Anais da XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

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ASTM CODENT GAEDOW 33(SUPL.1): 29-581 ISSN 0101-7772
Volume 33 - Suplemento n01 - Out/Dez, 2014
Anais da XIII Semana Brasileira
do Aparelho Digestivo
Órgão oficial da
E ditorial
Prezados (as) colegas e amigos (as),
Com grande entusiasmo, preparamos mais uma edição da Semana
Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD).
Recebemos vocês de braços abertos e tenham a certeza que nos
dedicamos fortemente para oferecer uma extensa e densa programação
científica, magistralmente equilibrada entre as práticas clínicas e cirúrgicas
do dia a dia e o que há de mais atual na terapêutica das nossas principais
doenças.
Nossa lembrança a todos os autores de trabalhos científicos, seja no
formato pôster, tema livre ou vídeo. Certamente a disseminação de suas
pesquisas na nossa Semana contribuirá ao avanço da ciência nacional em
nossas diversas temáticas que envolvem o Aparelho Digestivo. Nesses
anais, você poderá pesquisar e se atualizar com o que há de mais novo,
sendo analisado e desenvolvido por nossos estudantes, residentes e
pesquisadores.
Amigos (as), a comissão organizadora e o Rio de Janeiro lhes dão as
boas-vindas à SBAD 2014 - o principal encontro multidisciplinar de nossas
queridas especialidades: gastroenterologia, endoscopia e cirurgia do
aparelho digestivo. Um grande abraço,
José Roberto de Almeida
Presidente da XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo
Gastroenterologia
Endoscopia Digestiva
A Revista GED – Gastrenterologia Endoscopia Digestiva é o órgão oficial de circulação trimestral da SOBED
(Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva), da FBG (Federação Brasileira de Gastroenterologia), da
SBH (Sociedade Brasileira de Hepatologia), do CBCD (Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva) e da SBMD
(Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva). Fundada pelo Capítulo de São Paulo da SOBED em 1982,
durante a gestão do Prof. Dr. Arnaldo José Ganc. Registrado na Lei de Imprensa em 19/11/1981, sob o
nº 1.870, Lv. A, no 5o Registro de Títulos e Documentos de São Paulo.
Indexada nas seguintes bases de dados
LILACS, SCOPUS, EMBASE/EXCERPTA MÉDICA, LATINDEX e ADSAÚDE
Editor Chefe
Paulo Roberto Arruda Alves (SP)
Editores Responsáveis
José Murilo Robilotta Zeitune (SP) – Gastroenterologia
Nelson Adami Andreollo (SP) – Cirurgia Digestiva
Paulo Roberto Arruda Alves (SP) – Endoscopia Digestiva
Rimon Sobhi Azzam (SP) – Motilidade Digestiva
Aécio Flávio Meirellez Souza (SP) – Hepatologia
Editores Associados
Arnaldo J. Ganc (SP)
Jaime Natan Eisig (SP)
Eduardo Luiz Rachid Cançado (SP)
Marcelo Averbach (SP)
Sânzio S. Amaral (SP)
Conselho Editorial – Brasil
Admar Borges da Costa Jr. (PE), Ana Maria Pittella (RJ), Antonio Frederico N. Magalhães (SP), Artur Parada
(SP), Bruno Zilberstein (SP), Claudio Coy (SP), Deborah Crespo (PA), Decio Chinzon (SP), Edmundo Pessoa
Lopes (PE), Edna Strauss (SP), Edson Pedro da Silva (SC), Everson Artifon (SP), Flair Carrilho (SP), Flavio Quilici (SP),
Henrique Coelho (RJ), Hugo Cheinquer (RS), Ismael Maguilnik (RS), João Carlos Andreolli (SP), João Galizzi
Filho (MG), José Galvão Alves (RJ), Julio Cesar U. Coelho (PR), Lix A.R. Oliveira (SP), Lorete M.S. Kotze (PR),
Lúcia Câmara Castro Oliveira (RJ), Luiz Gonzaga Vaz Coelho (MG), Luiz Pimenta Modena (SP), Luiz Roberto
Lopes (SP), Márcio M. Tolentino (SP), Marcus Túlio Haddad (RJ), Mario Pessoa (SP), Martha Pedroso (SP),
Maurício Fernando de Almeida Barros (SP), Orlando J.M. Torres (MA), Paulo Bittencourt (BA), Paulo R. Ott
Fontes (RS), Paulo Roberto Savassi Rocha (MG), Paulo Sakai (SP), Ramiro Mascarenhas (BA), Raymundo
Paraná (BA), Ricardo A. Refinetti (RJ), Roberto Dantas (SP), Sérgio Gabriel Barros (RS), Tomas Navarro
Rodriguez (SP), Venâncio A.F. Alves (SP), Vera Lúcia Andrade (MG), Walton Albuquerque (MG)
Editores Internacionais
Daniel Sifrim (Bélgica), Dirk J. Gouma (Holanda),
Helena Cortez Pinto (Portugal), Jorge Daruich (Argentina)
Expediente Editorial
Coordenadora Geral: Fátima Lombardi dos Santos
Endereço da Secretaria Editorial da Revista GED:
Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.391, Conj. 102 – 01452-000 – São Paulo, SP
Tel.: (11) 3813-1610 – Fax: (11) 3032-1460
E-mail: [email protected]
Tiragem: 7.000 exemplares
Periodicidade: trimestral
Circulação: nacional para todos os associados da SOBED, FBG, SBH, CBCD e SBMD
Números anteriores e separatas: [email protected]
Editoração Eletrônica, Distribuição, Impressão e Publicidade
E-mail: [email protected]
Tel.: (11) 3186-5600
Diretoria das Sociedades
Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED)
Diretoria Biênio 2013-2014: Presidente: João Carlos Andreoli • Vice-Presidente: Ramiro Robson Fernandes
Mascarenhas • 1º Secretário: Jairo Silva Alves • 2ª Secretária: Silvana Dagostin • 1º Tesoureiro: Dalton Marques Chaves
• 2º Tesoureiro: Luis Fernando Tullio • Sede: Rua Peixoto Gomide, 515 – cj. 14 – 01409-001 – São Paulo, SP – Tel/Fax:
(11) 3148-8200/ 3148-8201 – e-mail: [email protected] – site: www.sobed.org.br
Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG)
Diretoria Biênio 2013-2014: Presidente: José Roberto de Almeida • Vice-Presidente: Mauro Bafutto • Secretário Geral:
Adávio de Oliveira e Silva • 1ª Secretária: Roberta Cavalcante de Almeida • Diretor Financeiro: Roberto Magalhães M.
Filho • Coordenador do FAPEGE: José Galvão-Alves • Presidente-Eleita (2015-2016):. Maria do Carmo Friche Passos
• Sede: Av. Brig. Faria Lima, 2391, 10º andar – cj. 102 – 01452-000 – São Paulo, SP – Tel: (11) 3813-1610/ 3813-1690.
Fax: (11) 3032-1460 – e-mail: [email protected] – site: www.fbg.org.br
Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH)
Diretoria 2014-2015: Presidente: Edison Roberto Parise • 1º Vice-Presidente: Cláudio G. Figueiredo Mendes • Secretária
Geral: Edna Strauss • Secretário Adjunto: Hugo Cheinquer • 1º Tesoureiro: Isaac Altikes • Sede: Av. Brigadeiro Faria
Lima, 2391 cj. 102 | São Paulo - SP - CEP 01452-000 | Telefone: (11) 3812-3253 • (11) 3032-3125 (fax) | secretaria@
sbhepatologia.org.br
Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD)
Diretoria Biênio 2013-2014: Presidente: Ivan Cecconello • Vice-Presidente: Nicolau Gregori Czezko • 1º Secretário:
Nelson Adami Andreollo • 2º Secretário: José Eduardo Pereira Monteiro da Cunha • 1º Tesoureiro: Marco Aurélio Santo
• 2º Tesoureiro: Paulo Herman • Presidente-Eleito (2015-2016): Bruno Zilberstein • Sede: Av. Brig. Luís Antonio, 278 –
6º andar – salas 10/ 11 – 01318-901 – São Paulo, SP – Tel: (11) 3289-0741/ 3266-6201/ 3288-8174. Fax: (11) 3288-8174 –
e-mail: [email protected] – site: www.cbcd.org.br
Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva (SBMD)
Diretoria - Gestão 2012-2014: Presidente: Sânzio Santos Amaral • Vice-Presidente: Sérgio Gabriel S. Barros
• Secretária Geral: Angela C. G. M. Falcão • 1o Secretária: Stella M. M. Regadas • 1o Tesoureiro: Luiz Henrique S. Fontes
• 2º Tesoureiro: Wellington M. Machado. Sede: Av. Brigadeiro Faria Lima, 2391, Conj. 102, Jardim Paulistano – 01452-000 –
São Paulo, SP – Fone: (11) 3518-9117 – e-mail: [email protected] – site: www.sbmd.org.br
Informações aos Autores
Modificado em setembro de 2012
A GED, órgão oficial da Sociedade Brasileira de Endoscopia
Digestiva – SOBED, da Federação Brasileira de Gastroenterologia
– FBG, da Sociedade Brasileira de Hepatologia – SBH, do Colégio
Brasileiro de Cirurgia Digestiva – CBCD e da Sociedade Brasileira
de Motilidade Digestiva – SBMD, tem por objetivo a divulgação de
trabalhos que contribuam para o progresso da Gastroenterologia,
da Endoscopia Digestiva, da Hepatologia, da Cirurgia Digestiva e
da Motilidade Digestiva.
são publicáveis as colaborações que, enviadas à Secretaria da
GED (Av. Brig. Faria Lima, 2.391 – 10o andar – cj. 102 –1452-000
– São Paulo, SP, e-mail [email protected]), forem aceitas pelo Conselho Editorial e não tenham sido previamente publicadas e nem o
venham a ser, simultaneamente, em outros periódicos. serão aceitos artigos escritos na língua portuguesa. A critério do Conselho
Editorial, poderão ser considerados manuscritos em língua inglesa
e castelhana.
A GED adota as regras da Uniform Requirements for Manuscripts
Submitted to Biomedical Journals emitidas pelo International Co
mmittee for Medical Journal Editors, disponível na Internet (http://
www.i cmje.org).
Conteúdo da GED
Editoriais
Destinam-se à apresentação de temas de natureza polêmica,
atual e de impacto, nos quais os editores da GED percebam a
necessidade de manifestar de forma sintética a visão destes
editores, abordando ou não artigos publicados na GED. serão
escritos pelos editores e/ou membros do Conselho Editorial ou,
mediante convite, por outros especialistas.
Artigos Originais
De pesquisa clínica e/ou experimental, devem apresentar a
aprovação da pesquisa pelo Conselho de Ética do hospital, serviço ou instituição onde o trabalho foi realizado. Os artigos devem
ser estruturados com os seguintes itens: Resumo e Unitermos, Su
mmary e Keywords, Introdução, Métodos, Resultados, Discussão,
Conclusões e Referências (acompanhado de unitermos). O título
do Artigo Original deverá ser bilíngue (português e inglês).
Introdução – Em que se apresenta a justificativa para o estudo,
com referências relacionadas ao assunto e o objetivo do artigo.
Métodos – Em que se apresentam: a) descrição da amostra
utilizada; b) mencionar se há consentimento informado; c)
identificação dos métodos, aparelhos e procedimentos utilizados,
de modo a permitir a reprodução dos resultados pelos leitores;
d) breve descrição e referências de métodos publicados mas não
conhecidos amplamente; e) descrição de métodos novos ou
modificados; f) se for o caso, referir a análise estatística utilizada,
bem como os programas empregados.
Resultados – Em que serão apresentados os resultados em
sequência lógica, em forma de texto, tabelas e ilustrações;
recomenda-se evitar repetição excessiva de dados em tabelas
ou ilustrações e no texto. No texto, números menores que 10
serão grafados por extenso; de 10 em diante, serão expressos em
algarismos arábicos.
Discussão – Em que serão enfatizados: a) os aspectos
originais e importantes do artigo, evitando repetir dados já
apresentados anteriormente; b) a importância e as limitações
dos achados, confrontando com dados da literatura;
c) a ligação das conclusões com os objetivos do estudo;
d) as conclusões decorrentes do estudo.
Referências – As Referências devem ser numeradas na ordem
em que são citadas primeiramente no texto. Elas devem seguir
as regras do Uniform Requirements for Manuscripts Submitted
to Biomedical Journals – http://www.i cmje.org. Alguns exemplos
mais comuns são apresentados a seguir.
Exemplos:
1. Artigo padrão em periódico (devem ser listados todos
os autores; se houver mais de seis, citar os seis primeiros,
seguidos por et al..): Alper CA, Kruskal MS, Marcus-Bagle
Y, Craven DE, Katz AJ, Brint SJ, et al... Genetic prediction of
response to hepatitis B vaccine. N Engl J Med. 1989;321:70812.
2. Autor institucional: NHI Consensus Development Panel on
Helicobacter pylori in Peptic Ulcer Disease. Helicobacter
pylori in peptic ulcer disease. JAMA. 1994;272:65- 9.
3. Livro com autor(es) responsável(is) por todo o conteúdo:
With TK. Bile pigments. New York: Academic Press, 1968.
4. L ivro com editor(es) como autor(es): Magrath I, editor. The
non-Hodgkin’s limphomas. 2nd ed. London: Arnold, 1997.
5. Capítulo de livro: Warshaw AL, Rattner DW. Residual co
mmon duct stones and disorders of duodenal ampullae.`In:
Ellis H, editor. Maingot’s abdominal operations. New York:
Lange Publishers, 1990:1471-2
Os títulos dos periódicos devem ser abreviados de acordo com
o Index Medicus (List of Journals Indexed). Se o periódico não
constar dessa lista, grafar o nome por extenso.
Tabelas – As tabelas devem possuir um título sucinto, com
itens explicativos dispostos em seu pé. Devem ser numerados
sequencialmente com algarismos arábicos.
Figuras – serão aceitas figuras em preto e branco. Figuras
coloridas poderão ser publicadas quando forem essenciais para
o conteúdo científico do trabalho; nesses casos, o ônus de sua
publicação caberá aos autores.
Artigos de Revisão
Somente serão aceitos quando, a convite dos editores da
publicação, fizerem parte da linha de pesquisa do autor,
comprovada pela presença de artigos originais na bibliografia e
citados no texto.
Informações aos Autores
Relato de Caso
Devem ser objetivos e precisos, contendo os seguintes itens:
1) Resumo e Unitermos, Su mmary e Keywords; 2) Introdução; 3)
Relato objetivo; 4) Discussão; 5) Conclusões; 6) Referências. O
título do Relato de Caso deverá ser bilíngue (português e inglês).
Cartas ao Editor
Cartas endereçadas ao(s) editor(es) serão consideradas
para publicação se promoverem discussão intelectual sobre
determinado artigo de publicação recente. Devem conter título
informativo e não mais que 500 palavras. Se aceita, uma cópia
será enviada ao autor do trabalho que suscitou a discussão, com
convite para submeter uma réplica que será publicada junto com
a carta.
Conflito de interesses
Conforme determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(RDC 102/2000) e do Conselho Nacional de Saúde (196/96)
o(s) autor(es) deve(rão) tornar explícito, por meio de formulário
próprio (Divulgação de potencial conflito de interesses), qualquer
potencial conflito de interesse relacionado ao artigo submetido.
A presente exigência visa informar sobre relações profissionais e/
ou financeiras (como patrocínios e participação societária) com
agentes financeiros relacionados aos produtos farmacêuticos ou
equipamentos envolvidos no artigo, os quais podem teoricamente
influenciar as interpretações deste. A existência ou não de conflito
de interesses declarado estará ao final de todos os artigos
publicados.
Bioética de experimentos com seres humanos
Experimentos envolvendo seres humanos devem seguir resolução específica do Conselho Nacional de Saúde (196/96), disponível na Internet (http://conselho.saúde.gov.br//docs/Resoluções/Reso/96de96.doc), incluindo a assinatura de um termo
de consentimento informado e a proteção da privacidade dos
voluntários.
Bioética de experimentos com animais
Experimentos envolvendo animais devem seguir resoluções
específicas (Lei 6.638, de 8/5/1979, e Decreto 24.645, de
10/7/1934).
Ensaios clínicos
Artigos que contêm resultados de ensaios clínicos deverão
possibilitar todas as informações necessárias à sua adequada
avaliação, conforme previamente estabelecido. Os autores deverão
refeir-se ao “CONSORT” (www.consort.statement.org).
Revisão pelos pares
Todos os artigos submetidos serão avaliados por dois revisores,
os quais emitirão parecer fundamentado que servirá para o(s)
editor(es) decidir(em) sobre sua aceitação. Os critérios de
avaliação incluem originalidade, contribuição para corpo de
conhecimento da área, adequação metodológica, clareza e
atualidade. Os artigos aceitos para publicação poderão sofrer
revisões editoriais para facilitar sua clareza e entendimento sem
alterar seu conteúdo.
Direitos autorais
Todas as declarações contidas nos artigos serão da inteira
responsabilidade dos autores. Aceito o artigo, a GED passa a
deter os direitos autorais do material. Assim, todos os autores
dos artigos submetidos à GED devem encaminhar um Termo
de Transferência de Direitos Autorais. O autor responsável pela
correspondência receberá 20 separatas impressas do artigo e o
arquivo correspondente em formato pdf.
Como enviar o artigo
O(s) autor(es) deve(m) encaminhar:
• Carta de apresentação assinada por todos os autores ou pelo
primeiro autor em nome dos demais, contendo: 1) informação
à respeito de submissão prévia ou dupla ou submissão de
qualquer parte do artigo atual; 2) uma declaração de relações,
financeiras ou não, que possam levar a conflito de interesses;
3) uma declaração de que o artigo foi lido e aprovado por todos
os coautores e que os critérios necessários para a declaração
de autoria (consultar Uniform Requirements for Manuscripts
Submitted to Biomedical Journals) foram alcançados por todos
os autores e que cada autor afirma que os dados do manuscrito
são verdadeiros; 4) nome, endereço, telefone e e-mail do autor
para correspondência; ele será o responsável pela comunicação
com os outros autores a respeito de revisões e provas gráficas.
• Termo de Divulgação de Potencial Conflito de Interesses.
• Termo de Transferência de Direitos Autorais.
• Três cópias do artigo, digitado em espaço duplo, impressas em
papel tamanho carta em somente um dos lados, com margens de
2,5 cm e espaço duplo, numerando as páginas no canto superior
direito; as legendas das figuras, as figuras propriamente ditas e
as tabelas devem vir ao final, anexadas a cada cópia; assinalar
no texto os locais adequados para inserção de figuras e tabelas.
• Três conjuntos de figuras em cópia fotográfica brilhante.
• Um CD contendo somente um arquivo do texto, correspondente
ao artigo, e os arquivos correspondentes a fotos ou figuras.
Como preparar o CD
• CD formatado compatível com IBM/PC;
• Usar editor de texto Microsoft Word para Windows;
• O arquivo de texto deve conter somente o texto, da página-título
até as referências, e as tabelas;
•A
s figuras não devem ser incluídas no mesmo arquivo do texto;
• Colocar no CD a última versão do artigo, idêntica à versão
impressa;
• Etiquetar o CD informando o programa e a versão utilizados, bem
como o nome do arquivo.
A submissão do artigo pelo correio eletrônico (e-mail) possibilita
maior agilidade no procedimento de revisão. Para isso, será
necessário o envio dos arquivos contendo o texto e as figuras para
o e-mail da GED ([email protected]).
Mensagem aos editores com identificação dos autores deve ser
enviada, acompanhada dos endereços convencional e eletrônico
e de informações sobre o formato utilizado. O artigo deverá ser
enviado em anexo, como attachment, no formato Word para
Windows. As figuras deverão estar nos formatos jpeg ou tiff.
Informations to Authors
GED is the official journal of the Brazilian Society of
Digestive Endoscopy – SOBED, the Brazilian Federation of
Gastroenterology – FBG, the Brazilian Society of Hepatology
– SBH, the Brazilian College of Digestive Surgery – CBCD,
and of the Brazilian Society of Digestive Motility – SBMD,
and the purpose of the journal is to publish papers that
may contribute towards the progress of Gastroenterology,
Digestive Endoscopy, Hepatology, Digestive Surgery and
Digestive Motility. Papers sent to the GED Secretariat (Av.
Brig. Faria Lima, 2.391 – 10o andar – cj. 102 –1452-000 –
São Paulo, SP, Brazil, e-mail [email protected]), which are
accepted by the Editorial Board, and which have not been
previously or will not be concomitantly published in other
journals may be published.
Papers drafted in the portuguese language will be
accepted. At the discretion of the Editorial Board, papers
in the Spanish and in the English language may also be
accepted.
GED adopts the Uniform Requirements for Manuscripts
Submitted to Biomedical Journals of the International
Co mmittee for Medical Journal Editors, available in the
Internet (http://www.i cmje.org).
GED Contents
Editorials
Intended to present polemic, current, and impacting topics
whenever GED editors feel the need to present their view
in a synthetic manner, whether or not such topics are
presented in GEDpublished papers. Editorials are written
by the editors and/or by Editorial Board members, or by
invited specialists.
Original Articles
Clínical and/or experimental research papers should
present the approval of the research given by the Ethics Co
mmittee of the hospital, clinic, or institution were the study
was carried out. The following items must be included: Su
mmary (and keywords), Introduction, Methods, Results,
Conclusions, References, and Su mmary and Keywords. The
title of the Original Article must be bilingual (Portuguese
and English).
Introduction – Presents the justification for the study, with
references related to the topic and the objective of the
paper.
Methods – Presenting: a) description of the sample
used; b) mention whether or not an informed consent
has been obtained; c) identification of methods, devices,
and procedures used in order to permit reproduction
of the results by the readers; d) brief description and
references to methods that have been published but that
are not broadly know; e) description of new methods or of
modified methods; f) mention the statistical analysis or the
software used, as the case may be.
Results – Presenting results in a logical sequence, in
text format with tables and illustrations; authors should
avoid excessive information repetition in the tables and
illustrations and in the text. In the text, numbers below ten
will be written in full, whereas numbers 10 and beyond will
be written in Arabic numbers.
Discussion – Emphasis will be given to: a) original and
major aspects of the paper, without repetition of the aspects
previously presented; b) relevance and limitations of the
findings, comparing them to information in the literature; c)
connection of the conclusions to the objectives of the study; d)
conclusions arising out of the study.
References – Bibliographic references should appear in the
order in which they are first quoted in the text. They should
follow the Uniform Requirements for Manuscripts Submitted
to Biomedical Journals – http://www. i cmje.org. Some of the
more usual example are presented.
Examples:
1. Standard paper in journals (all authors must be listed;
if they are more than six, list the first six followed by et
al..): Alper CA, Kruskal MS, Marcus-Bagle Y, Craven DE,
Katz AJ, Brint SJ, et al... Genetic prediction of response to
hepati tis B vaccine. N Engl J Med. 1989;321:708-12.
2. Autor institucional: NHI Consensus Development Panel on
Helicobacter pylori in Peptic Ulcer Disease. Helicobacter
pylori in peptic ulcer disease. JAMA. 1994;272:65- 9.
3. Book with author(s) responsible for the full text With TK.
Bile pigments: New York: Academic Press, 1968.
4. B
ook with editor(s) as author(s): Magrath I, editor. The
non-Hodgkin’s limphomas. 2nd ed. London: Arnold, 1997.
5. Chapter of a book: Warshaw AL, Rattner DW. Residual
co mmon duct stones and disorders of duodenal
ampullae. In: Ellis H, editor. Maingot’s abdominal
operations. New York: Lange Publishers, 1990:1471-2.
The titles of journal should be abbreviated according to the
Index Medicus (List of Journals Indexed). If the journal is not
included in such list, write the name in full.
Tables – Tables should have a su mmarized title, with explanatory
co mments at the foot of the table. They should be sequentially
numbered with Arabic numbers.
Figures – Black and white figures will be accepted. Color figures
may be published when they are essential for the scientific
contents of the paper; in such case, the cost of publishing
colored figures will be covered by the authors.
Informations to Authors
Letters to the Editor
Letters sent to the editor(s) will be considered for publication
if they carry an intellectual discussion regarding a recently
published article. They should have an informative title and not
more than 500 words. If accepted, a copy will be sent to the
author of the paper that raised the discussion, with an invitation
to submit a reply to be published together with the letter.
Conflict of interests
As determined by the Sanitary Surveillance Agency (RDC
102/2000) and by the National Health Council (196/96)
author(s) should inform explicitly in the adequate form
(Disclosure of potential conflict of interests) about any potential
conflict of interests related to the paper submitted. This
requirement is intended to inform about professional and/or
financial relations (with sponsorships and corporate interests)
with financial agents related to medical drugs or equipment
involved in the paper, which may theoretically influence the
interpretation of the paper. The existence or non-existence of a
declared conflict of interests shall be included at the end of all
articles published.
Bioethics of experiments involving human beings
Experiments involving human beings shall follow the specific
resolution of the National Health Council available in the Internet
address (http://conselho.saúde.gov.br//docs/Resoluções/Reso/
96de96.doc), including the signature of an informed consent
and the protection to volunteer privacy.
Bioethics of experiments involving animals
Experiments involving animals shall follow specific resolutions
(Law 6,638, of May 8, 1979, and Decree 24,645, of July 10,
1934).
Clínical Assays
Article containing results of clínical assays should disclose all
information required for their proper evaluation, as previously
established. Authors shall refer to the “CONSORT” (www.
consort. statement.org).
Review by peers
All articles submitted shall be evaluated by two analysts,
who shall issue a fundamented opinion to be used by the
editors to decide whether or not the paper will be accepted.
Evaluation criteria include originality, contribution to the body
of knowledge in the area, methodological adequacy, clarity, and
contemporaneity. Articles accepted for publication may have
editorial revisions to improve clarity and understanding without
changing its contents.
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receiving letters from the readers will receive 20 printed copies
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• a letter of submission signed by all authors or by the first
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part of the paper being submitted; 2) a declaration of relations,
financial or otherwise, that could lead to a conflict of interests;
3) a declaration that the article has been read and approved
by all coauthors and that the criteria to claim authorship (see
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represents that the information in the manuscript is true; 4)
name, address, telephone number, and e-mail of the author
who will receive letters; this author will be responsible to co
mmunicate revisions and print proofs to the other authors.
• Deed of Disclosure of a Potential Conflict of Interests.
• Deed of Copyright Assignment.
• Three copies of the paper typed in double space, printed
in letter-sized paper only on the front (without printing on
the back), margins of 2.5 cm and double space, with pages
numbered in the upper right corner; figure legends, figures,
and tables should be placed at the end, attached to each
copy; indicate in the text the place to insert figures and tables.
• Three sets of figures in shiny photographic copies.
• a CD containing the text file only, with the paper text, and the
files containing photographs or figures.
How to prepare the CD
• Formatted CD compatible with IBM/PC;
• Use Microsoft Word for Windows text software;
• The text file to contain only the text, from the title page to the
references, and the tables;
• Figures are not to be included in the text file;
• Place in the CD the lest version of the paper, identical to the
printed version submitted;
• Label the CD informing the software and the version used, and
the filed name.
Submission of a paper by e-mail allows for greater efficiency
of the revision procedures. For that purpose, the text and the
figures files shall be sent to the GED e-mail ([email protected]).
Messages to the editors with identification of the authors should
be sent together with conventional and electronic addresses,
and together with information about the format used. The paper
shall be sent as an attachment, as a Word for Windows file.
Figures shall be in the jpeg or tiff formats.
ISSN 0101-7772
Índice
Anais da XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo
23 a 26 de novembro de 2014 - Rio de Janeiro - RJ
CBCD – ORAL
Análise das Complicações após Esofagectomia por Neoplasia de Esôfago: 332 Pacientes • Avaliação do Perfil, da
Adesão às Medidas Farmacológicas e/Comportamentais e
o Impacto na Qualidade de Vida dos Portadores de DRGE
após Cirurgia
29
Esôfago de Barrett: Análise dos Aspectos Clínicos e Terapêuticos • Intervalo entre Início dos Sintomas e Diagnóstico de Megaesôfago: Atraso do Diagnóstico
30
Níveis de PCR Como Preditor de Óbito em Pacientes Submetidos à Esofagectomia por Neoplasia de Esôfago • Uma
Década após Ablação do Esôfago de Barrett com Plasma
de Argônio: Análise Crítica das Técnicas de Ablação após
Seguimento Tardio.
31
Antral Mucosal Diaphragm In Adults as a Cause of Gastric
Outlet Obstruction: Case Report and Review of the Literature • Impacto da Solução de Carnoy no Número de Linfonodos Resgatados em Peças Cirúrgicas de Câncer Gástrico: Estudo Prospectivo Randomizado
32
Sobrevida após Gastrectomia no Câncer Gástrico em
Idosos acima de 80 anos • Sobrevida após Gastrectomia
no Câncer Gástrico em Jovens com Idade até 45 anos
33
Sobrevida após Gastrectomia no Câncer Gástrico Precoce •
Tratamento Cirúrgico do GIST Gástrico
34
A Melhor Via de Administração para a Terapia Celular no
Modelo Experimental de Síndrome de Small for Size em
Ratos • Aplicabilidade Clínica da Elastografia Hepática em
Carcinoma Hepatocelular em Lista de Transplante de Fígado
tário Oswaldo Cruz nos Anos de 2010 e 2011 • Anemia
Antes e Após Cirurgia Bariátrica: Prevalência e Evolução
Pós-Operatória Até 05 Anos de Seguimento
Avaliação da Influência das Modificações da Composição
Corporal nos Níveis de Lactato Sanguíneo de Pacientes Obesos Mórbidos e Super-Obesos não Diabéticos
Submetidos à Cirurgia Bariátrica
41
Correlação entre a Composição Corporal e a Capacidade
Funcional, Avaliada por Teste de Caminhada, em Obesos
Graves em Pré-Operatório de Cirurgia Bariátrica • Correlação entre a Força Muscular e a Composição Corporal em
Obesos Mórbidos e Super-Obesos em Pré-Operatório de
Cirurgia Bariátrica
42
Evolução da Resistência à Insulina após Cirurgia Bariátrica
de acordo com a Gravidade da Obesidade
43
Hipertrofia Ventricular e Sobrecarga Ventricular Esquerdas
em Obesos Mórbidos com Hipertensão Arterial Sistêmica
em Pré-Operatório de Cirurgia Bariátrica – Análise Ecocardiográfica • Índice de Adiposidade Corporal – IAC Modificado para Estimativa de Gordura Corporal na Obesidade
Mórbida
44
Aplicação de Critérios Altamente Seletivos é Essencial para
Realização de Duodenopancreatectomia Laparoscópica •
Baixa Mortalidade em 97 Duodenopancreatectomias
Consecutivas: a Experiência de Um Grupo
45
35
Cirurgia Minimamente Invasiva para Tratamento de Tumor
Sólido Pseudopapilífero do Pâncreas (Tumor de Frantz) •
Efeito da Idade Avançada em Pacientes Submetidos à
Colecistectomia Laparoscópica: Resultados Preliminares
46
Cirurgia para Hipertensão Portal Esquistossomótica • Qual
o Impacto das Ressecções Videoassistidas na Difusão da
Cirurgia Hepática Minimamente Invasiva?
36
Fístula Pancreática em Pós-Operatório de Pancreatectomias:
Fatores de Risco e Tratamento
47
Tratamento Cirúrgico do Adenoma Hepático Roto: Experiência de 18 Anos • Tratamento Não Cirúrgico da Hipertensão Portal Esquistossomótica • Análise das Complicações
Intra-Hospitalares no Pós-Operatório de Pacientes Submetidos à Reconstrução de Trânsito Intestinal
37
Pancreatectomia Central Totalmente Laparoscópica: Série
de 4 Casos • Pancreatectomia Corpo-Caudal Videolaparoscópica: Experiência Inicial de um Serviço
48
49
Análise de Vias Identifica Il17 e Il1b como Reguladores do
Processo Inflamatório em Pacientes com Doença de Crohn
não Respondedores ao Anti-Tnfα • Diagnóstico da Contração Paradoxal do Puborretal em Mulheres Adultas: Eletroneuromiografia com Agulhas Concêntricas, Eletromanometria Anorretal e Teste de Expulsão do Balão
38
Papel da Ecoendoscopia na Avaliação da Indicação Cirúrgica em Pacientes Portadores de Neoplasia Cística Mucinosa
do Pâncreas. Análise de 29 Pacientes do HUCFF/UFRJ. •
Tumor Neuroectodérmico Primitivo da Cabeça Pancreática
Laparoscopic Training Model Using Fresh Human Cadavers Without the Establishment of Penumoperitoneum • O
Papel da Cinedefecografia no Diagnóstico da Contração
Paradoxal do Puborretal em Mulheres Adultas
Análise da Qualidade de Vida no Pós-Operatório de Pacientes Submetidos à Cirurgia Bariátrica no Hospital Universi-
CBCD – SEÇÃO ESPECIAL
39
Caracterização Imunohistoquímica e Molecular dos Pacientes com Suspeita Clínica de Síndrome de Lynch (Sl) •
Parâmetros Pressóricos Normais da Manometria Anorretal
51
52
40
Análise de Polimorfismos das Enzimas Ciclooxigenase-2
e Metilenotetrahidrofolato Redutase em Pacientes com
Câncer do Esôfago • Fatores Preditivos de Sobrevida em
Pacientes com Câncer Avançado do Esôfago
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
9
A nais
Morbimortalidade da Ressecção Local Ampliada do Câncer
Gástrico Avançado • Resultados Cirúrgicos de Pacientes
Submetidos a Gastrectomias com Linfadenectomia D1 por
Condições Clínicas Desfavoráveis
53
O Efeito Protetor Celular do Dissacarídeo Trissulfatado
na Lesão Hepática Induzida por Isquemia e Reperfusão •
Evolução Pós-Operatória Tardia de Obesos Graves Submetidos à Gastroplastia com Derivação em Y de Roux- Análise
da Influência dos Enterohormônios no Reganho de Peso
54
CBCD – VÍDEO
10
Associação de Videolaparoscopia com Microcirurgia Endoscópica Transanal (Tamis) para Ressecção de Adenocarcinoma de Reto Médio – Relato de Caso • Colectomia
Direita Ampliada Vlp com Anastomose Intracorpórea
56
Ressecção Videolaparoscópica de Cisto Broncogênico –
Relato Videográfico Realizado no Hospital Universitário
Clementino Fraga Filho (UFRJ) • Retossigmoidectomia
Videolaparoscópica Associada à Microcirurgia Endoscópica Transanal (Tamis) em Tempo Único no Tratamento de
Tumores Colorretais Sincrônicos – Relato de Caso
57
Esofagectomia Toracoscópica e Laparoscópica no Tratamento Cirúrgico do Megaesôfago Avançado • Hiatoplastia com Fixação de Pericardio Bovino e Fundoplicatura a
Nissem, Associado à Dilatação Intraoperatória de Estenose
Péptica, em Paciente com Estenose Péptica e Esôfago Curto
58
Linfadenectomia Paratraqueal e Recorrencial em Câncer
Esofágico: Descrição da Técnica • Operação de Merendino
por Via Laparoscópica para Tratamento de Adenocarcinoma de Cardia Siewert II • Tratamento Videolaparoscópico
de Fístula Esofagogástrica em Fundoplicatura
59
Gastrostomia por Videolaparoscopia com Recursos da
Endoscopia • Ressecção de Adenocarcinoma Gástrico por
Videolaparoscopia no Estômago Excluso após Bypass
60
Allps: Como Operar e Selecionar os Pacientes
61
62
Capilaríase Hepática Mimetizando Malignidade - Relato
de Caso • Hepatectomia Direita Totalmente Videolaparoscópica para Tratamento de Adenoma Hepático Gigante •
Hepatectomia Esquerda Híbrida: um Método Acessível de
Cirurgia Minimamente Invasiva
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Tratamento das Hérnias Inguinais por Videocirurgia pela
Técnica Tapp • Abordagem Laparoscópica em Pós - Operatório Precoce de Complicação após Bypass em Y de Roux.
67
Correção Laparoscópica de Hérnia Interna e Rafia do
Espaço de Petersen em Abdome Agudo Obstrutivo Pós-Gastroplastia com Bypass Gastroenteral • Gastrectomia
Vertical Laparoscópica após Transplante Hepático
68
Tratamento Laparoscópico de Deslizamento de Anel após
Cirurgia de Fobi-Capella Convencional: Reconfecção de
Bolsa Gástrica • Cistojejunostomia em Y de Roux Videolaparoscópica para Tratamento de Pseudocisto Pancreático
em Paciente com Bypass Gástrico Prévio • Gastro Duodeno
Pancreatectomia Videolaparoscópica
69
CBCD PÔSTER
Neovesícula com Cálculo Biliar Recorrente em Síndrome
Pós-Colecistectomia: Relato de Caso • Síndrome de Mirizzi
em Gestante - Relato de Caso
71
Trombose de Veia Mesentérica Superior com Tratamento
Cirúrgico - Relato de Caso • Abdome Agudo Obstrutivo
por Metástase Jejunal de Adenocarcinoma de Cólon
72
Abordagem Pré-Operatória do Paciente com Megacólon
Tóxico em Unidade de Terapia Intensiva
73
Colectomia Total com Amputação Abdomino-Perineal devido Doença de Crohn em Paciente Jovem - Relato de Caso
• Embolização Arterial Seletiva de Angiodisplasia Colônica
• Fitobezoar: Um Relato de Obstrução Intestinal por Impactação de Sementes de Acerola em Reto.
74
Histiocitose de Células de Langerhans em Cólon - Relato
de Caso
75
Influência do Preparo Intestinal Mecânico na Formação
de Aderências Peritoneais em Cirurgia Colorretal: Estudo
Experimental em Cães • Influência do Preparo Intestinal
Mecânico na Pressão de Ruptura da Anastomose ColoCólica: Estudo Experimental em Cães
76
Ingestão Maciça de Corpo Estranho - Tóxico - Cocaína Relato de Caso • Intussuscepção Intestinal em Adulto Relato de Caso
77
78
Ressecção Hepática de Hepatocarcinoma Gigante •
Ressecção Regrada Videolaparoscópica de Segmento 3
Hepático em Paciente com Ascite e Peritonite Encapsulante
63
Intussuscepção Intestinal em Adultos: Importância da Correlação Ultrassonográfica, Cirúrgica e AnatomopatológicaRelato de Caso e Revisão da Literatura • Intussuscepção
Intestinal por Lipoma em Cólon Ascendente
Reparo Intestinal Minimamente Invasivo em Acidente por
Curetagem Uterina • Colecistectomia Laparoscópica com
Duas Punções e Utilização de Agulhas em Formato de Anzol
64
Lipoma no Cólon Direito: Relato de Caso • Mucocele de
Apêndice: Relato de Caso
79
Esplenectomia Videolaparoscópica sem e uso de Grampeadores: Treinamento de Residentes em Videolaparoscopia
Avançada • Gossibipoma Tratado por Videolaparoscopia
65
Neoplasia Maligna de Reto Baixo em Paciente Jovem •
Obstrução Intestinal por Vólvulo de Sigmoide
80
81
Herniorrafia Incisional Complexa por Via Laparoscópica •
Ressecção Laparoscopica de Leiomiossarcoma de Mesentério
66
Perfil dos Pacientes Ostomizados do Hospital de Base •
Polipose Adenomatos a Familiar: Um Relato de Caso
Polipose Hamartomatosa Juvenil - Relato de Caso • Pólipo
82
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
de Apêndice: Relato de Caso
Prevenção de Hérnia Paraestomal, com Reforço em Tela
de Polipropileno em um Paciente com Neoplasia de Reto:
Relato de Caso em um Hospital de Referência na Amazônia
83
Proctocolectomia Restorativa com Ileoneorreto-Anastomose no Tratamento Cirúrgico da Polipose Adenomatosa
Familiar em Crianças • Prolapso Pélvico Multicompartimental - Associação de Múltiplos Procedimentos Abdômino-Perineais: Relato de Caso
84
Relato de Caso de Adenocarcinoma de Reto Localmente
Avançado • Relato de Caso: Abaixamento Retro-Retal do
Cólon com Anastomose Colorretal na Doença de Hirschsprung
85
86
Relato de Caso: Hérnia Diafragmática de Cólon como Causa
de Empiema Pleural • Relato de Casos Clínicos de Mucoce- 87
Relato de Caso: Diverticulite Complicada
le de Apêndice com Apresentacões Clínicas Distintas
Seguimento Clínico a Longo Prazo de Crianças com Displasia Neuronal Intestinal • Síndrome de Gardner: Relato de
Caso
88
Infecção por Enterobius Vermicularis Mimetizando Apendicite Aguda: Relato de Caso com Descrição Morfológica e
Revisão da Literatura
89
Tratamento de Fissura Anal Crônica Associada a Prolapso
Hemorroidário por Aplicação Intraesfincteriana de Toxina
Botulínica Tipo “A” - Relato de Caso • Tumor Obstrutivo
Cólon Ascendente devido à Neoplasia Endócrina Múltipla:
Relato de Caso
90
Tumor Sincrônico de Cólon: um Relato de Caso • Vasculite
Mesentérica no Pós-Operatório de Apendicectomia Videolaparoscópica: Relato de Caso
91
Reconstrução de Trânsito Videolaparoscópica Pós Retossigmoidectomia a Hartmann por Diverticulite Aguda Complicada • Tratamento Cirúrgico de Fístula Uretrocistoretal Pós
Radioterapia para Tratamento de Neoplasia de Próstata
92
Videolaparoscopia combinada com a Via Vaginal para
Retossigmoidectomia por Endometriose • Carcinoma Espinocelular em Divertículo de Zenker • Orientações na Perfuração Esofágica - Experiência de um Centro Especializado
93
Redundância da Coloplastia como Causa de Disfagia Tardia
Após Esofagocoloplastia para Tratamento da Estenose
Cáustica do Esôfago • Abordagem de Lesão Extra Mucosa
do Terço Médio do Esôfago - Técnica Cirúrgica
94
Abordagem do Trauma Esofágico Distal em Urgência e
Emergência - Relato de Caso
95
Acalásia Idiopática: Tratamento Cirúrgico pela Técnica de
Serrá-Dória • Avaliação dos Resultados da Esofagectomia Indicada para o Tratamento do Câncer e de Afecções
Benignas do Esôfago
96
Avaliação dos Resultados do Tratamento Cirúrgico em
Pacientes Portadores de Estenose Cáustica de Esôfago •
97
Carcinoma Epidermoide em Terço Distal de Esôfago sem
Fatores de Risco Classicamente Conhecidos – Relato de Caso
Carcinoma Epidermoide Invasivo em Transição Esôfago
Gástrica: Apresentação Atípica em Tumor de Transição
Esôfago Gástrica – Relato de Caso • Carcinoma Neuroendócrino do Esôfago: Relato de Caso
98
Câncer de Esôfago Avançado em um Hospital de Referência em Belém do Pará • Esôfago Negro em Paciente Etilista
99
Identificação dos Tipos Psicológicos em Pacientes com
Câncer de Esôfago: Contribuições para a Equipe Clínica e
Multidisciplinar • Leiomioma Sintomático em Esôfago
100
Megaesôfago Chagásico Submetido à Cardioplastia a ThalHatafuku e Tratamento Complementar: Relato de Caso •
Um Caso Raro de Múltiplas Metástases Cutâneas de Carcinoma Epidermoide do Esôfago
101
Esôfago-Gastrectomia por Vídeo com Toracoscopia em
Decúbito Ventral por Adenocarcinoma de Esôfago • Tratamento Videolaparoscópico da Úlcera Gástrica Perfurada:
Uso do Ligamento Redondo Como Alternativa ao Reforço
com Omento Maior
102
Lipoma Gástrico Infantil: Relato de Caso do Tratamento
Cirúrgico e Revisão da Literatura
103
Tumor Desmoide Abdominal Gigante: Relato de Caso •
Uma Nova Técnica de Gastrostomia Cirúrgica a Partir de
Conceitos da Gastrostomia Endoscópica • Adenocarcinoma
Gástrico: Um Relato de Caso
104
105
Cisto de Duplicação Gástrico: Discussão da Abordagem Tera106
pêutica • Gastrectomia Total com Esplenectomia e PancreaCâncer Gástrico Avançado: Relato de Caso
tectomia Corpo - Caudal por Tumor Gástrico Avançado
Gastrite por Refluxo Biliar Pós-Gastrectomia a Billroth Ii (Bii)
• GIST Gástrico de 13Kg em Paciente Assintomático
107
Neoplasia Gástrica Avançada: Um Relato de Caso • Neoplasia Gástrica em Paciente com Leucemia Mieloide Crônica:
Relato de Caso
108
Perfil Glicêmico e Lipídico em Pacientes Submetidos à
Cirurgia Bariátrica em Hospital da Rede Privada de São
Luís-MA • Pseudotumor Gástrico Obstrutivo Causado pelo
CMV em Paciente com Sida: Relato de Caso e Revisão do
Tratamento Cirúrgico
109
Relato de Caso - Neoplasia Gástrica em Adulto Jovem •
Relato de Caso: Abordagem de um Tumor Gigante do
Estroma Gastrintestinal (GIST)
110
Resultados da Gastrectomia Radical para o Câncer Gástrico: Relato de Casos e Revisão da Literatura
111
Tumor do Estroma Gastrointestinal (GIST): Relato de um
Caso em Paciente Jovem • Tumor Gástrico Evoluindo para
Obstrução Intestinal Baixa: Um Relato de Caso
112
Úlcera Gástrica Perfurada em Parede Posterior • Corpo
Estranho Gástrico - Tratamento Laparoscópico
113
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
11
A nais
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Fístula Tardia em Pós-Operatório de Gastrectomia Vertical:
Relato de Caso • Gastroduodenectomia com Linfadenectomia Videolaparoscópica
114
Separação de Gêmeos Onfalópagos com Fígado
Compartilhado • Síndrome de Mirizzi e Marcador Tumoral
Elevado: Um Relato de Caso
130
Ressecção Videolaparoscópica Transgástrica de Tumor
Subepitelial Gástrico Guiada por Endoscopia Digestiva Alta
• Redução Laparoscópica de Volvo Gástrico com Fundoplicatura de Nissen e Correção de Hérnia Diafragmática
Gigante
115
Tratamento Cirúrgico da Doença Hepática Policística: Série
de Casos e Revisão da Literatura • Tratamento Conservador em Trauma Penetrante por Arma de Fogo em Transição
Toracoabdominal Direita: Relato de Caso
131
Associação de Radiofrequência Hepática com Ligadura
da Veia Porta na Hepatectomia em Dois Estágios • Rejeição Aguda Tardia no Transplante de Fígado: a Experiência
de Único Centro • Transplante de Fígado no Tratamento
da Síndrome Dress (Drug Reaction with Eosinophilia and
Systemic Symptoms) – Relato de Caso
116
Tratamento Paliativo de Obstrução Maligna do Hilo Hepático pela Técnica de Hepp Couinaud • Tratamento Videolaparoscópico de Cisto Hepático Gigante
132
Tumor Carcinoide Gigante Primário do Fígado: Relato de
Caso • Tumor de Klatskin – Relato de Caso
133
117
Abscesso Hepático Secundário à Perfuração Gástrica por
Corpo Estranho: Relato de Caso • Agenesia de Vesícula 118
Doença Policística Hepática - Tratamento Laparoscópico •
Ressecção de Adenoma Hepático por Videolaparoscopia com Uso de Habib • Ressecção Videolaparoscópica do Hemangioma Cavernoso Gigante • Tratamento
de CHC Videoassistida Periféricos com Radioablação
134
119
135
Baço Acessório em Pacientes Pós-Cirurgia de Dape •
Calculose Intra-Hepática: Revisão de Literatura
Carcinoma Epidermoide de Vesícula Biliar: Relato de Caso
• Cistoadenoma Hepatobiliar: Relato de Caso e Revisão da
Literatura
120
Síndrome de Bouveret: Descrição de uma Apresentação
Atípica e Revisão de Literatura • Tuberculose Intestinal
Complicada, Relato de Caso e Revisão da Literatura • Volvo
Espontâneo de Jejuno Causando Obstrução Intestinal Alta
e Isquemia Mesentérica – Relato de Caso
Abdome Agudo Obstrutivo por Intussuscepção Idiopática
em Idoso - Relato de Caso
136
Colangiocarcinoma Associada à Colangite Esclerosante
Primária e Retocolite Ulcerativa: Relato de Caso
121
137
Coledocolitíase e Colelitíase com Achado Intraoperatório
de Possível Cirrose Hepática • Coledocolitíase: Um Relato
de Caso
122
Abscesso Hepático como Manifestação de Divertículo de
Meckel: Relato de Caso • Apendicite Aguda por Enterobius Vermicularis - Relato de Caso
138
Desvascularização Arterial e Portal Segmentar sem Ressecção no Tratamento do Hepatocarcinoma com Resolução de Cura: Relato de Caso • Estenose Cicatricial das Vias
Biliares: Um Relato de Caso
123
Apendicite Retroperitoneal e suas Complicações • Associação entre Doença de Crohn e Angiodisplasia: Relato de
Caso • Avaliação das Características Clínicas e Epidemiológicas de 1.120 Pacientes com Apendicite Aguda Tratados
em Hospital Público de Referência
139
Estenose de Colédoco em Paciente Oncológica – Relato de
Caso • Experiência Inicial do Piauí em Retirada de Fígado
para Transplante: Análise da Sobrevida do Enxerto e Tempo
de Isquemia
124
Cistos de Mesentério • Diagnóstico Ultrassonográfico em
Apendicite na Residência Médica de Cirurgia Geral no Vale
do Jequitinhonha –Série de Casos
140
Hemangioma Hepático Gigante: Tratamento Cirúrgico •
Hepatocarcinoma Extenso Oligoassintomático
125
Diverticulite de Meckel Mimetizando Quadro de Apendicite - Relato de Caso e Revisão da Literatura • Divertículo
de Meckel como Causa de Obstrução Intestinal em Adulto
141
Litíase Intra-Hepática Envolvendo Todos os Segmentos do
Lobo Direito Tratada com Hepatectomia
126
Evolução Pós-Operatória de Pacientes Com Apendicite
Aguda Fase IV: Estudo Prospectivo • Hérnia Inguino-Escrotal Encarcerada em Neonato
Paciente com Coledocolitíase Quatro após Colecitectomia e Dois Anos após Colangiopacreatografia Retrógrada
Endoscópica • Paciente Diagnosticado com Síndrome de
Mirizzi
127
História da Apendicectomia: Uma Revisão Bibliográfica •
Impacto dos Polimorfismos do Cox-2 na Sobrevida de
Pacientes com Câncer Colorretal (CCR)
142
143
Panorama Histórico das Hepatectomias • Paraganglioma
Hepático Primário Não-Funcionante: É Possível?
128
Intussuscepção Ileo-Ileal Idiopática em Criança – Relato de
Caso • Intussuscepção Ileocecal Extendida para o Reto em
Lactente
Perfil Epidemiológico do Paciente com Câncer de Vesícula
Biliar • Segmentectomia Lateral Esquerda Videolaparoscópica em Pseudotumor Inflamatório: Relato de Caso
130
Melanoma Mestastático: Envolvimento Mesentérico Causando
Obstrução Intestinal por Compressão Extrínseca –Relato de Caso
144
Obstrução Duodenal por Aneurisma de Aorta Abdominal:
145
Abscesso Hepático por Colelitíase: Relato de Caso
Biliar • Apresentação Atípica de Carcinoma Hepatocelular
em Paciente Jovem Não Hepatopata – Relato de Caso
12
da
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
“Síndrome Aortoduodenal”- Relato de Caso • Obstrução
Intestinal Tardia por Ingestão de Caroço de Manga
Relato de Dois Casos de Adenocarcinoma de Delgado
em Serviço de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo em
Sarandi - PR • Ressecção Videoassistida de Sarcoma Ileal
146
Síndrome de Ogilvie (Pseudo-Obstrução Intestinal Aguda) –
Relato de Caso • Síndrome do Intestino Ultracurto: Relato
de Caso
147
Tumor Carcinoide Metastático de Intestino Delgado: Relato
de Caso • Tumor de Intestino Delgado Tipo GIST - Relato
de Caso • Tumor Fibroso Solitário do Mesentério: Relato
de Caso
148
Duodenal Switch Modificada Laparoscópica • Suboclusão
Recorrente por Divertículo de Meckel - Tratamento Totalmente Laparoscópico
149
Percepçâo do Tempo de Antissepsia no Pré-Cirúrgico •
Infarto Esplênico Total - Relato de Caso e Revisão da Literatura
150
Abcesso Esplênico em Consequência de Cálculo Coraliforme: Relato de Caso • Abdome Agudo Causado por Tumor
de Células Germinativas
151
Abdome Agudo Perfurativo por Corpo Estranho sem Identificação de Perfuração Intraoperatória - Relato de Caso •
Abordagem Cirúrgica da Doença de Castleman no Trato
Digestório
152
Abordagem Cirúrgica e o Erro Médico: Uma Revisão
Bibliográfica • Abscesso Esplênico em Paciente Evoluindo
com Quadro Consumptivo: Relato de Caso
153
Acometimento Abdominal de Linfangioleiomiomatose: Um
Relato de Caso
154
Actinomicose Retroperitoneal - Relato de Caso • Adenocarcinoma de Apêndice Cecal em Hérnia de Amyand
155
Adenocarcinoma Metastático em Região Inguinal Direita
Pós - Amputação Abdomino-Perineal devido à Neoplasia
de Canal Anal • Adenocarcinoma Precoce no Segmento
Gástrico Excluso após Bypass Gástrico: Relato de Caso
156
Adrenalectomia Videolaparoscópica de Tumor de Glândula
Adrenal
157
Análise dos Aspectos Clínicos e Cirúrgicos em Pacientes
Vítimas de Escalpelamento • As Dificuldades da Readaptação Alimentar e Ganho Nutricional no Paciente Ostomizado
158
Aspectos Biopsicossociais do Paciente Jovem RecémOstomizado • Avaliação de Pacientes quanto ao Risco de
Infecção de Sítio Cirúrgico em um Hospital Público
159
Carcinoma Espinocelular em Vesícula Biliar – Relato de Caso
• Cisto de Mesentério Gigante de Origem Tuberculosa
160
Cistoadenocarcinoma de Colédoco com Tumor Sincrônico
de Pâncreas • Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE) mais Papilotomia em Paciente com Coledocolitíase Residual – Relato de Caso
161
Condiloma Acuminado com Localização Inguinal em
Paciente Masculino: Relato de Caso • Hérnia de Spiegel
Encarcerada: Relato de Caso
162
Hérnia de Spiegel em Paciente Portadora de Policitemia
Vera: um Achado Intraoperatório de Colecistectomia Videolaparoscópica • Hérnia Incisional Gigante em Paciente Hepatopata - Relato de Caso
163
Hérnia Incisional Volumosa: Tratamento com Pneumoperitônio Progressivo no Pré-Operatório Associado à Sutura
Elástica • Hérnia Inguinal Encarcerada por Torção Testicular
Intravaginal Criptorquídico – Relato de Caso
164
Intussuscepção de Transverso Secundária à Colite Supurativa: Relato de Caso
165
Isquemia Intestinal Secundária à Trombose de Veias Porta
e Mesentérica Superior: Relato de Caso • Íleo Biliar: Relato
de Caso
166
Lesão de Hepático Comum Pós Colecistectomia: Relato
de Caso e Revisão da Literatura • Linfangioma Cístico de
Grande Omento em Adulto: Apresentação de Caso
167
Linfoma como Causa de Intussuscepção Intestinal: Relato
de Caso • Melanoma Maligno do Trato Gastrointestinal
168
Neoplasia de Esôfago Superior, Laringe, Faringe e Tireoide
• Neoplasia Retroperitoneal: Relato de Caso
169
Pseudomixoma Peritoneal - Relato de Caso
170
171
Reconstrução de Trânsito Intestinal e Parede Abdominal
em Peritneostomia Tardia: Relato de Caso • Relato de Caso
- Síndrome do Casulo Abdominal
Relato de Caso: Esplenectomia de Baço Gigante • Ruptura
Espontânea de Veia Renal- Relato de Caso
172
Síndrome de Mirizzi com Derivação Bílio-Digestiva: Relato
de Caso • Suboclusão Intestinal por Hérnia Diafragmática
Pós-Traumática com Tratamento Videolaporoscópico
173
Tratamento Cirúrgico da Síndrome de Dumbar • Tumoração
Abdominal - Conduta Diagnóstica: Relato de Caso
174
Tumores do Aparelho Digestivo em Hospital Universitário:
Análise de 769 Cirurgias • Uso de Tela Anti-Aderente para
Tratamento Laparoscópico de Hérnia de Spiegel: Relato de
Caso
175
Colecistectomia Laparoscópica: 3 ou 4 portais ? • Esplenectomia Videolaparoscópica por Cisto Esplênico de Grande Volume
176
Neuromodulação Sacral - Aspectos Técnicos para o Tratamento da Incontinência Fecal • Tratamento Videolaparoscópico do Aneurisma de Artéria Esplênica • Isquemia e
Delgado devido Hérnia Interna após Cirurgia Bariátrica:
Relato de Caso e Revisão da Literatura
177
Análise do Perfil Clínico no Pré-Operatório de Cirurgia Bariátrica • Cirurgia Bariátrica: Revisão dos Aspectos Psicossociais Pós-Operatório
178
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
13
A nais
14
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Características Clínicopatológicas das Lesões de Crescimento Lateral (LSTS) de Cólon de Acordo com o Aspecto
Macroscópico
194
Colonoscopia Como Método Terapêutico em Intussuscepção Intestinal em Crianças – Revisão de Prontuários •
Comparação Entre Dois Diferentes Parâmetros de Coagulação com Plasma de Argônio (APC) no Tratamento da Retite Actínica Crônica: Ensaio Clínico com Controle Histórico
195
Estudo Prospectivo Duplo-Cego Randomizado entre Preparos de Cólon com Peg 4000 e Lactulose • Novas Estratégias de Preparo Intestinal para Colonoscopia: Lactulose
Combinada com Bisacodil
196
Ressecção Endoscópica Submucosa Colorretal - Experiência do Gastrocentro Unicamp • Retrovisão e Cromoscopia na Avaliação Colonoscópica do Cólon Ascendente no
Rastreamento do Câncer de Cólon em Pacientes Submetidos à Colonoscopia no Serviço de Endoscopia do Hospital
Universitário da Universidade de São Paulo
197
Avaliação da Ecoendoscopia no Diagnóstico Diferencial
das Lesões Císticas do Pâncreas • Avaliação da Precisão e
Qualidade da Ecoendoscopia Associada à Punção Aspirativa com Agulha Fina (Eus-Fna) em Tumores Pancreáticos:
Experiência de um Centro de Referência
198
Ecoendoscopia nas Doenças Pancreáticas • Estudo Comparativo e Prospectivo Sobre a Lavagem Ecoguiada de
Cistos Pancreáticos com Etanol e Iodopovidona
199
200
187
Prevalência de Achados Diagnósticos Definidores na Realização de Ecoendoscopia de Lesões Subepiteliais: Estudo
Retrospectivo • Prevalência de Cistoadenoma Seroso em
Pacientes submetidos à Ecoendoscopia para Avaliação de
Lesões Císticas Pancreáticas
201
188
Tratamento de Varizes Gástricas com Mola e Cianoacrilato
• Abordagem Endoscópica Sistemática para o Diagnóstico
Precoce de Câncer de Esôfago em Pacientes com Câncer
de Cabeça e Pescoço
Schwannoma Pancreático – Relato de Caso e Revisão de
Literatura
189
Análise de Eficácia do Balão Intragástrico numa Casuística
de 2.748 Casos • Análise de Mucosectomias Duodenais do
Centro de Diagnóstico em Gastroenterologia/ HCFMUSP
202
Trauma Pancreático em Criança: Relato de Caso • Tumor de
Cabeça de Pâncreas e Possibilidades Terapêuticas - Relato
de Caso
190
203
Tumor de Frantz: Relato de um Caso com Características
Não Habituais • Tumor Neuroendócrino de Pâncreas em
Paciente Jovem – Relato de Caso
191
Análise do Estudo Endoscópico e Manométrico do Esôfago em Pacientes Portadores de Doenças do Colágeno •
Bypass Gastrojejunal Calibrado Associado à Oclusão do
Piloro Utilizando-se Notes - Estudo Piloto
Complicações a Longo Prazo da Prótese Metálica AutoExpansível em Pacientes com Câncer de Esôfago Avançado • Dissecção Endoscópica Submucosa no Tratamento das Neoplasias Gástricas Precoces - Experiência do
Gastrocentro/Unicamp
204
Dissecção Submucosa para o Tratamento de Tumor
Neuroendócrino Gástrico • Eficácia do Balão Intragástrico
no Preparo do Paciente Pré-Bariátrico
205
ESD em Câncer Gástrico Precoce: Comparação de Resultados entre Japoneses e Brasileiros
206
Comparativo dos Níveis de Albumina Sérica do Pré Operatório e Pós-Operatório de 6 Meses e 1 Ano de Cirurgia Bariátrica • Cotejamento do Grau de Fibrose Hepática
Avançada no Pré-Operatório de Pacientes Submetidos à
Cirurgia Bariátrica: Instituição Pública Versus Privada
179
Obeso Mórbido Tratado com Gastroplastia Redutora com
Bypass Gástrico em Y de Roux: Relato de Caso
180
Aplicatura Gástrica com By Pass: Pode Ser Viável? •
Conversão Laparoscópica de Gastroplastia Vertical em
Gastroplastia com Bypass Gastroenteral
181
Resgate Técnico no Refluxo Gastro-Esofágico após Gastrectomia Vertical • Tratamento Videolaparoscópico de Gestante
com Hérnia Interna Pós-Gastroplastia por Obesidade
182
Cirurgia Revisional – Retirada de Banda Gástrica Ajustável e Realização de By-Pass Gástrico por Via Videolaparoscópica Robótica • Adenoma Viloso de Papila de Vater:
Ressecção Local ou Duodenopancreatectomia?
183
Localização Pré-Operatória de Insulinoma: Análise de Seis
Pacientes Tratados no HUCFF entre 2009/13 • Pseudocisto de Pâncreas Intramural em Duodeno, Associado a
Pseudocisto Pancreático Retrogástrico – Relato de Caso
184
Neoplasia Mucinosa Papilar Intraductal – Relato de Caso
• Neoplasias Císticas de Pâncreas: Desafio Diagnóstico e
Terapêutico
185
Pancreatite Aguda Biliar por Lesão Cística do Pâncreas
– Relato de Caso • Pancreatite Aguda Complicada com
Rotura Esplênica - Relato de Caso
186
Pancreatite Aguda Grave Pós-Duodenopancreatectomia Cefálica em Paciente Jovem com Adenocarcinoma •
Pancreatite Aguda Grave: Qual o Melhor Índice (Escore)
Prognóstico de Gravidade?
Pseudoaneurisma de Artéria Esplênica Secundário à
Pancreatite Aguda Necrotizante: Relato de Caso • Pseudocisto Pancreático Roto: Tratamento Cirúrgico
SOBED ORAL
Análise Crítica do Uso de Midazolam, Fentanil e Propofol
na Sedação Consciente na Endoscopia Digestiva Alta em
Ambiente Não Hospitalar • Avaliação de Lesões Neoplásicas Colorretais através de Cromoscopia e Magnificação
193
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Evolução do Esôfago de Barrett e Rastreamento Endoscópico de Displasia e Adenocarcinoma Esofágico no Serviço de Endoscopia Digestiva da Universidade Estadual de
Campinas – Gastrocentro – Unicamp • Fatores de Risco de
Migração de Prótese Metálica Autoexpansível em Pacientes com Câncer de Esôfago Avançado
207
Miotomia Endoscópica (ME) para Tratamento da Acalasia Experiência de 100 Casos • Mucosectomias Gástricas:
Resultados e Complicações - Experiência do Centro de
Diagnóstico em Gastroenterologia do HCFMUSP
208
Ressecção Total de Parede Gástrica por Via Endoscópica –
Estudo Experimental • Resultados da Dilatação Endoscópica em Pacientes com Estenose da Anastomose Esofagogástrica
209
Vigilância de Câncer Gástrico com Biópsias Randomizadas Versus Direcionadas em Pacientes Gastrectomizados •
Tratamento Endoscópico de Membrana Duodenal Congênita: Uma Série de Casos
de Eventos Adversos (EA) e Mortalidade
Aplicação Clínica da Biópsia por Punção Guiada por Ecoendoscopia em Pacientes com Lesão Cística Pancreática
218
Aspecto Endoscópico da Esquistossomose Mansônica
• Avaliação da Incidência de Efeitos Adversos Precoces
Relacionados ao Exame de Colonoscopia realizados ambulatorialmente no Hospital Sírio-Libanês Unidade Bela Vista
219
Avaliação Prospectiva e Comparativa das Lesões Císticas do Pâncreas Assintomáticas e Sintomáticas Detectadas pela Ecoendoscopia Associada à Punção Aspirativa
com Agulha Fina • Características Clínico-Patológicas das
Lesões de Crescimento Lateral (LSTS) de Cólon de acordo
com o Aspecto Macroscópico
220
210
Casuística de Enteroscopia por Cápsula Endoscópica de
um Centro Terciário de Endoscopia da Cidade de São Paulo
• Colangioscopia nas Patologias dos Ductos Biliares
221
222
Estratégia para Facilitar Acesso à Via Biliar através da Enteroscopia Assistida por Balão em Pacientes com Anatomia
Alterada • Balão Intragástrico como Método Restritivo à
Ingestão Alimentar
211
Colostomia Assistida por Endoscopia com Colopexia Percutânea em Modelo Porcino: Estudo Experimental • Comparação dos Achados Ecoendoscópico e Anatomopatológico
de Lesões Sólidas e Císticas do Pâncreas
223
Endomicroscopia Confocal no Diagnóstico de Lesões
Esofágicas em Pacientes com Neoplasia de Cabeça e
Pescoço
212
Comparação dos Escores Glasgow-Blachtford (GBS),
Rockall Pré-Endoscopia (PRS) e Rockall (RS) na Evolução
dos Pacientes com Hemorragia Digestiva Alta não Varicosa
(HDANV) Atendidos no Hospital de Clínicas da Unicamp
Efeito do Argônio no Reganho de Peso em Pacientes
Submetidos ao Bypass Gástrico • Enteroscopia Assistida por
Balão (EAB) nos Tumores do Intestino Delgado (Tid)- Experiência de um Centro Especializado
224
Experiência no Tratamento de Superobesos com Balão Intragástrico (BIG) em uma Série de Casos: Perfil dos Pacientes,
Perfil Bioantrométrico e Complicações • Helicobacter Pylori Avaliação Retrospectiva de 107 Pacientes após uso de
Balão Intragástrico
225
Hemorragia Digestiva Alta não Varicosa de Causa Ulcerosa: Análise do Perfil dos Pacientes Atendidos no Hospital de Clínicas da Unicamp - Comparação entre Úlceras
Duodenais e Gástricas e Avaliação do Helicobacter Pylori
• Hiperplasia Folicular Linfoide: Estudo da Infecção pelo
Helicobacter Pylori na Nodularidade da Mucosa Gástrica
226
Implantação do Curso de Suporte Avançado de Vida em
Gastroenterologia – Endoscopia (Saga-E) no Centro Diagnóstico em Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da
FMUSP: uma nova Perspectiva
227
Indicadores de Qualidade do Centro de Treinamento de
Endoscopia Digestiva da SOBED – Hospital Madre Teresa
– BH-MG • Lesões Colorretais < 1 cm – Qual é sua Importância ? • Linfoma de Burkitt Gástrico
228
Manejo Endoscópico das Fístulas Pós-Cirurgia Bariátrica (FPCB) com Uso de Prótese Metálica Autoexpansível
(PMAE): Relato de Série de Casos
229
Manitol no Preparo Domiciliar de Colonoscopia: Eficácia e Tolerabilidade • Melanoma Gástrico Metastático: Relato de Caso
230
SOBED CET
A Utilização da Escala de Boston para Avaliação do Preparo Intestinal e sua Correlação com a Detecção de Pólipos,
Lesões Planas ou Tumores • Análise Comparativa entre
Pacientes Admitidos com Hemorragia Digestiva Alta Varicosa e por Doença Ulcerosa Péptica no Centro de Hemorragia de um Hospital de Referência da Bahia
213
Análise da Variação Interobservador entre Endoscopistas no Diagnóstico de Esôfago de Barrett Curto • Análise
das Causas de Mortalidade em Pacientes Submetidos à
Gastrostomia Endoscópica Percutânea
214
Análise das Complicações Após Realização de Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica no Centro de
Hemorragia Digestiva do Hospital Geral Roberto Santos em
Salvador - Bahia
215
Análise de 208 Enteroscopias Assistidas por Balão (EAB)
• Análise do Sucesso na Desobstrução da Via Biliar e Taxa
de Remoção de Cálculos Através da Realização de Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica no Centro de
Hemorragia Digestiva do Hospital Geral Roberto Santos em
Salvador - Bahia
216
Análise dos Resultados da Endoscopia Digestiva Alta nos
Pacientes em Pré-Operatório de Cirurgia Bariátrica Atendidos no Serviço de Endoscopia da Santa Casa de São Paulo
• Análise Prospectiva e Comparativa da Ecoendoscopia (E)
Diagnóstica (D) e Terapêutica (T) em Relação à Frequência
217
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
15
A nais
16
Miotomia Endoscópica Perioral para Tratamento da Acalásia Esofagiana Idiopática e do Megaesôfago Chagásico •
Mucosecomia como Tratamento de Neoplasia Precoce de
Esôfago: Relato de Caso
231
O Uso da Pinça de Biópsia como Técnica Auxiliar à Retificação Endoscópica na Visualização da Papila Duodenal
Maior Utilizando se o Esofagogastroduodenoscópio de
Visão Frontal • Perfil das Lesões Císticas Avaliadas por
Ecoendoscopia no Serviço de Endoscopia Gastrointestinal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo
232
Perfil Epidemiológico de Casos de Ingestão de Corpo
Estranho na Santa Casa de São Paulo no Período de
Julho de 2013 a Julho de 2014 • Perfil Epidemiológico dos
Pacientes Portadores de Megaesôfago Submetidos à Dilatação Pneumática Endoscópica do Cárdia em Hospital de
Referência da Bahia
233
Perfil Epidemiológico dos Pacientes Submetidos à Colonoscopia pela Primeira Vez em um Hospital Terciário na
Cidade de São Paulo
234
Prevalência de Colite Microscópia em Pacientes Idosos
com Diarreia Crônica • Prevenção da Pancreatite Aguda
Pós CPRE com uso de Diclofenaco – Resultados Parciais
de um Estudo Randomizado
235
Proposta de Diretriz: Ingestão de Corpo Estranho e Impactação Alimentar • Prótese Biliar Autoexpansível Metálica
em Perfuração Esofágica Após Dilatação em Estenose
Cáustica em Criança: Relato de Caso
236
Relevância Clínica e Endoscópica da Melanose Esofágica –
Série de Casos • Seguimento em Pacientes com Balão
Intragástrico: Porcentagem de Perda de Peso
237
Tecnologia de Banda Estreita Utilizando Fonte de Iluminação a Laser para Detecção de Carcinoma Superficial Espinocelular de Esôfago – Estudo Piloto
238
Tratamento de Complicação de PEG em Criança • Tratamento de Estenose Refratária com Estenotomia Associado
à Dilatação Endoscópica: Relato de Caso
239
Tratamento do Blue Rubber Bleb Nevus Syndrome com
Cianoacrilato • Tratamento Endoscópico das Estenoses
Benignas do Trato Digestivo Alto no Paciente Oncológico
240
Tratamento Endoscópico das Estenoses Biliares Pós Transplante Hepático • Tumor de Células Granulares Sincrônicos
no Esôfago
241
Tumor de Vesícula Biliar como Causa de Hemorragia
Digestiva Alta
242
Utilização da Ecoendoscopia Diagnóstica (EUS) e do Tratamento Simultâneo pela Colangiopancreatografia Retrógrada
Endoscópica (CPRE) em Pacientes com Risco de Coledocolitíase • Validade do Consenso Internacional de Fukuoka para
as Neoplasias Mucinosas do Pâncreas (NMP)
243
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
SOBED: VÍDEO
CPER Via Gastrostomia Laparoscópica • CPRE Assistida
por Enteroscopia de Monobalão (CPRE-EMB) através
da Papila Nativa para Tratamento de Coledocolitíase em
Paciente com Anatomia Cirurgicamente Modificada
245
Dupla prótese Metálica em Paciente com Tumor de Klatskin
• Papilotomia Transgástrica para Tratamento de Coledocolitíase em Paciente Submetido à Gastroplastia com Anastomose em Y de Roux • Ligadura Elástica Endoscópica de
Hemorroidas
246
Ressecção Endoscópica de Estenose de Anastomose Colorretal • Treinamento Experimental de Dissecção
Endoscópica Submucosa (ESD) Colorretal
247
Uso da Ligadura Elástica na Prevenção de Sangramento
Pós Polipectomia de Cólon - Relato de 2 Casos • Coledocoduodenostomia Ecoguiada com Utilização de Prótese
Plástica
248
Drenagem Endoscópica Ecoguiada de Pseudocisto com
Prótese Metálica Autoexpansível, Complementada com
Lavagem do Pseudocisto e Passagem de Próteses Plásticas • Notes como Técnica de Resgate de Prótese Metálica
Migrada durante Hepatogastrostomia Ecoguiada
249
Obliteração de Varizes Gástricas com Coil e Cianoacrilato •
Conduta no Câncer Precoce de Esôfago: Contribuição da
Endomicroscopia Confocal a Laser
250
Dissecção Endoscópica Submucosa (ESD) de Câncer
Gástrico Superficial: Relato de Caso • Endomicroscopia
Confocal a Laser no Estômago Atrófico: Distinção entre
Adenoma e Metaplasia Intestinal
251
Melanoma Metastático: A Lesão Rara em seus Vários Estágios Evolutivos • Miotomia Endoscópica no Tratamento da
Acalásia Idiopática
252
O Desafio da Espinha de Peixe • Perfuração Gástrica durante Endoscopia Diagnóstica Utilizando Videoendoscópico
Terapêutico (Duplo Canal) em Paciente Desnutrido Grave
253
Piloromiotomia Endoscópica (G-Poem) • Polipose Gástrica
Difusa
254
Ressecção Endoscópica de Lesão Subepitelial de Corpo
Gástrico • Ressecção Endoscópica Submucosa para Tratamento de Neoplasia Precoce no Esôfago de Barrett
255
Retirada de Balão Intragástrico Utilizando Técnica com
Aparelho de Duplo Canal e Alça Trapezoide • Técnica
Combinada para Resolução de Fístula Gastrocutânea Pós
Retirada de Gastrostomia • Técnica Endoscópica de Remoção da Banda Gástrica Migrada
256
Técnica Híbrida na Ressecção Endoscópica de Lesão Gástrica Precoce • Tratamento da Estenose Cáustica Refratária
com uso de Prótese Plástica Autoexpansível
257
Tratamento de Fístula Esofagocutânea com Prótese Metálica Autoexpansível • Tratamento Endoscópico do Anel
258
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Gástrico Migrado
Tratamento Endoscópico do Anel Gástrico Migrado (Duplicado) • Tratamento Endoscópico do Divertículo de
Killian-Jamieson
259
Uso de Cianocrilato na Terapia de Varizes Gástricas • Utilização de “CAP” Modificado para Dissecção Submucosa
Endoscópica: Modelo Experimental
260
Retirada Endoscópica de Tricobezoar em Criança – Relato
de Caso • Enteroscopia Espiral
261
Histiocitose Azul-Marinho (Doença de Niemann Pick)
Associada à Adenoma de Alto Grau em Intestino Delgado • Tratamento Endoscópico de Estenose em Jejuno por
Doença de Crohn pela Enteroscopia Single Ballon
262
Tratamento Endoscópico de Lesão de Dieulafoy em Jejuno
• A Retirada de Uma Prótese Duodenal é Sempre Possível!!!
263
SOBED PÔSTER
Retrógrada Endoscópica após Transplante Hepático: Relato de Caso
Tratamento de Obstrução de Prótese Biliar Metálica com
Colocação de uma Segunda Prótese Metálica • Tratamento
Endoscópico de Fístula Biliar após Ressecção de Tumor
Neuroendócrino Hepático
275
Tratamento Endoscópico de Fístula Biliar Pós-Colecistectomia em Paciente com História Prévia de Gastrectomia
Billroth II • A Qualidade do Preparo Colônico em Pacientes
Submetidos à Colonoscopia em Centro de Referência do
Estado do Ceará
276
Adenocarcinoma em um Diverticulo de Cólon: Relato de Caso • Complicações em Pacientes Submetidos à
Colonoscopia Terapêutica no Centro de Diagnóstico em
Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo
277
Diarreia como uma Apresentação Tardia de Fístula após
Gastrostomia Endoscópica Percutânea (PEG) • Divertículo
de Reto: Relato de Caso
278
Espiroquetose Intestinal • Fotos de um Volumoso GIST de
Corpo Gástrico: Papel da Ecoendoscopia • Imagens Ecoendoscópica e Endoscópica de Ampuloma e Colelitíase
265
Doença de Crohn na Infância: Relato de Caso • ESD de
LST de Reto
279
Papel da Ecoendoscopia na Lesão Nodular do Pâncreas •
Papel da Ecoendoscopia no Diagnóstico de Volumosa Lesão Gástrica Subepitelial e Terapêutica no Caso de
Sangramento Pós-Punção Ecoguiada
266
Gossipiboma de Ceco: Relato de Caso Diagnosticado por
Colonoscopia e Revisão da Literatura • Hemorragia Digestiva Baixa após Biópsia Prostática Transretal
280
281
Duplo Piloro - Relato de Caso e Revisão da Literatura •
Linfoma de Burkitt com Acometimento Esofágico • Metástase Gástrica de Neoplasia de Testículo
267
Importância da Colonoscopia no Diagnóstico da Colite
Eosinofílica • Intussuscepção Ileocólica: Redução Endoscópica
Lesão Colônica Sugestiva de Esquistossomose Raramente
Descrita • Melanoma de Reto: Relato de Caso
282
Necrose Esofágica Aguda em Paciente Crítico – Relato de
Caso • Levantamento de 825 CPRES Realizadas no Hospital Estadual Mário Covas em Santo André-SP
268
Metaplasia Óssea em Pólipo Inflamatório de Sigmoide –
Relato de Caso • Métastase de Melanoma Maligno para
Cólon
283
Prevalência de Pancreatite Pós-CRPE: Levantamento Prospectivo
269
284
Dilatação Endoscópica Transpapilar Balonada na Coledocolitiase em um Centro de Referência em Colangiografia •
Avaliação de Indicações e Taxa de Sucesso de Colangiopancreatografias Retrógradas Endoscópicas Realizadas
pelo Serviço de Endoscopia Digestiva do Hospital Sugisawa: Análise Prospectiva de 108 Casos
270
Mucosa Gástrica Ectópica no Reto: uma Rara Entidade •
Perfil e Comorbidades de Pacientes Submetidos a Colonoscopia em um Hospital-Escola de Referência no Estado
do Ceará
Pneumatose Cistoide Intestinal • Pneumatose Cistoide
Intestinal– Série de Casos
285
Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada: Descrição de Trezentos e Sessenta e Oito Exames • Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica por Via Transgástrica
Após Bypass Gástrico em Paciente Gestante: Relato de Caso
271
Pólipo Juvenil - Relato de Caso • Pólipos Serrilhados:
Marcadores para Neoplasias Colorretais
286
Preparo para Colonoscopia: Revisão da Literatura • Prótese Metálica em Tumor Estenosante de Reto para Definição
de Conduta Cirúrgica
287
Drenagem Espontânea Parcial de Pseudocisto Pancreático Para e Bulbo Duodenal • Hemobilia por Ferimento por
Arma Branca: Relato de Caso
272
288
Ressecção Endoscópica de Adenoma Gigante de Papila
Duodenal • Tratamento de Coledocolitíase em Paciente
Submetido a Transplante Cardíaco: Relato de Caso
273
Tratamento Endoscópico de Fístula Uretro-Retala • Relato
de Caso: Colite por Cryptosporidium Associado a Citomegalovírus (CMV) em Paciente com Sida
289
Tratamento de Fístula Biliar por Colangiopancreatografia
274
Ressecção Endoscópica de Tumor Polipoide da Junção
Retossigmoidiana • Ressecções Endoscópicas das Lesões
Colônicas em 8.250 Pacientes Atendidos em um Hospital
de Ensino na Baixada Santista
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
17
A nais
18
Taxa de Detecção de Adenomas em Colonoscopias de
Rastreamento no Serviço de Endoscopia Digestiva do
Hospital Mater Dei (Belo Horizonte - MG) • Tratamento
Endoscópico do Volvo de Sigmoide: Experiência de dois
Anos do Centro Diagnóstico em Gastroenterologia do
HCFMUSP
290
Tumor Neuroendócrino do Reto: Relato de Caso • Uso
Atual das Próteses Metálicas Autoexpansíveis no Tratamento de Neoplasias Malignas de Cólon
291
Drenagem Transgástrica de Pseudocisto Guiada por
Ecoendoscopia Complicada com Pneuroperitônio com
Tratamento Clínico Conservador – Relato de Caso
292
Ecoendoscopia com Punção Aspirativa de Massas Renais–
Indicações, Aplicações e Limitações • Histoplasmose
Mediastinal: Localização Rara e Diagnosticada através da
Ecoendoscopia (USE)
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Cromoscopia com Lugol no Hospital de Base de São José
do Rio Preto – SP: Resultados de 184 Exames Consecutivos • Desembocadura Ectópica da Papila de Vater no Bulbo
Duodenal: Relato de Caso
304
Diagnóstico de Linfoma em Paciente Celíaca: Relato de
Caso • Diagnóstico de Sd. Plummer Vinson por Endoscopia
305
Diagnóstico e Tratamento da Hemorragia do Intestino Médio com Gastroscópio • Dilatação Endoscópica
Associada à Corticoterapia para Tratamento de Estenose
Gastrojejunal após Gastroplastia Redutora: Relato de Caso
306
307
293
Dilatação Endoscópica para Estenose por Esofagite Necrotizante Aguda: Relato de Caso • Dilatação Esofágica para
Tratamento de Estenose de Esôfago Pós Escleroterapia em
Paciente com Variz Esofágica
308
Seguimento de Longo Prazo da Papilectomia Endoscópica
(Pe) em Pacientes com Adenocarcinoma da Papila Duodenal Maior • Tuberculose Mediastinal com Acometimento
Esofágico e o Papel da Ecoendoscopia (USE)
294
Dispepsia: Quem? Quando Solicitar Endoscopia? - Perfil
dos Achados Endoscópicos em 750 Pacientes de São
Bernardo do Campo-SP • Diverticulectomia Endoscópica:
Relato de Casos
Divertículo de Zenker – Relato de Quatro Casos
“Prótese Sobre Prótese”: Relato de Tratamento Endoscópico de Fístula Gástrica Pós-Sleeve • Achado Endoscópico
de Hiperplasia Nodular Linfoide Duodenal em Criança
295
Doença de Menetrier - Relato de Caso e Revisão da Literatura • Doença de Menetrier em Pré-Operatório de Cirurgia
Bariátrica
309
310
Adenocarcinoma da Transição Esofagogástrica (TEG) em
Paciente com Banda Gástrica e com Pequena Epitelização
Colunar do Esôfago Distal - Relato de Caso • Adenocarcinoma Gástrico em Paciente com Disceratose Congênita:
Relato de Caso e Revisão na Literatura
296
Doença Ulcerosa Péptica (DUP) Complicada – Estenose
Duodenal: Abordagem Clínica e Endoscópica como Tratamento de Resolução • Drenagem de Abscesso Pancreático
por Cistogastrostomia Endoscópica: Experiência Inicial
311
Adenocarcinoma Primário do Duodeno - Avaliação Clínica,
Endoscópica
297
Drenagem de Abscesso Pancreático por Via Endoscópica:
Resolutividade e Opção de Manejo Endoscópico • Duodenite Eosinofílica: Relato de Caso
312
Amiloidose Gástrica com Suboclusão Intestinal Simulando Neoplasia Gástrica: Relato de Caso • Avaliação de 340
Pacientes Quanto a Frequência de Vômitos após Colocação do Balão Intragástrico (Bi)
298
Duodenopatia Atrófica Secundária à Infestação por Strongyloides Stercoralis - Relato de Caso • Duplo Piloro Adquirido: Relato de Caso e Revisão na Literatura
313
Balão Intra-Gástrico: Análise de Setenta Casos • Carcinoide Gástrico Tipo I: quando e como considerar seu Potencial Maligno?
299
314
Carcinoma Epidermoide Primário em Divertículo de Zenker:
Relato de Caso • Casuística da Retirada de Corpos Estranhos da Porção Esofágica é Cricofaríngea no Serviço de
Endoscopia da Gastroclínica de Marabá
300
Efeito da Perda de Peso Induzida pelo Balão Intragástrico
Associado à Orientação Dietética em Pacientes Sobrepesos ou Obesos com Esteatose Hepática Confirmada pela
Ultrassonografia Abdominal • Eosinofilia Esofágica: uma
Pesquisa de dois Anos.
Esofagite Eosinofílica Mista (EEM) Severa – Relato de Caso •
Esôfago de Barrett: Concordância Diagnóstica entre Achados de Endoscopia Digestiva Alta e Exame Histológico
315
Causa não usual de Hemorragia Digestiva Alta: Aneurisma da Artéria Hepática com Fístula para Duodeno • Colonização Fúngica e Bacteriana do Balão Intragástrico em
Paciente Sintomática
301
Esôfago Negro: Um Relato de Caso
316
317
Complicação de Escleroterapia em Úlcera Gástrica •
Complicação Tardia de Fístula Esôfago-Gástrica Secundária à Escleroterapia Endoscópica de Varizes Esofágicas:
Relato de Caso
302
Corpo Estranho • Correlação de Achados Endoscópicos
na Segunda Porção e Estudos Anatomopatológicos para
Avaliação de Doença Celíaca
303
Estenose Completa do Esôfago Tratado com Retunelização Endoscópica pela Técnica Retrógrada e Anterógrada •
Estenose Esofágica por Úlceras Idiopáticas secundárias à
Infecção por HIV
Estenotomia Endoscópica nas Estenoses de Anastomoses
Digestivas • Fator de Insucesso no Tratamento da Estenose
de Anastomose na Cirurgia Bariátrica
318
Gastrite Colágena: Relato de Caso • GIST Duodenal
319
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Hemorragia Digestiva Alta causada por Amiloidose Duodenal Primária: Relato de Caso • Hemorragia Digestiva Alta
Durante o Tratamento de Obesidade com Balão Intragástrico: Relato de Caso
320
Prótese Metálica Autoexpansível (SEMS) no Tratamento
das Obstruções Malignas de Antro e Duodeno: Experiência do Hospital de Câncer de Barretos • Prótese Metálica
Autoexpansível Totalmente Coberta para Tratamento de
Fístula Broncoesofágica Benigna: Relato de Caso
335
Hemorragia Digestiva Alta no Pseudoaneurisma de Artéria
Hepática
321
Pseudodiverticulose Esofágica Intramural Complicada por
Perfuração do Esôfago • Pseudomelanose Gástrica
Hemorragia Digestiva Alta por Fístula Aorto-Esofágica
Primária: Relato de Caso Tratado com Endoprótese Vascular • Hiperinfecção por Strongyloides Stercoralis: Uma
Causa Incomum de Hemorragia Digestiva
336
322
Pseudomelanose Gástrica, Duodenal e Jejunal Associada
a Angioectasias em Trato Gastrointestinal: Relato de Caso
• Rara Associação de Hamartoma Duodenal e Diverticulite
de Meckel – Relato de Caso
337
Importância das Biópsias Seriadas e Avaliação Histológica
em Pacientes com Diarreia Crônica e Colonoscopia Normal
• Leishmaniose Visceral com Manifestação Gástrica em
Paciente Imunossuprimido: Relato de Caso e Revisão da
Literatura
323
Relato de Caso: Síndrome de Boerhaave Associado à
Hemorragia Digestiva Alta • Relato de Caso: Tratamento
com Álcool Absoluto de Ectasia Vascular Antral Atípica
338
Linfoma Folicular do Duodeno– Relato de Caso • Linfoma
Folicular Primário de Duodeno: Relato de Caso e Revisão
da Literatura
Ressecção Endoscópica da Mucosa com Ligadura Elástica em Tumor Neuroendócrino no Bulbo Duodenal Proximal: Um Relato de Caso • Retirada de Prótese Metálica
Parcialmente Recoberta Pós Fistula Bariátrica: Um Desafio
Endoscópico
324
339
Linfoma Malt Primário de Duodeno – Relato de Caso •
Linfoma Plasmablástico Gástrico - Relato de Caso
325
Sarcoma de Kaposi Gástrico - Relato de Caso • Schwannoma de Esôfago: Relato de Caso Raro
340
Manifestação Atípica da Estrongiloidíase, sua Forma Disseminada • Necrose Esofágica Aguda: Relato de Caso
326
341
327
Segurança da Retirada do Balão Intragástrico (BIB) Sob
Sedação em Ambiente Extra-Hospitalar: Experiência de
Clínica Privada • Síncope como Sintoma de Impactação
Esofágica de Corpo Estranho: Relato de Caso
O Incremento Diagnóstico da Esofagite Eosinofílica com
Busca Ativa Baseado em Achados Clínicos e/ou Endoscópicos
O Uso de Balões Intragástricos (BIG) como Tratamento
Pré-Operatório nas Formas Graves de Obesidade • O uso
do Plasma de Argônio no Reganho de Peso após Cirurgia
Bariátrica
328
Síndrome Colestática por Tumor Intraductal da Papila de
Vater: Relato de Caso • Síndrome de Boerhaave: Relato
de Caso
342
343
Pacientes com Megaesôfago Chagásico (MEC) e Divertículo de Zenker (Dz) – Relato de dois Casos • Pênfigo
Vulgar de Esôfago – Relato de Caso
329
Uso de Mitomicina-C Associada à Dilatação no Tratamento
de Estenose Faringoesofágica Benigna, Refratária e Recorrente, Pós-Cirurgia para Câncer de Cabeça e Pescoço:
Relato de 3 Casos
Pênfigo Vulgar Esofágico em Paciente com Lesões Bucais
Aftoides: Relato de Caso • Perfil de Endoscopia Digestiva
Alta em Pacientes com Doença Renal Crônica Candidatos
a Transplante Renal: Análise Retrospectiva de 44 Pacientes
330
Tratamento da Obesidade com Balão Intra-Gástrico
Montado no Brasil: Experiência Inicial de Um Grupo Multidisciplinar • Tratamento de Estenose Esofágica por Dilataçao Endoscópica após Correção Cirúrgica de Atresia de
Esôfago
344
Perfil Epidemiológico da Doença do Refluxo Gastroesofágico em Pacientes Submetidos ao Serviço de Endoscopia
Digestiva Alta em Consultório Particular de São Luís-MA
331
345
Pólipo Inflamatório Fibroide de Esôfago • Prevalência de
Doença Ulcerosa Péptica em Pacientes do Sexo Feminino
Atendidas em Clínica Particular de São Luís-MA
332
Tratamento de Fístula Traqueoesofágica com Prótese
Endoscópica em Neoplasia Esofágica Avançada • Tratamento de Neoplasia Precoce de Esôfago Pela Técnica de
Dissecção Endoscópica Submucosa: Experiência de 2,5
anos do Hospital Sugisawa
346
Prevalência de DRGE em Obesos Mórbidos • Prevalência de Hérnia Hiatal Associada ao Esôfago de Barrett em
Pacientes Submetidos a Endoscopias Digestivas Altas no
Hospital Universitário Onofre Lopes
333
Tratamento de Neoplasia Precoce de Estômago pela Técnica de Dissecção Endoscópica Submucosa: Experiência de
2,5 Anos do Hospital Sugisawa • Tratamento de Tumor
Carcinoide Gástrico Solitário por Polipectomia Endoscópica- Relato de Caso e Revisão da Literatura
Profilaxia Primária Endoscópica com Injetoterapia com
Cianoacrilato em Pacientes Portadores de GOV 2 E IGV
• Prótese Esofágica Metálica Autoexpansível com Válvula
Antirrefluxo no Tratamento Paliativo de Disfagia em Paciente Oncológico
334
Tratamento Endoscópico com Ligadura Elástica de GIST
Gástrico • Tratamento Endoscópico com Plasma de Argônio
Para o Reganho de Peso Pós- Gastroplastia em Y de Roux
347
Tratamento Endoscópico da Perfuração de Esôfago Intratorácico após Dilatação com Balão de Acalásia: Relato de
348
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
19
A nais
20
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
da Endoscopia Digestiva e Patologia para um Diagnóstico Conclusivo • Proposta Endoscópica de Algoritmo para
Diagnóstico da Doença Celíaca
Caso • Tratamento Endoscópico de Câncer Precoce em
Esôfago de Barrett com Mucosectomia e Ablação com
Erbe-Jet
Tratamento Endoscópico de Divertículo de Killian-Jamieson: Relato de Caso e Revisão na Literatura
349
Tratamento Endoscópico do Divertículo de Zenker • Tuberculose Mediastinal com Invasão de Esôfago: Uma Associação Rara • Tumor de Abrikossoff do Esôfago: Relato de
Caso
350
Tumor Estromal Gastrointestinal (GIST) - Relato de Caso
351
352
Tumor Gástrico Complicado por Candidíase - Relato de
Caso • Úlcera Esofágicasecundária à Doença de Behcet:
Relato de Caso
da
Sangramento Gastrointestinal devido a Divertículo de
Meckel: Relato de Caso • Técnica de Polipectomia do
Intestino Delgado na Síndrome de Peutz-Jeghers: Relato
de Caso
364
Telangiectasia Hereditária Hemorrágica: Relato de Caso •
Aplicação do Índice de Aprendizado em Endoscopia Nasa-Tlx em Treinamento de ESD Colorretal
365
Aspectos Epidemiológicos dos Achados Anatomopatológicos de Pólipos Colorretais Analisados em Curitiba – PR
366
Colangioscopia Percutânea Transhepática com Broncoscópio Flexível • Dupla Prótese em Neoplasia Maligna Avançada de Esôfago Cervical
367
368
Úlcera Gástrica após uso de Balão Intragástrico Ajustável:
Relato de Caso • Úlcera Gástrica Gigante Secundária à
Isquemia Gastroduodenal
353
Úlcera Gástrica Perfurada Apresentando-se como Coleção
Retrogástrica - Relato de Caso • Uso de Múltiplas Próteses Metálicas: Tratamento Paliativo da Disfagia do Câncer
Esofágico
354
Fístula Gastrocólica Secundária a Linfoma não Hodgkin
Difuso de Grandes Células B- LDGCB • Gastrostomia
Endoscópica Percutânea (Gep) em Pacientes Pediátricos
Oncológicos
369
Uso de Prótese Metálica Autoexpansível Parcialmente Recoberta no Tratamento de Fístula Esôfago-Pleural:
Relato de Caso e Revisão da Literatura • Uso de Prótese
Metálica Autoexpansível Valvulada (SEMS) no Tratamento Paliativo da Neoplasia Avançada de Esôfago Distal com
Comprometimento da Transição Esôfago-Gástrica (TEG):
Relato de Casos
355
Gastrostomia Endoscópica: Descrição de Cento e Oitenta e Quatro Pacientes • Manejo Endoscópico da Fístula
Gastrocutânea do Ângulo de His em Pós- Operatório de
Sleeve Gástrico
Relato de Caso: Doença de Crohn Gastroduodenal •
Resultado do Tratamento de 500 Pacientes com Balão
Intragástrico
370
As Características Endoscópicas Sugestivas de Esofagite Eosinofílica Significam Eosinofilia no Esôfago? • Estudo Retrospectivo do Acompanhamento Endoscópico de
Crianças com Hipertensão Portal
356
Retirada de Moedas do Trato Gastrointestinal com Sonda
Imantada no Pronto-Socorro do Hospital de Base do Distrito Federal • Tratamento de Fístulas Gastrintestinais Utilizando Patch de Colágeno Porcino
371
Vigilância Endoscópica em Paciente Portadora de Síndrome de Gardner: Relato de Caso
372
Ingestão de Bateria: Relato de Caso
Relato de Caso: Balão Intragástrico no Prader-Willi • Análise dos Pacientes Submetidos à Enteroscopia por Sangramento Obscuro do Trato Digestivo.
357
358
FBG – ORAL
Aplicação da Enteroscopia de Duplo Balão na Síndrome de
Peutz-Jeghers: Relato de Caso • Enteropatia Portal como
Causa de Sangramento Oculto
359
Avaliação da Qualidade de Vida no Pré e Pós-Operatório de
Miotomia Endoscópica Perioral em Pacientes com Acalásia • Avaliação das Complicações da Doença do Refluxo
Gastroesofágico nos Pacientes em Tratamento Clínico a
Longo Prazo
373
Enteroscopia com Single-Balloon para Avaliação de Doenças do Intestino Delgado: Experiência do Centro de Diagnóstico em Gastroenterologia (CDG) do Hospital das Clínicas da FMUSP • Enteroscopias por Cápsula – Casuística
de um Serviço Privado no Rio de Janeiro
360
Prevalência de DRGE de acordo com o GERD em portadores de Asma brônquica. Qual o seu Impacto?
374
Hemorragia Digestiva Obscura em Paciente com Doença
Celíaca • Linfangioma de Trato Gastrointestinal: Importância do Advento de Métodos Endoscópios para o Diagnóstico – Enteroscopia
361
Cisto Mesentérico Gástrico Gigante - Relato de Caso e Revisão da Literatura • Detecção Molecular de Resistência do
Helicobacter Pylori à Claritromicina e Fluorquinolonas, diretamente a partir de Biópsias Gástricas, em Belo Horizonte
375
Perfil Epidemiológico dos Pacientes Submetidos à Enteroscopia por Cápsula Endoscópica no Serviço Público do
Ceará
362
Encontro Terapêutico: Avaliação de uma Abordagem Integral
em Pacientes com Dispepsia Funcional, Ensaio Clínico Controlado Aleatorizado • Gastrectomia Parcial em Gestante de 26
anos com Adenocarcinoma Gástrico: Relato de Caso
376
Polipectomia das Lesões Elevadas Duodenais: Associação
363
Análise de Associações de Polimorfismos HPA, Indicadores de
377
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Autoimunidade e Manifestações Reumatológicas na Hepatite C
Avaliação do Perfil Neuropsicológico, Neurofisiológico
e Metabólico de Pacientes Cirróticos com Encefalopatia
Hepática Mínima: Abordagem sem um Método ‘Padrão-Ouro’ • Cirrótico x Não Cirrótico admitidos em UTI por
Infecção: Há Diferença?
378
Consumo de Café como Fator Protetor para Esteatohepatite Não Alcoólica em Obesos Graves • Correlação entre
os Diferentes Métodos de Avaliação de Fibrose Hepática:
Escore FIB4 e ApriI x Fibroscan
379
Disfunção Renal Precoce está fortemente Associada à
Mortalidade em Curto Prazo em Pacientes Hospitalizados
por Complicações da Cirrose
380
Identificação de Células da Medula Óssea no Parênquima
Hepático Murino em um Modelo Combinado de Radiação
Ionizante e Hepatectomia • Matriz Extracelular Recelularizada: uma Alternativa ao Transplante de Fígado
381
Novo Método Não Invasivo para Avaliar o Estresse Oxidativo em Pacientes com Doença Hepática Gordurosa Não
Alcoólica • Perfil Clínico e Histológico da Doença Hepática
no Obeso Grave
382
Prevalência de Esteatose Hepática Não Alcoólica Secundária em um Hospital de Nível Terciário do Sul do País •
Quantificação da Produção de Peróxido de Hidrogênio no
Modelo de Lesão Hepática causada por Radiação Ionizante
383
Razão Contagem de Plaquetas ao Quadrado/Diâmetro do
Baço-Aspartato Aminotransferase: Avaliação de um novo
Método Não Invasivo para a Predição de Varizes Esofágicas
384
Relevância da Biópsia Hepática na Avaliação da Doença
Hepática Gordurosa Não Alcoólica em Obesos Graves •
Análise Epidemiológica da Doença de Crohn e Colite Ulcerativa no Brasil e no Estado da Bahia
385
Associação de Doença Inflamatória Intestinal com Ansiedade e Depressão: Avaliação dos Fatores de Risco •
Avaliação de Alterações Ósseas em Pacientes Celíacos ao
Diagnóstico
386
Concentrações de Calprotectina Fecal para o Diagnóstico
Etiológico em Pacientes com Sintomas Gastrointestinais •
Estudo Multicêntrico das Doenças Inflamatórias Intestinais
em Hospitais Universitários do Nordeste do Brasil: Características Demográficas
387
Estudo Multicêntrico das Doenças Inflamatórias Intestinais
em Hospitais Universitários do Nordeste do Brasil: Fenótipos Clínicos de acordo com a Classificação de Montreal
388
Avaliação da Qualidade de Vida em Pacientes com Doença
Celíaca do Sul do Brasil • Impacto da Avaliação do Risco
Nutricional em Pacientes Internados em um Hospital Geral
de Salvador/Bahia
389
Perfil de Doenças Gastrointestinais em Pacientes acima de
50 anos na UBS Ouvidor Pardinho - Curitiba • Alterações
da Motilidade Digestiva em Paciente com Amiloidose
390
Análise Retrospectiva de 343 pacientes submetidos à
391
Manometria Esofágica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu-SP/UNESP, no período de
2008-2013 • Manometria de Alta Resolução na Avaliação
de Boa Resposta Pós Dilatação em Pacientes com Acalásia
Trânsito Gastrintestinal e Parâmetros Fecais em Pacientes
com Pancreatite Crônica Alcoólica com e sem Diarreia
Crônica
392
Videomanometria de Alta Resolução Associado ao Registro Acústico: Proposta de Sincronização de Três Métodos
para Avaliação da Deglutição • Análise Epidemiológica de
Óbitos por Pancreatite Aguda no Brasil
393
HIV e Pâncreas na Era Haart: Ilhotas Alteradas? Perfil
Morfológico • Mortalidade por Câncer de Pâncreas no
Brasil no período de 2003 a 2012
394
Pancreatite Aguda Necrosante: o que Acontece após a
Tempestade? • Pancreatite em Pacientes com Doença Inflamatória Intestinal
395
Perfil Epidemiológico dos Pacientes com Pancreatite Crônica por Álcool em Hospital Terciário de Ribeirão Preto-SP
396
21
FBG – PÔSTER
Histiocitose Azul-Marinho Secundária à Síndrome de
Niemann-Pick • Avaliação Topográfica do Cólon Transverso
pelo Enema Opaco: Proposta de Classificação Validada e
Incidência da Ptose do Cólon Transverso
397
Correlação do Grau de Fibrose Hepática com o Nível Sérico da Gama Glutamil Transpeptidase em Uma Coorte de
Pacientes com Esteatohepatite Não-Alcoólica
398
Melhoria da Qualidade de Vida de Pacientes com Doenças
Inflamatórias Intestinais Tratados com Terapia Biológica •
Risco de Um “Novo” Câncer ou Recorrência de Carcinoma em Paciente com Doença de Crohn com Indicação de
Terapia Imunossupressora e/ou Terapia Biológica
399
Tuberculose Intestinal Íleo-Colônica Simulando Doença de
Crohn • Tumor Neuroendócrino Gastrointestinal – Relato
de Caso
400
Avaliação por Phmetria Esofagiana do Controle de Refluxo
Ácido Anormal em Pacientes em Uso de Inibidor de Bomba
de Prótons - Experiência do Hospital Universitário Pedro
Ernesto (UERJ) • Divertículos de Esôfago Médio - Relato
de Caso • Ectopia de Glândulas Sebáceas no Esôfago está
Associada a Sintomas? Correlação Endoscópica, Anatomopatológica e Embriológica - Relato de Caso e Revisão
de Literatura
401
Esofagite Eosinofílica - Relato de Caso
402
403
Estudo Manométrico e Phmétrico Esofagianos em Pacientes Candidatos à Cirurgia Bariátrica • Estudo Piloto de
Prevalência de Pirose na População Adulta da Cidade do
Rio de Janeiro
Estudo Retrospectivo dos Exames Realizados nos Pacientes Encaminhados ao Núcleo de Fisiologia Gastrointestinal
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
404
A nais
do HIAE com Queixa de Disfagia no Pós-Operatório de
Gastroplastia Vertical • Hemorragia Digestiva Alta Varicosa
no Paciente vom Esquistossomose – Relato de Caso
22
405
Perda de Peso Produz Melhora Sintomática em Pacientes
com DRGE: Estudo Prospectivo, Controlado e Randomizado
406
Perfil Clínico e Epidemiológico dos Pacientes Portadores de
DRGE Atendidos no Hospital Escola Luiz Gioseffi Jannuzzi
(HELGJ), em Valença-RJ • Prevalência do Espasmo Difuso de Esôfago em Uma Amostra Selecionada de Pacientes Atendidos em Um Centro de Referência da Cidade de
Salvador/BA
407
Pseudodiverticulose Intramural do Esôfago – Causa Rara
de Disfagia • Tumores Estromais Gastrointestinais (GIST)
Gigantes: Relatos de Casos
408
409
Adenoma Tubulo Viloso da Ampola de Vater: Relato de
Caso em Paciente do Interior do Amazonas • Análise
Cariométrica do Efeito do Extrato de Própolis Proveniente
do Estado de Minas Gerais em Modelo de Carcinogênese Gástrica Experimental por N-Metil-N’-Nitro-N-Nitrosoguanidina (Mnng) e Infecção por Helicobacter Pylori, em
Mongolian Gerbils
410
Análise da Resposta Humoral contra Antígenos do H. Pylori em Pacientes Portadores e Não Portadores de Câncer
Gástrico • Análise Epidemiológica da Prevalência entre os
Gêneros de Portadores de Gastrite e Duodenite no Brasil e
no Estado da Bahia no Período de 2009 a 2013
411
Anemia Recorrente em Paciente com Deficiência de Vitamina B12 Secundária à Gastrite Linfocítica • Câncer Gástrico
– Estudo Analítico Epidemiológico no Brasil e no Estado de
Sergipe no Período de 2009 a 2013
412
Diagnóstico da Infecção por Helicobacter Pylori através da
Identificação de Antígenos Fecais Diagnóstico Endoscópico de Ancylostoma Duodenale durante Investigação de
Síndrome Consuptiva
413
414
Doença de Menetrier: Relato de Caso Associado à Infecção por Citomegalovíru • Ectasia Vascular do Antro Gástri- 415
Doença Celíaca Refratária Tipo 1: Um Relato de Caso
co Tratada com Sucesso com Dose Baixa de Talidomida em
Paciente Dependente de Transfusões
Efeitos de Extrato de Própolis Proveniente do Estado de
Minas Gerais em Modelo de Carcinogênese Gástrica Induzida Por N-Metil-N´-Nitro-N-Nitrosoguanidina (Mnng) e
Infecção por Helicobacter Pylori em Mongolian Gerbils •
Estudo da Prevalência de Sintomas Dispépticos e Pirose na
População de Belo Horizonte/MG
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Gastrite Autoimune Cursando com Pancitopenia – Relato
de Caso
O Diagnóstico de Refluxo Laringofaríngeo por Phimpedanciometria Faríngea e a Associação com Sintomas Extra
Esofágicos - Experiência do Núcleo de Fisiologia do Hospital Albert Einstein-SP • Odinofagia em Paciente com Pênfigo Vulgar de Esôfago Sem Lesões de Pele – Relato de Caso
Vasculite como Causa de Fístula Cutâneo-Esofágica em
Paciente com Lúpus • A Erradicação da Bactéria H. Pylori
Aumenta os Níveis de Grelina Ativa?
da
416
417
Gastrite Autoimune: Relato de Caso e Revisão da Literatura •
Gastroparesia Diabética – Apresentação Atípica
418
Genótipo Vaca I e Sítios de Fosforilação Epiya-C do Helicobacter Pylori em Crianças Assintomáticas • Genótipos Cage
do H. Pylori em Pacientes com Gastrite, Úlcera Péptica e
Câncer Gátrico
419
HIV e H.Pylori: Qual Prevalência? Estudo Retrospectivo em
Hospital de Referência Instituto Infectologia Emílio Ribas
- Dados Preliminares • Lesão Submucosa Gástrica em
Paciente com Sintomatologia Alta do TGI: Relato de Caso
420
Linfoma Não-Hodgkin Gástrico • Melanoma Gástrico
Metastático
421
Níveis Séricos de Grelina Ativa segundo a Condição de
Portador de Helicobacter Pylori e Estado Nutricional
422
Penfigoide Bolhoso em Paciente Idosa com Carcinoma
Adenoescamoso do Estômago: Síndrome Paraneoplásica
ou Associação Clínica Rara? • Perfil Anatomopatológico dos
Pacientes com Câncer Gástrico Submetidos à Gastrectomia
em um Hospital de Referência Regional em Santos-SP
423
Perfil Clínico e Epidemiológico dos Portadores de Doença
Celíaca Residentes na Bahia • Prevalência e Perfil Epidemiológico do Helicobacter Pylori no Ambulatório de Gastroenterologia do Hospital Escola Luiz Gioseffi Jannuzzi • Relato
de Caso de Hérnia Paraduodenal em Síndrome de Obstrução Intestinal
424
Relato de Caso: Diverticulose Duodenal Associada à Encefalopatia de Wernicke
425
Relato de Caso: Varizes de Fundo Gástrico - Tratamento
Cirúrgico • Relato de Manejo de Linfoma Malt CD20 Negativo
426
Tumor Glômico Gástrico • Tumores Estromais Gastrointestinais (GIST): Relato de Caso
427
Úlcera Duodenal Associada ao Uso de Cocaína - Relato de
Caso • Úlcera Duodenal Recidivante com Fístula Duodenal –
Relato de Caso
428
Uso da Somatostatina no Controle da Hipergastrinemia em
Paciente Portadora de Gastrite Atrófica Autoimune
429
Uso Prolongado de Inibidores da Bomba de Prótons (IBP)
e Alterações Hiperplásicas da Mucosa Gastrointestinal •
Vitamina C no Soro e Suco Gástrico de Indivíduos com e
sem Infecção por Helicobacter Pylori
430
Porfíria Cutânea Tardia, Hiperferritinemia e Esteatose Hepática: Relato de Caso • Incidência de Depressão em Pacientes com Hepatite C Crônica Submetidos à Terapia Antiviral
Dupla e Tripla: Análise de 24 Semanas
431
Abscesso Hepático por Corpo Estranho - Relato de Caso e
Revisão da Literatura • Acometimento Renal Grave na Crioglobulinemia Mista Associada à Hepatite C
432
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Adenomatose Hepática em Paciente com Fibrose Hepática
Congênita • Adesão ao Tratamento com Terapia Tripla em
Pacientes com Hepatite Crônica C
433
Alta Taxa de Negativação do HBSAG nos Pacientes em
Uso de Lamivudina do Ambulatório de Hepatite B do
Hospital das Clínicas de São Paulo – FMUSP • Análise
de Complicações em Pacientes Cirróticos Portadores de
Hepatite C Crônica, com e sem Tratamento, Acompanhados no Ambulatório de Hepatites Virais da Faculdade de
Medicina de Botucatu – UNESP
434
Análise de Segurança e Eficácia de Semana 24 de Tratamento Triplo com Telaprevir em Pacientes com Fibrose
Avançada: Relevância da Hipertensão Portal
435
Apresentação Fulminante da Hepatite Autoimune: Relato
de Caso • Associação entre a Fibrose Hepática Avançada
e o Sexo no Pré-Operatório de Cirurgia Bariátrica
436
Associação entre Hepatite Autoimune e Artrite Reumatoide: Relato de Caso • Avaliação da Regeneração Hepática Pós-Hepatectomia Estimulada pela Administração de
G-CSF (Fator Estimulador de Colônias de Granulócitos)
437
Avaliação do Desfecho Clínico e Cinética Viral dos Pacientes em Terapia Tripla para Hepatite C no Estado do Piauí •
Avaliação dos Fatores Precipitantes de Descompensação
da Cirrose em Um Serviço de Referência Estadual
438
Biópsia Hepática Percutânea: Experiência de Um Hospital
Terciário
439
Características Associadas à Presença de Esteatose Hepática em Indivíduos Portadores de Infecção Crônica pelo
Vírus da Hepatite C (HCV) • Carcinoma Hepatocelular &
Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica: Uma Série de
Casos
440
Carcinoma Hepatocelular Associado à Doença Autoimune
em Paciente Pediátrico • Casos Notificados X Mortalidade
por Hepatites Virais no Nordeste Brasileiro nos Anos de
2003 a 2012
441
Cirrose Hepática Descompensada por Tuberculose Disseminada • Colangite Esclerosante Primária de Pequenos
Ductos: Relato de Caso
Colestase Hepática pelo Vírus Epstein-Barr – Relato de
Caso • Desenvolvimento de Colangiocarcinoma em Paciente com Esquistossomose Hepatoesplênica: Relato de Caso
Desfecho Hospitalar de Pacientes Cirróticos Colonizados
por Bactérias Multirresistentes
Obesidade Versus Gravidade Histológica • Doença Hepática Induzida por Droga (DILI) – Relato de Caso
Efeito da Dieta Isenta de Glúten no Nível da Alanina Aminotransferase (Alt) em Indivíduos com Doença Celíaca • Efeitos Colaterais Relacionados à Terapia Antiviral Crônica com
Tenofovir (Tdf) em Pacientes com Monoinfecção Por HBV
no Ambulatório de Hepatite B do Hospital das Clínicas de
São Paulo – FMUSP
448
Elastografia Hepática Transitória como Ferramenta Adjuvante na Avaliação de Carcinoma Hepatocelular em
Pacientes Cirróticos em Lista de Transplante Hepático
449
Embolia Gasosa após Ablação por Radiofrequência de
Hepatocarcinoma • Encefalopatia Hepática: Proposta de
Abordagem Terapêutica
450
Epidemiologia dos Pacientes Atendidos em Centro de
Referência pra Hepatite C no Sul do Brasil • Estatina: um
Gatilho para Hepatite Autoimune
451
Estudo Sobre a Distribuição Espacial da Hepatite C em
Rondônia • Exame de Sonoelastografia é Equivalente à
Biópsia na Análise de Fibrose Hepática em Pacientes
Portadores de Hepatite C Crônica e Esteatose Hepática
452
Falência Hepática Aguda em Paciente com Glomerulonefrite Membranosa • Falência Hepática por Quelante de Ferro:
Relato de Caso
453
Farmacodermia Grave Induzida pelo Telaprevir com Resolução Favorável após Tratamento Clínico sem Suspenção
do Antiretroviral • Fatores de Risco para Doença Hepática
no Obeso Grave
454
Flare de Hepatite B Abrindo Quadro de Possível Clareamento Tardio do HBE Ag para Antihbe, já com Hepatocarcinoma
455
Fontes Definidas de Contaminação pelo Vírus da Hepatite C entre Idosos Brasileiros com Hepatite C Crônica •
Hamartoma Hepático em Adulto: Relato de Caso
456
442
Hepatite Aguda após Vacina para Influenza A • Hepatite
Aguda Medicamentosa Superposta à Hemocromatose
Não-HFE
457
443
Hepatite Autoimune Associada à HIV – Relato de Caso
e Revisão da Literatura • Hepatite B Oculta em Pacientes
Portadores de Doença Renal Crônica em Hemodiálise
458
Hepatite C em Pacientes com Diabetes Mellitus • Hepatite
Colestática Idiopática
459
Hepatocarcinoma Fibrolamelar - Relato de Um Caso
460
461
444
23
Diagnóstico Diferencial de Tumor em Paciente Cirrótico
pelo Vírus C • Doença de Caroli: Seguimento Clínico por
13 Anos em Portadora de Retocolite Ulcerativa Idiopática
(RCUI) Associada
445
Doença de Wilson: Relato de Caso • Doença Hepática
Gordurosa Não Alcoólica em Obesos Graves com e sem
Diabetes Mellitus
446
Hiperplasia Nodular Focal Sintomática: Relato de Caso •
Impacto da Fadiga de acordo com o Fatigue Severity Score
em Pacientes com Hepatite C Crônica e Fatores Associados
462
Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica: Graus de
447
Importância do Diagnóstico Precoce na Doença de Wilson
463
Hiperferritinemia: Significado na Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica do Paciente Obeso Grave • Hiperplasia
Nodular Focal - Relato de Caso e Revisão da Literatura
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
A nais
• Influência da Ingestão Alcoólica nas Alterações Hepáticas
de Obesos Graves
Insuficiência Hepática Aguda Associada à Síndrome “Heat
Stroke” Pós Exercício Físico Intenso em Paciente Jovem:
Relato de Caso • Insuficiência Hepática por Infliximab –
Relato de Caso
464
Leishmaniose Visceral em Paciente Transplantado Hepático
465
466
Lesão Hepática Colestática Induzida por Drogas na DRESS •
Linfoma Hepático Primário Não Hodgkin: Relato de Caso
24
Lúpus Eritematoso Sistêmico com Apresentação Rara de
Hepatite Lupoide • Marcadores Sorológicos de Hepatites
B e C em Doadores de Sangue no Hemobanco-Curitiba-PR no Período de 2003 a 2012
467
Mieloma Múltiplo com Infiltrado Plasmocitário em Fígado:
Relato de Caso
468
Múltiplos Adenomas Hepáticos Complicados com Sangramento Associados a Uso de Esteroides em Paciente Portador de Anemia de Fanconi • Neuropatia Secundária ao
Tenofovir: Relato de Caso
469
Paracentese Complicada com Pneumoperitôneo: Perfuração de Sigmoide • Peliflebite Secundária à Colangite em
Paciente com Retocolite Ulcerativa: Relato de Caso
470
Perfil Clínico e Laboratorial Associado a Níveis de Alanina
Aminotransferase acima do Tercil Superior em Pacientes
Portadores de Tireoidopatias • Perfil Clínico-Epidemiológico
dos Pacientes Portadores de Hepatopatia Crônica Submetidos a Paracenteses de Alívio Regulares em Ambulatório
de Um Hospital Terciário do SUS no Rio de Janeiro
471
Perfil dos Pacientes Portadores de Hepatite B Atendidos
no Núcleo do Figado do Hospital Universitário Presidente
Dutra - São Luís - MA • Perfil dos Pacientes Portadores
de Hepatite C Atendidos no Núcleo do Fígado do Hospital
Universitário Presidente Dutra - São Luís - MA
472
Perfil Epidemiológico dos Pacientes HCV-RNA Quantitativo Positivo no Ambulatório da Liga de Hepatites Virais da
Universidade Federal do Maranhão
473
Perfil Epidemiológico dos Pacientes Submetidos ao Transplante Hepático no Hospital Angelina Caron entre 2001
e 2013 • Perfil Epidemiológico em um Coorte de Pacientes com Esteatohepatite Não-Alcoólica em um Centro de
Referência em Hepatologia de São Paulo
474
Perfil Inicial das Enzimas Hepáticas Séricas na Esteatohepatite não Alcoólica de uma Coorte de Pacientes em um
Centro de Referência em Hepatologia de São Paulo
475
Perfil Lipídico e Risco Cardiovascular em Portadores de
Hepatite Crônica C: Relação com Histologia Hepática •
Pileflebite Associada com Trombose da Artéria Mesentérica Superior
476
Pileflebite Complicada com Abscesso Hepático e Hipertensão Portal • Prevalência da Osteodistrofia Hepática em Um
Grupo de Cirróticos
477
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Prevalência das Manifestações Extra-Hepáticas em Pacientes com Hepatite C Crônica em Hospital Quaternário do
Município de São Paulo
478
Prevalência de Cirrose em Pacientes com Esteatohepatite
Não Alcoólica em um Centro de Referência de Hepatologia de São Paulo e sua Correlação com a Faixa Etária •
Prevalência dos Genótipos e Formas de Transmissão da
Hepatite C Crônica em Hospital Quaternário do Município
de São Paulo
479
Pseudomixona Peritoneal: Relato de Caso
480
481
Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (HRQL) em
Pacientes com Hepatite Crônica C Tratados com Terapia
Dupla e Tripla • Recidiva de Hepatocolangiocarcinoma
Após Transplante Hepático
Relato de Caso: Actinomicose Hepática Isolada em Um
Paciente Imunocompetente • Relato de Caso: Doença
Hepática Policística como Causa de Transplante Hepático
482
Relato de Caso: Hepatite Aguda como Manifestação de
Sífilis Secundária
483
Relato de Caso: Hepatite Autoimune de Evolução Fulminante • Síndrome Colestática em Paciente com Esquistossomose Hepatoesplênica: Um Relato de Caso de Colangiopatia Portal Hipertensiva
484
Síndrome de Budd-Chiari: Ascite Como Manifestação
Primária • Síndrome de Budd-Chiari: Relato de Caso Clínico
485
Síndrome de Caroli: Uma Apresentação Clínica Rara •
Síndrome DRESS com Evolução para Insuficiência Hepática Aguda
486
Síndrome Hemofagocítica como Diagnóstico Diferencial de
Insuficiência Hepática Aguda - Relato de Caso • Síndrome
Hemolítico Urêmica Atípica como Diagnóstico Diferencial
de Insuficiência Hepática Fulminante - Relato de Caso
487
Sobreposição Clínica de Esquistossomose Hepatoesplênica e Cirrose Biliar Primária – Relato de Caso • Sobreposição
de Cirrose Biliar Primária e Hepatite Automine: Importância
do Diagnóstico Diferencial - Relato de Caso
488
Sucesso no Tratamento da Hepatite C com Terapia Tripla,
Instituído por apenas 9 Semanas: Relato de Caso
489
Taxa de Resposta Virológica Rápida (RVR) ao Tratamento de Hepatite C Crônica (HCC) com Terapia Tripla: Peg-Interferon Alfa (Peg-Ifn) + Ribavirina (Rbv) + Telaprevir
(Tvr) – Experiência Inicial do Hospital Universitário Gafrée
e Guinle (HUGG) • Toda Ascite com TSH Elevado é Ascite
Mixedematosa? Discussão de Dois Casos
490
Tosilato de Sorafenibe no Tratamento do Carcinoma Hepatocelular: Relato de Caso com Resposta Atípica • Transplante Hepático em Pacientes Falcêmicos: Quais são os
Desafios
491
Tratamento de Longa Duração com Terlipressina na Síndrome Hepatorrenal Tipo 1: Relato de Experiência Local •
Ultra-Sonografia Abdominal Versus Biópsia Hepática no
492
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Diagnóstico da Esteatose em Obesos Graves
Utilidade da Elastografia Hepática Transitória na Hepatite C
Crônica em Um Centro de Referência
493
Variáveis Associadas à ALT Elevada em Pacientes com
Diabetes Mellitus Tipo I • Associação entre as Concentrações Plasmáticas de Não-Hdl-Colesterol com as de Cisteína e Homocisteína em Crianças Pré-Púberes
494
Avaliação do Tratamento de Constipação Crônica em
Pacientes Pediátricos • Características Clínicas e Endoscópicas em Pacientes Esofagite Eosinofílica: Experiência de
Um Serviço de Gastroenterologia Pediátrica
com Doença de Crohn (DC) Acompanhados no Ambulatório
do Hospital Universitário de Londrina-PR
Caso Clínico: Doença Celíaca Refratária • Causa Incomum
de Hemorragia Digestiva Média
506
Colangite Esclerosante Primária Associada à Doença de
Crohn (DC) – Relato de Caso • Colite Pseudomembranosa
em Paciente Jovem Gestante: Relato de Caso
507
495
Crise Celíaca: Relato de Caso • Desenvolvimento de Tuberculose Ativa em Paciente com Doença de Crohn em Uso
de Terapia Biológica e Rastreamento Negativo para Tuberculose Latente
508
Concentrações de Não HDL Colesterol em Uma Amostra
de Crianças Pré-Púberes e Sua Relação com Fatores de
Risco para Doenças Cardiovasculares • Concentrações
Plasmáticas de Cisteína e Homocisteína de Crianças Pré
Púberes: Associação com Não-HDL-Colesterol
496
Determinação da Prevalência de Supercrescimento Bacteriano do Intestino Delgado, em Pacientes com Sindrome de
Intestino Irritável, Submetidos ao Teste Respiratório • Diarreia Crônica: Uma Manifestação Atípica de Um Feocromocitoma
509
Concentrações Plasmáticas de Vitamina D em Crianças e
Adolescentes Obesos • Teste de Desencadeamento em
Pacientes com Alergia à Proteína do Leite de Vaca - Experiência de Um Serviço de Referência
497
Diarreia Persistente com Duodenite Ulcerada Hemorrágica
Grave – Relato de Caso • Discrasia Sanguínea Associada
ao Uso de Mesalazina em Paciente com Retocolite Ulcerativa – Relato de Caso
510
A Solução de Carnoy é Um Fixador de Tecidos Adequado
na Rotina de Patologia Cirúrgica, Preservando a Morfologia
Celular e Integridade Molecular • Abordagem Cirúrgica de
Megaesôfago Associado a Megacólon Chagásico: Relato
de Caso
498
Disfunção Erétil na Doença Inflamatória Intestinal
511
512
Adenocarcinoma de Delgado em Portador de Doença de
Crohn em Terapia Biológica
499
Angioedema Intestinal Desencadeado pelo Uso do Inibidor da Enzima Conversora de Angiotensina • Anticorpos
Anti-CCP e Achados Reumatológicos em Pacientes com
Doença de Crohn
500
Aplicativo “Doencas Inflamatórias Intestinais” para Séries
Individuais e Coletivas • Apresentação Grave da Doença de
Crohn: Um Relato de Caso
501
Associação da Plaquetose na Neoplasia Colorretal no
Serviço de Coloproctologia do HUSF • Avaliação da Atividade da Doença Inflamatória Intestinal durante a Gestação
e Período Perinatal em Pacientes Acompanhadas em Um
Serviço de Referência no Piauí
502
Avaliação da Calprotectina Fecal como Marcador de Atividade Inflamatória em Pacientes com Doença de Crohn
durante Tratamento de Manutenção com Infliximabe •
Avaliacão do Tempo de Trânsito Colônico com Marcadores Radiopacos • Cápsula Endoscópica: Um Grande Auxílio Diagnóstico para Patologias do Intestino Médio com
Poucas Complicações
503
Características Antropométricas e Composição Corporal
de Uma População Universitária Submetida ao Teste de
Intolerância à Lactose
Características Clínicas e Laboratoriais de Artropatia em
Pacientes com Doença Inflamatória Intestinal (DII) acompanhados no Ambulatório do Hospital Universitário de Londrina-PR • Características Epidemiológicas e Clínicas dos Pacientes
Diverticulite de Meckel: Relato de Caso • Doença Celíaca e
Doença de Crohn: Existe Esta Associação? Relato de Caso
Doença de Crohn (DC) Refratária ao Tratamento Clínico
em Paciente Jovem com Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) –
Relato de Caso • Doença de Crohn Associada à Colite por
Citomegalovírus em Paciente Jovem em Tratamento de
Espondilite Anquilosante com Infliximabe
513
Doença de Crohn com Fìstula Êntero-Cutânea de Difícil
Controle: Relato de Caso
514
Doença de Crohn como Diagnóstico de Enteropatia Perdedora de Proteínas: Relato de Caso • Doença de Crohn e a
Importância dos Anticorpos Marcadores de Doença: Relato de Caso
515
Doença de Crohn e Colite Ulcerativa: Uma Análise Epidemiológica • Doença de Crohn Fistulizante Perineal e Perianal - Diagnóstico Difícil
516
Doença de Crohn Gástrica • Doença de Crohn Intestinal
com Metástase Cutânea – Relato de Caso
517
Doença de Whipple: Relato de Caso e Revisão de Literatura • Doença Desmielinizante do Sistema Nervoso Central
Induzida por Terapia Biológica durante Tratamento para
Doença de Crohn
518
504
Doença Enxerto Versus Hospedeiro Intestinal após Transplante Alogênico de Medula Óssea • Doença Inflamatória
Intestinal e Fenômenos Tromboembólicos
519
505
Efeitos Adversos do Uso de Infliximab em Pacientes Portadores de Doença Inflamatória Intestinal no Hospital do
Servidor Público Estadual (HSPE)
520
Efeitos de uma Mistura de Componentes Funcionais na
521
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
25
A nais
Motilidade Intestinal e no Peso Corporal de Ratos Wistar •
Enterite Actínica - Relato de Caso
26
Enteropatia Associada ao Uso de Olmesartan: Relato de
Caso e Revisão de Literatura • Enteropatia Autoimune
como Causa de Atrofia Vilositária Não-Celíaca e Tratada
com Budesonida – Relato de Caso
522
Enteropatia Perdedora de Proteínas – Desafio, Diagnóstico,
Etiologias Pouco Comuns e Revisão de Literatura • Eosinofilia Grave em Gastroenteropatia Eosinofílica
523
Estimativa da Prevalência da Doença Inflamatória Intestinal do Distrito Federal Baseado no Cadastro de Medicamentos de Alto Custo do SES - DF • Fatores Associados à
Qualidade de Vida, Ansiedade, Depressão e Autoestima na
Doença Inflamatória Intestinal
524
Fatores de Risco e Diagnóstico da Tuberculose Abdominal:
Relato de Casos e Revisão de Literatura • Fístula Enterocutânea em Paciente com Doença de Crohn–Relato de Caso
525
Formas de Apresentação Inicial e Manifestações Digestivas da Doença de Chron em Pacientes Atendidos no
Ambulatório de Proctologia do Hospital Universitário da
Universidade Federal de Sergipe (UFS)
526
Gastroenterite Eosinofílica: Relato de Caso • Gastro-ÍleoColite Microscópica como Causa de Diarreia Crônica
527
Hemorragia Digestiva Alta Maciça em Paciente com Doença de Crohn com Acometimento do Trato Gastrointestinal
Superior: Uma Apresentação Rara da Doença • Hepatite
Crônica Associada ao Uso de Mesalazina em Paciente com
Colite Ulcerativa
528
Hiperinfecção por Strongyloides Stercoralis associada a
Portador de HTLV-1: Relato de Caso
529
Hiperplasia Nodular Linfoide Associado à Imunodeficiência
Comum Variável como Diagnóstico Diferencial de Polipose
Intestinal: Relato de Caso • HIV no• Paciente com Doença de Crohn Íleo-Colônica em Atividade - A Influência do
Fator Imunológico na Doença Inflamatória Intestinal: Qual
Tratamento Ideal?
530
Infecção Oportunista em Vigência de Terapia Biológica •
Infliximabe no Tratamento de Espru Refratário do Tipo 2:
Indicação “Off Label” e Excelente Resposta
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Intestinal, Idade e Sexo dos Pacientes Diagnosticados com
Retocolite Ulcerativa Atendidos no Ambulatório de Proctologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de
Sergipe (UFS)
Megacólon Psicogênico em Gêmeos Univitelinos • Modificação do Comportamento da Doença de Crohn, Baseada
na Classificação de Montreal, em Centro de Referência
Brasileiro para Tratamento de Doenças Intestinais no Período de 20 Anos de Acompanhamento
536
Neoplasia de Colorretal Avançada em um Paciente com
35 Anos com RCU • Os Níveis Séricos de Calprotectina
Correlacionado com Marcadores Bioquímicos e Histológicos de Atividade Inflamatória Intestinal • Perfil Terapêutico
e Reações Adversas Relacionadas à Doença de Crohn no
Estado do Piauí
537
Pioderma Gangrenoso em Paciente com Colite Ulcerativa
(CU): Relato de Caso com Foco no Tratamento • Pneumatose Intestinal Induzida pelo Etoposide em Carcinoma
Indiferenciado de Pequenas Células
538
Polipose Adenomatosa Familiar - Um Relato de Caso
539
540
Prevalência de Colite e Doença Perianal nos Pacientes com
Doença de Crohn do Ambulatório de Doença Inflamatória
Intestinal do HMSJ de Joinville/SC • Prevalência de Distúrbios Psiquiátricos, Ansiedade e Depressão em Pacientes Portadores de Doença Inflamatória Intestinal em Um
Ambulatório de Referência
Prevalência de Intolerância à Frutose em População de
Pacientes com Queixas Gastrointestinais • Prevalência de
Intolerância à Lactose e Fatores Associados em Funcionários e Estudantes de uma Universidade Pública da Região
Nordeste - Brasil
541
Prevalência de Parasitoses Intestinais de Acordo com o
Gênero
542
Prevalência de Sintomas Pós-Teste em Pacientes Submetidos à Sobrecarga de Lactose • Prevalência de Terapia
Biológica Anti-TNF em Pacientes com Doença de Crohn
do Ambulatório do HMSJ de Joinville/SC
543
531
Prevalência do HLA-DQ2 e DQ8 em Pacientes com Doença Celíaca • Prótese de Via Biliar Migrada Associada á Peritonite Encapsulante: Relato de Caso
544
Linfoma de Ceco: Relato de Caso • Lipomatose Intestinal:
Causa Rara de Suboclusão Intestinal
532
545
Manifestações Extra-Intestinais em Pacientes Diagnosticados com Retocolite Ulcerativa Atendidos no Ambulatório
de Proctologia do Hospital Universitário da Universidade
Federal de Sergipe (UFS)
533
Pseudo-Obstrução Intestinal Secundária à Amiloidose Relato de Caso • Pseudo-Obstrução Intestinal Crônica
Secundária a Mieloma Múltiplo: Relato de Caso
546
Manifestações Extra-Intestinais em Pacientes Diagnosticados com Doença de Crohn Atendidos no Ambulatório
de Proctologia do Hospital Universitário da Universidade
Federal de Sergipe • Manifestações Intestinais da Doença
Granulomatosa Crônica - Relato de Caso
534
Qualidade de Vida, Ansiedade, Depressão e Autoestima nos
Pacientes com Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa •
Relação entre a Curva de Hidrogênio Expirado e a Sintomatologia Relatada por Pacientes Submetidos ao Teste
Respiratório com Suspeita Diagnóstica de Intolerância à
Frutose
547
Manifestações Intestinais, Extensão do Comprometimento
535
Relação entre Idade, Sexo e Gravidade em Pacientes
Diagnosticados com Retocolite Ulcerativa Atendidos no
Ambulatório de Proctologia do Hospital Universitário da
Universidade Federal de Sergipe (UFS) • Relato de Caso:
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Abordagem do Paciente com Doença de Crohn Complicada com Fístula Enterovesical
Expectante Após Ingesta de Osso de Galinha
Manifestação Cutânea de Pioderma Gangrenoso em Paciente com Doença de Crohn e Colangite Esclerosante
Primária • Otimização da Dose da Terapia Biológica em
Pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) Experiência do Ambulatório de DII da Disciplina de Gastroenterologia da Policlínica Piquet Carneiro da UERJ
563
Perfil dos Pacientes Usuários de IBP Acima de 60 Anos na
UBS Ouvidor Pardinho – Curitiba: Comorbidades e Polifarmácia
564
Pseudo­Pseudo Meig’s e Autoimunidade como Causa de
Ascite • Rabdomiólise em Paciente Etanolista Associado a
Delirium Tremens: Relato de Caso
565
Relato de Caso: Doença Celíaca em Adulto Associada à
Esofagite Fúngica • Relato de Caso: Doença Cardíaca
Carcinoide
566
567
553
Tumor Neuroendócrino como Diagnóstico Diferencial com
Síndrome do Intestino Irritável • Varizes Colônicas: Rara
Complicação da Trombose de Veia Esplênica Secundária
à Pancreatite
568
Tuberculose Intestinal, Importante Diagnóstico Diferencial
da Doença de Crohn: Relato de Caso • Tumor Estromal
Gastrointestinal em Intestino Delgado - Relato de Caso
554
Análise Comparativa de Diferentes Técnicas de Medida do
Tempo de Trânsito Colônico • Contribuição da Manometria
Anorretal em Paciente com Quadro de Encoprese: Relato
de Caso
Uso de Colostro como Adjuvante no Tratamento da Giardíase Refratária em Imunossuprimido: Relato de Caso
555
Impactação Alimentar Associada com Esôfago em QuebraNozes • Relato de Caso: Complicações da Abordagem
Cirúrgica Tardia na Aganglionose Congênita
569
Uso de Infliximabe em Paciente com História de Crise
Convulsiva Pós Uso de Adalimumabe - Relato de Caso •
Uso de Tacrolimus como Tratamento de Manutenção na
Retocolite Ulcerativa após Falha Terapêutica ao Uso de
Infliximab
556
Ascite Pancreática: Relato de Caso • Atualização no Manejo Terapêutico da Pancreatite Crônica
570
571
Uso de Terapia Biológica para Tratamento de Doença de
Crohn em Paciente com Manifestação Extraintestinal e
Portador de Tuberculose Latente • Análise Multifatorial
de Pacientes Atendidos com Hemorragia Digestiva Alta:
Experiência de Um Hospital Terciário
557
Cateterização Incidental da Via Biliar por Cateter Nasoenteral: Uma Complicação Sui Generis • Circulação Colateral
Simulando Tumor Pancreático em Portadora de Hipertensão Portal Esquistossomótica - Relato de Caso
Colangiocarcinoma Intra-Hepático Metastático em Paciente Adulto Jovem: Relato de Caso
572
Ascaridíase Biliar em Difícil Desfecho Diagnóstico de Icterícia Obstrutiva • Dermatite Herpetiforme em Pacientes
Adultos: Há Diferença na Apresentação Clínica Quando
Comparados os Gêneros Masculino e Feminino?
558
Diagnóstico Precoce Câncer de Vesícula Biliar – Relato de
Caso • Diferentes Apresentações Clínicas da Pancreatite
Autoimune • Doença de Caroli com Evolução Fatal – Relato
de Caso e Revisão de Literatura
573
Descrição de Caso Clínico: Fibrose Retroperitoneal •
Doença de Crohn e Hepatite Autoimune: Uma Associação
Incomum
559
Fibrose Retroperitoneal Secundária a Adenocarcinoma de
Origem Bilio-Pancreática: Relato de Caso
574
575
Doença de Crohn e Infecções Oportunistas • Histoplasmose com Acometimento Duodenal em Paciente Imunocompetente
560
Fístula Colecistoduodenal - Relato de Caso • Fístula Pancreatopulmonar Secundária à Pancreatite Crônica: Relato de
Caso
576
Histoplasmose Disseminada em Paciente Portador da
Doença de Crohn em Uso de Anti-TNF
561
Neoplasia Intraductal Mucinosa Papilífera: Relato de Uma
Série de Casos • Pancreatite Aguda Recorrente na Apresentação Clínica Inicial do Adenocarcinoma Metastático de
Pâncreas - Relato de Caso
Infecção Por Helicobacter Pylori Em Município do Leste
de Minas Gerais • Ingestão de Corpo Estranho: Conduta
562
Pancreatites Agudas Subclínicas Recorrentes por Pâncreas
Divisum • Relato de Caso: Paciente com Diarreia Crônica -
577
Relato de Caso: Diagnóstico Diferencial de Fístula Perianal •
Relato de Caso: Doença Celíaca e Doenças Autoimunes
548
Retocolite Ulcerativa (RCU) Refrataria a Esteroides: um
Caso de Colite por Citomegalo Virus (CMV)
549
Seminoma de Testículo: Relato de Caso de Paciente em
Uso de Adalimumabe para Doença de Crohn • SemiObstrução de Intestino Delgado por Enterite Actínica –
Relato de Caso
550
Semi-Obstrução Intestinal Secundária à Doença de Crohn
Estenosante em Paciente com Sida • Síndrome de GuillainBarré durante Terapia com Adalimumabe em Paciente com
Doença de Crohn: Consequência ou Coincidência?
551
Síndrome de Peutz-Jeghers em Jovem com Sintomas
Obstrutivos: Relato de Caso • Tratamento Cirúrgico da
Doença de Crohn
552
Tratamento Cirúrgico em Retocolite Ulcerativa Refratária
ao Tratamento Clinico Otimizado • Tuberculose Intestinal
Simulando Doença de Crohn: Relato de Um Caso com
Múltiplas Perfurações Intestinais
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
27
A nais
Uma Queixa que deve ser Investigada
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Síndrome de Mirizzi • Síndrome de Mirizzi: Relato de Caso
Relato de Caso: Pancreatite Aguda Secundária à Hipertrigliceridemia • Relato de Caso: Pancreatite Autoimune, um
Importante Diagnóstico Diferencial de Neoplasia Pancreática
578
Síndrome de Compresão Biliar Extrinseca Benigna ou
579
Síndrome de Mirizzi: Um Diagnóstico Diferencial Raro
dentre as Causas de Dor Abdominal • Tumor Neuroendócrino de Pâncreas Metastático: Um Desafio Diagnóstico
28
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
580
Anais da XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo
Proceedings of XIII Brazilian Week of Digestive - CBCD – ORAL
ANÁLISE DAS COMPLICAÇÕES APÓS
ESOFAGECTOMIA POR NEOPLASIA DE
ESÔFAGO: 332 PACIENTES
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Flavio Roberto Takeda / Hospital das Clínicas da
Faculdade de medicina da USP, HCFMUSP/ICESP; Rubens
Antonio Aissar Sallum / Hospital das Clínicas da Faculdade
de medicina da USP, HCFMUSP/ICESP; Julio Rafael Mariano
da Rocha / Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina
da USP, HCFMUSP/ICESP; Ulysses Ribeiro Junior / Hospital
das Clínicas da Faculdade de medicina da USP, HCFMUSP/
ICESP; sergio Szachnowicz / Hospital das Clínicas da
Faculdade de medicina da USP, HCFMUSP/ICESP; Ernesto
Sasaki Imakuma / Hospital das Clínicas da Faculdade de
medicina da USP, HCFMUSP/ICESP; Daniel Reis Waisberg
/ Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina da USP,
HCFMUSP/ICESP; Ivan Cecconello / Hospital das Clínicas da
Faculdade de medicina da USP, HCFMUSP/ICESP.
Resumo
Introdução: A esofagectomia é a única abordagem potencialmente curativa para câncer esofágico. Entretanto, esta operação
apresenta consideráveis índices de morbimortalidade peri-operatória. Objetivo: Analisar dados de ocorrência de óbito e complicações pós-operatórias de pacientes submetidos à esofagectomia por câncer de esôfago. Casuística e Métodos: Estudo
retrospectivo de pacientes submetidos a esofagectomia por câncer
entre março de 2000 e janeiro de 2012 de um instituto de cân-
tes (17,4%), complicações respiratórias em 67 (20,1%), sendo que
pneumonia em 51 (15,3%), quilotórax em 8 (2,4%) e pneumotórax
em 8 (2,4%). Paralisia vocal foi vista em 77 pacientes (23,2%), sendo que em 14 (4,2%) a paralisia foi definitiva. 18 pacientes (5,4%)
tiveram infarto agudo de miocárdio e 9 pacientes (2,7%), arritmia
cardíaca. Mortalidade total foi 21 (6,3%). Síndrome da resposta inflamatória sistêmica foi vista em 132 (39,7%) dos pacientes após
cirurgia. Conclusão: Esofagectomia para tratamento de câncer
de esôfago é procedimento seguro. Este procedimento não está
isento de altas taxas de morbidade, principalmente àquelas relacionadas a fístulas cervicais e complicações respiratórias.
29
AVALIAÇÃO DO PERFIL, DA ADESÃO
ÀS MEDIDAS FARMACOLÓGICAS E/
COMPORTAMENTAIS E O IMPACTO
NA QUALIDADE DE VIDA DOS
PORTADORES DE DRGE APÓS
CIRURGIA
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Marcus Felipe Gonçalves Feitosa / UNIT; Keity
Magna e Silva / UNIT; José Machado Neto / UFS; Vinicius
Alberto Nascimento de Brito / UNIT; Maiane Cássia de
Castro Vasconcelos / UNIT; Vanessa Rocha de Santana /
UNIT; Valdinaldo Aragão de Melo / UFS, UNIT; Sônia Oliveira
Lima / UNIT.
Resumo
cer, totalizando 332 pacientes. Foi avaliado tipo histológico, via de
abordagem, linfonodos dissecados, complicações pós-operatórias,
Com o objetivo de pesquisar , os sintomas de Doença do Refluxo
incluindo pneumonia, quilotórax, pneumotórax, paralisia vocal , in-
Gstroesofágico, o perfil, a adesão às medidas comportamentais
farto agudo de miocárdio, arritmia cardíaca e mortalidade. Também
e/ ou farmacológicas e o impacto na qualidade de vida(QV) após
foi avaliada presença de síndrome da resposta inflamatória sistêmi-
tratamento cirúrgico foram avaliados 192 prontuários de pacientes
ca após cirurgia. Resultados: do total de pacientes, 230 (69,2%)
portadores de DRGE sintomáticos de outubro de 1998 a outubro
apresentavam carcinoma espinocelular (CEC) e 102 (30,8%), ade-
de 2013. Para estimar as manifestações, frequência e duração dos
nocarcinoma. A via de abordagem foi transhiatal em 222 pacientes
sintomas, utilizou-se um questionário previamente elaborado. Utilizou-
(66,8%), o restante via transtorácica. A média de linfonodos dis-
se o teste qui-quadrado para análise dos resultados p(<0,05). 66%
secados foi de 25,5. Complicações pós-operatórias ocorreram em
dos pacientes eram do gênero feminino e 34% masculino com média
123 pacientes (37,04%). Fistulas cervicais ocorreram em 58 pacien-
de 47,7 anos. A pirose ocorreu em 78% dos casos, regurgitação em
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
33%, globus histéricus em 27%, halitose em 24 %, dor torácica não
observamos a presença de displasia de baixo grau em 4 deles. Vinte
cardíaca em 13%, rouquidão em 9%, disfagia em 7% e asma crônica
pacientes foram submetidos à fundoplicatura e nos demais se optou
em 5%. Na EDA observou-se esofagite em 170 (88%) esôfago
por tratamento clínico. A pressão no esfíncter inferior do esôfago
de Barret em 4%. Foi verificada a adesão plena aos tratamentos
apresentou valor médio de 12,22 +/- 6,81 mmHg. Conclusão:
comportamentais e farmacológicos em 102 e parcial em 90 pacientes.
Os autores concluem que: 1) Os aspectos demográficos e clínicos
Quanto ao tratamento cirúrgico 59 submetram-se ao tratamento
observados na presente casuística não diferem dos referidos na
cirúrgico por videolaparoscopia. A indicação cirúrgica foi por esôfago
literatura; 2) a incidência de displasia foi pequena na presente série
de Barret (10%), história familiar de câncer (12%), 51% por não
em consonância com a literatura; 3) a conduta cirúrgica, associada a
apresentarem melhora ao tratamento clínico e 27% por necesitarem
seguimento endoscópico anual, adotada nos portadores de Barrett
de colecistetomia. Antes da cirurgia a QV foi relatada como excelente
longo tem demonstrado resultados satisfatórios.
(0%), muito boa (0%), boa (22%), ruim em 41% e muito ruim em
5% dos pacientes. Todos os pacientes foram operados pela mesma
equipe e submetidos a herniorrafia e fundoplicatura a Nissen-Rosseti
em 85% e Guarner em 15%. Houve cura dos sintomas em 93%% e
7% necessitaram de tratamento com IBP. Disfagia ocorreu em 71%
dos casos com resolução espontânea até 60 dias. A QV foi muito boa
em 76%. A cirurgia foi segura e eficaz e os resultados satisfatórios.
30
ESÔFAGO DE BARRETT: ANÁLISE
DOS ASPECTOS CLÍNICOS E
TERAPÊUTICOS
INTERVALO ENTRE INÍCIO DOS
SINTOMAS E DIAGNÓSTICO DE
MEGAESÔFAGO: ATRASO DO
DIAGNÓSTICO
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: André Fonseca Duarte / HCFMUSP; Edno Tales
Bianchi / HCFMUSP; Lucas Soares Gerbasi / HCFMUSP;
Júlio Rafael Mariano da Rocha / HCFMUSP; sergio
Szachnowicz / HCFMUSP; Francisco Carlos Bernal da
Costa Seguro / HCFMUSP; Rubens Antônio Aissar Sallum /
HCFMUSP; Ivan Cecconello / HCFMUSP.
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Maria Aparecida Coelho Arruda Henry / Faculdade
de Medicina de Botucatu - UNESP; Walmar Kerche de
Oliveira / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP;
Mauro Masson Lerco / Faculdade de Medicina de Botucatu
– UNESP.
Resumo
Introdução: Como consequência da falta de familiaridade com
os aspectos clínicos da acalasia, frequentemente há um claro
distanciamento entre o início dos sintomas e o correto diagnóstico. O
Resumo
impacto desse atraso é identificado na queda de qualidade de vida
e deteriorização clínica desse grupo. Objetivo e método: Estudo
Introducão: O Esôfago de Barrett (EB) é definido como uma
transversal descritivo cujo objetivo desse estudo é caracterizar e
condição adquirida caracterizada pela substituição do epitélio
avaliar retrospectivamente grupo de pacientes após tratamento
escamoso do esôfago por epitélio glandular especializado, com células
cirúrgico do megaesôfago em relação ao intervalo entre início dos
caliciforme. Objetivo: O objetivo do presente trabalho é analisar os
sintomas e diagnóstico, diagnóstico inicial se incorreto, perda de peso
aspectos clínicos e terapêuticos de pacientes com EB. Métodos:
no aguardo do tratamento definitivo e etiologia do megaesôfago.
Foram estudados 50 pacientes (31 homens e 19 mulheres), com
Esses pacientes foram submetidos à cardiomiotomia com
idade variando entre 17 e 71 anos (média de 46,56 +/- 13,87 anos)
fundoplicatura a Heller-Pinotti durante o período de outubro de 2012
e brancos em sua totalidade. A duração das queixas variou entre 3
a julho de 2014 e questionário foi aplicado por contato telefônico.
meses e 40 anos (média: 13,43 +/- 6,98 anos). A queixa referida pela
Resultados: Dos 36 pacientes avaliados, 16 são do sexo masculino
maioria dos pacientes era a pirose (80%), seguida de regurgitação
(44%). A média da idade na cirurgia foi de 50,2 anos, variando de
(19%). A endoscopia digestiva alta demonstrou a presença de hérnia
17 a 51 anos. A etiologia foi relacionada a doença de chagas em 17
de hiato em 71,8% dos pacientes, com EB longo em 15 pacientes
pacientes (47,22%) e desses 14 (38,89%) o diagnóstico de chagas
(30%) e curto em 35 deles (70%). O estudo anatomopatológico
foi feito pela doença esofágica. A média entre início dos sintomas e
confirmou a presença da metaplasia epitelial em todos os pacientes e
diagnóstico foi de 53 meses e entre início dos sintomas e cirurgia foi
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
68 meses. O acerto do primeiro diagnóstico ocorreu em 8 pacientes
de 2010 e janeiro de 2014 de um instituto de câncer, excluindo-
(22,22%) e nos 28 restantes os diagnósticos mais prevalente foram
se aqueles cuja cirurgia foi paliativa, totalizando 106 pacientes (83
drge e gastrite em 10 (27,78%) pacientes em cada item. A média de
homens e 24 mulheres). Avaliaram-se realização de neoadjuvância,
perda de peso na espera ao tratamento foi de 11,4kg com variação
tipo histológico do tumor, complicações pós-operatórias, e PCR no
da queda do IMC em média de 4,4. Em 21 dos 28 pacientes (75%)
pós-operatório. Analisados os valores de PCR no 2o, 4o, 6o, 8o, 10o e
não diagnosticados corretamente inicialmente foi prescrito inibidor
12o dias de pós-operatório (PO). Foram consideradas complicações:
de bomba de prótons sem melhora clínica referida ao profissional
óbito, fístula anastomótica, rouquidão / paralisia de cordas vocais,
durante o tempo de espera. Em relação ao grau de satisfação
infecção de ferida operatória. Resultados: Complicações pós-
tratamento cirúrgico realizado em score de 0 a 10 foi referida uma
operatórias ocorreram em 19 pacientes (5,57%). do total de
nota média de 9,3 e não houve correlação com o intervalo entre início
pacientes, 64 (59,8%) apresentavam carcinoma espinocelular (CEC)
dos sintomas, diagnóstico e tratamento. Conclusão: como intuito
e 37 (34,6%), adenocarcinoma e 48 pacientes (44%) receberam
de evitar impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes
neoadjuvância. Não houve diferença significativa entre os valores de
com megaesôfago faz-se necessário um esforço mais intenso para
PCR para pacientes que tiveram complicações quando comparados
diagnóstico precoce da doença e criação de fluxos mais eficazes
àqueles que não tiveram. Também não houve diferença quando
entre os diversos níveis de atenção em saúde para que esses
os grupos são separados por tipo histológico ou neoadjuvância.
pacientes tenham a oportunidade de tratamento em um intervalo de
Os valores de PCR máximo de pacientes que apresentaram óbito
tempo menor.
foi estatisticamente maior que o restante (239,4 ± 79,7 x 184.6 ±
71.1, p=0,005). Na curva ROC, determinou-se o valor de 203,6 mg/
NÍVEIS DE PCR COMO PREDITOR DE
ÓBITO EM PACIENTES SUBMETIDOS
À ESOFAGECTOMIA POR NEOPLASIA
DE ESÔFAGO
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Rubens Antônio Aissar Sallum / HC-FMUSP;
Leonardo Ervolino Corbi / HC-FMUSP; Ernesto Sasaki
Imakuma / HC-FMUSP; Daniel Reis Waisberg / HC-FMUSP;
Flavio Roberto Takeda / HC-FMUSP; Julio Rafael Mariano da
Rocha / HC-FMUSP; Ulysses Ribeiro Júnior / HC-FMUSP;
Ivan Cecconello / HC-FMUSP.
Resumo
dl como o que melhor discrimina a mortalidade dos pacientes. Este
valor apresenta sensibilidade de 66,7% e especificidade de 60,5%.
Conclusões: a medida sérica de PCR mostrou-se de pouco valor
preditivo de complicações pós-operatórias da esofagectomia para
tratamento de câncer. O valor de PCR máximo parece ser útil como
indicador de mortalidade para esses pacientes.
UMA DÉCADA APÓS ABLAÇÃO DO
ESÔFAGO DE BARRETT COM PLASMA
DE ARGÔNIO: ANÁLISE CRÍTICA
DAS TÉCNICAS DE ABLAÇÃO APÓS
SEGUIMENTO TARDIO
Temário: Cirurgia / Esôfago
Introdução: Apesar dos recentes avanços no tratamento do
câncer esofágico, a esofagectomia permanece como a única
abordagem potencialmente curativa. Esta operação, entretanto,
envolve alta complexidade técnica e apresenta consideráveis índices
de morbimortalidade peri-operatória. Os níveis séridos de proteína
C-reativa (PCR), uma proteína plasmática relacionada à fase aguda
da inflamação, mostraram-se preditivos de complicações pós-
Autores: sergio Szachnowicz / HCFMUSP; André Fonseca
Duarte / HCFMUSP; Edno Tales Bianchi / HCFMUSP;
Adriana Cordeiro Pinotti / HCFMUSP; Fauze Maluf Filho /
HCFMUSP; Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura /
HCFMUSP; Rubens Antônio Aissar Sallum / HCFMUSP; Ivan
Cecconello / HCFMUSP.
Resumo
operatórias de cirurgia colorretal. Objetivo: Verificar a relação entre
os níveis séricos de PCR e a ocorrência de óbito e complicações pós-
Introdução: A crescente incidência de adenocarcinoma na junção
operatórias em pacientes submetidos à esofagectomia para tratamento
esôfago-gástrica relacionada com a presença do esôfago de Barrett
de câncer esofágico. Casuística e Métodos: Estudo retrospectivo
(EB) criou uma demanda por vigilância endoscópica regular. A partir
de pacientes submetidos a esofagectomia por câncer entre março
da observação de que a maioria dos pacientes não tem regressão
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
31
A nais
completa das zonas de metaplasia intestinal (MI), mesmo com a
terapia de drogas eficaz e cirurgia, foi proposta a técnica de ablação de
áreas da mucosa com a BE. Em 2004 Pinotti publicou uma avaliação
do efeito da coagulação com plasma de argônio (APC) após a
realização de Nissen em 19 pacientes com EB. Objetivo: No presente
estudo foi retrospectivamente reavaliou a vigilância endoscópica
dos pacientes em relação à presença ou ausência de ser depois de
seguimento tardio. Método: Foram analisados dados retrospectivos
destes pacientes, incluindo a data da última endoscopia com biópsia
foram levantadas. Foi estabelecido como tempo de acompanhar o
período entre a APC e a data da última endoscopia. Em cada exame
endoscópico foi avaliada a presença ou ausência dos seguintes dados:
epitélio colunar (EC), MI, displasia ou adenocarcinoma. Resultados:
Seis foram excluídos devido à falta de dados de acompanhamento.
Dos restantes 13 pacientes, seis eram do sexo masculino (43%) e
7 do sexo feminino (57%). A média de tempo de acompanhamento
32
foi de 8,7 anos, com mediana de 9 anos. Retorno do EC e EB foi
visto em três pacientes (23,1%). Dez (76,9%) dos 13 pacientes
reavaliados mostrou regressão completa do EB. Nenhum paciente
apresentou displasia ou adenocarcinoma. Discussão: O longo prazo
de acompanhamento de pacientes submetidos à ablação do EB, se
alguma técnica proposta deve ser melhor analisado. Considerando
os vários casos de recorrência de displasia e progressão para
adenocarcinoma intramucosal em pacientes submetidos a ablação
com sucesso do EC, que ainda está procurando a maneira correta de
seguir estes pacientes. Conclusão: Os dados sugerem um menor
risco no desenvolvimento de displasia e adenocarcinoma em pacientes
submetidos a ablação em comparação com pacientes mantidos
somente em vigilância endoscópica. Há uma falta em uma avaliação
se há diferença significativa na displasia relacionada ao câncer ou
após longa mortalidade de acompanhamento. Estes dados poderiam
destacar a vantagem de ablação, justificando permanentemente a
sua indicação neste grupo de pacientes, em detrimento dos gastos e
morbidade desses procedimentos.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Resumo
The occurrence of gastric antral diaphragm or gastric antral web
adult patients was first described in 1949 by Sames. The antral
web is a thin septum, usually 2 to 4 mm thick and located 1 to 7 cm
from the pylorus with size of the aperture varying from 2 to 30 mm.
It is usually discovered in middle or late life because of associated
gastric outlet obstruction or peptic ulcer. The cause of late onset
of clínical manifestations is unknown and there is no consensus of
etiology in the literature whether antral web is congenital or acquired
when diagnosed in adults. This disease is not frequently reported in
adults and it is often misdiagnosed. The obstructive symptoms might
elude the diagnosis with mucosal pyloric obstruction and differential
diagnosis are mucosal prolapse into the pylorus and hypertrophy of
the pyloric mucosa. The surgical excision of the antral diaphragm
can improve patient‘s symptoms. Under the previous suspicion of
the diagnosis through gastroscopy or roentgenology examination,
the surgical excision of the web or the distal gastric antrum relieves
the symptoms. Aiming to notify this pathology as a possible cause
for gastric outlet obstruction an illustrative case is reported in which
the antral diaphragm was misdiagnosed for a pylorus stenosis.
The describe diagnostic of this entity an appraisal of the clínical
presentation, pathologic features and treatment was performed.
A 56 years old man presented complaint of pyrosis, epigastric
fullness after eating and loss of weight for over three years. His
past clínical history revealed a perforated peptic ulcer surgery three
years ago. Investigation was initially performed with barium upper
gastrointestinal x-ray which suggested pyloric stenosis secondary to
the previous surgery. Gastric endoscopy identified a mucous tunnel
formation with a 10 mm diameter aperture in the pre-pyloric region.
The patient was also submitted to a computerized tomography (CT)
of the abdomen and pelvis for surgical planning for correction of
pyloric stenosis and demonstrated an apparently thickening of the
gastric wall and reduction of the diameter of the antropyloric region.
The patient was then submitted to lapartomy with resection of the
ANTRAL MUCOSAL DIAPHRAGM IN
ADULTS AS A CAUSE OF GASTRIC
OUTLET OBSTRUCTION: CASE REPORT
AND REVIEW OF THE LITERATURE
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Ernesto Sasaki Imakuma / HC FMUSP; Anna Carolina
Bastista Dantas / HC FMUSP; Fabio Pinatel Lopasso / HC
FMUSP; Marcela Del Carlo Bernardi / FMUSP; Alyne Korukian
Freiberg / FMUSP.
antral web. After 6 months, the patient is asymptomatic.
IMPACTO DA SOLUÇÃO DE
CARNOY NO NÚMERO DE
LINFONODOS RESGATADOS EM
PEÇAS CIRÚRGICAS DE CÂNCER
GÁSTRICO: ESTUDO PROSPECTIVO
RANDOMIZADO
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: André Roncon Dias / ICESP HCFMUSP; Henrique
Dametto Giroud Joaquim / ICESP HCFMUSP; Marina a Pereira /
ICESP HCFMUSP; Bruno Zilberstein / ICESP HCFMUSP; Ulysses
Ribeiro Jr / ICESP HCFMUSP; Evandro M Sobroza / ICESP
HCFMUSP; Marcus Fernando Kodama Pertille Ramos / ICESP
HCFMUSP; Ivam Cecconello / ICESP HCFMUSP.
SOBREVIDA APÓS GASTRECTOMIA
NO CÂNCER GÁSTRICO EM IDOSOS
ACIMA DE 80 ANOS
Temário: Cirurgia / Estômago
Resumo
Autores: Carlos Eduardo Jacob / HC-FMUSP; Amir Zeid
Charruf / HC-FMUSP; Anna Carolina Batista Dantas / HCFMUSP; Marcelo Mester / HC-FMUSP; Osmar Kenj Yagi
/ HC-FMUSP; Fábio Pinatel Lopasso / HC-FMUSP; André
Roncon Dias / HC-FMUSP; Bruno Zilberstein / HC-FMUSP;
Objetivos: Comparar as soluções de Carnoy e de formalina neutra
Resumo
tamponada em relação ao número absoluto de linfonodos encontrados na peça cirúrgica de pacientes submetidos a gastrectomia.
Introdução: O câncer gástrico situa-se entre as maiores causas de
Averiguar se linfonodos retirados cirurgicamente são perdidos com
mortalidade oncológica no mundo. comaumento da expectativa de
a fixação em formalina e, caso isso ocorra, se este fato é relevante
vida da população vemos um aumento da incidência oncológica em
para o estadiamento. Observar se o protocolo de pesquisa influen-
pacientes idosos e uma discussão cada vez maior sobre a melhor
ciou o número de linfonodos encontrados. Métodos: Cinquenta
forma de tratamento para estes pacientes. Objetivo: Analisar a so-
produtos de gastrectomia subtotal com linfadenectomia D2 por
brevida de idosos acima de 80 anos após cirurgia curativa em cân-
adenocarcinoma gástrico foram randomizados para fixação em Car-
cer gástrico no Grupo do Estômago do HC-FMUSP. Casuística:
noy ou formalina com posterior dissecção da peça em busca de lin-
102 pacientes com idade igual ou superior a 80 anos, submetidos
fonodos. Após a dissecção do grupo Formalina, a gordura residual
á gastrectomia entre 1982 e 2010. Métodos: Revisão retrospec-
a ser desprezada foi imersa em Carnoy e reavaliada posteriormente.
tiva de dados de prontuário coletados prospectivamente. Incluídos
Os dados de 25 gastrectomias D2 operadas previamente ao estu-
os pacientes submetidos á gastrectomia curativa com idade igual e
do também foram avaliados. Resultados: a média de linfonodos
superior a 80 anos e excluídos os pacientes submetidos a proce-
encontrados nos grupos Carnoy e Formalina foi de 50,4 e 34,8; res-
dimento paliativo e sem seguimento comprovado. Resultados: Os
pectivamente (p<0,001). Na gordura residual foram encontrados
pacientes incluídos tinham idade média de 83,67 anos, sendo 45%
linfonodos em todos os casos (média 16,9 linfonodos), elevando
do sexo feminino. Os procedimentos realizados foram Gastrectomia
a média do grupo Formalina para 51,7 (valor similar ao do grupo
Subtotal em 68% e Gastrectomia Total em 32%, sendo 23% T1, 27%
Carnoy, p=0,809). comexceção de 1 linfonodo de 7mm, todos os
T2; 40% T3 e 5% T4. Todos os pacientes foram submetidos á linfa-
demais encontrados na gordura residual mediram ≤3mm. Treze lin-
denectomia, sendo 75% D2 e 25% D1: dos pacientes submetidos
fonodos metastáticos passaram despercebidos com a fixação em
a D2 34% eram N1, 17% N2 e 6% N3, com ausência de metástase
formalina e a revisão da gordura residual determinou a mudança de
linfonodal em 43%. Na classificação histológica, 51% eram do tipo
estadiamento de 2 (8%) pacientes. Os linfonodos encontrados no
bem diferenciado e 49% indiferenciado. Recidiva foi documentada
Carnoy possuíam tamanho significativamente menor quando com-
em 27% dos casos e a sobrevida global em 05 anos foi 28%, com
parados aos do grupo Formalina (p=0,01). A média de linfonodos
encontrados no grupo retrospectivo foi similar ao do grupo Formalina prospectivo (p=0,802). Conclusões: Quando comparada à
formalina, a solução de Carnoy permite encontrar número maior de
linfonodos no espécime cirúrgico de gastrectomias com linfadenec-
média de 46 meses. Conclusão: Em casos avançados de câncer de
estômago, a gastrectomia é o único tratamento eficaz, devendo ser
realizada de forma completa com intuito curativo, mesmo em faixas
etárias elevadas, uma vez que a sobrevida mostrou-se semelhante à
população geral.
tomia. Linfonodos milimétricos foram perdidos após a fixação em
formalina, estes foram identificados com o Carnoy e são clínicamente relevantes, pois podem conter metástases modificando assim,
o estádio clínico e prognóstico do paciente. A implementação de
protocolo de pesquisa não influenciou o número de linfonodos encontrados neste estudo.
SOBREVIDA APÓS GASTRECTOMIA
NO CÂNCER GÁSTRICO EM JOVENS
COM IDADE ATÉ 45 ANOS
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Carlos Eduardo Jacob / HC-FMUSP; Amir Zeid
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
33
A nais
Charruf / HC-FMUSP; Anna Carolina Batista Dantas /
HC-FMUSP; Marcos Fernando Kodama Pertilli Ramos /
HC-FMUSP; André Roncon Dias / HC-FMUSP; Marcelo
Mester / HC-FMUSP; Bruno Zilberstein / HC-FMUSP; Ivan
Cecconello / HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: O câncer gástrico situa-se entre as maiores causas
de mortalidade oncológica no mundo, com incidência maior em pacientes idosos. Nos pacientes jovens o tumor apresenta um padrão
mais agressivo, associado a demora para o diagnóstico, levando
a um pior prognóstico. Objetivo: Analisar a sobrevida de jovens
até 45 anos após cirurgia curativa em câncer gástrico no Grupo do
Estômago do HC-FMUSP. Casuística: 194 pacientes com idade
menor ou igual a 45 anos, submetidos á gastrectomia oncológica entre 1977 e 2010. Métodos: Revisão retrospectiva de dados
34
de prontuário coletados prospectivamente. Incluídos os pacientes
com idade igual ou menor que 45 anos, submetidos á gastrectomia
curativa. Resultados: Os pacientes incluídos tinham média de idade de 38,45 anos, 41% dos pacientes eram do sexo feminino e 59%
masculino. A maioria dos pacientes foram submetidos a Gastrectomia Subtotal. Em mais de 60 % dos pacientes o nível de invasão
tumoral era T3 ou T4.Todos os pacientes foram submetidos á linfadenectomia, sendo 73% D2 e 27% D1. Dentre os pacientes submetidos a linfadenectomia D2, o estadiamento linfonodal era: 28%
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Resumo
Introdução: A despeito da crescente incidência de ressecção
endoscópica para o câncer gástrico precoce, a gastrectomia
continua sendo o tratamento padrão, com altas taxas de sobrevida
na literatura. Objetivo: Documentar o desfecho dos casos de
câncer gástrico precoce submetidos a gastrectomia no Grupo do
Estômago do HC-FMUSP. Casuística: 292 pacientes submetidos
a gastrectomia por câncer gástrico precoce entre 1971 e 2010.
Métodos: Revisão retrospectiva de dados de prontuário coletados
prospectivamente. Incluídos os pacientes submetidos a gastrectomia
com relatório anatomopatológico T1 e excluídos os pacientes
passíveis de ressecção endoscópica. Resultados: comidade
média de 61,4 anos no diagnóstico, 46% dos pacientes eram do
gênero feminino. Dos 292 pacientes, 216 (74%) foram submetidos
a Gastrectomia Subtotal, 72 (25%) a Gastrectomia Total e 4 (<1%) a
Esofagectomia Subtotal com Gastrectomia Parcial. Todos os pacientes
foram submetidos a linfadenectomia, sendo 87% D2 e 13% D1, com
presença de metástase linfonodal em 12%. A mortalidade em 30
dias foi de 5,1% e a incidência de complicações pós-operatórias
foi de 22%. A sobrevida livre de doença em 5 anos foi de 90,4%.
Conclusão: A gastrectomia é um tratamento seguro e eficaz para
o câncer gástrico precoce, devendo ser realizada linfadenectomia
associada pelo risco de metástase linfonodal nos pacientes que não
se encaixam nos critérios de ressecção endoscópica.
N1, 19% N2 e 13% N3; em 38% não havia metástase linfonodal. A
sobrevida global em 05 anos foi 35%, com mediana de 60 meses.
Conclusão: Os pacientes jovens com câncer gástrico apresentam
doença mais agressiva, com predomínio em estágios avançados
sendo 65% com acometimento alem de muscular própria e 62%
com acometimento linfonodal. A despeito destas características a
sobrevida em 05 anos justifica a necessidade de tratamento curativo com linfadenectomia adequada mesmo em pacientes com doença avançada.
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO GIST
GÁSTRICO
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Carlos Eduardo Jacob / HC-FMUSP; Rodrigo José
de Oliveira / HC-FMUSP; Cláudio José Caldas Bresciani /
HC-FMUSP; Amir Zeid Charruf / HC-FMUSP; André Roncon
Dias / HC-FMUSP; Donato Mucerino / HC-FMUSP; Bruno
Zilberstein / HC-FMUSP; Ivan Cecconello / HC-FMUSP.
Resumo
SOBREVIDA APÓS GASTRECTOMIA
NO CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Carlos Eduardo Jacob / HC-FMUSP; Amir Zeid
Charruf / HC-FMUSP; Rodrigo José de Oliveira / HCFMUSP; Anna Carolina Batista Dantas / HC-FMUSP; André
Roncon Dias / HC-FMUSP; Joaquim Gama-Rodrigues / HCFMUSP; Bruno Zilberstein / HC-FMUSP; Ivan Cecconello /
HC-FMUSP.
Introdução: O GIST (Tumor Estromal Gastrintestinal) é uma neoplasia rara, com incidência de 0,1 a 3%, mas que se apresenta
em 70% das vezes no estômago. Apesar das inovações recentes
com tratamento farmacológico com inibidores da tirosina-quinase, a
ressecção cirúrgica se mantém como principal tratamento curativo
para o GIST. Objetivo: Revisar as características clínicas e patológicas do GIST. Casuística: 97 pacientes com GIST gástrico pri-
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
mário tratados na nossa instituição entre 1995 e 2013. Métodos:
70% do tecido hepático visando o mesmo peso de fígado ressecado.
Revisão retrospectiva de dados de prontuário coletados prospecti-
Inicialmente observado em testes PET-scan similaridade em células
vamente. Foram incluídos os pacientes com GIST gástrico submeti-
administradas por diferentes vias. Mas com cada dia que passa a
dos a tratamento cirúrgico. Todas as lâminas do anatomopatológico
via de administração intravenosa foi o mais apropriado visando a
foram revisadas por um patologista experiente. Resultados: Os
regeneração hepática, seguida pela administração entérica. As vias
pacientes tinham idade média de 57,5 anos (de 24 a 81 anos). O
de traqueia e peritoneal não foram eficientes para o objetivo final de
tamanho médio da lesão foi de 5,5cm (de 1,5 a 25 cm). O tempo
atingir o fígado. Conclusão: A via intravenosa pode ser a melhor
cirúrgico médio foi de 155 min. A morbidade do tratamento foi de
forma de administração de terapia celular em modelo experimental
10% e não houve mortalidade pós-operatória. Todas as lesões ti-
de síndrome de small for size.
nham margens negativas. Somente 4 pacientes tiveram recidiva e
todos tinham GIST de alto risco. A sobrevida global em 5 anos foi de
82%. Conclusão: O GIST de alto risco é associado a um aumento
da recidiva e diminuição da sobrevida apesar de ressecção cirúrgica
completa.
APLICABILIDADE CLÍNICA DA
ELASTOGRAFIA HEPÁTICA EM
CARCINOMA HEPATOCELULAR EM
LISTA DE TRANSPLANTE DE FÍGADO
Temário: Cirurgia / Fígado
A MELHOR VIA DE ADMINISTRAÇÃO
PARA A TERAPIA CELULAR NO
MODELO EXPERIMENTAL DE
SÍNDROME DE SMALL FOR SIZE EM
RATOS
Autores: Lucas Souto Nacif / HC FMUSP; Wellington
Andraus / HC FMUSP; Denise Cerqueira Paranaguá Vezozzo
/ HC FMUSP; Alina Matsuda / HC FMUSP; Rafael Soares
Pinheiro / HC FMUSP; Rodrigo Bronze Martino / HC FMUSP;
Flair José Carrilho / HC FMUSP; Luiz Augusto Carneiro
D‘Albuquerque / HC FMUSP.
Autores: Lucas Souto Nacif / HC FMUSP; Wellington
Andraus / HC FMUSP; Nilza Molan / HC FMUSP; Márcia
Saldanha Kubrusly / HC FMUSP; Durvanei Augusto Maria /
Instituto Butantan; Eleazar Chaib / HC FMUSP; Luiz Augusto
Carneiro D‘Albuquerque / HC FMUSP.
Resumo
Temário: Cirurgia / Fígado
Introdução: A aplicação da elastografia com Fibroscan®
(Echosens, Paris, França) é um instrumento não invasivo que avalia
a velocidade de onda de cisalhamento elástico que se propaga
Resumo
através do tecido, medindo a rigidez do fígado. O objetivo deste
estudo foi analisar a elastografia hepática no carcinoma hepatocelular
Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar qual é a melhor via
na lista de transplante de fígado. Método: Entre outubro de 2012
de administração para terapia celular em modelo experimental de
até dezembro de 2013 foram estudados os dados clínicos de 103
síndrome de tsmall for size em ratos. Até o momento, não há estudos
pacientes de triagem para transplante hepático no Departamento
que avaliam as vias de administração das células-tronco neste
de Gastroenterologia da Universidade de São Paulo. A elastografia
modelo de síndrome de small for size. Métodos: Um total de 40
transitória, ARFI e ultrassonografia abdominal (USG) foram realizadas.
ratos foram submetidos à hepatectomia parcial (70%) que induzem
As seguintes variáveis analisadas foram: idade, sexo (masculino /
a síndrome de small for size e foram divididos em quatro grupos de
feminino), etiologia da doença hepática, as características clínicas. A
vias de administração: intravenosa, intraperitoneal, enteral e traqueal.
análise foi realizada pelo programa estatístico em R, versão 2.15.1.
O modelo de síndrome de small foi realizado com hepatectomia
estatisticamente significativa com p <0,05. Resultados: a idade
parcial extendida (70%). Avaliamos o resultado da aplicação da
média dos 103 pacientes foi de 52,99 (± 11,53) e uma mediana de
terapia celular com animais através de ultra-sonografia, radiografia
55 anos (variação, 20-77 anos). A grande maioria dos pacientes 70
e PET-scan. A análise estatística foi realizada utilizando GraphPad
(68%) eram do sexo masculino e apenas 33 (32%) eram do sexo
Prism Software®. As diferenças foram consideradas estatisticamente
feminino. A cor branca mais prevalente foi representada por 69%
significativas quando os valores de p foram <0,05. Resultados:
dos pacientes, seguido por pardo, negro e amarelo, respectivamente,
Todos os quatro grupos foram submetidos a hepatectomia parcial de
em ordem decrescente, de 24%, 6% e 1%. A causa mais comum
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
35
A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
de vírus da hepatite C (VHC) em 35% seguido por 29% de álcool,
Conclusão: A ciirurgia não derivativa associada a tratamento
infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) em 8% esteatohepatite
endoscópico representa o padrão ouro na terapêutica cirurgica
hepatite não alcoólica (NASH) 7%, cirrose criptogénica 6%, cirrose
da hipertensão portal.
biliar secundário 5%, cirrose auto-imune em 3% e 7% de outros. A
aplicabilidade do ARFI foi de 100% dos casos, porque inicialmente
não tínhamos disponível o ARFI em 24 casos; e aplicabilidade do
ET foi de 73% dos casos. O valor médio foi de 30,4 ± Fibrosan
24,6 e mediana 21 (faixa de 4,6-75) nos casos com carcinoma
hepatocelular. O ARFI mostrou uma média de 1,97 ± 0,64 e mediana
de 1,98 (variação de 0,65 -3,2). O valor de corte para HCC foi de
9 kPa por Fibroscan e ARFI 2,56m / s. Conclusão: A elastografia
pode ser apropriado para avaliar a morbidade e mortalidade de
pacientes com CHC em lista de transplante de fígado.
36
QUAL O IMPACTO DAS RESSECÇÕES
VIDEOASSISTIDAS NA DIFUSÃO DA
CIRURGIA HEPÁTICA MINIMAMENTE
INVASIVA?
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Fabricio Ferreira Coelho / FMUSP; Jaime Arthur
Pirola Kruger / FMUSP; Fabio Ferreira Makdissi / FMUSP;
Vagner Birk Jeismann / FMUSP; Raphael Leonardo Cunha
de Araújo / FMUSP; Gilton Marques Fonseca / FMUSP;
Paulo Herman / FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP.
CIRURGIA PARA HIPERTENSÃO
PORTAL ESQUISTOSSOMÓTICA
Resumo
Autores: Valdinaldo Aragão de Melo / UFS - FBHC - UNIT;
Fábio Onias Júnior / FBHC; Roosevelt Santos Oliveira Júnior /
FBHC; Bruno Garcia Dias / FBHC; Franklin Antunes Carvalho
/ UFS; José Leandro dos Santos / UFS; Gildo Lima Souza
Neto / UNIT; Marcos Vinicius da Conceição / UFS.
Introdução: As ressecções hepáticas laparoscópicas tornaram-
Temário: Cirurgia / Fígado
-se o padrão ouro nas ressecções periféricas anterolaterais e na
setorectomia lateral esquerda. No entanto, a complexidade técnica
faz com que as ressecções múltiplas; os nódulos em segmentos
póstero-superiores ou em localizações centrais; e as hepatectomias maiores ainda sejam um desafio. O desenvolvimento da ci-
Resumo
rurgia videoassistida (híbrida) ocorreu visando suplantar as limitações da modalidade totalmente laparoscópica e assim, ampliar o
A evolução da cirurgia de hipertensão portal para o pacien-
acesso e a segurança da cirurgia minimamente invasiva. Objetivo:
te esquistossomótica incluiu cirurgia derivativa e não derivativa
Avaliar os resultados, segurança e exequibilidade das ressecções
com resultados bastante diversos no decorrer do tempo e nos
hepáticas videoassistidas. Métodos: No período entre junho de
vários serviços de cirurgia distribuidos em todo o Brasil. coma
2007 e março de 2014 foram realizadas 179 ressecções hepáticas
cirurgia derivativa os resultados foram favoráveis ao controle do
laparoscópicas em 175 pacientes. Destes, foram analisados a partir
sangramento decorrente das varizes esôfago-gástricas, mas com
de um banco de dados prospectivo os resultados de 33 (18,4%)
complicações graves em relação à encefalopatia portosistêmica.
pacientes submetidos a ressecções videoassistidas. Resulta-
Material e Métodos: Foram realizadas no serviço 165 deri-
dos: a média de idade foi de 53,3 anos (18 a 73 anos), sendo 19
vações esplenorrenais distais e 450 desconexões ázigo-portais
(57,6%) pacientes do sexo feminino. do total, 84,8% eram portado-
no período de 1981 a 2013. Os resultados demonstraram a inci-
res de patologias malignas. Foram ressecados 43 nódulos (1 a 4
dência de recidiva hemorrágica em 4%% dos casos. Entretanto a
nódulos por paciente). do total, 69,8% dos procedimentos foram
encefalopatia porto-sistêmica após 10 anos atingiu 8%. Após 15
em localização de difícil acesso laparoscópico (segmentos 1, 4a,
anos o fluxo hepático portal foi avaliado e houve redução gradati-
7, 8), necessitaram de resecções múltiplas ou ressecções maiores
va determinando a suspensão dessa cirurgia em nosso meio. Os
(≥ 3 segmentos). Os procedimentos realizados foram: ressecções
pacientes operados por desconexão ázigo-portal apresentaram
não regradas (n=35), hepatectomia esquerda (n=3), hepatecto-
nos primeiros anos taxa de recidiva hemorrágica de 16% , mas
mia direita (n=2). segmentectomia (n=1), bissegmentectomia 2/3
não apresentaram EPS. coma evolução da terapia endoscópica
(n=1), bissegmentectomia 6/7 (n=1). O tempo médio de cirurgia
até a ligadura elástica das varizes e consequente erradicação,
foi de 225 minutos (80 - 620 minutos) e o tempo de anestesia de
os resultados tardios da recidiva hemorrágica estão hoje em 2%.
367 minutos (200 - 670 minutos). O tamanho médio dos nódulos
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
ressecados foi de 3,0 cm (0,7 a 10cm) e as margens cirúrgicas fo-
975 ml, transfusão de 4 concentrados de hemácias e tempo cirúrgico
ram livres em 97% dos espécimes analisados. Foram transfundidos
aproximado de 6 horas. Nenhuma das pacientes apresentava cirro-
6,0% dos pacientes e nenhum caso foi convertido. O tempo de
se, consumia bebidas alcoólicas ou alteração significativa dos níveis
internação foi de 6,3 dias (3 a 21 dias). Complicações pós-operató-
das enzimas hepáticas. No pós-operatório um paciente evolui com
rias ocorreram em 21,2% dos pacientes, não havendo mortalidade
pneumonia e uma outra apresentou insuficiência hepática evoluindo
perioperatória. Em um seguimento médio de 20,4 meses (2 - 47
a óbito. Conclusão: O adenoma hepatocelular roto é uma condição
meses), todos os pacientes com tumores benignos estavam vivos
potencialmente ameaçadora à vida associada em nossa amostra ao
e sem recorrência. Recidiva tumoral não relacionada com local de
tamanho da lesão e ao uso de anticoncepcional oral. O tratamento
ressecção ocorreu em sete pacientes (intervalo médio livre de do-
cirúrgico esta associado a ressecções hepáticas maiores com ne-
ença de 6 meses). Conclusão: A ressecção videoassistida é exe-
cessidade de transfusão sanguínea. A experiência vivida em nosso
quível, segura e reprodutível, devendo fazer parte do armamentário
centro demonstra que o uso da radiologia intervencionista possa ser
do cirurgião de fígado.
um procedimento para reduzir esta mortalidade.
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO
ADENOMA HEPÁTICO ROTO:
EXPERIÊNCIA DE 18 ANOS
TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO
DA HIPERTENSÃO PORTAL
ESQUISTOSSOMÓTICA
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Yuri Longatto Boteon / UNICAMP; Amanda Pinter
Carvalheiro da Silva / UNICAMP; Elaine Cristina de Ataide /
UNICAMP; Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin / UNICAMP.
Temário: Cirurgia / Fígado
Resumo
Autores: Fernandes Tavares / FBHC; Samantha Castro
Tanajura Rodrigues / FBHC; Edielson Dos Anjos Costa / UFS;
Hiago Vinicius Dantas Costa / UFS; Mayra Souza Chagas
/ UNIT; Mônica Wolf / UFS; José Eduardo Hasman / UFS;
Valdinaldo Aragão de Melo / UFS-UNIT-FBHC.
Introdução: O adenoma hepático roto é uma complicação inco-
Resumo
mum, exigindo alta suspeita clínica devido ao risco que representa.
Exige pronta investigação diagnóstica com exames radiológicos.
Após evolução do tratamento endoscópico no controle da hemorragia
Após reposição volêmica seu tratamento pode envolver desde em-
digestiva alta por varizes esofágicas e na sua erradicação definitiva,
bolização transarterial hepática até cirurgia de urgência. Objetivo:
a cirurgia de hipertensão portal vem perdendo gradativamente a sua
Analisar fatores de risco e o tratamento cirúrgico dos adenomas he-
indicação. Material e Métodos: 21 pacientes foram submetidas
páticos com rotura detectados em nosso serviço. Método: Foram
a erradicação de varizes esofágicas por endoscopia digestiva e não
avaliados retrospectivamente os prontuários de 29 pacientes com
possuindo hiperesplenismo importante foram acompanhados por 5
adenoma hepático operadas no período de 1995 a 2013. Foram
anos, com média de 3 anos. Os resultados demonstraram controle
analisadas variáveis epidemiológicas, clínicas, sinais de rotura foram
da hemorragia digestiva neste período período e varizes erradicadas
categorizados como intraperitoneal ou subcapsular, o tumor classi-
com aparecimento de varizes incipientes em 2 casos. Conclusão: A
ficado como único ou múltiplo. Foram avaliados o tempo cirúrgico
persistir estes resultados, o tratamento cirúrgico não tem indicação.
e a perda sanguínea intra-operatória. Resultado: dos 29 casos 4
(13,8%) estavam rotos. Os quatro eram do sexo feminino, apresentaram rotura espontânea e duas faziam uso de anticoncepcional oral.
Não sabemos se haverá reaparecimento tardio das varizes para se ter
uma definição de conduta. Observar por mais tempo.
Não se observou sinal de malignização em nenhum. A idade média
foi de 34 anos. Foi realizado tratamento cirúrgico por hepatectomia
direita em três dos casos e segmentectomia em um deles. Dois apresentaram rotura intraperitoneal e subcapsular e dois subcapsular
apenas. O tamanho médio da lesões foi de 10cm, sendo que em dois
casos era única e em um múltiplas. As médias de sangramento foi de
ANÁLISE DAS COMPLICAÇÕES
INTRA-HOSPITALARES NO PÓSOPERATÓRIO DE PACIENTES
SUBMETIDOS À RECONSTRUÇÃO DE
TRÂNSITO INTESTINAL
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
37
A nais
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Marisa Rafaela Damasceno Lima / Universidade
Federal do Pará; William Mota de Siqueira / Fundação
Santa Casa de Misericórdia do Pará; Felipe Nunes Brito /
Universidade Federal do Pará; Romero Carvalho Pereira
/ Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará; Pedro
Marques Sampaio Neto / Fundação Santa Casa de
Misericórdia do Pará; Helder Costa Ikegami / Fundação
Santa Casa de Misericórdia do Pará.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
NÃO RESPONDEDORES AO ANTI-TNFΑ
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Raquel Franco Leal / UNICAMP; Núria Planell
/ IDIBAPS; Joan Jose Lozano / IDIBAPS; Ingrid Ordás /
IDIBAPS; Isabella Dotti / IDIBAPS; M Carme Masamunt
/ IDIBAPS; Julián Panés / IDIBAPS; Azucena Salas /
Biomedical Research Institute August Pi i Sunyer, Barcelona
(IDIBAPS).
Resumo
Resumo
Introdução: O tratamento com anti-TNFα para doença de
38
As ostomias (do grego stoma) são aberturas originadas em
Crohn (DC) tem sido estabelecido como uma importante opção
procedimentos cirúrgicos, visando o desvio temporário ou
terapêutica para se alcançar e manter a remissão endoscópica
permanente do trânsito alimentar ou eliminatório. Contudo, a
nesses pacientes. Entretanto, em longo prazo, 40% podem não
cirurgia de reversão destas ostomias não está isenta de riscos, tendo
apresentam benefícios sustentados com o uso de anti-TNFα.
uma carga de morbidade e mortalidade elevada. O objetivo geral
Objetivo: Realizar análise de vias transcripcionais envolvidas com
desta pesquisa é analisar, descrever e avaliar quais as principais
a não resposta ao anti-TNFα em biópsias intestinais de pacientes
complicações pós-operatórias intra-hospitalares inerentes ao
com DC. Casuística e Método: Cinquenta e cinco pacientes
procedimento cirúrgico de reconstrução do trânsito intestinal (RTI),
com diagnóstico estabelecido de DC e 24 controles saudáveis
em hospital-escola de alta complexidade, relacionando com fatores
foram incluídos. Os indivíduos foram agrupados em duas coortes
intrínsecos e extrínsecos do pré, intra e pós-operatório, entre os
independentes, sendo uma destinada à análise de vias (Ingenuity
anos de 2006 e 2012. Este projeto de pesquisa é do tipo analítico,
Pathway Analysis) e outra para a validação por meio de qPCR. Os
retrospectivo e observacional, desenvolvido e realizado na Fundação
dados clínicos e demográficos foram obtidos. Os pacientes com
Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA), após a aprovação
infecções concomitantes foram excluídos. Atividade endoscópica
do Comitê de Ética e Pesquisa (n.269.055). Foram analisados 106
foi definida como CDEIS >5 e atividade clínica como CDAI > 150.
pacientes, a maioria do sexo masculino (69,8%, p=0,003). 68,87%
As biópsias foram obtidas por colonoscopia. Utilizaram-se testes
desses pacientes não tiveram complicações (p<0,0001). A infecção
não-paramétricos e correlação de Pearson para análise estatística.
da ferida operatória teve uma prevalência de 8,49% (ocorrência
O estudo foi aprovado pelo comitê de ética local e todos os
isolada) e 11,19% (total); já, a fístula anastomótica teve prevalência
participantes assinaram o termo de consentimento. Resultados:
de 3,77% (ocorrência isolada) e 5,57% (total). Concluímos que
Cinquenta porcento das vias transcripcionais envolvidas na
a maioria dos pacientes é do sexo masculino (69,8%), com idade
manutenção do processo inflamatório nos pacientes não
média de 33,1 anos (sexo masculino) e 34,3 anos (sexo feminino),
respondedores a anti-TNFα estiveram relacionadas a IL17. Além do
apresentando uma taxa de complicações pós-operatórias menores
transcrito IL17A, identificou-se IL1B como regulador da inflamação
do que a média geral apresentada (31,13%), sendo 32,4% de
neste grupo de pacientes. A validação desses genes por qPCR em
infecção da ferida operatória, 16,2% de fístula anastomótica e cerca
uma coorte independente confirmou os resultados. Conclusão:
de 51% distribuídos entre outras complicações (clínicas, deiscência
A não resposta ao tratamento com anti-TNFα está associada à
da anastomose, flebite, sangramento de ferida operatória, infecção
regulação da transcrição de um conjunto de genes, dentre eles,
do trato urinário, etc.).
IL1β e IL17A, que possivelmente estão relacionados à manutenção
do processo inflamatório endoscópico neste grupo específico de
ANÁLISE DE VIAS IDENTIFICA IL17
E IL1B COMO REGULADORES DO
PROCESSO INFLAMATÓRIO EM
PACIENTES COM DOENÇA DE CROHN
pacientes. Estes achados são importantes para estabelecer novos
alvos terapêuticos nos pacientes com doença refratária.
DIAGNÓSTICO DA CONTRAÇÃO
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
PARADOXAL DO PUBORRETAL
EM MULHERES ADULTAS:
ELETRONEUROMIOGRAFIA COM
AGULHAS CONCÊNTRICAS,
ELETROMANOMETRIA ANORRETAL E
TESTE DE EXPULSÃO DO BALÃO
LAPAROSCOPIC TRAINING MODEL
USING FRESH HUMAN CADAVERS
WITHOUT THE ESTABLISHMENT OF
PENUMOPERITONEUM
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Franciara Letícea Moraes da Cunha / Hospital de
Base do Distrito Federal; Cynthia Abdalla Cruz / HBDF;
Sérgio Luiz Cruz Cunha / HBDF; Fabio Alves Soares / HBDF;
Silvana Marques e Silva / HBDF; Rubens Fernandez / HBDF;
Aquiles Leite Viana / HBDF; Erivaldo Fernandes Lira / HBDF.
Autores: Ernesto Sasaki Imakuma / Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo;
Edson Yassushi Ussami / Hospital Universitário da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo; Alyne Korukian
Freiberg / Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo; Marcela Del Carlo Bernardi / Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo.
Resumo
Resumo
Introdução: Dentre as causas funcionais de constipação dis-
Background: Skills to perform laparoscopic surgery are not
quézica, destaca-se a contração paradoxal do puborretal (CPPR),
inborn and are associated to slow learning curves. Fresh frozen
que pode ser definida como a ausência de relaxamento ou mesmo
cadavers may be an interesting resource for laparoscopic training
a contração da musculatura do assoalho pélvico e do esfíncter
which many institutions have access. One of the main obstacles
anal externo à manobra evacuatória. Seu diagnóstico é por vezes
for its use as a training model is the difficulty to introduce
difícil, requerendo a realização de mais de um exame complementar
enough pneumoperitoneum to distend the abdominal wall to
uma vez que os exames disponíveis apresentam baixa acurácia
provide a proper working space. Objective: It is described a
diagnóstica, não havendo consenso na literatura sobre algum
fake abdominal wall device that solves the limitation of space to
exame que sirva de padrão ouro . Objetivo: Avaliar a sensibilidade,
perform surgery on cadavers. Methods and results: a fake
especificidade, valores preditivos positivo e negativo e razão de
abdominal wall device was developed to permit laparoscopic
semelhanças (likelihood ratio), comparando-se a eletromanometria
training without the establishment of penumoperitoneum on
anorretal (Mano); o Teste Simplificado de Expulsão do Balão (TEB)
cadavers. The device consists of a mounted table retractor, two
e a Eletromanometria Anal com Agulhas Concêntricas (ENMG).
rail clamps, two independent frame arms and two adjustable
Métodos: Noventa e três pacientes consecutivas com queixas
handle and rotating feature and two frames of the abdominal
de constipação disquézica - adultas e do sexo feminino - foram
wall, one smaller that was used as the camera support and a
incluídas no Protocolo de Avaliação de Disquezia do Ambulatório de
bigger one for the fake abdominal wall. Conclusion: This
Fisiologia Anorretal do HBDF, tendo sido submetidas a avaliações
model makes unnecessary the acquisition of more costly
padronizadas mediante aplicação de questionário-padrão com coleta
laparoscopic equipment and it turns accessible to institutions
de dados de anamnese, obstétricos, de exame físico e aplicação de
at developing countries one of the most promising tools for
escores de Cleveland Clinic para constipação e incontinência fecal.
teaching laparoscopy.
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Todas as pacientes foram referenciadas para realização de Mano,
ENMG e TEB no HBDF e os dados obtidos registrados. Os exames
complementares foram categorizados como sugestivos ou não
sugestivos de CPPR e comparados entre si, dois a dois. Resultado:
Houve significância estatística demonstrando concordância entre
TEB e ENMG e entre TEB e Mano. Conclusão: A baixa correlação
entre os achados dos diversos exames sugerem que a concordância
entre ao menos dois deles é essencial para firmar o diagnóstico
de CPPR. Não parece haver um exame padrão ouro para este
diagnóstico.
O PAPEL DA CINEDEFECOGRAFIA
NO DIAGNÓSTICO DA CONTRAÇÃO
PARADOXAL DO PUBORRETAL EM
MULHERES ADULTAS
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Franciara Letícea Moraes da Cunha / HBDF; Cynthia
Abdalla Cruz / HBDF; Sérgio Luiz Cruz Cunha / HDDF; Fabio
Alves Soares / HBDF; Silvana Marques e Silva / HBDF;
Erivaldo Fernandes Lira / HBDF; Aquiles Leite Viana / HBDF.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
39
A nais
Resumo
Introdução: A Proctografia Evacuatória Dinâmica é exame radiológico realizado mediante o uso de contraste baritado aplicado
ao reto, canal anal e vagina, possibilitando a avaliação dinâmica
destas estruturas e sua relação com os marcos ósseos pélvicos.
Provêem dados objetivos que permitem o diagnóstico diferencial
entre diversas causas de obstipação, notadamente retoceles, en-
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
CIRURGIA BARIÁTRICA NO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ
NOS ANOS DE 2010 e 2011
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Pedro Cavalvanti de Albuquerque / UPE; Isabelle
Diehl Montandon / UPE; Carla de Andrade Moraes e Silva /
UPE; João Evangelista Neto / UPE.
Resumo
teroceles, sigmoidoceles, peritonioceles, síndrome do descenso
40
perineal, prolapso mucoso retal, intussuscepção retal, procidên-
Objetivo: Mensurar e analisar pelo sistema de pontuação BAROS
cia retal e contração paradoxal do músculo puborretal. Consiste
(Bariatric Analysis and Reporting Outcome System) os resultados
em exame de grande valia no arsenal propedêutico do assoalho
do tratamento cirúrgico do Programa de Cirurgia da Obesidade
pélvico, sendo cada vez mais utilizado nos laboratórios de fisiolo-
do Hospital Universitário Oswaldo Cruz. Método: Estudo de
gia anorretal nas últimas duas décadas. Material e métodos:
corte transversal incluindo 200 pacientes que foram submetidos à
Foram submetidas consecutivamentes ao exame 40 mulheres
gastroplastia redutora com derivação gastrojejunal no Programa
com queixas de constipação disquézica no período de um ano.
de Cirurgia de Obesidade do Hospital Universitário Oswaldo Cruz,
Pacientes recebiam bário oral 1hora antes da realização do exame
Universidade de Pernambuco, no período de 2010 e 2011 e que
e posteriormente recebiam contraste baritado aplicado ao reto,
apresentaram redução de 50% do excesso de peso. Para a avaliação
canal anal e vagina. Avaliamos presença de relaxamento pubor-
da eficácia da cirurgia, no que diz respeito à perda de peso, melhora
retal a evacuação, compressão extrínseca ou alargamento do pu-
das comorbidades associadas e da qualidade de vida, tem-se
borretal e evidência de contração paradoxal do puborretal. Foram
utilizado o Protocolo BAROS (Bariatric Analysis and Reporting
considerados indicativos de anismus quando ao menos três dos
Outcome System). Resultados: Um importante percentual dos
fatores foram evidenciados: elevação em mais de 20º do ângulo
pacientes selecionados submetidos à gastroplastia vertical com
anorretal comparando-se esforço evacuatório ao repouso; redu-
derivação gastrojejunal, cujos critérios de indicação cirúrgica
ção inferior a 20% da área de secção sagital do reto ocupada por
obedeceram a Resolução Número 1.942/2010 do Conselho Federal
contraste comparando-se o segundo 30 após o início do esforço
de Medicina, tem apresentado redução significativa de peso, melhora
evacuatório ao repouso; ausência de abertura do canal anal ao
das comorbidades associadas e da qualidade de vida. Conclusão:
esforço evacuatório; persistência da impressão do puborretal ao
O estudo do tratamento cirúrgico da obesidade na população do
esforço evacuatório; descenso perineal inferior a 1cm ou mesmo
Hospital Universitário Oswaldo Cruz, usuária do Sistema Único de
ascensão do períneo ao esforço evacuatório. Resultados: As
Saúde, é essencial tanto por proporcionar uma análise da melhoria
idades variaram entre 29 a 72 anos. Todas as pacientes tiveram re-
das comorbidades associadas à obesidade e da qualidade de vida
laxamento à evacuação. 85% das pacientes foram diagnosticadas
com também para aperfeiçoar as possíveis indicações, entender
retocele,destas 22,5% tiveram intussuscepção,20% apresentaram
seus resultados e prevenir complicações.
compressão extrínseca sugestivo de enterocele ou sigmoidocele. Em relação ao descenso perineal 40% tiveram menor ou igual
prevalente.
ANEMIA ANTES E APÓS CIRURGIA
BARIÁTRICA: PREVALÊNCIA E
EVOLUÇÃO PÓS-OPERATÓRIA ATÉ 05
ANOS DE SEGUIMENTO
ANÁLISE DA QUALIDADE DE
VIDA NO PÓS-OPERATÓRIO DE
PACIENTES SUBMETIDOS À
Autores: Marco Aurelio Santo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica. HC-FMUSP; Anna Carolina Batista Dantas / Unidade
de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Newton Teruo
Kanashiro / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HCFMUSP.; Tainá Curado Gomes de Barros / Unidade de Cirurgia
a 3cm. 15% das pacientes apresentaram anismus. Conclusão:
O exame de Defecografia auxilia na investigação das causas de
constipação disquézica, sendo o diagnóstico de retocele o mais
Temário: Cirurgia / Obesidade
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Miwa Fukumoto / Unidade
de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Victor Arrais
Araujo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP;
Henrique Joaquim / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
HC-FMUSP; Alan Garms / Unidade de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica. HC-FMUSP.; Roberto de Cleva / Unidade de Cirurgia
Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.
AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DAS
MODIFICAÇÕES DA COMPOSIÇÃO
CORPORAL NOS NÍVEIS DE LACTATO
SANGUÍNEO DE PACIENTES OBESOS
MÓRBIDOS e SUPER-OBESOS NÃO
DIABÉTICOS SUBMETIDOS
À CIRURGIA BARIÁTRICA
Temário: Cirurgia / Obesidade
Resumo
Introdução: A cirurgia bariátrica é padrão ouro do tratamento
da obesidade severa. No contexto do grande aumento no
número de procedimentos realizados, torna-se importante
análise criteriosa das principais deficiências nutricionais pósoperatórias. A anemia ferropriva é citada na literatura como
uma das principais deficiências no PO de cirurgias bariátricas,
sobretudo no bypass em Y de Roux. A obesidade severa é
também fator de risco de deficiências nutricionais, dentre elas
a carência de ferro, relacionando-se este achado ao caráter
inflamatório da doença. Objetivo: Analisar a prevalência e
as causas de anemia antes e após o tratamento cirúrgico da
Autores: Fábio de Oliveira Costa / Unidade de Cirurgia
Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Victor Arrais Araujo /
Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.;
Gabriela Faria Santarém / Unidade de Cirurgia Bariátrica
e Metabólica. HC-FMUSP; Alexandre Vieira Gadducci /
Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP;
Roberto de Cleva / Unidade de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica. HC-FMUSP.; Daniel Riccioppo / Unidade de
Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Denis Pajecki
/ Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP;
Marco Aurelio Santo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica. HC-FMUSP.
Resumo
obesidade grave com seguimento pós-operatório máximo de
5 anos. Método: Estudo retrospectivo de 831 pacientes (158
Introdução: Os mecanismos responsáveis pelo elevado nível
homens e 673 mulheres) submetidos à cirurgia bariátrica entre
sanguíneo de lactato observado em indivíduos obesos em re-
2007 a 2013. Foram coletados os resultados do hemograma
pouso ainda não são bem determinados, embora estejam dire-
e perfil de ferro nos seguintes períodos: pré-operatório, 6
tamente relacionados ao aumento da massa adiposa. Trabalhos
a 12, 24 a 36 e 48 a 60 meses após cirurgia. A anemia foi
recentes sugerem que o tecido adiposo é um sítio importante na
diagnosticada e classificada de acordo com o sexo e níveis
conversão de glicose para lactato, que age de forma autócrina
de hemoglobina, valores de ferritina e índice de saturação de
e parácrina, inibindo a lipólise no tecido gorduroso. Objetivo:
transferrina. Resultados: a idade média foi de 47 anos e IMC
Avaliar a correlação entre a composição corporal e o lactato de
médio de 46,5kg/m2. No pré-operatório, 8,8% dos pacientes
repouso em indivíduos não diabéticos com obesidade grave
apresentavam anemia (93,2% leve), sendo que destes 43,8%
antes e seis meses após cirurgia bariátrica. Método: Estudo
apresentava anemia de doença crônica, característica que
prospectivo, pareado, envolvendo 30 indivíduos (IMC>40). Fo-
se manteve até o período de 6 a 12 meses após a cirurgia,
ram excluídos pacientes portadores de diabetes mellitus ( gli-
embora tenha aumentado a prevalência da anemia (18,3%).
cemia de jejum> 126 mg% ou hemoglobina glicada > 6,5 %),
Entre 24 e 36 meses, houve aumento da prevalência da anemia
cardiopatia ou pneumopatias graves. As dosagens de lactato
(26,2%) assim como da forma moderada, com predomínio
foram realizadas pela manhã, após 12h de jejum, utilizando-se
da ferropriva (72,4%) e redução acentuada da secundária
bioquímica seca (lactímetro e fitas específicas). A composição
à doença crônica (15,5%). No seguimento tardio (48 a 60
corporal foi avaliada por análise antropométrica e impedância
meses) houve manutenção da prevalência de anemia (24,1%)
bioelétrica (%). Resultados: O nível sanguíneo de lactato (VN
e da forma de doença crônica (14,8%), porém com aumento
≤ 2,0mmol/L) em repouso ( 2,51 ± 1,06 mmol/L ) retornou aos
da forma moderada (46,4%). Conclusão: A prevalência de
valores normais ( 1,9 ± 3,6 mmol/L , p=0,0018 ) 6 meses após
anemia de doença crônica é acentuadamente reduzida no
a cirurgia. Essa queda correlacionou-se positivamente com a re-
seguimento pós-operatório, particularmente após 24 meses
dução do IMC ( de 49 ± 5,1m2 para 35,6 ± 4,8m2, p<0,0001),
da cirurgia.
do percentual de massa gorda (de 51,2 ± 4% para 38,2 ±
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
41
A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
11,7%: p<0,001) e do percentual de perda do excesso de peso
(ATS). Foram incluídos 90 pacientes: a avaliação da capacidade
( 42,5 ± 14,18%). Conclusões: a redução do IMC e da massa
funcional foi realizada através da DTC6 e a composição corporal
gorda corporal em obesos mórbidos após cirurgia bariátrica se
através da impedância bioelétrica tetrapolar (InBody 230). Os
correlaciona positivamente com a queda do lactato sanguíneo
pacientes foram divididos de acordo com o IMC em: grupo OM
em repouso. Esse relato, inédito na literatura, pode indicar que
(IMC<50 Kg/m2– n=61 ) e grupo SO (IMC>50 Kg/m2 – n=29).
o elevado nível sanguíneo do lactato em repouso represente
Resultados: A DTC6 apresentou correlação negativa significa-
um marcador de alterações metabólicas reversíveis associadas
tiva com o IMC (r= - 0,3; p<0,001) apenas no grupo total. Não
à obesidade mórbida na ausência de diabetes.
houve correlação entre o IMC e a DTC6 nos grupos MO (r=-0,2;
p>0,05) e SO (r=-0,2; p>0,05). A DTC6 apresentou correlação
CORRELAÇÃO ENTRE A COMPOSIÇÃO
CORPORAL E A CAPACIDADE
FUNCIONAL, AVALIADA POR TESTE DE
CAMINHADA, EM OBESOS GRAVES
EM PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA
BARIÁTRICA
Temário: Cirurgia / Obesidade
42
Autores: Gabriela Faria Santarém / Unidade de Cirurgia
Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Alexandre Vieira
Gadducci / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
HC-FMUSP.; Aline B Benhardt / Unidade de Cirurgia
Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Roberto de Cleva /
Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.;
Julia Maria D‘Andréa Greve / Unidade de Cirurgia Bariátrica
e Metabólica. HC-FMUSP.; Paulo Roberto Santos Silva /
Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.;
Daniel Riccioppo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica. HC-FMUSP.; Marco Aurélio Santo / Unidade de
Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: A obesidade grave diminuiu a capacidade funcional. A composição corporal total e segmentar poderá estimar
com maior precisão a capacidade funcional durante teste de
caminhada de seis minutos (TC6). Objetivo: Correlacionar a
distância percorrida no TC6 (DTC6) com o IMC e com os índices de composição corporal total e segmentar de acordo com
a gravidade da obesidade. Método: Foram selecionados 100
pacientes consecutivos com idade entre 18 e 60 anos e IMC
entre 40 a 60 kg/m2. Foram excluídos pacientes com distúrbios
neuromusculares (teste “Timed Up and Go” = TUG > 10 seg
– n=3 ) , com distúrbios pulmonares ( < 80% dos volumes e
fluxos pulmonares preditos na espirometria – n=2 ), recusa em
participar do estudo ( n=7 ) ou contra-indicação clínica para realização do TC6 segundo diretrizes da American Thoracic Society
positiva (p < 0,001) com a massa livre de gordura (MLG, r = 0,5),
massa livre de gordura dos membros superiores (MLG_MS, r =
0,4) e inferiores (MLG_MI, r = 0,5) e negativa (p < 0,001) com a
massa de gordura (MG, r = -0,5), massa de gordura dos membros
superiores (MG_MS, r = -0,4) e inferiores (MG_MI, r = -0,5). O
grupo OM apresentou DTC6 maior (524,7 ± 44,0 m, p = 0, 014)
que o grupo SO (494,2 ± 57,0 m), apresentando correlação positiva (r = 0,4; p < 0,05) com a MLG, MLG_MS, MLG_MI e negativa
(r = -0,4; p < 0,05) com a MG e MG_MS. No grupo SO houve
correlação positiva e significativa (p < 0,05) com a MLG (r = 0,5),
MLG_TR (r = 0,4), MLG_MI (r = 0,4) e correlação negativa e
significativa (p < 0,05) com a MG (r = -0,5), MG_TR (r = -0,4) e
MG_MI (r = -0,4). Conclusões: A massa livre de gordura total e
segmentar determina melhor a capacidade funcional que o IMC.
Na OM a melhor capacidade funcional é determinada pela MLG,
MLG_MS e MLG_MI enquanto que no SO a menor capacidade
funcional é determinada pela MG, MG_TR e MG_MI.
CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA
MUSCULAR E A COMPOSIÇÃO
CORPORAL EM OBESOS MÓRBIDOS
E SUPER-OBESOS EM PRÉOPERATÓRIO DE CIRURGIA
BARIÁTRICA
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Alexandre Vieira Gadducci / Unidade de cirurgia
Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Roberto de Cleva / Unidade
de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Gabriela Faria
Santarém / Unidade de cirurgia Bariátrica e Metabólica. HCFMUSP.; Julia Maria D‘Andréa Greve / Unidade de Cirurgia
Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Paulo Roberto Santos
Silva / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP;
Daniel Riccioppo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
HC-FMUSP.; Denis Pajecki / Unidade de Cirurgia Bariátrica
e Metabólica. HC-FMUSP; Marco Aurélio Santo / Unidade de
Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Resumo
Introdução: O aumento da massa gorda contribui para perda
crescente da massa muscular, da capacidade funcional, e alterações na força e resistência da musculatura esquelética. Objetivo: Correlacionar os parâmetros de força muscular dos membros
inferiores com a composição corporal na obesidade grave. Método: 132 pacientes com obesidade grave foram submetidos a
avaliação dos movimentos de extensão (EXT) e flexão (FLEX) dos
membros inferiores a 60º/s no dinamômetro isocinético. As variáveis obtidas foram: pico de torque (N), pico de torque relativo ao
peso corporal (N/kg) e pico de torque relativo ao peso do membro inferior (N/KgMI). A determinação da composição corporal
foi realizada através de bioimpedância: massa livre de gordura
(MLG), massa gorda (MG), massa livre de gordura (MLGMI)
e massa gorda dos membros inferiores (MGMI). Os pacientes
foram divididos de acordo com o IMC em: obesos (IMC<50 Kg/
m2– n=61) e super-obesos (IMC>50 Kg/m2 – n=29). Resultados: Não houve diferença significativa na Ext.(N) e Flex.(N),
observando-se um valor máximo na força absoluta dos membros
inferiores (p>0,05). Observou-se correlação positiva entre a Ext.
(N/Kg) e Flex(N/Kg) com a MLG e MLGMI (p<0,001) e entre a
Ext.(N/KgMI) e Flex.(N/KgMI) com a MLGMI (p<0,001). Houve
correlação negativa entre a Ext.(N/Kg) e Flex.(N/Kg) com a MG
e MGMI (p<0,001) e entre Ext.(N/KgMI) e Flex.(N/KgMI) com
a MGMI (p<0,001). No grupo obeso houve correlação positiva
entre a Ext. (N/Kg) e Flex. (N/Kg) com a MLG e a MLGMI
(p<0,001) e entre a Ext.(N/KgMI) e Flex.(N/KgMI) com a
MLGMI (p<0,001); houve correlação negativa entre a Ext(N/
Kg). e Flex. (N/Kg) com a MG e MGMI (p<0,001) e entre a Ext.
(N/KgMI) e Flex.(N/KgMI) e a MGMI (p<0,001). No grupo
super-obeso houve correlação positiva entre a Ext.(N/Kg) com
a MLG (p<0,05) e a MLGMI (p<0,001) e entre a Ext.(N/KgMI)
e a MLGMI (p<0,001); houve correlação negativa entre a Ext.
(N/Kg) e a MG (p<0,05) e a MGMI (p<0,001) e entre a Ext.(N/
KgMI) e a MGMI (p<0,001). Houve correlação positiva entre a
Flex.(N/Kg) e a MLG e MLGMI (p<0,01) entre a Flex.(N/KgMI)
e a MLGMI (p<0,001); houve correlação negativa entre a Flex.
(N/Kg) com a MG e a MLGMI (p<0,01) e entre a Flex.(N/KgMI)
e a MGMI (p<0,001). Conclusões: a MLG e a MLGMI determinam aumento da força de extensão e flexão relativas na obesidade grave. A MLGMI apresenta forte correlação com a força
de extensão relativa em super-obesos, que apresentam um valor
máximo (platô) na força máxima de extensão e flexão.
EVOLUÇÃO DA RESISTÊNCIA
À INSULINA APÓS CIRURGIA
BARIÁTRICA DE ACORDO COM A
GRAVIDADE DA OBESIDADE
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Newton Teruo Kanashiro / Unidade de Cirurgia
Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Marco Aurelio Santo
/ Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.;
Miwa Fukumoto / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
HC-FMUSP.; Tainá Curado Gomes de Barros / Unidade de
Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Henrique
Joaquim / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
HC-FMUSP.; Allan Garms / Unidade de Cirurgia Bariátrica
e Metabólica. HC-FMUSP.; Roberto de Cleva / Unidade
de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Ivan
Cecconello / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: A obesidade mórbida é doença crônica, com amplo
espectro de apresentação, dada a associação a diversos distúrbios
metabólicos, comorbidades estas de incidências e gravidades
variáveis dado o caráter multifatorial da obesidade. A cirurgia
bariátrica, sobretudo o Bypass gástrico em Y de Roux, é considerado
hoje tratamento padrão da obesidade severa. A cirurgia também
influi no controle dos principais distúrbios metabólicos associados
ao excesso de peso, em destaque o diabetes tipo 2. Neste contexto
torna-se importante a busca por fatores preditores de resultado
da cirurgia bariátrica na diminuição da resistência insulínica, com
influência no controle evolutivo do diabetes tipo 2, nos variados níveis
de gravidade de apresentação clínica da obesidade grave. Objetivo:
Comparar a evolução da resistência à insulina (RI) antes e após
tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, através da Gastroplastia
com derivação em Y de Roux (GDYR) em pacientes não diabéticos.
Método: Estudo retrospectivo de 831 pacientes (158 homens e
673 mulheres) submetidos à cirurgia bariátrica (GDYR) entre 2007
e 2013. Foram excluídos 234 pacientes por serem diabéticos e 280
por não haver dados disponíveis para cálculo do HOMA-IR. Foram
analisados insulinemia basal (mcU/mL), glicemia de jejum (mg/dL) e
hemoglobina glicosilada (%) e calculado HOMA-IR para diagnóstico
de Resistência à Insulina. Os pacientes foram divididos e comparados
em dois grupos de acordo com o IMC: Obeso Mórbido (OM) e
Super-Obeso (SO) e avaliados no período de 6 até 36 meses após
a cirurgia. Resultados: Dentre os 317 pacientes avaliados, 67,8%
(n=215) eram obesos e 32,2% (n=102) superobesos, sendo a média
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
43
A nais
da RI de 4,3 e 4,9, respectivamente. Não houve diferença significativa
na prevalência da RI entre os obesos e super-obesos, 65% e 68,6%
respectivamente. Durante o seguimento pós-operatório, ambos
os grupos apresentaram queda estatisticamente significativa do
HOMA-IR, com normalização em todos os pacientes, exceto em
1 caso. Conclusão: A GDYR favorece o controle da resistência à
insulina (RI) a despeito da gravidade da obesidade.
HIPERTROFIA VENTRICULAR E
SOBRECARGA VENTRICULAR
ESQUERDAS EM OBESOS MÓRBIDOS
COM HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA EM PRÉ-OPERATÓRIO DE
CIRURGIA BARIÁTRICA – ANÁLISE
ECOCARDIOGRÁFICA
Temário: Cirurgia / Obesidade
44
Autores: Victor Arrais Araujo / Unidade de Cirurgia Bariátrica
e Metabólica. HC-FMUSP.; Fabio de Oliveira Costa / Unidade
de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Roberto
de Cleva / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
HC-FMUSP; Henrique Dametto Giroud Joaquim / Unidade
de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Daniel
Riccioppo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
HC-FMUSP.; Denis Pajecki / Unidade de Cirurgia Bariátrica
e Metabólica. HC-FMUSP; Marco Aurelio Santo / Unidade
de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: A hipertensão arterial (HAS) é uma das principais
comorbidades associadas à obesidade. A ecocardiografia é um
método não-invasivo para avaliação das repercussões cardíacas em
HAS, como a hipertrofia ventricular esquerda (HVE) e sobrecarga
ventricular esquerda (SVE). Meta-analise recente demonstrou
que a HVE é observada em 56% dos obesos graves e em até
67% dos casos na presença de HAS e apnéia obstrutiva do sono.
Objetivos: O objetivo do estudo foi avaliar a prevalência de HVE
e SVE em pacientes com obesidade grave e HAS. Métodos:
Foram selecionados 317 pacientes adultos portadores de obesidade
grave com indicação de tratamento cirúrgico. Foram excluídos
pacientes com insuficiência renal crônica (n=3), insuficiência
cardíaca congestiva (n=3) ou infarto do miocárdio prévio (n=4).
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
medicamentos anti-HAS em uso. A obesidade foi classificada de
acordo com o IMC em: obesos mórbidos (OM:40<imc50 kg/
m2). Todos pacientes foram submetidos a estudo ecocardiográfico
transtorácico. A massa do ventrículo esquerdo foi calculada através
da fórmula de Devereux e normalizada pela altura. A SVE foi definida
pelo aumento da espessura do septo (EP>1 para mulheres e >1,1
para homens) e da parede posterior do ventrículo esquerdo (PP>1
para mulheres e >1,1 para homens) e a HVE foi definida pelo
aumento do IMVE normalizado pela altura (IMVE>45g/m2,7 para
mulheres e >49g/m2,7 para homens). Resultados: 202 pacientes
(66%) apresentavam HVE (IMVE =50,4±15,2 g/m2,7). Houve
diferença significativa (p<0,05) entre a prevalência de SVE e HVE
nos pacientes portadores de HAS (19,4% ; 61,2%) em relação aos
normotensos (6,3%; 46,8%). Os HAS2 apresentavam prevalência
maior (p<0,05) de SVE e HVE (31,8%; 79,6%) que os HAS 1(15,8%;
55,9%). Houve diferença (p<0,05) entre a prevalência de SVE e HVE
entre OM normotensos (5% e 41,8%), SO normotensos (9,68% e
60%), OM com HAS (17,4% e 59,1%) e SO com HAS (23,4% e
65,6%). Observou-se prevalência crescente (p<0,05) de SVE e
HVE de acordo com a gravidade da obesidade e com o grau da
HAS (OM com HAS 1: 15,15% e 52,5; SO com HAS1: 18,9% e
62,25%;OM com HAS 2: 24,2% e 78,8%, e SO com HAS 2: 54,5%
e 81,8%, respectivamente). Conclusão: A SVE e HVE apresentam
prevalência crescente de acordo com a gravidade da HAS e da
obesidade.</imc
ÍNDICE DE ADIPOSIDADE
CORPORAL- IAC MODIFICADO
PARA ESTIMATIVA DE GORDURA
CORPORAL NA OBESIDADE
MÓRBIDA
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Aline Biaseto Bernhard / Unidade de Cirurgia Bariátrica
e Metabólica. HC-FMUSP.; Marcela serafim / Unidade de
Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Veruska Scabin
/ Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.;
Roberto de Cleva / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
HC-FMUSP.; Daniel Riccioppo / Unidade de Cirurgia Bariátrica
e Metabólica. HC-FMUSP.; Marco Aurelio Santo / Unidade de
Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.
Resumo
Foram incluídos 307 pacientes sendo que 196 apresentam HAS
e 111 eram normotensos. A HAS foi classificada em HAS1 (leve)
e HAS2 (grave), com base nos níveis tensionais aferidos e/ou
Introdução: A perda de peso em obesos graves determina controle das comorbidades. A perda de massa magra simultânea pode
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
determinar diminuição do metabolismo basal e menor perda de
peso. A determinação da composição corporal após tratamento
cirúrgico da obesidade através de metodologia de baixo custo,
fidedigna e acessível é fundamental. Objetivos: Avaliar a eficácia do Índice de Adiposidade Corporal (IAC) na determinação
da quantidade de gordura corporal de adultos com obesidade
mórbida. Desenvolver e validar equação de correção específica
para obesidade grave. Método: Foram selecionados 401 adul-
DE DUODENOPANCREATECTOMIA
LAPAROSCÓPICA
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Ricardo Jureidini / FMUSP; Guilherme Naccache
Namur / FMUSP; Thiago Costa Ribeiro / FMUSP; Ulysses
Ribeiro Jr. / FMUSP; Estela Figueira / FMUSP; Telesforo
Bacchella / FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP.
Resumo
tos com indicação para tratamento cirúrgico da obesidade mórbida. A composição corporal foi avaliada através da impedância
bioelétrica (BIA)corrigida pela equação de Horie- Waitzberg e
índice de adiposidade corporal (IAC = (CQ/A x √A)-18). Resultados: a quantidade média de GC foi 52,3 ± 6,1% segundo
Introdução: Apesar de amplamente utilizada para realização
de pancreatectomias distais, a laparoscopia é uma via de acesso
pouco empregada na duodenopancreatectomia (DPT) devido ao
elevado grau de complexidade do procedimento. Objetivo: De-
a BIA e 51,6 ± 8,1% segundo o IAC, com uma diferença média
monstrar a necessidade de aplicação de critérios rígidos de sele-
significativa entre os métodos de 0,6±5,1% (p=0,039). Os dois
ção dos pacientes a serem submetidos a DPT laparoscópica com
métodos foram similares segundo a correlação interclasse (0,74;
reconstrução em dupla alça. Casuística: Pacientes submetidos
IC 95%:0,68-0,80). O IAC subestimou significativamente a %GC
à DPT laparoscópica no ICESP HC-FMUSP de janeiro de 2009
no sexo masculino, em indivíduos com IMC entre 35 e 49,99
a março de 2014. Métodos: Avaliados fatores pré-operatórios
kg/m2 e quando a RCQ estava acima de 1,05. Os resultados
como sexo, idade, IMC (Kg/m2) e ASA, tempo operatório, tempo
da análise de regressão linear múltipla com seleção de variáveis
de internação, complicações e resultados oncológicos imediatos.
através do método de redução de modelo (Backward) gerou a
Números expressos como medianas. Resultados: Treze pacien-
equação, denominado Índice de Adiposidade Corporal Modifi-
tes foram operados no período, 11 do sexo feminino, com idade
cado- .IACM% = 23,6 + 0,5 x (IAC) : Somar 2,2 se IMC≥50kg/
média de 61 anos. Apenas 2 pacientes tinham IMC > 25 Kg/m2
m2 e 2,4 se RCQ≥1,05. Para validação do Índice de Adiposida-
(27,8 e 28,3) e todos apresentavam ASA I ou II. Nove pacientes
de Corporal Modificado (IACM) a equação foi aplicada em 158
tinham neoplasia de papila duodenal, dois tumor de Frantz, um
indivíduos e os valores obtidos foram comparados aos valores
tumor de pâncreas e um IPMN. Em três casos a via biliar (VB)
fornecidos pela BIA, segundo a equação de Horie- Waitzberg
tinha calibre normal. Tempo cirúrgico foi de 320 minutos em mé-
(2009). A %GC média no grupo segundo a BIA foi 52,4 ± 5,7%
dia, com internação de 10 dias. Houve complicações em sete
e segundo o IAC (original) foi 51,2 ± 7,9%; após a correção a
pacientes, sendo quatro fístulas pancreática (1 com necessida-
%GC foi 52,0± 4,8%, reduzindo a diferença entre os métodos
de de drenagem percutânea). Houve um óbito por infarto agudo
de 1,2± 5,9% (p=0,029) para 0,4± 4,0% (p=0,18). O IACM foi
do miocárdio fatal no 2° pós-operatório em paciente com IMC >
capaz de quantificar corretamente a gordura corporal de obesos
25 Kg/m2 operado em colangite. Reinternação foi necessária em
mórbidos, com fortalecimento da correlação entre os métodos
quatro pacientes. Em todos os casos as margens cirúrgicas foram
(0,6 para 0,7). No gênero masculino a diferença foi reduzida de
livres. Dois dos três pacientes com VB de calibre normal apresen-
3,1±4,8 para 0,3±3,5, nos indivíduos com RCQ ≥ 1,05 foi redu-
taram estenose de anastomose hepático jejunal com necessidade
zida de 7,2±6,1 para 1,2±4,4 e nos indivíduos com IMC entre 35
de nova derivação biliar. Conclusão: DPT laparoscópica é um
e 49,99kg/m2 foi reduzida de 2,3±5,5 para 0,7±4,4. Conclu-
procedimento complexo porém factível, pacientes eutróficos, com
sões: O IACM é eficaz em determinar a quantidade de gordura
tumores periampulares que causem dilatação de vias biliares e
corporal de obesos mórbidos.
que não invadam estruturas vasculares são candidatos ideais para
técnica.
APLICAÇÃO DE CRITÉRIOS
ALTAMENTE SELETIVOS É
ESSENCIAL PARA REALIZAÇÃO
BAIXA MORTALIDADE EM 97
DUODENOPANCREATECTOMIAS
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
45
A nais
CONSECUTIVAS: A EXPERIÊNCIA DE
UM GRUPO
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Uirá Fernandes Teixeira / UFCSPA; Paulo Roberto
Ott Fontes / UFCSPA; Fábio Luiz Waechter / UFCSPA;
Mauro Nectoux / UFCSPA; José Artur Sampaio / UFCSPA;
Luiz Pereira-Lima / UFCSPA.
Resumo
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA
PARA TRATAMENTO DE TUMOR
SÓLIDO PSEUDOPAPILIFERO DO
PÂNCREAS (TUMOR DE FRANTZ)
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Ricardo Jureidini / FMUSP; Guilherme Naccache Namur
/ Fmusp; Thiago Costa Ribeiro / FMUSP; Ulysses Ribeiro Jr. /
FMUSP; Marcelo Souto / FMUSP; Telesforo Bacchella / FMUSP;
Ivan Cecconello / FMUSP.
Resumo
Introdução: a duodenopancreatectomia é o procedimento de
escolha para neoplasias ressecáveis da região periampolar. Estes
tumores representam 4% dos óbitos por câncer, sendo referida
como uma das mais baixas taxas de sobrevida em 5 anos. A cirurgia continua sendo um procedimento complexo com substancial
morbi-mortalidade. Apesar dos relatos de até 30% de mortalidade, em serviços de excelência tem sido apontada como inferior
46
a 5% e estudos recentes mostram que a pancreatojejunostomia
representa o “tendão de Aquiles” do procedimento. Objetivo:
Avaliar a morbi-mortalidade em 30 dias nesta série de pacientes
ressecados. Métodos: Analisamos até o momento dados de 97
pacientes consecutivos submetidos à duodenopancreatectomia
de julho de 2000 a dezembro de 2012. Todos os pacientes foram manejados pelo mesmo grupo e os dados obtidos de banco
de dados específico do serviço. O objetivo principal era avaliar a
mortalidade em 30 dias, mas também foram reportados os dados
referentes ao espécime cirúrgico, à necessidade de ressecção
vascular e complicações pós-operatórias (estase gástrica, fístula
pancreática, pneumonia e taxa de reoperação). Resultados: A
Introdução: Tumor de Frantz é uma neoplasia pancreática rara,
potencialmente maligna. Poucos estudos demonstraram o papel da
laparoscopia no tratamento dessas lesões. Objetivo: Descrever as
diferentes modalidades de tratamento dos tumores de Frantz por via
minimamente invasiva. Casuística: Pacientes submetidos a pancreatectomias laparoscópicas para tratamento dos tumores de Frantz no
ICESP HC-FMUSP de janeiro de 2009 a março de 2014. Métodos:
Avaliados fatores pré-operatórios como sexo, idade, tempo operatório, tempo de internação, complicações e resultados oncológicos
imediatos e tardios. Números expressos como medianas. Resultados: Oito pacientes foram operados no período, todos do sexo
feminino, com idade média de 48,5 anos. Quatro pacientes foram
submetidos à pancreatectomia distal, apenas um com preservação
esplênica, dois a duodenopancreatectomia, um a pancreatectomia
central e outro a enucleação de lesão na cabeça do pâncreas. Tempo médio de internação foi de 6 dias. Houve complicações em dois
pacientes, ambos com fístula pancreática, sendo uma pancreatectomia distal com preservação esplênica que precisou de reoperação
mortalidade em 30 dias foi 2.1% (dois pacientes). Em 93.8% dos
(Fístula C) e uma duodenopancreatectomia, cujo tratamento foi an-
pacientes a ressecção foi completa com margem microscópica
tibióticoterapia (Fístula B). O tamanho médio dos tumores foi de 3,5
tumoral negativa e em 67.3% dos casos não se detectou linfono-
cm e todas as margens foram negativas. Em seguimento médio de
dos metastáticos ao estudo anatomopatológico. Entre as compli-
30 meses, todos os pacientes estão livres de doença. Uma pacien-
cações pós-operatórias, foram relatadas 6% de estase gástrica
te submetida à duodenopancreatectomia evoluiu com estenose da
prolongada, 10.3% de pneumonia, 10.3% de fístula pancreática
anastomose hepático após 11 meses, com necessidade de reope-
e 1% de infecção no trajeto do dreno. Dois pacientes foram sub-
ração. Conclusão: Cirurgia minimamente invasiva deve sempre ser
metidos à reoperação devido a sangramento e hematoma infec-
considerada para tratamento dos tumores de Frantz, visto que o seu
tado decorrente de fístula pancreática. Um paciente foi reoperado
potencial maligno é baixo e incide sobretudo em mulheres jovens.
por obstrução intestinal por brida no 12º dia de pós-operatório.
Sempre que possível técnicas de preservação de parênquima pan-
Conclusão: A duodenopancreatectomia como tratamento das
creático devem ser aplicadas.
neoplasias periampolares é procedimento de baixa morbi-mortalidade em serviços com experiência em cirurgia hepatobiliopancreática, permanecendo como tratamento de primeira linha em
pacientes ressecáveis.
EFEITO DA IDADE AVANÇADA
EM PACIENTES SUBMETIDOS À
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA:
RESULTADOS PRELIMINARES
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Estela Regina Ramos Figueira / HCFMUSP; Telesforo
Bacchella / HCFMUSP; Thiago Nogueira Costa / HCFMUSP;
Mariana da Silva Vilas-Boas / HCFMUSP; Isadora Silva Lima
Sacramento / HCFMSUP; Ricardo Jureidini / HCFMUSP;
Ivan Cecconello / HCFMUSP.
Resumo
Colecistolitíase é uma das condições mais frequentes que levam a
cirurgia abdominal, sendo a Colecistectomia Laparoscópica (CL)
seu tratamento padrão. CL é considerada um procedimento seguro
com complicações ocasionais; as quais incluem riscos da anestesia
geral, trombose venosa profunda, hemorragia, infecção e lesão de
estruturas adjacentes como via biliar principal e alças intestinais.
Entretanto pacientes idosos podem apresentar risco aumentado de
ao outro grupo (60-70 anos). Apesar de não apresentar significância
na morbidades, pacientes acima de 70 anos tiveram maior tempo
de internação e admissões em UTI. Outrossim, pacientes com risco
cardíaco elevado tendem a tem mais severas complicações pósoperatórias, de maneira a sugerir maior atenção neste grupo.
FÍSTULA PANCREÁTICA
EM PÓS-OPERATÓRIO DE
PANCREATECTOMIAS:
FATORES DE RISCO e TRATAMENTO
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Guilherme Naccache Namur / FMUSP; Ricardo
Jureidini / FMUSP; Thiago Costa Ribeiro / FMUSP; Ulysses
Ribeiro Jr. / FMUSP; Telesforo Bacchella / FMUSP; Ivan
Cecconello / FMUSP.
Resumo
complicações devido ao aumento de comorbidades. Neste estudo
nós pretendíamos avaliar os resultados precoces da CL em pacientes
Introdução: Apesar da baixa mortalidade, as ressecções pancreá-
acima de 60 anos e obter informações adicionais no melhor
ticas tem morbidade que varia de 30 a 50%. A fístula pancreática é
tratamento desses pacientes. Nós avaliamos retrospectivamente
a complicação mais comum no pós-operatório. Objetivo: Avaliar a
119 pacientes acima de 60 anos que foram submetidos a CL por
incidência de fístula pancreática clínicamente significativa (B e C da
colecistolitíase no HCFMUSP. Foram analisados idade, sexo, IMC,
classificação do ISGPF) em pós-operatório de pancreatectomias no
ASA, risco cardíaco, tempo de internação, admissão em UTI, numero
ICESP do HC-FMUSP. Casuística: Foram avaliados 172 pacientes
de comorbidades e complicações pós-operatórias. As complicações
submetidos a pancreatectomias de maio de 2009 a junho de 2014,
foram graduadas conforme o score proposto por Dindo e Clavien.
foram excluídos 4 pacientes submetidos a pancreatectomia total.
Os pacientes foram alocados em 2 grupos de acordo com a idade:
Métodos: Foram avaliados idade, IMC (Kg/m2), diagnóstico, dila-
60 – 70 anos e 71-90 anos. Resultados: 67% dos pacientes eram
tação do ducto pancreático principal, tipo de cirurgia, tempo de inter-
mulheres, com idade média de 67.49 ± 7.68 anos, IMC médio de
nação, reintervenção e mortalidade. Quando necessário foi utilizado
28.55 ± 4.92%, ASA de 1.96 ± 0.54, risco cardíaco de 1.45 ±
teste t, com p < 0,05. Resultados: Fístula pancreática B e C foi
0.58, e 1.42 ± 1.08 comorbidades por paciente, incluindo HAS,
mais frequente em pancreatectomias distais (PD) (35,8%) do que
DM, tabagismo e problemas cardíacos, pulmonares ou renais. O
em duodenopancreatectomias (DPT) (12%). Nas DPT, a fístula foi
tempo de internação hospitalar foi 2.69 ± 2.92 dias. Vinte pacientes
mais frequentes em paciente com tumores neuroendócrinos (25%)
apresentaram complicações pós-operatórias e 15 foram admitidos na
e com ducto pancreático principal não dilatado (13,5%) e o tempo
UTI no pós-operatório. de acordo com a classificação de Dindo e
de internção foi 5,6 dias maior nos pacientes com fístula B ou C
Clavien, a mediana dos pacientes com maiores complicações foi Grau
(8,4 x 14 dias). Reinternação foi necessária em 16,5 %, relacionada
I. Não houve óbito. O grupo com idade 71-90 anos apresentou maior
principalmente a fístula pancreática. Nas PD, a fístula pancreática foi
risco cardíaco e ASA, além de maior tempo de internação e mais
mais frequente quando se utilizou grampeadores para síntese do
admissões em UTI. Além disso, observou-se que pacientes com maior
coto pancreático (40 x 10 %). Em toda casuística a necessidade de
risco cardíaco (intermediário/alto) apresentavam uma tendência a
drenagem percutânea foi de 3,4 % e de reoperações 2,3 %, com
ter mais e piores complicações pós-operatórias. Conclusão: Esse
mortalidade relacionada a fístula pancreática de 1,1 %. Conclusão:
estudo demonstra que a segurança da colecistectomia laparoscópica
Fístula pancreática ainda é a maior causa de morbidade no pós-
eletiva em pacientes idosos com colecistolitiase. Pacientes com idade
operatório de pancreatectomias. O tipo de cirurgia, o diagnóstico
superior a 70 anos mostram maior ASA e risco cardíaco comparados
histológico e o método de tratamento do coto pancreático estão
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
47
A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
relacionados a sua incidência. A fístula aumento o tempo de
nesta série. Discussão/Conclusão: O acesso laparoscópico já
internação hospitalar mas está associada a baixa mortalidade quando
é considerado padrão ouro nas ressecções pancreáticas distais,
tratada adequadamente.
porém ainda se mostra desafiador nas duodenopancreatectomias
ou pancreatectomias centrais, tendo como um dos motivos uma
PANCREATECTOMIA CENTRAL
TOTALMENTE LAPAROSCÓPICA:
SÉRIE DE 4 CASOS
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Ricardo Jureidini / FMUSP; Thiago Costa Ribeiro
/ FMUSP; Guilherme Naccache Namur / FMUSP; Telesforo
Bacchella / FMUSP; Ulysses Ribeiro Jr. / FMUSP; Ivan
Cecconello / FMUSP.
Resumo
Introdução: A pancreatectomia central é uma ressecção pou48
padora de parênquima e visa diminuir o risco de insuficiência
exócrina ou endócrina, que podem ocorrer em até um terço dos
casos após ressecções convencionais. Geralmente é indicada para
lesões pancreáticas benignas ou de baixa malignidade como as
lesões cístcas e os tumores neuroendócrinos, localizadas no colo
pancreático. O acesso laparoscópico pode ser considerado em
casos selecionados. Existem poucos relatos de caso descritos na
literatura e um ainda menor número de séries de casos, grande
parte destes últimos multicêntricos. Objetivo: Avaliar resultados
reconstrução tecnicamente difícil. Os primeiros casos relatados na
literatura utilizaram acesso híbrido com reconstrução convencional.
Essa série de pacientes é concordante com a literatura que
apresenta poucos relatos de casos e demonstra que o procedimento
totalmente laparoscópico é factível, com morbidade aceitável e
resultados oncológicos preservados em casos selecionados .
PANCREATECTOMIA CORPOCAUDAL VIDEOLAPAROSCÓPICA:
EXPERIÊNCIA INICIAL DE UM
SERVIÇO
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: José Aparecido Valadão / Hospital são Domingos;
Abdon José Murad Junior / Hospital são Domingos; Christian
Lamar Scheibe / Hospital são Domingos; Giuliano Peixoto
Campelo / Hospital são Domingos; Roclides Castro de Lima
/ Hospital são Domingos; Taffarel de Castro Pereira e Silva /
Universidade Federal do Maranhão; Manuel Dominguez de
La Cruz / Universidade Federal do Maranhão; Victor Hugo
Alvim Frazão / Universidade Federal do Maranhão.
Resumo
precoces de uma série de 4 casos operados no Instituo do CÂNCER
do Estado de São Paulo, onde se realizou pancreatectomia central
por via totalmente laparoscópica. Resultados: Foram operadas 4
mulheres de idade entre 41-68 anos e IMC entre 24-29 kg/m2. Uma
paciente apresentava diabetes sem uso de insulina e as outras não
apresentavam comorbidades. O tempo médio de cirurgia foi de 263
min, sendo de apenas 120min no segundo caso por atrofia importante
do pâncreas distal e ausência de reconstrução pancreatojejunal. Os
paciente 1 e 2 desenvolveram uma fistula pancreática a (ISGF),
enquanto o terceiro caso necessitou de drenagem percutânea para
tratamento de uma fistula pancreática B (ISGF). Não houve fistula
pancreatica no quarto caso e nenhum paciente foi submetido a
reoperações. O tempo de internação em média foi de 6-8 dias para
aqueles com complicações menores e de 22 dias para a terceira
paciente. Os diagnósticos anatomopatológicos foram: tumor de Frantz,
insulinoma, neoplasia neuroendócrina de pâncreas não funcionante
de baixo grau e neoplasia cística mucinosa. O tamanho médio das
lesões foi de 1,2 cm e todos os pacientes apresentaram margens
negativas. Não houve casos de insuficiência exócrina ou endócrina
Introdução: Nas últimas décadas, houve um importante
aumento no número de diagnósticos de neoplasias
pancreáticas. É possível realização de ressecções pancreáticas vídeo-laparoscópicas em casos selecionados,
principalmente quando a tumoração é localizada no corpo
ou cauda do pâncreas. Objetivo: Apresentar a experiência
inicial de um serviço de Cirurgia em pancreatectomias
vídeo-laparoscópicas. Casuística: 4 pacientes do sexo
feminino foram submetidas à pancreatectomia corpo-caudal
vídeo-laparoscópica no Hospital são Domingos em são
Luís-MA, no período de abril de 2013 a março de 2014.
Método: Foram coletados dados das 4 cirurgias, como
tempo cirúrgico, intercorrências, tempo de internação e
evolução pós-operatória. Resultados: As 4 cirurgias
foram realizadas totalmente por vídeo-laparoscopia, sem intercorrências intra-operatórias e sem sangramento importante. O tempo cirúrgico variou de 3 a 6 horas. Em 1
paciente houve necessidade de realização de esplenectomia,
enquanto nas outras 3 pacientes foi possível preservar
o baço. Não houve complicações pós-operatórias, e as
pacientes receberam alta hospitalar entre o 4o e o 5o dia de
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
pós-operatório. Os resultados dos exames histopatológicos
foram, respectivamente: insulinoma, cistoadenoma seroso,
cistoadenoma mucinoso e cisto simples. Conclusão: É
viável, seguro e muito benéfico para o paciente a realização
de ressecções pancreáticas vídeo-laparoscópicas.
Conclusão: A Ecoendoscopia com biópsia ecoguiada fornece
informações compatíveis com a indicação ou não de tratamento
cirúrgico para a maioria dos pacientes portadores de Neoplasia
Mucinosa do Pâncreas.
PAPEL DA ECOENDOSCOPIA
NA AVALIAÇÃO DA INDICAÇÃO
CIRÚRGICA EM PACIENTES
PORTADORES DE NEOPLASIA CÍSTICA
MUCINOSA DO PÂNCREAS: ANÁLISE
DE 29 PACIENTES DO HUCFF/UFRJ
TUMOR NEUROECTODÉRMICO
PRIMITIVO DA CABEÇA PANCREÁTICA
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: José Marcus Raso Eulálio / UFRJ; José Eduardo
Ferreira Manso / UFRJ; Homero Soares Fogaça / UFRJ;
Mônica Soldan / UFRJ; Eduardo Sabino de Machado
Magalhães / UFRJ; Matheus Mannarino do Carmo Silva
Ribeiro / UFRJ; Bruno Munhoz Agena / UFRJ; Pedro Luiz
Rodrigues Guimarães Filho / UFRJ.
Resumo
A variedade de tumores mucinosos do pâncreas exige detalhada
caracterização morfológica para a adequada indicação cirúrgica.
O presente estudo tem por objetivo avaliar as informações fornecidas por Ecoendoscopia na definição do tratamento de pacientes
portadores destas Neoplasias. Materiais e Métodos: Foram
analisadas retrospectivamente as lesões císticas examinadas por
Ecoendoscopia no HUCFF entre jan 2009 e jun 2014, sendo incluídas aquelas com diagnóstico de Neoplasia Mucinosa. Após
levantamento dos dados morfológicos, histológicos e bioquímicos
foram classificadas nos seguintes grupos:1- Cistoadenoma Mucinoso (CisM), 2- Neoplasia Papilar Mucinosa Intraductal (NPMI),
3- Neoplasia Mucinosa Cístico Sólida Indefinida (NMCSi), 4Neoplasia Mucinosa Cística Indefinida (NMIn). Foram avaliadas
as indicações cirúrgicas considerando diretrizes internacionais
[International consensus guidelines 2012 for the management of
IPMN and MCN of the pancreas - Pancreatology 12 (2012) 183197 ]. Resultados: Entre janeiro 2009 e julho 2014 o HUCFF
realizou 81 Ecoendoscopias em portadores de doença cística do
pâncreas. O diagnóstico de Neoplasia Mucinosa foi confirmado
em 29 pacientes (35,8%). Destes 29 (100%), encontramos CisM
em 07 (24,1%), NPMI em 15 (51,7%), LCSMi em 04 (13,8%) e
LCMi em 03 (10,3%). A Ecoendoscopia auxiliou na indicação de
tratamento cirúrgico ou conservador em 26 (90,7%) pacientes.
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Uirá Fernandes Teixeira / UFCSPA; Fábio Luiz
Waechter / UFCSPA; José Artur Sampaio / UFCSPA; Michelle
Unterleider / UFCSPA; Luiz Pereira-Lima / UFCSPA.
Resumo
Introdução: O tumor primitivo neuroectodérmico (PNET) tem
sido descrito como um tumor da família do sarcoma de Ewing.
Sua incidência é muito baixa, 1% de todos os sarcomas. Foram
encontrados na literatura relatos de apenas 18 casos em que
PNET foi encontrado no pâncreas, sendo este o segundo relato
de caso nacional. Relato de caso: Paciente do sexo feminino,
28 anos, com dor epigástrica associada a colestase e massa epigástrica há 6 meses. Marcadores tumorais (antígeno carcinoembrionário e Ca19-9) também estavam normais. Tomografia de
abdome apresentou na topografia da cabeça/corpo do pâncreas
volumosa lesão expansiva de limites precisos e contornos regulares, com densidade heterogênea, contendo áreas líquidas e sólidas, as quais apresentavam intenso realce ao meio de contraste
endovenoso, medindo cerca de 12,8 x 12,1 x 10,9cm. Lesão que
deslocava estruturas adjacentes sem infiltrá-las. Significativa ectasia das vias biliares intra e extra-hepáticas determinada pela lesão.
A paciente foi submetida à duodenopancreatectomia, sem intercorrências. O aspecto macroscópico da lesão era sólido-cística,
encapsulada, multiloculada, com áreas de aspecto necrótico, de
coloração que varia do pardo ao vinhoso, media em seu maior
eixo 11,5cm. Imunohistoquímica fortemente positivo para CD 99,
positivo para vimetina, CKM automatizado, CD56, e negativo para
anticorpos para tumores neuroendócrinos (cromograninas, sinaptofisina, neuroblastoma). A paciente evoluiu bem no pós-operatório, com normalização dos exames laboratoriais. Discussão: O
PNET é um tumor de característica agressiva; trabalhos mostram
que 25-30% dos pacientes já apresentam metástase ao diagnóstico. Os sítios metastáticos mais frequentes são pulmão, osso e
medula óssea. Devido a esse poder metastático preconiza-se associar quimioterapia a um adequado controle local com cirurgia
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
49
A nais
ou radioterapia. Existem relatos de PNET em órgãos intra-abdominais, e em pâncreas há relatos de 18 casos. Quando o PNET
é encontrado no pâncreas o diagnóstico diferencial deve incluir
carcinoma de pequenas células indiferenciado, pancreatoblastoma
e tumor neuroendócrino do pâncreas. Devido a esta agressividade,
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
mesmo com os avanços terapêuticos, a sobrevida global em 5 anos
é de aproximadamente 50%. Conclusão: Devido a sua rara ocorrência, o PNET é um desafio diagnóstico e terapêutico para a comunidade médica. A apresentação clínica é pobre e sua característica
histológica não é exclusiva.
50
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Anais da XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo
Proceedings of XIII Brazilian Week of Digestive - CBCD – SEÇÃO ESPECIAL
CARACTERIZAÇÃO IMUNOHISTOQUÍMICA E MOLECULAR DOS
PACIENTES COM SUSPEITA CLÍNICA
DE SÍNDROME DE LYNCH (SL)
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Isabella Nicácio de Freitas / HC-FMUSP;
Campos,FGCM / HC-FMUSP; Alves, VAF / HC-FMUSP;
Cavalcante, JM / HC-FMUSP; Coudry, RA / HC-FMUSP;
Diniz,MA / HC-FMUSP; Ribeiro Jr, U / HC-FMUSP; Nahas,
SC / HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: a SL é a causa mais frequente de câncer colorretal
primeiro grau, desde que uma das neoplasias tenha ocorrido antes
dos 50 anos de idade), tiveram uma chance 10,59 vezes maior de
apresentar MSI positiva. Baseado nos dados obtidos com a realização
desta pesquisa (através da regressão logística binária múltipla,
segundo AIC), foi proposto um escore para caracterizar pacientes
com SL. Conclusões: A frequência de SL nos pacientes submetidos
à ressecção por câncer e com HF foi de 20%, concordante com a
literatura. O critério 4 de Bethesda Modificado associou-se mais
fortemente à presença de MSI na população estudada. O escore
desenvolvido neste estudo contribui como uma ferramenta prática na
ampliação diagnóstica da SL, mostrando ser um bom preditor para
identificar os casos negativos da Síndrome.
hereditário. Objetivos: Avaliar a frequência de SL em pacientes
submetidos a tratamento cirúrgico por câncer colorretal (CCR)
e com história familial (HF) de câncer. Avaliar quais dos critérios
clínicos, histopatológicos, imuno-histoquímico(IHC), e/ou de instabilidade de microssatélites(MSI) seriam mais informativos no
diagnóstico desta síndrome na população brasileira. Pacientes e
Métodos: Estudaram-se 458 CCR, serviço de Coloproctologia
do Departamento de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas –
FMUSP, de janeiro de 2005 a dezembro de 2008. HF positiva para
CCR ocorreu em 118 pacientes. Promoveu-se a revisão das lâminas
para critérios histológicos de MSI, avaliação IHC para as proteínas
MLH1, MSH2, MSH6, PMS2, MSI (BAT-25, BAT-26, NR-21, NR-24
e MONO-27) e análise da mutação para o BRAF nos casos com
MSI positiva. Resultados: Dos 118 pacientes com HF, 61 (51,69%)
preencheram pelo menos um dos critérios de Bethesda revisados.
36 do sexo feminino (59%), média de idade de 53,2 anos. Nove
(14,7%) pacientes apresentaram todos os critérios de Amsterdam
I. 52 tumores localizaram-se no cólon esquerdo. Os componentes
histopatológicos de MSI incluíram: linfócitos intratumoral (47,5%),
característica expansiva do tumor (29,5%) e o componente mucinoso
(27,8%) (componentes histológicos de MSI instável em 44 (72%).
A IHC estava alterada em oito (13%) e a MSI em 12 pacientes (20%).
O BRAF foi realizado nos 12 casos com MSI positiva e em todos
os casos foram negativos, confirmando serem pacientes com SL. Os
indivíduos que apresentaram o critério 4 de Bethesda revisado (CCR
ou câncer associado a SL, diagnosticado em um ou mais parentes de
PARÂMETROS PRESSÓRICOS
NORMAIS DA MANOMETRIA
ANORRETAL
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Ricardo Guilherme Viebig / IBEPEGE; Janaina
Tomiye Yamakata Franco / IBEPEGE; sergio Viebig Araujo /
IBEPEGE.
Resumo
Introdução: O exame manométrico anorretal é realizado para
avaliação funcional evacuatória porem carece de metodologia
uniforme. Submetemos os pacientes ao estudo das medidas
pressóricas, com sondas de 8 canais radiais, através da retirada
contínua por tração mecânica, estabelecendo-se 3 medidas
em estado de repouso, no esforço de contenção e evacuatório,
procurando assim, eliminar artefatos e análises subjetivas. Objetivos:
Estabelecer parâmetros de normalidade para futuras comparações
com indivíduos com função evacuatória alterada, seja com sinais de
incontinência ou de dissinergia pélvica. Métodos e pacientes:
Foram compilados retrospectivamente dados manométricos de 100
pacientes que tivessem laudo de normalidade funcional ao final do
exame. Para atingir os critérios todos deveriam ter realizado o exame
em condições satisfatórias e que produzissem medidas confiáveis
nos três estados de observação. Eliminados da casuística pacientes
com lesão perianal, doença aguda, incontinência mesmo que leve.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
51
A nais
Resultados: a média de idade dos pacientes foi de 47 anos e a
distribuição quanto ao sexo 37 masculino(M) e 64 feminino(F).
Mais da metade dos pacientes veio para investigação de obstipação
crônica. As pressões médias + DV da zona de alta pressão foram
em mmHg: no repouso 107,8 ± 32,5 (108,6 M e 107,4 F) no esforço
de contenção 175,0 ± 61,9 (212,8 M e 153,7 F) e no esforço
evacuatório 88,0 ± 34,9 (96,3 M e 83,3 F). Os dados do vetor
volume foram em mmHg cm² 84502,61 no repouso, 277516,26 no
esforço de contenção e 88756,31no esforço evacuatório. Discussão:
Observadas somente maiores variações nos homens, que atingiram
maiores pressões no esforço de contenção em ambas medidas,
inferindo-se que o recrutamento muscular no homens seja mais
volumoso pela própria distribuição anatômica. Conclusão: As
medidas obtidas representam a variabilidade de uma população
e deve ser confrontada com dados de pacientes em diversas
disfunções ou patologias, para que se afirmem critérios individuais
de cada uma.
52
ANÁLISE DE POLIMORFISMOS DAS
ENZIMAS CICLOOXIGENASE-2 e
METILENOTETRAHIDROFOLATO
REDUTASE EM PACIENTES COM
CÂNCER DO ESÔFAGO
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Evelise Pelegrinelli Zaidan / Instituto do Câncer do
Estado de São Paulo - ICESP; Michele Tatiana Pereira Tomitão
/ Instituto do Câncer do Estado de São Paulo - ICESP; Márcia
Saldanha Kubrusly / HCFMUSP; Adriana Vaz Safatle-Ribeiro
/ HCFMUSP; Evandro Sobroza de Mello / HCFMUSP;
Rubens Antônio Aissar Sallum / HCFMUSP; Ivan Cecconello
/ HCFMUSP; Ulysses Ribeiro Juniro / Instituto do Câncer do
Estado de São Paulo – ICESP.
Resumo
Estudos de polimorfismos genéticos podem permitir maior
conhecimento sobre os fatores de risco e prognóstico do câncer.
A ciclooxigenase-2 (COX-2) é induzida em resposta ao fator de
crescimento e citocinas, expressa nas doenças inflamatórias, lesões
pré-malignas e tumores de esôfago. O produto do metabolismo
do folato pela enzima metilenotetrahidrofolatoredutase (MTHFR)
atua na síntese do DNA, a alteração da atividade desta altera a
expressão gênica de supressores de tumor e proto-oncogenes,
potenciais fatores de risco para o câncer de esôfago. Objetivos:
Avaliar a frequência do polimorfismo de um único nucleotídeo (SNP)
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
dos genes da COX-2(-1195A>G, 8473T>C) e da MTHFR(677C>T
e 1298C>A) e investigar possíveis relações entre estas variantes
genéticas e dados clínicos patológicos relacionados ao câncer
de esôfago. Método: Os SNPs da COX-2 e da MTHFR foram
analisados em 109 pacientes com câncer de esôfago e 102 controles.
O DNA genômico foi isolado do creme leucocitário utilizando-se
kit de extração e purificação PureLink™ Genomic DNA Mini Kit.
A técnica de identificação da base com uso de sondas marcadas
com fluoróforos seguida por RT-PCR foi utilizada na genotipagem
dos polimorfismos. Para a análise de expressão tecidual foi utilizado
o TMA a partir dos blocos parafinados de tumores do esôfago, e,
para a pesquisa imunohistoquímica, a técnica da imunoperoxidase
com os anticorpos monoclonais contra COX-2. Resultados:
Determinou-se a frequência dos SNPs da COX-2 (-1195A>G: AA
= 70,18%; AG = 25,44%; GG = 4,39%; 8473T>C TT = 30,70%; TC
= 50,88%; CC = 18,42%) e da MTHFR (677C>T CC = 42,98%; CT
= 42,98%; TT = 14,04%; 1298C>A: CC = 57,02%; CA = 30,70%;
AA = 12,28%) em indivíduos com câncer de esôfago, a presença
dos alelos COX-2-1195G e COX-2+8473C foi maior entre os casos,
caracterizando maior risco para esta doença (OR = 3,43; p=0,02).
Em relação à sobrevida global, os genótipos que apresentaram o
pior prognóstico foram: MTHFR677TT no carcinoma epidermoide
- p=0,040 e em tabagistas - p=0,036) e COX-2+8437CC (em
caucasianos - p=0,005). A reatividade específica para o anticorpo
da COX-2 foi positiva para intensidade e distribuição em 69,64%
dos casos de carcinoma epidermoide, entretanto, não houve
relação com o polimorfismo da COX-2. Conclusão: Os genótipos
homozigotos polimórficos da COX-2 e da MTHFR foram associados
ao pior prognóstico em pacientes com câncer de esôfago, Estes
SNPs podem ser marcadores úteis de agressividade tumoral nestes
pacientes.
FATORES PREDITIVOS DE SOBREVIDA
EM PACIENTES COM CÂNCER
AVANÇADO DO ESÔFAGO
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Maria Aparecida Coelho de Arruda Henry / FMBUNESP; Mauro Masson Lerco / FMB-UNESP; Walmar
Kerche de Oliveira / FMB-UNESP; Rodrigo Severo de
Camargo Pereira / FMB-UNESP.
Resumo
O câncer do esôfago (CE) é o tumor mais agressivo que acomete
o trato gastrointestinal, tendo em vista a idade avançada de seus
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
portadores aliada aos distúrbios nutricionais decorrentes da
obstrução esofágica que impossibilita a ingestão alimentar. Além
disso o diagnóstico é realizado, em geral, em fase tardia, predispondo
ao aparecimento de metástases linfonodais e em órgãos à distância.
O objetivo deste trabalho é analisar a sobrevida de pacientes com
câncer avançado do esôfago, relacionando-a aos seguinte fatores:
índice prognóstico de Glasgow (IPG), índice de massa corporal
(IMC), porcentagem de perda ponderal (%PP) e tamanho do tumor.
Casuística e método: Foram estudados 47 pacientes com carcinoma
espino celular do esôfago (estádios III e IV), sendo 45 homens
(95,6%), com idades variando entre 38 e 61 anos (média: 60,56
anos). As dosagens séricas de albumina (alb) e proteína C reativa
(PCR) permitiram classificar os pacientes nos scores zero (alb e PCR
dentro da normalidade), 1 (alb ou PCR com valores anormais) e 2 (alb
e PCR alterados). Resultados: Nos pacientes com Índice Prognóstico
de Glasgow igual a zero a sobrevida média foi de 20,57 ± 8,84 meses;
naqueles com scores 1 e 2 as sobrevidas foram de 8,86 ± 5,56 e
3,43 ± 2,70 meses (p<0,0011). Os valores médios dos fatores IMC,
%PP e tamanho do tumor foram de 20,07 ± 4,91 kg/m2 de superfície
corporal; 18,30 ± 9,54% e 6,66 ± 2,65cm, respectivamente. A
análise estatística (teste de Spearman) demonstrou que não existe
correlação entre a sobrevida dos pacientes e os 3 parâmetros
citados. Os autores concluem que dos 4 fatores analisados apenas
o IPG mostrou correlação com a sobrevida, constituindo excelente
parâmetro de avaliação do prognóstico, baseado em análises séricas
Objetivo: Caracterizar os fatores associados a morbimortalidade dos
pacientes submetidos a ressecção local ampliada para tratamento do
câncer gástrico avançado no Grupo do Estômago do HC-FMUSP.
Casuística: Entre 1971 e 2014, 240 pacientes foram submetidos a
gastrectomia ampliada com ressecção de outros órgãos por invasão
direta ou por necessidade de linfadenectomia. Métodos: Revisão
retrospectiva de dados de prontuário coletados prospectivamente.
Incluídos os pacientes submetidos à gastrectomia com ressecção de
outro órgão por invasão da neoplasia ou linfadenectomia extendida.
Resultados: a média de idade foi de 62,5 anos no diagnóstico, 27%
dos pacientes eram do sexo feminino. Dos 240 pacientes, 201 (84%)
foram submetidos a Gastrectomia Total, 36 (15%) a Gastrectomia
Subtotal e 4 (2%) a Esofagectomia Subtotal com Gastrectomia
Parcial. Esplenectomia foi realizada como procedimento associado
em 79% dos casos, pancreatectomia em 32%, Colecistectomia em
16%, Colectomia segmentar em 5,4% e hepatectomia não regrada
em 4,6%. Todos os pacientes foram submetidos à linfadenectomia,
sendo 92% D2 e 8% D3, com presença de metástases linfonodais
em 28% dos pacientes. A mortalidade em 30 dias foi de 7,1% e a
incidência de complicações pós-operatórias foi de 36%. A despeito
de recidiva de 29,6%, a sobrevida global em 5 anos foi de 32%.
Conclusão: É possível alcançar sobrevida a longo prazo com
ressecção R0 no câncer gástrico localmente avançado. A ressecção
de órgãos adjacentes acarreta maior morbimortalidade e por isso a
decisão de um procedimento de maior porte deve ser individualizada.
da albumina e Proteína C Reativa, ambos de fácil obtenção.
MORBIMORTALIDADE DA
RESSECÇÃO LOCAL AMPLIADA NO
CÂNCER GÁSTRICO AVANÇADO
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Carlos Eduardo Jacob / HC-FMUSP; Amir Zeid
Charruf / HC-FMUSP; Rodrigo José de Oliveira / HCFMUSP; Anna Carolina Batista Dantas / HC-FMUSP; André
Roncon Dias / HC-FMUSP; Leandro Cardozo Barchi / HCFMUSP; Cláudio José Caldas Bresciani / HC-FMUSP; Bruno
Zilberstein / HC-FMUSP.
Resumo
RESULTADOS CIRÚRGICOS
DE PACIENTES SUBMETIDOS
A GASTRECTOMIAS COM
LINFADENECTOMIA D1
POR CONDIÇÕES CLÍNICAS
DESFAVORÁVEIS.
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Marcus Fernando Kodama Pertille Ramos / ICESP;
André Fonseca Duarte / ICESP; Rodrigo José de Oliveira
/ ICESP; André Roncon Dias / ICESP; Osmar Kenji Yagi /
ICESP; Ulysses Ribeiro Junior / ICESP; Bruno Zilberstein /
ICESP; Ivan Cecconello / ICESP.
Resumo
Introdução: No câncer gástrico avançado com acometimento
por contiguidade de órgãos adjacentes, a ressecção ampliada
é necessária para alcançar radicalidade oncológica. O benefício
da ressecção ampliada é questionado na literatura devido a maior
morbimortalidade sem benefício evidente na sobrevida global.
Introdução: As comorbidades clínicas dos pacientes com neoplasia gástrica frequentemente comprometem o sucesso do
tratamento e, por vezes, são impeditivas para o prosseguimento
da melhor estratégia terapêutica. O aumento do número de pa-
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
53
A nais
cientes idosos com câncer gástrico aliado a alta prevalência de
comorbidades agregam maior complexidade com necessidade
de individualização na decisão da extensão da linfadenectomia. O
objetivo do nosso estudo é avaliar o resultado cirúrgico imediato de pacientes submetidos à linfadenectomia D1 por condições
clínicas desfavoráveis. Método: Estudo transversal descritivo de
pacientes submetidos à gastrectomia com linfadenectomia D1
por neoplasia de estômago e presença de múltiplas comorbidades e/ou idade avançada no Instituto do Câncer do Estado de
São Paulo (ICESP) entre novembro de 2011 e junho de 2014.
As variáveis analisadas foram idade na cirurgia, comorbidades
e índices de performance status. Os desfechos avaliados foram
complicações cirúrgicas, números de linfonodos e óbitos durante internação e após alta. Resultados: Dos 30 pacientes que
foram analisados 18 pacientes são do sexo masculino (60%). A
média da idade na cirurgia foi de 71,3 anos, variando de 41 a 95
anos. Em relação às comorbidades 8 (26%) pacientes apresen54
tavam antecedente de IAM, 6 (20%) doença cerebrovascular e 1
(3,3%) hemiparesia ( acidente vascular). O KPS variou entre 50
e 100 e foi maior e igual a 80 em 20 pacientes (66,67%). ECOG
menor ou igual a 1 foi encontrado em 21 pacientes (70%). Metade dos doentes eram ASA II e a outra metade ASA III. Foram
realizadas 9 gastrectomias totais e 21 subtotais. A média de dias
de internação nas gastrectomias totais foi de 13,3 dias, enquanto nas gastrectomias subtotais 12,2 dias. A média do tempo de
seguimento dos pacientes foi 17 meses. Na última reavaliação,
21 (70%) pacientes apresentavam-se sem evidência de doença,
houve apenas 1 (3,33%) caso de recidiva e 8 (26%) evoluíram
para óbito. Desses, em cinco (16,67%) o óbito ocorreu na internação da cirurgia. Apenas um óbito foi relacionado diretamente
a complicação cirúrgica por brida precoce com necessidade de
duas outras abordagens. Os sete restantes apresentaram descompensação clínica como fatores desencadeantes do óbito.
Conclusão: Pacientes analisados apresentaram alta taxa mortalidade perioperatória às custas da deteriorização clínica de suas
doenças de bases e apenas houve 1 caso de recidiva detectado
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Monteiro da Cunha / FMUSP; Ana MAria Mendonça Coelho
/ FMUSP; Sandra N.Sampietre / FMUSP; Helena Bonciani
Nader / UNIFESP; Ivarne L.S. Tersariol / UNIFESP; Eleazar
Chaib / FMUSP; Luiz a Carneiro D’Albuquerque / FMUSP.
Resumo
Introdução: O fenômeno da isquemia e reperfusão (I/R) em órgãos
leva ao dano tecidual sendo a elevação do cálcio intracitoplasmático
um fator determinante na morte celular. O trocador sódio-cálcio
(NCX) regula a saída do cálcio intracitoplasmático para o meio
extracelular e o fragmento de heparina Dissacarídeo Trissulfatado
(DT), com peso molecular 585 daltons e sem efeito nos mecanismos
de coagulação, atua sobre o NCX no sítio denominado peptídeo
inibidor de troca (XIP), aumentado esta saída do cálcio com
possíveis efeitos na diminuição da morte celular. Objetivo: Avaliar
os efeitos do DT na lesão hepática determinada por I/R. Métodos:
Ratos Wistar submetidos à isquemia hepática parcial através do
clampeamento do pedículo hepático comum dos lobos mediano e
lateral por 60 minutos e reperfusão por 4 horas foram divididos em
3 grupos: Controle (n=12), com manipulação cirúrgica sem indução
de isquemia; Salina (n=12): ratos recebendo salina intravenosa (IV)
0,4 ml 10 minutos antes da reperfusão; e DT(n=12), ratos recebendo
0,4 ml de DT 0,2mg/kg 10 minutos antes da reperfusão. Após 4 horas
de reperfusão, foram determinados no soro aspartato transaminase
(AST), alanina transaminase (ALT), fator de necrose tumoral (TNF alfa),
interleucinas 6 e 10 (IL 6 e IL10). No tecido hepático, a peroxidação
lipídica foi avaliada através da determinação do malondialdeído
(MDA) e a função mitocondrial analisada. Resultados: Os níveis de
AST, ALT, citocinas, MDA e a disfunção mitocondrial foram menores
no Grupo tratado com DT quando comparados com os animais do
grupo salina. Conclusão: O DT diminui a lesão celular, preservando
a função mitocondrial, aumentando a tolerância hepática à lesão
provocada pela I/R, possivelmente por sua atuação na dinâmica
do cálcio nas situações de sobrecarga deste íon decorrentes do
processo de isquemia/reperfusão.
no segmento a despeito da linfadenectomia reduzida.
O EFEITO PROTETOR CELULAR DO
DISSACARÍDEO TRISSULFATADO NA
LESÃO HEPÁTICA INDUZIDA POR
ISQUEMIA E REPERFUSÃO
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Ênio Rodrigues Vasques / FMUSP; José Eduardo
EVOLUÇÃO PÓS-OPERATÓRIA
TARDIA DE OBESOS GRAVES
SUBMETIDOS À GASTROPLASTIA
COM DERIVAÇÃO EM DE ROUXANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS
ENTEROHORMÔNIOS NO REGANHO
DE PESO
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Marco Aurelio Santo / Unidade de Cirurgia Bariátrica
e Metabólica HC-FMUSP.; Daniel Riccioppo / Unidade
de Cirurgia Bariátrica e Metabólica HC-FMUSP.; Denis
Pajecki / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica HCFMUSP.; Henrique Joaquim / Unidade de Cirurgia Bariátrica
e Metabólica HC-FMUSP; Roberto de Cleva / Unidade
de Cirurgia Bariátrica e Metabólica HC-FMUSP; Leila
Antonangelo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica
HC-FMUSP; Lia Marçal / Unidade de Cirurgia Bariátrica
e Metabólica HC-FMUSP; Ivan Cecconello / Unidade de
Cirurgia Bariátrica e Metabólica HC-FMUSP.
Resumo
em 2 Grupos conforme percentagem da Perda do Excesso de Peso
(%PEP ): Grupo a (n=14) com evolução satisfatória, com %PEP
superior a 50% quando atingido o peso mínimo e com manutenção
de mais de 50% de peso perdido e Grupo B (n=10) com evolução
insatisfatória, com reganho expressivo de peso após sucesso inicial,
com manutenção de menos de 50% de peso perdido (relação entre
a %PEP atual e %PEP do peso mínimo menor ou igual a 50%). Foi
avaliado o perfil de secreção enterohormonal através dos níveis séricos
basais em jejum, e após refeição padronizada, de Grelina, GIP, GLP-1
e Leptina, e curva em 30, 60, 90 e 120 minutos. Resultados: Não
houve diferença no perfil de secreção de grelina. Houve diferença no
perfil de secreção de GIP, com elevação percentual em 30 minutos
Introdução: A gastroplastia redutora com derivação em Y de Roux
(GDYR) é a operação mais realizada para tratamento cirúrgico da
obesidade grave. Uma das principais preocupações no seguimento
tardio dos pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico é o reganho
substancial de peso, caracterizando o insucesso. como melhor
entendimento do papel dos enterohormônios na determinação da
perda de peso, assume grande relevância a análise da secreção
enterohormonal de pacientes que reganharam peso após sucesso
inicial com a GDYR. Objetivo: Avaliar a influência da secreção de
enterohormônios e adipocinas, em período pós-operatório tardio
de GDYR, comparando a secreção pós-prandial de Grelina, GIP,
GLP-1 e Leptina entre pacientes com reganho de peso e com
evolução ponderal satisfatória. Método: Vinte e quatro pacientes
com seguimento pós-operatório de 27 a 59 meses foram divididos
em relação ao nível basal no Grupo a (330%) em maior grau do
que no Grupo B (192,2%) (p = 0,01). Houve diferença no perfil de
secreção de GLP-1, com elevação em valores absolutos ( p = 0,03)
e percentual em 30 minutos em relação ao nível basal no GRUPO a
(124%) em maior grau do que no Grupo b (46,5%) (p=0,01). Houve
diferença estatística entre os valores absolutos basais de leptina, com
níveis mais elevados no Grupo b (p=0,02). Conclusões: O perfil de
secreção enterohormonal dos pacientes com reganho de peso após
GDYR é diferente dos pacientes com controle de peso satisfatório.
Após estímulo com refeição, níveis reduzidos de GIP e GLP-1 podem
indicar influência no processo de reganho de peso. O perfil de
secreção de grelina foi semelhante, sendo que a leptina revela maior
acúmulo de gordura no grupo que reganhou peso.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
55
Anais da XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo
Proceedings of XIII Brazilian Week of Digestive - CBCD – VÍDEO
ASSOCIAÇÃO DE
VIDEOLAPAROSCOPIA COM
MICROCIRURGIA ENDOSCÓPICA
TRANSANAL (TAMIS) PARA
RESSECÇÃO DE ADENOCARCINOMA
DE RETO MÉDIO – RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Cólon
56
Autores: Luis Fernando Mariano Rodrigues / Unidade de
Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília /
DF; Patricia Maria B. Cavalcanti / Unidade de Coloproctologia
do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Juliana
portella Fontana / Unidade de Coloproctologia do Hospital
das Forças Armadas – Brasília / DF; Fabio Alves Soares /
Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas
– Brasília / DF; Calil Abud Neto / Unidade de Coloproctologia
do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Leonardo
de Mota Seixas / Unidade de Coloproctologia do Hospital
das Forças Armadas – Brasília / DF; Danielle Talamonte /
Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas
– Brasília / DF.
CORPÓREA
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Diego Fernandes Maia Soares / FMUSP; Carlos
Frederico Sparapan Marques / FMUSP; Rodrigo Ambar Pinto
/ FMUSP; Caio Sérgio Rizkallah Nahas / FMUSP; Sérgio
Carlos Nahas / FMUSP.
Resumo
Este vídeo tem como objetivo mostrar o tratamento de uma paciente
com neoplasia de cólon transverso sendo submetida a colectomia
direita ampliada vídeo laparoscópica com anastomose intra corpórea.
Detalhando a técnica e discutindo benefícios deste método. O
vídeo demonstra a história clínica passando pelo diagnóstico ate o
tratamento cirúrgico. O caso é de uma paciente sexo feminino de 65
anos com história de alteração do hábito intestinal e dor abdominal
nos últimos 6 meses. comantecedente de cesárea e colecistectomia
e IMC de 37. Que na investigação realizou colonoscopia que mostrou
lesão em cólon transverso de 6 cm extensão ocupando toda luz do
órgão. Paciente foi submetida à colectomia direita ampliada VLP
Resumo
com anastomose intra corpórea. Foi realizada ligadura dos vasos
Paciente do sexo feminino de 61 anos, com relato de hematoquezia
importante há cerca de 1 mês. Ao exame, apresentava tumor palpável
em região no reto. Foi realizada videocolonoscopia que demonstrou
lesão circunferencial no reto ocupando cerca de 60% da luz do órgão
a 7cm da margem anal e histopatológico demostrou adenocarcinoma. Ultrassonografia retal tridimensional sugeria lesão uT3N1. Foram
realizadas quimioterapia e radioterapia neoadjuvantes. A abordagem
cirúrgica foi realizada por via videolaparoscópica para liberação do
cólon transverso e descendente e microcirurgia transanal com uso
do dispositivo do tipo “single port” (SILS®), sendo completamente
ressecada a lesão do reto com toda gordura perirretal om retirada da
peça por via anal. Foi realizada anastomose colo-anal com o uso do
grampeador EEA®. Foi confeccionado estoma protetor. O procedi-
ileocecoapendicocólico na origem e ligadura dos vasos da cólica
médica devido a linfonodos no mesocólon. Realizado anastomose
latero lateral mecânica isoperistáltica com grampeador de 60 mm
e fechamento dos orifícios de passagem do grampeador em dois
planos de sutura continua. Peça retirada por incisão de Pfannestiel.
Procedimento sem intercorrências com duração de 200 min
sem necessidade de uso de drogas vaso ativa ou transfusão de
hemoderivados. Encaminhado a enfermaria no pós-operatório
recebendo alta no 5 PO. A colectomia direita VLP e um procedimento
padronizado. Atualmente esta ocorrendo mudança na confecção
da anastomose. A maioria dos cirurgiões realiza pequena incisão
mediana para realização de anastomose extra corpórea. Esta pratica
está sendo substituída pela confecção de anastomose intra corpórea.
mento ocorreu sem intercorrências e seguida de ótima recuperação
Este modo de realizar anastomose tem como limitação a experiência
da paciente, que recebeu alta do sétimo DPO.
do cirurgião no manuseio de grampeadores e sutura laparoscópicos
além do custo dos materiais. No entanto os benefícios são muitos:
menor índice de hérnia incisional, menor índice de infecção de ferida
COLECTOMIA DIREITA AMPLIADA
VLP COM ANASTOMOSE INTRA
operatória e menos dor no pós-operatório além de melhor efeito
cosmético.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
RESSECÇÃO VIDEOLAPAROSCÓPICA
DE CISTO BRONCOGÊNICO –
RELATO VIDEOGRÁFICO REALIZADO
NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
CLEMENTINO FRAGA FILHO (UFRJ)
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Delta Madureira Filho / UFRJ; Fernando Ponce Leon
/ UFRJ; Isadora Morone Pereira / UFRJ; Amanda Jordão
Arraes / UFRJ; Betina Carla Bertrand Simões / UFRJ; Thais
Leiros Kleinsorgen Mota / UFRJ.
Resumo
foi satisfatório, com melhora dos sintomas compressivos e alta
concedida no quinto dia após a cirurgia.
RETOSSIGMOIDECTOMIA
VIDEOLAPAROSCÓPICA ASSOCIADA
À MICROCIRURGIA ENDOSCÓPICA
TRANSANAL (TAMIS) EM
TEMPO ÚNICO NO TRATAMENTO
DE TUMORES COLORRETAIS
SINCRÔNICOS – RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Cólon
Objetivo: Demonstrar ressecção cirúrgica videolaparoscópica
de cisto justa-esofagiano em paciente jovem, sem comorbidades,
com queixas de disfagia para sólidos e dor epigástrica há 3 anos,
apresentando em tomografia computadorizada de abdômen, ressonância magnética nuclear de abdomen e ultrassonografia endoscópica lesão cística de 4,4 x 3,5 cm em íntimo contato com
esôfago distal sugestiva de cisto de duplicação esofagiano. Métodos: Paciente posicionado em decúbito dorsal. Confecção de
pneumoperitôneo pela técnica aberta e inserção de trocarteres
sob visualização direta. Utilizada energia monopolar e bipolar com
bioimpedância. Resultados: Durante a cirurgia foi encontrada
lesão cística aderida a terço inferior de esôfago com superfície
lisa, arredondada e plano posterior bem aderido ao esôfago. Feita
Autores: Luis Fernando Mariano Rodrigues / Unidade de
Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília /
DF; Patricia Maria B. Cavalcanti / Unidade de Coloproctologia
do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Juliana
portella Fontana / Unidade de Coloproctologia do Hospital
das Forças Armadas – Brasília / DF; Fabio Alves Soares /
Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas
– Brasília / DF; Calil Abud Neto / Unidade de Coloproctologia
do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Leonardo
de Mota Seixas / Unidade de Coloproctologia do Hospital
das Forças Armadas – Brasília / DF; Danielle Talamonte /
Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas
– Brasília / DF.
Resumo
ressecção completa do cisto deixando área de mucosa esofagiana
Paciente do sexo feminino de 80 anos, com relato de constipação
exposta. Interior do cisto de conteúdo mucoso. Realizado teste
recente e progressiva, associada à mucorreia, hematoquezia
com azul de metileno, através de sonda de Fouchet previamente
importante e prolapso anal volumoso, manualmente redutível, há
inserida, sem extravasamento do mesmo. Confeccionada fundo-
cerca de dois anos. Ao exame, apresentava protrusão de volumoso
plicatura anterior à 180°. O Material do cisto foi enviado para aná-
lesão móvel, multilobulada e friável à manobra evacuatória,
lise citopatológica com resultado de cisto esofagiano porém não
manualmente redutível. Ao toque, tal lesão estendia-se por toda
podendo afastar cisto de inclusão ou cisto de desenvolvimento
a hemicircunferência retal posterior, acometendo retos inferior
(cisto broncogênico). Histopatológico da cápsula do cisto confir-
e médio, com mobilidade ao toque e consistência macia. Foi
mou tratar-se de cisto broncogênico. Conclusão: Inicialmente,
realizada videocolonoscopia que demonstrou lesão de mesmas
pela topografia, aspecto radiológico e quadro clínico a hipótese
características, extendendo-se até pouco acima da primeira válvula
diagnóstica principal havia sido cisto de duplicação esofagiana.
de Houston (cujo exame histopatológico mostrava adenoma tubular
porém, a análise histopatológica evidenciou que a lesão tratava-
de baixo grau). Em cólon sigmóide, havia também lesão estenosante,
-se de um cisto broncogênico. A distinção entre cisto esofagiano
com histopatológico demonstrando adenocarcinoma invasor
e broncogênico costuma ser difícil e ambos apresentam a mesma
moderadamente diferenciado. Ultrassonografia retal tridimensional
origem embriológica, sendo ambos derivados do intestino anterior
sugeria lesão uT1N0. Foi realizada microcirurgia transanal com uso
primitivo. Alguns autores os classificam como cistos enterogênicos
do dispositivo do tipo “single port” (SILS®), sendo completamente
e o tratamento para ambos é a ressecção cirúrgica, mesmo em
ressecada a lesão distal. No entanto, não foi possível o fechamento da
casos assintomáticos. A evolução pós operatória costuma ter bom
área cruenta pós-ressecção sem que houvesse tensão. A lesão em
prognóstico. No caso da paciente em questão, o pós-operatório
sigmóide foi foi tratada com retossigmoidectomia videolaparoscópica
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
57
A nais
de padrão oncológico no mesmo tempo cirúrgico, com anastomose
colorretal por duplo-grampeamento, acima da área cruenta prévia.
Optou-se por não realizar estoma protetor. O procedimento ocorreu
sem intercorrências e seguida de ótima recuperação da paciente,
que recebeu alta do sétimo DPO.
ESOFAGECTOMIA TORACOSCOPICA
E LAPAROSCÓPICA NO TRATAMENTO
CIRÚRGICO DO MEGAESÔFAGO
AVANÇADO
Temário: Cirurgia / Esôfago
58
Autores: Bruno Zilberstein / Gastromed / Instituto Zilberstein;
Maurice Youssef Franciss / Gastromed / Instituto Zilberstein;
Guilherme Tommasi Kappaz / Gastromed / Instituto Zilberstein;
Leandro Cardoso Barchi / Gastromed / Instituto Zilberstein;
Ricardo Naegele Staffa / Gastromed / Instituto Zilberstein;
Renato Ribeiro de Araujo Pereira / Gastromed / Instituto
Zilberstein; Edison Dias Rodrigues FIlho / Gastromed /
Instituto Zilberstein; Cely Melo da Costa Bussons / Gastromed
/ Instituto Zillberstein.
Resumo
Introdução: No tratamento do megaesôfago avançado uma das
técnicas preconizadas é a esofagectomia com reconstrução do
transito intestinal através de gastroplastia. Este procedimento tem
sido largamente empregado principalmente nos casos em que existe
dolico megaesôfago com aperistalse total e perda do eixo vertical do
esôfago. O vídeo apresentado procura demostrar os passos técnicos
do acesso minimamente invasivo na esofagectomia com gastroplastia
para tratamento do megaesôfago avançado. são detalhados os
tempos da toracoscopia para liberação do esôfago e os detalhes
técnicos na reconstrução da gastroplastia por laparoscopia. Relato
do caso: Paciente AGB, 48 anos , com disfagia progressiva há 5
anos para sólidos e pastosos. EDA evidenciava presença de grande
quantidade de resíduos alimentares em esôfago sem alterações
no estômago, EED evidencia dolicomegaesôfago com perda da
verticalidade e grande dilatação do órgão (megaesôfago Grau IV),
manometria esofágica com aperistalse do corpo e hipertonia do
esfíncter esofágico inferior e sorologias para doença de Chagas
negativa. O Paciente foi submetido à esofagectomia subtotal
por toracoscopia em posição prona seguido de laparoscopia
com confecção de tubo gástrico preservando grande curvatura
pediculado pela A. Gástrica D e Gastroepiplóica D. A anastomose
esôfago gástrica cervical foi realizada através de sutura mecânica
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
circular terminal do esôfago e lateral no tubo gástrico. Foi realizada a
drenagem das cavidades torácica direita, abdominal e região cervical.
Paciente recebeu dieta enteral no segundo P.O. com necessidade
de morfina para analgesia até terceiro P.O. Internação em UTI até 2
P.O. 10 P.o realizado EED e teste de azul de metileno, s/ vazamentos
e com tubo gástrico de bom aspecto. Iniciou-se dieta líquida 11
P.O , com alta hospitalar no 13 P.O. no 45 P.O aceitou dieta geral s/
disfagia, atualmente sem queixas.
HIATOPLASTIA COM FIXAÇÃO
DE PERICARDIO BOVINO E
FUNDOPLICATURA A NISSEM,
ASSOCIADO À DILATAÇÃO
INTRAOPERATÓRIA DE ESTENOSE
PÉPTICA, EM PACIENTE COM
ESTENOSE PÉPTICA E ESÔFAGO
CURTO
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Amir Zeide Charruf / Hospital das Clínicas da
Universidade de São Paulo - FMUSP; Edno Tales Bianchi /
Hospital das Clínicas de São Paulo- FMUSP; Filippe Moura
de Gouvea / Hospital das Clínicas de São Paulo- FMUSP;
Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro / Hospital das
Clínicas de São Paulo- FMUSP; sergio Szachnowicz / Hospital
das Clínicas de São Paulo- FMUSP; Julio Rafael Mariano da
Rocha / Hospital das Clínicas de São Paulo- FMUSP; Rubens
Antonio Aissar Sallum / Hospital das Clínicas de São PauloFMUSP; Ivan Cecconello / Hospital das Clínicas de São
Paulo- FMUSP.
Resumo
Introdução: A Doença do Refluxo Gastro Esofágico (DRGE) está
em ascensão nos paises ocidentais, acometendo quase 20% da
população no EUA, sendo o distúrbio gastro intestinal mais comum. Complicações da DRGE podem ser malignas ou benignas.
As complicações benignas incluem esofagite erosiva, sangramento e estenose péptica. Lesões pré malignas incluem metaplasia
de Barret, e Câncer de Esôfago. Relato de caso: Paciente de
63 anos, com queixa de pirose e regurgitação há 20 anos, com
uso de bicarbonato de sódio para alivio dos sintomas. Evolui com
disfagia progressiva, inicialmente para sólidos e posteriormente
para líquidos e emagrecimento de 20 kg, em 1 anos. Realizou EDA
com diagnóstico de estenose péptica há 25 cm da ADS seguido
de área de esôfago de barret de 7 cm, sendo realizada dilatação
esofágica. Realizou também EED com volumosa hérnia hiatal por
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
deslizamento. Submetido à correção de hérnia hiatal volumosa,
com necessidade de nova dilatação esofágica com sonda de Savary-Gilliard intraoperatória, fixação de pericárdio bovino e fundoplicatura a Nissem. Evolui no pós-operatório de maneira satisfatória
recebendo alta hospitalar no 3ºPO, em acompanhamento ambulatorial sem evidencia de retorno de Refluxo esofágico e recidiva
de estenose. Discussão: O tratamento cirúrgico da DRGE muitas
vezes aparece como única forma de tratamento de DRGE grave em
hérnias hiatais volumosas, sendo a interrupção do refluxo a melhor
forma de diminuir o risco de progressão de complicações como
estenose e Barret. Para correta correção de hérnias hiatais em esôfago curto, demonstramos a necessidade de dissecção saco herniário com ressecção do mesmo, e dissecção extensa de esôfago,
para correto posicionamento do órgão em região intra abdominal,
assim podendo realizar de forma adequada uma fundoplicatura.
LINFADENECTOMIA PARATRAQUEAL
E RECORRENCIAL EM CÂNCER
ESOFÁGICO: DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Flavio Roberto Takeda / HCFMUSP; RUBENS
Antônio Aissar Sallum / Hcfmusp; Anna Carolina Batista
Dantas / HCFMUSP; Daniel Reis Waisberg / HCFMUSP;
Ernesto Sasaki Imakuma / HCFMUSP; Julio Rafael Mariano
da Rocha / HCFMUSP; Ulysses Ribeiro Júnior / HCFMUSP;
Ivan Cecconello / HCFMUSP.
nessas áreas fibróticas. Discussão: Dos 80 procedimentos, foi
necessária conversão para o procedimento aberto em 1 caso
devido a fibrose intensa. Não ocorreram óbitos. A linfadenectomia paratraqueal e recorrencial parace ser viável e efetiva em
casos selecionados.
OPERAÇÃO DE MERENDINO POR VIA
LAPAROSCÓPICA PARA TRATAMENTO
DE ADENOCARCINOMA DE CARDIA
SIEWERT II
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Bruno Zilberstein / Gastromed / Instituto Zilberstein;
Fernando Furlan Nunes / Gastromed / Instituto Zilberstein;
Leandro Cardoso Barchi / Gastromed / Instituto Zilberstein;
Maurice Youssef Franciss / Gastromed / Instituto Zilberstein;
Guilherme Tommasi Kappaz / Gastromed / Instituto
Zilberstein; Renato Ribeiro de Araujo Pereira / Gastromed /
Instituto Zilberstein; Ricardo Naegele Staffa / Gastromed /
Instituto Zilberstein; Edison Dias Rodrigues Filho / Gastromed
/ Instituto Zilberstein.
Resumo
Introdução: O tratamento cirúrgico do adenocarcinoma da
cardia é indicado de acordo com a localização e pode ser feito
através da esofagectomia distal associada a gastrectomia total,
no tipo III de Siewert, esofagectomia transhiatal ou transtoracica
Resumo
no tipo I, esofagectomia distal e gastrectomia proximal nos tumores precoces tipo II ou ainda esofagogastrectomia total nos
Introdução: Um dos passos tecnicamente mais complexos no
tratamento cirúrgico do câncer esofágico é a linfadenectomia
para-traqueal e recorrencial na esofagectomia após quimioradioterapia. Pacientes com tumores localmente avançados, mas
com boa resposta à neoadjuvancia e bom performance status,
apresentam a melhor indicação para esse procedimento. Entretanto, a dissecção local é tecnicamente trabalhosa em virtude
dos efeitos tardios da radioterapia. Métodos: Após a realização
de 80 casos de esofagectomia com videotoracoscopia com linfadenectomia em câncer esfofagico (com ou sem neoadjuvância), os autores apresentam demonstram os principais passos
da linfadenectomia paratraqueal e recorrencial. Resultados:
Este vídeo apresenta os principais passos técnicos da linfadenectomia paratraqueal e recorrencial, bem como sua limitações
e dificuldades. Além disso, mostram- se estratégias utilizadas
em cirurgia minimamente invasiva para uma dissecção segura
muito avançados. Particularmente nos casos de ressecções limitadas, pode-se indicar a interposição de alça jejunal entre esôfago e estomago ou seja operação de Merendino na reconstrução
do transito. Neste vídeo são demonstrados os passos técnicos
da operação de Merendino no tratamento do AC, T1A, Siewert
II, por via laparoscópica. Visualiza-se os tempos cirúrgicos da
ressecção do esôfago distal e estômago proximal bem como
a interposição jejunal e a reconstrução do trânsito digestivo.
O vídeo é enriquecido com desenhos didáticos. Conclusão:
A Operação de Merendino é uma opção factível no tratamento
do AC, precoce. A via laparoscópica pode ser empregada, levando em consideração os benefícios do método minimamente
invasivo.
TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCÓPICO
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
59
A nais
DE FÍSTULA ESOFAGOGÁSTRICA EM
FUNDOPLICATURA
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Flávio Hiroshi Ananias Morita / ICHC-FMUSP; Edno
Tales Bianchi / ICHC - FMUSP; Angela Marinho Falcão /
ICHC-FMUSP; Sérgio Szachnowicz / ICHC-FMUSP; Ary
Nasi / ICHC-FMUSP; Eduardo Guimarães Hourneaux de
Moura / ICHC-FMUSP; Rubens Antonio Aissar Sallum /
ICHC-FMUSP; Ivan Cecconello / ICHC-FMUSP.
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Emmanuel Conrado Sousa / UESC; Mayana Oliveira
Soares Vieira / SCMI.
Resumo
Esta técnica foi idealizada com objetivo de tornar mais simples
e segura a realização da gastrostomia. Paciente com obstrução
esofágica por neoplasia avançada. A anestesia é geral, colocado
Resumo
em posição de DDH com mmii afastados e cirurgião se posiciona
Paciente de 48 anos, sexo masculino, con história de rouquidão
pacientes é permitir um estadiamento abdominal da neoplasia. O
entre as pernas do paciente. Uma das vantagens da VDL nestes
há 14 anos, em investigação diagnosticado doença do refluxo
gastroesofágico. Há 11 anos submetido à hiatoplastia e fundoplicatura
60
da
procedimento tem início com a colocação dos portais, umbilical
para câmera, flanco esquerdo e hipoc. dir, todos de 10mm.
Nissen com melhora parcial dos sintomas. Há 6 anos evoluiu com
Inialmente uma inspeção cuidadosa do estômago identificando
piora da rouquidão e dispnéia progressiva, diagnosticado estenose
alguns pontos de referência, piloro, distribuição dos vasos na
de traquéia por recidiva do refluxo. Exames de imagem evidenciaram
pequena curvatura/incisura angularis, marcando antro e transição
fístula entre o esôfago e o fundo gástrico da válvula. Tentado tratamento
com o corpo. A escolha do ponto para exteriorização da sonda
endoscópico com surgisis e clipes sem sucesso. Videodeglutograma
em corpo distal, verificamos a mobilidade gástrica até a parede
evidenciando o trajeto fistuloso entre o esôfago distal e o fundo
abdominal e marcamos o ponto com uso do termocautério, ao
gástrico na região da fundoplicatura. Nota-se também ao realizar a
mesmo tempo que marcamos ponto na pele para exteriorização
manobra para pesquisa de refluxo, a presença do mesmo através da
da sonda. Aproximadamente 05 cm distalmente em antro, incisão
fístula. Endoscopia digestiva alta mostrando o orifício fistuloso através
seccionando serosa e muscular inicialmente, sempre fazendo
do esôfago. Tentativa de tratamento com surgisis plug. Realizado no
hemostasia cuidadosa, tração da submucosa, cauterização dos
mesmo ato anestésico dilatação da estenose de traquéia através
vasos e abertura do estômago. Escolha do ponto de exteriorização
de laringoscopia de suspensão. Passagem de cânula orotraqueal
na pele já foi realizada anteriormente e punção para passagem
número 7 através da mesma. Realizado as mesmas punções para
do fio guia.Introdução de pinça delicada através da incisão do
técnica habitual de cirurgia para doença do refluxo (Torarte de 10mm
antro e exteriorização no ponto marcado em corpo gástrico.
supra-umbilical esquerdo, 5mm em flancos direito e esquerdo e
Apreensão do fio e tração do mesmo até retirada da cavidade
epigastrio, 11mm em hipocôndrio esquerdo). Liberação do fundo
abdominal através do trocater em hipoc. esq. Conexão do fio guia
gástrico. Liberação da válvula. Dissecção do hiato e isolamento dos
com sonda de gastrostomia e tração percutânea sob visão direta
pilares e esôfago com certa dificuldade devido a aderências (pilar-
da VDL até entrada completa da sonda no estomago e fixação
válvula, pilar-esôfago). Desfeita fundoplicatura e isolamento da fístula.
do mesmo na parede abdominal. Sutura da incisão antral com
Endoscopia digestiva alta intra-operatória para confirmar a localização
pontos separados.A incisão é pequena, normalmente com dois
exata da fístula. Grampeamento com carga roxa da fístula e liberação
pontos o fechamento é realizado.Não há necessidade de bolsa
completa do fundo gástrico. Liberação das aderências entre o pilar
ou túnel, recomendados na técnica de Stamm e Witzel.Infusão de
diafragmático direito e o fígado. Hiatoplastia com 2 pontos em X de
SF e conformação da ausência de vazamento.Finalmente tração
algodão 2.0; Reconfecção da válvula com algodão 2.0 – primeiro
do dispositivo da pele sob visão direta com boa aproximação
ponto gastro-gastrico e restante gastro-esôfago-gastrico. Bom
da parede gástrica do peritoneo parietal anterior e colocação
aspecto final.
dos elementos de alimentação, trava e fixação com término do
procedimento.
GASTROSTOMIA POR
VIDEOLAPAROSCOPIA COM
RECURSOS DA ENDOSCOPIA
RESSECÇÃO DE
ADENOCARCINOMA GÁSTRICO
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
POR VIDEOLAPAROSCOPIA NO
ESTÔMAGO EXCLUSO APÓS BYPASS
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Augusto Tinoco, Renam Tinoco, Stephany Roman
Farfan, Vinicius Dias / Hospital são Jose do Avaí.
O histopatológico evidencio adenocarcinoma gástrico com
invasão a quatro linfonodos ressecados. Paciente enviada a QT
adjuvante.
ALLPS: COMO OPERAR E
SELECIONAR OS PACIENTES
Resumo
O adenocarcinoma gástrico constitui uma das mais frequentes
malignidades a nível mundial (90%) e revela-se a segunda
causa de mortalidade por câncer. Nesse contexto, o Brasil
aparece como um dos países considerados de alta incidência,
principalmente nas regiões sudeste e nordeste. No início
do diagnóstico, a patologia apresenta nenhuns ou poucos
sintomas, sendo as expressões clínicas não específicas. O
adenocarcinoma gástrico no estômago excluso após by-pass
gástrico é muito raro, porém existem alguns casos descritos.
O difícil acesso ao estômago excluso dificulta e retarda o seu
diagnóstico. Apresentamos paciente do sexo feminino, branca,
de 56 anos, que foi submetida à gastroplastia redutora em Y de
Roux associada à colecistectomia, há 10 anos. Quadro clínico
de dois meses de evolução, caracterizado por: náuseas e dor
abdominal, tipo cólica em flanco esquerdo. Nega êmese e relata
ter procurado atendimento médico sem sucesso. Ao exame
físico abdominal: peristalse presente, dor intensa à palpação
superficial e profunda, distensão abdominal em flanco esquerdo
e timpanismo à percussão, eliminando flatos e, fezes melénicas
nos últimos dois dias. História social: tabagista há trinta anos, um
maço e meio/dia, nega etilismo. Alimentação segundo orientação
da nutricionista. Realizada tomografia abdominal, observa-se:
distensão de estômago excluso, provável edema de parede
pré-pilórica, resto sem particular. A paciente foi encaminhada à
laparoscopia, com hipótese diagnóstica de obstrução intestinal
alta por hérnia interna, já que há 10 anos não era realizado
o fechamento de mesos como rotina. No intraoperatório foi
evidenciado: distensão gástrica e lesão endurecida em região
antro-pilórica, sem presença de hérnia interna ou sofrimento de
alças. Foi realizado gastrostomia com o objetivo de melhorar o
quadro clínico inicial e elucidação diagnóstica. Após três dias,
foi realizada nova tomografia computadorizada com contraste
venoso e, pela gastrostomia, evidenciou presença de lesão
tumoral em antro gástrico sem provável metástase à distância.
Programada segunda intervenção cirúrgica após sete dias, na
qual a conduta realizada feito gastrectomia total e omentectomia
com esvaziamento ganglionar. Pós-operatório sem intercorrência.
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Vagner Birk Jeismann / FMUSP; Jaime Arthur Pirola
Kruger / FMUSP; Fabrício Ferreira Coelho / FMUSP; Raphael
Leonardo Cunha de Araújo / FMUSP; Gilton Marques
Fonseca / FMUSP; Fabio Ferrari Makdissi / FMUSP; Paulo
Herman / FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP.
Resumo
Introdução: A associação da ligadura da veia porta com transecção hepática (ALLPS) surgiu recentemente como alternativa para se evitar a insuficiência hepática pós-hepatectomia. A
experiência mundial tem crescido, porém, o método permanece
controverso. Objetivo: Demostrar a estratégia de ALLPS empregada em paciente portador de múltiplas metástases hepáticas, bem como expor nossa experiência inicial com 7 casos.
Método: O procedimento foi realizado através de um incisão
“em J”. No primeiro tempo, procedeu-se múltiplas enucleações
no fígado esquerdo se-guido de ligadura do ramo direito da veia
porta e transecção hepática. A veia hepática direita e a artéria
hepática direita foram reparadas para facilitar o segundo procedimento. Sete dias após o paciente realizou TC que evidenciou
hipertrofia do futuro remanescente hepático, sendo então reabordado para complementação do procedimento através de
hepatectomia direta. Sete pacientes que foram tratados com
essa mesma estratégia foram retrospectivamente avaliados.
Resultados: O paciente demonstrado apresentou boa evolução após as duas cirurgias, nao sendo observado complicações
pós-operatórias. Exames de controle com um ano após o procedimento não evidenciam recidiva. Dos 7 pacientes submetidos ao ALLPS descritos, apenas 1 apresentava um colangiocarcinoma intra-hepático, os demais pacientes eram portadores de
metástases de origem colorretal. Todos os pacientes apresentaram crescimento hepático significativo (media de 68,8%). Todos
os pacientes foram submetidos ao 2o tempo do procedimento.
Não houve mortalidade e a média da permanência hospitalar foi
de 20,4 dias. Conclusão: O ALLPS ainda é motivo de controvérsia. Provavelmente não substituirá os métodos tradicionais
contra o remanescente hepático insuficiente, porém certamente
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
61
A nais
ajudará pacientes selecionados a serem submetidos a cirurgias
curativas. A seleção criteriosa é crucial para que bons resultados sejam obtidos.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
de carcaças de ratos mortos. A maior parte dos casos evolui
de forma assintomática ou oligossintomática. No fígado promove necrose e edema intersticial que se apresenta na tomografia como nódulos múltiplos, ovalados e de baixa atenuação,
CAPILARÍASE HEPÁTICA
MIMETIZANDO MALIGNIDADE RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Bruno de Lucia Hernani / ISCMSP; Luciano
Guilherme Tastaldi / ISCMSP; Mauricio Alves Ribeiro /
ISCMSP; Elisa Maria de Camargo Aranzana / ISCMSP;
Fabio Gonçalves Ferreira / ISCMSP; Ricardo Tadashi Nishio
/ ISCMSP; Pedro Cartapatti da Silva / ISCMSP; Luiz Arnaldo
Szutan / ISCMSP.
Resumo
62
podendo ser confundida como uma lesão metastática. Alguns
casos vem sendo relatado na literatura, principalmente ligado
ao parasita Toxocara canis. Essa hipótese deve constar nos
diagnósticos diferenciais das lesões hepáticas principalmente
quando a imagem não é típica e o doente apresenta eosinofilia.
HEPATECTOMIA DIREITA
TOTALMENTE VIDEOLAPAROSCÓPICA
PARA TRATAMENTO DE ADENOMA
HEPÁTICO GIGANTE
Temário: Cirurgia / Fígado
Paciente do sexo feminino, 32 anos, em seguimento ambulatorial por adenocarcinoma de cólon direito operado em fev/2012,
estadiamento T3N0Mx. Realizou quimioterapia adjuvante com
término em dez/2012. Clínicamente assintomática. Em exame
de tomografia de rotina no início de 2014, evidenciado nódulo
em domo hepático - seguimento VIII, suspeito de lesão secundária. Optado por ressecção videolaparoscópica com acesso
transtorácico. Paciente em decúbito lateral direito. Passagem de
trocater em hipocôndrio direito e epigástrio. Realizado primeiro
inventário não sendo localizado nódulos. Realizada incisão torácica em quinto espaço intercostal e dissecado até o diafragma,
com passagem de trocater. Inventário pelo trocater transtorácico não sendo localizado nódulo, sendo aventada hipótese do
mesmo estar localizado na área nua do fígado. Dissecado todos
os ligamentos do fígado com boa exposição da área nua e veias
hepáticas, sendo evidenciado área suspeita esbranquiçada junto a área nua. Realizada ressecção e retirada da cavidade não
sendo encontrado nódulo. Como não dispomos de probe de ultrassom laparoscópico, optado por conversão para laparotomia
subcostal direita. Realizada ultrassonografia intra-operatória localizando a lesão que se encontrava próxima a área previamente ressecada. Paciente evoluiu bem, não sendo realizada drenagem torácica. Anátomo-patológico: abscessos eosinofílicos
granulomatosos hepáticos compatíveis com infecção parisitária.
A análise das lâminas evidenciou a presença do nematódeo Capillaria hepatica. A capilariase hepática é uma doença rara, tem
como reservarório uma infinidade de animais urbanos e silvestres. O homem é hospedeiro acidental, infectando-se com ovos
Autores: Vagner Birk Jeismann / FMUSP; Jaime Arthur Pirola
Kruger / FMUSP; Fabricio Ferreira Coelho / FMUSP; Gilton
Marques Fonseca / FMUSP; Raphael Leonardo Cunha de
Araújo / FMUSP; Fabio Ferrari Makdissi / FMUSP; Paulo
Herman / FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP.
Resumo
Introdução: Adenomas hepatocelulares são neoplasias hepáticas
benignas que ocorrem principalmente em mulheres jovens. Devido a
esses fatores, é considerada uma ótima indicação para a ressecção
videolaparoscópica. Objetivo: Demostrar procedimento realizado
em uma paciente jovem portadora de volumoso adenoma hepático
no fígado direito, submetida, em outro serviço, a embolização portal
à direita. Método: a paciente foi posicionada em decúbito dorsal,
em proclive, com os membros inferiores afastados. Quatro portais
foram utilizados. Procedeu-se uma hepatectomia direita totalmente
videolaparoscópica. Resultados: O tempo cirúrgico foi de 495
minutos, com sangramento estimado de 200 ml. O período pósoperatório transcorreu sem intercorrências e a paciente recebeu alta
hospitalar no 4o dia após a cirurgia. Conclusão: A hepatectomia
direita totalmente videolaparoscópica é um procedimento complexo,
porém, pode ser realizada de modo seguro em centros com
experiência em cirurgia hepática videolaparoscópica. As neoplasias
benignas, como os adenomas, são uma excelente indicação para
este método.
HEPATECTOMIA ESQUERDA HÍBRIDA:
UM MÉTODO ACESSÍVEL DE
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Vagner Birk Jeismann / FMUSP; Raphael Leonardo
Cunha de Araújo / FMUSP; Jaime Arthur Pirola Kruger /
FMUSP; Fabrício Ferreira Coelho / FMUSP; Gilton Marques
Fonseca / FMUSP; Fabio Ferrari Makdissi / FMUSP; Paulo
Herman / FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP.
Resumo
RESSECÇÃO HEPÁTICA DE
HEPATOCARCINOMA GIGANTE
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Mateus Diesel Miranda / UFSM; Glauco da Costa
Alvarez / UFSM; Everton Neubauer Faria / UFSM.
Resumo
Este vídeo tem como objetivo demonstrar as bases técnicas e
Introdução: As ressecções hepáticas maiores foram os últimos
procedimentos do aparelho digestivo a serem realizados através
da abordagem videolaparoscópica. Grandes limitações para sua
anatômicas da ressecção de tumor gigante, de 2,6kg, presente no
lobo hepático direito, com o auxílio do dispositivo de ressecção por
radiofrequência Habib 4x.
implementação foram o alto nível de proeficiência técnica exigido, além da necessidade de incorporação de tecnologias muitas
vezes caras e pouco disponíveis. As resseções hepáticas híbridas
facilitam a superação destes obstáculos uma vez que a liberação
hepática com ou sem a dissecção dos pedículos vasculares é realizada de maneira totalmente videolaparoscópica, seguido da realização de incisão auxiliar programada e término do procedimento
através da técnica convencional. Objetivo: Relatar o caso de uma
paciente portadora de volumosa lesão cística hepática situada à
esquerda, próxima a veia hepática média, submetida a hepatectomia esquerda atraves da técnica hibrida. Método: O procedi-
RESSECÇÃO REGRADA
VIDEOLAPAROSCÓPICA DE
SEGMENTO 3 HEPÁTICO EM
PACIENTE COM ASCITE E PERITONITE
ENCAPSULANTE
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Gilton Marques Fonseca / FMUSP; Raphael Leonardo
Cunha de Araújo / FMUSP; Vagner Birk Jeismann / FMUSP;
Jaime Arthur Pirola Kruger / FMUSP; Fabrício Ferreira Coelho
/ FMUSP; Fabio Ferrari Makdissi / FMUSP; Paulo Herman /
FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP.
mento é iniciado através da técnica totalmente videolaparoscópica,
com o paciente em posição de decúbito dorsal em proclive com os
Resumo
membros inferiores afastados. Quatro portais são utilizados para
mobilização hepática, dissecção e reparo da veia hepática esquer-
Introdução: O carcinoma hepatocelular (CHC) é uma complica-
da, dissecção e secção da artéria e veia porta hepática esquerda.
ção grave da cirrose hepática. O algoritmo de tratamento destes pa-
Uma pequena laparotomia mediana supraumbilical é então reali-
cientes é complexo e possibilidades terapêuticas curativas incluem
zada para transecção do parênquima hepático, tratamento intra-
ressecção hepática, transplante de fígado e técnicas ablativas como
-hepático do ducto hepático esquerdo e secção da veia hepática
a radiofrequência. A seleção dos pacientes para o tratamento mais
esquerda. Resultados: Este método permite associar o benefi-
adequado depende fundamentalmente do numero e tamanho das
cio do acesso adequado ao fígado prescindindo-se de grandes
lesões e da função hepática, bem como a presença de hipertensão
incisões e à segurança da transecção hepática sobre manipulação
portal. A presença de ascite comumente representa estagio avan-
direta. A curva de aprendizado é menor e tecnologias como fon-
çado de hepatopatia e frequentemente contraindica ressecções
tes de energia, grampeadores laparoscópicos e transdutores de
hepáticas nesse grupo de pacientes. Objetivo: relatar o tratamen-
ultrassom laparoscópico podem ser dispensados, reduzindo muito
to cirúrgico de paciente masculino, 59 anos, portador de cirrose de
o custo do procedimento. Conclusão: As ressecções hepáticas
etiologia alcoólica, com perfil laboratorial hepático preservado, porém
híbridas são seguras e podem ser realizadas por cirurgiões no ini-
com história de ascite em tratamento há vários anos, que apresentou
cio de sua experiência em cirurgia hepática minimamente invasiva
nódulo com características de CHC com cerca de 3 cm em segmento
e em centros em que tecnologias indispensáveis para realização
3. Método: Foi realizada investigação da ascite através da paracen-
da técnica totalmente videolaparoscópica não estão disponiveis.
tese, que não foi compatível com o diagnóstico de hipertensão portal.
Lesões em posições anatômicas desfavoráveis são uma ótima indi-
O estadiamento não evidenciou doença extra-hepática. Foi optado
cação para o método.
pela ressecção hepática que foi realizada através de videolaparosco-
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
63
A nais
64
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
pia. O paciente foi posicionado em decúbito dorsal com os membros
com índices de lesões uterinas muito baixos, sendo a maioria
inferiores afastados. Três portais foram utilizados. Ao inventário da
delas tratada de maneira conservadora. A lesão intestinal
cavidade, evidenciou-se processo encapsulante sobre alças intesti-
ou de órgãos abdominais correspondem a menos de 1%
nais e fígado. Foram realizadas múltiplas biópsias peritoneais. O seg-
das complicações da curetagem uterina. Demonstraremos a
mento 3 foi abordado atraves da transecção da sua suposta zona de
abordagem videolaparoscopica em caso de lesão intracavitária
delimitação até a identificação de seu pedículo, que foi controlado
por curetagem uterina em paciente jovem com abortamento
através de grampeamento. Resultados: O tempo cirúrgico foi de
incompleto resultando em perfuração do fundo uterino com
240 minutos e o sangramento estimado, de 98 ml. O paciente apre-
prolapso de alça ileal e lesão do mesentério. A via laparoscópica
sentou evolução pós-operatória sem intercorrências e recebeu alta
é a preferida, depende da estabilidade do paciente e se os riscos
hospitalar no 5o dia após o procedimento. O relatório da patologia
de morbidade perioperatória forem baixos, porem dependem da
confirmou CHC com margens livres e as amostras de peritônio apre-
experiência do cirurgiao e dependendo do local da lesão pode ser
sentaram apenas achados inflamatórios inespecíficos. Conclusão:
de difícil avaliação. No presente caso, paciente E.E.S.K.B 34anos
O tratamento do CHC permanece complexo, essencialmente mul-
g2p1a0, com 8 semanas de gestação internada por abortamento
tidisciplinar. A avaliação adequada tanto dos aspectos oncológicos
incompleto, levada ao centro cirúrgico para realizar dilatação e
como do ponto de vista de reserva funcional do fígado e das com-
curetagem uterina pela equipe de ginecologia e obstetrícia. Durante
plicações advindas cirrose são essencial para a individualização da
o procedimento, após retirada de moderada quantidade de restos
terapêutica. O achado de ascite deve ser investigado, e casos não
ovulares, o ginecologista percebeu resistência ao realizar a tração
associados à hepatopatia ou à hipertensão podem ser candidatos a
do material curetado. Imediatamente a equipe de cirurgia geral foi
ressecção hepática.
chamada para realizar exploração da cavidade abdominal. Optamos
pela abordagem laparoscópica devido à idade e estabilidade
REPARO INTESTINAL MINIMAMENTE
INVASIVO EM ACIDENTE POR
CURETAGEM UTERINA
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
hemodinâmica da paciente. O inventário da cavidade demostrou
segmento ileal de cerca de 20 cm de comprimento no interior da
cavidade uterina. O conteúdo ileal estrangulado apresentava sinais
de isquemia, sem perfurações ou extravazamento de conteúdo
Autores: Bruno Zilberstein / Gastromed/ Instituto Zilberstein;
Leandro Cardoso Barchi / Gastromed / Instituto Zilberstein;
Maurice Youssef Franciss / Gastromed / Instituto Zilberstein;
Guilherme Tommasi Kappaz / Gastromed / Instituto
Zilberstein; Edison Dias Rodrigues Filho / Gastromed /
Instituto Zilberstein; Renato Ribeiro de Araujo Pereira /
Gastromed / Instituto Zilberstein; Ricardo Naegele Staffa
/ Gastromed / Instituto Zilberstein; Marta Cristina Lima /
Gastromed / Instituto Zilberstein; Juliana Abbud Ferreira /
Gastromed / Instituto Zilberstein; Roger William Fernandes
Moreira / Gastromed / Instituto Zilberstein; Fernando Furlan
Nunes / Gastromed / Instituto Zilberstein; Cely Melo da
Costa Bussons / Gastromed / Instituto Zilberstein; Rodrigo
Sandri Avila / Gastromed / Instituto Zilberstein.
entérico na cavidade. O mesentério da região afetada encontrava-
Resumo
COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA
COM DUAS PUNÇÕES E UTILIZAÇÃO
DE AGULHAS EM FORMATO DE ANZOL
O abortamento é uma das intercorrências mais frequentes da
gestação sendo considerado importante problema de saúde
pública. Para abortamentos com mais de 7 semanas ou abortos
retidos, a dilatação e curetagem uterina é mandatória. É um
procedimento ginecológico muito realizado em nosso meio,
se totalmente destruído. Realizamos redução do conteúdo
intestinal de volta a cavidade e rafia da lesão uterina, ressecção
de 20cm de alça ileal e entero-entero anastomose latero lateral
intracavitária com grampeador laparoscópico. A paciente evoluiu
estável hemodinâmicamente, foi introduzido dieta gradativamente,
recebeu alta no 3º pós-operatório. Em Conclusão, a abordagem
videolaparoscópica, quando bem indicada e com experiência do
cirurgião é o método eficaz e de escolha para exploração abdominal
em lesões causadas por dilatação e curetagem uterina, mesmo
quando há lesões intestinais com necessidade de ressecções.
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Jessé Augusto Castro Nascimento / Instituto
Sorbello; Mauricio Paulin Sorbello / Instituto Sorbello;
Emerson Nogueira Prado / Instituto Sorbello; Albino Augusto
Sorbello / Instituto Sorbello.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Resumo
Introdução: a colecistectomia videolaparoscópica (CVL) é o procedimento cirúrgico padrão ouro no tratamento das colecistopatias
litiásicas. A técnica foi descrita com quatro punções, porém nos últimos anos cresce a tendência a diminuir o tamanho e o número das
punções. Em 2009, Batista e colaboradores publicaram a técnica de
CVL com duas punções e o auxílio de “anzóis de pesca”. Em 2011
apresentamos em congresso nacional a adequação da técnica substituindo os anzóis de pesca pelo emprego de fios de polipropileno
com a modificação da agulha para o formato de anzol. Desde então,
o procedimento de CVL com duas punções e o uso de agulhas em
formato de anzol é feito como rotina pela equipe do Instituto Sorbelllo.
Objetivo: Apresentar um vídeo com a técnica de CVL com duas
punções e o uso de agulhas em formato de anzol e demonstrar o
perfil e os resultados dos pacientes operados pela equipe do Instituto Sorbello. Método e pacientes: Edição de um vídeo com a
demonstração da técnica. Análise retrospectiva, através da revisão de
prontuários de pacientes submetidos a CVL com a técnica de duas
punções e utilização de agulhas em formato de anzol, no período de
janeiro de 2011 a dezembro de 2012. Resultados: Foram incluídos
53 prontuários, com prevalência do sexo feminino (62%), média de
idade de 52 anos. A intercorrência mais frequente foi a perfuração
da vesícula biliar, ocorrendo em 18,9% dos pacientes. Não houve
mudança de tática em nenhum dos pacientes. Discussão: O segmento dos pacientes demonstrou resultados satisfatórios, o índice de
intercorrências se assemelha com a técnica padrão. As vantagens
Marques Fonseca / FMUSP; Raphael Leonardo Cunha de
Araújo / FMUSP; Fabio Ferrari Makdissi / FMUSP; Paulo
Herman / FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP.
Resumo
Introdução: A esplenectomia videolaparoscópica é um procedimento amplamente difundido e seus benefícios são bem conhecidos. A padronização técnica na grande maioria dos serviços
envolve a utilização de grampeadores laparoscópicos para o tratamento dos vasos esplênicos. Objetivo: Demonstrar técnica de
esplenectomia videolaparoscópica realizada sem o uso de grampeadores laparoscópicos. Método: O paciente é posicionado em
semi-decúbito lateral esquerdo. Habitualmente, são utilizados 4
trocartes. Uma pinça de energia como um bisturi harmônico ou um
bipolar de alta potência é utilizada rotineiramente. Após a secção
dos vasos gástricos curtos, o hilo esplênico é abordado preferencialmente pela via anterior. Os vasos do hilo são então dissecados,
clipados e seccionados individualmente próximo ao parênquima
esplênico sem o uso de grampeadores. Resultados: Apesar do
tempo cirúrgico mais prolongado, não houve nenhum caso com
necessidade de conversão devido a sangramento. Conclusão:
Em casos selecionados, a esplenectomia videolaparoscópica sem
o uso de grampeadores, apesar do tempo cirúrgico mais prolongado, pode ser realizada de maneira segura. Além disso, mostrou-se
ótimo método de treinamento em videolaparoscopia para cirurgiões em formação.
da técnica encontra-se na redução do trauma na parede abdominal,
menor dor pós-operatória e melhores resultados estéticos. A apresentação cirúrgica não é prejudicada, pois as agulhas em formato
de anzóis podem ser reposicionadas de acordo com a necessidade.
Conclusão: Os autores concluem que a CVL com duas punções
utilizando para apresentação fios com agulhas em formato de anzol
se mostrou eficaz, factível e segura quando realizada por cirurgiões
experientes em videocirurgia.
ESPLENECTOMIA
VIDEOLAPAROSCÓPICA SEM
O USO DE GRAMPEADORES:
TREINAMENTO DE RESIDENTES EM
VIDEOLAPAROSCOPIA AVANÇADA
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Vagner Birk Jeismann / FMUSP; Jaime Arthur Pirola
Kruger / FMUSP; Fabrício Ferreira Coelho / FMUSP; Gilton
GOSSIBIPOMA TRATADO POR
VIDEOLAPAROSCOPIA
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: João Bosco Chadu Junior / UFU / Hospital Madrecor;
Diego Lucas Galdino Lopes / Hospital Madrecor; Jefferson
Alvim de Oliveira / UFU/Hospital Madrecor; Luzmar de Paula
Faria / UFU; Andre Silva Alfredo / Hospital Madrecor; Ismara
Lourdes Silva Januário Chadu / UFU.
Resumo
Paciente vcc, sexo feminino, 50 anos , refere que realizou ultrassonografia abdominal por desconforto em hipocôndrio direito há três
meses. Não apresentava outras queixas. Nos antecedentes pessoais
refere colecistectomia aberta há 9 anos e nefrectomia aberta há 10
anos. Relata três partos normais. Nega comorbidades. Imc de 35.
Exame físico normal. Nega febre. A tomografia de abdome revelou
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
65
A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
coleção subdiafragmática direita medindo 15x11x10,5 cm e em
ficios com protese especifica que permite o contato com alças
íntimo contato com o fígado e parede abdominal. Colonoscopia e
intestinais (tela), e sua fixação bem além dos limites dos defeitos
eda sem alterações. Marcadores tumorais e sorologias normais.
aponeuróticos, reduzindo a tensão do reparo e assim as taxas
Exames laboratoriais de rotina normais. Realizada videolaparoscopia
de recidiva. Os custos aparentemente elevados desta tecnica,
com punção umbilical através de agulha de veress e pressão
como protese especial que não adere a visceras abdominais,
intraabdominal de 14 mmhg.utilizados três portais, sendo um de 10
aparato videocirúrgico, e métodos de fixação (grampeadores,
mm umbilical, outro de 10 mm no flanco direito e um de 5 mm no flanco
colas), são completamente viáveis economicamente visto que
esquerdo. Observada coleção perihepática com pseudocápsula que
há redução das complicações agudas e tardias, permanencia
estava em íntimo contato com o fígado e parede abdominal. Relizada
hospitalar, retorno precoce as atividades e principalmente re-
liberação de aderências e posterior punção videolaparoscópica com
dução nas taxas de recidiva. portanto o reparo laparoscópico
saída de secreção amarelada semelhante a pus. Realizada abertura
das hernias incisonais, mesmo complexas, é alternativa segura,
do pseudocisto com ressecção de parte da pseudo cápsula e
viável e eficaz do ponto de vista economico e principalmente
aspiração de grande quantidade de secreção amarelada . Obsevado
clínico , quando comparado ao reparo aberto .
material têxtil no interior do cisto, e que se tratava de uma compressa
cirúrgica, sendo retirada com pequena ampliação de um dos três
portais. Realizada limpeza com grande quantidade de soro fisiológico.
Gram e cultura com ausência de bactérias. A paciente recebeu alta
66
no 1o dia de pós-operatório sem intercorrências. No 15o dia de pósoperatório retornou ao ambulatório sem queixas .
HERNIORRAFIA INCISIONAL
COMPLEXA POR VIA LAPAROSCÓPICA
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Bruno Zilberstein / Gastromed / Instituto Zilberstein;
Leandro Cardoso Barchi / Gastromed / Instituto Zilberstein;
Maurice Youssef Franciss / Gastromed / Instituto Zilberstein;
Guilherme Tommasi Kappaz / Gastromed / Instituto
Zilberstein; Marta Cristina Lima / Gastromed / Instituto
Zilberstein; Roger William Fernandes Moreira / Gastromed
/ Instituto Zilberstein; Renato Ribeiro de Araujo Pereira /
Gastromed / Instituto Zilberstein; Ricardo Naegele Staffa /
Gastromed / Instituto Zilberstein.
RESSECÇÃO LAPAROSCÓPICA DE
LEIOMIOSSARCOMA DE MESENTÉRIO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Bruno Zilberstein / Gastromed / Instituto
Zilberstein; Guilherme Tommasi Kappaz / Gastromed /
Instituto Zilberstein; Maurice Youssef Franciss / Gastromed
/ Instituto Zilberstein; Leandro Cardoso Barchi / Gastromed
/ Instituto Zilberstein; Ricardo Naegele Staffa / Gastromed
/ Instituto Zilberstein; Renato Ribeiro de Araujo Pereira /
Gastromed / Instituto Zilberstein; Edison Dias Rodrigues
Filho / Gastromed / Instituto Zilberstein; Marta Cristina Lima
/ Gastromed / Instituto Zilberstein.
Resumo
Resumo: O video demostra procedimento cirurgico de paciente
com tumor assintomático de aproximadamente 15cm de diametro
localizado em retroperitoneo que foi submetida a ressecção por
laparoscopia. Objetivo: Detalhar passos técnicos de Laparoscopia
Resumo
exploradora diagnósitca para paciente com tumor de retroperitoeo
incidental. Relato de caso: Paciente 74 anos referindo crescimento
A hernia incisional é complicação tardia frequente de laparo-
de massa abdominal há 2 anos. Ao exame físico notava-se
tomias, com incidencia variável de 3 a 13%. O reparo cirurgico
volumosa massa móvel em quadrante inferior equerdo. Identificada
convencional vem dando espaço ao reparo laparoscópico, de-
tomograficamente como tumor solido com 15 cm de diâmento no
vido a redução das complicações, menor dor pós operatória,
seu maior eixo. Paciente submetida a procedimento cirúrgico onde foi
redução do tempo de internação hospitalar, retorno precoce as
realizada ressecção incruenta da massa tumoral preservando-se os
atividades, alem do melhor resultado estético. Neste caso abor-
vasos cólicos. Conclusão: A laparoscopia é um excelente metodo
damos paciente com defeito fascial complexo, com múltiplas
para diagnósitco e tratamento de massas tumorais abdominais,
falhas aponeuróticas devido a multiplas laparotomias prévias. A
mesmo quando localizadas em retroperitôneo com acesso dificil,
abordagem laparoscópica permitiu o reparo dos multiplos de-
uma vez que a dissecção torna-se mais segura devido a visibilidade e
feitos no mesmo procedimento, com ampla cobertura dos ori-
melhor identificação das estruras. Paciente teve menor necessidade
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
analgesica, aceitando dieta no primeiro pos-operatorio e recebendo
alta médica no quarto pós-operatório.
TRATAMENTO DAS HÉRNIAS
INGUINAIS POR VIDEOCIRURGIA
PELA TÉCNICA TAPP
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Jesse Augusto Castro Nascimento / Instituto
Sorbello; Mauricio Paulin Sorbello / Instituto Sorbello;
Emerson Nogueira Prado / Institto Sorbello; Albino Augusto
Sorbello / Instituto Sorbello.
Resumo
Introdução: A hernioplastia inguinal por videocirurgia, primeiro
descrita por Corbitt em 1991, tem tido baixos índices de recidiva
e poucas complicações quando associada ao treinamento e aperfeiçoamento técnico do cirurgião. Esta tem sido a nossa preferência, incluindo os casos de hérnias ínguino-escrotais, desde que foi
estabelecida a padronização técnica da via trans-abdominal com
colocação de tela pré-peritoneal (TAPP). Objetivo: Apresentar um
vídeo com a padronização da técnica de hernioplastia inguinal por
via trans-abdominal com colocação de tela pré-peritoneal (TAPP) e
a experiência do Instituto Sorbello no tratamento das hérnias inguinais por videocirurgia em um período de 20 ano, destacando-se o
índice de recidiva, acidentes intraoperatórios, complicações e tempo de retorno as atividades profissionais. Pacientes e Métodos:
Foram revisados 377 casos, com um total de 542 procedimentos,
operados entre os anos de 1991 e 2011. A técnica mais utilizada
foi a TAPP, realizada em 505 procedimentos. A TEP foi executada
em 37 procedimentos. O período de segmento variou de dois a
192 meses. Resultados: Houve recidiva em dois casos (0,53%),
correspondentes ao terceiro e quinto pacientes desta casuística. Os
acidentes intraoperatórios foram: lesão de bexiga, ocorrida em três
casos (0,79%) e sangramento durante a dissecção, em três casos
(0,79%). As complicações pós-operatórias mais frequentes foram:
equimose ínguino-escrotal em 18 casos (4,7%) e seroma em 16 casos (4,2%). A média de retorno às atividades profissionais foi de 4,3
dias. Conclusão: A correção de hérnia inguinal por videocirurgia
via trans-abdominal com colocação de tela pré-peritoneal (TAPP) é
um procedimento seguro, factível de ser realizado conforme exemplificado no vídeo apresentado. O índice de recidiva da casuística analisada mostrou-se semelhante aos das grandes séries publicadas na
literatura, com baixa ocorrência de complicações e retorno precoce
as atividades profissionais.
ABORDAGEM LAPAROSCÓPICA EM
PÓS-OPERATÓRIO PRECOCE DE
COMPLICAÇÃO APÓS BYPASS EM Y
DE ROUX
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Daniel Riccioppo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica. HC-FMUSP.; Henrique Dametto Giroud Joaquim
/ Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.;
Paulo Engler / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
HC-FMUSP.; Amir Zeide Charruf / Unidade de Cirurgia
Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Eduardo Townsend /
Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP;
Marco Aurelio Santo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica. HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: Complicações pós-operatórias após bypass gástrico
em Y de Roux (BPG) requerem na maioria das vezes reabordagem
cirúrgica, o que agrega aos efeitos da própria complicação
a morbidade intrínseca deste muitas vezes iremediável novo
procedimento invasivo. A cirurgia convencional, via de acesso da
maior parte dos procedimentos bariátricos realizados no SUS, via
de regra precede relaparotomia para controle de complicações,
com os riscos associados do maior trauma cirúrgico, maior
contaminação e infecção de ferida cirúrgica, riscos pulmonares, e
por vezes necessidade de peritoneostomia em casos dramáticos,
por dificuldade de fechamento por hipertensão intra-abdominal.
Objetivo: Apresentamos vídeo de caso de reabordagem
laparoscópica de fístula em paciente super-obesa em PO4 de BPG
convencional. Método: Paciente de 31 anos e IMC 52, apresentou
vômitos precoces pós-operatórios, no PO1, associados ao uso de
tramadol na UTI. Recebeu alta para enfermaria na mesma data
e após controle sintomático iniciou dieta com boa aceitação. No
PO2 apresentou dor no ombro E. No PO3 apresentou mudança do
aspecto do dreno, e queda discreta do estado geral, mantendo-se
estável. Feito teste com azul de metileno oral sem vazamentos.
Encaminhada à UTI e iniciados antibioticoterapia EV. A CT
revelou 2 coleções peri-gástricas, sem vazamento de contraste.
No PO4 houve discreto vazamento de azul de metileno pelo
dreno, com baixo débito. Optada por reabordagem laparoscópica,
para denagem das coleções e avaliação local. Realizado
pneumoperitôneo por trocarte inserido no orifício do dreno após
exploração digital. comtotal de 4 portais, realizou-se drenagem de
2 abscessos bloqueados e identificada fístula da GJ anastomose.
Após limpeza da cavidade foi feita gastrostomia, e drenagem das
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
67
A nais
áreas das coleções com drenos tubulo-laminares. Resultados:
A paciente recebeu alta da UTI no PO3, com realimentação
via-enteral no PO4, e oral no PO14. A CT mostrou nesta data
resolução do quadro. Conclusões: Até onde sabemos este é
o primeiro relato em nosso meio de reabordagem laparoscópica
precoce após laparotomia. O procedimento mostrou-se factível,
e possivelmente contribuiu positivamente para a precoce
recuperação da paciente.
CORREÇÃO LAPAROSCÓPICA
DE HÉRNIA INTERNA E RAFIA
DO ESPAÇO DE PETERSEN EM
ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO
PÓS-GASTROPLASTIA COM BYPASS
GASTROENTERAL
Temário: Cirurgia / Obesidade
68
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
GASTRECTOMIA VERTICAL
LAPAROSCÓPICA APÓS
TRANSPLANTE HEPÁTICO
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Denis Pajecki / Unidade de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica. HC-FMUSP.; Henrique Danetto Giroud Joaquim
/ Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.;
Allan Garms Morsln / Unidade de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica. HC-FMUSP.; Danielle Menezes Cesconetto /
Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP;
Rodrigo Luiz Macacari / Unidade de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica. HC-FMUSP; Daniel Riccioppo / Unidade de
Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Marco Aurelio
Santo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HCFMUSP.
Resumo
Autores: Severino Oscar Barreto Coutinho Neto / Clínica
são Gabriel; Bruno Antônio Bezerra Barreto / Clínica são
Gabriel; Marco Aurélio de Freitas Cabral / Clínica são
Gabriel; Guilherme Martins Delduque de Macedo / Clínica
são Gabriel.
Introdução: Poucos dados são encontrados na literatura para os
Resumo
trectomia vertical 15 meses após transplante hepático. Método:
Todo paciente submetido à bypass gastroenteral encontra-se
em risco de desenvolver uma hérnia interna, pelo espaço de
Petersen, podendo levar ao quadro de abdome agudo obstrutivo. Quando dizemos espaço de Petersen, nos referimos à
falha encontrada entre o mesentério da alça alimentar e o cólon
transverso e seu mesocólon e que pode abrigar uma hérnia
interna. Esta hérnia pode causar desde a obstrução do trânsito intestinal até a torção de vasos mesentéricos e isquemia/
necrose das alças intestinais envolvidas. Esta hipótese diagnóstica deve ser investigada em todo paciente com histórico
de gastroplastia com bypass gastroenteral que evolui com
quadro de obstrução intestinal. Neste vídeo, apresentamos o
caso de um paciente que foi submetido a uma gastroplastia
com bypass gastroenteral e, um ano depois, iniciou quadro de
abdome agudo obstrutivo sendo diagnosticada hérnia interna
pelo espaço de Petersen. Este caso mostra como o caso se
apresenta e uma síntese das manobras cirúrgicas executadas
para a correção do mesmo. Podemos concluir que a hérnia de
Petersen é uma complicação cirúrgica de fácil resolução, mesmo por métodos minimamente invasivos, quando diagnosticada precocemente e em paciente de bom status performance.
transplante hepático com ênfase a lise de aderências entre o fíga-
resultados de cirurgia bariátrica após transplante ortotópico de fígado. A obesidade severa associa morbidade ao controle de reações
do receptor ao enxerto, à imunossupressão, e aos riscos em relação
aos efeitos colaterias da mesma. Objetivo: Relato de caso de gasApresentamos vídeo de gastrectomia vertical laparoscópica após
do transplantado e a pequena curvatura gástrica a fim de se obter
segurança para o grampeamento, com adequada calibração e dimensionamento da bolsa gástrica. Paciente de 33 anos, sobrepeso
desde a infância, com ganho de peso significativo durante a adolescência. IMC na cirurgia 39. Peso máximo: 121 (IMC 43). Submetida
a transplante hepático em dezembro de 2012 por hepatite autoimune e hepatite C. Permaneceu com peso estável após Introdução de
corticoide e outros imunosupressores. Após 8 meses de seguimento, evoluiu com estenose da anastomose biliar, sendo submetida a
drenagem endoscópica de via bliliar. Apresentou falência de prótese biliar, sendo submetida a drenagem transparieto-hepática. Após
3 meses foi submetida a passagem de prótese biliar pela técnica
de Rendezvous, com sucesso, com objetivo final de derivação biliodigestiva cirúrgica no futuro. Resultados: Paciente submetida à
gastrectomia vertical, duração do procedimento 120 minutos, com
boa aceitação de dieta oral no segundo pós-operatório. Alta hospitalar 4 dias após procedimento, com perda de peso de 11kg em
15 dias. Sem complicações precoces. Conclusões: Gastrectomia
vertical é tecnicamente factível após transplante hepático, e resultou
em perda de peso sem efeitos colaterais ao enxerto e à imunosu-
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
pressão. Prováveis benefícios são esperados através da redução de
morbidade pelo controle do peso, tanto os relacionados ao controle
do fígado transplantado pela imunossupressão, como da futura resolução cirúrgica da estenose biliar.
ressecados, com confecção de novo pouch e nova anastomose.
Procedimento com duração de 210 minutos, realimentada em
1 dia, com boa aceitação de dieta. Alta hospitalar em 4 dias após
cirurgia. Sem complicação pós operatória. Conclusão: Tratamento
endoscópico teve falha no presente caso. O estreitamento funcional
TRATAMENTO LAPAROSCÓPICO
DE DESLIZAMENTO DE ANEL APÓS
CIRURGIA DE FOBI-CAPELLA
CONVENCIONAL: RECONFECÇÃO DE
BOLSA GÁSTRICA
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Flavio Masato Kawamoto / Unidade de Cirurgia
Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Henrique Dametto
Giroud Joaquim / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
HC-FMUSP; Mitsunori Matsuda / Unidade de Cirurgia
Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Danielle Menezes
Cesconetto / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
HC-FMUSP.; Rodrigo Luiz Macacari / Unidade de Cirurgia
Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Daniel Riccioppo /
Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP;
Marco Aurelio Santo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e
Metabólica. HC-FMUSP.
da anastomose levou a dilatação da bolsa gástrica, que é um fator de
risco para o reganho de peso após retirada do anel, o que favorece
a reconfecção da bolsa.
CISTOJEJUNOSTOMIA EM Y DE
ROUX VIDEOLAPAROSCÓPICA PARA
TRATAMENTO DE PSEUDOCISTO
PANCREÁTICO EM PACIENTE COM
BYPASS GÁSTRICO PRÉVIO
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Eduardo Townsend / HCFMUSP; Telesforo Bachella
/ HCFMUSP; Ricardo Jureidini / HCFMUSP; Vitor Peloso /
HCFMUSP; Henrique Dametto Giroud Joaquim / HCFMSUP.
Resumo
Resumo
Paciente de 38 anos com histórico de tratamento cirúrgico
Introdução: A Gastroplastia com Derivação em Y de Roux
(GDYR) com anel era realizada para promover perda de peso.
Alguns pacientes evoluíram com complicações relacionadas ao
anel: náuseas, vômitos, regurgitação e até desnutrição, podendo ser
necessária reabordagem cirúrgica. A estenose funcional secundária
ao deslizamento do anel produz dilatação do pouch gástrico, levando
ao reganho de peso após retirada do anel. Objetivo: Relatar a
avaliação, diagnóstico e tratamento laparoscópico de obstrução
proximal após deslizamento de anel em paciente com 7 anos pós
GDYR. Métodos: Apresentamos vídeo de tratamento laparoscópico
para deslizamento com estenose de gastro jejuno anastomose
associado a dilatação do pouch gástrico. Um novo pouch gástrico foi
confeccionado para evitar reganho pós-operatório. Paciente de 48
anos, sobrepeso desde a infância, peso máximo de 119kg (IMC 44).
Submetida à GDYR com anel em 2007. Peso estável até 2012. Após
5 anos de cirurgia, iniciou com sintomas de obstrução alta e perda
de peso progressiva (55kg - IMC 20,7). Radiografia contrastada alta
mostrou deslizamento do anel e a volumetria medida por tomografia
tinha uma bolsa gástrica de 110ml. Foi submetida a diversas
dilatações endoscópicas sem melhora dos sintomas. Resultado:
Gastrojejunostomia da cirurgia prévia, anel e pouch foram
Scopinaro. Apresentou quadro de pancreatite aguda biliar em Março
videolaparosópico para obesidade em 2010 pela técnica de
de 2014, sendo tratado e submetido à Colecistectomia Aberta neste
mesmo mês. Evoluiu com quadro de dor abdominal pós-prandial e
perda de peso, após a última cirurgia, realizado então o diagnóstico
de pseudocisto pancreático. Este vídeo demonstra o tratamento
videolaparoscópico do caso pela técnica da Cistojejunostomia dupla
em Y de Roux.
GASTRO DUODENO
PANCREATECTOMIA
VIDEOLAPAROSCÓPICA
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Augusto Claudio Tinoco, Stephany Roman Farfan,
Renam Tinoco, Tarciannna Ribeiro / Hospital são José do
Avaí.
Resumo
O adenocarcinoma ductal do pâncreas representa cerca de 2% dos
tumores malignos e é causa de cerca de 4% das mortes no Brasil.
Apresenta pico na sexta e sétima década de vida. são fatores de
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
69
A nais
risco: tabagismo, dieta rica em lípides, pancreatite crônica, cor negra,
diabetes mellitus. Em 60% dos casos esta localizado na cabeça, 15%
no corpo, 5% na cauda e 20% são encontrados difusamente no pâncreas. A sobrevida em 5 anos é de menos de 5%. Como em todos
os casos de câncer, o emagrecimento é frequente e importante. O
crescimento do tumor pode levar a um quadro de icterícia e algumas
vezes apresentar o sinal de Courvoisier. A dor, quando ocorre, é resultante da infiltração de nervos no tecido retroperitoneal. Linfonodos
peripancreáticos, mesentéricos, omentais e porto-hepáticos são frequentemente comprometidos. Metástases à distância podem ocorrer
principalmente em pulmões e ossos. Como exames complementares
podemos citar os marcadores tumorais (CA 19-9), exames de imagem como ultrassom, tomografia, colangiopancreatografia endoscópica retrógrada, colangiorressonância magnética e o PET. O único
tratamento com objetivo de cura é a cirurgia, com a retirada de todo o
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
tumor e dos órgãos vizinhos (parte do estômago, duodeno e vesícula
biliar). Este procedimento cirúrgico é chamado de procedimento de
Whipple e é realizado somente em pacientes capazes de suportar
uma cirurgia de grande porte e que possuem câncer localizado e
que não possuem metástases. Apresento paciente, sexo masculino,
65 anos, com quadro de ictericia e emagrecimento ha 5 meses, sem
outros sintomas associados. Realizada tomografia de abdome, apresentando nodulo solido sugestivo de tumor de cabeca de pancreas.
Paciente foi submetido a cirugia de Whipple por via laparoscopica
com linfadenectomia em oncologia sem intercorrencias. No anatomopatologico foi evidenciado Adenocarcinoma Ductal de Pancreas
com invasao até a tunica muscular duodenal. Nao houve Linfonodos
comprometidos. Atualmente o paciente se encontra no sexto mes de
pos operatorio com boa evolucao clínica.
70
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Anais da XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo
Proceedings of XIII Brazilian Week of Digestive - CBCD POSTER
NEOVESÍCULA COM CÁLCULO
BILIAR RECORRENTE EM SÍNDROME
PÓS-COLECISTECTOMIA:
RELATO DE CASOT
um diagnóstico preciso a fim de evitar cirurgia desnecessária já
que as alterações fisiológicas causadas pela colecistectomia não
transcorrem sem consequências.
Autores: Anna Carolina Castro Neto Silva / HRMS; Fábio
Paes Colagrossi Barbosa / FCMSCSP; Thiago Alonso
Domingos / USP; Thiago Franchi Nunes / UNIFESP; Caio
Fernando Cavanus Scheeren / HRMS; Tânia Mara Ferreira
Gonçalves Derossi / HRMS; Andrezza Louise Delmondes
Ribeiro / HRMS.
SÍNDROME DE MIRIZZI EM GESTANTE:
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia
Resumo
Introdução: A colecistectomia se estabeleceu como o tratamento
padrão ouro da calculose do trato biliar e está entre as cirurgias eletivas
mais realizadas diariamente. Entretanto, após a colecistectomia
cerca de 10% a 50% dos pacientes persistem com sintomas ou
mesmo desenvolvem um novo quadro. A isso podemos atribuir
o conceito da Síndrome Pós Colecistectomia, sendo os cálculos
remanescentes a principal causa de origem biliar. Objetivo: Relatar
Temário: Cirurgia
Autores: Diego Ferreira de Andrade Garcia / Universidade
de Santo Amaro; Fernando Furlan Nunes / Universidade de
Santo Amaro; Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro Junior
/ Universidade de Santo Amaro; Adriano Pereira Sampaio
/ Universidade de Santo Amaro; Julia Carvalho Seabra /
Universidade de Santo Amaro; Tamima Mohamed Abou Arabi
/ Universidade de Santo Amaro; Javan Alvaro Matera Turrini
/ Universidade de Santo Amaro; Stefanie Bergamim Saviano
Moran / Universidade de Santo Amaro; Fernando Furlan
Nunes / Universidade de Santo Amaro; Adriano Pereira
Sampaio / Universidade de Santo Amaro; Stefanie Bergamim
Saviano Moran / Universidade de Santo Amaro.
Resumo
um caso de neovesícula em paciente colecistectomizada há 18 anos.
Metodologia: Revisão de prontuário e pesquisa bibliográfica nas
bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO. Resultados: A
Síndrome Pós-Colecistectomia consiste em um grupo heterogêneo
de desordens que afetam alguns pacientes e levam a persistência
dos sintomas após a cirurgia. Dentre as etiologias destacam-se:
cálculos residuais (1%) e os distúrbios funcionais (26%). Apesar da
causa funcional ser a mais expressiva, os cálculos remanescentes
compõe a principal causa de origem biliar. A formação de neovesícula
pode ocorrer quando o ducto cístico permanece muito longo após
a colecistectomia levando a formação de cálculos em seu interior.
Além disso, a ausência da vesícula biliar como reservatório de bile é
compensada pela dilatação da árvore biliar que, a longo prazo, traz
diversas alterações fisiológicas: estase biliar e possível infecção. O que
justificaria a formação de cálculos muitos anos após a colecistectomia
com colangiografia intra-operatória normal. Conclusão: Em vista da
alta incidência de calculose das vias biliares na população, os bons
resultados e baixa morbi-mortalidade, a colecistectomia tornou-se
uma cirurgia de rotina nos grandes hospitais. Entretanto, é necessário
Introdução: A síndrome de Mirizzi(SM) é a compressão extrínseca
do ducto biliar(DB) por um cálculo(CA) impactado no infundíbulo da
vesícula biliar(VB) ou no ducto cístico, levando a icterícia obstrutiva.
É uma complicação não-usual da doença litíasica da VB e ocorrer
em cerca de 1% dos pacientes com colelitíase(CL). Objetivos:
Relatar o caso de uma paciente(PC) gestante com SM no Hospital
Geral do Grajaú. Relato de Caso: MMPS, 22 anos, sexo feminino,
gestante de 18 semanas, com queixa de dor em hipocôndrio
direito(HD) há 1 dia, associada a vômitos com quadro semelhante
há 15 dias. Referiu diagnóstico(DG) prévio de CL. Apresentava dor
em palpação de HD e sinal de Murphy positivo. Exames laboratoriais
com fosfatase alcalina de 237U/L, gama glutamil transferase 72
U/L e proteína C reativa 227,2 mg/L.A, ultrassonografia (USG) de
abdome com dilatação das vias biliares intra e extra-hepáticas; ducto
hepatocolédoco com calibre aumentado e CA de 14 mm no seu
interior; VB distendida(diâmetro transverso de 11 cm)com paredes
espessadas (12 mm), contendo vários cálculos(o maior deles com
12 mm) e conteúdo espesso amorfo em seu interior. USG obstétrico
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
71
A nais
72
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
mostrando gestação tópica de 20 semanas. Laparotomia exploradora
tes, hipertensão portal, trauma e outros. Pelo quadro insidioso e
com incisão de Kocher mostrou intenso bloqueio do mesotransverso
inespecífico, o diagnóstico se torna difícil. Quando se manifesta
e do transverso em leito vesicular e importante processo inflamatório
através de oclusão intestinal, raro, ocorre geralmente em intestino
da VB com empiema, aspirou-se 1 litro de conteúdo purulento.
delgado, frequentemente em jejuno. Objetivo: Relatar um caso de
VB com cálculos e sua parede medindo 2,5 cm. Foi diagnosticado
trombose mesentérica superior no Hospital Geral do Grajaú. Rela-
SM grau IV. Realizado colecistectomia. Papila duodenal com CA
to de Caso: Paciente, LHX, 37 anos, sexo feminino, com queixa
impactado, foi realizado papilotomia, duodenotomia e derivação
de dor abdominal há 10 dias, associada a diarreia e vômitos pós ali-
biliodigestiva com hepático-jejuno anastomose término-lateral com Y
mentares há 2 dias. Nega tabagismo, etilismo e comorbidades, ale-
de Roux de cerca de 50 cm do ângulo de Treitz. No Pós-Operatório,
ga uso de ACO há 2 meses. Apresentava-se descorada (1+/4+),
permaneceu na unidade de tratamento intensivo, com sonda
abdome flácido, doloroso em FIE e mesogástro esquerdo, sinal de
naso-enteral, dreno tubolaminar e antibioticoterapia.O feto não
Blumberg negativo e ruído hidroaério presente. TC de abdome total
apresentou intercorrências. Discussão: Csendes et al. sugeriram
evidenciou opacificação subótima da veia porta e seus ramos prin-
uma classificação baseada no tamanho da fístula (FI). Lesões do
cipais, durante a fase portal, não se podendo afastar por completo
tipo I seriam aquelas devido à compressão externa da via biliar
trombose venosa destes seguimentos; e espessamento parietal de
principal; tipo II, onde a FI colecistobiliar erodiu menos do que 1/3 da
alças jejunais com borramento da gordura adjacente na região epi/
circunferência do DB; tipo III, onde a FI envolveu mais do que 2/3 da
mesogástrica, podendo estar relacionado a enterite. Apresentava
circunferência do DB e tipo IV quando existisse destruição completa
PCR elevada e leucocitose. Em laparotomia exploradora havia gran-
do DB. Conclusão: DG pré-operatório é raro no PC com SM, mas
de quantidade de líquido hemorrágico na cavidade, necrose de al-
deve ser suspeitado na CL crônica e prontamente identificada no
ças de jejuno, com cerca de 50 cm de extensão, iniciando-se a 20
intraoperatório. DG precoce da CL pode prevenir a SM, evitando
cm do ângulo de treitz. Identificando espessamento de mesodel-
cirurgias extensas e com maior morbimortalidade.
gado com inúmeras telangectasias. Foi optado pela enterectomia
segmentar com abertura do mesodelgado e ligadura dos vasos je-
TROMBOSE DE VEIA MESENTÉRICA
SUPERIOR COM TRATAMENTO
Cirúrgico - RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia
Autores: Diego Ferreira de Andrade Garcia / Universidade
de Santo Amaro; Fernando Furlan Nunes / Universidade de
Santo Amaro; Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro Junior /
Universidade de Santo Amaro; Luiz Vagner Sipriani Junior
/ Universidade de Santo Amaro; Julia Carvalho Seabra /
Universidade de Santo Amaro; Tamima Mohamed Abou
Arabi / Universidade de Santo Amaro; Bianca Dermendjian
/ Universidade de Santo Amaro; Stefanie Bergamim Saviano
Moran / Universidade de Santo Amaro; Ligia de Oliviera
Ribeiro / Universidade de Santo Amaro; Eder Magro Pereira
/ Universidade de Santo Amaro.
Resumo
Introdução: A trombose venosa mesentérica (TVM) é rara, representando 10 a 15% das isquemias mesentéricas, sendo 95%
junais. Anatomopatológico do jejuno identificou necrose segmentar
de intestino delgado, de provável natureza isquêmica. Foi introduzido clexane, paciente evolui estável hemodinamicamente, aceitando a dieta e transito intestinal sem alterações. Conclusão: Este
caso ressalta a importância da rápida intervenção cirúrgica quando
houver indícios de infarto mesentérico por sua alta morbidade e
mortalidade.
ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO
POR METÁSTASE JEJUNAL DE
ADENOCARCINOMA DE CÓLON
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Lilian Cristhian Ferreira dos Santos Rocha / ITPAC;
Agamenon Dias de Oliveira / ITPAC; Gabriela Carvalho
Nobre / ITPAC; Gustavo Alves Araújo Ferreira / ITPAC; Pedro
Ernesto Alves Mangueira Júnior / ITPAC; Rone Antonio Alves
de Abreu / ITPAC; Débora Rosa portilho / ITPAC.
Resumo
de veia mesentérica superior. Tem diversos fatores etiológicos, hipercoagulabilidade hereditária, neoplasias, anticoncepcional oral
O cólon e o reto constituem a 3.ª localização mais frequente de
(ACO), síndrome antifosfolípide, processos inflamatórios adjacen-
neoplasias malignas, sendo o adenocarcinoma o tipo histológico
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
em 98% dos casos¹. Os objetivos do trabalho são; descrever o
quadro clínico e o tratamento cirúrgico de um caso de metástase
intraluminal de adenocarcinoma de cólon e relacionar a presença de
metástases tardias com o prognóstico da doença. Foi feito um estudo
Universidade Federal de Ouro Preto; Juliana Firmino Amaral
/ Universidade Federal de Ouro Preto; Michelle Simões
Montrezor / Universidade Federal de Ouro Preto; Rodrigo
Vieira Gomes / Universidade Federal de Ouro Preto; Lívia do
Ó e Souza / Universidade Federal de Ouro Preto.
retrospectivo ao prontuário de um paciente atendido no em clínica
particular em novembro de 2013 com quadro de abdome agudo por
metástase intraluminal em jejuno de adenocarcinoma de cólon. O
trabalho foi produzido com um quadro clínico rotineiro, contudo de
etiologia rara. Existindo assim uma carência de conteúdos na literatura
relatando essa forma de apresentação. Paciente em seguimento por
ressecção de adenocarcinoma de cólon vem, em novembro de 2013,
queixando-se de dor abdominal e parada da eliminação de flatos e
fezes há um dia. Após radiografia simples de abdome, com níveis
hidroaéreos e edema de alças do delgado, foi encaminhado para
hospital Regional de Araguaina, sendo submetido à laparotomia de
urgência. Durante o ato cirúrgico foi evidenciado massa ocluindo
totalmente a luz intestinal na porção mediana do jejuno. Foi realizada
desobstrução por ressecção da massa, sendo a mesma enviada
para análise histopatológica. O resultado evidenciou metástase de
adenocarcinoma. O paciente atualmente segue em acompanhamento
conjunto da oncologia clínica e pela gastroenterologia, estando
em bom estado geral. A abordagem cirúrgica, pela laparotomia
exploratória, foi de fundamental importância nesse caso, uma vez
que, o mesmo apresentou-se na forma de abdome agudo obstrutivo.
Ao deparar-se com massa sugestiva de neoplasia à macroscopia,
optou-se pela cirurgia paliativa e biópsia para confirmação. por
ser uma localização incomum, e o paciente ter um diagnóstico de
adenocarcinoma de cólon, a conduta foi conservadora, realizando-se
apenas a desobstrução do paciente, já que esta já é considerado
um tumor em estádio IV. O diagnóstico tardio do adenocarcinoma
colorretal infelizmente ainda é significativo, principalmente em regiões
menos desenvolvidas, prejudicando o prognóstico. A evolução pósoperatória foi razoável comparando ao estado emergencial em que o
paciente chegou, sendo que o mesmo teve a oportunidade de iniciar
um tratamento paliativo, visando aumentar mais sua sobrevida.
ABORDAGEM PRÉ-OPERATÓRIA DO
PACIENTE COM MEGACÓLON TÓXICO
EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Iure Kalinine Ferraz de Souza / Universidade Federal
de Ouro Preto; Guilherme Rezende / Universidade Federal
de Ouro Preto; Camila Biazussi Damasceno / Universidade
Federal de Ouro Preto; Janaína Drumond Rocha Fraga /
Resumo
Introdução: O megacólon tóxico (MT) é definido como uma
distensão total ou segmentar não obstrutiva do cólon transverso,
na presença de importante toxicidade sistêmica. Acomete cerca
de 2% a 10 % dos pacientes com doença inflamatória grave, com
uma taxa de mortalidade que atinge até 45 % dos casos. Objetivo:
Apresentar uma proposta de abordagem pré-operatória do paciente
com megacólon tóxico, em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para
a redução das taxas de mortalidade pós-operatória. Metodologia:
Revisão não sistemática da literatura a partir das bases de dados:
PUBMED, MEDLINE, CAPS, UPTODATE, BESTPRACTICE e
MEDSCAPE, com ênfase em 16 artigos publicados entre 2003
e 2013. Descritores: “megacólon tóxico” e “toxic megacolon”.
Resultados: As principais etiologias inflamatórias do MT são
a Colite Ulcerativa (CU) e a Doença de Crohn, enquanto o
Clostridium difficile aparece como principal agente infeccioso
associado. Segundo Ferreira F et al. (2011), a perfuração é um
fator de mau prognóstico, associada a uma taxa de mortalidade
de 40% versus 2%-8% na sua ausência. A abordagem em UTI
inclui: monitorização hemodinâmica e respiratória; correção dos
distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos; corticoterapia venosa;
imunossupressores; suporte nutricional parenteral; antibioticoterapia
de largo espectro; a terapia biológica (em casos selecionados),
além de outros cuidados específicos como descompressão retal ou
a aférese leucocitária (Sawada ET al, 2005). A antibioticoterapia de
largo espectro, por exemplo, embora ainda questionável, continua
sendo recomendada em quase todas as referências. O metronidazol
e a piperacilin a/tazobactam são frequentemente utilizados. Quando
o agente etiológico for o Clostridium difficile, a Vancomicina é o
antibiótico de escolha (Surawicz et al, 2013). Conclusão: O MT
acomete uma porcentagem significativa de pacientes com doenças
inflamatórias grave, apresentando uma taxa elevada de mortalidade,
principalmente quando associado à retocolite ulcerativa grave.
É fundamental o estabelecimento de diretrizes para a adequada
abordagem desta complicação considerando, sobretudo, os
cuidados pré-operatórios em UTI, que tem como principal objetivo,
prevenir a perfuração espontânea do cólon e reduzir as taxas de
mortalidade pós-operatórias.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
73
A nais
COLECTOMIA TOTAL COM
AMPUTAÇÃO ABDOMINO-PERINEAL
DEVIDO DOENÇA DE CROHN EM
PACIENTE JOVEM - RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Beatriz Souza Barros / HBDF; Mariana Dias
Zanchetta / HBDF; Sheilane Rodrigues da Silva / HBDF;
Franciara Leticea Moraes da Cunha / HBDF; Sérgio Luiz
Cruz Cunha / HBDF; Alexandre Gheller / HBDF; Dannilo
Brito Silveira / HBDF.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
jejuno, íleo, cólon e reto. É responsável por 20% de todos os casos
de hemorragia digestiva. Relato do Caso: Paciente de 37 anos,
feminina, interna no Hospital Geral de Caxias do Sul por náuseas,
vômitos, astenia e sangramento vaginal. Há um mês estava em
investigação de massa pélvica, tendo o diagnóstico de carcinoma
Epidermoide invasor de colo de útero há uma semana. Paciente
apresentou melena quinze dias após a internação. Realizada
endoscopia digestiva alta que observou duodenite erosiva rasa
intensa responsiva a inibidor de bomba de prótons. Três dias após,
teve episódios de enterorragia volumosa. Realizada colonoscopia
Resumo
com grande quantidade de sangue na luz do órgão impossibilitando
a progressão do aparelho além do sigmoide, devido a instabilidade
74
Introdução: A doença de Crohn é uma doença inflamatória intestinal
crônica, de origem desconhecida, que pode acometer qualquer
segmento do tubo digestório, da boca ao ânus. Objetivo: Relatar
o caso de um paciente jovem com diagnóstico de doença de crohn,
submetido à colectomia total com amputação abdomino-perineal e
ileostomia definitiva. Exposição do caso: Paciente masculino, 31
anos, com diagnóstico de doença de crohn não responsiva ao uso
de imunobiológicos, apresentando fístulas perianais e submetido
à colocação de sedenho. Evoluiu posteriormente com abcesso
retrovesical e fístula retovesical, sendo realizada colostomia em alça
e sondagem vesical de demora para tratamento da fístula. Paciente
não obteve melhora dos sintomas mesmo após as intervenções
cirúrgicas anteriores, sendo optado pela realização de colectomia
total com amputação abdomino-perineal. Discussão: Em caráter
eletivo, o tratamento cirúrgico da doença de Crohn é indicado
para solucionar complicações como fístulas, estenoses, lesões
anoperineais ou intratabilidade clínica. Quando bem indicada e
realizada, a colectomia total oferece ao doente vantagens sobre o
tratamento clínico prolongado, quando este se torna ineficaz.
hemodinâmica da paciente. Após estabilização, paciente permanecia
com enterorragia volumosa, sendo realizada angiografia com
embolização de ramo da artéria mesentérica por angiodisplasia
colônica em nível de ângulo esplênico. Doze horas após embolização
com micro-esferas, paciente evoluiu com quadro de anafilaxia ao
contraste, respondendo bem com manejo clínico. Teve boa evolução
pós-operatória e recebeu alta sem novos episódios de sangramento
intestinal. Discussão: As opções terapêuticas na hemorragia
digestiva baixa incluem a colonoscopia, a infusão de vasopressores,
embolização arterial e a cirurgia. O exame de eleição para diagnóstico
e tratamento é a colonoscopia, caso o paciente se apresente
hemodinamicamente estável e com preparo colônico adequado. A
falha endoscópica é superior a 32%, principalmente em hemorragias
maciças. Pacientes com hemorragia refratária ao tratamento clínico
e endoscópico, deverá ser submetidos a intervenção cirúrgica ou
embolização arterial por angiografia. A embolização intra-arterial foi
introduzida no tratamento da hemorragia digestiva baixa em 1974. O
avanço da tecnologia nos permite realizar cateterismo super-seletivo
arterial e embolização de vasos menores que 1 mm, minimizando
as complicações do procedimento. O sucesso da terapêutica é de
69 a 100% dos casos. A taxa de ressangramento após embolização
EMBOLIZAÇÃO ARTERIAL SELETIVA
DE ANGIODISPLASIA COLÔNICA
ocorre em 10 a 30% dos casos no primeiro mês. A taxa de isquemia
intestinal após embolização é de 5 a 22%.
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Andreza Gauterio Cavalcanti / UCS; Marcos Poletto
/ UCS; Rafael Sartori Balbinot / UCS; Clandio Dutra / UCS;
Marcelo Puerari Corrales / UCS; Jonathan Soldera / UCS;
Silvana Sartori Balbinot / UCS; Raul Angelo Balbinot / UCS.
Resumo
FITOBEZOAR: UM RELATO DE
OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR
IMPACTAÇÃO DE SEMENTES DE
ACEROLA EM RETO
Introdução: A hemorragia digestiva baixa é definida como o
sangramento originado abaixo do ligamento de Treitz, o qual inclui
Autores: Ylanna Fortes Fonseca / Unifacs; Rafael Viana Leite
/ Unifacs; Vanessa Barreto Matos Maia / Unifacs; Renata
Borges de Lima / Unifacs; Raianne Silva Lima / Unifacs;
Temário: Cirurgia / Cólon
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Márcio Rivison Silva Cruz / Unifacs; Marcos de Almeida
Correia Lima / Unifacs; Natália Matos Muricy / Unifacs.
Resumo
Introdução: Bezoares são concreções de materiais não digeríveis
no trato gastrointestinal. são responsáveis por 2 a 3% de todas as
obstruções intestinais e dividem-se em seis subtipos: fitobezoar,
tricobezoar, lactobezoar, metalobenzoares, bezoares de remédio e
bolus de comida. O fitobezoar é o subtipo mais frequente (40% dos
casos), sendo formado por um conglomerado de material fibroso
de vegetais e frutas. Seus fatores predisponentes incluem ingestão
copiosa de alimentos fibrosos, erros de mastigação, cirurgias
gástricas prévias e esvaziamento gástrico lentificado. O quadro clínico
geralmente é inespecífico, insidioso e gradual, sendo a obstrução
intestinal sua principal complicação. A impactação de sementes em
reto é uma causa incomum de obstrução e, apesar de a literatura
trazer casos diversos de fitobezoar, a semente de acerola raramente é
reportada como causa. Objetivo: O presente relato visa apresentar
um raro caso de obstrução intestinal em criança por fitobezoar de
caroços de acerola em reto. Método: O caso foi obtido através da
revisão do prontuário, registro fotográfico dos métodos diagnósticos
utilizados, do fitobezoar extraído e da revisão da literatura. Relato
de caso: Paciente JSS, sexo masculino, seis anos, cursava com
queixa de náuseas e dor abdominal, principalmente supra púbica
e em fossa ilíaca esquerda, há dois dias, associada a constipação
há cinco dias. Negava vômitos ou febre. Relatou a ingestão de
“muitas” acerolas há sete dias. Ao exame físico, apresentava abdome
distendido e doloroso à palpação profunda, principalmente em
abdome inferior. O toque retal demonstrou esfíncter normotônico
e âmpola retal com presença de conteúdo sólido e irregular. A
radiografia simples de abdome evidenciou imagem heterogênea ao
nível do reto (compatível com impactação de sementes de acerola).
O paciente, então, foi submetido a extração manual das sementes,
com uso de xylocaína gel. Após oito horas de observação, recebeu
alta assintomático. Conclusão: O abdome agudo obstrutivo
secundário a fitobezoar é uma entidade clínica rara. Todavia, este
relato alerta a importância de tal afecção e a atenção que deve ser
dada a este diagnóstico diferencial. O caso apresentado condiz com
a literatura vigente e o bom prognóstico do paciente foi assegurado
pelo diagnóstico e terapêutica rápidos.
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Franciara Letícea Moraes da Cunha / HBDF; Cynthia
Abdalla Cruz / HBDF; Sérgio Luiz Cruz Cunha / HBDF;
Mariana Dias Zanchetta / HBDF; Silvana Marques e Silva /
HBDF; Laura Cardoso Vasconcelos / HBDF; Alexandre Gheller
/ HBDF; Fábio Alves Soares / HBDF.
Resumo
A histiocitose de células de Langerhans (HCL)resulta de uma proliferação clonal das células de Langerhans, e sua etiopatogenia é desconhecida. As hipóteses de se tratar de uma doença neoplásica ou
de origem inflamatória, assim como a existência ou não de fatores
predisponentes imunológicos, virais ou genéticos, são amplamente
discutidas na literatura sem haver uma Conclusão definitiva. Pode ser
diagnosticada em qualquer faixa etária, acometendo principalmente
crianças. A incidência anual na faixa pediátrica é estimada em três a
quatro por milhão. Acredita-se que essa incidência seja subestimada
devido à semelhança das formas localizadas com outras patologias e
à possibilidade de regressão espontânea. A apresentação clínica e a
evolução da HCL são muito variáveis. Praticamente todos os tecidos
podem ser acometidos pela doença, que pode se manifestar como
lesão isolada em um único órgão ou como doença disseminada com
disfunção orgânica. Os locais mais comumente envolvidos são os
ossos, pele e linfonodos. A doença pode resolver espontaneamente
ou evoluir com comprometimento da função de órgãos vitais, com
conseqüências graves e fatais. O desconhecimento acerca da etiopatogenia da doença dificulta o desenvolvimento de uma abordagem
terapêutica racional. Relato do Caso: Paciente feminino, 70 anos,
encaminhada para o serviço de Coloproctologia para realização de
colonoscopia para rastreamento de câncer colorreal. Sabidamente
portadora de hipertensão arterial sistêmica, hipotireoidismo, dislipidemia e vitiligo, referindo esforço evacuatório, com fezes endurecidas,
porém sem sangramentos ou outras queixas coloproctológicas. Colonoscopia realizada até íleo terminal. Identificado pólipo séssil de 3
mm de diâmetro localizado em cólon transverso e óstios diverticulares
de colo estreito, localizados em cólon sigmoide, sem complicações.
Realizada polipectomia. Estudo anatomopatológico evidenciando
neoplasia maligna indiferenciada em cólon transverso, sendo a peça
encaminhada à imunohistoquímica para definição de histiogênese.
Laudo histopatológico revelando histiocitose de células de Langerhans, baseado na positividade para CD1a, CD4, CD68 (paranu-
HISTIOCITOSE DE CÉLULAS DE
LANGERHANS EM CÓLON -
clear) e S100; negatividade para CD163.Paciente segue em acompanhamento clínico ambulatorial com a unidade de Hematologia.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
75
A nais
INFLUÊNCIA DO PREPARO
INTESTINAL MECÂNICO NA
FORMAÇÃO DE ADERÊNCIAS
PERITONEAIS EM CIRURGIA
COLORRETAL: ESTUDO
EXPERIMENTAL EM CÃES
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Welligton Ribeiro Figueiredo / Universidade Estadual
do Piauí- UESPI; Carlos Renato Sales Bezerra / Universidade
Estadual do Piaui; Clara Caroline Ribeiro Figueiredo / Facid
Devry; Erbert Martins portela Filho / Facid Devry; Mayara
Magry de Andrade Silva / Facid Devry; Kaline Fortes e Silva /
Facid Devry; Camila Monitiele de Oliveira Lima / Facid Devry;
Alisson Duarte Martins / Facid Devry.
Resumo
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
O preparo intestinal não interferiu na formação de aderências
intestinais em cirurgia colorretal com anastomose.
INFLUÊNCIA DO PREPARO
INTESTINAL MECÂNICO NA
PRESSÃO DE RUPTURA DA
ANASTOMOSE COLO-CÓLICA:
ESTUDO EXPERIMENTAL EM CÃES
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Welligton Ribeiro Figueiredo / Universidade Estadual
do Piaui; Carlos Renato Sales Bezerra / Universidade Estadual
do Piaui; Clara Caroline Ribeiro Figueiredo / Facid Devry;
Erbert Martins portela Filho / Facid Devry; Wilton Matos da
Paz Filho / Facid Devry; Kaline Fortes e Silva / Facid Devry;
Camila Monitiele de Oliveira Lima / Facid Devry; Rafael Felipe
Martins de Oliveira Viana / Facid Devry.
Introdução: O preparo intestinal é definido como o conjunto
76
de medidas empregadas com objetivo de conseguir um cólon
Resumo
totalmente livre de resíduos fecais com redução significativa da flora
bacteriana e com mínimo de desconforto e risco para os pacientes.
Introdução: A limpeza exaustiva de conteúdo intestinal é ainda
As aderências intraperitoneais pós-operatórias configuram-se como
considerado um dos fatores mais importantes na prevenção de
um problema frequente na cirurgia colorretal com anastomose, e
complicações pela maioria dos cirurgiões. Estudos do século passado
acredita-se que o preparo intestinal e limpeza do cólon possa reduzir
já citavam a presença de fezes no cólon como uma das principais
as complicações locais da anastomose e formação de aderências.
causas de deiscência anastomótica. Muitos autores defendem que
Objetivo: Avaliar experimentalmente em cães se o preparo intestinal
o preparo intestinal pré-operatório é essencial na cirurgia colorretal
é capaz de influenciar a formação de aderências peritoneais em
para a redução de complicações infecciosas. Objetivo: Avaliar
cirurgia colorretal com anastomose. Método: Foram utilizados 42
experimentalmente em cães se o preparo intestinal é capaz de alterar
animais (Canis familiares) fêmeas distribuídos em 2 grupos com
a pressão de ruptura da anastomose colo-cólica. Método: Foram
21 animais em cada: grupo I (controle) – com preparo intestinal e
utilizados 42 animais (Canis familiares) fêmeas distribuídos em 2
grupo II (estudo) – sem preparo intestinal prévio. Os animais de
grupos com 21 animais em cada: grupo I (controle) – com preparo
ambos os grupos foram submetidos à laparotomia com secção do
intestinal e grupo II (estudo) – sem preparo intestinal prévio. Os
cólon descendente e anastomose primária com fio de polipropileno.
animais de ambos os grupos foram submetidos à laparotomia com
Os animais foram submetidos à eutanásia no 21º dia de pós-
secção do cólon descendente e anastomose primária com fio de
operatório com laparotomia e avaliação da anastomose colo-cólica
polipropileno. Os animais foram submetidos à eutanásia no 21º dia
quanto à presença de complicações e grau de aderências intestinais
de pós-operatório com laparotomia e avaliação da anastomose colo-
(Classificação de knightly). O trabalho foi aprovado pelo Comitê de
cólica quanto à pressão de ruptura da anastomose. O trabalho foi
Ética e Pesquisa da FACID com protocolo Nº 187/11. Resultados:
aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da FACID com protocolo
Ocorreu um (4,5%) óbito em cada grupo sendo o do grupo I no 7º
Nº 187/11. Resultados: Ocorreu um (4,5%) óbito em cada grupo
dia pós-operatório devido à deiscência da anastomose colo-cólica
sendo o do grupo I no 7º dia pós-operatório devido à deiscência
e o do grupo II no 10º dia de pós-operatório devido à infecção em
da anastomose colo-cólica e o do grupo II no 10º dia de pós-
sítio cirúrgico com deiscência total da parede abdominal. Os animais
operatório devido à infecção em sítio cirúrgico com deiscência total
do grupo I apresentaram mais aderências no grau 2 (35%) e grau
da parede abdominal. Ao se realizar insuflação do segmento cólico
3 (25%). Já os animais do grupo II apresentaram uma distribuição
com 300mmHg, houve uma (5,0%) ruptura em cada grupo. Uma
mais homogênea (Graus I,II,III=25%; Grau IV=20%), sem diferença
anastomose do grupo I rompeu com 270mmHg e uma do grupo II
estatisticamente significante entres os grupos. Conclusão:
com 220mmHg, sem diferença estatisticamente significante entre os
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
grupos. Conclusão: O preparo intestinal não interferiu na pressão
de ruptura da anastomose colo-cólica. A anastomose colo-cólica
sem preparo intestinal apresentou a mesma segurança e eficácia da
anastomose realizada com preparo prévio.
INGESTÃO MACIÇA DE CORPO
ESTRANHO - TÓXICO - COCAÍNA RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Walmar Kerche de Oliveira / Faculdade de Medicina
de Botucatu - UNESP; Maria Aparecida Coelho de Arruda
Henry / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP;
Mauro Masson Lerco / Faculdade de Medicina de Botucatu
- UNESP; Haidar Ahmad Ali Waked / Faculdade de Medicina
de Botucatu - UNESP; Luiz Gustavo de Almeida Oliveira /
Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Raíssa Amélia
Silva Reis / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP;
Walter Magalhães Neto / Faculdade de Medicina de Botucatu
- UNESP; Marcela Maria Silvino Craveiro / Faculdade de
Medicina de Botucatu – UNESP.
Resumo
Introdução: A ingestão de corpos estranhos ocorre na maioria
das vezes de forma acidental e mais comumente em crianças. como
aumento da criminalidade temos observado muitos casos de ingestão proposital de tóxicos, por adultos, com objetivo de esconder a
droga para o tráfico ou escapar de um flagrante. Objetivo: O objetivo deste trabalho é relatar um caso de ingestão de muitos papelotes de cocaína por um paciente adulto que teve boa evolução com
tratamento clínico. Relato do caso: Paciente adulto, 24 anos, sexo
masculino, encaminhado ao serviço de emergência pela Polícia Militar devido à suspeita de ingestão de tóxicos para tráfico de drogas e
escapar do flagrante. Após anamnese e realização de exame radiológico, confirmamos a ingestão de muitos papelotes de cocaína. O
paciente foi submetido a tratamento clínico com uso de laxante, via
oral, devido termos observado que os papelotes encontravam-se
distribuídos por todo o cólon. O paciente ficou sob monitorização
durante as 48 horas de internação e eliminou por via retal 91 papelotes de cocaína de cerca de cinco centrímetros de comprimento cada um. O paciente recebeu alta hospitalar após a eliminação
completa dos papelotes, confirmado por exame radiológico, sendo
encaminhado à delegacia de polícia. Conclusão: Conclui-se que
o tratamento clínico ainda é fundamental para tratar casos de ingestão de corpo estranho acidental ou proposital, incluindo tóxicos,
associado à experiência médica, porém devem ser rigorosamente
acompanhados devido ao risco de overdose em caso de absorção
da droga.
INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL EM
ADULTO - RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Fernando Furlan Nunes / Universidade de Santo
Amaro; Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro Junior /
Universidade de Santo Amaro; Diego Ferreira de Andrade
Garcia / Universidade de Santo Amaro; Tamima Mohamad
Aboul Arabi / Universidade de Santo Amaro; Bianca
Dermendjian / Universidade de Santo Amaro; Julia Carvalho
Seabra / Universidade de Santo Amaro; Stefanie Bergamim
Saviano Moran / Universidade de Santo Amaro; Edson
Hiroshi Salgado Uramoto / Universidade de Santo Amaro.
Resumo
Introdução: Intussuscepção em adulto é rara, corresponde de 1
a 5% de obstrução intestinal em adultos; 90% são secundários à
lesão orgânica e 10% idiopática. Pode ter como etiologia qualquer
lesão patológica de parede do intestino ou do lúmen, alterando o
peristaltismo, sendo o ponto de partida. Pode decorrer de aderências,
linfomas, metástases, divertículo de Meckel, tumores malignos, sendo
os de intestino delgado mais raros que os metastáticos. Objetivo:
Relatar um caso do Hospital Geral do Grajaú de intussuscepção
intestinal. Relato de Caso: Paciente LRS, 51 anos, sexo feminino,
procurou o serviço por dor abdominal intermitente há 2 semanas,
piorava ao se alimentar, associada a diarreia aquosa com pouca
fezes há 10 dias e distensão abdominal. Realizou Tomografia
computadorizada de abdôme e pelve evidenciando imagem com
aspecto de alça dentro de alça, com “sinal do alvo”, com densificação
da gordura adjacente, localizada no cólon transverso, caracterizando
intussuscepção intestinal. Submetida à laparotomia exploradora,
sendo palpado tumefação em cólon ascendente com invalidação do
cólon há 14 cm da válvula íleo-cecal. Foi realizada colectomia direita
com íleo transverso anastomose látero-lateral, linfadenectomia em
bloco e fechamento da brecha mesentérica. Anatomopatológico
compatível com lipoma de submucosa de cólon com necrose e
hemorragia segmentar, por distúrbio circulatório, sem sinais de
malignidade. Conclusão: Intussuscepção intestinal é incomum em
adultos. No caso em questão era esperado processo maligno, o que
não ocorreu, sendo assim o tratamento foi cirúrgico, sem necessidade
de adjuvância.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
77
A nais
INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL
EM ADULTOS: IMPORTÂNCIA DA
CORRELAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA,
CIRÚRGICA E ANATOMOPATOLÓGICARELATO DE CASO E Revisão DA
LITERATURA
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Cecilia do Amaral Campos / Curso de Medicina
UNIBH e serviço de Ultrassonografia, Santa Casa BH,;
Tiago PaesGomide / serviço de Ultrassonografia, Santa
Casa-BH; Marco Antônio Freitas da Silva Júnior / serviço de
Ultrassonografia, Santa Casa-BH; Vitor Oliveira Botelho de
Carvalho / Instituto Alfa de Gastroenterologia, Hospital das
Clínicas da UFMG.
Resumo
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
ocorreram no intestino delgado, 17% no grosso e 30% na região
íleo-cólica. Até 30% das lesões de delgado e 65% de grosso são
malignas. Adenocarcinoma primário é a lesão maligna mais comum.
Em série brasileira de casos tratados cirurgicamente, 100% dos
pacientes apresentaram dor abdominal. Náusea, vômitos e massa
palpável estavam presentes em 62,5%; obstrução e distensão
intestinal em 37,5%; hemorragia digestiva em 31,5%; diarreia em
25% e constipação e perda de peso em 18,75%. A ultrassonografia
mostra “sinal do alvo” transversalmente e “sinal do pseudo-rim”
longitudinalmente, bastante sugestivos desta condição.
INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL POR
LIPOMA EM CÓLON ASCENDENTE
Temário: Cirurgia / Cólon
A intussuscepção intestinal é rara em adultos e é responsável por
78
da
1 a 5% dos casos de obstrução intestinal nesta população. Ocorre
quando segmento proximal de intestino é tracionado para dentro de
segmento distal. 70 a 90% dos casos estão associados a alterações
morfológicas, notadamente pólipos/tumores. Em algumas casuísticas
mais de 50% das invaginações, cólicas ou entéricas, estão
associadas a tumores malignos. O diagnóstico ultrassonográfico
acurado e precoce é fácil quando o cirurgião e o ultrassonografista
estão familiarizados com os aspectos imaginológicos. O objetivo
deste trabalho é relatar caso, correlacionar e discutir aspectos
cirúrgicos, anatomopatológicos e ultrassonográficos. Relato de
caso: Mulher, 36 anos, com história de crises de dor abdominal
em andar superior, em cólica, associada a vômitos, hiporexia e
diarreia aquosa, foi submetida a colecistectomia videolaparoscópica
por colelitíase. 40 dias após o procedimento, houve piora da dor e
a paciente foi novamente internada. Ultrassonografia evidenciou
imagem em alvo em hipocôndrio direito e sugeriu o diagnóstico de
intussuscepção intestinal. O fluxo sanguíneo estava aparentemente
preservado ao doppler. Foi submetida à laparotomia que evidenciou
intussuscepção íleo-cólica e procedida colectomia direita. Exame
anatomopatológico descreveu segmento de íleo invaginado para
dentro de cólon ascendente. No interior havia lesão vegetante de
aspecto neoplásico com 7 por 5 cm. Ao microscópio foi observado
adenocarcinoma moderadamente diferenciado, invasor, com
margens livres. Discussão: Intussuscepções podem ser benignas,
malignas ou idiopáticas. Entre as benignas, estão inflamatórias,
aderências e tumores benignos. Os lipomas e pólipos adenomatosos
são os mais comuns neste grupo. Pode ser entérico, ileocólico ou
colônico. Em estudo com 745 intussuscepções no adulto, 39%
Autores: Vanessa Barreto Matos Maia / Unifacs; Renata
Borges de Lima / Unifacs; Raianne Silva Lima / Unifacs;
Renata Fernandes Cunha / Unifacs; Ylanna Fortes Fonseca
/ Unifacs; Marcio Rivison Silva Cruz / Unifacs; Natália Matos
Muricy / Unifacs; Marcos Almeida Correia Lima / Unifacs.
Resumo
Introdução: Embora raro, o lipoma é a segunda neoplasia não
epitelial benigna mais frequente do cólon. Predomina no espaço
submucoso, podendo acometer o subseroso e os apêndices
epiplóicos, geralmente não sofrendo transformação maligna. A
maioria deles é assintomática, sendo descoberta apenas através
de exames radiológicos, endoscópicos ou em autópsias. Menos
comumente, apresenta-se com uma variedade de sintomas, tais
como dor abdominal, mudança de hábito intestinal, anemia, massa
abdominal palpável e as vezes, sinais de obstrução, secundários à
oclusão da luz pelo próprio lipoma ou à intussuscepção. Objetivos:
Relatar um caso de lipoma em cólon ascendente que progrediu
com intussuscepção e consequente obstrução de mais de 50%
do lúmen intestinal. Método: Revisão de literatura e revisão do
prontuário, registros fotográficos dos exames complementares e
peça cirúrgica. Relato do Caso: Paciente MLRO, feminina, 57
anos, admitida com queixa de desconforto abdominal em quadrante
inferior direito há cerca de três meses e constipação há um mês.
Apresentou perda ponderal (cerca de três quilos) desde o início
dos sintomas. Negou náuseas, vômitos, febre ou sangramento às
evacuações. Fazia uso frequente de laxantes, porém com pouco
êxito. Ao exame físico, apresentava abdome flácido e doloroso em
flanco direito e uma massa à palpação profunda. Foi solicitada uma
tomografia computadorizada de abdome, que evidenciou tumoração
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
em topografia de cólon direito sugestiva de lipoma, além de
intussuscepção colocolônica. A colonoscopia confirmou os dados da
tomografia, mostrando tumorações de paredes lisas e invaginação,
com obstrução de mais de 50% do lúmen intestinal. A paciente foi
submetida a reparo cirúrgico através de laparotomia exploradora
associada à colectomia direita e ileotransversoanastomose. Evoluiu
sem intercorrências, recebendo alta hospitalar no terceiro dia pósoperatório. Conclusão: O presente relato evidencia um caso de
obstrução intestinal por intussuscepção secundária a lipoma em
cólon ascendente, o que torna o presente relato importante para a
comunidade médica.
pia ou cirurgia. A diferenciação de processos malignos é o principal
desafio antes da ressecção cirúrgica. Apesar das inovações diagnósticas recentes, tem sido relatado que a precisão do diagnóstico
pré-operatório total é de apenas 62%. Relato do Caso: MEPB,
mulher, 73 anos com queixa de dor abdominal difusa em cólicas
há 6 meses, sem alteração do hábito intestinal ou perda ponderal.
AP: HAS, coronariopata, hipotiroidea, a colonoscopia evidenciava
lesão subepitelial de 5cm em cólon direito. Paciente foi submetida
à Colectomia Direita com Ileotransversoanastomose. Está no 3ºmês
PO com sem queixas. Discussão: A ressecção cirúrgica é a melhor escolha de tratamento para lipomas grandes ou sintomáticos.
O tratamento cirúrgico inclui a ressecção, colotomia com excisão
LIPOMA NO CÓLON DIREITO:
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Paula Daphne Brisigueli Borges de Almeida /
HUSF; Danilo Toshio Kanno / HUSF; Roberta Lais do Santos
Mendonça / HUSF; Ronaldo Nonose / HUSF; Enzo Fabricio
Ribeiro Nascimento / HUSF; Carlos Augusto Real Martinez /
HUSF; Rafael Fernandes Gama / HUSF.
Resumo
local, ressecção do cólon limitada, ressecção segmentar, colectomia ou colectomia subtotal. A escolha de qualquer uma das intervenções cirúrgicas depende do tamanho do lipoma, localização, e a
presença ou ausência de diagnóstico de doenças ou complicações
pós-operatórias definidas.
79
MUCOCELE DE APÊNDICE:
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Cólon
Introdução: Os lipomas são tumores não epiteliais benignos, raros, que podem ser encontrados ao longo de todo trato gastrointestinal. Está localizado mais comumente no cólon direito, seguido
pelo ceco, cólon transverso, cólon esquerdo e, por último, sigmoide.
Mais de 70% destes localizados no cólon direito. Lipomas do cólon são mais comuns no sexo feminino, com idade média de 50
anos e com uma predileção para o cólon direito. A incidência varia
entre 0,2% a 4,4% e o tamanho pode variar de 2mm até 30cm.
Apresentam-se como uma massa polipoide séssil, originária da
submucosa com a mucosa intacta. Raramente são pedunculados,
com lesões ulceradas ou necróticas na mucosa sobrejacente. Geralmente assintomáticos e diagnosticados incidentalmente durante
uma colonoscopia ou cirurgia. Os sintomas são correlacionados
com a dimensão do lipoma, ocorrendo em 25% dos pacientes e em
75% quando maiores que 4cm. Os sintomas são vagos: dor abdominal, alterações nos hábitos intestinais e raramente se manifestam
como hemorragia gastrointestinal, perfuração ou obstrução. Os lipomas gigantes, maiores que 4cm, são os tumores benignos mais
comuns no cólon que causam intussuscepção. Os lipomas sintomáticos, apesar de incomuns, continuam a apresentar dificuldades
no diagnóstico diferencial pré-operatório entre tumores malignos e
benignos. O diagnóstico é feito por exames de imagem, colonosco-
Autores: Annelyse de Araújo Pereira / PUC Goiás; Germana
Jardim Marquez / PUC Goiás; André Rezek Rodrigues /
PUC Goiás; Roberto Van de Wiell Barros / Santa Casa de
Misericórdia de Goiânia; Yara Rocha Ximenes / Santa Casa
de Misericórdia de Goiânia; Juan Manuel Rodriguez / Santa
Casa de Misericórdia de Goiânia; Alisson Morais Moreira /
Santa Casa de Misericórdia de Goiânia; Manoel Lemes da
Silva Neto / Santa Casa de Misericórida de Goiânia.
Resumo
Introdução: A mucocele do apêndice (MA) é um termo
descritivo e inespecífico que define o aumento do apêndice
cecal pela produção e acúmulo intraluminar de mucina, devido
a alterações da camada mucosa e muscular. A sua incidência
varia entre 0,2% a 0,4% das apendicectomias em geral, com
ligeira predominância do sexo feminino, sendo mais frequente
em idades acima dos 50 anos. Geralmente é assintomática e
o diagnóstico pré-operatório é incomum. As causas podem
ser variadas e podem ser classificadas em: Tipo I (Mucocele
ou cisto de retenção), tipo II (cisto adenoma mucinoso) e tipo
III (adenocarcinoma mucinoso). O tratamento inicial padrão
para a mucocele de apêndice é a hemicolectomia direita, já
os procedimentos laparoscópicos são, em geral, contra indi-
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
A nais
80
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
cados. Relato: Paciente, XX anos, sexo feminino, submetida
dificilmente encontrado em pacientes jovens. Objetivo: Rela-
à videolaparoscopia diagnóstica por dor abdominal que evi-
tar um caso de neoplasia maligna de reto baixo em paciente
denciou massa sólida ao nível da região apendicular. Realizou-
jovem. Casuística: Um paciente (relato de caso). Méto-
se uma Tomografia Computadorizada que indicou uma lesão
do: Avaliação retrospectiva do prontuário de um paciente do
expansiva cística ovalada, septada com calcificações parie-
Hospital Ophir Loyola em Belém-PA. Resultados: Paciente
tais, medindo cerca de 8.5x4.1 cm de localização intraperito-
do sexo masculino, 20 anos, há quatro anos, queixa-se de
neal, com extremidade cranial próxima ao ceco. Solicitou-se
constipação intestinal, hematoquezia e sem perda ponderal,
marcadores tumorais: CA 125 e CEA normais. Foi levantada
procurando assistência médica, mas não obteve o diagnós-
a hipótese de MA. A paciente foi submetida à Hemicolecto-
tico. Entretanto, há um ano e meio foram realizados exames
mia Direita com Ileotransversoanastomose com Grampeador
e foi constatada por video-colonoscopia a presença de le-
Intraluminal. O anatomopatológico revelou MA vermiforme
são úlcero-infiltrativa de reto distal e realizadas biópsias que
com displasia moderada/acentuada e inflamatória crônica. Foi
constataram a presença de adenocarcinoma moderadamente
encaminhada ao oncologista clínico, que optou por seguimen-
diferenciado. Exames de estadiamento realizados não eviden-
to clínico. Atualmente encontra-se no 3º ano de seguimento
ciaram metástases, porém a tomografia computadorizada de
pós-operatório, com exame físico, de imagem e laboratorial
abdômen demonstrou espessamento das paredes da bexiga
de rotina dentro dos padrões de normalidade. Conclusão: O
e reto baixo com diminuição da sua luz. O paciente foi subme-
caso acima comprova o que vem sendo relatado na literatura
tido à terapia neoadjuvante e foi internado no Hospital Ophir
e em trabalhos publicados, que a maioria dos diagnósticos de
Loyola para realização de tratamento cirúrgico. Na admissão
MA ocorrem acidentalmente durante uma cirurgia, principal-
a história foi coletada com prejuízos, pois o paciente apresen-
mente pela pouca apresentação de sinais e sintomas que nos
ta doença psiquiátrica, porém o acompanhante relatou que
leve a sua suspeição. Apesar disso, é importante o diagnóstico
o mesmo trata esta doença há 12 anos e é tabagista inces-
pré-operatório para que se possa manipular de forma correta
sante negando outros antecedentes e alterações. Ao exame
e cuidadosa a lesão, evitando que tenha o rompimento e a
físico, apresentou alteração no exame proctológico com pre-
disseminação de células tumorais no peritônio, o que causa o
sença de lesão úlcero-infiltrativa a cerca de cinco centímetros
desenvolvimento da complicação mais temida: o pseudomixo-
da borda anal e presença de sangue em dedo de luva, sem
ma peritoneal.
demais alterações. Nos exames laboratoriais pré-operatórios
não foram encontradas alterações. A cirurgia realizada foi a
amputação abdominoperineal, sendo ressecada toda a lesão,
NEOPLASIA MALIGNA DE RETO
BAIXO EM PACIENTE JOVEM
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Adriano Sousa / Hospital Ophir Loyola; Marcelo
Bandeira Coelho Dias / Hospital Ophir Loyola; Patrícia Isabel
Bahia Mendes Freire / Hospital Ophir Loyola; Alessandro
França de Souza / Hospital Ophir Loyola; Marcos de Souza
Lopes Freire Filho / Hospital Ophir Loyola; Raquel de Maria
Maues Sacramento / Hospital Ophir Loyola; Carlos Augusto
Santos Furtado Pereira de Souza / Hospital Ophir Loyola;
Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola.
Resumo
mais colostomia definitiva, ocorrendo sem intercorrências. Paciente evolui no pós-operatório sem apresentar complicações
e recebeu alta em bom estado geral. Conclusão: O câncer
colorretal, apesar de incomum em pacientes tão jovens, deve
ser investigado em pacientes que apresentam clínica suspeita
e fatores predisponentes, pois sua detecção em uma fase precoce aumenta a chance de sobrevida e cura destes paciente.
OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR
VÓLVULO DE SIGMOIDE
Temário: Cirurgia / Cólon
Introdução: O câncer colorretal é a terceira maior causa de
câncer e segunda maior causa de morte por câncer na América do Norte e na Europa Ocidental. Sua incidência aumenta
proporcionalmente à idade (maior ou igual a 50 anos), sendo
Autores: Paula Falci Loures / UFJF; Thaís Senra de Barros /
Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora; Tereza Cristina
Bernado Fernandes / Santa Casa de Misericórdia de Juiz
de Fora; Thaís Bandeira de Oliveira Junqueira / SUPREMA;
Aline Falci Loures / UFF; Diego de Matos Silveira / UFJF;
Tayná Gontijo de Carvalho / UFF.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
A nais
Resumo
Introdução: O vólvulo de sigmoide consiste em uma torção do
cólon sigmoide, em relação ao seu mesocólon, sendo um quadro de abdome agudo por obstrução intestinal. Complicações
como isquemia intestinal, gangrena e perfuração aumentam o
risco de vida do paciente. Indivíduos com mais de 60 anos, do
sexo masculino, com comorbidades, apresentam maior chance
de terem vólvulo de sigmóide. A literatura se apresenta discordante em relação a etiologia dessa torção, embora hipóteses
sugerem que o tipo de alimentação, a variação anatômica e a
mobilidade da alça intestinal predisponham ao surgimento do
vólvulo. Estudos constataram associação direta entre idade e
comprimento do cólon sigmoide e do mesocólon. Objetivo:
Relatar o caso de um paciente com quadro de abdome agudo obstrutivo por volvo de sigmoide, enfatizando os métodos
diagnóstico-terapêuticos. Relato de caso: Paciente, sexo
masculino, 83 anos, hipertenso, com quadro de dor e distensão abdominal difusa, parada da eliminação de gases e fezes,
náuseas não associadas a episódios de vômitos. Nega febre e
cirurgia abdominal prévia. Distensão difusa de cólon à Tomografia Computadorizada de abdome com sinais sugestivos de
vólvulo de sigmoide. Resultado: O paciente foi submetido à
laparotomia exploradora, constatando-se cólon sigmoide volvulado e extremamente distendido. Realizado colectomia parcial,
com colostomia terminal à Hartmann, recebendo alta no 8º dia.
Conclusão: A principal terapia adotada, deve ser a cirúrgica.
A descompressão endoscópica, forma conservadora, pode ser
utilizada como conduta inicial, porém devido ao seu alto grau
de recorrência os pacientes devem ser encaminhados à cirurgia
posteriormente. O tratamento cirúrgico é voltado para a restauração de alterações fisiopatológicas e o restabelecimento do
trânsito intestinal e pode ser feito por ressecção e anastomose
primária ou por ressecção e colostomia; abordagem está, normalmente, aplicada a pacientes idosos e indivíduos com fatores
de risco. Assim, a fim de que se consiga um tratamento adequado e com redução da mortalidade, torna-se necessário a
realização precoce do diagnóstico de vólvulo de sigmóide.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Hbdf; Sérgio Luiz Cruz Cunha / HBDF; Dannilo Brito Silveira /
HBDF; Fabio Alves Soares / HBDF; Erivaldo Fernandes Lira /
HBDF; Renata Gomes Ramalho dos Santos / Hbdf.
Resumo
Introdução: Uma ostomia é uma abertura cirurgicamente criada
do trato digestivo ou urinário na superfície corporal. A problemática das complicações das ostomias urinárias e digestivas não é
um conceito novo, tendo em conta que as cirurgias que originam
ostomias são procedimentos não recentes. As complicações relacionadas com as ostomias são um problema frequente e afetam a qualidade de vida dos pacientes ostomizados. Material
e Métodos: Foram avaliados 180 pacientes do ambulatório de
Ostomizados do Hospital de Base do Distrito Federal, idade entre
quinze e cem anos, com maior incidência (72,7%) entre 40 e 80
anos, sendo 52% do sexo masculino. A ostomia do lado esquerdo
foi a mais prevalente entre as localizações (56,1%),a ileostomia
foi realizada em 25 % desses pacientes.A neoplasia colorretal foi
a causa da indicação, sendo 32,7% devido a neoplasia de reto
e 22,7% em cólon. Em relação ao tempo da ostomia 44,4% dos
pacientes tinham menos de um ano com o estoma e 19,4% há
mais de um ano. Apresentaram complicações de estomas e periostomais 16,1% , sendo 34,4% devido a prolapso, 31% por dermatite, 27,5% por retração. Conclusão: No ambualtório de Ostomizados do Hospital de Base do Distrito Federal foram realizadas
mais ostomias a esquerda, sendo a neoplasia a indicação mais
frequente e tendo como complicação mais comum o prolapso.
POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR:
UM RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Alzira Leite Gomes / Uepa; Francisco de Assis
Alencar / Hospital Ophir Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca
/ Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia /
Hospital Ophir Loyola; Bruno de Castro Ribeiro / Hospital
Ophir Loyola; Victor Soares Peixoto / Hospital Ophir Loyola;
Carolina Costa Beckman Nery Oti / Hospital Ophir Loyola;
Caio Cardoso Costacurta / Uepa.
Resumo
PERFIL DOS PACIENTES OSTOMIZADOS
DO HOSPITAL DE BASE
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Franciara Letícea Moraes da Cunha / HBDF; Cynthia
Abdalla Cruz / HBDF; Alexandra Isabel de Amorim Lino /
Introdução: A polipose adenomatosa familiar (PAF) é uma doença
hereditária, autossômica dominante, com penetrância próxima de
100%, causada por uma mutação no gene Adenomatous polyposis
coli (APC), localizado no cromossomo 5q 21. A PAF se manifesta
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
81
A nais
82
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
pela presença de numerosos pólipos adenomatosos em todo
diagnóstico se baseia no achado de: (1) presença de 5 ou mais
trato gastrointestinal, especialmente o cólon. Estes pólipos podem
lesões polipoides hamartomatosas no intestino grosso; (2) pólipos
estar presentes anos antes do surgimento dos sintomas, fato que
juvenis no trato gastrointestinal; (3) qualquer número de pólipos
ratifica a importância da investigação precoce de familiares de
juvenis com história familiar de polipose intestinal. Clínicamente os
pacientes acometidos pela doença. O câncer da tireóide ocorre em
pacientes apresentam eliminação de muco, hematoquezia, ane-
1 a 2% dos casos e tende a ser bem delimitado, pouco agressivo
mia, hipoalbuminemia, hipoproteinemia, prolapso de pólipos pela
e com baixo potencial de metástases. A colectomia é o tratamento
região anal. História familiar de polipose juvenil pode ser encontra-
recomendado para reduzir o risco de câncer colorretal e as opções
da em aproximadamente 33% dos pacientes diagnosticados com
cirúrgicas incluem colectomia total com ileorretoanastomose ou
polipose hamartomatosa. Exames de endoscopia digestiva alta e
proctocolectomia total com ileostomia terminal ou com bolsa
colonoscopia deveram ser realizados assim que aparecerem sin-
ileal em J. Objetivo: Relatar um caso de Polipose Adenomatosa
tomas clínicos, ou em pacientes assintomáticos com risco elevado
Familiar. Casuística: Um paciente (Relato de Caso). Método:
da doença a partir dos 15 anos de idade. A presença de pólipos
Avaliação retrospectiva do prontuário da paciente no Hospital Ophir
numerosos, complicados com hemorragia, anemia, transformação
Loyola. Resultados. Feminimo, 51 anos, com antecedentes pessoais
maligna serão tratados cirurgicamente. A colectomia subtotal ou
de surdez congênita e carcinoma papilífero de Tireóide há 20 anos,
total com bolsa ileal são os procedimentos indicados. Relato de
além de três irmãos com PAF e casos de câncer colorretal na família.
Caso: LRPO, 15 anos deu entrada pelo pronto atendimento com
Procurou atendimento em 2012 relatando episódios de diarreia,
quadro de hemorragia digestiva baixa e exteriorização de lesão
hematoquezia e perda ponderal. A colonoscopia evidenciou
polipóide pela região anal. Sem antecedentes familiares de lesões
múltiplos pólipos colônicos, indicando polipose adenotamosa
em sistema digestório. Apresentava-se clínicamente anemiada,
familiar. A paciente foi então submetida à colectomia subtotal com
PA: 11x6 mmHg FC: 112r macrocefalia e aumento de folículos
anastomose íleorretal término-lateral. Em 2013, uma colonoscopia
pilosos pelo corpo. Anuscopia com lesão polipoide prolapsada
de controle mostrou um pólipo em reto superior e uma lesão
pela região anal com sangramento em babação. Hemoglobina de
elevada de limites imprecisos e cerca de 3 cm de diâmetro em reto
entrada: 6,2; hematócrito 19,6%. Optado por redução manual do
inferior, sendo realizada polipectomia da primeira lesão e biópsias
pólipo prolapsado e colocação de tampão anal hemostático para
incisionais da segunda. O exame histopatológico demonstrou
posterior investigação endoscópica. Realizada endoscopia digesti-
adenoma tubular de baixo grau em reto superior e adenoma túbulo-
va alta que mostrava apenas gastrite leve antral sem pólipos, pes-
viloso de alto grau em reto inferior. Conclusão: A PAF é uma
quisa de H.pylori negativo. Colonoscopia com presença de várias
doença hereditária que se manifesta em indivíduos jovens, que se
lesões polipoides em reto, sigmóide, colons de tamanhos variados,
não tratados adequadamente desenvolverão neoplasia colorretal. O
ulcerados sem que fosse possível tratamento de ressecção. Reali-
melhor tratamento continua a ser o tratamento cirúrgico.
zada proctocolectomia total com bolsa ileal e anastomose ileoretal
sem complicações. Alta hospitalar no 7 dia pós-operatório. O Ana-
POLIPOSE HAMARTOMATOSA
JUVENIL - RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Cólon
tomopatológico revelou presença de 5 lesões: em cólon direito,
ceco, cólon transverso e reto compatíveis com adenocarcinomas
moderadamente diferenciado e presença de 1 gânglio pericólico
Autores: Luiz Claudio Landolfi Pereira / Hospital Nove de Julho;
Mauricio Andrade Azevedo / Hospital Nove de Julho; Guilherme
Blattner de Oliveira / Hospital Nove de Julho.
em ceco comprometido de 72 retirados. Encaminhada para trata-
Resumo
PÓLIPO DE APÊNDICE: RELATO DE CASO
Introdução: A Polipose hamartomatosa juvenil faz parte das
Autores: Gabriel Faria Najas / UnP; Sílvio José de Lucena
Dantas / UnP; Tiago Bezerra de Fretias Diniz / UnP; José
Saint-Clair de Sousa Torres Filho / UnP; Pedro Bezerra
Nóbrega / UnP; Senival Alves de Oliveira Júnior / UnP;
Andrey Freitas Duarte / UnP; Rielly de Sousa e Silva / UnP;
mento complementar de quimioterapia.
Temário: Cirurgia / Cólon
Síndromes de Tumores Hamartomatosos polipóides (PTEN Síndrome) caracterizada pela formação de pólipos no trato digestivo
alto e baixo com elevado potencial de transformação maligna. O
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Resumo
Introdução: Embora a apendicite aguda seja uma enfermidade
comum, outras doenças que afetam o apêndice são pouco descritas.
Há algum tempo, o uso da ultrassonografia e da tomografia
computadorizada tem ajudado no diagnóstico de várias patologias
envolvendo o apêndice. No entanto, dados na literatura sobre achados
endoscópicos de diferentes processos envolvendo o apêndice ainda
são escassos. Os pólipos hiperplásicos são pólipos não neoplásicos
e tendem a ser diminutos e assintomáticos. são os segundos pólipos
colorretais em frequência, sendo encontrados quase exclusivamente
no reto e no sigmoide. Podem ter uma apresentação típica de
uma apendicite aguda ou queixar-se de uma dor crônica em
quadrante inferior direito de abdômen. Alguns casos podem ser
assintomáticos, como também apresentar sintomas inespecíficos
e melena. Entretanto, pólipos maiores tendem a ser sintomáticos
pela tendência a ocluir o lúmen apendicular. A apendicectomia é
o tratamento de escolha. Objetivo: Relatar um caso de paciente
portador de pólipose apendicular, apresentando tratamento instituído
e evolução. Metodologia: Revisão de prontuário e de literatura nas
bases de dados MEDLINE, PubMed, UpToDate e SciELO, utilizando
o descritor pólipo de apêndice. Incluídos artigos de língua inglesa e
portuguesa, entre 2009 e 2014. Relato de Caso: Paciente JCR, 64
anos, sexo masculino, portador de um pólipo em apêndice observado
na colonoscopia, paciente realizava este exame de rotina devido à
existência prévia de pólipos em cólon. Paciente negava, queixas álgicas,
diarreia, constipação, febre, náuseas, vômitos, melena, hematoquezia,
anorexia. AP: HAS, DM, pólipos intestinais em cólon, já ressecados
e colite. AF: Sem história familiar para pólipos. Colonoscopia mostrou
uma área elevada no interior do óstio apendicular com fibrina no
ápice sugestiva de lesão polipoide. Foi realizada a apendicectomia
por videolaparoscopia. Apêndice cecal e segmento do ceco foram
enviados para análise histopatológica, cuja Conclusão foi de pólipo
hiperplásico de apêndice. O paciente permaneceu internado no pósoperatório durante três dias, tendo alta hospitalar posteriormente.
Conclusão: como advento e disseminação dos exames de imagem
novas patologias vem sendo mais corriqueiramente diagnosticadas.
O pólipo de apêndice apesar de ser uma patologia benigna pode
evoluir com risco de comodidades, e até mesmo mortalidade para
com o paciente. Como são os casos de obstrução do apêndice pelo
pólipo, estando indica a terapêutica cirúrgica.
PREVENÇÃO DE HÉRNIA
PARAESTOMAL, COM REFORÇO EM
TELA DE POLIPROPILENO, EM UM
PACIENTE COM NEOPLASIA DE RETO:
RELATO DE CASO EM UM HOSPITAL
DE REFERÊNCIA NA AMAZÔNIA
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Carlos José Cardoso Dourado / Ophir Loyola; Allan
Herbert Feliz Fonseca / Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha
Garcia / Ophir Loyola; Luiz Nazareno França de Moura /
Ophir Loyola; Luiz Otávio Lopes de Macedo / Ophir Loyola;
Raissa Pereira de Tommaso / Ophir Loyola; Sebastião Neto
Fernandes Barros / Ophir Loyola; Bruno de Castro Ribeiro /
Ophir Loyola.
Resumo
Introdução: A confecção de estoma, como resultado do tratamento de neoplasias colorretais, pode associar-se a complicações
que afetam a qualidade de vida do paciente e aumentam os custos
dos sistemas de saúde. A hérnia paraestomal se destaca entre as
complicações tardias. Objetivo: Relatar o caso de um paciente
com neoplasia retal, submetido a colostomia terminal com reforço
em tela de polipropileno. Casuística: Paciente EGB, 48 anos, sexo
masculino, natural de Belém-PA, admitido no Complexo Hospitalar
Jean Bittar – Ophir Loyola, no dia 24/05/2013, com queixa principal
de dor ao evacuar e diagnóstico de adenocarcinoma de reto baixo,
há 6 meses. Realizou, previamente, 30 sessões de radioterapia e 05
de quimioterapia. Nega outras comorbidades. Ao exame: paciente
em regular estado geral. Abdome normotenso, indolor a palpação,
com ausência de massas palpáveis. Toque retal: presença de lesão
palpável a 6 cm da borda anal, em paredes laterais e posterior,
endurecida e sangrante. Método: As informações contidas
neste trabalho foram obtidas por meio de revisão de prontuário,
registros de exames complementares, e revisão da literatura.
Resultados: Em 01/06/14 o paciente foi submetido à amputação
abdominoperineal de reto e colostomia terminal com colocação
de tela profilática. Antibioticoprofilaxia foi realizada durante
indução anestésica. Sob anestesia geral, e após a amputação
abdominoperineal do reto (cirurgia de Miles), foi confeccionada a
colostomia terminal ao nível do sigmoide, com colocação de tela
profilática. A tela utilizada foi do tipo polipropileno monofilamentar,
medindo cerca de 10cm de diâmetro, com uma fenestração central
de aproximadamente 5cm, local de passagem do intestino. O
posicionamento desta tela se deu no plano retromuscular sobre
a fáscia posterior e o peritônio. Durante a cirurgia não foram
registradas intercorrências. Evolução: Paciente evoluiu bem no
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
83
A nais
pós-operatório, sem nenhuma complicação cirúrgica, recebendo
alta hospitalar no 7° PO. Segundo o planejamento o seguimento
ambulatorial do paciente se dará com consultas no 15º dias, 1º,
3º e 6º mês, e 1º, 2º e 5º ano, pós-operatório. Nos dois primeiros
retornos, a colostomia apresentou-se funcionante e sem evidência
de complicações. Conclusão: As hérnias paraestomais são
complicações comuns que resultam em grande dano físico e social
aos pacientes ostomizados. Dada a praticidade técnica e relativo
baixo custo, o uso de tela profilática se posiciona como alternativa
de prevenção.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
desde 2005 no tratamento da PAF. Objetivo: Analisar os
resultados clínicos e funcionais obtidos com o uso desta técnica
cirúrgica no tratamento de crianças com PAF. Materiais e
Métodos: Dados clínicos foram recuperados dos prontuários
das crianças submetidas a este tratamento. Posteriormente,
estes pacientes foram convocados para uma entrevista
médica e exame físico sucinto. Neste momento, responderam
a um questionário padronizado, com o objetivo de avaliar as
condições clínicas, padrão evacuatório e aspectos relacionados
a qualidade de vida. Resultados: 8 pacientes com diagnóstico
endoscópico e histopatológico de PAF foram submetidos ao
PROCTOCOLECTOMIA RESTORATIVA
COM ILEONEORRETO-ANASTOMOSE
NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DA
POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR
EM CRIANÇAS
84
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Pedro Luiz Toledo de Arruda Lourenção / Faculdade
de Medicina de Botucatu - UNESP; Amanda André Monteiro /
Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Erika Veruska Paiva
Ortolan / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Rozemeire
Garcia Marques / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP;
Marcos Curcio Angelini / Faculdade de Medicina de Botucatu UNESP; Wilson Elias de Oliveira Junior / Faculdade de Medicina de
Botucatu - UNESP; Francine Ambrosio Lopes da Silva / Faculdade
de Medicina de Botucatu - UNESP; Bonifácio Katsunori Takegawa
/ Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP.
tratamento cirúrgico com INRA. A média de idade foi de 12,25
(± 2,9) anos. A mediana do tempo cirúrgico foi de 465 minutos
e variou entre 600 minutos (primeiro caso) à 240 minutos (caso
mais recente). Não houve complicações no intraoperatório. Três
pacientes necessitaram de re-operações (2 por bridas e 1 por
torção da alça proximal da ileostomia protetora). A mediana do
tempo de seguimento clínico foi de 36 meses (5-120 meses).
A maioria dos pacientes (57%) encontra-se com hábito intestinal
regular, com fezes pastosas e com frequência evacuatória
de até 5 vezes por dia. Apenas dois pacientes apresentam
incontinência fecal (1 caso com perdas diárias durante o sono e
1 caso com perdas semanais). Conclusão: A proctocolectomia
total com ileoneorreto anastomose mostrou-se uma técnica
segura, eficaz e com adequados resultados clínicos e funcionais
para o tratamento de crianças com PAF.
Resumo
Introdução: O tratamento cirúrgico da Polipose Adenomatosa
Familiar (PAF) tem como objetivo a remoção da mucosa coloretal
e, ao mesmo tempo, fornecer adequada qualidade de vida, com
continência fecal e frequência de evacuações aceitável. Em
1999, Van Laarhoven et al. propuseram uma técnica inovadora:
a proctocolectomia restorativa com ileoneorreto-anastomose
(INRA). Após a realização de uma colectomia subtotal,
confecciona-se uma mucosectomia do reto, mantendo sua
parede muscular íntegra. Um novo revestimento mucoso para
esta parede retal será propiciado pela mucosa do segmento mais
distal do íleo terminal, previamente dissecada de sua parede
sero-muscular e mobilizada ao reto em conjunto com o seu
suprimento vascular. Apesar de ser considerada uma técnica
cirúrgica reprodutível e com baixo índice de complicações, há
poucos relatos do seu uso na literatura, nenhum abordando a
faixa etária pediátrica. Nosso grupo tem utilizado esta técnica
PROLAPSO PÉLVICO
MULTICOMPARTIMENTAL ASSOCIAÇÃO DE MÚLTIPLOS
PROCEDIMENTOS ABDÔMINOPERINEAIS: RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Juliana portella Fontana / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Luis
Fernando Mariano Rodrigues / Unidade de Coloproctologia
do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Fabio Alves
Soares / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças
Armadas – Brasília / DF; Calil Abud Neto / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF;
Leonardo de Mota Seixas / Unidade de Coloproctologia do
Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Danielle Talamonte / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças
Armadas – Brasília / DF; Patricia Maria B. Cavalcanti / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas
– Brasília / DF.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Resumo
caso de adenocarcinoma de reto localmente avançado. Casuística:
Um paciente (Relato de Caso). Método: Avaliação retrospectiva
Paciente de 53 anos, mulher, com histórico de disquezia importante
do prontuário da paciente no Hospital Ophir Loyola Resultados: No
há 20 anos – após parto vaginal de criança macrossômica –
presente estudo, relata-se o caso da paciente S.S.L., 37 anos, do sexo
associada à dispareunia e sensação de peso vaginal. Ao exame
feminino, com história dor ao evacuar, sangramento retal espontâneo e
físico, apresentava descenso perineal excessivo à inspeção dinâmica,
melena de início no começo do ano de 2013. O exame histopatológico
retocele de 3 grau, enterocele palpável à manobra de Valsalva
mostrou adenocarcinoma tubular moderadamente diferenciado,
no exame bidigital e colpocistocele. O escore pré-operatório
infiltrando mucosa escamosa. A colonoscopia não foi realizada por
para constipação da Cleveland Clinic (ECCC) era de 11. Realizou
preparo inadequado. A Tomografia Computadorizada de abdome
manometria e cinedefecografia (CD) pré-operatórias, tendo a
evidenciou espessamento parietal do reto-sigmoide. Sendo assim, a
CD demonstrado intussuscepção retoanal com redução do lume
paciente foi encaminhada ao Hospital Ophir Loyola para realização
retal, enterocele volumosa associada a alargamento da distância
de radioterapia e quimioterapia neoadjuvantes, foram feitas 25 e 10
retovaginal em 4 cm, além de descenso perineal de 6 cm à manobra
sessões respectivamente. Posteriormente, a Ressonância Nuclear
evacuatória. Foi submetida a procedimento de Moschcowitz para
Magnética detectou invasão de parede posterior e não regressão do
obliteração do fundo-de-saco posterior e correção da enterocele,
tumor. Foi internada na enfermaria de oncocirurgia para o tratamento
associado a pexia do fórnice vaginal mediante uso de tela de
cirúrgico no dia 16/06/2014. Ao exame físico encontrava-se em bom
polipropileno subperitoneal anterior (“POPS Procedure”) e correção
estado geral, hipocorada (+/4+), sem outras alterações. Ao exame
transanal grampeada da intussuscepção com grampeador EEA HEM
retal verificou-se na inspeção plicomas, e ao toque, incontinência
33® (“Apex Technique”) em um mesmo tempo cirúrgico. Evoluiu
do esfíncter anal externo, com ausência do reflexo anal e massa em
satisfatoriamente e sem intercorências no pós-operatório precoce,
parede anterior de consistência endurecida com erosões. A cirurgia
obtendo remissão de suas queixas pelvi-perineais. O ECCC reduziu-
foi realizada no dia 07/07/2014 e consistiu em colostomia a Hartmann,
se para 6 pontos no pós-operatório.
sem remoção do tumor devido à sua irressecabilidade. Evoluiu
o
sem intercorrências, com alta hospitalar após 3 dias de cirurgia.
RELATO DE CASO DE
ADENOCARCINOMA DE RETO
LOCALMENTE AVANÇADO
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Bruma Gouveia de Melo / Uepa; Marcelo Bandeira
Coelho Dias / Hospital Ophir Loyola; Patrícia Isabel Bahia
Mendes Freire / Hospital Ophir Loyola; Alessandro França de
Souza / Hospital Ophir Loyola; Marcos de Souza Lopes Freire
Filho / Hospital Ophir Loyola; Denise Cristina dos Santos
Luz / Hospital Ophir Loyola; Renan Faria Cardoso / Uepa;
Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola.
Resumo
Introdução: Neoplasia maligna mais comum do tubo digestivo, o
câncer colorretal teve sua incidência aumentada nos últimos anos,
principalmente em áreas consideradas de baixo risco (países em
desenvolvimento). Vários fatores parecem estar envolvidos, como
o envelhecimento precoce da população, sedentarismo e hábitos
alimentares pouco saudáveis. Estima-se em cerca de meio milhão,
o número de óbitos por esta doença a cada ano, com tendência
decrescente em mortalidade nós últimos anos. Objetivo: Relatar um
Conclusão: A detecção precoce dos tumores malignos é essencial
para o tratamento e prognóstico do paciente. Quanto mais cedo for
diagnosticado um tumor maligno, mais formas de tratamento eficazes
estarão disponíveis e melhor o prognóstico do paciente
RELATO DE CASO: ABAIXAMENTO
RETRO-RETAL DO CÓLON COM
ANASTOMOSE COLORRETAL NA
DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Sebastião Neto Fernandes Barros / Hospital Ophir
Loyola; Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophir Loyola;
Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; Hamilton
Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; José Gabriel
Miranda da Paixão / Hospital Ophir Loyola; Pablo Baptista
Oliveira / Hospital Ophir Loyola; Raquel de Maria Maues
Sacramento / Hospital Ophir Loyola; Carolina Costa Beckman
Nery Oti / Hospital Ophir Loyol.
Resumo
Introdução: A doença de Hirschsprung é caracterizada pela
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
85
A nais
ausência de células ganglionares nos plexos mioentéricos do trato
intestinal distal. É também conhecida pelos nomes de megacólon
aganglionar ou megacólon congênito. Objetivo: Descrever um
caso de doença de Hirschsprung. Casuística: Um paciente (relato
de caso) Metodologia: Relato de caso prospectivo e revisão da
literatura (SCIELO e LILACS). Resultado: Paciente de 15 anos de
idade com queixa de dificuldade para evacuar desde os 6 anos de
idade, de inicio insidioso e progressivo, com melhora apenas após
uso de óleo mineral e lactulona. No entanto, sintomas de constipação
vem se agravando com o passar dos anos, relatando a paciente ter
86
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Gabriel Miranda da Paixão / Hospital Ophir Loyola; Bruno
de Castro Ribeiro / Hospital Ophir Loyola; Raquel de Maria
Maues Sacramento / Hospital Ophir Loyola; Carolina Costa
Beckman Nery Oti / Hospital Ophir Loyola.
Resumo
Introdução: A moléstia diverticular do cólon é uma patologia
decorrente dos hábitos alimentares da vida moderna. Associada
a uma dieta pobre em fibras sua incidência tem crescido nas
últimas décadas. Objetivo: descrever um caso de diverticulite
ficado sem evacuar por até 30 dias, só apresenta melhora com o
complicada. Casuística: Um paciente (relato de caso).
uso de bisacodil. Fora internada anteriormente para retirada manual
Metodologia: Relato de um caso de diverticulite complicada e
de fecaloma, quando então retomou evacuações normais por curto
revisão da literatura (SCIELO e LILACS). Resultado: Paciente
período e logo após voltaram sintomas de constipação. Responsável
masculino 77 anos com história de dor epigástrica intensa de
relata redução da eficácia de medicamentos laxativos há 1 ano. Ao
início há 2 meses, acompanhado de tenesmo, dificuldade para
exame físico: Abdome plano, flácido, apresentando abaulamento
evacuar e urinar. Procurou atendimento no Hospital Modelo, onde
em hipogastro, flanco e fossa ilíaca esquerda, com macicez a
permaneceu internado por 8 dias recebendo sintomáticos e sonda
percussão e doloroso a palpação profunda nas regiões supracitadas.
vesical de demora. Foi internado no Hospital de Pronto Socorro
Nota-se alças repletas de fezes em colon descendente, sigmoide e
Municipal Mário Pinoti por 7 dias com quadro de dor hipogástrica
ampola retal, com presença de conteúdo depressível, que cede a
e apresentando sangue vermelho escuro nas fezes e urina de
média pressão, não retornando a conformação original de imediato.
coloração avermelhada. Refere perda de +/- 10 kg em 2 meses.
Submetida a nova extração manual de fecaloma. Clister Opaco:
Atualmente refere dor abdominal hipogástrica, 6 evacuações
Alterações no calibre (aumento) e pregueado mucoso ao nível do
diárias, com sangue vivo. Diurese presente por sonda vesical de
reto e sigmoide. ID: Megacólon (D. de Hirschsprung). Optou-se
demora, de coloração avermelhada. AMP: HAS, ex-tabagista, nega
pelo tratamento cirúrgico: Exérese de retossigmoide + dissecção de
DM e etilismo, AVC há 10 anos, nódulo prostático diagnosticado
espaço retro-retal via perineal + abaixamento retro-retal de coto retal
há 4 anos (sem tratamento). Abdome: Algo distendido, doloroso
com sutura sero-muscular. 7 dias após: Pontos de fixação de cólon
a palpação profunda em hipogástrio, sem visceromegalias, RHA
abaixado em margem anal com catgut 0 + grampeamento de cólon
presentes, descompressão brusca negativa. Posteriormente o
abaixado e reto com grampeador linear 75 mm. O paciente evoluiu
paciente evoluiu com dor em fossa ilíaca esquerda e suprapúbica
satisfatoriamente bem no pós-operatório, recebendo alta em bom
e o abdome encontrava-se: globoso, com presença de massa
estado geral. Conclusão: Abaixamento retro-retal do colon com
dolorosa quente em FIE, que se estendia por toda parede lateral
anastomose colorretal retardada pela técnica de Duhamel-Haddad
esquerda, até o hipocôndrio esquerdo e descompressão brusca
foi a técnica mais utilizada em nosso meio para megacolo chagásico.
positiva. TC de abdome demonstra espessamento da parede
Descrita por Duhamel para o megacolo congênito e modificada por
do cólon sigmoide ebolhas de ar extra-intestinal sugerindo
Haddad. Esta última é a única técnica que ainda sobrevive em alguns
diverticulite complicada com perfuração. Optou-se pelo tratamento
poucos centros, realizada agora em único tempo.
cirúrgico com incisão mediana transubilical. Achados: Diverticulite
em atividade com perfuração de cólon descendente e sigmoide,
RELATO DE CASO: DIVERTICULITE
COMPLICADA
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Sebastião Neto Fernandes Barros / Hospital
Ophir Loyola; Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophir
Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola;
Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; José
com presença de abscesso em fossa ilíaca esquerda. Realizado:
Retossigmoidectomia + hemicolectomia Esquerda + colostomia
terminal em Hipocôndrio Esquerdo + drenagem de abscesso.
O paciente evoluiu satisfatoriamente bem no pós-operatório,
recebendo alta em bom estado geral. Conclusão: As evidências
atuais sustentam que a cirurgia eletiva realizada posteriormente ao
episódio de diverticulite aguda obtém menores taxas de conversão,
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
morbimortalidade e menor tempo de internação do que a cirurgia
de urgência em vigência de processo inflamatório agudo.
RELATO DE CASO: HÉRNIA
DIAFRAGMÁTICA DE CÓLON COMO
CAUSA DE EMPIEMA PLEURAL
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Flávius Vinícius Cabral Soares / Hospital Geral Dr
César Cals de Oliveira; Fernando Holanda Costa Júnior /
Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Liana Barbosa e
Silva / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Mariana
Marconato Monje / Hospital Geral de Fortaleza; Hanysson
Freire de Almeida / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira;
Carlos Márcio Melo de Matos / Hospital Geral Dr César Cals
de Oliveira; Marina Paiva Sousa / Hospital Geral Dr César
Cals de Oliveira; Ticiano Adler de Sousa Sindeaux / Hospital
Geral Dr César Cals de Oliveira.
Resumo
Introdução: As hérnias diafragmáticas são sempre um desafio
à abordagem cirúrgica. Hérnias diafragmáticas com conteúdo
colônico são incomuns e a sua ruptura causando empiema pleural
são extremamente raras. Objetivo: Relatar a comunidade científica
a abordagem de um caso de hérnia diafragmática de conteúdo
colônico que apresentou ruptura causando empiema pleural de
origem fecalóide, sendo o diagnóstico iniciado como investigação
de uma incomum de dor toráxica aguda em paciente jovem.
Casuística: Hérnias diafragmáticas apresentam-se normalmente
durante a infância, com incidência em neonatos, variando de 1:4000
a 1:7000, no adulto é um achado raro. Como o cólon apresentase como um órgão fixo na cavidade abdominal a sua herniação é
evento raro, sendo a sua ruptura como causa de empiema pleural
extremamente rara. Métodos: Os dados foram coletados por meio
de anamnese, exame físico da paciente e informações registradas
em prontuário médico, bem como laudos de exames de imagem e
biópsia, sob autorização do paciente. Resultados: C.B.S., 39 anos,
masculino, iniciou subitamente, 3 meses antes da internação, uma
quadro de dor de forte intensidade em região do hemitórax esquerdo,
sem irradiação em caráter de aperto, constante, associado a vômitos
incoercíveis e dispnéia. Procurou atendimento médico sendo
diagnosticado com empiema pleural. A tomografia mostrou que havia
uma hérnia diafragmática com rotura do cólon na cavidade pleural
provocando derrame pleural fecalóide. Foi então submetido a uma
toracotomia com decorticação pulmonar, limpeza da cavidade com
laparotomia combinada para redução de hérnia, rafia diafragmática e
colectomia à esquerda a Hartmann. Posteriormente foi encaminhado
para reconstrução do trânsito intestinal. Paciente evolui bem sem
intercorrências no pós-operatório. Conclusão: Paciente portador
de patologia cirúrgica rara e desafiadora foi submetido a tratamento
cirúrgico com sucesso sendo um caso de interesse para relato à
comunidade científica.
RELATO DE CASOS CLÍNICOS
DE MUCOCELE DE APÊNDICE
COM APRESENTACÕES CLÍNICAS
DISTINTAS
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Gabriel Salim Casseb / UNAERP; Fernado Cesar
Ferreira Pinto / UNAERP; Leonardo Castro Marinzeck /
UNAERP; Fábio Augusto Brassarola / UNAERP; Octávio
Assumpção Macedo / Instituto de Cirurgia de Ribeirão Preto;
Tassiane Bonotto Horvatich / UNAERP; Heitor Fernades
Amorim / UNAERP; Franz Andrei Patriarcha / UNAERP.
Resumo
Introdução: Mucocele de apêndice cecal é o acúmulo de muco
na luz do apêndice, que distende. são 3 fatores necessários para a
produção de muco: obstrução crônica da luz do apêndice, esterilidade
do seu conteúdo e atividade secretória continua do epitélio. Idade
media 55 anos. Relação 4:1, mulheres e homens. Classificada em
3 tipos: I- mucocele ou cisto de retenção, formada pela obstrução
da luz do apêndice por muco. II- cisto adenoma mucinoso, maioria
dos casos, lesão cística, parcial ou totalmente recoberto por epitélio
neoplásico (benigna). III- cisto adenocarcinoma mucinoso, invasão
do estroma por glândulas neoplásicas (maligna). A sintomatologia
é variável, com diagnósticos feitos durante as cirurgias por outras
patologias ou por achado histopatológico. Objetivo: Relatar e
comparar casos de mucocele de apêndice com caracteristicas clínicas
distintas. Casuística e método: Mulher, 74 anos, com dor de forte
intensidade em fossa ilíaca direita há 4 dias, com melhora após uso
de analgésicos, sem irradiação, continua, nega demais sintomas. Us
abdome: imagem heterogênea em fossa ilíaca direita, sem limites
aparentes, associada a espessamento ecogênico do mesentério
ao seu redor e pequena quantidade de liquido. Foi realizado
apendicentomia no mesmo dia. O anatomo mostrou apêndice cecal
com cistoadenoma com neoplasia intraepitelial de baixo grau, algumas
áreas ulceradas e substituídas por muco, com sinais de apendicite
aguda ulcero-flegmonosa e peri-apendicite exsudativa acometendo
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
87
A nais
a serosa e o mesoapêndice, não foi detectado neoplasia invasora,
margens cirúrgicas livres de atipias. Outro caso, mulher, 70 anos,
com quadro de desconforto abdominal inespecífico e constante há
1 ano, com apenas 1 pico de exacerbação associado a disúria, sem
outras queixas. Durante a investigação, foi solicitado US de abdome:
cálculo no terço inferior do rim direito, e uma formação cística
alongada, no retroperitônio e na loja renal direita. Complementado,
TC de abdome: distensão líquida do apêndice cecal medindo 8,6cm,
paredes finas, com discreto realce parietal, concluindo achado
compatível com mucocele de apêndice. Realizado apendicectomia.
O anatomo mostrou cistoadenoma mucinoso sem outras alterações,
com margens livres. Resultados e conclusões: Casos da
mesma patologia, com apresentações clínicas distintas, porém
mesma conduta cirúrgica. portanto, mucocele do tipo I e II somente
apendicectomia é satisfatório, mas mucocele do tipo III é necessário
colectomia a direita.
88
SEGUIMENTO CLÍNICO A LONGO
PRAZO DE CRIANÇAS COM
DISPLASIA NEURONAL INTESTINAL
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Pedro Luiz Toledo de Arruda Lourenção / Faculdade
de Medicina de Botucatu - UNESP; Laura Luiza Minelli Rosa /
Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Erika Veruska
Paiva Ortolan / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP;
Bonifacio Katsunori Takegawa / Faculdade de Medicina de
Botucatu - UNESP; Antonio Marcos Rodrigues / Faculdade
de Medicina de Botucatu - UNESP; Simone Antunes Terra
/ Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Vanessa
Melo Granado / Faculdade de Medicina de Botucatu; Maria
Aparecida Marchesan Rodrigues / Faculdade de Medicina
de Botucatu.
Resumo
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
prazo de pacientes com diagnóstico de DNI, submetidos a
diferentes formas de tratamento. Pacientes e métodos: Foram
analisados, retrospectivamente, os prontuários de 17 crianças
com diagnóstico histopatológico de DNI para obtenção de dados
sobre o curso clínico da doença. Em um segundo momento, de
forma prospectiva, estes pacientes foram convocados para uma
entrevista para investigação do atual estado clínico, com enfoque
para o padrão evacuatório e incontinência fecal. Resultados:
Constipação intestinal, definida pelos critérios de Roma III, estava
presente em todos os casos, no momento do diagnóstico. Cinco
pacientes evoluíram com abdome agudo obstutivo e necessitaram
de cirurgia de urgência. Outros 10 pacientes foram submetidos ao
tratamento cirúrgico (abaixamento de colon endorretal transanal),
em caráter eletivo, após insucesso do tratamento clínico e/ou
por opção familar. Dois pacientes foram mantidos apenas com
tratamento clínico (mudanças na dieta e laxantes). O tempo médio
de seguimento clínico foi de 7.83 ± 3,86 anos. Dos 15 pacientes
submetidos ao tratamento cirúrgico, 5 (33,3%) mantém sintomas
de constipação intestinal e necessitam de uso regular de laxantes.
Os dois pacientes submetidos ao tratamento clínico ainda mantém
o uso regular de medicações laxativas, porém não apresentam
sintomas de constipação intestinal. Nove pacientes apresentam
quadro de incontinência fecal, todos do grupo submetido ao
tratamento cirúrgico (60% dos casos). Conclusão: Apesar de
o tratamento cirúrgico ser a principal opção para os casos de
insucesso do tratamento clínico, a manutenção da constipação
intestinal e a incontinência fecal são problemas frequentes no
pós-operatório, despertando dúvidas a respeito de qual deve ser
a melhor opção de tratamento para esta doença.
SÍNDROME DE GARDNER:
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Cólon
Introdução: A Displasia Neuronal Intestinal (DNI) é uma
doença rara caracterizada por complexas alterações do sistema
nervoso entérico. O seu diagnóstico é realizado a partir da
análise histopatológica de biópsias de reto de pacientes que
apresentam constipação intestinal, habitualmente refratária a
tratamento clínico. Uma minoria dos casos pode apresentar
obstrução intestinal aguda ou enterocolite. O tratamento da
DNI pode ser clínico ou cirúrgico. Entretanto, os resultados
destes diferentes tipos de tratamento são discordantes e os
estudos de seguimento são raros e com número limitado de
pacientes. Objetivo: Investigar a evolução clínica a longo
Autores: Lilian Cristhian Ferreira dos Santos Rocha / ITPAC;
Agamenon Dias de Oliveira / ITPAC; Hudson Fernandes
Barile / ITPAC; Mariana Rocha Queiroz / ITPAC; Filipe
Coutinho Mota / ITPAC; Isabela Cristina Macedo Fernandes
/ ITPAC; Pedro Ernesto Alves Mangueira Júnior / ITPAC;
Rone Antonio Alves de Abreu / ITPAC.
Resumo
Síndrome de Gardner é um transtorno genético caracterizado
pela presença de pólipos múltiplos no cólon em associação
com tumores fora do cólon. Os tumores fora do cólon podem
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
incluir osteomas do crânio, câncer de tireóide, cistos epidermoides,
Resumo
fibromas e cistos sebáceos. Os incontáveis pólipos no cólon
predispõem o desenvolvimento de câncer de cólon. Os pólipos
Introdução: A apendicite aguda é um das mais frequentes
também podem crescer no estômago, duodeno e intestino
causas de abdome agudo, sua principal etiologia é a obstrução
delgado. O objetivo desse trabalho é relatar um caso da Síndrome
do lúmen. Existem grande controvérsias na literatura sobre o
de Gardner, observando os critérios que conduzem ao diagnóstico
Enterobius vermicularis causarem apendicite aguda, questão
e suas peculiaridades no(a) paciente em questão, assim como a
debatida por vários autores. Objetivo: Relato de uma
conduta cirúrgica empregada. O trabalho foi realizado através de
apendicectomia na qual foi evidenciado infecção por Enterobius
uma revisão de prontuário e levantamento acerca do tema com
vermiculares. Casuística: Emergência. Relato do Caso: C.A.,
pesquisa em dados disponíveis no MEDLINE, LILACS-BIREME,
15 a., feminina, brasileira, branca, solteira. Data da Internação:
PUBMED e COCHRANE e literatura especifica. Paciente feminino,
02/07/14 QP: “Dor na barriga” HDA: Inicio dos sintomas no dia
25 anos, encaminhado do Hospital de Araguaína ao ambulatório de
anterior com dor em região epigástrica migrou para FID, nega
oncologia apresentando diarreia sanguinolenta há três meses com
relação com esforço, náuseas, vômitos ou febre. DUM: 15 dias
perda ponderal de aproximadamente 10 Kg no período de evolução.
antes. HPP: Ndn. Ao exame: Acordada, orientada, anictérica,
Realizada colonoscopia demonstrando múltiplos pólipos. Realizados
estável hemodinamicamente. AR e AC: s/alt. Abdome: plano,
exames pré-operatórios de proctocolectomia total. Internada para
depressível, doloroso a palpação em FID com descompressão
procedimento cirúrgico com diagnóstico pré-operatório de polipose
dolorosa nessa região, RHA +, punho percussão de região
colônica familiar; neoplasia de reto médio; tumor de reto; tumor
lombar indolor. MMII: s/alt. Exames laboratoriais: Hb: 13,0;Ht:
de transverso; possível metástase hepática. No intraoperatório
38%;Leucócitos:
confirmou-se pequena metástase hepática assim como as hipóteses
57,0%; Eosinófilos:1,0%;Linfócitos: 35,0%;Plaquetas 358.000
diagnósticas pré-operatórias, observou-se ainda invasão na parede
Parcial de Urina: s/alt.βHCG. Cirurgia: Optou-se então pela
posterior da vagina e da pelve lateralmente. Optou-se por uma
intervenção cirúrgica com raquianestesia e posterior incisão de
ressecção alargada de tumor de intestino, ileostomia, metastectomia
hepática, linfadenectomia retroperitoneal e pélvica. Permaneceu
internada por 3 dias no CTI, com boa evolução, tendo alta no
7 DPO, com ileostomia terminal produtiva, uso de antibiótico e
encaminhamento para oncologia clínica. Foi submetida à radioterapia
neoadjuvante por um mês. Retorna ao Hospital após melhora do
estado geral e ganho de peso para realização de amputação de reto
abdomino perineal. Evolui sem intercorrências no pós-operatório e
no momento mantém em acompanhamento com a oncologia.
12.700;Bastonetes:
1,0%;Segmentados:
Davis. Após visualização do apêndice com pequena hiperemia e
edema, realizado então a apendicectomia. Limpeza da cavidade
e fechamento por planos. Material foi encaminhado para o exame
anatomopatológico . A pct evolui bem e teve alta hospitalar no fim
do primeiro dia pós-operatório; Anatomopatológico : Consiste
em apêndice vermiforme de 7,0 x 0,5 x 0,5 cm. Externamente
a serosa é acastanhada e brilhante, parcialmente revestido
por tecido fibroadiposo vascularizado do mesoapêndice. Aos
cortes a parede apendicular é íntegra, acastanhada e maciaelástica, 0,2 cm de espessura máxima. Na luz apendicular há
INFECÇÃO POR ENTEROBIUS
VERMICULARIS MIMETIZANDO
APENDICITE AGUDA: RELATO
DE CASO COM DESCRIÇÃO
MORFOLÓGICA E REVISÃO DA
LITERATURA
conteúdo fecal, havendo de permeio das diminutas estruturas
Temário: Cirurgia / Cólon
neoplásico. Conclusão: A discussão literária sobre o Enterobius
Autores: Claudio Luiz Lourenço de Souza Junior / UNOESC;
Rafael Rodrigues Rothbarth / UNOESC; Ricardo Hohmann
Camiña / Instituto de Patologia de Joaçaba; Flavia Silva de
Souza / Universidade Estacio de Sá - RJ; Vicente Sposito /
UNOESC; Felipe Wurzel / UNOESC; Roberto Zilio / UNOESC;
Rita de Cassia Palma Lima / UNOESC.
vermiculares ser causa de apendicite aguda se mantém. Casos
filiformes castanho-esbranquiçadas, a maior com 0,2 cm. Os
corte histológicos revelam apêndice vermiforme com acentuada
hiperplasia linfoide folicular na lâmina própria, na luz apendicular,
conteúdo fecal e diversas larvas de Enterobius vermicularis.
Sem evidências histológicas de apendicite aguda ou processo
de apendicectomias que posteriormente se identificas infecção
apendicular por parasitas são raros e cabe sempre a discussão
sem eles podem causar realmente apendicite aguda ou apenas
mimetizam os sintomas.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
89
A nais
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
TRATAMENTO DE FISSURA
ANAL CRÔNICA ASSOCIADA À
PROLAPSO HEMORROIDÁRIO POR
APLICAÇÃO INTRAESFINCTERIANA
DE TOXINA BOTULÍNICA TIPO “A” RELATO DE CASO
Cynthia Abdalla Cruz / HBDF; sergio Luiz Cruz Cunha /
HBDF; Mariana Dias Zanchetta / HBDF; Silvana Marques e
Silva / HBDF; Lucio Lucas Pereira / HBDF; Alexandre Gheller
/ HBDF; Fabio Laves Soares / HBDF.
Autores: Patricia Maria B. Cavalcanti / Unidade de
Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília
/ DF.; Luis Fernando Mariano Rodrigues / Unidade de
Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília
/ DF.; Juliana portella Fontana / Unidade de Coloproctologia
do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF.; Fabio Alves
Soares / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças
Armadas – Brasília / DF.; Calil Abud Neto / Unidade de
Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília /
DF.; Leonardo de Mota Seixas / Unidade de Coloproctologia
do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF.; Danielle
Talamonte / Unidade de Coloproctologia do Hospital Das
Forças Armadas – Brasília / DF.
Introdução: A Neoplasia Endócrina Múltipla tipo-2 (NEM-2)
Resumo
hormonais e não-hormonais produzidas pelas glândulas afetada.
Temário: Cirurgia / Cólon
90
da
Resumo
é herdada por genes autossômicos dominantes e compreende
um grupo de doenças, tais como carcinoma medular de tireóide
familiar (CMT-F), neoplasia endócrina múltipla tipo-2A (NEM-2A), que apresenta CMT associado a feocromocitoma (FEO) e
hiperparatireoidismo primário (HPT), e NEM, tipo-2B (NEM-2B),
onde ocorrem CMT, FEO e gânglio-neuromatose de mucosas.
Estas neoplasias neuroendócrinas são oriundas de células da
crista neural: células C da tireóide, células cromafins da medula da
adrenal; células principais e oxifílicas das paratireóides; gânglios
simpáticos, parassimpáticos e entéricos, além do trato urogenital.
A NEM-2 apresenta elevada expressão de várias substâncias
Relato do Caso: Paciente do sexo feminino , 51 anos, quadro
Paciente de 55 anos, mulher, queixava-se há mais de um ano de dor
importante ao evacuar, associada à hematoquezia e prolapso anal
manualmente redutível. Ao exame, apresentava fissura anal mediana
posterior com características de cronicidade e, à inspeção dinâmica,
prolapso de mamilos hemorroidários internos. Foi submetida à
manometria anorretal que demonstrava hipertonia em centímetro
distal do canal anal distal e hipotonia em centímetro proximal do
canal anal, em canal anal curto (1,5 cm). Devido ao elevado risco de
incontinência pós-operatória, optou-se por realizar esfincterotomia
química pelo uso da toxina botulínica do tipo a injetada apenas no
centímetro distal do esfíncter anal interno, associando-se, no mesmo
tempo cirúrgico, a desarterialização hemorroidária transanal com
hemorroidopexia (THD). A paciente apresentou cura da fissura anal
e remissão completa da hematoquezia e do prolapso anal no pósoperatório mediato. Até o momento, mantém-se sem recorrência
dos sintomas e nega incontinência fecal.
de dor em fossa ilíaca direita, alteração do hábito intestinal, fezes
sanguinolenta. História familiar de neoplasia colônica. Ao exame
físico apresentava tumoraçãos de 8 x 4 cm aproximadamente em
hipocôndio direito, doloroso à palpação. Realizou exame de colonoscopia: sob regulares condições de preparo e sem intercorrências até lesão ulcero-vegetante estenosante que ocupa 100%
da circunferência do órgão e que causa estenose da luz, não
permitindo a progressão doa aparelho, localizada aparentemente no cólon transverso proximal. Realizadas biópsias: Carcinoma
neuroendócrino com alto indice mitótico em ângulo hepático do
cólon. Tomografia computadorizada de tórax: normal. Tomografia
computadorizada de abdome: Espessamento parietal irregular
do ângulo hepático do cólon determinando dilatação desse segmento associado à densificação dos planos adiposos adjacentes
e linfonodomegalia satélite e periaóritca. Esse espessamento tem
intimo contato com a cabeça pancreática, vesicula biliar e primeira/segunda porção duodenal. Fígado com morfologia, contorno
e volume hepático habitual e homogênea, sem evidências de le-
TUMOR OBSTRUTIVO
CÓLON ASCENDENTE DEVIDO À
NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA –
RELATO DE CASO
sões focais. Na endoscopia digestiva alta: Esofagite erosiva grau
Temário: Cirurgia / Cólon
adjuvância. Realizada colectomia direita com gastroduodenopan-
Autores: Franciara Letícea Moraes da Cunha / HBDF;
createctomia.
a de Los angeles. Área deprimida na grande curvatura do corpo
gástrico. Abaulamento na parede posterior do antro-compressão
extrínseca. Avaliada pela Oncologia não teve indicação de neo-
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
TUMOR SINCRÔNICO DE CÓLON:
UM RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Ana Tereza Silveira Zica / UniEvangélica; Úrsula
Santos Mendonça / UniEvangélica; Eurico Del Fiaco Neto /
UniEvangélica; Ana Elisa Maranhão de Conti / UniEvangélica;
Hugo Alexandre da Rosa Martins / UniEvangélica; Leonardo
de Godoy Ribeiro / FACIPLAC; Beatriz Barbosa dos Santos
/ FACIPLAC.
Resumo
Introdução: Carcinoma de colorretal (CRC) representa a terceira
neoplasia maligna mais comum no mundo. CRC esporádico ocorre
mais comumente acima dos 60 anos e tem como sítio primário
cólon sigmoide ou reto. A incidência relatada de CCR sincrônicos
varia de 1,5 a 8%. Esta variação é atribuída à falta de uniformidade
de critérios diagnósticos e diferenças na população estudada.
Objetivo: Descrever um caso de tumor sincrônico de cólon em uma
paciente de 65 anos de idade. Métodos: Revisão de prontuário e
métodos diagnósticos da paciente e revisão de literatura. Relato
de caso: A.G.O.P, sexo feminino, 65 anos de idade, admitida em
um serviço de clínico do município de Anápolis-GO, com queixa
de “desconforto abdominal”. Afirma que após episódio de dengue
realizou exame de rotina por apresentar desconforto abdominal,
além de hematoquezia associada. Apresentando em colonoscopia:
lesão Borman II em transição retossigmoideana e lesão Borman II em
sigmoide 10 cm acima da lesão anterior, sugerindo adenocarcinoma
de grau II e adenoma tubuloviloso com displasia de alto grau. Nega
quaisquer antecedentes patológicos familiares. Refere ser hipertensa
e em uso de losartana, e apresenta ptiríase versicolor. Nega outras
patologias. Ao Exame físico, BEG, eupnéica, corada, hidratada, afebril,
anictérica, acianótica. Aparelho cardiovascular e respiratório sem
alterações. Abdome apresentando RHA presentes, flácido, indolor
à palpação e sem visceromegalias. Exames apresentados: USG de
abdome normal. Resultados: Após conduta inicial foi solicitado
avaliação pré-operatória, TC de abdome. Em seguida, a paciente foi
submetida a uma retossigmoidectomia. No 16º dia de pós-operatório
apresentava-se com hiporexia, em BEG, eupnéica, corada, hidratada.
Ao Exame físico, abdome e ferida operatória sem alterações. No 23º
dia de pós-operatório, apresenta-se com hiporexia, aceitação da dieta
e eliminações fisiológicas presentes. Análise anatomopatológica:
1- adenocarcinoma grau II, margens livres 0-16 LN; 2- adenoma
tubular com atipias de alto grau, margens livres. Citológica oncótica:
negativa. Conduta: acompanhamento oncoclínico. Conclusão: As
manifestações do CCR variam com a localização e incluem quadros
clínicos inespecíficos. A identificação de uma outra neoplasia
colorretal simultânea é importante porque sua localização poderá
influenciar na extensão da ressecção primária. A colonoscopia
representa o método atual de escolha na identificação pré-operatória
de lesões sincrônicas.
VASCULITE MESENTÉRICA NO PÓSOPERATÓRIO DE APENDICECTOMIA
VIDEOLAPAROSCÓPICA: RELATO DE
CASO
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Paula Daphne Brisigueli Borges de Almeida / HUSF;
Danilo Toshio Kanno / HUSF; Ciro Carneiro Medeiros / HUSF;
Ronaldo Nonose / HUSF; Caled Jaoudat Kadri / HUSF; Carlos
Augusto Real Martinez / HUSF; Celene Bragion / HUSF.
Resumo
Introdução: Vasculites são um grupo de doenças caracterizadas
pela inflamação da parede dos vasos sanguíneos cujas causas ainda
não foram completamente esclarecidas. Sua apresentação clínica
varia de acordo com a localização e tamanho do vaso afetado e pode
ser sistêmica ou localizada, sendo a primeira mais comum. Vasculites
no TGI podem ocorrer isoladamente, mas devido à extensão do órgão
acometido, tem um impacto significante na morbidade e mortalidade
dos pacientes. As manifestações mais comuns são dor abdominal,
angina abdominal, náusea ou vômito, diarreia, hematoquezia ou
melena. Objetivo: Relatar um caso de Vasculite mesentérica em
pós-operatório de apendicectomia laparoscópica. Relato de caso:
JDCS, sexo masculino, 25 anos, retorna ao pronto socorro no 2º PO
de apendicectomia com distensão abdominal, parada de eliminação
de flatos e fezes há um dia, com um episodio febril. Ao exame
apresentava-se em REG, corado, desidratado +/4+, eupneico,
afebril. Abdome globoso, FO em bom aspecto, RHA ausente,
flácido, doloroso difusamente à palpação, com irritação peritoneal,
submetido a LE que evidenciou hematoma em intestino delgado com
intensa distensão de alça, coleção purulenta em pelve e presença de
pulso mesentérico até arcadas. Foi realizada lavagem da cavidade.
comhipótese de vasculite mesentérica, foi instituído tratamento com
corticoide em dose imunossupressora, apresentando melhora do
quadro, tornando-se afebril em 24 horas e eliminando fezes no 3º
dia de tratamento, recebeu alta no 9º PO. Discussão: a apendicite
aguda é a causa mais comum de abdome agudo não traumático, com
incidência de 8% no ocidente. Como complicação mais frequente no
pós-operatório de apendicectomia temos o abscesso de parede,
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
91
A nais
seguido de abscesso intracavitário, que pode cursar com peritonite.
Outras complicações possíveis são deiscência de planos da parede
abdominal, hérnias incisionais, fístula e peliflebite. Embora a vasculite
de mesentérica seja uma afecção menos comum, por manifestarse como abdome agudo, deve ser uma hipótese pensada como
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
a reconstrução de trânsito videolaparoscópica após cirurgia de
Hartmann diminui a morbidade e o tempo de internação comparada
à técnica aberta, com mortalidade semelhante. Muitos pacientes
deixam de reconstruir o trânsito devido a comorbidades, e poderiam
se beneficiar do procedimento minimamente invasivo.
diagnóstico diferencial em pós-operatório, evitando reabordagem
desnecessária.
RECONSTRUÇÃO DE TRÂNSITO
VIDEOLAPAROSCÓPICA PÓS
RETOSSIGMOIDECTOMIA A
HARTMANN POR DIVERTICULITE
AGUDA COMPLICADA
Temário: Cirurgia / Cólon
92
Autores: Edno Tales Bianchi / Hospital das Clínicas de São
Paulo - FMUSP; Amir Zeide Charruf / Hospital das Clínicas
de São Paulo - FMUSP; Rodrigo Ambar Pinto / Hospital
das Clínicas de São Paulo - FMUSP; Lucas Soares Gerbasi
/ Hospital das Clínicas de São Paulo - FMUSP; Marcelo
Martins Souto / Hospital das Clínicas de São Paulo - FMUSP;
sergio Carlos Nahas / Hospital das Clínicas de São Paulo FMUSP; Ivan Cecconello / Hospital das Clínicas de São Paulo
- FMUSP; Henrique Dameto Giroud Joaquim / Hospital das
Clínicas de São Paulo – FMUSP.
Resumo
Introdução: A colostomia afeta negativamente a qualidade de vida.
A taxa de reconstrução é de 50-60%, com 0-15% de deiscência de
anastomose e mortalidade de até 10%. A abordagem laparoscópica
pode melhorar a morbidade, e diminuir o tempo de internação e de
retorno às atividades. A conversão ocorre em 0-22% dos casos.
Relato de caso: Paciente de 68 anos, colecistectomia e cesariana
prévias, submetida à retossigmoidectomia à Hartmann convencional
em 2012 por diverticulite aguda complicada. Em 2013, foi submetida
à reconstrução de trânsito laparoscópica. O tempo operatório foi de
180 minutos, e não houve perda sanguínea significativa. Utilizou-se
acesso à cavidade pela técnica de Hasson, com lise de aderências,
dissecção da pelve e isolamento do coto retal. A paciente havia
desenvolvida hérnia paracolostômica. Realizou-se a redução do
conteúdo, isolamento e liberação do cólon. Foi realizada anastomose
mecânica com grampeador circular sob visão laparoscópica, e
herniorrafia pela incisão sobre o estoma. A evolução pós-operatória
foi satisfatória, a paciente eliminou flatos no 2° PO, evacuou no
5° PO, recebendo alta em boas condições clínicas. Discussão:
TRATAMENTO CIRÚRGICO DE
FÍSTULA URETROCISTORETAL PÓS
RADIOTERAPIA PARA TRATAMENTO
DE NEOPLASIA DE PRÓSTATA
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Diego Fernandes Maia Soares / FMUSP; Carlos
Frederico Sparapan Marques / FMUSP; Rodrigo Ambar
Pinto / FMUSP; Caio Sérgio Rizkallah Nahas / FMUSP;
sergio Carlos Nahas / FMUSP; Miguel Srougi / FMUSP;
Fabio de Freitas Busnardo / FMUSP.
Resumo
Este vídeo tem como objetivo demonstrar a avaliação diagnóstica
e conduta no tratamento de fístula uretrocistoretal em paciente
submetido a tratamento não cirúrgico para neoplasia de próstata.
O vídeo demonstra a histórica clínica passando pelo diagnóstico ,
tratamento cirúrgico ate o seguimento pós-operatório. O caso é de
um paciente sexo masculino de 80 anos de idade com diagnóstico
de adenocarcinoma prostático T3b Gleason 9 (4 + 5) metastático.
O diagnóstico foi dado em 2011 na época já se apresentando com
metástases óssea em calota craniana e ilíaco a direita. Realizou
tratamento com radioterapia 8000 cGy término em outubro de 2011.
Esta em seguimento com oncologista. Apresentou como efeito
colateral da radioterapia retite actínica com pouco sintomas em uso
de mesalazina supositório. Após 2 anos de seguimento apresentou
dor em região retal com alguns episódios de sangramento. Após 2
meses apresentou quadro de saída de urina pelo anus sendo feito
diagnóstico clínico de fistula da via urinária com o reto. Investigado com
RNM de pelve com diagnóstico de fístula uretrocistoretal Realizada
abordagem multidisciplinar com equipe urologia, oloproctologia e
cirurgia plástica. Iniciada com derivação intestinal com Ileostomia
VLP. Seguido de acesso perineal e dissecção da fistula e rafia dos
orifícios. Passagem de sonda vesical para derivação urinária. Seguido
de interposição de retalho com músculo Grácil. Procedimento sem
intercorrências duração de 400 min sem necessidade de transfusão
de hemoderivados ou uso de drogas vaso ativas. Apresentou seroma
no 3 PO com drenagem por USG e retirada no 10 PO. Recebeu
alta no 10 PO. Concluimos que o tratamento da fistula retal com a
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
via urinária pós radioterapia é complexo e exige uma abordagem
multidisciplinar. A derivação do transito intestinal e do transito urinário
é imperativa para evitar complicações infecciosas locais e mantendo a
região em repouso facilitando o processo de cicatrização. Na literatura
encontramos recomendação de reconstrução do transito urinário e
do transito intestinal após 3 meses mas exames de imagem devem
ser realizados para programação da conduta e cada caso deve ser
particularizado.
VIDEOLAPAROSCOPIA COMBINADA
COM A VIA VAGINAL PARA
RETOSSIGMOIDECTOMIA POR
ENDOMETRIOSE
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores: Luciana Amaral de Retamal Marzan / HIAE; sergio
Szachnowicz / HIAE; Ivani Pires de Andrade Kehdi / HIAE.
Resumo
Os autores discutem os aspectos técnicos da retossigmoidectomia
na endometriose profunda e propõe a via vaginal para a retirada da
peça e confecção da anastomose.
CARCINOMA ESPINOCELULAR EM
DIVERTÍCULO DE ZENKER
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro / Universidade
de São Paulo; Henrique Dametto Giroud Joaquim / Universidade
de São Paulo; Edno Tales Bianchi / Universidade de São Paulo;
Sérgio Szachnowicz / Universidade de São Paulo; Rubens Antônio Aissar Sallum / Universidade de São Paulo; Ivan Cecconello /
Universidade de São Paulo.
for localizado no fundo do divertículo, sem apresentar infiltração de
toda a espessura da parede e sem sinais de disseminação linfonodal,
a diverticulectomia pode oferecer controle satisfatório da doença com
baixo risco terapêutico. Relato de Caso: Paciente masculino, de
74 anos, com queixa de disfagia há 2 anos associada a perda de
20 Kg no período (20% do peso), realizou endoscopia diagnóstica,
com achado de divertículo faringoesofágico de 5 cm, com retenção
de alimento e sem aparente lesão mucosa. O paciente também
realizou esofagograma contrastado, evidenciando divertículo de 10
cm, com mucosa de aspecto normal. O paciente foi submetido a
cervicotomia esquerda, com diverticulectomia com grampeador e
miotomia do músculo cricofaríngeo. Não houve complicação pósoperatória e o paciente recebeu dieta oral após sete dias. O estudo
anátomo-patológico da peça cirúrgica descreveu um carcinoma
espinocelular superficialmente invasivo, sem invasão perineural ou
angiolinfática. por tratar-se de lesão inicial, optou-se por não realizar
terapia adjuvante. O paciente permanece em seguimento. Realizou
nova endoscopia com cromoscopia esofágica 6 meses após a
operação, sem alteração detectável. Permanecerá em seguimento,
com endoscopias e exames de imagem periódicos. Conclusões:
O achado de câncer em divertículo faringoesofágico é condição
incomum. Em casos iniciais, sem infiltração da parede do divertículo e
sem sinais de disseminação, a diverticulectomia é opção terapêutica
adequada. A possibilidade da presença de tumor precoce em sua
mucosa faz com que o tratamento do divertículo de Zenker não deva
ser restrito a miotomia do cricofaríngeo, mas sempre associar-se à
ressecção do divertículo.
ORIENTAÇÕES NA PERFURAÇÃO
ESOFÁGICA - EXPERIÊNCIA DE UM
CENTRO ESPECIALIZADO
Temário: Cirurgia / Esôfago
Resumo
Introdução: O divertículo faringoesofágico (divertículo de Zenker)
é um condição rara, com prevalência de 0,06% a 3,6% na população
geral, mais comumente em idosos. Existe risco de malignização em
função de irritação crônica da mucosa por alimentos, inflamação
e lesão continuada. Este risco é estimado em 1,1% dos casos.
O diagnóstico pré-operatório de carcinoma em um divertículo
esofágico pode ser difícil, pois os sintomas assemelham-se aos do
divertículo ou ao distúrbio motor existente. A maioria dos pacientes
com câncer em divertículo de Zenker deve ser tratados da mesma
maneira dos outros casos de neoplasia esofágica. porém, se o tumor
Autores: Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro /
Universidade de São Paulo; Júlio Rafael Mariano da Rocha /
Universidade de São Paulo; Edno Tales Bianchi / Universidade
de São Paulo; Sérgio Szachnowicz / Universidade de São
Paulo; Rubens Antônio Aissar Sallum / Universidade de São
Paulo; Ivan Cecconello / Universidade de São Paulo.
Resumo
Introdução: A perfuração esofágica é condição grave, associada a
alta mortalidade. Sua ocorrência aumentou nos últimos 20 anos, em
decorrência do aumento dos procedimentos invasivos endoscópicos.
Objetivo: Avaliar a ocorrência de perfuração esofágica em um
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
93
A nais
centro especializado, analisando as principais causas, métodos
de diagnóstico e tratamento. Materiais e Métodos: Análise
retrospectiva de pacientes com perfuração esofágica tratados pelo
serviço de Cirurgia do Esôfago do Hospital das Clínicas da FMUSP de
Junho de 2002 a Junho de 2014. Foram selecionados doze pacientes.
Resultados: a principal causa de perfuração foi manipulação
94
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
de São Paulo; Valter Nilton Félix / Universidade de São Paulo;
Vinicius Lacerda Ribeiro / Universidade de São Paulo; Rubens
Antônio Aissar Sallum / Universidade de São Paulo; Ivan
Cecconello / Universidade de São Paulo.
Resumo
endoscópica, com nove casos. Houve uma perfuração por corpo
Introdução: A esofagocoloplastia é uma das técnicas mais
estranho em esôfago, uma por placa de osteossíntese cervical e uma
utilizadas para reconstrução do trânsito alimentar nas este-
perfuração espontânea, em paciente com hiperemese gravídica.
noses cáusticas do esôfago. Alguns detalhes técnicos, no
O principal método diagnóstico empregado foi a tomografia com
entanto, podem resultar em maus resultados funcionais a lon-
contraste oral, realizada em dez casos. Onze pacientes realizaram
go prazo. Relato de caso: Paciente feminina, 57 anos, com
endoscopia antes do tratamento, mas foi empregada como
história de ingestão de soda cáustica na infância, com con-
método diagnóstico em apenas dois. O esofagograma contrastado
seqüente estenose de esôfago. Na ocasião, submeteu-se a
foi utilizado em apenas dois casos, mas a tomografia foi realizada
tentativas de dilatações endoscópicas, sem sucesso. Foi então
posteriormente. O local de perfuração foi o esôfago torácico em oito
submetida, aos 14 anos de idade, a esofagocoloplastia, com
pacientes, a transição esôfago-gástrica em três e o esôfago cervical
boa evolução. Aos 53 anos, iniciou quadro de disfagia, asso-
em um. O tratamento clínico, com jejum oral e antibioticoterapia de
ciada a abaulamento cervical à direita durante as deglutições,
amplo espectro foi empregado em quatro pacientes. Um caso de
dispnéia após refeições copiosas, regurgitação, tosse e perda
perfuração de tumor esofágico durante endoscopia foi tratado com
ponderal de 13kg. Como investigação, realizou videodegluto-
prótese endoscópica. Em cinco casos, havia sinais de gravidade
grama e tomografia computadorizada, que evidenciaram dis-
clínica associados a coleções mediastinais ou pleurais. Três foram
cinesia faríngea com retenção transitória do contraste, cólon
submetidos a esofagectomia transmediastinal e dois a exclusão
interposto dilatado e tortuoso ocupando grande parte do he-
esofágica, com esofagostomia e gastrostomia. Uma perfuração
mitórax direito e retardo do esvaziamento do contraste para o
de cárdia após dilatação endoscópica foi submetido a rafia, com
estômago. Endoscopia digestiva alta progrediu até 14 cm da
cardiomiotomia e fundoplicatura. por fim, o paciente com perfuração
arcada dentária superior, sendo interrompida devido a tortu-
esofágica por material de osteossíntese cervical foi submetido
osidade do cólon, impedindo a progressão do aparelho, evi-
a rafia primária da lesão. O tempo de internação variou de 3 a 30
denciando estase alimentar. A paciente foi submetida a nova
dias, com média de 11 dias. Houve apenas um óbito, na paciente
abordagem cirúrgica, com plastia da anastomose esofagocó-
com perfuração espontânea. Conclusões: a perfuração esofágica,
lica, que se encontrava estenótica decorrente de fibrose por
embora com incidência crescente nos últimos anos, permanece uma
provável perfuração bloqueada. Associadamente, realizou-se
ocorrência rara. Além disso, a apresentação é variada, em função
reconstrução da musculatura pré-tireoidiana, para tratamento
das diferentes localizações, tempo até o diagnóstico e apresentação
clínica. por isso, não é possível comparar as diversas formas de
tratamento, que deverá variar em cada caso. porém, a correta
seleção do tratamento pode apresentar bons resultados.
do abaulamento cervical. Além disso, foi realizada laparotomia, com ressecção do segmento de cólon redundante e da
anastomose cologástrica, que se encontrava estenótica, com
confecção de nova anastomose cologástrica término-lateral manual. Paciente evoluiu bem, com melhora da disfagia.
Conclusão: Detalhes técnicos, como a redundância do có-
REDUNDÂNCIA DA COLOPLASTIA
COMO CAUSA DE DISFAGIA TARDIA
APÓS ESOFAGOCOLOPLASTIA
PARA TRATAMENTO DA ESTENOSE
CÁUSTICA DO ESÔFAGO
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Flávio Hiroshi Ananias Morita / Universidade de São
Paulo; Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro / Universidade
lon transposto, podem levar a maus resultados funcionais,
com falha do tratamento da esofagocoloplastia a longo prazo.
ABORDAGEM DE LESÃO EXTRA
MUCOSA DO TERÇO MÉDIO DO
ESÔFAGO - TÉCNICA CIRÚRGICA
Temário: Cirurgia / Esôfago
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Autores: Daniel de Almeida Braga / Depto. de Cirurgia
e Gastrocentro da FCM-UNICAMP; Paulo Vitor Barreto
Guimarães / Depto. de Cirurgia e Gastrocentro da FCMUNICAMP; Nelson Adami Andreollo / Depto. de Cirurgia
e Gastrocentro da FCM-UNICAMP; Luiz Roberto Lopes /
Depto. de Cirurgia e Gastrocentro da FCM-UNICAMP.
Resumo
Introdução: As lesões extra-mucosa em terço médio do esôfago sempre foram um desafio para abordagem diagnóstica e cirúrgica pela dificuldade de acesso. Os métodos minimamente invasivos trouxeram uma opção com maior visualização e possibilidade
de ressecção completa da lesão. Relato de caso: A.C.A.C, 37
anos, sexo feminino, encaminhada para o Hospital de Clínicas da
UNICAMP por queixa de disfagia para alimentos sólidos nos últimos
6 anos, associado a episódios de regurgitação e dor retroesternal,
com acentuação progressiva dos sintomas. Sem antecedentes patológicos prévios. No exame físico, a paciente não tinha achados
patológicos. Realizada a investigação com EDA, Estudo contrastado
e Tomografia de tórax que evidenciou lesão submucosa esofágica
com discreto abaulamento do contorno com cerca de 5cm de extensão longitudinal ao nível da carina. A paciente foi submetida a
exérese por vídeo-toracoscopia, com remoção completa da lesão
de 7cm. Realizado pós-operatório em UTI, sem intercorrências. O
estudo anátomo-patológico com perfil imuno-histoquímico foi compatível com leiomioma. Descrição da técnica cirúrgica: Após intubação seletiva com cânula duplo-lúmen, a paciente é posicionada em
décubito ventral com membro superior direito elevado e inclinação
da mesa cirúrgica. A toracoscopia é feita com quatro trocateres,
no 4º, 6º, 7º e 8ºespaços intercostais, com passagem do primeiro
infra-escapular. A lesão foi identificada abaixo da veia ázigo direita
com lesão logo abaixo, extendendo-se por cerca de 7cm. Realizada
a miotomia esofágica para enucleação da lesão com cautela para
não lesar a mucosa abaixo. É realizada rafia da miotomia com fio
absorvível monofilamentar em sutura contínua com posterior revisão
da hemostasia e colocação do dreno de tórax pelo local do trocater
de 10mm antes da retirada da peça cirúrgica, a qual necessitou de
ampliação da incisão de 12mm, por onde passava a ótica. O fechamento da parede por planos, com fio inabsorvível multifilamentar na
camada muscular e subcutâneo, número 3-0 e rafia da pele com fio
absorvível. Conclusão: A abordagem das lesões em terço médio
de esôfago é um desafio técnico para os cirurgiões. O relato de caso
traz uma opção técnica minimamente invasiva, podendo servir como
um guia para estratégia pré-operatória.
ABORDAGEM DO TRAUMA
ESOFÁGICO DISTAL EM URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA - RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Denise Cristina dos Santos Luz / Hospital Ophir
Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Daniel Nery de Oliveira
/ Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência; Allan
Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola/Centro
Hospitalar Jean Bitar; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital
Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Luiz Carlos da Silva
Duarte Junior / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean
Bitar; Raíssa Pereira de Tommaso / Hospital Ophir Loyola/
Centro Hospitalar Jean Bitar; Carlos José Cardoso Dourado
/ Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Pablo
Baptista de Oliveira / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar
Jean Bitar.
Resumo
Introdução: A lesão traumática do esôfago é pouco frequente. A
perfuração esofágica é uma situação clínica grave e responsável por
altos índices de mortalidade. A perfuração do esôfago abdominal
apresenta sintomatologia predominantemente abdominal, sendo
observada no exame físico. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente
com trauma esofágico. Casuística: Um paciente. Metodologia:
As informações contidas neste trabalho foram obtidas por meio de
revisão do prontuário, entrevista com o paciente, acompanhamento do
caso e revisão de literatura. Resultados: Paciente do sexo feminino,
16 anos, com história de ferimento por arma de fogo com orifício
em região dorsal na linha axilar posterior. Deu entrada no Hospital
Metropolitano de Urgência e Emergência, apresentando no momento
da admissão vias aéreas pérvias, sem colar cervical. Tórax expandindo
simetricamente. Ausculta pulmonar com murmúrio vesicular diminuído
em base esquerda. Frequência cardíaca de 90bpm, pressão arterial
de 120x80mmHg. Ausculta cardíaca com bulhas normofonéticas,
em 2 tempos, ritmo regular, sem sopros. Glasgow =15, pupilas
isocóricas e fotorreagentes. Abdome globoso, tenso, doloroso a
palpação, DB positivo. Foi indicada laparotomia exploradora na qual
foi observado: hemoperitôneo moderado; lesão esplênica grau III;
lesão hepática grau III não sangrante; lesão gástrica parede posterior;
lesão esofágica. Foi realizada: toracostomia com drenagem pleural
fechada a esquerda; janela pericárdica negativa; esplenectomia;
gastrorrafia; esofagorrafia e fundoplicatura gástrica recobrindo sutura
esofágica. A paciente foi reabordada no 13º pos-operatório devido
imagem sugestiva de empiema no raio-x de tórax e descência de
ferida operatória e distensão abdominal. Foi realizada a toracotomia
com descorticação, frenorrafia e drenagem de empiema, além da
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
95
A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
resutura da parede abdominal. A paciente evoluiu satisfatoriamente
apresentando relaxamento incompleto do esfíncter esofagiano
no pós-operatório, recebendo alta melhorada após longo período
inferior, com pressão respiratória média de 40,8 mmHg e aperistalse
de internação hospitalar. Conclusão: Para se conduzir o trauma
do corpo esofágico em 100% das deglutições líquidas realizadas.
esofágico é de fundamental importância o diagnóstico precoce
Realizou-se terapia nutricional através de sonda nasogástrica e
para se estabelecer uma abordagem cirúrgica imediata. O retardo
se indicou o tratamento cirúrgico. Foi realizada cardioplastia com
na realização de uma abordagem cirúrgica aumenta os índices de
vagotomia troncular e gastrectomia parcial com reconstrução em
mortalidade e morbidade. O índice de mortalidade também aumenta
Y de Roux (operação de serra-Dória). Paciente evoluiu bem no
em torno de 45% se houver complicações mediastinais decorrentes
pós-operatório, recebendo alta com aceitação adequada da dieta
de um diagnóstico tardio ou uma conduta inadequada por ocasião
branda via oral sem queixas. Conclusão: Descrevemos um caso
do primeiro atendimento.
incomum de acalásia em nosso meio, de etiologia não chagásica,
cuja condução cirúrgica demonstrou resolução completa da queixa
ACALÁSIA IDIOPÁTICA: TRATAMENTO
CIRÚRGICO PELA TÉCNICA DE
SERRA-DÓRIA
Temário: Cirurgia / Esôfago
96
Autores: Zailton Bezerra de Lima Junior / UFPB; Fernando
Salvo Torres de Mello / FCM; Péricles José Carvalho de
Oliveira / Hospital Municipal Santa Isabel; Petrúcio Abrantes
Sarmento / UFPB; José Paulo Wamberto Ramalho / Hospital
Municipal Santa Isabel; Maria Angélica Soares Gomes /
Hospital Municipal Santa Isabel; Edinilson Carlos Pereira
/ Hospital Municipal Santa Isabel; Sarah Joaquina Sá
Rodrigues / Hospital Municipal Santa Isabel.
Resumo
Introdução: Acalásia é caracterizada por relaxamento parcial ou
ausente do esfíncter inferior do esôfago (EIE), e contrações não-
disfágica.
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DA
ESOFAGECTOMIA INDICADA PARA
O TRATAMENTO DO CÂNCER E DE
AFECÇÕES BENIGNAS DO ESÔFAGO
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Maria Aparecida Coelho de Arruda Henry /
Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Mauro
Masson Lerco / Faculdade de Medicina de Botucatu UNESP; Fhillipe Geraldo Teixeira de Abreu Reis / Faculdade
de Medicina de Botucatu - UNESP; Lidia Raquel de Carvalho
/ Instituto de Biociências de Botucatu – UNESP; Walmar
Kerche de Oliveira / Faculdade de Medicina de Botucatu –
UNESP.
Resumo
peristálticas no corpo do esofágico. Sua patogênese é presumida
como idiopática ou devido à degeneração neurogênica infecciosa.
A esofagectomia (esofag) é um dos procedimentos mais complexos
A acalásia idiopática é doença pouco frequente, com prevalência
empregados para o tratamento das doenças esofágicas. O objetivo
estimada de 7 a 13 casos por 100.000 habitantes. combase na
deste trabalho é analisar os resultados da esofag indicada para o
disfagia do paciente, o diagnóstico de megaesôfago pode ser
tratamento do câncer (CE) e de doenças benignas do esôfago.
feito a partir de três exames: seriografia de esôfago, manometria e
Método: Estudo retrospectivo dos resultados da esofag em
endoscopia digestiva alta (EDA). Indica-se tratamento cirúrgico em
pacientes com CE (G1, n = 40) e com doenças benignas (G2, n
megaesôfagos maiores do que 4cm, sendo definida, em linhas gerais,
= 20). Resultados: Diferenças significativas (P<0,001) foram
a cardiomiotomia a Heller com válvula anti-refluxo. Objetivo: Relatar
encontradas somente quanto à idade (58 anos em G1 e 43 em G2)
um caso de acalásia idiopática, com megaesôfago grau II, tratado
e sexo (35 homens em G1 e, 9 homens em G2). Considerando a
cirurgicamente pela cirurgia de serra-Dória. Relato do Caso: AAV,
raça, o valor de P foi 0,14. Em G2, as afecções foram: megaesôfago
17 anos, com disfagia e regurgitação há 2 anos, déficit nutricional,
avançado (10), estenose caustica (6) e lesão iatrogênica (4).
IMC de 18,24kg/m2. Sem constipação com epidemiologia negativa
Índice de massa corpórea e Albumina não apresentaram diferença
para doença chagásica. Esofagograma evidenciou megaesôfago
enquanto que quando associados ao Etilismo e ao tabagismo,
grau II com 5,3 cm de dilatação, sorologia chagásica negativa e
G1 e G2 diferiram (P<0,001). Foram realizadas 20 e 06 esofag
endoscopia digestiva alta com dilatação esofágica e dificuldade de
TT, em G1 e G2 respectivamente, e 20 e 14 TH, em G1 e G2,
progressão através da junção esofagogástrica; esofagomanometria
respectivamente. Complicações – G1: Fistula cervical (11), BCP (12),
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Derrame pleural (4), Necrose do tubo gástrico (1), óbitos (8). Em
G2: Choque cardiogênico (2), Embolia pulmonar (1), Fistula cervical
(2), óbitos (2). Conclusões: Considerando que todos os pacientes
foram operados pela mesma equipe, os autores concluem que os
resultados mais desfavoráveis observados nos pacientes com CE
devem ser decorrentes de: a) idade mais avançada; b) distúrbios
metabólicos causados pelo consumo exagerado de álcool e de
tabaco; c) características próprias da doença consuptiva.
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS
DO TRATAMENTO CIRÚRGICO
EM PACIENTES PORTADORES DE
ESTENOSE CÁUSTICA DE ESÔFAGO
CARCINOMA EPIDERMOIDE EM
TERÇO DISTAL DE ESÔFAGO SEM
FATORES DE RISCO CLASSICAMENTE
CONHECIDOS – RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir
Loyola; Fabio Costa Negrão / Hospital Ophir Loyola; Marcelo
Bandeira Coelho Dias / Hospital Ophir Loyola; Patrícia Isabel
Bahia Mendes Freire / Hospital Ophir Loyola; Alessandro
França de Souza / Hospital Ophir Loyola; Denise Cristina dos
Santos / Hospital Ophir Loyola; Luiz Otávio Lopes Macedo /
Hospital Ophir Loyola; Victor Soares Peixoto / Hospital Ophir
Loyola.
Resumo
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Sérgio Ratto Colombo / UNICAMP; Luiz Roberto
Lopes / UNICAMP; Nelson Adami Andreollo / UNICAMP;
Valdir Tercioti Junior / UNICAMP; João de Souza Coelho
Neto / UNICAMP; Henrique Cesta / UNICAMP; Maria Luiza
Pio Ferreira Colombo / UNICAMP.
Introdução: O carcinoma epidermoide de esôfago é a neoplasia
Resumo
terço médio do esôfago. Existe uma íntima correlação entre alcoolismo
A ingestão de substância cáustica no Brasil é uma situação
freqüente e potencialmente grave, com grandes riscos de
complicações e interferência na qualidade de vida do paciente.
A intensidade da lesão está correlacionada como tipo de agente
cáustico, a quantidade ingerida, a concentração e o tempo de
contato com a mucosa. Uma grave complicação é a estenose
de esôfago. O tratamento dessa patologia pode ser realizado
de maneira conservadora através de dilatações ou cirúrgico, em
situações mais graves. Avaliou-se 66 pacientes submetidos à
cirurgia para o tratamento de estenose cáustica de esôfago no HC
UNICAMP, entre 1990 e 2014 e analisou o resultado do tratamento
cirúrgico com ênfase nas complicações precoces e na qualidade
de deglutição através do questionário elaborado por Saeed et
al. Assim, entre outras informações, os dados mostraram que a
maioria dos pacientes operados ingeriu o corrosivo como tentativa
de suicídio (86%) e o agente principal foi a soda cáustica (98%).
Na maioria dos pacientes tentou-se o tratamento com dilatações
seriadas com vela de savarry-gillard antes da cirurgia, cuja técnica
principal utilizada foi esofagocoloplastia retroesternal (94.5%).
Antes do procedimento, a maioria dos pacientes apresentava
afagia ou disfagia para líquido. Como resultado cirúrgico a maioria
passou a deglutir normalmente ou apresentaram disfagia para
sólidos (98% dos casos).
se o carcinoma precocemente, o tratamento cirúrgico consiste em
esofágica mais comum no nosso meio, tendo como principais fatores
de risco o etilismo e o tabaco. O câncer de esôfago encontra-se entre
os dez tipos de câncer mais incidentes no mundo, sendo o sexto
tipo mais mortal. O carcinoma epidermoide acomete principalmente o
e tabagismo nos pacientes portadores dessa neoplasia. Detectandoressecção do tumor, dos linfonodos regionais e na reconstrução
do trânsito esofagogástrico Objetivo: Apresentar um caso de
carcinoma epidermoide em terço distal do esôfago, evidenciando
dados epidemiológicos, clínicos e terapêuticos da doença. Casuística:
Estudo de 1 caso de câncer de esôfago. Método: Foi realizado um
estudo do tipo relato de caso, com dados obtidos através de revisão
de prontuários e entrevista direta com o paciente. Foram utilizados
resultados de exames laboratoriais, de imagem e histopatológico de
biópsias e peça cirúrgica. Resultados: Paciente do sexo masculino,
52 anos, apresentando disfagia há 8 meses, inicialmente para
sólidos com piora progressiva até a tolerância parcial para líquidos.
Emagrecimento associado de cerca de 25 kg em 1 ano, encontrandose atualmente com 51 kg. Não possui história de doenças do tubo
digestivo prévias, etilismo, tabagismo, ingesta de bebidas quentes
ou antecedentes familiares. A Endoscopia Digestiva Alta mostrou
lesão vegetante em terço distal ocupando quase toda a luz do órgão,
que impedia a progressão do aparelho. A análise histopatológica
não foi definitiva, sendo realizada imunohistoquímica que confirmou
carcinoma epidermoide pouco diferenciado, com citoqueratina 5,
8 e 18 positivos e CD20, CD3 e cromogranina a negativos. Não foi
visualizado qualquer metástase no estadiamento pré-operatório.
Paciente submetida à esofagectomia total com gastrectomia polar
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
97
A nais
superior e anastomose esofagogástrica cervical associada a
colecistectomia, drenagem torácica a direita e jejunostomia, sem
intercorrências. Conclusão: Apesar dos principais fatores de risco
já conhecidos como tabagismo, etilismo e desnutrição, pode-se
observar o surgimento dessa doença em um paciente sem evidência
de qualquer possível fator etiológico conhecido. Levando a concluir
da necessidade de maiores estudos quanto à outros possíveis fatores
causais da neoplasia esofagiana.
CARCINOMA EPIDERMOIDE
INVASIVO EM TRANSIÇÃO
ESÔFAGO GÁSTRICA: APRESENTAÇÃO
ATÍPICA DE UM TUMOR DE
TRANSIÇÃO ESÔFAGO GÁSTRICA –
RELATO DE CASO
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
da lesão, optou-se por realizar cirurgia de imediato, não sendo
indicada terapia neoadjuvante. Submetido à esofagectomia subtotal
transhiatal com gastrectomia total + linfadenectomia a DII. A análise
da peça confirmou se tratar de carcinoma espinocelular ulcerado de
8 cm de tamanho, moderadamente diferenciado em esôfago distal e
fundo gástrico. Um linfonodo positivo (1+/15). Margens cirúrgicas
livres. Estadiamento patológico (TNM): pT4apN1pMx. Recebeu
alta em boas condições, sendo encaminhado para seguimento pela
oncologia clínica. Conclusão: A idade e condição geral do paciente,
o tipo histológico incomum do tumor para um tumor de JEG, sua
localização e grau de invasibilidade, além do tratamento radical
efetivo, vão de encontro à casuística dos tumores de JEG descritos
na literatura vigente relacionada ao tema, sendo de suma importância
seu relato para a comunidade médica. Descritores: Carcinoma de
células escamosas, junção esofagogástrica, tratamento cirúrgico.
Temário: Cirurgia / Esôfago
98
Autores: Aretuza Iolanda Pimentel de Almeida Torres /
UFPB; Zailton Bezerra de Lima Junior / UFPB; Fernando
Salvo Torres de Mello / FCM.
Resumo
Embora o carcinoma epidermoide do esôfago se apresente há
muitas décadas como o mais comum dos tumores malignos, nota-se
uma inversão desta tendência, com o adenocarcinoma do esôfago
distal e da JEG (Junção esofagogástrica) apresentando aumento
importante de suas incidências em várias séries na literatura. Estimase que o número de carcinomas da JEG quadruplicou nos últimos 30
anos e que anualmente 1,4 milhões de novos casos de carcinomas
gástricos e da transição esôfago-gástrica sejam detectados, com
taxas elevadas de mortalidade nestas apresentações. Objetivo: O
objetivo do presente trabalho é relatar uma apresentação atípica de
tumor de transição esôfago-gástrica histologicamente compatível
com carcinoma epidermoide, com ênfase nas características
epidemiológica e histológica incomuns do caso, além de
considerações acerca da proposta terapêutica empregada. Relato
de Caso: Paciente do sexo masculino, 43 anos, hígido, etilista,
eutrófico, queixando-se de perda de peso ponderal e disfagia leve
há 3 meses. Endoscopia digestiva alta demonstrando lesão em
terço inferior do esôfago e JEG, invadindo todo o fundo gástrico.
Biópsia compatível com carcinoma espinocelular em amostras
obtidas no esôfago e estômago. Tomografia computadorizada
(TC) de tórax e abdome sem evidência de metástases à distância.
Pela boa condição do paciente e pela aparente ressecabilidade
CARCINOMA NEUROENDÓCRINO DO
ESÔFAGO: RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Maria Aparecida Coelho de Arruda Henry / FMBUNESP; Gustavo de Nerdi Marçal / FMB-UNESP; Mauro
Masson Lerco / FMB-UNESP; Walmar Kerche de Oliveira
/ FMB-UNESP; Maria Aparecida Marquesan Rodrigues /
FMB-UNESP.
Resumo
O carcinoma espinocelular e o adenocarcinoma são as neoplasias
mais comumente observadas no esôfago, todavia tumores mais
raros podem também acometer este órgão. Nos últimos meses
tivemos a oportunidade de atender um paciente com carcinoma
neuroendócrino do esôfago e, considerando a raridade do tumor,
tivemos a iniciativa de apresentá-lo neste evento. Objetivo:
Relato de caso de paciente com carcinoma neuroendócrino do
esôfago. Método: Relato do caso: Homem de 59 anos, branco
e procedente de são Manuel – SP refere disfagia para sólidos
há 4 meses e emagrecimento de 10 kg. Tabagismo e etilismo
dos 16 aos 32 anos. Bom estado geral, peso: 97,5 kg, índice de
massa corporal: 31,82 kg/m2 e porcentagem de perda ponderal
de 9,30%. Ausculta cardíaca sem anormalidades. Pulmões livres.
PA: 130x80 mmHg. Hemoglobina: 14,2 e hematócrito: 41,5%,
albumina: 4,6 g/dL. Resultado: Endoscopia revelou lesão
vegetante, friável dos 32 aos 40 cm da arcada dentária superior,
cuja biopsia demonstrou tratar-se de adenocarcinoma, com áreas
de esôfago de Barrett com atipias celulares de alto grau. Tomografia
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
computadorizada de abdome: linfonodos retroperitoniais. Após
neoadjuvância (Epirrubicina, Oxaliplatina e Capecitabina), o paciente
foi submetido a esofagectomia sub total trans hiatal seguida de
esofagogastroplastia. O exame da peça circúrgica, associado ao
estudo imunohistológico, com positividade para os marcadores
cromogranina A, Ki-67 e sinaptofisina, concluiu-se pelo diagnóstico
de tumor neuroendócrino. Noventa por cento dos linfonodos
A equipe médica decidiu por conduta paliativa, já que a neoplasia era
avançada, com extensão maior que três corpos vertebrais ao estudo
contrastado. Conclusão: Apesar de não haver na literatura estudos
relacionando a extensão do tumor aos corpos vertebrais, na prática,
verifica-se que um tumor com extensão maior que dois corpos
vertebrais são geralmente irressecáveis sendo esta conduta tomada
no Hospital Ophir Loyola.
retirados apresentaram positividade para a neoplasia. O paciente
encontra-se no quinto mês de pós-operatório e com qualidade de
vida satisfatória. Conclusão: O carcinoma neuroendócrino é um
tumor raro e agressivo, mas é passível de tratamento cirúrgico, o qual
proporciona boa qualidade de vida.
CÂNCER DE ESÔFAGO AVANÇADO EM
UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM
BELÉM DO PARÁ
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Julyara Lima Pinheiro / Uepa; Pablo Baptista Oliveira
/ Hospital Ophir Loyola; Meg Bonna Cunha / Uepa; Marcelo
Bandeira Coelho Dias / Hospital Ophir Loyola; Marcos de
Souza Lopes Freire Filho / Hospital Ophir Loyola; Patrícia Isabel
Bahia Mendes Freire / Hospital Ophir Loyola; Alessandro
França de Souza / Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar
Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola.
Resumo
Introdução: O câncer de esôfago é uma neoplasia relativamente
incomum e extremamente letal. No mundo ocidental, a doença tem
maior frequência em homens, negros, com mais de 50 anos de idade
e de nível sócio-econômico baixo. A distribuição epidemiológica
sugere o envolvimento de fatores ambientais e alimentares, com uma
predisposição genética pouco definida. As deficiências nutricionais
associadas ao alcoolismo e ao tabagismo podem contribuir para o
processo da carcinogênese. A presença de disfagia progressiva,
odinofagia, desconforto retroesternal, dor epigástrica, náuseas e
anorexia sugerem a existência de carcinoma esofágico. Objetivo:
Os autores discutem a partir de um relato de caso a importância do
diagnóstico precoce e prognóstico do câncer de esôfago. Casuística:
Um paciente (relato de caso). Método: Prospectivo, observacional.
Resultado: É apresentado um paciente de 54 anos diagnosticado
com câncer de esôfago de células escamosas não queratinizante
ulcerado grau 3 à 23 cm da arcada dentária superior e com luz
menor que 8 cm, que foi internado para esofagectomia, porém
após resultado do exame de imagem contrastado recebeu alta.
ESÔFAGO NEGRO EM PACIENTE
ETILISTA
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Sheilane Rodrigues da Silva / Hospital de Base do
Distrito Federal; Mariana Dias Zanchetta / Hospital de Base
do Distrito Federal; Dennyson Melo de Andrade / Hospital de
Base do Distrito Federal; Vinicius Teixeira Macedo / Hospital
de Base do Distrito Federal; Rodrigo de Freitas Garbero /
Hospital de Base do Distrito Federal; Marília Rávila Acioly /
Hospital de Base do Distrito Federal; Lucas Santana Nova da
Costa / Hospital de Base do Distrito Federal; Jucelino Nunes
Vidal / Hospital de Base do Distrito Federal; Kenisse Juliana
Araujo / Hospital de Base do Distrito Federal; Beatriz de
Souza Barros / Hospital de Base do Distrito Federal.
Resumo
Paciente com 19 anos, com quadro de dor abdominal e hematêmese,
sem relato de comorbidades prévias, referindo etilismo. Submetido a
Endoscopia Digestiva Alta (EDA) que evidenciou esofagite, gastrite
e duodenite hemorrágicas difusas e acentuadas, sugestivas de lesão
de natureza vascular. Tomografia Computadorizada de Abdome
com líquido livre em cavidade abdominal e aparente espessamento
da parede duodenal e gástrica. Paciente evoluiu com instabilidade
hemodinâmica e necessidade de hemotransfusão. Realizada
Laparotomia Exploradora com evidencia de necrose de delgado.
Realizada enterectomia iniciada em segmento distal do duodeno até
cerca de 60cm do ângulo de Treitz, desconexão antropilórica, duodenojejunoanastomose término-terminal, jejunostomia descompressiva
com dreno supra-anastomótico em duodeno, gastrostomia
descompressiva e jejunostomia alimentar e drenagem de cavidade à
direita. Apresentou boa evolução no pós-operatório, porém com piora
do leucograma e dor abdominal no décimo dia de pós-operatório.
Submetido a relaparotomia exploradora que não evidenciou
novas áreas de necrose ou demais alterações, realizada gastrojejunoanastomose látero-lateral, desfeitas jejunostomia alimentar,
jejunostomia e gastrostomia descompressivas. Submetido à nova
EDA dez dias após reabordagem que mostrou mucosa esofágica
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
99
A nais
e de jejuno normais, mucosa gástrica com enantema moderado. A
necrose esofágica aguda é uma entidade rara, de etiologia multifatorial
e pouco conhecida, que pode estar relacionada à ingestão aguda e
crônica de álcool, por lesão direta e indireta, podendo acometer todo
o tubo digestivo
IDENTIFICAÇÃO DOS TIPOS
PSICOLÓGICOS EM PACIENTES
COM CÂNCER DE ESÔFAGO:
CONTRIBUIÇÕES PARA A EQUIPE
CLÍNICA E MULTIDISCIPLINAR
Temário: Cirurgia / Esôfago
100
Autores: Stela Duarte Pinto / ICESP-HC-FMUSP; Ulysses
Ribeiro Júnior / ICESP-HC-FMUSP; Ana Catarina Araújo
Elias / ICESP-HC-FMUSP; Lórgio Henrique Diaz Rodriguez
/ ICESP-HC-FMUSP; Evelise Pelllegrinelli Zaidan / ICESPHC-FMUSP; Marcos Roberto Tacconi / ICESP-HC-FMUSP;
Flávio Roberto Takeda / ICESP-HC-FMUSP; Thaís de
Campos Cardenas / ICESP-HC-FMUSP.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
A função principal é a função sensação, dominante em 56% dos
pacientes e a função auxiliar é o sentimento, secundária em 44%.
Estes pacientes por funcionarem de forma predominantemente
concreta, oriunda da função sensação, e afetiva, decorrente da
função auxiliar, autorreflexivos e introspectivos, devido à introversão,
indicam ênfase para o trabalho psicológico no tema/foco: relações
afetivas interpessoais e intrapsíquica. Além disso, denotam
necessidade de acolhimento empático por parte da equipe médica
e interdisciplinar e revelam a importância da elaboração psíquica
e a integração dos conteúdos verbalizados pela equipe, na sua
realidade cotidiana, inclusive para a concretização da proposta de
tratamento, onde todos poderão valer-se das potencialidades dos
pacientes para envolvê-los de uma forma mais efetiva no processo
de adoecimento, promovendo um avanço nos atendimentos da
área da saúde. Conclusão: O questionário de avaliação tipológica
permitiu a caracterização dos tipos psicológicos dos pacientes com
câncer do esôfago.
LEIOMIOMA SINTOMÁTICO
EM ESÔFAGO
Resumo
Temário: Cirurgia / Esôfago
O câncer de esôfago pode ser desencadeado por hábitos de
vida e também por fatores intrínsecos ao indivíduo, interferindo
significativamente na qualidade de vida do paciente. de acordo
com a psicologia junguiana uma doença como o câncer, além
dos fatores orgânicos, ambientais e sociais, pode representar
uma tentativa simbólica para compensar uma atitude unilateral do
indivíduo, no tocante ao relacionar-se com o ambiente e consigo
Autores: Rafael Viana Leite / UNIFACS; Renata Fernandes
Cunha / UNIFACS; Vanessa Barreto Matos Maia / UNIFACS;
Renata Borges de Lima / UNIFACS; Raianne Silva Lima /
UNIFACS; Marcos de Almeida Correia Lima / UNIFACS;
Márcio Rivison Silva Cruz / UNIFACS; Natália Matos Muricy
/ UNIFACS.
Resumo
mesmo, sugerindo que a amplificação do conhecimento sobre
os aspectos do funcionamento e da dinâmica psíquica do sujeito
pode contribuir para a otimização do tratamento psicológico, assim
como, auxiliar a equipe médica e interdisciplinar na condução da
relação terapeuta/paciente. O objetivo deste estudo é identificar a
tipologia psicológica em pacientes com diagnóstico de câncer de
esôfago, através de método transversal, exploratório e descritivo,
utilizando o Questionário de Avaliação Tipológica (Zacharias,
2003). Apresentamos neste trabalho uma amostra da pesquisa em
andamento, através de 39 pacientes, maiores de 18 anos, virgens
de tratamento clínico, atendidos em hospital oncológico do Sistema
Único de Saúde (ICESP-HC-FMUSP), com ensino fundamental e
que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Nossa
amostra é composta de 85% de pacientes do sexo masculino e 15%
do sexo feminino. Os resultados indicaram que 82% têm o foco de
atenção para relacionar-se com as pessoas baseado na introversão.
Introdução: O leiomioma é um tumor de células de músculo liso, de
origem intramural. Apesar de ser o tumor benigno de esôfago mais
frequente, é bastante incomum, representando 0,5-0,8% de todos
os tumores esofágicos e 5-10% de todos os leiomiomas que acometem o trato digestivo. Localiza-se mais comumente no 1/3 distal
do esôfago. Seu pico de incidência ocorre entre a 3a e 5a décadas
de vida, sendo mais prevalente no sexo masculino. É um tumor de
crescimento lento e assintomático, na maioria dos casos, o que pode
tornar o diagnóstico tardio. Disfagia e dor retroesternal são sintomas
encontrados quando sintomático e estão diretamente relacionados
ao tamanho do tumor e sua localização. O leiomioma geralmente
está associado a outras patologias do esôfago como DRGE e hérnia
de hiato. Objetivo: Relatar um raro caso de leiomioma no esôfago
distal em paciente sintomático, bem como sua resolução terapêutica.
Relato de caso: Paciente de trinta e três anos, sexo masculino,
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
cursou com queixa de dificuldade de ingerir sólidos nos últimos meses. Foi, então, submetido à investigação clínica e exames complementares, como endoscopia digestiva alta (EDA), estudo radiológico
do esôfago, estômago e duodeno (EREED) e tomografia de tórax
(TC). A EDA evidenciou lesão submucosa em esôfago distal, a cerca de 35cm da arcada dentária superior (ADS), maior que 5cm. A
TC de tórax apresentou espessamento parietal concêntrico e irregular do esôfago distal com redução do diâmetro luminal. O EREED
mostrou alterações de preenchimento do 1/3 distal compatível com
tumor, tendo sido indicado o tratamento cirúrgico. Foi realizada uma
esofagectomia distal com anastomose primária por laparoscopia. O
paciente evoluiu sem intercorrências, obtendo alta hospitalar no 7º
dia do pós-operatório. O exame anatomopatológico confirmou leiomioma esofágico. Método: O caso foi obtido através da revisão do
prontuário, registro fotográfico dos métodos diagnósticos utilizados
para a identificação e extração do leiomioma e revisão de literatura.
Conclusão: O leiomioma esofágico é uma apresentação rara dos
tumores de esôfago, sua descrição na literatura é infrequente, com
métodos operatórios pouco discutidos. A ressecção esofágica laparoscópica, apesar de tecnicamente mais complexa, é uma excelente
opção como tratamento desse tipo de paciente.
MEGAESÔFAGO CHAGÁSICO
SUBMETIDO À CARDIOPLASTIA A
THAL-HATAFUKU E TRATAMENTO
COMPLEMENTAR: RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Natália Mota de Oliveira / UNIUBE; José do Carmo
Junior / UNIUBE; Erica Silva / UNIUBE; Luiz Eduardo
Gonçalves Ferreira / UNIUBE; Natanni Reis Canaverde /
UNIUBE; Michel Hamui Sallum / UNIUBE; Muriele Batista
do Vale / UNIUBE; João Paulo Chaves de Melo / UNIUBE.
Resumo
Introdução: O megaesôfago é uma manifestação frequente da
forma digestiva da doença de Chagas, a qual de forma progressiva
vem apresentando redução na incidência; porém, quando
acometidos, os pacientes apresentam complicações que deterioram
a qualidade de vida. Objetivo: Descrever um caso de megaesôfago
chagásico avançado submetido à cardioplastia a Thal- Hatafuku,
dilatação endoscópica e uso de sildenafil complementar. Descrição
do caso: M.B.B.F, feminino, parda, 75 anos, natural e procedente
de Uberaba- MG, deu entrada no nosso serviço com megaesôfago
chagásico avançado de longa data, apresentado disfagia para líquidos
e regurgitação, em uso de suporte nutricional por dieta enteral há 4
anos, sem alimentação via oral neste período. Apresentava condições
clínicas e cardiovasculares que contraindicava o procedimento
cirúrgico de escolha, que seria esofagectomia, devido a quadro de
dólico megaesôfago evidenciado ao esofagograma baritado. Optado
por procedimento cirúrgico de cardioplastia à Thal-Hatafuku em 29
de agosto de 2012, evoluindo com melhora do quadro disfágico e
aceitação alimentar por via oral, sendo retirado a sonda nasoenteral.
Em abril de 2014 apresentou quadro de monilíase esofagiana,
sendo submetida a tratamento com antifúngicos com resolução do
quadro. Novamente, em julho de 2014 referiu queixa de disfagia
para alimentos sólidos, sendo submetida a endoscopia digestiva alta
que demonstrou grande quantidade de restos alimentares, sendo
iniciado uso de Sildenafil e dilatação endoscópica esofágica com
melhora dos sintomas. No momento, encontra-se assintomática
em acompanhamento ambulatorial. Conclusão: O tratamento
do megaesôfago chagásico e da acalasia do cárdia pode ser
realizado através de tratamento cirúrgico como as cardiomiotomias
ou através de procedimentos cirúrgicos mais extensos como
esofagectomias, de acordo com o grau de acometimento da doença.
Também são empregados tratamentos como a dilatação esofágica,
o uso de drogas como o sildenafil, a miotomia endoscópica como
demonstrado em estudos recentes. No caso relatado optou-se pela
realização de cardioplastia a Thau-Hatafuku primeiramente descrita
em 1964 devido às condições clínicas da paciente. A recidiva do
quadro disfágico após 23 meses respondeu bem ao tratamento
complementar de dilatação e uso de sildenafil, que bloqueando a
fosfodiesterase, leva maior liberação de oxido nítrico e relaxamento
da musculatura do cárdia.
UM CASO RARO DE MÚLTIPLAS
METÁSTASES CUTÂNEAS DE
CARCINOMA EPIDERMOIDE DO
ESÔFAGO
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Uirá Fernandes Teixeira / UFCSPA; Paulo Roberto
Ott Fontes / UFCSPA; Fábio Luiz Waechter / UFCSPA; José
Artur Sampaio / UFCSPA; Roque Furian / Santa Casa de
porto Alegre; Luiz Pereira-Lima / UFCSPA.
Resumo
Introdução: A neoplasia de esôfago é uma doença agressiva
que geralmente tem um prognóstico reservado. Os pacientes
acometidos apresentam, habitualmente, sinais e sintomas re-
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
101
A nais
lacionados ao crescimento loco-regional do tumor, ao sangra-
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Resumo
mento gastrointestinal e comprometimento nutricional. Metás-
102
tases cutâneas são eventos raros, associadas com um estágio
Com o diagnóstico progressivamente mais precoce do câncer
avançado e baixa sobrevida, sendo relatadas em menos de 1%
de esôfago, surgem oportunidades para tratamento cirúrgico
dos casos. Relato de caso: Reportamos o caso de um pa-
com finalidade curativa com o emprego de técnicas menos
ciente do sexo masculino, de 51 anos, que apresentava estado
invasivas como a videocirurgia. Encontramos, na literatura,
geral comprometido, disfagia há 4 meses, perda de peso e le-
diversas técnicas, com suas vantagens e desvantagens, para
sões cutâneas disseminadas e indolores. Endoscopia digesti-
tratamento de neoplasia de esôfago, de acordo com sua posição
va alta revelou a presença de lesão ulcerada e estenótica no
e estadiamento; no entanto ainda é discutido qual seria a melhor
segmento inferior do esôfago, acometendo cerca de 60% da
opção terapêutica em cada situação. Este vídeo tem a finalidade
circunferência do órgão, com 5 cm de extensão. Outra lesão
de descrever passo a passo a realização da esôfago-gastrectomia
elevada e irregular foi identificada na segunda porção duodenal,
por videolaparoscopia e videotoracoscopia em decúbito
no mesmo exame. A biópsia revelou tratar-se de carcinoma epi-
ventral (ou posição prona) com linfadenectomia mediastinal e
dermoide esofágico em ambos os sítios. A tomografia de tórax
reconstrução com anastomose de tubo gástrico intra-torácico, no
e abdome evidenciou múltiplos nódulos pulmonares e hepáti-
tratamento de um adenocarcinoma inicial de esôfago distal sobre
cos (sugestivos de implantes secundários), além de aumento
lesão de Barrett. Procedimento iniciado no tempo abdominal
de linfonodos loco-regionais. Além disso, biópsias excisionais
em posição de litotomia, com dissecção do esôfago abdominal,
aleatórias das lesões de pele, avaliadas por imunohistoquími-
liberação da grande curvatura do estômago e confecção do
ca, confirmaram metástase cutânea da neoplasia esofágica. O
tubo gástrico. Paciente movida para decúbito ventral e realizada
paciente foi encaminhado para tratamento com radio e quimio-
dissecção do esôfago torácico através de apenas 3 portais em
terapia. Discussão: Metástases cutâneas de neoplasias do
hemitórax direito. comamplo espaço para visualização e trabalho,
trato gastrointestinal são raras, com frequência de 0.7 a 9%.
realizada ressecção da peça e linfadenectomia mediastinal, sem
Para neoplasia maligna do esôfago são ainda mais raras, com
necessidade de intubação com ventilação seletiva, seguida de
prognóstico reservado, e sobrevida em torno de 4 a 20 meses
anastomose manual intratorácica entre o esôfago proximal e o
após o diagnóstico. Conclusão: Acreditamos que qualquer
tubo gástrico. Retirada a peça por via abdominal após realização
lesão cutânea suspeita que se apresente no espectro de uma
de jejunostomia e revisão da cavidade abdominal. A paciente
neoplasia gastrointestinal deva ser biopsiada, já que a confirma-
também era portadora de um divertículo de Zenker, o qual foi
ção de doença metastática muda o estágio da doença, o seu
abordado endoscopicamente posteriormente. Conforme análise
prognóstico e tratamento.
anátomo-patológica da peça, não houve comprometimento de
margens cirúrgicas e nem foi encontrada progressão da doença
para linfonodos. Este relato de caso demonstra a viabilidade de
ESÔFAGO-GASTRECTOMIA POR
VÍDEO COM TORACOSCOPIA
EM DECÚBITO VENTRAL POR
ADENOCARCINOMA DE ESÔFAGO
realização do procedimento e alguns detalhes técnicos os quais
podem ser considerados vantajosos em relação a outras técnicas.
são necessários mais estudos e um maior número de casos para
avaliar segurança e eficácia desta técnica em relação a outras.
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Daniel Seiti Kurihara Oda / Hospital são Vicente de
Curitiba - FUNEF - Curitiba/ PR; Antonio Carlos Rosa de Sena
/ Hospital são Vicente - FUNEF - Curitiba / PR; Marciano
Anghinoni / Hospital são Vicente - FUNEF - Curitiba / PR;
Tiago Kuchnir Martins de Oliveira / Hospital são Vicente
- FUNEF - Curitiba / PR; Daniel Seigui Kaio / Hospital são
Vicente - FUNEF - Curitiba / PR; Mariana de Castro / Hospital
são Vicente - FUNEF - Curitiba / PR; Giovanna Cerri / Hospital
são Vicente - FUNEF - Curitiba / PR; Andréa Carneiro Leite
Mariz Álvares / Hospital são Vicente - FUNEF - Curitiba / PR.
TRATAMENTO
VIDEOLAPAROSCÓPICO DA ÚLCERA
GÁSTRICA PERFURADA: USO DO
LIGAMENTO REDONDO COMO
ALTERNATIVA AO REFORÇO COM
OMENTO MAIOR
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores: Vagner Birk Jeismann / FMUSP; Emerson Shigueaki
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Abe / FMUSP; Gilton Marques Fonseca / FMUSP; Rodrigo
Blanco Dumarco / FMUSP; Eduardo Danta Bariani Peres /
FMUSP.
Resumo
Resumo
cia, em sua maioria são assintomáticos, sendo diagnosticados
Introdução: A doença ulcerosa péptica atualmente raramente
damente 200 casos relatados na literatura e na sua maioria
Introdução: O lipoma gástrico é uma patologia rara na infânpor exame de imagem acidentalmente. Hoje temos aproxima-
apresenta indicação cirúrgica devido aos inquestionáveis avanços no entendimento de sua fisiopatologia e, consequentemente, no seu tratamento. A perfuração gastroduodenal permanece como complicação temida e de tratamento primariamente
cirúrgico. A experiência com a abordagem videolaparoscópica
tem crescido e costuma repetir os princípios da cirurgia aberta:
adequada limpeza da cavidade abdominal, identificação e sínte-
são casos em adultos. Objetivo: Relato de uma gastrectomia
parcial para exérese de lipoma gástrico. Casuística: Emergência Relato do caso: I.T.A., 13 a, masculino, brasileiro,
branco, solteiro. Data da Internação: 23/04/14 QP: Nauseas,
vômitos, fezes endurecidas e de coloração escurecida. HDA:
Inicio dos sintomas há mais ou menos 1 mês, onde paciente foi
internado no hospital da cidade natal. Lá segundo informações
se da perfuração, geralmente associada a reforço com alguma
colhidas fez tratamento paliativo com sintomáticos e transfu-
estrutura adjacente, como o omento maior. Objetivo: Relatar
são sanguínea. HPP: Ndn. HFA: Ndn Ao exame: Acordado,
caso de uma paciente com múltiplas comorbidades, incluindo
orientado, anictérico, hipocorado +/4+, estável hemodinami-
histórico de retalho de omento maior na região torácica devido
camente. AR e AC: s/alt. Abdome: plano, depressível, indo-
a complicações de radioterapia para neoplasia de mama, que
lor a palpação, RHA +. MMII: s/alt. Exames laboratoriais: Hb:
apresentou-se com peritonite difusa devido a uma úlcera gás-
10,5;Ht: 30%; demais sem alterações; marcadores tumorais:
trica pré-pilórica perfurada tratada através da abordagem vide-
negativos. Inicialmente realizou EDA que evidenciou massa
olaparoscópica. Método: a cirurgia foi realizada através de 4
gástrica em região de grande curvatura, realizada biópsia que
portais e consistiu na aspiração e irrigação da cavidade abdo-
sugeriu lipoma. Devido quadro clínico incomum foi optado por
minal, identificação de perfuração gástrica pré-pilórica seguida
maior investigação de imagem (porém a tomografia encontra-
de sua síntese com sutura e reforço com “patch” de ligamento
va-se quebrada), realizou-se então ressonância magnética de
redondo. Resultados: O tempo cirúrgico foi de 105 minutos.
abdome com laudo: Lesão expansiva gástrica em topografia
A paciente apresentou complicações pulmonares com boa res-
submucosa na grande curvatura/corpo, com contornos lobu-
posta ao tratamento clínico instituído. Não ocorreram outras in-
lados e conteúdo adiposo, sem sinais de sangramento intra-
tercorrências abdominais durante a internação e recebeu alta
-lesional, infiltração e/ou invasão de estruturas adjacentes.
hospitalar e recebeu alta hospitalar no 32o dia pós-operatório.
Convém correlacionar com estudo anatomopatológico. Dentre
Conclusão: A abordagem videolaparoscópica é factível e se-
as possibilidades diagnósticas, estão incluídas as lesões com
gura em casos selecionados de úlcera gastroduodenal perfu-
conteúdo adiposo - lipoma/variantes histológicas. Optado
rada. O uso do ligamento redondo é uma alternativa eficaz ao
por cirurgia devido quadro de sangramento prévio. Cirurgia:
reforço com “patch” de omento maior.
Realizado incisão supra-umbilical onde identificou-se massa
gástrica sem acometimento de nenhum outro órgão. Optou-
LIPOMA GÁSTRICO INFANTIL: RELATO
DE CASO DO TRATAMENTO CIRÚRGICO
E REVISÃO DA LITERATURA
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Claudio Luiz Lourenço de Souza Junior / UNOESC;
Carmen Francisca Leite / UNOESC; Vicente Sposito /
UNOESC; Felipe Wurzel / UNOESC; Rita de Cassia Palma
Lima / UNOESC; Roberto Zilio / UNOESC; Flavia Silva de
Souza / Universidade Estacio de Sá- RJ; Gabriela Parizotto /
UNOESC.
-se então por gastrectomia parcial com margem de aproximadamente 2-3 cm do tumor que se encontrava encapsulado.
(congelação com margens livres). Paciente evoluiu bem, no
3 dia P.O iniciado dieta liquida fria e no 6. P.O, alta hospitalar.
Anatomopatológico : Confirmou a peça como Lipoma gástrico. Conclusão: O lipoma gástrico diagnosticado na infância
é raro tendo poucos casos descritos. Se reduzirmos aos casos
que são sintomáticos, reduzimos mais ainda o número. Parece
haver um consenso que o tratamento cirúrgico nesses casos
é o mais indicado.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
103
A nais
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
TUMOR DESMOIDE ABDOMINAL
GIGANTE: RELATO DE CASO
A PARTIR DE CONCEITOS DA
GASTROSTOMIA ENDOSCÓPICA
Autores: Agamenon Dias de Oliveira / ITPAC; Lilian Cristhian
Ferreira dos Santos Rocha / ITPAC; Paulo Henrique Dias de
Moraes / ITPAC; Isabela Cristina Macedo Fernandes / ITPAC;
Jorge Higo Paiva Oliveira / ITPAC; Débora Rosa portilho /
ITPAC; Pedro Ernesto Alves Mangueira Júnior / ITPAC; Rone
Antonio Alves de Abreu / ITPAC.
Autores: Emmanuel Conrado Sousa / UESC; Mayana Oliveira
Soares Vieira / SCMI; Fernando Elias Oliveira Cruz / UESC.
Resumo
trostomia. Após descrição da técnica endoscópica, devido a sua efi-
Temário: Cirurgia / Estômago
Temário: Cirurgia / Estômago
Resumo
Introdução: Até 1980, a técnica de Stamm era padrão para gasciência e rapidez, rapidamente tornou-se método de escolha para
O tumor desmoide (TD) é um tipo de neoplasia rara, de crescimento
lento, sem metástase, que pode ser dividido em extra-abdominais,
abdominais e intra-abdominais. O objetivo deste trabalho é relatar
o caso Fibromatose tipo Desmoide, no qual será abordada a clínica
do paciente até a resolução do caso com tratamento cirúrgico.
O trabalho foi realizado através de uma revisão de prontuário e
104
da
levantamento acerca do tema com pesquisa em dados disponíveis
no MEDLINE, LILACS-BIREME, PUBMED e COCHRANE e
literatura especifica. Paciente masculino, 16 anos, encaminhado ao
ambulatório de oncologia do hospital regional de araguaína (HRA)
apresentando massa abdominal palpável, cerca de 6 meses de
crescimento, inicialmente em região epigástrica e hipocôndrio direito
e posteriormente ocupando toda região abdominal. Acompanhado
de perda ponderal (20 Kg ) nesse período de evolução. Pesquisa dos
marcadores tumorais CEA e Ca 19.9 com resultados negativos. Foi
realizada gastrectomia parcial e esplenectomia com ligadura de vasos
correspondentes. Os exames histopatógico e imuno-histoquímica
evidenciaram lesões mesenquimais fusocelular com celularidade
baixa com íntima relação com a parede gástrica, margens cirúrgicas
livres e baço com congestão leve; as características morfológicas
e de imunomarcação favoreceram diagnóstico de fibromatose tipo
desmóide. Paciente evoluiu bem sem intercorrências recebendo
alta hospitalar, sem a necessidade de quimioterapia. A fibromatose
agressiva ou tumor desmoide (TD) é um tipo de neoplasia que se
estende aos tecidos músculo-aponeuróticos, penetra cápsulas
articulares, infiltra-se ao longo dos planos fasciais e invade estruturas
neurovasculares adjacentes. Apresenta alta taxa de recidiva local
após ressecção cirúrgica a qual é o tratamento de escolha para a
acesso enteral prolongado. O autor descreve uma técnica que combina a visualização direta do estômago da cirurgia aberta com a simplicidade e menor trauma da gastrostomia endoscópica. Metodologia: Descrição da técnica: Paciente em decúbito dorsal sob anestesia. Incisão mínima no epigástrio e tração do estômago. Incisão de
03 mm em flanco esquerdo e punção com agulha para passagem
de fio guia. Perfuração punctiforme do estômago, apreensão do fio
guia, conexão com sonda e tração percutânea com aproximação do
estômago à parede abdominal sem necessidade de sutura em torno
da sonda. Discussão: As duas principais técnicas de gastrostomia
cirúrgica, Stamm com dupla sutura em bolsa e Witzel com criação de
um tubo seroso, procuram envolver a sonda em tecido gástrico, buscando evitar as complicações do vazamento do conteúdo ácido. A
gastrostomia endoscópica com perfuração punctiforme do estômago e aproximação do estômago à parede abdominal produz resultados de morbidade e mortalidade menores ou pelo menos iguais aos
da gastrostomia cirúrgica, sendo tecnicamente mais simples, menos
traumática e com custo menor. As vantagens da técnica descrita incluem: uma laparotomia mínima, tracionando facilmente o estômago
para fora da cavidade; incisão punctiforme no estômago para passagem do fio guia e exteriorização da sonda tornando desnecessária
a sutura em bolsa no estômago; uso de sonda com flange interna
circular, utilizada na técnica endoscópica, permitindo uma melhor
tração e fixação da parede gástrica ao peritônio parietal. Conclusão: A gastrostomia cirúrgica com incisão mínima no estômago para
exteriorização da sonda, utilizando dispositivos da gastrostomia endoscópica, mostrou-se segura, de fácil execução, menos traumática,
mais rápida, simples e elegante.
patologia, contudo, em casos em que não há indicação cirúrgica,
opta-se por radioterapia.
ADENOCARCINOMA GÁSTRICO:
UM RELATO DE CASO
UMA NOVA TÉCNICA DE
GASTROSTOMIA CIRÚRGICA
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Bruna Feio de Oliveira / Uepa; Marcelo Bandeira
Coelho Dias / Hospital Ophir Loyola; Patrícia Isabel Bahia
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Mendes Freire / Hospital Ophir Loyola; Alessandro França
de Souza / Hospital Ophir Loyola; Marcos de Souza Lopes
Freire Filho / Hospital Ophir Loyola; Raquel de Maria Maues
Sacramento / Hospital Ophir Loyola; Larissa Nayara Martins
Belarmino / Uepa; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital
Ophir Loyola.
sem intercorrências. Conclusão: O adenocarcinoma gástrico
é o tipo histológico mais comum, figurando entre as principais
causas de morte por câncer no mundo. Além disso, o subtipo
difuso (infiltrativo) possui pior prognóstico com metástases
precoces e, por isso, necessita de tratamento agressivo, sendo
indicado o tratamento cirúrgico com gastrectomia total.
Resumo
Introdução: As neoplasias malignas de estômago estão entre
as mais prevalentes no mundo. Segundo estimativas do Instituto
Nacional do Câncer, para o ano de 2012 foram esperados, no
Brasil, cerca de 12.670 casos novos de câncer de estômago em
homens e 7.420 em mulheres. de acordo com o INCA, estes
valores correspondem a um risco estimado de 13 casos novos
a cada 100 mil homens e 7 a cada 100 mil mulheres. Objetivo:
Relatar um caso de Adenocarcinoma Gástrico. Casuística: Um
paciente (Relato de Caso). Método: Avaliação retrospectiva
CÂNCER GÁSTRICO AVANÇADO:
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Camila Paula de Siqueira Maués / Hospital Ophir
Loyola - Centro Hospitalar Jean Bitar; Thais Travassos da
Silva / UEPA; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir
Loyola; Marcelo Bandeira Coelho Dias / Hospital Opir Loyola;
Patrícia Isabel Bahia Mendes Freire / Hospital Ophir Loyola;
Alessandro França de Souza / Hospital Ophir Loyola; Marcos
de Souza Lopes Freire Filho / Hospital Ophir Loyola; José
Gabriel Miranda da Paixão / Hospital Ophir Loyola.
do prontuário da paciente no Hospital Ophir Loyola. Resultados:
Masculino, 58 anos. Paciente relata há dois anos episódio
Resumo
de ardência epigástrica pré- prandial com melhora após a
alimentação. Apresentou vertigem seguida de vômitos. Há 1
Introdução: O câncer gástrico é a segunda causa mais comum
ano houve piora do quadro, com dor em hipocôndrio direito
de morte por câncer no mundo e a maioria dos casos ocorrem em
irradiando para a clavícula direita, dor epigástrica e dor em
países em desenvolvimento. No Brasil, estima-se que seja o quarto
aperto em hipocôndrio esquerdo, mais intensa no período pré-
tumor maligno mais frequente entre os homens e sexto entre as
prandial e disfagia para sólidos. Nos últimos 6 meses houve
mulheres. Está relacionado à infecção gástrica pelo Helicobacter
perda de 10 Kg , adinamia, fraqueza, vertigem seguida de
pylori; idade avançada, sexo masculino, tabagismo, dieta rica em sal e
vômito. Diabético há 6 anos, ex-etilista e ex-tabagista há 2 anos.
alimentos defumados. Objetivo: Relatar o caso de um paciente com
Paciente sem história de neoplasia na família. Ao exame físico:
diagnóstico tardio de câncer gástrico. Casuística: Um paciente
paciente com murmúrio vesicular diminuído em hemitórax
(relato de caso) Método: Relato de caso de um portador de câncer
direito (FR: 12 irpm). Abdomên globoso, tenso, doloroso à
gástrico acompanhado no Hospital Ophir Loyola em Belém-PA em
palpação em HE. Tomografia computadorizada evidenciando:
2013. Resultado: O paciente M.N.S.M., sexo masculino, 55 anos,
espessamento irregular da parede gástrica compatível com
motorista, residente e procedente de Tomé Açú-PA ao ser internado,
processo neoplásico, comprometendo sobretudo a pequena e
relatou episódio de hematêmese 8 há meses antes associada à
a grande curvatura. Endoscopia revelando: à 5 cm da cárdia
plenitude gástrica e epigastralgia episódica; negou perda ponderal.
nota-se lesão ulcerada, borda irregular, fundo recoberto com
Endoscopia digestiva alta da época mostrou pangastrite enantematosa
fina camada de fibrina, medindo aproximadamente 4cm. Corpo
moderada e biópsia gástrica com presença de H. pylori (3+/4+), foi
médio (parede posterior) lesão elevada de superfície lisa com
tratado com IBP. Todavia, a hematêmese persistiu, agora associada
coágulo aderido medindo aproximadamente 2,5 cm. Antro
à melena. Ao ser encaminhado para Belém, uma nova endoscopia
revestido de mucosa levemente enamtematosa, superfície
atestou gastrite enantematosa moderada de corpo, presença de
lisa e regular com xantoma. Histopatológico: adenocarcinoma
cicatriz vermelha de úlcera gástrica com halo eritematoso intenso com
infiltrativo ulcerado moderadamente diferenciado do estômago.
friabilidade em pequena curvatura gástrica (5 cm após o esôfago) e
Cirurgia realizada: gastrectomia total paliativa, reconstrução
biópsia com ausência de H. pylori e presença de adenocarcinoma
em Y de Roux, linfadenectomia D1, colecistectomia, biópsia
mucinoso mucocelular ulcerado. Relatou história familiar positiva para
hepática, biópsia de nódulo mesentérico. Paciente evoluiu
neoplasias (mãe e avó materna). Sem alterações significativas ao
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
105
A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
exame físico admissional, evoluiu na internação com piora do estado
vários mecanismos podem atuar ao mesmo tempo. Os cistos de
geral, permanência de hematêmese e melena, queixa de fraqueza
duplicação são geralmente assintomáticos nos adultos, apresentando
e tontura, apresentando-se hipocorado (3+/4+), com edema em
como sintomas comuns obstrução intestinal, dor, vômitos,
mãos e pés, diurese preservada e sem alterações, vômitos após a
distensão abdominal e sangramento. No passado, as duplicações
ingesta de líquido (leite e água), anemia hipo/micro com anisocitose e
gástricas raramente eram diagnosticadas em pré-operatório, mas
poiquilocitose leve, leucocitose e plaquetopenia que não melhoraram
a crescente utilização de meios de imagem, e principalmente da
com as transfusões realizadas. A tomografia computadorizada
ecoendoscopia, são cada vez mais identificadas. O tratamento
revelou derrame pleural bilateral, nódulo em base pulmonar direita
preconizado é cirúrgico, sendo considerado padrão ouro. Contudo,
e padrão heterogêneo (“salpicado”) em coluna vertebral sugestiva
não existe uma técnica cirúrgica padrão. Recomenda-se a excisão
de infiltração medular. Após 13 dias de internação, evoluiu a óbito.
completa da lesão. Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de
Conclusão: O estudo do câncer gástrico e principalmente de seus
Endoscopia Digestiva, o acompanhamento endoscópico periódico
fatores de risco, deve ser permanente, já que o diagnóstico tardio
das lesões subepiteliais < 2,0 cm com aspecto ecoendoscópico
dificulta a eficácia terapêutica e o prognóstico dos pacientes.
benigno parece ser seguro, porém o intervalo de acompanhamento
deverá ser individualizado. Conclusão: Na literatura atual, existem
106
CISTO DE DUPLICAÇÃO GÁSTRICO:
DISCUSSÃO DA ABORDAGEM
TERAPÊUTICA
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Lumi Amaral Gomes / Universidade do Grande Rio;
Fábio Gomes Oliveira / Universidade do Grande Rio; Ronaldo
Carneiro dos Santos / Universidade do Grande Rio.
Resumo
Introdução: Os cistos de duplicação gastrointestinal são malformações congênitas raras que podem surgir ao longo de todo o tubo
digestivo. Sua localização mais frequente é no íleo e a mais rara, no
estômago (2 a 7%). A maioria dos casos é diagnosticada na infância.
Objetivo: Este trabalho aborda as diferentes opções de conduta
nos casos de cisto de duplicação gástrica através de relato de caso
de um paciente de hospital público do Rio de Janeiro, comparando-o
com a literatura atual. Métodos: Revisão de prontuário e
pesquisa bibliográfica nas bases de dados MEDLINE, LILACS,
SciELO; efetuando busca com as palavras: “duplicação”, “tubo
divergências de conduta nas duplicações gástricas determinadas
por diferentes protocolos na prática clínica. portanto, a opção pelo
tratamento cirúrgico (definitivo) ou acompanhamento endoscópico
dependerá da análise das características do cisto de duplicação
frente ao caso do paciente.
GASTRECTOMIA TOTAL
COM ESPLENECTOMIA E
PANCREATECTOMIA CORPO CAUDAL POR TUMOR GÁSTRICO
AVANÇADO
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Victor Soares Peixoto / HOL; Hamilton Cezar Rocha
Garcia / HOL; Joyce Carmen Abreu Da Silva / UFPA; Marcelo
Bandeira Coelho Dias / HOL; Patrícia Isabel Bahia Mendes
Freire / HOL; Alessandro França de Souza / HOL; Marcos de
Souza Lopes Freire Filho / HOL; Raíssa Pereira de Tommaso
/ HOL.
Resumo
digestivo”, “cisto de duplicação gástrico”, “abordagem terapêutica”.
Introdução: O câncer de estômago ocupa o segundo lugar em
Resultados: As duplicações podem ser encontradas em todo
frequência em todo o mundo, depois do câncer de pulmão. A
aparelho digestivo, da boca ao ânus, sendo o segmento mais afetado
localização mais frequente é a porção distal do estômago. Objetivo:
o íleo. Apresentam tamanhos variáveis e podem se comunicar com
Relatar o caso de um paciente com neoplasia gástrica avançada
o aparelho gastrointestinal. As duplicações esféricas ocorrem mais
submetida a tratamento cirúrgico no hospital Ophir Loyola. Casuística:
no esôfago e porção proximal do aparelho digestivo e normalmente
1 paciente (Relato de Caso). Metodologia: Relato de caso baseado
não são comunicantes. As duplicações tubulares são mais raras,
em dados de prontuário, entrevista e acompanhamento do quadro
ocorrem em 1/3 dos casos e comunicam frequentemente com o
clínico da paciente. Resultados: R.N.P, sexo masculino, 44 anos,
aparelho digestivo adjacente. Não existe uma teoria bem definida
admitida no hospital Ophir Loyola com o diagnóstico endoscópico de
para esclarecer o surgimento dos cistos de duplicação; parece que
presença de uma lesão ulceroinfiltrativa (Borrmmam III) em parede
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
posterior do antro gastrico , e histopatológico um adenocarcinoma
paciente retornou com 6 meses, e EDA mantendo alterações
gástrico pouco diferenciado com células em anel de sinete. O
anatomopatológico já descritas. Indicado tratamento cirúrgico há
paciente foi submetida à cirurgia de gastrectomia total, esplenectomia
2 anos (gastrojejunostomia em Y de Roux). Paciente apresentou
e pancreatectomiacorpocaudal com reconstrução em Y de Roux.
remissão completa dos sintomas no período pós-operatório, e
No pós-operatório (PO)a paciente evoluiu satisfatoriamente bem,
permanece assintomático há 2 anos. Conclusão: O refluxo ocorre
dentro do esperado, recebendo alta hospitalar no 14° dia PO, sem
em intensidades variáveis e as alterações inflamatórias também são
intercorrências. Conclusão: Concluimos que os pacientes jovens
de proporções distintas, com os sintomas clínicos relacionados à
devem ser submetidos à investigação diagnóstica precoce se
intensidade deste processo inflamatório, ocorrendo em período de
persistirem os sintomas.
tempo independente da data de realização da cirurgia, variando de
semanas até anos. O diagnóstico de gastrite alcalina não é difícil de
GASTRITE POR REFLUXO BILIAR PÓSGASTRECTOMIA A BILLROTH II (BII)
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Annelyse de Araújo Pereira / PUC GOIÁS; André
Rezek Rodrigues / PUC GOIÁS; Germana Jardim Marquez
/ PUC GOIÁS; Tadeu Cavalcante Nogueira de França Lino
/ Santa Casa de Misericórdia de Goiânia; Roberto Van de
Wiell Barros / Santa Casa de Misericórdia de Goiânia; Izabella
Rezende Oliveira / Puc Goiás; Manoel Lemes da Silva Neto /
Santa Casa de Misericórdia de Goiânia.
ser realizado, pois os sintomas pós-operatórios são característicos.
A indicação da cirurgia ocorre com mais frequência após as
gastrectomias com reconstrução a BII, na qual o refluxo costuma
ser mais acentuado. Nesta situação a melhor técnica conhecida é
a conversão em Y de Roux que tem trazido grandes benefícios no
desaparecimento dos sintomas do refluxo biliar.
GIST GÁSTRICO DE 13KG EM
PACIENTE ASSINTOMÁTICO
Temário: Cirurgia / Estômago
Resumo
Introdução: Gastrite por refluxo biliar é uma lesão da mucosa
gástrica pelo refluxo bilio-pancreático para o estômago por perda da
estrutura pilórica. É uma complicação comum após gastrectomias,
mais frequente pela técnica de reconstrução gastrojejunal à Billroth
Autores: Flávio Slano / Hospital são Rafael; Paulo Cezar Galvão
do Amaral / Hospital são Rafael; Rodolfo Carvalho Santana /
Hospital são Rafael; Jorge Reis Pinheiro de Lemos / Hospital
são Rafael; Eric Ettinger de Menezes Junior / Hospital são
Rafael; Luiz Gustavo do Prado Farias / Hospital são Rafael;
Elias Luciano Quinto de Souza / Hospital são Rafael; Ricardo
Bandeira de Melo Amaral / Hospital são Rafael.
II. Os sintomas são epigastralgia não relacionada à alimentação, com
vômitos biliosos e perda de peso, não aliviada pelo uso de inibidores
Resumo
de bomba de prótons (IBP), antiácidos ou alimentos. Achados
endoscópicos de hiperemia da mucosa, enantema, hemorragia e
GIST gástrico de 13kg em paciente assintomático. Introdução: Os
histopatológicos de hiperemia foveolar, edema e vasodilatação na
tumores do estroma gastrointestinal (GIST) representam 85% de
lâmina própria, além de gastrite difusa e atrófica são comuns. O
todas as neoplasias mesenquimais do trato digestivo. Desses, dois
tratamento inicial é clínico, com poucas evidências de melhora. A
terços são encontrados no estômago. Esses tumores geralmente
cirurgia de conversão da anastomose BII para uma gastrojejunostomia
apresentam-se como lesões pequenas, descobertas, muitas vezes,
em Y de Roux é indicada nos casos em que a sintomatologia seja
incidentalmente. Quando sua apresentação é por massa abdominal,
intensa e prejudicando a ingestão alimentar. Objetivos: Relatar
achado bastante infrequente, os sintomas mais comuns são: Dor
caso de gastrite por refluxo alcalino pós-gastrectomia à Billroth há 20
abdominal, associada a náuseas e vômitos, além de perda de peso
anos. Relato: ABF, submetido à Gastrectomia à BII para tratamento
e constipação intestinal. Objetivo: Relatar um caso de paciente
de Doença Ulcerosa Péptica (DUP) há 22 anos, com queixas
assintomático, portador de GIST gástrico de 13kg. Casuística:
de epigastralgia contínua não relacionada com a alimentação,
Um caso de GIST gástrico de 13kg, operado no serviço de Cirurgia
com resposta pouco satisfatória ao uso de IBP contínuo. Ritmo
do Aparelho Digestivo do Hospital são Rafael – Salvador – Bahia.
intestinal obstipado. Endoscopia digestiva alta (EDA) com gastrite
Paciente/Método: Paciente do sexo masculino, 52 anos,
enantematosa-erosiva severa de corpo, biópsia gástrica compatível
assintomático, com aumento do volume abdominal progressivo há 5
com refluxo biliar. Diante da resposta clínica pouco satisfatória,
anos, atribuído a ingesta de cerveja. Alimentando-se normalmente,
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
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A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
ritmo intestinal habitual e exercendo atividades laborativas diárias.
posteriror abordagem cirúrgica do tumor. Foi submetido à laparotomia
Estudado por tomografia abdominal que mostrou: formação
na qual foi evidenciado tumor gástrico localmente avançado, com
expansiva, com algumas calcificações e áreas hipodensas de
invasão de raiz do mesentério, cólon e mesocólon transverso, discreta
necrose, lobulada, medindo 33,1x28,6x21,8cm e ocupando quase
quantidade de liquído em cavidade peritoneal. Diante dos achados
toda cavidade abdominal. Resultado: Submetido à laparotomia
foi optado pela realização de jejunostomia e fechamento da cavidade.
em Maio 2014. Realizado exérese da massa, gastrectomia parcial
Paciente evolui com drenagem de secreção de aspecto bilioso pela
com reconstrução em Y-Roux e transversectomia com anastomose
jejunostomia de débito médio diário de 1200ml/24h. Manteve bom
primária do cólon. Anatomia patológica evidenciou GIST.
estado geral sendo submetido a reabordagem cirúrgica no 5º P.O.
Conclusão: Apesar da literatura mostrar que GIST gástricos que se
sendo confeccionada nova jejunostomia. Paciente evolui bem nos
apresentam como massas abdominais produzem sinais e sintomas,
primeiros 3 dias após a reabordagem, com melhora do estado geral
sobretudo: Dor abdominal, náuseas, vômitos e alteração do ritmo
e alimentação enteral via jejunostomia. No 4º P.O., deu-se início,
intestinal (constipação), nesse relato de caso, apesar das dimensões
novamente, a saída de secreção biliosa pela jejunostomia associada
do GIST, o paciente era assintomático.
ao ressurgimento do quadro álgico e deterioração do quadro clínico.
Apesar da reintrodução da Nutrição Parenteral Parcial e otimização
NEOPLASIA GÁSTRICA AVANÇADA:
UM RELATO DE CASO
108
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Alysson Amaral Barreto / Uepa; Marcelo Bandeira
Coelho Dias / Hospital Ophir Loyola; Patrícia Isabel Bahia
Mendes Freire / Hospital Ophir Loyola; Alessandro França de
Souza / Hospital Ophir Loyola; Marcos de Souza Lopes Freire
Filho / Hospital Ophir Loyola; Luiz Otávio Macedo / Hospital
Ophir Loyola; Shirlei Monteiro Uchoa / Uepa; Hamilton Cezar
Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola.
Resumo
da analgesia com opióides fortes, o paciente veio a óbito no 7º P.O.
Conclusão: O câncer gástrico permance apresentando uma alta
incidência e mortalidade, principalmente devido ao seu diagnóstico
tardio em países subdesenvolvidos. Nos casos avançados, o
tratamento cirúrgico, único curativo, não oferece uma sobrevida
satisfatória mesmo com medidas paliativas.
NEOPLASIA GÁSTRICA EM PACIENTE
COM LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA:
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Estômago
Introdução: O câncer de estômago é o segundo tipo mais comum
de neoplasia em incidência e mortalidade, principalmente entre os
idosos. A frequência na população é baixa aos 40 anos e aumenta
progressivamente com a idade, até atingir seu valor mais elevado
por volta dos 70 anos. Objetivo: Relatar um caso de câncer gátrico
avançado. Casuística: um paciente (relato de caso). Método: Análise
retrospectiva de prontuário ambulatorial e hospitalar no Hospital Ophir
Loyola-PA. Resultado: Paciente do sexo masculino, 64 anos, com
Autores: Luiz Otávio Lopes Macedo / Hospital Ophir Loyola;
Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophir Loyola; Allan
Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; Hamilton
Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; José Miranda
Rabelo Neto / Hospital Ophir Loyola; Fábio Costa Negrão /
Hospital Ophir Loyola; Denise Cristina dos Santos / Hospital
Ophir Loyola; Claudio Claudino Alves Almeida / Hospital
Ophir Loyola.
Resumo
história de dor epigástrica intermitente, de moderada intensidade,
dispepsia, disfagia inicialmente para sólidos e posteriormente para
Introdução: No Brasil, o câncer gástrico é o quarto tumor maligno
líquidos, abaulamento epigástrico há 2 anos, associado à anorexia
mais frequente entre os homens e sexto entre as mulheres. A
e emagrecimento de 24 kg no período. Hipocorado, desidratado e
leucemia mielóide crônica (LMC) é uma doença clonal maligna
mal nutrido ao exame físico; com presença de massa palpável fixa
caracterizada por uma excessiva proliferação da linhagem mielóide
em epigástro. EDA evidenciando lesão ulcerada vegetante a 6 cm
(Fase Crônica), seguida por uma perda progressiva da diferenciação
da cárdia, estendendo-se pela pequena curvatura até a incisura
celular (Fase Acelerada) terminando em um quadro de leucemia
angular, semi-circunferencial de limites imprecisos; histopatológico
aguda (Fase Blástica). A terapia baseada no transplante de medula
evidenciando adenocarcinoma gástrico tubular moderadamente
óssea (TMO) é a única chance de cura. Casuística: Uma paciente.
diferenciado. Foi internado na enfermaria de oncocirurgia visando
Objetivo: Relatar o caso de uma paciente com neoplasia gástrica
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
avançada e portadora de LMC. Método: Relato de caso baseado
em dados de prontuário, entrevista e acompanhamento clínico da
paciente. Resultados: Paciente do sexo feminino, 67 anos, casada,
natural de Maracaçumé-Ma com quadro de dor epigástrica, náuseas
e vômitos há seis meses. Evolui com inapetência, perda ponderal
importante. Devido a leucocitose, anemia grave e plaquetose, foi
encaminhada ao Hemopa e recebeu o diagnóstico de LMC, sendo
encaminhada à hematologia do Hospital Ophir Loyola (HOL). Devido
ao mal estado geral foi internada durante a qual foi submetida a
medidas de suporte, antibioticoterapia (Imipenem, Vancomicina) e
Endoscopia Digestiva Alta atestando lesão Bormann 3 em antro. A
biopsia da lesão mostrou carcinoma gástrico tipo difuso e ulcerado.
Foram realizados exames para estadiamento demonstrando a
TC de abdômen espessamento irregular captante de contraste
da região antro-pilórica, estendendo-se pela pequena curvatura
gástrica infiltrando a gordura adjacente, bem como a borda visceral
do segmento III do fígado, linfonodos aumentados em localização
epigástrica, tronco celíaco e no hilo hepático, além de presença de
líquido livre, notadamente de localização sub-hepática, indicando
provável doença metastática. Devido ao mau estado geral e padrão
hematológico desfavorável, foi contra-indicada a abordagem cirúrgica
e adotadas medidas paliativas. Conclusão: Paciente portadora de
LMC e Neoplasia Gástrica avançada com provável metástase cuja
opção terapêutica foi paliação clínica devido ao seu mal estado geral
para cirurgia.
PERFIL GLICÊMICO E LIPÍDICO
EM PACIENTES SUBMETIDOS À
CIRURGIA BARIÁTRICA EM HOSPITAL
DA REDE PRIVADA DE SÃO LUÍS-MA
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Sarah Oliveira Weiler / Universidade Ceuma;
Leonardo C. O. Itapary / Universidade Ceuma; Vanessa
Pimentel Leal / Universidade Ceuma; Vivian Guimaraes
Siqueira / Universidade Ceuma; Michelle Souza Monteiro /
Universidade Ceuma; Juliana Lacerda / Universidade Ceuma.
Resumo
do sono e esteatose hepática, dessa forma contribuindo para uma
morbidade e mortalidade cada vez mais precoce. As cirurgias
bariátricas atualmente tornaram-se o tratamento mais adequado em
paciente com IMC ≥ 35 kg/m² com comorbidades ou IMC ≥ 40 kg/
m², principalmente pela ineficácia dos tratamentos medicamentosos
e/ou dietéticos. Os objetivos desse estudo foram comparar os níveis
lipídicos e glicêmicos dos pacientes antes e seis meses após a
realização da cirurgia bariátrica. Estudo descritivo, transversal, com
dados coletados de prontuários de pacientes que foram submetidos
à cirurgia bariátrica, em um hospital da rede privada de são Luis,
MA no período de janeiro a junho de 2013. No período do estudo
foram analisados 100 pacientes, destes sendo 63 mulheres e 37
homens. Verificou-se a redução nos valores iniciais, tais como
perda de peso de 109,45±23,17kg para 88,1±22kg (p<0,0001),
glicemia em jejum de 106,70±34,98mg/dL para 86,11±19,79mg/dL
(p<0,0001), hemoglobina glicada de 5,09±2,06% para 4,52±0,65%
(p=0,03), níveis de triglicerídeos de 193,69±93,31mg/dL para
110,11±33,87mg/dL (p<0,0001) e o LDL-c de 125,30±38,90mg/
dL para 95,22±22,86mg/dL (p<0,001). Concluiu-se que a melhora
verificada no estado metabólico após o tratamento cirúrgico pode
reduzir as comorbidades associada com o risco cardiovascular
aumentado.
PSEUDOTUMOR GÁSTRICO
OBSTRUTIVO CAUSADO PELO CMV
EM PACIENTE COM SIDA: RELATO
DE CASO E Revisão DO TRATAMENTO
CIRÚRGICO
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Yuri Longatto Boteon / UNICAMP; Iuri Pedreira
Filardi Alves / UNICAMP; Amanda Pinter Carvalheiro da
Silva / UNICAMP; Valdir Tercioti Junior / UNICAMP; Joao
de Souza Coelho Neto / UNICAMP; Luiz Roberto Lopes
/ UNICAMP; Marcelo de Carvalho Ramos / UNICAMP;
Nelson Adami Andreollo / UNICAMP.
Resumo
Introdução: O citomegalovirus (CMV) é um patógeno oportunista
A obesidade é uma doença caracterizada pelo excesso de gordura
no corpo. Esse acúmulo ocorre quando a oferta de calorias é
constantemente maior que o gasto de energia corporal e resulta
frequentemente em sérios prejuízos à saúde. Está relacionada
diretamente com o aumento na incidência de diabetes tipo II,
hipertensão arterial, dislipidemia, osteoartrite, apnéia obstrutiva
comum em pacientes infectados pelo vírus HIV sendo uma das
principais causas de úlceras gastrointestinais em pacientes com
síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA). Pseudotumor pelo
CMV em estômago é uma causa rara de obstrução do trato digestivo.
Objetivo: Descrever um caso de obstrução pseudotumoral
gástrica pelo CMV bem como seu tratamento cirúrgico. Método:
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
109
A nais
Descreve-se o caso de um paciente do sexo masculino de 39 anos
infectado pelo HIV com SIDA em estágio C3 apresentando úlcera
gástrica pré-pilórica com deformidade e aspecto pseudotumoral do
antro. Biópsia endoscópica com infecção pelo CMV. Submetido à
anastomose gastrojejunal em Y-Roux com melhora dos sintomas.
Conclusão: A infecção pelo CMV deve ser lembrada como agente
em lesões gástrica de pacientes infectados pelo HIV. A anastomose
gastrojejunal em Y-Roux é uma opção de tratamento cirúrgico
nesses pacientes com melhora da qualidade de vida e menor risco
de complicações peri-operatórias.
RELATO DE CASO - NEOPLASIA
GÁSTRICA EM ADULTO JOVEM
Temário: Cirurgia / Estômago
110
Autores: Bruno de Castro Ribeiro / HOL; Marcelo Bandeira
Coelho Dias / HOL; Patricia Isabel Bahia Mendes Freire /
HOL; Alessandro França de Souza / HOL; Luiz Carlos da
Silva Duarte Junior / HOL; José Gabriel Miranda da Paixão
/ HOL; Camila Paula de Siqueira Maues / UEPA; Hamilton
Cezar Rocha Garcia / HOL.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
A paciente negava dificuldade para se alimentar e perda de peso
significativa. Fazia uso de esomeprazol 40mg 1 vez ao dia. Negava
outras comorbidades associadas, bem como tabagismo e etilismo.
Ao exame físico, a paciente se encontrava em bom estado geral,
sem alterações significativas. Ausência de linfonodomegalias nas
cadeias examinadas. Demais exames de imagem e laboratoriais
sem alterações significativas. A paciente foi submetida à cirurgia
de gastrectomia total com reconstrução em Y de Roux. No pósoperatório (PO) a paciente evoluiu satisfatoriamente bem, dentro
do esperado, recebendo alta hospitalar no 10° dia PO, sem
intercorrências. Conclusão: Concluimos que os pacientes jovens
devem ser submetidos à investigação diagnóstica precoce se
persistirem os sintomas clínicos após tratamento medicamentoso.
comisto, teríamos maiores possibilidades de diagnóstico precoce e
melhor índice de cura.
RELATO DE CASO: ABORDAGEM DE
UM TUMOR GIGANTE DO ESTROMA
GASTRINTESTINAL (GIST)
Temário: Cirurgia / Estômago
Resumo
Introdução: O câncer de estômago ocupa o segundo lugar em
frequência em todo o mundo, depois do câncer de pulmão. O
carcinoma gástrico em pacientes jovens, com idade igual ou menor
que 40 anos é pouco frequente. A incidência de câncer gástrico
em pacientes com menos de 40 anos varia de 2 a 9% do total de
portadores de câncer gástrico. Não há diferença na distribuição
por sexo (1: 1). A localização mais frequente é a porção distal
do estômago. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente jovem
com neoplasia gástrica submetida a tratamento cirúrgico no
hospital Ophir Loyola. Casuística: Um paciente (relato de caso)
Metodologia: Relato de caso baseado em dados de prontuário,
entrevista e acompanhamento do quadro clínico da paciente.
Resultados: R. B. S., feminina, 26 anos, admitida no hospital Ophir
Loyola com queixa de sensação de queimação retroesternal. A
paciente exibia sintomas dispétoticos desde 2005. Em 2009 teve o
diagnóstico de úlcera gástrica e pesquisa para H. pylori positiva na
endoscopia digestiva alta (EDA). Em dezembro de 2013, relata dor
de forte intensidade no epigastro, sendo submetida a nova EDA com
biopsia, obtendo como resultado endoscópico a presença de uma
lesão ulceroinfiltrativa (Borrmmam III), além de uma úlcera circular
ativa A2 de Sakita na porção baixa da parede posterior gástrica, e
histopatológico um adenocarcinoma gástrico pouco diferenciado.
Autores: Flávius Vinícius Cabral Soares / Hospital Geral
Dr César Cals de Oliveira; Fernando Holanda Costa Júnior
/ Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Raphael Felipe
Bezerra de Aragão / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira;
Marina Paiva Sousa / Hospital Geral Dr César Cals de
Oliveira; Karen Félix da Silva / Hospital Geral Dr César Cals
de Oliveira; Lívia Rocha de Miranda Pinto / Hospital Geral Dr
César Cals de Oliveira; Mariana Marconato Monje / Hospital
Geral de Fortaleza; Phelipe Celestino Santos / Hospital Geral
Dr César Cals de Oliveira.
Resumo
Introdução: Os tumores do estroma gastrintestinal (GISTs –
gastrintestinal stromal tumors) são as neoplasias mesenquimatosas do trato gastrintestinal. Entretanto, trata-se de uma neoplasia
rara, cuja investigação pode se iniciar pelas manifestações clínicas
e por exames de imagem, mas o diagnóstico é feito por biópsia
da peça cirúrgica, com pesquisa de CD117 (c-kit) à imunohistoquímica. O tratamento é essencialmente cirúrgico, podendo haver bons resultados com a associação com o inibidor de tirosina
quinase, mesilato de imatinib. Objetivo: Relatar à comunidade
científica o caso de uma paciente portadora de GIST volumoso
de estômago, de modo a discutir e abranger os conhecimentos
sobre esse tipo de tumor Casuística: Estudos mostram uma in-
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
cidência de 10 a 20 casos por milhão de habitantes no mundo.
A maioria dos GISTs é assintomática até que atinja um tamanho
considerável podendo apresentar-se como massa abdominal palpável. Métodos: Os dados foram coletados por meio de anamnese, exame físico da paciente e informações registradas em
prontuário médico, bem como laudos de exames de imagem,
biópsia e imunohistoquímica, sob autorização da paciente. Resultados: F.M.C., 70 anos, feminino, começou a apresentar, 3
meses antes da internação, uma massa endurecida e dolorosa à
palpação em hipocôndrio esquerdo, que vinha aumentando progressivamente de tamanho. Ela referiu quadro de empachamento
pós-prandial associado a perda de peso de 8kg em 8 meses (71
– 63 kg). A Endoscopia digestiva alta mostrou um abaulamento
em parede posterior de corpo proximal e médio do estômago e
recoberto por mucosa gástrica de aspecto normal. A TC de abdome evidenciou uma volumosa lesão mista e bem delimitada,
com aparente origem na parede do fundo gástrico e extensão
extra-luminal caudal, medindo 18,6 x 14,8 x 10,5 cm (LxTxAP).
Não havia sinais de metástase à distância. A paciente foi, então,
submetida à gastrectomia em cunha com ressecção em bloco
da massa. A biópsia da peça cirúrgica evidenciou uma neoplasia
fusocelular atípica, com sua maior medida de 19,2 cm e com 4
figuras de mitoses a cada 10 campos de grande aumento e o
resultado da imuno-hostoquímica apresentou resultados positivos
para CD117 e CD 34, sendo a paciente encaminhada para tratamento com mesilato de imatinib após alta hospitalar. Conclusão:
Podemos concluir que o GIST é uma neoplasia rara que faz parte
do diagnóstico diferencial das massas abdominais palpáveis de
tratamento cirúrgico associado a quimioterapia específica.
RESULTADOS DA GASTRECTOMIA
RADICAL PARA O CÂNCER
GÁSTRICO: RELATO DE CASOS E
REVISÃO DA LITERATURA
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Raquel de Maria Maues Sacramento / Residente do
serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital
Ophir Loyola; Francisco de Assis Alencar / Chefe do serviço
de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir
Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca / Coordenador da Residência
de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir
Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Vice Coordenador da
Residência de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/
Hospital Ophir Loyola; Fábio Costa Negrão / Residente do
serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital
Ophir Loyola; Carlos José Cardoso Dourado / Residente do
serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital
Ophir Loyola; Luiz Carlos da Silva Duarte Júnior / Residente do
serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital
Ophir Loyola; Claudio Claudino Alves Almeida / Preceptor do
serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital
Ophir Loyola.
Resumo
O câncer gástrico é a neoplasia maligna do tubo digestório mais prevalente do estado do Pará sendo o tratamento de escolha a gastrectomia radical. Objetivo: Avaliar os resultados e sobrevida em
5 anos de 3 casos após gastrectomia radical para adenocarcinoma
avançado com linfacenectomia D2. Caso 01: MRS, feminino, 68
anos. Há 2 anos evoluíndo com epigastralgia e perda ponderal. EDA
evidenciava Lesão ulceroinfiltrativa em grande curvatura. Histopatológico: Adenocarcinoma Moderadamente diferenciado. Achados:
Tumoração em antro e corpo gástrico sem invasão de serosa, ascite
e/ou carcinomatose, submetida a Gastrectomia Total com esofagojejunoanastomose e reconstrução em Y de Roux e linfadenectomia D2.
Estadiamento T3N1M0. Encaminhada para quimioterapia, evoluindo
no segundo ano de pos-operatório com subestenose de anastomose esôfago jejunal e abandono do tratamento. Caso 02: MMA, 66
anos, feminino. Há 1 ano apresentando plenitude gástrica e perda
ponderal. EDA: Lesão ulcerada em parede posterior do estomago.
Histopatológico indicava Adenocarcinoma pouco diferenciado com
células em anel de sinete. Achados: Tumoração em parede anterior
de pequena curvatura do corpo gástrico sem invasão de serosa, sem
ascite e carcinomatose. Submetida à Gastrectomia total com anastomose esofagojejunal, reconstrução em Y de Roux, linfadenectomia
D2. Estadiamento: T2N0M0. Evoluiu no segundo ano de pós-operatório com refluxo e plenitude pós prandial. Assintomática e sem sinais
de atividade da doença após 5 anos de pós-operatório. Caso 03:
MNSN, 70 anos, feminino. Evoluindo há 6 meses com plenitude gástrica e perda ponderal de aproximadamente 10 kg. EDA: lesão ulcerada de 6 cm em corpo gástrico. Histopatológico: Adenocarcinoma
moderadamente diferenciado. Achados: Lesão vegetante em parede
anterior de corpo gástrico sem expressão da serosa, sem ascite e
carcinomatose. Submetida à Gastrectomia Subtotal com gastroenteroanastomose e reconstrução em Y de Roux e linfadenectomia D2.
Estadiamento: T2N0M0. Evoluindo sem intercorrências clínicas ou cirúrgicas nos 5 anos de acompanhamento. A gastrectomia a D2 é reprodutível e segura, mesmo em pacientes de idades mais avançadas,
apesar da literatura evidenciar que a mortalidade pós operatória é
maior nessa faixa etária. No entanto, o estadio do tumor é o fator mais
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
111
A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
importante para o prognóstico e na morbimortalidade, uma vez que
convencional) corrobora os dados da literatura, reforçando o papel
lesões mais avançadas aumentam o porte da cirurgia assim como o
da cirurgia conservadora no GIST gástrico como uma prática factível
risco de complicações.
e oncologicamente adequada. Conclusão: A ressecção cirúrgica
é o método de escolha em todos os casos de GIST, contudo, o
TUMOR DO ESTROMA
GASTROINTESTINAL (GIST): RELATO
DE UM CASO EM PACIENTE JOVEM
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Bianca Astrogildo de Freitas / ACSCRG; Camila Medeiros
Machado / ACSCRG; Félix Regis Ojeda Rocha / ACSCRG; Filipe
Geannichini Rodrigues / ACSCRG.
Resumo
tumor. Diagnóstico precoce, tratamento correto e acompanhamento
rigoroso são fundamentais pois essas neoplasias apresentam alta
tendência a malignidade.
TUMOR GÁSTRICO EVOLUINDO PARA
OBSTRUÇÃO INTESTINAL BAIXA: UM
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Estômago
Introdução: O GIST é um raro tumor mesenquimal, representando
cerca de 2% dos tumores do tubo digestório, com provável origem
nas células de Cajal. Localiza-se na maioria dos casos no estômago,
112
resultado desta terapia dependerá do comportamento biológico do
tem distribuição similar entre homens e mulheres e a maior
incidência ocorre entre a quinta e a sétima década de vida. são
tumores imprevisíveis no comportamento, a maioria é assintomática
Autores: Raissa Magalhães de Mendonça Fonseca / Uepa;
Marcelo Bandeira Coelho Dias / Hospital Ophir Loyola;
Patrícia Isabel Bahia Mendes Freire / Hospital Ophir Loyola;
Alessandro França de Souza / Hospital Ophir Loyola; Marcos
de Souza Lopes Freire Filho / Hospital Ophir Loyola; Hamilton
Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; Bruno de Castro
Ribeiro / Hospital Ophir Loyola; Victor Soares Peixoto /
Hospital Ophir Loyola.
e a descoberta acidentalmente durante exame endoscópico e
radiológico. Relato de caso: Paciente do sexto feminino, 19
Resumo
anos, raça negra, em investigação de anemia crônica, apresentou
quadro súbito de hematêmese volumosa. Realizado Endoscopia
Introdução: O câncer gástrico é um dos tumores malignos mais
digestiva alta que evidenciou grande lesão polipóide localizada na
comuns, em certos países o mais frequente e a principal causa de
pequena curvatura do antro, friável, com ulceração central e biópsia
mortalidade oncológica. Os pacientes procuram assistência médica
inconclusiva. Achados tomográficos de tórax e abdome dentro da
tardiamente, porque os sintomas na fase inicial (potencialmente
normalidade. Pela ausência de invasão ou metástases foi indicada
curável) são mínimos ou inexistentes. Objetivo: Relatar um caso de
tratamento cirúrgico através de ressecção gástrica parcial. Exame
neoplasia gástrica evoluindo com obstrução intestinal. Casuística:
patológico revelou neoplasia mesenquimal maligna compatível com
Um paciente. Método: Avaliação retrospectiva do prontuário de um
tumor de estroma gastrointestinal, com margens cirúrgicas livres e
paciente do Hospital Ophir Loyola em Belém-PA. Resultados: SFA,
ausência de metástase nos nove linfonodos examinados. Imuno-
sexo masculino, 55 anos, solteiro, procedente e residente na cidade
histoquímica apresentou positividade para o CD117, confirmando
de porto de Moz-PA deu entrada no serviço de urgência do Hospital
diagnóstico de GIST. Discussão: Embora constituam as neoplasias
Ophir Loyola apresentando dor abdominal e dificuldade para deglutir
mesenquimatosas mais comuns do trato gastrintestinal, os GISTs
sólidos e líquidos. Apresentou perda ponderal de 15kg em seis
são raros e ocupam a terceira posição na lista de todos os tipos
meses e disfagia para sólidos e dor intensa em região epigástrica.
de tumores da mesma região. Ocorrem, predominantemente,
Procurou atendimento médico sendo realizada EDA com biópsia que
em indivíduos de meia idade (média em torno de 60 anos),
evidenciou Adenocarcinoma invasivo. Após receber o diagnóstico de
sendo infrequente a ocorrência em idades extremas, como no
Abdomen Agudo Obstrutivo o paciente foi submetido no mesmo dia
caso relatado. A apresentação clínica, muito variada e por vezes
de internação a cirurgia de Laparotomia Exploradora com realização
inexistente, depende da localização do tumor, podendo ocorrer
de Ileostomia sem intercorrências. Como achado intraoperatório
sintomas dispépticos vagos, massa abdominal, anemia ferropriva,
foi visualizado tumor gástrico do tipo difuso classificado como T4
hemorragia digestiva e emagrecimento. Quanto ao procedimento
devido estar invadindo estruturas vizinhas e acometendo inclusive
cirúrgico, o realizado no presente estudo (gastrectomia segmentar
a raiz do mesentério e englobando o cólon tranverso, motivo pelo
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
qual o paciente estava com obstrução intestinal baixa. Evoluiu no 4º
pós-operatório com fístula que drenava conteúdo fecal pela ferida
operatória sendo submetido novamente a laparotomia exploradora
e realização de fistulorrafia. No 13º pós-operatório da primeira
abordagem cirúrgica o paciente evoluiu com infecção do sítio
cirúrgico recebendo lavagem intensa com soro fisiológico, tendo alta
após 15 dias de internação ainda drenando conteúdo purulento pela
ferida operatória, porém sem repercussão sistêmica. Foi orientada
a realização de curativos com drenagem da secreção e recebendo
Ciprofloxacino via oral. Conclusão: Uma das complicações das
neoplasias é a obstrução. Esta complicação pode se dar tanto por
oclusão do órgão quanto por compressão extrínseca de estruturas
vizinhas. A obstrução neoplásica geralmente requer tratamento
cirúrgico de urgência e é relacionada a um pior prognóstico do
paciente.
de Caso: Paciente SCD, masculino, 78 anos, deu entrada em pronto
socorro com queixa de dor abdominal difusa e intensa há cinco
dias, associada a náuseas e vômitos. Referia piora do quadro álgico
nas últimas 24 horas, tendo recebido altas doses de analgésicos,
inclusive morfina. Paciente hipertenso e cardiopata, em uso de
captopril e ácido acetilsalicílico. Havia realizado endoscopia digestiva
alta há nove meses, que identificou gastrite. Ao exame, encontravase hipocorado, sudoreico, taquicárdico, afebril, com abdome
tenso, doloroso à palpação superficial e com presença de sinais
de irritação peritoneal. A radiografia de tórax e abdome evidenciou
pneumoretroperitônio. O paciente foi submetido à laparotomia
exploratória com identificação e rafia de úlcera gigante perfurada em
parede posterior do corpo gástrico. Foi realizada a biópsia da borda
da úlcera. O paciente evoluiu sem intercorrências e recebeu alta
hospitalar no quarto dia pós-operatório em uso de ciprofloxacino e
metronidazol. Conclusão: Diferente da úlcera perfurada em parede
ÚLCERA GÁSTRICA PERFURADA EM
PAREDE POSTERIOR
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Renata Fernandes Cunha / UNIFACS; Rafael Viana
Leite / UNIFACS; Renata Borges de Lima / UNIFACS; Ylanna
Fortes Fonsêca / UNIFACS; Marcos de Almeida Correia Lima
/ UNIFACS; Marcio Rivison Silva Cruz / UNIFACS; Raianne
Silva Lima / UNIFACS; Natália Matos Muricy / UNIFACS.
Resumo
anterior, com sintomatologia e diagnóstico estabelecido, devido a sua
prevalência, a perfuração em parede posterior é uma afecção rara,
com evolução lenta e quadro clínico atípico, dificultando o diagnóstico
por seguir com escassez de sintomas e ausência de achado definitivo
em métodos de imagem.
CORPO ESTRANHO GÁSTRICO TRATAMENTO LAPAROSCÓPICO
Temário: Cirurgia / Estômago
Introdução: A úlcera péptica é uma afecção resultante da perda
circunscrita de tecido em regiões do trato digestivo, estando
relacionada principalmente à hipercloridria, infecção por H.pylori e
uso de antiflamatórios não esteroides. A autodigestão pode evoluir
com perfuração, que acomete mais frequentemente o duodeno
(relação de 3:2 com as perfurações de estômago). Dentre as
perfurações gástricas, 97% acometem parede anterior e apenas
3% ocorrem em parede posterior; um estudo analisando 173
prontuários de pacientes com perfuração provocada por úlceras
gastroduodenais encontrou 1,15% de casos com localização em
parede posterior do estômago (Peroza e Garcia, 2000). Quando isso
ocorre, geralmente atinge órgãos vizinhos ou a retrocavidade dos
epíplons, dificultando o diagnóstico. Objetivo: Relatar o caso atípico
de um paciente portador de úlcera péptica perfurada em parede
posterior do corpo gástrico e sua resolução cirúrgica, elucidando a
raridade e a dificuldade em ser diagnosticada e localizada. Método:
Revisão de literatura e do prontuário do paciente, com registro
fotográfico do método diagnóstico e das peças cirúrgicas. Relato
Autores: Fábio Kenedy Almeida Trigueiro / Hcg - Hospital
Campina Grande.
Resumo
Introdução: Os corpos estranhos no tubo digestivo superior
se constituem em uma das principais causas de atendimento nos
serviços de endoscopia de emergência. Os corpos estranhos que se
localizam no estômago geralmente têm uma resolução espontânea
e devem ser observados por três dias. A maior incidência ocorre em
crianças, portadores de deficiência mental, desdentados que usam
próteses e etilistas. Relato de caso: Os autores relatam o caso de
um paciente do sexo masculino, 53 anos, que foi encaminhado para
o serviço de endoscopia terapêutica proveniente de outro hospital
com história de engasgo por prótese dentária ingerida de forma
incidental, no momento de embriagues, 5 dias antes. A história clínica
era de queixas de dor retro-esternal e epigástrica, náuseas e mal
estar, estava há 5 dias de jejum. Inicialmente procedemos com nova
endoscopia digestiva sob sedação consciente, onde constatamos no
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
113
A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
esôfago superior e médio grande ulcera longitudinal fibrinosa e com
grave que ainda não apresenta um tratamento padronizado, podendo
bordos cortantes. No estômago constatamos uma grande prótese
ser conservador, endoscópico com colocação de stent ou cirúrgico.
dentária no corpo gástrico, fizemos algumas tentativas de remoção da
Relato de caso: Paciente sexo feminino, 31 anos, admitida na
mesma com Basket, não passava no cárdia. A cirurgia procedeu-se
emergência com quadro de náuseas persistentes, três meses após ter
utilizando um trocater para-umbilical esquerdo para ótica de 10 mm,
sido submetida à Gastrectomia Vertical Laparoscópica. Apresentava-
dois trocateres auxiliares para o cirurgião, ambos de 5 mm e um para
se estável hemodinamicamente, sem dor abdominal e sem sinais de
o 1o. auxiliar de 5 mm. Realizado laparoscopia e abordado a parede
irritação peritoneal. Durante investigação, foi submetida à tomografia
gástrica anterior do corpo alto, fizemos a incisão longitudinal de 4,0
computadorizada (evidenciando lesões hipodensas heterogêneas
cm com eletrocautério. Localizado o corpo estranho na cavidade
esparsas pelo parênquima hepático e uma lesão com a mesma
gástrica, retiramos o mesmo e colocamos em endobag. Realizado
característica em pólo superior esplênico, podendo corresponder a
sutura da parede gástrica em dois planos e retirado o corpo estranho
abscessos). Prosseguiu-se a investigação, sendo identificado, após
da cavidade abdominal. O paciente recebeu alta hospitalar 24 horas
seriografia e endoscopia digestiva alta, uma fístula gástrica junto
depois sem intercorrências. Discussão: a cirurgia laparoscópica
ao grampeamento do ângulo de Hiss, indicando-se procedimento
permite a realização do procedimento com segurança, com menor
cirúrgico. Neste trabalho demonstramos a resolução do quadro após
dor pós-operatória, sem riscos de complicações relacionadas com
conversão para gastroplastia redutora em Y de Roux laparoscópica.
parede abdominal(hérnia, abscessos, aderências), menor período de
internação, se comparado com cirurgia convencional. Conclusão:
114
A abordagem vídeolaparoscópica para os corpos estranhos gástricos, está reservada para os casos onde não há resolução
espontânea, a endoscopia digestiva não teve êxito, ou, que a
tentativa endoscópica poderia incorrer em sérias complicações. É
um procedimento seguro, eficaz e com baixa morbi-mortalidade,
dependendo da experiência da equipe cirúrgica.
FÍSTULA TARDIA EM PÓSOPERATÓRIO DE GASTRECTOMIA
VERTICAL: RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Augusto Tinoco, Renam Tinoco, Stephany Roman
Farfan, Erica de Almeida, Pedro Gentil / Hospital são José
do Avai.
GASTRODUODENECTOMIA COM
LINFADENECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Abdon José Murad Junior / Hospital são Domingos;
Roclides Castro de Lima / Hospital são Domingos; Giuliano
Peixoto Campelo / Hospital são Domingos; José Aparecido
Valadão / Hospital são Domingos; Christian Lamar Scheibe
/ Hospital são Domingos; Taffarel de Castro Pereira e Silva /
Universidade Federal do Maranhão; Audran Lardiner Alves
de Oliveira / Universidade Federal do Maranhão; Danilo
Dallago de Marchi / Universidade Federal do Maranhão.
Resumo
Introdução: Tumores carcinóides de duodeno são raros,
apresentando incidência de 0,7 casos para 100.000 habitantes.
Resumo
Geralmente ocorrem na 1ª ou 2ª porções duodenais e são menores
que 1 cm. O diagnóstico clínico é raro, os métodos de imagem têm
No mundo ocidental a prevalência da obesidade está aumentando
acurácia média de 50% e a himunoistoquímica define o tumor. O
indiscutivelmente em todas as faixas etárias. Atualmente aproxi-
tratamento é cirúrgico e o prognóstico para pacientes tratados
madamente 2/3 da população encontra-se na faixa do sobrepeso ou
precocemente é bom. Relato do caso: Paciente do sexo masculino,
obesidade. A cirurgia bariátrica revolucionou a forma como se trata
54 anos, apresentava dor em abdome superior e plenitude pós-
a obesidade. A gastrectomia vertical é um procedimento puramente
prandial. Foi submetido a endoscopia digestiva alta que revelou
restritivo é indicado para todos os tipos de paciente obeso e muito
pequena tumoração em primeira porção do duodeno. Realizada
eficaz para pacientes superobesos. É um procedimento com menor
biópsia e o histopatológico revelou tumor carcinóide. Tomografia
índice de complicações a longo prazo, sendo a mais relevante
de abdome revelava espessamento de parede na transição entre
a fístula, encontrada em 1 a 7% dos casos, na maioria das vezes
o estômago e o duodeno. O paciente foi submetido à cirurgia de
próximo a junção esofagogástrica. É considerada uma complicação
gastrectomia parcial + duodenectomia (primeira porção do duodeno)
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
+ linfadenectomia totalmente vídeo-laparoscópica. A cirurgia durou
paciente e também mantendo reservatório gástrico suficiente para
4 horas, e não houve intercorrências intra-operatórias. O paciente
manutenção de qualidade de vida.
evoluiu bem no pós-operatório, não teve qualquer complicação, e
recebeu alta hospitalar no 5o dia pós-cirurgia. O histopatológico da
peça confirmou o diagnóstico de tumor carcinóide. Conclusão: É
viável, seguro e benéfico para o paciente cirurgias completamente
vídeo-laparoscópicas para ressecção de tumores de estômago/
duodeno com linfadenectomia adequada.
REDUÇÃO LAPAROSCÓPICA
DE VOLVO GÁSTRICO COM
FUNDOPLICATURA DE NISSEN
E CORREÇÃO DE HÉRNIA
DIAFRAGMÁTICA GIGANTE
Temário: Cirurgia / Estômago
RESSECÇÃO VIDEOLAPAROSCÓPICA
TRANSGÁSTRICA DE TUMOR
SUBEPITELIAL GÁSTRICO GUIADA
POR ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores: Luiz Gustavo de Quadros / Kaiser Clínica; Roberto
Luiz Kaiser Junior / Kaiser Clínica; Mauricio Vecchi Carmo /
Kaiser Clínica; Mario Flamini Junior / Kaiser Clínica; Mikaell
Alexandre Gouvêa Faria / Kaiser Clínica; Luiz Gustavo de
Quadros / Kaiser Clínica; Roberto Luiz Kaiser Junior / Kaiser
Clínica; Mauricio Vecchi Carmo / Kaiser Clínica; Mario Flamini
Junior / Kaiser Clínica; Mikaell Alexandre Gouvêa Faria /
Kaiser Clínica.
Autores: Isabelle Diehl Montandon / Universidade de
Pernambuco / Faculdade de Ciências Médicas; Juscielle de
Souza Barros / Universidade de Pernambuco / Faculdade de
Ciências Médicas; Ingrid Laís Vieira Rodrigues / Universidade
de Pernambuco / Faculdade de Ciências Médicas; Flávio
Carvalho Santos Filho / Universidade de Pernambuco /
Faculdade de Ciências Médicas; Juliana Maria de Arruda
Lima / Universidade de Pernambuco / Faculdade de Ciências
Médicas; Vladmir Goldstein de Paula Lopes / Universidade de
Pernambuco / Faculdade de Ciências Médicas; Gustavo Lopes
de Carvalho / Clínica Cirurgica Videolaparoscópica Gustavo
Carvalho; Gildo de Oliveira Passos Junior / Universidade de
Pernambuco / Faculdade de Ciências Médicas.
Resumo
Resumo
Objetivo: Demonstrar a eficácia da Fundoplicatura de Nissen e
Tumores de Estroma Gastrointestinal (GIST), embora relativamente
correção de hérnia diafragmática por via laparoscópica no tratamento
raros, representam cerca de 60% dos tumores mesenquimais
cirúrgico do volvo gástrico. Método: Paciente do sexo masculino,
gastrointestinais, e devem ser considerados potencialmente
portador de volvo gástrico crônico agudizado associado a hérnia hiatal
malignos. Pela dificuldade de definição diagnostica, a ressecção
gigante. Técnica operatória: Paciente em decúbito dorsal com proclive
cirúrgica é a escolha para o tratamento de tais lesões. Sabe-se hoje
acentuado, foi introduzido trocarte de 10mm em região umbilical e
que, devido à baixa frequência de metástases linfonodais, ressecções
confeccionado pneumoperitônio aberto. Após o estabelecimento do
parciais são possíveis, assim como linfadenectomias evitadas,
pneumoperitônio inseriu-se a ótica e sob visão direta intra-abdominal
devendo ser levado em conta o sitio da lesão para a abordagem
foram inseridos mais 4 trocartes sendo 2 de 5mm e um de 3mm e
apropriada. Descrevemos o caso de uma paciente de 34 anos, com
um de 05mm para o afastador de fígado. Realizou-se as secções
queixas gástricas inespecíficas, apresentando lesão subepitelial em
dos ligamentos frenogástricos, frenoesofágico, gastroepático e das
parede posterior de corpo gástrico a 2 cm da transição esôfago
aderências periesofágicas, em seguida o conteúdo da grande hérnia
gástrica. Indicado ressecção cirúrgica, realizamos tal procedimento
hiatal foi reduzido, as aderências remanescentes desfeitas e o volvo
acessando a cavidade abdominal por laparoscopia e acessando o
gástrico corrigido. Foi realizado fundoplicatura completa e gastropexia,
estômago por endoscopia. A lesão foi demarcada por endoscopia e
ao final certificou-se com endoscopia que a válvula confeccionada
o acesso laparoscópico ao estômago feito por 2 punções guiadas por
era permeável e tinha bom aspecto endoscópico e executou-se a
endoscopia. Realizado então ressecção laparoscópica transgástrica
revisão da hemostasia. Resultado: a cirurgia transcorreu sem
com visualização por endoscopia, removido a lesão por via oral pelo
intercorrências. O tempo cirúrgico foi de 2 horas e 37 minutos. O
endoscópio e síntese manual de planos gástricos. Desta forma,
paciente teve alta após 48 horas e se encontra sem queixas e não
evitamos que fosse realizada ressecção total do estomago devido
apresentou recidivas. Conclusão: A abordagem laparoscópica para
à localização do tumor, diminuindo o tempo de recuperação da
correção de volvo gástrico associado à hérnia hiatal é viável, eficaz e
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
115
A nais
segura. Ao mesmo tempo, também possui benefícios como redução
do trauma à pele, cicatrizes quase ausentes e alta precoce.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
remanescente (158%). É possível que a necrose induzida pela RFQ
seja um estímulo metabólico importante para a migração de fatores
angiogênicos e regeneração hepática, já que nosso resultado foi
ASSOCIAÇÃO DE RADIOFREQUÊNCIA
HEPÁTICA COM LIGADURA DA VEIA
PORTA NA HEPATECTOMIA EM DOIS
ESTÁGIOS
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Uirá Fernandes Teixeira / UFCSPA; Fábio Luiz
Waechter / UFCSPA; Rinaldo Danesi Pinto / FURB; José
Artur Sampaio / UFCSPA; Felipe Koleski / FURB; Luiz
Pereira-Lima / UFCSPA.
Resumo
116
Introdução: A ressecção permanece o tratamento de escolha
para pacientes com tumores hepáticos, representando a única
chance de se obter sobrevida em longo prazo. Desde o trabalho
de Schnitzbauer e colaboradores em 2012, algumas mudanças
técnicas foram descritas para a associação da bipartição hepática
com ligadura da veia porta para a hepatectomias em dois estágios
(ALPPS). Entretanto, apesar do entusiasmo inicial, a morbidade
relacionada à primeira cirurgia persiste elevada. Assim, baseada
na nossa experiência inicial com o uso da radiofrequência bipolar
com agulhas resfriadas (BRCN), decidimos substituir a transecção
do parênquima hepático por duas colunas de radiofrequência
(RFQ), de forma rápida, fácil, sem mobilização hepática ou perda
sanguínea significativa. Relato de caso: Paciente de 62 anos
com metástase hepática de carcinoma colorretal no lobo hepático
direito e segmento IV, sem doença extra-hepática. Volumetria préoperatória estimou o remanescente hepático em 180 cm³. Na
primeira cirurgia, o fígado foi separado apenas com duas colunas
de RFQ, sem mobilização hepática; a veia porta direita foi ligada
e feito ablação da veia hepática média. Após 20 dias, volumetria
mostrou que o setor lateral esquerdo aumentou para 464cm³, uma
hipertrofia estimada de 158%. O segundo estágio foi concluído
com realização de trissegmentectomia direita, com boa evolução
pós-operatória. Discussão: como advento do ALPPS, é possível
obter hipertrofia, em média, de 75% do remanescente hepático, em
período aproximado de 9 dias. Entretanto, a morbidade relatada
na primeira cirurgia é alta, com taxas elevadas de fístula biliar e
sangramento transoperatório. No nosso caso, com o uso das
BRCN, não há necessidade de mobilização hepática, sendo possível
realizar o primeiro procedimento com uma incisão menor, menor
perda sanguínea, e excelente resultado na hipertrofia do setor
acima da média reportada por estudos prévios. Conclusão: Assim,
o uso das BRCN nas hepatectomias em dois estágios representa
uma técnica nova para facilitar o procedimento. Juntamente com
a ligadura portal, acarreta menor trauma cirúrgico comparado ao
ALPPS, principalmente em virtude de evitar uma hepatotomia
complexa e suas potenciais consequências (sangramento, fístula
biliar e tempo operatório prolongado).
REJEIÇÃO AGUDA TARDIA NO
TRANSPLANTE DE FÍGADO:
A EXPERIÊNCIA DE ÚNICO CENTRO
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Lucas Souto Nacif / HC FMUSP; Rafael Antonio
de Arruda Pécora / HC FMUSP; Marcio Augusto Diniz
/ HC FMUSP; Wellington Andraus / HC FMUSP; Rafael
Soares Pinheiro / HC FMUSP; Liliana Ducatti / HC FMUSP;
Vinicius Rocha Santos / HC FMUSP; Luiz Augusto Carneiro
D‘Albuquerque / HC FMUSP.
Resumo
Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar a rejeição aguda
tardia após transplantes de fígado realizados no Divisão de
Transplante de Órgãos do Aparelho Digestivo da Universidade
de São Paulo. Método: de janeiro de 2002 a junho de 2013,
realizado estudo comparativo retrospectivo no Departamento
de Gastroenterologia da Universidade de São Paulo. Foram
estudados dados clínicos e laboratoriais de 779 pacientes
submetidos a transplante de fígado no período. Analisamos os
dados de 219 biópsia hepática com diagnóstico de rejeição.
A análise foi realizada pelo programa estatístico em R, versão
2.15.1. estatisticamente significativa com p <0,05. Resultados:
Na amostra estudada, observou-se uma alta prevalência de
rejeição aguda do que a rejeição aguda tardia. Não observamos
diferença significativa entre as taxas de sobrevida entre as
modalidades neste período de mais de 10 anos. Conclusão:
A rejeição aguda tardia na nossa população têm a mesma taxa
de sobrevivência de rejeição aguda.
TRANSPLANTE DE FÍGADO NO
TRATAMENTO DA SÍNDROME
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
DRESS (DRUG REACTION WITH
EOSINOPHILIA AND SYSTEMIC
SYMPTOMS) – RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Flávio Hiroshi Ananias Morita / HC - FMUSP; Igor
Lepski Calil / HC - FMUSP; Rafael Soares Nunes Pinheiro
/ HC - FMUSP; Ryan Yukimatsu Tanigawa / HC - FMUSP;
Ruy Jorge Cruz Junior / HC - FMUSP; Ivan Cecconello /
HC - FMUSP; Luiz Augusto Carneiro D‘Albuquerque / HC
– FMUSP.
Resumo
O fígado é o órgão mais comum para desenvolver abscessos,
ocorre mais frequentemente em pacientes idosos devido a doenças do trato biliar ou infecções intra-abdominais. Relatamos
o caso de um abscesso hepático com colelitíase. O trabalho
foi realizado através de uma revisão de prontuário e levantamento acerca do tema com pesquisa em dados disponíveis
no MEDLINE, LILACS-BIREME, PUBMED e COCHRANE e
literatura especifica. S.S.Q, sexo feminino, 61 anos, admitida no
Resumo
Hospital Regional de Araguaína-TO, com dor em hipocôndrio
Introdução: A síndrome DRESS (Drug Reaction with Eosinophilia
and Systemic Symptoms) se caracteriza por uma reação específica
e idiossincrática a drogas. É uma síndrome rara e potencialmente fatal. Apresenta-se com acometimento cutâneo, febre, linfadenopatia
e acometimento vísceras como o fígado. Caso clínico: Paciente
masculino, 18 anos, antecedente de uso de sulfadiazina há 40 dias
para tratamento de toxoplasmose ocular, história de prurido por todo
o corpo há 2 semanas, evoluindo na última semana com cefaléia,
febre, náuseas, dor abdominal e rush cutâneo. Em investigação foi
evidenciado hepatoesplenomegalia, linfonodos intra-abdominais aumentados e pequena ascite septada. Evoluiu com deterioração da
função hepática, elevação das enzimas com padrão hepatocelular,
leucocitose com eosinofilia, aumento do DHL, queda do complemento e sorologias negativas. Iniciou quadro de confusão mental e
flapping, seguido de rebaixamento do nível de consciência, iniciado
protocolo de hepatite fulminante. O transplante ortotópico de fígado
foi realizado 24 horas após, com bom enxerto e sem intercorrências.
Evoluiu com melhora da função hepática e queda das enzimas após
seu pico esperado. porém no quinto dia após o transplante, apresentou choque séptico refratário e foi a óbito. Conclusão: A síndrome
DRESS é grave, com importante morbidade e mortalidade, principalmente quando ocorre comprometimento hepático. Nesses casos, os
pacientes devem ser referenciados a centros de transplante.
direito a 1 semana acompanhada de inapetência. Negou febre,
náuseas ou vômitos. Hipertensa, Diabética e Acidente Vascular Cerebral Isquêmico há 5 anos. Exame físico: afebril, hipocorada (+/4+), abdome com hepatomegalia, massa palpável
na topografia da dor, Murphy negativo e ausência de irritação
peritoneal. Exames laboratoriais: sem alterações significativas.
Solicitou-se uma Ultrassonografia (USG) que evidenciou fígado de dimensões aumentadas, contornos regulares, processo
expansivo hipoecóico heterogêneo com septações grosseiras
e debris no parênquima hepático e Colelitíase. Paciente foi
submetida a TC de abdome: Volumoso processo expansivo
hipodenso, predominantemente com densidade cística, com
septações grosseiras, localizado nos segmentos V e VIII; Vesícula biliar não foi individualizada. Paciente foi submetida a tratamento clínico com antibióticos sem melhora após 3 dias de
tratamento, optando-se pelo tratamento cirúrgico. Foi realizado
Laparotomia Exploradora, Drenagem de Abscesso Hepático,
Lise de Aderências, Biópsia Hepática, com Sonda de Folley
dentro do fígado. Foi evidenciado fígado de tamanho aumentado, endurecido, em processo inflamatório local, sem visualização da vesícula biliar, portanto não realizou-se Colecistectomia. Histopatológico descreveu fígado com proliferação
fusocelular organizada associada a infiltrado inflamatório leve
(abscesso hepático). Paciente evoluiu com melhora do quadro
clínico com fístula biliar, sendo optado tratamento conservador
ABSCESSO HEPÁTICO POR
COLELITÍASE: RELATO DE CASO
sem sucesso. Realizou-se então uma Colangiopacreatografia
Temário: Cirurgia / Fígado
ção de prótese no Ducto Biliar ao nível do Ducto cístico. Após
Autores: Lilian Cristhian Ferreira dos Santos Rocha / ITPAC;
Agamenon Dias de Oliveira / ITPAC; Samara Martins da Silva
/ ITPAC; Andressa Luiza Costa Rodrigues de Paiva / ITPAC;
Isabela Cristina Macedo Fernandes / ITPAC; Pedro Ernesto
Alves Mangueira Júnior / ITPAC; Rone Antonio Alves de
Abreu / ITPAC.
a CPRE houve diminuição progressiva da secreção biliar pelo
Retrógrada Endoscópica (CPRE) com papilotomia e coloca-
dreno. Na USG de controle foi relatado drenagem de abscesso
hepático no segmento V sem evidência de coleção e Colelitíase. Paciente recebeu alta hospitalar, retornando 3 meses
depois para realizar colecistecotmia eletiva, feita com sucesso.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
117
A nais
ABSCESSO HEPÁTICO SECUNDÁRIO
À PERFURAÇÃO GÁSTRICA POR
CORPO ESTRANHO: RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Hermano Augusto de Medeiros Junior / Hospital
Renascença Campinas; Henrique Valerio de Mesquita /
Hospital Renascença Campinas; Leandro de Souza Lehfeld
/ Hospital Renascença Campinas; Tatiana Paschoalato /
Hospital Renascença Campinas; Gustavo da Silveira Trindade
/ Hospital Renascença Campinas.
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Resumo
Agenesia de vesícula biliar (AVB) é uma patologia rara, mais
frequente em mulheres na 2ª e 3ª décadas de vida. Relatamos
o caso de uma paciente submetida a procedimento cirúrgico,
aonde foi diagnosticada AVB. Paciente, sexo feminino, 29 anos,
apresentou quadro álgico de leve intensidade em hipocôndrio
direito, em novembro/2013. Após este episódio, apresentou crise
de dor intensa em fevereiro/2014, que melhorou somente após uso
de medicação. Realizou ultrassonografia abdominal que mostrou
Resumo
imagem semelhante à vesícula biliar com cálculos intraluminais,
Introdução: Os abcessos hepáticos constituem uma entidade
clínica pouco frequente que coloca desafios no diagnóstico
e tratamento. Nas últimas décadas assistiu-se a mudanças
na epidemiologia, avanços nos meios de diagnóstico e ao
aparecimento de mais alternativas terapêuticas. Relato de caso:
118
da
Paciente do sexo masculino, com relato de dor abdominal, febre e
vômitos. Exames iniciais evidenciando leucocitose, sendo optado
por realização de tomografia (CT) de abdome, que evidenciou
lesão hepática sugestiva de abscesso pequeno e imagem
inespecífica junto ao antro gástrico. Devido ao bom estado geral
do paciente, foi iniciada antibioticoterapia e realizada endoscopia
em busca de elucidação da imagem apresentada na CT, que
não evidenciou alterações. Paciente apresentou piora clínica e
foi optado por abordagem cirúrgica, com achado de abscesso
hepático piogênico e corpo estranho (espinha de peixe) entre a
parede gástrica e a área de abscesso. Realizada drenagem local.
Evolução pós operatória satisfatória. Conclusão: O presente
caso é raro, pois o abscesso hepático foi causado por corpo
estranho após perfuração gástrica. O paciente foi tratado com
abordagem cirúrgica e antibióticos, com sucesso.
AGENESIA DE VESÍCULA BILIAR
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Marisa Rafaela Damasceno Lima / Universidade
Federal do Pará; Augusto César Ataíde da Silva / Fundação
Santa Casa de Misericórdia do Pará; Salime Saráty Malveira
/ Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará; Bernadete
Mendes Cavaleiro de Macedo Ataíde da Silva / Fundação
Santa Casa de Misericórdia do Pará; Romero Carvalho
Pereira / Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará;
Felipe Nunes Brito / Universidade Federal do Pará; José
Paulo Lira Neto / Fundação Santa Casa de Misericórdia do
Pará; Aldo Marçal Guimarães / Fundação Santa Casa de
Misericórdia do Pará.
sugerindo litíase biliar. Procurou o serviço de cirurgia da Fundação
Santa Casa de Misericórdia do Pará para consulta pré-operatória e
seguimento cirúrgico. Negou ocorrência de sintomas colestáticos.
AMP: HIV positivo, realizando TARV desde 2010. Foi internada
no dia 20/07/2014 e operada no dia seguinte. No intraoperatório,
não foi localizada vesícula biliar no leito hepático, sendo realizada
exploração da cavidade, sem sucesso. Foi identificado possível ducto
cístico em fundo cego. Ao término do procedimento a paciente foi
encaminhada para enfermaria, aonde foi explicada a patologia para a
mesma e o acompanhante e ressaltada a importância de pesquisar
outras malformações que poderiam acompanhar tal patologia. Dessa
forma, foram realizadas colangiorressonância nuclear magnética
(CRNM), confirmatória de ausência de vesícula biliar, e tomografia
computadorizada de abdome, esta sem alterações patológicas.
A paciente recebeu alta hospitalar e retornou ao ambulatório para
seguimento pós-operatório sem complicações. Este caso, não
diferente da maioria dos já relatados na literatura, teve o diagnóstico
no intraoperatório e confirmação pós-cirúrgica através da CRNM,
com um bom resultado, sem a existência de complicações
posteriores.
APRESENTAÇÃO ATÍPICA DE
CARCINOMA HEPATOCELULAR EM
PACIENTE JOVEM NÃO HEPATOPATA –
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Fábio Colagrossi Paes Barbosa / UFMS; Caio
Fernando Cavanus Scheeren / Hospital Regional de Mato
Grosso do Sul; Thiago Franchi Nunes / Santa Casa de Campo
Grande; Nathan Rostey / Hospital Regional de Mato Grosso
do Sul; Amauri Ferreira de Oliveira / Hospital Regional de
Mato Grosso do Sul; Michel Mendes Camillo / UFMS;
Andrezza Louise Delmondes Riberio / Hospital Regional de
Mato Grosso do Sul.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
BAÇO ACESSÓRIO EM PACIENTES
PÓS-CIRURGIA DE DAPE
Resumo
Introdução: O carcinoma hepatocelular (CHC) é a sexta
neoplasia mais frequente no mundo, e cerca de 80% dos
casos ocorre em pacientes hepatopatas. A prevalência é
maior entre homens, e em paciente entre a 6ª e 7ª décadas
de vida. O CHC é um tumor agressivo, originando metástases
principalmente para os pulmões, linfonodos regionais e ossos.
Metástases cerebrais são extremamente raras, com uma
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Marcus Felipe Gonçalves Feitosa / UNIT; Ytalo Juan
Oliveira Cardozo / UFS; Keity Magna e Silva / UNIT; Deivison
Souto Dionizio / UFS; Paulo Vicente Santos Filho / FBHC;
Valdinaldo Aragão de Melo / UFS -UNIT-FBHC; Rodrigo
Oliveira / UFS; Eloy França / UNIT.
Resumo
incidência de 0,2% a 2,2%; assim como o acometimento de
outros órgãos, entre eles, os ovários. O presente trabalho
visa relatar a apresentação atípica de CHC em uma paciente
jovem e não hepatopata. Casuística e método: Relato de
caso e revisão de literatura. Resultados: Paciente feminina,
36 anos, não hepatopata, apresentou em março/2014 quadro
agudo de dor em hipocôndrio direito e massa dolorosa na
região, vômitos e sintomas dispépticos. Ultrassonografia
evidenciou nódulo em lobo hepático direito, complementada
com tomografia de abdome que mostrou lesão medindo 11,8
x 10,1cm, sugestiva de adenoma ou hiperplasia nodular focal.
Realizada ressonância nuclear magnética para confirmação,
apresentando tumor no segmento VI, com 11,2 x 10cm,
com captação arterial de contraste e wash out. Pesquisa de
marcadores tumorais constatou alfa-fetoproteína de 2200
ng/ml, CEA, CA 125 e CA 19.9 normais, e sorologias para
hepatites negativas. Indicado tratamento cirúrgico, sendo a
paciente submetida à hepatectomia parcial (segmentectomia
V e VI), cujo laudo histopatológico mostrou CHC com invasão
angiolinfática presente e margens livres. Boa evolução no pósoperatório, e após 30 dias evoluiu com quadro de abdome
agudo hemorrágico, sendo submetida à laparotomia de
A esquistossomose mansôni na forma hepato-esplênica representa a
principal causa de hipertensão portal em nosso meio. A desconexão
ázigo-portal com esplenectomia (DAPE) se tornou a opção
cirúrgica preferida para estes pacientes. Baços acessórios tem sido
encontrados após este procedimento. Objetivo: Propusemo-nos
a pesquisar a presença de baço acessório em pacientes submetidos
a DAPE. Material e Métodos: Foram estudados 89 pacientes
que foram operados há pelo menos dez anos. Em todos os casos
foram solicitados exames de imagem que incluíam: Ultrassonografia
abdominal (USG) e/ou Tomografia computadorizada do abdome
(TC), com a finalidade de pesquisar presença de baço acessório.
Foi avaliado o hiperesplenismo através do hemograma e plaquetas.
Resultados: 4 pacientes apresentaram baço acessório. Três eram
do gênero masculino e um feminino, com idades variando de 31 a 52
anos. Houve um caso de hiperesplenismo às custas de plaquetas e
leucócitos. À USG e TC, foram demonstrados dois baços acessórios
em dois casos e um baço em dois casos. Localizavam-se junto ao
omento pancreato-esplênico, com dimensões que variaram entre 1,5
a 5,7 cm de diâmetro. Todos os paciente estão sendo acompanhados
ambulatorialmente, sem indicação de tratamento cirúrgico. A taxa de
baço acessório após DAPe foi de 4,49%.
urgência, com presença de grande quantidade de sangue
intracavitário e massa rota em ovário esquerdo. Realizada
ooforectomia esquerda, com laudo histopatológico de CHC
metastático. Indicado tratamento adjuvante com Sorafenibe
via oral, e após 30 dias, paciente evoluiu com várias crises
convulsivas
e
desorientação
temporo-espacial,
sendo
constatada lesão cerebral à tomografia. Submetida à ressecção
cirúrgica da lesão, com comprovação histopatológica de CHC
metastático. Paciente segue em acompanhamento clínico e
tratamento adjuvante. Conclusão: O CHC é uma neoplasia
frequente em nosso meio, que algumas vezes se apresenta de
CALCULOSE INTRA-HEPÁTICA:
REVISÃO DE LITERATURA
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Agamenon Dias de Oliveira / ITPAC; Lilian Cristhian
Ferreira dos Santos Rocha / ITPAC; Débora Rosa portilho /
ITPAC; Samara Martins da Silva / ITPAC; Amanda Gonçalves
Rodrigues / ITPAC; Jaciara Rosalves de Almeida / ITPAC;
Pedro Ernesto Alves Mangueira Júnior / ITPAC; Rone Antonio
Alves de Abreu / ITPAC.
Resumo
forma atípica. Apesar de raro, pode acometer pacientes jovens
e não hepatopatas.
A presença de cálculos em vias biliares intra-hepáticas é rara
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
119
A nais
no Ocidente e na maioria das vezes está também associada
à presença de cálculos nas vias biliares extra-hepáticas ou à
obstrução em topografia peri-hilar. O objetivo deste trabalho
é fazer uma revisão de literatura sobre o tema. Foi realizado
estudo retrospectivo utilizando prontuário de paciente, feito
então, levantamento acerca do tema utilizando banco de dados
MEDLINE, LILACS-BIREME, PUBMED e COCHRANE e
literatura especifica. A maioria dos relatos de casos de cálculos
intra-hepáticos vem da China, Japão, Taiwan e Coreia entre
outros, no entanto, não é incomum encontrar relatos desta
patologia em outras partes do mundo. O quadro clínico mais
habitual é o de síndrome de colangite piogênica de repetição, com
presença de febre com calafrios, icterícia e dor em hipocôndrio
direito. Os exames laboratoriais tem pouco valor diagnóstico,
pois dão indícios inespecíficos da presença de colestase, sem
120
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
de Ciências da Saúde de Alagoas/Hospital Unimed Maceió; Paula
Cabral de Mendonça Cavalcanti / Universidade Anhembi Morumbi;
Thayse da Rocha Ferro Cavalcanti / Hospital Unimed Maceió.
Resumo
O carcinoma de vesicular biliar (CVB) é raro, porém é o mais
comum tumor maligno do trato biliar e o quinto mais comum no
trato gastrintestinal. Alguns fatores de risco para o CVB são: o
sexo feminino, a idade maior de cinqüenta anos e a presença de
litíase. Histologicamente, predomina o adenocarcinoma (83%),
seguindo por câncer indiferenciado ou anaplásico (4-7%),
câncer de células escamosas (4%) e adenoacantomas (2,4%). A
ultrassonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância
nuclear magnética permitem estudar a extensão da enfermidade e
o comprometimento das estruturas vizinhas. Independentemente
indicarem o local da obstrução. Vários métodos radiológicos
da técnica cirúrgica empregada, a cirurgia é, hoje em dia, a única
de imagem podem elucidar o diagnóstico. Ultrassonografia
modalidade terapêutica curativa para o câncer da vesícula biliar.
abdominal e TC tem sensibilidade de diagnóstico mais baixo
O objetivo é apresentar um caso de carcinoma epidermoide de
comparado com o colangiorressonâcia que é o método de
vesícula biliar. A metodologia foi por análise de prontuário médico e
escolha amplamente usado para a exploração de toda a
revisão da literatura. Apresenta-se um caso de uma paciente do sexo
árvore biliar. O tratamento precoce da litíase intra-hepática
feminino, 61 anos, diagnosticada com carcinoma epidermoide da
é sintomático, devido ao risco de colangite secundária ou
vesícula biliar após colecistectomia para o tratamento de colelitíase.
colangite esclerosante com conseqüente risco de cirrose biliar
Três meses após a cirurgia, apresentava tumoração nos segmentos
posteriormente. A abordagem não-cirúrgica é reservada para
IVb, V e VI do fígado, com intensa necrose. A conduta realizada foi
pacientes com apresentação recorrente, doença bilobar com
a laparotomia, onde se evidenciou neoplasia em estadio avançado,
alto risco cirúrgico. Realiza-se então a colangiografia trans-
com invasão de duodeno e implante na parede abdominal. Foi
hepática percutânea (CTP) com ou sem litotripsia percutânea,
realizada gastroenteroanastomose, como procedimento paliativo.
através de abordagem T-tubo ou papilotomia transduodenal com
por se tratar de um tumor epidermoide, sensível à radioterapia, foi
ou sem litotripsia. A hepatojejunostomia para tratar hepatolitíase
sugerido esse tratamento no pós-operatório. Houve recusa da família
atualmente vem sendo discutido por causa da alta taxa de
para o tratamento proposto. A paciente apresentou quadro de dor
recorrência e colangite pós-operatório geralmente presente. A
abdominal dois meses após, foi tratada sintomaticamente e faleceu em
ressecção hepática é indicada em pacientes com cálculos intra-
seis meses. Discussão: a associação da radioterapia à quimioterapia
hepáticos associados à atrofia do lobo único, em pacientes com
poderia suprimir o crescimento rápido do tumor, aumentando o
abscesso hepático múltiplos, colangite secundária e pacientes
tempo de sobrevivência com melhor qualidade de vida. Conclusão:
com colangiocarcinoma intra-hepático e várias estenoses. O
é necessário o reconhecimento do tumor da vesícula biliar durante
tratamento da calculose intra-hepática é cirúrgico e individual,
a colecistectomia, o que pode mudar consideravelmente a sobrevida
pois se baseia na localização dos cálculos na árvore biliar, na
se tratado adequadamente. Neste caso apresentado, o diagnóstico
possibilidade de remoção dos mesmos e na presença de
tardio foi o fator primordial para o mau prognóstico.
estenose, inflamação ou infecção.
CARCINOMA EPIDERMOIDE DE
VESÍCULA BILIAR: RELATO DE CASO
CISTOADENOMA HEPATOBILIAR:
RELATO DE CASO E REVISÃO DA
LITERATURA
Autores: Carlos Augusto de Oliveira Cavalcanti / Universidade Estadual
Autores: Amanda Pinter Carvalheiro da Silva / UNICAMP; Yuri
Temário: Cirurgia / Fígado
Temário: Cirurgia / Fígado
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Longatto Boteon / UNICAMP; Ilka de Fátima Santana Ferreira
Boin / UNICAMP; Elaine Cristina de Ataide / UNICAMP;
Anaisa portes Ramos / UNICAMP; CAtherine Pulliti Hermida
Reigada / UNICAMP; Thiago Jordão Matosinho / UNICAMP.
Resumo
Introdução: As lesões císticas hepáticas são representadas
por um grupo heterogêneo de doenças que diferem em etiologia,
prevalência e manifestações clínicas. O cistoadenoma hepatobiliar
é uma neoplasia cística benigna do fígado rara e que acomete em
maior número mulheres com idade superior a 40 anos. Relato de
caso: Paciente do sexo feminino, 54 anos, encaminhada pro serviço
de Cirurgia do Fígado, Hipertensão portal e Transplante Hepático
HC-Unicamp, com história de 5 anos de desconforto abdominal
leve associado a empachamento pós-prandial, sem emagrecimento,
náuseas ou icterícia. Trouxe um ultrassom abdominal da cidade de
origem mostrando uma imagem cística de contornos irregulares,
com conteúdo sólido e debris de permeio, no lobo esquerdo de
14,8x13,6x12,6cm. Na época a paciente não apresentava alterações
de exame físico ou laboratoriais. Foi submetida à tomografia multislice que mostrou lesão cística expansiva e bem delimitada com septos
esparsos que apresentam realce pelo meio de contraste e tênues
calcificações parietais comprometendo o lobo esquerdo em quase
toda a sua extensão. A lesão media 14,4x10,7x10,5 cm. Paciente
foi submetida a ressecção parcial hepática dos segmentos II e III.
Resultados: a paciente evoluiu bem sem complicações clinícas ou
cirúrgicas e com melhora total dos sintomas. No anatomopatológico
os achodos foram:cistoadenoma hepatobiliar medindo 14x6x8
cm com área focal de displasia epitelial, sendo que RE(receptor
estrógeno), RP(receptor progesterona) e Inibina foram fortemente
positivos em células estromais dos septos intracístico. Conclusão:
O cistoadenoma biliar além de ser uma lesão pré-maligna, não pode
ser diferenciada do cistoadenocarcinoma por imagem, portanto o
tratamento cirúrgico com ressecção completa da lesão não deve ser
postergado assim que feito a suspeita diagnóstica.
COLANGIOCARCINOMA ASSOCIADA
À COLANGITE ESCLEROSANTE
PRIMÁRIA E RETOCOLITE
ULCERATIVA: RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Silvania Klug Pimentel / Hospital Sugisawa; Celio Hasegawa
/ Hospital Sugisawa; Leonardo Yoshio Sato / Hospital Sugisawa; Lie
Mara Hirata / Hospital Sugisawa; Felipe Pedrotti Locatelli / Hospital
Sugisawa; Ana Paula Hitomi Nagabe / Hospital Sugisawa; Flávio Heuta
Ivano / Hospital Sugisawa; Antonio Katsumi Kay / Hospital Sugisawa.
Resumo
A retocolite ulcerativa (RCU) é uma doença inflamatória intestinal
crônica e pode apresentar manifestações extraintestinais
em vias urinárias, na pele, nas articulações e na via biliar.
As manifestações hepatobiliares são colelitíase, esteatose,
pericolangite, asbcessos, colangite esclerosante primária
(CEP) e colangiocarcinoma. A CEP causa colestase crônica
e progressiva com perda da função hepática e alterações
morfológicas. Atinge cerca de 5% dos pacientes com RCU,
porém 90% dos pacientes com CEP têm RCU. O único tratamento
efetivo nos estágios finais da doença é o transplante hepático.
A complicação mais grave da CEP é o colangiocarcinoma,
que inviabiliza o transplante hepático e piora o prognóstico do
doente. Pacientes com CEP devem ser submetidos a exames
de imagem e laboratoriais com dosagem de CEA e CA 19-9.
Objetivo: Relatar o caso de diagnóstico de colangiocarcinoma,
de rápida evolução, em paciente jovem, portadora de RCU e
CEP. Relato de caso: T.R., feminino, 21 anos, portadora de
RCU e CEP, apresentando quadros prévios de colangite tratada
com colocação de prótese endoscópica via CPRE, em uso de
ácido ursodesoxicólico, foi admitida no Hospital Sugisawa por
quadro de hemorragia digestiva alta (HDA). Após estabilização
do quadro, foi submetida à endoscopia digestiva na qual
evidenciou úlcera ativa na transição bulbo duodenal, extensa,
sem sinais de sangramento. Na endoscopia de controle, após 24
horas, observava-se lesão ulcerada e fístula coledocoduodenal
por erosão da prótese. Optou-se pela retirada de prótese.
Após 24 horas da retirada da prótese, paciente evoluiu com
novo quadro de HDA e instabilidade hemodinâmica. Indicado
laparotomia exploradora. No intraoperatório observou-se ascite,
múltiplos nódulos hepáticos e tumoração perivesicular, que
acometia via biliar. Realizado congelação intraoperatória com
diagnóstico de colangiocarcinoma. Realizada cateterização
da via biliar, controle de sangramento e exclusão pilórica com
gastroenteroanastomose. Paciente ficou internada na UTI por
5 dias, e recebeu alta hospitalar com drenagem biliar externa
no 7 PO. Após confirmação do resultado das biópsias, o
caso foi discutido com a oncologia que optou por não iniciar
quimioterapia. Conclusão: A CEP em 90% dos casos está
relacionada à RCU. Cerca de 10% destes pacientes evoluem
para colangiocarcinoma. Em alguns casos, principalmente em
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
121
A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
pacientes jovens, a doença pode evoluir de maneira rápida e
hepática. Conclusão: Os pacientes que serão submetidos
agressiva, não havendo tempo para o diagnóstico precoce.
à colecistectomia, devem passar por um screening hepático
sempre relacionado aos sinais e sintomas e exame físico para
COLEDOCOLITÍASE E COLELITÍASE
COM ACHADO INTRAOPERATÓRIO DE
POSSÍVEL CIRROSE HEPÁTICA
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Danilo Alves Ponzi Pereira / Hospital Ophir Loyola;
Maurício da Camara Ferreira / Hospital Ophir Loyola;
Francisco de Assis Alencar / Hospitl Ophir Loyola; Allan
Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; Hamilton
Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; Pablo Baptista
Oliveira / Hospital Ophir Loyola; José Gabriel Miranda Da
Paixão / Hospital Ophir Loyola; Carolina Costa Beckman Nery
Oti / Hospital Ophir Loyola.
Resumo
122
evitar surpresas intraoperatórias.
COLEDOCOLITÍASE:
UM RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: José Miranda Rabelo Neto / Hospital Ophir Loyola;
Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophir Loyola; Allan
Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar
Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; Pablo Baptista Oliveira
/ Hospital Ophir Loyola; Raquel de Maria Maues Sacramento
/ Hospital Ophir Loyola; Carolina Costa Beckman Nery Oti
/ Hospital Ophir Loyola; Claudio Claudino Alves Almeida /
Hospital Ophir Loyola.
Resumo
Introdução: Em torno de 10-18% dos pacientes com colelitíase
também apresentam cálculos nas vias biliares. A identificação
Introdução: A coledocolitíase consiste, geralmente, numa com-
pré-operatória dos casos com risco de coledocolitíase associada
plicação da colelitíase, através da migração do cálculo da vesícula
permitiria a indicação racional de realização de colangiografia
biliar através do ducto císitco, acrescentando elevação da morbi-
endoscópica retrógrada (CPRE). Objetivo: Relatar um caso
mortalidade. Aproximadamente 15% dos pacientes com colelitíase
de colelitíase e coledocolitíase com cirrose. Casuística: Uma
possuem cálculos no colédoco. Objetivo: Demonstrar a importância
paciente. Metodologia: Estudo retrospectivo por análise de
no diagnóstico clínico auxiliado por imagem para a escolha da
prontuário do tipo relato de caso realizado no Hospital Ophir
melhor abordagem terapêutica em pacientes com doença de vias
Loyola em Belém-PA. Resultados: Paciente refere sensação
biliares. Casuística: Relato de caso de uma mulher de 26 anos
de febre de início súbito há aproximadamente 6 meses, não
de idade, com diagnóstico de coledocolitíase após episódio de
aferida, tendo sido acompanhada logo em seguida de icterícia.
dor em hipocôndrio direito, acompanhado de náuseas, vômito,
Houve início de quadro de dor em cólica em faixa localizada
icterícia e colúria, há menos de um ano, tendo ultrassonografia
em andar superior e médio do abdome. Ao exame: regular
de abdome superior evidenciado múltiplos cálculos em vesícula
estado geral, consciente, orientada, afebril, acianótica, ictérica
biliar. Método: O presente trabalho obteve os dados a partir da
(+/4+), desidratada (+/4+), hipocorada (++/4+), abdome
revisão de prontuários e da literatura, utilizando-se do exame clínico.
globoso, flácido, sem sinais de circulação colateral, indolor
Resultados: Paciente A.S.S.F. de 26 de idade, sexo feminino,
à palpação superficial e profunda. Vesícula biliar palpável em
doméstica, natural e procedente de Belém, Pará. Relata que no fim
hipocôndrio direito, em linha hemiclavicular direita abaixo do
de sua gravidez, apresentou a primeira crise com dor em hipocôndrio
rebordo costal direito, fígado palpável a 3cm do rebordo costal
direito, náuses, vômito, icterícia e colúria, obtendo o diagnóstico de
direito, sem esplenomegalia. Paciente realizou USG abdominal,
colelitíase evidenciada pelo exame ultrassonográfico do abdome.
evidenciando duas imagens sugestivas de coledocolitíase
Três meses após o parto, ocorreu ou crise similar à primeira, tratada
e ectasia do ducto colédoco. Foi submetida à CPRE no dia
com medicação sintomática. Um mês antes da admissão hospitalar
09/06/2014 que evidenciou múltiplos cálculos de colesterol
para submeter-se ao tratamento cirúrgico, fora internada, em serviço
sendo realizada papilotomia endoscópica com extração dos
de pronto atendimento da cidade com suspeita de pancreatite,
cálculos. Após um dia, foi submetida à colecistectomia por
confirmada posteriormente com exame de imagem e, evidenciando
vídeo sem intercorrências, na qual se evidenciou fígado atrófico
a existência coledocolitíase e, um cisto em corpo de pâncreas.
e endurecido com suspeita de cirrose sendo realizada a biópsia
Exames laboratoriais da internação com discreto padrão colestático
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
e, na admissão, cliente encontrava-se sem queixas. O tratamento
proposto foi colecistectomia videolaparoscópica, tendo sido
realizado colangiografia no intraoperatório e, necessitando elucidar
o diagnóstico, fora submetida há uma colangiopancreatografia
endoscópica retrógada (CPRE) com papilotomia, processo este
transcorrido sem intercorrências, que detectou múltiplos cálculos em
colédoco. Paciente recebeu alta hospitalar após 14 dias de internação,
com melhora da condição clínica e, orientações sobre a importância
do acompanhamento no ambulatório de cirurgia geral. Conclusão:
O estudo evidencia a importância do diagnóstico clínico, auxiliado
pelo laboratório e por imagem na elucidação do quadro e, no melhor
preparo da abordagem cirúrgica para o tratamento de portadores de
doenças em vias biliares.
DESVASCULARIZAÇÃO
ARTERIAL E PORTAL SEGMENTAR
SEM RESSECÇÃO NO TRATAMENTO
DO HEPATOCARCINOMA COM
RESOLUÇÃO DE CURA:
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Carlos Augusto de Oliveira Cavalcanti / Universidade
Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - Uncisal/Santa
Casa de Misericórdia de Maceió; Paula Cabral de Mendonça
Cavalcanti / Universidade Anhembi Morumbi; Thayse da
Rocha Ferro Cavalcanti / Santa Casa de Misericórdia de
Maceió.
hepatectomia proposta. Seccionou-se o parênquima hepático até
próximo da veia hepática esquerda e realizada nova ultrassonografia, que demonstrou invasão tumoral da veia hepática esquerda até
a sua emergência. O tumor e todo o segmento lateral estavam isquemiado totalmente (arterial e portal). Interrompeu-se a ressecção,
deixando todo o segmento lateral esquerdo e o tumor com exclusão
vascular total. O histopatológico pela hematoxilina eosina e a imunohistoquímica confirmaram carcinoma hepatocelular, com antígenos
hepatocyte-1 e glypican positivos. Teve boa evolução pós-operatória,
com alta no segundo dia. No seguimento houve decréscimo gradual da alfafetoproteína até a normalização e nos exames de imagem,
ressonância nuclear magnética, houve involução gradual do tumor e
de todo o segmento lateral esquerdo. No 22º mês de pós-operatório,
a tomografia mostrou atrofia de todo o segmento lateral esquerdo
hepático e do tumor, restando apenas uma formação ovalada sem
realce significativo pós–contraste, medindo 3.3 x 3.3 x 2.4 cm. No
30º mês pós-operatório o paciente encontra-se sem evidência de
recidiva ou progressão da neoplasia. Dessarte, pode-se inferir que
a exclusão vascular total do segmento lateral esquerdo do fígado e
do hepatocarcinoma, promoveu a involução marcante da neoplasia e
do segmento hepático, com evidência de ausência de neoplasia no
30º mês pós-operatório e alfafetoproteína em nível normal. Pode-se
inferir, também, um bom prognóstico neste caso.
ESTENOSE CICATRICIAL DAS VIAS
BILIARES: UM RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Fígado
Resumo
A ligadura do tronco da veia porta já foi descrito por Bismuth há mais
de duas décadas para atrofia do lobo cirrótico a ser ressecado, com
resultados satisfatórios. A embolização arterial (TACE) vem sendo
utilizada amplamente no tratamento paliativo do carcinoma hepatocelular, com resultados variáveis. A isquemia total (arterial e portal)
segmentar para o tratamento do hepatocarcinoma não tem descrição
na literatura. Objetivo: Relatar um caso sem correlato na literatura. Metodologia: Descreve-se adiante o caso do paciente N.M.S.,
masculino, 68 anos, apresentando nódulo hepático nos segmentos II
e III, com 8,7 x 8,6 x 8,0 cm, sugestivo de hepatocarcinoma, com estadiamento pré-operatório T1N0M0. A alfafetoproteína estava acima
de 4.000 ng/mL. Indicada segmentectomia lateral esquerda. No ato
operatório, a ultrassonografia demonstrou que houve crescimento
do tumor desde a tomografia pré-operatória. Foi realizada isquemia
intraglissoniana dos segmentos II e III para a ressecção regrada da
Autores: José Miranda Rabelo Neto / Hospital Ophir Loyola;
Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophir Loyola; Allan
Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; Pablo Baptista
Oliveira / Hospital Ophir Loyola; José Gabriel Miranda da
Paixão / Hospital Ophir Loyola; Carolina Costa Beckamn Nety
Oti / Hospital Ophir Loyola; Claudio Claudino Alves Almeida
/ Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia /
Hospital Ophir Loyola.
Resumo
Introdução: A estenose cicatricial das vias biliares, geralmente
é causada por cirurgia previa. O rápido diagnóstico e tratamento
da estenose das vias biliares são essenciais ao bom prognótico
nestes pacientes, uma vez que a doença apresenta altos índices
de morbi-mortalidade. Objetivo: Demonstrar a importância do
rápido e preciso diagnóstico e, do tratamento precoce. Casuística:
Relato de caso de uma mulher de 43 anos de idade, submetida à
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
123
A nais
124
colecistectomia convencional, aberta e, sendo admitida no serviço de
cirurgia do Complexo Hospitalar Jean Bittar com evolução clínica de
colangite. Método: O presente trabalho obteve os dados a partir da
revisão de prontuários e da literatura, aproveitando o exame clínico.
Resultados: Paciente M.M.B., 43 anos, sexo feminino, natural e
procedente de Belém, PA, procura o serviço de cirurgia geral do
C.H.J.B., devido a história clínica de queixa de dor abdominal, icterícia
e vômitos, com evolução de dois meses, sendo que na admissão
nem pronto atendimento, houve relato de alteração do nível de
consciência e hipotensão; ou seja, colangite. Encaminhada ao
nosso serviço de cirurgia geral, para obter o tratamento adequado,
o tratamento de escolha foi a derivação bilio-digestiva em Y de Roux.
Após sete dias de internação, o paciente recebeu alta hospitar com
melhora da condição clínica e, foi orientado quando a importância
do seguimento clínico, através do ambulatório de cirurgia geral.
Conclusão: o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são
essenciais para o sucesso no tratamento da estenose cicatricial
das vias biliares, proporcionando a estes pacientes baixas taxas de
morbi-mortalidade e altos índices de sucesso.
ESTENOSE DE COLÉDOCO EM
PACIENTE ONCOLÓGICA –
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Raíssa Pereira de Tommaso / Hospital Ophir Loyola/
Centro Hospitalar Jean Bitar; Francisco de Assis Alencar /
Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Allan
Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola/Centro
Hospitalar Jean Bitar; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital
Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Raquel de Maria
Maués Sacramento / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar
Jean Bitar; Luiz Carlos da Silva Duarte Junior / Hospital
Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Sebastião Neto
Fernandes Barros / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar
Jean Bitar; Luana Guimarães Dias / Universidade do Estado
do Pará.
Resumo
Introdução: A maioria dos pacientes com câncer biliopancreático
primário ou secundário são diagnosticados em fase avançada, com
o aparecimento de icterícia obstrutiva. As cirurgias de derivação biliodigestivas, foram quase completamente abandonadas, devido à
sua alta morbimortalidade, ao custo e à piora da qualidade de vida
em relação à colocação de próteses radiológicas ou endoscópicas.
Objetivos: Relatar o caso de uma paciente oncológica, portadora
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
de estenose em colédoco. Casuística: Trata-se de um trabalho
descritivo, intervencional, prospectivo. Metodologia: As informações contidas neste trabalho foram obtidas por meio de revisão
do prontuário, entrevista com o paciente e acompanhamento do
caso. Resultados: R.L.S., feminino, 31 anos, mastectomizada há
3 meses, em tratamento quimioterápico paliativo devido câncer de
mama com metástase óssea e pulmonar, precisou interromper quimioterapia devido quadro de icterícia (3+/4+), colúria e acolia fecal.
Realizou ultrassonografia de abdome total, que evidenciou vesícula
biliar de paredes íntegras, apresentando imagem ecogênica móvel
ao decúbito, podendo corresponder à lama biliar com presença
de microcálculos em seu interior. Foi internada no Centro Hospitalar Jean Bitar, encontrava-se em regular estado geral, consciente orientada no tempo espaço, afebril, acianótica, ictérica (3+/4+),
emagrecida, eupnéica, sem edemas. Ausculta cárdio-pulmonar e
torácica sem alterações. Abdome plano, flácido, indolor, negativo à
descompressão brusca, Sinal de Murphy negativo. Realizou colecistectomia videolaparoscópica com achado de lama biliar, implantes
hepáticos e colangiografia peroperatória demonstrando estenose
de colédoco sem causa definida. Realizou-se colocação de prótese
em colédoco através de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), recebendo alta hospitalar após dois dias do procedimento, apresentando melhora da icterícia, sendo encaminhada para
continuidade da quimioterapia. Conclusão: O alívio da icterícia
aumenta a qualidade de vida do paciente, prolonga sua sobrevida
e abre uma opção para a realização de quimioterapia.a oclusão das
endopróteses biliares permanece o principal perlaço do tratamento não-cirúrgico da icterícia obstrutiva maligna; entretanto, quando
ocluídas, essas podem ser facilmente trocadas. O uso de próteses
metálicas, diminui a necessidade de futuras intervenções em menos
de 20% dos pacientes.
EXPERIÊNCIA INICIAL DO PIAUÍ
EM RETIRADA DE FÍGADO PARA
TRANSPLANTE: ANÁLISE DA
SOBREVIDA DO ENXERTO E TEMPO
DE ISQUEMIA
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Welligton Ribeiro Figueiredo / Universidade Estadual
do Piauí; Carlos Renato Sales Bezerra / Universidade Estadual
do Piauí; Erbert Martins portela Filho / Facid Devry; Kaline
Fortes e Silva / Facid Devry; Rafael Felipe Martins de Oliveira
Viana / Facid Devry; Mayara Magry de Andrade Silva / Facid
Devry; Clara Caroline Ribeiro Figueiredo / Facid Devry; Ylara
Liza porto de Carvalho / Facid Devry.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Resumo
nas dimensões, mas em 10% dos casos possuem mais de 5
cm, sendo chamados hemangiomas gigantes. Exames radioló-
Introdução: Os transplantes de órgãos são alicerçados no benefício terapêutico para doenças terminais, desta forma, o transplante
hepático representa o tratamento mais eficiente, da atualidade, para
doenças hepáticas crônicas terminais. O estado do Piauí não possui equipe de Transplante de Fígado e desde maio de 2011 realiza
a cirurgia de extração do órgão com destino aos outros estados.
Objetivo: Determinar a taxa de sobrevida do enxerto hepático retirado do Piauí bem como analisar o tempo de isquemia total até
o transplante hepático. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa
documental, retrospectiva, caráter descritivo e abordagem quantitativa. Realizou-se a coleta de dados através da revisão de prontuários
e das fichas de notificação dos doadores e receptores de fígado e
que realizaram a cirurgia por meio de formulário próprio no período
de junho de 2011 a julho de 2014. Os dados foram coletados e
organizados em planilha eletrônica do Microsoft Excel 2010 e analisados conforme estatística descritiva. Resultados: Foram doados
19 enxertos hepáticos, com prevalência do sexo masculino correspondendo a 68% dos doadores piauienses. Os principais destinos
dos enxertos foram: Ceará (58%) e Pernambuco (26%). O tempo
médio de isquemia total do enxerto hepático foi de 7h59min53s. de
todos os receptores, 17 (88,2%) fizeram o transplante com sucesso e receberam alta hospitalar e apenas 2 (11,8%) foram a óbito
no pós-operatório imediato por disfunção de enxerto e trombose
de artéria. Conclusão: O Piauí destaca-se no âmbito nacional e
regional na oferta de órgãos, em especial ao Estado do Ceará com
tempo de isquemia satisfatório. A oferta de enxertos hepáticos de
qualidade extraídos do Piauí reflete-se em sobrevida significativa
dos receptores compatível com a média nacional.
gicos de rotina flagram a maioria das lesões, e na maioria dos
casos o tratamento é expectante. Objetivos: Relatar um caso
de achado incidental de hemangioma hepático gigante submetido a tratamento cirúrgico. Relato de caso: A.S.F, masculino, 66 anos, relatando desconforto epigástrico sem dor, há
vários anos, associado a diástase de músculo reto abdominal.
Ao exame físico observava-se massa palpável e volumosa nesta topografia. Ultrassonografia de abdome total para avaliação
prostática incidentalmente identificou lesão em lobo esquerdo
hepático. Tomografia de abdome superior com contraste venoso demonstrou uma massa sólida expansiva, com impregnação difusamente heterogênea, de contornos lobulados e de
limites relativamente bem definidos, acometendo quase todo o
lobo esquerdo e que mede 14,5 x 11,0cm. A lesão comprimia
e desviava as estruturas adjacentes, principalmente o estômago, sem, no entanto, determinar invasão deles. Paciente sem
alteração de função hepática, com sorologias para hepatites A,
B e C negativas. O paciente foi submetido à hepatectomia esquerda, com achado de lesão rompendo a cápsula de Glisson,
acometendo segmentos II, III, IV do órgão; necessidade de
hemotransfusão – um concentrado de hemácias, com evolução pós-operatória satisfatória e estabilidade hemodinâmica.
Recebeu alta hospitalar em boas condições clínicas cinco dias
após o procedimento cirúrgico. Exame anatomopatológico
constou de produto de hepatectomia esquerda, medindo 16,5
x 11,5 x 9,0 cm e pesando 1.628g, apresentando superfície
bocelada e pardo-acastanhada. Aos cortes, notou-se tecido
castanho-vinhoso e esponjoso, permeando tecido hepático
numa extensão de 13,0 cm. Margens cirúrgicas livres de neo-
HEMANGIOMA HEPÁTICO GIGANTE:
TRATAMENTO CIRÚRGICO
plasia. Conclusão: A despeito do volume da lesão e de rom-
Temário: Cirurgia / Fígado
minou sintomatologia evidente. Esse caso merece destaque,
Autores: Zailton Bezerra / UFPB; Petrucio Abrantes Sarmento
/ UFPB; Fernando Salvo Torres Mello / FCM; João Paulo de
Freitas Sucupira / FCM; Maria Cléa de Sá Roriz Neves /
HMSI; Brenda da Rocha Jampo Lins / HMSI; João Andreola
Diniz Júnior / HMSI; Marcelo Costa Rique / FCM.
em função de seu achado ultrassonográfico fortuito, resultan-
per a cápsula hepática, esse hemangioma gigante não deter-
do em trissegmentectomia esquerda com êxito.
Resumo
HEPATOCARCINOMA EXTENSO
OLIGOASSINTOMÁTICO
Introdução: Hemangiomas são os tumores benignos mais
comuns no fígado. Acometem 0,4 a 7% da população, sendo,
em geral, lesões solitárias. Apresentam normalmente peque-
Autores: Tallita Olga Calvinho Martins / Uepa; Marcelo
Bandeira Coelho Dias / Hospital Ophir Loyola; Marcos de
Souza Lopes Freire Filho / Hospital Ophir Loyola; Patrícia Isabel
Bahia Mendes Freire / Hospital Ophir Loyola; Alessandro
Temário: Cirurgia / Fígado
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
125
A nais
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
França de Souza / Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar
Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; Isis Manoela da Paixão
Cláudio Corrêa / Uepa; Pablo Baptista Oliveira / Hospital
Ophir Loyola.
Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - Uncisal, Hospital
Unimed Maceió; Paula Cabral de Mendonça Cavalcanti /
Universidade Anhembi Morumbi; Thayse da Rocha Ferro
Cavalcanti / Hospital Unimed Maceió.
Resumo
Resumo
Introdução: O hepatocarcinoma é o tumor hepático primário
A litíase intra-hepática (LIH) pode ser classificada em primária,
maligno mais comum e a terceira causa de morte por neoplasia
no mundo, tendo como causa principal a cirrose. Objetivo: O
objetivo desta pesquisa é relatar um caso de paciente portador de
hepatocarcinoma oligoassintomático. Casuística: O estudo foi
feito a partir do caso de um paciente internado no Hospital Ophir
Loyola em Belém do Pará, de 69 anos, casado, aposentado, natural
de Baião, residente do município de Repartimento, internado para
tratamento cirúrgico de neoplasia hepática. Método: Dados
foram obtidos a partir de entrevistas diárias com o paciente e
acompanhamento de todos os procedimentos durante todo o
126
da
período da internação. A execução desta pesquisa não alterou
o tratamento proposto para este paciente. Resultados: Ao
exame físico, o paciente encontrava-se consciente, orientado,
em bom estado geral, hidratado, eupneico, acianótico, anictérico,
afebril. Ausculta cardíaca sem alterações. Ausculta pulmonar
com murmúrio vesicular diminuído e sibilos difusos em hemitórax
direito. Abdome: globoso, indolor a palpação exceto pelo local
da tumoração, que se encontra superficial a pele, medindo mais
de 20 cm em seu maior diâmetro, de consistência endurecida
e superfície irregular, localizada em epigástrio e hipocôndrio
esquerdo. Em tomografia realizada no hospital, evidenciouse massa expansiva em segmento II do fígado. À EDA, não
houve evidencias de varizes esofagianas e à colonoscopia,
não foram observadas alterações. Conclusão: Concluiu-se a
partir da observação deste caso que não foi possível proceder
a hepatectomia parcial proposta para este paciente, uma vez
que, durante o ato operatório, foram encontrados focos de
metástase peritoneal, além de que o tecido hepático acometido
pela neoplasia possuía área muito extensa, estando fora dos
parâmetros para indicação de cirurgia.
quando formada nos ductos biliares intra-hepáticos e secundária,
quando associada à litíase extra-hepática ou à obstrução na altura
do hilo hepático com migração dos cálculos para o fígado. Casos
isolados de LIH são raros no ocidente, tendo uma prevalência de
0,6-1,3%. Nos países orientais a prevalência pode chegar a 12% na
Malásia e 47% em Taiwan, por exemplo. Pacientes com LIH apresentam uma clínica de colangite piogênica recorrente associada à
icterícia, dor abdominal intermitente no hipocôndrio direito, febre
com múltiplos picos diários, náuseas e calafrio. Esse sintomas surgem intermitentemente, em crises de exacerbação e períodos de
remissão. Laboratorialmente apresenta leucocitose e aumento dos
níveis de fosfatase alcalina e gama glutamil transferase. Uma distinção entre LIH e outras doenças, que cursam com obstrução biliar e
infecção, não é possível ser feita baseada apenas na clínica e avaliação laboratorial. O objetivo é apresentar um caso de litíase intra-hepática pouco descrito na literatura. E.L.S., sexo masculino, 33 anos,
apresentando dor de forte intensidade no abdômen superior a dois
anos, de caráter intermitente, com longos períodos de ausência, duradoura, mais localizada no hipocôndrio direito, sem irradiação e que
melhora com o uso de analgésicos. Paciente colecistectomizado há
12 anos. A colangiorressonância magnética demonstrou dilatação
das vias biliares dos segmentos V e VIII, com imagens sugestivas
de cálculos próximo ao hilo hepático, apresentando também sinais
de colangite crônica. Sinuosidades e ectasia dos ductos biliares
dos segmentos VI e VII. O paciente foi submetido à hepatectomia
direita com exclusão vascular seletiva e linfadenectomia hilar, sem
necessidade de hemotransfusão. O lobo direito hepático ressecado estava com volume pouco reduzido, com vários ductos biliares
segmentares repletos de cálculos e com a via biliar de alguns segmentos endurecida. A microscopia demonstrou parênquima hepático apresentando fibrose portal leve, colangite crônica de múltiplos
LITÍASE INTRA-HEPÁTICA
ENVOLVENDO TODOS OS
SEGMENTOS DO LOBO DIREITO
TRATADA COM HEPATECTOMIA
ductos e presença de cálculos em ductos biliares. Linfonodo hilar
Temário: Cirurgia / Fígado
acompanhamento continuamente pela possibilidade de apresentar
Autores: Carlos Augusto de Oliveira Cavalcanti / Universidade
o mesmo quadro nos segmentos remanescentes.
apresentando linfadenite crônica. Apresentou boa evolução de pós-operatório imediato e recebeu alta hospitalar no 5o dia de PO. Nas
avaliações de retorno, apresentava-se bem e sem queixas. Está em
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
PACIENTE COM COLEDOCOLITIÁSE
QUATRO APÓS COLECITECTOMIA
E DOIS ANOS APÓS
COLANGIOPACREATOGRAFIA
RETRÓGRADA ENDOSCÓPICA
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir
Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Francisco de Assis
Alencar / Hospital Ophr Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar;
Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophr Loyola/Centro
Hospitalar Jean Bitar; Luiz Carlos da Silva Duarte Junior /
Hospital Ophr Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Sebastião
Neto Fernandes Barros / Hospital Ophr Loyola/Centro
Hospitalar Jean Bitar; Pablo Baptista Oliveira / Hospital Ophr
Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Raquel de Maria Maués
Sacramento / Hospital Ophr Loyola/Centro Hospitalar Jean
Bitar; Carolina Costa Beckman Nery Oti / Hospital Ophr
Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar.
Resumo
Introdução: A coledocolitíase é a presença de um ou mais cálculos
no colédoco, ocasionando a obstrução parcial ou completa do fluxo
biliar, geralmente é uma complicação da colelitíase. Entretanto, a presença de estase biliar e infecção pode levar a formação de cálculo no
colédoco. Objetivo: Descrever o caso de um paciente com o diagnóstico de coledocolitíase com suas repercussões e resoluções clínicas-cirúrgicas. Casuística: Uma paciente. Metodologia: Relato
de caso, obtido por dados através da análise de prontuário e consentimento do paciente. Resultados: Paciente masculino, 75 anos,
refere dor em hipocôndrio direito tipo cólica, pós-prandial, de início
súbito, com irradiação para região infra escapular ipsilateral, obtendo
melhora com administração de analgésicos, além disso, relata colúria
e acolia fecal há 10 meses com resolução espontânea dos sinais,
nega icterícia, refere perda ponderal. Os antecedentes são uma colecistectomia há quatro anos, colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) há dois anos, nega hipertensão e diabetes, relata
história de neoplasia na família. Realizou uma tomografia computadorizada de abdômen há 10 meses onde se evidenciava dilatação de
vias biliares intra-hepáticas com imagem hiperdensa no colédoco de
1,8 cm, realizado colangioressonância há 8 meses onde observou-se
dilatação das vias biliares intra e extra hepáticas, dilatação do colédoco de 1,8 cm com imagem litiásica em seu interior e afilamento
do colédoco terminal. Foi submetido a laparotomia exploradora com
derivação biliodigestiva extra-hepática e reconstrução do trânsito
intestinal em Y de Roux, durante o transoperatório foi observado o
colédoco ectasiado com diâmetro de 3cm e ausência de cálculos no
seu interior. Paciente evoluiu sem intercorrências clínicas, mantendo o quadro clínico estável, diminuição sérica da fosfatase alcalina
e gama-GT, recebendo alta no 7º pós-operatório para acompanhamento ambulatorial. Conclusão: O tratamento para coledocolitíase
depende de alguns fatores como o grau de dilatação do colédoco,
tamanho do cálculo, diagnóstico da coledocolitíase antes, durante e
após do colecistectomia e o status do paciente para suporta tais procedimentos, pois existem procedimentos menos invasivos como a
CPRE e exploração vídeolaparoscópica do colédoco e mais invasivos
como a derivação biliodigestiva, portanto é necessário um estudo de
cada caso minuciosamente para a melhor escolha terapêutica para
o paciente.
PACIENTE DIAGNOSTICADO COM
SÍNDROME DE MIRIZZI
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir
Loyola/Centro Hospitala Jean Bitar; Francisco de Assis
Alencar/Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitlar Jean Bitar;
Allan Herbert Feliz Fonseca/Hospital Ophir Loyola/Centro
Hospitlar Jean Bitar; Luiz Carlos Da Silva Duarte Junior /
Hospital Ophir Loyola/ Centro Hospitlar Jean Bitar; Sebastião
Neto Fernandes Barros/Hospital Ophir Loyola/Centro
Hospitlar Jean Bitar; Victor Soares Peixoto/Hospital Ophir
Loyola/Centro Hospitlar Jean Bitar; Bruno de Castro Ribeiro/
Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitlar Jean Bitar; Carolina
Costa Beckman Nery Oti/Hospital Ophir Loyola/Centro
Hospitlar Jean Bitar.
Resumo
Introdução: A síndrome de Mirizzi é uma obstrução extrínseca
do ducto hepático comum por um grande calculo impactado no
ducto cístico ou no infundíbulo da vesícula. A obstrução pode ser
simplesmente mecânica ou secundária a inflamação por episódios
frequentes de colangite. A classificação desta síndrome depende da
presença ou ausência de fístula no hepático comum ou colédoco.
Objetivo: Descrever o caso de um paciente internado em um
serviço de cirurgia geral com o diagnóstico de colelitíase com suas
repercussões e resoluções clínicas-cirúrgicas. Casuística: Uma
paciente (relato de caso). Metodologia: Trata-se de um relato de
caso, obtido por dados secundários através da análise de prontuário
e consentimento do paciente. Resultados: Paciente do gênero
feminino, 58 anos, refere dor em hipocôndrio direito tipo cólica com
piora pós-prandial há 10 meses, além disso refere alguns episódios
acompanhados de vômitos, relata melhora após analgesia, nega
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
127
A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
icterícia, colúria e acolia fecal. Os antecedentes mórbidos pessoais
ressecções hepáticas. Este panorama foi traçado a partir de uma
e familiares refere diabetes melitus e alergia a dipirona e hioscina.
revisão da literatura nas principais bases de dados. Os primeiros
Realizou uma ultrassonografia de abdômen superior onde se
relatos de “cirurgias hepáticas” referem-se a ressecções parciais
evidenciava um cálculo de 1,7 cm na vesícula biliar, sem dilatações
ou totais do fígado após lesões abdominais traumáticas no século
de vias biliares intra e extra-hepática. Foi submetida a uma tentativa
XVIII. Já no século XIX com as investigações de Cantlie e Rex, a
de colecistectomia videolaparoscópica, porém no transoperatório foi
anatomia hepática já passava a tornar-se mais clara, porém foi só
identificado uma fístula entre a vesícula e duodeno ou colédoco, sendo
no século XX, em 1957, que Claude Couinaud com seus estudos,
a cirurgia convertida para aberta, foi realizado dissecção da fístula do
chegou a divisão do fígado a partir de segmentos de I a VIII. Esses
colédoco com lesão 1 cm do mesmo, introduzido dreno de Kerr e
fatos históricos remontam a atual conjuntura das hepatectomias e
realizado colangiografia, não identificando cálculos nas vias biliares.
seus sucessos atuais.
Paciente seguiu para a enfermaria, evoluindo sem intercorrências
cíinicas, realizado nova colangiografia no 5º pós-operatório sem
evidenciar cálculos, paciente segue na enfermaria com previsão
de alta em breve e acompanhamento ambulatorial. Conclusão:
A síndrome de Mirizzi é uma complicação rara da colelitíase, sendo
geralmente diagnosticada no transoperatório, porém devido a ela,
geralmente as colecistectomia videolaparoscópica é convertida
128
para a via aberta devido a dificuldade técnica, além disso existe
PARAGANGLIOMA HEPÁTICO
PRIMÁRIO NÃO FUNCIONANTE:
É POSSÍVEL?
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Uirá Fernandes Teixeira / UFCSPA; Fábio Luiz
Waechter / UFCSPA; José Artur Sampaio / UFCSPA; Luiz
Pereira-Lima / UFCSPA.
maior chance de iatrogenia do colédoco, assim é necessário um
diagnóstico precoce com a devida classificação desta síndrome para
Resumo
um plano terapêutico cirúrgico mais adequado.
Introdução: Os paragangliomas são tumores neuroendócrinos
PANORAMA HISTÓRICO DAS
HEPATECTOMIAS
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Larissa Lopes Harada / Pontifícia Universidade
Católica de Goiás; Ibsen Augusto de Castro Azeredo
Coutinho / Tecnomed Indústria; Luciana Meireles de Azeredo
Coutinho / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Mayse
Meireles de Azeredo Coutinho / Hospital Santa Genoveva;
Lara Meireles de Azeredo Coutinho / Instituto de Assistência
Médica Ao servidor Público Estadual de São Paulo; Lucyana
Côrtes Torres / Pontifícia Universidade Católica de Goiás;
Ana Luiza Rassi de Mendonça / Pontifícia Universidade
Católica de Goiás.
raros derivados dos paragânglios extra-adrenais. Podem apresentar-se em qualquer sítio ao longo das cadeias simpáticas paraganglionares, sendo mais frequentes no abdome em região periaórtica e no órgão de Zuckerlandl. Enquanto alguns pacientes podem
apresentar-se com sinais e sintomas decorrentes do excesso de
catecolaminas ou desconforto abdominal inespecífico, alguns tumores serão detectados incidentalmente em exames radiológicos.
Relato de caso: Uma paciente de 43 anos com relato de desconforto abdominal vago há 4 meses. Seu histórico médico não
apresentava relevância. À palpação abdominal, havia pouca dor em
hipocôndrio direito. Foram realizadas tomografias de abdome, tórax
e pelve com contraste que evidenciaram massa bem vascularizada
em lobo direito do fígado, principalmente em segmento VIII hepáti-
Resumo
co, medindo 5,6 x 6,0 x 8,3 cm. Outras lesões não foram evidenciadas. RNM revelou área de intenso sinal na sequência ponderada
Atualmente as hepatectomias são consideras cirurgias seguras, com
em T2 ocupando o segmento VIII hepático, sem acometimento de
indicações bem estabelecidas e índices de morbidade e mortalidade
outros órgãos abdominais ou mediastino. A paciente foi submetida
decrescentes. Contudo as ressecções hepáticas só chegaram
a laparotomia exploradora, sendo realizada hepatectomia direita.
ao sucesso atual após séculos de estudo. O desenvolvimento
À microscopia, foram visualizadas células poligonais eosinofílicas
das cirurgias hepáticas só foi possível a partir do conhecimento
com núcleos redondos e raros nucléolos. Não havia pleomorfis-
aprofundado tanto da anatomia quanto da fisiologia hepáticas.
mo nuclear ou mitose. As células tumorais estavam arranjadas em
O objetivo desse estudo foi traçar um panorama da história das
pequenos ninhos, também chamados de “Zellballen”, em meio a
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
um estroma extremamente vascularizado. Imunohistoquímica demonstrou que as células neoplásicas eram fortemente positivas
para cromogranina A, sinaptofisina e CD-56. O Ki-67 era < 1%.
Discussão: Acredita-se que até 22% dos paragangliomas possam
surgir a partir de ninhos de células paraganglionares residuais em
localização extra-adrenal. Entretanto, o tipo intra-hepático primário
deste tumor é extremamente raro. O diagnóstico diferencial de lesões nesta localização é vasto e sempre deve incluir outros tumores
neuroendócrinos. Algumas vezes, paragangliomas primários podem
ser confundidos com hepatocarcinomas fibrolamelares em virtude
das semelhanças histológicas e nos exames de imagem. Conclusão: O tratamento de escolha para os paragangliomas é a excisão
cirúrgica completa. O manejo laparoscópico vem substituindo a técnica convencional, com bons resultados em centros que dispõem
de material adequado, juntamente com cirurgiões treinados e exames pré-operatórios refinados.
com estadios I/II. A operação mais executada foi a colecistectomia
simples, tendo como achado intraoperatório predominante, invasão
hepática. O adenocarcinoma foi o tipo histológico preponderante
sendo o grau de diferenciação mais encontrado o o moderadamente
diferenciado (GII), com destaque para os estadios III e IV.
Conclusão: O paciente portador de CVB é geralmente do sexo
feminino, na sexta ou sétima década de vida, apresentando sintomas
de colelitiase a cerca de 2 anos, foi submetido a uma colecistectomia
antes do diagnóstico e chega ao hospital para complementação
do tratamento. Os estadiamentos mais comuns no momento do
diagnóstico foram o III e o IV.
SEGMENTECTOMIA LATERAL
ESQUERDA VIDEOLAPAROSCÓPICA
EM PSEUDOTUMOR INFLAMATÓRIO:
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Fígado
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO
PACIENTE COM CÂNCER DE
VESÍCULA BILIAR
Autores: José Gabriel Miranda da Paixão / HOL; MArcelo
Bandeira Coelho Dias / HOL; Patricia Isabel Bahia Mendes
Freire / HOL; Alessandro França de Souza / HOL; MArcos
de Souza Lopes Freire Filho / HOL; Bruno de Castro Ribeiro
/ HOL; Victor Soares Peixoto / HOL; Hamilton Cezar Rocha
Garcia / HOL.
Autores: Alexandra porto Torres / Faculdade Integral DiferencialFacid/Devry; Welligton Ribeiro Figueiredo / Faculdade Integral
Diferencial- Facid/Devry; Carlos Renato Sales Bezerra / Faculdade
Integral Diferencial- Facid/Devry; Alisson Duarte Martins / Faculdade
Integral Diferencial- Facid/Devry; Mayara Magry de Andrade Silva /
Faculdade Integral Diferencial- Facid/Devry; Rafael Felipe Martins de
Oliveira Viana / Faculdade Integral Diferencial- Facid/Devry; Wilton
Matos da Paz Filho / Faculdade Integral Diferencial- Facid/Devry;
Kaline Fortes e Silva / Faculdade Integral Diferencial- Facid/Devry.
Resumo
Resumo
Introdução: O câncer de vesícula biliar (CVB) é comumente
associado a um prognóstico reservado. Isso porque, apesar de ser
raro, apresenta alta mortalidade por ser uma doença agressiva com
manifestações clínicas tardias e rápida progressão devido à extensa
drenagem linfática do órgão. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico
do paciente com Neoplasia de Vesícula Biliar in situ no serviço de
Cirurgia Geral e oncológica do Hospital Ophir Loyola (HOL).
Casuística: 25 casos. Metodologia: Foram colhidos dados dos
prontuários dos pacientes, como anamnese, exame físico, resultado
do histopatológico e relatos cirúrgicos. Resultado: 75% eram do
sexo feminino, com média de idade de 63,2±11 anos e tempo de
sintomatologia de 7,8±16,2 meses, não obtendo relação estatística
com o estadio da doença. Dor no hipocôndrio direito, náuseas e
icterícia predominaram como sinais/sintomas. A litíase biliar esteve
presente em 91% dos casos, sendo positiva em 100% dos pacientes
Introdução: A laparoscopia vem se desenvolvendo amplamente
e habitualmente tornando-se uma técnica padrão para diversos
procedimentos dentre eles a cirurgia hepática. Objetivo: O objetivo
desse trabalho é relatar um caso de uma paciente portadora de um
pseudotumor inflamatório do fígado submetida à segmentectomia
lateral esquerda por videolaparoscopia. Relato do caso: MCGCS,
57 anos, sexo feminino, procurou serviço médico queixando-se
de dor abdominal epigástrica e plenitude pós-prandial há 30 dias
associado a perda ponderal de 4kg no período. Na investigação inicial
a ultrassonografia de abdome evidenciou lesão em lobo hepático
esquerdo, realizando-se então um estudo tomográfico confirmando
lesão hipodensa não captante de 4,9 x 4,0x 3,9 cm em segmentos
II e III do fígado com calcificação periférica de aspecto inespecífico.
Marcadores tumorais (alfafetoproteína, CA 19-9 e CEA), endocoscopia
digestiva alta e colonoscopia apresentavam-se normais. Foi realizado
Temário: Cirurgia / Fígado
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
129
A nais
uma hepatectomia segmentar (II e III) por videolaparoscopia com
sucesso, o procedimento durou 150 minutos, sangramento estimado
de 100ml, evoluindo bem no pós-operatório e recebendo alta no 3º
dia pós procedimento. O histopatológico constatou pseudotumor
inflamatório do fígado. Discussão: a laparoscopia evoluiu e tornase uma técnica aplicável e com bons resultados na cirurgia hepática.
O segmento lateral esquerdo apresenta características que o tornam
favorável à abordagem operatória. O pseudotumor inflamatório é uma
neoplasia rara, localizada em uma variedade de órgãos e tecidos. É
um tumor benigno e sua importância clínica deve-se particularmente
à dificuldade no diagnóstico diferencial com doença maligna, dentre
elas o hepatocarcinoma.
SEPARAÇÃO DE GÊMEOS
ONFALÓPAGOS COM FÍGADO
COMPARTILHADO
130
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Francisco de Assis Alencar / Centro Hospitalar Jean
Bitar; Allan Herbert Feliz Fonseca / Centro Hospitalar Jean
Bitar; Hamilton Cézar Rocha Garcia / Centro Hospitalar Jean
Bitar; Denise Cristina dos Santos / Centro Hospitalar Jean
Bitar; José Gabriel Miranda da Paixão / Centro Hospitalar
Jean Bitar; Carlos José Cardoso Dourado / Centro Hospitalar
Jean Bitar; Carolina Costa Beckman Nery Oti / Centro
Hospitalar Jean Bitar.
Resumo
Introdução: A gemelaridade conjugada é uma entidade rara e resulta da fertilização de único ovo com divisão incompleta do disco
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
sendo então constatado que os gêmeos compartilhavam o fígado,
sendo suas vias biliares e grandes vasos independentes. Decidiu-se
então pelo procedimento cirúrgico para separação dos gêmeos. Durante todo o tempo cirúrgico, nenhuma intercorrência foi registrada,
sendo realizada a separação dos gêmeos com sucesso. Os mesmos
foram para o centro de terapia intensiva, sendo que o primeiro gemelar evoluiu satisfatoriamente bem até o quarto pós-operatório, dia em
que começou a evoluir com insuficiência renal e descompensação
cardiorrespiratória, já que este apresentava persistência do canal arterial, comunicação interventricular e transposição de grandes vasos.
No décimo quarto pós-operatório, o primeiro gemelar foi a óbito. Já
o segundo gemelar evoluiu insatisfatoriamente, com instabilidade hemodinâmica pós-operatória, hemorragia pulmonar e distensão abdominal, evoluindo a óbito no quarto pós-operatório. Conclusão:
A saúde em nosso país ainda precisa evoluir a tal ponto que as gestantes possam ter o mínimo acesso às consultas pré-natais para que
patologias como essas possam ser diagnosticadas precocemente e
melhor manejadas
SÍNDROME DE MIRIZZI E
MARCADOR TUMORAL ELEVADO:
UM RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Victor Cardoso Rocha / HUB ( Hospital Universitário
de Brasília); Luciano Delgado Olival / HUB; Andrea Pedrosa
Ribeiro Alves / HUB; Júlio Marinho dos Santos Neto / HUB;
Raphael Bastianon / HUB; Júlia Borges Ramos / HUB; Thales
Maia Teixeira / HUB; Xia Yuan / HUB.
Resumo
embrionário antes da terceira semana de gestação, podendo levar a
múltiplas formas de fusão, inclusive com compartilhamento de órgão
internos e outras malformações congênitas, como do trato gastrointestinal e cardíacas. Tem uma incidência estimada em 1-30.000 a
1-100.000 nascimentos 1,2,3. Objetivos: Descrever um caso raro
de separação de gêmeos onfalópagos. Metodologia: Relato de
gêmeos onfalópagos submetidos a separação cirúrgica e revisão da
literatura (MEDLINE e LILACS). Resultados: RN de R.S.B, gêmeos
onfalópagos, nascidos em 12/05/2014, pesando 4,912kg, Apgar 8/9
e com idade gestacional de 40 semanas e 4 dias. Mãe não realizou
pré-natal, portanto não tinha nenhum resultado de sorologias no ato
da internação. Durante o período de internação hospitalar, foram solicitadas as sorologias e constatou-se que a mesma apresentava sífilis
e que os gêmeos nasceram com sífilis, sendo então instituído tratamento imediato. Foi realizada tomografia de abdome com contraste,
Os marcadores tumorais têm sido utilizados crescentemente na
avaliação prognostica e sustentação diagnostica de alguns tumores.
Dentre eles, o CA 19.9 é um marcador frequentemente observado no câncer de pâncreas, valores acima de 1000U/mL em geral
se associam a tumores irressecáveis. Altos títulos podem ser observados não apenas em patologias malignas, como também em
patologias benignas, como as de vias biliares1. Relato de caso de
Síndrome de Mirizzi (SM) associada a valores muito elevados de
CA 19.9. As informações foram colhidas junto a prontuário arquivado do Hospital Universitário de Brasília (HUB). JJA, masculino, 56
anos, motorista, natural de João Pessoa-PB. Admitido, em maio de
2014, com quadro de cólica biliar há 14 dias e síndrome colestática há 05 dias da internação. Relatava náuseas e vômitos associados à alimentação. Sem perda ponderal no período. Exame físico:
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Ictérico 4+/4+ e com dor leve a palpação em hipocôndrio direito.
teratura. Casuística e Método: Analisamos retrospectivamente
Exames laboratoriais: bilirrubina total de 40,64 (indireta de 21,12 e
dados colhidos em nossos arquivos no período de janeiro de 2005
direta de 19,52); fosfatase alcalina: 202; TGO:43; TGP:68; GGT:228;
a dezembro de 2012 com todos os pacientes portadores de DHP
CA19.9: 2539 (2149 e 1691, posteriormente); CEA 1,63. Exames
tratados cirurgicamente no grupo de cirurgia de fígado e hiperten-
de imagens: USG abdome (17/05/2014): colelitíase e dilatação de
são portal do Departamento de Cirurgia da Irmandade da Santa
vias biliares, Tomografia de Abdome (20/05/2014): dilatação de vias
Casa de Misericórdia de São Paulo. Foram excluídos os pacientes
biliares e ausência de tumorações em pâncreas ou linfonodomega-
assintomáticos e que não foram submetidos a nenhum procedimen-
lias; Colangiorressonância (22/05/2014): dilatação do ducto cístico
to. Analisamos algumas características destes doentes: sexo, idade,
e colédoco por cálculo localizado naquele com compressão deste
sintomas, procedimento realizado, mortalidade, causa do óbito. Além
(Mirizzi), Ecoendoscopia: colelitíase, dilatação de vias biliares extra-
disso, a fim de avaliar os dados disponíveis na literatura foi realizada
-hepáticas, dilatação intra-papilar do Wirsung e litíase no ducto cís-
a revisão de publicações nas bases de dados do PubMed/Medline.
tico. Submetido à colecistectomia laparotômica com realização de
Resultados: Todos os pacientes eram do sexo feminino, a média
colecistectomia com papilotomia e papiloplastia transduodenal e
de idade era 52,12 anos no momento do tratamento, variando de
exploração de vias biliares. Anatomopatológico evidenciou colecis-
37 a 77 anos, todos os pacientes eram sintomáticos, sendo que os
tite crônica agudizada sem evidências de neoplasia (29/05/2014).
sintomas mais comuns foram dor abdominal (n=5) e infecção (n=2).
Paciente teve melhora clínica gradual e acompanhamento no pós-
Foram realizados seis procedimentos: 2 destelhamentos por via aber-
-operátorio com TC de controle sem evidências de neoplasia e com
ta ou por 1 via laparoscópica, 2 hepatectomias com destelhamento e
exames semanais laboratoriais com bilirrubina evidenciando queda
1 punção. Dois pacientes (40%) morreram no pós-operatório. Estes
gradativa até normalização. Diante do quadro, as hipóteses iniciais
dois doentes evoluíram no pós-operatório com pneumonia, sendo
foram de coledocolitíase, tumor periampular ou SM. Os altos títulos
que um evoluiu com insuficiência hepática grave e choque séptico.
de CA19.9 além da clínica encontrada tornaram tumores periampu-
Os três pacientes que sobreviveram continuam assintomáticos com
lares diagnósticos mais prováveis. Demonstrado no caso relatado
seguimento médio de dois anos. Conclusão: Nossa morbidade e
evidência de quanto o CA 19.9 pode estar associado a patologias
mortalidade foram mais elevadas do que a literatura, provavelmen-
benignas2,3,4, mesmo em valores muito elevados, como acontece
te por recebermos pacientes já tratados em outros serviços (n=2),
em doenças das vias biliares em geral.
e estes foram encaminhados ao nosso serviço devido a piora dos
sintomas e/ou descompensação; portanto concluímos que todo paciente com doença hepática policística, mesmo que assintomático,
TRATAMENTO CIRÚRGICO DA
DOENÇA HEPÁTICA POLICÍSTICA:
SÉRIE DE CASOS E REVISÃO DA
LITERATURA
deve ser encaminhado para um serviço com experiência em cirurgia
hepática, para avaliação precoce e acompanhamento, e indicação de
tratamento no momento adequado e não apenas no insucesso do
tratamento ou na descompensação.
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Juliano Grubert de Arruda / Iscmsp; Luiz Arnaldo
Szutan / Iscmsp; Pedro Cartapatti Da Silva / Iscmsp; Mauricio
Alves Ribeiro / Iscmsp; Fabio Gonçalves Ferreira / Iscmsp.
Resumo
Introdução: A doença hepática policística (DHP), que é definida
arbitrariamente quando mais de 20 cistos estão presentes, é uma
condição pouco freqüente e fazendo parte do fenótipo de duas doenças hereditárias. A doença renal policística autossômica dominante
(DRPAD), e a doença hepática policística autossômica dominante
(DHPAD). Objetivo: Relatar os resultados do tratamento cirúrgico
da doença hepática policística e comparar com os resultados da li-
TRATAMENTO CONSERVADOR
EM TRAUMA PENETRANTE POR
ARMA DE FOGO EM TRANSIÇÃO
TORACOABDOMINAL DIREITA:
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Anderson Bedendo Rodrigues da Silva / Rede
Metropolitana de Assistência à Saúde; Mônica Oiivo Rosa
Nogueira / Rede Metropolitana de Assistência à Saúde;
Carlos Eduardo Ferreira / Rede Metropolitana de Assistência
à saúde; Marcio Roberto Viquiato / Rede Metropolitana de
Assistência à Saúde; Lourival Augusto Cestari Junior / Rede
Metropolitana de Assistência à Saúde; Adorisio Bonadiman
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
131
A nais
/ Rede Metropolitana de Assistência à Saúde; Andre Luiz
Medeiros / Rede Metropolitana de Assistência à Saúde;
Leonardo Odebrecht / Rede Metropolitana de Assistência
à Saúde.
Resumo
O tratamento ao paciente politraumatizado vem passando por
mudanças nas ultimas duas décadas com intuito de evitar lesões
iatrogênicas desnecessárias. O trauma hepático é o segundo
mais acometido no trauma abdominal fechado, atrás somente
do trauma esplênico, mas o que mais resulta em morte. No caso
de lesão penetrante na transição tóraco abdominal direita é o
órgão mais acometido. Hoje após advento de novas tecnologias
no âmbito radiológico e intervencionista, o tratamento para lesão
traumática de órgãos sólidos vem passando por mudanças, sendo
optado primeiramente pela conduta conservadora. Este relato tem
132
por objetivo apresentar um caso de uma paciente jovem, vitima de
ferimento por arma de fogo, internada no serviço de Cirurgia Geral
e do Aparelho Digestivo do Hospital Metropolitano de Sarandi - PR,
apresentando orifício de entrada em transição tóraco abdominal
direita, com imagem tomográfica de lesão hepática grau IV, sendo
optado por tratamento conservador com desfecho favorável.
TRATAMENTO PALIATIVO DE
OBSTRUÇÃO MALIGNA DO HILO
HEPÁTICO PELA TÉCNICA DE HEPPCOUINAUD
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Pablo Baptista Oliveira / Centro Hospitalar Jean
Bitar; Francisco de Assis Alencar / Centro Hospitalar Jean
Bitar; Allan Herbert Feliz Fonseca / Centro Hospitalar Jean
Bitar; Hamilton Cézar Rocha Garcia / Centro Hospitalar Jean
Bitar; Denise Cristina dos Santos / Centro Hospitalar Jean
Bitar; José Gabriel Miranda da Paixão / Centro Hospitalar
Jean Bitar; Carlos José Cardoso Dourado / Centro Hospitalar
Jean Bitar; Carolina Costa Beckman Nery Oti / Centro
Hospitalar Jean Bitar.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
hilo hepático em casos de câncer hilar irressecável e o elevado
risco cirúrgico dos pacientes com icterícia obstrutiva propiciaram
o desenvolvimento de métodos não cirúrgicos, como a drenagem
biliar externa, e a colocação de próteses, por via percutânea ou
endoscópica, muitas vezes tendo insucesso. Objetivos: Descrever
um caso com resolução cirúrgica pela técnica de Hepp-Couinaud
de um paciente com neoplasia maligna avançada de via biliar.
Metodologia: trabalho tipo relato de caso e revisão da literatura
(MEDLINE e LILACS). Resultados: RBD, 63 anos, internou com
quadro de icterícia obstrutivo por tumor em via biliar, visualizado
pela tomografia com contraste, a qual sugeriu ser um tumor de
Klastkin. Foi ainda realizado com colangiorressonância, a qual não
conseguiu determinar se a origem do tumor era da via biliar ou se
era da vesícula biliar. Apresentava icterícia 4+/4+, prurido intenso
e nos exames laboratoriais apresentava bilirrubina total de 23,4 g/
dl, sendo 19,1 mg/dl, além de hipoalbuminemia (1.8mg/dl). Decidiuse então por abordar cirurgicamente o paciente e como achados
intraoperatórios, o paciente apresentava um tumor de vesícula
biliar, com invasão de todo hilo hepático. Diante da situação, foise decidido por fazer uma derivação biliodigestiva pela técnica de
Hepp-Couinaud, sendo então usado para a anastomose o fio PDS
4.0. O paciente teve uma boa evolução pós-operatória, evoluindo
apenas com infecção de ferida cirúrgica, sendo resolvida com uso de
antibióticos. por conta do estágio avançado do câncer de vesícula,
o paciente foi encaminhado para o centro de cuidados paliativos.
Conclusão: Neoplasias malignas avançadas que envolvem a via
biliar necessitam de individualização dos casos para que se possa
decidir se o paciente será submetido a procedimento cirúrgico ou
não cirúrgico, dando o máximo conforto para o paciente.
TRATAMENTO
VIDEOLAPAROSCÓPICO DE CISTO
HEPÁTICO GIGANTE
Temário: Cirurgia / Fígado
Resumo
Autores: Gilton Marques Fonseca / FMUSP; Raphael
Leonardo Cunha de Araújo / FMUSP; Vagner Birk Jeismann
/ FMUSP; Fabrício Ferreira Coelho / FMUSP; Aline Marcilio
Alves / FMUSP; Jaime Arthur Pirola Kruger / FMUSP; Fabio
Ferrari Makdissi / FMUSP; Paulo Herman / FMUSP.
Introdução: Há décadas, admite-se que a sobrevida dos pacientes
Resumo
com neoplasias malignas da via biliar principal, submetidos apenas
a tratamento paliativo, geralmente é prolongada. A mortalidade
na maioria dos casos é decorrente de infecção biliar, sepse e
insuficiência hepática. As dificuldades de abordagem cirúrgica do
Introdução: Os cistos simples hepáticos são achados frequentes em exames de imagem. A grande maioria dos pacientes são assintomáticos. A cirurgia encontra-se indicada quan-
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
do há duvida quanto a natureza da lesão cística ou nos raros
casos de cistos simples sintomáticos. Objetivo: Relatar o caso
de paciente portador de volumoso cisto hepático simples submetido ao “destelhamento“ videolaparoscópico da lesão. Método: O procedimento foi realizado através de 4 portais após
punção inicial para esvaziar o cisto parcialmente. A liberação
de aderências, bem como a ressecção da porção livre do cisto foi realizada com o bisturi harmônico. Conclusão: Os cistos
hepáticos simples raramente apresentam indicação cirúrgica. O
procedimento de escolha para os casos sintomáticos, mesmo
que bastante volumosos, é o “destelhamento”do cisto através
cularização segmentar, sem necessidade de transfusão, teve
boa evolução, com alta no sexto dia pós-operatório. A imunohistoquímica demonstrou marcadores para tumor carcinóide.
Não houve tratamento adjuvante. Continua em seguimento há
10 anos, com ausência de recidiva. O diagnóstico do tumor
carcinóide primário é baseado principalmente na histopatologia com a confirmação de origem neuroendócrina e a exclusão de tumor hepático secundário. são necessários exames
de imagem no pré-operatório para avaliação e estadiamento,
porém, o mais importante é a cirurgia e o seguimento rigoroso.
A ressecção cirúrgica é recomendada, sempre que possível.
da videolaparoscopia.
TUMOR CARCINOIDE GIGANTE
PRIMÁRIO DO FÍGADO:
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Carlos Augusto de Oliveira Cavalcanti / UNCISAL/
Hospital Unimed Maceió; Thayse da Rocha Ferro Cavalcanti
/ Hospital Unimed Maceió; Paula Cabral de Mendonça
Cavalcanti / Universidade Anhembi Morumbi; Maria Claudia
Freire Bezerra / UNCISAL; Geyse Maria Lima da Piedade
/ UNCISAL; Lívia Lays Januário Nascimento / UNCISAL;
Narelle Maria Cavalcanti Couto / UNCISAL; Reginaldo Melo
Filho / UNCISAL.
Resumo
O tumor carcinóide hepático (TCHP) foi descrito inicialmente
no século XX podendo ser único ou de múltiplos nódulos, que
o torna de difícil diferenciação em relação às metástases. O
tumor carcinóide primário do fígado é pouco frequente e com
crescimento gigante torna-se extremamente raro, com poucos
casos descritos na literatura. Justifica-se, assim, a importância
do presente relato de caso. Paciente de 78 anos, sexo feminino,
apresentou-se ao serviço de gastroenterologia com queixa de
desconforto epigástrico e perda ponderal há cinco meses. Ao
exame físico, apresentava abaulamento na região do epigástrio
e mesogástrio de consistência endurecida, semimóvel e dolorida. A tomografia computadorizada com contraste demonstrou
grande tumoração medindo 22cm x 14cm no segmento III do
fígado, com realce moderado e irregular na fase arterial e crescimento exofídico atingindo o hipogástrio. Considerando-se
um tumor T2N0M0, bom estado geral da paciente, foi indicada
hepatectomia regrada. Realizada a hepatectomia com desvas-
TUMOR DE KLATSKIN –
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Victor Soares Peixoto / HOL; Joyce Carmen Abreu
Da Silva / UFPA; Raíssa Pereira de Tommaso / HOL; Alysson
Rodrigues / HOL; Alessandro França de Souza / HOL; Patrícia
Isabel Bahia Mendes Freire / HOL; Marcelo Bandeira Coelho
Dias / HOL; Hamilton Cezar Rocha Garcia / HOL.
Resumo
Introdução: Colangiocarcinomas são formas incomuns de
neoplasia gastrointestinal, cuja incidência varia de 0,01% a
0,8%. Os tumores de Klatskin são colangiocarcinomas hilares
originados na bifurcação do ducto hepático principal.Objetivos: Relatar um caso de tumor de Klatskin submetido à
hepatectomia direita e ressecção de via biliar extra hepática.
Casuística: 1 paciente (relato de caso). Método: Relato de
caso baseado em dados de prontuário, entrevista e acompanhamento do quadro clínico da paciente. Resultados: Mulher de 56 anos procurou assistência médica com quadro ictérico intenso e colangiorressonância magnética confirmou o
diagnóstico de tumor de Klatskin. Foi submetida à laparotomia
exploradora verificou-se massa tumoral acometendo o ducto
hepático comum, ducto hepático direito e um segmento do
ducto hepático esquerdo. Foi realizado Hepatectomia direita e
ressecção da via biliar extra hepatica e anastomose biliodigestiva intra-hepática. Apesar do tratamento instituido, a paciente
evoluiu a óbito em decorrência de complicações infecciosas
pós cirurgia. Conclusão: O tumor de Klatskin é uma entidade
rara e de tratamento difícil com alta morbimortalidade, tornando importante o seu reconhecimento para o adequado manejo
desses pacientes.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
133
A nais
DOENÇA POLICÍSTICA HEPÁTICA TRATAMENTO LAPAROSCÓPICO
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Fábio Kenedy Almeida Trigueiro / Hcg - Hospital
Campina Grande.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
RESSECÇÃO DE
ADENOMA HEPÁTICO POR
VIDEOLAPAROSCOPIA COM USO
DE HABIB
Temário: Cirurgia / Fígado
Resumo
Autores: Everton Neubauer Faria / UFSM; Glauco da Costa
Alvarez / UFSM; Mateus Diesel Miranda / UFSM.
Introdução: A doença policística hepatorrenal é autossômica
Resumo
dominante, a frequência precisa dos cistos hepáticos não é
134
conhecida, porque a maioria não apresenta sintomas, estima-se
Paciente sexo feminino, 35 anos, com achado incidental de
em cerda de 5% da população e caracteriza-se pela presença
adenoma hepático com 17cm no segmento 4b e nódulo de
de múltiplos cistos dispersos difusamente no parênquima
3cm no segmento 5. Após interromper anticoncepcionais
hepático e renal, geralmente assintomáticos, quando ocorre é
orais, houve remissão da lesão após 1 ano para 7 cm.
mais frequente entre a 4ª. e 6ª. décadas. O quadro clínico é
O acompanhamento por mais 1 ano não mostrou nova
com dor no quadrante superior direito e andar superior com
remissão da lesão, com ela permanecendo em 7cm, com
hepatomegalia, aumento de volume do abdômen e dispnéia.
indicação cirúrgica. Este vídeo tem finalidade em demonstrar
Os exames mais importantes para o diagnóstico são a
detalhes técnicos e anatômicos da ressecção hepática
ultrassonografia, CT abdominal e Ressonância Magnética; as
videolaparoscópica utilizando o dispositivo de ressecção por
provas de função hepática podem estar normais. O tratamento
radiofrequência Habib 4x.
através de punção aspirativa guiada pode ser feito nos cistos
simples, ocorrendo muita recidiva. A cirurgia tanto pode
ser convencional como laparoscópica sendo indicada para
melhorar a dor, a hepatomegalia e a dispnéia. As técnicas
utilizadas são a excisão do cisto parcial ou total, o destelhamento
hepático(unroofing), segmentectomias, lobectomias ou até o
transplante hepático. Objetivos: Relatar o tratamento cirúrgico
por vídeolaparoscopia através da técnica do destelhamento
hepático. Relatamos por vídeo o caso de uma paciente de 36
anos de idade, sexo feminino que queixava-se de dor abdominal
RESSECÇÃO VIDEOLAPAROSCÓPICA
DO HEMANGIOMA CAVERNOSO
GIGANTE
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Everton Neubauer Faria / UFSM; Mateus Diesel
Miranda / UFSM; Glauco da Costa Alvarez / UFSM.
Resumo
no QSD, aumento de volume abdominal, cansaço. Ao exame
Paciente do sexo feminino, 38 anos, apresentou dor epigástrica,
físico notava-se o fígado com 10 cm abaixo do rebordo costal
plenitude pós prandial e sintomas compressivos gástricos. Na
direito, logo acima da cicatriz umbilical, superfície lobulada.
investigação foi evidenciado hemangioma hepático cavernoso
Submetida à US abdominal e CT abdominal constatamos
gigante com 18 cm localizado no segmento 3. Este vídeo tem
múltiplos cistos em todo o parênquima hepático e renal. Na
como objetivo demonstrar detalhes técnicos e anatômicos da
Endoscopia Digestiva Alta notava-se compressão extrínseca na
ressecção hepática videolaparoscópica utilizando o dispositivo de
parede gástrica anterior, as provas de função hepática estavam
ressecção hepática por radiofrequência Habib 4x.
normais. Foi indicado a cirurgia por vídeo-laparoscopia,
sendo confirmado o diagnóstico, realizamos o procedimento
destelhamento hepático que se fundamenta na remoção da
parede do cisto, fenestração e aspiração. Conclusão: O
destelhamento hepático por vídeo-laparoscopia proporciona
alivio dos sintomas com diminuição do volume hepático e
menor trauma cirúrgico, menor morbidade e mortalidade, além
de menor tempo de permanência hospitalar.
TRATAMENTO DE CHC
PERIFÉRICOS COM RADIOABLAÇÃO
VÍDEO ASSISTIDA
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores: Mateus Diesel Miranda / UFSM; Glauco da Costa
Alvarez / UFSM; Everton Neubauer Faria / UFSM; Pedro
Augusto Manica / UFSM.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Resumo
Resumo
Este vídeo tem como objetivo demonstrar o tratamento de
Introdução: A tuberculose ainda é uma doença prevalente no
Brasil, casos de tuberculose intestinal complicada tem índice de
mortalidade elevada. Objetivo: Relatar e debater sobre um caso de
tuberculose intestinal complicada. Casuística: Emergência Relato
do Caso: A.M. 27, masculino, brasileiro, branco. QP: Falta de ar HDA:
Paciente deu entrada na emergência do hospital com quadro de
falta de ar e dor abdominal. Refere quadro prévio de tuberculose
pulmonar, frequentes ida a emergência por dor abdominal. Referindo
também diarreia e febre vespertina. HPP: Tuberculose pulmonar.
HFA: Ndn Ao exame: Acordado, orientado, anictérico, estável
hemodinamicamente. AR e AC: s/alt. Abdome: distendido, doloroso
a palpação difusamente, RHA presente MMII: s/alt. Exames
laboratoriais: Hb: 10,7;Ht: 31%; Leucócitos:22000;Metamielócitos:
1% Bastões: 15%, demais sem alterações. Optou-se por laparotomia
exploradora devido quadro de abdome agudo. Cirurgia: Realizada
incisão mediana supraumbilical, visualizado todo intestino delgado
tomado por lesões e duas áreas de perfuração, apêndice encontravase inflamado, diversos linfonodos edemaciados. Realizado rafia das
lesões em delgado, apendicectomia e biópsia linfonodal. No póscirúrgico paciente foi encaminhado para a UTI, evoluiu com piora do
quadro clínico, instabilidade hemodinamicamente e foi a óbito no 1
P.O. Conclusão: A tuberculose é uma doença prevalente no país
e por isso devemos estar preparado para lidar com as suas formas
mais graves. O quadro de tuberculose intestinal complicada é muito
grave e dificílimo manejo.
carcinoma hepatocelulares periféricos por radioablação com
a assistência de videolaparoscopia para o melhor manejo
cirúrgico.
SÍNDROME DE BOUVERET:
DESCRIÇÃO DE UMA APRESENTAÇÃO
ATÍPICA E REVISÃO DE LITERATURA
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Yuri Longatto Boteon / UNICAMP; Gustavo Lima do
Valle Astur / UNICAMP; Amanda Pinter Carvalheiro da Silva
/ UNICAMP; Ricardo Roseto Machado / UNICAMP; Murillo
Pimentel Utrini / UNICAMP; Everton Cazzo / UNICAMP;
Martinho Antonio Gestic / UNICAMP; Elinton Adami Chaim
/ UNICAMP.
Resumo
Introdução: O duodeno biliar (Sindrome de Bouveret) tratase de uma rara complicação da colecistolitiase com formação
de uma fistula biliodigestiva e impactação de um calculo biliar
no duodeno. Caso clínico: Apresentamos um paciente
feminina de 57 anos admitida na unidade de emergência com
êmese de cálculos biliares sendo diagnosticada pela tomografia
computadorizada fistula colecistoduodenal e cálculo obstrutivo
na terceira porção do duodeno sendo submetida a tratamento
cirúrgico com enterotomia e extração do cálculo. Conclusão:
Descrevemos uma apresentação atípica da Síndrome de
Bouveret, tratamento adotado em nosso serviço e trazemos
a discussão as diferentes condutas adotadas na literatura
evidenciando a simples enterotomia como mais segura e
sem relatos evidentes de aumento da taxa de doença biliar
recorrente.
TUBERCULOSE INTESTINAL
COMPLICADA - RELATO DE CASO E
REVISÃO DA LITERATURA.
VOLVO ESPONTÂNEO DE JEJUNO
CAUSANDO OBSTRUÇÃO INTESTINAL
ALTA E ISQUEMIA MESENTÉRICA –
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Clementino Zeni Neto / UFPR; João Otávio
Varaschin Zeni / Faculdade Evangélica do Paraná; Eduardo
Lopes Martins / UFPR; Carina Carvalho de Pádua / PUCPR;
Maija Fabiana Ramos / UFC; Luciana Clivatti / PUCPR; Edimar
Leandro Toderke / UFPR.
Resumo
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Claudio Luiz Lourenço de Souza Junior / UNOESC;
Roberto Zilio / UNOESC; Rafael Rodrigues Rothbarth /
UNOESC; Flavia Silva Souza / Universidade Estacio de SáRJ; Vicente Sposito / UNOESC; Felipe Wurzel / UNOESC;
Rita de Cassia Palma Lima / UNOESC.
Introdução: O volvo jejuno ileal caracteriza-se por uma torção do
intestino delgado sobre o próprio eixo podendo ocasionar obstrução
intestinal, gradual isquemia e eventual necrose. Objetivo: Discutir
importância do diagnóstico diferencial de um Volvo de intestino
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
135
A nais
delgado em adultos. Delineamento: Estudo de caso. Relato de
caso: KC, 32 anos, deu entrada no serviço de emergência do
Hospital e Maternidade são José apresentando dor abdominal
em hipocôndrio direito, vômitos, inapetência, ausência de febre ou
alteração do hábito intestinal. Início da dor há aproximadamente
6 horas antes do internamento. Foi realizada uma tomografia
computadorizada de abdômen que evidenciou alterações sugestivas
de volvo ou hérnia interna de intestino delgado. Foi optado por
tratamento cirúrgico devido a piora da dor abdominal. Naquele
momento a paciente apresentava dor abdominal intensa, porém
136
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Santos / Hospital Ophir Loyola; Luiz Otávio Lopes Macedo /
Hospital Ophir Loyola; Victor Soares Peixoto / Hospital Ophir
Loyola; Luiz Carlos Da Silva Duarte Júnior / Hospital Ophir
Loyola.
Resumo
Introdução: A intussuscepção representa a invaginação de
um segmento intestinal sobre outro que, apesar de relativamente comum entre as crianças, raramente acomete os adultos. Constitui importante causa de obstrução intestinal em
sem evidência de peritonite. Durante o procedimento cirúrgico foi
crianças. Apenas 5% de todas as intussuscepções ocorrem
evidenciado volvo de jejuno e isquemia segmentar sem sinais de
nos adultos, o que corresponde a 1% de todas as obstruções
necrose, tendo sido realizado a distorção do volvo sem necessidade
intestinais. A ocorrência dessa entidade em adultos, ao con-
de ressecção intestinal. Discussão: O volvo jejunal isolado
trário das crianças, está fortemente relacionada a uma doença
caracteriza-se como uma anomalia incomum em adultos. Diante de
subjacente. A causa usualmente é uma lesão polipóide pe-
uma torção de alça em torno do próprio eixo, o volvo está estabelecido
diculada, em geral um lipoma. Pode também decorrer de tu-
e a apresentação clínica do paciente pode envolver sintomas
mores malignos, aderências, linfoma, metástases, divertículo
crônicos, ou mal interpretados de difícil diagnóstico, quando não
de Meckel, entre outras. Cerca de 10% a 20% dos casos são
houver comprometimento circulatório do mesentério. Neste último
idiopáticos. Objetivo: Apresentar um caso de intussuscep-
caso caracteriza-se um quadro de isquemia mesentérica aguda.
ção intestinal idiopática em idoso, evidenciando dados epi-
Na fase aguda, o exame de imagem que deve ser utilizado para o
demiológicos, clínicos e terapêuticos da doença. Casuística:
diagnóstico precoce é a tomografia computadorizada, que orienta
Estudo de 1 caso de obstrução intestinal em idoso. Método:
anatomicamente, possibilita uma avaliação pré-operatória e mostra
Foi realizado um estudo do tipo relato de caso, com dados
sinais de torção mesentérica. Uma vez do diagnóstico estabelecido,
obtidos através de revisão de prontuários e entrevista direta
a opção cirúrgica é mandatória e deve ser feita o quanto antes
com o paciente. Foram utilizados resultados de exames labo-
para evitar maiores graus de isquemia e necrose, além de diminuir
ratoriais e de imagem. Resultados: Paciente do sexo femini-
as chances de morbidade e mortalidade. A técnica cirúrgica mais
no, 70 anos de idade, com quadro de dor abdominal há uma
adequada para o tratamento do volvo pode simplesmente ser uma
semana com surgimento em 48 horas de distensão abdomi-
distorção com avaliação da viabilidade das alças isquêmicas ou, na
nal e parada de eliminação de fezes e flatos. Ao exame físico
existência de segmento com necrose a ressecção deve ser realizada,
apresentava distensão abdominal e dor à palpação profunda
ou ainda, se não houver necrose, distorção do volvo e técnicas
em mesogastro. TC do abdome distensão difusa de alças do
de fixação do mesentério. Conclusão: O diagnóstico precoce
intestino delgado. Submetida à laparotomia exploradora que
diferencial e o tratamento adequado de imediato, são ferramentas
confirmou a presença da intussuscepção ileal há 40 cm da vál-
essências para evitar lesões intestinais extensas e tratar um volvo de
vula ileocecal, sem sinais de sofrimento vascular. Realizou-se
intestino delgado.
enterectomia segmentar e reconstrução imediata do trânsito
intestinal por meio de anastomose término-terminal. Aberta a
ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO POR
INTUSSUSCEPÇÃO IDIOPÁTICA EM
IDOSO - RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir
Loyola; Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophir Loyola;
Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; Fabio
Costa Negrão / Hospital Ophir Loyola; Denise Cristina Dos
peça no transoperatório, onde não foi encontrada qualquer
lesão. Conclusão: A intussuscepção em adultos é uma
possível causa, apesar de rara, de abdome agudo obstrutivo,
estando na maioria da vezes associada a uma lesão subjacente no intestino. Assim, pode-se observar a raridade do caso,
onde além de ocorrer em uma faixa etária incomum, também
não foi encontrado qualquer patologia de base mecânica que
favorecesse o seu surgimento.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
ABSCESSO HEPÁTICO COMO
MANIFESTAÇÃO DE DIVERTÍCULO DE
MECKEL: RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Victor Cardoso Rocha / HUB; Andrea Pedrosa
Ribeiro Alves / HUB (Hospital Universitario de Brasilia);
Mateus Medeiros dos Santos / HUB; Luciano Delgado Olival
/ HUB; Julio Marinho Neto / HUB; Tatiany Lopes Lessa /
HUB; Thales Maia Teixeira / HUB; Pedro Rafael Neto / HIUB.
Resumo
Divertículo de Meckel é a mais comum anomalia congênita do
trato gastrointestinal. Há várias complicações relatadas como
sangramento, diverticulite, perfuração, obstrução intestinal, fístulas e
tumores. Existem poucos relatos da associação entre divertículo de
Meckel e abscesso hepático. Apresenta-se um relato de caso no
Brasil de abscesso hepático como complicação de diverticulite aguda
em divertículo de Meckel. Homem de 34 anos, sem antecedentes
mórbidos de relevância, foi admitido no serviço de Cirurgia Geral do
Hospital Universitário de Brasília com quadro de febre recorrente
há 6 meses. Sendo que nos últimos 02 meses tornou-se diária,
associada a dor em hipocôndrio direito com irradiação para d orso,
único. Apresentou boa evolução, com melhora clínica e radiológica,
recebendo alta no 4º dia de pós-operatório. Divertículo de Meckel
só se torna sintomático devido a complicações em menos de 3%
dos casos. Demonstrando assim o quão raro é a complicação de
abscesso hepático piogênico por diverticulite de Meckel perfurado
como no caso relatado.
APENDICITE AGUDA POR
ENTEROBIUS VERMICULARIS RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Walmar Kerche de Oliveira / Faculdade de Medicina
de Botucatu - UNESP; Maria Aparecida Coelho de Arruda
Henry / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP;
Mauro Masson Lerco / Faculdade de Medicina de Botucatu
- UNESP; Luis Antonio Craveiro / Faculdade de Medicina de
Botucatu - UNESP; Luiz Henrique Cury Saad / Faculdade
de Medicina de Botucatu - UNESP; Fernando Pimazoni /
Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Marcela
Maria Silvino Craveiro / Faculdade de Medicina de Botucatu
– UNESP.
Resumo
sem relação com ingesta alimentar ou sinais e sintomas colestáticos.
Ao exame físico apresentava-se hipocorado, anictérico, taquicárdico,
Introdução: A apendicite aguda é a patologia cirúrgica mais
taquipneico, com abdome doloroso a palpação em hipocôndrio
frequente nos serviços de urgência e emergência enquanto as
direito, sem tumorações ou sinais de peritonite. Exames laboratoriais
enteroparasitoses seguem geralmente um curso benigno com
– Leucocitose: 14.700, sem desvio a esquerda; VHS: 94; Fosfatase
tratamento clínico. A apendicite aguda ocorre geralmente por
Alcalina: 250; TGO: 22; TGP: 55; Sorologias para HIV, Hepatites
obstrução da luz do apêndice por fezes e às vezes por corpo
A, B e C: Não reagentes. Realizado TC de abdome com contraste
estranho ou tumores. Em alguns casos uma enteroparasitose pode
revelando duas imagens sugestivas de abscesso hepático, uma
ser a causa da apendicite aguda e consequente abdome agudo
de 10x7cm em segmento VII e outra de 2,5x1,5cm em segmento
inflamatório. Objetivo: O objetivo deste trabalho é relatar um caso
IV, procedendo-se com drenagem guiada por TC da coleção maior,
de abdome agudo inflamatório por apendicite aguda, provocada por
com características piogênicas. Após o procedimento, apresentou
presença de enterobius vermiculares na luz do apêndice. Relato do
desconforto respiratório sendo constatado derrame pleural à direita,
caso: Paciente adulto, 26 anos, sexo feminino, procurou o serviço
realizando-se toracostomia. Apesar da antibioticoterapia e da
de pronto socorro com queixa de dor abdominal há dois dias com
redução dos abscessos hepáticos e do derrame pleural constatado
piora importante há um dia. Após avaliação clínica e exame de
por exames radiológicos de controle, permanecia com febre diária e
ultrassonografia, chegou-se a hipótese diagnóstica de abdome agudo
dor local. No 19º dia de internação hospitalar apresentou quadro de
inflamatório por apendicite aguda. A paciente foi submetida à cirurgia
distensão abdominal, descompressão brusca dolorosa em fossa ilíaca
laparoscópica onde foi confirmado o diagnóstico de apendicite
direita, náuseas e vômitos. Submeteu-se a laparotomia exploradora
aguda. Durante a realização da apendicectomia, ao seccionar a base
com achados no intraoperatório de três coleções purulentas em
do apêndice observamos a presença parasitas na luz do apêndice.
abdome inferior com bloqueio local em fossa ilíaca direita e presença
O mesmo foi removido conforme padronização técnica do serviço e
de divertículo de Meckel perfurado a cerca de 70cm da válvula
encaminhado para exame de anátomo patológico. A paciente evolui
ileocecal. Optou-se por diverticulectomia com fechamento em plano
muito bem, recebendo alta hospitalar no dia seguinte à cirurgia. O
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
137
A nais
exame de anatomopatológico confirmou apendicite aguda ulcerosa
com presença de enterobius vermiculares na luz. Conclusão:
Conclui-se que a apendicite aguda pode ter diversas causas inclusive
a parasitose intestinal, porém o tratamento cirúrgico independente da
causa, ainda é o considerado a conduta ideal, podendo ser realizado
por videolaparoscopia, com excelente evolução para os pacientes, se
realizado precocemente e por equipe habilitada.
APENDICITE RETROPERITONEAL E
SUAS COMPLICAÇÕES
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Daniel Ribeiro Rios / HRSS; Silas Evaldo Monteiro /
HRSS; Ana Paula Lacerda / SSBS; Paulo de Tarso Vaz Oliveira /
HRSS; Ricardo Gomes Viegas / HRSS.
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
ASSOCIAÇÃO ENTRE
DOENÇA DE CROHN E
ANGIODISPLASIA: RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Sheilane Rodrigues da Silva / Hospital de Base
do Distrito Federal; Mariana Dias Zanchetta / Hospital de
Base do Distrito Federal; Beatriz de Souza Barros / Hospital
de Base do Distrito Federal; Dalton Domingues Cordeiro /
Hospital de Base do Distrito Federal; Waldete Cabral Moraes
/ Hospital de Base do Distrito Federal; Henrique Godoi
Ramos / Hospital de Base do Distrito Federal; Rogério do
Carmo Moreira / Hospital de Base do Distrito Federal; Vinicius
Teixeira Macedo / Hospital de Base do Distrito Federal.
Resumo
Paciente com 63 anos, sexo masculino, acompanhado pelo serviço
Resumo
138
da
de Gastroenterologia do Hospital de Base do Distrito Federal
Introdução: Apêndice cecal é uma estrutura vermiforme anexada ao ceco intestinal, possui fundo cego e o seu corpo pode
localizar-se em diferentes regiões anatômicas, justificando as distintas manifestações clínicas. A localização mais comum é retrocecal, com sintomatologia típica. Apenas 4% são retroperitoneais e o
quadro de dor lombar ou em flanco e/ou relato de alterações urinárias são as queixas mais descritas. A apendicite acomete cerca
8% da população, é comum em homens jovens e a principal causa
de abdome agudo não traumático. Objetivo: Este trabalho tem
como objetivo retratar as complicações da apendicite retroperitoneal, além de ressaltar a dificuldade e a importância de se realizar
um diagnóstico prévio rápido e preciso. Causuística: Trata-se de
um relato de caso, paciente JMC, 20 anos, sexo masculino inicialmente com quadro de dor em região epigástrica e flanco direito,
apresentou piora progressiva, comprometimento do estado geral,
(HBDF), relatava dor e distensão abdominal, empachamento pós
prandial há 4 meses da admissão, associado a hiporexia, astenia,
diarreia intermitente e perda ponderal de 22kg neste período.Exetilista há 5 anos , tabagista há 50 anos. Sorologias e marcadores
tumorais negativos, teste tuberculínico(PPD) não reator. Tomografia
de Abdome (TC) com contraste evidenciando distensão segmentar
de jejuno que terminava de forma abrupta na transição jejunoileal.
Encaminhado ao serviço de Cirurgia Geral do HBDF e submetido
à laparotomia exploradora com achado de área de estreitamento
e espessamento da parede em transição jejunoileal, presença de
linfonodomegalia em meso. Realizadaenterectomia segmentar com
anastomose látero-lateral. Anatomopatológico com caraterísticas
macro e microscópicas de Doença Crohn associada à Angiodisplasia
em intestino delgado. Tal associação é rara e pouco relatada na
literatura atual.
realizado cinco intervenções cirúrgicas e surgimento de complicações como abcesso em raiz da coxa direita, alastramento da
infecção, faceíte, acometimento de bolsa escrotal, pseudo aneurisma em artéria ilíaca interna esquerda. Método: Foi realizado
acompanhamento do paciente durante o período de internação,
após autorização do mesmo para estudo do caso. Resultados:
Foi evidenciado dificuldade e atraso no diagnóstico inicial, e má
evolução ao tratamento oferecido, com aparecimento de complicações graves. Conclusão: O diagnóstico tardio dificulta e retarda
a abordagem clínica e cirúrgica. Exames especializados como a
Tomografia Computadorizada auxiliam em um diagnóstico preciso
e tratamento imediato.
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS
CLÍNICAS E EPIDEMIOLÓGICAS DE
1.120 PACIENTES COM APENDICITE
AGUDA TRATADOS EM HOSPITAL
PÚBLICO DE REFERÊNCIA
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Clara Caroline Ribeiro Figueiredo / Facid; Welligton
Ribeiro Figueiredo / Facid; Carlos Renato Sales Bezerra
/ Facid; Rafael Felipe Martins de Oliveira Viana / Facid;
Alexandra porto Torres / Facid; Wilton Matos Da Paz Filho
/ Facid; Mayara Magry de Andrade Silva / Facid; Alisson
Duarte Martins / Facid.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Resumo
do tumor em questão. Resultados: Tumores de mesentério são
Introdução: A apendicite aguda é a principal causa de abdome
agudo cirúrgico na criança, no adolescente e no adulto. É
uma doença cujo tratamento é cirúrgico e imediato e possui
evolução satisfatória desde que prontamente diagnosticada e
tratada. Objetivo: Caracterizar o perfil do paciente submetido
ao tratamento cirúrgico da apendicite aguda em um hospital
público de referência no estado do Piauí, bem como determinar a
potencialmente letais e podem acontecer em proximidade de regiões nobres como a artérias de alto fluxo, algo que torna seu manejo
importante a ser estudado. Conclusão: A opção cirúrgica aberta
teve êxito em remover e tratar o tumor mesenterial. Descritores:
Tumor. Mesentério. Cirurgia. Aparelho Digestivo. Abstract: Gastrointestinal tumor have a special interest on studying for its each
time earlier detection and better treatment. They can affect different
areas on the gastrointestinal tract and in some extremely.
mortalidade e tempo de interna ção desses pacientes. Método:
Foi realizado um estudo retrospectivo no Hospital de Urgências
de Teresina, onde os dados foram coletados através de revisão
de 1120 prontuários de todos os pacientes submetidos à
apendicectomia, no período de 01 janeiro de 2010 a 31 de
dezembro de 2011. Foram analisadas as seguintes variáveis:
idade, gênero, procedência, taxa de mortalidade, de reoperações
e tempo de internação. Os dados foram coletados e inseridos em um
protocolo de pesquisa e submetidos a posterior análise estatística.
Resultados: Observou-se que a maioria dos pacientes eram do
sexo masculino (64%), adultos jovens (50%), provenientes do interior
do Piauí (55%), com tempo de internação médio de 3,4 dias, taxa de
mortalidade pós-cirurgia de 0,44% (5 óbitos), 1,16% (13 casos) de
reoperações. Conclusão: A apendicite aguda é uma doença mais
prevalente em homens adultos, a apendicectomia possui um curto
período de internação, baixa taxa de mortalidade e baixo índice de
DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRÁFICO
EM APENDICITE NA RESIDÊNCIA
MÉDICA DE CIRURGIA GERAL NO
VALE DO JEQUITINHONHA –
SÉRIE DE CASOS
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Gustavo Fernandes Vilarinho / Hospital Deraldo
Guimaraes; Lucianno Viana Ribeiro / Hospital Deraldo
Guimaraes; Guilherme Chaves de Abreu / Hospital Deraldo
Guimaraes; Pedro Araújo Bussad / Hospital Deraldo Guimaraes;
Flávio Monteiro Lopes / Hospital Deraldo Guimaraes; Rafael
Kalil Mangabeira / Hospital Deraldo Guimaraes; Jorge do Prado
Correia Neto / Hospital Deraldo Guimaraes; Rodolfo de Assis /
Hospital Deraldo Guimaraes.
Resumo
reoperações, quando comparado a outras cirurgias de urgência.
CISTOS DE MESENTÉRIO
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Luiz Locks Junior / Imperial Hospital de Caridade;
Lucas Benedetti / Unisul; João Carlos Ribas / Imperial
Hospital de Caridade.
Resumo
Tumores do trato gastrointestinal tem interesse especial de estudo
para sua detecção cada vez mais precoce e tratamento mais eficaz. Podem acometer variadas áreas do trato gastrointestinal e em
alguns casos extremamente raros, existem afecções tumorais do
mesentério. Objetivo: Relatar um caso de tumor mesenterial desde sua investigação precoce até seu tratamento objetivo com ideia
de guiar futuras prodepêuticas. Métodos: Trata-se de um relato
de caso. Foram reunidos dados de prontuários, exames radiológicos e anatomopatológicos para definir a resolução e surgimento
Introdução: A apendicite é uma das maiores indicações
de cirurgia abdominal e uma das causas mais comuns das
cirurgias de urgência em todo o mundo, perdendo apenas para
os traumatismos. A suspeita de apendicite aguda é um dos
dilemas mais comuns de diagnóstico encontrados na prática
clínica. Além disso, os sinais e sintomas clínicos que são, dor
em quadrante inferior direito, náuseas, vômitos e inapetência, e
também os inespecíficos, como dor epigástrica e periumbilical,
flatulência, diarreia ou constipação e mal-estar geral, podem
se sobrepor a outras condições como a gastroenterite viral,
intussuscepção e adenite mesentérica. serie de casos: Estudo
de 31 casos com suspeita de apendicite, em pacientes do
Vale do Jequitinhonha, durante o período de 6 meses (01 de
Fevereiro a 31 de Julho de 2014, na faixa etária compreendida
entre 08 e 75 anos, sendo 28 pessoas do sexo masculino
e 3 do sexo feminino). Em todos os casos foram realizados
exames ultrassonográficos no quadrante inferior direito na
admissão hospitalar pelo mesmo profissional. Encontramos
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
139
A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
na sua maioria tais achados: apêndice não compressível
Cirurgia: Realizada incisão de Davis, com posterior apendicectomia.
com diâmetro transverso maior/igual a 6 mm; paredes com
porém apêndice encontrava-se de aspecto normal. Desta forma
espessura maior que 3 mm, ausência da camada ecogênica
realizou-se revisão dos anexos uterinos que estavam sem
central (submucosa), ausência de gás no interior do apêndice,
alterações e revisão de íleo terminal, há aproximadamente 15
sendo este preenchido por líquido, presença de fecalito
cm da válvula ileocecal, visualizado divertículo de Meckel que
(apendicolito) visível como uma imagem ecogênica com
encontrava-se edemaciado, hiperemiado e com áreas de fibrina.
sombra acústica posterior. Sinais que somados a clínica do
Realizado diverticulectomia e posterior fechamento por planos.
paciente e leucograma apresentando leucocitose, nos remetem
Conclusão: Casos em que a clínica é compatível com apendicite
a uma forte suspeita de apendicite. Conclusão: Os pacientes
e que, no momento da apendicectomia, o mesmo na visualização
foram submetidos à laparotomia, fechando o diagnóstico
macroscópica encontra-se de aspecto normal. É mandatória uma
de apendicite em todos os casos. O diagnóstico precoce
revisão em anexos uterinos e no íleo terminal.
possibilita a intervenção antes que surjam complicações,
como peritonite generalizada e sepse, levando a colocação de
dreno da cavidade abdominal e aumentando o número de dias
de internação hospitalar, na tentativa de aumentar a acurácia
diagnóstica e diminuir o número de complicações.
140
DIVERTICULITE DE MECKEL
MIMETIZANDO QUADRO DE
APENDICITE - RELATO DE CASO E
REVISÃO DA LITERATURA
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Claudio Luiz Lourenço de Souza Junior / UNOESC;
Rafael Rodrigues Rothbarth / UNOESC; Roberto Zilio /
UNOESC; Vicente Sposito / UNOESC; Felipe Wurzel /
UNOESC; Rita de Cassia Palma Lima / UNOESC; Flavia Silva
de Souza / Universidade Estacio de Sá –RJ.
DIVERTÍCULO DE MECKEL COMO
CAUSA DE OBSTRUÇÃO INTESTINAL
EM ADULTO
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Natália Matos Muricy / Unifacs; Vanessa Barreto
Matos Maia / Unifacs; Rafael Viana Leite / Unifacs; Raianne
Silva Lima / Unifacs; Ylanna Fortes Fonseca / Unifacs; Renata
Fernandes Cunha / Unifacs; Marcos de Almeida Correia Lima
/ Unifacs; Márcio Rivison Silva Cruz / Unifacs.
Resumo
Introdução: O divertículo de Meckel é a malformação
congênita mais comum do trato gastrointestinal, acometendo
2% da população em geral com predominância no sexo
masculino. Consiste em um divertículo verdadeiro e, portanto,
Resumo
apresenta todas as camadas da parede intestinal. Originase devido a uma obliteração incompleta do ducto vitelínico
Introdução: A diverticulite de Meckel é um quadro menos
e é localizado na borda antimesentérica geralmente no íleo
prevalente do que uma apendicite, por isso dificilmente é a
terminal. A grande maioria dos pacientes com divertículo
primeira hipótese aventada numa situação de abdome agudo.
de Meckel é assintomática, contudo o surgimento de uma
Objetivo: Relatar e debater sobre um caso de Diverticulite de
sintomatologia como hemorragia digestiva, mais comum em
Meckel. Casuística: Emergência Relato do Caso: F.M. 24,
crianças e abdome agudo obstrutivo e inflamatório, em adultos,
feminino, brasileira, branca, casada. QP: Dor abdmominal HDA:
sugere complicações. Dentre as sintomatologias a de obstrução
Paciente deu entrada na emergência do hospital com quadro de
intestinal representa a segunda mais comum. No entanto, a
dor abdominal em FID. Refere início do quadro no dia anterior,
maioria das complicações ocorre na infância, diminuindo sua
sem relação com alimentação, sem piora, nega febre, náuseas e
incidência com o aumento da idade. Objetivo: Relatar um caso
vômitos. HPP: Ndn. HFA: Ndn Ao exame: Acordada, orientada,
de obstrução intestinal secundária ao divertículo de Meckel
anictérica, estável hemodinamicamente. AR e AC: s/alt. Abdome:
invaginado para a luz. Relato do caso: Paciente, MGP,
plano, depressível, doloroso a palpação em FID, RHA presente,
sexo feminino, 57 anos, diabética e hipertensa, foi admitida
sinal de Blumberg + MMII: s/alt. Exames laboratoriais: Hb: 14;Ht:
com queixas de dor abdominal há cerca de 3 dias. Referiu
35%; Leucócitos:16000 Bastões: 3%, demais sem alterações.
ter cursado com 3 episódios de vômito nas últimas 8 horas
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
e última evacuação há 6 dias. Ao exame físico, apresentou-se
corada, eupnéica, afebril, com abdome globoso, distendido,
hipertimpânico e doloroso difusamente a palpação profunda.
A radiografia simples de abdome revelou distensão gasosa
de alças intestinais e a tomografia computadorizada também
mostrou a distensão com níveis hidroaéreos principalmente em
delgado. A paciente foi encaminhada ao centro cirúrgico após
suporte clínico inicial, tendo sido identificado, à laparotomia
exploradora, um divertículo de Meckel invaginado, obstruindo
a luz intestinal a cerca de 60 cm da válvula íleo-cecal. Foi
realizada enterectomia e enteroanastomose termino-terminal
em dois planos com evolução satisfatória. Método: O caso
foi obtido através da revisão do prontuário, registro fotográfico
dos métodos diagnósticos utilizados, da peça cirúrgica
retirada e da revisão da literatura. Conclusão: Quando
presentes, os sintomas secundários ao divertículo de Meckel
estão condicionados a complicações, sendo normalmente
confundidos com outras patologias. O caso relatado alerta para
importância do diagnóstico diferencial nos casos de abdome
agudo obstrutivo.
EVOLUÇÃO PÓS-OPERATÓRIA
DE PACIENTES COM
APENDICITE AGUDA FASE IV:
ESTUDO PROSPECTIVO
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Lilian Cristhian Ferreira dos Santos Rocha / ITPAC;
Agamenon Dias de Oliveira / ITPAC; Débora Rosa portilho /
ITPAC; Samara Martins da Silva / ITPAC; Amanda Gonçalves
Rodrigues / ITPAC; Pedro Ernesto Alves Mangueira Júnior /
ITPAC; Rone Antonio Alves de Abreu / ITPAC.
Resumo
de exames prévios, diagnóstico pregresso, tempo de internação
prévia e nível de atendimento. Apenas 31.8% eram procedentes
de Araguaína. Dos resultados analisados verificou-se que a dor
abdominal esteve presente em 95.5% dos casos e, em 31.8%
iniciou-se na FID, nos outros 68.2% localizou-se posteriormente;
59.1% realizaram algum tipo de exame e 54.5% receberam
diagnóstico de apendicite aguda, 9.1% de Infecção do trato
urinário e 36.4% não receberam diagnóstico. No HRA 90.1% dos
pacientes realizaram exames de imagem. Receberam diagnóstico
de apendicite aguda 63.6% dos pacientes, de abdome agudo
inflamatório 31.8% e de massa anexial à direita 4.5%. No
intraoperatório 54.5% dos pacientes apresentaram abscesso
periapendicular e 5.5% peritonite difusa; 81.8%, dos pacientes
tiveram drenagem abdominal pós-operatório. A complicação
mais prevalente foi a infecção na ferida operatória (22.7%). O
tempo médio de internação foi de 9 dias (4 a 42), sendo de
5 dias (4 a 6), para os pacientes sem infecção de FO versus
20 dias (10 a 42) para os infectados. Houve duas reoperações
por fístulas do coto apendicular, sendo realizado cecorrafia
e ileostomia. Neste estudo, o diagnóstico inicial correto de
apendicite aguda pelo serviço de cirurgia do Hospital Regional
de Araguaina foi consonante com o encontrado na literatura,
embora resultados inferiores foram observados no primeiro
atendimento. Logo, houve fator de equívoco, destacando-se a
falta de melhor investigação diagnóstica nas unidades de contrareferência. A maioria dos pacientes foi encaminhada de outros
serviços e metade recebeu diagnóstico equivocado, protelando
o tratamento e duplicando o período de internação.
HÉRNIA INGUINO-ESCROTAL
ENCARCERADA EM NEONATO
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
A apendicite aguda pode manifestar-se de várias formas, desde
inflamação até gangrena desse órgão. Na fase IV, também
denominada perfurativa, há necrose do apêndice, perfuração
do mesmo e extravasamento do conteúdo apendicular para
a cavidade abdominal. O objetivo deste trabalho é verificar se
há fator(es) de equívoco que implique(m) no protelamento da
cirurgia dos pacientes com diagnóstico de apendicite aguda grau
IV, definido no intraoperatório. A metodologia utilizada foi uma série
de casos do tipo prospectivo com 22 pacientes. Foram apreciadas
as seguintes variáveis: gênero, raça, idade, procedência, estado
civil, religião, escolaridade, presença de dor abdominal, realização
Autores: Renata Borges de Lima / UNIFACS; Rafael Viana
Leite / UNIFACS; Ylanna Fortes Fonseca / UNIFACS; Vanessa
Barreto Matos Maia / UNIFACS; Renata Fernandes Cunha
/ UNIFACS; Marcos de Almeida Correia Lima / UNIFACS;
Márcio Rivison Silva Cruz / UNIFACS; Natália Matos Muricy
/ UNIFACS.
Resumo
Introdução: A hérnia inguinal é a patologia cirúrgica eletiva mais
frequente da criança. Sua incidência é de aproximadamente 3%
em nascidos a termo e acomete preferencialmente o lado direito
(60% dos casos), sendo facilmente redutível por manobras
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
141
A nais
clínicas na maioria das vezes. A persistência do conduto
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Resumo
peritoniovaginal é sua causa em crianças e não a fraqueza da
parede posterior do canal inguinal, como nos adultos. O sexo
masculino é mais acometido que o sexo feminino, na proporção
de 9:1. Uma das complicações é o encarceramento de alça
intestinal, com possível isquemia e necrose do seguimento
herniado. O tratamento cirúrgico não deve ser postergado,
a fim de se evitar tais complicações. Objetivo: O objetivo é
apresentar um caso de hérnia inguinoescrotal encarcerada,
em um recém nascido a termo, com apenas trinta e seis
horas de vida, bem como sua resolução cirúrgica. Relato do
Caso: Recém-nascido de trinta e seis horas de vida, sexo
masculino, nascido a termo, iniciou curso de choro persistente,
distensão abdominal e vômitos de caráter progressivo há vinte
e quatro horas. Ao exame, apresentava abdome distendido,
hipertimpânico e doloroso à palpação e presença de tumoração
irredutível em região inguinal à direita. O paciente foi submetido
142
a uma radiografia simples de abdome, a qual evidenciou
A história da apendicite tem um alto valor dentro do desenvolvimento da cirurgia moderna, que começou, por volta do século XVIII, a
ganhar destaque com os avanços das descobertas em anatomia e
fisiologia. Hoje, variadas técnicas foram propostas na tentativa de diminuir o tempo cirúrgico, de recuperação e riscos de infecções. O
objetivo do estudo é descrever o caminho percorrido até então no
uso de diferentes técnicas na história da apendicectomia por meio
de uma revisão na literatura. Realizada em 1880 pela primeira vez por
um ginecologista, Dr Lawson Tait, nota-se que nesta época ela já era
de difícil diagnóstico e, não raramente, confundida com inflamações
anexiais. Descrita somente em 1887, por Frederick Treves, a apendicectomia mantém seus tempos cirúrgicos até os tempos atuais – localização, exposição, liberação, abordagem do mesoapêndice (ligar
ou coagular) e abordagem do apêndice (ligar e seccionar), porém
vem alterando suas técnicas de abordagem – laparotomia e laparoscopia – com diferentes tipos de incisões e inserção de trocartes.
distensão gasosa em região inguinoescrotal à direita. Foram
realizadas duas tentativas de redução manual da hérnia, porém,
sem êxito. O recém nato foi, então, encaminhado ao centro
cirúrgico, onde foi realizada a herniorrafia inguinal direita sem
intercorrências. Não haviam sinais de comprometimento da alça
intestinal encarcerada e o paciente recebeu alta hospitalar no
segundo dia pós-operatório. Método: O caso foi obtido através
da revisão do prontuário, registro fotográfico dos métodos
diagnósticos utilizados e revisão da literatura. Conclusão: O
encarceramento é uma complicação temida nos pacientes com
hérnia inguinal, principalmente quando se trata de uma neonato
de apenas trinta e seis horas. O exame clínico e os exames
complementares bem empregados, além de diagnóstico e
tratamento eficientes, justificam a boa evolução do paciente.
HISTÓRIA DA APENDICECTOMIA:
UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Lucyana Côrtes Torres / Pontifícia Universidade
Católica de Goiás; Ibsen Augusto de Castro Azeredo
Coutinho / Tecnomed Industria; Luciana Meireles de Azeredo
Coutinho / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Larissa
Lopes Harada / Pontifícia Universidade Católica de Goiás;
Ana Luiza Rassi de Mendonça / Pontifícia Universidade
Católica de Goiás; Lara Meireles de Azeredo Coutinho /
Hospital do servidor Público Estadual de São Paulo; Mayse
Meireles de Azeredo Coutinho / Hospital Santa Genoveva.
IMPACTO DOS POLIMORFISMOS DO
COX-2 NA SOBREVIDA DE PACIENTES
COM CÂNCER COLORRETAL (CCR)
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Michele Tatiana Pereira Tomitão / FMUSP;
Guilherme Cutait de Castro Cotti / ICESP; Márcia Saldanha
Kubrusly / FMUSP; Adriana Vaz Safatle-Ribeiro / FMUSP;
Rosely Antunes Patzina / FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP;
sergio Carlos Nahas / FMUSP; Ulysses Ribeiro Jr / FMUSP.
Resumo
O estudo de genes polimórficos pode auxiliar na detecção de
pessoas com maior risco de desenvolver câncer, caracterização de
evolução diferenciada, resposta distinta ao tratamento quimioterápico
ou radioterápico e prognóstico. Polimorfismos nos genes Fator
de Crescimento Endotelial Vascular a (VEGF-A) e Ciclooxigenase
2 (COX-2) tem sido implicados no câncer colorretal (CCR).
Estes podem modificar os níveis de mRNA e expressão proteica
e influenciarem consideravelmente o fenótipo da doença. Este
trabalho teve como objetivo avaliar polimorfismos de nucleotídeo
único (SNPs) dos genes VEGF-A e COX-2 e seu valor prognóstico
em pacientes operados por CCR; e investigar possíveis interações
entre estas variantes genéticas e características clínicopatológicas
do CCR. Foram analisados SNPs em 230 pacientes submetidos à
ressecção cirúrgica no Hospital das Clínicas (SP), com seguimento
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
mínimo de 5 anos. O DNA foi isolado dos leucócitos utilizando-se
do kit de extração e purificação PureLink DNA Minikit, seguido de
amplificação pela reação em cadeia da polimerase (PCR). A análise
do PCR em Tempo Real foi usada para genotipar os polimorfismos do
VEGFA and COX-2, através dos ensaios TaqMan ® SNP Genotyping
Assay. Determinamos a frequência de quatro polimorfismos bialélicos
do VEGFA (-2578C>A: CC = 36.09%; CA = 46.09%; AA = 17.83%;
-460T>C: TT = 34.35%; TC = 46.09%; CC = 19.57%; -634G>C:
GG = 48.70%; GC = 40.43%; CC = 10.87%; +936 C>T: CC =
74.35%; CT = 23.48%; TT = 2.17%), com doze genótipos; e dois
polimorfismos do Cox-2 (-1195A>G: AA = 63.48%; AG = 31.30%;
GG = 5.22%; 8437T>C: TT = 45.22%; TC = 44.35%; CC = 10.43%),
com seis genótipos. Foi encontrada associação dos polimorfismos
VEGFA -2578C>A e -460T>C com história familiar de câncer e
do polimorfismo VEGFA -634G>C com doença hereditária. Houve
associação, no modelo recessivo, da combinação dos genótipos
COX-2 -1195AG/GG com menor sobrevida global (RR = 2,25;
IC95% = 1,32-3,81; P = 0,003) e do COX-2 8437 TT com menor
sobrevida global (RR = 2,86; IC95% = 1,54-5,26; P < 0,001) e menor
sobrevida livre de doença (RR = 2,5; IC95% = 1,45-4,35; P= 0,001),
comparados ao genótipo COX-2 -1195AA e 8437TC/CC. Assim,
demonstramos associação dos polimorfismos do gene VEGFA com
fatores relacionados à hereditariedade no CCR; concluímos que os
genótipos COX-2 -1195AG/GG e 8437 TT estão associados a um
pior prognóstico, e podem atuar como marcadores de agressividade
nestes pacientes.
de caso: Paciente do sexo feminino, 5 anos, admitida na emergência apática, prostrada, com quadro dor abdominal associada a
náuseas, vômitos e parada da eliminação de gases e fezes, com 2
dias de evolução. Ao exame físico, abdome distendido, ausência
de ruídos hidroaéreos, com sinais de irritação peritoneal. Rx simples de abdome evidenciando acentuada distensão de alças, com
níveis hidroaéreos. Tomografia computadorizada nos planos axial
mostrando invaginação do segmento de alça ileal proximal, do
material com densidade de gordura e dos vasos sanguíneos de
permeio para dentro do lúmen do segmento distal, caracterizando a intussuscepção intestinal. Paciente submetida à Laparotomia
Exploradora que evidenciou invaginação de segmento de delgado, com necrose de alça intestinal, sem evidência de causas orgânicas. Realizada enterectomia de segmento comprometido com
anastomose íleo-ileal termino-terminal. O resultado histológico da
peça operatória excluiu a presença de lesão primária subjacente
revelando “segmento de intestino delgado com necrose hemorrágica da parede compatível com invaginação”. Paciente evoluiu
bem, recebendo alta no sexto pós-operatório. Discussão: Em
estudo realizado por Strouse et al., analisando 6.000 exames de
tomografia computadorizada (TC) abdominal pediátrica, a prevalência deste tipo de intussuscepção foi de 0,4%. Mais de 90%
das intussuscepções não apresentam um ponto inicial patológico.
A tríade clássica de dor abdominal, fezes avermelhadas “em geléia” e massa abdominal palpável é observada em menos de 50%
dos casos, tornando difícil seu diagnóstico clínico. Conclusão:
Embora seja uma patologia relativamente comum na idade pedi-
INTUSSUSCEPÇÃO ILEO-ILEAL
IDIOPÁTICA EM CRIANÇA –
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
átrica, constituindo uma causa frequente de obstrução intestinal
na infância, a presença de invaginação íleo ileal consiste em uma
forma incomum de apresentação anatômica. A redução hidrostática entra como primeira escolha de tratamento na maioria das
Autores: Bianca Astrogildo de Freitas / ACSCRG; Elieser
Henn / ACSCRG; Rafael Simon Ribeiro Townsend / ACSCRG;
Félix Regis Ojeda Rocha / ACSCRG; Gabriel Oliveira da
Silveira / ACSCRG; Walter Pomar / ACSCRG.
vezes, porém, na indisponibilidade deste ou em casos de fracasso
Resumo
INTUSSUSCEPÇÃO ILEOCECAL
EXTENDIDA PARA O RETO EM
LACTENTE
Introdução: A intussuscepção é a telescopagem ou invaginação de uma parte proximal do intestino para dentro do lúmen do
segmento distal adjacente. É uma das mais comuns causas de
abdome agudo na infância, ocorrendo com maior frequência em
idade abaixo dos dois anos, com predominância no sexo masculino. Objetivo: Este estudo pretende relatar o caso de um paciente
com esta entidade, bem como o tratamento empregado. Relato
terapêutico ou contraindicação, a intervenção cirúrgica deve ser
realizada.
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Raianne Silva Lima / UNIFACS; Rafael Viana Leite
/ UNIFACS; Renata Borges de Lima / UNIFACS; Renata
Fernandes Cunha / UNIFACS; Vanessa Barreto Matos Maia
/ UNIFACS; Ylanna Fortes Fonseca / UNIFACS; Marcos de
Almeida Correia Lima / UNIFACS; Marcio Rivison Silva Cruz
/ UNIFACS.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
143
A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
POR COMPRESSÃO EXTRÍNSECA –
RELATO DE CASO
Resumo
Introdução: A intussuscepção ileocecal é uma das causas mais
prevalentes de obstrução intestinal em lactentes e caracteriza-se pela invaginação de uma alça intestinal por dentro de outra,
causando compressão dos vasos sanguíneos, congestão venosa
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Bianca Astrogildo de Freitas / ACSCRG; Rafael
Simon Ribeiro Townsend / ACSCRG; Nicolle de Souza Zanetti
/ ACSCRG; Filipe Lopes Decusati / ACSCRG; Dinomar
Fontana Ramires / ACSCRG.
e edema da parede do intussuscepto. Quando persistente, pode
acarretar isquemia, infarto intestinal e choque séptico. Sua apre-
Resumo
sentação é variável e em apenas um terço dos casos observa-se
144
a tríade clássica: dor abdominal, fezes avermelhadas “em geleia”
Introdução: O melanoma é um tumor de elevada malignidade e
e massa abdominal palpável; o que torna difícil o diagnóstico
representa cerca de 3% de todos os tipos de cânceres. O melanoma
clínico. Vários níveis topográficos já foram descritos, sendo que
maligno é a causa mais comum de doença metastática envolvendo
quanto mais distal a intussuscepção, menor a taxa de redução
o trato gastrointestinal, e o intestino delgado é o sítio mais frequen-
terapêutica: apenas 25% das que alcançam o reto podem ser
temente envolvido. As manifestações clínicas são inespecíficas, e o
reduzidas, a maioria necessitando de reparo cirúrgico. Objeti-
quadro de abdome agudo obstrutivo pode ser a primeira manifes-
vo: Apresentar um caso atípico de intussuscepção intestinal
tação. Objetivo: O objetivo é relatar o caso de uma paciente com
com invaginação para o reto tratada com ressecção cirúrgica do
melanoma metastático e 5 anos de sobrevida, que apresentou me-
íleo distal e ceco. Método: Revisão de literatura e dos dados
tástase intestinal evoluindo com quadro de obstrução intestinal por
do prontuário, registro fotográfico dos métodos diagnósticos
compressão extrínseca. Caso clínico: Paciente do sexo feminino,
utilizados e das peças cirúrgicas ressecadas. Relato do Caso:
57 anos, em acompanhamento por Melanoma Mestastático há 5
Paciente ISS, feminina, cinco meses de idade, admitida com dis-
anos. Paciente admitida na emergência com quadro de suboclusão
tensão abdominal associada a vômitos e evacuação gelatinosa
intestinal e volumosa massa palpável em flanco e fossa ilíaca esquer-
com muco e sangue há 24 horas. Ao exame físico foi evidenciada
da, sem sinais de irritação peritoneal ao exame físico. Paciente com
uma massa à palpação profunda em fossa ilíaca esquerda e, ao
história de melanoma em pé esquerdo, sendo realizada cirurgia cura-
toque retal, massa palpável em reto. Realizou radiografia de ab-
tiva há 5 anos, e enterectomia devido a intussuscepção por lesão
dome que evidenciou distensão gasosa de alças de delgado com
expansiva intra-luminal em íleo terminal medindo 5,5cm há dois anos.
sinal de “stop” e ausência de ar em cólon e ampola retal, confir-
Colonoscopia sem evidências de alterações. Paciente submetida à
mando o diagnóstico de intussuscepção ileocecal extendida para
Laparotomia Exploradora onde foi evidenciado volumosa tumoração
o reto. A paciente foi submetida à laparotomia e ressecção do
em mesentério. Realizado ressecção da lesão e biópsia de gânglio
íleo distal, que se encontrava invaginado em todo o segmento do
em mesentério. Estudo anatomopatológico e imunohistoquímica
cólon até o reto, e do ceco, com ileoascendenteanastomose em
confirmaram diagnóstico. Discussão: Entidade relativamente in-
dois planos. Evoluiu sem intercorrências, recebendo alta assin-
comum, o melanoma metastático intestinal representa cerca de 1/3
tomática no quarto dia pós-operatório. Conclusão: Este caso
dos tumores metastáticos do trato gastrointestinal. O diagnóstico é
sugere que, apesar do difícil reparo cirúrgico, o diagnóstico pre-
obtido em menos que 5% dos casos, e geralmente se dá na vigên-
coce pode contribuir para o bom prognóstico dos pacientes com
cia das complicações, sendo as mais frequentes o sangramento e a
intussuscepção ileocecal com extensão para o reto. Um exame
obstrução intestinal por intussuscepção. As metástase intestinais lo-
clínico cuidadoso e a escolha correta de exames complementa-
calizadas devem ser excisadas sempre que possível, com ressecção
res podem justificar a terapêutica empregada, assegurando a boa
segmentar da porção acometida, obtendo assim tanto melhora dos
evolução da paciente.
sintomas como a melhora da sobrevida. Conclusão: A hipótese
de metástase intestinal deve ser sempre considerada em qualquer
paciente com história prévia de lesão melanocítica de pele e que
MELANOMA MESTASTÁTICO:
ENVOLVIMENTO MESENTÉRICO
CAUSANDO OBSTRUÇÃO INTESTINAL
apresente sintomatologia abdominal, e o tratamento cirúrgico dessas
lesões, apesar do caráter paliativo, pode ocasionalmente resultar alívio sintomático e maior sobrevida.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
OBSTRUÇÃO DUODENAL POR
ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL:
“SÍNDROME AORTODUODENAL”RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Pedro Henrique Della Libera / FCMSCSP; Felipe
Diaz Pimentel / FCMSCSP; Marcelo Lutz Dantas de Almeida
/ FCMSCSP; Vinicius Araujo Garcia / FCMSCSP; Tiago
Riuji Ijichi / FCMSCSP; Wilson Rodrigues de Freitas Junior
/ FCMSCSP; Paulo Kassab / FCMSCSP; Carlos Alberto
Malheiros / FCMSCSP.
Resumo
do aneurisma é o tratamento mais utilizado, com bons resultados.
Esta opção depende de condição clínica do paciente e disponibilidade de intervenção vascular. A GA para descompressão duodenal
é uma alternativa. Este relato é importante para considerar a SAD no
diagnóstico diferencial da OIA e para considerar a GA como alternativa de tratamento para descompressão duodenal em pacientes sem
condições clínicas favoráveis.
OBSTRUÇÃO INTESTINAL TARDIA POR
INGESTÃO DE CAROÇO DE MANGA
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Introdução: Descrita em 1905 por Osler, é uma causa rara de
obstrução duodenal. O mecanismo obstrutivo pelo aneurisma de
aorta abdominal (AAA) não é bem conhecido. A aderência ao duodeno pode causar a obstrução, embora não seja considerado um
aneurisma inflamatório. Diagnósticos diferenciais: outras causas de
obstrução intestinal alta (OIA) (úlcera péptica; neoplasias; e causas
vasculares compressivas, como Síndrome da Artéria Mesentérica Superior). O diagnóstico deve ser suspeitado em pacientes na 6ª/7ª décadas de vida, com dor abdominal, vômitos, perda de peso, distensão
abdominal e massa abdominal pulsátil. Tomografia computadorizada
(TC) de abdome com AAA e distensão gástrica; além do RX contrastado do estômago/duodeno e endoscopia digestiva alta (EDA)
podem contribuir para o diagnóstico. Objetivo: Relatar um caso de
OIA por Síndrome Aortoduodenal (SAD). Relato de caso: Mulher
de 70 anos, internada no PS da Santa Casa de São Paulo, com dor
epigástrica, vômitos e parada de eliminação de gases e fezes. Exame
físico: emagrecida, regular estado geral, desidratada, abdome distendido, difusamente doloroso, sem irritação peritoneal. Laboratório
na internação: hemograma, PCR e VHS, uréia, creatinina, eletrólitos,
amilase, AST, ALT e bilirrubinas sem alterações EDA: grande quantidade de líquido de estase sem identificação do local de obstrução.
RX contrastado do estômago e duodeno evidenciou câmara gástrica
contrastada e distendida, sem contraste no duodeno. TC de abdome: dilatação gástrica e duodenal, dilatação aneurismática da aorta
em contato com o duodeno; aneurisma fusiforme, diâmetro máximo
de 4,9 x 3,9 cm, tortuoso e com placas calcificadas. Intraoperatório: observado aorta dilatada (6 cm de diâmetro), em contato com
o duodeno; além de algumas frouxas aderências de delgado distal
ao Ângulo de Treitz, sem dilatação de alças, sem massas. Realizado
gastroenteroanastomose (GA) anisoperistáltica em dois planos para
a descompressão duodenal. Evoluiu com melhora clínica, dieta oral e
alta no 11º dia após cirurgia. Discussão e Conclusão: Correção
Autores: sergio Ibañez Nunes / Faculdade de Medicina de
Valença - FAA; Alessandro Cronge Bouzada / Faculdade
de Medicina de Valença - FAA; Natália Lemos Carvalho /
Faculdade de Medicina de Valença - FAA; Marielle Grazielle
Costa da Ponte / Faculdade de Medicina de Valença - FAA;
Thais Barros Correa / Universidade Federal de Juiz de Fora
– UFJF.
Resumo
Introdução: A ingestão de corpos estranhos é bastante frequente na clínica cirúrgica. A conformação do objeto determina
o grau de comprometimento no tubo digestório e o possível local
da lesão, quanto mais ponteagudo maior a chance de perfuração
em segmentos mais altos, se pequeno e arredondado provavelmente sairá por via retal, a ingestão de caroço de manga, pelo seu
volume é pouco frequente e a obstrução intestinal geralmente é
mais precoce, a obstrução tardia é pouco frequente. Método:
Relatar um caso de obstrução intestinal por caroço de manga
após 5 meses de ingestão e fazer revisão de literatura em meio
impresso e eletrônico. Relato do Caso: MRA, 33 anos, masculino, branco, solteiro, procedente de Três Rios. Paciente obeso
com história de ter ingerido caroço de manga 5 meses antes dos
sintomas, iniciou com vômitos, parada de eliminação de gases e
fezes, ao exame distensão abdominal, dor difusa à palpação, com
irritação peritoneal. Radiografia com níveis hidroaéreos, sem ar
em cólons. Tomografia com níveis hidroaéreos e área calcificada
em fossa ilíaca direita. À laparotomia exploratória foi observada
obstrução em íleo terminal, na palpação indentificou-se corpo estranho, realizada enterotomia e retirada do caroço de manga com
enterorrafia primária. No pós-operatório fez embolia pulmonar e
infecção de ferida operatória, evoluindo satisfatoriamente, tendo
alta no 25º. pós-operatório. Conclusões: Corpo estranho ingerido pode provocar perfurações, obstruções ou passar ileso pelo
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
145
A nais
tubo digestório, evoluções tardias são pouco frequentes, devemos ficar atentos para a anamese dos pacientes.
RELATO DE DOIS CASOS DE
ADENOCARCINOMA DE DELGADO
EM SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL
E DO APARELHO DIGESTIVO EM
SARANDI - PR
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
146
Autores: Mônica Olivo Rosa Nogueira / Rede Metropolitana
de Assistência à saúde; Anderson Bedendo Rodrigues da
Silva / Rede Metropolitana de Assistência à saúde; Carlos
Eduardo Ferreira / Rede Metropolitana de Assistência à
saúde; Marcio Roberto Viquiato / Rede Metropolitana de
Assistência à Saúde; Lourival Augusto Cestari Junior / Rede
Metropolitana de Assistência à Saúde; Adorisio Bonadiman
/ Rede Metropolitana de Assistência à Saúde; Andre Luiz
Medeiros / Rede Metropolitana de Assistência à Saúde;
Leonardo Odebrecht / Rede Metropolitana de Assistência
à Saúde.
Resumo
Tumores de intestino delgado hoje são raros, variando entre 1
a 6% dos casos de tumores malignos do trato gastrointestinal.
de difícil diagnóstico por serem em sua grande maioria assintomáticos, ou com queixas abdominais inespecíficas, que quando
associados a quadro de dor importante, tem sua origem maligna na maioria dos casos. Exames de laboratório, de imagem e
endoscópicos podem ser úteis na propedêutica complementar porem muitas as vezes não conclusivos para o diagnóstico
desse tipo de lesão. O tratamento geralmente é cirúrgico, com
ressecção da lesão com bordas livres, acompanhada de linfadenectomia loco regional na dependência da neoplasia e seu estadiamento. Este é um relato de dois casos operados e diagnosticados no serviço de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo do
Hospital Metropolitando de Sarandi – PR, no primeiro semestre
de 2014. Caso 1 M.I.M.S; feminino; 45 anos; dor abdominal
inespecífica em FID e HID, acompanhado vômitos após ingesta
alimentar. Admitida no Hospital Metropolitano de Sarandi, dia
18/03/2014. No ato cirúrgico foi identificado lesão tumoral obstrutiva a 40cm do ângulo de Treitz e adenopatia mesentérica
com anatomopatológico apresentando adenocarcinoma intestinal de padrão tubular moderadamente diferenciado, invasivo.
Caso 2 C.S.P., 40 anos, masculino. Paciente encaminhado via
ambulatorial para realização de laparotomia exploradora, após
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
resultado de exame por cápsula endoscópica, com lesão ulcerovegetante em delgado. Realizada laparotomia exploradora,
com visualização de massa em íleo, carcinomatose peritoneal,
implantes diafragmáticos e massas difusas em omento maior.
Encaminhado material para anatomopatológico, o qual resultou
em adenocarcinoma de intestino delgado.
RESSECÇÃO VIDEOASSISTIDA DE
SARCOMA ILEAL
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Marcelo Martins Souto / HCFMUSP; Leandro
Cardoso Barchi / HCFMUSP; Carlos Eduardo Jacob /
HCFMUSP; Osmar Kenji Yagi / HCFMUSP; Donato Roberto
Mucerino / HCFMUSP; Rodrigo José de Oliveira / HCFMUSP;
Bruno Zilberstein / HCFMUSP; Ivan Cecconello / HCFMUSP.
Resumo
Introdução: O intestino delgado é sede de 2% dos cânceres do
trato digestivo, e os sarcomas respondem por 5-15%, sendo o
adenocarcinoma e o tumor neuroendócrino os mais frequentes.
O pico de incidência ocorre na sexta década, e sangramento é o
sintoma mais comum. Metátases estão presentes em 20-40%. O
tratamento é a ressecção. Relato do caso: Paciente masculino
de 40 anos, ex-tabagista e ex-etilista, com três meses de astenia,
vertigem e perda ponderal (102 para 93 kg). Apresentava-se
hipocorado, com Hb em 5,7. Na investigação, EDA foi normal, e a
colonoscopia evidenciou pólipos inflamatório (6 mm) e adenoma
tubular com displasia de baixo grau (8 mm). TC identificou
lesão com aspecto expansivo caracterizada por espessamento
parietal e retração de segmentos de alças ileais na fossa ilíaca
direita. Linfonodos mesentéricos arredondados com até 1,0 cm
suspeitos para acometimento secundário. Paciente foi submetido à
enterectomia videoassistida – tempo laparoscópico para identificação
e isolamento de grande massa de crescimento endofítico, não visível
em serosa de íleo, de aproximadamente 10 cm, a 40 cm da válvula
íleo-cecal. Após, realizada incisão de Pfannenstiel, com exteriorização
da peça, ressecção e entero-entero-anastomose mecânica. Paciente
evoluiu bem, aceitou dieta líquida no 1° PO e teve alta no 5° PO. O
exame anatomopatológico evidenciou sarcoma indiferenciado grau
3 histológico, 9,5 x 8,5 x 7,5 cm, fusocelular, índice de mitoses de
34/50 campos de grande aumento, necrose presente (20%), pT2b.
A imuno-histoquímica foi positiva para EMA (focal), vimentina e
actina de músculo liso, e negativa para CD 117, CD 34, desmina,
proteína S-100 e DCG-1. A TC de controle após três meses foi livre
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
de doença. Considerando sarcoma de alto grau primário de intestino
delgado estádio clínico III, com alto risco de metástase à distância,
foi indicada adjuvância com ifosfamida e doxorrubicina, e o paciente
encontra-se em tratamento. Discussão: Extrapolando dados que
evidenciam resultados comparáveis entre ressecção convencional
e laparoscópica em câncer gástrico e colorretal, o tratamento
laparoscópico do sarcoma de intestino delgado é alternativa factível
e segura, respeitando princípios oncológicos. O alto número de
mitoses é fator de risco para metástases, e o seguimento intensivo
é mandatório.
SÍNDROME DO INTESTINO
ULTRACURTO: RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Gabriel Faria Najas / UnP; Maylee Beatriz Rego
Chaves / UnP; Sílvio José de Lucena Dantas / UnP; Senival
Alves Oliveira Júnior / UnP; Rielly de Sousa e Silva / UnP;
Thaís Faria Collier de Andrade / UnP; Tiago Bezerra de Freitas
Diniz / UnP; Pedro Bezerra Nóbrega / UnP.
Resumo
Introdução: Síndrome do intestino curto (SIC) refere-se ao estado
SÍNDROME DE OGILVIE (PSEUDOOBSTRUÇÃO INTESTINAL AGUDA) –
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
de má absorção causada pela perda anatômica ou funcional de
porções significativas do intestino, e geralmente resulta de uma
extensa ressecção intestinal (RI). É caracterizada por emagrecimento,
desidratação, diarreia, perda de eletrólitos, esteatorreia e má
Autores: Guilherme Chaves de Abreu / Lucianno Viana
Ribeiro / Gustavo Fernandes Vilarinho / André Engelhardt
Lorenzoni / Pedro Araujo Bussad / Flávio Monteiro Lopes /
Jorge John Sanches Rosado / Leonardo Vilarinho Prudêncio
Boscatti.
absorção de nutrientes. O comprometimento do paciente depende
Resumo
ultracurto, apresentando tratamento instituído e evolução. Método:
Introdução: A Síndrome de Ogilvie ou pseudo-obstrução intestinal,
é a condição clínica na qual se caracteriza por uma dilatação maciça
de cólon e ceco sem obstrução mecânica, mais comum em homens
idosos, porem se manifesta como complicação no puerpério de
parto cesariana. Achados radiológicos demonstram um imagem
característica com níveis hidroaéreos e dilatação, acompanhado de
parada da eliminação de fezes e gases na maioria dos casos. Relato
de Caso: Paciente A.G.S, feminino, 34 anos, apresentou no quarto
dia de puerpério pós cesariana, um quadro de distensão abdominal,
associado a dor de forte intensidade, parada de eliminação de flatos
e fezes, e Raio-x com distensão de alça ascendente e ceco, com
presença de grande nível hidroaéreo. Foi submetida à laparotomia
exploradora com perfuração única em ceco, e dilatação difusa em
cólon. Realizado rafia puntiforme em ceco. No pós-operatório foi
passado sonda nasogástrica, paciente evoluindo com estabilização
do trânsito intestinal até a retirada da sonda, e retorno do hábito
alimentar, recebendo alta no sétimo dia de dia pós-operatório, em
bom estado geral. Conclusão: Apesar do difícil diagnóstico, a
rápida abordagem do quadro, diminuiu mortalidade e morbidade
dos pacientes e as complicações como, o risco de perfurações de
ceco e gangrena de cólon. Alertando a obstetrícia dos riscos desta
complicação desconhecida por muitos.
PubMed, UpToDate e SciELO, utilizando o descritor síndrome do
do comprimento e topografia do segmento ressecado, das condições
do intestino remanescente, da natureza da doença que impôs a
cirurgia, da capacidade de adaptação do intestino e da terapêutica.
Objetivo: Relatar caso de paciente com síndrome do intestino
Revisão de prontuário e de literatura nas bases de dados MEDLINE,
intestino curto. Incluídos artigos de língua inglesa e portuguesa, entre
2009 e 2014, que retrataram a SIC. Resultados: Paciente 44 anos,
sexo feminino, iniciou quadro de dor súbita em epigastro associado
a sudorese, náusea, vômito e perda de consciência. Foi atendida em
pronto-socorro, tendo sintomas aliviados com sintomáticos. Em outra
crise, procurou um cirurgião de nossa equipe que optou por fazer
uma laparotomia exploradora. Foi constatada isquemia mesentérica
em decorrência de trombose de artéria mesentérica superior. Feito
RI com anastomose jejuno-cólica, sendo preservados 10cm de
jejuno. Evoluiu em UTI por um mês. Cerca de quatro meses do pósoperatório (PO), cursou com náuseas e vômitos e foi detectado
um abscesso na cavidade o qual foi drenado. O PO ocorreu sem
complicações, porém, durante internação, adquiriu uma infecção
em cateter venoso central, cursando por duas vezes com sepse
e um episódio de endocardite. Depois de estabilizada, iniciou-se
alimentação parenteral, sendo desmamada após cerca de um ano,
com introdução da dieta enteral. A paciente recebeu alta hospitalar
e programado retorno para internamento quinzenal e em seguida
a cada vinte e um dias. Hoje, com 51 anos de idade, encontra-se
estável, respondendo bem ao tratamento instituído. Conclusão: Em
geral, as RIs proximais são mais gerenciáveis que as distais porque
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
147
A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
o grau de adaptação estrutural e funcional exibida pelo íleo é maior.
mento ambulatorial com oncologista. Discussão: Apesar do curso
Sendo assim, ressecções ileais normalmente resultam em doença
indolente do tumor carcinóide, a ressecção cirúrgica permanece o
mais grave. Mas alguns doentes surpreendem com evolução muito
tratamento de escolha, já que é o único tratamento que pode al-
favorável mesmo com um curto segmento intestinal remanescente e
cançar a cura, sendo importante também na diminuição do volume
sem íleo, como é o caso de nossa paciente.
das metástases hepáticas e/ou mesentéricas, controle dos sintomas
e prevenção de complicações, aumentando a sobrevida.
TUMOR CARCINOIDE METASTÁTICO
DE INTESTINO DELGADO: RELATO DE
CASO
TUMOR DE INTESTINO DELGADO
TIPO GIST - RELATO DE CASO
Autores: Fernanda / ISCMPA; Sérgio / ISCMPA; Marcos /
ISCMPA.
Autores: Luiz Locks Junior / Imperial Hospital de Caridade;
Eduardo Usuy Junior / Clínica Usuy; Lucas Benedetti / Unisul.
Resumo
Resumo
Introdução: Os tumores carcinóides são neoplasias neuroendócri-
Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 51 anos, natural e
nas raras, geralmente indolentes, clínicamente manifestas somente
residente de Florianópolis – SC. Refere episódio de melena há 1 mês,
quando há doença avançada ou evidência de síndrome carcinóide.
ficou 2 dias e meio sobre tratamento ambulatorial com melhora e
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
148
Objetivo: Relatar um caso de tumor carcinóide metastático, com
sítio primário identificado somente no transoperatório. Relato do
caso: Paciente masculino, 68 anos, atendido em serviço de emergência por dor abdominal súbita em mesogástrio à direita. Exames
laboratoriais da chegada normais, ecografia abdominal evidenciando
lesão no lobo hepático direito com cerca de 4,5cm e grupamento de
linfonodos adjacente a aorta com cerca de 3,5cm, achados confirmados pela tomografia computadorizada de abdômen. Submetido à endoscopia digestiva alta e ileocolonoscopia não se identificando sítio
primário. Punção ecoguiada da massa linfonodal e da lesão hepática
identificou nas duas amostras neoplasia epitelial neuroendócrina,
confirmada pela imunohistoquímica como tumor carcinóide clássico/
grau I da OMS. Paciente submetido então à laparotomia com abertura xifopúbica, identificando-se a metástase hepática, massa linfática
mesentérica próxima ao íleo terminal, vários linfonodos aumentados
mesentéricos e retroperitoniais e 4 lesões em alça de delgado - nos
2 metros distais do íleo até 20cm da válvula ileocecal- as quais foram
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
retorno a residência. Foram solicitadas: endoscopia digestiva alta
(EDA), enterotomografia, TTPA e TAP, hematócrito e hemoglobina. Na
investigação diagnóstica apresentava: Hemoglobina e hematócrito
baixos, sinalizando anemia. TAP e TTPA normais. Nos exames de
imagem: EDA. Pangastrite endoscópica atrófica moderada, urease
positiva. AP gastritre crônica com atividade inflamatória moderada
e áreas de acentuada atrofia glandular. Pesquisa H.P. positiva.
Enterotomografia. Lesão sólida de 4,5 x 3,2 cm na cavidade pélvica
a direita com contornos regulares em contato com alças intestinais
ileais, que admite lesão estromal GIST como principal hipótese.
Solicitada uma ressonância magnética para avaliação da possibilidade
de ressecção cirúrgica. RNM. Lesão sólida de 4,5 x 3,2 cm na
cavidade pélvica de permeio em contato com alças ileais que admite
lesão estromal, GIST como principal hipótese diagnóstica. Diante do
quadro clínico e dos exames complementares foi indicado ressecção
cirúrgica através de laparotomia. Cirurgia realizada foi Enterectomia
Segmentar. A.P imunohistoquímica confirmou GIST.
ressecadas em bloco com fechamento da alça terminoterminal aproximando o jejuno ao íleo terminal bem como ressecção em bloco da
metástase hepática nos segmentos IVA e B. Anatomopatológico do
segmento de intestino delgado ressecado confirmou neoplasia neuroendócrina bem diferenciada de baixo índice mitótico, presente sob
a forma de duas lesões não contínuas, comprometendo as camadas mucosa, submucosa e muscular, medindo 2,8cm no maior eixo,
com metástase em tecido mesentérico e linfonodos livres. Paciente
teve boa evolução clínica pós operatória e irá manter acompanha-
TUMOR FIBROSO SOLITÁRIO DO
MESENTÉRIO: RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Lilian Cristhian Ferreira dos Santos Rocha / ITPAC;
Agamenon Dias de Oliveira / ITPAC; Débora Rosa portilho /
ITPAC; Isabela Cristina Macedo Fernandes / ITPAC; Samara
Martins da Silva / Hospital Regional de Araguaína; Pedro
Ernesto Alves Mangueira Júnior / ITPAC; Rone Antonio Alves
de Abreu / ITPAC.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Resumo
Autores: Stephany Roman Farfan, Augusto Tinoco, Renam
Tinoco, Tarcianna Ribeiro / Hospital são José do Avai.
Os Tumores Fibrosos Solitários (TFS) são neoplasias raras que geralmente se originam da pleura visceral. Estes tumores também podem
surgir em locais extrapleurais como a orbita, cavidade oral, orofaringe, laringe e retroperitônio, mas raramente mesentério. O trabalho
foi realizado através de uma revisão de prontuário e levantamento
acerca do tema com pesquisa em dados disponíveis no MEDLINE,
LILACS-BIREME, PUBMED e COCHRANE e literatura especifica.
JNS, masculino, 34 anos foi admitido pelo serviço de Emergência do
Hospital Regional de Araguaína (HRA) – TO com história de massa
pélvica com cerca de sete meses de evolução, dor e limitação funcional da região anatômica acometida. Negava outras queixas. Ao
exame apresentava massa abdominal palpável de consistência endurecida e dolorosa, localizada mais especificamente em fossa ilíaca
esquerda, hipogástrio e flanco esquerdo. O mesmo foi submetido a
exames laboratoriais e Tomografia computadorizada de pelve que
demonstrou lesão expansiva sólida e hipervascularizada, com contornos lobulados, medindo cerca de 11,0 x 10,0 x 11,0 cm, em topografia na loja da próstata e vesículas seminais. Foi encaminhado ao
serviço de Urologia que realizou Cistoscopia com Biopsia Orientada
por Ultrassonografia com o resultado livre de neoplasia. Marcadores
tumorais e Retossigmoidoscopia foram realizados com resultados
normais. Paciente foi encaminhado para o serviço de cirurgia geral,
com história de aumento importante da massa abdominal e piora
da dor. Foi decidido realizar Laparotomia exploradora para estadiamento de doença com resseção de tumor pélvico, linfadenectomia
pélvica, colostomia em alça e drenagem cavitária. Evolui no Pós-operatório sem intercorrências, com colostomia produtiva, e alta no 7ª
dia pós-operatório. Histopatológico e Imunohistoquímica confirmando o diagnóstico de Tumor fibroso solitário. Paciente encaminhado a
Oncologia Clínica que da alta sem necessidade de tratamento complementar. Seguiu em acompanhamento Ambulatorial pela Cirurgia
com programação de fechamento de colostomia quatro meses após
a laparotomia, realizada sem intercorrências. O tratamento deste tipo
de neoplasia é predominantemente resseção cirúrgica, alterando diretamente o prognóstico. Cerca de 10 a 30 % podem ser malignos,
se houver ressecção completa há baixo índice de recidiva. Vale ressaltar que de acordo com a base de dados, este seria o quinto caso
relatado de tumor fibroso solitário que surge no mesentério.
Resumo
DUODENAL SWITCH MODIFICADA
LAPAROSCÓPICA
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
O Diabetes Mellitus tipo 2 constitui uma doença devastadora
com altos índices de mortalidade e morbidade, trazendo graves
consequências como doenças cardiovasculares, déficit visual,
insuficiência renal e amputações. Dentro do tratamento do diabetes estão incluídos dieta, controle dos níveis glicêmicos, exercício físico e uso de medicação. Apesar disso, a doença progride
continuamente, com deteriorização de células Beta pancreáticas
e a necessidade do uso de múltiplas drogas junto com insulina
para o controle. Vários procedimentos cirúrgicos são usados para
o tratamento da obesidade mórbida, melhorando substancialmente o controle do diabetes tipo 2. Dentre eles, foi criada uma
nova técnica, o Duodenal Switch Modificado sendo considerado
o melhor procedimento, com uma taxa de remissão de mais de
80% do diabetes tipo 2. Apresento paciente, sexo feminino, 67
anos, branca, que descobriu ser diabética durante a gestação há
36 anos. Fez uso de glibenclamida e metformina sem melhora do
quadro, sendo trocada a medicação por insulina NPH e Regular
há 15 anos. No pré operatório fazia uso de 30 UI de Insulina NPH
pela manhã e 15 UI de Insulina Regular após almoço conforme a
glicemia. Apesar do tratamento, teve diversas internações devido
ao descontrole glicêmico. Entre outras comorbidades apresenta
hipertensão arterial sistêmica, em uso de valsartana, espironolactona, anlodipino e sinvastativa; transtorno de sono e ansiedade
fazendo uso de clonazepam, amitriptilina e zolpidem; hipotireoidismo em uso de levotiroxina. A cirurgia proposta para a paciente foi a gastroplastia vertical associada a interposição ileal
laparoscópica. Durante a internação (cinco dias), apresentou 2
episódios de glicemia acima de 150 mg/dl no primeiro dia de
pós-operatório, sendo necessária a administração de insulina.
Nos dias seguintes apresentou glicemias entre 61mg/dl e 120
mg/dl. A paciente não apresentou outras intercorrências durante a internação. Atualmente a paciente está no terceiro mês de
pós-operatório, em acompanhamento, sem necessidade de medicação para controle glicêmico.
SUBOCLUSÃO RECORRENTE POR
DIVERTÍCULO DE MECKEL TRATAMENTO TOTALMENTE
LAPAROSCÓPICO
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
149
A nais
Temário: Cirurgia / Intestinos(s)
Autores: Hilton Telles Libanori / Hospital Israelita Albert
Einstein - São Paulo; sergio Szachnowicz / Hospital Israelita
Albert Einstein - São Paulo; Allan Garms Marson / Hospital
Israelita Albert Einstein - São Paulo.
Resumo
150
O divertículo de Meckel é uma patologia benigna de origem
embriológica incomum, porém com apresentações clínicas variadas.
Pode ser encontrado em até 2% doas pacientes submetidos à
cirurgia abdominal por outras causas e geralmente seu diagnóstico
é casual. Apesar da maioria dos pacientes portadores do divertículo
serem assintomáticos, eles podem também apresentar quadros
de suboclusão, sangramentos intestinais e mais frequentemente
quadros infecciosos e inflamatórios agudos conhecidos como
diverticulite de Meckel. O vídeo mostra o tratamento totalmente
laparoscópico através da liberação de aderências firmes antigas,
seguido de enterectomia e reconstrução primária, em paciente com
Divertículo de Meckel com quadros de suboclusões recorrentes. O
paciente havia sido submetido a exames prévios onde a alteração
anatômica não havia sido detectada. Apenas durante quadro de
descompensação por suboclusão que o Divertículo foi identificado
em exame tomográfico e o paciente submetido à tratamento cirúrgico
minimamente invasivo, apresentando excelente resolução e melhora
total do quadro sem complicações.
PERCEPÇÃO DO TEMPO DE
ANTISSEPSIA NO PRÉ-CIRÚRGICO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: sergio Ibañez Nunes / Faculdade de Medicina
Valença FAA; Marielle Grazielle Costa da Ponte / Faculdade
de Medicina de Valença - FAA; Natália Lemos Carvalho /
Faculdade de Medicina de Valença -FAA; Thais Barros
Correa / Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF.
Resumo
Objetivos: a infecção é a principal complicação cirúrgica, por isso
os cuidados de antissepsia devem ser muito bem protocolados, isso
diminui o índice de infecções. Muitas vezes a percepção do cirurgião
quanto ao tempo real da lavagem das mãos antes de procedimentos
cirúrgicos. Método: O estudo foi realizado em dois hospitais da
região do Campo das Vertentes em Minas Gerais, envolvendo os
30 primeiros cirurgiões do hospital que aceitaram participar da
pesquisa Foi cronometrado o tempo gasto na lavagem de mãos
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
antes do procedimento, após o cirurgião era convidado a participar
da pesquisa, então solicitado ao cirurgião opinar sobre o tempo que
ele gastou. Foram separado em grupos de especialidades, tempo de
formado e sexo. Resultados: Os tempos evocado e cronometrado
foram respectivamente 4’ 11’’ ± 2’ 11’’ e 2’ 38’’ ± 1’ 10’’, com uma
diferença de 1’ 32’’ entre as médias dos tempos. Observou-se que
83% do tempo evocado foi superior ao cronometrado. Apenas
quatro cirurgiões evocaram o tempo inferior ao cronometrado e
apenas um cirurgião acertou o tempo de antissepsia das mãos.
Comparando o tempo evocado com o tempo cronometrado houve
diferença significativa entre estes tempos com valor de p de 0,0015.
Conclusão: A percepção dos cirurgiões no tempo gasto para lavar
as mãos diverge do tempo cronometrado, subestimando esse tempo
INFARTO ESPLÊNICO TOTAL: RELATO
DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Claudio Luiz Lourenço de Souza Junior / UNOESC;
Rafael Rodrigues Rothbarth / UNOESC; Roberto Zilio /
UNOESC; Vicente Sposito / UNOESC; Felipe Wurzel /
UNOESC; Rita de Cassia Palma Lima / UNOESC; Flavia Silva
de Souza / Univesidade Estacio de Sa – RJ.
Resumo
Introdução: O cisto esplênico é uma patologia rara, quando
comparada a cistos de outros órgãos, dificilmente é aventado com
primeiro diagnóstico durante uma avaliação clínica. Seus primeiros
relatos datam entre 1790 (por Berthelot) e 1829 (por Antral). Devido
à raridade do quadro em todo mundo, relataremos condução do
caso desde o diagnóstico até o tratamento cirúrgico. Objetivo:
Relato de um tratamento cirúrgico de cisto esplênico. Casuística:
Emergência do Hospital Relato do Caso: J.B., 33 anos, sexo
masculino, Haitiano, negro, casado. Data da Internação: 11/02/14
QP: “Dor na barriga” e vômitos HDA: Sintomas iniciaram 15 dias
antes da internação, dor em região epigástrica associada à vômitos
pós-prandial, nega piora com esforço físico. HPP: Ndn. Ao exame:
Acordado, orientado, anictérico, estável hemodinamicamente. AR
e AC: s/alterações Abdome: abaulamento epigástrico à inspeção e
massa palpável nessa topografia estendendo-se para hipocôndrio E,
doloroso a palpação em região epigástrica, RHA presentes. MMII:
s/edemas, panturrilhas livres. Exames laboratoriais: s/alterações
Exame radiológico: USG abdominal: Imagem hipoecogênica, em
loja esplênica, envolta por um halo anecóico fazendo compressão
no baço. TC abdominal: Coleção líquida, medindo 13X12cm, em
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
topografia de hipocôndrio E, fazendo compressão no baço, com
diagnóstico presuntivo de pseudocisto de pâncreas. Cirurgia:
Realizado então pré-operatório e no 3º dia de internação foi realizada
laparotomia exploradora para exérese do cisto. Iniciada com incisão
mediana supraumbilical, no inventário, identificou-se extenso cisto
esplênico aderido ao estômago e epiplon. Devido dificuldade de
dissecção foi realizada ampliação da incisão para região subcostal
esquerda. Após dissecção e exérese do cisto, lavagem da cavidade
com SF 0,9% morno, colocado dreno de suctor 4.8 em região de
HT e e fechamento por planos. Peça foi encaminhada para exame
anatomopatológico. Pct evoluiu bem no pós-operatório e no 7º
dia de IH, alta hospitalar. Anatomopatológico : Baço com necrose
coagulativa difusa do parênquima esplênico, áreas subcapsulares
com resquício de tecido esplênico e áreas extensas de fibrose e
inflamação crônica com depósito de hemosiderina, que se estende
além da cápsula esplênica. Infarto Esplênico Total. Citologia: negativo
para malignidade. Conclusão: Os cistos esplênicos em geral
têm inicio insidioso e assintomáticos, muitos tem como primeira
manifestação o abdome agudo, neste o tratamento cirúrgico é o
definitivo
Paciente 46 anos, masculino, admitido no HRA encaminhado pela
UPA apresentando a seguinte história; dor em região epigástrica
com irradiação para hipocôndrio esquerdo com evolução de 8
meses. Nos exames laboratoriais apresentou uréia de 30 mmol/l,
creatinina de 1.2 mg/dl. Na ultrassonografia evidenciou grande
calculo coraliforme acometendo parte do sistema pielocalicial
associado a um abcesso esplênico com dimensões de 8.0 x 6.1
x 6.0 cm em polo superior. Solicitado tomografia de abdome (TC)
que confirmou abscesso esplênico e apresentou sinais de atrofia
renal à esquerda, com proeminente calculo coraliforme. Paciente
foi submetido a nefrectomia a esquerda mais esplenectomia e
drenagem subfrênica. Encaminhado para a UTI no pós-operatório
imediato, evoluindo com alta para enfermaria onde evoluiu sem
intercorrências recebendo alta hospitalar com resolução do quadro
infeccioso no 7º dia pós- operatório. Os abcesso esplênicos são
incomuns e fatais, 70% destes tem disseminação hematogênica,
dentre as doenças predisponentes temos: Policitemia Vera,
Endocardite, Trauma Prévio, Doença Falciforme, Infeccção do Trato
Unirário, uso abusivo de droga intravenosa e AIDS. O quadro
clínico é inespecífico e o diagnóstico é feito através de TC de alta
precisão ou ultrassom. Os cálculos coraliformes são denominados
ABCESSO ESPLÊNICO EM
CONSEQUÊNCIA DE CÁLCULO
CORALIFORME: RELATO DE CASO
cálculos de Infecção, neste cao o tratamento conservador não foi
uma opção, pois implicaria morbidade e mortalidade (próxima dos
30% aos 10 anos) significativas. portanto esta patologia exigiu um
Temário: Cirurgia / Miscelânia
tratamento cirúrgico agressivo.
Autores: Lilian Cristhian Ferreira dos Santos Rocha / ITPAC;
Agamenon Dias de Oliveira / ITPAC; Isabela Cristina Macedo
Fernandes / ITPAC; Samara Martins da Silva / ITPAC;
Amanda Gonçalves Rodrigues / ITPAC; Pedro Ernesto Alves
Mangueira Júnior / ITPAC; Rone Antonio Alves de Abreu /
ITPAC.
ABDOME AGUDO CAUSADO POR
TUMOR DE CÉLULAS GERMINATIVAS
Resumo
A litíase coraliforme afeta 1 a 1,5% da população, sendo acima
dos 50 anos e no sexo feminino. Clínicamente apresenta-se por
dor lombar, astenia, náuseas, vômitos, hematúria, embora o mais
habitual seja por febre e/ou infecção urinária, simples ou complicada,
se não tratado podendo evoluir para insuficiência renal crônica. O
objetivo deste trabalho é relatar um caso de cálculo coraliforme que
evoluiu com abcesso esplênico, no qual será abordada a clínica
do paciente até a resolução com tratamento cirúrgico. O trabalho
foi realizado através de uma revisão de prontuário e levantamento
acerca do tema com pesquisa em dados disponíveis no MEDLINE,
LILACS-BIREME, PUBMED e COCHRANE e literatura especifica.
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Augusto Fey / PUC-PR; Lindolfo Moratelli / UNIDAVI
/ HRAV; Paulo Victor Jensen Cunha / UNIDAVI / HRAV; Paulo
Hoffmann / UNIDAVI / HRAV; Bruno Haffemann Moser /
HRAV; João Vilson Cláudio Teixeira / HRAV.
Resumo
Objetivo: Relatar caso clínico de paciente com quadro de tumor
de células germinativas de testículo. Material e Metodologia:
Realizado estudo de relato de caso ocorrido no Hospital Regional
Alto Vale. Resultados: Relato de caso de paciente masculino, 43
anos,o qual deu entrada no pronto socorro do HRAV no dia 15/01/14
com quadro de dor abdominal com início há aproximadamente 5 dias
associado à incontinência urinária. História de herniorrafia inguinal
direita há 9 anos. Tabagista. Ao exame físico de chegada paciente
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
151
A nais
152
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
em BEG, LOC, hidratado, pálido. ACP: SP. ABD: Semi distendido,
radiográfico é difícil. Embora rara, o cirurgião geral deve ter sempre
Blumberg -, massa palpável infraumbilical. Testículo não palpável à
em mente a possibilidade de perfuração gastrointestinal em pacientes
direita e diminuído de tamanho à esquerda. Exames laboratoriais
que apresentam sintomas abdominais agudos atípicos. Em caso de
(15 /01/14):normais com exceção da fosfatase alcalina que era de
dúvida, deve-se fazer a exploração abdominal. Objetivo: Relatar
238. TC de abdome de chegada: imagem sugestiva de tumor de
um caso raro de abdome agudo perfurativo bloqueado por parte de
mesentério com linfonodos retroperitoneais. Realizadolaparotomia
epiplon apos ingestão de corpo estranho, com manifestação tardia.
exploradora no dia 16/01/14, com achado de tumor c/
Relato: O caso relatado trata de um paciente do sexo feminino,
aproximadamente 15 cm em seu maior diâmetro, bem delimitada,
de 76 anos, admitido em nossa instituição com quadro de dor
com pedículo vascular. Realizado exérese da massa e exérese de
abdominal em flanco esquerdo havia três meses associada com
linfonodos mesentéricos e para aórticos. Paciente apresentou boa
piora ha 1 semana. Paciente foi submetida à laparotomia exploradora
evolução clínica com alta hospitalar no 2º PO. Anatomopatológico
com identificação de corpo estranho (espinho de peixe) de cerca de
(30/01/14): Neoplasia maligna pouco diferenciada, consistente
2,5 cm bloqueado por epíplon ao nível de jejuno há 140 cm da VIC.
de tumor de células germinativas de testículo. Presença de
Foi realizada ressecção da área bloqueada por epíplon e envida para
metástase em linfonodos mesentéricos e para aórticos. O paciente
anatomopatológico junto com o corpo estranho. Paciente evoluiu sem
foi encaminhado para o serviço de oncologia para continuidade
intercorrências e em bom estado geral; recebendo alta hospitalar no
do tratamento. Conclusões: O caso mostra uma manifestação
2 pós operatorio. O laudo anatomopatológico evidenciou produto de
atípica do tumor de células germinativas com diagnóstico a partir
ressecção da lesão do omento; com processo inflamatório crônico
de abdome agudo. A maioria dos pacientes se apresenta com
supurativo com tecido de granulação e reação gigantocelular de
tumor primário de testículo e neste caso a manifestação foi intra-
tipo corpo estranho. (espinha de peixe). Conclusão: A partir deste
abdominal. O diagnóstico dessa patologia se baseia nos aspectos
caso, ilustramos uma situação, na qual, um caso de dor abdominal
clínicos, radiológicos e de marcadores tumorais elevados (B-hcg e
crônica tem sua investigação realizada de forma emergencial, apesar
alfa fetoproteína). O prognóstico é favorável quando o diagnóstico
de na maioria dos casos crônicos estes se darem ambulatoriamente
é precoce. O tratamento consiste na combinação de ressecção
com auxilio de exames.
cirúrgica e quimioterapia.
ABDOME AGUDO PERFURATIVO
POR CORPO ESTRANHO SEM
IDENTIFICAÇÃO DE PERFURAÇÃO
INTRAOPERATÓRIA RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro Junior / UNISA;
Fernando Furlan Nunes / UNISA; Diego Ferreira de Andrade
Garcia / UNISA; Maycon Paulo de Oliveira / UNISA; Maytê
Yule Alves Soares / UNISA; Carolina Zen Jannes / UNISA;
Marselle Ribas / UNISA; Anaides Marques do Vale Cougo /
UNISA.
Resumo
Introdução: A maioria dos corpos estranhos ingeridos passa por
ABORDAGEM CIRÚRGICA DA
DOENÇA DE CASTLEMAN NO TRATO
DIGESTÓRIO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Iure Kalinine Ferraz de Souza / Universidade
Federal de Ouro Preto; Amanda Jackcelly Borges Neves /
Universidade Federal de Ouro Preto; Eduardo da Costa
Marçal / Universidade Federal de Ouro Preto; Humberto
Rodrigues Parreira / Universidade Federal de Ouro Preto;
Leopoldo de Freitas Araujo / Universidade Federal de
Ouro Preto; Iure Kalinine Ferraz de Souza / Universidade
Federal de Ouro Preto; Amanda Jackcelly Borges Neves /
Universidade Federal de Ouro Preto; Eduardo da Costa
Marçal / Universidade Federal de Ouro Preto; Humberto
Rodrigues Parreira / Universidade Federal de Ouro Preto;
Leopoldo de Freitas Araujo / Universidade Federal de Ouro
Preto.
todo o trato gastrointestinal sem intercorrências, sendo eliminados
nas fezes; entretanto, em alguns casos, podem ocorrer complicações
Resumo
como perfuração ou obstrução. A perfuração pode se manifestar
por diversos quadros clínicos como sepse, obstrução e abscessos
Introdução: A doença de Castleman é uma condição rara e carac-
hepáticos ou abdominais; e o diagnóstico clínico, laboratorial e
terizada por hiperplasia linfonodal. Existem três tipos anatomopatoló-
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
gicos dessa condição: tipo hialinovascular (HV), plasmocelular (PC)
ou plasmocitário e misto. Clínicamente, a apresentação é unicêntrica
ou multicêntirca - a primeira uma linfadenomegalia isolada, a segunda
uma hiperplasia de múltiplas cadeias de linfonodos. O quadro está
relacionado com a infeção pelo HIV e pelo herpes tipo 8, além de
Harada / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Ana
Luiza Rassi de Mendonça / Pontifícia Universidade Católica
de Goiás; Lucyana Côrtes Torres / Pontifícia Universidade
Católica de Goiás; Lara Meireles de Azeredo Coutinho /
Hospital do servidor Público Estadual de São Paulo; Mayse
Meireles de Azeredo Coutinho / Hospital Santa Genoveva.
algumas formas de neoplasias malignas. A doença unicêntrica é mais
comumente encontrada no mediastino, apesar de poder acometer
Resumo
qualquer qualquer tecido linfonodal, geralmente identificada por serendipitia em exame imaginológico como uma massa bem delimitada
O erro médico é por definição qualquer ato ilícito praticado pelo
com atenuação de tecidos moles; se utilizado contraste, há preen-
médico com três elementos imprescindíveis: conduta culposa, re-
chimento homogêneo, apesar de que massas grandes podem apre-
sultado danoso e nexo causal entre a conduta e o resultado. Ou
sentar padrão heterogêneo. A sintomatologia do acometimento do
seja, alguma conduta médica que tenha ocasionado um prejuízo
sistema digestório é possivelmente rica, havendo apresentações que
para a saúde de um paciente. Esses erros estão cada vez mais
se externam por sintomas obstrutivos, de hipersecreção ou mesmo
presentes na mídia e infelizmente, ajudam a questionar a figura do
em associação a manifestações sistêmicas de caráter endócrino que
médico atual. O presente trabalho trata-se de um levantamento
simulam manifestação sindrômica paraneoplásica. O diagnóstico final
através de revisão bibliográfica sobre os fatores de risco que atuam
normalmente é feito por meio de exame histológico de tecido biop-
na ocorrência de erros cirúrgicos, especificamente na Cirurgia do
siado. Objetivos: Concatenar os conhecimentos disponíveis sobre
Aparelho Digestivo. Objetivamos com isso traçar fatores de prote-
a doença de Castleman no que compete ao papel das intervenções
ção para minimizar essa ocorrência, uma vez que se trata de uma
cirúrgicas sobre a variante unicêntrica do trato digestório. Método:
especialidade com procedimentos de baixa remuneração, que se
Revisão não sistemática da literatura Resultado: Provavelmente em
tornaram cada vez mais rápidos e sistematizados. Encontramos
decorrência da raridade da condição, não se encontrou estudo ran-
em nossas referencias como fatores de risco: a impessoalidade
domizado que avalie as abordagens cirúrgicas; é consensual que a
do atendimento médico, agendas cheias de médicos-cirurgiões,
excisão completa do linfonodo acometido seja curativa, sendo o pa-
pressão da mídia e dos meios de comunicação de massa, difusão
drão ouro para tratamento da forma unicêntrica. Em uma revisão da
do conhecimento, pouco treinamento técnico e profissional, entre
literatura, de 278 pacientes submetidos à ressecção, o único preditor
outras. Após a análise da bibliografia, foi possível traçar, entre ou-
de mortalidade foi a ressecção completa, com uma mortalidade de
tros, alguns principais fatores de proteção: a adoção do Termo de
4% em cinco anos, ao passo de nódulos biopsiados, mas não opera-
Consentimento Livre e Esclarecido com linguagem acessível so-
dos, estiveram associados a uma mortalidade de 18%. Em pacientes
bre o procedimento a ser realizado, melhorar a relação cirurgião-
com tumores inoperáveis, o debridamento também leva a resultados
-paciente que foi deteriorada com o passar do tempo, além de
melhores do que a conduta espectante. Conclusão: A doença de
aprimorar o conhecimento técnico-cirúrgico, ético e legal sobre os
Castleman, apesar de pouco comum, deve ser considerada em acha-
erros médicos. Concluímos a partir disso, que o médico cirurgião
dos incidentais de uma massa com características pouco sugestivas
do Aparelho Digestivo deve adotar algumas medidas preventivas
de alterações mais comuns do sistema digestório; seu diagnóstico
em sua prática diária uma vez que nos encontramos na era da
deve ser feito por de biópsia e, uma vez contatado o tipo histológico,
indústria das indenizações.
a lesão deve ser preferencialmente excisada.
ABORDAGEM CIRÚRGICA E O
ERRO MÉDICO: UMA REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Luciana Meireles de Azeredo Coutinho / Pontifícia
Universidade Católica de Goiás; Ibsen Augusto de Castro
Azeredo Coutinho / Tecnomed Industria; Larissa Lopes
ABSCESSO ESPLÊNICO EM PACIENTE
EVOLUINDO COM QUADRO
CONSUMPTIVO: RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Thiago Sonalio Overrath Tomaz / Hospital e
Maternidade Marieta Konder Bornhausen; Everson
Fernando Malluta / Hospital e Maternidade Marieta Konder
Bornhausen; Juliano Folletto / Hospital e Maternidade Marieta
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
153
A nais
Konder Bornhausen; Victor Cangusssu Texeira Campos /
Hospital e Matenidade Marieta Konder Bornhausen; Cassia
Farris / Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen;
Ana Cláudia Dall‘Oglio / Hospital e Maternidade Marieta
Konder Bornhausen; Andressa Sará Maiochi / Hospital e
Maternidade Marieta Konder Bornhausen; Murilo Martins /
Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen.
Resumo
Introdução: O abscesso esplênico consiste em uma doença de
difícil diagnóstico, porém com crescente aumento de casos publicados. Os avanços das técnicas diagnósticas auxiliaram o diagnóstico
de novos casos. Objetivo: Relatar quadro consumptivo subagudo
em um paciente portador de abscesso esplênico associado a espondilodiscite infecciosa. Relato de caso: Paciente de 59 anos evolui
com quadro de intensa lombalgia, bilateral, incapacitante, cedendo
apenas a analgesia com opiáceos. Diabético e hipertenso há 15
154
anos, com história prévia de amputações de pododáctilos por doença arterial periférica, evoluiu – em um período de 3 meses – com importante perda ponderal, limitação funcional a deambulação e piora
do quadro álgico. Realizou hemograma com leucocitose importante
e tomografia de abdome com esplenomegalia heterogênea, com volume aproximado de 1140 cm³, com coleção purulenta aderida em
cauda de pâncreas e cúpula diafragmática esquerda. Foi submetido
à drenagem cirúrgica da coleção e antibioticoterapia orientada para
S.viridans, crescido em cultura. Durante a internação foi diagnosticado quadro associado de espondilodiscite infecciosa por ressonância
magnética. Discussão: O abscesso esplênico esta associado diretamente a causas predisponentes como imunossupressão, trauma,
radioterapia, endocardite infecciosa e extensão por contiguidade do
processo infeccioso. O diagnóstico é complexo pois, geralmente, o
quadro clínico é inespecífico. No caso em questão a possível etiologia das comorbidades é desconhecida.
ACOMETIMENTO ABDOMINAL DE
LINFANGIOLEIOMIOMATOSE:
UM RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Flávius Vinícius Cabral Soares / Hospital Geral Dr
César Cals de Oliveira; Jones Aguiar de Azevedo / Hospital
Geral Dr César Cals de Oliveira; Pedro Pinto Firmeza / Hospital
Geral de Fortaleza; Mariana Marconato Monje / Hospital
Geral de Fortaleza; Phelipe Celestino Santos / Hospital Geral
Dr César Cals de Oliveira; Ticiano Adler de Sousa Sindeaux /
Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Marina Paiva Sousa
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
/ Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Fernando Holanda
Costa Júnior / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira.
Resumo
Introdução: A linfangioleiomiomatose (LAM) é uma doença rara,
multissistêmica com acometimento característico do parênquima
pulmonar, resultando em formações císticas difusas. O paciente portador de LAM, geralmente, inicia o quadro clínico com sintomas pulmonares, sendo menos comum manifestações extrapulmonares. O
prognóstico é ruim e os indivíduos com esta enfermidade tendem a
evoluir anos após o diagnóstico com insuficiência respiratória e óbito.
Objetivo: Apresentar à comunidade científica casode paciente portadora de LAM que iniciou o quadro clínico com acometimento abdominal, desenvolvendo um extenso linfangioleiomioma retroperitoneal. Casuística: a LAM ocorre preferencialmente mulheres jovens
em idade fértil, com uma prevalência de 3,4-7,8 mulheres/1.000.000.
Métodos: Os dados foram adquiridos por meio da coleta da história clínica, exame físico da paciente e informações registradas
em prontuário médico, assim como revisão de prontuários de
internamento prévio e laudos de exames de imagem, estudo histopatológico e imunohistoquímica, sob autorização da paciente.
Resultados: K.C.A, sexo feminino, 26 anos, iniciou o quadro oito
meses antes da internação com uma dor lombar bilateral, localizada, sem irradiações, que melhorava com o uso de analgésicos.
Três meses após o início da dor, a paciente evoluiu com um quadro de equimose em região abdominal e episódios de saída de
líquido de cor amarelada pela região umbilical. Realizou ultrassonografia abdominal que evidenciou uma volumosa massa pélvica.
A Tomografia Computadorizada de Tórax confirmou a presença
de uma extensa massa retroperitoneal. Foi submetida à laparotomia onde observou-se que a massa era bastante volumosa sendo
colhido material para realização de biópsia, que apresentou linfangioleiomioma. Paciente evoluiu com um quadro de tosse seca,
dispnéia em repouso e saída de líquido de coloração amarelada
pela região umbilical, sendo observado a produção de derrame
pleural com aspecto quiloso. Utilizou-se tamoxifeno como terapêutica. Realizou-se uma TCAR de tórax, que evidenciou formações císticas no parênquima pulmonar. Evoluiu com Trombose
Venosa Profunda em Membro Superior Direito sendo suspenso
do tamoxifeno. Indicou-se sirolimus como alternativa terapêutica.
Conclusão: A LAM é uma doença rara que pode iniciar a sintomatologia com um quadro extrapulmonar, o linfangioleiomioma
retroperitoneal, apesar de ser uma apresentação menos comum,
entra no diagnóstico diferencial de tumores retroperitoneais.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
ACTINOMICOSE RETROPERITONEAL RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Fernando Furlan Nunes / Faculdade de Medicina
da Universidade de Santo Amaro; Diego Ferreira de
Andrade Garcia / Faculdade de Medicina da Universidade
de Santo Amaro; Marcelo Augusto Fontanelle Ribeiro Junior
/ Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro;
Adriano Sampaio / Faculdade de Medicina da Universidade de
Santo Amaro; Julia Carvalho Seabra / Faculdade de Medicina
da Universidade de Santo Amaro; Tamima Mohamad Abou
Arabi / Faculdade de Medicina da Universidade de Santo
Amaro; Javan Alvaro Matera Turrini / Faculdade de Medicina
da Universidade de Santo Amaro; Stefanie Bergamim Saviano
Moran / Faculdade de Medicina da Universidade de Santo
Amaro.
gastrointestinal. Ela se transforma em patógeno na presença
de tecido(TEC) lesado, podendo ocorrer após CG abdominal,
apendicite, perfuração gastrointestinal, corpo estranho ou
neoplasia. O PC pode ter dor, anorexia, febre, leucocitose, massa
palpável e fístulas. A AM pode ser confundida com neoplasia,
AB diverticular, doença inflamatória intestinal e tuberculose. A
CG permite um desbridamento do TEC necrótico,remoção de
fístulas e DG definitivo. O TTO medicamentoso requer um tempo
prolongado devido grande quantidade de fibrose formada pela
infecção. Utiliza-se a PGC,de 10 a 20 milhões de unidades por
dia durante 4 a 6. Conclusão: A AA é uma DC incomum mas
remete um importante DG diferencial em PC com massa AL. O
caso em questão foi elucidado através da cultura do material
coletado na CG.
Resumo
A actinomicose (AM)abdominal (AL) é uma doença (DC)
causada pelo Actinomyces israelli. É uma causa rara de DC
e existem poucos relatos da bactéria como patógeno. A
manifestação AL ocorre em 20% dos casos. O acometimento
retroperitoneal(RP)é raro. A cirurgia(CG) é necessária para
melhor elucidação do caso. Relato: Paciente(PC) DS,59
anos, masculino, procurou o serviço devido osteonecrose em
fêmur e abscesso(AB) em coxa. Ex-tabagista e ex-etilista. Foi
internado para drenar o AB e receber medicação. A análise do
AB evidenciou presença de S aureus. Durante a internação, o PC
evoluiu com febre,dor e distensão AL. Os exames constataram
anemia hipocrômica e microcítica, discreta leucocitose e proteína
C reativa aumentada. A tomografia computadorizada(TC)
mostrou espessamentos nodulares retroperitoneais perirrenais à
esquerda com formação expansiva, se estendendo até a região
pré sacral. Foi aventada a hipótese de neoplasia RP. PC foi
submetido à laparotomia diagnóstica que apresentou abscessos
retroperitoneais, que foram enviados para análise. Durante o
pós-operatório, o PC teve piora clínica, evoluindo com choque
séptico de foco pulmonar e AL. Recebeu antibiótico de amplo
espectro,enquanto aguardava o resultado da cultura do AB. O
anatomopatológico evidenciou um processo inflamatório crônico
inespecífico fibrosante em tecidos moles com ausência de sinais
de malignidade.A cultura do AB teve como crescimento final
Citrobacter freundii e Actinomyces.Após tal resultado,iniciou-se
o TTO com penicilina G cristalina(PGC), 12 milhões de unidades
por dia e houve melhora progressiva do caso. Discussão:
a AM esta presente na flora da cavidade oral e do trato
ADENOCARCINOMA DE APÊNDICE
CECAL EM HÉRNIA DE AMYAND
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Alexsandro Sordi Libardoni / Hospital Estadual de
Sumaré - UNICAMP; Milena Garcia / Hospital Estadual de
Sumaré - UNICAMP; Elaine Cristina de Ataide / Hospital
Estadual de Sumaré - UNICAMP; Henrique Jose Virgili
Silveira / Hospital Estadual de Sumaré - UNICAMP; Marco
Antonio de Oliveira Peres / Hospital Estadual de Sumaré UNICAMP; Thiago Jordao Almeida Prado Mattosinho /
Hospital Estadual de Sumaré - UNICAMP; Arion Baptista
Junior / Hospital Estadual de Sumaré – UNICAMP.
Resumo
Introdução: Hérnia inguinal é uma das afecções cirúrgicas mais
comuns existentes. A Hérnia de Amyand caracteriza-se pela presença
de apendicite aguda no interior do saco herniário inguinal. É uma
condição rara, assim como as neoplasias primárias do apêndice,
sendo o adenocarcinoma o 2º mais frequente. Relato de caso:
MB, 85 anos, com hérnia inguinal direita recidivada de longa data,
procurou nosso serviço relatando abaulamento no local da hérnia
há 5 dias associado a dor. Ao exame físico: REG, corado, hidratado
e afebril. Ao exame físico presença de hérnia inguinal encarcerada
irredutível. Paciente submetido à inguinotomia exploradora, inventário:
apêndice cecal aderido ao saco herniário, com sinais de apendicite
grau II, realizado apendicectomia, seguida de herniorrafia pela técnica
de Bassini. Paciente evoluiu bem e recebeu alta no 3º PO. Estudo
histopatológico: adenocarcinoma bem diferenciado do apêndice
cecal (pT1), com processo inflamatório crônico associado, ausência
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
155
A nais
156
de invasão angio-linfática, com margens de ressecção livres (3 cm).
No seguimento ambulatorial foi proposto hemicolectomia direita
para tratamento cirúrgico definitivo, porém filhos não assinaram o
termo de responsabilidade cirúrgica. Estadiamento com tomografia
e colonoscopia ambos com resultados normais. Discussão: a
incidência da Hérnia de Amyand é de aproximadamente 0,1 %,
o diagnóstico frequentemente é realizado no intraoperatório, o
tratamento é apendicectomia seguida de herniorrafia, dando a
preferência para técnicas sem a utilização de próteses devido a
contaminação cirúrgica. As neoplasias de apêndice também são
de incidência rara (1%). No intraoperatório realizado abertura
da peça observando tumoração vegetante no interior do ápice
do lúmen apendicular. Optamos por aguardar a histologia e não
realizar a hemicolectomia na primeira abordagem, pelas condições
clínicas e por existir a possibilidade de um carcinóide de apêndice
(80-88% das neoplasias do apêndice), desta forma o tratamento
teria sido definitivo. Conclusão: As duas patologias associadas
têm o diagnóstico extremamente raro, o último caso descrito na
literatura foi em 2009. O tratamento envolve as duas patologias de
forma combinada, sendo de extrema importância a realização da
hemicolectomia direita com linfadenectomia, mesmo que realizada
secundariamente, pois este tratamento resulta em aumento da
sobrevida, tendo sido bem estabelecido e documentado pela
literatura.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
os tipos de câncer que acometem o intestino grosso. Relato
de caso: Paciente do sexo masculino, 50 anos, queixa de
dor anal, fezes em fita e hematoquezia iniciado há 10 meses,
com perda ponderal de 9kg no período. Não tinha história
familiar significativa para neoplasia e comorbidades. No exame
abdominal presença de linfonodomegalias inguinais e no do
ânus e reto presença de lesão endurecida, exteriorizando pelo
ânus, lateral esquerda, acometendo toda a circunferência do
canal anal. Exceto pelo tumor de canal anal, não haviam outras
anormalidades no exame físico e com boa performance status
( ECOG-0) . Nos exames laboratoriais apresentava CEA 3,4. Exame
de Colonoscopia mostrou lesão estenosante de canal anal, que
não impedia a progressão do aparelho.Realizada biopsia da lesão:
adenocarcinoma bem diferenciado, padrão usual. Tomografia
computadorizada de tórax com contraste: discreta alterações
pleurais de aspecto residual e pequena opacidade parenquimatosa
no lobo médio. Tomografia computadorizada de abdome com
contraste: cisto renal corticala esquerda, aparente espessamento
parietal do reto com diminutos linfonodos perirretais. Baseados
nestes achados a lesão foi diagnosticada como adenocarcinoma
de margem anal, T3N3M0 , estadio IIIb (Classificação TNM).
Realizou neoadjuvância (radioterapia e quimioterapia),sem boa
resposta clínica, sendo posteriormente submetido a Amputação
abdomino-perineal do reto. Anatomo-patologia : adenocarcinoma
de margem anal. Foi encaminhado para seguimento na Oncologia
ADENOCARCINOMA METASTÁTICO
EM REGIÃO INGUINAL DIREITA PÓS
AMPUTAÇÃO ABDOMINO-PERINEAL
DEVIDO À NEOPLASIA DE CANAL
ANAL
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Franciara Letícea Moraes da Cunha / HBDF; Cynthia
Abdalla Cruz / HBDF; Sérgio Luiz Cruz Cunha / HBDF;
Mariana Dias Zanchetta / HBDF; Dannilo Brito Silveira /
HBDF; Alexandre Gheller / HBDF; Erivaldo Fernandes Lira /
HBDF; Renata Gomes Ramalho Dos Santos / HBDF.
Resumo
clínica, realizou quimioterapia adjuvante. Retornou ao ambulatório
de Coloproctologia após três anos apresentando lesão em região
inguinal, ulcerada com retração e drenagem de secreção com odor
fétido, medindo cerca de 8cm no seu maior diâmetro. Realizado
biopsia: adenocarcinoma mestástatico, ulcerado e infiltrativo a
pele da região inguinal direita. Encaminhado para Oncologia para
terapia de resgate.
ADENOCARCINOMA PRECOCE NO
SEGMENTO GÁSTRICO EXCLUSO
APÓS BYPASS GÁSTRICO: RELATO DE
CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Introdução: Os tumores no canal do ânus são mais frequentes
entre as mulheres. Os que surgem nas bordas do ânus são
mais comuns nos homens. Os tumores malignos surgem em
tipos diferentes de tecidos, sendo o carcinoma epidermoide
responsável por 85% dos casos. O câncer anal é raro e representa
de 1 a 2% de todos os tumores do cólon e de 2 a 4% de todos
Autores: Flávio Heuta Ivano / Hospital Sugisawa; Leonardo
Yoshio Sato / Hospital Sugisawa; Lie Mara Hirata / Hospital
Sugisawa; Aline Menacho Moraes / Hospital Sugisawa;
Robson Matsuda Fernandez / Hospital Sugisawa; Rodrigo
Coutinho Passos / Hospital Sugisawa; Ricardo Taqueyoshi
Sugisawa / Hospital Sugisawa; Rogério Takeshi Miyake /
Hospital Sugisawa.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Resumo
A obesidade mórbida é um dos maiores problemas de saúde
em todo o mundo. A cirurgia bariátrica é o tratamento mais
efetivo para perda de peso em obesos mórbidos. No bypass
gástrico em Y de Roux (BGYR), é confeccionado um pequeno reservatório gástrico, por onde o alimento passa, e a parte
ADRENALECTOMIA
VIDEOLAPAROSCÓPICA DE TUMOR
DE GLÂNDULA ADRENAL
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Augusto Fey / PUC-PR; Paulo Hoffmann / UNIDAVI
/ HRAV; Lindolfo Moratelli / UNIDAVI / HRAV; Paulo Victor
Jensen Cunha / UNIDAVI / HRAV; Bruno Haffemann Moser
/ HRAV; Jair Volney Carlos Teixera / HRAV.
distal do estômago fica exclusa. O estômago excluso pode ser
sede de doenças como gastrite, úlcera, hemorragia, obstrução,
Resumo
perfuração e neoplasia. O câncer gástrico no segmento excluso
é raro. Após o BGYR, a avaliação endoscópica do estômago
O adenoma de adrenal é mais frequente em adultos, principal-
excluso fica comprometida, pois ele não é acessível por endos-
mente no idoso frequentemente assintomático por não secretar
copia digestiva alta (EDA). É possível avaliá-lo por meio da en-
hormônios (não funcionantes). Entre os que secretam hormô-
teroscopia de duplo balão (EDB), que é um método seguro e
nios (funcionantes) pode haver hipersecreção de aldosterona
eficaz. Outra forma de acesso é por meio de gastrostomia no
gerando hiperaldosteronismo primário ou cortisol desenvolven-
estômago excluso, que possibilita avaliação endoscópica deste
do a síndrome de Cushing.Tratamento pode ser conservador
segmento. Sem rotina para o uso de EDB, a presença de sinais
quando a imagem radiológica demonstrar imagem menor que
de alarme como anemia crônica, melena e emagrecimento deve
4 cm e ausência de hiperfunção hormonal. A videolaparoscopia
ser investigada nos pacientes submetidos ao BGYR. A EDA no
é o tratamento de escolha. O objetivo deste trabalho é relatar
pré-operatório é o melhor método para avaliação do estôma-
um caso de adenoma de suprarrenal tratado videolaparosco-
go. Relato de caso: M.L.G.S., feminina, 52 anos, submetida
picamente. Caso Clínico: Paciente feminina de 65 anos, em
ao BGYR, há 9 anos. Iniciou com quadro de anemia refratária
acompanhamento com serviço de nefrologia devido a hiperten-
ao tratamento clínico e melena. Foi realizada EDA, que mostrou
são arterial refratária ao tratamento e hipocalemia(K 2,3). Ape-
BGYR. A colonoscopia demonstrou resíduos enegrecidos no
sar do uso regular de diovan, anlodipino e atenolol, mantinha
cólon direito e íleo terminal. Também foi submetida à EDB por
picos hipertensivos, necessitando uso de atensina esporádico,
via anterógrada, que permitiu acesso à alça bíleo-pancreática,
com episódio de internação para tratamento de arritmia cardí-
longa, com 100 cm de extensão, que impediu a progressão do
aca em UTI, devido à hipocalemia (K 1,7). A partir dos dados
aparelho além deste nível. Sem acesso ao estômago excluso, foi
clínicos pensou-se em hiperaldosteronismo primário. Exames
submetida à laparotomia exploradora com gastrostomia transo-
complementares: Aldosterona: 40,2; Atividade de renina plas-
peratória, para realização de EDA, que mostrou lesão ulcerada
mática: 2,2. Teste confirmatório: dosagem de K urinário inade-
com sinais de malignidade. A cirurgia foi complementada com
quadamente elevado com metanefrinas urinárias normais. TC
gastrectomia subtotal com esvaziamento ganglionar. A biópsia
de abdome demostrou glândulas suprarrenais assimétricas e >
revelou margens cirúrgicas livres de neoplasia e carcinoma gás-
D, pela presença de nódulo hipercaptante medindo 16 X18mm,
trico precoce, tipo macroscópico IIa + III, na incisura angular,
sugerindo o aspecto do adenoma suprarrenal. Iniciou-se trata-
de 4 x 2,5 cm. Tipo histológico: adenocarcinoma pouco dife-
mento com espirinolactona e cloreto de potássio VO. Foi realiza-
renciado com células em “anel de sinete”, invasor, tipo difuso de
do adrenalectomia videolaparoscópica. Houve boa evolução e o
Lauren. Profundidade de invasão: submucosa (SM2). Dois anos
paciente recebeu alta hospitalar no segundo pós-operatório. O
após a cirurgia, a paciente está assintomática e não há sinais de
exame anatomopatológico da peça cirúrgica demonstrou ade-
recorrência. Exames de imagem e marcadores tumorais perma-
noma cortical de glândula adrenal No retorno pós-operatório
necem dentro dos padrões de normalidade. Conclusão: Os
em 7 dias a paciente apresentava controle satisfatório da pres-
pacientes devem ser submetidos à EDA no pré-operatório para
são arterial com uso apenas de um anti-hipertensivo (Diovan
identificação de lesões suspeitas no estômago. Pacientes sub-
160mg) e níveis séricos normais de potássio (K: 4.3) Pode-se
metidos ao BGYR com sinais de alarme devem realizar investi-
concluir que a videolaparoscopia é um tratamento adequado
gação do estômago excluso por meio de EDB.
para tumores de suprarrenal.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
157
A nais
ANÁLISE DOS ASPECTOS CLÍNICOS E
CIRÚRGICOS EM PACIENTES VÍTIMAS
DE ESCALPELAMENTO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
158
Autores: Raquel de Maria Maues Sacramento / Residente
do serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/
Hospital Ophir Loyola; Francisco de Assis Alencar / Chefe do
serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital
Ophir Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca / Coordenador
da Residência de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean
Bitar/Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia /
Vice Coordenador da Residência de Cirurgia Geral - Centro
Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola; Sebastião Neto
Fernandes Barros / Residente do serviço de Cirurgia Geral
- Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola; Raíssa
Pereira de Tommaso / Residente do serviço de Cirurgia Geral Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola; Luiz Carlos
da Silva Duarte Júnior / Residente do serviço de Cirurgia Geral
- Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola; Claudio
Claudino Alves Almeida / Preceptor do serviço de Cirurgia
Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
complicação oriunda do escalpelamento teve-se a infecção em
(21/62) 34% dos pacientes, seguida da avulsão de pálpebras e
orelhas. Dos procedimentos cirúrgicos realizados destacou-se
o enxerto e o curativo cirúrgico realizados em 47,9% (23/48)
das pacientes, expansor em (12/48) e retalho e trepanação,
além de reconstrução de pálpebras, palvilhão auricular e supercílio. Conclusão: A principal característica das lesões foi
a exposição óssea e de tecido granulomatoso. A complicação
mais encontrada foi a infecção, seguida da avulsão de pálpebras e orelhas. Como principal intervenção cirúrgica reparadora encontraram-se as enxertias de origem autógena, tendo a
coxa como principal área doadora. Tempo de tratamento das
vítimas é longo e doloroso, e não recupera os cabelos e nem as
lesões decorrentes do arrancamento de orelhas e pálpebras.
Dai a importância das intervenções cirúrgicas com expansores
e enxertos, visto que a necessidade de reconstrução de determinadas regiões ou áreas do corpo prevém a cura do paciente
em primeiro lugar, mas, evita ainda complicações funcionais e
maiores transtornos de ordem estética, mental e social.
Resumo
Introdução: Escalpelamento é trauma comum na região
Norte do Brasil, causado por avulsão parcial ou total do couro
cabeludo. Neste ambiente geográfico ocorre principalmente pelo contato acidental de cabelos longos com motor de
eixo rotativo de embarcações fluviais (BRITO et al,2004). O
presente trabalho tem como objetivo demonstrar, a partir da
análise de casos atendidos no Hospital Fundação Santa Casa
de Misericórdia do Pará a reconstrução das lesões do couro cabeludo em pacientes com traumas por escalpelamento.
Objetivo: Relatar os aspectos clínicos e cirúrgicos prevalentes em vítimas de escalpelamento. Casuística: 48 pacientes.
Método: Foi realizado um estudo observacional transversal,
retrospectivo, descritivo e individual com 48 pacientes vítimas
AS DIFICULDADES DA READAPTAÇÃO
ALIMENTAR E GANHO NUTRICIONAL
NO PACIENTE OSTOMIZADO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores:Ana Luiza Rassi de Mendonça / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Ibsen Augusto de Castro Azeredo
Coutinho / Tecnomed Industria; Luciana Meireles de Azeredo Coutinho / Pontifícia Universidade Católica de Goiás;
Lucyana Côrtes Torres / Pontifícia Universidade Católica de
Goiás; Larissa Lopes Harada / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Mayse Meireles de Azeredo Coutinho / Hospital
Santa Genoveva; Lara Meireles de Azeredo Coutinho / Hospital do servidor Público de São Paulo.
Resumo
de escalpelamento no período de Janeiro de 2006 a setembro de 2010. Resultados: Dos prontuários analisados 37,50%
Nos últimos anos tem-se observado um aumento crescente
(18/48) tiveram escalpelamento total e 56,25% (27/48) tiveram
no número de ostomias realizadas em pacientes com
escalpelamento parcial, os demais não foram registrados, o
doenças neurológicas e portadores de doenças do trato
causador da avulsão do couro cabeludo em 91,64% foi devi-
gastrointestinal. Esta intervenção é capaz de modificar o
do a torção do cabelo junto ao eixo rotativo do barco. Como
processo anabólico e catabólico do organismo do paciente,
principal característica das lesões a exposição óssea, presente
alterando suas funções biológicas e com isso o curso de sua
em (19/62) 30,6% dos casos pesquisados. FREITAS, (2005)
patologia. O objetivo do estudo foi descrever e identificar,
aponta também, como lesões por escalpelamento, necrose
com bases na literatura, as dificuldades que os pacientes
isquêmica, osteíte e seqüestração óssea. e como principal
ostomizados encontram na sua readaptação alimentar e
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
ganho nutricional após a cirurgia. Tratou-se de um estudo de
revisão dos últimos dez anos, nas bases de dados LILACS
e SciELO. Certos alimentos, principalmente aqueles que
promovem cheiro forte nas fezes, gazes e fezes amolecidas são
os mais rejeitados pelos pacientes ostomizados, que devem
procurar, mesmo que evitando certos alimentos, uma dieta
balanceada e com suporte nutricional adequado para seu
organismo. como presente estudo foi possível concluir que,
uma vez realizada a ostomia no paciente, esta promove não
só mudanças na saúde biológica do individuo, como também
modifica o âmbito psicossocial, sendo que o ostomizado deve
aprender a observar os efeitos que cada alimento promove em
seu organismo retirando aqueles não tolerados sem que isso
influencie em seu ganho nutricional.
AVALIAÇÃO DE PACIENTES QUANTO
AO RISCO DE INFECÇÃO DE SÍTIO
CIRÚRGICO EM UM HOSPITAL
PÚBLICO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Carlos José Cardoso Dourado / Ophir Loyola; Allan
Herbert Feliz Fonseca / Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha
Garcia / Ophir Loyola; Raissa Pereira de Tommaso / Ophir
Loyola; José Gabriel Miranda Da Paixão / Ophir Loyola;
Daniel Pereira Rezende de Almeida / Cesupa; Ariney Costa
de Miranda / Cesupa; Denise Cristina Dos Santos Luz / Ophir
Loyola.
Resumo
A infecção de sítio cirúrgico (ISC) vem sendo apontada como
a principal complicação dos procedimentos cirúrgicos. Dentre
ASPECTOS BIOPSICOSSOCIAIS
DO PACIENTE JOVEM RECÉMOSTOMIZADO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Ana Luiza Rassi de Mendonça / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Ibsen Augusto de Castro Azeredo
Coutinho / Tecnomed Indústria; Luciana Meireles de Azeredo Coutinho / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Lara
Meireles de Azeredo Coutinho / Hospital do servido Público
Estadual de São Paulo; Mayse Meireles de Azeredo Coutinho
/ Hospital Santa Genoveva; Lucyana Côrtes Torres / Pontifícia
Universidade Católica de Goiás; Larissa Lopes Harada / Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
as suas implicações destacam-se: a ampliação do período de
internação, a utilização de terapia antibiótica, a utilização de
testes adicionais de diagnóstico e a necessidade de novos
procedimentos cirúrgicos. Trata-se de um tipo específico de
infecção responsável pelo aumento da morbidade e mortalidade,
que se traduz em enormes prejuízos aos pacientes e aos sistemas
de saúde. O presente estudo tem como objetivo: descrever o
perfil clínico-epidemiológico dos pacientes diagnosticados com
ISC; identificar eventuais fatores de risco; e avaliar sua relação
com o escore de risco NNIS. Trata-se de um estudo descritivo
e retrospectivo, que avaliou dados de 241 pacientes submetidos
a procedimentos em cirurgia geral, em um hospital terciário, no
período de janeiro a dezembro de 2012. A taxa de incidência
Resumo
global de ISC foi de 8,7% (IC95%: 5,2 a 12,3%). Somente 38,1%
dos diagnósticos se deram na internação hospitalar. A faixa etária
Nos últimos anos tem-se observado um aumento crescente no
com maior incidência foi a de 61 a 75 anos (17,7%). O sexo
número de ostomias realizadas em pacientes jovens portadores de
masculino apresentou maior taxa de ISC, 10,4 contra 7,4%. As
doenças do trato gastrointestinal e vitimas de trauma abdominal.
comorbidades mais prevalentes foram: a hipertensão arterial
O objetivo deste estudo foi descrever e identificar, com bases na
sistêmica (22%); o tabagismo (15,8%), obesidade (14,1%) e o
literatura, as dificuldades que os pacientes jovens (15 – 35 anos)
diabetes (6,6%). O procedimento cirúrgico que apresentou a
ostomizados encontram na sua readaptação social. Tratou-se de um
maior taxa de ISC foi a reconstrução do transito intestinal (25%).
estudo de revisão dos últimos dez anos, nas bases de dados LILACS
Das variáveis estudadas, comportaram-se como fator de risco:
e SciELO. No decorrer deste trabalho foi possível concluir que além
o tabagismo, a imunossupressão, o índice ASA e o potencial de
das inúmeras modificações da fisiologia do trato gastrointestinal, o
contaminação do procedimento cirúrgico. e como fator protetor:
paciente jovem deve contar após a ostomia, com cuidados amplos de
a ausência de comorbidades e a colecistectomia laparoscópica.
higiene corporal, restrições de certas atividades físicas características
por fim, o estudo demonstra que o diagnóstico pós-alta hospitalar
dessa faixa etária, mudança em sua vida social, sexual e obter, com o
é bastante representativo sobre a taxa global de ISC, e que existe
apoio de uma equipe multiprofissional, uma nova perspectiva de sua
uma real associação entre a ocorrência da ISC e o aumento da
autoimagem.
classificação do escore de risco NNIS.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
159
A nais
CARCINOMA ESPINOCELULAR EM
VESÍCULA BILIAR – RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro Junior / UBISA;
Murillo de Lima Favaro / UNISA; Fernando Furlan Nunes /
UNISA; Diegi Ferreira de Andrade Garcia / UNISA; Ligia
Oliveira Ribeiro / UNISA; Leonardo Neves da Silva Saguia
/ UNISA; Fernando Kamimoto Eckmann Helene / UNISA;
Guilherme Erdmann da Silveira / UNISA.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
prolifera-se rapidamente, exibe baixa incidência de metástase
linfonodal, sendo direta a invasão precoce de órgãos vizinhos. A
ressecção curativa pode ser esperada em 20-40% dos pacientes e
confere prognóstico reservado ao paciente.
CISTO DE MESENTÉRIO GIGANTE DE
ORIGEM TUBERCULOSA
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Resumo
160
Introdução: O câncer de vesícula biliar é a neoplasia mais comum
do trato biliar, com prevalência muito variável: 1,43/100.000 nos
EUA e 17,8/100.000 no Chile. O adenocarcinoma é o tipo histológico
mais comum (90-95%), enquanto o Carcinoma Espinocelular
(CEC) é raro, o que torna sua informação na literatura limitada. A
idade média dos pacientes com CEC de vesícula biliar é de 65 anos,
com predominância no sexo feminino (3,8:1). Objetivo: Relatar
caso de CEC em Vesícula Biliar diagnosticado no Hospital Geral do
Grajaú (SP), em maio/2014, e verificar sua apresentação, evolução e
prognóstico diante do tratamento realizado, correlacionando-o com a
literatura. Metodologia: Revisão de prontuário e literatura. Relato
de Caso: VVG, 45 anos, masculino, pardo, solteiro, ajudante geral,
natural da Bahia, em SP há 20 anos. QD: dor abdominal há 1 ano.
HPMA: paciente refere dor em flanco esquerdo há 1 ano irradiada
para mesogastro e febre não aferida. Nega alteração do hábito
intestinal. Relata perda de 10 kg em 7 meses. Exame Físico de entrada:
regular estado geral, anictérico, acianótico e afebril. Abdome flácido,
doloroso em flanco esquerdo, abaulamento palpável, endurecido,
aderido aos planos profundos até região umbilical, com diâmetro de
15 cm. Tomografia Computadorizada visualizou: vesícula biliar não
caracterizada, com volumosa coleção heterogênea, cápsula espessa,
conteúdo líquido/gasoso extendendo-se até fossa ilíaca direita
e hipogastro. Indicada laparotomia exploradora que evidenciou:
tumoração intracavitária acometendo o cólon transverso, aderida
à parede abdominal e à grande curvatura gástrica, envolvendo a
vesícula biliar. Realizada Colectomia segmentar com grampeador
linear 75, ressecção da tumoração em monobloco (vesícula biliar,
transverso, meso correspondente e linfonodos) e cólon-cólon
anastomose à Barcelona. Resultados: Anatomopatológico: CEC
bem diferenciado. Estadiamento: pT3 pNX pMX. Perfil imunohistoquímico associado ao aspecto histológico consistente com
infiltração de CEC bem diferenciado em vesícula biliar e parede de
intestino grosso. Sítio primitivo provável: vesícula biliar Conclusão:
O CEC de vesícula biliar é uma entidade rara, de difícil diagnóstico,
Autores: Emmanuel Conrado Sousa / UESC; Mayana Oliveira
Soares Vieira / UESC; Matheus porto Carvalho / SCMI;
Rosangela Carvalho de Melo / UESC; Dário Nunes Moreira
Junior / SCMI.
Resumo
Introdução: Os cistos de mesentério são entidades raras,
com incidência estimada em 1/100.000 a 1/250.000 admissões
hospitalares, com igual proporção entre os sexos. É definido como
qualquer lesão cística localizada entre os folhetos do mesentério,
sendo mais comumente encontrado no íleo. Metodologia: Descrição de caso clínico: WMS, masculino, 25 anos, ajudante de
pedreiro e solteiro. Apresentava aumento de volume abdominal
há 01 ano, mais acentuado nos úlimos três meses,empachamento
pós-prandial e emagrecimento de 12 Kg neste período, equivalendo
a 15% do peso corporal. Tratado de tuberculose pulmonar há 04
anos. Paciente emagrecido e descorado+/4. Ao exame abdômen
distensão acentuada , indolor, pouco móvel e de consistência cística
a palpação; maciço a percussão e com RHA diminuídos. Exames
de imagem (ultrassonografia e tomografia computadorizada do
abdômen) identificam volumosa massa cística ocupando todo
abdômen e deslocando alças intestinais superiormente e para
esquerda, com diâmetro longitudinal de 32 cm. Submetido à
laparotomia exploradora que mostrou volumoso cisto mesentérico
do intestino delgado, contendo 15 litros de liquido esverdeado sem
odor. Apresentava cápsula firme e adjacente ao mesentério do
delgado bloco de linfonodos aumentados que foi ressecado. Paciente
apresentou boa evolução no pos-operatório, alta no 7º dia de posoperatório. A histopatologia mostrou tratar-se de cisto de mesentério
gigante de origem tuberculosa. Discussão: Em 1950, Beahrs e cols
classificaram os cistos mesentéricos em quatro grupos de acordo
com sua etiologia e características histológicas: cistos embrionários
ou de desenvolvimento, cistos traumáticos ou adquiridos, cistos
neoplásicos e cistos infecciosos ou degenerativos. Nosso relato
registra uma destas raridades, apresentando-se como lesão cística
gigante, relacionada à tuberculose pulmonar tratada anteriormente,
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
com resolução do quadro abdominal após completa excisão do cisto.
Conclusão: A excisão cirúrgica completa deve ser indicada em
todos os casos de cisto do mesentério, contribuindo para determinar
sua etiologia e evitando complicações como hemorragia ou ruptura.
moderadamente diferenciado, comprometendo a cabeça do pâncreas e linfonodos locorregionais, compatível com sítio primário de vias
biliares extra hepático (colédoco). O duodeno livre de neoplasia. O
pós-operatório imediato foi na UTI, evoluindo com fístula biliar e boa
resposta ao tratamento conservador. Abscesso hepático que foi tra-
CISTOADENOCARCINOMA
DE COLÉDOCO COM TUMOR
SINCRÔNICO DE PÂNCREAS
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Augusto Fey / PUC-PR; Lindolfo Moratelli /
UNIDAVI / HRAV; Paulo Hoffmann / UNIDAVI / HRAV; Paulo
Victor Jensen Cunha / UNIDAVI / HRAV; João Vilson Cláudio
Teixeira / HRAV; Bruno Hafemann Moser / HRAV.
Resumo
tado com punção guiada por tomografia. Alta no vigésimo primeiro
dia de internação e ao serviço de oncologia.
COLANGIOPANCREATOGRAFIA
RETRÓGRADA ENDOSCÓPICA (CPRE)
MAIS PAPILOTOMIA EM PACIENTE
COM COLEDOCOLITÍASE RESIDUAL –
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Paciente de 43 anos, masculino. Atendido pronto-socorro do Hospital Regional do Alto Vale com uma história de dor em hipocôndrio
direito há 15 dias e há 7 dias com icterícia, emagrecimento, colúria e acolia, desidratado, abdômen doloroso em hipocôndrio direito
sem massas palpáveis.Irmão com neoplasia hepática avançada aos
43 anos. Exames laboratoriais: TGO: 351; TGP: 509; GGT: 1400; FA:
1202; Bilirrubinas: Total 17,2; Indireta 1,8; Direta: 15,4. USG:Pequena
dilatação das vias biliares intra-hepáticas, com formação de aspecto cístico, medindo 8,2 x 5,4 cm na topografia do colédoco. TC de
abdômen:Discreta dilatação de vias biliares intra-hepática, com formação expansiva hipodensa medindo cerca de 8,8 x 5,5cm, localizado na topografia do colédoco. Optou-se pelo tratamento cirúrgico
onde foi realizado exérese de cisto de colédoco + colecistectomia +
anastomose bileodigestiva em Y de Roux. Anatomopatológico:adeno
carcinoma moderado diferenciado e invasivo de ducto extra hepático.
Dilatação cística de colédoco com infiltração de gordura e metástase
para linfonodos locorregionais. Estadiamento T3N2. Paciente evoluiu
com fistula da anastomose bileodigestiva, com boa resposta ao tratamento conservador com nutrição parenteral. Recebeu alta hospitalar
no décimo quarto dia de internação e foi encaminhado ao serviço
de oncologia que iniciou com quimioterapia. Após 4 meses da cirurgia o paciente retorna ao serviço de cirurgia com dor abdominal
e exames laboratorias compatíveis com pancreatite. Foi realizado
umacolangiorressonanciamagnética que demonstrou pâncreas apresentando aumento da região cefálica, devido provável lesão nodular
(medida estimada de 2cm), ocasionando dilatação difusa do ducto
pancreático principal e sinais de atrofia do corpo e calda. Paciente
foi submetido a duodenopancreatectomia e jejunostomia com ressecção dos linfonodos locais. Anatomopatológico: adenocarcinoma
Autores: Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir
Loyola; Luiz Otávio Lopes Macedo / Hospital Ophir Loyola;
Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophir Loyola; Allan
Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; Carlos Jose
Cardoso Dourado / Hospital Ophir Loyola; Adriano Sousa
/ Hospital Ophir Loyola; Carlos Augusto Furtado Pereira de
Souza / Hospital Ophir Loyola; Fabio Costa Negrao / Hospital
Ophir Loyola.
Resumo
Introdução: No Ocidente, no qual temos o Brasil, cerca de 90 –
95% dos casos de coledocolitíase resultam da passagem de um
cálculo formado na vesícula biliar pelo ducto cístico em 6 – 12 % dos
portadores de colelitíase. Objetivo: Relatar um caso de coledocolitíase
tratada por CPRE e papilotomia evoluindo a óbito. Casuística: Um
paciente (relato de caso). Método: Avaliação retrospectiva do
prontuário da paciente no Hospital Jean Bitar. Resultados: Paciente
do sexo feminino, 69 anos, com antecedente de colecistectomia
há dez anos, procurou atendimento médico há dois anos devido
apresentar dor em hipocôndrio direito e epigástrio. Foi realizada
ultrassonografia que atestou diagnóstico de coledocolitíase residual,
além de possuir colangiorressonância afirmando dilatação do ducto
colédoco. A paciente negou episódios sugestivos de colestase e não
possuía outras comorbidades. A fosfatase alcalina, GGT, bilirrubinas
totais e frações apresentavam-se em seus níveis de normalidade
no pré-operatório, bem como não havia alterações no restante
dos exames laboratoriais pré-operatórios. O risco cardiológico foi
avaliado de classe I. A paciente internou no Hospital Jean Bitar e foi
realizado o tratamento por meio de CPRE mais papilotomia e retirada
de cálculos do colédoco. Dois dias após o procedimento a paciente
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
161
A nais
evoluiu progressivamente com rebaixamento do nível de consciência,
hipotensão, cianose de extremidades e taquedispneia, dando
entrada na UTI. A mesma apresentava–se com níveis de lactato,
bem como de ureia, GGT, AST e ALT pouco elevados e um aumento
mais significativo da creatinina sérica. porém mais significativo foi
o aumento da amilase para 2.492 U/L e da lipase para 1.147 U/L.
Apresentava também leve anemia sem leucocitose. Evoluiu com
acidose metabólica e respiratória com pH de 6,94. A paciente teve
quatro paradas cardíacas na UTI evoluindo a óbito. Conclusão:
A CPRE, embora invasivo, possui taxa de complicação em torno de 5-7
% e as principais complicações da esfincterectomia são a colangite
e a pancreatite, perfuração e sangramento. A esfincterectomia tem
uma taxa de mortalidade de 1%. portanto, mesmo com taxas baixas
de complicações, as mesmas, quando ocorrem precisam de extrema
atenção e intervenção em tempo hábil.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
B e C, bem como outras causas de imunodeficiência, estando
todos os resultados negativos. Foi submetido à biópsia da lesão
que evidenciou condiloma acuminado sendo ressecado pela
técnica de Shaving e as recidivas com crioterapia. Discussão:
O objetivo principal do tratamento do condiloma acuminado
é a eliminação do maior número de lesões visíveis até que o
sistema imune do hospedeiro consiga controlar a replicação
viral. A escolha da melhor técnica depende do tamanho,
local, número, morfologia das lesões, custo, reações adversas,
preferências do paciente, terapias anteriores e habilidades
do médico. A terapia farmacológica é indicada para lesões de
pequenas. A terapia cirúrgica, por sua vez, tem a vantagem de
conseguir extinguir as lesões em uma ou poucas sessões. A
crioterapia é indicada para as recidivas. A ressecção cirúrgica
é o melhor método além de permitir a avaliação histológica da
lesão, foi o método utilizado no caso em questão. A recorrência
162
CONDILOMA ACUMINADO COM
LOCALIZAÇÃO INGUINAL EM
PACIENTE MASCULINO: RELATO DE
CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Beatriz Moraes Vieira da Silva / PUC Campinas;
Bianca Calil / PUC Campinas; Ivna Holanda Viana / PUC
Campinas; Antonio José Alves Junior / PUC Campinas;
Joaquim Simões Neto / PUC Campinas.
é elevada (25 a 50%) principalmente se o tratamento cirúrgico
não é empregado. Conclusão: O condiloma acuminado é uma
doença de incidência crescente, cujo diagnóstico é realizado por
suspeita clínica e biópsia. O tratamento é variado e tem o objetivo
de eliminar o maior número de lesões, entretanto as taxas de
recidiva ainda são altas, especialmente onde é empregado outro
tratamento que não o cirúrgico.
HÉRNIA DE SPIEGEL ENCARCERADA:
RELATO DE CASO
Resumo
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Introdução: Os condilomas acuminados são lesões vegetantes
que atingem a região ano genital causados pelo Papiloma
Vírus Humano (HPV). A transmissão se dá por contato sexual
e tem período de incubação de três semanas a oito meses. A
incidência do condiloma em homens e mulheres é equivalente
e a faixa etária mais acometida está entre 15 e 30 anos. Sua
infecção é atualmente a doença sexualmente transmissível (DST)
mais prevalente no Brasil. Objetivo: Relatar um caso clínico
de interesse na prática médica por sua crescente incidência
e mostrar a condução do mesmo. Relato de caso: Paciente
masculino, 49 anos, procurou o serviço de Cirurgia Geral do
Hospital da PUC – Campinas referindo o aparecimento de lesões
enegrecidas, não pruriginosas e indolores em região inguinal
há 1 ano . Ao exame físico apresentava bom estado geral,
com numerosas lesões enegrecidas, elevadas e de tamanhos
variados em região inguinal bilateral. Durante a investigação
diagnóstica foram pesquisadas infecções pelo vírus HIV, Hepatite
Autores: Hermano Augusto de Medeiros Junior / Hospital
Renascença Campinas; Henrique Valerio de Mesquita /
Hospital Renascença Campinas; Leandro de Souza Lehfeld
/ Hospital Renascença Campinas; Tatiana Paschoalato /
Hospital Renascença Campinas; Gustavo da Silveira Trindade
/ Hospital Renascença Campinas.
Resumo
Introdução: As hérnias de Spiegel podem ser descritas como
protrusão de um saco peritonial, órgão ou gordura pré-peritonial por
meio de defeito adquirido ou congênito através da fáscia spiegeliana,
que faz parte da aponeurose do músculo transverso abdominal,
localizando-se entre a linha semilunar e a borda lateral do músculo
reto abdominal, frequentemente acima dos vasos epigástricos
inferiores, ao nível da linha arqueada, onde a fáscia encontra-se mais
larga e delgada. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 40
anos, obesa, com relato de dor abdominal persistente em região
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
de fossa ilíaca esquerda, náuseas, sem vômitos, sem febre. Exames
diagnóstico de Policitemia Vera há cinco anos, sendo flebotomia
iniciais com leucocitose discreta. Realizada tomografia de abdome
periódica a única conduta terapêutica; negou outras comorbidades.
e solicitada avaliação da equipe de Cirurgia Geral. Ao exame físico
Ao exame físico admissional, paciente apresentava abdômen globoso,
apresentava massa dolorosa próximo a crista ilíaca esquerda, sem
normotenso, com abaulamento de 5x6 cm em flanco esquerdo,
sinais flogísticos, irredutível manualmente mesmo após sedação.
doloroso à palpação superficial em flanco e fossa ilíaca esquerda,
Optado por abordagem cirúrgica, com achado de hérnia de Spiegel
ruídos hidroaéreos presentes e presença de esplenomegalia até o nível
encarcerada, sem sinais de sofrimento do conteúdo. Realizado
da cicatriz umbilical. Realizou-se colecistectomia videolaparoscópica
reparo e colocaçao de tela pré aponeurótica. Evolução pós
associada à hernioplastia, com colocação de tela, no mesmo ato
operatória satisfatória. Conclusão: As hérnias de Spiegel são raras
operatório. Os procedimentos cirúrgicos foram realizados sem
e com potencial de encarceramento. O presente caso foi tratado
intercorrências, com diagnóstico intraoperatório de hérnia de Spiegel.
cirurgicamente com sucesso.
Paciente retornou ao leito e 6 horas após a cirurgia, evoluiu com
formação de hematoma subjacente às incisões e retornou ao bloco
HÉRNIA DE SPIEGEL EM PACIENTE
PORTADORA DE POLICITEMIA VERA:
UM ACHADO INTRAOPERATÓRIO
DE COLECISTECTOMIA
VIDEOLAPAROSCÓPICA
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Bernardo porto Maia / UEPA; Francisco de Assis
Alencar / Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha
Garcia / Hospital Ophir Loyola; Allan Herberth Feliz Fonseca
/ Hospital Ophir Loyola; Bruno de Castro Ribeiro / Hospital
Ophir Loyola; Victor Soares Peixoto / Hospital Ophir Loyola;
Carolina Costa Beckman Nery Oti / Hospital Ophir Loyola;
Igor Isamu Couceiro Seto / UEPA.
Resumo
Introdução: A Hérnia de Spiegel é uma patologia não muito
frequente cujo tratamento é cirúrgico. Entre os diagnósticos
diferenciais podemos ter desde lipomas até tumores de anexos à pele.
O conhecimento dessa patologia é essencial para que haja o correto
diagnóstico e tratamento da mesma. Objetivo: Relatar o caso de
uma paciente portadora de policitemia vera com hérnia de Spiegel
diagnosticada durante colecistectomia laparoscópica. Casuística: Um
paciente (relato de caso). Metodologia: Relato de caso baseado
em dados de prontuário, entrevista e acompanhamento do quadro
clínico da paciente. Resultado: MJAS, sexo feminino, 69 anos,
cirúrgico para drenagem da coleção. No primeiro pós-operatório, com
dispneia e mal estar geral, a paciente foi encaminhada novamente
ao bloco para cirurgia de controle de danos e posteriormente ao
CTI, no qual foram administradas drogas vasoativas e transfusão de
concentrados de hemácias. Durante sua permanência no CTI, evoluiu
com insuficiência renal, choque hipovolêmico grau IV e acidose
metabólica, progredindo a óbito quatro dias depois. Conclusão:
A adição de procedimentos secundários ao procedimento principal
aumenta o índice de complicações cirúrgicas principalmente em
pacientes com co-morbidades já previamente diagnosticadas.
HÉRNIA INCISIONAL GIGANTE EM
PACIENTE HEPATOPATA - RELATO DE
CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Diego Ferreira de Andrade Garcia / Universidade
de Santo Amaro; Fernando Furlan Nunes / Universidade de
Santo Amaro; Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro Junior /
Universidade de Santo Amaro; Alana Coutinho Torres / Universidade de Santo Amaro; Julia Carvalho Seabra / Universidade de Santo Amaro; Tamima Mohamed Abou Arabi / Universidade Santo Amaro; Bianca Dermendjian / Universidade
de Santo Amaro; Stefanie Bergamim Saviano Moran / Universidade de Santo Amaro.
Resumo
parda, aposentada, casada, natural de Belém, G5A0P5, procurou
o ambulatório de cirurgia geral do Centro Hospitalar Jean Bitar
Introdução: Hérnia de parede abdominal é problema frequente
com queixas de dor e abaulamento abdominal. Referiu história de
em pacientes cirróticos, estando presente em mais de 20% e em
abaulamento e dores abdominais em flanco e fossa ilíaca esquerda,
até 40 % nos que apresentam também ascite. O grande volume
há cinco anos, associada a vômitos e dor em hipocôndrio direito.
do saco herniário favorece a ocorrência de complicações. Relato
Ultrassonografia abdominal evidenciou colelitíase, sem dilatação
do caso: GRP, 40 anos, sexo masculino, veio ao serviço por
de vias biliares e baço com dimensões aumentadas. Paciente com
hérnia incisional gigante. Paciente com histórico de 2 herniorrafias
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
163
A nais
umbilicais prévias, refere aumento abdominal há 4 meses com
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Resumo
lesões necróticas e algia, febre e astenia. Ex-etilista e cirrose
164
hepática alcoólica há 2,5 anos, CHILD C e MELD 11. Ao exame
Introdução: A correção das hérnias volumosas e dos grandes
físico de entrada, apresentava-se em regular estado geral, com
defeitos da parede abdominal constitui desafio da prática cirúrgica.
hérnia incisional em abdome em 2 porções, supra e infra umbilical.
O pneumoperitônio progressivo pré-operatório para o fechamento
Foram feitos exames pré-operatórios e internação. Exames
de defeitos da parede abdominal já existe há 60 anos. Desde en-
laboratoriais evidenciaram hipoalbuminemia e diminuição do INR.
tão, modificações ocorreram gerando bons resultados, apesar de
A Tomografia Computadorizada Contrastada, mostrou volumosa
grande parte das publicações incluírem casos pequenos. Objetivo:
ascite abdominal e hérnia na parede abdominal anterior com
Relatar um caso de uso do pneumoperitônio progressivo no pré-
protrusão de alças colônicas, principalmente transverso, com ascite
-operatório de hérnia incisional e discutir aspectos relevantes da
e conteúdo de delgado, com anel hérniario de cerca de 12 cm.
técnica. Relato de caso: J.A.R, 62 anos, sexo masculino, porta-
A esofagogastroduodenoscopia concluiu varizes de fundo gástrico
dor de hérnia incisional volumosa recidivada, que se iniciou há 17
e de esôfago de médio e grosso calibres, gastropatia hipertensiva
anos, com exposição da tela de Marlex, ulceração em região para-
leve, e pólipos gástricos. Foi realizado hernioplastia incisional, com
-umbilical esquerda com drenagem de secreção purulenta e cheiro
3 anéis herniários em linha mediana, com ressecção e fechamento
fétido compatível com infecção por Pseudomonas aeruginosa. Em
primário do terço médio e inferior com colocação de tela dupla
maio/2014, foi submetido a desbridamento da ferida com retirada da
face. Foi drenado 12 litros de líquido ascítico de aspecto purulento,
tela de Marlex. Em 13 de agosto de 2014, após jejum de 8 horas, o
e reposto 30g de albumina 04 de volumen e 03 plasma. Paciente
procedimento para realização do pneumoperitônio foi na sala de Ul-
segue internado na Unidade de Terapia Intensiva com choque
trassonografia, guiado por ultrassom e tomografia. A punção foi re-
séptico e síndrome hepatorrenal, respondendo satisfatoriamente
ao tratamento. GRP aguarda transplante hepático. Discussão:
Herniorrafia em pacientes portadores de cirrose avançada e ascite
resulta em alta morbi-mortalidade. Os critérios de Child-Pugh são
frequentemente usados para a estratificação do risco cirúrgico,
com mortalidade de 10% 31% e 76% nos grupos A, B e C,
respectivamente. As hérnias nestes pacientes provoca diminuição
da qualidade de vida, por desconforto, alterações na deambulação,
perfuração. É imprescindível o tratamento agressivo da ascite para
a reparação da hérnia, para diminuir recidivas. Conclusão: O
paciente hepatopata com hérnia de parede abdominal, apresenta
piora na qualidade de vida, embora a hernioplastia desses pacientes
resulta em alta morbi-mortalidade, a realização é indicada e pode
anteceder o transplante hepático.
alizada no hipocôndrio esquerdo, sobre a linha hemiclavicular, junto
ao rebordo costocondral. Após a colocação do cateter, introduziu-se
a primeira dose de ar ambiente. Tomografia de abdome foi realizada
para confirmar a presença de pneumoperitônio. As insuflações diárias de ar ambiente variaram de 20 a 250mL ao dia, totalizando 1,9 litros, por período de 27 dias. Além disso, tomografias seriadas foram
feitas para corroborar a expansão. A tolerância ao pneumoperitônio foi avaliada clínicamente, observando a presença de algum tipo
de desconforto relatado pelo paciente. O paciente foi encaminhado à cirurgia dia 10/09/2014 para realização de hernioplastia com
deslocamento da aponeurose e musculatura abdominal e reaproximação das bordas com sutura elástica. Ato sem intercorrências.
Conclusão: As hérnias volumosas da parede abdominal podem
causar grandes complicações, sendo difíceis de serem tratadas. O
uso do pneumoperitônio progressivo pré-operatório constitui-se de
um procedimento seguro e simples de ser realizado, contribuindo
HÉRNIA INCISIONAL
VOLUMOSA: TRATAMENTO COM
PNEUMOPERITÔNIO PROGRESSIVO
NO PRÉ-OPERATÓRIO ASSOCIADO À
SUTURA ELÁSTICA
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Renata Silva Lima / Uni-BH; Ivianny Ferreira Mathias /
Uni-BH; Raquel Habibe Costa da Silva / Uni-BH; Kelly Renata
Sabino / Santa Casa de Misericórdio de Belo Horizonte; Andy
Petroianu / Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte.
de forma significativa na reparação cirúrgica desses defeitos. Além
disso, gera bons resultados, tanto no que diz respeito à técnica operatória quanto à adaptação sistêmica do paciente.
HÉRNIA INGUINAL ENCARCERADA
POR TORÇÃO TESTICULAR
INTRAVAGINAL CRIPTORQUÍDICO –
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Autores: Raíssa Pereira de Tommaso / Hospital Ophir Loyola/
Centro Hospitalar Jean Bitar; Francisco de Assis Alencar /
Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Allan
Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola/Centro
Hospitalar Jean Bitar; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital
Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Emanoel José
Baptista Oliveira / Hospital Pronto Socorro Municipal Mario
Pinotti; Carlos José Cardoso Dourado / Hospital Ophir Loyola/
Centro Hospitalar Jean Bitar; Jose Miranda Rabelo Neto /
Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Fabio
Costa Negrão / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean
Bitar.
Resumo
Introdução: A criptorquidia é uma doença causada pela retenção
do testículo em algum lugar na descida do retroperitônio à raiz do
escroto. Ao longo do tempo, tende a causar alterações morfofisiológicas testicular, além de degeneração maligna. A torção testicular
tem maior incidência entre os 12 e 18 anos, sendo a torção intravaginal a forma mais comum de apresentação clínica. Está associada
de pós-operatório. Conclusão: A cirurgia nos casos de criptorquidismo é indicada para evitar a degeneração maligna e reduzir a taxa
de torção testicular, visto que esta é uma urgência urológica e requer
intervenção cirúrgica imediata, por causar uma necrose isquêmica
irreversível do testículo acometido.
INTUSSUSCEPÇÃO DE TRANSVERSO
SECUNDÁRIA À COLITE SUPURATIVA:
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Henrique Valério de Mesquita / Santa Casa de
Limeira; Gabriel Carvalho Oliveira Gazarra Borges / Santa
Casa de Limeira; Filipe Starling Hubner / Santa Casa de
Limeira; Renata Rossato / Santa Casa de Limeira; Bruno de
Oliveira Araújo Souza / Santa Casa de Limeira; Ignácio Leite
da Costa / Santa Casa de Limeira; José Felipe Freire Martins
/ Santa Casa de Limeira; Gustavo José Ferroni Plentz da Silva
/ Santa Casa de Limeira.
Resumo
as deformidades anatômicas promovendo instabilidade do órgão, e
rotação livre do testículo, devido à ausência de aderência normais
Objetivo: Apresentar caso de intussuscepção em paciente adulto,
com a túnica vaginal. Objetivos: Relatar o caso de uma paciente
de etiologia benigna. Frequente na faixa pediátrica, a intussuscep-
com hérnia inguinal encarcerada. Casuística: Trata-se de um tra-
ção, invaginação de um seguimento proximal do intestino em um
balho descritivo, intervencional, prospectivo. Metodologia: As
seguimento distal adjacente, é listada como possível causa de obs-
informações contidas neste trabalho foram obtidas por meio de re-
trução intestinal em adultos. Apresenta variação clínica sintomática
visão do prontuário, entrevista com o paciente e acompanhamento
diversificada, podendo ter o seu diagnóstico suspeitado através de
do caso. Resultados: J.M.S.B.C., 28 anos, sexo masculino, deu en-
exames de imagem, apesar da acurácia limitada dos métodos. Dessa
trada no HPSMMP, com queixa de dor e abaulamento em região
forma, o diagnóstico de certeza fica, na maioria das vezes, reservado
inguinal direita há 3 dias, nega febre, vômitos e outros sintomas. Diu-
ao intraoperatório de laparotomia exploradora em pacientes com ab-
rese presente e normal e mantém eliminação de flatos e fezes. Ao
dome agudo. A etiologia da intussuscepção é variável, podendo ser
exame físico, paciente encontrava-se bom estado geral, consciente,
baseada em causas malignas, benignas ou idiopáticas. Relato de
orientado, com fáscies de dor, eupnéico, estável hemodinamicamen-
caso: Paciente do sexo masculino, 59 anos, acamado, com paralisia
te. Abdome: flácido, indolor a palpação, sem massas ou megalias
cerebral, levado o serviço de emergência da Irmandade Santa Casa
palpáveis, descompressão brusca negativa. Notou-se presença de
de Misericórdia de Limeira-SP com quadro de dor abdominal difusa
hérnia inguinal encarcerada à direita e ausência testicular em bolsa
associada a náuseas, vômitos, parada de eliminação de flatos e fe-
escrotal ipsilateral. Paciente refere ausência de testículo direito desde
zes e irritação peritoneal. Realizado USG de abdome que evidenciou
o nascimento. Foi submetido à exploração cirúrgica por inguinotomia
presença de liquido de aspecto heterogêneo e debris em abdome.
clássica, com achado de torção testicular intravaginal em testículo
Submetido à Laparotomia Exploradora, foi evidenciado lesão perfu-
criptorquidico. Após desfazer-se a torção testicular, não houve re-
rativa em ceco, intussuscepção colo-colônica e tumoração em colón
torno da perfusão testicular de forma satisfatória, sendo comprovada
transverso, sendo realizado colectomia direita, respeitando os limites
a inviabilidade testicular, optou-se por realizar a orquiectomia direita
oncológicos. A avaliação anátomo-patológica mostrou processo infla-
alta. No pós-operatório paciente evoluiu bem, sem queixas de dor,
matório agudo supurativo sem indícios morfológicos de malignidade.
deambulando precocemente, aceitando a dieta oferecida, mantendo
Conclusão: A intussuscepção é causa pouco frequente de obstru-
funções de eliminações normais. Recebeu alta hospitalar no 3º dia
ção intestinal no adulto, sendo sua ocorrência associada a condições
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
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A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
malignas como o adenocarcinoma, na maioria das vezes. Tumores
e hemorragia recente. A paciente apresentou boa evolução pós-
estromais benignos, pólipos adenomatosos e lipomas estão entre
operatória com uso de anticoagulação plena. Conclusão: Na
as causas benignas, bem como cirurgias prévias. Lesão inflamatória
trombose venosa abdominal, o aumento da pressão hidrostática
inespecífica, como no caso em questão, são ainda mais raras. A res-
das veias porta e mesentérica superior causam sequestro de
secção cirúrgica com margens oncológicas é o tratamento de eleição
líquido intraluminal e edema de parede intestinal, com hipovolemia
e deve ser realizada, visto o potencial maligno que esta patologia trás.
relativa e hemoconcentração, levando a vasoconstrição e infarto dos
O caso aqui retratado visa instigar a percepção do médico cirurgião
segmentos intestinais afetados, hemorragia e necrose focal eventuais.
para abranger dentro dos seus diagnósticos diferenciais a inturssuscepção intestina como sendo causa de dor abdominal e abdome
agudo obstrutivo.
Temário: Cirurgia / Miscelânia
ISQUEMIA INTESTINAL SECUNDÁRIA
À TROMBOSE DE VEIAS PORTA E
MESENTÉRICA SUPERIOR: RELATO
DE CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
166
ÍLEO BILIAR: RELATO DE CASO
Autores: Henrique Valério de Mesquita / Hospital Renascença
Campinas; Hermano Augusto de Medeiros Junior / Hospital
Renascença Campinas; Leandro de Souza Lehfeld / Hospital
Renascença Campinas; Tatiana Paschoalato / Hospital
Renascença Campinas; Gustavo da Silveira Trindade /
Hospital Renascença Campinas; Murilo Rodrigues do Carmo
/ Hospital Renascença Campinas; Renato de Mesquita Tauil
/ Hospital Renascença Campinas; Rodrigo Augusto Rosolen
/ Hospital Renascença Campinas.
Autores: Silvania Klug Pimentel / Hospital Sugisawa; Flávio
Heuta Ivano / Hospital Sugisawa; Leonardo Yoshio Sato
/ Hospital Sugisawa; Lie Mara Hirata / Hospital Sugisawa;
Rodrigo Coutinho Passos / Hospital Sugisawa; Letícia Maria
Schmitt Moreira / Hospital Sugisawa; Ana Paula Hitomia
Nagabe / Hospital Sugisawa; Antonio Katsumi Kay / Hospital
Sugisawa.
Resumo
A doença calculosa biliar apresenta prevalência elevada, podendo
acometer 10% dos indivíduos em determinadas populações.
As complicações dessa enfermidade são colecistite, colangite,
pancreatite aguda, coledocolitíase, fístulas, síndrome de Mirizzi e íleo
biliar. O íleo biliar é uma complicação rara da colecistite aguda e é
definida como obstrução intestinal devido à impactação de cálculo
Resumo
biliar no íleo terminal. A média de idade de acometimento é na sétima
década de vida e mais prevalente no sexo feminino. A fisiopatologia
Objetivo: Apresentar caso de trombose de veias porta e
mais observada é a origem de fístula bilioentérica após episódio
mesentérica superior com isquemia intestinal secundária. Método:
de colecistite aguda por onde ocorre a passagem do cálculo biliar,
a trombose venosa das veias porta e mesentérica superior podem
que obstruí o intestino. Os exames complementares mais utilizados
evoluir com quadro de isquemia intestinal secundária por limitar o
são radiografia simples de abdome e tomografia computadorizada
fluxo arterial causando edema e infarto segmentar. Relato de
(tríade de Rigler: alças distendidas, pneumobilia e cálculo biliar
caso: Paciente feminina, 36 anos, internada devido à dor abdominal
ectópico). O tratamento é enterolitotomia, associada,ou não, à
há uma semana. Referia plaquetopenia idiopática como patologia
colecistectomia e reparação da fístula dependendo da condição
de base. Tomografia Computadorizada (TC) de abdome sugestiva
clínica do paciente. Pacientes com baixo risco operatório apresentam
de isquemia intestinal, sendo indicada laparotomia exploradora. No
indicação da realização dos procedimentos no mesmo ato, pois estão
inventário da cavidade observou-se isquemia de intestino delgado
submetidos a menor risco de apresentarem complicações. Pacientes
de 1,50m de extensão, entre 20cm da válvula ileocecal e 1,60m do
com alto risco cirúrgico ou em vigência de processo inflamatório,
ângulo de Treitz, optado por realização de enterectomia do segmento
tem melhor prognóstico com a realização da enterolitotomia isolada,
comprometido, confecção de ilestomia terminal e sepultamento
pois proporciona rápida correção da obstrução intestinal e menor
do coto distal. AngioTC de abome realizada no pós-operatório
taxa de mortalidade. Relato de caso: Paciente feminino, 67
evidenciou trombose de veias porta e mesentérica superior. A
anos, com dor abdominal difusa, náuseas e hiporexia. comsinais
paciente evoluiu favoravelmente. Anátomo-patológico confirmou
de desidratação, de SIRS, abdome doloroso a palpação difusa,
infarto isquêmico transmural segmentar acompanhado de congestão
renitência de parede e ruídos hidroaéreos aumentados. Apresenta
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
leucocitose com desvio à esquerda e aumento da amilase e lipase.
A tomografia computadorizada mostra vesícula calcificada, com ar
em seu interior, fistula colecistoduodenal e distensão de alças de
delgado até o ponto onde se observa calcificação compatível com
calculo biliar. Administrado antibioticoterapia com metronidazol e
ceftriaxona. Indicado laparotomia exploradora e observado fistula
colecistoduodenal e presença de íleo biliar. Realizada colecistectomia,
duodenorrafia e enterolitotomia. Recebeu alta hospitalar no sétimo
dia de internação. Conclusão: O íleo biliar é uma complicação
pouco frequente da colecistite aguda. O tratamanto é baseado em
enterolitotomia, podendo ser realizado colecistectomia e correção
das fístulas no mesmo tempo cirúrgico, dependendo das condições
clínicas do paciente.
LESÃO DE HEPÁTICO COMUM PÓS
COLECISTECTOMIA, RELATO DE CASO
E REVISÃO DA LITERATURA
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Claudio Luiz Lourenço de Souza Junior / UNOESC; Rafael Rodrigues Rothbarth / UNOESC; Roberto Zilio /
UNOESC; Vicente Sposito / UNOESC; Felipe Wurzel / UNOESC; Rita de Cassia Palma Lima / UNOESC; Flavia Silva de
Souza / Universidade Estacio de Sá.
quantidade de bile livre em cavidade e lesão em hepático comum
arredondada medindo aproximadamente 4 mm de diâmetro(Bismuth
I). com saída de bile de forma ativa. Inserido um dreno de Kehr nº8
no ducto hepático com rafia do mesmo ao redor do dreno e feito
colangiografia de controle que não demonstrou extravasamento de
contraste e via biliar intra e extra-hepática de aspecto usual com
passagem de contraste para duodeno. Colocação de dreno de suctor
em leito hepático com exteriorização em hipocôndrio Direito. Paciente
evoluiu bem e no 7 P.O teve alta com dreno de Kehr fechado. Realizara
colangiografia de controle em 14 dias. Conclusão: O tratamento de
lesões de via biliares por laparoscópica nos dias atuais é tema de
debate. O tempo do diagnóstico da lesão também interfere a conduta
terapêutica. É importante conhecer as condutas para cada situação,
pois o manejo de uma lesão de via biliar requer bastante cuidado.
LINFANGIOMA CÍSTICO DE
GRANDE OMENTO EM ADULTO:
APRESENTAÇÃO DE CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Emmanuel Conrado Sousa / UESC; Mayana Oliveira
Soares Vieira / SCMI; Matheus porto Carvalho / SCMI;
Maiani Conrado de A. Sousa / FAMEVACO.
Resumo
Resumo
Introdução: A colecistectomia videolaparoscopia est consolidada
na atualidade, porém como todo procedimento cirúrgico temos
complicações e o debate sobre como lidar com essas complicações é
essencial nos dias de hoje. Objetivo: Relato do manejo de uma lesão
de hepático comum por via laparoscópica. Casuística: Consultório
Relato do Caso: A.T.T., 58a, feminino, brasileira, branca. Data
da Internação: 21/07/14 QP: Dor abdominal HDA: Paciente havia
realizado colecistectomia videolaparoscópica eletiva, 5 P.O. iniciou
com quadro com dor abdominal após almoço que piorou no jantar
associada a náuseas e então procurou a emergência do hospital.
HPP: HAS. HFA: Ndn Ao exame: Acordada, orientada, anictérica,
estável hemodinamicamente. AR e AC: s/alt. Abdome: plano,
depressível, doloroso a palpação em hemi abdome direito, mais
intensa em hipocôndrio D, RHA +. MMII: s/alt. Exames laboratoriais:
Hb: 10,7;Ht: 31%; Leucócitos:17000; Bastões: 0%, demais sem
alterações. A paciente foi internada, feito antibiótico, sintomáticos
e no dia seguinte realizou: USG de abdome: Visualizou status pós
colecistectomia e moderada quantidade de liquido livre em cavidade.
Cirurgia: Realizado então laparoscopia que visualizou moderada
Introdução: Os linfangiomas são tumores benignos de baixa
incidência que ocorrem principalmente em crianças. Mais
frequentemente localizados na região cefálica, pescoço e axila e
raramente no abdômen. Sua origem esta relacionado a um defeito
embrionário ou um processo inflamatório com obstrução do
sistema linfático. Quando ocorrem no abdômen, comprometem
mais comumente o mesentério, seguido do omento, mesocolon
e retroperitônio. são extremamente raros em adultos, justificando
a publicação do caso. Metodologia: Paciente sexo feminino, 62
anos, com queixa de desconforto em flanco e FID há 01 ano. Exame
físico do abdômen presença de massa em flanco e FID, consistência
fibroelástica, pouco móvel e indolor; macicez a percussão. Exames
laboratoriais estavam normais. US abdômen massa cística em flanco
e FID.RMN e TC abdômen identificaram cisto de aproximadamente
10 cm em flanco direito, em intimo contato com alças de delgado.
Submetida à laparotomia foi constatado massa cística em grande
omento juntamente com cistos menores, associado a pequenos
cistos em mesentério do delgado. Submetida à omentectomia
maior. A histopatologia mostrou tratar-se de linfangioma cístico de
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XIII S emana B rasileira
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A parelho D igestivo
grande omento. Discussão: As malformações linfáticas também
A etiologia da intussuscepção é variável, podendo ser baseada
conhecidas como higroma cístico ou linfangiomas, se originam de
em causas malignas, benignas ou idiopáticas. Relato de
um defeito na formação dos vasos linfáticos e na incapacidade
caso: Paciente do sexo masculino, 39 anos, com história de dor
destes vasos anormais de se comunicarem com os canais de
abdominal esporádica em cólica, associada à vômitos e alteração
drenagem linfática. Isto resulta em formação de cistos que são
do hábito intestinal há dois meses, deu entrada na unidade
caracteristicamente multilobulados e multiloculados. O linfangioma
de emergência da Irmandade Santa Casa de Misericórdia
cístico abdominal é muito raro em adultos e sua sintomatologia
de Limeira-SP com quadro de dor e distensão abdominal
é variável e dependente do tamanho, mobilidade e localização
associada a náuseas e vômitos fecalóides, além de parada de
do cisto. Os cistos de omento e do mesentério se confundem
eliminação de flatos e fezes há dois dias. Realizada Tomografia
do ponto de vista clínica e de imagem, porém, este último tem
Computadorizada (TC) de abdome que evidenciou distenção de
origem em tecido mesotelial e não linfático. Clínicamente podem
cólon e principalmente de delgado, com anormalidade em íleo
ser assintomáticos ou podem causar dor abdominal associada
terminal. Submetido à Laparotomia Exploradora, foi evidenciado
ou não a uma massa evidente. As complicações principais do
tumoração em ceco, intussuscepção em íleo terminal, sendo
linfangioma podem incluir hemorragia, infecção, torsão e obstrução
realizado colectomia direita, respeitando os limites oncológicos,
do intestino delgado. O diagnóstico diferencial inclui além dos cistos
com íleo-transverso anastomose latero-lateral mecânica e
de mesentério, cistos entéricos, cistos de duplicação, pseudocistos,
ileostomia de proteção. A avaliação anátomo-patológica
teratoma cístico, leiomioma cístico, leiomiosarcoma e cistos de
evidenciou neoplasia maligna indiferenciada de cólon direito
origem ovariana. Conclusão: O linfangioma cístico é uma doença
(T3N0Mx) e estudo imunohistoquímico diagnósticou linfoma não
raramente encontrada em adultos. O tratamento de escolha consiste
Hodgkin de imunofenótipo B, classificado morfológicamente como
em ressecção completa do cisto e seguimento a longo prazo para
linfoma maligno difuso de grandes células. Evoluiu favoravelmente
detectar recorrência.
no pós-operatório. Realizado tratamento quimioterápico com
boa resposta. Encontra-se em programação cirúrgica eletiva
LINFOMA COMO CAUSA DE
INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL:
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Henrique Valério de Mesquita / Santa Casa de
Limeira; Filipe Starling Hubner / Santa Casa de Limeira;
Gabriel Carvalho Oliveira Gazarra Borges / Santa Casa de
Limeira; Ciro Eduardo Falcone / Santa Casa de Limeira;
Ricardo Estevam Martins / Santa Casa de Limeira; José
Felipe Freire Martins / Santa Casa de Limeira; Gustavo
Ziggiatti Gutti / Santa Casa de Limeira; Gustavo José Ferroni
Plentz da Silva / Santa Casa de Limeira.
para fechamento de ileostomia de proteção. Conclusão: A
intussuscepção é causa pouco frequente de obstrução intestinal
no adulto, sendo sua ocorrência associada a condições malignas
como o adenocarcinoma, na maioria das vezes. Tumores
estromais benignos, pólipos adenomatosos e lipomas estão
entre as causas benignas, bem como cirurgias prévias. Linfomas,
como no caso em questão, são ainda mais raros. A ressecção
cirúrgica com margens oncológicas é o tratamento de eleição e
deve ser realizada, visto o potencial maligno que esta patologia
trás. O caso aqui retratado visa instigar a percepção do médico
cirurgião para abranger dentro dos seus diagnósticos diferenciais
a inturssuscepção intestinal como sendo causa de dor abdominal
e abdome agudo obstrutivo.
Resumo
Objetivo: Apresentar caso de intussuscepção em paciente
adulto, de etiologia maligna. Frequente na faixa pediátrica, a
intussuscepção, invaginação de um seguimento proximal do
intestino em um seguimento distal adjacente, é listada como
possível causa de obstrução intestinal em adultos. O diagnóstico
de certeza fica, na maioria das vezes, reservado ao intraoperatório
de laparotomia exploradora em pacientes com abdome agudo.
MELANOMA MALIGNO DO TRATO
GASTROINTESTINAL
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Ana Paula Dal Magro / UCS; Rafael Sartori Balbinot
/ UCS; Augusto Cardoso Sgarioni / UCS; Andreza Gauterio
Cavalcanti / UCS; José Luiz Guimarães Filho / UCS; Jonathan
Soldera / UCS; Silvana Sartori Balbinot / UCS; Raul Angelo
Balbinot / UCS.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Resumo
Resumo
Introdução: Melanomas são tumores derivados da transformação
O objetivo é relatar o caso clínico de paciente com diagnóstico de
maligna dos melanócitos. Estes são células derivadas da crista
neoplasia de esôfago proximal com comprometimento de laringe,
neural, consequentemente melanomas podem atingir quaisquer
faringe e tireóide tratado cirurgicamente Paciente masculino de
outras localizações onde as células da crista neural migram, como
63 anos com quadro de disfagia para sólidos e progressivamente
é o caso do trato gastrointestinal (TGI) e do cérebro. Relato do
para líquidos, de início há 6 meses. Foi submetido a exame endos-
caso: Paciente masculino, 40 anos, sem comorbidades prévias,
cópico que evidenciou obstrução completa no nível da transição
procurou atendimento no Hospital Geral de Caxias do Sul em
faringo-esofágica. A Tomografia de crânio, cervical e tórax com
janeiro de 2014 com quadro de melena e anemia grave. Realizado
contraste evidenciou uma massa aderida e obstrutiva de esôfago
endoscopia digestiva na ocasião, a qual evidenciou a presença de
superior sem definição de planos. A Ressonância Magnética de
5 úlceras, 1 em antro gástrico e as demais em duodeno. Ao exame
Região cervical evidenciou Lesão expansiva de aspecto neoplási-
físico, apresentava linfonodomegalias axilares e supraclavicular
co envolvendo o esôfago cervical, com extensão para lâmina es-
esquerdas endurecidas e dolorosas à palpação. Ecografia de
querdada cartilagem tireoide e sem plano de clivagem nítido com
Abdome visualizou formações expansivas e hipoecóicas. por
a parede posterior da hipofaringe e da traqueia. Realizado trata-
descompensação aguda do quadro, foi submetido à laparotomia
mento inicial com gastrostomia e dieta hipercalórica pela sonda.
exploratória de emergência, na qual foram visualizadas múltiplas
Associação de fisioterapia respiratória, uso de manitol e enema
massas tumorais enegrecidas em delgado com comprometimento
de mesentério e omentos. O anatomopatológico comprovou
neoplasia maligna indiferenciada com deposição de melanina,
compatível com melanoma. Paciente foi a óbito dois dias após a
intervenção à custa de choque séptico refratário às medidas.
Discussão: O melanoma maligno cutâneo apresenta altas
taxas de mortalidade, podendo metastizar para qualquer órgão.
A doença primária do trato gastrointestinal é bastante rara, já
as metástases intestinais de melanomas cutâneos são comuns
devido à tendência dos melanomas primários em metastizar para
o TGI. Estas metástases podem se apresentar ao mesmo tempo
ou décadas após como primeiro sinal de recidiva tumoral. Os
implantes secundários podem se localizar em diferentes sítios,
desde a cavidade oral até o ânus, sendo o local mais comum o
intestino delgado. Deste modo, paciente com história de melanoma
cutâneo, devemos ficar atentos a sinais como dor abdominal e
anemia sem causa definida, pela alta incidência de metástases
intestinais dos melanomas malignos. O diagnóstico precoce e a
retal 24 horas antes do procedimento. No ato operatório realizou-se a ressecção total de laringe permanecendo artérias carótidas
e veia jugular esquerda + traqueostoma permanente complementada pela cirurgia de Ivor Lewis modificada que consiste em
método de Mckeown, caracterizando transposição intratorácica
do cólon com cervicotomia, sem necessidade de toracotomia. No
intraoperatório abdominal, realizado gastroplastia (devido sonda)
e transposição de cólon transverso com anastomoses: 1-faringo-colônica 2- cólon-gástrico, 3- cólon- cólon. Peça encaminhada
para análise – Anatomopatológico: Carcinoma epidermoide moderadamente diferenciado, mede 9 cm, localizada em terço proximal de esôfago, tipo ulcero infiltranteestenosante, infiltrativo para
adventícia e partes moles circunjacentes, bem como glândula
tireoide. Ausência de metástases em linfonodos cervicais isolados bem como os enviados referidos como nível 5 Estadiamento
patológico T4,N0,MX Paciente evolui com pós-operatóriosem intercorrências e recebe alta após 23 dias de internação e encaminhado ao serviço de oncologia.
intervenção cirúrgica podem aumentar a sobrevida dos pacientes.
NEOPLASIA DE ESÔFAGO SUPERIOR,
LARINGE, FARINGE E TIREOIDE
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Augusto Fey / PUC-PR; Lindolfo Moratelli /
UNIDAVI / HRAV; Paulo Hoffmann / UNIDAVI / HRAV; Paulo
Victor Jensen Cunha / UNIDAVI / HRAV; João Vilson Cláudio
Teixeira / HRAV; Bruno Hafemann Moser / HRAV.
NEOPLASIA RETROPERITONEAL :
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: José Gabriel Miranda da Paixão / Hospital Ophir
Loyola; Francisco de assis alencar / Hospital Ophit Loyola;
Allan Hebert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; HAmilton
Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; Luis Otavio Lopes
Macedo / HOL; José Miranda Rabelo Neto / HOL; FAbio Costa
Negrão / HOL; José Nazareno Xavier da Silva / HOL.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
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A nais
170
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Resumo
Resumo
Introdução: Tumores retroperitoneais primários são incomuns,
Introdução: Pseudomixoma peritoneal (PMP) é uma rara
se considerarmos sua origem e achados histológicos os
entidade clínica caracterizada por uma grosseira disseminação
mesmos apresentam diagnósticos diferenciais interessantes e
intraperitoneal de tumores mucinosos, acompanhados por ascite
tratamentos diversos Objetivo: Relatar um caso de Neoplasia
gelatinosa, usualmente, secundários a um tumor mucinoso do
de retroperitônio diagnosticado após exérese de lesão em um
apêndice cecal. O caráter indolente desta neoplasia pode dificultar
serviço de Pronto Atendimento em cirurgia geral. Casuística:
o seu diagnóstico precoce, comprometendo o prognóstico e
Um paciente (relato de caso). Metodologia: Foram colhidos
plano terapêutico do paciente. Materiais e Metodos: Relato
dados do prontuário da paciente, como anamnese, exame físico
de Caso: homem, 54 anos, procurou atendimento por episódios
e resultado do histopatológico. Resultado: A.N.S.M., 47 anos,
esporádicos de intensa dor abdominal e flatulência. USG de
sexo feminino, dona de casa, natural e procedente de Belém,
abdome evidenciou ascite moderada e coleção cística septada
Pará. Há cerca de três meses evoluindo com desconforto
em flanco direito. Apresentou quadro álgico e clínica de abdome
epigástrico, pirose, sensação de “peso” em fossa ilíaca direita,
agudo,submetido à lapatoromia exploradora que confirmou
anorexia e perda ponderal, procura Pronto–Socorro devido
apendicite supurada e grande volume de “ascite gelatinosa”.
parada de eliminação de gases e fezes há dois dias. Ao exame
Histopatológico cistoadenoma mucinoso. RNM de abdome e
físico, mostrava-se queixosa, com palidez cutâneo-mucosa,
pelve com múltiplas imagens císticas e/ou ascite multisseptada,
discreto edema em perna direita, taquipneica e taquicárdica.
ocupando a cavidade peritoneal, comprimindo alças intestinais,
Abdome distendido, levemente doloroso a palpação profunda,
volumosa ascite, nódulos captantes de contraste, captação
hipertimpânico, descompressão brusca negativa. Adotadas
de contraste na superfície parietal do peritôneo, notadamente
condutas de suporte clínico e solicitada Rotina Radiológica de
nas regiões subdiafragmáticas e na fissura do ligamento
Abdome Agudo, cuja alteração foi distensão de alças intestinais
falciforme do fígado e periesplênica. Pequenos cistos esparsos
de delgado e presença de níveis hidroaéreos nas mesmas.
e imagem ovalada captante de contraste no fígado. Linfonodos
Definida a conduta de Laparotomia Exploradora. O achado
paracardíacos à esquerda e esparsos pelo peritôneo e alguns na
intraoperatório foi de massa retroperitoneal medindo 4cm X
fossa ilíaca/flanco direitos. Parâmetros radiológicos como “omental
6cm em seus maiores diâmetros, de aspecto pardacento com
cake”, volumosa ascite loculada e aumento do CEA fortaleceram
base em zona 3 à direita comprimindo íleo terminal e artéria e
a hipótese de PMP. Encaminhado à cirurgia citorredutora
veia ilíacas externas à direita, porém com plano de clivagem com
seguida por quimioterapia intraperitoneal hipertérmica(HIPEC).
estruturas contíguas. Realizada exérese de lesão e encaminhada
Quimioterapia realizada no peroperatório, com mitomicina C
para patologia. Paciente evoluiu sem intercorrências em pós-
aquecida a 42ºC. Nas peças cirúrgicas, células compatíveis com
operatório (PO) recebendo alta hospitalar no 3º dia PO. O
adenocarcinoma mucinoso bem diferenciado. Em 2011, exames
resultado do histopatológico foi de Schwannoma, tendo
com elevação do CEA, e imagens sugestivas de recidiva do PMP.
a paciente sido encaminhada a serviço de referência em
Optou-se por uma nova citorredução com HIPEC, substituindo
oncologia para seguimento de tratamento. Conclusão: O
a mitomicina C por oxaliplatina. Hospitalizado 2 vezes por
caso apresentado enquadrou-se no comumente relatado
obstrução intestinal suboclusiva e resolução clínica. Atualmente,
pela literatura mundial. Os Schwannomas retroperitoneais
assintomático. Conclusão: O prognóstico e a eficácia do
normalmente são encontrados devido sintomas compressivos
tratamento considerado padrão ouro
de órgãos adjacentes.
diretamente relacionados ao diagnóstico precoce da doença,
para o PMP estão
ao grau de malignidade do tumor e à presença de metástase.
PSEUDOMIXOMA PERITONEAL RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Viviane Lozano Espasandin / Unigranrio; Adriana
Gonçalves Pastana / Unigranrio.
Pela apresentação clínica, esta neoplasia é quimioinsensível,
tendo como única chance de cura a citorredução associada a
HIPEC. Desta forma, conclui-se que um melhor entendimento do
PMP na prática clínica é de vital importância para os pacientes
potencialmente acometidos.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
RECONSTRUÇÃO DE TRÂNSITO
INTESTINAL E PAREDE ABDOMINAL
EM PERITNEOSTOMIA TARDIA:
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Thiago Patta da Silva / Instituto VIGOR; Jhennyffer
Boritza / Faculdades Integradas Aparício Carvalho; Cezar
Roeder / Instituto VIGOR; Sergio Andrade / Instituto VIGOR;
Daniel Cardoso / Instituto Vigor; Thiago Amaral / Instituto
VIGOR; Thiago Perondi / Instituto Vigor; Dimas Silva /
Instituto Vigor.
Conclusão: Apos reconstrução de trânsito difícil com 50 cm de
intestino delgado remanescente, obteve-se êxito com a técnica
empregada para reconstrução de transito intestinal, a paciente
evoluiu sem intercorrências com alta hospitalar no sétimo dia pósoperatório. Hoje encontra-se no segundo ano após fechamento
da peritoneostomia com três evacuações diárias e em bom estado
nutricional.
RELATO DE CASO - SÍNDROME DO
CASULO ABDOMINAL
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Resumo
Introdução: O tratamento da peritonite e as reparações cirúrgicas
decorrentes desta enfermidade lançam desafios a médicos
cirurgiões mundo afora. Haja vista que grandes peritonites com
sepse abdominal ou as síndromes compartimentais abdominais
apresentam a necessidade de peritoneostomia (NETO, J. R. T. et
al, 2007). Geralmente passando por dois momentos terapêuticos
em sua evolução: primeiramente com o objetivo de salvar a vida
do paciente e controlar a peritonite e síndrome compartimental,
no segundo reconstruir a anatomia abdominal e transito intestinal.
Objetivo: Evidenciar uma possibilidade de resolução de um quadro
de peritoneostomia tardia, com um ano e seis meses de internação
por complicações fistulosas após sua segunda cesariana de evolução
crônica, e síndrome do intestino curto no mesmo tempo cirúrgico.
Metodologia: Acompanhamento clínico e cirúrgico da paciente
CKP, sexo feminino 24 anos, iniciado no 230 dia pós-operatório de
laparotomia exploradora. Sendo indicada uma terceira laparotomia
após a cesariana por peritonite entérica e sepse abdominal, realizando
lavagem exaustiva da cavidade abdominal e enterectomia extensa
de jejuno e íleo devido a múltiplas perfurações e necrose intestinal
(cerca de 40 cm do ângulo de Treitz até 20 cm antes do ceco), com
peritoneostomia para controle da sepse e síndrome compartimental.
Resultados: Após 30 dias a paciente saiu do coma com controle
total da sepse abdominal, porém sem possibilidade de fechamento
da peritoneostomia por múltiplas fistulas intestinas jejuno-ileais.
Restando 40 cm de jejuno proximal e 10 cm de íleo distal, onde com
alongamentos de meso fez-se a anastomose mecânica látero-lateral
e anisioperistáltica. Para fechamento da parede abdominal, foram
feitas incisões de relaxamento em aponeurose do reto abdominal e
aproximação da parede e sutura com pontos separados, colocado
uma tela grande dupla face, permitindo então a adequada síntese
da parede abdominal, drenagem da cavidade e do subcutâneo.
Autores: Bruno de Castro Ribeiro / HOL; Francisco de Assis
Alencar / HOL; Allan Herbert Feliz Fonseca / HOL; Hamilton
Cezar Rocha Garcia / HOL; Carolina Costa Beckman Nery /
HOL; Fabio da Costa Negrão / HOL; Marcos Fraga Fortes /
HRS; Alan Espindola Torres / UEPA.
Resumo
Introdução: Síndrome do casulo abdominal é uma condição de
etiologia desconhecida, que afeta principalmente jovens do sexo
feminino na faixa etária entre 6 e 18 anos, que vivem em regiões
tropicais. Trata-se de uma doença rara do peritônio com menos de 50
casos reportados. Esta entidade rara de obstrução intestinal tem sido
descrita em toda a literatura como um saco fibroso de espessura que
cobre o intestino delgado, parcial ou totalmente. Objetivo: Relatar
o caso de um paciente jovem com síndrome do casulo abdominal
submetido a tratamento cirúrgico. Casuística: Um paciente (relato
de caso). Metodologia: Relato de caso baseado em dados de
prontuário, entrevista e acompanhamento do quadro clínico da
paciente. Resultados: S.A.S.A, masculino, 26 anos, com relato de
dor abdominal intensa, vômitos intermitentes e fecalóides e distensão
abdominal, há mais de 12 horas. Relatou história de sintomas
gastrointestinais, como constipação intestinal, plenitude gástrica,
vômitos e dor abdominal de alívios espontâneos e medicamentosos
de longa data. O paciente então foi submetido à laparotomia
exploradora de urgência, com a impressão diagnóstica de abdome
agudo obstrutivo. Após abertura da cavidade observou-se distensão
de estômago e presença de alças intestinais e colón encobertos
por um saco peritoneal espesso, simulando um casulo. Realizou-se
então uma peritonectomia onde foi liberado todo o intestino delgado
e colón, estando estes viáveis após a liberação, sendo descartado
qualquer outro procedimento cirúrgico adjuvante. O pós-operatório
do paciente ocorreu sem intercorrências, recebendo alta no 5º dia.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
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A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Em retorno ambulatorial após 7 dias da alta hospitalar, o paciente
múltiplas formações hipodensas disseminadas. Método: Revisão
não referiu nenhuma queixa, encontrando-se em bom estado geral.
de prontuário e registro fotográfico de métodos diagnósticos e do
Conclusão: Apesar dessa rara doença do peritônio ser descrita
procedimento cirúrgico pelos quais o paciente foi submetido e revisão
principalmente em mulheres, temos um caso do sexo masculino.
bibliográfica. Resultados: Feito o diagnóstico de linfoma, paciente
Divulgações de casos como esses são de grande importância, uma
iniciou tratamento clínico sem resposta satisfatória, sendo realizada
vez que o diagnóstico pré-operatório de casulo abdominal é difícil,
esplenectomia com objetivo diag nóstico específico e obtenção de
devendo no entanto, ser considerado como diagnóstico diferencial
melhora clínica. Conclusão: Realizada esplenectomia com ligadura
em casos de síndrome de abdome agudo obstrutivo.
das esplênicas. Baço gigante de aproximadamente 3500 gramas e
25 centímetros de comprimento que ocupava todo hemiabdome
RELATO DE CASO: ESPLENECTOMIA
DE BAÇO GIGANTE
esquerdo. Durante procedimento foi feito biópsia hepática cujo
resultado não foi divulgado até a Conclusão deste trabalho.
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Ana Tereza Silveira Zica / UniEvangélica; Isabela
Camargo Fonseca / UniEvanagélica; Úrsula Santos
Mendonça / UniEvangélica.
172
Resumo
Introdução: O baço é o maior órgão linfoide do organismo e está
localizado no hipocôndrio esquerdo sob proteção da arcada costal.
Varia e volume conforme a idade, o estado nutricional o imunológico
e diante do aumento da pressão portal, sendo que no adulto pesa
RUPTURA ESPONTÂNEA DE VEIA
RENAL- RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Diego Ferreira de Andrade Garcia / Universidade
de Santo Amaro; Fernando Furlan Nunes / Universidade de
Santo Amaro; Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro Junior
/ Universidade de Santo Amaro; Mariana Yumi Miyaoka /
Universidade de Santo Amaro; Javan Alvaro Matera Turrini
/ Universidade de Santo Amaro; Tamima Mohamed Abou
Arabi / Universidade de Santo Amaro; Julia Carvalho Seabra
/ Universidade de Santo Amaro; Stefanie Bergamim Saviano
Moran / Universidade de Santo Amaro.
aproximadamente 150 gramas. A esplenectomia está indicada
para pacientes com linfoma para tratamento de esplenectomia
maciça, quando o volume do baço contribui para dor abdominal e
Resumo
sensação de plenitude. Também pode ser eficaz no tratamento dos
pacientes que desenvolvem hiperesplenismo com anemia associada,
Introdução: A ruptura espontânea de veia renal é uma condição
trombocitopenia e neutropenia. É muito comum ocorrer a correção
extremamente rara. Possíveis causas para seu aparecimento podem
da pancitopenia após esplenectomia, isso diminui a necessidade de
ser por trauma urológico ou abdominal, gestação, complicação de
transfusão e melhora da qualidade de vida. Objetivo: Relatar caso
neoplasias, doenças vasculares ou idiopática. Relato de caso:
de hepatoesplenomegalia e avaliar indicação cirúrgica. Relato do
JBS, 62 anos, sexo masculino, vem ao serviço por cólica em região
caso: Paciente, M.D.S., sexo masculino, 36 anos, procurou hospital
hipogástrica súbita, localizada, sem demais sintomas, há 1 dia. É hi-
para atendimento com queixa de fraqueza, desconforto abdominal
pertenso em uso de captopril. Ao exame físico de entrada, apresen-
e febre diária. Ao exame físico apresentou pressão arterial sistêmica
tou-se em regular estado geral, com o abdômen tenso, doloroso à
100/60 mmhg, febre, pele hipocorada e hepatoesplenomegalia com
palpação superficial e profunda difusamente, descompressão brusca
baço palpável 10 centímetros abaixo do rebordo costal esquerdo.
e Giordano negativos, ruídos hidroaéreo positivo. Foi realizado exa-
Assim como, foram encontrados ascite e derrame pleural. Foram
mes laboratoriais, com proteinúria e leucocitúria de 23.000, sem de-
solicitados hemoglobina (Hb: 5,3 g/dl), hematócrito (Hc: 17,9%),
mais alterações. A Tomografia Computadorizada abdominal eviden-
plaquetas (89000/mm3) e leucócitos (2800/mm3). A ultrassonografia
ciou líquido livre na cavidade, hematomas/coágulos mesentéricos.
abdominal mostrou hepatoesplenomegalia heterogênea com
Indicado laparotomia exploradora por abdome hemorrágico, que
nódulos. A tomografia computadorizada abdominal mostrou
evidenciou hematoma retroperitoneal em expansão em zonas 1 e 2,
fígado com contornos regulares, múltiplas formações nodulares; e
com moderada quantidade de liquido hemático em toda cavidade,
baço com dimensões aumentadas, densidade heterogênea, com
manobras de Cattel e Kocher com evidência de sangramento ativo
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
em veia renal direita (VRD), realizado rafia de VRD. Paciente evo-
realizados: USG de abdome mostrou dilatação das vias biliares in-
luiu com anemia, dispnéia e febre, sendo necessário a transfusão
tra e extra hepáticas, TC de Abdome com moderada dilatação das
de 2 concentrados de hemácias, oxigenoterapia e antibioticote-
vias intra e extra hepáticas com imagem sugestiva de cálculo no
rapia (ciprofloxacino e metronidazol), após tratamento realizado,
colédoco, Colangioressonância que evidenciou coledocolitíase,
obteve melhora do quadro clínico, recebendo alta no 8o dia.
ducto cístico com implantação baixa a 3 cm da papila duodenal.
Discussão: a etiologia mais comum para a lesões renovascula-
Aumento de bilirrubinas predominante da fração direta, GGT e FA.
res (LR), é a traumática, que corresponde a 8-10% dos traumas
Submetido a CPRE com papilotomia e retirada do cálculo, ducto
abdominais, sendo que a lesão vascular renal está presente em
cístico com dilatação média de 20mm contínuo à vesícula biliar e
3-14 % desses casos. Segundo uma revisão de Cass, 20% das
implantação baixa a 3 cm da papila duodenal, sendo diagnostica-
LR, corresponde à ruptura de veia renal. Uma revisão na litera-
do Síndrome de Mirizzi. Dois dias após, realizada colecistectomia
tura, identificou um caso de ruptura espontânea de veia renal
videolaparoscópica com necessidade de conversão para lapa-
esquerda materna durante a gestação. O artigo discute possí-
rotomia, devido à dificuldade de identificação anatômica da via
veis etiologias, como fatores hormonais, genéticos, trombóticos
biliar. Realizada derivação bílio-digestiva(ccolédoco-jejunal) em Y
ou mecânicos. Há três opções terapêuticas para a lesão de veia
de Roux. Evoluiu com fístula precoce da anastomose colédoco-
renal (LVR): ligadura, nefrectomia e reparação da veia. As LVR
-jejunal, de baixo débito com resolução espontânea. Recebeu alta
esquerda são geralmente mais fáceis de manusear do que as
hospitalar no 17° pós-operatório, retornou no 30° pós-operatório
de VRD, em função do comprimento do vaso e da possibilidade
com fístula da anastomose jejuno-jejunal. Após punção guiada
de ligadura proximal das veias gonadal e adrenais. Conclusão:
por USG e tratamento conservador apresentou melhora clínica.
A Lesão renovascular espontânea é uma entidade muito rara,
No momento em seguimento ambulatorial. Conclusão: A rea-
principalmente por etiologia idiopática, porém seu diagnóstico e
lização de colecistectomia precoce em pacientes com colelitíase
tratamento precoce é extremamente importante para prevenir a
sintomática evita complicações como a Síndrome de Mirzzi. O
instabilidade hemodinâmica do paciente e até sua mortalidade.
diagnóstico pré operatório desta complicação é importante na
dia de pós-operatório para acompanhamento ambulatorial.
definição da melhor abordagem cirúrgica.
SÍNDROME DE MIRIZZI COM
DERIVAÇÃO BÍLIO-DIGESTIVA:
RELATO DE CASO
SUBOCLUSÃO INTESTINAL POR
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA PÓSTRAUMÁTICA COM TRATAMENTO
VIDEOLAPAROSCÓPICO:
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Gilberto Andre Teles de Oliveira Junior / Uniube;
Ricardo Pastore / Uniube; Gustavo Roberto de Carvalho
Tiveron / Uniube; Dalmara Simplicio / Uniube; Jose do Carmo
Junior / Uniube; Glenio Fernandes de Moraes / Uniube;
Patricia Lopes Prospero / Uniube; Jorge Resende Lopes
Junior / USP-RP.
Resumo
Introdução: O quadro inflamatório devido à impactação de cálculo no infundíbulo da vesícula ou ducto cístico levando a compressão da via biliar é denominada Síndrome de Mirizzi. Objetivo:
Relato de um caso: Síndrome de Mirizzi, suas complicações e
evolução. Descrição: V.A.D.R. , 58 anos, masculino, branco. Admitido em nosso serviço com icterícia obstrutiva, dor abdominal,
febre, queda do estado geral e perda ponderal de 15kg. Foram
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Fábio Colagrossi Paes Barbosa / Professor Adjunto
da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul; Doutor em Cirurgia pela Faculdade de Ciências
Médicas da Santa Casa de São Paulo e Membro Titular
Especialista do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva.;
Robson Luiz Silveira Jara / Cirurgião Geral do NHU - UFMS;
Ianê Cardoso Diniz / Acadêmica do 5º ano de Medicina
da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul; Carolina
Bernal de Lucena / Acadêmica do 5º ano de Medicina
da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul; Milena
Marchini Rodrigues / Acadêmica do 5º ano de Medicina
da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul; Thainá
Soares Miranda Silva / Acadêmica do 5º ano de Medicina da
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul; Nathan Rostey
/ Médico Residente do serviço de Cirurgia Geral do Hospital
Regional de Mato Grosso do Sul.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
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A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
SÍNDROME DE DUMBAR
Resumo
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Introdução: Hérnia diafragmática pós-traumática (HDPT) é a
protrusão de órgão ou estrutura abdominal através de um diafragma lesado previamente. Quando diagnosticado no momen-
Autores: Augusto Fey / PUC-PR; Paulo Victor Jensen Cunha
/ UNIDAVI / HRAV; Paulo Hoffmann / UNIDAVI / HRAV;
Lindolfo Moratelli / UNIDAV / HRAV; Bruno Hafemann
Moser / HRAV; Jair Volnei Carlos Teixeira / HRAV.
to do trauma a correção é simples com sutura da lesão, porém,
se diagnosticado tardiamente ao trauma estão associadas à alta
morbimortalidade principalmente devido às aderências das vís-
Resumo
ceras abdominais ao tórax. Objetivo: Descrever um caso de
174
suboclusão intestinal, tendo como causa HDPT diagnosticada
Introdução: Síndrome de compressão do tronco celíaco ou
tardiamente. Casuística e Método: Relato de caso. Resul-
síndrome do ligamento arqueado é um raro distúrbio abdominal,
tados: Paciente masculino, 35 anos, queixando-se de dor em
também conhecido como síndrome de Dunbar em que ocorre
hipocôndrio e região paraumbilical esquerda, tipo cólica, de forte
compressão do tronco celíaco pelo ligamento arqueado causan-
intensidade, iniciada há 3 dias, intermitente, com piora após ali-
do sintomas inespecíficos de dor abdominal e emagrecimento
mentação, associada a parada de eliminação de gases e fezes,
inexplicável. Objetivo: Relatar um caso clínico e o tratamento de
náuseas, hiporexia e calafrios. Negou febre, vômitos, diarreia e
uma paciente com Síndrome de Dunbar, atendida e tratada no
alterações urinárias. Relatou ferimentos cortocontusos por arma
HRAV. Relato de Caso: M.O.J.R.S, 62 anos, feminina, negra,
branca em tórax há 4 anos, não explorados cirurgicamente. Não
procedente de Rio do Sul, aposentada com quadro de dor abdo-
apresentava hérnias de parede, cirurgias abdominais prévias ou
minal pós-prandial e emagrecimento de 12 kg em 1 ano. Exames
comorbidades. Estável hemodinamicamente, com boa expansibi-
laboratoriais, endoscopia digestiva alta e ultrassonografia de ab-
lidade torácica, duas cicatrizes de cerca 5cm em 7º espaço in-
dome total sem alterações significativas. A tomografia computa-
tercostal (EIC) na linha axilar anterior a direita e 9º EIC em linha
dorizada de abdome demonstrou estenose acentuada do tronco
axilar média a esquerda, sem alterações à ausculta. Abdome fláci-
celíaco causada pelo ligamento arqueado médio. O paciente foi
do, timpânico à percussão, espaço de Traube livre, ruídos hidroa-
então encaminhado para tratamento cirúrgico. Durante a laparo-
éreos aumentados e metálicos, doloroso a palpação superficial de
tomia foi identificado e seccionado o ligamento arqueado, des-
região paramediana esquerda, descompressão brusca negativa,
comprimindo o tronco celíaco. A paciente teve uma boa evolução
presença de fezes em ampola ao toque retal. Presença de leucocitose com desvio a esquerda. Exame radiográfico (RX) com
elevação de cúpula diafragmática esquerda e presença de níveis
hidroaéreos escalonados no abdome. O paciente foi submetido
à videolaparoscopia, que evidenciou hérnia em cúpula diafragmática esquerda, com grande quantidade de epíplon, alças de
pós-operatória, recebendo alta no terceiro dia. Durante o acompanhamento ambulatorial observou-se que a paciente permanecia assintomática e com ganho de 7 Kg no período. Conclusão:
A síndrome de Dunbar é um distúrbio raro, com sintomas inespecíficos, mas intensos, com diagnóstico radiológico, tratamento
exclusivamente cirúrgico e com boa resposta pós-operatória.
intestino delgado, cólon transverso adentrando a cavidade torácica e ausência de líquido livre em cavidade abdominal. Realizada
redução dos órgãos herniados e sutura do defeito herniário no
diafragma com fio Ethybond® 2-0 ponto contínuo e drenagem de
tórax à esquerda. Recebeu alta no quarto dia de pós-operatório,
sem intercorrências. Conclusão: lesões diafragmáticas devem
ser pesquisadas em pacientes com ferimentos penetrantes na
transição tóraco-abdominal. As HDPT podem causar sérias complicações como abdome agudo obstrutivo.
TRATAMENTO CIRÚRGICO DA
TUMORAÇÃO ABDOMINAL CONDUTA DIAGNÓSTICA: RELATO DE
CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Maria Silvia Burnier Ganimi Dutra / FCMS-JF;
Raphaela Silveira do Amaral / FCMS-JF; Gabriela Paiva Soares
e Ladeira Carvalho / FCMS-JF; Diego Filipe da Silva / HMTJ;
Rodrigo de Oliveira Peixoto / HMTJ; Carlos Augusto Gomes /
HMTJ; Maria Silvia Burnier Ganimi Dutra / FCMS-JF; Raphaela
Silveira do Amaral / FCMS-JF; Gabriela Paiva Soares e Ladeira
Carvalho / FCMS-JF; Diego Filipe da Silva / HMTJ; Rodrigo de
Oliveira Peixoto / HMTJ; Carlos Augusto Gomes / HMTJ.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Resumo
com tumores malignos do aparelho digestivo, de janeiro de 2008
a dezembro de 2012. Métodos: Realizou-se pesquisa através
Introdução: Relato de caso de um paciente com tumoração
abdominal inespecífica. Objetivo: Descrever a conduta diagnóstica
frente a tumoração abdominal. Relato de caso: Paciente I.C,
masculino, 60 anos, branco, foi admitido no Hospital Maternidade
Therezinha de Jesus em agosto de 2014 com quadro de dor
em mesogástrio à esquerda, iniciada em maio, progressiva, em
queimação, que piorava aos esforços e inicialmente era aliviada com
o uso de antiácidos, Omeprazol e Hioscina. Evoluiu com náuseas,
vômitos e constipação. Nega febre ou sangramentos. Refere
emagrecimento de aproximadamente 20 kg em dois meses. Nega
cirurgias prévias e história familiar de neoplasia. Ex-tabagista (14
anos/maço). Ao exame físico: massa palpável em mesogástrio, de
consistência firme, não móvel, de aproximadamente 8 cm. Foram
solicitados: exames laboratorias e marcadores tumorais; Ultrassom
(USG) abdominal a fim de avaliar a ecogenicidade, dimensões
e limites da tumoração; Tomografia Computadorizada (TC) para
investigação de densidade, profundidade e invasão tumoral.; Biópsia
endoscópica com imunohistoquímica para definir o tipo histológico
do tumor. Conclusão: Os exames laboratoriais, o USG de abdômen
juntamente com a TC e biopsia endoscópica complementada com
imunohistoquímica são imprescindíveis para um correto diagnóstico
de uma tumoração abdominal e consequente conduta terapêutica
adequada.
do sistema informatizado de registro hospitalar, a fim de identificar todos os doentes operados de tumores malignos do aparelho
digestivo no período. Foram identificadas 769 cirurgias eletivas,
excluídas as de urgência e emergência. A análise dessa casuística
consistiu em sexo, idade, tempo de hospitalização, tipo de tumor,
cirurgia realizada, número total de cirurgias e de óbitos. Resultados: Dentre as 769 cirurgias eletivas realizadas, 86% foram
radicais e 14%, paliativas. Tais cirurgias corresponderam a 3,1%
do total de cirurgias. As gastrectomias (30,8%), as colectomias
(26,2%) e as hepatectomias (23,7%) foram, respectivamente, as
cirurgias radicais mais realizadas. por outro lado, as gastrostomias
(28%) e as derivações bilio-digestivas (28%) foram as cirurgias
paliativas mais realizadas. Observou-se prevalência do sexo masculino (57,8%) e do tumor gástrico (32,5%), seguido pelos tumores colorretais (23,5%), e de fígado e vias biliares intra-hepáticas
(20,8%). A média de idade foi de 58,6 anos e o tempo médio de
internação de 12,8 dias em enfermaria e 4,0 dias em UTI. A cirurgia mais freqüente foi gastrectomia subtotal (23,5%). Em relação
ao número de óbitos ocorridos durante internação na enfermaria
de Gastrocirurgia no período, 14% deveu-se a tumores malignos
do aparelho digestivo. Conclusão: Nesse século, a vigilância do
câncer irá desempenhar papel fundamental na monitorização do
progresso da nação contra a doença. Os tumores do aparelho digestivo, pela sua elevada frequência, merecem atenção à parte. O
TUMORES DO APARELHO DIGESTIVO
EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO:
ANÁLISE DE 769 CIRURGIAS
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Nelson Adami Andreollo / UNICAMP-SP; Ana
Paula Penezi / UNICAMP-SP; Pedro Cesar Furlan / PUC-SP;
Luiz Roberto Lopes / UNICAMP-SP; Valdir Tercioti Junior /
UNICAMP-SP; João de Souza Coelho Neto / UNICAMP-SP.
Resumo
Introdução: Nas últimas décadas, o câncer tornou-se grande
problema de saúde pública mundial. Segundo dados do INCA,
estima-se 385 mil novos casos por ano, excluindo-se câncer de
pele não-melanoma. Os tumores do aparelho digestivo apresentam elevada incidência na população brasileira, sendo mais frequentes os de cólon e reto, estômago, esôfago, fígado e pâncreas.
Objetivo: Análise de cirurgias eletivas realizadas em pacientes
esclarecimento da população sobre a necessidade da detecção
precoce da doença, bem como a sensibilização da classe médica
de que a cada consulta, ainda que direcionada a outra queixa, seja
uma oportunidade de diagnóstico de um desses tumores, constituem meios de evitar a realidade do diagnóstico tardio de muitos
doentes que procuram o auxilio médico quando sua doença já se
encontra em estágio avançado.
USO DE TELA ANTI-ADERENTE
PARA TRATAMENTO LAPAROSCÓPICO
DE HÉRNIA DE SPIEGEL:
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Flávio Heuta Ivano / Hospital Sugisawa; Leonardo Yoshio
Sato / Hospital Sugisawa; Lie Mara Hirata / Hospital Sugisawa;
Ana Paula Hitomi Nagabe / Hospital Sugisawa; Victor Kenzo
Ivano / Pontifícia Universidade Católica do Paraná; Letícia Maria
Schmitt Moreira / Hospital Sugisawa; Felipe Pedrotti Locatelli /
Hospital Sugisawa; Cassius Frigulha / Hospital Sugisawa.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
175
A nais
Resumo
A hérnia de Spiegel (HS) é um raro defeito da parede abdominal, que
está localizado entre a linha semilunar e a borda lateral do músculo
reto, com alto risco de obstrução e encarceramento. É mais comum
do lado direito, em mulheres e em pacientes com idade maior que
50 anos. O diagnóstico clínico pré-operatório dessas hérnias, pode
ser um desafio por apresentar um grande espectro de sinais e sintomas. Fatores de risco para HS são obesidade, rápida perda de peso,
múltiplas gestações, constipação crônica, ascite, trauma e cirurgias
prévias. O quadro clínico é variável. A ausência de sintomas típicos
e a falta de experiência médica com esse tipo de hérnia podem dificulta o diagnóstico precoce. Exames de imagem como ecografia e
tomografia computadorizada tem alta sensibildade e valor preditivo
positivo em relação as HS ocultas. Uma vez que o diagnóstico de HS
é estabelecido, o tratamento cirúrgico é indicado devido ao alto risco
de complicações. Quando o diagnóstico é incerto, uma abordagem
176
laparoscópica deve ser instituída. O tratamento cirúrgico pode ser
feito por meio de hernioplastia ou cirurgia laparoscópica com colocação de tela. As vantagens da laparoscopia são efetividade e segurança do procedimento, com baixos índices de morbidade e recorrência, cicatrizes menores e menor tempo de internamento. Relato
de Caso: R.C.F.S., 50 anos, feminina, obesa, fundoplicatura prévia,
com queixa de dor e abaulamento na parede abdominal na porção
antero-lateral direita. Ao exame físico, apresentava abdome globoso,
flácido, com aumento de volume na parede abdominal à direita, na
borda lateral do músculo reto abdominal, sem sinais de estrangulamento ou encarceramento. A tomografia de abdome e pelve mostrou
sinais de fundoplicatura, protrusão de gordura e de segmento de
alça de íleo na parede abdominal anterior, lateralmente ao músculo
reto-abdominal, sem sinais de obstrução. Foi indicado procedimento
cirúrgico laparoscópico, com colocação de tela antiaderente (Physiomesh®) e fixação com caprofyl e endogrampeador de 5 mm com
grampos absorvíveis (Securestrap®). Paciente evoluiu bem durante
o pós-operatório, sem queixas. Teve alta no 1º PO. Retornou em consulta no 10º PO sem queixas, em bom estado geral. Conclusão:
A hérnia de Spiegel é uma doença rara, porém com alto risco de
complicações. Quando efetuado seu diagnóstico, o tratamento de
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Autores: Luciano Zogbi Dias / FURG; Bruno Schmidt /
FURG; Aluísio Neutzling / FURG; Fabiano Vendrasco /
FURG; Evelise Berlet / FURG; Linjie Zhang / FURG.
Resumo
Novas modalidades de colecistectomia minimamente invasivas
proporcionam menor trauma operatório e melhor recuperação
do paciente. A maioria, entretanto, requer aquisição de novos
materiais ou equipamentos. Apresentamos vídeo demonstrativo
de estudo com a técnica com 3 portais, comparando-a ao
procedimento clássico com 4 portais, seus resultados e análise
estatística. Equipamento e materiais utilizados foram os mesmos do
método clássico. Incluímos no estudo todos os pacientes operados
consecutivamente nos últimos 5 anos, totalizando 104 pacientes:
61 com a técnica de 3 trocartes (grupo A) e 43 com a técnica
padrão de 4 trocartes (grupo B). Os resultados foram computados
com média e desvio padrão. Utilizamos teste t de Student para
análise de variáveis contínuas e teste exato de Fischer para variáveis
categóricas. A técnica de 3 incisões utiliza portais de 10mm na
cicatriz umbilical e epigástrio e outro de 5mm no hipocôndrio direito,
sem o 4º portal de 5mm utilizado habitualmente para tração do
fundo da vesícula. Inserida a óptica no trocarte umbilical, planejase a seguir o melhor posicionamento dos demais portais, a fim de
melhorar a ergonomia do procedimento. A pinça de apreensão da
mão esquerda é posicionada de forma a elevar a vesícula e abrir
o triângulo hepatocístico, expondo adequadamente as estruturas.
A conversão para o método clássico pela introdução do quarto
portal é empregada quando há dificuldade técnica. O tempo médio
de internação foi de 1,06 dias no grupo a e 1,30 dias no grupo B
(p=0,03). O uso médio de opiáceos sob livre demanda foi de 0,64/
paciente no grupo a e 0,42/paciente no grupo B (p=0,3). A taxa
de conversão foi nula (0%) no grupo a e 1 (2,32%) no grupo B
(p=0,4). A taxa de óbito peroperatório e taxa de sequelas foram
nulas em ambos os grupos (p=1). A abordagem laparoscópica
com 3 incisões é segura e oferece resultados animadores, pois
despende menos recursos materiais e de pessoal, e propiciando
menor tempo de internação hospitalar.
escolha é o cirúrgico. Hoje, é possível realizar o tratamento laparoscópico com efetividade, segurança e baixos índices de complicação.
COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA:
3 OU 4 PORTAIS ?
Temário: Cirurgia / Miscelânia
ESPLENECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA POR CISTO
ESPLÊNICO DE GRANDE VOLUME
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Christian Lamar Scheibe / Hospital são Domingos;
Roclides Castro de Lima / Hospital são Domingos; Zélio
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Rodrigues Borges / Hospital são Domingos; José Aparecido
Valadão / Hospital são Domingos; Abdon José Murad
Junior / Hospital são Domingos; Giuliano Peixoto Campelo
/ Hospital são Domingos; Taffarel de Castro Pereira e Silva /
Universidade Federal do Maranhão; Manuel Dominguez de
La Cruz / Universidade Federal do Maranhão.
Resumo
Introduçâo: Cistos esplênicos são raros. Em 1978 Robbins
relatou apenas 32 casos em uma série de 42.327 autópsias, ou
seja, 0,75%. Cistos grandes podem causar dor em hipocôndrio
esquerdo e sintomas de compressão de órgãos adjacentes tais
como náusea, vômitos, flatulência e diarreia. O tratamento é cirúrgico para cistos maiores que 4 a 5 cm. O papel da esplenectomia laparoscópica está bem estabelecido no tratamento de
doenças hematológicas, porém, sua utilização para tratamento
de cistos esplênicos de grande volume é pouco relatada. Objetivo: Relatar um caso de esplenectomia vídeo-laparoscópica por cisto esplênico. Relato: M.M.C., sexo feminino, 25
anos, história de plenitude gástrica precoce, náuseas e dor à
palpação em hipocôndrio esquerdo com massa palpável. Realizou TC de abdome que evidenciou lesão de aspecto cístico
medindo 12 x 10 cm em polo superior do baço. A paciente
foi submetida à esplenectomia vídeo-laparoscópica. A mesma
evoluiu satisfatoriamente e recebeu alta dois dias após a cirurgia. Histopatológico evidenciou pseudocisto não-parasitário.
Conclusão: Esplenectomia laparoscópica é um método viável
e seguro para tratamento de grandes cistos esplênicos.
NEUROMODULAÇÃO SACRAL ASPECTOS TÉCNICOS
PARA O TRATAMENTO DA
INCONTINÊNCIA FECAL
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Luciana Amaral de Retamal Marzan / NUFIG Control
HIAE; Ivani Pires de Andrade Kehdi / NUFIG Control HIAE;
Paulo Jose Pereira de Campos Carvalho / NUFIG Control
HIAE.
Resumo
Neste vídeo serão discutidos os principais aspectos técnicos da
implantação do neuromodulador sacral na fase teste e definitiva.
Durante a apresentação serão apresentados os resultados a longo
prazo incluindo a experiência do grupo.
TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCÓPICO
DO ANEURISMA DE ARTÉRIA
ESPLÊNICA
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores: Glauco da Costa Alvarez / UFSM; Mateus Diesel
Miranda / UFSM; Cleoni Pedron / UFSM; Mateus Picada
Correa / UFSM; Everton Neubauer Faria / UFSM.
Resumo
Paciente sexo feminino, 63 anos, diagnosticada com aneurisma de
artéria esplênica com 4cm. Houve falha na intervenção endovascular
em tentativa embolizante com colocação de mola. Este vídeo tem
o objetivo de apresentar os detalhes técnicos e anatômicos do
tatamento videolaparoscópico dos aneurismas viscerais onde a
abordagem endovscular não obteve sucesso.
ISQUEMIA DE DELGADO DEVIDO
HÉRNIA INTERNA APÓS CIRURGIA
BARIÁTRICA: RELATO DE CASO E
REVISÃO DA LITERATURA
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Cláudio Luiz Lourenço de Souza Junior / UNOESC;
Rafael Rodrigues Rothbarth / UNOESC; Flavia Silva de
Souza / Universidade Estacio de Sa- RJ; Vicente Sposito /
UNOESC; Felipe Wurzel / UNOESC; Rita de Cassia Palma
Lima / UNOESC; Roberto Zilio / Zilio, Roberto.
Resumo
Introdução: A cirurgia bariátrica hoje está consolidada e difundida
e por este motivo o estudo de suas complicações é de extremamente importância. Essas podem ser diversas como desnutrição,
complicações respiratórias, hérnias internas, fístulas. Objetivo:
Relato do manejo de uma hérnia interna após cirurgia bariátrica.
Casuística: Emergência. Relato do Caso: E.S.L., 48 a., feminino,
brasileira, branca, casada. Data da Internação: 01/07/14 QP: “Dor na
barriga de forte intensidade” HDA: Inicio dos sintomas com dor súbita, difusa, de forte intensidade que não melhorava com analgesia.
Nega náuseas, vômitos ou febre. HPP: Refere cirurgia bariátrica pela
técnica de Scopinaro há 15 anos. Ao exame: Acordada, orientada,
anictérica, acianótica estável hemodinamicamente. AR e AC: s/alt.
Abdome: plano, depressível, doloroso a palpação difusamente, RHA
diminuídos. MMII: s/alt. Exames laboratoriais: Hb: 13,0;Ht: 38%;Leucócitos: 22000;Bastonetes: 3,0%; demais s/alt. Realizou TC de abdome que visualizou edemas de alça de delgado. Cirurgia: Optou-se
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
177
A nais
178
então pela lapatorotomia com incisão mediana supraumbilical, evidenciando grande quantidade de liquido serohemático na cavidade,
aderências. Além de uma hérnia interna da alça bileo-pancreática
que que apresentava necrose de aproximadamente 60 cm de extensão. Após liberação de aderências e redução da hérnia, feito
enterectomia da alça necrosada com o grampeador linear cortante
GIA 80, por conseguinte fez a anastomose término lateral da alça
bileo-pancreática com a alça alimentar manualmente em duas linhas
de sutura. Pct evoluiu bem, porém no 5 P.O apresentou abundante
saída de secreção biliar pela F.O. Optou-se por nova laparotomia
exploradora na qual foi visualizado grande quantidade de bile livre
em cavidade, fístula na anastomose entero-entero e diversas perfurações na alça bileo-pancreatica. Após ressecção da alça biliar de
aproximadamente 10 cm(até margem viável), ressecção também da
parte da alça comum onde se encontrava-se a anastomose prévia.
Nova anastomose em entero-entero látero-lateral com grampeador
linear cortante GIA 80 (mais proximal que a anterior) e anastomose
termino-terminal entero-entero(entre alças comuns) manualmente.
Paciente evolui bem e no 8 P.O. teve alta hospitalar. Conclusão:
A hérnia interna é uma das complicações mais temidas na cirurgia
bariátrica seu tratamento com em fase tardia é complicado, portanto
medidas que visem a profilaxia tais como o fechamento das brechas
mesentéricas são válidas.
ANÁLISE DO PERFIL CLÍNICO NO
PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA
BARIÁTRICA
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Taianne Machado Nascimento / UFS; Antônio Alves
Júnior / UFS; Curt Vieira Neto / UFS; Ytallo Juan Cardozo de
Oliveira / UFS; José Jackson Guimarães Júnior / UFS; Tiago
Rodrigo Pereira de Freitas / UFS; Ramsés Matos Couvre /
UFS; Ismael Martins da Silva / UFS.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
2013, foi realizado um estudo observacional transversal, avaliando
pacientes no pré-operatório de cirurgia bariátrica. Os dados clínicos
utilizados foram peso, grau de obesidade, IMC, idade e sexo. Foram
utilizados também a avaliação dos níveis séricos de: TGO, TGP,
albumina, plaquetas, glicose, HDL, LDL, triglicerídeos, cálcio, vit D
e ferro. Os resultados foram cotejados com os valores de referência.
Resultados: Dos 73 pacientes avaliado, 51(70%) eram mulheres
e 22 homens (30%). O grau de obesidade foi II para 45 (62%) dos
pacientes e III para 28(38%) dos pacientes. A média de idade, IMC
e peso foram de respectivamente 36 anos, 40,36Kg/m² e 111Kg.
Os níveis séricos de: TGO, TGP,albumina, plaquetas,glicose,HDL,L
DL,triglicerídeos,colesterol total, cálcio, vitamina D e ferro foram de
22U/L, 30,8U/L, 4,14g/dL, 303258, 103mg/dL, 46mg/dL, 122mg/
dL, 174mg/dL, 201mg/dL, 9,9mg/dL, 26,3 ng/mL e 97,4 μg/dL
Conclusões: Das variáveis séricas avaliadas, quatro obtiveram
valores alterados em relação aos valores de referência. Obtiveram
valores inferiores a vitamina D 26,3 ng/mL e o cálcio 9,9mg/dL
séricos. Já os valores de glicose (103mg/dL) e triglicerídeos (174mg/
dL) apresentaram médias superiores aos valores de referência. Essas
alterações podem estar relacionadas ao grau de obesidade desses
pacientes.
CIRURGIA BARIÁTRICA: REVISÃO
DOS ASPECTOS PSICOSSOCIAIS
PÓS-OPERATÓRIO
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Ana Tereza Silveira Zica / UniEvangélica; Úrsula
Santos Mendonça / UniEvangélica; Eurico Del Fiaco Neto /
UniEvangélica; Ana Elisa Maranhão de Conti / UniEvangélica;
Hugo Alexandre da Rosa Martins / UniEvangélica; Beatriz
Barbosa dos Santos / FACIPLAC; Leonardo de Godoy
Ribeiro / FACIPLAC.
Resumo
Resumo
Introdução: A obesidade é um problema crescente de saúde no
mundo, chegando a dobrar sua prevalência desde a década de 80 .
Ela tem etiologia multifatorial como genética, ambiental e social e está
relacionada com diversas comorbidades. Neste contexto, a cirurgia
bariátrica aparece como um tratamento eficaz para obesidade e
suas comorbidades. Objetivo do Trabalho: Avaliar o perfil clínico
de pacientes no pré-operatório de cirurgia bariátrica Casuística:
Foram avaliados 73 pacientes no pré-operatório de cirurgia bariátrica
Metodologia: Durante o período de Janeiro de 2011 a Abril de
Introdução: As cirurgias bariátricas têm sido consideradas
alternativas para pessoas que não conseguem perder peso pelos
métodos tradicionais ou para quem sofre de problemas crônicos
de saúde relacionados a essa doença. É um processo complexo,
pois envolve a interligação dos aspectos físicos, psíquicos e
sociais, e varia em cada indivíduo. A cirurgia promove redução
drástica do peso e diminuição das comorbidades, porém, o
impacto que essas mudanças bruscas de peso causam na saúde
psicológica do indivíduo deve ser considerado. Nesse sentido,
existe a recomendação do Ministério da Saúde para que haja um
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
acompanhamento multiprofissional e sistemático aos indivíduos que
se submeteram ao tratamento cirúrgico. Objetivos: O atual estudo
teve como objetivo identificar as expectativas, resultados, dificuldades
e frustrações enfrentadas após a realização da cirurgia bariátrica.
Metódo: Realizou-se o levantamento bibliográfico da atual literatura
identificando as principais conseqüências psicossociais da cirurgia
bariátrica. Os artigos foram publicados nos períodos entre 2002 a
2012 e se encontram na Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando
a base de dados eletrônica Scientific Electronic Library Online
(SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS). Resultados: As publicações mostram que
apesar de uma grande parcela dos pacientes possuírem resultados
satisfatórios com a redução substancial do peso, com melhoria ou
cura de comorbidades, incluindo a diminuição do comportamento
alimentar, o aumento da autoestima e uma melhor qualidade de vida,
há vários casos em que o emagrecimento súbito incorre em quadros
psiquiátricos, tais como: sintomas de ansiedade, depressão, uso de
substâncias prejudiciais ao organismo, alterações comportamentais
e ideação suicida, dentre outras situações, associadas às mudanças
emocionais que o paciente vivencia com o novo estado físico
e psíquico. Conclusão: A cirurgia contra a obesidade é um
procedimento complexo e, assim como qualquer cirurgia de grande
porte, apresenta risco de complicações. Desta forma, além das
orientações técnicas, o acompanhamento psicológico é aconselhável
em todas as fases do processo, pois apesar dos bons resultados da
cirurgia na maioria dos pacientes, alguns indivíduos com obesidade
mórbida não respondem positivamente à cirurgia e não beneficiam
psicologicamente dela.
COMPARATIVO DOS NÍVEIS DE
ALBUMINA SÉRICA NO PRÉ OPERATÓRIO E PÓS - OPERATÓRIO
DE 6 MESES E 1 ANO DE CIRURGIA
BARIÁTRICA
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Taianne Machado Nascimento / UFS; Antônio Alves
Júnior / UFS; Curt Vieira Neto / UFS; Ytallo Juan Cardozo de
Oliveira / UFS; Tiago Rodrigo Pereira de Freitas / UFS; José
Jackson Guimarães Júnior / UFS; Maria Rosa Melo Alves /
UFS; Ismael Martins da Silva / UFS.
Resumo
plasma e no transporte de algumas substâncias. A hipoalbuminemia
está relacionada com a desnutrição. Dessa forma, a dosagem dela
pode representar a medida de avaliação do estado nutricional.
Objetivo: Comparar os níveis de albumina sérica no pré e pósoperatório de seis meses e de um ano de pacientes submetidos à
cirurgia bariátrica. Casuística: Foram avaliados 53 pacientes no
período de pré-operatório e de pós-operatório de cirurgia bariátrica.
Metodologia: No período de Janeiro de 2011 a Julho de 2012, foi
realizado um estudo observacional transversal, para avaliar a albumina
sérica de pacientes submetidos a cirurgia bariátrica pela técnica da
gastroplastia vertical com derivação gastrojejunal em Y de Roux.
Os dados clínicos utilizados foram idade, peso, IMC, sexo e níveis
séricos de albumina no período pré operatório e pós-operatório de
seis meses e de um ano. Resultados: Nos pacientes avaliados a
média etária foi de 35 anos, sendo que 37(69,8%) eram mulheres
e 16(30,2%) eram homens. O peso e o IMC médios foram de
respectivamente 112,8Kg e 34,74kg/m² no pré operatório,78,06Kg e
30,0Kg/m² no pós-operatório de 6 meses e 69,22Kg e 27,09Kg/m² no
pós-operatório de 1 ano. As taxas médias de albumina sérica foram
de 4,09g/dL no pré operatório e de 4,03g/dL(redução de 1,47 %)
e 4,17g/dL(aumento de 1,96%) no pós-operatório de seis meses e
de um ano correspondentemente. Conclusão: Os níveis séricos de
albumina após a cirurgia de gastroplastia com derivação gastrojejunal
apresentaram discreta resolução nos primeiros seis meses, mas com
recuperação e elevação pequena no período de um ano.
COTEJAMENTO DO GRAU DE
FIBROSE HEPÁTICA AVANÇADA NO
PRÉ-OPERATÓRIO DE PACIENTES
SUBMETIDOS À CIRURGIA
BARIÁTRICA: INSTITUIÇÃO PÚBLICA
VERSUS PRIVADA
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Taianne Machado Nascimento / UFS; Ytallo Juan
Cardozo de Oliveira / UFS; Curt Vieira Neto / UFS; Antônio
Alves Júnior / UFS; Tiago Rodrigo Pereira de Freitas / UFS;
Ramsés Matos Couvre / UFS; José Jackson Guimarães Júnior
/ UFS; Marco Antônio Fontes Sarmento / UFS.
Resumo
Introdução: A doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA)
é a doença hepática crônica mais comum e é caracterizada como o
Introdução: A albumina é uma proteína abundante no meio
extracelular,sendo importante na manutenção da pressão oncótica do
aumento de gordura no fígado não associado ao consumo etílico.
Ela pode ter como etiologia a obesidade, sendo a manifestação
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
179
A nais
hepática deste problema. A cirurgia bariátrica é um dos tratamentos
da obesidade e consequentemente da DHGNA. Objetivo: Cotejar
o perfil hepático no pré-operatório de pacientes submetidos à
cirurgia bariátrica nas instituições pública e privada. Casuística:
Foram avaliados 45 pacientes no pré-operatório de cirurgia
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Alencar / Hospital Ophir Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca
/ Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; Pablo Baptista Oliveira / Hospital Ophir
Loyola; Raquel de Maria Maues Sacramento / Hospital Ophir
Loyola; Carolina Costa Beckman Nery Oti / Hospital Ophir
Loyola; Giordano Bruno Ribeiro Palmeira de Freitas / UEPA.
bariátrica: 14 destes, fizeram a cirurgia pelo serviço público de
Saúde(HU-UFS), enquanto os outros 31 fizeram a mesma cirurgia
Resumo
pelo privado (HSL) da mesma cidade. Metodologia: Durante
180
o período de Janeiro de 2012 a Julho de 2013, foi realizado um
Introdução: A obesidade é uma doença universal de preva-
estudo observacional transversal para avaliar pacientes no pré-
lência crescente e que vem adquirindo proporções epidêmicas,
operatório de cirurgia bariátrica. Os dados clínicos utilizados
atingindo mais de um bilhão de adultos, sendo um dos principais
foram IMC,idade e sexo. Para categorizar o perfil hepático foi
problemas de saúde pública da sociedade. A indicação cirúrgica
utilizado o escore de fibrose do NAFLD (non alcoholic fatty liver
clássica é em pacientes com Índice de Massa Corporal
disease) que avalia o grau de fibrose avançada no fígado a partir
(IMC) acima de 40 kg/m² ou acima de 35 kg/m² associado a
da idade e do IMC e das dosagens plasmáticas de ALT,AST,
comorbidade causada ou agravada pela obesidade, sendo
albumina e plaquetas. Pacientes com NAFLD abaixo de -1,455
ainda importante analisar fracasso de métodos conservadores
não apresentariam fibrose avançada, com NAFLD acima de 0,676
de emagrecimento, condições psicológicas para cumprir a
apresentariam e com NAFLD entre esses valores, apresentariam
orientação dietética no pós-operatório e ausência de causas
escore indeterminado. Resultados: Na instituição privada a
endócrinas de obesidade. Dentre as técnicas utilizadas, o
faixa etária foi de 33 anos, na instituição pública foi de 41 anos.
padrão ouro é a gastroplastia redutora com bypass gástrico
Nas duas instituições o número de mulheres avaliadas foi maior,
em Y de Roux, com baixa morbidade e alta eficácia. Esse tipo
sendo 22(71%) na particular e 12(85,7%) na pública. A média do
de cirurgia está associado a saciedade precoce com perda de
IMC dos pacientes da instituição pública foi de 51,24Kg/m² maior
peso significativamente maior do que em outras gastroplastias.
que a da particular que foi de 40,25Kg/m². A média de ALT, AST,
Objetivo: Relatar um caso de pós-operatório de um paciente
albumina e plaquetas(mm³) foi de respectivamente,33U/L, 22U/L,
obeso mórbido submetido a uma gastroplastia redutora com
4,08g/dL e 281050 na instituição privada e de 41U/L, 25U/L,
bypass gástrico em Y de Roux. Casuística: 1 paciente (relato
3,44g/dL e 255000 na pública. Dos pacientes da rede particular
de caso) Método: Revisão de prontuário. Resultados: Sexo
avaliados, 2(6,45%) obtiveram o escore do NAFLD abaixo de
masculino, 45 anos, com história de ganho de peso desde a
-1,455; 20(64,51%) obtiveram o resultado entre -1,455 e 0,675 e
infância, admitido com 192kg, IMC de 60,6 kg.m-2, realizou
9(29,04%) obtiveram esse escore acima de 0,675. Na rede pública,
preparo por 3 meses com dieta hipocalórica (800kcal/dia),
dos pacientes avaliados, 11(84,62%) tiveram o NAFLD acima de
bupropiona e topiramato uma vez ao dia e 2 comprimidos de
0,675 e 2(15,38%) tiveram esse escore entre -1,455 e 0,675. Da
metformina 500mg após o almoço. No momento da liberação
amostra da rede pública observada, nenhum apresentou NAFLD
para a operação estava com 174,4kg e 178cm, IMC de 55 kg.m-
abaixo de -1,455. Conclusões: Os pacientes da rede pública
2. Submetido à gastroplastia redutora com bypass gástrico em Y
apresentaram um maior grau de fibrose hepática avançada, o
de Roux (técnica de Fobi-Capella). O transcurso intraoperatório
que pode estar relacionado ao maior grau de obesidade desses
ocorreu sem anormalidades. Evoluiu sem intercorrências no pós-
pacientes.
operatório imediato. Apresentou secreção serosanguinolenta
no 5º dia de pós-operatório pelos pontos centrais da ferida
OBESO MÓRBIDO TRATADO COM
GASTROPLASTIA REDUTORA COM
BYPASS GÁSTRICO EM Y DE ROUX:
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Carolina Teixeira Cidon / UEPA; Francisco de Assis
operatória, cessando no 7º dia, após drenagem manual do
conteúdo. Durante a primeira semana evoluiu com intolerância
alimentar, com vômitos, náuseas e síndrome de dumping
precoce, obtendo a melhora clínica com medicamentos
sintomáticos na segunda semana de pós-operatório, recebendo
alta cirúrgica. Conclusão: A intolerância alimentar mostrou-se
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
constante no pós-operatório do presente trabalho, assim como
o encontrado na literatura. Salienta-se a necessidade de atenção
quanto ao fracionamento das refeições, mastigação e quantidade
de alimentos ingeridos numa mesma refeição.
APLICATURA GÁSTRICA COM BY
PASS: PODE SER VIÁVEL?
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Clayton Alencar Moreira / Unigastro; Alberto Jose
Lopes Magalhaes / Unigastro; Max Carneiro / Unigastro;
Maira Piani / UePa.
Resumo
3.1 -Tipo de estudo: Estudo experimental, prospectivo, longitu-dinal, observacional, em hospital privado na cidade Belém o
Pará no ano de 2014. 3.2- População de estudo. serão incluídos
10 pacientes com índice de massa corporal entre 35 e 45Kg/
m², com ou sem co-morbidades. Sendo excluídos pacientes fora
destes parâmetros. 3.4-Técnica 3-Incisão a esquerda da linha
média acima da cicatriz umbilical, punção com trocater de 10mm
não descartável para confecção o pneumoperitônio. Coloca-se
agulha de Veres, com pressão de insuflação de 20mmhg. 4-Introdução de mais 4 portais, sendo 3 de 5mm (1 subxifóide, 1
borda lateral do reto anterior do abdome e outro na linha axilar
anterior esquerda) e mais 1 de 10mm na linha mamilar esquerda
sub-costal. Após introdução de laparoscópio, procedemos com
o inventário da cavidade. 5-O anestesista introduz uma sonda
de Fouchet 11mm, posicionada para esvaziar o conteúdo gástrico. 6-Inicia-se com tesoura ultrassônica (sonosurg Olympus),
a desconexão da grande curvatura do grande epíplon, desde
2cm o piloro até o ângulo de Hiss. A sonda de Fouchet, neste
momento, é colocada até o piloro a fim de realizar moldagem
gástrica, para começar a plicatura. 7-Realizado um primeiro
plano completo, contínuo e invaginante com fio de prolene 2-0
gastrintestinal, do ângulo de Hiss até meia distância entre o piloro e a incisura angulares. Um segundo plano, também, com
prolene, contínuo, invaginando o primeiro plano de sutura até a
incisura angularis. 8-Identifica-se o ângulo de Treitz e se mede 2
metros de jejuno, fazendo-se anastomose manual em 2 planos
gastrojejunal latero-lateral em parede posterior de antro, de 5
cm, com Poliglecaprone 25 2-0 e ancoragem da alça antes e
após a anastomose, com 2 pontos em cadalado no estômago.
Sem drenagem da cavidade. 9-Fechamento dos orifícios com
pontos intradérmicos e cola dermica. Esta técnica chancela mais
uma opção cirúrgica de baixo custo, pouca complicação e com
boa efetividade, num país com baixo poder aquisitivo e obesidade endêmica. Além de criar subsídios para estudos posteriores
analisarem os resultados metabólicos.
CONVERSÃO LAPAROSCÓPICA DE
GASTROPLASTIA VERTICAL EM
GASTROPLASTIA COM BYPASS
GASTROENTERAL
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Severino Oscar Barreto Coutinho Neto / Clínica são
Gabriel; Bruno Antônio Bezerra Barreto / Clínica são Gabriel;
Marco Aurélio de Freitas Cabral / Clínica são Gabriel; Guilherme Martins Delduque de Macedo / Clínica são Gabriel.
Resumo
A gastroplastia vertical se consolidou como umas das opções no tratamento de pacientes obesos mórbidos, devido
a facilidade de execução e baixa morbidade. Nos pacientes
submetidos a este tipo de cirurgia, a perda insatisfatória de
peso no pós-operatório tardio de gastroplastia vertical é uma
complicação encontrada com relativa frequência. como objetivo de demonstrar uma forma de abordar esta problemática
utilizando um método minimamente invasivo, trouxemos o vídeo da conversão videolaparoscópica de gastroplastia vertical
em gastroplastia com bypass gastroenteral. Neste caso abordamos cirurgicamente uma paciente submetida, há 03 anos,
à uma gastroplastia vertical que evoluiu com perda de peso
insatisfatória, tendo atingido a estabilidade do peso corporal
há 02 anos. Após consultas ambulatoriais e acompanhamento
com psicólogos e nutricionistas, optou-se pela reabordagem
videolaparoscópica da paciente. Durante a cirurgia podemos
visualizar as alterações gástricas decorrentes da primeira abordagem e demonstrar as manobras que precisam ser executadas para uma conversão bem sucedida. Após o procedimento, a paciente evoluiu clínicamente bem e voltou a apresentar
perda de peso, como esperado. Tendo a paciente evoluido
satisfatoriamente, chegamos a Conclusão de que, neste caso,
a conversão videolaparoscópica das gastroplastia vertical em
gastroplastia com bypass foi uma conduta apropriada. Esta cirurgia se mostra benéfica tanto em pacientes com perda de
peso abaixo do esperado após a gastroplastia vertical, como
parte de uma abordagem cirúrgica em dois tempos.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
181
A nais
RESGATE TÉCNICO NO REFLUXO
GASTRO-ESOFÁGICO APÓS
GASTRECTOMIA VERTICAL
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Flavio Masato Kawamoto / Unidade de Cirurgia
Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Daniel Riccioppo /
Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP;
Denis Pajecki / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
HC-FMUSP; Henrique Dametto Giroud Joaquim / Unidade
de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Andre
Fonseca Duarte / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
HC-FMUSP; Filippe Camarotto Motta / Unidade de Cirurgia
Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Marco Aurelio Santo
/ Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: A herniação do estômago trans-hiatal após
gastrectomia vertical (GV) é considerada como possível causa de
182
sintomas de refluxo gastro-esofágico (RGE). Problemas técnicos
relacionados à confecção da bolsa gástrica podem relacionar-se a
dificuldade de esvaziamento, colaborando para o surgimento de RGE
na GV. Objetivos: Relato de caso de obesa mórbida submetida a
GV e sintomas de DRGE pós-operatória, investigação anátomofuncional das possíveis causas de refluxo, e análise da conduta.
Método: Paciente de 46 anos, peso máximo 110kg (IMC 41,4).
Sem doenças metabólicas associadas, ou sintomas de RGE. Exames
pré-operatórios com endoscopia digestiva alta (EDA) sem sinais
de RGE ou hérnia hiatal, Rx EED com pequena hérnia de hiato por
deslizamento, manometria e pH-metria esofágicas normais. Optado
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Melhora importante das queixas de RGE, sem necessidade de uso
de medicação. CT 3D pós-operatória mostrou morfologia adequada
da bolsa gástrica e redução de volume, cintilografia mostrou
aceleramento do esvaziamento gástrico. Conclusões: a hérnia de
hiato pós-GV pode ser um dos fatores que contribui para sintomas
de RGE. A realização do procedimento de modo a confeccionarse uma bolsa gástrica tecnicamente adequada, com baixo volume,
ressecção completa do fundo gástrico, sem acotovelamentos,
estenoses, ou torções em seu eixo longitudinal, e com antro de
tamanho adequado, relaciona-se a melhor esvaziamento gástrico, e
menor risco de RGE.
TRATAMENTO
VIDEOLAPAROSCÓPICO DE
GESTANTE COM HÉRNIA INTERNA
PÓS GASTROPLASTIA POR
OBESIDADE
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Daniel Seiti Kurihara Oda / Hospital são Vicente FUNEF - Curitiba; Antonio Carlos Rosa de Sena / Hospital
são Vicente - FUNEF - Curitiba/PR; Tiago Kuchnir Martins
de Oliveira / Hospital são Vicente - FUNEF - Curitiba/PR;
Daniel Seigui Kaio / Hospital são Vicente - FUNEF - Curitiba/
PR; Mariana de Castro / Hospital são Vicente - FUNEF Curitiba/PR; Giovanna Cerri / Hospital são Vicente - FUNEF
- Curitiba/PR; Andréa Carneiro Leite Mariz Álvares / Hospital
são Vicente - FUNEF - Curitiba/PR.
Resumo
por GV. Apresentou perda de peso de 36kg em 6 meses (PEP 104%,
IMC 22,2). Dois anos após a cirurgia iniciou queixa importante de
Com a evolução das técnicas de cirurgias bariátricas, identificamos
RGE. Realizados novos exames: EDA sem esofagite, com hérnia de
diversas complicações tardias do procedimento, entre elas a
hiato por deslizamento, Rx-EED com hérnia de hiato para-esofágica,
hérnia interna. No entanto, são escassos os relatos de ocorrências
manometria esofágica com esfíncter inferior do esôfago intratorácico
em situações específicas como a gestação. O objetivo do vídeo
e pH-metria com RGE patológico. Volumetria da bolsa gástrica por
é demonstrar a segurança da opção de tratamento cirúrgico
tomografia 3D: 555ml, com presença de fundo residual, e antro amplo,
videolaparoscópico em abdome agudo obstrutivo por hérnia interna
regiões onde houve retenção de radioisótopo durante cintilografia
pós gastroplastia na 34ª semana de gestação. Através deste vídeo
de esvaziamento gástrico (esvaziamento lentificado). Proposta
será realizado o relato de caso. Paciente submetida à gastroplastia
resgate técnico de GV, com redução da bolsa gástrica, hiatoplastia, e
videolaparoscópica por obesidade pela técnica de Bypass Gástrico
adequação da bolsa gástrica, com ressecção total de fundo gástrico,
proximal com colocação de anel. Após mais de 3 anos de pós-
e redimensionamento do antro. Resultados: Achado de herniação
operatório evoluiu com um quadro de abdome agudo obstrutivo
de estômago para o tórax, e realizada redução de conteúdo
por hérnia interna em anel de gastroplastia, conforme identificado
herniado com hiatoplastia. Realizada ressecção de excesso de fundo
através de radiografia de abdome e por endoscopia digestiva alta.
gástrico e antro gástrico. Duração de procedimento: 200 minutos,
Estava em acompanhamento em sua cidade de origem por gestação
evoluiu com boa aceitação de dieta no PO2. Alta hospitalar no PO4.
de 34 semanas sem intercorrências. Realizada tentativa de abertura
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
do anel através de dilatação endoscópica, sem sucesso. A paciente
foi submetida à videolaparoscopia + ressecção e retirada do anel
+ redução de hérnia interna. O vídeo demonstra passo a passo do
procedimento, desde a inserção da óptica em portal epigástrico. O
fato de a maior parte da cavidade abdominal estar ocupada pelo
útero gravídico impossibilita a abordagem convencional com a
colocação do primeiro trocarte em região periumbilical. Não havia
pelo robô. Deve-se destacar a necessidade de sincronia entre o
cirurgião que fica no console e o primeiro assistente que manuseia
e aplica o grampeador laparoscópico.Também foi demonstrada a
dissecção e ressecção da fibrose produzida pela presença da banda gástrica ajustável, a dificuldade de apresentação dessa região e
a necessidade do uso de uma carga para tecidos mais espessos
(verde ou dourada).
sinal de sofrimento de alças intestinais, o que possibilitou a redução
das alças herniadas após a ressecção do anel. A paciente teve
resolução completa do quadro agudo, recebeu alta em menos de
24h de pós-operatório e não houve intercorrência obstétrica no
peri ou pós-operatório. Através da técnica demonstrada no vídeo,
pode se concluir que é viável a realização de videolaparoscopia em
paciente gestante pós cirurgia bariátrica em um quadro de abdome
agudo e que tal técnica pode ser reproduzida com segurança em
pacientes selecionados.
CIRURGIA REVISIONAL – RETIRADA
DE BANDA GÁSTRICA AJUSTÁVEL E
REALIZAÇÃO DE BY-PASS GÁSTRICO
POR VIA VIDEOLAPAROSCÓPICA
ROBÓTICA
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores: Denis Pajecki / Hospital Nove de Julho - São Paulo;
Daniel Bauab Puzzo / Hospital Nove de Julho - São Paulo;
Marco Aurélio Santo / Hospital Nove de Julho - São Paulo;
Thiago Shigueyoshi Otsuzi / Hospital Nove de Julho - São
Paulo; Luis Francisco de Arruda Zeni / Hospital Nove de
Julho - São Paulo.
Resumo
Os autores apresentam um vídeo editado mostrando a realização
de uma retirada de banda gástrica ajustável seguida da realização
de uma transposição gástrica em “Y de Roux” sem anel de silicone por videolaparoscopia através do uso de tecnologia robótica
(“Da Vinci System” – Stratner Inc.). A indicação da conversão do
método, de banda gástrica para “by-pass” gástrico, foi devido a
falha na obtenção da perda de peso desejada. Assim, os autores
demonstram a técnica, destacando a segurança do método, a possibilidade de realização de movimentos que não são exequíveis por
videolaparoscopia e a ótima visualização das vísceras envolvidas.
Ressalta-se a semelhança com os tempos da cirurgia quando realizados pela via videolaparoscópica convencional e algumas modificações na apresentação das estruturas oferecidas e/ou impostas
ADENOMA VILOSO DE PAPILA DE
VATER: RESSECÇÃO LOCAL OU
DUODENOPANCREATECTOMIA?
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Yuri Longatto Boteon / UNICAMP; Daniel Alvarenga
Fernandes / UNICAMP; Amanda Pinter Carvalheiro da Silva
/ UNICAMP; Everton Cazzo / UNICAMP; Daniel Lahan
Martins / UNICAMP; Martinho Antonio Gestic / UNICAMP;
Thiago José Penachim / UNICAMP; Nelson Marcio Gomes
Caserta / UNICAMP; Elinton Adami Chaim / UNICAMP.
Resumo
Introdução: As neoplasias benignas da ampola de Vater são
lesões pré-malignas e raras. Frente à malignização de cerca de
30-40%, a abordagem cirúrgica ainda é controversa: ressecção
local e acompanhamento ou duodenopancreatectomia? Descrevemos o caso de uma paciente feminina, 61 anos, com dor em
hipocôndrio direito, emagrecimento, vômitos, icterícia flutuante e
febre intermitente. Laboratoriais com ictérica com predominio de
bilirrubina direta. Investigação com ultrassonografia, complementado com TC multislice, RNM e colangiorressonância. Realizada
endoscopia digestiva alta com biópsia e colangiopancreatografia
retrógrada endoscópica com presença de lesão polipóide, multilobulada de 5 a 6 cm na região da papila de Vater. O diagnóstico
histopatológico da biopsia foi de adenoma tubular com neoplasia
intraeptelial de alto grau de papila duodenal. Submetida à duodenopancreatectomia com diagnóstico histopatológico de adenoma
túbulo-viloso com focos superficiais de adenocarcinoma bem
diferenciado com estádio patológico I. Discussão: a avaliação
por imagem é de extrema importância na programação cirúrgica,
os avanços no estadiamento dessas lesões com ultrassonografia
endoscópica ou intraductal são ferramentas úteis para selecionar
candidatos ao tratamento endoscópico. A alta resolução da ressonância magnética associada à colangiorressonância e sequências ponderadas em difusão possibilita boa avaliação dos tumores
periampulares.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
183
A nais
LOCALIZAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
DE INSULINOMA: ANÁLISE DE SEIS
PACIENTES TRATADOS NO HUCFF
ENTRE 2009/13
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: José Marcus Raso Eulálio / UFRJ; Lucila Marieta
Perrotta de Souza / UFRJ; Homero Soares Fogaça / UFRJ;
Eduardo Sabino de Machado Magalhães / UFRJ; Matheus
Mannarino do Carmo Silva Ribeiro / UFRJ; Lucca Jaeger
Martins / UFRJ; Bruno Munhoz Agena / UFRJ; Pedro Luiz
Rodrigues Guimarães Filho / UFRJ.
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Autores: Marcelo Gonçalves Sousa1; Francieudo Justino
Rolim2; Carlos Eduardo Moreira Guedine Junior3; Luciana
Nogueira Paraguassú de Morais 4 , Jose Helman Palitot de
Oliveira5 , Kerly Casimiro da Silveira 6, Jose Maximo Costa
Pinto7, Rafael Lucas Costa de Carvalh / Universidade Federal
da Paraiba.
Resumo
Introdução: A pancreatite é condição inflamatória, aguda ou
crônica, pode evoluir com sintomatologia discreta até graves
conseqüências. Dentre as complicações da pancreatite encontramos
Resumo
os pseudocistos pancreáticos. Geralmente são adjacentes ao
Introdução e Objetivos: a localização topográfica dos insulinomas
pancreáticos é fundamental para o adequado tratamento cirúrgico.
Este trabalho tem por objetivo avaliar retrospectivamente diferentes
métodos de imagem utilizados para localização em pacientes com
184
da
insulinoma comprovado. Materiais e Métodos: Foram incluídos
todos os pacientes com insulinoma confirmado por ressecção
cirúrgica entre jan 2009 e dez 2013. Foram analisados os exames
de Tomografia, Ressonância Magnética e Ecoendoscopia quanto
à identificação, tamanho e localização de nódulos pancreáticos
nestes pacientes. Resultados: do total de seis pacientes,
cinco tiveram ressonância ou Tomografia positivas para nódulo
pancreático. A Tomografia foi realizada em seis pacientes e positiva
em 3. A ressonância foi realizada em seis pacientes e positiva em
3. A Ecoendoscopia foi realizada em cinco pacientes e identificou
o insulinoma em todos. O tamanho dos nódulos variou entre 10
e 25mm. Todos os pacientes tiveram pelo menos um exame de
imagem positivo para insulinoma. Quatro pacientes tiveram dois
exames positivos e um paciente teve os três exames positivos.
Cinco pacientes apresentaram insulinomas únicos e um paciente
apresentou três insulinomas totalizando oito nódulos. Cinco em
corpo e três na cabeça do pâncreas. Conclusão: Tomografia e
Ressonância são exames que se complementam na localização
de insulinomas. A Ecoendoscopia foi capaz de localizar todos os
insulinomas que passaram desapercebidos aos outros métodos.
próprio órgão, porém podem ser encontradas nas proximidades
do pâncreas em contato com órgão como estomago e duodeno,
ou a distancia como alguns citados em baço, região pélvica e
mediastino. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo relatar
de pseudocisto pancreatico intramural duodenal em paciente com
pancreatite crônica. Metodologia: Descrição, com base em
dados do prontuário e história clínica, da firmação diagnostica e
intervenção terapêutica, associado a revisão literária da temática.
Relato de caso: Paciente masculino, 45 anos, agricultor, pardo,
natural e procedente de Nazarezinho – PB. Admitido no Hospital
Universitário Lauro Wanderley (HULW)- UFPB, João Pessoa – PB em
04/06/2014. comqueixa principal de Dor abdominal há 04 semanas.
Relatava quadro de dor em hipocôndrio direito com irradiação
para flanco e fossa ilíaca ipsilateral, súbita,de leve intensidade, em
aperto,de caráter continuo, com inicio a cerca de 15dias. Tinha
quadro de dores abdominais difusas há 4 anos. Perda de 8kg em
2 meses. Diabetes Tipo II diagnosticado há 2 meses. Tabagismo de
33 Maços-Ano. Etilismo com uso de aguardente, diariamente (4-5
doses/dia), por cerca de 30 anos. Tratado com analgésicos, IBP e
dado inicio a investigação etiológica. A investigação com endoscopia
digestiva alta, ultrassonografia, tomografia de abdome, ressonância
magnética de abdome, revelou existência de pancreatite crônica com
episodio agudo e surgimento de dois pseudocistos, sendo um deles
intramural (duodenal) e outro retrogástrico. Elegeu-se tratamento
endoscópico para o pseudocisto retrogástrico, pioneiro em nosso
serviço e acompanhamento clínico para o pseudocisto intramural
PSEUDOCISTO DE PÂNCREAS
INTRAMURAL EM DUODENO,
ASSOCIADO A PSEUDOCISTO
PANCREÁTICO RETROGÁSTRICO –
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Pâncreas
duodenal por o mesmo ter seguido viés de regressão. O paciente
evolui sem queixas e segue em acompanhamento ambulatorial no
tratamento da pancreatite crônica. Conclusão: Os pseudocistos
pancreáticos são agravos presumíveis em casos de pancreatites
agudas ou crônicas. Intramurais ou duplos são raros, mas podem
ocorrer simultaneamente. O tratamento clínico rigoroso e drenagem
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
por endoscopia, quando possível, e em mãos experientes, parece ser
um caminho menos agressivo e fornecer excelentes resultados.
NEOPLASIA MUCINOSA PAPILAR
INTRADUCTAL – RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Camila de Almeida Mazzoni / Santa Casa de
Misericórdia de Juiz de Fora; Laís Tavares Miranda / Santa
Casa de Misericórdia de Juiz de Fora; Samya Maria Monteiro
Lima / Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora; José
Otávio Guedes Junqueira / Santa Casa de Misericórdia de
Juiz de Fora; Fernando Mendonça Vidigal / Santa Casa de
Misericórdia de Juiz de Fora.
operatório, a paciente obteve alta hospitalar no 14º dia e encontrase em acompanhamento ambulatorial. O estudo anatomopatológico
mostrou tratar-se de neoplasia mucinosa papilífera intraductal, com
margem pancreática comprometida. Conclusão: A NMPI pode
ser um achado incidental no exame de imagem, ou manifestar-se
como pancreatite, devido à obstrução do ducto pancreático pela
produção de mucina, ou como sintomas inespecíficos. Seu risco de
malignização pode chegar a 70%, dependendo da sua classificação.
NEOPLASIAS CÍSTICAS DE
PÂNCREAS: DESAFIO DIAGNÓSTICO E
TERAPÊUTICO
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Resumo
Introdução: As neoplasias císticas do pâncreas constituem cerca
de 10% das neoplasias pancreáticas, e dentre elas, as mais comuns
são a neoplasia cística serosa e a neoplasia cística mucinosa. A
neoplasia mucinosa papilar intraductal (NMPI) é caracterizada pela
proliferação do epitélio ductal pancreático, com hipersecreção de
mucina e consequente dilatação do ducto principal e/ou de seus
ramos secundários e exibe graus variáveis de atipia celular. Possui
maior prevalência entre a 5ª e a 6ª décadas de vida e localiza-se
preferencialmente na cabeça do pâncreas. Objetivo: Relatar um
caso de neoplasia mucinosa papilar intraductal como causa de
pancreatite aguda. Relato de Caso: Paciente do sexo feminino, 75
anos, internada com quadro de dor abdominal em andar superior
do abdome, associada a náuseas, vômitos, leucocitose com desvio à
esquerda e elevação de amilase sérica. Realizada ultrassonografia de
abdome que não evidenciou colelitíase, foi submetida à tomografia
de abdome que mostrou dilatação de vias biliares intra-hepáticas,
dilatação do ducto pancreático e aumento volumétrico da região
de cauda pancreática, sugestivo de pancreatite aguda. A paciente
foi então submetida a uma colangiorressonância, que evidenciou
dilatação difusa do ducto pancreático e imagens de aspecto cístico
alongado em região de processo uncinado e cabeça de pâncreas.
Dosagem de CA 19.9 de 43. Para melhor elucidação do caso foi
realizada colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE),
que mostrou alargamento do orifício da papila maior com exteriorização
de muco (“fish mouth”), compatível com NMPI e dilatação difusa do
ducto pancreático principal, medindo cerca de 10 mm. Resultado:
Realizada duodenopancreatectomia com preservação do piloro,
não tendo sido realizado estudo de congelação da margem em
decorrência de problemas técnicos. Sem complicações no pós-
Autores: Júlio Marinho dos Santos Neto / HUB (Hopsital
Universitário de Brasília); Luciano Delgado Olival / HUB;
Victor Cardoso Rocha / HUB; Henrique Horta Barbosa
Filgueiras Pohl / HUB; Andrea Pedrosa Ribeiro Alves / HUB;
Rodrigo Bresani / HUB; Cristina de Jesus e Oliveira / HUB.
Resumo
As neoplasias císticas do pâncreas representam mais de 50% dos
cistos pancreáticos, sendo a neoplasia mucinosa cística o maior
representante em frequência. Geralmente relacionado ao sexo
feminino, com maior prevalência na quinta e sexta década de vida. A
cauda do pâncreas é o local anatômico mais acometido. As neoplasias
císticas possuem grande potencial de malignização, podendo chegar
à 38% o número de adenocarcinomas no momento do diagnóstico.
O tratamento padrão consiste em ressecção cirúrgica, mas o
papel de tratamentos adjuvantes não é bem definido na literatura.
O objetivo desse trabalho é relatar a conduta adotada pelo nosso
serviço para a abordagem dessa doença rara. Paciente 28 anos,
feminina, estudante, parda, solteira, procedente de Santa Maria-DF,
deu entrada no serviço de Cirurgia Geral do Hospital Universitário
de Brasília relatando dor de leve intensidade, em cólica, esporádica,
localizada em hipocôndrio esquerdo. Ultrassom de abdome realizado
em novembro de 2012 evidenciou lesão cística multilobulada de
provável origem em adrenal esquerda. A tomografia computadorizada
de abdome realizada em maio de 2013 demostrou volumosa lesão
cística (15x11x8cm) na cauda do pâncreas ou de origem esplênica.
Os marcadores tumorais estavam dentro dos valores normais (CA199: 7,54 e CEA: 0,958). A paciente foi então submetida à laparotomia
com realização de esplenectomia associada à hepatectomia não
regrada por aderência firme local de baço, fígado e cauda de
pâncreas em 09/05/2014. Evoluindo com bom estado geral e sem
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
185
A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
queixas, recebendo alta no quarto dia de Pós-operatório. Anátomo-
ciente recebe alta com programação cirúrgica. Realizada co-
patológico evidenciou Cistoadenoma mucinoso invasor do pâncreas,
lecistectomia eletiva, com colangiografia intra-operatória (sem
bem diferenciado, medindo 12,5cm em seu maior eixo com margens
progressão do contraste), indicada CPRE. Evoluiu com novo
livres. As neoplasias císticas mucinosa do pâncreas são afecções
quadro de pancreatite aguda (FA 299 U/L; GGT 768 U/L).
pouco frequentes em âmbito nacional e mundial, representando
CPRE: hepato-colédoco com 1,0 cm de diâmetro e falha de
aproximadamente 5% das neoplasias pancreáticas. Sua incidência
enchimento. Colangioressonância: formação cística na cabeça
vem aumentando principalmente devido ao avanço nos métodos
pancreática medindo 110 x 9 x 8 mm. Aparente contiguida-
diagnósticos, bem como o aumento da realização de exames de
de com ducto de Wirsung, discreta compressão sobre ducto
imagem. O manejo de lesões císticas pancreáticas permanece um
colédoco distal, sem efeito obstrutivo. Alta após realização de
desafio clínico, tornando as decisões terapêuticas individualizadas,
colangioressonância, com encaminhamento ao ambulatório
guiadas, por exemplo, por comorbidades, viabilidade de ressecção
de Interlagos. Resultados: A presença de cistos pancreá-
cirúrgica e a decisão do paciente.
ticos como causa de pancreatite aguda apresenta-se como
etiologia rara e pouco documentada. A recidiva de pancreatite
PANCREATITE AGUDA BILIAR POR
LESÃO CÍSTICA DO PÂNCREAS –
RELATO DE CASO
186
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Marcelo Augusto Fontanelle Ribeiro Junior /
UNISA; Luis Vagner Sipriani Junior / UNISA; Fernando
Furlan Nunes / UNISA; Diego Ferreira de Andrade Garcia /
UNISA; Thiago Alexi Freitas / UNISA; Paulo Chang / UNISA;
Leonardo Neves da Silva Saguia / UNISA; Victor Santo Pietro
Pereira / UNISA.
aguda nestes pacientes pode necessitar exérese do cisto. A
investigação ecoendoscópica faz-se indispensável para pesquisa e rastreio, já que pode fornecer dados sobre a morfologia destas lesões e possibilitando por meio da punção guiada,
a colheita de material para avaliação citológica e dos marcadores tumorais, é considerado seguro e eficiente. Conclusão: O caso descrito mostra associação rara entre pancreatite
aguda e cisto pancreático e ratifica a necessidade de procedimento ecoendoscópico para seguimento do caso. Apesar de
rara, a cura da neoplasia cística só é possível quando esta for
detectada em fase inicial.
Resumo
Introdução: Os cistos pancreáticos têm incidência crescente
nos últimos anos devido à melhoria em métodos de imagem.
Frequentemente é um achado acidental, apresenta-se 95%
das vezes como sintomas vagos e igual distribuição na cabeça, corpo ou cauda do pâncreas. Objetivo: Relatar Caso de
Lesão cística de pâncreas, tendo compressão de vias biliares
e apresentando-se como causa de pancreatite aguda biliar.
Metodologia: Revisão de prontuário e literatura. Relato de
caso: MSS, 78 anos, feminino, aposentada, natural de MG,
PANCREATITE AGUDA COMPLICADA
COM ROTURA ESPLÊNICA - RELATO
DE CASO
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Bruno de Lucia Hernani / ISCMSP; Pedro Cartapatti
da Silva / ISCMSP; Ricardo Tadashi Nishio / ISCMSP;
Henrique Cunha Mateus / ISCMSP; Tercio de Campos /
ISCMSP; José César Assef / ISCMSP.
Resumo
em SP há 45 anos. QD: dor abdominal há 1 dia. HPMA: refere
dor em hipocôndrio direito há 1 dia associada a vômito que
Introdução: A rotura esplênica é uma complicação incomum
evolui com piora da dor. Exame Físico: regular estado geral,
da pancreatite aguda. Apresentamos um caso de rotura es-
hidratada, afebril, anictérica. Abdome flácido, doloroso em an-
plênica como complicação de uma pancreatite aguda com
dar superior, Murphy negativo. Exames: FA 281U/L; Amilase
trombose de veia esplênica. Relato do caso: Paciente de 30
135 U/L; GGT 554U/L; TGO 491U/L; TGP 522U/L. TC: ca-
anos, sexo masculino, deu entrada no serviço de Emergência
beça pancreática mal definida, ectasia do colédoco: 0,9 cm,
com dor em andar superior do abdômen há 6 horas, asso-
sem fatores obstrutivos. Discreta ectasia do ducto de Wirsung.
ciado a vômitos e suderese. Diagnosticado com pancreatite
Ranson 4, Balthazar B; após tratamento da pancreatite pa-
aguda de etiologia alcoólica. Realizou tomografia de abdômen
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
que evidenciou Balthazar C, área com suspeita de necrose
tase. Procurou atendimento hospitalar, com exames de sangue
afetando 30% do órgão, além de trombose de veia esplênica.
de entrada normais e ao USG apresentou nódulo na cabeça do
Paciente apresentou melhora significativa do quadro depois
pâncreas. Realizada RNM que evidenciou nódulo hipervascular
de 72h da admissão. Contudo, no sexto dia da hospitalização,
no processo uncinado do pâncreas de 1,9 x 1,7cm. Optado por
apresentou uma piora clínica progressiva, com distensão ab-
ecoendoscopia com biópsia da lesão. A imunohistoquímica era
dominal e queda hematimétrica. Realizou uma angiotomografia
compatível com tumor neuroendócrino do pâncreas. Marcado-
que revelou grande quantidade de líquido livre no abdômen
res tumorais dentro dos limites normais (CEA: 0,2; CA19.9: 5,1;
e grande hematoma esplênico com extravasamento de con-
CA125: 10,5). Indicado tratamento cirúrgico, sendo realizada a
traste. Paciente foi submetido então a laparotomia sendo evi-
duodenopancreactectomia com preservação do piloro, sendo
denciado hemoperitôneo secundário a rotura do parênquima
que o anatomopalógico mostrou tratar-se de um adenocarci-
esplênico. Realizada esplenectomia. No pós-operatório apre-
noma pouco diferenciado com invasão ductal e de tecido adi-
sentou coleção retroperitoneal tratada com drenagem percu-
poso peripancreático, sem invasão perineural ou angiolinfática
tânea e antibioticoterapia de largo espectro, evoluindo bem.
e ausência de linfonodos comprometidos em 21 ressecados.
Cirurgia sem intercorrências, sendo a paciente extubada e en-
PANCREATITE AGUDA GRAVE PÓSDUODENOPANCREATECTOMIA
CEFÁLICA EM PACIENTE JOVEM COM
ADENOCARCINOMA
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Fábio Colagrossi Paes Barbosa / UFMS; Thiago
Franchi Nunes / Santa Casa de Campo Grande; Michel
Mendes Camillo / UFMS; Nathan Rostey / Hospital Regional
de Mato Grosso do Sul; Caio Fernando Cavanus Scheeren /
Hospital Regional de Mato Grosso do Sul; Andrezza Louise
Delmondes Riberio / Hospital Regional de Mato Grosso do
Sul.
Resumo
Introdução: A duodenopancreatectomia é o único procedimento com possibilidades curativas para tumores periampulares,
dentre os quais o mais comum é o adenocarcinoma de cabeça
do pâncreas. Caracteriza-se por elevados índices de complicações no pós-operatório sendo que estas ocorrem em 40 - 58%
dos procedimentos e as mais comuns são fístula pancreática,
fístula biliar, sepse, pneumonia e infecção de ferida operatória.
Ocorrem principalmente em pacientes com comorbidades, no
caminhada estável a UTI. Evoluiu no POI com pancreatite aguda
grave, instabilidade hemodinâmica, reintubação e necessidade
de droga vasoativa. Apresentou coleções abdominais tratadas
clínicamente. Após longo período de internação obteve boa
recuperação, seguindo em acompanhamento ambulatorial.
Conclusão: Dentre as complicações da duodenopancreatectomia, pancreatite grave pós-operatória é rara e pouco descrita
na literatura, porém quando se apresenta, eleva ainda mais os já
elevados níveis de morbi-mortalidade do procedimento e deve
ser pensada em pacientes que instabilizam subitamente no pós-operatório imediato.
PANCREATITE AGUDA GRAVE:
QUAL O MELHOR ÍNDICE (ESCORE)
PROGNÓSTICO DE GRAVIDADE?
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Iure Kalinine Ferraz de Souza / Universidade
Federal de Ouro Preto (UFOP); Janaína a Bartelega / UFOP;
Alexandre F Ferreira / Universidade José do Rosário Velano
(UNIFENAS-BH); Rodrigo V Gomes / UFOP.
Resumo
entanto, no que se refere a complicações relacionadas ao procedimento em si, não há diferença significativa na ocorrência
Introdução: A forma grave da Pancreatite Aguda está presente
ao se comparar pacientes jovens e idosos. A pancreatite grave
em até 30% dos casos e seus índices de mortalidade variam em
pós-procedimento é evento raro, pouco descrito na literatura, e
1% na forma leve até 20-30% na forma grave. A aplicação de ín-
atípico em pacientes jovens. Relato de caso: A.R., sexo fe-
dices (escores) prognósticos de gravidade, sejam eles isolados ou
minino, 28 anos, obesa apresentou-se com 3 dias de dor em
multifatoriais, tem com o objetivo; predizer a evolução para a forma
hipocôndrio direito e epigástrio, irradiada para dorso, associada
grave da doença e, principalmente, o risco de mortalidade. Objeti-
a vômitos. Não apresentou icterícia ou outros sinais de coles-
vo: Apresentar uma análise crítica dos principais índices (escores)
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
187
A nais
preditores de gravidade atualmente empregados, na abordagem
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Resumo
do paciente com pancreatite aguda grave. Metodologia: Revi-
188
são não sistemática da literatura utilizando 43 artigos, identificados
Introdução: A pancreatite aguda necrotizante associada a infec-
nas bases de dados: LILACS, MEDLINE, CAPS e PUBMED com
ção é potencialmente grave e demanda cuidados especializados. As
os descritores: Pancreatite aguda; Prognóstico; Escores de gravida-
complicações vasculares são raras, e dentre elas, a mais comum é a
de, no período entre 2013 e 2014. Discussão: Diversas variáveis
formação de pseudoaneurisma da artéria esplênica. O sangramento
clínico-laboratoriais, moleculares e imaginológicas que podem pre-
pelo pseudoaneurisma pode ocorrer dentro do trato gastrointestinal,
dizer o desenvolvimento da PA grave têm sido identificadas. Algu-
ducto pancreático, órgãos adjacentes, espaço retroperitoneal ou na
mas, isoladamente, podem ser determinantes da evolução da do-
cavidade peritoneal, e sua incidência pode chegar a 37%. Mesmo
ença para a forma grave tais como: hematócrito, obesidade, idade
com a terapêutica adequada, a letalidade nestes casos pode chegar
avançada (> 70 anos), tabagismo, etc. O hematócrito, por exem-
a 42%. Objetivo: Relatar um caso de pseudoaneurisma de artéria
plo, recebe destaque: valores > 44% na admissão configuram-se
esplênica, como complicação após pancreatite aguda grave necroti-
como fator de risco para a necrose do órgão. A dosagem de uréia
zante. Relato do Caso: LF, 47 anos, etilista social, sem comorbi-
sérica > 20 mg/dl no momento da internação aumenta a taxa de
dades, internado com quadro de dor abdominal em andar superior
mortalidade. Dentre os demais marcadores bioquímicos, a PCR é o
do abdome, náuseas e vômitos, foi diagnosticado com pancreatite
mais útil, pois diferencia os casos leves dos casos graves (≥ 15 mg
aguda idiopática grave, e submetido à drenagem de abscesso peri-
/ dl) nas primeiras 24h, com alto VPN. Além disso, vários marca-
-pancreático. Após dois meses, paciente evoluiu com retorno dos
dores de resposta inflamatória têm sido avaliados como preditores
sintomas e febre. Iniciado tratamento clínico e solicitada tomografia
de PA severa tais como a IL-1, IL-6, o TNF-alfa e a pró-calcitonina
(TC) de abdome, que evidenciou pâncreas de espessura levemente
(PCT). Escores multifatoriais mensurados na admissão e durante
aumentada com áreas hipodensas no parênquima, coleções líquidas
as primeiras 48h de internação tem sido utilizados, sendo os mais
com presença de gás no espaço pararrenal anterior à esquerda e
empregados: RANSON (≥3), APACHE II (≥ 8), GLASGOW (≥3),
adjacente ao baço. Submetido à lombotomia esquerda com irrigação
IGET (≥ 7) e SAPS II (≥ 34). Para os paciente com evolução gra-
copiosa com solução fisiológica e fixação de dreno tubular. Paciente
ve da doença é fundamental a internação em unidade de terapia
foi reabordado no 12º e no 19º DPO para nova lavagem das lojas de
intensiva, onde os diversos parâmetros são mais adequadamente
abscesso e reintrodução do dreno. Recebeu alta no 20º DPO. Um
monitorados. Conclusão: Não há um índice considerando ideal
mês após a alta, intercorreu com episódio de sangramento ativo pelo
para todos os serviços. Os principais fatores determinantes da es-
dreno, com repercussão hemodinâmica, sendo reinternado para in-
colha do índice (escore) preditor de gravidade mais adequado, são:
vestigação. Realizada arteriografia seletiva pelo radiologista interven-
reprodutibilidade, baixa invasibilidade e grau de especificidade do
cionista com identificação de pseudoaneurisma de ramo de artéria
método considerando, ainda, o tempo de evolução da doença e a
esplênica e embolização. Recebeu alta hospitalar com dreno em ca-
experiência e preferência do serviço em questão. Palavras-chaves:
vidade. Após dois meses foi realizada TC de controle, sem alterações,
Pancreatite aguda; Prognóstico; Escores/Índices de gravidade
sendo retirado dreno e mantido o acompanhamento ambulatorial.
Conclusão: Os estudos mostram que a abordagem minimamente
PSEUDOANEURISMA DE ARTÉRIA
ESPLÊNICA SECUNDÁRIO
À PANCREATITE AGUDA
NECROTIZANTE: RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Aline dos Santos Dias / Santa Casa de Misericórdia
de Juiz de Fora; Camila de Almeida Mazzoni / Santa Casa de
Misericórdia de Juiz de Fora; Samya Maria Monteiro Lima
/ Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora; Fernando
Mendonça Vidigal / Santa Casa de Misericórdia de Juiz
de Fora; Luiz Henrique Silva Borsato / Santa Casa de
Misericórdia de Juiz de Fora.
invasiva, quando comparada à abordagem clássica, apresenta um
menor índice de morbidade. Assim, atualmente o padrão ouro para
o diagnóstico de pseudoaneurisma de artéria esplênica é a angiografia, que pode ser tanto diagnóstica quanto terapêutica. O tratamento
de primeira linha nos pacientes sem repercussões hemodinâmicas
é por via endovascular, enquanto a cirurgia laparotômica é preferida
nos casos que apresentem instabilidade.
PSEUDOCISTO PANCREÁTICO ROTO:
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Temário: Cirurgia / Pâncreas
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Autores: Autores: Marcelo Gonçalves Sousa1; Francieudo Justino
Rolim2; João Lincoln Lima Brito3; Luciana Nogueira Paraguassú de
Morais 4 , Rodolpho Mota Salvador de Miranda 5 , Kerly Casimiro
da Silveira 6, Paulo Jose Haiek Araujo7, Rafael Lucas Costa de
Carvalho8 / UFPB.
Resumo
Introdução: O pseudocisto pancreático é definido como uma
coleção líquida peripancreática com duração maior que 4 semanas.
Diferentemente do cisto verdadeiro, epitélio não o delimita.
Normalmente ocorre na pancreatite aguda (30 a 40% dos casos),
mas pode ser uma manifestação característica de pancreatite
crônica agudizada (25%). Aparece como uma complicação
dessas moléstias. Objetivo: Relato de um caso de pseudocisto de
pâncreas roto no serviço de Cirúrgica Geral do Hospital universitário
Lauro Wanderley (HULW), João Pessoa – Paraíba. Metodologia:
Descrição, com base em dados do prontuário e história clínica, da
firmação diagnostica e intervenção terapêutica cirurgica. Relato de
caso: JMS, 44 anos, agricultora, natural e procedente de Juru- PB,
admitida em serviço do HULW com história de dor abdominal de forte
intensidade em todo o abdome, sinal de Murphy positivo e vômitos
incoercíveis. O quadro álgico acompanhado de vômitos se arrastou
por 24 dias antes da admissão. A dor se pronunciava melhor em
hipocôndrio direito e os vômitos amarelos ora esverdeados. Como
antecedentes apresentava HAS, tabagismo cessado há 2 anos (< 1
maço-dia por 10 anos) e uso esporádico de bebida alcoólica. Não
havia comemorativos de síndrome colestática. Foram solicitados
USG de abdome total, perfil hepático, pancreático, ionograma e ECG.
Elencadas como hipóteses diagnósticas colelitíase, coledocolitíase
e pancreatite aguda biliar. O laudo da USG indica colelitíase e
pancreatite possivelmente por causa biliar. Imagem sugestiva de
pseudocisto de pâncreas, confirmado por tomografia de abdome
contrastada posteriormente. Associado houve aumento expressivo
da amilase e lípase, de enzimas canaliculares indicando processo
obstrutivo biliar. Como conduta, afora o suporte necessário, procedese com aguardo do amadurecimento da cápsula pra abordagem
cirúrgica. Três dias antes da conduta cirúrgica, anastomose do
pseudocisto com órgão adjacente, houve rompimento espontâneo
com peritonite pronunciada necessitando de abordagem cirúrgica
de urgência. A paciente evoluiu com melhora no pós-operatório
e encontra-se em acompanhamento ambulatorial. Conclusão:
Casos de rompimento espontâneo de pseudocisto de pâncreas
são raros. O reconhecimento imediato e o tratamento cirúrgico
adequado podem resultar em evolução não catastrófica como no
caso em questão.
SCHWANNOMA PANCREÁTICO –
RELATO DE CASO E REVISÃO DE
LITERATURA
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Kevin Verdin Phillips / Universidade de Passo Fundo;
Daniel Navarini / Universidade de Passo Fundo; Ramir Luan
Perin / Universidade de Passo Fundo; Flávia Elys Potrich /
Universidade de Passo Fundo; Matheus Koop / Hospital são
Vicente de Paulo; Marilia Weissheimer Ferrari / Hospital são
Vicente de Paulo.
Resumo
Introdução: O Schwannoma pancreático é uma neoplasia
extremamente rara, originada das células de Schwann, podendo ser
benignos ou malignos. Somente 47 casos foram descritos na literatura
inglesa nos últimos 30 anos. Relato de caso: Masculino, 58 anos,
com quadro de distensão abdominal, perda ponderal (5 kg/5 meses),
náuseas e vômitos alimentares há 6 meses. No exame físico não havia
alterações. Exames laboratoriais com TGP (63U/L) e GGT (84U/L)
alteradas. Ultrassom (US) revelou esteatose hepática difusa em grau
leve e imagem nodular hipoecoica junto ao processo uncinado do
pâncreas. Tomografia (TC) de abdome apresentou lesão expansiva
no processo uncinado do pâncreas medindo 3,3cm, homogênea,
hipodensa, em íntimo contato com a artéria e veia mesentéricas
superiores. Foi realizada a enucleação da massa tumoral. Os
exames de congelação, anatomopatológico e imunohistoquímico
reveleram o diagnóstico de Schwannoma pancreático. O paciente
teve boa recuperação pós-operatória, recebendo alta após 13
dias. Discussão: O Schwannoma pancreático é uma neoplasia
extremamente rara, com origem em células especializadas na
produção de mielina em nervos periféricos. Somente 47 casos
foram descritos nos últimos 30 anos e a incidência é semelhante
entre os sexos. Aproximadamente 70% dos casos reportados são
sintomáticos, geralmente inespecíficos, sendo o mais comum a
dor abdominal, seguida de perda de peso, dor lombar, náuseas e
vômitos. Os exames de laboratório geralmente são normais e pouco
auxiliam. Normalmente é confundido com outros tipos de lesões,
com a TC e o US demonstrando componentes císticos e sólidos,
com lesões hipodensas encapsuladas ou degeneração cística..
O diagnóstico definitivo é dado através de exame histopatológico
e imunohistoquímica. Tanto a duodenopancreatectomia quanto
a enucleação são eficazes, com elevada taxa de cura. Em caso de
dúvida, o exame de congelação intraoperatório deve ser feito para
evitar cirurgias radicais desnecessárias. Conclusão: O Schwannoma
pancreático é uma neoplasia rara e de diagnóstico pré-operatório
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
189
A nais
extremamente difícil, devendo-se excluir outras causas de lesões
císticas pancreáticas.
TRAUMA PANCREÁTICO EM
CRIANÇA: RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Lilian Cristhian Ferreira dos Santos Rocha / ITPAC;
Agamenon Dias de Oliveira / ITPAC; Fábio Barros de Souza
/ ITPAC; Amanda Gonçalves Rodrigues / ITPAC; Débora
Rosa portilho / ITPAC; Isabela Cristina Macedo Fernandes /
ITPAC; Pedro Ernesto Alves Mangueira Júnior / ITPAC; Rone
Antonio Alves de Abreu / ITPAC.
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Unidade de Terapia Intensiva, ficando aos cuidados da Cirurgia
Geral recebendo alta hospitalar no 11º pós-operatório. Apesar da
baixa incidência do trauma de pâncreas, a dificuldade diagnóstica
associada a altas taxas de morbimortalidade evidencia a importância
do conhecimento do cirurgião a respeito das vicissitudes que
envolvem pacientes com lesão pancreática o que torna o caso clínico
relatado peculiar.
TUMOR DE CABEÇA DE PÂNCREAS
E POSSIBILIDADES TERAPÊUTICAS RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Resumo
190
da
Trauma pancreático é a quarta lesão de órgão sólido mais comum
em crianças. A mortalidade das lesões pancreáticas, ao contrário de
sua baixa incidência, é elevada, atingindo acima de 50% dos casos
onde há lesão complexa do órgão. Relatamos um caso de trauma
pancreático em criança o qual foi feita uma revisão de prontuário e
levantamento acerca do tema utilizando banco de dados MEDLINE,
LILACS-BIREME, PUBMED e COCHRANE e literatura especifica.
J.S.P., sexo feminino, 8 anos foi admitida na Emergência do Hospital
Regional de Araguaína-TO vítima de trauma abdominal por queda
de bicicleta, cursando com dor abdominal moderada e um episódio
de hematêmese. Ao exame físico a alteração mais relevante foi a dor
a palpação profunda em abdome superior, sem sinais de irritação
peritoneal com ruídos hidroaéreos débeis. Ultrassonografia de
Abdome evidenciou processo expansivo hipoecoico, com septações
grosseiras de permeio localizado em região epigástrica em íntimo
contato com lobo esquerdo do fígado, sugestivo de hematoma,
pequena a moderada quantidade de líquido livre na cavidade intraabdominal, predominando nas goteiras parietocólicas. Radiografias
de Abdome e Exames Laboratoriais não evidenciaram alterações
significativas. Tomografia Computadorizada de Abdome Superior
relatou lesão expansiva hiperdensa de contornos lobulados
localizada na região epigástrica, inferiormente à cabeça do pâncreas
e na topografia do duodeno, mais provavelmente relacionada
à contusão de alça intestinal. por persistência dos sintomas e
sem diagnóstico radiológico definido a paciente foi submetida a
Laparotomia Exploradora que constatou lesão traumática com
secção total do pâncreas ao nível da veia mesentérica inferior,
realizada Pancreatectomia parcial distal, Esplenectomia Total por
impossibilidade de dissecção da veia e artéria esplênica e drenagem
cavitária. A paciente evoluiu sem intercorrências com alta da
Autores: Denise dos Santos Luz / Hospital Ophir Loyola/
Centro Hospitalar Jean Bitar; Daniel Nery de Oliveira / Hospital
Metropolitano de Urgência e Emergência; Allan Herbert Feliz
Fonseca / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean
Bitar; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola/
Centro Hospitalar Jean Bitar; Bruno de Castro Ribeiro /
Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Fábio
Costa Negrão / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar
Jean Bitar; Carlos José Cardoso Dourado / Hospital Ophir
Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Alzira Leite Gomes /
Universidade do Estado do Pará.
Resumo
Introdução: No tumor de cabeça de pâncreas a sobrevida em
5 anos é menor que 5%. Apresenta-se inicialmente como doença
restrita ao pâncreas em cerca de 20% dos casos e com metástases à distância em cerca de 45% dos casos. No Brasil representa
cerca de 2% dos tumores malignos. Neoplasia de pâncreas nessa
localização apresentam como sintomatologia característica a ictericia. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente com trauma esofágico. Casuística: um paciente (relato de caso). Metodologia:
As informações contidas neste trabalho foram obtidas por meio
de revisão do prontuário, entrevista com o paciente, acompanhamento do caso e revisão de literatura. Resultados: PPA, apresentava há aproximadamente 1 ano icterícia (3+/4+) acompanhada
de dor em epigástrio, perda de peso de aproximadamente 10%
da massa corporal e prurido generalizado intenso. Realizou uma
ultrassonografia que atestou massa pancreática. Foi realizado em
seguida uma tomografia de abdome que apontou hiperdistensão
da vesícula biliar; aumento volumétrico da cabeça do pâncreas que
encontra-se irregular e mal definido; o corpo e cauda do pâncreas
estão aparentemente preservados; vias biliares intra e extra hepáticas dilatadas. Possibilidade de lesão expansiva da cabeça do pân-
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
creas promovendo dilatação das vias biliares deve ser considerada.
O paciente foi então encaminhado para o Hospital Ophir Loyola
– referência em ondologia. No hospital o paciente foi abordado
cirurgicamente com intuito de ser realizado uma gastroduodenopancreatectomia. Contudo, no intraoperatório foi observado que o
tumor acometia o pâncreas como um todo e invadia hilo hepático,
torando o tumor irressecável cirurgicamente. Foi realizado derivação biliodigestiva com reconstrução do transito intestina em Y de
Roux. Evoluiu satisfatoriamente no pós-operatório com melhora clínica especialmente do prurido. Atualmente o paciente encontra-se
em acompanhamento pela oncologia clínica para tratamento paliativo. Conclusão: 35% dos pacientes quando diagnosticados com
tumor em cabeça de pâncreas já apresentam doença localmente
avançada. O diagnóstico precoce desta patologia é primordial para
que se possa viabilizar um tratamento curativo.
TUMOR DE FRANTZ: RELATO DE UM
CASO COM CARACTERÍSTICAS NÃO
HABITUAIS
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Carlos José Cardoso Dourado / Ophir Loyola; Allan
Herbert Feliz Fonseca / Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha
Garcia / Ophir Loyola; Pedro Augusto Bisi dos Santos Filho /
Ophir Loyola; Luiz Otávio Lopes de Macedo / Ophir Loyola;
Sebastião Neto Fernandes Barros / Ophir Loyola; Raissa
Pereira de Tommaso / Ophir Loyola; Victor Soares Peixoto /
Ophir Loyola.
Resumo
Introdução: O Tumor de Frantz, também denominado de
neoplasia sólida pseudopapilar, corresponde a 0,1 a 2,7 de todos
os tumores pancreáticos. Esta neoplasia acomete, principalmente,
mulheres jovens e tem um quadro clínico bastante inespecífico.
O tratamento considerado “gold standard” é a ressecção
cirúrgica. Objetivo: Relatar o caso de um paciente com
tumor de Frantz submetido a gastroduodenopancreatectomia
com colecistectomia. Casuística: Paciente GFJ, 41 anos,
sexo masculino, natural de Belém-PA, admitido no Complexo
Hospitalar Jean Bittar – Ophir Loyola, no dia 19/07/2013 com
queixa de dor abdominal em epigastro e hipocôndrio direito,
com massa palpável em epigastro, móvel e indolor a palpação.
TC com contraste evidenciava formação expansiva em cabeça
de pâncreas, medindo 5,2 x 4,6cm. Vesícula biliar hidrópica e vias
biliares com discreta dilatação. Laboratório alterado: Amilase:
179U/L; lipase:768U/L, GGT: 498U/L e Fosfatase alcalina
207U/L. Método: As informações foram obtidas por meio de
revisão de prontuário, registros de exames complementares,
e revisão da literatura. Resultados: No dia 23/07/2014, o
paciente foi submetido à gastroduodenopancreatectomia,
mais anastomose biliodigestiva coledocojejunal términolateral, acompanhada de anastomose pancreatojejunal por
telescopagem e anastomose gastrojejunal a Billroth 2, além
de colecistectomia, sem intercorrências. Durante a cirurgia foi
evidenciado consistência endurecida da cabeça pancreática,
com massa de aspecto sólido-cístico de aproximadamente 5cm
e intenso processo fibrótico peripancreático. O diagnóstico
anatomopatológico evidenciou: tumor circunscrito, rugoso
externamente. Aos cortes: presença de cavitações císticas,
áreas de necrose e áreas hemorrágicas. Microscopicamente:
neoplasia imatura, capsulada, constituída por proliferação de
células com discreta anaplasia, dispostas em torno de eixos
conjuntivos hialinizados, de aspecto papilar compatíveis com
neoplasia pseudopapilar do pâncreas. O paciente apresentou
pós-operatório sem intercorrências. Conclusão: O Tumor
de Frantz, deve sempre ser lembrado em sintomatologias que
envolvam o quadrante superior do abdome. O tratamento
cirúrgico precoce é imperativo, em virtude do grande benefício
ao paciente.
TUMOR NEUROENDÓCRINO DE
PÂNCREAS EM PACIENTE JOVEM –
RELATO DE CASO
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores: Marcelo Gonçalves Sousa / Universidade Federal
da Paraiba; Autores: Marcelo Gonçalves Sousa; Francieudo
Justino Rolim; Daniel Gustavo Sabino Ferreira Bandeira,
Paloma Nunes Campos, Rodolpho Mota Salvador de Miranda,
Rafael Mourato Inácio da silva, Victor Emanoel Gregorio de
Andrade, Alexandre Rolim / Universidade Federal da Paraiba.
Resumo
acompanhado de náuseas e vômitos, de caráter intermitente,
além de um episódio de colúria e icterícia, há seis meses. Nega
outras comorbidades. Ao exame: paciente em bom estado geral,
afebril, anictérico e normocorado. Abdome plano, normotenso,
Introdução: Os tumores neuroendócrinos são derivados do
sistema neuroendócrino difuso, constituído por células produtoras
de aminas e ácidos com diferentes perfis hormonais. Representam
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
191
A nais
2% dos tumores gastrointestinais e os do pâncreas possuem uma
incidência de 1:100.000 pessoas, podendo ser funcionantes ou
não-funcionantes. Objetivos: Relatar um caso clínico de um
paciente de 29 anos de idade diagnosticado com neoplasia de
pâncreas no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) –
PB. Metodologia: Descrição da história clínica do paciente e
das condições sob a qual foi firmado o diagnóstico e realizada a
intervenção; Realização de uma revisão literária acerca do tema em
questão. Relato de caso: Paciente identificada como E.S.M., de 29
anos, sexo feminino, admitida no serviço de gastrocirurgia do Hospital
Universitário Lauro Wanderley (HULW), vinculado a Universidade
Federal da Paraíba (UFPB), com queixa dor em hipocôndrio esquerdo
há sete meses, de forte intensidade (8 numa escala de 0 a 10),
caráter intermitente, aliviada por analgésicos e associada a náuseas
e vômitos. Encaminhada inicialmente à nefrologia, que solicitou
ultrassonografia de vias urinárias, sem esclarecimento diagnóstico.
Depois tomografia computadorizada de abdome com contraste,
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
o qual evidenciou uma lesão de aspecto nodular na cauda do
pâncreas. A paciente foi submetida a uma pancreatectomia subtotal
com ressecção corpo-caudal associada a esplenectomia. O exame
anátomo-patológico revelou uma neoplasia pancreática de padrão
epitelióide e arranjos sólidos e trabeculares, índice mitótico de 1/10
campos de grande aumento (40x) e com aspectos morfológicos
sugestivos de tumor neuroendócrino (TNE) bem diferenciado. O
exame imuno-histoquímico relevou que a lesão era positiva para
cromogranina A, sinaptofisina, pan-citoqueratina e KI-67 (em menos
de 2% das células), sendo o TNE de Grau 1 (OMS). A paciente
evoluiu sem intercorrências e recebeu alta em bom estado clínico.
Conclusão: Os tumores pancreáticos de origem neuroendócrina
são raros, possuem um crescimento lento e, quando comparados aos
tumores do pâncreas exócrino, apresentam um melhor prognóstico.
A sintomatologia é variável, podendo apresentar diversas síndromes
clínicas, e o tratamento é eminentemente cirúrgico.
192
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Anais da XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo
Proceedings of XIII Brazilian Week of Digestive - SOBED – ORAL
ANÁLISE CRÍTICA DO USO DE
MIDAZOLAM, FENTANIL E PROPOFOL
NA SEDAÇÃO CONSCIENTE NA
ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA EM
AMBIENTE NÃO HOSPITALAR
Temário: Endoscopia
Autores: Marcio Lamas Lopes / Hospital Ipiranga-Uga Ii;
Paula Bechara Poletti / Hospital Ipiranga-Uga Ii/ Hospital
Nove de Julho; Ricardo Anuar Dib / Hospital Ipiranga- Uga Ii/
Hospital Nove de Julho; Tomás Navarro Rodriguez / Hospital
Ipiranga-Uga Ii / Hospital Nove de Julho; Artur Adolfo Parada
/ Hospital Ipiranga- Uga Ii / Hospital Nove de Julho.
Propofol 0,09ml/kg. Não foram observadas quedas significativas dos
níveis de oximetria e PA, observando-se discreta desaturação em
13% dos casos aos 5min(satO2 91,26%), 7,76% aos 10min (92,2%)
e 1,23% aos 15min (92,43%). Somente 2,65% apresentaram queda
abaixo de 90%. Nenhum paciente apresentou SatO2 inferior a 95%
aos 15min. Hipotensão (PA<90/60mmHg) ocorreu em apenas 1,76%
ao término do exame. Conclusões: Em nossa amostra (567 pac) a
sedação consciente para EDA com Midazolan, Fentanil e Propofol
EV sob suplementação de O2 se mostrou segura. Não observamos
quedas significativas ou prolongadas dos níveis de satO2, assim
como dos níveis pressóricos. Quedas para níveis de satO2 inferiores
a 90% ocorreram em apenas 2,65% dos pacientes, foram transitórias,
Resumo
sem repercussões hemodinâmicas. Nenhum paciente necessitou de
Resumo: Sedação leve e moderada, definida como a depressão do
nível de consciência induzida por medicamentos com manutenção
assistência ventilatória adicional. O procedimento foi satisfatório para
98,6% dos pacientes.
da capacidade ventilatória, é amplamente utilizada nos exames
endoscópicos com intuito de reduzir o desconforto aos pacientes.
Atualmente, é possível controlar de maneira rápida e precisa a
infusão dos fármacos e promover a sedação suave, com manutenção
confiável e controlável durante a endoscopia gerando despertar curto
e previsível. Objetivo: Avaliar alterações dos níveis pressóricos e de
oxigenação periférica decorrente da sedação realizada por médicos
endoscopistas com Midazolam, Fentanil e Propofol em pacientes
submetidos à EDA ambulatorial assim como seu perfil de segurança.
Métodos: Foram analisados prospectivamente 567 pacientes com
idade variando de 18 a 80 anos, média de 42, de ambos os sexos,
ASA 1 e 2, submetidos à EDA sob sedação consciente, no Centro de
AVALIAÇÃO DE LESÕES NEOPLÁSICAS
COLORRETAIS ATRAVÉS DE
CROMOSCOPIA E MAGNIFICAÇÃO
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores: Fabio Shiguehissa Kawaguti / ICESP; Bruno da
Costa Martins / ICESP; Carlos Frederico Sparapan Marques
/ ICESP; Caio sergio Rizkallah Nahas / ICESP; Caterina
Maria Pia Simioni Pennacchi / ICESP; Ulysses Ribeiro-Junior
/ ICESP; sergio Carlos Nahas / ICESP; Fauze Maluf-Filho /
ICESP.
Resumo
Diagnóstico e Terapêutica Endoscópica/H9J, de maio a julho de 2014.
Os exames foram realizados por 2 médicos, auxiliados por um técnico
Introdução: Através do uso da colonoscopia com magnificação
de enfermagem. Todos os pacientes receberam suplementação de
e avaliação do padrão de criptas, pode-se predizer o potencial
O2 (Cat 2l/min) previamente à sedação. Os valores da oximetria de
maligno de lesões colorretais. O diagnóstico preciso das lesões
pulso e PA não invasivas foram registrados antes, durante e após
permite indicação do melhor tratamento, endoscópico ou cirúrgico.
o exame. Na sedação foram empregados Midazolam, Fentanil e
Objetivo: Avaliar eficácia do diagnóstico endoscópico de
Propofol em doses ajustadas ao peso e comorbidades. Resultados:
neoplasias colorretais precoces através do uso de colonoscopia
Dos pacientes avaliados 77(13,58%) apresentavam idade ≥ 60 anos
com magnificação de imagens. Pacientes e métodos: Entre
e 102 (17,99%) IMC ≥ 30 kg/m². As doses médias de sedativos
abril de 2009 e agosto de 2014, pacientes com lesões neoplásicas
utilizados foram: Fentanil 0,39mcg/kg, Midazolam 0,039mg/kg e
colorretais (sésseis, deprimidas e lesões planas do tipo LST) foram
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
193
A nais
submetidos à colonoscopia com cromoscopia e magnificação
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Resumo
de imagens. A conduta terapêutica (tratamento endoscópico
194
ou cirurgia) foi definida de acordo com a avaliação endoscópica.
Introdução: As Lesões de Crescimento Lateral (LSTs) são
Realizada correlação do padrão de criptas com anatomopatológico
lesões precursoras do câncer colorretal, caracterizadas por
da lesão ressecada. Lesões não ressecadas ou aquelas em que não
sua progressão lateral e circunferencial na parede do cólon.
foi possível visibilizar o padrão de criptas devido superfície erodida
são classificadas em granulares e não granulares, de acordo
foram excluídas do estudo. Resultados: Foram avaliadas 104 lesões,
com o aspecto de sua superfície, podendo ser subdivididas
sendo 6 destas excluídas. O tamanho médio das lesões foi de 45.1
em granular homogênea (GH), granular nodular (GN),
mm. As formas macroscópicas das lesões avaliadas foram: 15.3%
não granular planoelevada (NGPE) e não granular pseudo-
sésseis, 4.1% deprimidas e 80.6% LSTs. Os tratamentos realizados
deprimida (NGPD). Tais lesões são menos invasivas que
foram: 2.0% polipectomia; 15.3% mucosectomia em monobloco
lesões polipoides de mesmo tamanho, podendo ser tratadas
(EMR); 13.3% mucosectomia fatiada (EPMR); 45.9% dissecção
por via endoscópica. Estudos prévios demonstraram que as
submucosa endoscópica (ESD); 9.2% microcirurgia endoscópica
LSTs diferem com relação ao risco de malignidade e localização
transanal (TEM) e 14.3% cirurgia. A correlação do padrão de
no cólon. Objetivo: Avaliar e correlacionar as características
criptas com anatomopatológica mostrou: - II: 100% adenoma com
clínicopatológicas dos LSTs de cólon com o aspecto
displasia de baixo grau (2/2) - IIIL: 69.2% de adenoma de baixo
endoscópico. Casuística e métodos: Estudo retrospectivo
grau (9/13) - IIIS: 100% de adenocarcinoma intramucoso (1/1) - IV:
realizado no serviço de Endoscopia Gastrintestinal do HC-
72.0% de adenoma com displasia de alto grau ou adenocarcinoma
FMUSP, de Junho/09 a Junho/14. Resultados: Foram
intramucoso (18/25) - Vi: 86.9% de adenocarcinoma intramucoso
avaliadas 209 lesões de 178 pacientes (66,8% mulheres, idade
ou invasão submucosa superficial <1000 micra (40/46) / 6.5%
média: 60,5 ± 9,8 anos). Aspecto endoscópico: GH (46,4%),
adenocarcinoma com invasão submucosa maciça >1000 micra
GN (15,3%), NGPE (27,8%), NGPD (10,5%). O tamanho
(3/46) - Vn: 54.5% de adenocarcinoma com invasão submucosa
médio das lesões foi de 23 ± 15 mm, com o subtipo GN
maciça (6/11); 45.5% de adenocarcinoma com invasão até
apresentando maiores dimensões que os outros três subtipos
camada muscular própria a indicação terapêutica foi considerada
(p < 0,000). Os tumores localizaram-se preferencialmente no
correta em 96.9% dos casos (95/98). Três casos de lesões com
cólon direito (56,4%), sendo a maioria deles adenomas (77,5%).
padrão de criptas Vi que foram ressecados endoscopicamente
A localização da lesão não se correlacionou com o aspecto
e o anatomopatológico mostrou invasão maciça de submucosa
endoscópico (p= 0,326), nem com o tipo histológico (p=
necessitaram de tratamento cirúrgico complementar. Conclusão:
0,09). O método de ressecção endoscópico foi o preferencial
A colonoscopia com magnificação se mostrou eficaz no diagnóstico
(85,6%). Houve correlação entre o aspecto endoscópico e o
das neoplasias colorretais precoces, proporcionando conduta
tipo histológico, com os subtipos GH e NGPE apresentando
terapêutica adequada. O padrão de criptas Vn é contra-indicação
maior frequência de adenomas com displasia de baixo grau,
de ressecção endoscópica.
enquanto os subtipos GN e NGPD apresentaram maior
frequência de displasia de alto grau/carcinoma in situ (DAG/
CIS) e invasão submucosa (p< 0,001). Foram observados 15
CARACTERÍSTICAS
CLÍNICOPATOLÓGICAS DAS LESÕES
DE CRESCIMENTO LATERAL (LSTS)
DE CÓLON DE ACORDO COM O
ASPECTO MACROSCÓPICO
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores: Benilton Batista de Souza / USP; Elisa Ryoka Baba
/ USP; Helcio Cardoso Gomes / USP; Vinicius Leite de
Castro / USP; Mariana Iennaco de Siqueira Campos / USP;
Murilo Folharini Catalano / USP; Paulo Sakai / USP; Eduardo
Guimaraes Hourneaux de Moura / USP.
casos de câncer com invasão de submucosa, correspondendo
a 5,2% dos GH, 12,5% dos GN e 27,3% dos NGPD, estando
ausente no subtipo NGPE. Conclusão: No presente
estudo, não houve diferenças de localização no cólon entre
os subtipos. Os métodos endoscópicos foram o tratamento
preferencial para ressecção das LSTs. Os achados histológicos
de maior risco (DAG/CIS e invasão de submucosa) foram
mais comuns nos subtipos granular nodular e não granular
pseudo-deprimido, o que deve suscitar maior atenção quando da
ressecção desses tipos de lesão.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
COLONOSCOPIA COMO MÉTODO
TERAPÊUTICO EM INTUSSUSCEPÇÃO
INTESTINAL EM CRIANÇAS – REVISÃO
DE PRONTUÁRIOS
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores: Simone Cristina Baylon / HU- USP; Edmar Tafner
/ HU- USP; Luis Masúo Maruta / HU- USP; Simone Perez
Pilli / HU- USP; Ana Luiza Werneck-Silva / HU- USP; Celso
Guilherme Christiano / HU- USP; Lincoln Tavares de Andrade
/ HU- USP; José Guilherme Nogueira Silva / HU-USP.
Resumo
Management. 4th ed. Ontario, Canada: BC Decker;2004. The surgical
abdomen.p.604.
COMPARAÇÃO ENTRE DOIS
DIFERENTES PARÂMETROS DE
COAGULAÇÃO COM PLASMA DE
ARGÔNIO (APC) NO TRATAMENTO DA
RETITE ACTÍNICA CRÔNICA: ENSAIO
CLÍNICO COM CONTROLE HISTÓRICO
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Introdução: A intussuscepção intestinal ocorre com maior
frequência em crianças com idade inferior a dois anos. Os sintomas
mais comuns são dor abdominal, vômitos e diarreia. A tríade clássica
de dor abdominal, sangramento com aspecto em geléia de framboesa
e massa palpável ocorre aproximadamente em 15% dos casos. O
diagnóstico inclui avaliação clínica associada a exames de imagem
como ultrassonografia e exames contrastados. O tratamento inclui
medidas não cirúrgicas como enemas contrastados ou pneumáticos
e cirurgia em caso de falha destes. Ainda não existem estudos sobre
o papel da colonoscopia para este fim. Objetivo geral: Avaliar o
papel da colonoscopia na resolução dos casos de intussuscepção
intestinal em crianças, no Hospital Universitário da Universidade
de São Paulo no período de 2009 a 2014. Metodologia: Revisão
de prontuários de casos de intussuscepção em crianças oriundas
do pronto atendimento do Hospital Universitário da Universidade
de São Paulo, com comprovação clínica e ultrassonográfica de
intussuscepção intestinal, sem resolução com as medidas clássicas
como os enemas glicerinados e que tinham indicação para resolução
através do enema opaco, que não estava disponível no serviço. Estas
então foram encaminhadas para a cirurgia, e submetidas na sala
de cirurgia e anterior ao ato cirúrgico, ao exame de colonoscopia.
Resultados: No período de abril de 2009 a abril de 2014, 21
pacientes foram submetidos a colonoscopia na tentativa de resolução
da invaginação intestinal. Foram 12 do sexo masculino (57,14%) e
09 (42,86%) do sexo feminino. Em 71,42% (15) dos pacientes a
invaginação foi resolvida pela colonoscopia e em 28,58% (6) a cirurgia
foi indicada, sendo que destes, 03 (50%) casos no intraoperatório,
02 (33,3%) 24 horas após por refazerem a invaginação e um caso
em outro serviço após ser transferido. Conclusão: A colonoscopia
mostrou ser um bom método alternativo ao enema opaco em
pacientes com intussuscepção intestinal. Bibliografia: 1. Lloyd D
A, Kenny S E. In: Walker WA, Goulet O, Kleinman RE et al, editor.
Pediatric Gastrointestinal Disease: Pathophysiology, Diagnosis,
Autores: Thiago Rabelo da Cunha / Hospital de Câncer
de Barretos; Emiliano de Carvalho Almodova / Hospital de
Câncer de Barretos; Gilberto Fava / Hospital de Câncer
de Barretos; Wagner Colaiacovo / Clínica de Endoscopia
Avançada Rio Preto; Denise Peixoto Guimarães / Hospital de
Câncer de Barretos.
Resumo
Introdução: APC é o tratamento de escolha no sangramento
retal (SR) causado pela retite actínica (RA). As complicações do
tratamento com APC parecem estar associadas aos parâmetros de
fluxo do gás e potência usados. Objetivos: Comparar os resultados
do tratamento da RA no Hospital de Câncer de Barretos com dois
diferentes parâmetros de APC. Casuística: Incluídos 69 pacientes
(pts) com SR por RA tratados com APC entre 2010-14. Métodos:
Estudo clínico comparativo com controle histórico. APC foi aplicado
prospectivamente em um grupo de 36 pts (GE) com potência
de 40W e 1,2L/min de fluxo e comparado com grupo controle
retrospectivo (GC) de 33 pts que recebeu potência de 40-50W e
2,0-2,5L/min de fluxo. RA foi graduada segundo Zinicola (A=leve;
B=moderada; C=intensa). Características demográficas, de prétratamento (características basais, CB) e do tratamento endoscópico
foram comparadas, assim como o sucesso clínico (SC) (ausência de
SR) e as complicações do APC. Para todas as análises estatísticas
realizadas foi considerada uma significância de 0,05. Resultados:
Os grupos foram similares em relação à média de idade (GE=68,5;
GC=71,3, p=0,081), sitio primário da neoplasia (próstata, GE=88,9%;
GC=90,9%, p=0,999), grau da retite (B, GE=52,8%; GC=39,4%,
p=0,490) e gênero (masculino, GE=86,1%; GC=90,9%, p=0,081). O
SC foi alcançado em 100% dos pts. A média do tempo de tratamento
(TT) e o do número de sessões de APC foram maiores no GC (136
dias e 3,1 sessões) do que no GE (72 dias e 2,6 sessões), com
significância estatística no TT (p<0,001; p=0,144, respectivamente).
Não houve associação entre as CB e o TT. Como complicações,
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
195
A nais
a estenose retal ocorreu em um caso (3%) no grupo GC e em
nenhum do GE. As úlceras retais (UR) foram frequentes em ambos
os grupos (100% no GC e 97,2% no GE), porém foram maiores e
mais profundas no GC (p=0,002; p<0,001, respectivamente). UR
foram significativamente mais profundas quanto maior a idade,
nos dois grupos (GE-p=0,029 e GC-p=0,016). O tamanho (GEp=0,102 e GC-p<0,001) e a profundidade (GE-p=0,316 e GCp=0,064) das UR tiveram impacto no TT em ambos os grupos, com
significância apenas em relação ao tamanho no GC. Conclusão:
APC foi um método eficaz no tratamento da RA independentemente
do parâmetro utilizado. UR são frequentes como consequência do
tratamento endoscópico. A utilização do APC com fluxo e potência
mais baixos resultou, neste estudo, em UR de menor tamanho e
menor TT, quando comparado com parâmetros mais elevados.
196
ESTUDO PROSPECTIVO DUPLOCEGO RANDOMIZADO ENTRE
PREPAROS DE CÓLON COM PEG 4000
E LACTULOSE
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores: José Celso Cunha Guerra Pinto Coelho / Gastrocenter;
Karen Orsini de Magalhães Brescia / Gastrocenter; Lais
Gomes Lopes Terra / Gastrocenter; Camila Teixeira Costa /
Gastrocenter; Lívia Torres Vaz / Gastrocenter.
Resumo
A colonoscopia é atualmente um dos principais métodos diagnósticos
de alterações intestinais e de rastreamento do câncer colorretal. Um
preparo intestinal de boa qualidade é essencial para o adequado
exame diagnóstico e para as abordagens terapêuticas necessárias.
Esse estudo visa comparar dois preparos quanto à eficácia: o PEG
4000, padrão ouro nos Estados Unidos, e a solução de Lactulose
a 10%, laxante osmótico ainda sem indicação formal de preparo
intestinal. Método: Estudo prospectivo, duplo-cego e randomizado
com a inclusão de 400 pacientes submetidos a exames eletivos de
colonoscopia em clínica privada. Os pacientes foram randomizados
em dois grupos de 200 pacientes e, em cada grupo, foi utilizado um
dos preparos analisados. Foi avaliada a qualidade do preparo através
da Escala de Preparo Intestinal de Boston (BBPS). Resultados:
Dos 400 exames feitos, apenas 13 foram considerados inadequados.
Dos pacientes que utilizaram PEG, apenas seis (3%) tiveram preparo
considerado inadequado e, do grupo que usou Lactulose, apenas
sete (3,5%). Isso resulta em um p=0,778, o que determina que não
há diferença estatística em relação à eficácia entre os dois preparos.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Conclusão: O estudo concluiu que a eficácia da solução de
Lactulose, como preparo intestinal para exames de colonoscopia,
é semelhante à do PEG 4000, podendo a solução de Lactulose a
10% ser indicada como opção de preparo de cólon para exames de
colonoscopia, respeitando-se as suas contra-indicações e restrições.
NOVAS ESTRATÉGIAS DE PREPARO
INTESTINAL PARA COLONOSCOPIA:
LACTULOSE COMBINADA COM
BISACODIL
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores: Marina Santos e Souza / UFMG; Júlia Faria Campos
/ UFMG; Rodrigo Vieira Gomes / UFMG; Thiago Antunes
Ferrari / UFMG; Vinícius Rodrigues Taranto Nunes / UFMG;
Silas de Castro Carvalho / UFMG; Jairo Silva Alves / UFMG;
Vitor Nunes Arantes / UFMG.
Resumo
Introdução: Colonoscopia é o método de escolha na avaliação do
cólon, sendo que indicadores de qualidade como índice de entubação
do ceco e de detecção de pólipos estão diretamente associados à
qualidade do preparo. O uso do polietilenoglicol (PEG) está bem
estabelecido como seguro e eficaz no preparo do cólon, porém o
volume excessivo pode não ser bem tolerado, comprometendo a
qualidade do preparo. Objetivo: Testar a combinação de lactulose
com bisacodil no preparo do cólon para colonoscopia, avaliando sua
eficácia e tolerabilidade. Método: Estudo prospectivo. Entre abril
e agosto de 2014, foram admitidos no estudo 40 pacientes, para
realização de colonoscopia eletiva e que consentiram em participar
do estudo. Critérios de exclusão: ileostomia, colectomia parcial ou
total, impossibilidade de ingestão oral ou suspeita de obstrução
intestinal. Os pacientes receberam orientações durante a préconsulta sobre o preparo intestinal constituído de 20mg de bisacodil,
200ml de lactulose diluídos em 300ml de suco claro, e dieta sem
resíduos, a partir da véspera do exame. Foram analisados o gênero,
idade, exames colonoscópicos prévios, indicação do exame, ingestão
completa do preparo, tolerância, efeitos adversos, taxa de entubação
do ceco, taxa de detecção de pólipos/adenomas e qualidade do
preparo segundo escala de Boston. Resultados: Foram incluídos
no estudo 40 pacientes (22 mulheres, mediana de idade – 60 anos).
A indicação mais frequente foi rastreamento de câncer colorretal
(52,5%). Preparo completo foi possível em 95% dos casos, com
tolerância excelente em 21 pacientes (52,5%) e boa em 15 pacientes
(37,5%). O sintoma adverso mais comum foi náusea (42,5%).
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Taxa de entubação do ceco de 90%. Foram detectados pólipos
adenomatosos em 11 exames (27,5%). O preparo foi classificado
como excelente em 75% dos casos (Escore de Boston 9), sendo
que em 90% dos exames o Escore de Boston foi superior a 6. Não
ocorreram complicações relacionadas ao preparo. Conclusão:
A combinação de bisacodil com lactulose mostrou-se segura e
eficaz para o preparo intestinal, com tolerância satisfatória e índices
adequados de entubação do ceco e detecção de adenoma.
Conclusão: A dissecção submucosa endoscópica foi curativa na
maioria dos casos, com avaliação histopatológica dos espécimes e
baixo índice de recidiva e complicações.
RESSECÇÃO ENDOSCÓPICA
SUBMUCOSA COLORRETAL EXPERIÊNCIA DO GASTROCENTRO
UNICAMP
RETROVISÃO E CROMOSCOPIA
NA AVALIAÇÃO COLONOSCOPICA
DO CÓLON ASCENDENTE NO
RASTREAMENTO DO CÂNCER DE
CÓLON EM PACIENTES SUBMETIDOS
À COLONOSCOPIA NO SERVIÇO
DE ENDOSCOPIA DO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE
DE SÃO PAULO
Autores: José Olympio Meirelles dos Santos / Unicamp; Priscila
Andrade Santana / Unicamp; Nelson Myiajima / FMUSP;
Ingrid Neves dos Santos / Unicamp; José Antonio Possatto
Ferrer / Unicamp; Michel Gardere Camargo / Unicamp; Rita
Carvalho / Unicamp; Claudio Saddy Rodrigues Coy / Unicamp.
Autores: Tiago Coelho Martins / Hu-USP; Edmar Tafner
/ Hu-USP; Luis Masúo Maruta / Hu-USP; José Guilherme
Nogueira Silva / Hu-USP; Renato Hassegawa Takayuki / HuUSP; Celso Guilherme Christiano / Hu-USP; Simone Perez
Pilli / Hu-USP; Lincoln Tavares de Andrade / Hu-USP.
Resumo
Resumo
Introdução: A dissecção endoscópica submucosa (DES) permite
a ressecção em bloco de lesões colorretais tendo objetivo curativo
possibilitando completa avaliação histopatológica do espécime.
Objetivos: Relatar a experiência do Gastrocentro-Unicamp abordando exequibilidade e complicações no tratamento de lesões
neoplásicas colorretais por DES. Materiais e métodos: As indicações de DES seguiram a escola japonesa. Excluídos pacientes
com sinais endoscópicos de invasão submucosa ou ausência de
elevação da lesão após infiltração submucosa. Acompanhamento:
colonoscopias após 90, 180 e 360 dias no primeiro ano e anualmente
após o primeiro ano. Resultados: De setembro/2010 a abril/2013,
30 pacientes, idade média 42 (45-85) anos, 20 feminino, foram
submetidos a DES. Tamanho médio foi 40 (20-70) mm, 15 no reto, uma
em sigmoide, 3 no descendente, 5 no transverso, 2 no ascendente
e 3 no ceco. Duração média de 130min (60 a 420 min), sendo 23
(76,6%) ressecadas em monobloco e uma não ressecada por
dificuldades técnicas. Ocorreram três complicações (10%) tratadas
endoscopicamente (dois sangramentos e uma perfuração), ambas
com boa evolução. Em relação ao diagnóstico histológico pós DES,
diagnósticou-se 19 adenomas e 11 adenomas com adenocarcinoma,
sendo um com invasão m1, sete com invasão m2 e três com invasão
de sm1. Três (10%) apresentaram margem lateral focalmente
comprometida, sendo uma (3,3%) recidiva no acompanhamento.
Introdução: O câncer colorretal (CCR) é uma das maiores causas
de óbitos no mundo industrializado. O Risco de desenvolver CCR
é de aproximadamente 5 a 6% na população ocidental. O uso da
colonoscopia reduziu a mortalidade por CCR em 70% paras as
lesões do cólon esquerdo e taxas muito insignificantes paras as
lesões do cólon direito. Na tentativa de avaliar o papel da retrovisão
e cromoscopia na detecção de lesões no cólon direito, foi elaborado
este trabalho prospectivo, em pacientes submetidos à colonoscopia
no serviço de endoscopia do Hospital Universitário da Universidade
de São Paulo (USP). Objetivo: Comparar os resultados da
visão frontal com a retrovisão no cólon proximal, antes e após a
cromoscopia, no rastreamento do CCR. Metodologia: Estudo
prospectivo. Pacientes submetidos à colonoscopia em caráter
ambulatorial no serviço de endoscopia do Hospital Universitário da
USP, com idade entre 40 e 75 anos, no período de Janeiro de 2012 a
Julho de 2014. Critérios de exclusão: portador de doença inflamatória
intestinal, diagnóstico de CCR já estabelecido, preparo inadequado,
quadro de oclusão intestinal, enterorragia e exames inconclusivos.
Resultados: 77 pacientes foram avaliados. Desses, 40 (52,6%)
tiveram lesões detectadas após retrovisão e/ou cromoscopia no
cólon ascendente, sendo 34 lesões vistas na visão frontal após a
cromoscopia, 3 em retrovisão e 3 após retrovisão e cromoscopia. O
tipo de lesão mais prevalente, de acordo com a classificação de Paris,
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
197
A nais
foi a IIa. Referências: Baxter et al. Association Between Colonoscopy
e and Colorectal Cancer Mortality in a US Cohort According to Site
of Cancer and Colonoscopist Specialty. JCo Jul 20, 2012:2664-69.
AVALIAÇÃO DA ECOENDOSCOPIA
NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS
LESÕES CÍSTICAS DO PÂNCREAS
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Cisto seroso em 08 (9,9%), Pseudocisto em 16 (19,8%) e outras
neoplasias em 10 (12,3%). Conclusão: A concordância completa
entre aspecto endoscópico, citopatologico e bioquímica ainda é
rara em nosso meio, mas a Ecoendoscopia mostrou-se capaz de
sugerir o diagnóstico na maioria dos portadores de lesões císticas
do pâncreas, ratificando a indicação do procedimento neste grupo
de pacientes.
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores: José Marcus Raso Eulálio / UFRJ; Lucila Marieta
Perrotta de Souza / UFRJ; José Eduardo Ferreira Manso /
UFRJ; Mônica Soldan / UFRJ; Eduardo Sabino de Machado
Magalhães / UFRJ; Matheus Mannarino do Carmo Silva
Ribeiro / UFRJ; Bruno Munhoz Agena / UFRJ; Pedro Luiz
Rodrigues Guimarães Filho / UFRJ.
Resumo
AVALIAÇÃO DA PRECISÃO E
QUALIDADE DA ECOENDOSCOPIA
ASSOCIADA À PUNÇÃO ASPIRATIVA
COM AGULHA FINA (EUS-FNA)
EM TUMORES PANCREÁTICOS:
EXPERIÊNCIA DE UM CENTRO DE
REFERÊNCIA
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
198
O Diagnóstico diferencial das lesões císticas do pâncreas é
fundamental para o adequado acompanhamento clínico, e para
a indicação do tratamento cirúrgico. O presente estudo tem por
objetivo avaliar a concordância entre imagem ecoendoscópica,
citopatologico e análise bioquímica no diagnóstico diferencial
destas lesões. Materiais e Métodos: Foram analisadas
retrospectivamente as Ecoendoscopias com laudo de imagem cística
no pâncreas, realizadas no HUCFF entre jan 2009 e jun 2014 quanto
a : 1. Aspecto ecoendoscópico e 2. Punção Biópsia. A punção
biópsia foi analizada quanto a: 2a. citopatologico e 2b. bioquímica.
A correlação entre os dados ecoendoscópicos foi dividida em quatro
grupos: Concordância 3 quando houve concordância total entre
entre a imagem ecoendoscópica a patologia e a biópsia (1+2a+2b);
Concordância 2 quando houve concordância entre 1 e 2a ou 1 e
2b; Concordância 1 quando houve concordância apenas entre
a imagem ecoendoscópica e os exames prévios, e Indeterminado
quando 1 e ou 2 não definiram um diagnóstico nem auxiliaram
a conduta terapêutica. O diagnóstico diferencial foi classificado
quanto à presença de: cisto seroso, cisto mucinoso, pseudocisto,
outras neoplasias e indefinido. Resultados: Foram realizadas 727
Ecoendoscopias, que evidenciaram lesões císticas em 81 exames
(11,1%). Todos apresentavam estudos prévios de imagem e quadro
clínico com suspeita diagnóstica a ser confirmada. O diagnóstico
ecoendoscópico foi definido em 63 exames (77,8%) divididos nos
grupos Concordância 3 com 8 exames (9,9%), Concordância 2 com
37 exames (45,7%) e Concordância 1 com 18 exames (22,2%).
O grupo Indeterminado apresentou 18 exames (22,2%). No
diagnóstico diferencial encontramos Cisto Mucinoso em 29 (35,8%),
Autores: Victor Rossi Bastos / Hospital Geral Roberto Santos;
Marcos Clarêncio Batista Silva / Hospital Geral Roberto
Santos; Marcela Brasil Fortunato / Hospital Nove de Julho;
José Celso Ardengh / Hospital Nove de Julho.
Resumo
Trata-se de um estudo sobre o controle de qualidade (CQ), com
acompanhamento e avaliação do sistema hoje utilizado em nosso
serviço para maximizar a eficácia da EUS-FNA. Baseia-se na análise
retrospectiva dos prontuários de pacientes submetidos a EUS-FNA
durante Janeiro a Julho de 2014. O CQ analisou a precisão diagnóstica, o impacto do diagnóstico final da EUS-FNA no diagnóstico pré-existente, o número de passes necessários para se obter a melhor
acurácia diagnóstica.215 pacientes foram enviados ao serviço de
Ecoendoscopia do Hospital 9 de Julho. A EUS-FNA com microhistologia foi realizada em 54 pacientes (25,1%) e 46 (85,6%) tumores de
pâncreas. O diagnóstico final foi obtido pela EUS-FNA, seguimento
clínico e cirurgia. Vinte e três pacientes com tumor maligno e também
vinte e três benigno. Dentre os malignos encontramos adenocarcinoma ductal (13), cistoadenomamucinoso (4), NIMP (3) e tumor
neuroendócrino (3). O diagnóstico pela imagem da EUS apresentou
sensibilidade, especificidade, VPP, VPN e acurácia de 87.5%, 83.3%,
97,2%, 50% e 86,9%, respectivamente. A microhistologia apresentou
sensibilidade, especificidade, VPP, VPN eacurácia de 95,6%, 94,4%,
95,8%, 77,2% e 86,9%, respectivamente. O local da biópsia mais comum foi a cabeça do pâncreas (52%). A acurácia ao submetermos
o paciente a 1, 2 ou mais que 3 passes da agulha foi 78,2% (18/23),
93,7% (15/16) e 85,7% (6/7), respectivamente. Depois da FNA
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
e seguimento, foram encontrados 5 falsos negativos (10,8%), enquanto que 6,5% das amostras ainda não tinham um diagnóstico
definitivo. O CQ sugere que a acurácia da EUS-FNA é elevada
ao usarmos a técnica da microhistologia, que garante melhor
obtenção de amostras e estudo tecidual, sendo desnecessária
a presença de um patologista em sala. Que a acurácia pode ser
melhorada: a) passando duas vezes a FNA em lesões suspeitas
e b) ter um ecoendoscopista experiente. O estudo CQ é valioso
na identificação de pontos fracos e aumentando assim a eficácia
dos EUS-FNA.
ECOENDOSCOPIA NAS DOENÇAS
PANCREÁTICAS
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores: Thiago Felippe da Rocha / HBPSP; Fabio Menezes
Filgueiras / HBPSP; Celso Eduardo Patrício / HBPSP;
Sandrone Granja de Abreu / HBPSP; Marcos Ney da Costa
Barros / HBPSP; Eduardo Henrique Costa Brandão / HBPSP;
Thiago Correia da Silva Ganança / HBPSP; Roberto Felipe
Soares Dias Loyola / HBPSP.
Resumo
Negativo para células neoplásicas: 8,75%; Material insuficiente: 7,5%.
Não realizaram punção: 10%. Como complicação houve 4 pacientes
com dor abmominal após o procedimento. Nenhum foi internado.
Conclusão: A EE + PAAF mostrou boa sensibilidade (~90%) no
diagnóstico das patologias pancreáticas, portanto deve ser utilizada
quando não há definição por outros métodos menos invasivos ou é
necessário comprovação histológica.
ESTUDO COMPARATIVO
E PROSPECTIVO SOBRE A
LAVAGEM ECOGUIADA DE CISTOS
PANCREÁTICOS COM ETANOL E
IODOPOVIDONA
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores: Juliana Campos Barbosa / HC-FMRP; Jacob
Szejnfeld / Hospital 9 de Julho; José Celso Ardengh / Hospital
9 de Julho; Guilherme Grici Hisatomi / HC-FMRP; Diego
Miconi / Hospital 9 de Julho; José Carlos Pardal / Hospital
9 de Julho; Jerusa dos Reis / Hospital 9 de Julho; Hemanoel
de Souza Ribeiro / Hospital 9 de Julho; Rafael Kemp / HCFMRP; José Sebastião dos Santos / HC-FMRP.
Resumo
Introdução: A ecoendoscopia (EE) é um método atualmente
consagrado na avaliação das patologias pancreáticas porque
permite uma definição morfológica adequada das lesões císticas e
sólidas, bem como a obtenção de material para micro-histologia e
dosagens bioquímicas (CEA, amilase). A proximidade do transdutor
com a glândula oferece esta capacidade com risco muito baixo de
complicações. Entretanto a sensibilidade e acurácia diagnóstica
depende também do preparo do material obtido pela punção
ecoguiada e da experiência da equipe de patologia. Objetivo: Avaliar
os achados da ecoendoscopia focada nas doenças pancreáticas e
a sensibilidade das punções no serviço de endoscopia e comparálos com dados da literatura. Métodos: Estudo retrospectivo com
80 pacientes encaminhados para o nosso serviço de endoscopia,
no período de 2010 a 2013, para realizar ecoendoscopia por
suspeita de doença pancreática. Os procedimentos foram realizados
por um único endoscopista e o material de punção processado e
avaliado por dois laboratórios de patologia, entretanto um deles
ficou responsável por mais de 80% dos casos. Resultados: O
diagnóstico final foi de: Adenocarcinoma: 26,25%; Cistoadenoma
mucinoso: 10%; Cistoadenoma seroso: 7,5 %; Cistoadenoma:
3,75%; Processo inflamatório crônico: 5%; IPMN: 10%; Tumor
neuroendocrino: 3,75%; Linfoma: 2,5%; Necrose liquefeita : 5%;
Introdução: Cirurgia de cisto pancreático associa-se a morbidade
significativa. A lavagem ecoguiada de cistos pancreáticos é uma
modalidade de tratamento minimamente invasiva. A injeção de
álcool absoluto e paclitaxel, comumente usados, raramente causam
efeitos sistêmicos. Baseado em relato da literatura sobre o uso de
iodopovidona em cisto neoplásico pancreático, os autores compararam
os resultados do uso da injeção ecoguiada de iodopovidona e álcool
absoluto, em relação à ablação do cisto e ocorrência de eventos
adversos. Método: Pacientes com cistos uniloculares no pâncreas
de 1 a 8 cm foram tratados pela injeção ecoguiada de etanol ou
iodopovidona. Estudamos a ocorrência imediata de eventos adversos,
o diâmetro do cisto três meses após a injeção e a necessidade de
nova lavagem no caso do cisto ter apresentado redução menor que
30% do seu tamanho inicial. Resultados: a injeção de etanol a 99%
foi feita em 14 pacientes, com média de injeção de 27,6 ml (10-80 ml)
e de iodopovidona em 6 pacientes com média de injeção de 25,2
ml (2-50 ml). O tamanho médio dos cistos no grupo submetido à
injeção de álcool foi de 4,7 cm (2,5 – 7,8) e no grupo iodopovidona
foi de 4,5 (1,2 – 3,6) a média de sessões para o álcool foi de 1,4
(1-5) e iodopovidona foi 1. A dor foi o único evento adverso após a
injeção de álcool 28,5% enquanto que não foi observado qualquer
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
199
A nais
evento adverso após a injeção de iodopovidona. Após a injeção de
álcool e iodopovidona houve ablação em 2/14 (14,2%), 5/6 (83,3%)
e diminuição de mais de 50% do volume inicial em 57,1% e 16,6%,
respectivamente. Conclusão: Os resultados do presente estudo
permitem concluir que a lavagem ecoguiada com iodopovidona
apresentou maior taxa de ablação cística e menor ocorrência de dor.
são necessários mais estudos prospectivos e randomizados, para
que possamos afirmar, que a iodopovidona é a melhor forma de
tratamento para a ablação de cisto pancreático.
PREVALÊNCIA DE ACHADOS
DIAGNÓSTICOS DEFINIDORES NA
REALIZAÇÃO DE ECOENDOSCOPIA
DE LESÕES SUBEPITELIAIS: ESTUDO
RETROSPECTIVO
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
200
Autores: Ana Carolina Benvindo Lopes / Hospital de Base do
Distrito Federal; Bruno Chaves Salomão / Hospital de Base
do Distrito Federal; Rodrigo Aires de Castro / Hospital de
Base do Distrito Federal; Flávio Hayato Ejima / Hospital de
Base do Distrito Federal; Lucas Santana Nova da Costa /
Hospital de Base do Distrito Federal; Maria Auzier Freitas /
Hospital de Base do Distrito Federal; Marília Ávila Acioly /
Hospital de Base do Distrito Federal; Juliano Benvindo Lopes
/ Universidade de Brasília.
Resumo
Introdução: Lesões subepiteliais (LSE) são encontradas em até 1%
dos exames endoscópicos, sendo a ecoendoscopia (USE) o exame
de melhor acurácia para definir a etiologia da lesão. Entretanto, a
literatura ainda é controversa no que tange à real indicação deste
método, não havendo uma padronização de conduta. Objetivo:
Determinar a prevalência de achados diagnósticos definidores em
pacientes submetidos à ecoendoscopia com suspeita de LSE, que
devido ao seu aspecto ecográfico típico e caráter benigno, não
necessitariam de nenhum tipo de seguimento, seja por endoscopia
ou USE. Métodos: Foram estudados retrospectivamente, 178
pacientes submetidos à EUS para avaliação de LSE do trato
gastrointestinal superior entre julho de 2011 e julho de 2014, sendo
62,3% (111) do sexo feminino e a média de idade de 50,9 anos. Os
exames foram realizadas em ambiente intra-hospitalar e sob sedação
com propofol feita por anestesiologista. Todos os exames foram
realizados com aparelho setorial com frequência de 5 a 12 mHz.
Dentre as lesões estudadas, 20,2% (36) se localizava no esôfago,
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
70,8% (126) no estômago e 9% (16) no duodeno. Resultados:
Dos 178 pacientes avaliados, 22,4% (40) apresentavam aspecto
ecográfico típico de lipoma, 3,4% (6) de pâncreas ectópico,
11,2% (20) de cistos intraparietais e 15,7% (28) de compressão
extrínseca, e ainda em 3,4% (6) dos casos não foi identificada
nenhuma alteração ecográfica, sendo estes achados considerados
definidores diagnósticos. A prevalência de pacientes submetidos
à ecoendoscopia por suspeita de LSE que apresentaram achados
diagnósticos definidores foi de 53,9%. Conclusão: Devido à alta
prevalência de achados ecoendoscópicos definidores nos pacientes
com suspeita de LSE, a ecoendoscopia deve ser solicitada a todos
os pacientes nesta situação, o que acarretará em diminuição de
custos com outros exames complementares e/ou acompanhamento
periódico.
PREVALÊNCIA DE CISTOADENOMA
SEROSO EM PACIENTES
SUBMETIDOS À ECOENDOSCOPIA
PARA AVALIAÇÃO DE LESÕES
CÍSTICAS PANCREÁTICAS
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores: Marília Ávila Acioly / HBDF; Bruno Chaves Salomão
/ HBDF; Lucas Santana Nova da Costa / HBDF; Maria Auzier
Freitas / HBDF; Ana Carolina Benvindo Lopes / HBDF; Rafael
Rodrigues Oliveira / HBDF; Rodrigo Aires de Castro / HBDF;
Flávio Hayato Ejima / HBDF.
Resumo
Introdução: Apesar do predomínio dos pseudocistos, as neoplasias
císticas têm tido aumento de incidência nos últimos anos. Dentre
estas, o cistoadenoma seroso (CS) é uma afecção benigna e de
evolução favorável, muitas vezes não exigindo seguimento posterior.
Entretanto, os métodos radiológicos têm baixa acurácia para o
diagnóstico de certeza de CS e muitas cirurgias desnecessárias
ainda são realizadas. Objetivo: Determinar a prevalência de lesões
com achados ecoendoscópicos típicos e definidores de CS, sem
necessidade de punção ecoguiada. Método: Trata-se de estudo
retrospectivo envolvendo 70 pacientes submetidos à ecoendoscopia
por achado prévio de lesão cística pancreática em outros métodos
de imagem. Os exames foram feitos em ambiente hospitalar sob
sedação com propofol feita pelo anestesiologista, no período
de junho de 2011 a julho de 2014. A média de idade foi de 57,2
anos, com predomínio do sexo feminino (74,2%). Resultados:
Dos 70 pacientes analisados, 18,5% (13) apresentavam achados
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
ecográficos definidores de CS, dentre os quais: aspecto microcístico
em favo de mel e presença de calcificação central. Destes, 84,6%
(11) eram do sexo feminino e 15,3% (2) do sexo masculino, com
média de idade de 52 anos. Quanto à localização da lesão, 61,5%
(8) estavam na cabeça, 23,0%(3) no corpo e 15,3%(2) na cauda
do pâncreas. Devido aos achados típicos, não foi realizada punção
aspirativa nestes casos. Conclusão: A prevalência de achados
característicos de cistoadenoma seroso foi de 18,5% (13) neste
estudo, o que vai ao encontro da literatura, denotando a importância
desse recurso para excluir um percentual significativo de pacientes
de seguimento radiológico, com implicação em custos e diminuição
de radiação, bem como evitando cirurgias desnecessárias e de alta
morbi-mortalidade, como se observa nas ressecções pancreáticas.
deles com complicações imediatas ou tardias. Apenas um paciente
tinha shunt espleno-renal, e em nenhum deles houve a embolização
do polímero. Estes pacientes tiveram acompanhamento máximo de
10 meses, tendo, todos eles as varizes trombosadas, com uma ou
mais sessões de tratamento. Diante desses resultados, achamos o
método eficaz e seguro para o tratamento das varizes gástricas.
ABORDAGEM ENDOSCÓPICA
SISTEMÁTICA PARA O DIAGNÓSTICO
PRECOCE DE CÂNCER DE ESÔFAGO
EM PACIENTES COM CÂNCER DE
CABEÇA E PESCOÇO
TRATAMENTO DE VARIZES
GÁSTRICAS COM MOLA E
CIANOACRILATO
Autores: Juliana Trazzi Rios / ICESP; Stephanie Wodak /
ICESP; Maria Sylvia Ierardi Ribeiro / ICESP; Carla Cristina
Gusmon / ICESP; Adriana Vaz Safatle-Ribeiro / ICESP;
Marcelo Simas Lima / ICESP; Bruno Costa Martins / ICESP;
Fauze Maluf-Filho / ICESP.
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores: Maíra Ribeiro de Almeida Lôbo / USP; Dalton
Marques Chaves / USP; Gustavo de Oliveira Luz / USP;
Cristiano Sakai / USP; Kengo Toma / USP; Paulo Sakai / USP;
Eduardo Guimaraes Horneaux de Moura / USP.
Resumo
As varizes gástricas são encontradas em associação com as varizes
esofágicas em cerca de 20% dos pacientes com hipertensão portal.
Apesar da baixa incidência de hemorragia pelas varizes gástricas
(3%), o sangramento é mais grave e de difícil controle. O método
endoscópico de eleição para o tratamento das varizes gástricas
é a utilização do n-butil cianoacrilato; apresenta melhor controle
do sangramento e menor taxa de ressangramento em relação aos
outros métodos. Uma complicação grave da obliteração das varizes
gástricas com cianoacrilato é a embolização do polímero através
de shunts espleno-renal ou gastro-renal. Sua incidência é de cerca
de 4%. A injeção ecoguiada de molas de embolização vem sendo
proposta para ser utilizada no tratamento destas varizes. Tem como
objetivo manter o polímero do cianoacrilato no vaso, formando
um conglomerado mola-cianoacrilato, evitando sua migração e
consequente embolia da cola. Outra vantagem desta técnica é sua
utilização na vigência do sangramento, quando grande quantidade de
sangue no estômago dificulta a realização da injeção do cianoacrilato;
através da punção pelo esôfago distal essa dificuldade diminui.
Descrevemos uma série de casos de pacientes tratados com mola
+ cianocrilato. Temos 5 pacientes tratados por este método, nenhum
Resumo
Introdução e objetivos: O carcinoma de células escamosas
(CEC) do esôfago é diagnosticado tardiamente, resultando em
mau prognóstico. Na população de alto risco para essa condição, o
controle endoscópico pode melhorar a taxa de detecção de câncer
de esôfago em fase precoce, aumentando a chance de ressecções
R0 e sobrevida livre da doença. O objetivo deste estudo foi determinar
a eficácia da avaliação da endoscopia sistemática do esôfago,
usando imagem de alta definição, luz branca, imagem endoscópica
de banda estreita e cromoendoscopia com solução de Lugol, para a
detecção de CEC do esôfago em pacientes com câncer de cabeça
e pescoço. Métodos: Análise retrospectiva de pacientes com
histórico de câncer de cabeça e pescoço que foram submetidos ao
controle endoscópico para a detecção de CEC esofágico sincrônico
ou metacrônico. Avaliação endoscópica seguiu uma sequência
sistemática: 1. Avaliação da mucosa esofágica com endoscópio
de luz branca de alta definição, 2. Avaliação da mucosa esofágica
com imagem de banda estreita (NBI), 3. Avaliação da mucosa
do esôfago após a instilação de solução de Lugol 1,5%. As áreas
avermelhadas sob luz branca, marrom sob imagem de banda estreita
e não coradas após instilação de Lugol foram biopsiadas. Lesões
superficiais foram macroscopicamente classificadas de acordo com
a classificação Paris. Resultados: de setembro de 2010 a setembro
de 2013, 703 endoscopias foram realizadas em 557 pacientes com
histórico de carcinoma de cabeça e pescoço (80,5% homens, com
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
201
A nais
202
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
idades entre 26 e 90 anos). Nós encontramos 158 (28%) lesões
suspeitas de neoplasia. Foram confirmadas neoplasias precoces em
27 (5%) delas. As lesões mediam entre 7 e 70 milímetros; 3 (11%)
<10 mm, 10 (37%) entre 10 e 20 mm e 14 (52%)> 20 mm. Elas
foram localizadas principalmente no esôfago médio 16 (59%). O
aspecto endoscópico das lesões foi de 0-IIa 9 (33%), 0-IIb 16 (59%)
e 0-IIc 2 (7%). Sob a endoscopia com luz branca, detectamos 13
(48%) dos cânceres precoces, sob cromoendoscopia óptica, 25
(92%) e sob a solução de Lugol, 27 (100%) delas. Conclusões:
Abordagem endoscópica sistemática para o diagnóstico precoce
de carcinoma de células escamosas do esôfago é viável e eficaz
para o controle dos pacientes com histórico de câncer de cabeça e
pescoço. A endoscopia com luz branca de alta definição teve uma
baixa sensibilidade para a detecção precoce de CEC nesse grupo de
pacientes, diagnosticando apenas 50% das lesões.
do IMC foi 7,58 ± 3,51 kg/m². A média da perda percentual do peso
corporal foi de 20,56 ± 7,84% e da perda percentual do excesso de
peso foi de 74,84 ± 46,49. Houve maior perda percentual do peso
inicial em pacientes com obesidade grau III do que em pacientes
com sobrepeso e obesidades graus I e II (p<0,001). Houve maior
redução do IMC e maior perda % do peso inicial em homens do que
em mulheres (p<0,0001 e p=0,018, respectivamente). Conclusão:
O tratamento endoscópico da obesidade com o uso do BIG se
estabelece como uma ótima opção terapêutica a esta patologia.
ANÁLISE DE MUCOSECTOMIAS
DUODENAIS DO CENTRO
DE DIAGNÓSTICO EM
GASTROENTEROLOGIA/ HCFMUSP
ANÁLISE DE EFICÁCIA DO BALÃO
INTRAGÁSTRICO NUMA CASUÍSTICA
DE 2.748 CASOS
Autores: Lorena Pithon Lins / HCFMUSP; Rafael Gonzaga
Nahoum / HCFMUSP; Renata dos Santos Lugão / HCFMUSP;
Jamile Rosário Kalil / HCFMUSP; Leandro Ferreira Ottoni /
HCFMUSP; Vitor de Sousa Medeiros / HCFMUSP; Cláudio
Lyoiti Hashimoto / HCFMUSP.
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores: Bruno Queiroz Sander / Clínica Sander; Manoel
Galvão Neto / Gastro Obeso Centro; Jimi Izaques Bifi Scarparo
/ Balão BIB; Gabriel Cairo Nunes / Clínica UltraNutri; Ricardo
José Fittipaldi-Fernandez / Endogastro Med service; Marcelo
Pereira Sander / Clínica Sander.
Resumo
Introdução: O balão intragástrico (BIG) tem se mostrado
bastante eficaz no tratamento do excesso de peso para pacientes
com IMC maior que 27 kg/m². Objetivo: Avaliar a eficácia e as
complicações do tratamento com BIG nos pacientes da Clínica
Sander (MG), Endogastro Med service (RJ), Clínica Balão BIB
(SP) e Clínica Ultranutri (SP). Métodos: Foram analisados 2748
pacientes. Utilizou-se o BIG da marca Allergan. Todos os pacientes
apresentavam índice de Massa Corporal (IMC) inicial mínimo de 27
kg/m² e foram acompanhados por equipe multidisciplinar durante os
06 meses de tratamento. Dados analisados com estatística descritiva,
análise de variância e teste t de student. Resultados: 148 pacientes
(5,4%) foram excluídos: 99 (3,6%) por retirada precoce, 27 (1%) por
perda de peso nula, 16 (0.58%) por ganho de peso e 06 (0,22%)
por gravidez. A incidência de fungo foi 0,26% (n=7) e de vazamento
0,38% (n=10). Os pacientes apresentaram perda significativa de
peso, com IMC final (28,83 ± 4,68 kg/m2), significativamente menor
que o IMC inicial (36,41 ± 5,6 kg/m²) (p<0,0001). A redução média
Resumo
As lesões duodenais são desafiadoras pela heterogeneidade,
localização tecnicamente mais difícil para o endoscopista e pelo maior
risco de sangramento. Ressecções endoscópicas por mucosectomia
e dissecção submucosa podem ser realizadas, no entanto a literatura
mostra maior taxa de complicações relacionadas à localização.
Objetivo: Analisar mucosectomias endoscópicas duodenais
realizadas no CDG -HCFMUSP. Métodos: Estudo retrospectivo
através de dados de prontuários de pacientes submetidos ao
procedimento no período entre 2006 e julho/2014. Resultados:
Foram avaliados 16 pacientes, e um total de 18 mucosectomias
duodenais. A idade média dos pacientes foi de 54,8 anos, sendo
56% do sexo masculino e 44% feminino. Apenas 22% das
endoscopias foram realizadas sob assistência anestésica, sendo as
demais com sedação consciente, administrada por 2 endoscopistas.
Cromoscopia com índigo carmin a 0,8% foi utilizada para realçar a
lesão em 33% dos exames. Quanto à localização: 50% no bulbo;
44% na segunda porção e 6% na transição para segunda porção.
A maioria (50%) das lesões foi classificada como plano-elevada
(IIa), e os tamanhos variaram entre 3 e 25mm (média 9,3mm).
Em relação à técnica, em dois pacientes, foi optado pela ligadura
elástica seguida de mucosectomia; e 95% dos procedimentos
injetaram solução salina para elevação da lesão. Como complicação
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
imediata, três procedimentos (16%) apresentaram sangramento,
graus, sendo mais da metade dos casos com grau C e D de Los
sendo realizada hemostasia com hemoclipe, com bom aspecto final.
Angeles. Observaram-se,também, complicações como estenose
Nenhum dos casos necessitou internação ou intervenção cirúrgica.
péptica e esôfago de Barrett em cerca de 37 % dos casos. O principal
No estudo anátomo-patológico das lesões, o achado mais frequente
achado manométrico foi a aperistalse dos 2/3 inferiores do corpo
foi adenoma (33%), cujas margens foram livres em todos, seguido
em 100% dos complexos de deglutição estudados. Conclusão:
por tumor neuroendócrino grau 1 e hiperplasia de glândulas de
a maioria dos pacientes com doença do colágeno apresentam um
Brunner. Conclusão: A mucosectomia endoscópica no duodeno é
comprometimento típico da doença do refluxo gastroesofágico,
um método indicado na ressecção de lesões adenomatosas. Estudos
com sintomas relacionados e alta prevalência de esofagite erosiva
com amostras maiores são necessários para estabelecer taxa de
endoscópica. As anormalidades referentes à motilidade esofágica
sucesso e complicações do procedimento.
são confirmadas pela manometria, com acometimento esofágico
predominante e mais intenso nos pacientes com esclerose sistêmica
ANÁLISE DO ESTUDO ENDOSCÓPICO
E MANOMÉTRICO DO ESÔFAGO
EM PACIENTES PORTADORES DE
DOENÇAS DO COLÁGENO
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores: Juliano Vanz / HSPE-SP; Luiz Henrique de Souza
Fontes / HSPE-SP; Renato Luz Carvalho / HSPE-SP; José
Francisco de M. Farah / HSPE-SP; Eli Kahan Foigel / HSPESP.
progressiva .
BYPASS GASTROJEJUNAL
CALIBRADO ASSOCIADO À OCLUSÃO
DO PILORO UTILIZANDO-SE NOTES ESTUDO PILOTO
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Resumo
Autores: Kiyoshi Hashiba / HSL; Horus Antony Brasil / HSL;
Jorge C Cassab / HSL; Fernando Pavinato Marson / HSL;
Pablo Rodrigo de Siqueira / HSL; Ricardo Z Abdalla / HSL;
Márcia Tatianna Fernandes Pereira / HSL.
Racional: As doenças difusas do tecido conjuntivo afetam vários
Resumo
sistemas orgânicos, inclusive o digestório, sendo o esôfago o órgão
mais comprometido. Neste, as principais manifestações clínicas
Introdução: É apresentado uma técnica de bypass realizado por
estão associadas a DRGE e variam em intensidade e frequência.
NOTES que usa um enteroscópio inserido no jejuno de forma a
Objetivo: Estabelecer de forma mais consistente, por intermédio
calibrar o grau de desabsorção. O bypass pode ser criado por duas
de um interrogatório clínico , dos exames de endoscopia digestiva
técnicas: uso de stapler ou colocação de endoprótese metálica.
alta (EDA) e manometria o conjunto e frequência das alterações
Material e método: 8 porcos da raçaminipig BR com peso
esofagianas observadas na esclerose sistêmica progressiva,
de aproximadamente 30 kg foram usados, após anestesia com
artrite reumatóide, dermatomiosite, lúpus eritematoso sistêmico e
enfluorane e midazolan. Dois aparelhos foram empregados ao mesmo
Síndrome de Sjögren. Pacientes e Método: Foram avaliados
tempo. Inicia-se confeccionando uma gastrostomia pela técnica
retrospectivamente 52 pacientes, no intervalo de janeiro de 2008 a
proposta por Hashiba1 utilizando-se um trocar de 12mm. A seguir
fevereiro de 2014, com idade média de 55,6 anos (36 a 77 anos).
realiza-se uma mucosectomia de 1 cm de diâmetro no antro médio
Deste total, 28 apresentavam esclerose sistêmica progressiva, 11
que será usada para perfuração gástrica. Depois, um enteroscópio
artrite reumatóide, 9 lúpus eritematoso sistêmico, 1 Síndrome de
é inserido pela gastrostomia e introduzido no piloro controlando-se
Sjogren e 3 dermatomiosite. Todos foram submetidos, a estudo
o nível exato de inserção pela escala do enteroscópio. Esta será a
manométrico do esôfago e a endoscopia digestiva alta com aparelho
alça desfuncionalizada. A seguir completa-se a perfuração gástrica
convencional . Resultados: O estudo revelou elevada prevalência
na mucosectomia e o gastroscópio penetra na cavidade peritoneal
de sintomas relacionados ao esôfago nas cinco doenças investigadas,
e procura a alça iluminada pela luz do enteroscópio. Esta alça é
cerca de 74,2%, sendo a pirose (92,6%) e a regurgitação (81,5%)
tracionada com uma pinça e trazida para a luz gástrica sendo fixada
os mais encontrados, seguidos da disfagia (66,6%). Cerca de
através de 8 suturas com dispositivos em T (T-tags) como descrito
88,8% dos pacientes apresentaram esofagite erosiva em variados
anteriormente2. A alça jejunal é aberta com um papilótomo em
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
203
A nais
204
estilete. Para a manutenção da abertura anastomótica, duas técnicas
foram usadas: sutura com stapler 45 mm inserido pela gastrostomia
(GRUPO A) e o uso de endoprótese metálica de 2 cm de diâmetro
(GRUPO B). O procedimento termina com o fechamento do piloro
por pontos de T-tag após realizar-se mucosectomia. Resultados:
O controle pós-operatório por endoscopia realizado após 2
semanas revelou uma anastomose ampla com cerca de 2 cm. Foi
possível penetrar-se em ambas as alças aferente e eferente. O piloro
encontrava-se parcialmente fechado. À avaliação post-morten,
poucas aderência foram achadas no peritôneo visceral próximo a
anastomose e, a anastomose encontrava-se pérvea, cicatrizada e
íntegra. Conclusão: Esta técnica realizada por NOTES, mostrou-se
possível em modelos animais, mas deve ser aperfeiçoada e no futuro
poderá ser considerada para o tratamento de obesidade em casos
selecionados. Mais estudos a longo prazo e com maior casuística
são necessários para confirmar estes resultados. Referências:
1-Hashiba, K. Endoscopicgastrostomy. Endoscopy,1987;19:23-4
2-Hashiba K, Siqueira PR, Brasil HA, et al., Endoscopictreatment for
gastricperforationusing t-TAG and a plasticprotectionchamber: a shorttermsurvivalstudyArqGastroenterol. 2011 Apr-Jun;48(2):159-62.
COMPLICAÇÕES A LONGO PRAZO
DA PRÓTESE METÁLICA AUTOEXPANSÍVEL EM PACIENTES COM
CÂNCER DE ESÔFAGO AVANÇADO
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores: Bruno da Costa Martins / ICESP; Maria Sylvia
Ierardi Ribeiro / ICESP; Carla Cristina Gusmon / ICESP;
Matheus Cavalcante Franco / ICESP; Ricardo Sato Uemura /
ICESP; Adriana Vaz Safatle-Ribeiro / ICESP; Ulysses Ribeiro
Jr / ICESP; Fauze Maluf-Filho / ICESP.
Resumo
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Paulo. Foram incluídos neste estudo os pacientes com seguimento
maior que 180 dias. Resultados: Dos 145 pacientes contidos no
banco de dados, 32 foram selecionados por preencher os critérios de
inclusão. Houve predomínio do sexo masculino (78,1%), com média
de idade de 60 anos e com carcinoma espinocelular (78,1%). As
lesões foram localizadas principalmente no esôfago médio (53,1%).
Vinte e nove próteses foram parcialmente cobertas (90,6%), e três
completamente cobertas (9,4%). Vinte e dois (68,7%) pacientes
receberam quimioterapia e/ou radioterapia previamente, e 26 (81,2%)
posteriormente à inserção da PMAE. Complicações ocorreram em
20 pacientes (62,5%), sendo: migração (n = 9), overgrowth (n =
8), ingrowth (n = 4), fístula (n = 3), infecção pulmonar (n = 2),
impactação alimentar (n = 2), DRGE (n = 1), hemorragia (n = 1) e
dor intratável (n = 1). A maioria das complicações pode ser tratada
endoscopicamente. Complicações fatais ocorreram em 2 (6,2%)
pacientes: um por sangramento e outro por infecção pulmonar.
A mediana de sobrevida após a prótese foi de 305 dias (variando
de 182-630 dias). Uma média de 0,9 procedimentos por paciente
(variação de 0-10) foram realizados para manter a permeabilidade
da prótese. Ao final do acompanhamento, 20 pacientes ainda
mantinham a funcionalidade da PMAE, enquanto que os 12
restantes tinham retirado a prótese ou recebido sonda nasogástrica.
Conclusão: O uso de PMAE em pacientes com câncer de esôfago
avançado com sobrevida maior que 6 meses está associado a altas
taxas de complicações. A maioria das complicações pode ser tratada
endoscopicamente.
DISSECÇÃO ENDOSCÓPICA
SUBMUCOSA NO TRATAMENTO DAS
NEOPLASIAS GÁSTRICAS PRECOCES:
EXPERIÊNCIA DO GASTROCENTRO/
UNICAMP
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Introdução: Prótese metálica auto-expansível (PMAE) é
considerada o melhor tratamento paliativo para disfagia dos
pacientes com câncer de esôfago avançado. As complicações desta
conduta podem ser graves, especialmente em pacientes com melhor
prognóstico e maior sobrevida. Objetivo: Avaliar a prevalência de
complicações relacionadas com a PMAE no acompanhamento de
pacientes com câncer de esôfago avançado que sobreviveram mais
de 6 meses. Métodos: Realizada análise retrospectiva de um banco
de dados coletado prospectivamente de pacientes com câncer de
esôfago avançado, submetidos a passagem de PMAE de fevereiro de
2009 a dezembro de 2012, no Instituto do Câncer do Estado de São
Autores: José Olympio Meirelles dos Santos / UNICAMP;
Letícia Stahelin / UNICAMP; Nelson Miyajima / FMUSP;
Alexsandro Sordi Libardoni / UNICAMP; Rita Barbosa
de Carvalho / UNICAMP; José Antônio Possatto Ferrer
/ UNICAMP; Ciro Garcia Montes / UNICAMP; Drausio
Jeferson de Morais / UNICAMP.
Resumo
Introdução: A dissecção endoscópica submucosa (DES) é
uma técnica desenvolvida no Japão para ressecção em bloco
de lesões maiores. É utilizada tanto com objetivo curativo as-
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
sim como para avaliação histopatológica completa da lesão.
Resumo
Possui baixa recorrência se comparada com a mucosectomia
para lesões maiores do que 2 cm e deve ser realizada em centros especializados por ser considerada tecnicamente difícil.
Objetivos: Relatar a experiência do Gastrocentro-Unicamp
abordando a exequibilidade e complicações no tratamento
das lesões neoplásicas gástricas por DES. Materiais e métodos: Os critérios de indicação para ressecção foram baseados no guideline da associação japonesa de câncer gástrico.
O acompanhamento foi realizado com exames endoscópicos
após 30, 90 e 180 dias no primeiro ano e uma vez por ano
após. Resultados: Entre setembro de 2010 a julho de 2014,
28 pacientes foram submetidos à DES gástrica. A idade média foi de 67,1 anos (45 a 88 anos), 14 do sexo masculino. O
tamanho médio das lesões foi de 30,6 mm, variando de 15 a
55 mm. A duração média do procedimento foi 120,7 min (60 a
240 min). A ressecção em bloco foi realizada em 27 pacientes
(96,4%). Como complicações ocorreram uma subestenose,
um sangramento no oitavo PO e uma perfuração. Todos tratados endoscopicamente com sucesso. O diagnóstico histopatológico pós DES evidenciou: adenoma com displasia de baixo
grau (n=2), adenoma com displasia de alto grau (n=8), tumor
neuroendócrino (n=2). Dos adenocarcinomas bem diferenciados (M1=2, M2=4, M3=6, SM1=3), sendo duas lesões
M3 com invasão vascular e uma M2 com margem focalmente acometida. Um adenocarcinoma pouco diferenciado Sm1
com invasão vascular foi diagnosticado pós DES. A taxa de
cura foi de 85,7% (n=24). Nestes pacientes, não foi detectado
Introdução: A dissecção endoscópica submucosa (DES)
possiblita ressecção em bloco de lesões, além de possibilitar melhor
avaliação histopatológica. Os tumores neuroendócrinos (TNE) são
diagnosticados frequentemente em estágios precoces (limitados
a mucosa e submucosa), com baixa frequência de metástases
linfonodais e à distancia, permitindo o tratamento endoscópico. A
ressecção endoscópica é o tratamento de escolha para TNE do tipo I
maiores que 1cm, em número menor ou igual a 6 que não ultrapassam
a submucosa, sendo a DES indicada para lesões maiores que 2cm.
Objetivos: Relatar a experiência do serviço no tratamento destas
lesões por DES. Materiais e métodos: Foi indicado DES para TNE
do tipo I maiores ou iguais a 2,0 cm. Resultados: Entre setembro
de 2010 a julho de 2014, 28 pacientes foram submetidos à DES
gástrico no Gastrocentro-Unicamp, sendo 2 destes portadores de
TNE. Pacientes do sexo feminino, com idades de 45 e 65 anos (Asa I
e II) submetidas a ultrassonografia endoscópica e octreotídeo 99-TC.
Uma lesão encontrava-se na pequena curvatura e outra na parede
anterior, ambas em corpo gástrico e apresentavam 20x20mm cada.
A duração do procedimento foi de 70 e 80 minutos respectivamente.
Quanto ao diagnóstico histopatológico pós DES: TNE com invasão
ao nível da submucosa profunda (SM3), Ki67 de 2% e margens
livres em ambos os casos. Não ocorreram complicações. Seguimento
endoscópico após 180 dias de uma das pacientes mostrou cicatriz.
Conclusão: A DES possibilitou avaliação histológica completa dos
espécimes e cura dos casos, ausência de recidiva endoscópica ou
complicações sendo a DES uma boa opção terapêutica.
recidiva local em seguimento médio de 17,3 meses. Conclusão: A DES possibilitou adequada avaliação histopatológica
das espécimes assim como ressecção curativa na maioria dos
casos. A ausência de recidiva endoscópica e o baixo índice
de complicações demonstra que este procedimento pode ser
realizado com segurança em centros especializados.
DISSECÇÃO SUBMUCOSA PARA
O TRATAMENTO DE TUMOR
NEUROENDÓCRINO GÁSTRICO
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores: José Antonio Possatto Ferrer / UNICAMP; Letícia
Stahelin / UNICAMP; Priscila Andrade Santana / UNICAMP;
Nelson Myagima / UNICAMP; Fábio Guerrazzi / UNICAMP;
Cristiane Kibuno Nagasako Cruz / UNICAMP; Rita Barbosa
de Carvalho / UNICAMP; José Olympio Meirelles dos Santos
/ UNICAMP.
EFICÁCIA DO BALÃO INTRAGÁSTRICO
NO PREPARO DO PACIENTE PRÉBARIÁTRICO
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores: Bruno Queiroz Sander / Clínica Sander; Gabriel
Cairo Nunes / Clínica Ultranutri; Jimi Izaques Bifi Scarparo
/ Balão BIB; Ricardo José Fittipaldi-Fernandez / Endogastro
Med service; Ricardo Anuar Dib / Hospital Ipiranga; Manoel
Galvão Neto / Gastro Obeso Centro.
Resumo
Introdução: É bem definido que a perda de pelo menos
10 % do peso inicial ou de 25 % do excesso de peso no préoperatório de cirurgia bariátrica, melhora significativamente as
comorbidades de pacientes obesos mórbidos. Dietas e exercícios
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
205
A nais
acarretam risco virtualmente nulo, porém invariavelmente
fracassam a médio e longo prazo. O emprego da farmacoterapia
pode promover discreta perda de peso, mas acarreta um risco
maior para o paciente pelos possíveis efeitos colaterais dos
diversos medicamentos. Altas taxas de insucesso (entre 90
e 98%) têm sido relatadas na literatura. comas elevadas taxas
de insucessos das terapias menos invasivas faz-se necessário
a utilização de novas técnicas no preparo desses pacientes.
Uma opção considerável é a utilização do balão intragástrico
(BIG). Objetivo: O objetivo desse trabalho é avaliar a perda de
peso induzida pelo balão gástrico no pré-operatório da cirurgia
bariátrica. Métodos: Trabalho retrospectivo de pacientes de
clínicas de São Paulo e Belo Horizonte. Foram avaliados todos
os pacientes com o IMC maior que 45 kg/m² que optaram
em colocar o BIG para perda de peso antes da realização da
cirurgia bariátrica entre Janeiro de 2008 a Julho de 2014 e que
permaneceram com o BIG pelo tempo determinado (06 meses).
206
Dos 76 pacientes, 47 (61,84 %) eram do sexo feminino e 29
(38,15%) masculino. Todos os participantes eram maiores de 18
anos. Resultados: O peso inicial médio inicial destes pacientes
foi de 143kg (+25,70), sendo que o IMC inicial foi de 50,52kg/
m² (+7,86). Após a retirada do BIG o peso final médio foi de
111,2kg (+17,5), com o IMC final de 42,49kg/m² (+6,68). A
perda de peso durante o período do tratamento, em média, foi
de 25,3kg (+12,7), o que representou 17,4% (+00,6) do peso
inicial. Desta forma verificamos uma perda de 31,86% (+9,65) do
excesso de peso inicial e um IMC final de 42,49kg/m² (+6,68)
após os seis meses de uso do BIG. Os valores entre parênteses
correspondem ao desvio padrão. Conclusão: Observamos
que houve uma perda de peso média de 25,3 kg e de 31,86
% do excesso de peso, reduzindo consideravelmente os valores
de IMC dos pacientes. A redução de ao menos 10 % do peso
inicial ou de 25 % do excesso de peso foi atingida em 100 % dos
pacientes. Desta forma concluímos que o BIG é uma excelente
opção terapêutica para a perda de peso para pacientes obesos
mórbidos que serão submetidos à cirurgia bariátrica.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Tomio Miyajima / HCFMUSP; Mariana Iennaco de Siqueira
Campos / HCFMUSP; Vinicius Leite de Castro / HCFMUSP;
Paulo Sakai / HCFMUSP; Eduardo Guimarães Hourneaux de
Moura / HCFMUSP.
Resumo
Introdução: A Dissecção Endoscópica da Submucosa (ESD) foi
desenvolvida no Japão, sendo atualmente considerada padrão ouro
para tratamento de câncer gástrico precoce (CGP). Objetivo: Avaliar a evolução tardia dos pacientes tratados com ESD, bem como se
há evidência estatisticamente significante entre o resultado do procedimento executado por médicos brasileiros e japoneses. Casuística: Foram incluídos no estudo 60 pacientes submetidos a ESD
gástrico de março de 2005 a agosto de 2013, levantados nos nossos
sistemas de arquivo. 34 procedimentos foram realizados por médicos
da equipe de Endoscopia do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e 26 pacientes
foram submetidos ao procedimento realizado por médicos japoneses
convidados durante os Cursos Internacionais de Endoscopia promovidos anualmente pelo setor. Método: Foram avaliados retrospectivamente idade, sexo, localização da lesão, tipo da lesão, extensão,
histologia da lesão, ressecção R0 e monobloco, e a evolução tardia
dos pacientes. Resultado: Dos brasileiros, foram 25 (73%) ressecções em monobloco, versus 24 (92%) dos japoneses. Quanto
às complicações, houve 1 (3%) perfuração no grupo brasileiro e 1
(3,8%) sangramento no grupo japonês, todos de resolução endoscópica com sucesso. No grupo tratado pelos brasileiros, quanto às
margens, 5 laterais (14,7%) e 1 (3%) profunda foram comprometidas,
porém sem repercussão na evolução do paciente. Pelos japoneses, 3
(11,5%) margens laterais e 1 (3%) profunda foram comprometidas.
Quanto às recidivas, 7 (26%) nos tratados pelos brasileiros e 6 (46%)
pelos japoneses. Quanto ao seguimento tardio, 7 (20,5%) do grupo
tratado pelos brasileiros (20,5%) perderam seguimento. Dos pacientes contactados, 26 (96,2%) estão se mantendo livres de doença e
1 (3,7%) faleceu em decorrência da progressão da doença. Entre
os pacientes dos japoneses, 8 (30,7%) perderam seguimento. Dos
pacientes contactados, 15 (83,3%) estão livres de doença, e 3 fale-
ESD EM CÂNCER GÁSTRICO
PRECOCE: COMPARAÇÃO DE
RESULTADOS ENTRE JAPONESES E
BRASILEIROS
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores: Débora Vieira Albers / HCFMUSP; Dalton Marques
Chaves / HCFMUSP; Elisa Ryoka Baba / HCFMUSP; Nelson
ceram, sendo 2 (22,2%) falecimentos relacionados à doença. Conclusão: Os brasileiros apresentaram desempenho e resultados sem
diferença estatisticamente significante em relação aos japoneses. O
seguimento a longo prazo dos pacientes tratados demonstra número
significativo de pacientes livres de doença com sucesso semelhante do procedimento quando executado tanto por brasileiros quanto
pelos japoneses.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
EVOLUÇÃO DO ESÔFAGO DE
BARRETT E RASTREAMENTO
ENDOSCÓPICO DE DISPLASIA E
ADENOCARCINOMA ESOFÁGICO NO
SERVIÇO DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA
DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
CAMPINAS – GASTROCENTRO –
UNICAMP
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores: Lucas Marques de Faria / UNICAMP; José Antonio
Possatto Ferrer / UNICAMP; Alexsandro Sordi Libardoni /
UNICAMP; Ingrid Neves dos Santos / UNICAMP; Nelson
Adami Andreollo / UNICAMP; Ciro Garcia Montes /
UNICAMP; Drausio Jeferson de Morais / UNICAMP; José
Olympio Meirelles dos Santos / UNICAMP.
Resumo
displasia no seguimento de 18 meses; 1 submetido a esofagectomia
evoluindo com metástase pulmonar e óbito. Conclusão: Nesta
casuística o rastreio de displasia/adenocarcinoma de esôfago
mostrou-se efetivo nos pacientes portadores de DBG no diagnóstico
precoce de alterações displásicas possibilitando manejo/seguimento
específico individualizado. O diagnóstico precoce do AE no EB
possibilitou tratamento endoscópico curativo em 2 dos 4 pacientes,
demonstrando a importância do seguimento nos pacientes com
displasia.
FATORES DE RISCO DE MIGRAÇÃO
DE PRÓTESE METÁLICA
AUTOEXPANSÍVEL EM PACIENTES
COM CÂNCER DE ESÔFAGO
AVANÇADO
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Introdução: O Esôfago de Barrett (EB) é uma condição em que
epitélio colunar metaplásico com células caliciformes substitui
o epitélio escamoso estratificado. Sua relação causal com a
predisposição do adenocarcinoma esofágico (AE) é conhecida.
Objetivos: Avaliar prevalência de displasia e adenocarcinoma,
evolução e fatores de risco dos pacientes com EB seguidos no
Gastrocentro. Casuística: Entre janeiro de 2009 a julho de 2014
duzentos e oitenta e sete pacientes diagnosticados com EB foram
seguidos. Métodos: Análise retrospectiva através de banco de
dados da anatomia-patológica e análise individual dos prontuários
com tempo de evolução/seguimento e fatores de risco associados.
Resultados: 19 pacientes diagnosticados com displasia baixo grau
(DBG), 2 com displasia de alto grau (DAG) e 4 com AE. Quanto
a dados clínicos dos grupos DBG, DAG e AE respectivamente:
idade (66,1, 47,5 e 68,25 anos), sexo (10 masculino; 1 masculino
e 4 masculino). Quanto aos fatores de risco: tabagismo (10, 1 e 4
pacientes), alcoolismo (3, 1 e 4 pacientes), tempo de doença (58,3; 39
e 11,7 meses). Quanto aos achados endoscópicos dos grupos DBG,
DAG e AE respectivamente: extensão do Barrett (3,18cm, 6,5cm e
3,5cm), hérnia hiatal (13, 1 e 3 pacientes). Dos 19 pacientes com
DBG, 14 não apresentaram displasia ao seguimento; 3 mantiveram
DBG, 1 evoluiu com DAG tratado com sucesso com argônio sem
displasia no seguimento de 25 meses e 1 perdeu seguimento. Dos 2
pacientes com DAG, um evoluiu com ausência de displasia e o outro
com AE tratado com QTX e RTX. Dos 04 pacientes com AE 3 foram
submetidos a tratamento endoscópico: mucosectomias (2) sem
displasia no seguimento de 21 e 41 meses; dissecção endoscópica
submucosa (1) com recidiva tratada com QTX e RTX evoluindo sem
Autores: Juliana Trazzi Rios / ICESP; Maria Sylvia Ierardi
Ribeiro / ICESP; Bruno Costa Martins / ICESP; Adriana Vaz
Safatle-Ribeiro / ICESP; Marcelo Simas Lima / ICESP; Felipe
Alves Retes / ICESP; Ulysses Ribeiro Junior / ICESP; Fauze
Maluf-Filho / ICESP.
Resumo
Introdução: A migração é uma das complicações mais comuns
após a colocação de prótese metálica autoexpansível como
tratamento paliativo da disfagia em pacientes com neoplasia de
esôfago inoperável. Sua ocorrência é de 36% dos casos, sendo de
grande utilidade reconhecer os fatores de risco associados a essas
complicações, podendo assim ser tomadas medidas preventivas
para evitá-las. Objetivo: Identificar os fatores de risco de migração
da prótese metálica autoexpansível colocada em área de câncer
de esôfago avançado.Métodos: de 2009 a 2012, pacientes com
neoplasia avançada de esôfago submetidos à colocação de prótese
metálica autoexpansível foram acompanhados prospectivamente,
os dados foram coletados para avaliação dos fatores de risco
associados à migração da prótese metálica autoexpansível. Pacientes
com menos de 1 mês de seguimento foram excluídos do estudo.
Resultados: Um total de 145 pacientes, com idade média de 63
anos (DP±10) e predominância do sexo masculino (79,3%) foram
incluídos no estudo.A histologia mais comum foi o carcinoma de
células escamosas (109 casos, 75%), seguido pelo adenocarcinoma
(24 casos, 16,5%) e câncer extra-esofágico (12 casos, 8,5%).A
lesão foi localizada no terço distal do esôfago em 54 (37,2%), no
terço médio do esôfago em 70 (48,3%) e no esôfago proximal em
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
207
A nais
21 (14,5%) pacientes. O comprimento médio dos tumores foi de 7,5
centímetros (DP=±2,8cm). 59 (40,7%) pacientes receberam quimio
e radioterapia previamente e 13 (9,0%) posteriormente a colocação
da prótese metálica autoexpansível.Foram colocadas próteses
metálicas autoexpansíveis parcialmente revestidas em 135 (93%)
pacientes e totalmente revestidas em 10 (7%) pacientes. Evolução
dos pacientes com utilização de prótese metálica autoexpansível
(n=69, 47,5%), Hanaro (n=44, 30,3%), Endoflex (n=13, 9%), Wallflex
(n=12, 8,2%), PLASTIMED (n=6, 4,2%) e Ultraflex (n=1, 0,8%).
Após um tempo médio de acompanhamento de 156 dias (variação:
31-630 dias), a taxa de migração foi de 13,1% (19 pacientes, variação:
1-323 dias). A taxa média de sobrevida após o procedimento foi
de 146 dias (DP±137). A análise univariada mostrou que prótese
metálica autoexpansível totalmente revestida (p=0,049) e prótese
metálica autoexpansível com diâmetro menor de 20 mm (p=0,004)
foram significativamente associados com maior taxa de migração.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
na SM da parede lateral esquerda do esôfago, incisão de 1cm na
mucosa e confecção de túnel na SM 8cm acima e 2cm abaixo do
EIE. Cap adaptado ao aparelho. Uso de corrente de corte na SM e
coagulação para miotomia. ME das fibras circulares do esôfago distal
por 6cm, mais 2cm no estômago, totalizando 8cm. Síntese da mucosa
com clipes. Procedimentos realizados no setor de endoscopia,
sedação por midazolam e fentanil, complementação com propofol e
O2 por cateter nasal. Antibioticoterapia por 3 dias e alta hospitalar com
dieta pastosa no 4º DPO. Resultados: de 08/08/11 até o presente
100 pacientes foram submetidos a ME. Houve melhora da disfagia
(Eckhardt<3) em 95(95%) e permanência da disfagia (Eckhardt
>3) em 5(5%): 3 receberam ME bilateral, 1 dilatação com balão e
outro aguarda ME. Complicações: enfisema cervical em 14(14%),
pneumotórax em 3(3%), sangramento em 1(1%). Conclusão: ME
é o NOTES com potencial para tornar-se primeira opção terapêutica
na acalasia.
Conclusão: Prótese metálica autoexpansível totalmente recoberta
208
e prótese metálica autoexpansível com diâmetro menor que 20 mm
estão associados com maior taxa de migração.
MIOTOMIA ENDOSCÓPICA (ME)
PARA TRATAMENTO DA ACALASIA EXPERIÊNCIA DE 100 CASOS
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores: Antonio Carlos Coelho Conrado / Hospital da
Restauração - Recife,PE; Júlia Corrêa de Araújo / Hospital
da Restauração - Recife,PE; Cláudia Cristina de Sá / Instituto
do Fígado de Pernambuco - Recife, PE; Maria da Glória Melo
Cavalcanti / Procape/UPE - Recife,PE; Lígia Almeida Carlos
Diniz / Hospital da Restauração - Recife, PE; Antônio Marcial
de Alencar / Hospital da Restauração - Recife, PE; Camila
de Oliveira Ramalho / Hospital da Restauração - Recife, PE;
Admar Borges da Costa Junior / Hospital da Restauração Recife, PE.
Resumo
Introdução: Acalasia é distúrbio motor que afeta o esfíncter inferior
do esôfago (EIE). O tratamento padrão é a miotomia a Heller. Nova
técnica endoscópica tem sido empregada com sucesso, nela o EIE é
seccionado através de túnel na submucosa (SM). Objetivo: Avaliar
melhora clínica de 100 pacientes, submetidos a ME. Método: Os
pacientes foram submetidos à avaliação clínica (escore de Echardt),
manométrica, radiológica e EDA antes e 3 meses após. Técnica:
Injeção de hialuronato de sódio 0,4%, manitol 20% e azul de metileno
MUCOSECTOMIAS GÁSTRICAS:
RESULTADOS e COMPLICAÇÕES EXPERIÊNCIA DO CENTRO
DE DIAGNÓSTICO EM
GASTROENTEROLOGIA DO HCFMUSP
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores: Lorena Pithon Lins / HCFMUSP; Rafael Gonzaga
Nahoum / HCFMUSP; Renata dos Santos Lugão / HCFMUSP;
Jamile Rosário Kalil / HCFMUSP; Leandro Ferreira Ottoni /
HCFMUSP; Vitor de Sousa Medeiros / HCFMUSP; Cláudio
Lyoiti Hashimoto / HCFMUSP.
Resumo
A ressecção endoscópica gástrica constitui uma alternativa à
cirurgia para lesões displásicas e para o câncer gástrico precoce. As
técnicas disponíveis atualmente são a mucosectomia e a dissecção
submucosa, ambas requerendo habilidade e experiência do
endoscopista para obtenção de melhor taxa de sucesso e menos
complicações. Objetivo: Analisar as mucosectomias gástricas
realizadas no CDG - HCFMUSP. Métodos: Estudo retrospectivo
através de dados de prontuários dos pacientes submetidos a
mucosectomia endoscópica no estômago, no período entre 2006 e
julho/2014. Resultados: Foram estudados 23 pacientes, sendo 14
mulheres (61%) e 9 homens (39%), com idade média de 61,3 anos.
Foram realizadas 29 mucosectomias ao longo do período avaliado.
Apenas 17% das endoscopias foram realizadas sob assistência
anestésica, sendo as demais com sedação consciente, administrada
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
por dois endoscopistas. Cromoscopia com índigo carmin a 0,8%
foi utilizada para realçar a lesão em 55% dos exames. Quanto à
localização: 45% no corpo; 41% no antro; 10% no fundo; 4% no
cárdia. A maioria (48%) das lesões foi classificada como pólipo séssil
(Is) e os tamanhos variaram entre 4 e 25mm (média 11,5mm). Em
relação à técnica, 65% dos procedimentos injetaram solução salina
para elevação da lesão, sendo utilizado também solução salina
com adrenalina ou manitol com índigo carmin em alguns casos.
A maior parte das mucosectomias apresentou bom aspecto final,
com ressecção em fragmento único, sendo 20% ressecados em
piece meal. Como complicação imediata, apenas um apresentou
sangramento, sendo realizada hemostasia com injeção de adrenalina
e colocação de hemoclipe. Nenhum dos casos necessitou internação
ou intervenção cirúrgica. No estudo anátomo-patológico das lesões,
os achados mais frequentes foram os adenomas (38%), seguidos
por hiperplásico (24%); tumor neuroendócrino grau 1 (17%), além
de um caso de adenocarcinoma bem diferenciado, ressecado com
margens livres. Conclusão: A mucosectomia endoscópica gástrica,
realizada por endoscopistas experientes, é uma técnica segura
e eficaz, sendo indicada nas lesões adenomatosas e até mesmo
nos carcinomas limitados à mucosa, e pode atingir a cura sem
necessidade de intervenção cirúrgica.
RESSECÇÃO TOTAL DE PAREDE
GÁSTRICA POR VIA ENDOSCÓPICA –
ESTUDO EXPERIMENTAL
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores: Kiyoshi Hashiba / HSL; Horus Antony Brasil / HSL;
Fernando Pavinato Marson / HSL; Pablo Rodrigo de Siqueira
/ HSL; Andre M Wada / HSL; Márcia Tatianna Fernandes
Pereira / HSL.
Resumo
pelo nosso grupo1, utilizou-se um dispositivo adaptado a ponta do
endoscópio e foi confeccionado ponto de sutura até a muscular
própria ancorando a lesão e servindo para tração. Este fio foi
trazido até a boca do animal e protegido pela inserção de um tubo
plástico de 8 mm que serviu de guia para manipular e tracionar a
lesão. Após esta etapa inseriram-se dois pontos de sutura em U
na parede anterior do abdome ancorando o estômago a parede
abdominal como descrito na técnica de gastrostomia proposta por
Hashiba2. A seguir um trocar de 12 mm inserido na parede anterior
do antro completou a gastrostomia. A lesão foi tracionada pela sutura
protegida com o cateter plástico formando-se uma tenda de parede.
Um stapler linear de 45 mm foi passado pela gastrostomia e aplicado
transversalmente, ressecando um segmento completo de parede
juntamente com a lesão. Resultados: Quatro ressecções foram
realizadas em cada animal sendo duas no corpo e duas no antro. Os
espécimes foram retirados com alça de polipectomia e mediram em
média 12 cm2 no corpo e 10 cm2 no antro. Duas cargas foram usadas
por ressecção. A serosa foi bem evidenciada. Um sangramento
ocorreu, mas foi contido com clipe. O procedimento demorou cerca
de 1,5 horas em média. Conclusão: A RTPG parece ser factível,
segura e com baixo índice de complicações. Esta técnica poderia
ser aplicada em casos selecionados. Mais estudos a longo prazo e
com maior casuística se fazem necessários para validação destes
resultados Referências 1-Hashiba K, Siqueira PR, Brasil HA, et al.,
Endoscopic treatment for gastric perforation using t-TAG and a plastic
protection chamber: a short-term survival study ArqGastroenterol.
2011 Apr-Jun;48(2):159-62 2-Hashiba, K. Endoscopicgastrostomy.
Endoscopy,1987;19:23-4.
RESULTADOS DA DILATAÇÃO
ENDOSCÓPICA EM PACIENTES
COM ESTENOSE DA ANASTOMOSE
ESOFAGOGÁSTRICA
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Introdução: Alguns tipos de lesão gástrica, tais como
adenocarcinoma ou GIST são tratadas por ressecção local. Nestes
casos, uma camada ou a parede inteira do estômago é ressecada.
Às vezes este tratamento pode ser mais invasivo e demorado do
que quando feito por endoscopia. Objetivo: Avaliar a eficácia e
aplicabilidade da ressecção total de parede gástrica (RTPG) usando-
Autores: Matheus Cavalcante Franco / ICESP; Juliana
Trazzi Rios / ICESP; Bruno da Costa Martins / ICESP; Fabio
Shiguehissa Kawaguti / ICESP; Mauricio Paulin Sorbello
/ ICESP; Caterina Maria Pia Simione Pennacchi / ICESP;
Ricardo Sato Uemura / ICESP; Fauze Maluf-Filho / ICESP.
Resumo
se um dispositivo de grampeamento do tipo stapler inserido por uma
gastrostomia. Material e método: Três porcos da raça minipigBR
foram anestesiados com enfluorane e midazolan. Uma área foi
escolhida para simular uma lesão. Conforme relatado anteriormente
Introdução: A estenose da anastomose esofagogástrica é a
causa mais comum de disfagia após esofagectomia com esofagogastroplastia, por câncer de esôfago. Objetivo: Avaliar o re-
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
209
A nais
210
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
sultado da terapêutica endoscópica de dilatação para a estenose
alcançar bons resultados no tratamento e ,que a vigilância
da anastomose esofagogástrica. Método: Análise retrospectiva
endoscópica anual é importante para este propósito. Muitos
de banco de dados coletado prospectivamente de pacientes
regimes de biópsias foram propostos. Objetivo: Comparação
submetidos à esofagectomia subtotal por câncer e que evoluí-
na taxa de detecção de alterações pré cancerosas de muco-
ram com estenose da anastomose esofagogástrica, no Instituto
sa gástricas e neoplasias gástricas iniciais utilizando ambas
do Câncer do Estado de São Paulo. Resultados: de maio de
as biópsias randomizadas quanto as dirigidas com e sem azul
2010 a maio de 2014 foram incluídos 32 pacientes com disfagia,
de metileno. Método: Os pacientes serão submetidos ao
e estenose da anastomose esofagogástrica com mediana de 3
exame de endoscopia digestiva alta com luz branca primei-
meses após a cirurgia (variando de 0,5 a 19 meses). Oito (25%)
ramente e, serão colhidas biópsias dirigidas de alterações de
pacientes apresentaram fístula ou deiscência da anastomose no
mucosas. Após lavagem adequada do estômago, o mesmo
pós-operatório e depois evoluíram com estenose da anastomose.
será corado com azul de metileno e novas biópsias dirigidas
A estenose foi intransponível ao aparelho de 9,8 mm em 18 casos
serão colhidas. Após serão colhidas as biópsias randomiza-
(56%). Para a terapêutica com dilatação endoscópica utilizou-se
das (uma de cada quadrante da anastomose gastroenteral,
sonda termoplástica (Savary-Gilliard; Wilson-Cook Medical) em
uma da pequena curvatura, uma da grande curvatura e uma
17 (56%) casos, sonda termoplástica e balão hidrostático (TTS-
do cárdia). Critérios de exclusão: pacientes com lesões avan-
-CRE; Boston Scientific) em 14 (43%) casos, e apenas balão hi-
çadas no exame endoscópico.Critérios de inclusão: pacientes
drostático em 1 caso. O diâmetro máximo de 15 mm foi atingido
gastrectomizados por câncer gástrico e pacientes gastrec-
em 31 (96%) pacientes, com mediana de 5 sessões de dilatação
tomizados com reconstrução à Billroth II. Resultados: 37
por paciente (mínimo de 1; máximo de 25). Não houve compli-
pacientes sendo que 34 pacientes inclusos: tempo médio da
cações. Foram realizadas injeções de triancinolona em 22 (69%)
cirurgia para o exame foi de 14,45 anos. 20 pacientes foram
casos, com média de 2,1 sessões (mínimo de 1; máximo de 5),
operados por neoplasia, 12 por doença ulcerosa péptica e 1
retirada dos fios de sutura em 7 (22%), estenotomia em 2 (6%),
por Sd. de Zollinger-Ellison. 27 pacientes tiveram a reconstru-
e colocação de prótese auto-expansível em 1 caso. Sucesso tera-
ção do trânsito intestinal por Billroth II, 2 por Billroth I, 3 por Y
pêutico, definido como melhora clínica sem necessidade de no-
de Roux e 1 por Kenneth-Warren. Neoplasia (anel de sinete)
vas dilatações por período de pelo menos 6 meses, foi obtido em
foi encontrada em um paciente já no exame com luz bran-
28 (87,5%) pacientes. Conclusão: A maioria dos pacientes sub-
ca. 36% das biópsias randomizadas encontraram lesões ditas
metidos a esofagectomia e anastomose esofagogástrica quando
precursoras de neoplasias (metaplasia intestinal) e 0,8% das
evoluem com estenose sintomática o fazem nos primeiros meses
biópsias dirigidas.Houve associação anatomopatológica entre
após a operação. A dilatação endoscópica realizada com sonda
gastropatia alcalina e metaplasia intestinal e 17% das biópsias
ou balão, associada à injeção de corticoide de depósito, apresen-
com metaplasia inestinal foi encontrada na cárdia. Discus-
ta sucesso em mais de 80% dos pacientes.
são: Concluimos que o exame endoscópico minucioso em
pacientes gastrectomizados dispensa biópsias randomizadas
VIGILÂNCIA DE CÂNCER GÁSTRICO
COM BIÓPSIAS RANDOMIZADAS
VERSUS DIRECIONADAS EM
PACIENTES GASTRECTOMIZADOS
evitando procedimentos mais invasivos e exames mais demorados nesses pacientes.
Autores: Renata Arruda Passos Freire de Barros / ISCMSP;
Maurício Sab Assef / ISCMSP.
TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DE
MEMBRANA DUODENAL CONGÊNITA:
UMA SÉRIE DE CASOS
Resumo
Autores: Aline Gonçalves Lima / Santa Casa de São Paulo; Fabio
Estudos prévios demonstraram que a detecção precoce de
Barros / Santa Casa de São Paulo; Thomy Jun Ahn / Santa Casa de
câncer no coto gástrico após gastrectomia é essencial para
São Paulo; Wagner Valentino / Santa Casa de São Paulo.
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva pediátrica
Marioni / Santa Casa de São Paulo; Renata Arruda Passos Freire de
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Resumo
tica endoscópica nas afecções biliopancreáticas em pacientes
com anatomia gastrointestinal alterada. Contudo, intervenções
Introdução: A membrana duodenal apresenta-se como patologia rara, ocorrendo entre 1:16000 a 1:20000 nascimentos. Os
sintomas são variados já que a obstrução é incompleta, retardando o diagnóstico. Objetivo: Apresentar uma série de casos de
tratamento endoscópico em recém-nascidos e lactentes, com
baixos índices de complicações e alta taxa de sucesso. Resultados: Apresentamos quatro pacientes de ambos os sexos, com
idade no momento do diagnóstico, variando entre 8 e 50 dias.
Os principais sintomas, dentre os indivíduos analisados, foi a presença de vômitos e desnutrição. Todos os pacientes possuíam
suspeita clínica e radiológica de membrana duodenal congênita.
Diagnosticados como portadores desta patologia localizada em
segunda porção duodenal, em região proximal a papila. Sendo
submetidos entre 2 e 3 sessões de dilatação com balão hidrostático, de diâmetros variando entre 8 e 15mm. comausência de
complicações inerentes ao método aplicado. Apresentando após
o final do tratamento calibre duodenal compatível com a normalidade para a idade e ausência de sintomas relacionados, corroborando os dados encontrados na literatura mundial. Conclusão:
O tratamento endoscópico das membranas duodenais têm sido
um procedimento seguro que pode ser uma alternativa eficaz e
menos invasiva comparando-se a cirurgia.
endoscópicas através da EAB nestes pacientes, tais como a
canulação da via biliar, são tecnicamente difíceis, em decorrência
da falta do elevador no aparelho e da necessidade de acessórios longos (Fähndrich et al., Z Gastroenterol 2008; Koshitani et
al., World J Gastroenterol 2012). Objetivo: Avaliar a eficácia da
CPRE assistida por enteroscopia de balão único (CPRE-EBU),
com overtube modificado, em pacientes com anatomia alterada.
Métodos: Dez pacientes com idade entre 41 e 80 anos, sendo
6 homens e 4 mulheres, foram submetidos a 11 procedimentos de CPRE-EBU, no período de abril/2012 a fevereiro/2014,
no Instituto do Câncer da FMUSP. As cirurgias corresponderam
a: 3 (30%) gastrectomia subtotal em Y de Roux, 2 (20%) gastroduodenopancreatectomia, 2 (20%) gastrectomia total em Y
de Roux, 1 (10%) duodenopancreatectomia, 1 (10%) derivação
gastrojejunal em Y de Roux, 1 (10%) derivação biliodigestiva. Ao
alcançar a via biliar, fez-se incisão no overtube em três quartos
da circunferência, com cuidado de não cortar a linha que mantém a pressão do balão, a qual deve permanecer íntegra. Após
retirar o enteroscópio, introduziu-se o gastroscópio de 8,8 mm,
permitindo utilizar acessórios convencionais. Resultados: Dois
pacientes apresentavam angulação acentuada da alça biliopancreática, não permitindo seu acesso. Sucesso em alcançar a via
biliar ocorreu em 81,8% (9/11 procedimentos). Destes, pode-se
ESTRATÉGIA PARA FACILITAR
ACESSO À VIA BILIAR ATRAVÉS
DA ENTEROSCOPIA ASSISTIDA
POR BALÃO EM PACIENTES COM
ANATOMIA ALTERADA
acessar a via biliar em 87,5%, nos quais foram possíveis intervenções diagnósticas e/ou terapêuticas, representando 70% do total
de procedimentos. Terapêuticas endoscópicas incluíram: papilotomia, estenotomia, fistulotomia, dilatação, extração de cálculos
com balão ou basket, colocação e retirada de prótese. Não hou-
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
ve complicações. Conclusão: A estratégia de cortar o overtube
Autores: Ana Carolina Strake Navarro / HCFMUSP; Adriana
Vaz Safatle-Ribeiro / ICESP; Marcelo Simas Lima / ICESP;
Bruno Costa Martins / ICESP; Juliana Trazzi Rios / ICESP;
Telesforo Bacchella / HCFMUSP; Ulysses Ribeiro Junior /
ICESP; Fauze Maluf-Filho / ICESP.
facilitou o acesso à via biliar além de permitir uso de acessórios
Resumo
Com a evolução de cirurgias bariátricas, hepáticas e biliopancreáticas complexas e aumento do número de pacientes com anastomose em Y de Roux, observa-se maior dificuldade de acesso
à via biliar. O sucesso da colangiopancreatografia retrógrada
endoscópica (CPRE) depende do alcance do trato biliar. CPRE
assistida por enteroscopia de balão (CPRE-EAB) representa tá-
convencionais durante intervenções terapêuticas, representando
opção segura e efetiva na CPRE-EAB em pacientes com anatomia alterada.
BALÃO INTRAGÁSTRICO COMO
MÉTODO RESTRITIVO À INGESTÃO
ALIMENTAR
Temário: Endoscopia / Miscelânea
Autores: Bruno Queiroz Sander / Clínica Sander; Gabriel Cairo
Nunes / Clínica UltraNutri; Jimi Izaques Bifi Scarparo / Clínica
Balão BIB; Ricardo José Fittipaldi-Fernandez / Endogastro
Med service; Marina Queiroz Sander / Clínica Sander.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
211
A nais
Resumo
Introdução: A dieta após a colocação do Balão intragástrico (BIG)
compreende a fase líquida, pastosa e a sólida hipocalórica, distribuída em cinco a seis refeições diárias. Objetivo: Avaliar a ingestão calórica após a colocação do BIG na 2a, 6ª, 10ª e 16ª semanas,
compreendendo as dietas líquida, pastosa e normal hipocalórica,
respectivamente. Metodologia: Estudo retrospectivo com análise
de prontuários. Os pacientes preencheram o recordatório alimentar diário, a fim de obtermos informações sobre a ingestão calórica.
Foram entregues 1638 recordatórios entre o ano de 2008 e 2014,
porém apenas 950 pacientes (58%) trouxeram as 04 fases preenchidas corretamente, nos 04 tempos determinados para esse trabalho.
Resultados: Na 1ª semana os pacientes deveriam seguir uma dieta
líquida de 400 calorias diárias (307,5 + 69,75)*. Na 2ª semana os
pacientes deveriam seguir uma dieta pastosa de 550 calorias diárias
212
(705+78,52)*. Da 3ª a 6ª semana os pacientes deveriam seguir uma
dieta sólida hipocalórica de 750 calorias diárias (850,07+450,65)*.
Da 7ª semana em diante os pacientes foram orientados a seguir
uma dieta individualizada, considerando a preferência individual de
cada caso, mas que não ultrapassasse uma média de 1.100 calorias
diárias (980,07+850,22). Média e desvio padrão. Discussão: Pacientes que colocam o BIG enfrentam grande dificuldade na ingestão calórico/protéica até a segunda semana após a colocação, pois
apresentam sintomas variados (refluxo gastro-esofágico, dispepsia,
náuseas e vômitos) neste período. Nos dois primeiros meses após a
introdução do BIG, por ser um período de adaptação, onde a dieta
ainda é mais restrita e os sintomas mais incômodos quando existem
exageros por parte dos pacientes, estes tendem a seguir com mais
rigor a dieta proposta e conseqüentemente apresentam maior perda
de peso. porém, após o 3º mês, se não houver um comprometimento
eficaz do paciente, associado à prática de atividades físicas, a tendência é que o paciente diminua gradativamente a perda de peso e
volte a ingerir uma quantidade calórica maior, mesmo ingerindo um
volume alimentar menor que aquele ingerido anteriormente à introdução do BIG. Conclusão: A maioria dos pacientes que usam o
BIG ingere, em média, uma quantidade calórica maior que a orientada pelo nutricionista. Mas mantém uma média de ingestão diária
próxima de 1.100 calorias, resultando em uma boa perda de peso
com esse método, desde que sigam as orientações do médico e da
equipe multi-disciplinar que o acompanham.
ENDOMICROSCOPIA CONFOCAL
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
NO DIAGNÓSTICO DE LESÕES
ESOFÁGICAS EM PACIENTES COM
NEOPLASIA DE CABEÇA E PESCOÇO
Temário: Endoscopia / Miscelânea
Autores: Adriana Vaz Safatle-Ribeiro / ICESP - FMUSP; Elisa Rioka
Baba / ICESP - FMUSP; Marcelo Simas Lima / ICESP - FMUSP;
Bruno Martins / ICESP - FMUSP; Matheus Franco / ICESP FMUSP; Fábio Kawaguti / ICESP - FMUSP; Ulysses Ribeiro Junior / ICESP - FMUSP; Fauze Maluf Filho / ICESP – FMUSP.
Resumo
Os tumores do trato aerodigestivo alto apresentam elevada preva-lência e estão frequentemente associados aos mesmos fatores etiológicos que predispõem o paciente a maior risco de desenvolver tumores
múltiplos sincrônicos e metacrônicos (Li Y et al, Oral Oncol. 2014).
Através da cancerização de campo, pode-se entender o desenvolvimento de um segundo tumor primário (Sabharwal R et al., South
Asian J Cancer, 2014). Neste contexto, indicam-se exames de vigilância endoscópica do esôfago na população com neoplasia de cabeça
e pescoço. Métodos que aumentem a detecção de lesões precoces
de esôfago como cromoscopia com lugol ou com NBI e magnificação representam hoje boa estratégia. Contudo, o exame anatomopatológico ainda deve ser realizado para confirmar tais achados. Através da endomicroscopia confocal (EC) e biópsia óptica é possível o
diagnóstico imediato, já durante o procedimento. Objetivo: Avaliar a
acurácia diagnóstica da EC em lesões hipocoradas e não coradas ao
lugol em pacientes com neoplasia de cabeça e pescoço. Pacientes
e métodos: Treze pacientes com áreas de esôfago alteradas à cromoscopia com lugol foram submetidos à EC. Dez pacientes eram do
sexo masculino e a idade variou de 52 a 74 anos de idade. Cinco pacientes tinham tido tumores de laringe e oito de orofaringe. Após aplicação da fluoresceína endovenosa foi introduzido o cateter de laser
pelo canal de trabalho do endoscópio. Dezenove áreas hipocoradas
ou lugol negativas de 13 pacientes foram avaliadas através da EC. O
tamanho das lesões suspeitas variaram de 6 mm a 50 mm. Os resultados da EC foram comparados posteriormente com o resultado histológico, considerado padrão ouro. Resultados: Não foi possível fazer
EC em um paciente que, após lugol, apresentou intensa descamação
da mucosa. Das 9 lesões de 6 pacientes com diagnóstico histológico
de carcinoma espinocelular, EC foi assertiva em 8/9 (94,4%). Das 9
lesões de 6 pacientes com diagnóstico histológico de esofagite, EC
foi assertiva em 100%. Conclusões: 1. EC apresentou alta acurácia
diagnóstica nestes pacientes com suspeita de carcinoma espinocelular esofágico; 2. EC pode alterar a conduta terapêutica durante a
vigilância endoscópica destes pacientes.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
Anais da XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo
Proceedings of XIII Brazilian Week of Digestive - SOBED – CET
A UTILIZAÇÃO DA ESCALA DE
BOSTON PARA AVALIAÇÃO DO
PREPARO INTESTINAL E SUA
CORRELAÇÃO COM A DETECÇÃO
DE PÓLIPOS, LESÕES PLANAS OU
TUMORES
Temário: Endoscopia / Centro de treinamento
Autores: Silvia Grillo / Hospital Unimed Santa Helena – SP;
Wagner Takahashi / Hospital Unimed Santa Helena – SP;
Danilo Verotti / Hospital Unimed Santa Helena – SP; Julia
Bergonso / Hospital Unimed Santa Helena – SP; Marco Tulio
Ribeiro / Hospital Unimed Santa Helena – SP; Tamlyn Tieme
Matushita / Estudante da Faculdade de Medicina do ABC;
Paulo Emanuell Sahade / Hospital Unimed Santa Helena –
SP; Adriana Costa Genzini / Hospital Unimed Santa Helena
– SP.
Resumo
Introdução: A acurácia diagnóstica da colonoscopia depende da
completa visualização da mucosa de todo o órgão, fazendo do
preparo intestinal, peça fundamental para a detecção de pólipos
e lesões planas colorretais. Realizar colonoscopia em condições
subótimas de preparo pode prolongar o tempo de exame, aumentar
o risco de complicações e impedir a visualização de lesões existentes
em meio aos resíduos, levando à repetição do exame em intervalos
de tempo menores. Várias escalas para avaliação da qualidade do
preparo intestinal têm sido propostas. A escala de Boston (BBPS)
baseia-se na soma das pontuações aferidas aos segmentos
colônicos individualmente (cólon direito, transverso e esquerdo),
indicando o grau de visualização do intestino em uma escala de 0
a 3 por segmento. Ela é aplicada durante a retirada do colonoscópio
e após manobras endoscópicas como lavagem, aspiração e limpeza
do cólon. Objetivo: Correlacionar o score de limpeza do cólon,
utilizando Escala BBPS, com a taxa de detecção de pólipos, lesões
idade média 57,1a. As principais indicações foram: prevenção (29,7%),
dor abdominal (18,4%) e controle de pólipos (12,3%). O score médio
pela escala BBPS foi 7,5. Em 73 exames (34,43%) foram detectados
pólipos, lesões planas e/ou tumores, sendo 84,9% destas lesões
diagnosticadas em exames com BBPS igual ou maior a 7, em escala
crescente conforme aumento do score. Apenas exames com score
menor ou igual a 4 foram inconclusivos, interrompidos ou suspensos.
Conclusão: A escala BBPS se mostrou ferramenta de fácil utilização
e entendimento para mensurar a qualidade do preparo intestinal.
Índices acima de 7,5 estão relacionados a uma maior detecção de
pólipos em nosso estudo. 1- The Boston bowel preparation scale:
a valid and reliable instrument for colonoscopy-oriented research.
Edwin J. Lai et al, Gastrointestinal Endoscopy Volume 69, No. 3 : Part
2 of 2 : 2009.
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE
PACIENTES ADMITIDOS COM
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
VARICOSA E POR DOENÇA
ULCEROSA PÉPTICA NO CENTRO DE
HEMORRAGIA DE UM HOSPITAL DE
REFERÊNCIA DA BAHIA
Temário: Endoscopia / Centro de treinamento
Autores: Vinicius Rodrigues Alvim Julião / SED,CHD,Hospital
Geral Roberto Santos; Diego Araújo Paternostro / SEDCHD-Hospital Geral Roberto Santos; Ivone Catarina Ferreira /
SED-CHD-Hospital Geral Roberto Santos; Marcos Clarêncio
Batista Silva / SED-CHD-Hospital Geral Roberto Santos;
Igelmar Barreto Paes / SED-CHD-Hospital Geral Roberto
Santos; Lourianne Nascimento Cavalcante / SED-CHDHospital Geral Roberto Santos.
Resumo
planas ou tumores colorretais. Materiais e métodos: análise pros-
A hemorragia digestiva alta é uma causa comum de internação
pectiva de 212 colonoscopias realizadas entre abril e julho de 2014.
hospitalar e que possui uma taxa de mortalidade elevada.
Todos os exames foram agendados eletivamente e o preparo foi feito
Objetivo: Comparar possíveis fatores associados a sangramento
em ambiente hospitalar ou domiciliar, utilizando 4 comprimidos de
digestivo alto de origem varicosa e por doença ulcerosa péptica
dulcolax, 500ml de Manitol 10% e dieta pobre em fibras. Resultados:
em pacientes admitidos no centro de hemorragia de um hospital
212 pacientes foram submetidos a 212 colonoscopias, 67,5% fem,
de referência. Método: Estudo transversal, retrospectivo. Incluídos
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
213
A nais
pacientes admitidos no período entre 1°/janeiro a 31/dezembro de
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Resumo
2013 com hemorragia digestiva alta (HDA) varicosa e por doença
214
ulcerosa péptica. Foram triados 558 pacientes neste período, sendo
Introdução: Esôfago de Barrett (EB) é o mais importante fator
incluídos na análise 291 (52,2%) pacientes com HDA; os demais
de risco reconhecido para o adenocarcinoma esofágico. Apesar
foram excluídos da análise por apresentarem outro diagnóstico,
dos protocolos de vigilância, a incidência do adenocarcinoma
por apresentarem ainda dados incompletos que impediram análise
esofágico vem crescendo nos últimos 25 anos. Um dos possíveis
ou perda de segmento. Resultados: Entre os 291 indivíduos
motivos talvez seja a falha no reconhecimento do EB quando
admitidos com HDA, 49,5% ( n=144) apresentavam etiologia
este é curto. Objetivo: Demonstrar a variação interobservador
varicosa, 34,7% (n=101) doença ulcerosa péptica (DUP) e
do diagnóstico endoscópico de EB curto (< 3 cm). Casuística:
15,8%(n=46) foram classificadas em outras causas (esofagite 1,4%,
Cinquenta imagens endoscópicas de pacientes com suspeita
angiectasia 4,5%, Mallory-Weiss 1,7%, outros 8,3%). A média de
de EB curto capturadas digitalmente e submetidas à avaliação
idade nos grupos com HDA varicosa foi 55,9 anos e 53,4 anos entre
de 19 endoscopistas experientes. Método: Estudo transversal
os indivíduos com HDA ulcerosa (p>0,05). No grupo com HDA
da análise de imagens endoscópicas suspeitas de EB por
varicosa 79,2 % eram homens e 20,2% mulheres, similar ao grupo
endoscopistas experientes. O diagnóstico histológico de EB foi
com HDA-DUP (73,3% masculinos e 26,7% femininos) (p=0,18).
realizado por 2 patologistas experientes na análise de patologias
Os pacientes com DUP apresentaram taxas de hemoglobina(Hb)
do TGI pela técnica de hematoxilina-eosina (HE) e confirmado
na admissão mais baixas que os indivíduos com HDA varicosa, com
por imunoistoquímica (alcian blue e PAS). As imagens foram
valor mais baixo inicial médio de 4,8g/dL no grupo com HDA-DUP,
projetadas no mesmo equipamento e avaliadas com tempo
enquanto aqueles com HDA varicosa a Hb foi 6,5g/dL(p<0,004).
predeterminado. Os avaliadores eram cegos quanto ao paciente
O uso de antiinflamatórios (AINES) foi superior entre os indivíduos
e ao resultado histopatológico da imagem. Foram calculadas
admitidos com HDA por DUP (78,6%) comparados aqueles com
sensibilidade, especificidade e acurácia do método. O teste de
HDA varicosa(21,4%) (P=0,001). A taxa de ressangramento em
Kappa foi utilizado para analisar a variação interobservador.
todos os pacientes nesta amostra foi de 7,1% (n=13). Pacientes
Resultados: Os valores médios da sensibilidade, especificidade
com idade<60 anos, observou-se número discretamente maior
e acurácia foram de 75,7%, 20,5% e 64,1%, respectivamente
de ressangramento por DUP após 72h da admissão (n=6)
no diagnóstico correto do EB. O Kappa médio foi de -,033.
quando comparado ao grupo com HDA varicosa (n=4) (p=0,54).
Discussão: O resultado do Kappa demonstra a grande
Observamos ainda uma frequência cardíaca (FC) superior na
variação interobservador entre os endoscopistas no diagnóstico
admissão entre os indivíduos que ressangraram (FC=109bpm vs
de EB curto. Existem poucos estudos específicos analisando
FC=82bpm, p=0,04). Conclusões: HDA varicosa e de etiologia
esse aspecto entre endoscopistas no EB curto, ao contrário da
ulcerosa são as principais etiologias de HDA observadas em um
já conhecida variação interobservador entre os patologistas,
serviço de referência, em concordância com dados da literatura.
tornando o diagnóstico final dessa patologia um desafio. Esses
Parâmetros como FC, idade e nível de Hb na admissão são fatores
resultados podem estar relacionados ao aumento da incidência de
possivelmente preditores aos desfechos clínicos e complicações
adenocarcinoma esofágico, portanto, a orientação e treinamento
como ressangramento durante internamento na HDA de ambas
médico com novas tecnologias como cromoendoscopia,
etiologias.
magnificação de imagens e endomicroscopia confocal podem
se mostrar úteis para diminuir a variação interobservador dessa
ANÁLISE DA VARIAÇÃO
INTEROBSERVADOR ENTRE
ENDOSCOPISTAS NO DIAGNÓSTICO
DE ESÔFAGO DE BARRETT CURTO
patologia. Conclusão: Existe grande variação interobservador
entre endoscopistas no diagnóstico de esôfago de Barrett curto,
levando a um baixo índice de especificidade e acurácia no
diagnóstico dessa patologia.
Temário: Endoscopia / Centro de treinamento
Autores: Horus Antony Brasil / HSL; Kiyoshi Hashiba / HSL;
Pablo Rodrigo de Siqueira / HSL; Fernando Pavinato Marson
/ HSL; Márcia Tatianna Fernandes Pereira / HSL.
ANÁLISE DAS CAUSAS DE
MORTALIDADE EM PACIENTES
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
SUBMETIDOS À GASTROSTOMIA
ENDOSCÓPICA PERCUTÂNEA
Temário: Endoscopia / Centro de treinamento
Autores: Lilian Gomes de Sousa / IAMSPE/ HSPE - FMO;
Renato Luz de Carvalho / IAMSPE/ HSPE - FMO; Luis
Henrique S. Fontes / IAMSPE/ HSPE - FMO; Daniel Moribe
/ IAMSPE/ HSPE - FMO; Juliano Vanz / IAMSPE/ HSPE FMO; Renata Fischer de Andrade / IAMSPE/ HSPE - FMO;
Eli Kahan Foigel / IAMSPE/ HSPE – FMO.
Resumo
Introdução: A gastrostomia endoscópica percutânea (GEP) é um
método que consiste na introdução de uma sonda na cavidade
gástrica através da parede abdominal, guiada pela endoscopia, em
doentes que não conseguem deglutir por diversas razões, com o
intuito de fornecer um suporte nutricional e hídrico adequados. A
mortalidade tardia pós-realização deste procedimento é elevada,
principalmente devido as comorbidades preexistentes, ao mau
prognóstico do paciente e a sua baixa expectativa de vida.
Objetivo: Avaliar as causas de mortalidade precoce e tardia
nos pacientes submetidos a GEP. Métodos: Foram avaliados
retrospectivamente 115 pacientes submetidos a GEP no período
de janeiro de 2011 a dezembro de 2013, pela técnica retrógrada
de Ponsky e Gauderer, com sondas de 20 Fr, no Hospital do
servidor Público Estadual de São Paulo. A antibiótico profilaxia foi
realizada para todos, com um grama de cefazolina. Resultados:
Destes 115 pacientes, 58 (50, 4 %) foram do gênero masculino
e 57 (49,6 %) do feminino, com uma média das idades de 74
anos (14 – 97 anos). A principal indicação para o método foi o
acidente vascular encefálico (41,3 %), seguido pela síndrome
demencial avançada (19,6 %), neoplasias do sistema nervoso
central (10,9 %), neoplasias de cabeça e pescoço (8,7 %), e
outras causas (15,2 %), como a esclerose múltipla, fibrose cística,
encefalopatia não progressiva, erros inatos do metabolismo,
esclerose lateral amiotrófica e o traumatismo raquimedular. O
tempo de procedimento variou entre 5 a 16 minutos. A taxa de
mortalidade após o procedimento foi de 59,3%, predominando nos
pacientes masculinos, tendo como causa principal a septicemia
de origem pulmonar (broncopneumonia aspirativa), 41,4 % dos
casos; seguida pela sepses por infecção urinária e cutânea (17,2
%). Cerca de 13,4 % foram a óbito num período inferior a um
mês, 53,7 % entre 1 e 6 meses, 32,9 % após 6 meses, e apenas
um nas primeiras 24 horas. Não houve diferença entre o início da
dieta, precoce ou tardia, em relação a mortalidade . A escala de
desempenho ou status de Karnofsky encontrada foi entre 30 e 40
durante o procedimento sem mudanças significativas no período
avaliado. Conclusão: Houve uma alta taxa de mortalidade tardia
nos pacientes submetidos a GEP sendo a broncopneumonia
aspirativa a principal causa . Talvez esteja aberta uma premissa
para estudarmos se a gastrojejunostomia percutânea endoscópica
poderia contribuir de alguma forma para redução destes índices.
ANÁLISE DAS COMPLICAÇÕES
APÓS REALIZAÇÃO DE
COLANGIOPANCREATOGRAFIA
RETRÓGRADA ENDOSCÓPICA NO
CENTRO DE HEMORRAGIA DIGESTIVA
DO HOSPITAL GERAL ROBERTO
SANTOS EM SALVADOR - BAHIA
Temário: Endoscopia / Centro de treinamento
Autores: Conceição Maria de Oliveira Mendonça / HGRS; Flávia
Peixoto Campos Lima / HGRS; Aryana Isabelle de Almeida
Neves / HGRS; Suzana Silva Leal / HGRS; Jamile Silva Carvalho /
HGRS; Bruno Frederico Medrado / HGRS; Lourianne Nascimento
Cavalcante / HGRS; Marcos Clarencio Batista Silva / HGRS.
Resumo
Introdução: A Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica
(CPRE) tem sido utilizada para diagnóstico e principalmente
tratamento de doenças com envolvimento da via biliar e pancreático.
As principais complicações possíveis relacionadas à CPRE são
pancreatite, colangite, perfuração e hemorragia. Objetivo: Avaliar
a frequência e os possíveis fatores preditivos de complicações após
realização do procedimento em um hospital geral de referência do
estado da Bahia. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo
retrospectivo. Foram incluídos os pacientes submetidos a CPRE no
Centro de Hemorragia Digestiva do Hospital Geral Roberto Santos
em Salvador, Bahia, no período de julho de 2013 a junho de 2014
com análise de laudos e prontuários. Foram excluídos os pacientes
submetidos a CPRE prévia, os doentes oriundos de outros hospitais
ou submetidos a CPRE de urgência. Foram avaliados os fatores
de risco para o desenvolvimento de complicações (idade, sexo,
cateterização do ducto pancreático, tamanho do cálculo, realização
de papilotomia), as complicações como pancreatite, sangramento,
colangite, perfuração e em quais situações estas complicações se
desenvolveram, além da taxa de mortalidade. Resultados: Foram
realizadas 367 CPRE no período analisado, sendo excluídos 61
pacientes. No total de 306 pacientes analisados, 74,5% dos pacientes
eram do sexo feminino. Resultados parciais mostram que ocorreram
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
215
A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
complicações durante o procedimento em 3,2% dos exames
e dor abdominal (4,76%). Os principais achados foram : angiectasias,
realizados, sendo sangramento o mais frequente acontecendo
doença de Crohn, tumores e GIST. Em 47 pacientes (31,97%) não
em 2,6% dos exames. Complicações após o procedimento
foram encontradas anormalidades no exame. Realizaram-se os
ocorreram em 18,5% dos casos, sendo colangite e pancreatite as
seguintes procedimentos terapêuticos: polipectomias, passagem de
mais frequentes, ocorrendo em 8,6% e 6,1%, respectivamente.
próteses auto expansíveis, fulguração com argônio e uso de clips. 16
A ocorrência de complicações foi relacionada a morbidade e
pacientes com anatomia cirurgicamente modificada foram submetidos
aumento no tempo de permanência hospitalar. Não foram relatados
a 23 EABA para realização de CPRE, cujos principais achados
óbitos relacionados à CPRE no presente estudo. Conclusão: A
foram estenose de anastomose biliodigestiva e coledocolitíase.
frequência das complicações verificada foi maior que a encontrada
Cateterização das vias biliares, dilatação e/ou estenostomia de
em outros estudos. Seu conhecimento é de extrema importância para
boca anastomótica, passagem de próteses e retirada de cálculos
avaliação de medidas de prevenção e de diagnóstico precoce de tais
foram realizados com sucesso. Houve 2 perfurações associadas a
complicações.
EAB, uma delas tratada cirurgicamente e uma microperfuração com
tratamento conservador. Ambas tiveram boa evolução e receberam
ANÁLISE DE 208 ENTEROSCOPIAS
ASSISTIDAS POR BALÃO (EAB)
Temário: Endoscopia / Centro de treinamento
216
Autores: Marco Tulio Ribeiro / Hospital Unimed Santa Helena
– SP; Wagner Takahashi / Hospital Unimed Santa Helena
– SP; Danilo Verotti / Hospital Unimed Santa Helena – SP;
Julia Bergonso / Hospital Unimed Santa Helena – SP; Silvia
Grillo / Hospital Unimed Santa Helena – SP; Tamlyn Tieme
Matushita / Estudante da Faculdade de Medicina do ABC;
Kaysi Marchezini / Hospital Unimed Santa Helena – SP;
Adriana Costa Genzini / Hospital Unimed Santa Helena – SP.
Resumo
Introdução: A EAB permite avaliar grande parte do intestino delgado
(ID) de forma anterógrada e retrógrada, com realização de biópsias
e múltiplas terapêuticas endoscópicas inclusive nas patologias
pancreato-biliares de pacientes com anatomia cirurgicamente
modificada. Objetivo: Análise das EAB, correlacionando as
indicações com seus achados. Métodos: Análise retrospectiva de
208 EAB realizadas entre janeiro/11 e julho/14 num único centro. Todos
os exames foram realizados em ambiente hospitalar, ambulatoriais ou
internados, sob sedação moderada ou anestesia geral. Foi utilizado
enteroscópio de monobalão (Olympus Japan) e insuflação de CO2
alta após 7 dias de internação. Conclusão: A EAB é procedimento
seguro e muito eficiente no diagnóstico e tratamento de patologias do
intestino delgado e em pacientes com anatomia alterada, com valor
diagnóstico positivo em 68% dos casos, para todas as indicações em
nossa casuística.
ANÁLISE DO SUCESSO NA
DESOBSTRUÇÃO DA VIA BILIAR e
TAXA DE REMOÇÃO DE CÁLCULOS
ATRAVÉS DA REALIZAÇÃO DE
COLANGIOPANCREATOGRAFIA
RETRÓGRADA ENDOSCÓPICA NO
CENTRO DE HEMORRAGIA DIGESTIVA
DO HOSPITAL GERAL ROBERTO
SANTOS EM SALVADOR - BAHIA
Temário: Endoscopia / Centro de treinamento
Autores: Flávia Peixoto Campos Lima / HGRS; Conceição
Maria de Oliveira Mendonça / HGRS; Suzana Silva Leal /
HGRS; Aryana Isabelle de Almeida Neves / HGRS; Jamile
Silva Carvalho / HGRS; Bruno Frederico Medrado / HGRS;
Lourianne Nascimento Cavalcante / HGRS; Marcos Clarencio
Batista Silva / HGRS.
Resumo
em todos os casos. Os dados coletados foram: demográficos (idade,
sexo), indicação do exame, via de inserção, extensão examinada,
Introdução: A Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica
achados e terapias realizadas. Resultado: 147 pacientes foram
(CPRE) é um método utilizado para diagnóstico e principalmente
submetidos a 208 EAB, sendo 161 (77,4%) anterógradas (EABA)
tratamento de doenças com envolvimento da via biliar e pancreática.
e 47 (22,6%) retrógradas (EABR). 36 EABA e 36 EABR foram
A principal causa de obstrução biliar é a coledocolitíase, sendo
realizados sequencialmente, em mesmo ato anestésico/sedação.
a CPRE o principal método de desobstrução da via biliar. A CPRE
As indicações mais frequentes foram: hemorragia digestiva obscura
também pode ser utilizada para desobstrução em casos de neoplasia
(50,34%), diarreia (11,56%), suspeita de doença de Crohn (9,52%)
periampular através de colocação de prótese. Objetivos: Avaliar
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
o sucesso da CPRE na desobstrução da via biliar e remoção de
geral. Seu tratamento é multidisciplinar e inclui medidas dietéti-
cálculos em um hospital geral de referência do estado da Bahia.
cas, comportamentais, exercício físico, medicamentos e métodos
Materiais e métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo. Foram
endoscópicos e cirúrgicos. O tratamento cirúrgico é um recurso
incluídos os pacientes submetidos a CPRE no Centro de Hemorragia
consistente nos casos de obesidade grave (IMC≥40 ou ≥35 as-
Digestiva do Hospital Geral Roberto Santos em Salvador, Bahia, no
sociado à comorbidades). A indicação da EDA pré-operatória em
período de julho de 2013 a junho de 2014 com análise de laudos e
pacientes assintomáticos é controversa, no entanto a maioria dos
prontuários. Foram excluídos os pacientes submetidos a CPRE ou
estudos e das associações e sociedades recomendam sua rea-
papilotomia prévias. Foram avaliados o perfil epidemiológico dos
lização em todos os pacientes. Objetivo: Analisar os resultados
pacientes submetidos a CPRE no serviço, a eficácia da CPRE em
da EDA em pacientes que se encontravam em pré-operatório
relação a taxa de desobstrução da via biliar e a taxa remoção de
de cirurgia bariátrica, submetidos ao procedimento no serviço
cálculos, além dos tipos de instrumentos utilizados. Resultados:
de endoscopia da Santa Casa de São Paulo, e compará-los aos
Foram realizadas 367 CPRE no período analisado, sendo excluídos
achados do grupo controle. Método: Uma série de 34 pacientes
65 pacientes. No total de 302 pacientes analisados, o acesso à via
obesos em pré-operatório de cirurgia bariátrica com um grupo
biliar foi obtido em 86,75% dos casos, sendo a causa mais comum de
controle (em formação) submetidos à EDA no serviço de En-
falha na obtenção do acesso o insucesso na cateterização da papila.
doscopia da Santa Casa de São Paulo no período de fevereiro a
50,99% dos pacientes tiveram o diagnóstico de coledocolitíase,
julho de 2014. Foram analisados dados clínicos e endoscópicos.
13,9% de papilite e 10,59% de neoplasia periampular determinando
Resultados: a média de idade do grupo de pacientes foi de
obstrução da via biliar. A taxa de desobstrução de via biliar foi de
43,76 anos e do grupo controle, 41,44 anos. A maioria dos indi-
75,16%, considerando-se os casos de coledocolitíase, neoplasia e
víduos do grupo de pacientes e do grupo controle era do sexo
papilite / suspeita de disfunção de esfíncter de Oddi. Houve retirada
feminino. A média do valor do IMC no grupo de pacientes foi
completa de cálculos com a utilização de balão extrator e / ou basket
de 47,05 kg/m2 e no grupo controle de 23,99 kg/m2. A maioria
em 74,67% dos casos de coledocolitíase. Conclusão: A drenagem
dos pacientes era assintomática e não fazia uso de IBP. A EDA
endoscópica associada à remoção do cálculo e / ou colocação de
estava alterada em 80,65% dos pacientes assintomáticos. As al-
prótese é conduta de excelência na prevenção ou resolução de
terações endoscópicas no grupo de pacientes foram 58,8% de-
complicações como colangite.
correntes da doença ulceropéptica e 32,4% associadas à DRGE.
No grupo de pacientes, a análise de correlação entre o aumento
ANÁLISE DOS RESULTADOS DA
ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA NOS
PACIENTES EM PRÉ-OPERATÓRIO DE
CIRURGIA BARIÁTRICA ATENDIDOS
NO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA DA
SANTA CASA DE SÃO PAULO
Temário: Endoscopia / Centro de treinamento
Autores: Tiago Torres Melo / Santa Casa de São Paulo;
Maurício Saab Assef / Santa Casa de São Paulo; Fábio
Marioni / Santa Casa de São Paulo; Osvaldo Araki / Santa
Casa de São Paulo; Natália Mariana Germani / Santa Casa de
São Paulo; Anna Fernanda Cazavia Domene / Santa Casa de
São Paulo; Thiago Pirola Antonio / Santa Casa de São Paulo;
Caroline Moreira do Nascimento / Santa Casa de São Paulo.
do valor do IMC e a ocorrência de achados endoscópicos não
se mostrou estatisticamente significativa. A análise do número
de achados endoscópicos no grupo de pacientes em relação ao
grupo controle não demonstrou diferença estatística significante.
A prevalência da infecção do H. pylori foi de 58,8% no grupo de
pacientes. Conclusão: Mediante os resultados deste estudo,
conclui-se que a EDA deve ser realizada em todos pacientes em
pré-operatório de cirurgia bariátrica e a obesidade não tem relação com um maior número de alterações endoscópicas.
Introdução: A obesidade tornou-se uma epidemia e está asso-
ANÁLISE PROSPECTIVA E
COMPARATIVA DA ECOENDOSCOPIA
(EE) DIAGNÓSTICA (D) E
TERAPÊUTICA (T) EM RELAÇÃO À
FREQUÊNCIA DE EVENTOS ADVERSOS
(EA) e MORTALIDADE
ciada a maior morbidade secundária e aumento da mortalidade
Temário: Endoscopia / Centro de treinamento
Resumo
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
217
A nais
Autores: Fabio Rosa Moraes / HI e H9J; Diego Miconi / H9J; José
Carlos Pardal / H9J; Jerusa dos Reis / H9J; Hemanoel de Souza
Ribeiro / H9J; Jose Celso Ardengh / H9J e FMRP; Rafael Kemp /
FMRP; José Sebastião dos Santos / FMRP; Luciano de Souza
Hybner / HI e H9J; Mariana Potrich Maymone / HI e H9J; Isabela
Klautau Leite Chaves Borges / HI e H9J.
Resumo
Introdução: A EE é procedimento de alta complexidade e faz
parte da rotina. Ela é segura, mas pode apresentar EA. Objetivo:
Coletar prospectivamente dados referentes à segurança dos
pacientes submetidos à EE e avaliar a ocorrência de EA e taxa
de mortalidade em relação à EED e EET. Método: de Março
de 1992 a Abril de 2014 foram coletados prospectivamente os
resultados de 11.229 pacientes; 8549 submetidos à EED e 2680
à EET. Foram excluídos os pacientes onde não foram obtidos
218
os resultados do seguimento em relação aos EA e mortalidade.
Analisamos a ocorrência, tipo de EA e a taxa de mortalidade.
Resultados: Vinte e oito pacientes (0,25%) apresentaram EAs
relacionados à EE e 5 (0,04%) morreram. Não houve diferença
estatística significativa entre a taxa de EAs e de mortalidade para
a EED e EET. Quatro pacientes morreram após a ocorrência de
perfurações, durante EED (4) e EET (1) (p<0,005). O número
total de EA foi de 28 [perfuração 10 (35,7%), Sangramento 8
(28,5%), pancreatite aguda 7 (25%), Broncoaspiração 2 (7,1%)
e coleperitônio 1 (3,6%)]. O EA mais comum foi a perfuração que
ocorreu durante a EE diagnóstica em 6 (0,07%) e terapêutica em 4
(0,14%). A PA ocorreu sempre após a punção com agulha fina em
pacientes com neoplasia cística do pâncreas. Os EAs ocorreram
com maior frequência durante procedimentos diagnósticos 18/28
(0,21%) e destes a EES-PAAF foi o procedimento com maior
número de eventos adversos 11/18 (0,45%). A EET apresentou
10/28 0,37%) complicações sendo que 80% deles durante a
drenagem/necrosectomias ecoguiadas (8). A taxa de mortalidade
foi maior em procedimentos diagnósticos (4/5) que terapêuticos
(1/5) (p< 0,005). Conclusão: A EE é um procedimento
diagnóstico e terapêutico seguro, com taxa de complicação
comparável às da endoscopia digestiva alta (EDA). A avaliação da
condição clínica do paciente, a análise pormenorizada da indicação
e o conhecimento das contraindicações, são fundamentais para
aumentar a segurança e a eficácia do exame. Um processo
construtivo de qualidade e segurança, deve ser implementado em
todos os serviços que realizam EED e EET.
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
APLICAÇÃO CLÍNICA DA BIÓPSIA
POR PUNÇÃO GUIADA POR
ECOENDOSCOPIA EM PACIENTES
COM Lesão CÍSTICA PANCREÁTICA
Temário: Endoscopia / Centro de treinamento
Autores: Victor Cavaretti / Santa Casa de são José do Rio
Preto; Rodrigo Tadeu Rodrigues Silvestre / Santa Casa de são
José do Rio Preto; Luiz Gustavo de Quadros / Clínica Kaiser;
Fernando Tadeu Vanucci Coimbra / Santa Casa de são José
do Rio Preto.
Resumo
Cistos pancreáticos podem ser classificados como “verdadeiros”,
quando existe epitélio revestindo a lesão. A prevalência de LCP é
de aproximadamente 2,5% (De Jong et al., 2010). O diagnóstico
dessas lesões aumenta com a idade, sendo que a prevalência de
aproximadamente 1% em indivíduos menores de 40 anos pode
chegar a 10% em indivíduos com mais de 70 anos. O desenvolvimento tecnológico dos métodos de diagnóstico por imagem
como ultra-sonografia transabdominal (USG), tomografia computadorizada (TC), colangiografia pancreática retrógrada endoscópica (CPRE), colangiopancreatografia por ressonância magnética (CPRM) e ecoendoscopia (EE) têm possibilitado identificar
lesões pancreáticas pequenas, quando a maioria dos pacientes
é assintomática e não relata história prévia ou presente de doença pancreática. Na avaliação de pacientes com dor abdominal,
o diagnóstico de LCP tem aumentado devido ao crescente uso
desses exames. Entretanto, o principal entrave nos exames de
imagem é que não existem características que permitam sua diferenciação. Ecoendoscopia permite estudo detalhado do parênquima e ducto pancreáticos em toda a extensão da glândula, sem
interposição de gás ou gordura abdominal, podendo identificar
lesões não detectadas anteriormente e, com isso, esclarecer alterações detectadas por TC e RM, sendo atualmente considerada
padrão ouro para avaliação desse órgão (Guaraldi et al., 2005).
Esse exame é fundamental no estudo dessas lesões, devido a melhor imagem na caracterização da morfologia do cisto (presença
de nodulação na parede do cisto, componente sólido associado)
e devido à possibilidade de biópsia por agulha fina com coleta de
material para análise (Hawes et al., 2012; Vilman et al., 1992). A
punção das LCP guiadas por ultrassom endoscópico, com a análise citológica do aspirado tem sido usado para aumentar a acurácia diagnóstica. serão estudados retrospectivamente pacientes
com lesão cística pancreática, independente de sexo e raça, provenientes da região de são José do Rio Preto, SP, submetidos à
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
biópsia por punção guiada por ecoendoscopia. Os procedimentos foram realizados na clínica Gastroimagem de são José do Rio
Preto, no período de setembro/2013 a Junho/2014.
brancacentas no cólon ou reto, principalmente em países tropicais, deve suspeitar de esquistossomose e proceder com biópsias
dirigidas para o adequado diagnóstico.
ASPECTO ENDOSCÓPICO DA
ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA
AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE
EFEITOS ADVERSOS PRECOCES
RELACIONADOS AO EXAME DE
COLONOSCOPIA REALIZADOS
AMBULATORIALMENTE NO HOSPITAL
SÍRIO-LIBANÊS UNIDADE BELA VISTA
Temário: Endoscopia / Centro de treinamento
Autores: César Camargos de Oliveira / Centro de Treinamento
da SOBED - Hospital Madre Teresa; Walton Albuquerque /
Centro de Treinamento da SOBED - Hospital Madre Teresa;
Ricardo Castejon Nascimento / Centro de Treinamento da
SOBED - Hospital Madre Teresa; Roberto Motta Pereira /
Centro de Treinamento da SOBED - Hospital Madre Teresa;
Renata Figueiredo Rocha / Centro de Treinamento da SOBED
- Hospital Madre Teresa; Rodrigo Albuquerque Carreiro /
Centro de Treinamento da SOBED - Hospital Madre Teresa;
Letícia Arruda Mendes Cruz / Centro de Treinamento da
SOBED - Hospital Madre Teresa; Carlos Alberto Ribeiro /
Instituto Roberto Alvarenga.
Resumo
Introdução: A colonoscopia é um dos procedimentos endoscópicos mais utilizados atualmente graças ao valor que a polipectomia trouxe para redução e prevenção do câncer coloretal. comisso, eventualmente, o endoscopista poderá encontrar pequenas
alterações durante o exame em indivíduos assintomáticos e deverá interpretá-las corretamente para adequada conduta. Objetivo: Relatar um caso de esquistossomose diagnosticada por
biópsias retais. Caso clínico: A.L.A.L. sexo feminina, de 70 anos,
sem conhecimento de esquistossomose prévia, submetida a colonoscopia para prevenção de câncer coloretal. Em reto, foram
identificadas diminutas nodulações, brancacentas e endurecidas
ao toque com a pinça de biópsias. Durante a coleta do material,
houve exteriorização de um nódulo endurecido e brancacento. A
histologia confirmou se tratar de um granuloma esquistossomótico. Discussão: O método de detecção do ovo de schistosoma
mais utilizado é a coproscopia que tem alta sensibilidade e de fácil
execução. Pórem, com o aumento das colonoscopias em pessoas assintomáticas, aumenta também o número de alterações
inesperadas, assim como aconteceu no caso acima. Diante das
nodulações retais, foi realizado estudo minucioso com cromoscopia digital, sendo a biópsia retal oportuna para o diagnóstico
etiológico. Sabe-se que no caso dessa doença infecto-parasitária,
as biópsias retais são mais bem indicadas para controle do tratamento. Conclusão: O endoscopista, ao encontrar nodulações
Temário: Endoscopia / Centro de treinamento
Autores: Daniela Laila Garcia / Hospital Sirio Libanês; Lucio
Giovanni Battista Rossini / Hospital Sirio Libanês; Vinicius
Pfuetzenreiter / Hospital Sirio Libanês; Kiyoshi Hashiba /
Hospital Sirio Libanês.
Resumo
Introduçâo: O método que desponta como o ideal para o rastreamento do câncer colorretal é a colonoscopia. A taxa de complicação global do exame de colonoscopia diagnóstica está estimada em 0,3%. Nos procedimentos que envolvem mucosectomia
e/ou polipectomia, as taxas de complicações podem variar entre
0,3 a 6%, dependendo de vários fatores, tais como tamanho da
lesão, localização no cólon, técnicas de ressecção e comorbidades do paciente. Objetivo: Identificar a incidência de efeitos
adversos precoces relacionados aos procedimentos ambulatoriais
de colonoscopia realizados no hospital Sírio Libanês unidade Bela
Vista. Casuística: Prontuários e seus respectivos questionários
de qualidade local do serviço de endoscopia de 300 pacientes
que realizaram exame de colonoscopia via ambulatorial no hospital Sírio-Libanês na Unidade Bela Vista. Método: Avaliação dos
prontuários médicos e questionários de qualidade institucional,
aplicado entre 24 e 72 horas após o exame de colonoscopia via
telefônica, para todos os pacientes que realizaram a colonoscopia
ambulatorialmente. Resultados: Foram avaliados 300 prontuários e respectivos questionários, e os dados estudados foram:
síndrome pós polipectomia, sangramento imediato e precoce,
perfuração imediata e precoce, técnica de polipectomia utilizada, tamanho e localização da lesão, idade e comorbidades dos
pacientes, seguimento das orientações pós procedimento. Conclusão: Considerando a metodologia utilizada e suas limitações,
neste estudo a incidência de procedimentos adversos imediatos
e precoces, relacionados aos procedimentos ambulatoriais de colonoscopia, resultaram próximos das taxas obtidas na literatura.
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
219
A nais
AVALIAÇÃO PROSPECTIVA E
COMPARATIVA DAS LESÕES CÍSTICAS
DO PÂNCREAS ASSINTOMÁTICAS E
SINTOMÁTICAS DETECTADAS PELA
ECOENDOSCOPIA ASSOCIADA À
PUNÇÃO ASPIRATIVA COM
AGULHA FINA
Temário: Endoscopia / Centro de treinamento
Autores: Diogo Peral Caetano / Hospital Ipiranga; José Celso
Ardengh / Hospital Nove de Julho; Danielle Padim Morgado
/ Hospital Ipiranga; Otávio Micelli Neto / Hospital Nove de
Julho.
Resumo
Introdução: O diagnóstico das lesões císticas tem aumentado
na última década, devido a aumento da tecnologia dos exames de
imagem, como: ultra-sonografia, tomografia, ecoendoscopia, CPRE,
220
ressonância magnética, entre outros. As lesões císticas pancreáticas
podem ser classificadas em mucinosas e não mucinosa. Dentre as
mucinosas podemos dividi-las em 3 tipos: cistoadenoma mucinoso
benigno (CAM benigno), cistoadenoma mucinoso maligno (CAM
maligno) e neoplasia intraductal mucinosa papilífera (IPNM). Já
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
os pacientes submetidos a EUS FNA foram obtidos os seguintes
resultados: 21,37% CAS. 0,45% von hippel-lindau, 0,45% lesão
vascular, 7,05% cisto simples, 0,68% cisto de retenção, 0,23% tumor
de frant´z, 0,23% cisto de duplicação, 1,36% abscesso, 21,81%
pseudocisto, 0,68% NET, 3,86% nódulos, 9,55% CAM, 32.28%
IPNM. Conclusão: como advento da ecoendoscopia com PAF, as
lesões císticas pancreáticas passaram a ter um melhor diagnóstico,
quanto aos seus tipos, assim sendo os tratamentos também foram
adequados aos diagnósticos, evitando que pacientes fossem
submetidos a tratamento intervencionistas desnecessários.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICOPATOLÓGICAS DAS LESÕES DE
CRESCIMENTO LATERAL (LSTS) DE
CÓLON DE ACORDO COM O ASPECTO
MACROSCÓPICO
Temário: Endoscopia / Centro de treinamento
Autores: Benilton Batista de Souza / USP; Nayana Camurca
de Araujo / USP; Elisa Ryoka Baba / USP.
Resumo
as lesões não mucinosas: cistoadenomas serosos (CAS), tumores
Introdução: As Lesões de Crescimento Lateral (LSTs) são lesões
neuroendócrinos císticos(NET) e outras lesões raras. Os CAS
precursoras do câncer colorretal, caracterizadas por sua progres-
tem evolução benignas, submetidos a cirurgia por dois motivos:
são lateral e circunferencial na parede do cólon. são classificadas
dificuldade de diagnóstico e sintomatologia. Já os CAM tem
em granulares e não granulares, de acordo com o aspecto de sua
potencial maligno, com tratamento cirúrgico como escolha. por
superfície, podendo ser subdivididas em granular homogênea
serem lesões de difícil diagnóstico, muitas vezes confundidas com
(GH), granular nodular (GN), não granular plano elevada (NGPE)
outras lesões, dá-se como auxilio diagnóstico a ecoendoscopia com
e não granular pseudo-deprimida (NGPD). Tais lesões são menos
punção aspirativa por agulha fina (EUS FNA). Objetivo: Avaliar e
invasivas que lesões polipoides de mesmo tamanho, podendo ser
quantificar o papel da EUS FNA no diagnóstico das lesões císticas
tratadas por via endoscópica. Estudos prévios demonstraram que
do pâncreas. Materiais e métodos: O presente estudo consiste
as LSTs diferem com relação ao risco de malignidade e localização
em um levantamento prospectivo de todos os casos de lesões
no cólon. Objetivo: Avaliar e correlacionar as características clí-
císticas no período de 12 anos (jan de 2000 a dez de 2012), em um
nico-patológicas dos LSTs de cólon com o aspecto endoscópico.
serviço de endoscopia. Todos os pacientes foram submetido a EUS
Casuística e métodos: Estudo retrospectivo realizado no serviço
FNA (agulha 22 ga). Os dados foram padronizados formando um
de Endoscopia Gastrintestinal do HC-FMUSP, de Junho/09 a Ju-
banco de dados. Resultados: De todos os pacientes submetidos
nho/14. Resultados: Foram avaliadas 209 lesões de 178 pacientes
a EUS, 455 pacientes apresentaram algum tipo de lesão cística
(66,8% mulheres, idade média: 60,5 ±9,8 anos). Aspecto endos-
pancreática, desses 258 não apresentaram sintomas, 6 massa
cópico: GH (46,4%), GN (15,3%), NGPE (27,8%), NGPD (10,5%).
abdominal, 96 dor abdominal podendo estar associado a outro
O tamanho médio das lesões foi de 23 ± 15 mm, com o subtipo
sintoma,71 pancreatite, 1 diarreia, 1 diabete, 1 dispepsia, 11 febre,
GN apresentando maiores dimensões que os outros três subtipos
5 icterícia, 2 perda ponderal, 1 suspeita de indulinoma. A média de
(p < 0,000). Os tumores localizaram-se preferencialmente no cólon
idade é de 57,1 anos. Os exames apresentaram lesões do tamanho
direito (56,4%), sendo a maioria deles adenomas (77,5%). A locali-
médio de 3,1cm, sendo submetidos em média a 2 punções. de todos
zação da lesão não se correlacionou com o aspecto endoscópico (p:
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
0,326), nem com o tipo histológico (p: 0,09). O método de ressecção endoscópico foi o preferencial (85,6%). Houve correlação entre
o aspecto endoscópico e o tipo histológico, com os subtipos GH e
NGPE apresentando maior frequência de adenomas com displasia
de baixo grau, enquanto os subtipos GN e NGPD apresentaram
maior frequência de displasia de alto grau/carcinoma in situ (DAG/
CIS) e invasão submucosa (p< 0,001). Foram observados 15 casos
de câncer com invasão de submucosa, correspondendo a 5,2% dos
GH, 12,5% dos GN e 27,3% dos NGPD, estando ausente no subtipo
NGPE. Conclusão: No presente estudo, não houve diferenças de
localização no cólon entre os subtipos. Os métodos endoscópicos
foram o tratamento preferencial para ressecção das LSTs. Os achados histológicos de maior risco (DAG/CIS e invasão de submucosa)
foram mais comuns nos subtipos granular nodular e não granular
pseudo-deprimido, o que deve suscitar maior atenção quando da
ressecção desses tipos de lesão.
CASUÍSTICA DE ENTEROSCOPIA POR
CÁPSULA ENDOSCÓPICA DE UM
CENTRO TERCIÁRIO DE ENDOSCOPIA
DA CIDADE DE SÃO PAULO
Temário: Endoscopia / Centro de treinamento
Autores: Gisele de Fatima Cordeiro Leite / Hospital Sírio
Libanês; Fernando Pavinato Marson / Hospital Sírio Libanês;
Pablo Rodrigo de Siqueira / Hospital Sírio Libanês; Carlos
Alberto Cappellanes / Hospital Sírio Libanês; Kiyoshi Hashiba
/ Hospital Sírio Libanês.
Resumo
Introdução: O exame de cápsula endoscópica (CE) é a técnica
diagnóstica de escolha para o estudo de patologias do intestino
delgado permitindo a análise não invasiva da mucosa enteral.
A CE é considerada o terceiro teste diagnóstico em pacientes
com sangramento gastrointestinal de origem obscura (SGIO)
após avaliação convencional com endoscopia digestiva alta e
colonoscopia. Objetivo: Apresentar a casuística de enteroscopia
por cápsula endoscópica de um centro terciário de endoscopia da
cidade de São Paulo. Casuística: Relatórios de 303 exames de
cápsula endoscópica realizadas no período de Novembro de 2002 a
Julho de 2014. Método: Análise retrospectiva dos relatórios de 303
pacientes submetidos ao exame de cápsula endoscópica no Hospital
Sírio Libanês no período de Novembro de 2002 à Julho de 2014.
Resultados: Foram realizados 303 exames (161 pacientes homens
e 142 mulheres) no período estudado. A indicação mais comum foi
SGIO (55,4%, 168 exames), seguido por dor abdominal (18,8%,
57 exames) e alteração do hábito intestinal (11,2%, 34 exames).
Dentre os que fizeram a cápsula por SGIO 12,2%, (37 pacientes)
apresentavam sangramento ativo ou sinais de sangramento recente.
As principais causas de sangramento foram lesões vasculares (62%,
23 casos), úlceras (19%, 7 casos) e lesões elevadas (11%, 4 casos).
Em 8% dos casos, sangramento oriundo do cólon foi observado.
do total de pacientes 36 (11,9%) tiveram a CE introduzida via
endoscópica devido a incapacidade de deglutir ou anatomia alterada.
O exame foi completo (CE alcançou o cólon em 8 horas) em 280
casos (92,4%). Em 71 pacientes (23%) o exame foi considerado
normal. Três pacientes cursaram com retenção da CE no intestino
delgado. Todos apresentavam subestenose, um por doença de Crohn
(retirada por enteroscopia de duplo-balão), um por AINE (retirada
cirurgicamente) e outro por tumor (removida cirurgicamente).
Conclusão: A cápsula endoscópica é um importante método de
avaliação da mucosa enteral que tem sido cada vez mais utilizado na
prática clínica. O rendimento diagnóstico para doenças do intestino
delgado é alto e o número de complicações é baixo, o que faz da
cápsula uma valiosa modalidade diagnóstica.
COLANGIOSCOPIA NAS PATOLOGIAS
DOS DUCTOS BILIARES
Temário: Endoscopia / Centro de treinamento
Autores: Renata Nobre Moura / HC-FMUSP; Tomazo
Franzini / HC-FMUSP; Fred Olavo Aragão Andrade Carneiro
/ HC-FMUSP; Christiano Makoto Sakai / HC-FMUSP;
Everson Luiz de Almeida Artifon / HC-FMUSP; Paulo Sakai
/ HC-FMUSP; Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura /
HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: A visão endoscópica direta das vias biliopancreáticas
é certamente um dos maiores avanços na endoscopia terapêutica. O
uso da plataforma de colangioscopia de operador-único (SpyGlass)
é uma técnica promissora na avaliação de afecções tais como
estenoses de etiologia indefinida e coledocolitíase gigante. Essa é
a primeira série de casos brasileira utilizando o método. Métodos:
Reportamos uma série de 20 pacientes nos quais foi realizado
Spyglass com objetivos diagnósticos e terapêuticos. Resultados:
a maioria dos pacientes era do sexo feminino (60%), com idade que
variou de 14 a 94 anos (mediana de 48). Coledocolitíase foi a indicação
mais comum (12/20) e litotripsia eletrohidráulica (LEH) foi realizada
em 8 (66%). LEH foi realizada com sucesso em 7 pacientes (87,5%).
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
221
A nais
da
XIII S emana B rasileira
do
A parelho D igestivo
Fragmentação parcial dos cálculos ocorreu em um paciente com
tesia geral. Objetivo: Avaliar a viabilidade, segurança e eficiên-
desproporção cálculo-coledociana, sendo conduzido com colocação
cia de realizar colostomia com o auxilio de um colonoscópio e o
de prótese plástica e reabordagem endoscópica programada em 3
emprego da colopexia percutânea endoscópica, sem morbidade
meses. Nos casos de estenoses biliares de etiologia indeterminada,
adicional de exploração abdominal, em animais de laboratório.
foi possível a realização de biópsia sob visualização direta e exclusão
Métodos: Foram submetidos ao procedimento colonoscopico
de malignidade em 85%. Uma complicação ocorreu (perfuração
com realização da colostomia 5 animais, que foram acompanha-
duodenal) após dilatação balonada da papila. Conclusão: Foram
dos durante 7 dias onde foi avaliado: 1. Aceitação alimentar. 2.
demonstrados os benefícios do uso do Spyglass, principalmente
Aspecto, viabilidade e funcionamento da colostomia. Após o 7°
nos casos de coledocolitíase gigante e estenoses biliares de
dia todos os animais foram submetidos a colonoscopia controle,
etiologia indefinida. Outras potenciais vantagens como a redução da
seguindo se laparotomia. Resultados: a aceitação da dieta e
exposição à radiação deve ser confirmada em estudos prospectivos
a mobilidade do animal iniciou se no pós-operatório imediato e
posteriores.
foram satisfatórios. Quanto a aspectos técnicos da realização da
colostomia e sua funcionalidade, ocorreu em um animal retração
da colostomia. Durante um procedimento ocorreu uma lesão de
222
COLOSTOMIA ASSISTIDA POR
ENDOSCOPIA COM COLOPEXIA
PERCUTÂNEA EM MODELO PORCINO:
ESTUDO EXPERIMENTAL
Temário: Endoscopia / Centro de treinamento
Autores: Leonardo A. Bustamante L / Departamento de
Cirurgia do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo.; Marianny N. Sulbaran N.
/ Departamento de Cirurgia do Aparelho Digestivo da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.; Paulo
Sakai / Departamento de Cirurgia do Aparelho Digestivo
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.;
Eduardo G de Moura / Departamento de Cirurgia do Aparelho
Digestivo da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo.; Caio sergio Nahas / Departamento de Cirurgia
do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo.; Ivan Cecconello / Departamento
de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo.; Carlos Frederico Marques
/ Departamento de Cirurgia do Aparelho Digestivo da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
bexiga, tratada de imediato antes da realização da colostomia.
No 7° dia todos os animais foram submetidos a colonoscopia e
laparotomia exploradora que demonstram cavidade abdominal
integra. Conclusão: A colostomia endoscópica assistida com
colopexia em modelo experimental é um método viável e eficaz
para a realização de uma ostomia. A curva de aprendizagem é
bastante curta.
COMPARAÇÃO DOS ACHADOS
ECOENDOSCÓPICO E
ANATOMOPATOLÓGICO DE LESÕES
SÓLIDAS E CÍSTICAS DO PÂNCREAS
Temário: Endoscopia / Centro de treinamento
Resumo
Autores: Victor Rossi Bastos / Hospital Geral Roberto
Santos; Ingrid Puig Cardoso Silveira / Hospital Geral Roberto
Santos; Lourianne Nascimento Cavalcante / Hospital Geral
Roberto Santos; Bruno Frederico Oliveira Azevedo Medrado
/ Hospital Geral Roberto Santos; Igor Campos da Silva /
Hospital são Rafael; Igelmar Barreto Paes / Hospital Geral
Roberto Santos; Marcos Clarêncio Batista Silva / Hospital
Geral Roberto Santos.
Introdução: As indicações do emprego da colostomia nas
Resumo
doenças colorretais são na vigência da obstrução de colón, reto
ou anus, na doença diverticular em fase aguda, enterite de radia-
As particularidades anatômicas do pâncreas tornam sua avalia-
ção pós-radioterapia, nas fístulas perirretais complexas, nos trau-
ção bastante complexa, de modo que não são raras as situações
mas anorretais e na incontinência anal grave. Este procedimento
em que o diagnóstico preciso só é definido após a intervenção
é frequentemente necessário em pacientes críticos que podem
cirúrgica. Nesse contexto, vale destacar a utilidade da ecoen-
não serem capazes de tolerar uma laparotomia exploradora. A
doscopia, para a investigação de afecções pancreáticas, nota-
colostomia assistida por laparoscopia é um método alternativo
damente as lesões de pâncreas, sejam elas sólidas ou císticas. O
para colostomia, porém também necessita do emprego da anes-
método ecoendoscópico tem alta sensibilidade para a detecção
GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581
dessas lesões, especialmente as de dimensões menores, que
podem não ser visualizadas em imagens obtidas por ressonância magnética (RM) e, principalmente, por tomografia computadorizada (TC) de abdômen. Apesar de comprovada eficácia da
ecoendoscopia na identificação das afecções pancreáticas, seja
Autores: Alexsandro Sordi Libardoni / UNICAMP; Cristiane
Kibune Nagasako / UNICAMP; Ciro Garcia Montes /
UNICAMP; Jose Olympio Meirelles dos Santos / UNICAMP;
Fabio Guerrazi / UNICAMP; Ingrid Neves dos Santos /
UNICAMP; Maria Aparecida Mesquita / Unicamp; Leonardo
Trevizan Monici / Unicamp.
cística ou sólida, a correlação com o diagnóstico anatomopatológico de peças cirúrgicas é i
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