Hora Veterinária - edição 188 - Sociedade Brasileira de Medicina

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Informe da Sociedade Brasileira
de Medicina Veterinária
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Uma só Saúde
A 80º Sessão Geral da
Assembleia Mundial da OIE –
Organização Mundial de Saúde
Animal elegeu como tema técnico central “Uma só saúde”.
Enfocando as responsabilidades compartilhadas para abordar os riscos sanitários prevalentes nas interfaces dos ecossistemas entre o homem e o animal, a
Doutora Kathleen Glynn, mencionou em sua conferência as experiências internacionais e desenhou o desenvolvimento futuro
do tema.
A Dra. Glynn afirmou que o
conceito de “Uma Só Saúde” parte do principio de que o estado
sanitário dos seres humanos está relacionado com a saúde dos animais, e que ambas as populações afetam o ambiente que coexistem e são igualmente afetados por esse ambiente. Não se trata de
uma nova ciência, sequer uma nova área de trabalho, porém, nos
últimos anos, esse tema tem evidenciado o valor de adotar um
enfoque colaborativo intersetorial para prevenir, detectar e controlar as enfermidades endêmicas e epidêmicas dos humanos e
dos animais. A maioria das enfermidades humanas emergentes são
de origem animal. Da mesma forma, a maioria das enfermidades
emergentes, reemergentes e endêmicas podem repercutir na saúde
pública por meio da inocuidade e segurança alimentar.
Lutar contra essas enfermidades na sua origem acarretará
um grande benefício para as populações humanas e animais. Por
conseguinte, os Serviços Veterinários são interlocutores fundamentais quando se trata de combater essas enfermidades e, frequentemente, pode-se obter o máximo para as partes se houver
uma colaboração efetiva desses setores.
O Doutor Carlos Correa Messuti, Presidente da 80º Sessão Geral da OIE, ressaltou a importância da OIE, que celebrava
essa magna reunião por 80 anos consecutivos, não interrompendo sequer na Segunda Guerra Mundial. Isso mostra a importância crescente desse Organismo Internacional, sempre fiel a sua
vocação universal, comprometido com os problemas contemporâneos que ameaçam a humanidade e o planeta, cerrando fileiras
com outras organizações internacionais congêneres, em favor da
luta contra as enfermidades e a segurança alimentar e, em consequência, o alívio da pobreza no mundo.
Afirmou ainda o Dr. Correa que o melhoramento das condições sanitárias do gado estimula o aumento e a intensificação
da produção pecuária beneficiando tanto o setor produtivo empresarial como a agricultura familiar e as populações rurais.
Esse fator gera em consequência um efeito indireto, porém efetivo sobre a diminuição da pobreza.
Nessa 80º Assembléia Mundial, o Brasil obteve reclassificação de risco para a Encefalopatia Espongiforme Bovina,
passando para risco desprezível. Nas fotos acima o certificado
e o momento de entrega, pelo Dr. Bernard Vallat, Diretor Geral e
Josélio Moura, Décio Coutinho, Bernard Vallat, Guilherme Marques,
Carlos Correa Messutti e José Ricardo Lobo
Carlos Messuti, Alex Thiermann, Joselio Moura e Bernard Vallat
Regina Moura e Annie Vallat
de Carlos Correa, Presidente, da certificação ao Delegado Permanente do Brasil perante OIE, Dr. Guilherme Marques e da
Delegação Brasileira, Josélio Moura, Presidente da SBMV, Décio Coutinho, representando o setor privado, e José Lobo, do
Departamento de Saúde Animal.
Concluindo, a Medicina Veterinária tem crescido em importância para a sociedade e a economia mundial, devido ao alto
grau de concentração e circulação mundial dos animais e dos
seres humanos. Por essa razão tem-se um papel líder a desempenhar na promoção dos programas visando reduzir os riscos sanitários e sua interface com os programas de saúde humana, o ecossistema e a saúde animal, prevenindo e controlando as enfermidades, incluindo as zoonóticas, com certeza contribuirão para a
produção de alimentos saudáveis para a população.
A Hora Veterinária – Ano 32, nº 188, julho/agosto/2012
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19/07/2012, 10:42
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