13/05/2009 - 07h27 OMS registra mais de 5.700 casos de gripe suína e pede cautela com antiviral da Folha Online A OMS (Organização Mundial de Saúde) divulgou nesta quarta-feira novo relatório sobre a gripe suína, denominada oficialmente gripe A (H1N1). Segundo o balanço, são 5.728 casos da doença em 33 países, incluindo 61 mortes. A organização pede ainda que os governos limitem o uso de remédios antivirais apenas para pacientes de alto risco para que haja estoques do medicamento em caso de uma mutação do vírus e uma epidemia ainda mais grave. Segundo o novo balanço, os Estados Unidos mantêm o maior número de casos da gripe suína, com 3.009 registros, incluindo três mortes --um bebê mexicano e uma professora americana no Texas e um homem em Washington. O México, considerado epicentro da doença, tem 2.059 casos da doença e o maior número de vítimas --56. Christina Hu/Reuters Funcionários de saúde sentam no jardim de um hotel onde chinês diagnosticado com gripe suína está isolado O Canadá registrou 358 casos de gripe suína confirmados em laboratório, incluindo uma morte. A Costa Rica tem oito casos registrados, incluindo também uma morte. A organização registra ainda casos da doença na Espanha (98), Reino Unido (68), Panamá (29), França (13), Alemanha (12), Itália (9), Israel (7), Nova Zelândia (7), Colômbia (6), Japão (4) e El Salvador (4). Guatemala, Holanda e Coreia do Sul têm três casos cada. Já China Finlândia, Noruega, Suécia e Tailândia têm dois casos cada. A Argentina, Austrália, Áustria, Cuba, Dinamarca, Hong Kong, Irlanda, Polônia, Portugal e Suíça têm um caso cada. O relatório confirma ainda os oito casos registrados no Brasil. Cautela A organização pediu ainda que os países tenham cautela no uso do antiviral Tamiflu durante esta epidemia que, na maioria dos países, é considerada leve. A OMS teme que haja uma variação do vírus, que se tornará mais forte e os países não terão estoque do medicamento para enfrentar a segunda onda da gripe suína. A declaração parece um recado aos países europeus, que têm usado os antivirais Tamiflu e Relenza muito mais agressivamente que EUA e México, os dois países com maior número de casos. Os governos usam o medicamento sempre que possível em uma tentativa de conter o vírus antes que se espalhe de maneira epidêmica. Representantes dos EUA e da América Latina, incluindo México, vão se reunir nesta quarta-feira em Praga para discutir modos de combater a ameaça do vírus. Um especialista médico da OMS, Nikki Shindo, afirmou que a organização defende o uso do medicamento apenas em pessoas com outras doenças ou complicações, como grávidas, que podem reduzir as defesas do corpo contra a gripe. "Como parte dos planos de reação a uma pandemia, nós pedimos aos países que planejem a priorização", disse Shindo, acrescentando que os especialistas de cada país precisam decidir se as pessoas contaminadas devem ser tratadas imediatamente com antivirais de acordo com seus estoques do medicamento. Com Reuters e Associated Press