H. R. Tópicos de Engenharia Agrícola e Agronômica. Estatística Experimental Aplicada. Editora Gráfica Marcone Ltda. Campina Grande. PB. 2003. 213p. SANTOS, R. F. dos; BARROS, M. A. L; MARQUES, F. M.; FIRMINO, P. T.; REQUIAO, L.E.G. Análise Econômica. In: AZEVEDO, D. M. P.; LIMA, E. F. (eds). O Agronegócio da Mamona no Brasil. Embrapa Algodão (Campina Grande. PB). Brasília: Embrapa Informação Tecnológica. 2001. p. 17-35. SAVY FILHO, A.; PAULO, E.M.; MARTINS, A.L.M.; GERIN, M.A.N. Variedades de mamona do Instituto Agronômico. Campinas: Instituto Agronômico. 1999. 12 p. (Boletim Técnico. 183). SAVY FILHO, A. Mamona - Tecnologia Agrícola. Campinas: EMOPI. 2005. 105 p. 59 SEVERINO, L. S. O que sabemos sobre torta de mamona. Campina Grande: EMPRABA Algodão. 2005. 31p. (Documentos. 134). STREET, H. E. ; OPIK, H. Fisiologia das angiospermas: Crescimento e Desenvolvimento. Tradução de Kurt Guenther Hell São Paulo. Polígono. Ed. da Universidade de São Paulo. 1974. 315 p. SYNGENTA. Disponível em: http://www.syngenta.com.br/pt/produtos/guia1.asp. acesso em: 08/12/2006 as 18:00hs. VIDAL, R.A. Ação dos herbicidas: absorção, translocação e metabolização. Porto Alegre: Evangraf, 2002. 89 p. VIDAL, R.A.; MEROTTO JR. A herbiciologia. Porto Alegre. Evangraf, 2001. 152 p. YAROSLAVSKAYA, P. N. Methods of growing castor. In: V. A. MOSHKIN ed. Castor. Now Delhi: Amerind. 1986. p. 203-254. WEISS, E. A. Oilseed crops. London: Longman. 1983. 660p. WIKIPEDIA. Mamona. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mamona. acesso em 05/02/2007. 60 Livros Grátis ( http://www.livrosgratis.com.br ) Milhares de Livros para Download: Baixar livros de Administração Baixar livros de Agronomia Baixar livros de Arquitetura Baixar livros de Artes Baixar livros de Astronomia Baixar livros de Biologia Geral Baixar livros de Ciência da Computação Baixar livros de Ciência da Informação Baixar livros de Ciência Política Baixar livros de Ciências da Saúde Baixar livros de Comunicação Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE Baixar livros de Defesa civil Baixar livros de Direito Baixar livros de Direitos humanos Baixar livros de Economia Baixar livros de Economia Doméstica Baixar livros de Educação Baixar livros de Educação - Trânsito Baixar livros de Educação Física Baixar livros de Engenharia Aeroespacial Baixar livros de Farmácia Baixar livros de Filosofia Baixar livros de Física Baixar livros de Geociências Baixar livros de Geografia Baixar livros de História Baixar livros de Línguas Baixar livros de Literatura Baixar livros de Literatura de Cordel Baixar livros de Literatura Infantil Baixar livros de Matemática Baixar livros de Medicina Baixar livros de Medicina Veterinária Baixar livros de Meio Ambiente Baixar livros de Meteorologia Baixar Monografias e TCC Baixar livros Multidisciplinar Baixar livros de Música Baixar livros de Psicologia Baixar livros de Química Baixar livros de Saúde Coletiva Baixar livros de Serviço Social Baixar livros de Sociologia Baixar livros de Teologia Baixar livros de Trabalho Baixar livros de Turismo