Vírus H1N1 causa mudança de comportamento no país

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Vida
O Estado do Maranhão - São Luís, 11 de agosto de 2009 - terça-feira
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Latin lover
Bonequinha....
O espanhol Antonio
Banderas completou
ontem 49 anos. Alto, de
pele morena e olhos
castanhos, Banderas se
tornou o latin lover do
cinema norte-americano e
arranca suspiros cada vez
que aparece em um filme.
Vanessa Giácomo
com um visual que
lembra o de Audrey
Hepburn no filme
"Bonequinha de
Luxo" em um ensaio
feito pelo fotógrafo
Ton Reis para a
revista 'Isto é Gente'.
Divulgação
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Vírus H1N1 causa mudança
de comportamento no país
Cumprimentos como beijos e abraços estão sendo evitados por pessoas para fugir do contágio da gripe A; até mesmo o aperto de
mão está sendo pouco utilizado e especialistas recomendam a lavagem freqüente das mãos com água e sabão como profilaxia
R
IO DE JANEIRO - Assim
como com a Aids, nos anos
1980, que fez com que as
formas de se relacionar sexualmente começassem a mudar para se tornar mais seguras, a chegada do vírus Influenza H1N1, conhecido por gripe suína, aponta sinais de alterações nas relações sociais e, principalmente, no quesito
etiqueta profissional. Assim, determinadas regras estão mudando. Se
antes cumprimentar com abraço
e beijo colegas ou clientes próximos era comum, agora um aperto
de mão, no máximo, está de bom
tamanho. E, segundo especialistas,
tais atitudes em épocas de pandemia são bem-vindas.
O advogado paulista RenatoValença contou ao Terra que no escritório em que trabalha isso é nítido. "Apesar de não ser oficial, per-
cebemos que as pessoas procuram
evitar abraços e beijos. Elas estão
mais distantes fisicamente", disse.
Ele mesmo passou a cumprimentar somente com um aperto de
mão, principalmente porque atua
na área internacional, atendendo
estrangeiros ou pessoas que viajam
muito. Além disso, os funcionários
passaram a ter em suas salas álcool
em gel para higienizar as mãos.
Consultores de etiqueta dizem
que as regras existem para facilitar
o convívio e são pensadas para o
bem comum. Já as particularidades devem ser resolvidas com bom
senso e parece que o momento exige exatamente essa atitude, mesmo tendo alguns exemplos exagerados já divulgados pela mídia, como pessoas que agora só apertam
o botão do elevador com os cotovelos para não contaminar as mãos.
Excentricidades à parte, a questão é que o toque, por exemplo,
sempre foi um assunto delicado nas
culturas. "No Brasil, porém, a sociedade é voltada para o toque, por isso é preciso tomar uma atitude ostensiva no momento de uma pandemia", disse Maria Aparecida
Araújo, consultora de comportamento social, profissional e internacional, do Rio de Janeiro. Isso significa dizer que pode sim assumir
sua posição: de que não quer dar
um beijo ou um abraço. "Mas faça
isso de modo agradável, com um
sorriso. Ele sempre atenua a postura mais distanciada."
A consultora sugere um excelente cumprimento - sem toque que pode ser uma boa saída em
qualquer situação: a reverência
(uma leve inclinação de cabeça).
"E quando seguida de um sorriso
e olhos nos olhos, fica muito educado e gentil", disse. Outra recomendação da especialista é não se
aproximar demais das pessoas para conversar. O ideal, segundo ela,
é manter a distância pessoal: 1,20
m em torno do corpo.
No caso de espirros e tosses, é
preciso proteger o rosto com um
lenço de papel descartável, jogálo fora imediatamente e lavar as
mãos. "Quem espirra ou tosse é
o responsável por tomar os cuidados para não transmitir doenças", afirmou.
Empresas - "As informações que
recebemos pela mídia fazem com
que todos tenham mais cuidados
individuais. E as empresas, com
seus programas de qualidade de
vida, já estão trabalhando nesse
sentido também, apesar de não
haver uma imposição oficial", observou Ralph Arcanjo Chelotti, presidente da Associação Brasileira de
Recursos Humanos (ABRH).
É o caso da Burti, especializada
em serviços de impressão, que enviou em maio passado comunicados a todos os funcionários, além
de fixar orientações sobre a nova
gripe nos quadros de avisos, apesar de não ter nenhum caso de gripe suína na empresa. Esta semana, também providenciou álcool
em gel em todos os banheiros da
empresa, com um aviso sobre o
modo de usar: lave as mãos com
água e sabão; seque-as totalmente com papel toalha; aplique uma
pequena porção de álcool gel numa das mãos; espalhe suavemente nas mãos até secar.
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Dicas
Lavar as mãos pode evitar muito a transmissão da gripe suína.
A fórmula é simples. Muita água
e sabão. E depois, álcool em gel.
E repetir a operação muitas vezes por dia e a cada hora que
espirrar, tossir, usar o banheiro
e antes de se alimentar. As
mãos têm de ser lavadas e bem
esfregadas demoradamente.
Uma das formas de se transmitir a gripe suína é quando a pessoa tem contato com superfícies
recentemente contaminadas por
secreções respiratórias de alguém infectado. Por isso, devese lavar as mãos antes de levar
as mãos à boca, nariz e olhos,
diz o Ministério da Saúde.
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