ASTM CODENT GAEDOW 33(SUPL.1): 29-581 ISSN 0101-7772 Volume 33 - Suplemento n01 - Out/Dez, 2014 Anais da XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo Órgão oficial da E ditorial Prezados (as) colegas e amigos (as), Com grande entusiasmo, preparamos mais uma edição da Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD). Recebemos vocês de braços abertos e tenham a certeza que nos dedicamos fortemente para oferecer uma extensa e densa programação científica, magistralmente equilibrada entre as práticas clínicas e cirúrgicas do dia a dia e o que há de mais atual na terapêutica das nossas principais doenças. Nossa lembrança a todos os autores de trabalhos científicos, seja no formato pôster, tema livre ou vídeo. Certamente a disseminação de suas pesquisas na nossa Semana contribuirá ao avanço da ciência nacional em nossas diversas temáticas que envolvem o Aparelho Digestivo. Nesses anais, você poderá pesquisar e se atualizar com o que há de mais novo, sendo analisado e desenvolvido por nossos estudantes, residentes e pesquisadores. Amigos (as), a comissão organizadora e o Rio de Janeiro lhes dão as boas-vindas à SBAD 2014 - o principal encontro multidisciplinar de nossas queridas especialidades: gastroenterologia, endoscopia e cirurgia do aparelho digestivo. Um grande abraço, José Roberto de Almeida Presidente da XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo Gastroenterologia Endoscopia Digestiva A Revista GED – Gastrenterologia Endoscopia Digestiva é o órgão oficial de circulação trimestral da SOBED (Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva), da FBG (Federação Brasileira de Gastroenterologia), da SBH (Sociedade Brasileira de Hepatologia), do CBCD (Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva) e da SBMD (Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva). Fundada pelo Capítulo de São Paulo da SOBED em 1982, durante a gestão do Prof. Dr. Arnaldo José Ganc. Registrado na Lei de Imprensa em 19/11/1981, sob o nº 1.870, Lv. A, no 5o Registro de Títulos e Documentos de São Paulo. Indexada nas seguintes bases de dados LILACS, SCOPUS, EMBASE/EXCERPTA MÉDICA, LATINDEX e ADSAÚDE Editor Chefe Paulo Roberto Arruda Alves (SP) Editores Responsáveis José Murilo Robilotta Zeitune (SP) – Gastroenterologia Nelson Adami Andreollo (SP) – Cirurgia Digestiva Paulo Roberto Arruda Alves (SP) – Endoscopia Digestiva Rimon Sobhi Azzam (SP) – Motilidade Digestiva Aécio Flávio Meirellez Souza (SP) – Hepatologia Editores Associados Arnaldo J. Ganc (SP) Jaime Natan Eisig (SP) Eduardo Luiz Rachid Cançado (SP) Marcelo Averbach (SP) Sânzio S. Amaral (SP) Conselho Editorial – Brasil Admar Borges da Costa Jr. (PE), Ana Maria Pittella (RJ), Antonio Frederico N. Magalhães (SP), Artur Parada (SP), Bruno Zilberstein (SP), Claudio Coy (SP), Deborah Crespo (PA), Decio Chinzon (SP), Edmundo Pessoa Lopes (PE), Edna Strauss (SP), Edson Pedro da Silva (SC), Everson Artifon (SP), Flair Carrilho (SP), Flavio Quilici (SP), Henrique Coelho (RJ), Hugo Cheinquer (RS), Ismael Maguilnik (RS), João Carlos Andreolli (SP), João Galizzi Filho (MG), José Galvão Alves (RJ), Julio Cesar U. Coelho (PR), Lix A.R. Oliveira (SP), Lorete M.S. Kotze (PR), Lúcia Câmara Castro Oliveira (RJ), Luiz Gonzaga Vaz Coelho (MG), Luiz Pimenta Modena (SP), Luiz Roberto Lopes (SP), Márcio M. Tolentino (SP), Marcus Túlio Haddad (RJ), Mario Pessoa (SP), Martha Pedroso (SP), Maurício Fernando de Almeida Barros (SP), Orlando J.M. Torres (MA), Paulo Bittencourt (BA), Paulo R. Ott Fontes (RS), Paulo Roberto Savassi Rocha (MG), Paulo Sakai (SP), Ramiro Mascarenhas (BA), Raymundo Paraná (BA), Ricardo A. Refinetti (RJ), Roberto Dantas (SP), Sérgio Gabriel Barros (RS), Tomas Navarro Rodriguez (SP), Venâncio A.F. Alves (SP), Vera Lúcia Andrade (MG), Walton Albuquerque (MG) Editores Internacionais Daniel Sifrim (Bélgica), Dirk J. Gouma (Holanda), Helena Cortez Pinto (Portugal), Jorge Daruich (Argentina) Expediente Editorial Coordenadora Geral: Fátima Lombardi dos Santos Endereço da Secretaria Editorial da Revista GED: Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.391, Conj. 102 – 01452-000 – São Paulo, SP Tel.: (11) 3813-1610 – Fax: (11) 3032-1460 E-mail: [email protected] Tiragem: 7.000 exemplares Periodicidade: trimestral Circulação: nacional para todos os associados da SOBED, FBG, SBH, CBCD e SBMD Números anteriores e separatas: [email protected] Editoração Eletrônica, Distribuição, Impressão e Publicidade E-mail: [email protected] Tel.: (11) 3186-5600 Diretoria das Sociedades Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) Diretoria Biênio 2013-2014: Presidente: João Carlos Andreoli • Vice-Presidente: Ramiro Robson Fernandes Mascarenhas • 1º Secretário: Jairo Silva Alves • 2ª Secretária: Silvana Dagostin • 1º Tesoureiro: Dalton Marques Chaves • 2º Tesoureiro: Luis Fernando Tullio • Sede: Rua Peixoto Gomide, 515 – cj. 14 – 01409-001 – São Paulo, SP – Tel/Fax: (11) 3148-8200/ 3148-8201 – e-mail: [email protected] – site: www.sobed.org.br Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) Diretoria Biênio 2013-2014: Presidente: José Roberto de Almeida • Vice-Presidente: Mauro Bafutto • Secretário Geral: Adávio de Oliveira e Silva • 1ª Secretária: Roberta Cavalcante de Almeida • Diretor Financeiro: Roberto Magalhães M. Filho • Coordenador do FAPEGE: José Galvão-Alves • Presidente-Eleita (2015-2016):. Maria do Carmo Friche Passos • Sede: Av. Brig. Faria Lima, 2391, 10º andar – cj. 102 – 01452-000 – São Paulo, SP – Tel: (11) 3813-1610/ 3813-1690. Fax: (11) 3032-1460 – e-mail: [email protected] – site: www.fbg.org.br Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) Diretoria 2014-2015: Presidente: Edison Roberto Parise • 1º Vice-Presidente: Cláudio G. Figueiredo Mendes • Secretária Geral: Edna Strauss • Secretário Adjunto: Hugo Cheinquer • 1º Tesoureiro: Isaac Altikes • Sede: Av. Brigadeiro Faria Lima, 2391 cj. 102 | São Paulo - SP - CEP 01452-000 | Telefone: (11) 3812-3253 • (11) 3032-3125 (fax) | secretaria@ sbhepatologia.org.br Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) Diretoria Biênio 2013-2014: Presidente: Ivan Cecconello • Vice-Presidente: Nicolau Gregori Czezko • 1º Secretário: Nelson Adami Andreollo • 2º Secretário: José Eduardo Pereira Monteiro da Cunha • 1º Tesoureiro: Marco Aurélio Santo • 2º Tesoureiro: Paulo Herman • Presidente-Eleito (2015-2016): Bruno Zilberstein • Sede: Av. Brig. Luís Antonio, 278 – 6º andar – salas 10/ 11 – 01318-901 – São Paulo, SP – Tel: (11) 3289-0741/ 3266-6201/ 3288-8174. Fax: (11) 3288-8174 – e-mail: [email protected] – site: www.cbcd.org.br Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva (SBMD) Diretoria - Gestão 2012-2014: Presidente: Sânzio Santos Amaral • Vice-Presidente: Sérgio Gabriel S. Barros • Secretária Geral: Angela C. G. M. Falcão • 1o Secretária: Stella M. M. Regadas • 1o Tesoureiro: Luiz Henrique S. Fontes • 2º Tesoureiro: Wellington M. Machado. Sede: Av. Brigadeiro Faria Lima, 2391, Conj. 102, Jardim Paulistano – 01452-000 – São Paulo, SP – Fone: (11) 3518-9117 – e-mail: [email protected] – site: www.sbmd.org.br Informações aos Autores Modificado em setembro de 2012 A GED, órgão oficial da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – SOBED, da Federação Brasileira de Gastroenterologia – FBG, da Sociedade Brasileira de Hepatologia – SBH, do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva – CBCD e da Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva – SBMD, tem por objetivo a divulgação de trabalhos que contribuam para o progresso da Gastroenterologia, da Endoscopia Digestiva, da Hepatologia, da Cirurgia Digestiva e da Motilidade Digestiva. são publicáveis as colaborações que, enviadas à Secretaria da GED (Av. Brig. Faria Lima, 2.391 – 10o andar – cj. 102 –1452-000 – São Paulo, SP, e-mail [email protected]), forem aceitas pelo Conselho Editorial e não tenham sido previamente publicadas e nem o venham a ser, simultaneamente, em outros periódicos. serão aceitos artigos escritos na língua portuguesa. A critério do Conselho Editorial, poderão ser considerados manuscritos em língua inglesa e castelhana. A GED adota as regras da Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals emitidas pelo International Co mmittee for Medical Journal Editors, disponível na Internet (http:// www.i cmje.org). Conteúdo da GED Editoriais Destinam-se à apresentação de temas de natureza polêmica, atual e de impacto, nos quais os editores da GED percebam a necessidade de manifestar de forma sintética a visão destes editores, abordando ou não artigos publicados na GED. serão escritos pelos editores e/ou membros do Conselho Editorial ou, mediante convite, por outros especialistas. Artigos Originais De pesquisa clínica e/ou experimental, devem apresentar a aprovação da pesquisa pelo Conselho de Ética do hospital, serviço ou instituição onde o trabalho foi realizado. Os artigos devem ser estruturados com os seguintes itens: Resumo e Unitermos, Su mmary e Keywords, Introdução, Métodos, Resultados, Discussão, Conclusões e Referências (acompanhado de unitermos). O título do Artigo Original deverá ser bilíngue (português e inglês). Introdução – Em que se apresenta a justificativa para o estudo, com referências relacionadas ao assunto e o objetivo do artigo. Métodos – Em que se apresentam: a) descrição da amostra utilizada; b) mencionar se há consentimento informado; c) identificação dos métodos, aparelhos e procedimentos utilizados, de modo a permitir a reprodução dos resultados pelos leitores; d) breve descrição e referências de métodos publicados mas não conhecidos amplamente; e) descrição de métodos novos ou modificados; f) se for o caso, referir a análise estatística utilizada, bem como os programas empregados. Resultados – Em que serão apresentados os resultados em sequência lógica, em forma de texto, tabelas e ilustrações; recomenda-se evitar repetição excessiva de dados em tabelas ou ilustrações e no texto. No texto, números menores que 10 serão grafados por extenso; de 10 em diante, serão expressos em algarismos arábicos. Discussão – Em que serão enfatizados: a) os aspectos originais e importantes do artigo, evitando repetir dados já apresentados anteriormente; b) a importância e as limitações dos achados, confrontando com dados da literatura; c) a ligação das conclusões com os objetivos do estudo; d) as conclusões decorrentes do estudo. Referências – As Referências devem ser numeradas na ordem em que são citadas primeiramente no texto. Elas devem seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals – http://www.i cmje.org. Alguns exemplos mais comuns são apresentados a seguir. Exemplos: 1. Artigo padrão em periódico (devem ser listados todos os autores; se houver mais de seis, citar os seis primeiros, seguidos por et al..): Alper CA, Kruskal MS, Marcus-Bagle Y, Craven DE, Katz AJ, Brint SJ, et al... Genetic prediction of response to hepatitis B vaccine. N Engl J Med. 1989;321:70812. 2. Autor institucional: NHI Consensus Development Panel on Helicobacter pylori in Peptic Ulcer Disease. Helicobacter pylori in peptic ulcer disease. JAMA. 1994;272:65- 9. 3. Livro com autor(es) responsável(is) por todo o conteúdo: With TK. Bile pigments. New York: Academic Press, 1968. 4. L ivro com editor(es) como autor(es): Magrath I, editor. The non-Hodgkin’s limphomas. 2nd ed. London: Arnold, 1997. 5. Capítulo de livro: Warshaw AL, Rattner DW. Residual co mmon duct stones and disorders of duodenal ampullae.`In: Ellis H, editor. Maingot’s abdominal operations. New York: Lange Publishers, 1990:1471-2 Os títulos dos periódicos devem ser abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed). Se o periódico não constar dessa lista, grafar o nome por extenso. Tabelas – As tabelas devem possuir um título sucinto, com itens explicativos dispostos em seu pé. Devem ser numerados sequencialmente com algarismos arábicos. Figuras – serão aceitas figuras em preto e branco. Figuras coloridas poderão ser publicadas quando forem essenciais para o conteúdo científico do trabalho; nesses casos, o ônus de sua publicação caberá aos autores. Artigos de Revisão Somente serão aceitos quando, a convite dos editores da publicação, fizerem parte da linha de pesquisa do autor, comprovada pela presença de artigos originais na bibliografia e citados no texto. Informações aos Autores Relato de Caso Devem ser objetivos e precisos, contendo os seguintes itens: 1) Resumo e Unitermos, Su mmary e Keywords; 2) Introdução; 3) Relato objetivo; 4) Discussão; 5) Conclusões; 6) Referências. O título do Relato de Caso deverá ser bilíngue (português e inglês). Cartas ao Editor Cartas endereçadas ao(s) editor(es) serão consideradas para publicação se promoverem discussão intelectual sobre determinado artigo de publicação recente. Devem conter título informativo e não mais que 500 palavras. Se aceita, uma cópia será enviada ao autor do trabalho que suscitou a discussão, com convite para submeter uma réplica que será publicada junto com a carta. Conflito de interesses Conforme determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (RDC 102/2000) e do Conselho Nacional de Saúde (196/96) o(s) autor(es) deve(rão) tornar explícito, por meio de formulário próprio (Divulgação de potencial conflito de interesses), qualquer potencial conflito de interesse relacionado ao artigo submetido. A presente exigência visa informar sobre relações profissionais e/ ou financeiras (como patrocínios e participação societária) com agentes financeiros relacionados aos produtos farmacêuticos ou equipamentos envolvidos no artigo, os quais podem teoricamente influenciar as interpretações deste. A existência ou não de conflito de interesses declarado estará ao final de todos os artigos publicados. Bioética de experimentos com seres humanos Experimentos envolvendo seres humanos devem seguir resolução específica do Conselho Nacional de Saúde (196/96), disponível na Internet (http://conselho.saúde.gov.br//docs/Resoluções/Reso/96de96.doc), incluindo a assinatura de um termo de consentimento informado e a proteção da privacidade dos voluntários. Bioética de experimentos com animais Experimentos envolvendo animais devem seguir resoluções específicas (Lei 6.638, de 8/5/1979, e Decreto 24.645, de 10/7/1934). Ensaios clínicos Artigos que contêm resultados de ensaios clínicos deverão possibilitar todas as informações necessárias à sua adequada avaliação, conforme previamente estabelecido. Os autores deverão refeir-se ao “CONSORT” (www.consort.statement.org). Revisão pelos pares Todos os artigos submetidos serão avaliados por dois revisores, os quais emitirão parecer fundamentado que servirá para o(s) editor(es) decidir(em) sobre sua aceitação. Os critérios de avaliação incluem originalidade, contribuição para corpo de conhecimento da área, adequação metodológica, clareza e atualidade. Os artigos aceitos para publicação poderão sofrer revisões editoriais para facilitar sua clareza e entendimento sem alterar seu conteúdo. Direitos autorais Todas as declarações contidas nos artigos serão da inteira responsabilidade dos autores. Aceito o artigo, a GED passa a deter os direitos autorais do material. Assim, todos os autores dos artigos submetidos à GED devem encaminhar um Termo de Transferência de Direitos Autorais. O autor responsável pela correspondência receberá 20 separatas impressas do artigo e o arquivo correspondente em formato pdf. Como enviar o artigo O(s) autor(es) deve(m) encaminhar: • Carta de apresentação assinada por todos os autores ou pelo primeiro autor em nome dos demais, contendo: 1) informação à respeito de submissão prévia ou dupla ou submissão de qualquer parte do artigo atual; 2) uma declaração de relações, financeiras ou não, que possam levar a conflito de interesses; 3) uma declaração de que o artigo foi lido e aprovado por todos os coautores e que os critérios necessários para a declaração de autoria (consultar Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals) foram alcançados por todos os autores e que cada autor afirma que os dados do manuscrito são verdadeiros; 4) nome, endereço, telefone e e-mail do autor para correspondência; ele será o responsável pela comunicação com os outros autores a respeito de revisões e provas gráficas. • Termo de Divulgação de Potencial Conflito de Interesses. • Termo de Transferência de Direitos Autorais. • Três cópias do artigo, digitado em espaço duplo, impressas em papel tamanho carta em somente um dos lados, com margens de 2,5 cm e espaço duplo, numerando as páginas no canto superior direito; as legendas das figuras, as figuras propriamente ditas e as tabelas devem vir ao final, anexadas a cada cópia; assinalar no texto os locais adequados para inserção de figuras e tabelas. • Três conjuntos de figuras em cópia fotográfica brilhante. • Um CD contendo somente um arquivo do texto, correspondente ao artigo, e os arquivos correspondentes a fotos ou figuras. Como preparar o CD • CD formatado compatível com IBM/PC; • Usar editor de texto Microsoft Word para Windows; • O arquivo de texto deve conter somente o texto, da página-título até as referências, e as tabelas; •A s figuras não devem ser incluídas no mesmo arquivo do texto; • Colocar no CD a última versão do artigo, idêntica à versão impressa; • Etiquetar o CD informando o programa e a versão utilizados, bem como o nome do arquivo. A submissão do artigo pelo correio eletrônico (e-mail) possibilita maior agilidade no procedimento de revisão. Para isso, será necessário o envio dos arquivos contendo o texto e as figuras para o e-mail da GED ([email protected]). Mensagem aos editores com identificação dos autores deve ser enviada, acompanhada dos endereços convencional e eletrônico e de informações sobre o formato utilizado. O artigo deverá ser enviado em anexo, como attachment, no formato Word para Windows. As figuras deverão estar nos formatos jpeg ou tiff. Informations to Authors GED is the official journal of the Brazilian Society of Digestive Endoscopy – SOBED, the Brazilian Federation of Gastroenterology – FBG, the Brazilian Society of Hepatology – SBH, the Brazilian College of Digestive Surgery – CBCD, and of the Brazilian Society of Digestive Motility – SBMD, and the purpose of the journal is to publish papers that may contribute towards the progress of Gastroenterology, Digestive Endoscopy, Hepatology, Digestive Surgery and Digestive Motility. Papers sent to the GED Secretariat (Av. Brig. Faria Lima, 2.391 – 10o andar – cj. 102 –1452-000 – São Paulo, SP, Brazil, e-mail [email protected]), which are accepted by the Editorial Board, and which have not been previously or will not be concomitantly published in other journals may be published. Papers drafted in the portuguese language will be accepted. At the discretion of the Editorial Board, papers in the Spanish and in the English language may also be accepted. GED adopts the Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals of the International Co mmittee for Medical Journal Editors, available in the Internet (http://www.i cmje.org). GED Contents Editorials Intended to present polemic, current, and impacting topics whenever GED editors feel the need to present their view in a synthetic manner, whether or not such topics are presented in GEDpublished papers. Editorials are written by the editors and/or by Editorial Board members, or by invited specialists. Original Articles Clínical and/or experimental research papers should present the approval of the research given by the Ethics Co mmittee of the hospital, clinic, or institution were the study was carried out. The following items must be included: Su mmary (and keywords), Introduction, Methods, Results, Conclusions, References, and Su mmary and Keywords. The title of the Original Article must be bilingual (Portuguese and English). Introduction – Presents the justification for the study, with references related to the topic and the objective of the paper. Methods – Presenting: a) description of the sample used; b) mention whether or not an informed consent has been obtained; c) identification of methods, devices, and procedures used in order to permit reproduction of the results by the readers; d) brief description and references to methods that have been published but that are not broadly know; e) description of new methods or of modified methods; f) mention the statistical analysis or the software used, as the case may be. Results – Presenting results in a logical sequence, in text format with tables and illustrations; authors should avoid excessive information repetition in the tables and illustrations and in the text. In the text, numbers below ten will be written in full, whereas numbers 10 and beyond will be written in Arabic numbers. Discussion – Emphasis will be given to: a) original and major aspects of the paper, without repetition of the aspects previously presented; b) relevance and limitations of the findings, comparing them to information in the literature; c) connection of the conclusions to the objectives of the study; d) conclusions arising out of the study. References – Bibliographic references should appear in the order in which they are first quoted in the text. They should follow the Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals – http://www. i cmje.org. Some of the more usual example are presented. Examples: 1. Standard paper in journals (all authors must be listed; if they are more than six, list the first six followed by et al..): Alper CA, Kruskal MS, Marcus-Bagle Y, Craven DE, Katz AJ, Brint SJ, et al... Genetic prediction of response to hepati tis B vaccine. N Engl J Med. 1989;321:708-12. 2. Autor institucional: NHI Consensus Development Panel on Helicobacter pylori in Peptic Ulcer Disease. Helicobacter pylori in peptic ulcer disease. JAMA. 1994;272:65- 9. 3. Book with author(s) responsible for the full text With TK. Bile pigments: New York: Academic Press, 1968. 4. B ook with editor(s) as author(s): Magrath I, editor. The non-Hodgkin’s limphomas. 2nd ed. London: Arnold, 1997. 5. Chapter of a book: Warshaw AL, Rattner DW. Residual co mmon duct stones and disorders of duodenal ampullae. In: Ellis H, editor. Maingot’s abdominal operations. New York: Lange Publishers, 1990:1471-2. The titles of journal should be abbreviated according to the Index Medicus (List of Journals Indexed). If the journal is not included in such list, write the name in full. Tables – Tables should have a su mmarized title, with explanatory co mments at the foot of the table. They should be sequentially numbered with Arabic numbers. Figures – Black and white figures will be accepted. Color figures may be published when they are essential for the scientific contents of the paper; in such case, the cost of publishing colored figures will be covered by the authors. Informations to Authors Letters to the Editor Letters sent to the editor(s) will be considered for publication if they carry an intellectual discussion regarding a recently published article. They should have an informative title and not more than 500 words. If accepted, a copy will be sent to the author of the paper that raised the discussion, with an invitation to submit a reply to be published together with the letter. Conflict of interests As determined by the Sanitary Surveillance Agency (RDC 102/2000) and by the National Health Council (196/96) author(s) should inform explicitly in the adequate form (Disclosure of potential conflict of interests) about any potential conflict of interests related to the paper submitted. This requirement is intended to inform about professional and/or financial relations (with sponsorships and corporate interests) with financial agents related to medical drugs or equipment involved in the paper, which may theoretically influence the interpretation of the paper. The existence or non-existence of a declared conflict of interests shall be included at the end of all articles published. Bioethics of experiments involving human beings Experiments involving human beings shall follow the specific resolution of the National Health Council available in the Internet address (http://conselho.saúde.gov.br//docs/Resoluções/Reso/ 96de96.doc), including the signature of an informed consent and the protection to volunteer privacy. Bioethics of experiments involving animals Experiments involving animals shall follow specific resolutions (Law 6,638, of May 8, 1979, and Decree 24,645, of July 10, 1934). Clínical Assays Article containing results of clínical assays should disclose all information required for their proper evaluation, as previously established. Authors shall refer to the “CONSORT” (www. consort. statement.org). Review by peers All articles submitted shall be evaluated by two analysts, who shall issue a fundamented opinion to be used by the editors to decide whether or not the paper will be accepted. Evaluation criteria include originality, contribution to the body of knowledge in the area, methodological adequacy, clarity, and contemporaneity. Articles accepted for publication may have editorial revisions to improve clarity and understanding without changing its contents. Copyrights All statements contained in the articles will be under the full responsibility of the authors. After and article is accepted, GED becomes the owner of copyrights of the material. Thus, all authors of the articles submitted to GED should also send a Deed of Copyright Assignment. The author incharge of receiving letters from the readers will receive 20 printed copies of the article and the corresponding pdf file. How to send a paper The author(s) should send: • a letter of submission signed by all authors or by the first author to appear in the list on behalf of all authors, containing: 1) information regarding a prior or double submission of any part of the paper being submitted; 2) a declaration of relations, financial or otherwise, that could lead to a conflict of interests; 3) a declaration that the article has been read and approved by all coauthors and that the criteria to claim authorship (see Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals) have been met by all authors and that each author represents that the information in the manuscript is true; 4) name, address, telephone number, and e-mail of the author who will receive letters; this author will be responsible to co mmunicate revisions and print proofs to the other authors. • Deed of Disclosure of a Potential Conflict of Interests. • Deed of Copyright Assignment. • Three copies of the paper typed in double space, printed in letter-sized paper only on the front (without printing on the back), margins of 2.5 cm and double space, with pages numbered in the upper right corner; figure legends, figures, and tables should be placed at the end, attached to each copy; indicate in the text the place to insert figures and tables. • Three sets of figures in shiny photographic copies. • a CD containing the text file only, with the paper text, and the files containing photographs or figures. How to prepare the CD • Formatted CD compatible with IBM/PC; • Use Microsoft Word for Windows text software; • The text file to contain only the text, from the title page to the references, and the tables; • Figures are not to be included in the text file; • Place in the CD the lest version of the paper, identical to the printed version submitted; • Label the CD informing the software and the version used, and the filed name. Submission of a paper by e-mail allows for greater efficiency of the revision procedures. For that purpose, the text and the figures files shall be sent to the GED e-mail ([email protected]). Messages to the editors with identification of the authors should be sent together with conventional and electronic addresses, and together with information about the format used. The paper shall be sent as an attachment, as a Word for Windows file. Figures shall be in the jpeg or tiff formats. ISSN 0101-7772 Índice Anais da XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo 23 a 26 de novembro de 2014 - Rio de Janeiro - RJ CBCD – ORAL Análise das Complicações após Esofagectomia por Neoplasia de Esôfago: 332 Pacientes • Avaliação do Perfil, da Adesão às Medidas Farmacológicas e/Comportamentais e o Impacto na Qualidade de Vida dos Portadores de DRGE após Cirurgia 29 Esôfago de Barrett: Análise dos Aspectos Clínicos e Terapêuticos • Intervalo entre Início dos Sintomas e Diagnóstico de Megaesôfago: Atraso do Diagnóstico 30 Níveis de PCR Como Preditor de Óbito em Pacientes Submetidos à Esofagectomia por Neoplasia de Esôfago • Uma Década após Ablação do Esôfago de Barrett com Plasma de Argônio: Análise Crítica das Técnicas de Ablação após Seguimento Tardio. 31 Antral Mucosal Diaphragm In Adults as a Cause of Gastric Outlet Obstruction: Case Report and Review of the Literature • Impacto da Solução de Carnoy no Número de Linfonodos Resgatados em Peças Cirúrgicas de Câncer Gástrico: Estudo Prospectivo Randomizado 32 Sobrevida após Gastrectomia no Câncer Gástrico em Idosos acima de 80 anos • Sobrevida após Gastrectomia no Câncer Gástrico em Jovens com Idade até 45 anos 33 Sobrevida após Gastrectomia no Câncer Gástrico Precoce • Tratamento Cirúrgico do GIST Gástrico 34 A Melhor Via de Administração para a Terapia Celular no Modelo Experimental de Síndrome de Small for Size em Ratos • Aplicabilidade Clínica da Elastografia Hepática em Carcinoma Hepatocelular em Lista de Transplante de Fígado tário Oswaldo Cruz nos Anos de 2010 e 2011 • Anemia Antes e Após Cirurgia Bariátrica: Prevalência e Evolução Pós-Operatória Até 05 Anos de Seguimento Avaliação da Influência das Modificações da Composição Corporal nos Níveis de Lactato Sanguíneo de Pacientes Obesos Mórbidos e Super-Obesos não Diabéticos Submetidos à Cirurgia Bariátrica 41 Correlação entre a Composição Corporal e a Capacidade Funcional, Avaliada por Teste de Caminhada, em Obesos Graves em Pré-Operatório de Cirurgia Bariátrica • Correlação entre a Força Muscular e a Composição Corporal em Obesos Mórbidos e Super-Obesos em Pré-Operatório de Cirurgia Bariátrica 42 Evolução da Resistência à Insulina após Cirurgia Bariátrica de acordo com a Gravidade da Obesidade 43 Hipertrofia Ventricular e Sobrecarga Ventricular Esquerdas em Obesos Mórbidos com Hipertensão Arterial Sistêmica em Pré-Operatório de Cirurgia Bariátrica – Análise Ecocardiográfica • Índice de Adiposidade Corporal – IAC Modificado para Estimativa de Gordura Corporal na Obesidade Mórbida 44 Aplicação de Critérios Altamente Seletivos é Essencial para Realização de Duodenopancreatectomia Laparoscópica • Baixa Mortalidade em 97 Duodenopancreatectomias Consecutivas: a Experiência de Um Grupo 45 35 Cirurgia Minimamente Invasiva para Tratamento de Tumor Sólido Pseudopapilífero do Pâncreas (Tumor de Frantz) • Efeito da Idade Avançada em Pacientes Submetidos à Colecistectomia Laparoscópica: Resultados Preliminares 46 Cirurgia para Hipertensão Portal Esquistossomótica • Qual o Impacto das Ressecções Videoassistidas na Difusão da Cirurgia Hepática Minimamente Invasiva? 36 Fístula Pancreática em Pós-Operatório de Pancreatectomias: Fatores de Risco e Tratamento 47 Tratamento Cirúrgico do Adenoma Hepático Roto: Experiência de 18 Anos • Tratamento Não Cirúrgico da Hipertensão Portal Esquistossomótica • Análise das Complicações Intra-Hospitalares no Pós-Operatório de Pacientes Submetidos à Reconstrução de Trânsito Intestinal 37 Pancreatectomia Central Totalmente Laparoscópica: Série de 4 Casos • Pancreatectomia Corpo-Caudal Videolaparoscópica: Experiência Inicial de um Serviço 48 49 Análise de Vias Identifica Il17 e Il1b como Reguladores do Processo Inflamatório em Pacientes com Doença de Crohn não Respondedores ao Anti-Tnfα • Diagnóstico da Contração Paradoxal do Puborretal em Mulheres Adultas: Eletroneuromiografia com Agulhas Concêntricas, Eletromanometria Anorretal e Teste de Expulsão do Balão 38 Papel da Ecoendoscopia na Avaliação da Indicação Cirúrgica em Pacientes Portadores de Neoplasia Cística Mucinosa do Pâncreas. Análise de 29 Pacientes do HUCFF/UFRJ. • Tumor Neuroectodérmico Primitivo da Cabeça Pancreática Laparoscopic Training Model Using Fresh Human Cadavers Without the Establishment of Penumoperitoneum • O Papel da Cinedefecografia no Diagnóstico da Contração Paradoxal do Puborretal em Mulheres Adultas Análise da Qualidade de Vida no Pós-Operatório de Pacientes Submetidos à Cirurgia Bariátrica no Hospital Universi- CBCD – SEÇÃO ESPECIAL 39 Caracterização Imunohistoquímica e Molecular dos Pacientes com Suspeita Clínica de Síndrome de Lynch (Sl) • Parâmetros Pressóricos Normais da Manometria Anorretal 51 52 40 Análise de Polimorfismos das Enzimas Ciclooxigenase-2 e Metilenotetrahidrofolato Redutase em Pacientes com Câncer do Esôfago • Fatores Preditivos de Sobrevida em Pacientes com Câncer Avançado do Esôfago GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 9 A nais Morbimortalidade da Ressecção Local Ampliada do Câncer Gástrico Avançado • Resultados Cirúrgicos de Pacientes Submetidos a Gastrectomias com Linfadenectomia D1 por Condições Clínicas Desfavoráveis 53 O Efeito Protetor Celular do Dissacarídeo Trissulfatado na Lesão Hepática Induzida por Isquemia e Reperfusão • Evolução Pós-Operatória Tardia de Obesos Graves Submetidos à Gastroplastia com Derivação em Y de Roux- Análise da Influência dos Enterohormônios no Reganho de Peso 54 CBCD – VÍDEO 10 Associação de Videolaparoscopia com Microcirurgia Endoscópica Transanal (Tamis) para Ressecção de Adenocarcinoma de Reto Médio – Relato de Caso • Colectomia Direita Ampliada Vlp com Anastomose Intracorpórea 56 Ressecção Videolaparoscópica de Cisto Broncogênico – Relato Videográfico Realizado no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ) • Retossigmoidectomia Videolaparoscópica Associada à Microcirurgia Endoscópica Transanal (Tamis) em Tempo Único no Tratamento de Tumores Colorretais Sincrônicos – Relato de Caso 57 Esofagectomia Toracoscópica e Laparoscópica no Tratamento Cirúrgico do Megaesôfago Avançado • Hiatoplastia com Fixação de Pericardio Bovino e Fundoplicatura a Nissem, Associado à Dilatação Intraoperatória de Estenose Péptica, em Paciente com Estenose Péptica e Esôfago Curto 58 Linfadenectomia Paratraqueal e Recorrencial em Câncer Esofágico: Descrição da Técnica • Operação de Merendino por Via Laparoscópica para Tratamento de Adenocarcinoma de Cardia Siewert II • Tratamento Videolaparoscópico de Fístula Esofagogástrica em Fundoplicatura 59 Gastrostomia por Videolaparoscopia com Recursos da Endoscopia • Ressecção de Adenocarcinoma Gástrico por Videolaparoscopia no Estômago Excluso após Bypass 60 Allps: Como Operar e Selecionar os Pacientes 61 62 Capilaríase Hepática Mimetizando Malignidade - Relato de Caso • Hepatectomia Direita Totalmente Videolaparoscópica para Tratamento de Adenoma Hepático Gigante • Hepatectomia Esquerda Híbrida: um Método Acessível de Cirurgia Minimamente Invasiva da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Tratamento das Hérnias Inguinais por Videocirurgia pela Técnica Tapp • Abordagem Laparoscópica em Pós - Operatório Precoce de Complicação após Bypass em Y de Roux. 67 Correção Laparoscópica de Hérnia Interna e Rafia do Espaço de Petersen em Abdome Agudo Obstrutivo Pós-Gastroplastia com Bypass Gastroenteral • Gastrectomia Vertical Laparoscópica após Transplante Hepático 68 Tratamento Laparoscópico de Deslizamento de Anel após Cirurgia de Fobi-Capella Convencional: Reconfecção de Bolsa Gástrica • Cistojejunostomia em Y de Roux Videolaparoscópica para Tratamento de Pseudocisto Pancreático em Paciente com Bypass Gástrico Prévio • Gastro Duodeno Pancreatectomia Videolaparoscópica 69 CBCD PÔSTER Neovesícula com Cálculo Biliar Recorrente em Síndrome Pós-Colecistectomia: Relato de Caso • Síndrome de Mirizzi em Gestante - Relato de Caso 71 Trombose de Veia Mesentérica Superior com Tratamento Cirúrgico - Relato de Caso • Abdome Agudo Obstrutivo por Metástase Jejunal de Adenocarcinoma de Cólon 72 Abordagem Pré-Operatória do Paciente com Megacólon Tóxico em Unidade de Terapia Intensiva 73 Colectomia Total com Amputação Abdomino-Perineal devido Doença de Crohn em Paciente Jovem - Relato de Caso • Embolização Arterial Seletiva de Angiodisplasia Colônica • Fitobezoar: Um Relato de Obstrução Intestinal por Impactação de Sementes de Acerola em Reto. 74 Histiocitose de Células de Langerhans em Cólon - Relato de Caso 75 Influência do Preparo Intestinal Mecânico na Formação de Aderências Peritoneais em Cirurgia Colorretal: Estudo Experimental em Cães • Influência do Preparo Intestinal Mecânico na Pressão de Ruptura da Anastomose ColoCólica: Estudo Experimental em Cães 76 Ingestão Maciça de Corpo Estranho - Tóxico - Cocaína Relato de Caso • Intussuscepção Intestinal em Adulto Relato de Caso 77 78 Ressecção Hepática de Hepatocarcinoma Gigante • Ressecção Regrada Videolaparoscópica de Segmento 3 Hepático em Paciente com Ascite e Peritonite Encapsulante 63 Intussuscepção Intestinal em Adultos: Importância da Correlação Ultrassonográfica, Cirúrgica e AnatomopatológicaRelato de Caso e Revisão da Literatura • Intussuscepção Intestinal por Lipoma em Cólon Ascendente Reparo Intestinal Minimamente Invasivo em Acidente por Curetagem Uterina • Colecistectomia Laparoscópica com Duas Punções e Utilização de Agulhas em Formato de Anzol 64 Lipoma no Cólon Direito: Relato de Caso • Mucocele de Apêndice: Relato de Caso 79 Esplenectomia Videolaparoscópica sem e uso de Grampeadores: Treinamento de Residentes em Videolaparoscopia Avançada • Gossibipoma Tratado por Videolaparoscopia 65 Neoplasia Maligna de Reto Baixo em Paciente Jovem • Obstrução Intestinal por Vólvulo de Sigmoide 80 81 Herniorrafia Incisional Complexa por Via Laparoscópica • Ressecção Laparoscopica de Leiomiossarcoma de Mesentério 66 Perfil dos Pacientes Ostomizados do Hospital de Base • Polipose Adenomatos a Familiar: Um Relato de Caso Polipose Hamartomatosa Juvenil - Relato de Caso • Pólipo 82 GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 de Apêndice: Relato de Caso Prevenção de Hérnia Paraestomal, com Reforço em Tela de Polipropileno em um Paciente com Neoplasia de Reto: Relato de Caso em um Hospital de Referência na Amazônia 83 Proctocolectomia Restorativa com Ileoneorreto-Anastomose no Tratamento Cirúrgico da Polipose Adenomatosa Familiar em Crianças • Prolapso Pélvico Multicompartimental - Associação de Múltiplos Procedimentos Abdômino-Perineais: Relato de Caso 84 Relato de Caso de Adenocarcinoma de Reto Localmente Avançado • Relato de Caso: Abaixamento Retro-Retal do Cólon com Anastomose Colorretal na Doença de Hirschsprung 85 86 Relato de Caso: Hérnia Diafragmática de Cólon como Causa de Empiema Pleural • Relato de Casos Clínicos de Mucoce- 87 Relato de Caso: Diverticulite Complicada le de Apêndice com Apresentacões Clínicas Distintas Seguimento Clínico a Longo Prazo de Crianças com Displasia Neuronal Intestinal • Síndrome de Gardner: Relato de Caso 88 Infecção por Enterobius Vermicularis Mimetizando Apendicite Aguda: Relato de Caso com Descrição Morfológica e Revisão da Literatura 89 Tratamento de Fissura Anal Crônica Associada a Prolapso Hemorroidário por Aplicação Intraesfincteriana de Toxina Botulínica Tipo “A” - Relato de Caso • Tumor Obstrutivo Cólon Ascendente devido à Neoplasia Endócrina Múltipla: Relato de Caso 90 Tumor Sincrônico de Cólon: um Relato de Caso • Vasculite Mesentérica no Pós-Operatório de Apendicectomia Videolaparoscópica: Relato de Caso 91 Reconstrução de Trânsito Videolaparoscópica Pós Retossigmoidectomia a Hartmann por Diverticulite Aguda Complicada • Tratamento Cirúrgico de Fístula Uretrocistoretal Pós Radioterapia para Tratamento de Neoplasia de Próstata 92 Videolaparoscopia combinada com a Via Vaginal para Retossigmoidectomia por Endometriose • Carcinoma Espinocelular em Divertículo de Zenker • Orientações na Perfuração Esofágica - Experiência de um Centro Especializado 93 Redundância da Coloplastia como Causa de Disfagia Tardia Após Esofagocoloplastia para Tratamento da Estenose Cáustica do Esôfago • Abordagem de Lesão Extra Mucosa do Terço Médio do Esôfago - Técnica Cirúrgica 94 Abordagem do Trauma Esofágico Distal em Urgência e Emergência - Relato de Caso 95 Acalásia Idiopática: Tratamento Cirúrgico pela Técnica de Serrá-Dória • Avaliação dos Resultados da Esofagectomia Indicada para o Tratamento do Câncer e de Afecções Benignas do Esôfago 96 Avaliação dos Resultados do Tratamento Cirúrgico em Pacientes Portadores de Estenose Cáustica de Esôfago • 97 Carcinoma Epidermoide em Terço Distal de Esôfago sem Fatores de Risco Classicamente Conhecidos – Relato de Caso Carcinoma Epidermoide Invasivo em Transição Esôfago Gástrica: Apresentação Atípica em Tumor de Transição Esôfago Gástrica – Relato de Caso • Carcinoma Neuroendócrino do Esôfago: Relato de Caso 98 Câncer de Esôfago Avançado em um Hospital de Referência em Belém do Pará • Esôfago Negro em Paciente Etilista 99 Identificação dos Tipos Psicológicos em Pacientes com Câncer de Esôfago: Contribuições para a Equipe Clínica e Multidisciplinar • Leiomioma Sintomático em Esôfago 100 Megaesôfago Chagásico Submetido à Cardioplastia a ThalHatafuku e Tratamento Complementar: Relato de Caso • Um Caso Raro de Múltiplas Metástases Cutâneas de Carcinoma Epidermoide do Esôfago 101 Esôfago-Gastrectomia por Vídeo com Toracoscopia em Decúbito Ventral por Adenocarcinoma de Esôfago • Tratamento Videolaparoscópico da Úlcera Gástrica Perfurada: Uso do Ligamento Redondo Como Alternativa ao Reforço com Omento Maior 102 Lipoma Gástrico Infantil: Relato de Caso do Tratamento Cirúrgico e Revisão da Literatura 103 Tumor Desmoide Abdominal Gigante: Relato de Caso • Uma Nova Técnica de Gastrostomia Cirúrgica a Partir de Conceitos da Gastrostomia Endoscópica • Adenocarcinoma Gástrico: Um Relato de Caso 104 105 Cisto de Duplicação Gástrico: Discussão da Abordagem Tera106 pêutica • Gastrectomia Total com Esplenectomia e PancreaCâncer Gástrico Avançado: Relato de Caso tectomia Corpo - Caudal por Tumor Gástrico Avançado Gastrite por Refluxo Biliar Pós-Gastrectomia a Billroth Ii (Bii) • GIST Gástrico de 13Kg em Paciente Assintomático 107 Neoplasia Gástrica Avançada: Um Relato de Caso • Neoplasia Gástrica em Paciente com Leucemia Mieloide Crônica: Relato de Caso 108 Perfil Glicêmico e Lipídico em Pacientes Submetidos à Cirurgia Bariátrica em Hospital da Rede Privada de São Luís-MA • Pseudotumor Gástrico Obstrutivo Causado pelo CMV em Paciente com Sida: Relato de Caso e Revisão do Tratamento Cirúrgico 109 Relato de Caso - Neoplasia Gástrica em Adulto Jovem • Relato de Caso: Abordagem de um Tumor Gigante do Estroma Gastrintestinal (GIST) 110 Resultados da Gastrectomia Radical para o Câncer Gástrico: Relato de Casos e Revisão da Literatura 111 Tumor do Estroma Gastrointestinal (GIST): Relato de um Caso em Paciente Jovem • Tumor Gástrico Evoluindo para Obstrução Intestinal Baixa: Um Relato de Caso 112 Úlcera Gástrica Perfurada em Parede Posterior • Corpo Estranho Gástrico - Tratamento Laparoscópico 113 GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 11 A nais XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Fístula Tardia em Pós-Operatório de Gastrectomia Vertical: Relato de Caso • Gastroduodenectomia com Linfadenectomia Videolaparoscópica 114 Separação de Gêmeos Onfalópagos com Fígado Compartilhado • Síndrome de Mirizzi e Marcador Tumoral Elevado: Um Relato de Caso 130 Ressecção Videolaparoscópica Transgástrica de Tumor Subepitelial Gástrico Guiada por Endoscopia Digestiva Alta • Redução Laparoscópica de Volvo Gástrico com Fundoplicatura de Nissen e Correção de Hérnia Diafragmática Gigante 115 Tratamento Cirúrgico da Doença Hepática Policística: Série de Casos e Revisão da Literatura • Tratamento Conservador em Trauma Penetrante por Arma de Fogo em Transição Toracoabdominal Direita: Relato de Caso 131 Associação de Radiofrequência Hepática com Ligadura da Veia Porta na Hepatectomia em Dois Estágios • Rejeição Aguda Tardia no Transplante de Fígado: a Experiência de Único Centro • Transplante de Fígado no Tratamento da Síndrome Dress (Drug Reaction with Eosinophilia and Systemic Symptoms) – Relato de Caso 116 Tratamento Paliativo de Obstrução Maligna do Hilo Hepático pela Técnica de Hepp Couinaud • Tratamento Videolaparoscópico de Cisto Hepático Gigante 132 Tumor Carcinoide Gigante Primário do Fígado: Relato de Caso • Tumor de Klatskin – Relato de Caso 133 117 Abscesso Hepático Secundário à Perfuração Gástrica por Corpo Estranho: Relato de Caso • Agenesia de Vesícula 118 Doença Policística Hepática - Tratamento Laparoscópico • Ressecção de Adenoma Hepático por Videolaparoscopia com Uso de Habib • Ressecção Videolaparoscópica do Hemangioma Cavernoso Gigante • Tratamento de CHC Videoassistida Periféricos com Radioablação 134 119 135 Baço Acessório em Pacientes Pós-Cirurgia de Dape • Calculose Intra-Hepática: Revisão de Literatura Carcinoma Epidermoide de Vesícula Biliar: Relato de Caso • Cistoadenoma Hepatobiliar: Relato de Caso e Revisão da Literatura 120 Síndrome de Bouveret: Descrição de uma Apresentação Atípica e Revisão de Literatura • Tuberculose Intestinal Complicada, Relato de Caso e Revisão da Literatura • Volvo Espontâneo de Jejuno Causando Obstrução Intestinal Alta e Isquemia Mesentérica – Relato de Caso Abdome Agudo Obstrutivo por Intussuscepção Idiopática em Idoso - Relato de Caso 136 Colangiocarcinoma Associada à Colangite Esclerosante Primária e Retocolite Ulcerativa: Relato de Caso 121 137 Coledocolitíase e Colelitíase com Achado Intraoperatório de Possível Cirrose Hepática • Coledocolitíase: Um Relato de Caso 122 Abscesso Hepático como Manifestação de Divertículo de Meckel: Relato de Caso • Apendicite Aguda por Enterobius Vermicularis - Relato de Caso 138 Desvascularização Arterial e Portal Segmentar sem Ressecção no Tratamento do Hepatocarcinoma com Resolução de Cura: Relato de Caso • Estenose Cicatricial das Vias Biliares: Um Relato de Caso 123 Apendicite Retroperitoneal e suas Complicações • Associação entre Doença de Crohn e Angiodisplasia: Relato de Caso • Avaliação das Características Clínicas e Epidemiológicas de 1.120 Pacientes com Apendicite Aguda Tratados em Hospital Público de Referência 139 Estenose de Colédoco em Paciente Oncológica – Relato de Caso • Experiência Inicial do Piauí em Retirada de Fígado para Transplante: Análise da Sobrevida do Enxerto e Tempo de Isquemia 124 Cistos de Mesentério • Diagnóstico Ultrassonográfico em Apendicite na Residência Médica de Cirurgia Geral no Vale do Jequitinhonha –Série de Casos 140 Hemangioma Hepático Gigante: Tratamento Cirúrgico • Hepatocarcinoma Extenso Oligoassintomático 125 Diverticulite de Meckel Mimetizando Quadro de Apendicite - Relato de Caso e Revisão da Literatura • Divertículo de Meckel como Causa de Obstrução Intestinal em Adulto 141 Litíase Intra-Hepática Envolvendo Todos os Segmentos do Lobo Direito Tratada com Hepatectomia 126 Evolução Pós-Operatória de Pacientes Com Apendicite Aguda Fase IV: Estudo Prospectivo • Hérnia Inguino-Escrotal Encarcerada em Neonato Paciente com Coledocolitíase Quatro após Colecitectomia e Dois Anos após Colangiopacreatografia Retrógrada Endoscópica • Paciente Diagnosticado com Síndrome de Mirizzi 127 História da Apendicectomia: Uma Revisão Bibliográfica • Impacto dos Polimorfismos do Cox-2 na Sobrevida de Pacientes com Câncer Colorretal (CCR) 142 143 Panorama Histórico das Hepatectomias • Paraganglioma Hepático Primário Não-Funcionante: É Possível? 128 Intussuscepção Ileo-Ileal Idiopática em Criança – Relato de Caso • Intussuscepção Ileocecal Extendida para o Reto em Lactente Perfil Epidemiológico do Paciente com Câncer de Vesícula Biliar • Segmentectomia Lateral Esquerda Videolaparoscópica em Pseudotumor Inflamatório: Relato de Caso 130 Melanoma Mestastático: Envolvimento Mesentérico Causando Obstrução Intestinal por Compressão Extrínseca –Relato de Caso 144 Obstrução Duodenal por Aneurisma de Aorta Abdominal: 145 Abscesso Hepático por Colelitíase: Relato de Caso Biliar • Apresentação Atípica de Carcinoma Hepatocelular em Paciente Jovem Não Hepatopata – Relato de Caso 12 da GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 “Síndrome Aortoduodenal”- Relato de Caso • Obstrução Intestinal Tardia por Ingestão de Caroço de Manga Relato de Dois Casos de Adenocarcinoma de Delgado em Serviço de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo em Sarandi - PR • Ressecção Videoassistida de Sarcoma Ileal 146 Síndrome de Ogilvie (Pseudo-Obstrução Intestinal Aguda) – Relato de Caso • Síndrome do Intestino Ultracurto: Relato de Caso 147 Tumor Carcinoide Metastático de Intestino Delgado: Relato de Caso • Tumor de Intestino Delgado Tipo GIST - Relato de Caso • Tumor Fibroso Solitário do Mesentério: Relato de Caso 148 Duodenal Switch Modificada Laparoscópica • Suboclusão Recorrente por Divertículo de Meckel - Tratamento Totalmente Laparoscópico 149 Percepçâo do Tempo de Antissepsia no Pré-Cirúrgico • Infarto Esplênico Total - Relato de Caso e Revisão da Literatura 150 Abcesso Esplênico em Consequência de Cálculo Coraliforme: Relato de Caso • Abdome Agudo Causado por Tumor de Células Germinativas 151 Abdome Agudo Perfurativo por Corpo Estranho sem Identificação de Perfuração Intraoperatória - Relato de Caso • Abordagem Cirúrgica da Doença de Castleman no Trato Digestório 152 Abordagem Cirúrgica e o Erro Médico: Uma Revisão Bibliográfica • Abscesso Esplênico em Paciente Evoluindo com Quadro Consumptivo: Relato de Caso 153 Acometimento Abdominal de Linfangioleiomiomatose: Um Relato de Caso 154 Actinomicose Retroperitoneal - Relato de Caso • Adenocarcinoma de Apêndice Cecal em Hérnia de Amyand 155 Adenocarcinoma Metastático em Região Inguinal Direita Pós - Amputação Abdomino-Perineal devido à Neoplasia de Canal Anal • Adenocarcinoma Precoce no Segmento Gástrico Excluso após Bypass Gástrico: Relato de Caso 156 Adrenalectomia Videolaparoscópica de Tumor de Glândula Adrenal 157 Análise dos Aspectos Clínicos e Cirúrgicos em Pacientes Vítimas de Escalpelamento • As Dificuldades da Readaptação Alimentar e Ganho Nutricional no Paciente Ostomizado 158 Aspectos Biopsicossociais do Paciente Jovem RecémOstomizado • Avaliação de Pacientes quanto ao Risco de Infecção de Sítio Cirúrgico em um Hospital Público 159 Carcinoma Espinocelular em Vesícula Biliar – Relato de Caso • Cisto de Mesentério Gigante de Origem Tuberculosa 160 Cistoadenocarcinoma de Colédoco com Tumor Sincrônico de Pâncreas • Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE) mais Papilotomia em Paciente com Coledocolitíase Residual – Relato de Caso 161 Condiloma Acuminado com Localização Inguinal em Paciente Masculino: Relato de Caso • Hérnia de Spiegel Encarcerada: Relato de Caso 162 Hérnia de Spiegel em Paciente Portadora de Policitemia Vera: um Achado Intraoperatório de Colecistectomia Videolaparoscópica • Hérnia Incisional Gigante em Paciente Hepatopata - Relato de Caso 163 Hérnia Incisional Volumosa: Tratamento com Pneumoperitônio Progressivo no Pré-Operatório Associado à Sutura Elástica • Hérnia Inguinal Encarcerada por Torção Testicular Intravaginal Criptorquídico – Relato de Caso 164 Intussuscepção de Transverso Secundária à Colite Supurativa: Relato de Caso 165 Isquemia Intestinal Secundária à Trombose de Veias Porta e Mesentérica Superior: Relato de Caso • Íleo Biliar: Relato de Caso 166 Lesão de Hepático Comum Pós Colecistectomia: Relato de Caso e Revisão da Literatura • Linfangioma Cístico de Grande Omento em Adulto: Apresentação de Caso 167 Linfoma como Causa de Intussuscepção Intestinal: Relato de Caso • Melanoma Maligno do Trato Gastrointestinal 168 Neoplasia de Esôfago Superior, Laringe, Faringe e Tireoide • Neoplasia Retroperitoneal: Relato de Caso 169 Pseudomixoma Peritoneal - Relato de Caso 170 171 Reconstrução de Trânsito Intestinal e Parede Abdominal em Peritneostomia Tardia: Relato de Caso • Relato de Caso - Síndrome do Casulo Abdominal Relato de Caso: Esplenectomia de Baço Gigante • Ruptura Espontânea de Veia Renal- Relato de Caso 172 Síndrome de Mirizzi com Derivação Bílio-Digestiva: Relato de Caso • Suboclusão Intestinal por Hérnia Diafragmática Pós-Traumática com Tratamento Videolaporoscópico 173 Tratamento Cirúrgico da Síndrome de Dumbar • Tumoração Abdominal - Conduta Diagnóstica: Relato de Caso 174 Tumores do Aparelho Digestivo em Hospital Universitário: Análise de 769 Cirurgias • Uso de Tela Anti-Aderente para Tratamento Laparoscópico de Hérnia de Spiegel: Relato de Caso 175 Colecistectomia Laparoscópica: 3 ou 4 portais ? • Esplenectomia Videolaparoscópica por Cisto Esplênico de Grande Volume 176 Neuromodulação Sacral - Aspectos Técnicos para o Tratamento da Incontinência Fecal • Tratamento Videolaparoscópico do Aneurisma de Artéria Esplênica • Isquemia e Delgado devido Hérnia Interna após Cirurgia Bariátrica: Relato de Caso e Revisão da Literatura 177 Análise do Perfil Clínico no Pré-Operatório de Cirurgia Bariátrica • Cirurgia Bariátrica: Revisão dos Aspectos Psicossociais Pós-Operatório 178 GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 13 A nais 14 da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Características Clínicopatológicas das Lesões de Crescimento Lateral (LSTS) de Cólon de Acordo com o Aspecto Macroscópico 194 Colonoscopia Como Método Terapêutico em Intussuscepção Intestinal em Crianças – Revisão de Prontuários • Comparação Entre Dois Diferentes Parâmetros de Coagulação com Plasma de Argônio (APC) no Tratamento da Retite Actínica Crônica: Ensaio Clínico com Controle Histórico 195 Estudo Prospectivo Duplo-Cego Randomizado entre Preparos de Cólon com Peg 4000 e Lactulose • Novas Estratégias de Preparo Intestinal para Colonoscopia: Lactulose Combinada com Bisacodil 196 Ressecção Endoscópica Submucosa Colorretal - Experiência do Gastrocentro Unicamp • Retrovisão e Cromoscopia na Avaliação Colonoscópica do Cólon Ascendente no Rastreamento do Câncer de Cólon em Pacientes Submetidos à Colonoscopia no Serviço de Endoscopia do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo 197 Avaliação da Ecoendoscopia no Diagnóstico Diferencial das Lesões Císticas do Pâncreas • Avaliação da Precisão e Qualidade da Ecoendoscopia Associada à Punção Aspirativa com Agulha Fina (Eus-Fna) em Tumores Pancreáticos: Experiência de um Centro de Referência 198 Ecoendoscopia nas Doenças Pancreáticas • Estudo Comparativo e Prospectivo Sobre a Lavagem Ecoguiada de Cistos Pancreáticos com Etanol e Iodopovidona 199 200 187 Prevalência de Achados Diagnósticos Definidores na Realização de Ecoendoscopia de Lesões Subepiteliais: Estudo Retrospectivo • Prevalência de Cistoadenoma Seroso em Pacientes submetidos à Ecoendoscopia para Avaliação de Lesões Císticas Pancreáticas 201 188 Tratamento de Varizes Gástricas com Mola e Cianoacrilato • Abordagem Endoscópica Sistemática para o Diagnóstico Precoce de Câncer de Esôfago em Pacientes com Câncer de Cabeça e Pescoço Schwannoma Pancreático – Relato de Caso e Revisão de Literatura 189 Análise de Eficácia do Balão Intragástrico numa Casuística de 2.748 Casos • Análise de Mucosectomias Duodenais do Centro de Diagnóstico em Gastroenterologia/ HCFMUSP 202 Trauma Pancreático em Criança: Relato de Caso • Tumor de Cabeça de Pâncreas e Possibilidades Terapêuticas - Relato de Caso 190 203 Tumor de Frantz: Relato de um Caso com Características Não Habituais • Tumor Neuroendócrino de Pâncreas em Paciente Jovem – Relato de Caso 191 Análise do Estudo Endoscópico e Manométrico do Esôfago em Pacientes Portadores de Doenças do Colágeno • Bypass Gastrojejunal Calibrado Associado à Oclusão do Piloro Utilizando-se Notes - Estudo Piloto Complicações a Longo Prazo da Prótese Metálica AutoExpansível em Pacientes com Câncer de Esôfago Avançado • Dissecção Endoscópica Submucosa no Tratamento das Neoplasias Gástricas Precoces - Experiência do Gastrocentro/Unicamp 204 Dissecção Submucosa para o Tratamento de Tumor Neuroendócrino Gástrico • Eficácia do Balão Intragástrico no Preparo do Paciente Pré-Bariátrico 205 ESD em Câncer Gástrico Precoce: Comparação de Resultados entre Japoneses e Brasileiros 206 Comparativo dos Níveis de Albumina Sérica do Pré Operatório e Pós-Operatório de 6 Meses e 1 Ano de Cirurgia Bariátrica • Cotejamento do Grau de Fibrose Hepática Avançada no Pré-Operatório de Pacientes Submetidos à Cirurgia Bariátrica: Instituição Pública Versus Privada 179 Obeso Mórbido Tratado com Gastroplastia Redutora com Bypass Gástrico em Y de Roux: Relato de Caso 180 Aplicatura Gástrica com By Pass: Pode Ser Viável? • Conversão Laparoscópica de Gastroplastia Vertical em Gastroplastia com Bypass Gastroenteral 181 Resgate Técnico no Refluxo Gastro-Esofágico após Gastrectomia Vertical • Tratamento Videolaparoscópico de Gestante com Hérnia Interna Pós-Gastroplastia por Obesidade 182 Cirurgia Revisional – Retirada de Banda Gástrica Ajustável e Realização de By-Pass Gástrico por Via Videolaparoscópica Robótica • Adenoma Viloso de Papila de Vater: Ressecção Local ou Duodenopancreatectomia? 183 Localização Pré-Operatória de Insulinoma: Análise de Seis Pacientes Tratados no HUCFF entre 2009/13 • Pseudocisto de Pâncreas Intramural em Duodeno, Associado a Pseudocisto Pancreático Retrogástrico – Relato de Caso 184 Neoplasia Mucinosa Papilar Intraductal – Relato de Caso • Neoplasias Císticas de Pâncreas: Desafio Diagnóstico e Terapêutico 185 Pancreatite Aguda Biliar por Lesão Cística do Pâncreas – Relato de Caso • Pancreatite Aguda Complicada com Rotura Esplênica - Relato de Caso 186 Pancreatite Aguda Grave Pós-Duodenopancreatectomia Cefálica em Paciente Jovem com Adenocarcinoma • Pancreatite Aguda Grave: Qual o Melhor Índice (Escore) Prognóstico de Gravidade? Pseudoaneurisma de Artéria Esplênica Secundário à Pancreatite Aguda Necrotizante: Relato de Caso • Pseudocisto Pancreático Roto: Tratamento Cirúrgico SOBED ORAL Análise Crítica do Uso de Midazolam, Fentanil e Propofol na Sedação Consciente na Endoscopia Digestiva Alta em Ambiente Não Hospitalar • Avaliação de Lesões Neoplásicas Colorretais através de Cromoscopia e Magnificação 193 GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Evolução do Esôfago de Barrett e Rastreamento Endoscópico de Displasia e Adenocarcinoma Esofágico no Serviço de Endoscopia Digestiva da Universidade Estadual de Campinas – Gastrocentro – Unicamp • Fatores de Risco de Migração de Prótese Metálica Autoexpansível em Pacientes com Câncer de Esôfago Avançado 207 Miotomia Endoscópica (ME) para Tratamento da Acalasia Experiência de 100 Casos • Mucosectomias Gástricas: Resultados e Complicações - Experiência do Centro de Diagnóstico em Gastroenterologia do HCFMUSP 208 Ressecção Total de Parede Gástrica por Via Endoscópica – Estudo Experimental • Resultados da Dilatação Endoscópica em Pacientes com Estenose da Anastomose Esofagogástrica 209 Vigilância de Câncer Gástrico com Biópsias Randomizadas Versus Direcionadas em Pacientes Gastrectomizados • Tratamento Endoscópico de Membrana Duodenal Congênita: Uma Série de Casos de Eventos Adversos (EA) e Mortalidade Aplicação Clínica da Biópsia por Punção Guiada por Ecoendoscopia em Pacientes com Lesão Cística Pancreática 218 Aspecto Endoscópico da Esquistossomose Mansônica • Avaliação da Incidência de Efeitos Adversos Precoces Relacionados ao Exame de Colonoscopia realizados ambulatorialmente no Hospital Sírio-Libanês Unidade Bela Vista 219 Avaliação Prospectiva e Comparativa das Lesões Císticas do Pâncreas Assintomáticas e Sintomáticas Detectadas pela Ecoendoscopia Associada à Punção Aspirativa com Agulha Fina • Características Clínico-Patológicas das Lesões de Crescimento Lateral (LSTS) de Cólon de acordo com o Aspecto Macroscópico 220 210 Casuística de Enteroscopia por Cápsula Endoscópica de um Centro Terciário de Endoscopia da Cidade de São Paulo • Colangioscopia nas Patologias dos Ductos Biliares 221 222 Estratégia para Facilitar Acesso à Via Biliar através da Enteroscopia Assistida por Balão em Pacientes com Anatomia Alterada • Balão Intragástrico como Método Restritivo à Ingestão Alimentar 211 Colostomia Assistida por Endoscopia com Colopexia Percutânea em Modelo Porcino: Estudo Experimental • Comparação dos Achados Ecoendoscópico e Anatomopatológico de Lesões Sólidas e Císticas do Pâncreas 223 Endomicroscopia Confocal no Diagnóstico de Lesões Esofágicas em Pacientes com Neoplasia de Cabeça e Pescoço 212 Comparação dos Escores Glasgow-Blachtford (GBS), Rockall Pré-Endoscopia (PRS) e Rockall (RS) na Evolução dos Pacientes com Hemorragia Digestiva Alta não Varicosa (HDANV) Atendidos no Hospital de Clínicas da Unicamp Efeito do Argônio no Reganho de Peso em Pacientes Submetidos ao Bypass Gástrico • Enteroscopia Assistida por Balão (EAB) nos Tumores do Intestino Delgado (Tid)- Experiência de um Centro Especializado 224 Experiência no Tratamento de Superobesos com Balão Intragástrico (BIG) em uma Série de Casos: Perfil dos Pacientes, Perfil Bioantrométrico e Complicações • Helicobacter Pylori Avaliação Retrospectiva de 107 Pacientes após uso de Balão Intragástrico 225 Hemorragia Digestiva Alta não Varicosa de Causa Ulcerosa: Análise do Perfil dos Pacientes Atendidos no Hospital de Clínicas da Unicamp - Comparação entre Úlceras Duodenais e Gástricas e Avaliação do Helicobacter Pylori • Hiperplasia Folicular Linfoide: Estudo da Infecção pelo Helicobacter Pylori na Nodularidade da Mucosa Gástrica 226 Implantação do Curso de Suporte Avançado de Vida em Gastroenterologia – Endoscopia (Saga-E) no Centro Diagnóstico em Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da FMUSP: uma nova Perspectiva 227 Indicadores de Qualidade do Centro de Treinamento de Endoscopia Digestiva da SOBED – Hospital Madre Teresa – BH-MG • Lesões Colorretais < 1 cm – Qual é sua Importância ? • Linfoma de Burkitt Gástrico 228 Manejo Endoscópico das Fístulas Pós-Cirurgia Bariátrica (FPCB) com Uso de Prótese Metálica Autoexpansível (PMAE): Relato de Série de Casos 229 Manitol no Preparo Domiciliar de Colonoscopia: Eficácia e Tolerabilidade • Melanoma Gástrico Metastático: Relato de Caso 230 SOBED CET A Utilização da Escala de Boston para Avaliação do Preparo Intestinal e sua Correlação com a Detecção de Pólipos, Lesões Planas ou Tumores • Análise Comparativa entre Pacientes Admitidos com Hemorragia Digestiva Alta Varicosa e por Doença Ulcerosa Péptica no Centro de Hemorragia de um Hospital de Referência da Bahia 213 Análise da Variação Interobservador entre Endoscopistas no Diagnóstico de Esôfago de Barrett Curto • Análise das Causas de Mortalidade em Pacientes Submetidos à Gastrostomia Endoscópica Percutânea 214 Análise das Complicações Após Realização de Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica no Centro de Hemorragia Digestiva do Hospital Geral Roberto Santos em Salvador - Bahia 215 Análise de 208 Enteroscopias Assistidas por Balão (EAB) • Análise do Sucesso na Desobstrução da Via Biliar e Taxa de Remoção de Cálculos Através da Realização de Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica no Centro de Hemorragia Digestiva do Hospital Geral Roberto Santos em Salvador - Bahia 216 Análise dos Resultados da Endoscopia Digestiva Alta nos Pacientes em Pré-Operatório de Cirurgia Bariátrica Atendidos no Serviço de Endoscopia da Santa Casa de São Paulo • Análise Prospectiva e Comparativa da Ecoendoscopia (E) Diagnóstica (D) e Terapêutica (T) em Relação à Frequência 217 GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 15 A nais 16 Miotomia Endoscópica Perioral para Tratamento da Acalásia Esofagiana Idiopática e do Megaesôfago Chagásico • Mucosecomia como Tratamento de Neoplasia Precoce de Esôfago: Relato de Caso 231 O Uso da Pinça de Biópsia como Técnica Auxiliar à Retificação Endoscópica na Visualização da Papila Duodenal Maior Utilizando se o Esofagogastroduodenoscópio de Visão Frontal • Perfil das Lesões Císticas Avaliadas por Ecoendoscopia no Serviço de Endoscopia Gastrointestinal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo 232 Perfil Epidemiológico de Casos de Ingestão de Corpo Estranho na Santa Casa de São Paulo no Período de Julho de 2013 a Julho de 2014 • Perfil Epidemiológico dos Pacientes Portadores de Megaesôfago Submetidos à Dilatação Pneumática Endoscópica do Cárdia em Hospital de Referência da Bahia 233 Perfil Epidemiológico dos Pacientes Submetidos à Colonoscopia pela Primeira Vez em um Hospital Terciário na Cidade de São Paulo 234 Prevalência de Colite Microscópia em Pacientes Idosos com Diarreia Crônica • Prevenção da Pancreatite Aguda Pós CPRE com uso de Diclofenaco – Resultados Parciais de um Estudo Randomizado 235 Proposta de Diretriz: Ingestão de Corpo Estranho e Impactação Alimentar • Prótese Biliar Autoexpansível Metálica em Perfuração Esofágica Após Dilatação em Estenose Cáustica em Criança: Relato de Caso 236 Relevância Clínica e Endoscópica da Melanose Esofágica – Série de Casos • Seguimento em Pacientes com Balão Intragástrico: Porcentagem de Perda de Peso 237 Tecnologia de Banda Estreita Utilizando Fonte de Iluminação a Laser para Detecção de Carcinoma Superficial Espinocelular de Esôfago – Estudo Piloto 238 Tratamento de Complicação de PEG em Criança • Tratamento de Estenose Refratária com Estenotomia Associado à Dilatação Endoscópica: Relato de Caso 239 Tratamento do Blue Rubber Bleb Nevus Syndrome com Cianoacrilato • Tratamento Endoscópico das Estenoses Benignas do Trato Digestivo Alto no Paciente Oncológico 240 Tratamento Endoscópico das Estenoses Biliares Pós Transplante Hepático • Tumor de Células Granulares Sincrônicos no Esôfago 241 Tumor de Vesícula Biliar como Causa de Hemorragia Digestiva Alta 242 Utilização da Ecoendoscopia Diagnóstica (EUS) e do Tratamento Simultâneo pela Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE) em Pacientes com Risco de Coledocolitíase • Validade do Consenso Internacional de Fukuoka para as Neoplasias Mucinosas do Pâncreas (NMP) 243 da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo SOBED: VÍDEO CPER Via Gastrostomia Laparoscópica • CPRE Assistida por Enteroscopia de Monobalão (CPRE-EMB) através da Papila Nativa para Tratamento de Coledocolitíase em Paciente com Anatomia Cirurgicamente Modificada 245 Dupla prótese Metálica em Paciente com Tumor de Klatskin • Papilotomia Transgástrica para Tratamento de Coledocolitíase em Paciente Submetido à Gastroplastia com Anastomose em Y de Roux • Ligadura Elástica Endoscópica de Hemorroidas 246 Ressecção Endoscópica de Estenose de Anastomose Colorretal • Treinamento Experimental de Dissecção Endoscópica Submucosa (ESD) Colorretal 247 Uso da Ligadura Elástica na Prevenção de Sangramento Pós Polipectomia de Cólon - Relato de 2 Casos • Coledocoduodenostomia Ecoguiada com Utilização de Prótese Plástica 248 Drenagem Endoscópica Ecoguiada de Pseudocisto com Prótese Metálica Autoexpansível, Complementada com Lavagem do Pseudocisto e Passagem de Próteses Plásticas • Notes como Técnica de Resgate de Prótese Metálica Migrada durante Hepatogastrostomia Ecoguiada 249 Obliteração de Varizes Gástricas com Coil e Cianoacrilato • Conduta no Câncer Precoce de Esôfago: Contribuição da Endomicroscopia Confocal a Laser 250 Dissecção Endoscópica Submucosa (ESD) de Câncer Gástrico Superficial: Relato de Caso • Endomicroscopia Confocal a Laser no Estômago Atrófico: Distinção entre Adenoma e Metaplasia Intestinal 251 Melanoma Metastático: A Lesão Rara em seus Vários Estágios Evolutivos • Miotomia Endoscópica no Tratamento da Acalásia Idiopática 252 O Desafio da Espinha de Peixe • Perfuração Gástrica durante Endoscopia Diagnóstica Utilizando Videoendoscópico Terapêutico (Duplo Canal) em Paciente Desnutrido Grave 253 Piloromiotomia Endoscópica (G-Poem) • Polipose Gástrica Difusa 254 Ressecção Endoscópica de Lesão Subepitelial de Corpo Gástrico • Ressecção Endoscópica Submucosa para Tratamento de Neoplasia Precoce no Esôfago de Barrett 255 Retirada de Balão Intragástrico Utilizando Técnica com Aparelho de Duplo Canal e Alça Trapezoide • Técnica Combinada para Resolução de Fístula Gastrocutânea Pós Retirada de Gastrostomia • Técnica Endoscópica de Remoção da Banda Gástrica Migrada 256 Técnica Híbrida na Ressecção Endoscópica de Lesão Gástrica Precoce • Tratamento da Estenose Cáustica Refratária com uso de Prótese Plástica Autoexpansível 257 Tratamento de Fístula Esofagocutânea com Prótese Metálica Autoexpansível • Tratamento Endoscópico do Anel 258 GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Gástrico Migrado Tratamento Endoscópico do Anel Gástrico Migrado (Duplicado) • Tratamento Endoscópico do Divertículo de Killian-Jamieson 259 Uso de Cianocrilato na Terapia de Varizes Gástricas • Utilização de “CAP” Modificado para Dissecção Submucosa Endoscópica: Modelo Experimental 260 Retirada Endoscópica de Tricobezoar em Criança – Relato de Caso • Enteroscopia Espiral 261 Histiocitose Azul-Marinho (Doença de Niemann Pick) Associada à Adenoma de Alto Grau em Intestino Delgado • Tratamento Endoscópico de Estenose em Jejuno por Doença de Crohn pela Enteroscopia Single Ballon 262 Tratamento Endoscópico de Lesão de Dieulafoy em Jejuno • A Retirada de Uma Prótese Duodenal é Sempre Possível!!! 263 SOBED PÔSTER Retrógrada Endoscópica após Transplante Hepático: Relato de Caso Tratamento de Obstrução de Prótese Biliar Metálica com Colocação de uma Segunda Prótese Metálica • Tratamento Endoscópico de Fístula Biliar após Ressecção de Tumor Neuroendócrino Hepático 275 Tratamento Endoscópico de Fístula Biliar Pós-Colecistectomia em Paciente com História Prévia de Gastrectomia Billroth II • A Qualidade do Preparo Colônico em Pacientes Submetidos à Colonoscopia em Centro de Referência do Estado do Ceará 276 Adenocarcinoma em um Diverticulo de Cólon: Relato de Caso • Complicações em Pacientes Submetidos à Colonoscopia Terapêutica no Centro de Diagnóstico em Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo 277 Diarreia como uma Apresentação Tardia de Fístula após Gastrostomia Endoscópica Percutânea (PEG) • Divertículo de Reto: Relato de Caso 278 Espiroquetose Intestinal • Fotos de um Volumoso GIST de Corpo Gástrico: Papel da Ecoendoscopia • Imagens Ecoendoscópica e Endoscópica de Ampuloma e Colelitíase 265 Doença de Crohn na Infância: Relato de Caso • ESD de LST de Reto 279 Papel da Ecoendoscopia na Lesão Nodular do Pâncreas • Papel da Ecoendoscopia no Diagnóstico de Volumosa Lesão Gástrica Subepitelial e Terapêutica no Caso de Sangramento Pós-Punção Ecoguiada 266 Gossipiboma de Ceco: Relato de Caso Diagnosticado por Colonoscopia e Revisão da Literatura • Hemorragia Digestiva Baixa após Biópsia Prostática Transretal 280 281 Duplo Piloro - Relato de Caso e Revisão da Literatura • Linfoma de Burkitt com Acometimento Esofágico • Metástase Gástrica de Neoplasia de Testículo 267 Importância da Colonoscopia no Diagnóstico da Colite Eosinofílica • Intussuscepção Ileocólica: Redução Endoscópica Lesão Colônica Sugestiva de Esquistossomose Raramente Descrita • Melanoma de Reto: Relato de Caso 282 Necrose Esofágica Aguda em Paciente Crítico – Relato de Caso • Levantamento de 825 CPRES Realizadas no Hospital Estadual Mário Covas em Santo André-SP 268 Metaplasia Óssea em Pólipo Inflamatório de Sigmoide – Relato de Caso • Métastase de Melanoma Maligno para Cólon 283 Prevalência de Pancreatite Pós-CRPE: Levantamento Prospectivo 269 284 Dilatação Endoscópica Transpapilar Balonada na Coledocolitiase em um Centro de Referência em Colangiografia • Avaliação de Indicações e Taxa de Sucesso de Colangiopancreatografias Retrógradas Endoscópicas Realizadas pelo Serviço de Endoscopia Digestiva do Hospital Sugisawa: Análise Prospectiva de 108 Casos 270 Mucosa Gástrica Ectópica no Reto: uma Rara Entidade • Perfil e Comorbidades de Pacientes Submetidos a Colonoscopia em um Hospital-Escola de Referência no Estado do Ceará Pneumatose Cistoide Intestinal • Pneumatose Cistoide Intestinal– Série de Casos 285 Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada: Descrição de Trezentos e Sessenta e Oito Exames • Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica por Via Transgástrica Após Bypass Gástrico em Paciente Gestante: Relato de Caso 271 Pólipo Juvenil - Relato de Caso • Pólipos Serrilhados: Marcadores para Neoplasias Colorretais 286 Preparo para Colonoscopia: Revisão da Literatura • Prótese Metálica em Tumor Estenosante de Reto para Definição de Conduta Cirúrgica 287 Drenagem Espontânea Parcial de Pseudocisto Pancreático Para e Bulbo Duodenal • Hemobilia por Ferimento por Arma Branca: Relato de Caso 272 288 Ressecção Endoscópica de Adenoma Gigante de Papila Duodenal • Tratamento de Coledocolitíase em Paciente Submetido a Transplante Cardíaco: Relato de Caso 273 Tratamento Endoscópico de Fístula Uretro-Retala • Relato de Caso: Colite por Cryptosporidium Associado a Citomegalovírus (CMV) em Paciente com Sida 289 Tratamento de Fístula Biliar por Colangiopancreatografia 274 Ressecção Endoscópica de Tumor Polipoide da Junção Retossigmoidiana • Ressecções Endoscópicas das Lesões Colônicas em 8.250 Pacientes Atendidos em um Hospital de Ensino na Baixada Santista GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 17 A nais 18 Taxa de Detecção de Adenomas em Colonoscopias de Rastreamento no Serviço de Endoscopia Digestiva do Hospital Mater Dei (Belo Horizonte - MG) • Tratamento Endoscópico do Volvo de Sigmoide: Experiência de dois Anos do Centro Diagnóstico em Gastroenterologia do HCFMUSP 290 Tumor Neuroendócrino do Reto: Relato de Caso • Uso Atual das Próteses Metálicas Autoexpansíveis no Tratamento de Neoplasias Malignas de Cólon 291 Drenagem Transgástrica de Pseudocisto Guiada por Ecoendoscopia Complicada com Pneuroperitônio com Tratamento Clínico Conservador – Relato de Caso 292 Ecoendoscopia com Punção Aspirativa de Massas Renais– Indicações, Aplicações e Limitações • Histoplasmose Mediastinal: Localização Rara e Diagnosticada através da Ecoendoscopia (USE) da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Cromoscopia com Lugol no Hospital de Base de São José do Rio Preto – SP: Resultados de 184 Exames Consecutivos • Desembocadura Ectópica da Papila de Vater no Bulbo Duodenal: Relato de Caso 304 Diagnóstico de Linfoma em Paciente Celíaca: Relato de Caso • Diagnóstico de Sd. Plummer Vinson por Endoscopia 305 Diagnóstico e Tratamento da Hemorragia do Intestino Médio com Gastroscópio • Dilatação Endoscópica Associada à Corticoterapia para Tratamento de Estenose Gastrojejunal após Gastroplastia Redutora: Relato de Caso 306 307 293 Dilatação Endoscópica para Estenose por Esofagite Necrotizante Aguda: Relato de Caso • Dilatação Esofágica para Tratamento de Estenose de Esôfago Pós Escleroterapia em Paciente com Variz Esofágica 308 Seguimento de Longo Prazo da Papilectomia Endoscópica (Pe) em Pacientes com Adenocarcinoma da Papila Duodenal Maior • Tuberculose Mediastinal com Acometimento Esofágico e o Papel da Ecoendoscopia (USE) 294 Dispepsia: Quem? Quando Solicitar Endoscopia? - Perfil dos Achados Endoscópicos em 750 Pacientes de São Bernardo do Campo-SP • Diverticulectomia Endoscópica: Relato de Casos Divertículo de Zenker – Relato de Quatro Casos “Prótese Sobre Prótese”: Relato de Tratamento Endoscópico de Fístula Gástrica Pós-Sleeve • Achado Endoscópico de Hiperplasia Nodular Linfoide Duodenal em Criança 295 Doença de Menetrier - Relato de Caso e Revisão da Literatura • Doença de Menetrier em Pré-Operatório de Cirurgia Bariátrica 309 310 Adenocarcinoma da Transição Esofagogástrica (TEG) em Paciente com Banda Gástrica e com Pequena Epitelização Colunar do Esôfago Distal - Relato de Caso • Adenocarcinoma Gástrico em Paciente com Disceratose Congênita: Relato de Caso e Revisão na Literatura 296 Doença Ulcerosa Péptica (DUP) Complicada – Estenose Duodenal: Abordagem Clínica e Endoscópica como Tratamento de Resolução • Drenagem de Abscesso Pancreático por Cistogastrostomia Endoscópica: Experiência Inicial 311 Adenocarcinoma Primário do Duodeno - Avaliação Clínica, Endoscópica 297 Drenagem de Abscesso Pancreático por Via Endoscópica: Resolutividade e Opção de Manejo Endoscópico • Duodenite Eosinofílica: Relato de Caso 312 Amiloidose Gástrica com Suboclusão Intestinal Simulando Neoplasia Gástrica: Relato de Caso • Avaliação de 340 Pacientes Quanto a Frequência de Vômitos após Colocação do Balão Intragástrico (Bi) 298 Duodenopatia Atrófica Secundária à Infestação por Strongyloides Stercoralis - Relato de Caso • Duplo Piloro Adquirido: Relato de Caso e Revisão na Literatura 313 Balão Intra-Gástrico: Análise de Setenta Casos • Carcinoide Gástrico Tipo I: quando e como considerar seu Potencial Maligno? 299 314 Carcinoma Epidermoide Primário em Divertículo de Zenker: Relato de Caso • Casuística da Retirada de Corpos Estranhos da Porção Esofágica é Cricofaríngea no Serviço de Endoscopia da Gastroclínica de Marabá 300 Efeito da Perda de Peso Induzida pelo Balão Intragástrico Associado à Orientação Dietética em Pacientes Sobrepesos ou Obesos com Esteatose Hepática Confirmada pela Ultrassonografia Abdominal • Eosinofilia Esofágica: uma Pesquisa de dois Anos. Esofagite Eosinofílica Mista (EEM) Severa – Relato de Caso • Esôfago de Barrett: Concordância Diagnóstica entre Achados de Endoscopia Digestiva Alta e Exame Histológico 315 Causa não usual de Hemorragia Digestiva Alta: Aneurisma da Artéria Hepática com Fístula para Duodeno • Colonização Fúngica e Bacteriana do Balão Intragástrico em Paciente Sintomática 301 Esôfago Negro: Um Relato de Caso 316 317 Complicação de Escleroterapia em Úlcera Gástrica • Complicação Tardia de Fístula Esôfago-Gástrica Secundária à Escleroterapia Endoscópica de Varizes Esofágicas: Relato de Caso 302 Corpo Estranho • Correlação de Achados Endoscópicos na Segunda Porção e Estudos Anatomopatológicos para Avaliação de Doença Celíaca 303 Estenose Completa do Esôfago Tratado com Retunelização Endoscópica pela Técnica Retrógrada e Anterógrada • Estenose Esofágica por Úlceras Idiopáticas secundárias à Infecção por HIV Estenotomia Endoscópica nas Estenoses de Anastomoses Digestivas • Fator de Insucesso no Tratamento da Estenose de Anastomose na Cirurgia Bariátrica 318 Gastrite Colágena: Relato de Caso • GIST Duodenal 319 GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Hemorragia Digestiva Alta causada por Amiloidose Duodenal Primária: Relato de Caso • Hemorragia Digestiva Alta Durante o Tratamento de Obesidade com Balão Intragástrico: Relato de Caso 320 Prótese Metálica Autoexpansível (SEMS) no Tratamento das Obstruções Malignas de Antro e Duodeno: Experiência do Hospital de Câncer de Barretos • Prótese Metálica Autoexpansível Totalmente Coberta para Tratamento de Fístula Broncoesofágica Benigna: Relato de Caso 335 Hemorragia Digestiva Alta no Pseudoaneurisma de Artéria Hepática 321 Pseudodiverticulose Esofágica Intramural Complicada por Perfuração do Esôfago • Pseudomelanose Gástrica Hemorragia Digestiva Alta por Fístula Aorto-Esofágica Primária: Relato de Caso Tratado com Endoprótese Vascular • Hiperinfecção por Strongyloides Stercoralis: Uma Causa Incomum de Hemorragia Digestiva 336 322 Pseudomelanose Gástrica, Duodenal e Jejunal Associada a Angioectasias em Trato Gastrointestinal: Relato de Caso • Rara Associação de Hamartoma Duodenal e Diverticulite de Meckel – Relato de Caso 337 Importância das Biópsias Seriadas e Avaliação Histológica em Pacientes com Diarreia Crônica e Colonoscopia Normal • Leishmaniose Visceral com Manifestação Gástrica em Paciente Imunossuprimido: Relato de Caso e Revisão da Literatura 323 Relato de Caso: Síndrome de Boerhaave Associado à Hemorragia Digestiva Alta • Relato de Caso: Tratamento com Álcool Absoluto de Ectasia Vascular Antral Atípica 338 Linfoma Folicular do Duodeno– Relato de Caso • Linfoma Folicular Primário de Duodeno: Relato de Caso e Revisão da Literatura Ressecção Endoscópica da Mucosa com Ligadura Elástica em Tumor Neuroendócrino no Bulbo Duodenal Proximal: Um Relato de Caso • Retirada de Prótese Metálica Parcialmente Recoberta Pós Fistula Bariátrica: Um Desafio Endoscópico 324 339 Linfoma Malt Primário de Duodeno – Relato de Caso • Linfoma Plasmablástico Gástrico - Relato de Caso 325 Sarcoma de Kaposi Gástrico - Relato de Caso • Schwannoma de Esôfago: Relato de Caso Raro 340 Manifestação Atípica da Estrongiloidíase, sua Forma Disseminada • Necrose Esofágica Aguda: Relato de Caso 326 341 327 Segurança da Retirada do Balão Intragástrico (BIB) Sob Sedação em Ambiente Extra-Hospitalar: Experiência de Clínica Privada • Síncope como Sintoma de Impactação Esofágica de Corpo Estranho: Relato de Caso O Incremento Diagnóstico da Esofagite Eosinofílica com Busca Ativa Baseado em Achados Clínicos e/ou Endoscópicos O Uso de Balões Intragástricos (BIG) como Tratamento Pré-Operatório nas Formas Graves de Obesidade • O uso do Plasma de Argônio no Reganho de Peso após Cirurgia Bariátrica 328 Síndrome Colestática por Tumor Intraductal da Papila de Vater: Relato de Caso • Síndrome de Boerhaave: Relato de Caso 342 343 Pacientes com Megaesôfago Chagásico (MEC) e Divertículo de Zenker (Dz) – Relato de dois Casos • Pênfigo Vulgar de Esôfago – Relato de Caso 329 Uso de Mitomicina-C Associada à Dilatação no Tratamento de Estenose Faringoesofágica Benigna, Refratária e Recorrente, Pós-Cirurgia para Câncer de Cabeça e Pescoço: Relato de 3 Casos Pênfigo Vulgar Esofágico em Paciente com Lesões Bucais Aftoides: Relato de Caso • Perfil de Endoscopia Digestiva Alta em Pacientes com Doença Renal Crônica Candidatos a Transplante Renal: Análise Retrospectiva de 44 Pacientes 330 Tratamento da Obesidade com Balão Intra-Gástrico Montado no Brasil: Experiência Inicial de Um Grupo Multidisciplinar • Tratamento de Estenose Esofágica por Dilataçao Endoscópica após Correção Cirúrgica de Atresia de Esôfago 344 Perfil Epidemiológico da Doença do Refluxo Gastroesofágico em Pacientes Submetidos ao Serviço de Endoscopia Digestiva Alta em Consultório Particular de São Luís-MA 331 345 Pólipo Inflamatório Fibroide de Esôfago • Prevalência de Doença Ulcerosa Péptica em Pacientes do Sexo Feminino Atendidas em Clínica Particular de São Luís-MA 332 Tratamento de Fístula Traqueoesofágica com Prótese Endoscópica em Neoplasia Esofágica Avançada • Tratamento de Neoplasia Precoce de Esôfago Pela Técnica de Dissecção Endoscópica Submucosa: Experiência de 2,5 anos do Hospital Sugisawa 346 Prevalência de DRGE em Obesos Mórbidos • Prevalência de Hérnia Hiatal Associada ao Esôfago de Barrett em Pacientes Submetidos a Endoscopias Digestivas Altas no Hospital Universitário Onofre Lopes 333 Tratamento de Neoplasia Precoce de Estômago pela Técnica de Dissecção Endoscópica Submucosa: Experiência de 2,5 Anos do Hospital Sugisawa • Tratamento de Tumor Carcinoide Gástrico Solitário por Polipectomia Endoscópica- Relato de Caso e Revisão da Literatura Profilaxia Primária Endoscópica com Injetoterapia com Cianoacrilato em Pacientes Portadores de GOV 2 E IGV • Prótese Esofágica Metálica Autoexpansível com Válvula Antirrefluxo no Tratamento Paliativo de Disfagia em Paciente Oncológico 334 Tratamento Endoscópico com Ligadura Elástica de GIST Gástrico • Tratamento Endoscópico com Plasma de Argônio Para o Reganho de Peso Pós- Gastroplastia em Y de Roux 347 Tratamento Endoscópico da Perfuração de Esôfago Intratorácico após Dilatação com Balão de Acalásia: Relato de 348 GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 19 A nais 20 XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo da Endoscopia Digestiva e Patologia para um Diagnóstico Conclusivo • Proposta Endoscópica de Algoritmo para Diagnóstico da Doença Celíaca Caso • Tratamento Endoscópico de Câncer Precoce em Esôfago de Barrett com Mucosectomia e Ablação com Erbe-Jet Tratamento Endoscópico de Divertículo de Killian-Jamieson: Relato de Caso e Revisão na Literatura 349 Tratamento Endoscópico do Divertículo de Zenker • Tuberculose Mediastinal com Invasão de Esôfago: Uma Associação Rara • Tumor de Abrikossoff do Esôfago: Relato de Caso 350 Tumor Estromal Gastrointestinal (GIST) - Relato de Caso 351 352 Tumor Gástrico Complicado por Candidíase - Relato de Caso • Úlcera Esofágicasecundária à Doença de Behcet: Relato de Caso da Sangramento Gastrointestinal devido a Divertículo de Meckel: Relato de Caso • Técnica de Polipectomia do Intestino Delgado na Síndrome de Peutz-Jeghers: Relato de Caso 364 Telangiectasia Hereditária Hemorrágica: Relato de Caso • Aplicação do Índice de Aprendizado em Endoscopia Nasa-Tlx em Treinamento de ESD Colorretal 365 Aspectos Epidemiológicos dos Achados Anatomopatológicos de Pólipos Colorretais Analisados em Curitiba – PR 366 Colangioscopia Percutânea Transhepática com Broncoscópio Flexível • Dupla Prótese em Neoplasia Maligna Avançada de Esôfago Cervical 367 368 Úlcera Gástrica após uso de Balão Intragástrico Ajustável: Relato de Caso • Úlcera Gástrica Gigante Secundária à Isquemia Gastroduodenal 353 Úlcera Gástrica Perfurada Apresentando-se como Coleção Retrogástrica - Relato de Caso • Uso de Múltiplas Próteses Metálicas: Tratamento Paliativo da Disfagia do Câncer Esofágico 354 Fístula Gastrocólica Secundária a Linfoma não Hodgkin Difuso de Grandes Células B- LDGCB • Gastrostomia Endoscópica Percutânea (Gep) em Pacientes Pediátricos Oncológicos 369 Uso de Prótese Metálica Autoexpansível Parcialmente Recoberta no Tratamento de Fístula Esôfago-Pleural: Relato de Caso e Revisão da Literatura • Uso de Prótese Metálica Autoexpansível Valvulada (SEMS) no Tratamento Paliativo da Neoplasia Avançada de Esôfago Distal com Comprometimento da Transição Esôfago-Gástrica (TEG): Relato de Casos 355 Gastrostomia Endoscópica: Descrição de Cento e Oitenta e Quatro Pacientes • Manejo Endoscópico da Fístula Gastrocutânea do Ângulo de His em Pós- Operatório de Sleeve Gástrico Relato de Caso: Doença de Crohn Gastroduodenal • Resultado do Tratamento de 500 Pacientes com Balão Intragástrico 370 As Características Endoscópicas Sugestivas de Esofagite Eosinofílica Significam Eosinofilia no Esôfago? • Estudo Retrospectivo do Acompanhamento Endoscópico de Crianças com Hipertensão Portal 356 Retirada de Moedas do Trato Gastrointestinal com Sonda Imantada no Pronto-Socorro do Hospital de Base do Distrito Federal • Tratamento de Fístulas Gastrintestinais Utilizando Patch de Colágeno Porcino 371 Vigilância Endoscópica em Paciente Portadora de Síndrome de Gardner: Relato de Caso 372 Ingestão de Bateria: Relato de Caso Relato de Caso: Balão Intragástrico no Prader-Willi • Análise dos Pacientes Submetidos à Enteroscopia por Sangramento Obscuro do Trato Digestivo. 357 358 FBG – ORAL Aplicação da Enteroscopia de Duplo Balão na Síndrome de Peutz-Jeghers: Relato de Caso • Enteropatia Portal como Causa de Sangramento Oculto 359 Avaliação da Qualidade de Vida no Pré e Pós-Operatório de Miotomia Endoscópica Perioral em Pacientes com Acalásia • Avaliação das Complicações da Doença do Refluxo Gastroesofágico nos Pacientes em Tratamento Clínico a Longo Prazo 373 Enteroscopia com Single-Balloon para Avaliação de Doenças do Intestino Delgado: Experiência do Centro de Diagnóstico em Gastroenterologia (CDG) do Hospital das Clínicas da FMUSP • Enteroscopias por Cápsula – Casuística de um Serviço Privado no Rio de Janeiro 360 Prevalência de DRGE de acordo com o GERD em portadores de Asma brônquica. Qual o seu Impacto? 374 Hemorragia Digestiva Obscura em Paciente com Doença Celíaca • Linfangioma de Trato Gastrointestinal: Importância do Advento de Métodos Endoscópios para o Diagnóstico – Enteroscopia 361 Cisto Mesentérico Gástrico Gigante - Relato de Caso e Revisão da Literatura • Detecção Molecular de Resistência do Helicobacter Pylori à Claritromicina e Fluorquinolonas, diretamente a partir de Biópsias Gástricas, em Belo Horizonte 375 Perfil Epidemiológico dos Pacientes Submetidos à Enteroscopia por Cápsula Endoscópica no Serviço Público do Ceará 362 Encontro Terapêutico: Avaliação de uma Abordagem Integral em Pacientes com Dispepsia Funcional, Ensaio Clínico Controlado Aleatorizado • Gastrectomia Parcial em Gestante de 26 anos com Adenocarcinoma Gástrico: Relato de Caso 376 Polipectomia das Lesões Elevadas Duodenais: Associação 363 Análise de Associações de Polimorfismos HPA, Indicadores de 377 GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Autoimunidade e Manifestações Reumatológicas na Hepatite C Avaliação do Perfil Neuropsicológico, Neurofisiológico e Metabólico de Pacientes Cirróticos com Encefalopatia Hepática Mínima: Abordagem sem um Método ‘Padrão-Ouro’ • Cirrótico x Não Cirrótico admitidos em UTI por Infecção: Há Diferença? 378 Consumo de Café como Fator Protetor para Esteatohepatite Não Alcoólica em Obesos Graves • Correlação entre os Diferentes Métodos de Avaliação de Fibrose Hepática: Escore FIB4 e ApriI x Fibroscan 379 Disfunção Renal Precoce está fortemente Associada à Mortalidade em Curto Prazo em Pacientes Hospitalizados por Complicações da Cirrose 380 Identificação de Células da Medula Óssea no Parênquima Hepático Murino em um Modelo Combinado de Radiação Ionizante e Hepatectomia • Matriz Extracelular Recelularizada: uma Alternativa ao Transplante de Fígado 381 Novo Método Não Invasivo para Avaliar o Estresse Oxidativo em Pacientes com Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica • Perfil Clínico e Histológico da Doença Hepática no Obeso Grave 382 Prevalência de Esteatose Hepática Não Alcoólica Secundária em um Hospital de Nível Terciário do Sul do País • Quantificação da Produção de Peróxido de Hidrogênio no Modelo de Lesão Hepática causada por Radiação Ionizante 383 Razão Contagem de Plaquetas ao Quadrado/Diâmetro do Baço-Aspartato Aminotransferase: Avaliação de um novo Método Não Invasivo para a Predição de Varizes Esofágicas 384 Relevância da Biópsia Hepática na Avaliação da Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica em Obesos Graves • Análise Epidemiológica da Doença de Crohn e Colite Ulcerativa no Brasil e no Estado da Bahia 385 Associação de Doença Inflamatória Intestinal com Ansiedade e Depressão: Avaliação dos Fatores de Risco • Avaliação de Alterações Ósseas em Pacientes Celíacos ao Diagnóstico 386 Concentrações de Calprotectina Fecal para o Diagnóstico Etiológico em Pacientes com Sintomas Gastrointestinais • Estudo Multicêntrico das Doenças Inflamatórias Intestinais em Hospitais Universitários do Nordeste do Brasil: Características Demográficas 387 Estudo Multicêntrico das Doenças Inflamatórias Intestinais em Hospitais Universitários do Nordeste do Brasil: Fenótipos Clínicos de acordo com a Classificação de Montreal 388 Avaliação da Qualidade de Vida em Pacientes com Doença Celíaca do Sul do Brasil • Impacto da Avaliação do Risco Nutricional em Pacientes Internados em um Hospital Geral de Salvador/Bahia 389 Perfil de Doenças Gastrointestinais em Pacientes acima de 50 anos na UBS Ouvidor Pardinho - Curitiba • Alterações da Motilidade Digestiva em Paciente com Amiloidose 390 Análise Retrospectiva de 343 pacientes submetidos à 391 Manometria Esofágica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu-SP/UNESP, no período de 2008-2013 • Manometria de Alta Resolução na Avaliação de Boa Resposta Pós Dilatação em Pacientes com Acalásia Trânsito Gastrintestinal e Parâmetros Fecais em Pacientes com Pancreatite Crônica Alcoólica com e sem Diarreia Crônica 392 Videomanometria de Alta Resolução Associado ao Registro Acústico: Proposta de Sincronização de Três Métodos para Avaliação da Deglutição • Análise Epidemiológica de Óbitos por Pancreatite Aguda no Brasil 393 HIV e Pâncreas na Era Haart: Ilhotas Alteradas? Perfil Morfológico • Mortalidade por Câncer de Pâncreas no Brasil no período de 2003 a 2012 394 Pancreatite Aguda Necrosante: o que Acontece após a Tempestade? • Pancreatite em Pacientes com Doença Inflamatória Intestinal 395 Perfil Epidemiológico dos Pacientes com Pancreatite Crônica por Álcool em Hospital Terciário de Ribeirão Preto-SP 396 21 FBG – PÔSTER Histiocitose Azul-Marinho Secundária à Síndrome de Niemann-Pick • Avaliação Topográfica do Cólon Transverso pelo Enema Opaco: Proposta de Classificação Validada e Incidência da Ptose do Cólon Transverso 397 Correlação do Grau de Fibrose Hepática com o Nível Sérico da Gama Glutamil Transpeptidase em Uma Coorte de Pacientes com Esteatohepatite Não-Alcoólica 398 Melhoria da Qualidade de Vida de Pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais Tratados com Terapia Biológica • Risco de Um “Novo” Câncer ou Recorrência de Carcinoma em Paciente com Doença de Crohn com Indicação de Terapia Imunossupressora e/ou Terapia Biológica 399 Tuberculose Intestinal Íleo-Colônica Simulando Doença de Crohn • Tumor Neuroendócrino Gastrointestinal – Relato de Caso 400 Avaliação por Phmetria Esofagiana do Controle de Refluxo Ácido Anormal em Pacientes em Uso de Inibidor de Bomba de Prótons - Experiência do Hospital Universitário Pedro Ernesto (UERJ) • Divertículos de Esôfago Médio - Relato de Caso • Ectopia de Glândulas Sebáceas no Esôfago está Associada a Sintomas? Correlação Endoscópica, Anatomopatológica e Embriológica - Relato de Caso e Revisão de Literatura 401 Esofagite Eosinofílica - Relato de Caso 402 403 Estudo Manométrico e Phmétrico Esofagianos em Pacientes Candidatos à Cirurgia Bariátrica • Estudo Piloto de Prevalência de Pirose na População Adulta da Cidade do Rio de Janeiro Estudo Retrospectivo dos Exames Realizados nos Pacientes Encaminhados ao Núcleo de Fisiologia Gastrointestinal GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 404 A nais do HIAE com Queixa de Disfagia no Pós-Operatório de Gastroplastia Vertical • Hemorragia Digestiva Alta Varicosa no Paciente vom Esquistossomose – Relato de Caso 22 405 Perda de Peso Produz Melhora Sintomática em Pacientes com DRGE: Estudo Prospectivo, Controlado e Randomizado 406 Perfil Clínico e Epidemiológico dos Pacientes Portadores de DRGE Atendidos no Hospital Escola Luiz Gioseffi Jannuzzi (HELGJ), em Valença-RJ • Prevalência do Espasmo Difuso de Esôfago em Uma Amostra Selecionada de Pacientes Atendidos em Um Centro de Referência da Cidade de Salvador/BA 407 Pseudodiverticulose Intramural do Esôfago – Causa Rara de Disfagia • Tumores Estromais Gastrointestinais (GIST) Gigantes: Relatos de Casos 408 409 Adenoma Tubulo Viloso da Ampola de Vater: Relato de Caso em Paciente do Interior do Amazonas • Análise Cariométrica do Efeito do Extrato de Própolis Proveniente do Estado de Minas Gerais em Modelo de Carcinogênese Gástrica Experimental por N-Metil-N’-Nitro-N-Nitrosoguanidina (Mnng) e Infecção por Helicobacter Pylori, em Mongolian Gerbils 410 Análise da Resposta Humoral contra Antígenos do H. Pylori em Pacientes Portadores e Não Portadores de Câncer Gástrico • Análise Epidemiológica da Prevalência entre os Gêneros de Portadores de Gastrite e Duodenite no Brasil e no Estado da Bahia no Período de 2009 a 2013 411 Anemia Recorrente em Paciente com Deficiência de Vitamina B12 Secundária à Gastrite Linfocítica • Câncer Gástrico – Estudo Analítico Epidemiológico no Brasil e no Estado de Sergipe no Período de 2009 a 2013 412 Diagnóstico da Infecção por Helicobacter Pylori através da Identificação de Antígenos Fecais Diagnóstico Endoscópico de Ancylostoma Duodenale durante Investigação de Síndrome Consuptiva 413 414 Doença de Menetrier: Relato de Caso Associado à Infecção por Citomegalovíru • Ectasia Vascular do Antro Gástri- 415 Doença Celíaca Refratária Tipo 1: Um Relato de Caso co Tratada com Sucesso com Dose Baixa de Talidomida em Paciente Dependente de Transfusões Efeitos de Extrato de Própolis Proveniente do Estado de Minas Gerais em Modelo de Carcinogênese Gástrica Induzida Por N-Metil-N´-Nitro-N-Nitrosoguanidina (Mnng) e Infecção por Helicobacter Pylori em Mongolian Gerbils • Estudo da Prevalência de Sintomas Dispépticos e Pirose na População de Belo Horizonte/MG XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Gastrite Autoimune Cursando com Pancitopenia – Relato de Caso O Diagnóstico de Refluxo Laringofaríngeo por Phimpedanciometria Faríngea e a Associação com Sintomas Extra Esofágicos - Experiência do Núcleo de Fisiologia do Hospital Albert Einstein-SP • Odinofagia em Paciente com Pênfigo Vulgar de Esôfago Sem Lesões de Pele – Relato de Caso Vasculite como Causa de Fístula Cutâneo-Esofágica em Paciente com Lúpus • A Erradicação da Bactéria H. Pylori Aumenta os Níveis de Grelina Ativa? da 416 417 Gastrite Autoimune: Relato de Caso e Revisão da Literatura • Gastroparesia Diabética – Apresentação Atípica 418 Genótipo Vaca I e Sítios de Fosforilação Epiya-C do Helicobacter Pylori em Crianças Assintomáticas • Genótipos Cage do H. Pylori em Pacientes com Gastrite, Úlcera Péptica e Câncer Gátrico 419 HIV e H.Pylori: Qual Prevalência? Estudo Retrospectivo em Hospital de Referência Instituto Infectologia Emílio Ribas - Dados Preliminares • Lesão Submucosa Gástrica em Paciente com Sintomatologia Alta do TGI: Relato de Caso 420 Linfoma Não-Hodgkin Gástrico • Melanoma Gástrico Metastático 421 Níveis Séricos de Grelina Ativa segundo a Condição de Portador de Helicobacter Pylori e Estado Nutricional 422 Penfigoide Bolhoso em Paciente Idosa com Carcinoma Adenoescamoso do Estômago: Síndrome Paraneoplásica ou Associação Clínica Rara? • Perfil Anatomopatológico dos Pacientes com Câncer Gástrico Submetidos à Gastrectomia em um Hospital de Referência Regional em Santos-SP 423 Perfil Clínico e Epidemiológico dos Portadores de Doença Celíaca Residentes na Bahia • Prevalência e Perfil Epidemiológico do Helicobacter Pylori no Ambulatório de Gastroenterologia do Hospital Escola Luiz Gioseffi Jannuzzi • Relato de Caso de Hérnia Paraduodenal em Síndrome de Obstrução Intestinal 424 Relato de Caso: Diverticulose Duodenal Associada à Encefalopatia de Wernicke 425 Relato de Caso: Varizes de Fundo Gástrico - Tratamento Cirúrgico • Relato de Manejo de Linfoma Malt CD20 Negativo 426 Tumor Glômico Gástrico • Tumores Estromais Gastrointestinais (GIST): Relato de Caso 427 Úlcera Duodenal Associada ao Uso de Cocaína - Relato de Caso • Úlcera Duodenal Recidivante com Fístula Duodenal – Relato de Caso 428 Uso da Somatostatina no Controle da Hipergastrinemia em Paciente Portadora de Gastrite Atrófica Autoimune 429 Uso Prolongado de Inibidores da Bomba de Prótons (IBP) e Alterações Hiperplásicas da Mucosa Gastrointestinal • Vitamina C no Soro e Suco Gástrico de Indivíduos com e sem Infecção por Helicobacter Pylori 430 Porfíria Cutânea Tardia, Hiperferritinemia e Esteatose Hepática: Relato de Caso • Incidência de Depressão em Pacientes com Hepatite C Crônica Submetidos à Terapia Antiviral Dupla e Tripla: Análise de 24 Semanas 431 Abscesso Hepático por Corpo Estranho - Relato de Caso e Revisão da Literatura • Acometimento Renal Grave na Crioglobulinemia Mista Associada à Hepatite C 432 GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Adenomatose Hepática em Paciente com Fibrose Hepática Congênita • Adesão ao Tratamento com Terapia Tripla em Pacientes com Hepatite Crônica C 433 Alta Taxa de Negativação do HBSAG nos Pacientes em Uso de Lamivudina do Ambulatório de Hepatite B do Hospital das Clínicas de São Paulo – FMUSP • Análise de Complicações em Pacientes Cirróticos Portadores de Hepatite C Crônica, com e sem Tratamento, Acompanhados no Ambulatório de Hepatites Virais da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP 434 Análise de Segurança e Eficácia de Semana 24 de Tratamento Triplo com Telaprevir em Pacientes com Fibrose Avançada: Relevância da Hipertensão Portal 435 Apresentação Fulminante da Hepatite Autoimune: Relato de Caso • Associação entre a Fibrose Hepática Avançada e o Sexo no Pré-Operatório de Cirurgia Bariátrica 436 Associação entre Hepatite Autoimune e Artrite Reumatoide: Relato de Caso • Avaliação da Regeneração Hepática Pós-Hepatectomia Estimulada pela Administração de G-CSF (Fator Estimulador de Colônias de Granulócitos) 437 Avaliação do Desfecho Clínico e Cinética Viral dos Pacientes em Terapia Tripla para Hepatite C no Estado do Piauí • Avaliação dos Fatores Precipitantes de Descompensação da Cirrose em Um Serviço de Referência Estadual 438 Biópsia Hepática Percutânea: Experiência de Um Hospital Terciário 439 Características Associadas à Presença de Esteatose Hepática em Indivíduos Portadores de Infecção Crônica pelo Vírus da Hepatite C (HCV) • Carcinoma Hepatocelular & Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica: Uma Série de Casos 440 Carcinoma Hepatocelular Associado à Doença Autoimune em Paciente Pediátrico • Casos Notificados X Mortalidade por Hepatites Virais no Nordeste Brasileiro nos Anos de 2003 a 2012 441 Cirrose Hepática Descompensada por Tuberculose Disseminada • Colangite Esclerosante Primária de Pequenos Ductos: Relato de Caso Colestase Hepática pelo Vírus Epstein-Barr – Relato de Caso • Desenvolvimento de Colangiocarcinoma em Paciente com Esquistossomose Hepatoesplênica: Relato de Caso Desfecho Hospitalar de Pacientes Cirróticos Colonizados por Bactérias Multirresistentes Obesidade Versus Gravidade Histológica • Doença Hepática Induzida por Droga (DILI) – Relato de Caso Efeito da Dieta Isenta de Glúten no Nível da Alanina Aminotransferase (Alt) em Indivíduos com Doença Celíaca • Efeitos Colaterais Relacionados à Terapia Antiviral Crônica com Tenofovir (Tdf) em Pacientes com Monoinfecção Por HBV no Ambulatório de Hepatite B do Hospital das Clínicas de São Paulo – FMUSP 448 Elastografia Hepática Transitória como Ferramenta Adjuvante na Avaliação de Carcinoma Hepatocelular em Pacientes Cirróticos em Lista de Transplante Hepático 449 Embolia Gasosa após Ablação por Radiofrequência de Hepatocarcinoma • Encefalopatia Hepática: Proposta de Abordagem Terapêutica 450 Epidemiologia dos Pacientes Atendidos em Centro de Referência pra Hepatite C no Sul do Brasil • Estatina: um Gatilho para Hepatite Autoimune 451 Estudo Sobre a Distribuição Espacial da Hepatite C em Rondônia • Exame de Sonoelastografia é Equivalente à Biópsia na Análise de Fibrose Hepática em Pacientes Portadores de Hepatite C Crônica e Esteatose Hepática 452 Falência Hepática Aguda em Paciente com Glomerulonefrite Membranosa • Falência Hepática por Quelante de Ferro: Relato de Caso 453 Farmacodermia Grave Induzida pelo Telaprevir com Resolução Favorável após Tratamento Clínico sem Suspenção do Antiretroviral • Fatores de Risco para Doença Hepática no Obeso Grave 454 Flare de Hepatite B Abrindo Quadro de Possível Clareamento Tardio do HBE Ag para Antihbe, já com Hepatocarcinoma 455 Fontes Definidas de Contaminação pelo Vírus da Hepatite C entre Idosos Brasileiros com Hepatite C Crônica • Hamartoma Hepático em Adulto: Relato de Caso 456 442 Hepatite Aguda após Vacina para Influenza A • Hepatite Aguda Medicamentosa Superposta à Hemocromatose Não-HFE 457 443 Hepatite Autoimune Associada à HIV – Relato de Caso e Revisão da Literatura • Hepatite B Oculta em Pacientes Portadores de Doença Renal Crônica em Hemodiálise 458 Hepatite C em Pacientes com Diabetes Mellitus • Hepatite Colestática Idiopática 459 Hepatocarcinoma Fibrolamelar - Relato de Um Caso 460 461 444 23 Diagnóstico Diferencial de Tumor em Paciente Cirrótico pelo Vírus C • Doença de Caroli: Seguimento Clínico por 13 Anos em Portadora de Retocolite Ulcerativa Idiopática (RCUI) Associada 445 Doença de Wilson: Relato de Caso • Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica em Obesos Graves com e sem Diabetes Mellitus 446 Hiperplasia Nodular Focal Sintomática: Relato de Caso • Impacto da Fadiga de acordo com o Fatigue Severity Score em Pacientes com Hepatite C Crônica e Fatores Associados 462 Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica: Graus de 447 Importância do Diagnóstico Precoce na Doença de Wilson 463 Hiperferritinemia: Significado na Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica do Paciente Obeso Grave • Hiperplasia Nodular Focal - Relato de Caso e Revisão da Literatura GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 A nais • Influência da Ingestão Alcoólica nas Alterações Hepáticas de Obesos Graves Insuficiência Hepática Aguda Associada à Síndrome “Heat Stroke” Pós Exercício Físico Intenso em Paciente Jovem: Relato de Caso • Insuficiência Hepática por Infliximab – Relato de Caso 464 Leishmaniose Visceral em Paciente Transplantado Hepático 465 466 Lesão Hepática Colestática Induzida por Drogas na DRESS • Linfoma Hepático Primário Não Hodgkin: Relato de Caso 24 Lúpus Eritematoso Sistêmico com Apresentação Rara de Hepatite Lupoide • Marcadores Sorológicos de Hepatites B e C em Doadores de Sangue no Hemobanco-Curitiba-PR no Período de 2003 a 2012 467 Mieloma Múltiplo com Infiltrado Plasmocitário em Fígado: Relato de Caso 468 Múltiplos Adenomas Hepáticos Complicados com Sangramento Associados a Uso de Esteroides em Paciente Portador de Anemia de Fanconi • Neuropatia Secundária ao Tenofovir: Relato de Caso 469 Paracentese Complicada com Pneumoperitôneo: Perfuração de Sigmoide • Peliflebite Secundária à Colangite em Paciente com Retocolite Ulcerativa: Relato de Caso 470 Perfil Clínico e Laboratorial Associado a Níveis de Alanina Aminotransferase acima do Tercil Superior em Pacientes Portadores de Tireoidopatias • Perfil Clínico-Epidemiológico dos Pacientes Portadores de Hepatopatia Crônica Submetidos a Paracenteses de Alívio Regulares em Ambulatório de Um Hospital Terciário do SUS no Rio de Janeiro 471 Perfil dos Pacientes Portadores de Hepatite B Atendidos no Núcleo do Figado do Hospital Universitário Presidente Dutra - São Luís - MA • Perfil dos Pacientes Portadores de Hepatite C Atendidos no Núcleo do Fígado do Hospital Universitário Presidente Dutra - São Luís - MA 472 Perfil Epidemiológico dos Pacientes HCV-RNA Quantitativo Positivo no Ambulatório da Liga de Hepatites Virais da Universidade Federal do Maranhão 473 Perfil Epidemiológico dos Pacientes Submetidos ao Transplante Hepático no Hospital Angelina Caron entre 2001 e 2013 • Perfil Epidemiológico em um Coorte de Pacientes com Esteatohepatite Não-Alcoólica em um Centro de Referência em Hepatologia de São Paulo 474 Perfil Inicial das Enzimas Hepáticas Séricas na Esteatohepatite não Alcoólica de uma Coorte de Pacientes em um Centro de Referência em Hepatologia de São Paulo 475 Perfil Lipídico e Risco Cardiovascular em Portadores de Hepatite Crônica C: Relação com Histologia Hepática • Pileflebite Associada com Trombose da Artéria Mesentérica Superior 476 Pileflebite Complicada com Abscesso Hepático e Hipertensão Portal • Prevalência da Osteodistrofia Hepática em Um Grupo de Cirróticos 477 da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Prevalência das Manifestações Extra-Hepáticas em Pacientes com Hepatite C Crônica em Hospital Quaternário do Município de São Paulo 478 Prevalência de Cirrose em Pacientes com Esteatohepatite Não Alcoólica em um Centro de Referência de Hepatologia de São Paulo e sua Correlação com a Faixa Etária • Prevalência dos Genótipos e Formas de Transmissão da Hepatite C Crônica em Hospital Quaternário do Município de São Paulo 479 Pseudomixona Peritoneal: Relato de Caso 480 481 Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (HRQL) em Pacientes com Hepatite Crônica C Tratados com Terapia Dupla e Tripla • Recidiva de Hepatocolangiocarcinoma Após Transplante Hepático Relato de Caso: Actinomicose Hepática Isolada em Um Paciente Imunocompetente • Relato de Caso: Doença Hepática Policística como Causa de Transplante Hepático 482 Relato de Caso: Hepatite Aguda como Manifestação de Sífilis Secundária 483 Relato de Caso: Hepatite Autoimune de Evolução Fulminante • Síndrome Colestática em Paciente com Esquistossomose Hepatoesplênica: Um Relato de Caso de Colangiopatia Portal Hipertensiva 484 Síndrome de Budd-Chiari: Ascite Como Manifestação Primária • Síndrome de Budd-Chiari: Relato de Caso Clínico 485 Síndrome de Caroli: Uma Apresentação Clínica Rara • Síndrome DRESS com Evolução para Insuficiência Hepática Aguda 486 Síndrome Hemofagocítica como Diagnóstico Diferencial de Insuficiência Hepática Aguda - Relato de Caso • Síndrome Hemolítico Urêmica Atípica como Diagnóstico Diferencial de Insuficiência Hepática Fulminante - Relato de Caso 487 Sobreposição Clínica de Esquistossomose Hepatoesplênica e Cirrose Biliar Primária – Relato de Caso • Sobreposição de Cirrose Biliar Primária e Hepatite Automine: Importância do Diagnóstico Diferencial - Relato de Caso 488 Sucesso no Tratamento da Hepatite C com Terapia Tripla, Instituído por apenas 9 Semanas: Relato de Caso 489 Taxa de Resposta Virológica Rápida (RVR) ao Tratamento de Hepatite C Crônica (HCC) com Terapia Tripla: Peg-Interferon Alfa (Peg-Ifn) + Ribavirina (Rbv) + Telaprevir (Tvr) – Experiência Inicial do Hospital Universitário Gafrée e Guinle (HUGG) • Toda Ascite com TSH Elevado é Ascite Mixedematosa? Discussão de Dois Casos 490 Tosilato de Sorafenibe no Tratamento do Carcinoma Hepatocelular: Relato de Caso com Resposta Atípica • Transplante Hepático em Pacientes Falcêmicos: Quais são os Desafios 491 Tratamento de Longa Duração com Terlipressina na Síndrome Hepatorrenal Tipo 1: Relato de Experiência Local • Ultra-Sonografia Abdominal Versus Biópsia Hepática no 492 GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Diagnóstico da Esteatose em Obesos Graves Utilidade da Elastografia Hepática Transitória na Hepatite C Crônica em Um Centro de Referência 493 Variáveis Associadas à ALT Elevada em Pacientes com Diabetes Mellitus Tipo I • Associação entre as Concentrações Plasmáticas de Não-Hdl-Colesterol com as de Cisteína e Homocisteína em Crianças Pré-Púberes 494 Avaliação do Tratamento de Constipação Crônica em Pacientes Pediátricos • Características Clínicas e Endoscópicas em Pacientes Esofagite Eosinofílica: Experiência de Um Serviço de Gastroenterologia Pediátrica com Doença de Crohn (DC) Acompanhados no Ambulatório do Hospital Universitário de Londrina-PR Caso Clínico: Doença Celíaca Refratária • Causa Incomum de Hemorragia Digestiva Média 506 Colangite Esclerosante Primária Associada à Doença de Crohn (DC) – Relato de Caso • Colite Pseudomembranosa em Paciente Jovem Gestante: Relato de Caso 507 495 Crise Celíaca: Relato de Caso • Desenvolvimento de Tuberculose Ativa em Paciente com Doença de Crohn em Uso de Terapia Biológica e Rastreamento Negativo para Tuberculose Latente 508 Concentrações de Não HDL Colesterol em Uma Amostra de Crianças Pré-Púberes e Sua Relação com Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares • Concentrações Plasmáticas de Cisteína e Homocisteína de Crianças Pré Púberes: Associação com Não-HDL-Colesterol 496 Determinação da Prevalência de Supercrescimento Bacteriano do Intestino Delgado, em Pacientes com Sindrome de Intestino Irritável, Submetidos ao Teste Respiratório • Diarreia Crônica: Uma Manifestação Atípica de Um Feocromocitoma 509 Concentrações Plasmáticas de Vitamina D em Crianças e Adolescentes Obesos • Teste de Desencadeamento em Pacientes com Alergia à Proteína do Leite de Vaca - Experiência de Um Serviço de Referência 497 Diarreia Persistente com Duodenite Ulcerada Hemorrágica Grave – Relato de Caso • Discrasia Sanguínea Associada ao Uso de Mesalazina em Paciente com Retocolite Ulcerativa – Relato de Caso 510 A Solução de Carnoy é Um Fixador de Tecidos Adequado na Rotina de Patologia Cirúrgica, Preservando a Morfologia Celular e Integridade Molecular • Abordagem Cirúrgica de Megaesôfago Associado a Megacólon Chagásico: Relato de Caso 498 Disfunção Erétil na Doença Inflamatória Intestinal 511 512 Adenocarcinoma de Delgado em Portador de Doença de Crohn em Terapia Biológica 499 Angioedema Intestinal Desencadeado pelo Uso do Inibidor da Enzima Conversora de Angiotensina • Anticorpos Anti-CCP e Achados Reumatológicos em Pacientes com Doença de Crohn 500 Aplicativo “Doencas Inflamatórias Intestinais” para Séries Individuais e Coletivas • Apresentação Grave da Doença de Crohn: Um Relato de Caso 501 Associação da Plaquetose na Neoplasia Colorretal no Serviço de Coloproctologia do HUSF • Avaliação da Atividade da Doença Inflamatória Intestinal durante a Gestação e Período Perinatal em Pacientes Acompanhadas em Um Serviço de Referência no Piauí 502 Avaliação da Calprotectina Fecal como Marcador de Atividade Inflamatória em Pacientes com Doença de Crohn durante Tratamento de Manutenção com Infliximabe • Avaliacão do Tempo de Trânsito Colônico com Marcadores Radiopacos • Cápsula Endoscópica: Um Grande Auxílio Diagnóstico para Patologias do Intestino Médio com Poucas Complicações 503 Características Antropométricas e Composição Corporal de Uma População Universitária Submetida ao Teste de Intolerância à Lactose Características Clínicas e Laboratoriais de Artropatia em Pacientes com Doença Inflamatória Intestinal (DII) acompanhados no Ambulatório do Hospital Universitário de Londrina-PR • Características Epidemiológicas e Clínicas dos Pacientes Diverticulite de Meckel: Relato de Caso • Doença Celíaca e Doença de Crohn: Existe Esta Associação? Relato de Caso Doença de Crohn (DC) Refratária ao Tratamento Clínico em Paciente Jovem com Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) – Relato de Caso • Doença de Crohn Associada à Colite por Citomegalovírus em Paciente Jovem em Tratamento de Espondilite Anquilosante com Infliximabe 513 Doença de Crohn com Fìstula Êntero-Cutânea de Difícil Controle: Relato de Caso 514 Doença de Crohn como Diagnóstico de Enteropatia Perdedora de Proteínas: Relato de Caso • Doença de Crohn e a Importância dos Anticorpos Marcadores de Doença: Relato de Caso 515 Doença de Crohn e Colite Ulcerativa: Uma Análise Epidemiológica • Doença de Crohn Fistulizante Perineal e Perianal - Diagnóstico Difícil 516 Doença de Crohn Gástrica • Doença de Crohn Intestinal com Metástase Cutânea – Relato de Caso 517 Doença de Whipple: Relato de Caso e Revisão de Literatura • Doença Desmielinizante do Sistema Nervoso Central Induzida por Terapia Biológica durante Tratamento para Doença de Crohn 518 504 Doença Enxerto Versus Hospedeiro Intestinal após Transplante Alogênico de Medula Óssea • Doença Inflamatória Intestinal e Fenômenos Tromboembólicos 519 505 Efeitos Adversos do Uso de Infliximab em Pacientes Portadores de Doença Inflamatória Intestinal no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) 520 Efeitos de uma Mistura de Componentes Funcionais na 521 GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 25 A nais Motilidade Intestinal e no Peso Corporal de Ratos Wistar • Enterite Actínica - Relato de Caso 26 Enteropatia Associada ao Uso de Olmesartan: Relato de Caso e Revisão de Literatura • Enteropatia Autoimune como Causa de Atrofia Vilositária Não-Celíaca e Tratada com Budesonida – Relato de Caso 522 Enteropatia Perdedora de Proteínas – Desafio, Diagnóstico, Etiologias Pouco Comuns e Revisão de Literatura • Eosinofilia Grave em Gastroenteropatia Eosinofílica 523 Estimativa da Prevalência da Doença Inflamatória Intestinal do Distrito Federal Baseado no Cadastro de Medicamentos de Alto Custo do SES - DF • Fatores Associados à Qualidade de Vida, Ansiedade, Depressão e Autoestima na Doença Inflamatória Intestinal 524 Fatores de Risco e Diagnóstico da Tuberculose Abdominal: Relato de Casos e Revisão de Literatura • Fístula Enterocutânea em Paciente com Doença de Crohn–Relato de Caso 525 Formas de Apresentação Inicial e Manifestações Digestivas da Doença de Chron em Pacientes Atendidos no Ambulatório de Proctologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (UFS) 526 Gastroenterite Eosinofílica: Relato de Caso • Gastro-ÍleoColite Microscópica como Causa de Diarreia Crônica 527 Hemorragia Digestiva Alta Maciça em Paciente com Doença de Crohn com Acometimento do Trato Gastrointestinal Superior: Uma Apresentação Rara da Doença • Hepatite Crônica Associada ao Uso de Mesalazina em Paciente com Colite Ulcerativa 528 Hiperinfecção por Strongyloides Stercoralis associada a Portador de HTLV-1: Relato de Caso 529 Hiperplasia Nodular Linfoide Associado à Imunodeficiência Comum Variável como Diagnóstico Diferencial de Polipose Intestinal: Relato de Caso • HIV no• Paciente com Doença de Crohn Íleo-Colônica em Atividade - A Influência do Fator Imunológico na Doença Inflamatória Intestinal: Qual Tratamento Ideal? 530 Infecção Oportunista em Vigência de Terapia Biológica • Infliximabe no Tratamento de Espru Refratário do Tipo 2: Indicação “Off Label” e Excelente Resposta da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Intestinal, Idade e Sexo dos Pacientes Diagnosticados com Retocolite Ulcerativa Atendidos no Ambulatório de Proctologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (UFS) Megacólon Psicogênico em Gêmeos Univitelinos • Modificação do Comportamento da Doença de Crohn, Baseada na Classificação de Montreal, em Centro de Referência Brasileiro para Tratamento de Doenças Intestinais no Período de 20 Anos de Acompanhamento 536 Neoplasia de Colorretal Avançada em um Paciente com 35 Anos com RCU • Os Níveis Séricos de Calprotectina Correlacionado com Marcadores Bioquímicos e Histológicos de Atividade Inflamatória Intestinal • Perfil Terapêutico e Reações Adversas Relacionadas à Doença de Crohn no Estado do Piauí 537 Pioderma Gangrenoso em Paciente com Colite Ulcerativa (CU): Relato de Caso com Foco no Tratamento • Pneumatose Intestinal Induzida pelo Etoposide em Carcinoma Indiferenciado de Pequenas Células 538 Polipose Adenomatosa Familiar - Um Relato de Caso 539 540 Prevalência de Colite e Doença Perianal nos Pacientes com Doença de Crohn do Ambulatório de Doença Inflamatória Intestinal do HMSJ de Joinville/SC • Prevalência de Distúrbios Psiquiátricos, Ansiedade e Depressão em Pacientes Portadores de Doença Inflamatória Intestinal em Um Ambulatório de Referência Prevalência de Intolerância à Frutose em População de Pacientes com Queixas Gastrointestinais • Prevalência de Intolerância à Lactose e Fatores Associados em Funcionários e Estudantes de uma Universidade Pública da Região Nordeste - Brasil 541 Prevalência de Parasitoses Intestinais de Acordo com o Gênero 542 Prevalência de Sintomas Pós-Teste em Pacientes Submetidos à Sobrecarga de Lactose • Prevalência de Terapia Biológica Anti-TNF em Pacientes com Doença de Crohn do Ambulatório do HMSJ de Joinville/SC 543 531 Prevalência do HLA-DQ2 e DQ8 em Pacientes com Doença Celíaca • Prótese de Via Biliar Migrada Associada á Peritonite Encapsulante: Relato de Caso 544 Linfoma de Ceco: Relato de Caso • Lipomatose Intestinal: Causa Rara de Suboclusão Intestinal 532 545 Manifestações Extra-Intestinais em Pacientes Diagnosticados com Retocolite Ulcerativa Atendidos no Ambulatório de Proctologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (UFS) 533 Pseudo-Obstrução Intestinal Secundária à Amiloidose Relato de Caso • Pseudo-Obstrução Intestinal Crônica Secundária a Mieloma Múltiplo: Relato de Caso 546 Manifestações Extra-Intestinais em Pacientes Diagnosticados com Doença de Crohn Atendidos no Ambulatório de Proctologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe • Manifestações Intestinais da Doença Granulomatosa Crônica - Relato de Caso 534 Qualidade de Vida, Ansiedade, Depressão e Autoestima nos Pacientes com Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa • Relação entre a Curva de Hidrogênio Expirado e a Sintomatologia Relatada por Pacientes Submetidos ao Teste Respiratório com Suspeita Diagnóstica de Intolerância à Frutose 547 Manifestações Intestinais, Extensão do Comprometimento 535 Relação entre Idade, Sexo e Gravidade em Pacientes Diagnosticados com Retocolite Ulcerativa Atendidos no Ambulatório de Proctologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (UFS) • Relato de Caso: GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Abordagem do Paciente com Doença de Crohn Complicada com Fístula Enterovesical Expectante Após Ingesta de Osso de Galinha Manifestação Cutânea de Pioderma Gangrenoso em Paciente com Doença de Crohn e Colangite Esclerosante Primária • Otimização da Dose da Terapia Biológica em Pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) Experiência do Ambulatório de DII da Disciplina de Gastroenterologia da Policlínica Piquet Carneiro da UERJ 563 Perfil dos Pacientes Usuários de IBP Acima de 60 Anos na UBS Ouvidor Pardinho – Curitiba: Comorbidades e Polifarmácia 564 Pseudo­Pseudo Meig’s e Autoimunidade como Causa de Ascite • Rabdomiólise em Paciente Etanolista Associado a Delirium Tremens: Relato de Caso 565 Relato de Caso: Doença Celíaca em Adulto Associada à Esofagite Fúngica • Relato de Caso: Doença Cardíaca Carcinoide 566 567 553 Tumor Neuroendócrino como Diagnóstico Diferencial com Síndrome do Intestino Irritável • Varizes Colônicas: Rara Complicação da Trombose de Veia Esplênica Secundária à Pancreatite 568 Tuberculose Intestinal, Importante Diagnóstico Diferencial da Doença de Crohn: Relato de Caso • Tumor Estromal Gastrointestinal em Intestino Delgado - Relato de Caso 554 Análise Comparativa de Diferentes Técnicas de Medida do Tempo de Trânsito Colônico • Contribuição da Manometria Anorretal em Paciente com Quadro de Encoprese: Relato de Caso Uso de Colostro como Adjuvante no Tratamento da Giardíase Refratária em Imunossuprimido: Relato de Caso 555 Impactação Alimentar Associada com Esôfago em QuebraNozes • Relato de Caso: Complicações da Abordagem Cirúrgica Tardia na Aganglionose Congênita 569 Uso de Infliximabe em Paciente com História de Crise Convulsiva Pós Uso de Adalimumabe - Relato de Caso • Uso de Tacrolimus como Tratamento de Manutenção na Retocolite Ulcerativa após Falha Terapêutica ao Uso de Infliximab 556 Ascite Pancreática: Relato de Caso • Atualização no Manejo Terapêutico da Pancreatite Crônica 570 571 Uso de Terapia Biológica para Tratamento de Doença de Crohn em Paciente com Manifestação Extraintestinal e Portador de Tuberculose Latente • Análise Multifatorial de Pacientes Atendidos com Hemorragia Digestiva Alta: Experiência de Um Hospital Terciário 557 Cateterização Incidental da Via Biliar por Cateter Nasoenteral: Uma Complicação Sui Generis • Circulação Colateral Simulando Tumor Pancreático em Portadora de Hipertensão Portal Esquistossomótica - Relato de Caso Colangiocarcinoma Intra-Hepático Metastático em Paciente Adulto Jovem: Relato de Caso 572 Ascaridíase Biliar em Difícil Desfecho Diagnóstico de Icterícia Obstrutiva • Dermatite Herpetiforme em Pacientes Adultos: Há Diferença na Apresentação Clínica Quando Comparados os Gêneros Masculino e Feminino? 558 Diagnóstico Precoce Câncer de Vesícula Biliar – Relato de Caso • Diferentes Apresentações Clínicas da Pancreatite Autoimune • Doença de Caroli com Evolução Fatal – Relato de Caso e Revisão de Literatura 573 Descrição de Caso Clínico: Fibrose Retroperitoneal • Doença de Crohn e Hepatite Autoimune: Uma Associação Incomum 559 Fibrose Retroperitoneal Secundária a Adenocarcinoma de Origem Bilio-Pancreática: Relato de Caso 574 575 Doença de Crohn e Infecções Oportunistas • Histoplasmose com Acometimento Duodenal em Paciente Imunocompetente 560 Fístula Colecistoduodenal - Relato de Caso • Fístula Pancreatopulmonar Secundária à Pancreatite Crônica: Relato de Caso 576 Histoplasmose Disseminada em Paciente Portador da Doença de Crohn em Uso de Anti-TNF 561 Neoplasia Intraductal Mucinosa Papilífera: Relato de Uma Série de Casos • Pancreatite Aguda Recorrente na Apresentação Clínica Inicial do Adenocarcinoma Metastático de Pâncreas - Relato de Caso Infecção Por Helicobacter Pylori Em Município do Leste de Minas Gerais • Ingestão de Corpo Estranho: Conduta 562 Pancreatites Agudas Subclínicas Recorrentes por Pâncreas Divisum • Relato de Caso: Paciente com Diarreia Crônica - 577 Relato de Caso: Diagnóstico Diferencial de Fístula Perianal • Relato de Caso: Doença Celíaca e Doenças Autoimunes 548 Retocolite Ulcerativa (RCU) Refrataria a Esteroides: um Caso de Colite por Citomegalo Virus (CMV) 549 Seminoma de Testículo: Relato de Caso de Paciente em Uso de Adalimumabe para Doença de Crohn • SemiObstrução de Intestino Delgado por Enterite Actínica – Relato de Caso 550 Semi-Obstrução Intestinal Secundária à Doença de Crohn Estenosante em Paciente com Sida • Síndrome de GuillainBarré durante Terapia com Adalimumabe em Paciente com Doença de Crohn: Consequência ou Coincidência? 551 Síndrome de Peutz-Jeghers em Jovem com Sintomas Obstrutivos: Relato de Caso • Tratamento Cirúrgico da Doença de Crohn 552 Tratamento Cirúrgico em Retocolite Ulcerativa Refratária ao Tratamento Clinico Otimizado • Tuberculose Intestinal Simulando Doença de Crohn: Relato de Um Caso com Múltiplas Perfurações Intestinais GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 27 A nais Uma Queixa que deve ser Investigada da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Síndrome de Mirizzi • Síndrome de Mirizzi: Relato de Caso Relato de Caso: Pancreatite Aguda Secundária à Hipertrigliceridemia • Relato de Caso: Pancreatite Autoimune, um Importante Diagnóstico Diferencial de Neoplasia Pancreática 578 Síndrome de Compresão Biliar Extrinseca Benigna ou 579 Síndrome de Mirizzi: Um Diagnóstico Diferencial Raro dentre as Causas de Dor Abdominal • Tumor Neuroendócrino de Pâncreas Metastático: Um Desafio Diagnóstico 28 GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 580 Anais da XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo Proceedings of XIII Brazilian Week of Digestive - CBCD – ORAL ANÁLISE DAS COMPLICAÇÕES APÓS ESOFAGECTOMIA POR NEOPLASIA DE ESÔFAGO: 332 PACIENTES Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Flavio Roberto Takeda / Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina da USP, HCFMUSP/ICESP; Rubens Antonio Aissar Sallum / Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina da USP, HCFMUSP/ICESP; Julio Rafael Mariano da Rocha / Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina da USP, HCFMUSP/ICESP; Ulysses Ribeiro Junior / Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina da USP, HCFMUSP/ ICESP; sergio Szachnowicz / Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina da USP, HCFMUSP/ICESP; Ernesto Sasaki Imakuma / Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina da USP, HCFMUSP/ICESP; Daniel Reis Waisberg / Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina da USP, HCFMUSP/ICESP; Ivan Cecconello / Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina da USP, HCFMUSP/ICESP. Resumo Introdução: A esofagectomia é a única abordagem potencialmente curativa para câncer esofágico. Entretanto, esta operação apresenta consideráveis índices de morbimortalidade peri-operatória. Objetivo: Analisar dados de ocorrência de óbito e complicações pós-operatórias de pacientes submetidos à esofagectomia por câncer de esôfago. Casuística e Métodos: Estudo retrospectivo de pacientes submetidos a esofagectomia por câncer entre março de 2000 e janeiro de 2012 de um instituto de cân- tes (17,4%), complicações respiratórias em 67 (20,1%), sendo que pneumonia em 51 (15,3%), quilotórax em 8 (2,4%) e pneumotórax em 8 (2,4%). Paralisia vocal foi vista em 77 pacientes (23,2%), sendo que em 14 (4,2%) a paralisia foi definitiva. 18 pacientes (5,4%) tiveram infarto agudo de miocárdio e 9 pacientes (2,7%), arritmia cardíaca. Mortalidade total foi 21 (6,3%). Síndrome da resposta inflamatória sistêmica foi vista em 132 (39,7%) dos pacientes após cirurgia. Conclusão: Esofagectomia para tratamento de câncer de esôfago é procedimento seguro. Este procedimento não está isento de altas taxas de morbidade, principalmente àquelas relacionadas a fístulas cervicais e complicações respiratórias. 29 AVALIAÇÃO DO PERFIL, DA ADESÃO ÀS MEDIDAS FARMACOLÓGICAS E/ COMPORTAMENTAIS E O IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DOS PORTADORES DE DRGE APÓS CIRURGIA Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Marcus Felipe Gonçalves Feitosa / UNIT; Keity Magna e Silva / UNIT; José Machado Neto / UFS; Vinicius Alberto Nascimento de Brito / UNIT; Maiane Cássia de Castro Vasconcelos / UNIT; Vanessa Rocha de Santana / UNIT; Valdinaldo Aragão de Melo / UFS, UNIT; Sônia Oliveira Lima / UNIT. Resumo cer, totalizando 332 pacientes. Foi avaliado tipo histológico, via de abordagem, linfonodos dissecados, complicações pós-operatórias, Com o objetivo de pesquisar , os sintomas de Doença do Refluxo incluindo pneumonia, quilotórax, pneumotórax, paralisia vocal , in- Gstroesofágico, o perfil, a adesão às medidas comportamentais farto agudo de miocárdio, arritmia cardíaca e mortalidade. Também e/ ou farmacológicas e o impacto na qualidade de vida(QV) após foi avaliada presença de síndrome da resposta inflamatória sistêmi- tratamento cirúrgico foram avaliados 192 prontuários de pacientes ca após cirurgia. Resultados: do total de pacientes, 230 (69,2%) portadores de DRGE sintomáticos de outubro de 1998 a outubro apresentavam carcinoma espinocelular (CEC) e 102 (30,8%), ade- de 2013. Para estimar as manifestações, frequência e duração dos nocarcinoma. A via de abordagem foi transhiatal em 222 pacientes sintomas, utilizou-se um questionário previamente elaborado. Utilizou- (66,8%), o restante via transtorácica. A média de linfonodos dis- se o teste qui-quadrado para análise dos resultados p(<0,05). 66% secados foi de 25,5. Complicações pós-operatórias ocorreram em dos pacientes eram do gênero feminino e 34% masculino com média 123 pacientes (37,04%). Fistulas cervicais ocorreram em 58 pacien- de 47,7 anos. A pirose ocorreu em 78% dos casos, regurgitação em GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo 33%, globus histéricus em 27%, halitose em 24 %, dor torácica não observamos a presença de displasia de baixo grau em 4 deles. Vinte cardíaca em 13%, rouquidão em 9%, disfagia em 7% e asma crônica pacientes foram submetidos à fundoplicatura e nos demais se optou em 5%. Na EDA observou-se esofagite em 170 (88%) esôfago por tratamento clínico. A pressão no esfíncter inferior do esôfago de Barret em 4%. Foi verificada a adesão plena aos tratamentos apresentou valor médio de 12,22 +/- 6,81 mmHg. Conclusão: comportamentais e farmacológicos em 102 e parcial em 90 pacientes. Os autores concluem que: 1) Os aspectos demográficos e clínicos Quanto ao tratamento cirúrgico 59 submetram-se ao tratamento observados na presente casuística não diferem dos referidos na cirúrgico por videolaparoscopia. A indicação cirúrgica foi por esôfago literatura; 2) a incidência de displasia foi pequena na presente série de Barret (10%), história familiar de câncer (12%), 51% por não em consonância com a literatura; 3) a conduta cirúrgica, associada a apresentarem melhora ao tratamento clínico e 27% por necesitarem seguimento endoscópico anual, adotada nos portadores de Barrett de colecistetomia. Antes da cirurgia a QV foi relatada como excelente longo tem demonstrado resultados satisfatórios. (0%), muito boa (0%), boa (22%), ruim em 41% e muito ruim em 5% dos pacientes. Todos os pacientes foram operados pela mesma equipe e submetidos a herniorrafia e fundoplicatura a Nissen-Rosseti em 85% e Guarner em 15%. Houve cura dos sintomas em 93%% e 7% necessitaram de tratamento com IBP. Disfagia ocorreu em 71% dos casos com resolução espontânea até 60 dias. A QV foi muito boa em 76%. A cirurgia foi segura e eficaz e os resultados satisfatórios. 30 ESÔFAGO DE BARRETT: ANÁLISE DOS ASPECTOS CLÍNICOS E TERAPÊUTICOS INTERVALO ENTRE INÍCIO DOS SINTOMAS E DIAGNÓSTICO DE MEGAESÔFAGO: ATRASO DO DIAGNÓSTICO Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: André Fonseca Duarte / HCFMUSP; Edno Tales Bianchi / HCFMUSP; Lucas Soares Gerbasi / HCFMUSP; Júlio Rafael Mariano da Rocha / HCFMUSP; sergio Szachnowicz / HCFMUSP; Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro / HCFMUSP; Rubens Antônio Aissar Sallum / HCFMUSP; Ivan Cecconello / HCFMUSP. Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Maria Aparecida Coelho Arruda Henry / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Walmar Kerche de Oliveira / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Mauro Masson Lerco / Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP. Resumo Introdução: Como consequência da falta de familiaridade com os aspectos clínicos da acalasia, frequentemente há um claro distanciamento entre o início dos sintomas e o correto diagnóstico. O Resumo impacto desse atraso é identificado na queda de qualidade de vida e deteriorização clínica desse grupo. Objetivo e método: Estudo Introducão: O Esôfago de Barrett (EB) é definido como uma transversal descritivo cujo objetivo desse estudo é caracterizar e condição adquirida caracterizada pela substituição do epitélio avaliar retrospectivamente grupo de pacientes após tratamento escamoso do esôfago por epitélio glandular especializado, com células cirúrgico do megaesôfago em relação ao intervalo entre início dos caliciforme. Objetivo: O objetivo do presente trabalho é analisar os sintomas e diagnóstico, diagnóstico inicial se incorreto, perda de peso aspectos clínicos e terapêuticos de pacientes com EB. Métodos: no aguardo do tratamento definitivo e etiologia do megaesôfago. Foram estudados 50 pacientes (31 homens e 19 mulheres), com Esses pacientes foram submetidos à cardiomiotomia com idade variando entre 17 e 71 anos (média de 46,56 +/- 13,87 anos) fundoplicatura a Heller-Pinotti durante o período de outubro de 2012 e brancos em sua totalidade. A duração das queixas variou entre 3 a julho de 2014 e questionário foi aplicado por contato telefônico. meses e 40 anos (média: 13,43 +/- 6,98 anos). A queixa referida pela Resultados: Dos 36 pacientes avaliados, 16 são do sexo masculino maioria dos pacientes era a pirose (80%), seguida de regurgitação (44%). A média da idade na cirurgia foi de 50,2 anos, variando de (19%). A endoscopia digestiva alta demonstrou a presença de hérnia 17 a 51 anos. A etiologia foi relacionada a doença de chagas em 17 de hiato em 71,8% dos pacientes, com EB longo em 15 pacientes pacientes (47,22%) e desses 14 (38,89%) o diagnóstico de chagas (30%) e curto em 35 deles (70%). O estudo anatomopatológico foi feito pela doença esofágica. A média entre início dos sintomas e confirmou a presença da metaplasia epitelial em todos os pacientes e diagnóstico foi de 53 meses e entre início dos sintomas e cirurgia foi GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 68 meses. O acerto do primeiro diagnóstico ocorreu em 8 pacientes de 2010 e janeiro de 2014 de um instituto de câncer, excluindo- (22,22%) e nos 28 restantes os diagnósticos mais prevalente foram se aqueles cuja cirurgia foi paliativa, totalizando 106 pacientes (83 drge e gastrite em 10 (27,78%) pacientes em cada item. A média de homens e 24 mulheres). Avaliaram-se realização de neoadjuvância, perda de peso na espera ao tratamento foi de 11,4kg com variação tipo histológico do tumor, complicações pós-operatórias, e PCR no da queda do IMC em média de 4,4. Em 21 dos 28 pacientes (75%) pós-operatório. Analisados os valores de PCR no 2o, 4o, 6o, 8o, 10o e não diagnosticados corretamente inicialmente foi prescrito inibidor 12o dias de pós-operatório (PO). Foram consideradas complicações: de bomba de prótons sem melhora clínica referida ao profissional óbito, fístula anastomótica, rouquidão / paralisia de cordas vocais, durante o tempo de espera. Em relação ao grau de satisfação infecção de ferida operatória. Resultados: Complicações pós- tratamento cirúrgico realizado em score de 0 a 10 foi referida uma operatórias ocorreram em 19 pacientes (5,57%). do total de nota média de 9,3 e não houve correlação com o intervalo entre início pacientes, 64 (59,8%) apresentavam carcinoma espinocelular (CEC) dos sintomas, diagnóstico e tratamento. Conclusão: como intuito e 37 (34,6%), adenocarcinoma e 48 pacientes (44%) receberam de evitar impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes neoadjuvância. Não houve diferença significativa entre os valores de com megaesôfago faz-se necessário um esforço mais intenso para PCR para pacientes que tiveram complicações quando comparados diagnóstico precoce da doença e criação de fluxos mais eficazes àqueles que não tiveram. Também não houve diferença quando entre os diversos níveis de atenção em saúde para que esses os grupos são separados por tipo histológico ou neoadjuvância. pacientes tenham a oportunidade de tratamento em um intervalo de Os valores de PCR máximo de pacientes que apresentaram óbito tempo menor. foi estatisticamente maior que o restante (239,4 ± 79,7 x 184.6 ± 71.1, p=0,005). Na curva ROC, determinou-se o valor de 203,6 mg/ NÍVEIS DE PCR COMO PREDITOR DE ÓBITO EM PACIENTES SUBMETIDOS À ESOFAGECTOMIA POR NEOPLASIA DE ESÔFAGO Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Rubens Antônio Aissar Sallum / HC-FMUSP; Leonardo Ervolino Corbi / HC-FMUSP; Ernesto Sasaki Imakuma / HC-FMUSP; Daniel Reis Waisberg / HC-FMUSP; Flavio Roberto Takeda / HC-FMUSP; Julio Rafael Mariano da Rocha / HC-FMUSP; Ulysses Ribeiro Júnior / HC-FMUSP; Ivan Cecconello / HC-FMUSP. Resumo dl como o que melhor discrimina a mortalidade dos pacientes. Este valor apresenta sensibilidade de 66,7% e especificidade de 60,5%. Conclusões: a medida sérica de PCR mostrou-se de pouco valor preditivo de complicações pós-operatórias da esofagectomia para tratamento de câncer. O valor de PCR máximo parece ser útil como indicador de mortalidade para esses pacientes. UMA DÉCADA APÓS ABLAÇÃO DO ESÔFAGO DE BARRETT COM PLASMA DE ARGÔNIO: ANÁLISE CRÍTICA DAS TÉCNICAS DE ABLAÇÃO APÓS SEGUIMENTO TARDIO Temário: Cirurgia / Esôfago Introdução: Apesar dos recentes avanços no tratamento do câncer esofágico, a esofagectomia permanece como a única abordagem potencialmente curativa. Esta operação, entretanto, envolve alta complexidade técnica e apresenta consideráveis índices de morbimortalidade peri-operatória. Os níveis séridos de proteína C-reativa (PCR), uma proteína plasmática relacionada à fase aguda da inflamação, mostraram-se preditivos de complicações pós- Autores: sergio Szachnowicz / HCFMUSP; André Fonseca Duarte / HCFMUSP; Edno Tales Bianchi / HCFMUSP; Adriana Cordeiro Pinotti / HCFMUSP; Fauze Maluf Filho / HCFMUSP; Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura / HCFMUSP; Rubens Antônio Aissar Sallum / HCFMUSP; Ivan Cecconello / HCFMUSP. Resumo operatórias de cirurgia colorretal. Objetivo: Verificar a relação entre os níveis séricos de PCR e a ocorrência de óbito e complicações pós- Introdução: A crescente incidência de adenocarcinoma na junção operatórias em pacientes submetidos à esofagectomia para tratamento esôfago-gástrica relacionada com a presença do esôfago de Barrett de câncer esofágico. Casuística e Métodos: Estudo retrospectivo (EB) criou uma demanda por vigilância endoscópica regular. A partir de pacientes submetidos a esofagectomia por câncer entre março da observação de que a maioria dos pacientes não tem regressão GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 31 A nais completa das zonas de metaplasia intestinal (MI), mesmo com a terapia de drogas eficaz e cirurgia, foi proposta a técnica de ablação de áreas da mucosa com a BE. Em 2004 Pinotti publicou uma avaliação do efeito da coagulação com plasma de argônio (APC) após a realização de Nissen em 19 pacientes com EB. Objetivo: No presente estudo foi retrospectivamente reavaliou a vigilância endoscópica dos pacientes em relação à presença ou ausência de ser depois de seguimento tardio. Método: Foram analisados dados retrospectivos destes pacientes, incluindo a data da última endoscopia com biópsia foram levantadas. Foi estabelecido como tempo de acompanhar o período entre a APC e a data da última endoscopia. Em cada exame endoscópico foi avaliada a presença ou ausência dos seguintes dados: epitélio colunar (EC), MI, displasia ou adenocarcinoma. Resultados: Seis foram excluídos devido à falta de dados de acompanhamento. Dos restantes 13 pacientes, seis eram do sexo masculino (43%) e 7 do sexo feminino (57%). A média de tempo de acompanhamento 32 foi de 8,7 anos, com mediana de 9 anos. Retorno do EC e EB foi visto em três pacientes (23,1%). Dez (76,9%) dos 13 pacientes reavaliados mostrou regressão completa do EB. Nenhum paciente apresentou displasia ou adenocarcinoma. Discussão: O longo prazo de acompanhamento de pacientes submetidos à ablação do EB, se alguma técnica proposta deve ser melhor analisado. Considerando os vários casos de recorrência de displasia e progressão para adenocarcinoma intramucosal em pacientes submetidos a ablação com sucesso do EC, que ainda está procurando a maneira correta de seguir estes pacientes. Conclusão: Os dados sugerem um menor risco no desenvolvimento de displasia e adenocarcinoma em pacientes submetidos a ablação em comparação com pacientes mantidos somente em vigilância endoscópica. Há uma falta em uma avaliação se há diferença significativa na displasia relacionada ao câncer ou após longa mortalidade de acompanhamento. Estes dados poderiam destacar a vantagem de ablação, justificando permanentemente a sua indicação neste grupo de pacientes, em detrimento dos gastos e morbidade desses procedimentos. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Resumo The occurrence of gastric antral diaphragm or gastric antral web adult patients was first described in 1949 by Sames. The antral web is a thin septum, usually 2 to 4 mm thick and located 1 to 7 cm from the pylorus with size of the aperture varying from 2 to 30 mm. It is usually discovered in middle or late life because of associated gastric outlet obstruction or peptic ulcer. The cause of late onset of clínical manifestations is unknown and there is no consensus of etiology in the literature whether antral web is congenital or acquired when diagnosed in adults. This disease is not frequently reported in adults and it is often misdiagnosed. The obstructive symptoms might elude the diagnosis with mucosal pyloric obstruction and differential diagnosis are mucosal prolapse into the pylorus and hypertrophy of the pyloric mucosa. The surgical excision of the antral diaphragm can improve patient‘s symptoms. Under the previous suspicion of the diagnosis through gastroscopy or roentgenology examination, the surgical excision of the web or the distal gastric antrum relieves the symptoms. Aiming to notify this pathology as a possible cause for gastric outlet obstruction an illustrative case is reported in which the antral diaphragm was misdiagnosed for a pylorus stenosis. The describe diagnostic of this entity an appraisal of the clínical presentation, pathologic features and treatment was performed. A 56 years old man presented complaint of pyrosis, epigastric fullness after eating and loss of weight for over three years. His past clínical history revealed a perforated peptic ulcer surgery three years ago. Investigation was initially performed with barium upper gastrointestinal x-ray which suggested pyloric stenosis secondary to the previous surgery. Gastric endoscopy identified a mucous tunnel formation with a 10 mm diameter aperture in the pre-pyloric region. The patient was also submitted to a computerized tomography (CT) of the abdomen and pelvis for surgical planning for correction of pyloric stenosis and demonstrated an apparently thickening of the gastric wall and reduction of the diameter of the antropyloric region. The patient was then submitted to lapartomy with resection of the ANTRAL MUCOSAL DIAPHRAGM IN ADULTS AS A CAUSE OF GASTRIC OUTLET OBSTRUCTION: CASE REPORT AND REVIEW OF THE LITERATURE Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Ernesto Sasaki Imakuma / HC FMUSP; Anna Carolina Bastista Dantas / HC FMUSP; Fabio Pinatel Lopasso / HC FMUSP; Marcela Del Carlo Bernardi / FMUSP; Alyne Korukian Freiberg / FMUSP. antral web. After 6 months, the patient is asymptomatic. IMPACTO DA SOLUÇÃO DE CARNOY NO NÚMERO DE LINFONODOS RESGATADOS EM PEÇAS CIRÚRGICAS DE CÂNCER GÁSTRICO: ESTUDO PROSPECTIVO RANDOMIZADO GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Temário: Cirurgia / Estômago Autores: André Roncon Dias / ICESP HCFMUSP; Henrique Dametto Giroud Joaquim / ICESP HCFMUSP; Marina a Pereira / ICESP HCFMUSP; Bruno Zilberstein / ICESP HCFMUSP; Ulysses Ribeiro Jr / ICESP HCFMUSP; Evandro M Sobroza / ICESP HCFMUSP; Marcus Fernando Kodama Pertille Ramos / ICESP HCFMUSP; Ivam Cecconello / ICESP HCFMUSP. SOBREVIDA APÓS GASTRECTOMIA NO CÂNCER GÁSTRICO EM IDOSOS ACIMA DE 80 ANOS Temário: Cirurgia / Estômago Resumo Autores: Carlos Eduardo Jacob / HC-FMUSP; Amir Zeid Charruf / HC-FMUSP; Anna Carolina Batista Dantas / HCFMUSP; Marcelo Mester / HC-FMUSP; Osmar Kenj Yagi / HC-FMUSP; Fábio Pinatel Lopasso / HC-FMUSP; André Roncon Dias / HC-FMUSP; Bruno Zilberstein / HC-FMUSP; Objetivos: Comparar as soluções de Carnoy e de formalina neutra Resumo tamponada em relação ao número absoluto de linfonodos encontrados na peça cirúrgica de pacientes submetidos a gastrectomia. Introdução: O câncer gástrico situa-se entre as maiores causas de Averiguar se linfonodos retirados cirurgicamente são perdidos com mortalidade oncológica no mundo. comaumento da expectativa de a fixação em formalina e, caso isso ocorra, se este fato é relevante vida da população vemos um aumento da incidência oncológica em para o estadiamento. Observar se o protocolo de pesquisa influen- pacientes idosos e uma discussão cada vez maior sobre a melhor ciou o número de linfonodos encontrados. Métodos: Cinquenta forma de tratamento para estes pacientes. Objetivo: Analisar a so- produtos de gastrectomia subtotal com linfadenectomia D2 por brevida de idosos acima de 80 anos após cirurgia curativa em cân- adenocarcinoma gástrico foram randomizados para fixação em Car- cer gástrico no Grupo do Estômago do HC-FMUSP. Casuística: noy ou formalina com posterior dissecção da peça em busca de lin- 102 pacientes com idade igual ou superior a 80 anos, submetidos fonodos. Após a dissecção do grupo Formalina, a gordura residual á gastrectomia entre 1982 e 2010. Métodos: Revisão retrospec- a ser desprezada foi imersa em Carnoy e reavaliada posteriormente. tiva de dados de prontuário coletados prospectivamente. Incluídos Os dados de 25 gastrectomias D2 operadas previamente ao estu- os pacientes submetidos á gastrectomia curativa com idade igual e do também foram avaliados. Resultados: a média de linfonodos superior a 80 anos e excluídos os pacientes submetidos a proce- encontrados nos grupos Carnoy e Formalina foi de 50,4 e 34,8; res- dimento paliativo e sem seguimento comprovado. Resultados: Os pectivamente (p<0,001). Na gordura residual foram encontrados pacientes incluídos tinham idade média de 83,67 anos, sendo 45% linfonodos em todos os casos (média 16,9 linfonodos), elevando do sexo feminino. Os procedimentos realizados foram Gastrectomia a média do grupo Formalina para 51,7 (valor similar ao do grupo Subtotal em 68% e Gastrectomia Total em 32%, sendo 23% T1, 27% Carnoy, p=0,809). comexceção de 1 linfonodo de 7mm, todos os T2; 40% T3 e 5% T4. Todos os pacientes foram submetidos á linfa- demais encontrados na gordura residual mediram ≤3mm. Treze lin- denectomia, sendo 75% D2 e 25% D1: dos pacientes submetidos fonodos metastáticos passaram despercebidos com a fixação em a D2 34% eram N1, 17% N2 e 6% N3, com ausência de metástase formalina e a revisão da gordura residual determinou a mudança de linfonodal em 43%. Na classificação histológica, 51% eram do tipo estadiamento de 2 (8%) pacientes. Os linfonodos encontrados no bem diferenciado e 49% indiferenciado. Recidiva foi documentada Carnoy possuíam tamanho significativamente menor quando com- em 27% dos casos e a sobrevida global em 05 anos foi 28%, com parados aos do grupo Formalina (p=0,01). A média de linfonodos encontrados no grupo retrospectivo foi similar ao do grupo Formalina prospectivo (p=0,802). Conclusões: Quando comparada à formalina, a solução de Carnoy permite encontrar número maior de linfonodos no espécime cirúrgico de gastrectomias com linfadenec- média de 46 meses. Conclusão: Em casos avançados de câncer de estômago, a gastrectomia é o único tratamento eficaz, devendo ser realizada de forma completa com intuito curativo, mesmo em faixas etárias elevadas, uma vez que a sobrevida mostrou-se semelhante à população geral. tomia. Linfonodos milimétricos foram perdidos após a fixação em formalina, estes foram identificados com o Carnoy e são clínicamente relevantes, pois podem conter metástases modificando assim, o estádio clínico e prognóstico do paciente. A implementação de protocolo de pesquisa não influenciou o número de linfonodos encontrados neste estudo. SOBREVIDA APÓS GASTRECTOMIA NO CÂNCER GÁSTRICO EM JOVENS COM IDADE ATÉ 45 ANOS Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Carlos Eduardo Jacob / HC-FMUSP; Amir Zeid GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 33 A nais Charruf / HC-FMUSP; Anna Carolina Batista Dantas / HC-FMUSP; Marcos Fernando Kodama Pertilli Ramos / HC-FMUSP; André Roncon Dias / HC-FMUSP; Marcelo Mester / HC-FMUSP; Bruno Zilberstein / HC-FMUSP; Ivan Cecconello / HC-FMUSP. Resumo Introdução: O câncer gástrico situa-se entre as maiores causas de mortalidade oncológica no mundo, com incidência maior em pacientes idosos. Nos pacientes jovens o tumor apresenta um padrão mais agressivo, associado a demora para o diagnóstico, levando a um pior prognóstico. Objetivo: Analisar a sobrevida de jovens até 45 anos após cirurgia curativa em câncer gástrico no Grupo do Estômago do HC-FMUSP. Casuística: 194 pacientes com idade menor ou igual a 45 anos, submetidos á gastrectomia oncológica entre 1977 e 2010. Métodos: Revisão retrospectiva de dados 34 de prontuário coletados prospectivamente. Incluídos os pacientes com idade igual ou menor que 45 anos, submetidos á gastrectomia curativa. Resultados: Os pacientes incluídos tinham média de idade de 38,45 anos, 41% dos pacientes eram do sexo feminino e 59% masculino. A maioria dos pacientes foram submetidos a Gastrectomia Subtotal. Em mais de 60 % dos pacientes o nível de invasão tumoral era T3 ou T4.Todos os pacientes foram submetidos á linfadenectomia, sendo 73% D2 e 27% D1. Dentre os pacientes submetidos a linfadenectomia D2, o estadiamento linfonodal era: 28% da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Resumo Introdução: A despeito da crescente incidência de ressecção endoscópica para o câncer gástrico precoce, a gastrectomia continua sendo o tratamento padrão, com altas taxas de sobrevida na literatura. Objetivo: Documentar o desfecho dos casos de câncer gástrico precoce submetidos a gastrectomia no Grupo do Estômago do HC-FMUSP. Casuística: 292 pacientes submetidos a gastrectomia por câncer gástrico precoce entre 1971 e 2010. Métodos: Revisão retrospectiva de dados de prontuário coletados prospectivamente. Incluídos os pacientes submetidos a gastrectomia com relatório anatomopatológico T1 e excluídos os pacientes passíveis de ressecção endoscópica. Resultados: comidade média de 61,4 anos no diagnóstico, 46% dos pacientes eram do gênero feminino. Dos 292 pacientes, 216 (74%) foram submetidos a Gastrectomia Subtotal, 72 (25%) a Gastrectomia Total e 4 (<1%) a Esofagectomia Subtotal com Gastrectomia Parcial. Todos os pacientes foram submetidos a linfadenectomia, sendo 87% D2 e 13% D1, com presença de metástase linfonodal em 12%. A mortalidade em 30 dias foi de 5,1% e a incidência de complicações pós-operatórias foi de 22%. A sobrevida livre de doença em 5 anos foi de 90,4%. Conclusão: A gastrectomia é um tratamento seguro e eficaz para o câncer gástrico precoce, devendo ser realizada linfadenectomia associada pelo risco de metástase linfonodal nos pacientes que não se encaixam nos critérios de ressecção endoscópica. N1, 19% N2 e 13% N3; em 38% não havia metástase linfonodal. A sobrevida global em 05 anos foi 35%, com mediana de 60 meses. Conclusão: Os pacientes jovens com câncer gástrico apresentam doença mais agressiva, com predomínio em estágios avançados sendo 65% com acometimento alem de muscular própria e 62% com acometimento linfonodal. A despeito destas características a sobrevida em 05 anos justifica a necessidade de tratamento curativo com linfadenectomia adequada mesmo em pacientes com doença avançada. TRATAMENTO CIRÚRGICO DO GIST GÁSTRICO Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Carlos Eduardo Jacob / HC-FMUSP; Rodrigo José de Oliveira / HC-FMUSP; Cláudio José Caldas Bresciani / HC-FMUSP; Amir Zeid Charruf / HC-FMUSP; André Roncon Dias / HC-FMUSP; Donato Mucerino / HC-FMUSP; Bruno Zilberstein / HC-FMUSP; Ivan Cecconello / HC-FMUSP. Resumo SOBREVIDA APÓS GASTRECTOMIA NO CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Carlos Eduardo Jacob / HC-FMUSP; Amir Zeid Charruf / HC-FMUSP; Rodrigo José de Oliveira / HCFMUSP; Anna Carolina Batista Dantas / HC-FMUSP; André Roncon Dias / HC-FMUSP; Joaquim Gama-Rodrigues / HCFMUSP; Bruno Zilberstein / HC-FMUSP; Ivan Cecconello / HC-FMUSP. Introdução: O GIST (Tumor Estromal Gastrintestinal) é uma neoplasia rara, com incidência de 0,1 a 3%, mas que se apresenta em 70% das vezes no estômago. Apesar das inovações recentes com tratamento farmacológico com inibidores da tirosina-quinase, a ressecção cirúrgica se mantém como principal tratamento curativo para o GIST. Objetivo: Revisar as características clínicas e patológicas do GIST. Casuística: 97 pacientes com GIST gástrico pri- GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 mário tratados na nossa instituição entre 1995 e 2013. Métodos: 70% do tecido hepático visando o mesmo peso de fígado ressecado. Revisão retrospectiva de dados de prontuário coletados prospecti- Inicialmente observado em testes PET-scan similaridade em células vamente. Foram incluídos os pacientes com GIST gástrico submeti- administradas por diferentes vias. Mas com cada dia que passa a dos a tratamento cirúrgico. Todas as lâminas do anatomopatológico via de administração intravenosa foi o mais apropriado visando a foram revisadas por um patologista experiente. Resultados: Os regeneração hepática, seguida pela administração entérica. As vias pacientes tinham idade média de 57,5 anos (de 24 a 81 anos). O de traqueia e peritoneal não foram eficientes para o objetivo final de tamanho médio da lesão foi de 5,5cm (de 1,5 a 25 cm). O tempo atingir o fígado. Conclusão: A via intravenosa pode ser a melhor cirúrgico médio foi de 155 min. A morbidade do tratamento foi de forma de administração de terapia celular em modelo experimental 10% e não houve mortalidade pós-operatória. Todas as lesões ti- de síndrome de small for size. nham margens negativas. Somente 4 pacientes tiveram recidiva e todos tinham GIST de alto risco. A sobrevida global em 5 anos foi de 82%. Conclusão: O GIST de alto risco é associado a um aumento da recidiva e diminuição da sobrevida apesar de ressecção cirúrgica completa. APLICABILIDADE CLÍNICA DA ELASTOGRAFIA HEPÁTICA EM CARCINOMA HEPATOCELULAR EM LISTA DE TRANSPLANTE DE FÍGADO Temário: Cirurgia / Fígado A MELHOR VIA DE ADMINISTRAÇÃO PARA A TERAPIA CELULAR NO MODELO EXPERIMENTAL DE SÍNDROME DE SMALL FOR SIZE EM RATOS Autores: Lucas Souto Nacif / HC FMUSP; Wellington Andraus / HC FMUSP; Denise Cerqueira Paranaguá Vezozzo / HC FMUSP; Alina Matsuda / HC FMUSP; Rafael Soares Pinheiro / HC FMUSP; Rodrigo Bronze Martino / HC FMUSP; Flair José Carrilho / HC FMUSP; Luiz Augusto Carneiro D‘Albuquerque / HC FMUSP. Autores: Lucas Souto Nacif / HC FMUSP; Wellington Andraus / HC FMUSP; Nilza Molan / HC FMUSP; Márcia Saldanha Kubrusly / HC FMUSP; Durvanei Augusto Maria / Instituto Butantan; Eleazar Chaib / HC FMUSP; Luiz Augusto Carneiro D‘Albuquerque / HC FMUSP. Resumo Temário: Cirurgia / Fígado Introdução: A aplicação da elastografia com Fibroscan® (Echosens, Paris, França) é um instrumento não invasivo que avalia a velocidade de onda de cisalhamento elástico que se propaga Resumo através do tecido, medindo a rigidez do fígado. O objetivo deste estudo foi analisar a elastografia hepática no carcinoma hepatocelular Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar qual é a melhor via na lista de transplante de fígado. Método: Entre outubro de 2012 de administração para terapia celular em modelo experimental de até dezembro de 2013 foram estudados os dados clínicos de 103 síndrome de tsmall for size em ratos. Até o momento, não há estudos pacientes de triagem para transplante hepático no Departamento que avaliam as vias de administração das células-tronco neste de Gastroenterologia da Universidade de São Paulo. A elastografia modelo de síndrome de small for size. Métodos: Um total de 40 transitória, ARFI e ultrassonografia abdominal (USG) foram realizadas. ratos foram submetidos à hepatectomia parcial (70%) que induzem As seguintes variáveis analisadas foram: idade, sexo (masculino / a síndrome de small for size e foram divididos em quatro grupos de feminino), etiologia da doença hepática, as características clínicas. A vias de administração: intravenosa, intraperitoneal, enteral e traqueal. análise foi realizada pelo programa estatístico em R, versão 2.15.1. O modelo de síndrome de small foi realizado com hepatectomia estatisticamente significativa com p <0,05. Resultados: a idade parcial extendida (70%). Avaliamos o resultado da aplicação da média dos 103 pacientes foi de 52,99 (± 11,53) e uma mediana de terapia celular com animais através de ultra-sonografia, radiografia 55 anos (variação, 20-77 anos). A grande maioria dos pacientes 70 e PET-scan. A análise estatística foi realizada utilizando GraphPad (68%) eram do sexo masculino e apenas 33 (32%) eram do sexo Prism Software®. As diferenças foram consideradas estatisticamente feminino. A cor branca mais prevalente foi representada por 69% significativas quando os valores de p foram <0,05. Resultados: dos pacientes, seguido por pardo, negro e amarelo, respectivamente, Todos os quatro grupos foram submetidos a hepatectomia parcial de em ordem decrescente, de 24%, 6% e 1%. A causa mais comum GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 35 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo de vírus da hepatite C (VHC) em 35% seguido por 29% de álcool, Conclusão: A ciirurgia não derivativa associada a tratamento infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) em 8% esteatohepatite endoscópico representa o padrão ouro na terapêutica cirurgica hepatite não alcoólica (NASH) 7%, cirrose criptogénica 6%, cirrose da hipertensão portal. biliar secundário 5%, cirrose auto-imune em 3% e 7% de outros. A aplicabilidade do ARFI foi de 100% dos casos, porque inicialmente não tínhamos disponível o ARFI em 24 casos; e aplicabilidade do ET foi de 73% dos casos. O valor médio foi de 30,4 ± Fibrosan 24,6 e mediana 21 (faixa de 4,6-75) nos casos com carcinoma hepatocelular. O ARFI mostrou uma média de 1,97 ± 0,64 e mediana de 1,98 (variação de 0,65 -3,2). O valor de corte para HCC foi de 9 kPa por Fibroscan e ARFI 2,56m / s. Conclusão: A elastografia pode ser apropriado para avaliar a morbidade e mortalidade de pacientes com CHC em lista de transplante de fígado. 36 QUAL O IMPACTO DAS RESSECÇÕES VIDEOASSISTIDAS NA DIFUSÃO DA CIRURGIA HEPÁTICA MINIMAMENTE INVASIVA? Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Fabricio Ferreira Coelho / FMUSP; Jaime Arthur Pirola Kruger / FMUSP; Fabio Ferreira Makdissi / FMUSP; Vagner Birk Jeismann / FMUSP; Raphael Leonardo Cunha de Araújo / FMUSP; Gilton Marques Fonseca / FMUSP; Paulo Herman / FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP. CIRURGIA PARA HIPERTENSÃO PORTAL ESQUISTOSSOMÓTICA Resumo Autores: Valdinaldo Aragão de Melo / UFS - FBHC - UNIT; Fábio Onias Júnior / FBHC; Roosevelt Santos Oliveira Júnior / FBHC; Bruno Garcia Dias / FBHC; Franklin Antunes Carvalho / UFS; José Leandro dos Santos / UFS; Gildo Lima Souza Neto / UNIT; Marcos Vinicius da Conceição / UFS. Introdução: As ressecções hepáticas laparoscópicas tornaram- Temário: Cirurgia / Fígado -se o padrão ouro nas ressecções periféricas anterolaterais e na setorectomia lateral esquerda. No entanto, a complexidade técnica faz com que as ressecções múltiplas; os nódulos em segmentos póstero-superiores ou em localizações centrais; e as hepatectomias maiores ainda sejam um desafio. O desenvolvimento da ci- Resumo rurgia videoassistida (híbrida) ocorreu visando suplantar as limitações da modalidade totalmente laparoscópica e assim, ampliar o A evolução da cirurgia de hipertensão portal para o pacien- acesso e a segurança da cirurgia minimamente invasiva. Objetivo: te esquistossomótica incluiu cirurgia derivativa e não derivativa Avaliar os resultados, segurança e exequibilidade das ressecções com resultados bastante diversos no decorrer do tempo e nos hepáticas videoassistidas. Métodos: No período entre junho de vários serviços de cirurgia distribuidos em todo o Brasil. coma 2007 e março de 2014 foram realizadas 179 ressecções hepáticas cirurgia derivativa os resultados foram favoráveis ao controle do laparoscópicas em 175 pacientes. Destes, foram analisados a partir sangramento decorrente das varizes esôfago-gástricas, mas com de um banco de dados prospectivo os resultados de 33 (18,4%) complicações graves em relação à encefalopatia portosistêmica. pacientes submetidos a ressecções videoassistidas. Resulta- Material e Métodos: Foram realizadas no serviço 165 deri- dos: a média de idade foi de 53,3 anos (18 a 73 anos), sendo 19 vações esplenorrenais distais e 450 desconexões ázigo-portais (57,6%) pacientes do sexo feminino. do total, 84,8% eram portado- no período de 1981 a 2013. Os resultados demonstraram a inci- res de patologias malignas. Foram ressecados 43 nódulos (1 a 4 dência de recidiva hemorrágica em 4%% dos casos. Entretanto a nódulos por paciente). do total, 69,8% dos procedimentos foram encefalopatia porto-sistêmica após 10 anos atingiu 8%. Após 15 em localização de difícil acesso laparoscópico (segmentos 1, 4a, anos o fluxo hepático portal foi avaliado e houve redução gradati- 7, 8), necessitaram de resecções múltiplas ou ressecções maiores va determinando a suspensão dessa cirurgia em nosso meio. Os (≥ 3 segmentos). Os procedimentos realizados foram: ressecções pacientes operados por desconexão ázigo-portal apresentaram não regradas (n=35), hepatectomia esquerda (n=3), hepatecto- nos primeiros anos taxa de recidiva hemorrágica de 16% , mas mia direita (n=2). segmentectomia (n=1), bissegmentectomia 2/3 não apresentaram EPS. coma evolução da terapia endoscópica (n=1), bissegmentectomia 6/7 (n=1). O tempo médio de cirurgia até a ligadura elástica das varizes e consequente erradicação, foi de 225 minutos (80 - 620 minutos) e o tempo de anestesia de os resultados tardios da recidiva hemorrágica estão hoje em 2%. 367 minutos (200 - 670 minutos). O tamanho médio dos nódulos GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 ressecados foi de 3,0 cm (0,7 a 10cm) e as margens cirúrgicas fo- 975 ml, transfusão de 4 concentrados de hemácias e tempo cirúrgico ram livres em 97% dos espécimes analisados. Foram transfundidos aproximado de 6 horas. Nenhuma das pacientes apresentava cirro- 6,0% dos pacientes e nenhum caso foi convertido. O tempo de se, consumia bebidas alcoólicas ou alteração significativa dos níveis internação foi de 6,3 dias (3 a 21 dias). Complicações pós-operató- das enzimas hepáticas. No pós-operatório um paciente evolui com rias ocorreram em 21,2% dos pacientes, não havendo mortalidade pneumonia e uma outra apresentou insuficiência hepática evoluindo perioperatória. Em um seguimento médio de 20,4 meses (2 - 47 a óbito. Conclusão: O adenoma hepatocelular roto é uma condição meses), todos os pacientes com tumores benignos estavam vivos potencialmente ameaçadora à vida associada em nossa amostra ao e sem recorrência. Recidiva tumoral não relacionada com local de tamanho da lesão e ao uso de anticoncepcional oral. O tratamento ressecção ocorreu em sete pacientes (intervalo médio livre de do- cirúrgico esta associado a ressecções hepáticas maiores com ne- ença de 6 meses). Conclusão: A ressecção videoassistida é exe- cessidade de transfusão sanguínea. A experiência vivida em nosso quível, segura e reprodutível, devendo fazer parte do armamentário centro demonstra que o uso da radiologia intervencionista possa ser do cirurgião de fígado. um procedimento para reduzir esta mortalidade. TRATAMENTO CIRÚRGICO DO ADENOMA HEPÁTICO ROTO: EXPERIÊNCIA DE 18 ANOS TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO DA HIPERTENSÃO PORTAL ESQUISTOSSOMÓTICA Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Yuri Longatto Boteon / UNICAMP; Amanda Pinter Carvalheiro da Silva / UNICAMP; Elaine Cristina de Ataide / UNICAMP; Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin / UNICAMP. Temário: Cirurgia / Fígado Resumo Autores: Fernandes Tavares / FBHC; Samantha Castro Tanajura Rodrigues / FBHC; Edielson Dos Anjos Costa / UFS; Hiago Vinicius Dantas Costa / UFS; Mayra Souza Chagas / UNIT; Mônica Wolf / UFS; José Eduardo Hasman / UFS; Valdinaldo Aragão de Melo / UFS-UNIT-FBHC. Introdução: O adenoma hepático roto é uma complicação inco- Resumo mum, exigindo alta suspeita clínica devido ao risco que representa. Exige pronta investigação diagnóstica com exames radiológicos. Após evolução do tratamento endoscópico no controle da hemorragia Após reposição volêmica seu tratamento pode envolver desde em- digestiva alta por varizes esofágicas e na sua erradicação definitiva, bolização transarterial hepática até cirurgia de urgência. Objetivo: a cirurgia de hipertensão portal vem perdendo gradativamente a sua Analisar fatores de risco e o tratamento cirúrgico dos adenomas he- indicação. Material e Métodos: 21 pacientes foram submetidas páticos com rotura detectados em nosso serviço. Método: Foram a erradicação de varizes esofágicas por endoscopia digestiva e não avaliados retrospectivamente os prontuários de 29 pacientes com possuindo hiperesplenismo importante foram acompanhados por 5 adenoma hepático operadas no período de 1995 a 2013. Foram anos, com média de 3 anos. Os resultados demonstraram controle analisadas variáveis epidemiológicas, clínicas, sinais de rotura foram da hemorragia digestiva neste período período e varizes erradicadas categorizados como intraperitoneal ou subcapsular, o tumor classi- com aparecimento de varizes incipientes em 2 casos. Conclusão: A ficado como único ou múltiplo. Foram avaliados o tempo cirúrgico persistir estes resultados, o tratamento cirúrgico não tem indicação. e a perda sanguínea intra-operatória. Resultado: dos 29 casos 4 (13,8%) estavam rotos. Os quatro eram do sexo feminino, apresentaram rotura espontânea e duas faziam uso de anticoncepcional oral. Não sabemos se haverá reaparecimento tardio das varizes para se ter uma definição de conduta. Observar por mais tempo. Não se observou sinal de malignização em nenhum. A idade média foi de 34 anos. Foi realizado tratamento cirúrgico por hepatectomia direita em três dos casos e segmentectomia em um deles. Dois apresentaram rotura intraperitoneal e subcapsular e dois subcapsular apenas. O tamanho médio da lesões foi de 10cm, sendo que em dois casos era única e em um múltiplas. As médias de sangramento foi de ANÁLISE DAS COMPLICAÇÕES INTRA-HOSPITALARES NO PÓSOPERATÓRIO DE PACIENTES SUBMETIDOS À RECONSTRUÇÃO DE TRÂNSITO INTESTINAL GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 37 A nais Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Marisa Rafaela Damasceno Lima / Universidade Federal do Pará; William Mota de Siqueira / Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará; Felipe Nunes Brito / Universidade Federal do Pará; Romero Carvalho Pereira / Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará; Pedro Marques Sampaio Neto / Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará; Helder Costa Ikegami / Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo NÃO RESPONDEDORES AO ANTI-TNFΑ Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Raquel Franco Leal / UNICAMP; Núria Planell / IDIBAPS; Joan Jose Lozano / IDIBAPS; Ingrid Ordás / IDIBAPS; Isabella Dotti / IDIBAPS; M Carme Masamunt / IDIBAPS; Julián Panés / IDIBAPS; Azucena Salas / Biomedical Research Institute August Pi i Sunyer, Barcelona (IDIBAPS). Resumo Resumo Introdução: O tratamento com anti-TNFα para doença de 38 As ostomias (do grego stoma) são aberturas originadas em Crohn (DC) tem sido estabelecido como uma importante opção procedimentos cirúrgicos, visando o desvio temporário ou terapêutica para se alcançar e manter a remissão endoscópica permanente do trânsito alimentar ou eliminatório. Contudo, a nesses pacientes. Entretanto, em longo prazo, 40% podem não cirurgia de reversão destas ostomias não está isenta de riscos, tendo apresentam benefícios sustentados com o uso de anti-TNFα. uma carga de morbidade e mortalidade elevada. O objetivo geral Objetivo: Realizar análise de vias transcripcionais envolvidas com desta pesquisa é analisar, descrever e avaliar quais as principais a não resposta ao anti-TNFα em biópsias intestinais de pacientes complicações pós-operatórias intra-hospitalares inerentes ao com DC. Casuística e Método: Cinquenta e cinco pacientes procedimento cirúrgico de reconstrução do trânsito intestinal (RTI), com diagnóstico estabelecido de DC e 24 controles saudáveis em hospital-escola de alta complexidade, relacionando com fatores foram incluídos. Os indivíduos foram agrupados em duas coortes intrínsecos e extrínsecos do pré, intra e pós-operatório, entre os independentes, sendo uma destinada à análise de vias (Ingenuity anos de 2006 e 2012. Este projeto de pesquisa é do tipo analítico, Pathway Analysis) e outra para a validação por meio de qPCR. Os retrospectivo e observacional, desenvolvido e realizado na Fundação dados clínicos e demográficos foram obtidos. Os pacientes com Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA), após a aprovação infecções concomitantes foram excluídos. Atividade endoscópica do Comitê de Ética e Pesquisa (n.269.055). Foram analisados 106 foi definida como CDEIS >5 e atividade clínica como CDAI > 150. pacientes, a maioria do sexo masculino (69,8%, p=0,003). 68,87% As biópsias foram obtidas por colonoscopia. Utilizaram-se testes desses pacientes não tiveram complicações (p<0,0001). A infecção não-paramétricos e correlação de Pearson para análise estatística. da ferida operatória teve uma prevalência de 8,49% (ocorrência O estudo foi aprovado pelo comitê de ética local e todos os isolada) e 11,19% (total); já, a fístula anastomótica teve prevalência participantes assinaram o termo de consentimento. Resultados: de 3,77% (ocorrência isolada) e 5,57% (total). Concluímos que Cinquenta porcento das vias transcripcionais envolvidas na a maioria dos pacientes é do sexo masculino (69,8%), com idade manutenção do processo inflamatório nos pacientes não média de 33,1 anos (sexo masculino) e 34,3 anos (sexo feminino), respondedores a anti-TNFα estiveram relacionadas a IL17. Além do apresentando uma taxa de complicações pós-operatórias menores transcrito IL17A, identificou-se IL1B como regulador da inflamação do que a média geral apresentada (31,13%), sendo 32,4% de neste grupo de pacientes. A validação desses genes por qPCR em infecção da ferida operatória, 16,2% de fístula anastomótica e cerca uma coorte independente confirmou os resultados. Conclusão: de 51% distribuídos entre outras complicações (clínicas, deiscência A não resposta ao tratamento com anti-TNFα está associada à da anastomose, flebite, sangramento de ferida operatória, infecção regulação da transcrição de um conjunto de genes, dentre eles, do trato urinário, etc.). IL1β e IL17A, que possivelmente estão relacionados à manutenção do processo inflamatório endoscópico neste grupo específico de ANÁLISE DE VIAS IDENTIFICA IL17 E IL1B COMO REGULADORES DO PROCESSO INFLAMATÓRIO EM PACIENTES COM DOENÇA DE CROHN pacientes. Estes achados são importantes para estabelecer novos alvos terapêuticos nos pacientes com doença refratária. DIAGNÓSTICO DA CONTRAÇÃO GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 PARADOXAL DO PUBORRETAL EM MULHERES ADULTAS: ELETRONEUROMIOGRAFIA COM AGULHAS CONCÊNTRICAS, ELETROMANOMETRIA ANORRETAL E TESTE DE EXPULSÃO DO BALÃO LAPAROSCOPIC TRAINING MODEL USING FRESH HUMAN CADAVERS WITHOUT THE ESTABLISHMENT OF PENUMOPERITONEUM Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Franciara Letícea Moraes da Cunha / Hospital de Base do Distrito Federal; Cynthia Abdalla Cruz / HBDF; Sérgio Luiz Cruz Cunha / HBDF; Fabio Alves Soares / HBDF; Silvana Marques e Silva / HBDF; Rubens Fernandez / HBDF; Aquiles Leite Viana / HBDF; Erivaldo Fernandes Lira / HBDF. Autores: Ernesto Sasaki Imakuma / Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Edson Yassushi Ussami / Hospital Universitário da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Alyne Korukian Freiberg / Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Marcela Del Carlo Bernardi / Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Resumo Resumo Introdução: Dentre as causas funcionais de constipação dis- Background: Skills to perform laparoscopic surgery are not quézica, destaca-se a contração paradoxal do puborretal (CPPR), inborn and are associated to slow learning curves. Fresh frozen que pode ser definida como a ausência de relaxamento ou mesmo cadavers may be an interesting resource for laparoscopic training a contração da musculatura do assoalho pélvico e do esfíncter which many institutions have access. One of the main obstacles anal externo à manobra evacuatória. Seu diagnóstico é por vezes for its use as a training model is the difficulty to introduce difícil, requerendo a realização de mais de um exame complementar enough pneumoperitoneum to distend the abdominal wall to uma vez que os exames disponíveis apresentam baixa acurácia provide a proper working space. Objective: It is described a diagnóstica, não havendo consenso na literatura sobre algum fake abdominal wall device that solves the limitation of space to exame que sirva de padrão ouro . Objetivo: Avaliar a sensibilidade, perform surgery on cadavers. Methods and results: a fake especificidade, valores preditivos positivo e negativo e razão de abdominal wall device was developed to permit laparoscopic semelhanças (likelihood ratio), comparando-se a eletromanometria training without the establishment of penumoperitoneum on anorretal (Mano); o Teste Simplificado de Expulsão do Balão (TEB) cadavers. The device consists of a mounted table retractor, two e a Eletromanometria Anal com Agulhas Concêntricas (ENMG). rail clamps, two independent frame arms and two adjustable Métodos: Noventa e três pacientes consecutivas com queixas handle and rotating feature and two frames of the abdominal de constipação disquézica - adultas e do sexo feminino - foram wall, one smaller that was used as the camera support and a incluídas no Protocolo de Avaliação de Disquezia do Ambulatório de bigger one for the fake abdominal wall. Conclusion: This Fisiologia Anorretal do HBDF, tendo sido submetidas a avaliações model makes unnecessary the acquisition of more costly padronizadas mediante aplicação de questionário-padrão com coleta laparoscopic equipment and it turns accessible to institutions de dados de anamnese, obstétricos, de exame físico e aplicação de at developing countries one of the most promising tools for escores de Cleveland Clinic para constipação e incontinência fecal. teaching laparoscopy. Temário: Cirurgia / Miscelânia Todas as pacientes foram referenciadas para realização de Mano, ENMG e TEB no HBDF e os dados obtidos registrados. Os exames complementares foram categorizados como sugestivos ou não sugestivos de CPPR e comparados entre si, dois a dois. Resultado: Houve significância estatística demonstrando concordância entre TEB e ENMG e entre TEB e Mano. Conclusão: A baixa correlação entre os achados dos diversos exames sugerem que a concordância entre ao menos dois deles é essencial para firmar o diagnóstico de CPPR. Não parece haver um exame padrão ouro para este diagnóstico. O PAPEL DA CINEDEFECOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO DA CONTRAÇÃO PARADOXAL DO PUBORRETAL EM MULHERES ADULTAS Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Franciara Letícea Moraes da Cunha / HBDF; Cynthia Abdalla Cruz / HBDF; Sérgio Luiz Cruz Cunha / HDDF; Fabio Alves Soares / HBDF; Silvana Marques e Silva / HBDF; Erivaldo Fernandes Lira / HBDF; Aquiles Leite Viana / HBDF. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 39 A nais Resumo Introdução: A Proctografia Evacuatória Dinâmica é exame radiológico realizado mediante o uso de contraste baritado aplicado ao reto, canal anal e vagina, possibilitando a avaliação dinâmica destas estruturas e sua relação com os marcos ósseos pélvicos. Provêem dados objetivos que permitem o diagnóstico diferencial entre diversas causas de obstipação, notadamente retoceles, en- da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo CIRURGIA BARIÁTRICA NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ NOS ANOS DE 2010 e 2011 Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Pedro Cavalvanti de Albuquerque / UPE; Isabelle Diehl Montandon / UPE; Carla de Andrade Moraes e Silva / UPE; João Evangelista Neto / UPE. Resumo teroceles, sigmoidoceles, peritonioceles, síndrome do descenso 40 perineal, prolapso mucoso retal, intussuscepção retal, procidên- Objetivo: Mensurar e analisar pelo sistema de pontuação BAROS cia retal e contração paradoxal do músculo puborretal. Consiste (Bariatric Analysis and Reporting Outcome System) os resultados em exame de grande valia no arsenal propedêutico do assoalho do tratamento cirúrgico do Programa de Cirurgia da Obesidade pélvico, sendo cada vez mais utilizado nos laboratórios de fisiolo- do Hospital Universitário Oswaldo Cruz. Método: Estudo de gia anorretal nas últimas duas décadas. Material e métodos: corte transversal incluindo 200 pacientes que foram submetidos à Foram submetidas consecutivamentes ao exame 40 mulheres gastroplastia redutora com derivação gastrojejunal no Programa com queixas de constipação disquézica no período de um ano. de Cirurgia de Obesidade do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Pacientes recebiam bário oral 1hora antes da realização do exame Universidade de Pernambuco, no período de 2010 e 2011 e que e posteriormente recebiam contraste baritado aplicado ao reto, apresentaram redução de 50% do excesso de peso. Para a avaliação canal anal e vagina. Avaliamos presença de relaxamento pubor- da eficácia da cirurgia, no que diz respeito à perda de peso, melhora retal a evacuação, compressão extrínseca ou alargamento do pu- das comorbidades associadas e da qualidade de vida, tem-se borretal e evidência de contração paradoxal do puborretal. Foram utilizado o Protocolo BAROS (Bariatric Analysis and Reporting considerados indicativos de anismus quando ao menos três dos Outcome System). Resultados: Um importante percentual dos fatores foram evidenciados: elevação em mais de 20º do ângulo pacientes selecionados submetidos à gastroplastia vertical com anorretal comparando-se esforço evacuatório ao repouso; redu- derivação gastrojejunal, cujos critérios de indicação cirúrgica ção inferior a 20% da área de secção sagital do reto ocupada por obedeceram a Resolução Número 1.942/2010 do Conselho Federal contraste comparando-se o segundo 30 após o início do esforço de Medicina, tem apresentado redução significativa de peso, melhora evacuatório ao repouso; ausência de abertura do canal anal ao das comorbidades associadas e da qualidade de vida. Conclusão: esforço evacuatório; persistência da impressão do puborretal ao O estudo do tratamento cirúrgico da obesidade na população do esforço evacuatório; descenso perineal inferior a 1cm ou mesmo Hospital Universitário Oswaldo Cruz, usuária do Sistema Único de ascensão do períneo ao esforço evacuatório. Resultados: As Saúde, é essencial tanto por proporcionar uma análise da melhoria idades variaram entre 29 a 72 anos. Todas as pacientes tiveram re- das comorbidades associadas à obesidade e da qualidade de vida laxamento à evacuação. 85% das pacientes foram diagnosticadas com também para aperfeiçoar as possíveis indicações, entender retocele,destas 22,5% tiveram intussuscepção,20% apresentaram seus resultados e prevenir complicações. compressão extrínseca sugestivo de enterocele ou sigmoidocele. Em relação ao descenso perineal 40% tiveram menor ou igual prevalente. ANEMIA ANTES E APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA: PREVALÊNCIA E EVOLUÇÃO PÓS-OPERATÓRIA ATÉ 05 ANOS DE SEGUIMENTO ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES SUBMETIDOS À Autores: Marco Aurelio Santo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Anna Carolina Batista Dantas / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Newton Teruo Kanashiro / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HCFMUSP.; Tainá Curado Gomes de Barros / Unidade de Cirurgia a 3cm. 15% das pacientes apresentaram anismus. Conclusão: O exame de Defecografia auxilia na investigação das causas de constipação disquézica, sendo o diagnóstico de retocele o mais Temário: Cirurgia / Obesidade GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Miwa Fukumoto / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Victor Arrais Araujo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Henrique Joaquim / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Alan Garms / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Roberto de Cleva / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP. AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DAS MODIFICAÇÕES DA COMPOSIÇÃO CORPORAL NOS NÍVEIS DE LACTATO SANGUÍNEO DE PACIENTES OBESOS MÓRBIDOS e SUPER-OBESOS NÃO DIABÉTICOS SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA Temário: Cirurgia / Obesidade Resumo Introdução: A cirurgia bariátrica é padrão ouro do tratamento da obesidade severa. No contexto do grande aumento no número de procedimentos realizados, torna-se importante análise criteriosa das principais deficiências nutricionais pósoperatórias. A anemia ferropriva é citada na literatura como uma das principais deficiências no PO de cirurgias bariátricas, sobretudo no bypass em Y de Roux. A obesidade severa é também fator de risco de deficiências nutricionais, dentre elas a carência de ferro, relacionando-se este achado ao caráter inflamatório da doença. Objetivo: Analisar a prevalência e as causas de anemia antes e após o tratamento cirúrgico da Autores: Fábio de Oliveira Costa / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Victor Arrais Araujo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Gabriela Faria Santarém / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Alexandre Vieira Gadducci / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Roberto de Cleva / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Daniel Riccioppo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Denis Pajecki / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Marco Aurelio Santo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP. Resumo obesidade grave com seguimento pós-operatório máximo de 5 anos. Método: Estudo retrospectivo de 831 pacientes (158 Introdução: Os mecanismos responsáveis pelo elevado nível homens e 673 mulheres) submetidos à cirurgia bariátrica entre sanguíneo de lactato observado em indivíduos obesos em re- 2007 a 2013. Foram coletados os resultados do hemograma pouso ainda não são bem determinados, embora estejam dire- e perfil de ferro nos seguintes períodos: pré-operatório, 6 tamente relacionados ao aumento da massa adiposa. Trabalhos a 12, 24 a 36 e 48 a 60 meses após cirurgia. A anemia foi recentes sugerem que o tecido adiposo é um sítio importante na diagnosticada e classificada de acordo com o sexo e níveis conversão de glicose para lactato, que age de forma autócrina de hemoglobina, valores de ferritina e índice de saturação de e parácrina, inibindo a lipólise no tecido gorduroso. Objetivo: transferrina. Resultados: a idade média foi de 47 anos e IMC Avaliar a correlação entre a composição corporal e o lactato de médio de 46,5kg/m2. No pré-operatório, 8,8% dos pacientes repouso em indivíduos não diabéticos com obesidade grave apresentavam anemia (93,2% leve), sendo que destes 43,8% antes e seis meses após cirurgia bariátrica. Método: Estudo apresentava anemia de doença crônica, característica que prospectivo, pareado, envolvendo 30 indivíduos (IMC>40). Fo- se manteve até o período de 6 a 12 meses após a cirurgia, ram excluídos pacientes portadores de diabetes mellitus ( gli- embora tenha aumentado a prevalência da anemia (18,3%). cemia de jejum> 126 mg% ou hemoglobina glicada > 6,5 %), Entre 24 e 36 meses, houve aumento da prevalência da anemia cardiopatia ou pneumopatias graves. As dosagens de lactato (26,2%) assim como da forma moderada, com predomínio foram realizadas pela manhã, após 12h de jejum, utilizando-se da ferropriva (72,4%) e redução acentuada da secundária bioquímica seca (lactímetro e fitas específicas). A composição à doença crônica (15,5%). No seguimento tardio (48 a 60 corporal foi avaliada por análise antropométrica e impedância meses) houve manutenção da prevalência de anemia (24,1%) bioelétrica (%). Resultados: O nível sanguíneo de lactato (VN e da forma de doença crônica (14,8%), porém com aumento ≤ 2,0mmol/L) em repouso ( 2,51 ± 1,06 mmol/L ) retornou aos da forma moderada (46,4%). Conclusão: A prevalência de valores normais ( 1,9 ± 3,6 mmol/L , p=0,0018 ) 6 meses após anemia de doença crônica é acentuadamente reduzida no a cirurgia. Essa queda correlacionou-se positivamente com a re- seguimento pós-operatório, particularmente após 24 meses dução do IMC ( de 49 ± 5,1m2 para 35,6 ± 4,8m2, p<0,0001), da cirurgia. do percentual de massa gorda (de 51,2 ± 4% para 38,2 ± GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 41 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo 11,7%: p<0,001) e do percentual de perda do excesso de peso (ATS). Foram incluídos 90 pacientes: a avaliação da capacidade ( 42,5 ± 14,18%). Conclusões: a redução do IMC e da massa funcional foi realizada através da DTC6 e a composição corporal gorda corporal em obesos mórbidos após cirurgia bariátrica se através da impedância bioelétrica tetrapolar (InBody 230). Os correlaciona positivamente com a queda do lactato sanguíneo pacientes foram divididos de acordo com o IMC em: grupo OM em repouso. Esse relato, inédito na literatura, pode indicar que (IMC<50 Kg/m2– n=61 ) e grupo SO (IMC>50 Kg/m2 – n=29). o elevado nível sanguíneo do lactato em repouso represente Resultados: A DTC6 apresentou correlação negativa significa- um marcador de alterações metabólicas reversíveis associadas tiva com o IMC (r= - 0,3; p<0,001) apenas no grupo total. Não à obesidade mórbida na ausência de diabetes. houve correlação entre o IMC e a DTC6 nos grupos MO (r=-0,2; p>0,05) e SO (r=-0,2; p>0,05). A DTC6 apresentou correlação CORRELAÇÃO ENTRE A COMPOSIÇÃO CORPORAL E A CAPACIDADE FUNCIONAL, AVALIADA POR TESTE DE CAMINHADA, EM OBESOS GRAVES EM PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA Temário: Cirurgia / Obesidade 42 Autores: Gabriela Faria Santarém / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Alexandre Vieira Gadducci / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Aline B Benhardt / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Roberto de Cleva / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Julia Maria D‘Andréa Greve / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Paulo Roberto Santos Silva / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Daniel Riccioppo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Marco Aurélio Santo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP. Resumo Introdução: A obesidade grave diminuiu a capacidade funcional. A composição corporal total e segmentar poderá estimar com maior precisão a capacidade funcional durante teste de caminhada de seis minutos (TC6). Objetivo: Correlacionar a distância percorrida no TC6 (DTC6) com o IMC e com os índices de composição corporal total e segmentar de acordo com a gravidade da obesidade. Método: Foram selecionados 100 pacientes consecutivos com idade entre 18 e 60 anos e IMC entre 40 a 60 kg/m2. Foram excluídos pacientes com distúrbios neuromusculares (teste “Timed Up and Go” = TUG > 10 seg – n=3 ) , com distúrbios pulmonares ( < 80% dos volumes e fluxos pulmonares preditos na espirometria – n=2 ), recusa em participar do estudo ( n=7 ) ou contra-indicação clínica para realização do TC6 segundo diretrizes da American Thoracic Society positiva (p < 0,001) com a massa livre de gordura (MLG, r = 0,5), massa livre de gordura dos membros superiores (MLG_MS, r = 0,4) e inferiores (MLG_MI, r = 0,5) e negativa (p < 0,001) com a massa de gordura (MG, r = -0,5), massa de gordura dos membros superiores (MG_MS, r = -0,4) e inferiores (MG_MI, r = -0,5). O grupo OM apresentou DTC6 maior (524,7 ± 44,0 m, p = 0, 014) que o grupo SO (494,2 ± 57,0 m), apresentando correlação positiva (r = 0,4; p < 0,05) com a MLG, MLG_MS, MLG_MI e negativa (r = -0,4; p < 0,05) com a MG e MG_MS. No grupo SO houve correlação positiva e significativa (p < 0,05) com a MLG (r = 0,5), MLG_TR (r = 0,4), MLG_MI (r = 0,4) e correlação negativa e significativa (p < 0,05) com a MG (r = -0,5), MG_TR (r = -0,4) e MG_MI (r = -0,4). Conclusões: A massa livre de gordura total e segmentar determina melhor a capacidade funcional que o IMC. Na OM a melhor capacidade funcional é determinada pela MLG, MLG_MS e MLG_MI enquanto que no SO a menor capacidade funcional é determinada pela MG, MG_TR e MG_MI. CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR E A COMPOSIÇÃO CORPORAL EM OBESOS MÓRBIDOS E SUPER-OBESOS EM PRÉOPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Alexandre Vieira Gadducci / Unidade de cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Roberto de Cleva / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Gabriela Faria Santarém / Unidade de cirurgia Bariátrica e Metabólica. HCFMUSP.; Julia Maria D‘Andréa Greve / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Paulo Roberto Santos Silva / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Daniel Riccioppo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Denis Pajecki / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Marco Aurélio Santo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Resumo Introdução: O aumento da massa gorda contribui para perda crescente da massa muscular, da capacidade funcional, e alterações na força e resistência da musculatura esquelética. Objetivo: Correlacionar os parâmetros de força muscular dos membros inferiores com a composição corporal na obesidade grave. Método: 132 pacientes com obesidade grave foram submetidos a avaliação dos movimentos de extensão (EXT) e flexão (FLEX) dos membros inferiores a 60º/s no dinamômetro isocinético. As variáveis obtidas foram: pico de torque (N), pico de torque relativo ao peso corporal (N/kg) e pico de torque relativo ao peso do membro inferior (N/KgMI). A determinação da composição corporal foi realizada através de bioimpedância: massa livre de gordura (MLG), massa gorda (MG), massa livre de gordura (MLGMI) e massa gorda dos membros inferiores (MGMI). Os pacientes foram divididos de acordo com o IMC em: obesos (IMC<50 Kg/ m2– n=61) e super-obesos (IMC>50 Kg/m2 – n=29). Resultados: Não houve diferença significativa na Ext.(N) e Flex.(N), observando-se um valor máximo na força absoluta dos membros inferiores (p>0,05). Observou-se correlação positiva entre a Ext. (N/Kg) e Flex(N/Kg) com a MLG e MLGMI (p<0,001) e entre a Ext.(N/KgMI) e Flex.(N/KgMI) com a MLGMI (p<0,001). Houve correlação negativa entre a Ext.(N/Kg) e Flex.(N/Kg) com a MG e MGMI (p<0,001) e entre Ext.(N/KgMI) e Flex.(N/KgMI) com a MGMI (p<0,001). No grupo obeso houve correlação positiva entre a Ext. (N/Kg) e Flex. (N/Kg) com a MLG e a MLGMI (p<0,001) e entre a Ext.(N/KgMI) e Flex.(N/KgMI) com a MLGMI (p<0,001); houve correlação negativa entre a Ext(N/ Kg). e Flex. (N/Kg) com a MG e MGMI (p<0,001) e entre a Ext. (N/KgMI) e Flex.(N/KgMI) e a MGMI (p<0,001). No grupo super-obeso houve correlação positiva entre a Ext.(N/Kg) com a MLG (p<0,05) e a MLGMI (p<0,001) e entre a Ext.(N/KgMI) e a MLGMI (p<0,001); houve correlação negativa entre a Ext. (N/Kg) e a MG (p<0,05) e a MGMI (p<0,001) e entre a Ext.(N/ KgMI) e a MGMI (p<0,001). Houve correlação positiva entre a Flex.(N/Kg) e a MLG e MLGMI (p<0,01) entre a Flex.(N/KgMI) e a MLGMI (p<0,001); houve correlação negativa entre a Flex. (N/Kg) com a MG e a MLGMI (p<0,01) e entre a Flex.(N/KgMI) e a MGMI (p<0,001). Conclusões: a MLG e a MLGMI determinam aumento da força de extensão e flexão relativas na obesidade grave. A MLGMI apresenta forte correlação com a força de extensão relativa em super-obesos, que apresentam um valor máximo (platô) na força máxima de extensão e flexão. EVOLUÇÃO DA RESISTÊNCIA À INSULINA APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA DE ACORDO COM A GRAVIDADE DA OBESIDADE Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Newton Teruo Kanashiro / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Marco Aurelio Santo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Miwa Fukumoto / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Tainá Curado Gomes de Barros / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Henrique Joaquim / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Allan Garms / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Roberto de Cleva / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Ivan Cecconello / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP. Resumo Introdução: A obesidade mórbida é doença crônica, com amplo espectro de apresentação, dada a associação a diversos distúrbios metabólicos, comorbidades estas de incidências e gravidades variáveis dado o caráter multifatorial da obesidade. A cirurgia bariátrica, sobretudo o Bypass gástrico em Y de Roux, é considerado hoje tratamento padrão da obesidade severa. A cirurgia também influi no controle dos principais distúrbios metabólicos associados ao excesso de peso, em destaque o diabetes tipo 2. Neste contexto torna-se importante a busca por fatores preditores de resultado da cirurgia bariátrica na diminuição da resistência insulínica, com influência no controle evolutivo do diabetes tipo 2, nos variados níveis de gravidade de apresentação clínica da obesidade grave. Objetivo: Comparar a evolução da resistência à insulina (RI) antes e após tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, através da Gastroplastia com derivação em Y de Roux (GDYR) em pacientes não diabéticos. Método: Estudo retrospectivo de 831 pacientes (158 homens e 673 mulheres) submetidos à cirurgia bariátrica (GDYR) entre 2007 e 2013. Foram excluídos 234 pacientes por serem diabéticos e 280 por não haver dados disponíveis para cálculo do HOMA-IR. Foram analisados insulinemia basal (mcU/mL), glicemia de jejum (mg/dL) e hemoglobina glicosilada (%) e calculado HOMA-IR para diagnóstico de Resistência à Insulina. Os pacientes foram divididos e comparados em dois grupos de acordo com o IMC: Obeso Mórbido (OM) e Super-Obeso (SO) e avaliados no período de 6 até 36 meses após a cirurgia. Resultados: Dentre os 317 pacientes avaliados, 67,8% (n=215) eram obesos e 32,2% (n=102) superobesos, sendo a média GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 43 A nais da RI de 4,3 e 4,9, respectivamente. Não houve diferença significativa na prevalência da RI entre os obesos e super-obesos, 65% e 68,6% respectivamente. Durante o seguimento pós-operatório, ambos os grupos apresentaram queda estatisticamente significativa do HOMA-IR, com normalização em todos os pacientes, exceto em 1 caso. Conclusão: A GDYR favorece o controle da resistência à insulina (RI) a despeito da gravidade da obesidade. HIPERTROFIA VENTRICULAR E SOBRECARGA VENTRICULAR ESQUERDAS EM OBESOS MÓRBIDOS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA – ANÁLISE ECOCARDIOGRÁFICA Temário: Cirurgia / Obesidade 44 Autores: Victor Arrais Araujo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Fabio de Oliveira Costa / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Roberto de Cleva / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Henrique Dametto Giroud Joaquim / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Daniel Riccioppo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Denis Pajecki / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Marco Aurelio Santo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP. Resumo Introdução: A hipertensão arterial (HAS) é uma das principais comorbidades associadas à obesidade. A ecocardiografia é um método não-invasivo para avaliação das repercussões cardíacas em HAS, como a hipertrofia ventricular esquerda (HVE) e sobrecarga ventricular esquerda (SVE). Meta-analise recente demonstrou que a HVE é observada em 56% dos obesos graves e em até 67% dos casos na presença de HAS e apnéia obstrutiva do sono. Objetivos: O objetivo do estudo foi avaliar a prevalência de HVE e SVE em pacientes com obesidade grave e HAS. Métodos: Foram selecionados 317 pacientes adultos portadores de obesidade grave com indicação de tratamento cirúrgico. Foram excluídos pacientes com insuficiência renal crônica (n=3), insuficiência cardíaca congestiva (n=3) ou infarto do miocárdio prévio (n=4). da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo medicamentos anti-HAS em uso. A obesidade foi classificada de acordo com o IMC em: obesos mórbidos (OM:40<imc50 kg/ m2). Todos pacientes foram submetidos a estudo ecocardiográfico transtorácico. A massa do ventrículo esquerdo foi calculada através da fórmula de Devereux e normalizada pela altura. A SVE foi definida pelo aumento da espessura do septo (EP>1 para mulheres e >1,1 para homens) e da parede posterior do ventrículo esquerdo (PP>1 para mulheres e >1,1 para homens) e a HVE foi definida pelo aumento do IMVE normalizado pela altura (IMVE>45g/m2,7 para mulheres e >49g/m2,7 para homens). Resultados: 202 pacientes (66%) apresentavam HVE (IMVE =50,4±15,2 g/m2,7). Houve diferença significativa (p<0,05) entre a prevalência de SVE e HVE nos pacientes portadores de HAS (19,4% ; 61,2%) em relação aos normotensos (6,3%; 46,8%). Os HAS2 apresentavam prevalência maior (p<0,05) de SVE e HVE (31,8%; 79,6%) que os HAS 1(15,8%; 55,9%). Houve diferença (p<0,05) entre a prevalência de SVE e HVE entre OM normotensos (5% e 41,8%), SO normotensos (9,68% e 60%), OM com HAS (17,4% e 59,1%) e SO com HAS (23,4% e 65,6%). Observou-se prevalência crescente (p<0,05) de SVE e HVE de acordo com a gravidade da obesidade e com o grau da HAS (OM com HAS 1: 15,15% e 52,5; SO com HAS1: 18,9% e 62,25%;OM com HAS 2: 24,2% e 78,8%, e SO com HAS 2: 54,5% e 81,8%, respectivamente). Conclusão: A SVE e HVE apresentam prevalência crescente de acordo com a gravidade da HAS e da obesidade.</imc ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL- IAC MODIFICADO PARA ESTIMATIVA DE GORDURA CORPORAL NA OBESIDADE MÓRBIDA Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Aline Biaseto Bernhard / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Marcela serafim / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Veruska Scabin / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Roberto de Cleva / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Daniel Riccioppo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Marco Aurelio Santo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP. Resumo Foram incluídos 307 pacientes sendo que 196 apresentam HAS e 111 eram normotensos. A HAS foi classificada em HAS1 (leve) e HAS2 (grave), com base nos níveis tensionais aferidos e/ou Introdução: A perda de peso em obesos graves determina controle das comorbidades. A perda de massa magra simultânea pode GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 determinar diminuição do metabolismo basal e menor perda de peso. A determinação da composição corporal após tratamento cirúrgico da obesidade através de metodologia de baixo custo, fidedigna e acessível é fundamental. Objetivos: Avaliar a eficácia do Índice de Adiposidade Corporal (IAC) na determinação da quantidade de gordura corporal de adultos com obesidade mórbida. Desenvolver e validar equação de correção específica para obesidade grave. Método: Foram selecionados 401 adul- DE DUODENOPANCREATECTOMIA LAPAROSCÓPICA Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Ricardo Jureidini / FMUSP; Guilherme Naccache Namur / FMUSP; Thiago Costa Ribeiro / FMUSP; Ulysses Ribeiro Jr. / FMUSP; Estela Figueira / FMUSP; Telesforo Bacchella / FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP. Resumo tos com indicação para tratamento cirúrgico da obesidade mórbida. A composição corporal foi avaliada através da impedância bioelétrica (BIA)corrigida pela equação de Horie- Waitzberg e índice de adiposidade corporal (IAC = (CQ/A x √A)-18). Resultados: a quantidade média de GC foi 52,3 ± 6,1% segundo Introdução: Apesar de amplamente utilizada para realização de pancreatectomias distais, a laparoscopia é uma via de acesso pouco empregada na duodenopancreatectomia (DPT) devido ao elevado grau de complexidade do procedimento. Objetivo: De- a BIA e 51,6 ± 8,1% segundo o IAC, com uma diferença média monstrar a necessidade de aplicação de critérios rígidos de sele- significativa entre os métodos de 0,6±5,1% (p=0,039). Os dois ção dos pacientes a serem submetidos a DPT laparoscópica com métodos foram similares segundo a correlação interclasse (0,74; reconstrução em dupla alça. Casuística: Pacientes submetidos IC 95%:0,68-0,80). O IAC subestimou significativamente a %GC à DPT laparoscópica no ICESP HC-FMUSP de janeiro de 2009 no sexo masculino, em indivíduos com IMC entre 35 e 49,99 a março de 2014. Métodos: Avaliados fatores pré-operatórios kg/m2 e quando a RCQ estava acima de 1,05. Os resultados como sexo, idade, IMC (Kg/m2) e ASA, tempo operatório, tempo da análise de regressão linear múltipla com seleção de variáveis de internação, complicações e resultados oncológicos imediatos. através do método de redução de modelo (Backward) gerou a Números expressos como medianas. Resultados: Treze pacien- equação, denominado Índice de Adiposidade Corporal Modifi- tes foram operados no período, 11 do sexo feminino, com idade cado- .IACM% = 23,6 + 0,5 x (IAC) : Somar 2,2 se IMC≥50kg/ média de 61 anos. Apenas 2 pacientes tinham IMC > 25 Kg/m2 m2 e 2,4 se RCQ≥1,05. Para validação do Índice de Adiposida- (27,8 e 28,3) e todos apresentavam ASA I ou II. Nove pacientes de Corporal Modificado (IACM) a equação foi aplicada em 158 tinham neoplasia de papila duodenal, dois tumor de Frantz, um indivíduos e os valores obtidos foram comparados aos valores tumor de pâncreas e um IPMN. Em três casos a via biliar (VB) fornecidos pela BIA, segundo a equação de Horie- Waitzberg tinha calibre normal. Tempo cirúrgico foi de 320 minutos em mé- (2009). A %GC média no grupo segundo a BIA foi 52,4 ± 5,7% dia, com internação de 10 dias. Houve complicações em sete e segundo o IAC (original) foi 51,2 ± 7,9%; após a correção a pacientes, sendo quatro fístulas pancreática (1 com necessida- %GC foi 52,0± 4,8%, reduzindo a diferença entre os métodos de de drenagem percutânea). Houve um óbito por infarto agudo de 1,2± 5,9% (p=0,029) para 0,4± 4,0% (p=0,18). O IACM foi do miocárdio fatal no 2° pós-operatório em paciente com IMC > capaz de quantificar corretamente a gordura corporal de obesos 25 Kg/m2 operado em colangite. Reinternação foi necessária em mórbidos, com fortalecimento da correlação entre os métodos quatro pacientes. Em todos os casos as margens cirúrgicas foram (0,6 para 0,7). No gênero masculino a diferença foi reduzida de livres. Dois dos três pacientes com VB de calibre normal apresen- 3,1±4,8 para 0,3±3,5, nos indivíduos com RCQ ≥ 1,05 foi redu- taram estenose de anastomose hepático jejunal com necessidade zida de 7,2±6,1 para 1,2±4,4 e nos indivíduos com IMC entre 35 de nova derivação biliar. Conclusão: DPT laparoscópica é um e 49,99kg/m2 foi reduzida de 2,3±5,5 para 0,7±4,4. Conclu- procedimento complexo porém factível, pacientes eutróficos, com sões: O IACM é eficaz em determinar a quantidade de gordura tumores periampulares que causem dilatação de vias biliares e corporal de obesos mórbidos. que não invadam estruturas vasculares são candidatos ideais para técnica. APLICAÇÃO DE CRITÉRIOS ALTAMENTE SELETIVOS É ESSENCIAL PARA REALIZAÇÃO BAIXA MORTALIDADE EM 97 DUODENOPANCREATECTOMIAS GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 45 A nais CONSECUTIVAS: A EXPERIÊNCIA DE UM GRUPO Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Uirá Fernandes Teixeira / UFCSPA; Paulo Roberto Ott Fontes / UFCSPA; Fábio Luiz Waechter / UFCSPA; Mauro Nectoux / UFCSPA; José Artur Sampaio / UFCSPA; Luiz Pereira-Lima / UFCSPA. Resumo da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA PARA TRATAMENTO DE TUMOR SÓLIDO PSEUDOPAPILIFERO DO PÂNCREAS (TUMOR DE FRANTZ) Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Ricardo Jureidini / FMUSP; Guilherme Naccache Namur / Fmusp; Thiago Costa Ribeiro / FMUSP; Ulysses Ribeiro Jr. / FMUSP; Marcelo Souto / FMUSP; Telesforo Bacchella / FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP. Resumo Introdução: a duodenopancreatectomia é o procedimento de escolha para neoplasias ressecáveis da região periampolar. Estes tumores representam 4% dos óbitos por câncer, sendo referida como uma das mais baixas taxas de sobrevida em 5 anos. A cirurgia continua sendo um procedimento complexo com substancial morbi-mortalidade. Apesar dos relatos de até 30% de mortalidade, em serviços de excelência tem sido apontada como inferior 46 a 5% e estudos recentes mostram que a pancreatojejunostomia representa o “tendão de Aquiles” do procedimento. Objetivo: Avaliar a morbi-mortalidade em 30 dias nesta série de pacientes ressecados. Métodos: Analisamos até o momento dados de 97 pacientes consecutivos submetidos à duodenopancreatectomia de julho de 2000 a dezembro de 2012. Todos os pacientes foram manejados pelo mesmo grupo e os dados obtidos de banco de dados específico do serviço. O objetivo principal era avaliar a mortalidade em 30 dias, mas também foram reportados os dados referentes ao espécime cirúrgico, à necessidade de ressecção vascular e complicações pós-operatórias (estase gástrica, fístula pancreática, pneumonia e taxa de reoperação). Resultados: A Introdução: Tumor de Frantz é uma neoplasia pancreática rara, potencialmente maligna. Poucos estudos demonstraram o papel da laparoscopia no tratamento dessas lesões. Objetivo: Descrever as diferentes modalidades de tratamento dos tumores de Frantz por via minimamente invasiva. Casuística: Pacientes submetidos a pancreatectomias laparoscópicas para tratamento dos tumores de Frantz no ICESP HC-FMUSP de janeiro de 2009 a março de 2014. Métodos: Avaliados fatores pré-operatórios como sexo, idade, tempo operatório, tempo de internação, complicações e resultados oncológicos imediatos e tardios. Números expressos como medianas. Resultados: Oito pacientes foram operados no período, todos do sexo feminino, com idade média de 48,5 anos. Quatro pacientes foram submetidos à pancreatectomia distal, apenas um com preservação esplênica, dois a duodenopancreatectomia, um a pancreatectomia central e outro a enucleação de lesão na cabeça do pâncreas. Tempo médio de internação foi de 6 dias. Houve complicações em dois pacientes, ambos com fístula pancreática, sendo uma pancreatectomia distal com preservação esplênica que precisou de reoperação mortalidade em 30 dias foi 2.1% (dois pacientes). Em 93.8% dos (Fístula C) e uma duodenopancreatectomia, cujo tratamento foi an- pacientes a ressecção foi completa com margem microscópica tibióticoterapia (Fístula B). O tamanho médio dos tumores foi de 3,5 tumoral negativa e em 67.3% dos casos não se detectou linfono- cm e todas as margens foram negativas. Em seguimento médio de dos metastáticos ao estudo anatomopatológico. Entre as compli- 30 meses, todos os pacientes estão livres de doença. Uma pacien- cações pós-operatórias, foram relatadas 6% de estase gástrica te submetida à duodenopancreatectomia evoluiu com estenose da prolongada, 10.3% de pneumonia, 10.3% de fístula pancreática anastomose hepático após 11 meses, com necessidade de reope- e 1% de infecção no trajeto do dreno. Dois pacientes foram sub- ração. Conclusão: Cirurgia minimamente invasiva deve sempre ser metidos à reoperação devido a sangramento e hematoma infec- considerada para tratamento dos tumores de Frantz, visto que o seu tado decorrente de fístula pancreática. Um paciente foi reoperado potencial maligno é baixo e incide sobretudo em mulheres jovens. por obstrução intestinal por brida no 12º dia de pós-operatório. Sempre que possível técnicas de preservação de parênquima pan- Conclusão: A duodenopancreatectomia como tratamento das creático devem ser aplicadas. neoplasias periampolares é procedimento de baixa morbi-mortalidade em serviços com experiência em cirurgia hepatobiliopancreática, permanecendo como tratamento de primeira linha em pacientes ressecáveis. EFEITO DA IDADE AVANÇADA EM PACIENTES SUBMETIDOS À GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA: RESULTADOS PRELIMINARES Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Estela Regina Ramos Figueira / HCFMUSP; Telesforo Bacchella / HCFMUSP; Thiago Nogueira Costa / HCFMUSP; Mariana da Silva Vilas-Boas / HCFMUSP; Isadora Silva Lima Sacramento / HCFMSUP; Ricardo Jureidini / HCFMUSP; Ivan Cecconello / HCFMUSP. Resumo Colecistolitíase é uma das condições mais frequentes que levam a cirurgia abdominal, sendo a Colecistectomia Laparoscópica (CL) seu tratamento padrão. CL é considerada um procedimento seguro com complicações ocasionais; as quais incluem riscos da anestesia geral, trombose venosa profunda, hemorragia, infecção e lesão de estruturas adjacentes como via biliar principal e alças intestinais. Entretanto pacientes idosos podem apresentar risco aumentado de ao outro grupo (60-70 anos). Apesar de não apresentar significância na morbidades, pacientes acima de 70 anos tiveram maior tempo de internação e admissões em UTI. Outrossim, pacientes com risco cardíaco elevado tendem a tem mais severas complicações pósoperatórias, de maneira a sugerir maior atenção neste grupo. FÍSTULA PANCREÁTICA EM PÓS-OPERATÓRIO DE PANCREATECTOMIAS: FATORES DE RISCO e TRATAMENTO Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Guilherme Naccache Namur / FMUSP; Ricardo Jureidini / FMUSP; Thiago Costa Ribeiro / FMUSP; Ulysses Ribeiro Jr. / FMUSP; Telesforo Bacchella / FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP. Resumo complicações devido ao aumento de comorbidades. Neste estudo nós pretendíamos avaliar os resultados precoces da CL em pacientes Introdução: Apesar da baixa mortalidade, as ressecções pancreá- acima de 60 anos e obter informações adicionais no melhor ticas tem morbidade que varia de 30 a 50%. A fístula pancreática é tratamento desses pacientes. Nós avaliamos retrospectivamente a complicação mais comum no pós-operatório. Objetivo: Avaliar a 119 pacientes acima de 60 anos que foram submetidos a CL por incidência de fístula pancreática clínicamente significativa (B e C da colecistolitíase no HCFMUSP. Foram analisados idade, sexo, IMC, classificação do ISGPF) em pós-operatório de pancreatectomias no ASA, risco cardíaco, tempo de internação, admissão em UTI, numero ICESP do HC-FMUSP. Casuística: Foram avaliados 172 pacientes de comorbidades e complicações pós-operatórias. As complicações submetidos a pancreatectomias de maio de 2009 a junho de 2014, foram graduadas conforme o score proposto por Dindo e Clavien. foram excluídos 4 pacientes submetidos a pancreatectomia total. Os pacientes foram alocados em 2 grupos de acordo com a idade: Métodos: Foram avaliados idade, IMC (Kg/m2), diagnóstico, dila- 60 – 70 anos e 71-90 anos. Resultados: 67% dos pacientes eram tação do ducto pancreático principal, tipo de cirurgia, tempo de inter- mulheres, com idade média de 67.49 ± 7.68 anos, IMC médio de nação, reintervenção e mortalidade. Quando necessário foi utilizado 28.55 ± 4.92%, ASA de 1.96 ± 0.54, risco cardíaco de 1.45 ± teste t, com p < 0,05. Resultados: Fístula pancreática B e C foi 0.58, e 1.42 ± 1.08 comorbidades por paciente, incluindo HAS, mais frequente em pancreatectomias distais (PD) (35,8%) do que DM, tabagismo e problemas cardíacos, pulmonares ou renais. O em duodenopancreatectomias (DPT) (12%). Nas DPT, a fístula foi tempo de internação hospitalar foi 2.69 ± 2.92 dias. Vinte pacientes mais frequentes em paciente com tumores neuroendócrinos (25%) apresentaram complicações pós-operatórias e 15 foram admitidos na e com ducto pancreático principal não dilatado (13,5%) e o tempo UTI no pós-operatório. de acordo com a classificação de Dindo e de internção foi 5,6 dias maior nos pacientes com fístula B ou C Clavien, a mediana dos pacientes com maiores complicações foi Grau (8,4 x 14 dias). Reinternação foi necessária em 16,5 %, relacionada I. Não houve óbito. O grupo com idade 71-90 anos apresentou maior principalmente a fístula pancreática. Nas PD, a fístula pancreática foi risco cardíaco e ASA, além de maior tempo de internação e mais mais frequente quando se utilizou grampeadores para síntese do admissões em UTI. Além disso, observou-se que pacientes com maior coto pancreático (40 x 10 %). Em toda casuística a necessidade de risco cardíaco (intermediário/alto) apresentavam uma tendência a drenagem percutânea foi de 3,4 % e de reoperações 2,3 %, com ter mais e piores complicações pós-operatórias. Conclusão: Esse mortalidade relacionada a fístula pancreática de 1,1 %. Conclusão: estudo demonstra que a segurança da colecistectomia laparoscópica Fístula pancreática ainda é a maior causa de morbidade no pós- eletiva em pacientes idosos com colecistolitiase. Pacientes com idade operatório de pancreatectomias. O tipo de cirurgia, o diagnóstico superior a 70 anos mostram maior ASA e risco cardíaco comparados histológico e o método de tratamento do coto pancreático estão GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 47 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo relacionados a sua incidência. A fístula aumento o tempo de nesta série. Discussão/Conclusão: O acesso laparoscópico já internação hospitalar mas está associada a baixa mortalidade quando é considerado padrão ouro nas ressecções pancreáticas distais, tratada adequadamente. porém ainda se mostra desafiador nas duodenopancreatectomias ou pancreatectomias centrais, tendo como um dos motivos uma PANCREATECTOMIA CENTRAL TOTALMENTE LAPAROSCÓPICA: SÉRIE DE 4 CASOS Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Ricardo Jureidini / FMUSP; Thiago Costa Ribeiro / FMUSP; Guilherme Naccache Namur / FMUSP; Telesforo Bacchella / FMUSP; Ulysses Ribeiro Jr. / FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP. Resumo Introdução: A pancreatectomia central é uma ressecção pou48 padora de parênquima e visa diminuir o risco de insuficiência exócrina ou endócrina, que podem ocorrer em até um terço dos casos após ressecções convencionais. Geralmente é indicada para lesões pancreáticas benignas ou de baixa malignidade como as lesões cístcas e os tumores neuroendócrinos, localizadas no colo pancreático. O acesso laparoscópico pode ser considerado em casos selecionados. Existem poucos relatos de caso descritos na literatura e um ainda menor número de séries de casos, grande parte destes últimos multicêntricos. Objetivo: Avaliar resultados reconstrução tecnicamente difícil. Os primeiros casos relatados na literatura utilizaram acesso híbrido com reconstrução convencional. Essa série de pacientes é concordante com a literatura que apresenta poucos relatos de casos e demonstra que o procedimento totalmente laparoscópico é factível, com morbidade aceitável e resultados oncológicos preservados em casos selecionados . PANCREATECTOMIA CORPOCAUDAL VIDEOLAPAROSCÓPICA: EXPERIÊNCIA INICIAL DE UM SERVIÇO Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: José Aparecido Valadão / Hospital são Domingos; Abdon José Murad Junior / Hospital são Domingos; Christian Lamar Scheibe / Hospital são Domingos; Giuliano Peixoto Campelo / Hospital são Domingos; Roclides Castro de Lima / Hospital são Domingos; Taffarel de Castro Pereira e Silva / Universidade Federal do Maranhão; Manuel Dominguez de La Cruz / Universidade Federal do Maranhão; Victor Hugo Alvim Frazão / Universidade Federal do Maranhão. Resumo precoces de uma série de 4 casos operados no Instituo do CÂNCER do Estado de São Paulo, onde se realizou pancreatectomia central por via totalmente laparoscópica. Resultados: Foram operadas 4 mulheres de idade entre 41-68 anos e IMC entre 24-29 kg/m2. Uma paciente apresentava diabetes sem uso de insulina e as outras não apresentavam comorbidades. O tempo médio de cirurgia foi de 263 min, sendo de apenas 120min no segundo caso por atrofia importante do pâncreas distal e ausência de reconstrução pancreatojejunal. Os paciente 1 e 2 desenvolveram uma fistula pancreática a (ISGF), enquanto o terceiro caso necessitou de drenagem percutânea para tratamento de uma fistula pancreática B (ISGF). Não houve fistula pancreatica no quarto caso e nenhum paciente foi submetido a reoperações. O tempo de internação em média foi de 6-8 dias para aqueles com complicações menores e de 22 dias para a terceira paciente. Os diagnósticos anatomopatológicos foram: tumor de Frantz, insulinoma, neoplasia neuroendócrina de pâncreas não funcionante de baixo grau e neoplasia cística mucinosa. O tamanho médio das lesões foi de 1,2 cm e todos os pacientes apresentaram margens negativas. Não houve casos de insuficiência exócrina ou endócrina Introdução: Nas últimas décadas, houve um importante aumento no número de diagnósticos de neoplasias pancreáticas. É possível realização de ressecções pancreáticas vídeo-laparoscópicas em casos selecionados, principalmente quando a tumoração é localizada no corpo ou cauda do pâncreas. Objetivo: Apresentar a experiência inicial de um serviço de Cirurgia em pancreatectomias vídeo-laparoscópicas. Casuística: 4 pacientes do sexo feminino foram submetidas à pancreatectomia corpo-caudal vídeo-laparoscópica no Hospital são Domingos em são Luís-MA, no período de abril de 2013 a março de 2014. Método: Foram coletados dados das 4 cirurgias, como tempo cirúrgico, intercorrências, tempo de internação e evolução pós-operatória. Resultados: As 4 cirurgias foram realizadas totalmente por vídeo-laparoscopia, sem intercorrências intra-operatórias e sem sangramento importante. O tempo cirúrgico variou de 3 a 6 horas. Em 1 paciente houve necessidade de realização de esplenectomia, enquanto nas outras 3 pacientes foi possível preservar o baço. Não houve complicações pós-operatórias, e as pacientes receberam alta hospitalar entre o 4o e o 5o dia de GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 pós-operatório. Os resultados dos exames histopatológicos foram, respectivamente: insulinoma, cistoadenoma seroso, cistoadenoma mucinoso e cisto simples. Conclusão: É viável, seguro e muito benéfico para o paciente a realização de ressecções pancreáticas vídeo-laparoscópicas. Conclusão: A Ecoendoscopia com biópsia ecoguiada fornece informações compatíveis com a indicação ou não de tratamento cirúrgico para a maioria dos pacientes portadores de Neoplasia Mucinosa do Pâncreas. PAPEL DA ECOENDOSCOPIA NA AVALIAÇÃO DA INDICAÇÃO CIRÚRGICA EM PACIENTES PORTADORES DE NEOPLASIA CÍSTICA MUCINOSA DO PÂNCREAS: ANÁLISE DE 29 PACIENTES DO HUCFF/UFRJ TUMOR NEUROECTODÉRMICO PRIMITIVO DA CABEÇA PANCREÁTICA Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: José Marcus Raso Eulálio / UFRJ; José Eduardo Ferreira Manso / UFRJ; Homero Soares Fogaça / UFRJ; Mônica Soldan / UFRJ; Eduardo Sabino de Machado Magalhães / UFRJ; Matheus Mannarino do Carmo Silva Ribeiro / UFRJ; Bruno Munhoz Agena / UFRJ; Pedro Luiz Rodrigues Guimarães Filho / UFRJ. Resumo A variedade de tumores mucinosos do pâncreas exige detalhada caracterização morfológica para a adequada indicação cirúrgica. O presente estudo tem por objetivo avaliar as informações fornecidas por Ecoendoscopia na definição do tratamento de pacientes portadores destas Neoplasias. Materiais e Métodos: Foram analisadas retrospectivamente as lesões císticas examinadas por Ecoendoscopia no HUCFF entre jan 2009 e jun 2014, sendo incluídas aquelas com diagnóstico de Neoplasia Mucinosa. Após levantamento dos dados morfológicos, histológicos e bioquímicos foram classificadas nos seguintes grupos:1- Cistoadenoma Mucinoso (CisM), 2- Neoplasia Papilar Mucinosa Intraductal (NPMI), 3- Neoplasia Mucinosa Cístico Sólida Indefinida (NMCSi), 4Neoplasia Mucinosa Cística Indefinida (NMIn). Foram avaliadas as indicações cirúrgicas considerando diretrizes internacionais [International consensus guidelines 2012 for the management of IPMN and MCN of the pancreas - Pancreatology 12 (2012) 183197 ]. Resultados: Entre janeiro 2009 e julho 2014 o HUCFF realizou 81 Ecoendoscopias em portadores de doença cística do pâncreas. O diagnóstico de Neoplasia Mucinosa foi confirmado em 29 pacientes (35,8%). Destes 29 (100%), encontramos CisM em 07 (24,1%), NPMI em 15 (51,7%), LCSMi em 04 (13,8%) e LCMi em 03 (10,3%). A Ecoendoscopia auxiliou na indicação de tratamento cirúrgico ou conservador em 26 (90,7%) pacientes. Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Uirá Fernandes Teixeira / UFCSPA; Fábio Luiz Waechter / UFCSPA; José Artur Sampaio / UFCSPA; Michelle Unterleider / UFCSPA; Luiz Pereira-Lima / UFCSPA. Resumo Introdução: O tumor primitivo neuroectodérmico (PNET) tem sido descrito como um tumor da família do sarcoma de Ewing. Sua incidência é muito baixa, 1% de todos os sarcomas. Foram encontrados na literatura relatos de apenas 18 casos em que PNET foi encontrado no pâncreas, sendo este o segundo relato de caso nacional. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 28 anos, com dor epigástrica associada a colestase e massa epigástrica há 6 meses. Marcadores tumorais (antígeno carcinoembrionário e Ca19-9) também estavam normais. Tomografia de abdome apresentou na topografia da cabeça/corpo do pâncreas volumosa lesão expansiva de limites precisos e contornos regulares, com densidade heterogênea, contendo áreas líquidas e sólidas, as quais apresentavam intenso realce ao meio de contraste endovenoso, medindo cerca de 12,8 x 12,1 x 10,9cm. Lesão que deslocava estruturas adjacentes sem infiltrá-las. Significativa ectasia das vias biliares intra e extra-hepáticas determinada pela lesão. A paciente foi submetida à duodenopancreatectomia, sem intercorrências. O aspecto macroscópico da lesão era sólido-cística, encapsulada, multiloculada, com áreas de aspecto necrótico, de coloração que varia do pardo ao vinhoso, media em seu maior eixo 11,5cm. Imunohistoquímica fortemente positivo para CD 99, positivo para vimetina, CKM automatizado, CD56, e negativo para anticorpos para tumores neuroendócrinos (cromograninas, sinaptofisina, neuroblastoma). A paciente evoluiu bem no pós-operatório, com normalização dos exames laboratoriais. Discussão: O PNET é um tumor de característica agressiva; trabalhos mostram que 25-30% dos pacientes já apresentam metástase ao diagnóstico. Os sítios metastáticos mais frequentes são pulmão, osso e medula óssea. Devido a esse poder metastático preconiza-se associar quimioterapia a um adequado controle local com cirurgia GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 49 A nais ou radioterapia. Existem relatos de PNET em órgãos intra-abdominais, e em pâncreas há relatos de 18 casos. Quando o PNET é encontrado no pâncreas o diagnóstico diferencial deve incluir carcinoma de pequenas células indiferenciado, pancreatoblastoma e tumor neuroendócrino do pâncreas. Devido a esta agressividade, da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo mesmo com os avanços terapêuticos, a sobrevida global em 5 anos é de aproximadamente 50%. Conclusão: Devido a sua rara ocorrência, o PNET é um desafio diagnóstico e terapêutico para a comunidade médica. A apresentação clínica é pobre e sua característica histológica não é exclusiva. 50 GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Anais da XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo Proceedings of XIII Brazilian Week of Digestive - CBCD – SEÇÃO ESPECIAL CARACTERIZAÇÃO IMUNOHISTOQUÍMICA E MOLECULAR DOS PACIENTES COM SUSPEITA CLÍNICA DE SÍNDROME DE LYNCH (SL) Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Isabella Nicácio de Freitas / HC-FMUSP; Campos,FGCM / HC-FMUSP; Alves, VAF / HC-FMUSP; Cavalcante, JM / HC-FMUSP; Coudry, RA / HC-FMUSP; Diniz,MA / HC-FMUSP; Ribeiro Jr, U / HC-FMUSP; Nahas, SC / HC-FMUSP. Resumo Introdução: a SL é a causa mais frequente de câncer colorretal primeiro grau, desde que uma das neoplasias tenha ocorrido antes dos 50 anos de idade), tiveram uma chance 10,59 vezes maior de apresentar MSI positiva. Baseado nos dados obtidos com a realização desta pesquisa (através da regressão logística binária múltipla, segundo AIC), foi proposto um escore para caracterizar pacientes com SL. Conclusões: A frequência de SL nos pacientes submetidos à ressecção por câncer e com HF foi de 20%, concordante com a literatura. O critério 4 de Bethesda Modificado associou-se mais fortemente à presença de MSI na população estudada. O escore desenvolvido neste estudo contribui como uma ferramenta prática na ampliação diagnóstica da SL, mostrando ser um bom preditor para identificar os casos negativos da Síndrome. hereditário. Objetivos: Avaliar a frequência de SL em pacientes submetidos a tratamento cirúrgico por câncer colorretal (CCR) e com história familial (HF) de câncer. Avaliar quais dos critérios clínicos, histopatológicos, imuno-histoquímico(IHC), e/ou de instabilidade de microssatélites(MSI) seriam mais informativos no diagnóstico desta síndrome na população brasileira. Pacientes e Métodos: Estudaram-se 458 CCR, serviço de Coloproctologia do Departamento de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas – FMUSP, de janeiro de 2005 a dezembro de 2008. HF positiva para CCR ocorreu em 118 pacientes. Promoveu-se a revisão das lâminas para critérios histológicos de MSI, avaliação IHC para as proteínas MLH1, MSH2, MSH6, PMS2, MSI (BAT-25, BAT-26, NR-21, NR-24 e MONO-27) e análise da mutação para o BRAF nos casos com MSI positiva. Resultados: Dos 118 pacientes com HF, 61 (51,69%) preencheram pelo menos um dos critérios de Bethesda revisados. 36 do sexo feminino (59%), média de idade de 53,2 anos. Nove (14,7%) pacientes apresentaram todos os critérios de Amsterdam I. 52 tumores localizaram-se no cólon esquerdo. Os componentes histopatológicos de MSI incluíram: linfócitos intratumoral (47,5%), característica expansiva do tumor (29,5%) e o componente mucinoso (27,8%) (componentes histológicos de MSI instável em 44 (72%). A IHC estava alterada em oito (13%) e a MSI em 12 pacientes (20%). O BRAF foi realizado nos 12 casos com MSI positiva e em todos os casos foram negativos, confirmando serem pacientes com SL. Os indivíduos que apresentaram o critério 4 de Bethesda revisado (CCR ou câncer associado a SL, diagnosticado em um ou mais parentes de PARÂMETROS PRESSÓRICOS NORMAIS DA MANOMETRIA ANORRETAL Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Ricardo Guilherme Viebig / IBEPEGE; Janaina Tomiye Yamakata Franco / IBEPEGE; sergio Viebig Araujo / IBEPEGE. Resumo Introdução: O exame manométrico anorretal é realizado para avaliação funcional evacuatória porem carece de metodologia uniforme. Submetemos os pacientes ao estudo das medidas pressóricas, com sondas de 8 canais radiais, através da retirada contínua por tração mecânica, estabelecendo-se 3 medidas em estado de repouso, no esforço de contenção e evacuatório, procurando assim, eliminar artefatos e análises subjetivas. Objetivos: Estabelecer parâmetros de normalidade para futuras comparações com indivíduos com função evacuatória alterada, seja com sinais de incontinência ou de dissinergia pélvica. Métodos e pacientes: Foram compilados retrospectivamente dados manométricos de 100 pacientes que tivessem laudo de normalidade funcional ao final do exame. Para atingir os critérios todos deveriam ter realizado o exame em condições satisfatórias e que produzissem medidas confiáveis nos três estados de observação. Eliminados da casuística pacientes com lesão perianal, doença aguda, incontinência mesmo que leve. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 51 A nais Resultados: a média de idade dos pacientes foi de 47 anos e a distribuição quanto ao sexo 37 masculino(M) e 64 feminino(F). Mais da metade dos pacientes veio para investigação de obstipação crônica. As pressões médias + DV da zona de alta pressão foram em mmHg: no repouso 107,8 ± 32,5 (108,6 M e 107,4 F) no esforço de contenção 175,0 ± 61,9 (212,8 M e 153,7 F) e no esforço evacuatório 88,0 ± 34,9 (96,3 M e 83,3 F). Os dados do vetor volume foram em mmHg cm² 84502,61 no repouso, 277516,26 no esforço de contenção e 88756,31no esforço evacuatório. Discussão: Observadas somente maiores variações nos homens, que atingiram maiores pressões no esforço de contenção em ambas medidas, inferindo-se que o recrutamento muscular no homens seja mais volumoso pela própria distribuição anatômica. Conclusão: As medidas obtidas representam a variabilidade de uma população e deve ser confrontada com dados de pacientes em diversas disfunções ou patologias, para que se afirmem critérios individuais de cada uma. 52 ANÁLISE DE POLIMORFISMOS DAS ENZIMAS CICLOOXIGENASE-2 e METILENOTETRAHIDROFOLATO REDUTASE EM PACIENTES COM CÂNCER DO ESÔFAGO Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Evelise Pelegrinelli Zaidan / Instituto do Câncer do Estado de São Paulo - ICESP; Michele Tatiana Pereira Tomitão / Instituto do Câncer do Estado de São Paulo - ICESP; Márcia Saldanha Kubrusly / HCFMUSP; Adriana Vaz Safatle-Ribeiro / HCFMUSP; Evandro Sobroza de Mello / HCFMUSP; Rubens Antônio Aissar Sallum / HCFMUSP; Ivan Cecconello / HCFMUSP; Ulysses Ribeiro Juniro / Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – ICESP. Resumo Estudos de polimorfismos genéticos podem permitir maior conhecimento sobre os fatores de risco e prognóstico do câncer. A ciclooxigenase-2 (COX-2) é induzida em resposta ao fator de crescimento e citocinas, expressa nas doenças inflamatórias, lesões pré-malignas e tumores de esôfago. O produto do metabolismo do folato pela enzima metilenotetrahidrofolatoredutase (MTHFR) atua na síntese do DNA, a alteração da atividade desta altera a expressão gênica de supressores de tumor e proto-oncogenes, potenciais fatores de risco para o câncer de esôfago. Objetivos: Avaliar a frequência do polimorfismo de um único nucleotídeo (SNP) da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo dos genes da COX-2(-1195A>G, 8473T>C) e da MTHFR(677C>T e 1298C>A) e investigar possíveis relações entre estas variantes genéticas e dados clínicos patológicos relacionados ao câncer de esôfago. Método: Os SNPs da COX-2 e da MTHFR foram analisados em 109 pacientes com câncer de esôfago e 102 controles. O DNA genômico foi isolado do creme leucocitário utilizando-se kit de extração e purificação PureLink™ Genomic DNA Mini Kit. A técnica de identificação da base com uso de sondas marcadas com fluoróforos seguida por RT-PCR foi utilizada na genotipagem dos polimorfismos. Para a análise de expressão tecidual foi utilizado o TMA a partir dos blocos parafinados de tumores do esôfago, e, para a pesquisa imunohistoquímica, a técnica da imunoperoxidase com os anticorpos monoclonais contra COX-2. Resultados: Determinou-se a frequência dos SNPs da COX-2 (-1195A>G: AA = 70,18%; AG = 25,44%; GG = 4,39%; 8473T>C TT = 30,70%; TC = 50,88%; CC = 18,42%) e da MTHFR (677C>T CC = 42,98%; CT = 42,98%; TT = 14,04%; 1298C>A: CC = 57,02%; CA = 30,70%; AA = 12,28%) em indivíduos com câncer de esôfago, a presença dos alelos COX-2-1195G e COX-2+8473C foi maior entre os casos, caracterizando maior risco para esta doença (OR = 3,43; p=0,02). Em relação à sobrevida global, os genótipos que apresentaram o pior prognóstico foram: MTHFR677TT no carcinoma epidermoide - p=0,040 e em tabagistas - p=0,036) e COX-2+8437CC (em caucasianos - p=0,005). A reatividade específica para o anticorpo da COX-2 foi positiva para intensidade e distribuição em 69,64% dos casos de carcinoma epidermoide, entretanto, não houve relação com o polimorfismo da COX-2. Conclusão: Os genótipos homozigotos polimórficos da COX-2 e da MTHFR foram associados ao pior prognóstico em pacientes com câncer de esôfago, Estes SNPs podem ser marcadores úteis de agressividade tumoral nestes pacientes. FATORES PREDITIVOS DE SOBREVIDA EM PACIENTES COM CÂNCER AVANÇADO DO ESÔFAGO Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Maria Aparecida Coelho de Arruda Henry / FMBUNESP; Mauro Masson Lerco / FMB-UNESP; Walmar Kerche de Oliveira / FMB-UNESP; Rodrigo Severo de Camargo Pereira / FMB-UNESP. Resumo O câncer do esôfago (CE) é o tumor mais agressivo que acomete o trato gastrointestinal, tendo em vista a idade avançada de seus GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 portadores aliada aos distúrbios nutricionais decorrentes da obstrução esofágica que impossibilita a ingestão alimentar. Além disso o diagnóstico é realizado, em geral, em fase tardia, predispondo ao aparecimento de metástases linfonodais e em órgãos à distância. O objetivo deste trabalho é analisar a sobrevida de pacientes com câncer avançado do esôfago, relacionando-a aos seguinte fatores: índice prognóstico de Glasgow (IPG), índice de massa corporal (IMC), porcentagem de perda ponderal (%PP) e tamanho do tumor. Casuística e método: Foram estudados 47 pacientes com carcinoma espino celular do esôfago (estádios III e IV), sendo 45 homens (95,6%), com idades variando entre 38 e 61 anos (média: 60,56 anos). As dosagens séricas de albumina (alb) e proteína C reativa (PCR) permitiram classificar os pacientes nos scores zero (alb e PCR dentro da normalidade), 1 (alb ou PCR com valores anormais) e 2 (alb e PCR alterados). Resultados: Nos pacientes com Índice Prognóstico de Glasgow igual a zero a sobrevida média foi de 20,57 ± 8,84 meses; naqueles com scores 1 e 2 as sobrevidas foram de 8,86 ± 5,56 e 3,43 ± 2,70 meses (p<0,0011). Os valores médios dos fatores IMC, %PP e tamanho do tumor foram de 20,07 ± 4,91 kg/m2 de superfície corporal; 18,30 ± 9,54% e 6,66 ± 2,65cm, respectivamente. A análise estatística (teste de Spearman) demonstrou que não existe correlação entre a sobrevida dos pacientes e os 3 parâmetros citados. Os autores concluem que dos 4 fatores analisados apenas o IPG mostrou correlação com a sobrevida, constituindo excelente parâmetro de avaliação do prognóstico, baseado em análises séricas Objetivo: Caracterizar os fatores associados a morbimortalidade dos pacientes submetidos a ressecção local ampliada para tratamento do câncer gástrico avançado no Grupo do Estômago do HC-FMUSP. Casuística: Entre 1971 e 2014, 240 pacientes foram submetidos a gastrectomia ampliada com ressecção de outros órgãos por invasão direta ou por necessidade de linfadenectomia. Métodos: Revisão retrospectiva de dados de prontuário coletados prospectivamente. Incluídos os pacientes submetidos à gastrectomia com ressecção de outro órgão por invasão da neoplasia ou linfadenectomia extendida. Resultados: a média de idade foi de 62,5 anos no diagnóstico, 27% dos pacientes eram do sexo feminino. Dos 240 pacientes, 201 (84%) foram submetidos a Gastrectomia Total, 36 (15%) a Gastrectomia Subtotal e 4 (2%) a Esofagectomia Subtotal com Gastrectomia Parcial. Esplenectomia foi realizada como procedimento associado em 79% dos casos, pancreatectomia em 32%, Colecistectomia em 16%, Colectomia segmentar em 5,4% e hepatectomia não regrada em 4,6%. Todos os pacientes foram submetidos à linfadenectomia, sendo 92% D2 e 8% D3, com presença de metástases linfonodais em 28% dos pacientes. A mortalidade em 30 dias foi de 7,1% e a incidência de complicações pós-operatórias foi de 36%. A despeito de recidiva de 29,6%, a sobrevida global em 5 anos foi de 32%. Conclusão: É possível alcançar sobrevida a longo prazo com ressecção R0 no câncer gástrico localmente avançado. A ressecção de órgãos adjacentes acarreta maior morbimortalidade e por isso a decisão de um procedimento de maior porte deve ser individualizada. da albumina e Proteína C Reativa, ambos de fácil obtenção. MORBIMORTALIDADE DA RESSECÇÃO LOCAL AMPLIADA NO CÂNCER GÁSTRICO AVANÇADO Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Carlos Eduardo Jacob / HC-FMUSP; Amir Zeid Charruf / HC-FMUSP; Rodrigo José de Oliveira / HCFMUSP; Anna Carolina Batista Dantas / HC-FMUSP; André Roncon Dias / HC-FMUSP; Leandro Cardozo Barchi / HCFMUSP; Cláudio José Caldas Bresciani / HC-FMUSP; Bruno Zilberstein / HC-FMUSP. Resumo RESULTADOS CIRÚRGICOS DE PACIENTES SUBMETIDOS A GASTRECTOMIAS COM LINFADENECTOMIA D1 POR CONDIÇÕES CLÍNICAS DESFAVORÁVEIS. Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Marcus Fernando Kodama Pertille Ramos / ICESP; André Fonseca Duarte / ICESP; Rodrigo José de Oliveira / ICESP; André Roncon Dias / ICESP; Osmar Kenji Yagi / ICESP; Ulysses Ribeiro Junior / ICESP; Bruno Zilberstein / ICESP; Ivan Cecconello / ICESP. Resumo Introdução: No câncer gástrico avançado com acometimento por contiguidade de órgãos adjacentes, a ressecção ampliada é necessária para alcançar radicalidade oncológica. O benefício da ressecção ampliada é questionado na literatura devido a maior morbimortalidade sem benefício evidente na sobrevida global. Introdução: As comorbidades clínicas dos pacientes com neoplasia gástrica frequentemente comprometem o sucesso do tratamento e, por vezes, são impeditivas para o prosseguimento da melhor estratégia terapêutica. O aumento do número de pa- GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 53 A nais cientes idosos com câncer gástrico aliado a alta prevalência de comorbidades agregam maior complexidade com necessidade de individualização na decisão da extensão da linfadenectomia. O objetivo do nosso estudo é avaliar o resultado cirúrgico imediato de pacientes submetidos à linfadenectomia D1 por condições clínicas desfavoráveis. Método: Estudo transversal descritivo de pacientes submetidos à gastrectomia com linfadenectomia D1 por neoplasia de estômago e presença de múltiplas comorbidades e/ou idade avançada no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) entre novembro de 2011 e junho de 2014. As variáveis analisadas foram idade na cirurgia, comorbidades e índices de performance status. Os desfechos avaliados foram complicações cirúrgicas, números de linfonodos e óbitos durante internação e após alta. Resultados: Dos 30 pacientes que foram analisados 18 pacientes são do sexo masculino (60%). A média da idade na cirurgia foi de 71,3 anos, variando de 41 a 95 anos. Em relação às comorbidades 8 (26%) pacientes apresen54 tavam antecedente de IAM, 6 (20%) doença cerebrovascular e 1 (3,3%) hemiparesia ( acidente vascular). O KPS variou entre 50 e 100 e foi maior e igual a 80 em 20 pacientes (66,67%). ECOG menor ou igual a 1 foi encontrado em 21 pacientes (70%). Metade dos doentes eram ASA II e a outra metade ASA III. Foram realizadas 9 gastrectomias totais e 21 subtotais. A média de dias de internação nas gastrectomias totais foi de 13,3 dias, enquanto nas gastrectomias subtotais 12,2 dias. A média do tempo de seguimento dos pacientes foi 17 meses. Na última reavaliação, 21 (70%) pacientes apresentavam-se sem evidência de doença, houve apenas 1 (3,33%) caso de recidiva e 8 (26%) evoluíram para óbito. Desses, em cinco (16,67%) o óbito ocorreu na internação da cirurgia. Apenas um óbito foi relacionado diretamente a complicação cirúrgica por brida precoce com necessidade de duas outras abordagens. Os sete restantes apresentaram descompensação clínica como fatores desencadeantes do óbito. Conclusão: Pacientes analisados apresentaram alta taxa mortalidade perioperatória às custas da deteriorização clínica de suas doenças de bases e apenas houve 1 caso de recidiva detectado da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Monteiro da Cunha / FMUSP; Ana MAria Mendonça Coelho / FMUSP; Sandra N.Sampietre / FMUSP; Helena Bonciani Nader / UNIFESP; Ivarne L.S. Tersariol / UNIFESP; Eleazar Chaib / FMUSP; Luiz a Carneiro D’Albuquerque / FMUSP. Resumo Introdução: O fenômeno da isquemia e reperfusão (I/R) em órgãos leva ao dano tecidual sendo a elevação do cálcio intracitoplasmático um fator determinante na morte celular. O trocador sódio-cálcio (NCX) regula a saída do cálcio intracitoplasmático para o meio extracelular e o fragmento de heparina Dissacarídeo Trissulfatado (DT), com peso molecular 585 daltons e sem efeito nos mecanismos de coagulação, atua sobre o NCX no sítio denominado peptídeo inibidor de troca (XIP), aumentado esta saída do cálcio com possíveis efeitos na diminuição da morte celular. Objetivo: Avaliar os efeitos do DT na lesão hepática determinada por I/R. Métodos: Ratos Wistar submetidos à isquemia hepática parcial através do clampeamento do pedículo hepático comum dos lobos mediano e lateral por 60 minutos e reperfusão por 4 horas foram divididos em 3 grupos: Controle (n=12), com manipulação cirúrgica sem indução de isquemia; Salina (n=12): ratos recebendo salina intravenosa (IV) 0,4 ml 10 minutos antes da reperfusão; e DT(n=12), ratos recebendo 0,4 ml de DT 0,2mg/kg 10 minutos antes da reperfusão. Após 4 horas de reperfusão, foram determinados no soro aspartato transaminase (AST), alanina transaminase (ALT), fator de necrose tumoral (TNF alfa), interleucinas 6 e 10 (IL 6 e IL10). No tecido hepático, a peroxidação lipídica foi avaliada através da determinação do malondialdeído (MDA) e a função mitocondrial analisada. Resultados: Os níveis de AST, ALT, citocinas, MDA e a disfunção mitocondrial foram menores no Grupo tratado com DT quando comparados com os animais do grupo salina. Conclusão: O DT diminui a lesão celular, preservando a função mitocondrial, aumentando a tolerância hepática à lesão provocada pela I/R, possivelmente por sua atuação na dinâmica do cálcio nas situações de sobrecarga deste íon decorrentes do processo de isquemia/reperfusão. no segmento a despeito da linfadenectomia reduzida. O EFEITO PROTETOR CELULAR DO DISSACARÍDEO TRISSULFATADO NA LESÃO HEPÁTICA INDUZIDA POR ISQUEMIA E REPERFUSÃO Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Ênio Rodrigues Vasques / FMUSP; José Eduardo EVOLUÇÃO PÓS-OPERATÓRIA TARDIA DE OBESOS GRAVES SUBMETIDOS À GASTROPLASTIA COM DERIVAÇÃO EM DE ROUXANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS ENTEROHORMÔNIOS NO REGANHO DE PESO GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Marco Aurelio Santo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica HC-FMUSP.; Daniel Riccioppo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica HC-FMUSP.; Denis Pajecki / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica HCFMUSP.; Henrique Joaquim / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica HC-FMUSP; Roberto de Cleva / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica HC-FMUSP; Leila Antonangelo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica HC-FMUSP; Lia Marçal / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica HC-FMUSP; Ivan Cecconello / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica HC-FMUSP. Resumo em 2 Grupos conforme percentagem da Perda do Excesso de Peso (%PEP ): Grupo a (n=14) com evolução satisfatória, com %PEP superior a 50% quando atingido o peso mínimo e com manutenção de mais de 50% de peso perdido e Grupo B (n=10) com evolução insatisfatória, com reganho expressivo de peso após sucesso inicial, com manutenção de menos de 50% de peso perdido (relação entre a %PEP atual e %PEP do peso mínimo menor ou igual a 50%). Foi avaliado o perfil de secreção enterohormonal através dos níveis séricos basais em jejum, e após refeição padronizada, de Grelina, GIP, GLP-1 e Leptina, e curva em 30, 60, 90 e 120 minutos. Resultados: Não houve diferença no perfil de secreção de grelina. Houve diferença no perfil de secreção de GIP, com elevação percentual em 30 minutos Introdução: A gastroplastia redutora com derivação em Y de Roux (GDYR) é a operação mais realizada para tratamento cirúrgico da obesidade grave. Uma das principais preocupações no seguimento tardio dos pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico é o reganho substancial de peso, caracterizando o insucesso. como melhor entendimento do papel dos enterohormônios na determinação da perda de peso, assume grande relevância a análise da secreção enterohormonal de pacientes que reganharam peso após sucesso inicial com a GDYR. Objetivo: Avaliar a influência da secreção de enterohormônios e adipocinas, em período pós-operatório tardio de GDYR, comparando a secreção pós-prandial de Grelina, GIP, GLP-1 e Leptina entre pacientes com reganho de peso e com evolução ponderal satisfatória. Método: Vinte e quatro pacientes com seguimento pós-operatório de 27 a 59 meses foram divididos em relação ao nível basal no Grupo a (330%) em maior grau do que no Grupo B (192,2%) (p = 0,01). Houve diferença no perfil de secreção de GLP-1, com elevação em valores absolutos ( p = 0,03) e percentual em 30 minutos em relação ao nível basal no GRUPO a (124%) em maior grau do que no Grupo b (46,5%) (p=0,01). Houve diferença estatística entre os valores absolutos basais de leptina, com níveis mais elevados no Grupo b (p=0,02). Conclusões: O perfil de secreção enterohormonal dos pacientes com reganho de peso após GDYR é diferente dos pacientes com controle de peso satisfatório. Após estímulo com refeição, níveis reduzidos de GIP e GLP-1 podem indicar influência no processo de reganho de peso. O perfil de secreção de grelina foi semelhante, sendo que a leptina revela maior acúmulo de gordura no grupo que reganhou peso. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 55 Anais da XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo Proceedings of XIII Brazilian Week of Digestive - CBCD – VÍDEO ASSOCIAÇÃO DE VIDEOLAPAROSCOPIA COM MICROCIRURGIA ENDOSCÓPICA TRANSANAL (TAMIS) PARA RESSECÇÃO DE ADENOCARCINOMA DE RETO MÉDIO – RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Cólon 56 Autores: Luis Fernando Mariano Rodrigues / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Patricia Maria B. Cavalcanti / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Juliana portella Fontana / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Fabio Alves Soares / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Calil Abud Neto / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Leonardo de Mota Seixas / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Danielle Talamonte / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF. CORPÓREA Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Diego Fernandes Maia Soares / FMUSP; Carlos Frederico Sparapan Marques / FMUSP; Rodrigo Ambar Pinto / FMUSP; Caio Sérgio Rizkallah Nahas / FMUSP; Sérgio Carlos Nahas / FMUSP. Resumo Este vídeo tem como objetivo mostrar o tratamento de uma paciente com neoplasia de cólon transverso sendo submetida a colectomia direita ampliada vídeo laparoscópica com anastomose intra corpórea. Detalhando a técnica e discutindo benefícios deste método. O vídeo demonstra a história clínica passando pelo diagnóstico ate o tratamento cirúrgico. O caso é de uma paciente sexo feminino de 65 anos com história de alteração do hábito intestinal e dor abdominal nos últimos 6 meses. comantecedente de cesárea e colecistectomia e IMC de 37. Que na investigação realizou colonoscopia que mostrou lesão em cólon transverso de 6 cm extensão ocupando toda luz do órgão. Paciente foi submetida à colectomia direita ampliada VLP Resumo com anastomose intra corpórea. Foi realizada ligadura dos vasos Paciente do sexo feminino de 61 anos, com relato de hematoquezia importante há cerca de 1 mês. Ao exame, apresentava tumor palpável em região no reto. Foi realizada videocolonoscopia que demonstrou lesão circunferencial no reto ocupando cerca de 60% da luz do órgão a 7cm da margem anal e histopatológico demostrou adenocarcinoma. Ultrassonografia retal tridimensional sugeria lesão uT3N1. Foram realizadas quimioterapia e radioterapia neoadjuvantes. A abordagem cirúrgica foi realizada por via videolaparoscópica para liberação do cólon transverso e descendente e microcirurgia transanal com uso do dispositivo do tipo “single port” (SILS®), sendo completamente ressecada a lesão do reto com toda gordura perirretal om retirada da peça por via anal. Foi realizada anastomose colo-anal com o uso do grampeador EEA®. Foi confeccionado estoma protetor. O procedi- ileocecoapendicocólico na origem e ligadura dos vasos da cólica médica devido a linfonodos no mesocólon. Realizado anastomose latero lateral mecânica isoperistáltica com grampeador de 60 mm e fechamento dos orifícios de passagem do grampeador em dois planos de sutura continua. Peça retirada por incisão de Pfannestiel. Procedimento sem intercorrências com duração de 200 min sem necessidade de uso de drogas vaso ativa ou transfusão de hemoderivados. Encaminhado a enfermaria no pós-operatório recebendo alta no 5 PO. A colectomia direita VLP e um procedimento padronizado. Atualmente esta ocorrendo mudança na confecção da anastomose. A maioria dos cirurgiões realiza pequena incisão mediana para realização de anastomose extra corpórea. Esta pratica está sendo substituída pela confecção de anastomose intra corpórea. mento ocorreu sem intercorrências e seguida de ótima recuperação Este modo de realizar anastomose tem como limitação a experiência da paciente, que recebeu alta do sétimo DPO. do cirurgião no manuseio de grampeadores e sutura laparoscópicos além do custo dos materiais. No entanto os benefícios são muitos: menor índice de hérnia incisional, menor índice de infecção de ferida COLECTOMIA DIREITA AMPLIADA VLP COM ANASTOMOSE INTRA operatória e menos dor no pós-operatório além de melhor efeito cosmético. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 RESSECÇÃO VIDEOLAPAROSCÓPICA DE CISTO BRONCOGÊNICO – RELATO VIDEOGRÁFICO REALIZADO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO (UFRJ) Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Delta Madureira Filho / UFRJ; Fernando Ponce Leon / UFRJ; Isadora Morone Pereira / UFRJ; Amanda Jordão Arraes / UFRJ; Betina Carla Bertrand Simões / UFRJ; Thais Leiros Kleinsorgen Mota / UFRJ. Resumo foi satisfatório, com melhora dos sintomas compressivos e alta concedida no quinto dia após a cirurgia. RETOSSIGMOIDECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA ASSOCIADA À MICROCIRURGIA ENDOSCÓPICA TRANSANAL (TAMIS) EM TEMPO ÚNICO NO TRATAMENTO DE TUMORES COLORRETAIS SINCRÔNICOS – RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Cólon Objetivo: Demonstrar ressecção cirúrgica videolaparoscópica de cisto justa-esofagiano em paciente jovem, sem comorbidades, com queixas de disfagia para sólidos e dor epigástrica há 3 anos, apresentando em tomografia computadorizada de abdômen, ressonância magnética nuclear de abdomen e ultrassonografia endoscópica lesão cística de 4,4 x 3,5 cm em íntimo contato com esôfago distal sugestiva de cisto de duplicação esofagiano. Métodos: Paciente posicionado em decúbito dorsal. Confecção de pneumoperitôneo pela técnica aberta e inserção de trocarteres sob visualização direta. Utilizada energia monopolar e bipolar com bioimpedância. Resultados: Durante a cirurgia foi encontrada lesão cística aderida a terço inferior de esôfago com superfície lisa, arredondada e plano posterior bem aderido ao esôfago. Feita Autores: Luis Fernando Mariano Rodrigues / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Patricia Maria B. Cavalcanti / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Juliana portella Fontana / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Fabio Alves Soares / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Calil Abud Neto / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Leonardo de Mota Seixas / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Danielle Talamonte / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF. Resumo ressecção completa do cisto deixando área de mucosa esofagiana Paciente do sexo feminino de 80 anos, com relato de constipação exposta. Interior do cisto de conteúdo mucoso. Realizado teste recente e progressiva, associada à mucorreia, hematoquezia com azul de metileno, através de sonda de Fouchet previamente importante e prolapso anal volumoso, manualmente redutível, há inserida, sem extravasamento do mesmo. Confeccionada fundo- cerca de dois anos. Ao exame, apresentava protrusão de volumoso plicatura anterior à 180°. O Material do cisto foi enviado para aná- lesão móvel, multilobulada e friável à manobra evacuatória, lise citopatológica com resultado de cisto esofagiano porém não manualmente redutível. Ao toque, tal lesão estendia-se por toda podendo afastar cisto de inclusão ou cisto de desenvolvimento a hemicircunferência retal posterior, acometendo retos inferior (cisto broncogênico). Histopatológico da cápsula do cisto confir- e médio, com mobilidade ao toque e consistência macia. Foi mou tratar-se de cisto broncogênico. Conclusão: Inicialmente, realizada videocolonoscopia que demonstrou lesão de mesmas pela topografia, aspecto radiológico e quadro clínico a hipótese características, extendendo-se até pouco acima da primeira válvula diagnóstica principal havia sido cisto de duplicação esofagiana. de Houston (cujo exame histopatológico mostrava adenoma tubular porém, a análise histopatológica evidenciou que a lesão tratava- de baixo grau). Em cólon sigmóide, havia também lesão estenosante, -se de um cisto broncogênico. A distinção entre cisto esofagiano com histopatológico demonstrando adenocarcinoma invasor e broncogênico costuma ser difícil e ambos apresentam a mesma moderadamente diferenciado. Ultrassonografia retal tridimensional origem embriológica, sendo ambos derivados do intestino anterior sugeria lesão uT1N0. Foi realizada microcirurgia transanal com uso primitivo. Alguns autores os classificam como cistos enterogênicos do dispositivo do tipo “single port” (SILS®), sendo completamente e o tratamento para ambos é a ressecção cirúrgica, mesmo em ressecada a lesão distal. No entanto, não foi possível o fechamento da casos assintomáticos. A evolução pós operatória costuma ter bom área cruenta pós-ressecção sem que houvesse tensão. A lesão em prognóstico. No caso da paciente em questão, o pós-operatório sigmóide foi foi tratada com retossigmoidectomia videolaparoscópica GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 57 A nais de padrão oncológico no mesmo tempo cirúrgico, com anastomose colorretal por duplo-grampeamento, acima da área cruenta prévia. Optou-se por não realizar estoma protetor. O procedimento ocorreu sem intercorrências e seguida de ótima recuperação da paciente, que recebeu alta do sétimo DPO. ESOFAGECTOMIA TORACOSCOPICA E LAPAROSCÓPICA NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DO MEGAESÔFAGO AVANÇADO Temário: Cirurgia / Esôfago 58 Autores: Bruno Zilberstein / Gastromed / Instituto Zilberstein; Maurice Youssef Franciss / Gastromed / Instituto Zilberstein; Guilherme Tommasi Kappaz / Gastromed / Instituto Zilberstein; Leandro Cardoso Barchi / Gastromed / Instituto Zilberstein; Ricardo Naegele Staffa / Gastromed / Instituto Zilberstein; Renato Ribeiro de Araujo Pereira / Gastromed / Instituto Zilberstein; Edison Dias Rodrigues FIlho / Gastromed / Instituto Zilberstein; Cely Melo da Costa Bussons / Gastromed / Instituto Zillberstein. Resumo Introdução: No tratamento do megaesôfago avançado uma das técnicas preconizadas é a esofagectomia com reconstrução do transito intestinal através de gastroplastia. Este procedimento tem sido largamente empregado principalmente nos casos em que existe dolico megaesôfago com aperistalse total e perda do eixo vertical do esôfago. O vídeo apresentado procura demostrar os passos técnicos do acesso minimamente invasivo na esofagectomia com gastroplastia para tratamento do megaesôfago avançado. são detalhados os tempos da toracoscopia para liberação do esôfago e os detalhes técnicos na reconstrução da gastroplastia por laparoscopia. Relato do caso: Paciente AGB, 48 anos , com disfagia progressiva há 5 anos para sólidos e pastosos. EDA evidenciava presença de grande quantidade de resíduos alimentares em esôfago sem alterações no estômago, EED evidencia dolicomegaesôfago com perda da verticalidade e grande dilatação do órgão (megaesôfago Grau IV), manometria esofágica com aperistalse do corpo e hipertonia do esfíncter esofágico inferior e sorologias para doença de Chagas negativa. O Paciente foi submetido à esofagectomia subtotal por toracoscopia em posição prona seguido de laparoscopia com confecção de tubo gástrico preservando grande curvatura pediculado pela A. Gástrica D e Gastroepiplóica D. A anastomose esôfago gástrica cervical foi realizada através de sutura mecânica da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo circular terminal do esôfago e lateral no tubo gástrico. Foi realizada a drenagem das cavidades torácica direita, abdominal e região cervical. Paciente recebeu dieta enteral no segundo P.O. com necessidade de morfina para analgesia até terceiro P.O. Internação em UTI até 2 P.O. 10 P.o realizado EED e teste de azul de metileno, s/ vazamentos e com tubo gástrico de bom aspecto. Iniciou-se dieta líquida 11 P.O , com alta hospitalar no 13 P.O. no 45 P.O aceitou dieta geral s/ disfagia, atualmente sem queixas. HIATOPLASTIA COM FIXAÇÃO DE PERICARDIO BOVINO E FUNDOPLICATURA A NISSEM, ASSOCIADO À DILATAÇÃO INTRAOPERATÓRIA DE ESTENOSE PÉPTICA, EM PACIENTE COM ESTENOSE PÉPTICA E ESÔFAGO CURTO Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Amir Zeide Charruf / Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo - FMUSP; Edno Tales Bianchi / Hospital das Clínicas de São Paulo- FMUSP; Filippe Moura de Gouvea / Hospital das Clínicas de São Paulo- FMUSP; Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro / Hospital das Clínicas de São Paulo- FMUSP; sergio Szachnowicz / Hospital das Clínicas de São Paulo- FMUSP; Julio Rafael Mariano da Rocha / Hospital das Clínicas de São Paulo- FMUSP; Rubens Antonio Aissar Sallum / Hospital das Clínicas de São PauloFMUSP; Ivan Cecconello / Hospital das Clínicas de São Paulo- FMUSP. Resumo Introdução: A Doença do Refluxo Gastro Esofágico (DRGE) está em ascensão nos paises ocidentais, acometendo quase 20% da população no EUA, sendo o distúrbio gastro intestinal mais comum. Complicações da DRGE podem ser malignas ou benignas. As complicações benignas incluem esofagite erosiva, sangramento e estenose péptica. Lesões pré malignas incluem metaplasia de Barret, e Câncer de Esôfago. Relato de caso: Paciente de 63 anos, com queixa de pirose e regurgitação há 20 anos, com uso de bicarbonato de sódio para alivio dos sintomas. Evolui com disfagia progressiva, inicialmente para sólidos e posteriormente para líquidos e emagrecimento de 20 kg, em 1 anos. Realizou EDA com diagnóstico de estenose péptica há 25 cm da ADS seguido de área de esôfago de barret de 7 cm, sendo realizada dilatação esofágica. Realizou também EED com volumosa hérnia hiatal por GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 deslizamento. Submetido à correção de hérnia hiatal volumosa, com necessidade de nova dilatação esofágica com sonda de Savary-Gilliard intraoperatória, fixação de pericárdio bovino e fundoplicatura a Nissem. Evolui no pós-operatório de maneira satisfatória recebendo alta hospitalar no 3ºPO, em acompanhamento ambulatorial sem evidencia de retorno de Refluxo esofágico e recidiva de estenose. Discussão: O tratamento cirúrgico da DRGE muitas vezes aparece como única forma de tratamento de DRGE grave em hérnias hiatais volumosas, sendo a interrupção do refluxo a melhor forma de diminuir o risco de progressão de complicações como estenose e Barret. Para correta correção de hérnias hiatais em esôfago curto, demonstramos a necessidade de dissecção saco herniário com ressecção do mesmo, e dissecção extensa de esôfago, para correto posicionamento do órgão em região intra abdominal, assim podendo realizar de forma adequada uma fundoplicatura. LINFADENECTOMIA PARATRAQUEAL E RECORRENCIAL EM CÂNCER ESOFÁGICO: DESCRIÇÃO DA TÉCNICA Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Flavio Roberto Takeda / HCFMUSP; RUBENS Antônio Aissar Sallum / Hcfmusp; Anna Carolina Batista Dantas / HCFMUSP; Daniel Reis Waisberg / HCFMUSP; Ernesto Sasaki Imakuma / HCFMUSP; Julio Rafael Mariano da Rocha / HCFMUSP; Ulysses Ribeiro Júnior / HCFMUSP; Ivan Cecconello / HCFMUSP. nessas áreas fibróticas. Discussão: Dos 80 procedimentos, foi necessária conversão para o procedimento aberto em 1 caso devido a fibrose intensa. Não ocorreram óbitos. A linfadenectomia paratraqueal e recorrencial parace ser viável e efetiva em casos selecionados. OPERAÇÃO DE MERENDINO POR VIA LAPAROSCÓPICA PARA TRATAMENTO DE ADENOCARCINOMA DE CARDIA SIEWERT II Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Bruno Zilberstein / Gastromed / Instituto Zilberstein; Fernando Furlan Nunes / Gastromed / Instituto Zilberstein; Leandro Cardoso Barchi / Gastromed / Instituto Zilberstein; Maurice Youssef Franciss / Gastromed / Instituto Zilberstein; Guilherme Tommasi Kappaz / Gastromed / Instituto Zilberstein; Renato Ribeiro de Araujo Pereira / Gastromed / Instituto Zilberstein; Ricardo Naegele Staffa / Gastromed / Instituto Zilberstein; Edison Dias Rodrigues Filho / Gastromed / Instituto Zilberstein. Resumo Introdução: O tratamento cirúrgico do adenocarcinoma da cardia é indicado de acordo com a localização e pode ser feito através da esofagectomia distal associada a gastrectomia total, no tipo III de Siewert, esofagectomia transhiatal ou transtoracica Resumo no tipo I, esofagectomia distal e gastrectomia proximal nos tumores precoces tipo II ou ainda esofagogastrectomia total nos Introdução: Um dos passos tecnicamente mais complexos no tratamento cirúrgico do câncer esofágico é a linfadenectomia para-traqueal e recorrencial na esofagectomia após quimioradioterapia. Pacientes com tumores localmente avançados, mas com boa resposta à neoadjuvancia e bom performance status, apresentam a melhor indicação para esse procedimento. Entretanto, a dissecção local é tecnicamente trabalhosa em virtude dos efeitos tardios da radioterapia. Métodos: Após a realização de 80 casos de esofagectomia com videotoracoscopia com linfadenectomia em câncer esfofagico (com ou sem neoadjuvância), os autores apresentam demonstram os principais passos da linfadenectomia paratraqueal e recorrencial. Resultados: Este vídeo apresenta os principais passos técnicos da linfadenectomia paratraqueal e recorrencial, bem como sua limitações e dificuldades. Além disso, mostram- se estratégias utilizadas em cirurgia minimamente invasiva para uma dissecção segura muito avançados. Particularmente nos casos de ressecções limitadas, pode-se indicar a interposição de alça jejunal entre esôfago e estomago ou seja operação de Merendino na reconstrução do transito. Neste vídeo são demonstrados os passos técnicos da operação de Merendino no tratamento do AC, T1A, Siewert II, por via laparoscópica. Visualiza-se os tempos cirúrgicos da ressecção do esôfago distal e estômago proximal bem como a interposição jejunal e a reconstrução do trânsito digestivo. O vídeo é enriquecido com desenhos didáticos. Conclusão: A Operação de Merendino é uma opção factível no tratamento do AC, precoce. A via laparoscópica pode ser empregada, levando em consideração os benefícios do método minimamente invasivo. TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCÓPICO GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 59 A nais DE FÍSTULA ESOFAGOGÁSTRICA EM FUNDOPLICATURA Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Flávio Hiroshi Ananias Morita / ICHC-FMUSP; Edno Tales Bianchi / ICHC - FMUSP; Angela Marinho Falcão / ICHC-FMUSP; Sérgio Szachnowicz / ICHC-FMUSP; Ary Nasi / ICHC-FMUSP; Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura / ICHC-FMUSP; Rubens Antonio Aissar Sallum / ICHC-FMUSP; Ivan Cecconello / ICHC-FMUSP. XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Emmanuel Conrado Sousa / UESC; Mayana Oliveira Soares Vieira / SCMI. Resumo Esta técnica foi idealizada com objetivo de tornar mais simples e segura a realização da gastrostomia. Paciente com obstrução esofágica por neoplasia avançada. A anestesia é geral, colocado Resumo em posição de DDH com mmii afastados e cirurgião se posiciona Paciente de 48 anos, sexo masculino, con história de rouquidão pacientes é permitir um estadiamento abdominal da neoplasia. O entre as pernas do paciente. Uma das vantagens da VDL nestes há 14 anos, em investigação diagnosticado doença do refluxo gastroesofágico. Há 11 anos submetido à hiatoplastia e fundoplicatura 60 da procedimento tem início com a colocação dos portais, umbilical para câmera, flanco esquerdo e hipoc. dir, todos de 10mm. Nissen com melhora parcial dos sintomas. Há 6 anos evoluiu com Inialmente uma inspeção cuidadosa do estômago identificando piora da rouquidão e dispnéia progressiva, diagnosticado estenose alguns pontos de referência, piloro, distribuição dos vasos na de traquéia por recidiva do refluxo. Exames de imagem evidenciaram pequena curvatura/incisura angularis, marcando antro e transição fístula entre o esôfago e o fundo gástrico da válvula. Tentado tratamento com o corpo. A escolha do ponto para exteriorização da sonda endoscópico com surgisis e clipes sem sucesso. Videodeglutograma em corpo distal, verificamos a mobilidade gástrica até a parede evidenciando o trajeto fistuloso entre o esôfago distal e o fundo abdominal e marcamos o ponto com uso do termocautério, ao gástrico na região da fundoplicatura. Nota-se também ao realizar a mesmo tempo que marcamos ponto na pele para exteriorização manobra para pesquisa de refluxo, a presença do mesmo através da da sonda. Aproximadamente 05 cm distalmente em antro, incisão fístula. Endoscopia digestiva alta mostrando o orifício fistuloso através seccionando serosa e muscular inicialmente, sempre fazendo do esôfago. Tentativa de tratamento com surgisis plug. Realizado no hemostasia cuidadosa, tração da submucosa, cauterização dos mesmo ato anestésico dilatação da estenose de traquéia através vasos e abertura do estômago. Escolha do ponto de exteriorização de laringoscopia de suspensão. Passagem de cânula orotraqueal na pele já foi realizada anteriormente e punção para passagem número 7 através da mesma. Realizado as mesmas punções para do fio guia.Introdução de pinça delicada através da incisão do técnica habitual de cirurgia para doença do refluxo (Torarte de 10mm antro e exteriorização no ponto marcado em corpo gástrico. supra-umbilical esquerdo, 5mm em flancos direito e esquerdo e Apreensão do fio e tração do mesmo até retirada da cavidade epigastrio, 11mm em hipocôndrio esquerdo). Liberação do fundo abdominal através do trocater em hipoc. esq. Conexão do fio guia gástrico. Liberação da válvula. Dissecção do hiato e isolamento dos com sonda de gastrostomia e tração percutânea sob visão direta pilares e esôfago com certa dificuldade devido a aderências (pilar- da VDL até entrada completa da sonda no estomago e fixação válvula, pilar-esôfago). Desfeita fundoplicatura e isolamento da fístula. do mesmo na parede abdominal. Sutura da incisão antral com Endoscopia digestiva alta intra-operatória para confirmar a localização pontos separados.A incisão é pequena, normalmente com dois exata da fístula. Grampeamento com carga roxa da fístula e liberação pontos o fechamento é realizado.Não há necessidade de bolsa completa do fundo gástrico. Liberação das aderências entre o pilar ou túnel, recomendados na técnica de Stamm e Witzel.Infusão de diafragmático direito e o fígado. Hiatoplastia com 2 pontos em X de SF e conformação da ausência de vazamento.Finalmente tração algodão 2.0; Reconfecção da válvula com algodão 2.0 – primeiro do dispositivo da pele sob visão direta com boa aproximação ponto gastro-gastrico e restante gastro-esôfago-gastrico. Bom da parede gástrica do peritoneo parietal anterior e colocação aspecto final. dos elementos de alimentação, trava e fixação com término do procedimento. GASTROSTOMIA POR VIDEOLAPAROSCOPIA COM RECURSOS DA ENDOSCOPIA RESSECÇÃO DE ADENOCARCINOMA GÁSTRICO GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 POR VIDEOLAPAROSCOPIA NO ESTÔMAGO EXCLUSO APÓS BYPASS Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Augusto Tinoco, Renam Tinoco, Stephany Roman Farfan, Vinicius Dias / Hospital são Jose do Avaí. O histopatológico evidencio adenocarcinoma gástrico com invasão a quatro linfonodos ressecados. Paciente enviada a QT adjuvante. ALLPS: COMO OPERAR E SELECIONAR OS PACIENTES Resumo O adenocarcinoma gástrico constitui uma das mais frequentes malignidades a nível mundial (90%) e revela-se a segunda causa de mortalidade por câncer. Nesse contexto, o Brasil aparece como um dos países considerados de alta incidência, principalmente nas regiões sudeste e nordeste. No início do diagnóstico, a patologia apresenta nenhuns ou poucos sintomas, sendo as expressões clínicas não específicas. O adenocarcinoma gástrico no estômago excluso após by-pass gástrico é muito raro, porém existem alguns casos descritos. O difícil acesso ao estômago excluso dificulta e retarda o seu diagnóstico. Apresentamos paciente do sexo feminino, branca, de 56 anos, que foi submetida à gastroplastia redutora em Y de Roux associada à colecistectomia, há 10 anos. Quadro clínico de dois meses de evolução, caracterizado por: náuseas e dor abdominal, tipo cólica em flanco esquerdo. Nega êmese e relata ter procurado atendimento médico sem sucesso. Ao exame físico abdominal: peristalse presente, dor intensa à palpação superficial e profunda, distensão abdominal em flanco esquerdo e timpanismo à percussão, eliminando flatos e, fezes melénicas nos últimos dois dias. História social: tabagista há trinta anos, um maço e meio/dia, nega etilismo. Alimentação segundo orientação da nutricionista. Realizada tomografia abdominal, observa-se: distensão de estômago excluso, provável edema de parede pré-pilórica, resto sem particular. A paciente foi encaminhada à laparoscopia, com hipótese diagnóstica de obstrução intestinal alta por hérnia interna, já que há 10 anos não era realizado o fechamento de mesos como rotina. No intraoperatório foi evidenciado: distensão gástrica e lesão endurecida em região antro-pilórica, sem presença de hérnia interna ou sofrimento de alças. Foi realizado gastrostomia com o objetivo de melhorar o quadro clínico inicial e elucidação diagnóstica. Após três dias, foi realizada nova tomografia computadorizada com contraste venoso e, pela gastrostomia, evidenciou presença de lesão tumoral em antro gástrico sem provável metástase à distância. Programada segunda intervenção cirúrgica após sete dias, na qual a conduta realizada feito gastrectomia total e omentectomia com esvaziamento ganglionar. Pós-operatório sem intercorrência. Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Vagner Birk Jeismann / FMUSP; Jaime Arthur Pirola Kruger / FMUSP; Fabrício Ferreira Coelho / FMUSP; Raphael Leonardo Cunha de Araújo / FMUSP; Gilton Marques Fonseca / FMUSP; Fabio Ferrari Makdissi / FMUSP; Paulo Herman / FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP. Resumo Introdução: A associação da ligadura da veia porta com transecção hepática (ALLPS) surgiu recentemente como alternativa para se evitar a insuficiência hepática pós-hepatectomia. A experiência mundial tem crescido, porém, o método permanece controverso. Objetivo: Demostrar a estratégia de ALLPS empregada em paciente portador de múltiplas metástases hepáticas, bem como expor nossa experiência inicial com 7 casos. Método: O procedimento foi realizado através de um incisão “em J”. No primeiro tempo, procedeu-se múltiplas enucleações no fígado esquerdo se-guido de ligadura do ramo direito da veia porta e transecção hepática. A veia hepática direita e a artéria hepática direita foram reparadas para facilitar o segundo procedimento. Sete dias após o paciente realizou TC que evidenciou hipertrofia do futuro remanescente hepático, sendo então reabordado para complementação do procedimento através de hepatectomia direta. Sete pacientes que foram tratados com essa mesma estratégia foram retrospectivamente avaliados. Resultados: O paciente demonstrado apresentou boa evolução após as duas cirurgias, nao sendo observado complicações pós-operatórias. Exames de controle com um ano após o procedimento não evidenciam recidiva. Dos 7 pacientes submetidos ao ALLPS descritos, apenas 1 apresentava um colangiocarcinoma intra-hepático, os demais pacientes eram portadores de metástases de origem colorretal. Todos os pacientes apresentaram crescimento hepático significativo (media de 68,8%). Todos os pacientes foram submetidos ao 2o tempo do procedimento. Não houve mortalidade e a média da permanência hospitalar foi de 20,4 dias. Conclusão: O ALLPS ainda é motivo de controvérsia. Provavelmente não substituirá os métodos tradicionais contra o remanescente hepático insuficiente, porém certamente GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 61 A nais ajudará pacientes selecionados a serem submetidos a cirurgias curativas. A seleção criteriosa é crucial para que bons resultados sejam obtidos. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo de carcaças de ratos mortos. A maior parte dos casos evolui de forma assintomática ou oligossintomática. No fígado promove necrose e edema intersticial que se apresenta na tomografia como nódulos múltiplos, ovalados e de baixa atenuação, CAPILARÍASE HEPÁTICA MIMETIZANDO MALIGNIDADE RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Bruno de Lucia Hernani / ISCMSP; Luciano Guilherme Tastaldi / ISCMSP; Mauricio Alves Ribeiro / ISCMSP; Elisa Maria de Camargo Aranzana / ISCMSP; Fabio Gonçalves Ferreira / ISCMSP; Ricardo Tadashi Nishio / ISCMSP; Pedro Cartapatti da Silva / ISCMSP; Luiz Arnaldo Szutan / ISCMSP. Resumo 62 podendo ser confundida como uma lesão metastática. Alguns casos vem sendo relatado na literatura, principalmente ligado ao parasita Toxocara canis. Essa hipótese deve constar nos diagnósticos diferenciais das lesões hepáticas principalmente quando a imagem não é típica e o doente apresenta eosinofilia. HEPATECTOMIA DIREITA TOTALMENTE VIDEOLAPAROSCÓPICA PARA TRATAMENTO DE ADENOMA HEPÁTICO GIGANTE Temário: Cirurgia / Fígado Paciente do sexo feminino, 32 anos, em seguimento ambulatorial por adenocarcinoma de cólon direito operado em fev/2012, estadiamento T3N0Mx. Realizou quimioterapia adjuvante com término em dez/2012. Clínicamente assintomática. Em exame de tomografia de rotina no início de 2014, evidenciado nódulo em domo hepático - seguimento VIII, suspeito de lesão secundária. Optado por ressecção videolaparoscópica com acesso transtorácico. Paciente em decúbito lateral direito. Passagem de trocater em hipocôndrio direito e epigástrio. Realizado primeiro inventário não sendo localizado nódulos. Realizada incisão torácica em quinto espaço intercostal e dissecado até o diafragma, com passagem de trocater. Inventário pelo trocater transtorácico não sendo localizado nódulo, sendo aventada hipótese do mesmo estar localizado na área nua do fígado. Dissecado todos os ligamentos do fígado com boa exposição da área nua e veias hepáticas, sendo evidenciado área suspeita esbranquiçada junto a área nua. Realizada ressecção e retirada da cavidade não sendo encontrado nódulo. Como não dispomos de probe de ultrassom laparoscópico, optado por conversão para laparotomia subcostal direita. Realizada ultrassonografia intra-operatória localizando a lesão que se encontrava próxima a área previamente ressecada. Paciente evoluiu bem, não sendo realizada drenagem torácica. Anátomo-patológico: abscessos eosinofílicos granulomatosos hepáticos compatíveis com infecção parisitária. A análise das lâminas evidenciou a presença do nematódeo Capillaria hepatica. A capilariase hepática é uma doença rara, tem como reservarório uma infinidade de animais urbanos e silvestres. O homem é hospedeiro acidental, infectando-se com ovos Autores: Vagner Birk Jeismann / FMUSP; Jaime Arthur Pirola Kruger / FMUSP; Fabricio Ferreira Coelho / FMUSP; Gilton Marques Fonseca / FMUSP; Raphael Leonardo Cunha de Araújo / FMUSP; Fabio Ferrari Makdissi / FMUSP; Paulo Herman / FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP. Resumo Introdução: Adenomas hepatocelulares são neoplasias hepáticas benignas que ocorrem principalmente em mulheres jovens. Devido a esses fatores, é considerada uma ótima indicação para a ressecção videolaparoscópica. Objetivo: Demostrar procedimento realizado em uma paciente jovem portadora de volumoso adenoma hepático no fígado direito, submetida, em outro serviço, a embolização portal à direita. Método: a paciente foi posicionada em decúbito dorsal, em proclive, com os membros inferiores afastados. Quatro portais foram utilizados. Procedeu-se uma hepatectomia direita totalmente videolaparoscópica. Resultados: O tempo cirúrgico foi de 495 minutos, com sangramento estimado de 200 ml. O período pósoperatório transcorreu sem intercorrências e a paciente recebeu alta hospitalar no 4o dia após a cirurgia. Conclusão: A hepatectomia direita totalmente videolaparoscópica é um procedimento complexo, porém, pode ser realizada de modo seguro em centros com experiência em cirurgia hepática videolaparoscópica. As neoplasias benignas, como os adenomas, são uma excelente indicação para este método. HEPATECTOMIA ESQUERDA HÍBRIDA: UM MÉTODO ACESSÍVEL DE GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Vagner Birk Jeismann / FMUSP; Raphael Leonardo Cunha de Araújo / FMUSP; Jaime Arthur Pirola Kruger / FMUSP; Fabrício Ferreira Coelho / FMUSP; Gilton Marques Fonseca / FMUSP; Fabio Ferrari Makdissi / FMUSP; Paulo Herman / FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP. Resumo RESSECÇÃO HEPÁTICA DE HEPATOCARCINOMA GIGANTE Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Mateus Diesel Miranda / UFSM; Glauco da Costa Alvarez / UFSM; Everton Neubauer Faria / UFSM. Resumo Este vídeo tem como objetivo demonstrar as bases técnicas e Introdução: As ressecções hepáticas maiores foram os últimos procedimentos do aparelho digestivo a serem realizados através da abordagem videolaparoscópica. Grandes limitações para sua anatômicas da ressecção de tumor gigante, de 2,6kg, presente no lobo hepático direito, com o auxílio do dispositivo de ressecção por radiofrequência Habib 4x. implementação foram o alto nível de proeficiência técnica exigido, além da necessidade de incorporação de tecnologias muitas vezes caras e pouco disponíveis. As resseções hepáticas híbridas facilitam a superação destes obstáculos uma vez que a liberação hepática com ou sem a dissecção dos pedículos vasculares é realizada de maneira totalmente videolaparoscópica, seguido da realização de incisão auxiliar programada e término do procedimento através da técnica convencional. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente portadora de volumosa lesão cística hepática situada à esquerda, próxima a veia hepática média, submetida a hepatectomia esquerda atraves da técnica hibrida. Método: O procedi- RESSECÇÃO REGRADA VIDEOLAPAROSCÓPICA DE SEGMENTO 3 HEPÁTICO EM PACIENTE COM ASCITE E PERITONITE ENCAPSULANTE Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Gilton Marques Fonseca / FMUSP; Raphael Leonardo Cunha de Araújo / FMUSP; Vagner Birk Jeismann / FMUSP; Jaime Arthur Pirola Kruger / FMUSP; Fabrício Ferreira Coelho / FMUSP; Fabio Ferrari Makdissi / FMUSP; Paulo Herman / FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP. mento é iniciado através da técnica totalmente videolaparoscópica, com o paciente em posição de decúbito dorsal em proclive com os Resumo membros inferiores afastados. Quatro portais são utilizados para mobilização hepática, dissecção e reparo da veia hepática esquer- Introdução: O carcinoma hepatocelular (CHC) é uma complica- da, dissecção e secção da artéria e veia porta hepática esquerda. ção grave da cirrose hepática. O algoritmo de tratamento destes pa- Uma pequena laparotomia mediana supraumbilical é então reali- cientes é complexo e possibilidades terapêuticas curativas incluem zada para transecção do parênquima hepático, tratamento intra- ressecção hepática, transplante de fígado e técnicas ablativas como -hepático do ducto hepático esquerdo e secção da veia hepática a radiofrequência. A seleção dos pacientes para o tratamento mais esquerda. Resultados: Este método permite associar o benefi- adequado depende fundamentalmente do numero e tamanho das cio do acesso adequado ao fígado prescindindo-se de grandes lesões e da função hepática, bem como a presença de hipertensão incisões e à segurança da transecção hepática sobre manipulação portal. A presença de ascite comumente representa estagio avan- direta. A curva de aprendizado é menor e tecnologias como fon- çado de hepatopatia e frequentemente contraindica ressecções tes de energia, grampeadores laparoscópicos e transdutores de hepáticas nesse grupo de pacientes. Objetivo: relatar o tratamen- ultrassom laparoscópico podem ser dispensados, reduzindo muito to cirúrgico de paciente masculino, 59 anos, portador de cirrose de o custo do procedimento. Conclusão: As ressecções hepáticas etiologia alcoólica, com perfil laboratorial hepático preservado, porém híbridas são seguras e podem ser realizadas por cirurgiões no ini- com história de ascite em tratamento há vários anos, que apresentou cio de sua experiência em cirurgia hepática minimamente invasiva nódulo com características de CHC com cerca de 3 cm em segmento e em centros em que tecnologias indispensáveis para realização 3. Método: Foi realizada investigação da ascite através da paracen- da técnica totalmente videolaparoscópica não estão disponiveis. tese, que não foi compatível com o diagnóstico de hipertensão portal. Lesões em posições anatômicas desfavoráveis são uma ótima indi- O estadiamento não evidenciou doença extra-hepática. Foi optado cação para o método. pela ressecção hepática que foi realizada através de videolaparosco- GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 63 A nais 64 da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo pia. O paciente foi posicionado em decúbito dorsal com os membros com índices de lesões uterinas muito baixos, sendo a maioria inferiores afastados. Três portais foram utilizados. Ao inventário da delas tratada de maneira conservadora. A lesão intestinal cavidade, evidenciou-se processo encapsulante sobre alças intesti- ou de órgãos abdominais correspondem a menos de 1% nais e fígado. Foram realizadas múltiplas biópsias peritoneais. O seg- das complicações da curetagem uterina. Demonstraremos a mento 3 foi abordado atraves da transecção da sua suposta zona de abordagem videolaparoscopica em caso de lesão intracavitária delimitação até a identificação de seu pedículo, que foi controlado por curetagem uterina em paciente jovem com abortamento através de grampeamento. Resultados: O tempo cirúrgico foi de incompleto resultando em perfuração do fundo uterino com 240 minutos e o sangramento estimado, de 98 ml. O paciente apre- prolapso de alça ileal e lesão do mesentério. A via laparoscópica sentou evolução pós-operatória sem intercorrências e recebeu alta é a preferida, depende da estabilidade do paciente e se os riscos hospitalar no 5o dia após o procedimento. O relatório da patologia de morbidade perioperatória forem baixos, porem dependem da confirmou CHC com margens livres e as amostras de peritônio apre- experiência do cirurgiao e dependendo do local da lesão pode ser sentaram apenas achados inflamatórios inespecíficos. Conclusão: de difícil avaliação. No presente caso, paciente E.E.S.K.B 34anos O tratamento do CHC permanece complexo, essencialmente mul- g2p1a0, com 8 semanas de gestação internada por abortamento tidisciplinar. A avaliação adequada tanto dos aspectos oncológicos incompleto, levada ao centro cirúrgico para realizar dilatação e como do ponto de vista de reserva funcional do fígado e das com- curetagem uterina pela equipe de ginecologia e obstetrícia. Durante plicações advindas cirrose são essencial para a individualização da o procedimento, após retirada de moderada quantidade de restos terapêutica. O achado de ascite deve ser investigado, e casos não ovulares, o ginecologista percebeu resistência ao realizar a tração associados à hepatopatia ou à hipertensão podem ser candidatos a do material curetado. Imediatamente a equipe de cirurgia geral foi ressecção hepática. chamada para realizar exploração da cavidade abdominal. Optamos pela abordagem laparoscópica devido à idade e estabilidade REPARO INTESTINAL MINIMAMENTE INVASIVO EM ACIDENTE POR CURETAGEM UTERINA Temário: Cirurgia / Intestinos(s) hemodinâmica da paciente. O inventário da cavidade demostrou segmento ileal de cerca de 20 cm de comprimento no interior da cavidade uterina. O conteúdo ileal estrangulado apresentava sinais de isquemia, sem perfurações ou extravazamento de conteúdo Autores: Bruno Zilberstein / Gastromed/ Instituto Zilberstein; Leandro Cardoso Barchi / Gastromed / Instituto Zilberstein; Maurice Youssef Franciss / Gastromed / Instituto Zilberstein; Guilherme Tommasi Kappaz / Gastromed / Instituto Zilberstein; Edison Dias Rodrigues Filho / Gastromed / Instituto Zilberstein; Renato Ribeiro de Araujo Pereira / Gastromed / Instituto Zilberstein; Ricardo Naegele Staffa / Gastromed / Instituto Zilberstein; Marta Cristina Lima / Gastromed / Instituto Zilberstein; Juliana Abbud Ferreira / Gastromed / Instituto Zilberstein; Roger William Fernandes Moreira / Gastromed / Instituto Zilberstein; Fernando Furlan Nunes / Gastromed / Instituto Zilberstein; Cely Melo da Costa Bussons / Gastromed / Instituto Zilberstein; Rodrigo Sandri Avila / Gastromed / Instituto Zilberstein. entérico na cavidade. O mesentério da região afetada encontrava- Resumo COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA COM DUAS PUNÇÕES E UTILIZAÇÃO DE AGULHAS EM FORMATO DE ANZOL O abortamento é uma das intercorrências mais frequentes da gestação sendo considerado importante problema de saúde pública. Para abortamentos com mais de 7 semanas ou abortos retidos, a dilatação e curetagem uterina é mandatória. É um procedimento ginecológico muito realizado em nosso meio, se totalmente destruído. Realizamos redução do conteúdo intestinal de volta a cavidade e rafia da lesão uterina, ressecção de 20cm de alça ileal e entero-entero anastomose latero lateral intracavitária com grampeador laparoscópico. A paciente evoluiu estável hemodinâmicamente, foi introduzido dieta gradativamente, recebeu alta no 3º pós-operatório. Em Conclusão, a abordagem videolaparoscópica, quando bem indicada e com experiência do cirurgião é o método eficaz e de escolha para exploração abdominal em lesões causadas por dilatação e curetagem uterina, mesmo quando há lesões intestinais com necessidade de ressecções. Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Jessé Augusto Castro Nascimento / Instituto Sorbello; Mauricio Paulin Sorbello / Instituto Sorbello; Emerson Nogueira Prado / Instituto Sorbello; Albino Augusto Sorbello / Instituto Sorbello. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Resumo Introdução: a colecistectomia videolaparoscópica (CVL) é o procedimento cirúrgico padrão ouro no tratamento das colecistopatias litiásicas. A técnica foi descrita com quatro punções, porém nos últimos anos cresce a tendência a diminuir o tamanho e o número das punções. Em 2009, Batista e colaboradores publicaram a técnica de CVL com duas punções e o auxílio de “anzóis de pesca”. Em 2011 apresentamos em congresso nacional a adequação da técnica substituindo os anzóis de pesca pelo emprego de fios de polipropileno com a modificação da agulha para o formato de anzol. Desde então, o procedimento de CVL com duas punções e o uso de agulhas em formato de anzol é feito como rotina pela equipe do Instituto Sorbelllo. Objetivo: Apresentar um vídeo com a técnica de CVL com duas punções e o uso de agulhas em formato de anzol e demonstrar o perfil e os resultados dos pacientes operados pela equipe do Instituto Sorbello. Método e pacientes: Edição de um vídeo com a demonstração da técnica. Análise retrospectiva, através da revisão de prontuários de pacientes submetidos a CVL com a técnica de duas punções e utilização de agulhas em formato de anzol, no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2012. Resultados: Foram incluídos 53 prontuários, com prevalência do sexo feminino (62%), média de idade de 52 anos. A intercorrência mais frequente foi a perfuração da vesícula biliar, ocorrendo em 18,9% dos pacientes. Não houve mudança de tática em nenhum dos pacientes. Discussão: O segmento dos pacientes demonstrou resultados satisfatórios, o índice de intercorrências se assemelha com a técnica padrão. As vantagens Marques Fonseca / FMUSP; Raphael Leonardo Cunha de Araújo / FMUSP; Fabio Ferrari Makdissi / FMUSP; Paulo Herman / FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP. Resumo Introdução: A esplenectomia videolaparoscópica é um procedimento amplamente difundido e seus benefícios são bem conhecidos. A padronização técnica na grande maioria dos serviços envolve a utilização de grampeadores laparoscópicos para o tratamento dos vasos esplênicos. Objetivo: Demonstrar técnica de esplenectomia videolaparoscópica realizada sem o uso de grampeadores laparoscópicos. Método: O paciente é posicionado em semi-decúbito lateral esquerdo. Habitualmente, são utilizados 4 trocartes. Uma pinça de energia como um bisturi harmônico ou um bipolar de alta potência é utilizada rotineiramente. Após a secção dos vasos gástricos curtos, o hilo esplênico é abordado preferencialmente pela via anterior. Os vasos do hilo são então dissecados, clipados e seccionados individualmente próximo ao parênquima esplênico sem o uso de grampeadores. Resultados: Apesar do tempo cirúrgico mais prolongado, não houve nenhum caso com necessidade de conversão devido a sangramento. Conclusão: Em casos selecionados, a esplenectomia videolaparoscópica sem o uso de grampeadores, apesar do tempo cirúrgico mais prolongado, pode ser realizada de maneira segura. Além disso, mostrou-se ótimo método de treinamento em videolaparoscopia para cirurgiões em formação. da técnica encontra-se na redução do trauma na parede abdominal, menor dor pós-operatória e melhores resultados estéticos. A apresentação cirúrgica não é prejudicada, pois as agulhas em formato de anzóis podem ser reposicionadas de acordo com a necessidade. Conclusão: Os autores concluem que a CVL com duas punções utilizando para apresentação fios com agulhas em formato de anzol se mostrou eficaz, factível e segura quando realizada por cirurgiões experientes em videocirurgia. ESPLENECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA SEM O USO DE GRAMPEADORES: TREINAMENTO DE RESIDENTES EM VIDEOLAPAROSCOPIA AVANÇADA Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Vagner Birk Jeismann / FMUSP; Jaime Arthur Pirola Kruger / FMUSP; Fabrício Ferreira Coelho / FMUSP; Gilton GOSSIBIPOMA TRATADO POR VIDEOLAPAROSCOPIA Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: João Bosco Chadu Junior / UFU / Hospital Madrecor; Diego Lucas Galdino Lopes / Hospital Madrecor; Jefferson Alvim de Oliveira / UFU/Hospital Madrecor; Luzmar de Paula Faria / UFU; Andre Silva Alfredo / Hospital Madrecor; Ismara Lourdes Silva Januário Chadu / UFU. Resumo Paciente vcc, sexo feminino, 50 anos , refere que realizou ultrassonografia abdominal por desconforto em hipocôndrio direito há três meses. Não apresentava outras queixas. Nos antecedentes pessoais refere colecistectomia aberta há 9 anos e nefrectomia aberta há 10 anos. Relata três partos normais. Nega comorbidades. Imc de 35. Exame físico normal. Nega febre. A tomografia de abdome revelou GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 65 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo coleção subdiafragmática direita medindo 15x11x10,5 cm e em ficios com protese especifica que permite o contato com alças íntimo contato com o fígado e parede abdominal. Colonoscopia e intestinais (tela), e sua fixação bem além dos limites dos defeitos eda sem alterações. Marcadores tumorais e sorologias normais. aponeuróticos, reduzindo a tensão do reparo e assim as taxas Exames laboratoriais de rotina normais. Realizada videolaparoscopia de recidiva. Os custos aparentemente elevados desta tecnica, com punção umbilical através de agulha de veress e pressão como protese especial que não adere a visceras abdominais, intraabdominal de 14 mmhg.utilizados três portais, sendo um de 10 aparato videocirúrgico, e métodos de fixação (grampeadores, mm umbilical, outro de 10 mm no flanco direito e um de 5 mm no flanco colas), são completamente viáveis economicamente visto que esquerdo. Observada coleção perihepática com pseudocápsula que há redução das complicações agudas e tardias, permanencia estava em íntimo contato com o fígado e parede abdominal. Relizada hospitalar, retorno precoce as atividades e principalmente re- liberação de aderências e posterior punção videolaparoscópica com dução nas taxas de recidiva. portanto o reparo laparoscópico saída de secreção amarelada semelhante a pus. Realizada abertura das hernias incisonais, mesmo complexas, é alternativa segura, do pseudocisto com ressecção de parte da pseudo cápsula e viável e eficaz do ponto de vista economico e principalmente aspiração de grande quantidade de secreção amarelada . Obsevado clínico , quando comparado ao reparo aberto . material têxtil no interior do cisto, e que se tratava de uma compressa cirúrgica, sendo retirada com pequena ampliação de um dos três portais. Realizada limpeza com grande quantidade de soro fisiológico. Gram e cultura com ausência de bactérias. A paciente recebeu alta 66 no 1o dia de pós-operatório sem intercorrências. No 15o dia de pósoperatório retornou ao ambulatório sem queixas . HERNIORRAFIA INCISIONAL COMPLEXA POR VIA LAPAROSCÓPICA Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Bruno Zilberstein / Gastromed / Instituto Zilberstein; Leandro Cardoso Barchi / Gastromed / Instituto Zilberstein; Maurice Youssef Franciss / Gastromed / Instituto Zilberstein; Guilherme Tommasi Kappaz / Gastromed / Instituto Zilberstein; Marta Cristina Lima / Gastromed / Instituto Zilberstein; Roger William Fernandes Moreira / Gastromed / Instituto Zilberstein; Renato Ribeiro de Araujo Pereira / Gastromed / Instituto Zilberstein; Ricardo Naegele Staffa / Gastromed / Instituto Zilberstein. RESSECÇÃO LAPAROSCÓPICA DE LEIOMIOSSARCOMA DE MESENTÉRIO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Bruno Zilberstein / Gastromed / Instituto Zilberstein; Guilherme Tommasi Kappaz / Gastromed / Instituto Zilberstein; Maurice Youssef Franciss / Gastromed / Instituto Zilberstein; Leandro Cardoso Barchi / Gastromed / Instituto Zilberstein; Ricardo Naegele Staffa / Gastromed / Instituto Zilberstein; Renato Ribeiro de Araujo Pereira / Gastromed / Instituto Zilberstein; Edison Dias Rodrigues Filho / Gastromed / Instituto Zilberstein; Marta Cristina Lima / Gastromed / Instituto Zilberstein. Resumo Resumo: O video demostra procedimento cirurgico de paciente com tumor assintomático de aproximadamente 15cm de diametro localizado em retroperitoneo que foi submetida a ressecção por laparoscopia. Objetivo: Detalhar passos técnicos de Laparoscopia Resumo exploradora diagnósitca para paciente com tumor de retroperitoeo incidental. Relato de caso: Paciente 74 anos referindo crescimento A hernia incisional é complicação tardia frequente de laparo- de massa abdominal há 2 anos. Ao exame físico notava-se tomias, com incidencia variável de 3 a 13%. O reparo cirurgico volumosa massa móvel em quadrante inferior equerdo. Identificada convencional vem dando espaço ao reparo laparoscópico, de- tomograficamente como tumor solido com 15 cm de diâmento no vido a redução das complicações, menor dor pós operatória, seu maior eixo. Paciente submetida a procedimento cirúrgico onde foi redução do tempo de internação hospitalar, retorno precoce as realizada ressecção incruenta da massa tumoral preservando-se os atividades, alem do melhor resultado estético. Neste caso abor- vasos cólicos. Conclusão: A laparoscopia é um excelente metodo damos paciente com defeito fascial complexo, com múltiplas para diagnósitco e tratamento de massas tumorais abdominais, falhas aponeuróticas devido a multiplas laparotomias prévias. A mesmo quando localizadas em retroperitôneo com acesso dificil, abordagem laparoscópica permitiu o reparo dos multiplos de- uma vez que a dissecção torna-se mais segura devido a visibilidade e feitos no mesmo procedimento, com ampla cobertura dos ori- melhor identificação das estruras. Paciente teve menor necessidade GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 analgesica, aceitando dieta no primeiro pos-operatorio e recebendo alta médica no quarto pós-operatório. TRATAMENTO DAS HÉRNIAS INGUINAIS POR VIDEOCIRURGIA PELA TÉCNICA TAPP Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Jesse Augusto Castro Nascimento / Instituto Sorbello; Mauricio Paulin Sorbello / Instituto Sorbello; Emerson Nogueira Prado / Institto Sorbello; Albino Augusto Sorbello / Instituto Sorbello. Resumo Introdução: A hernioplastia inguinal por videocirurgia, primeiro descrita por Corbitt em 1991, tem tido baixos índices de recidiva e poucas complicações quando associada ao treinamento e aperfeiçoamento técnico do cirurgião. Esta tem sido a nossa preferência, incluindo os casos de hérnias ínguino-escrotais, desde que foi estabelecida a padronização técnica da via trans-abdominal com colocação de tela pré-peritoneal (TAPP). Objetivo: Apresentar um vídeo com a padronização da técnica de hernioplastia inguinal por via trans-abdominal com colocação de tela pré-peritoneal (TAPP) e a experiência do Instituto Sorbello no tratamento das hérnias inguinais por videocirurgia em um período de 20 ano, destacando-se o índice de recidiva, acidentes intraoperatórios, complicações e tempo de retorno as atividades profissionais. Pacientes e Métodos: Foram revisados 377 casos, com um total de 542 procedimentos, operados entre os anos de 1991 e 2011. A técnica mais utilizada foi a TAPP, realizada em 505 procedimentos. A TEP foi executada em 37 procedimentos. O período de segmento variou de dois a 192 meses. Resultados: Houve recidiva em dois casos (0,53%), correspondentes ao terceiro e quinto pacientes desta casuística. Os acidentes intraoperatórios foram: lesão de bexiga, ocorrida em três casos (0,79%) e sangramento durante a dissecção, em três casos (0,79%). As complicações pós-operatórias mais frequentes foram: equimose ínguino-escrotal em 18 casos (4,7%) e seroma em 16 casos (4,2%). A média de retorno às atividades profissionais foi de 4,3 dias. Conclusão: A correção de hérnia inguinal por videocirurgia via trans-abdominal com colocação de tela pré-peritoneal (TAPP) é um procedimento seguro, factível de ser realizado conforme exemplificado no vídeo apresentado. O índice de recidiva da casuística analisada mostrou-se semelhante aos das grandes séries publicadas na literatura, com baixa ocorrência de complicações e retorno precoce as atividades profissionais. ABORDAGEM LAPAROSCÓPICA EM PÓS-OPERATÓRIO PRECOCE DE COMPLICAÇÃO APÓS BYPASS EM Y DE ROUX Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Daniel Riccioppo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Henrique Dametto Giroud Joaquim / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Paulo Engler / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Amir Zeide Charruf / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Eduardo Townsend / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Marco Aurelio Santo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP. Resumo Introdução: Complicações pós-operatórias após bypass gástrico em Y de Roux (BPG) requerem na maioria das vezes reabordagem cirúrgica, o que agrega aos efeitos da própria complicação a morbidade intrínseca deste muitas vezes iremediável novo procedimento invasivo. A cirurgia convencional, via de acesso da maior parte dos procedimentos bariátricos realizados no SUS, via de regra precede relaparotomia para controle de complicações, com os riscos associados do maior trauma cirúrgico, maior contaminação e infecção de ferida cirúrgica, riscos pulmonares, e por vezes necessidade de peritoneostomia em casos dramáticos, por dificuldade de fechamento por hipertensão intra-abdominal. Objetivo: Apresentamos vídeo de caso de reabordagem laparoscópica de fístula em paciente super-obesa em PO4 de BPG convencional. Método: Paciente de 31 anos e IMC 52, apresentou vômitos precoces pós-operatórios, no PO1, associados ao uso de tramadol na UTI. Recebeu alta para enfermaria na mesma data e após controle sintomático iniciou dieta com boa aceitação. No PO2 apresentou dor no ombro E. No PO3 apresentou mudança do aspecto do dreno, e queda discreta do estado geral, mantendo-se estável. Feito teste com azul de metileno oral sem vazamentos. Encaminhada à UTI e iniciados antibioticoterapia EV. A CT revelou 2 coleções peri-gástricas, sem vazamento de contraste. No PO4 houve discreto vazamento de azul de metileno pelo dreno, com baixo débito. Optada por reabordagem laparoscópica, para denagem das coleções e avaliação local. Realizado pneumoperitôneo por trocarte inserido no orifício do dreno após exploração digital. comtotal de 4 portais, realizou-se drenagem de 2 abscessos bloqueados e identificada fístula da GJ anastomose. Após limpeza da cavidade foi feita gastrostomia, e drenagem das GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 67 A nais áreas das coleções com drenos tubulo-laminares. Resultados: A paciente recebeu alta da UTI no PO3, com realimentação via-enteral no PO4, e oral no PO14. A CT mostrou nesta data resolução do quadro. Conclusões: Até onde sabemos este é o primeiro relato em nosso meio de reabordagem laparoscópica precoce após laparotomia. O procedimento mostrou-se factível, e possivelmente contribuiu positivamente para a precoce recuperação da paciente. CORREÇÃO LAPAROSCÓPICA DE HÉRNIA INTERNA E RAFIA DO ESPAÇO DE PETERSEN EM ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO PÓS-GASTROPLASTIA COM BYPASS GASTROENTERAL Temário: Cirurgia / Obesidade 68 da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo GASTRECTOMIA VERTICAL LAPAROSCÓPICA APÓS TRANSPLANTE HEPÁTICO Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Denis Pajecki / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Henrique Danetto Giroud Joaquim / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Allan Garms Morsln / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Danielle Menezes Cesconetto / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Rodrigo Luiz Macacari / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Daniel Riccioppo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Marco Aurelio Santo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HCFMUSP. Resumo Autores: Severino Oscar Barreto Coutinho Neto / Clínica são Gabriel; Bruno Antônio Bezerra Barreto / Clínica são Gabriel; Marco Aurélio de Freitas Cabral / Clínica são Gabriel; Guilherme Martins Delduque de Macedo / Clínica são Gabriel. Introdução: Poucos dados são encontrados na literatura para os Resumo trectomia vertical 15 meses após transplante hepático. Método: Todo paciente submetido à bypass gastroenteral encontra-se em risco de desenvolver uma hérnia interna, pelo espaço de Petersen, podendo levar ao quadro de abdome agudo obstrutivo. Quando dizemos espaço de Petersen, nos referimos à falha encontrada entre o mesentério da alça alimentar e o cólon transverso e seu mesocólon e que pode abrigar uma hérnia interna. Esta hérnia pode causar desde a obstrução do trânsito intestinal até a torção de vasos mesentéricos e isquemia/ necrose das alças intestinais envolvidas. Esta hipótese diagnóstica deve ser investigada em todo paciente com histórico de gastroplastia com bypass gastroenteral que evolui com quadro de obstrução intestinal. Neste vídeo, apresentamos o caso de um paciente que foi submetido a uma gastroplastia com bypass gastroenteral e, um ano depois, iniciou quadro de abdome agudo obstrutivo sendo diagnosticada hérnia interna pelo espaço de Petersen. Este caso mostra como o caso se apresenta e uma síntese das manobras cirúrgicas executadas para a correção do mesmo. Podemos concluir que a hérnia de Petersen é uma complicação cirúrgica de fácil resolução, mesmo por métodos minimamente invasivos, quando diagnosticada precocemente e em paciente de bom status performance. transplante hepático com ênfase a lise de aderências entre o fíga- resultados de cirurgia bariátrica após transplante ortotópico de fígado. A obesidade severa associa morbidade ao controle de reações do receptor ao enxerto, à imunossupressão, e aos riscos em relação aos efeitos colaterias da mesma. Objetivo: Relato de caso de gasApresentamos vídeo de gastrectomia vertical laparoscópica após do transplantado e a pequena curvatura gástrica a fim de se obter segurança para o grampeamento, com adequada calibração e dimensionamento da bolsa gástrica. Paciente de 33 anos, sobrepeso desde a infância, com ganho de peso significativo durante a adolescência. IMC na cirurgia 39. Peso máximo: 121 (IMC 43). Submetida a transplante hepático em dezembro de 2012 por hepatite autoimune e hepatite C. Permaneceu com peso estável após Introdução de corticoide e outros imunosupressores. Após 8 meses de seguimento, evoluiu com estenose da anastomose biliar, sendo submetida a drenagem endoscópica de via bliliar. Apresentou falência de prótese biliar, sendo submetida a drenagem transparieto-hepática. Após 3 meses foi submetida a passagem de prótese biliar pela técnica de Rendezvous, com sucesso, com objetivo final de derivação biliodigestiva cirúrgica no futuro. Resultados: Paciente submetida à gastrectomia vertical, duração do procedimento 120 minutos, com boa aceitação de dieta oral no segundo pós-operatório. Alta hospitalar 4 dias após procedimento, com perda de peso de 11kg em 15 dias. Sem complicações precoces. Conclusões: Gastrectomia vertical é tecnicamente factível após transplante hepático, e resultou em perda de peso sem efeitos colaterais ao enxerto e à imunosu- GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 pressão. Prováveis benefícios são esperados através da redução de morbidade pelo controle do peso, tanto os relacionados ao controle do fígado transplantado pela imunossupressão, como da futura resolução cirúrgica da estenose biliar. ressecados, com confecção de novo pouch e nova anastomose. Procedimento com duração de 210 minutos, realimentada em 1 dia, com boa aceitação de dieta. Alta hospitalar em 4 dias após cirurgia. Sem complicação pós operatória. Conclusão: Tratamento endoscópico teve falha no presente caso. O estreitamento funcional TRATAMENTO LAPAROSCÓPICO DE DESLIZAMENTO DE ANEL APÓS CIRURGIA DE FOBI-CAPELLA CONVENCIONAL: RECONFECÇÃO DE BOLSA GÁSTRICA Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Flavio Masato Kawamoto / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Henrique Dametto Giroud Joaquim / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Mitsunori Matsuda / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Danielle Menezes Cesconetto / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Rodrigo Luiz Macacari / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Daniel Riccioppo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Marco Aurelio Santo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP. da anastomose levou a dilatação da bolsa gástrica, que é um fator de risco para o reganho de peso após retirada do anel, o que favorece a reconfecção da bolsa. CISTOJEJUNOSTOMIA EM Y DE ROUX VIDEOLAPAROSCÓPICA PARA TRATAMENTO DE PSEUDOCISTO PANCREÁTICO EM PACIENTE COM BYPASS GÁSTRICO PRÉVIO Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Eduardo Townsend / HCFMUSP; Telesforo Bachella / HCFMUSP; Ricardo Jureidini / HCFMUSP; Vitor Peloso / HCFMUSP; Henrique Dametto Giroud Joaquim / HCFMSUP. Resumo Resumo Paciente de 38 anos com histórico de tratamento cirúrgico Introdução: A Gastroplastia com Derivação em Y de Roux (GDYR) com anel era realizada para promover perda de peso. Alguns pacientes evoluíram com complicações relacionadas ao anel: náuseas, vômitos, regurgitação e até desnutrição, podendo ser necessária reabordagem cirúrgica. A estenose funcional secundária ao deslizamento do anel produz dilatação do pouch gástrico, levando ao reganho de peso após retirada do anel. Objetivo: Relatar a avaliação, diagnóstico e tratamento laparoscópico de obstrução proximal após deslizamento de anel em paciente com 7 anos pós GDYR. Métodos: Apresentamos vídeo de tratamento laparoscópico para deslizamento com estenose de gastro jejuno anastomose associado a dilatação do pouch gástrico. Um novo pouch gástrico foi confeccionado para evitar reganho pós-operatório. Paciente de 48 anos, sobrepeso desde a infância, peso máximo de 119kg (IMC 44). Submetida à GDYR com anel em 2007. Peso estável até 2012. Após 5 anos de cirurgia, iniciou com sintomas de obstrução alta e perda de peso progressiva (55kg - IMC 20,7). Radiografia contrastada alta mostrou deslizamento do anel e a volumetria medida por tomografia tinha uma bolsa gástrica de 110ml. Foi submetida a diversas dilatações endoscópicas sem melhora dos sintomas. Resultado: Gastrojejunostomia da cirurgia prévia, anel e pouch foram Scopinaro. Apresentou quadro de pancreatite aguda biliar em Março videolaparosópico para obesidade em 2010 pela técnica de de 2014, sendo tratado e submetido à Colecistectomia Aberta neste mesmo mês. Evoluiu com quadro de dor abdominal pós-prandial e perda de peso, após a última cirurgia, realizado então o diagnóstico de pseudocisto pancreático. Este vídeo demonstra o tratamento videolaparoscópico do caso pela técnica da Cistojejunostomia dupla em Y de Roux. GASTRO DUODENO PANCREATECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Augusto Claudio Tinoco, Stephany Roman Farfan, Renam Tinoco, Tarciannna Ribeiro / Hospital são José do Avaí. Resumo O adenocarcinoma ductal do pâncreas representa cerca de 2% dos tumores malignos e é causa de cerca de 4% das mortes no Brasil. Apresenta pico na sexta e sétima década de vida. são fatores de GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 69 A nais risco: tabagismo, dieta rica em lípides, pancreatite crônica, cor negra, diabetes mellitus. Em 60% dos casos esta localizado na cabeça, 15% no corpo, 5% na cauda e 20% são encontrados difusamente no pâncreas. A sobrevida em 5 anos é de menos de 5%. Como em todos os casos de câncer, o emagrecimento é frequente e importante. O crescimento do tumor pode levar a um quadro de icterícia e algumas vezes apresentar o sinal de Courvoisier. A dor, quando ocorre, é resultante da infiltração de nervos no tecido retroperitoneal. Linfonodos peripancreáticos, mesentéricos, omentais e porto-hepáticos são frequentemente comprometidos. Metástases à distância podem ocorrer principalmente em pulmões e ossos. Como exames complementares podemos citar os marcadores tumorais (CA 19-9), exames de imagem como ultrassom, tomografia, colangiopancreatografia endoscópica retrógrada, colangiorressonância magnética e o PET. O único tratamento com objetivo de cura é a cirurgia, com a retirada de todo o da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo tumor e dos órgãos vizinhos (parte do estômago, duodeno e vesícula biliar). Este procedimento cirúrgico é chamado de procedimento de Whipple e é realizado somente em pacientes capazes de suportar uma cirurgia de grande porte e que possuem câncer localizado e que não possuem metástases. Apresento paciente, sexo masculino, 65 anos, com quadro de ictericia e emagrecimento ha 5 meses, sem outros sintomas associados. Realizada tomografia de abdome, apresentando nodulo solido sugestivo de tumor de cabeca de pancreas. Paciente foi submetido a cirugia de Whipple por via laparoscopica com linfadenectomia em oncologia sem intercorrencias. No anatomopatologico foi evidenciado Adenocarcinoma Ductal de Pancreas com invasao até a tunica muscular duodenal. Nao houve Linfonodos comprometidos. Atualmente o paciente se encontra no sexto mes de pos operatorio com boa evolucao clínica. 70 GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Anais da XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo Proceedings of XIII Brazilian Week of Digestive - CBCD POSTER NEOVESÍCULA COM CÁLCULO BILIAR RECORRENTE EM SÍNDROME PÓS-COLECISTECTOMIA: RELATO DE CASOT um diagnóstico preciso a fim de evitar cirurgia desnecessária já que as alterações fisiológicas causadas pela colecistectomia não transcorrem sem consequências. Autores: Anna Carolina Castro Neto Silva / HRMS; Fábio Paes Colagrossi Barbosa / FCMSCSP; Thiago Alonso Domingos / USP; Thiago Franchi Nunes / UNIFESP; Caio Fernando Cavanus Scheeren / HRMS; Tânia Mara Ferreira Gonçalves Derossi / HRMS; Andrezza Louise Delmondes Ribeiro / HRMS. SÍNDROME DE MIRIZZI EM GESTANTE: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia Resumo Introdução: A colecistectomia se estabeleceu como o tratamento padrão ouro da calculose do trato biliar e está entre as cirurgias eletivas mais realizadas diariamente. Entretanto, após a colecistectomia cerca de 10% a 50% dos pacientes persistem com sintomas ou mesmo desenvolvem um novo quadro. A isso podemos atribuir o conceito da Síndrome Pós Colecistectomia, sendo os cálculos remanescentes a principal causa de origem biliar. Objetivo: Relatar Temário: Cirurgia Autores: Diego Ferreira de Andrade Garcia / Universidade de Santo Amaro; Fernando Furlan Nunes / Universidade de Santo Amaro; Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro Junior / Universidade de Santo Amaro; Adriano Pereira Sampaio / Universidade de Santo Amaro; Julia Carvalho Seabra / Universidade de Santo Amaro; Tamima Mohamed Abou Arabi / Universidade de Santo Amaro; Javan Alvaro Matera Turrini / Universidade de Santo Amaro; Stefanie Bergamim Saviano Moran / Universidade de Santo Amaro; Fernando Furlan Nunes / Universidade de Santo Amaro; Adriano Pereira Sampaio / Universidade de Santo Amaro; Stefanie Bergamim Saviano Moran / Universidade de Santo Amaro. Resumo um caso de neovesícula em paciente colecistectomizada há 18 anos. Metodologia: Revisão de prontuário e pesquisa bibliográfica nas bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO. Resultados: A Síndrome Pós-Colecistectomia consiste em um grupo heterogêneo de desordens que afetam alguns pacientes e levam a persistência dos sintomas após a cirurgia. Dentre as etiologias destacam-se: cálculos residuais (1%) e os distúrbios funcionais (26%). Apesar da causa funcional ser a mais expressiva, os cálculos remanescentes compõe a principal causa de origem biliar. A formação de neovesícula pode ocorrer quando o ducto cístico permanece muito longo após a colecistectomia levando a formação de cálculos em seu interior. Além disso, a ausência da vesícula biliar como reservatório de bile é compensada pela dilatação da árvore biliar que, a longo prazo, traz diversas alterações fisiológicas: estase biliar e possível infecção. O que justificaria a formação de cálculos muitos anos após a colecistectomia com colangiografia intra-operatória normal. Conclusão: Em vista da alta incidência de calculose das vias biliares na população, os bons resultados e baixa morbi-mortalidade, a colecistectomia tornou-se uma cirurgia de rotina nos grandes hospitais. Entretanto, é necessário Introdução: A síndrome de Mirizzi(SM) é a compressão extrínseca do ducto biliar(DB) por um cálculo(CA) impactado no infundíbulo da vesícula biliar(VB) ou no ducto cístico, levando a icterícia obstrutiva. É uma complicação não-usual da doença litíasica da VB e ocorrer em cerca de 1% dos pacientes com colelitíase(CL). Objetivos: Relatar o caso de uma paciente(PC) gestante com SM no Hospital Geral do Grajaú. Relato de Caso: MMPS, 22 anos, sexo feminino, gestante de 18 semanas, com queixa de dor em hipocôndrio direito(HD) há 1 dia, associada a vômitos com quadro semelhante há 15 dias. Referiu diagnóstico(DG) prévio de CL. Apresentava dor em palpação de HD e sinal de Murphy positivo. Exames laboratoriais com fosfatase alcalina de 237U/L, gama glutamil transferase 72 U/L e proteína C reativa 227,2 mg/L.A, ultrassonografia (USG) de abdome com dilatação das vias biliares intra e extra-hepáticas; ducto hepatocolédoco com calibre aumentado e CA de 14 mm no seu interior; VB distendida(diâmetro transverso de 11 cm)com paredes espessadas (12 mm), contendo vários cálculos(o maior deles com 12 mm) e conteúdo espesso amorfo em seu interior. USG obstétrico GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 71 A nais 72 da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo mostrando gestação tópica de 20 semanas. Laparotomia exploradora tes, hipertensão portal, trauma e outros. Pelo quadro insidioso e com incisão de Kocher mostrou intenso bloqueio do mesotransverso inespecífico, o diagnóstico se torna difícil. Quando se manifesta e do transverso em leito vesicular e importante processo inflamatório através de oclusão intestinal, raro, ocorre geralmente em intestino da VB com empiema, aspirou-se 1 litro de conteúdo purulento. delgado, frequentemente em jejuno. Objetivo: Relatar um caso de VB com cálculos e sua parede medindo 2,5 cm. Foi diagnosticado trombose mesentérica superior no Hospital Geral do Grajaú. Rela- SM grau IV. Realizado colecistectomia. Papila duodenal com CA to de Caso: Paciente, LHX, 37 anos, sexo feminino, com queixa impactado, foi realizado papilotomia, duodenotomia e derivação de dor abdominal há 10 dias, associada a diarreia e vômitos pós ali- biliodigestiva com hepático-jejuno anastomose término-lateral com Y mentares há 2 dias. Nega tabagismo, etilismo e comorbidades, ale- de Roux de cerca de 50 cm do ângulo de Treitz. No Pós-Operatório, ga uso de ACO há 2 meses. Apresentava-se descorada (1+/4+), permaneceu na unidade de tratamento intensivo, com sonda abdome flácido, doloroso em FIE e mesogástro esquerdo, sinal de naso-enteral, dreno tubolaminar e antibioticoterapia.O feto não Blumberg negativo e ruído hidroaério presente. TC de abdome total apresentou intercorrências. Discussão: Csendes et al. sugeriram evidenciou opacificação subótima da veia porta e seus ramos prin- uma classificação baseada no tamanho da fístula (FI). Lesões do cipais, durante a fase portal, não se podendo afastar por completo tipo I seriam aquelas devido à compressão externa da via biliar trombose venosa destes seguimentos; e espessamento parietal de principal; tipo II, onde a FI colecistobiliar erodiu menos do que 1/3 da alças jejunais com borramento da gordura adjacente na região epi/ circunferência do DB; tipo III, onde a FI envolveu mais do que 2/3 da mesogástrica, podendo estar relacionado a enterite. Apresentava circunferência do DB e tipo IV quando existisse destruição completa PCR elevada e leucocitose. Em laparotomia exploradora havia gran- do DB. Conclusão: DG pré-operatório é raro no PC com SM, mas de quantidade de líquido hemorrágico na cavidade, necrose de al- deve ser suspeitado na CL crônica e prontamente identificada no ças de jejuno, com cerca de 50 cm de extensão, iniciando-se a 20 intraoperatório. DG precoce da CL pode prevenir a SM, evitando cm do ângulo de treitz. Identificando espessamento de mesodel- cirurgias extensas e com maior morbimortalidade. gado com inúmeras telangectasias. Foi optado pela enterectomia segmentar com abertura do mesodelgado e ligadura dos vasos je- TROMBOSE DE VEIA MESENTÉRICA SUPERIOR COM TRATAMENTO Cirúrgico - RELATO DE CASO Temário: Cirurgia Autores: Diego Ferreira de Andrade Garcia / Universidade de Santo Amaro; Fernando Furlan Nunes / Universidade de Santo Amaro; Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro Junior / Universidade de Santo Amaro; Luiz Vagner Sipriani Junior / Universidade de Santo Amaro; Julia Carvalho Seabra / Universidade de Santo Amaro; Tamima Mohamed Abou Arabi / Universidade de Santo Amaro; Bianca Dermendjian / Universidade de Santo Amaro; Stefanie Bergamim Saviano Moran / Universidade de Santo Amaro; Ligia de Oliviera Ribeiro / Universidade de Santo Amaro; Eder Magro Pereira / Universidade de Santo Amaro. Resumo Introdução: A trombose venosa mesentérica (TVM) é rara, representando 10 a 15% das isquemias mesentéricas, sendo 95% junais. Anatomopatológico do jejuno identificou necrose segmentar de intestino delgado, de provável natureza isquêmica. Foi introduzido clexane, paciente evolui estável hemodinamicamente, aceitando a dieta e transito intestinal sem alterações. Conclusão: Este caso ressalta a importância da rápida intervenção cirúrgica quando houver indícios de infarto mesentérico por sua alta morbidade e mortalidade. ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO POR METÁSTASE JEJUNAL DE ADENOCARCINOMA DE CÓLON Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Lilian Cristhian Ferreira dos Santos Rocha / ITPAC; Agamenon Dias de Oliveira / ITPAC; Gabriela Carvalho Nobre / ITPAC; Gustavo Alves Araújo Ferreira / ITPAC; Pedro Ernesto Alves Mangueira Júnior / ITPAC; Rone Antonio Alves de Abreu / ITPAC; Débora Rosa portilho / ITPAC. Resumo de veia mesentérica superior. Tem diversos fatores etiológicos, hipercoagulabilidade hereditária, neoplasias, anticoncepcional oral O cólon e o reto constituem a 3.ª localização mais frequente de (ACO), síndrome antifosfolípide, processos inflamatórios adjacen- neoplasias malignas, sendo o adenocarcinoma o tipo histológico GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 em 98% dos casos¹. Os objetivos do trabalho são; descrever o quadro clínico e o tratamento cirúrgico de um caso de metástase intraluminal de adenocarcinoma de cólon e relacionar a presença de metástases tardias com o prognóstico da doença. Foi feito um estudo Universidade Federal de Ouro Preto; Juliana Firmino Amaral / Universidade Federal de Ouro Preto; Michelle Simões Montrezor / Universidade Federal de Ouro Preto; Rodrigo Vieira Gomes / Universidade Federal de Ouro Preto; Lívia do Ó e Souza / Universidade Federal de Ouro Preto. retrospectivo ao prontuário de um paciente atendido no em clínica particular em novembro de 2013 com quadro de abdome agudo por metástase intraluminal em jejuno de adenocarcinoma de cólon. O trabalho foi produzido com um quadro clínico rotineiro, contudo de etiologia rara. Existindo assim uma carência de conteúdos na literatura relatando essa forma de apresentação. Paciente em seguimento por ressecção de adenocarcinoma de cólon vem, em novembro de 2013, queixando-se de dor abdominal e parada da eliminação de flatos e fezes há um dia. Após radiografia simples de abdome, com níveis hidroaéreos e edema de alças do delgado, foi encaminhado para hospital Regional de Araguaina, sendo submetido à laparotomia de urgência. Durante o ato cirúrgico foi evidenciado massa ocluindo totalmente a luz intestinal na porção mediana do jejuno. Foi realizada desobstrução por ressecção da massa, sendo a mesma enviada para análise histopatológica. O resultado evidenciou metástase de adenocarcinoma. O paciente atualmente segue em acompanhamento conjunto da oncologia clínica e pela gastroenterologia, estando em bom estado geral. A abordagem cirúrgica, pela laparotomia exploratória, foi de fundamental importância nesse caso, uma vez que, o mesmo apresentou-se na forma de abdome agudo obstrutivo. Ao deparar-se com massa sugestiva de neoplasia à macroscopia, optou-se pela cirurgia paliativa e biópsia para confirmação. por ser uma localização incomum, e o paciente ter um diagnóstico de adenocarcinoma de cólon, a conduta foi conservadora, realizando-se apenas a desobstrução do paciente, já que esta já é considerado um tumor em estádio IV. O diagnóstico tardio do adenocarcinoma colorretal infelizmente ainda é significativo, principalmente em regiões menos desenvolvidas, prejudicando o prognóstico. A evolução pósoperatória foi razoável comparando ao estado emergencial em que o paciente chegou, sendo que o mesmo teve a oportunidade de iniciar um tratamento paliativo, visando aumentar mais sua sobrevida. ABORDAGEM PRÉ-OPERATÓRIA DO PACIENTE COM MEGACÓLON TÓXICO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Iure Kalinine Ferraz de Souza / Universidade Federal de Ouro Preto; Guilherme Rezende / Universidade Federal de Ouro Preto; Camila Biazussi Damasceno / Universidade Federal de Ouro Preto; Janaína Drumond Rocha Fraga / Resumo Introdução: O megacólon tóxico (MT) é definido como uma distensão total ou segmentar não obstrutiva do cólon transverso, na presença de importante toxicidade sistêmica. Acomete cerca de 2% a 10 % dos pacientes com doença inflamatória grave, com uma taxa de mortalidade que atinge até 45 % dos casos. Objetivo: Apresentar uma proposta de abordagem pré-operatória do paciente com megacólon tóxico, em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para a redução das taxas de mortalidade pós-operatória. Metodologia: Revisão não sistemática da literatura a partir das bases de dados: PUBMED, MEDLINE, CAPS, UPTODATE, BESTPRACTICE e MEDSCAPE, com ênfase em 16 artigos publicados entre 2003 e 2013. Descritores: “megacólon tóxico” e “toxic megacolon”. Resultados: As principais etiologias inflamatórias do MT são a Colite Ulcerativa (CU) e a Doença de Crohn, enquanto o Clostridium difficile aparece como principal agente infeccioso associado. Segundo Ferreira F et al. (2011), a perfuração é um fator de mau prognóstico, associada a uma taxa de mortalidade de 40% versus 2%-8% na sua ausência. A abordagem em UTI inclui: monitorização hemodinâmica e respiratória; correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos; corticoterapia venosa; imunossupressores; suporte nutricional parenteral; antibioticoterapia de largo espectro; a terapia biológica (em casos selecionados), além de outros cuidados específicos como descompressão retal ou a aférese leucocitária (Sawada ET al, 2005). A antibioticoterapia de largo espectro, por exemplo, embora ainda questionável, continua sendo recomendada em quase todas as referências. O metronidazol e a piperacilin a/tazobactam são frequentemente utilizados. Quando o agente etiológico for o Clostridium difficile, a Vancomicina é o antibiótico de escolha (Surawicz et al, 2013). Conclusão: O MT acomete uma porcentagem significativa de pacientes com doenças inflamatórias grave, apresentando uma taxa elevada de mortalidade, principalmente quando associado à retocolite ulcerativa grave. É fundamental o estabelecimento de diretrizes para a adequada abordagem desta complicação considerando, sobretudo, os cuidados pré-operatórios em UTI, que tem como principal objetivo, prevenir a perfuração espontânea do cólon e reduzir as taxas de mortalidade pós-operatórias. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 73 A nais COLECTOMIA TOTAL COM AMPUTAÇÃO ABDOMINO-PERINEAL DEVIDO DOENÇA DE CROHN EM PACIENTE JOVEM - RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Beatriz Souza Barros / HBDF; Mariana Dias Zanchetta / HBDF; Sheilane Rodrigues da Silva / HBDF; Franciara Leticea Moraes da Cunha / HBDF; Sérgio Luiz Cruz Cunha / HBDF; Alexandre Gheller / HBDF; Dannilo Brito Silveira / HBDF. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo jejuno, íleo, cólon e reto. É responsável por 20% de todos os casos de hemorragia digestiva. Relato do Caso: Paciente de 37 anos, feminina, interna no Hospital Geral de Caxias do Sul por náuseas, vômitos, astenia e sangramento vaginal. Há um mês estava em investigação de massa pélvica, tendo o diagnóstico de carcinoma Epidermoide invasor de colo de útero há uma semana. Paciente apresentou melena quinze dias após a internação. Realizada endoscopia digestiva alta que observou duodenite erosiva rasa intensa responsiva a inibidor de bomba de prótons. Três dias após, teve episódios de enterorragia volumosa. Realizada colonoscopia Resumo com grande quantidade de sangue na luz do órgão impossibilitando a progressão do aparelho além do sigmoide, devido a instabilidade 74 Introdução: A doença de Crohn é uma doença inflamatória intestinal crônica, de origem desconhecida, que pode acometer qualquer segmento do tubo digestório, da boca ao ânus. Objetivo: Relatar o caso de um paciente jovem com diagnóstico de doença de crohn, submetido à colectomia total com amputação abdomino-perineal e ileostomia definitiva. Exposição do caso: Paciente masculino, 31 anos, com diagnóstico de doença de crohn não responsiva ao uso de imunobiológicos, apresentando fístulas perianais e submetido à colocação de sedenho. Evoluiu posteriormente com abcesso retrovesical e fístula retovesical, sendo realizada colostomia em alça e sondagem vesical de demora para tratamento da fístula. Paciente não obteve melhora dos sintomas mesmo após as intervenções cirúrgicas anteriores, sendo optado pela realização de colectomia total com amputação abdomino-perineal. Discussão: Em caráter eletivo, o tratamento cirúrgico da doença de Crohn é indicado para solucionar complicações como fístulas, estenoses, lesões anoperineais ou intratabilidade clínica. Quando bem indicada e realizada, a colectomia total oferece ao doente vantagens sobre o tratamento clínico prolongado, quando este se torna ineficaz. hemodinâmica da paciente. Após estabilização, paciente permanecia com enterorragia volumosa, sendo realizada angiografia com embolização de ramo da artéria mesentérica por angiodisplasia colônica em nível de ângulo esplênico. Doze horas após embolização com micro-esferas, paciente evoluiu com quadro de anafilaxia ao contraste, respondendo bem com manejo clínico. Teve boa evolução pós-operatória e recebeu alta sem novos episódios de sangramento intestinal. Discussão: As opções terapêuticas na hemorragia digestiva baixa incluem a colonoscopia, a infusão de vasopressores, embolização arterial e a cirurgia. O exame de eleição para diagnóstico e tratamento é a colonoscopia, caso o paciente se apresente hemodinamicamente estável e com preparo colônico adequado. A falha endoscópica é superior a 32%, principalmente em hemorragias maciças. Pacientes com hemorragia refratária ao tratamento clínico e endoscópico, deverá ser submetidos a intervenção cirúrgica ou embolização arterial por angiografia. A embolização intra-arterial foi introduzida no tratamento da hemorragia digestiva baixa em 1974. O avanço da tecnologia nos permite realizar cateterismo super-seletivo arterial e embolização de vasos menores que 1 mm, minimizando as complicações do procedimento. O sucesso da terapêutica é de 69 a 100% dos casos. A taxa de ressangramento após embolização EMBOLIZAÇÃO ARTERIAL SELETIVA DE ANGIODISPLASIA COLÔNICA ocorre em 10 a 30% dos casos no primeiro mês. A taxa de isquemia intestinal após embolização é de 5 a 22%. Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Andreza Gauterio Cavalcanti / UCS; Marcos Poletto / UCS; Rafael Sartori Balbinot / UCS; Clandio Dutra / UCS; Marcelo Puerari Corrales / UCS; Jonathan Soldera / UCS; Silvana Sartori Balbinot / UCS; Raul Angelo Balbinot / UCS. Resumo FITOBEZOAR: UM RELATO DE OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR IMPACTAÇÃO DE SEMENTES DE ACEROLA EM RETO Introdução: A hemorragia digestiva baixa é definida como o sangramento originado abaixo do ligamento de Treitz, o qual inclui Autores: Ylanna Fortes Fonseca / Unifacs; Rafael Viana Leite / Unifacs; Vanessa Barreto Matos Maia / Unifacs; Renata Borges de Lima / Unifacs; Raianne Silva Lima / Unifacs; Temário: Cirurgia / Cólon GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Márcio Rivison Silva Cruz / Unifacs; Marcos de Almeida Correia Lima / Unifacs; Natália Matos Muricy / Unifacs. Resumo Introdução: Bezoares são concreções de materiais não digeríveis no trato gastrointestinal. são responsáveis por 2 a 3% de todas as obstruções intestinais e dividem-se em seis subtipos: fitobezoar, tricobezoar, lactobezoar, metalobenzoares, bezoares de remédio e bolus de comida. O fitobezoar é o subtipo mais frequente (40% dos casos), sendo formado por um conglomerado de material fibroso de vegetais e frutas. Seus fatores predisponentes incluem ingestão copiosa de alimentos fibrosos, erros de mastigação, cirurgias gástricas prévias e esvaziamento gástrico lentificado. O quadro clínico geralmente é inespecífico, insidioso e gradual, sendo a obstrução intestinal sua principal complicação. A impactação de sementes em reto é uma causa incomum de obstrução e, apesar de a literatura trazer casos diversos de fitobezoar, a semente de acerola raramente é reportada como causa. Objetivo: O presente relato visa apresentar um raro caso de obstrução intestinal em criança por fitobezoar de caroços de acerola em reto. Método: O caso foi obtido através da revisão do prontuário, registro fotográfico dos métodos diagnósticos utilizados, do fitobezoar extraído e da revisão da literatura. Relato de caso: Paciente JSS, sexo masculino, seis anos, cursava com queixa de náuseas e dor abdominal, principalmente supra púbica e em fossa ilíaca esquerda, há dois dias, associada a constipação há cinco dias. Negava vômitos ou febre. Relatou a ingestão de “muitas” acerolas há sete dias. Ao exame físico, apresentava abdome distendido e doloroso à palpação profunda, principalmente em abdome inferior. O toque retal demonstrou esfíncter normotônico e âmpola retal com presença de conteúdo sólido e irregular. A radiografia simples de abdome evidenciou imagem heterogênea ao nível do reto (compatível com impactação de sementes de acerola). O paciente, então, foi submetido a extração manual das sementes, com uso de xylocaína gel. Após oito horas de observação, recebeu alta assintomático. Conclusão: O abdome agudo obstrutivo secundário a fitobezoar é uma entidade clínica rara. Todavia, este relato alerta a importância de tal afecção e a atenção que deve ser dada a este diagnóstico diferencial. O caso apresentado condiz com a literatura vigente e o bom prognóstico do paciente foi assegurado pelo diagnóstico e terapêutica rápidos. RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Franciara Letícea Moraes da Cunha / HBDF; Cynthia Abdalla Cruz / HBDF; Sérgio Luiz Cruz Cunha / HBDF; Mariana Dias Zanchetta / HBDF; Silvana Marques e Silva / HBDF; Laura Cardoso Vasconcelos / HBDF; Alexandre Gheller / HBDF; Fábio Alves Soares / HBDF. Resumo A histiocitose de células de Langerhans (HCL)resulta de uma proliferação clonal das células de Langerhans, e sua etiopatogenia é desconhecida. As hipóteses de se tratar de uma doença neoplásica ou de origem inflamatória, assim como a existência ou não de fatores predisponentes imunológicos, virais ou genéticos, são amplamente discutidas na literatura sem haver uma Conclusão definitiva. Pode ser diagnosticada em qualquer faixa etária, acometendo principalmente crianças. A incidência anual na faixa pediátrica é estimada em três a quatro por milhão. Acredita-se que essa incidência seja subestimada devido à semelhança das formas localizadas com outras patologias e à possibilidade de regressão espontânea. A apresentação clínica e a evolução da HCL são muito variáveis. Praticamente todos os tecidos podem ser acometidos pela doença, que pode se manifestar como lesão isolada em um único órgão ou como doença disseminada com disfunção orgânica. Os locais mais comumente envolvidos são os ossos, pele e linfonodos. A doença pode resolver espontaneamente ou evoluir com comprometimento da função de órgãos vitais, com conseqüências graves e fatais. O desconhecimento acerca da etiopatogenia da doença dificulta o desenvolvimento de uma abordagem terapêutica racional. Relato do Caso: Paciente feminino, 70 anos, encaminhada para o serviço de Coloproctologia para realização de colonoscopia para rastreamento de câncer colorreal. Sabidamente portadora de hipertensão arterial sistêmica, hipotireoidismo, dislipidemia e vitiligo, referindo esforço evacuatório, com fezes endurecidas, porém sem sangramentos ou outras queixas coloproctológicas. Colonoscopia realizada até íleo terminal. Identificado pólipo séssil de 3 mm de diâmetro localizado em cólon transverso e óstios diverticulares de colo estreito, localizados em cólon sigmoide, sem complicações. Realizada polipectomia. Estudo anatomopatológico evidenciando neoplasia maligna indiferenciada em cólon transverso, sendo a peça encaminhada à imunohistoquímica para definição de histiogênese. Laudo histopatológico revelando histiocitose de células de Langerhans, baseado na positividade para CD1a, CD4, CD68 (paranu- HISTIOCITOSE DE CÉLULAS DE LANGERHANS EM CÓLON - clear) e S100; negatividade para CD163.Paciente segue em acompanhamento clínico ambulatorial com a unidade de Hematologia. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 75 A nais INFLUÊNCIA DO PREPARO INTESTINAL MECÂNICO NA FORMAÇÃO DE ADERÊNCIAS PERITONEAIS EM CIRURGIA COLORRETAL: ESTUDO EXPERIMENTAL EM CÃES Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Welligton Ribeiro Figueiredo / Universidade Estadual do Piauí- UESPI; Carlos Renato Sales Bezerra / Universidade Estadual do Piaui; Clara Caroline Ribeiro Figueiredo / Facid Devry; Erbert Martins portela Filho / Facid Devry; Mayara Magry de Andrade Silva / Facid Devry; Kaline Fortes e Silva / Facid Devry; Camila Monitiele de Oliveira Lima / Facid Devry; Alisson Duarte Martins / Facid Devry. Resumo da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo O preparo intestinal não interferiu na formação de aderências intestinais em cirurgia colorretal com anastomose. INFLUÊNCIA DO PREPARO INTESTINAL MECÂNICO NA PRESSÃO DE RUPTURA DA ANASTOMOSE COLO-CÓLICA: ESTUDO EXPERIMENTAL EM CÃES Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Welligton Ribeiro Figueiredo / Universidade Estadual do Piaui; Carlos Renato Sales Bezerra / Universidade Estadual do Piaui; Clara Caroline Ribeiro Figueiredo / Facid Devry; Erbert Martins portela Filho / Facid Devry; Wilton Matos da Paz Filho / Facid Devry; Kaline Fortes e Silva / Facid Devry; Camila Monitiele de Oliveira Lima / Facid Devry; Rafael Felipe Martins de Oliveira Viana / Facid Devry. Introdução: O preparo intestinal é definido como o conjunto 76 de medidas empregadas com objetivo de conseguir um cólon Resumo totalmente livre de resíduos fecais com redução significativa da flora bacteriana e com mínimo de desconforto e risco para os pacientes. Introdução: A limpeza exaustiva de conteúdo intestinal é ainda As aderências intraperitoneais pós-operatórias configuram-se como considerado um dos fatores mais importantes na prevenção de um problema frequente na cirurgia colorretal com anastomose, e complicações pela maioria dos cirurgiões. Estudos do século passado acredita-se que o preparo intestinal e limpeza do cólon possa reduzir já citavam a presença de fezes no cólon como uma das principais as complicações locais da anastomose e formação de aderências. causas de deiscência anastomótica. Muitos autores defendem que Objetivo: Avaliar experimentalmente em cães se o preparo intestinal o preparo intestinal pré-operatório é essencial na cirurgia colorretal é capaz de influenciar a formação de aderências peritoneais em para a redução de complicações infecciosas. Objetivo: Avaliar cirurgia colorretal com anastomose. Método: Foram utilizados 42 experimentalmente em cães se o preparo intestinal é capaz de alterar animais (Canis familiares) fêmeas distribuídos em 2 grupos com a pressão de ruptura da anastomose colo-cólica. Método: Foram 21 animais em cada: grupo I (controle) – com preparo intestinal e utilizados 42 animais (Canis familiares) fêmeas distribuídos em 2 grupo II (estudo) – sem preparo intestinal prévio. Os animais de grupos com 21 animais em cada: grupo I (controle) – com preparo ambos os grupos foram submetidos à laparotomia com secção do intestinal e grupo II (estudo) – sem preparo intestinal prévio. Os cólon descendente e anastomose primária com fio de polipropileno. animais de ambos os grupos foram submetidos à laparotomia com Os animais foram submetidos à eutanásia no 21º dia de pós- secção do cólon descendente e anastomose primária com fio de operatório com laparotomia e avaliação da anastomose colo-cólica polipropileno. Os animais foram submetidos à eutanásia no 21º dia quanto à presença de complicações e grau de aderências intestinais de pós-operatório com laparotomia e avaliação da anastomose colo- (Classificação de knightly). O trabalho foi aprovado pelo Comitê de cólica quanto à pressão de ruptura da anastomose. O trabalho foi Ética e Pesquisa da FACID com protocolo Nº 187/11. Resultados: aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da FACID com protocolo Ocorreu um (4,5%) óbito em cada grupo sendo o do grupo I no 7º Nº 187/11. Resultados: Ocorreu um (4,5%) óbito em cada grupo dia pós-operatório devido à deiscência da anastomose colo-cólica sendo o do grupo I no 7º dia pós-operatório devido à deiscência e o do grupo II no 10º dia de pós-operatório devido à infecção em da anastomose colo-cólica e o do grupo II no 10º dia de pós- sítio cirúrgico com deiscência total da parede abdominal. Os animais operatório devido à infecção em sítio cirúrgico com deiscência total do grupo I apresentaram mais aderências no grau 2 (35%) e grau da parede abdominal. Ao se realizar insuflação do segmento cólico 3 (25%). Já os animais do grupo II apresentaram uma distribuição com 300mmHg, houve uma (5,0%) ruptura em cada grupo. Uma mais homogênea (Graus I,II,III=25%; Grau IV=20%), sem diferença anastomose do grupo I rompeu com 270mmHg e uma do grupo II estatisticamente significante entres os grupos. Conclusão: com 220mmHg, sem diferença estatisticamente significante entre os GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 grupos. Conclusão: O preparo intestinal não interferiu na pressão de ruptura da anastomose colo-cólica. A anastomose colo-cólica sem preparo intestinal apresentou a mesma segurança e eficácia da anastomose realizada com preparo prévio. INGESTÃO MACIÇA DE CORPO ESTRANHO - TÓXICO - COCAÍNA RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Walmar Kerche de Oliveira / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Maria Aparecida Coelho de Arruda Henry / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Mauro Masson Lerco / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Haidar Ahmad Ali Waked / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Luiz Gustavo de Almeida Oliveira / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Raíssa Amélia Silva Reis / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Walter Magalhães Neto / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Marcela Maria Silvino Craveiro / Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP. Resumo Introdução: A ingestão de corpos estranhos ocorre na maioria das vezes de forma acidental e mais comumente em crianças. como aumento da criminalidade temos observado muitos casos de ingestão proposital de tóxicos, por adultos, com objetivo de esconder a droga para o tráfico ou escapar de um flagrante. Objetivo: O objetivo deste trabalho é relatar um caso de ingestão de muitos papelotes de cocaína por um paciente adulto que teve boa evolução com tratamento clínico. Relato do caso: Paciente adulto, 24 anos, sexo masculino, encaminhado ao serviço de emergência pela Polícia Militar devido à suspeita de ingestão de tóxicos para tráfico de drogas e escapar do flagrante. Após anamnese e realização de exame radiológico, confirmamos a ingestão de muitos papelotes de cocaína. O paciente foi submetido a tratamento clínico com uso de laxante, via oral, devido termos observado que os papelotes encontravam-se distribuídos por todo o cólon. O paciente ficou sob monitorização durante as 48 horas de internação e eliminou por via retal 91 papelotes de cocaína de cerca de cinco centrímetros de comprimento cada um. O paciente recebeu alta hospitalar após a eliminação completa dos papelotes, confirmado por exame radiológico, sendo encaminhado à delegacia de polícia. Conclusão: Conclui-se que o tratamento clínico ainda é fundamental para tratar casos de ingestão de corpo estranho acidental ou proposital, incluindo tóxicos, associado à experiência médica, porém devem ser rigorosamente acompanhados devido ao risco de overdose em caso de absorção da droga. INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL EM ADULTO - RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Fernando Furlan Nunes / Universidade de Santo Amaro; Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro Junior / Universidade de Santo Amaro; Diego Ferreira de Andrade Garcia / Universidade de Santo Amaro; Tamima Mohamad Aboul Arabi / Universidade de Santo Amaro; Bianca Dermendjian / Universidade de Santo Amaro; Julia Carvalho Seabra / Universidade de Santo Amaro; Stefanie Bergamim Saviano Moran / Universidade de Santo Amaro; Edson Hiroshi Salgado Uramoto / Universidade de Santo Amaro. Resumo Introdução: Intussuscepção em adulto é rara, corresponde de 1 a 5% de obstrução intestinal em adultos; 90% são secundários à lesão orgânica e 10% idiopática. Pode ter como etiologia qualquer lesão patológica de parede do intestino ou do lúmen, alterando o peristaltismo, sendo o ponto de partida. Pode decorrer de aderências, linfomas, metástases, divertículo de Meckel, tumores malignos, sendo os de intestino delgado mais raros que os metastáticos. Objetivo: Relatar um caso do Hospital Geral do Grajaú de intussuscepção intestinal. Relato de Caso: Paciente LRS, 51 anos, sexo feminino, procurou o serviço por dor abdominal intermitente há 2 semanas, piorava ao se alimentar, associada a diarreia aquosa com pouca fezes há 10 dias e distensão abdominal. Realizou Tomografia computadorizada de abdôme e pelve evidenciando imagem com aspecto de alça dentro de alça, com “sinal do alvo”, com densificação da gordura adjacente, localizada no cólon transverso, caracterizando intussuscepção intestinal. Submetida à laparotomia exploradora, sendo palpado tumefação em cólon ascendente com invalidação do cólon há 14 cm da válvula íleo-cecal. Foi realizada colectomia direita com íleo transverso anastomose látero-lateral, linfadenectomia em bloco e fechamento da brecha mesentérica. Anatomopatológico compatível com lipoma de submucosa de cólon com necrose e hemorragia segmentar, por distúrbio circulatório, sem sinais de malignidade. Conclusão: Intussuscepção intestinal é incomum em adultos. No caso em questão era esperado processo maligno, o que não ocorreu, sendo assim o tratamento foi cirúrgico, sem necessidade de adjuvância. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 77 A nais INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL EM ADULTOS: IMPORTÂNCIA DA CORRELAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA, CIRÚRGICA E ANATOMOPATOLÓGICARELATO DE CASO E Revisão DA LITERATURA Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Cecilia do Amaral Campos / Curso de Medicina UNIBH e serviço de Ultrassonografia, Santa Casa BH,; Tiago PaesGomide / serviço de Ultrassonografia, Santa Casa-BH; Marco Antônio Freitas da Silva Júnior / serviço de Ultrassonografia, Santa Casa-BH; Vitor Oliveira Botelho de Carvalho / Instituto Alfa de Gastroenterologia, Hospital das Clínicas da UFMG. Resumo XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo ocorreram no intestino delgado, 17% no grosso e 30% na região íleo-cólica. Até 30% das lesões de delgado e 65% de grosso são malignas. Adenocarcinoma primário é a lesão maligna mais comum. Em série brasileira de casos tratados cirurgicamente, 100% dos pacientes apresentaram dor abdominal. Náusea, vômitos e massa palpável estavam presentes em 62,5%; obstrução e distensão intestinal em 37,5%; hemorragia digestiva em 31,5%; diarreia em 25% e constipação e perda de peso em 18,75%. A ultrassonografia mostra “sinal do alvo” transversalmente e “sinal do pseudo-rim” longitudinalmente, bastante sugestivos desta condição. INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL POR LIPOMA EM CÓLON ASCENDENTE Temário: Cirurgia / Cólon A intussuscepção intestinal é rara em adultos e é responsável por 78 da 1 a 5% dos casos de obstrução intestinal nesta população. Ocorre quando segmento proximal de intestino é tracionado para dentro de segmento distal. 70 a 90% dos casos estão associados a alterações morfológicas, notadamente pólipos/tumores. Em algumas casuísticas mais de 50% das invaginações, cólicas ou entéricas, estão associadas a tumores malignos. O diagnóstico ultrassonográfico acurado e precoce é fácil quando o cirurgião e o ultrassonografista estão familiarizados com os aspectos imaginológicos. O objetivo deste trabalho é relatar caso, correlacionar e discutir aspectos cirúrgicos, anatomopatológicos e ultrassonográficos. Relato de caso: Mulher, 36 anos, com história de crises de dor abdominal em andar superior, em cólica, associada a vômitos, hiporexia e diarreia aquosa, foi submetida a colecistectomia videolaparoscópica por colelitíase. 40 dias após o procedimento, houve piora da dor e a paciente foi novamente internada. Ultrassonografia evidenciou imagem em alvo em hipocôndrio direito e sugeriu o diagnóstico de intussuscepção intestinal. O fluxo sanguíneo estava aparentemente preservado ao doppler. Foi submetida à laparotomia que evidenciou intussuscepção íleo-cólica e procedida colectomia direita. Exame anatomopatológico descreveu segmento de íleo invaginado para dentro de cólon ascendente. No interior havia lesão vegetante de aspecto neoplásico com 7 por 5 cm. Ao microscópio foi observado adenocarcinoma moderadamente diferenciado, invasor, com margens livres. Discussão: Intussuscepções podem ser benignas, malignas ou idiopáticas. Entre as benignas, estão inflamatórias, aderências e tumores benignos. Os lipomas e pólipos adenomatosos são os mais comuns neste grupo. Pode ser entérico, ileocólico ou colônico. Em estudo com 745 intussuscepções no adulto, 39% Autores: Vanessa Barreto Matos Maia / Unifacs; Renata Borges de Lima / Unifacs; Raianne Silva Lima / Unifacs; Renata Fernandes Cunha / Unifacs; Ylanna Fortes Fonseca / Unifacs; Marcio Rivison Silva Cruz / Unifacs; Natália Matos Muricy / Unifacs; Marcos Almeida Correia Lima / Unifacs. Resumo Introdução: Embora raro, o lipoma é a segunda neoplasia não epitelial benigna mais frequente do cólon. Predomina no espaço submucoso, podendo acometer o subseroso e os apêndices epiplóicos, geralmente não sofrendo transformação maligna. A maioria deles é assintomática, sendo descoberta apenas através de exames radiológicos, endoscópicos ou em autópsias. Menos comumente, apresenta-se com uma variedade de sintomas, tais como dor abdominal, mudança de hábito intestinal, anemia, massa abdominal palpável e as vezes, sinais de obstrução, secundários à oclusão da luz pelo próprio lipoma ou à intussuscepção. Objetivos: Relatar um caso de lipoma em cólon ascendente que progrediu com intussuscepção e consequente obstrução de mais de 50% do lúmen intestinal. Método: Revisão de literatura e revisão do prontuário, registros fotográficos dos exames complementares e peça cirúrgica. Relato do Caso: Paciente MLRO, feminina, 57 anos, admitida com queixa de desconforto abdominal em quadrante inferior direito há cerca de três meses e constipação há um mês. Apresentou perda ponderal (cerca de três quilos) desde o início dos sintomas. Negou náuseas, vômitos, febre ou sangramento às evacuações. Fazia uso frequente de laxantes, porém com pouco êxito. Ao exame físico, apresentava abdome flácido e doloroso em flanco direito e uma massa à palpação profunda. Foi solicitada uma tomografia computadorizada de abdome, que evidenciou tumoração GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 em topografia de cólon direito sugestiva de lipoma, além de intussuscepção colocolônica. A colonoscopia confirmou os dados da tomografia, mostrando tumorações de paredes lisas e invaginação, com obstrução de mais de 50% do lúmen intestinal. A paciente foi submetida a reparo cirúrgico através de laparotomia exploradora associada à colectomia direita e ileotransversoanastomose. Evoluiu sem intercorrências, recebendo alta hospitalar no terceiro dia pósoperatório. Conclusão: O presente relato evidencia um caso de obstrução intestinal por intussuscepção secundária a lipoma em cólon ascendente, o que torna o presente relato importante para a comunidade médica. pia ou cirurgia. A diferenciação de processos malignos é o principal desafio antes da ressecção cirúrgica. Apesar das inovações diagnósticas recentes, tem sido relatado que a precisão do diagnóstico pré-operatório total é de apenas 62%. Relato do Caso: MEPB, mulher, 73 anos com queixa de dor abdominal difusa em cólicas há 6 meses, sem alteração do hábito intestinal ou perda ponderal. AP: HAS, coronariopata, hipotiroidea, a colonoscopia evidenciava lesão subepitelial de 5cm em cólon direito. Paciente foi submetida à Colectomia Direita com Ileotransversoanastomose. Está no 3ºmês PO com sem queixas. Discussão: A ressecção cirúrgica é a melhor escolha de tratamento para lipomas grandes ou sintomáticos. O tratamento cirúrgico inclui a ressecção, colotomia com excisão LIPOMA NO CÓLON DIREITO: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Paula Daphne Brisigueli Borges de Almeida / HUSF; Danilo Toshio Kanno / HUSF; Roberta Lais do Santos Mendonça / HUSF; Ronaldo Nonose / HUSF; Enzo Fabricio Ribeiro Nascimento / HUSF; Carlos Augusto Real Martinez / HUSF; Rafael Fernandes Gama / HUSF. Resumo local, ressecção do cólon limitada, ressecção segmentar, colectomia ou colectomia subtotal. A escolha de qualquer uma das intervenções cirúrgicas depende do tamanho do lipoma, localização, e a presença ou ausência de diagnóstico de doenças ou complicações pós-operatórias definidas. 79 MUCOCELE DE APÊNDICE: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Cólon Introdução: Os lipomas são tumores não epiteliais benignos, raros, que podem ser encontrados ao longo de todo trato gastrointestinal. Está localizado mais comumente no cólon direito, seguido pelo ceco, cólon transverso, cólon esquerdo e, por último, sigmoide. Mais de 70% destes localizados no cólon direito. Lipomas do cólon são mais comuns no sexo feminino, com idade média de 50 anos e com uma predileção para o cólon direito. A incidência varia entre 0,2% a 4,4% e o tamanho pode variar de 2mm até 30cm. Apresentam-se como uma massa polipoide séssil, originária da submucosa com a mucosa intacta. Raramente são pedunculados, com lesões ulceradas ou necróticas na mucosa sobrejacente. Geralmente assintomáticos e diagnosticados incidentalmente durante uma colonoscopia ou cirurgia. Os sintomas são correlacionados com a dimensão do lipoma, ocorrendo em 25% dos pacientes e em 75% quando maiores que 4cm. Os sintomas são vagos: dor abdominal, alterações nos hábitos intestinais e raramente se manifestam como hemorragia gastrointestinal, perfuração ou obstrução. Os lipomas gigantes, maiores que 4cm, são os tumores benignos mais comuns no cólon que causam intussuscepção. Os lipomas sintomáticos, apesar de incomuns, continuam a apresentar dificuldades no diagnóstico diferencial pré-operatório entre tumores malignos e benignos. O diagnóstico é feito por exames de imagem, colonosco- Autores: Annelyse de Araújo Pereira / PUC Goiás; Germana Jardim Marquez / PUC Goiás; André Rezek Rodrigues / PUC Goiás; Roberto Van de Wiell Barros / Santa Casa de Misericórdia de Goiânia; Yara Rocha Ximenes / Santa Casa de Misericórdia de Goiânia; Juan Manuel Rodriguez / Santa Casa de Misericórdia de Goiânia; Alisson Morais Moreira / Santa Casa de Misericórdia de Goiânia; Manoel Lemes da Silva Neto / Santa Casa de Misericórida de Goiânia. Resumo Introdução: A mucocele do apêndice (MA) é um termo descritivo e inespecífico que define o aumento do apêndice cecal pela produção e acúmulo intraluminar de mucina, devido a alterações da camada mucosa e muscular. A sua incidência varia entre 0,2% a 0,4% das apendicectomias em geral, com ligeira predominância do sexo feminino, sendo mais frequente em idades acima dos 50 anos. Geralmente é assintomática e o diagnóstico pré-operatório é incomum. As causas podem ser variadas e podem ser classificadas em: Tipo I (Mucocele ou cisto de retenção), tipo II (cisto adenoma mucinoso) e tipo III (adenocarcinoma mucinoso). O tratamento inicial padrão para a mucocele de apêndice é a hemicolectomia direita, já os procedimentos laparoscópicos são, em geral, contra indi- GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 A nais 80 da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo cados. Relato: Paciente, XX anos, sexo feminino, submetida dificilmente encontrado em pacientes jovens. Objetivo: Rela- à videolaparoscopia diagnóstica por dor abdominal que evi- tar um caso de neoplasia maligna de reto baixo em paciente denciou massa sólida ao nível da região apendicular. Realizou- jovem. Casuística: Um paciente (relato de caso). Méto- se uma Tomografia Computadorizada que indicou uma lesão do: Avaliação retrospectiva do prontuário de um paciente do expansiva cística ovalada, septada com calcificações parie- Hospital Ophir Loyola em Belém-PA. Resultados: Paciente tais, medindo cerca de 8.5x4.1 cm de localização intraperito- do sexo masculino, 20 anos, há quatro anos, queixa-se de neal, com extremidade cranial próxima ao ceco. Solicitou-se constipação intestinal, hematoquezia e sem perda ponderal, marcadores tumorais: CA 125 e CEA normais. Foi levantada procurando assistência médica, mas não obteve o diagnós- a hipótese de MA. A paciente foi submetida à Hemicolecto- tico. Entretanto, há um ano e meio foram realizados exames mia Direita com Ileotransversoanastomose com Grampeador e foi constatada por video-colonoscopia a presença de le- Intraluminal. O anatomopatológico revelou MA vermiforme são úlcero-infiltrativa de reto distal e realizadas biópsias que com displasia moderada/acentuada e inflamatória crônica. Foi constataram a presença de adenocarcinoma moderadamente encaminhada ao oncologista clínico, que optou por seguimen- diferenciado. Exames de estadiamento realizados não eviden- to clínico. Atualmente encontra-se no 3º ano de seguimento ciaram metástases, porém a tomografia computadorizada de pós-operatório, com exame físico, de imagem e laboratorial abdômen demonstrou espessamento das paredes da bexiga de rotina dentro dos padrões de normalidade. Conclusão: O e reto baixo com diminuição da sua luz. O paciente foi subme- caso acima comprova o que vem sendo relatado na literatura tido à terapia neoadjuvante e foi internado no Hospital Ophir e em trabalhos publicados, que a maioria dos diagnósticos de Loyola para realização de tratamento cirúrgico. Na admissão MA ocorrem acidentalmente durante uma cirurgia, principal- a história foi coletada com prejuízos, pois o paciente apresen- mente pela pouca apresentação de sinais e sintomas que nos ta doença psiquiátrica, porém o acompanhante relatou que leve a sua suspeição. Apesar disso, é importante o diagnóstico o mesmo trata esta doença há 12 anos e é tabagista inces- pré-operatório para que se possa manipular de forma correta sante negando outros antecedentes e alterações. Ao exame e cuidadosa a lesão, evitando que tenha o rompimento e a físico, apresentou alteração no exame proctológico com pre- disseminação de células tumorais no peritônio, o que causa o sença de lesão úlcero-infiltrativa a cerca de cinco centímetros desenvolvimento da complicação mais temida: o pseudomixo- da borda anal e presença de sangue em dedo de luva, sem ma peritoneal. demais alterações. Nos exames laboratoriais pré-operatórios não foram encontradas alterações. A cirurgia realizada foi a amputação abdominoperineal, sendo ressecada toda a lesão, NEOPLASIA MALIGNA DE RETO BAIXO EM PACIENTE JOVEM Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Adriano Sousa / Hospital Ophir Loyola; Marcelo Bandeira Coelho Dias / Hospital Ophir Loyola; Patrícia Isabel Bahia Mendes Freire / Hospital Ophir Loyola; Alessandro França de Souza / Hospital Ophir Loyola; Marcos de Souza Lopes Freire Filho / Hospital Ophir Loyola; Raquel de Maria Maues Sacramento / Hospital Ophir Loyola; Carlos Augusto Santos Furtado Pereira de Souza / Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola. Resumo mais colostomia definitiva, ocorrendo sem intercorrências. Paciente evolui no pós-operatório sem apresentar complicações e recebeu alta em bom estado geral. Conclusão: O câncer colorretal, apesar de incomum em pacientes tão jovens, deve ser investigado em pacientes que apresentam clínica suspeita e fatores predisponentes, pois sua detecção em uma fase precoce aumenta a chance de sobrevida e cura destes paciente. OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR VÓLVULO DE SIGMOIDE Temário: Cirurgia / Cólon Introdução: O câncer colorretal é a terceira maior causa de câncer e segunda maior causa de morte por câncer na América do Norte e na Europa Ocidental. Sua incidência aumenta proporcionalmente à idade (maior ou igual a 50 anos), sendo Autores: Paula Falci Loures / UFJF; Thaís Senra de Barros / Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora; Tereza Cristina Bernado Fernandes / Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora; Thaís Bandeira de Oliveira Junqueira / SUPREMA; Aline Falci Loures / UFF; Diego de Matos Silveira / UFJF; Tayná Gontijo de Carvalho / UFF. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 A nais Resumo Introdução: O vólvulo de sigmoide consiste em uma torção do cólon sigmoide, em relação ao seu mesocólon, sendo um quadro de abdome agudo por obstrução intestinal. Complicações como isquemia intestinal, gangrena e perfuração aumentam o risco de vida do paciente. Indivíduos com mais de 60 anos, do sexo masculino, com comorbidades, apresentam maior chance de terem vólvulo de sigmóide. A literatura se apresenta discordante em relação a etiologia dessa torção, embora hipóteses sugerem que o tipo de alimentação, a variação anatômica e a mobilidade da alça intestinal predisponham ao surgimento do vólvulo. Estudos constataram associação direta entre idade e comprimento do cólon sigmoide e do mesocólon. Objetivo: Relatar o caso de um paciente com quadro de abdome agudo obstrutivo por volvo de sigmoide, enfatizando os métodos diagnóstico-terapêuticos. Relato de caso: Paciente, sexo masculino, 83 anos, hipertenso, com quadro de dor e distensão abdominal difusa, parada da eliminação de gases e fezes, náuseas não associadas a episódios de vômitos. Nega febre e cirurgia abdominal prévia. Distensão difusa de cólon à Tomografia Computadorizada de abdome com sinais sugestivos de vólvulo de sigmoide. Resultado: O paciente foi submetido à laparotomia exploradora, constatando-se cólon sigmoide volvulado e extremamente distendido. Realizado colectomia parcial, com colostomia terminal à Hartmann, recebendo alta no 8º dia. Conclusão: A principal terapia adotada, deve ser a cirúrgica. A descompressão endoscópica, forma conservadora, pode ser utilizada como conduta inicial, porém devido ao seu alto grau de recorrência os pacientes devem ser encaminhados à cirurgia posteriormente. O tratamento cirúrgico é voltado para a restauração de alterações fisiopatológicas e o restabelecimento do trânsito intestinal e pode ser feito por ressecção e anastomose primária ou por ressecção e colostomia; abordagem está, normalmente, aplicada a pacientes idosos e indivíduos com fatores de risco. Assim, a fim de que se consiga um tratamento adequado e com redução da mortalidade, torna-se necessário a realização precoce do diagnóstico de vólvulo de sigmóide. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Hbdf; Sérgio Luiz Cruz Cunha / HBDF; Dannilo Brito Silveira / HBDF; Fabio Alves Soares / HBDF; Erivaldo Fernandes Lira / HBDF; Renata Gomes Ramalho dos Santos / Hbdf. Resumo Introdução: Uma ostomia é uma abertura cirurgicamente criada do trato digestivo ou urinário na superfície corporal. A problemática das complicações das ostomias urinárias e digestivas não é um conceito novo, tendo em conta que as cirurgias que originam ostomias são procedimentos não recentes. As complicações relacionadas com as ostomias são um problema frequente e afetam a qualidade de vida dos pacientes ostomizados. Material e Métodos: Foram avaliados 180 pacientes do ambulatório de Ostomizados do Hospital de Base do Distrito Federal, idade entre quinze e cem anos, com maior incidência (72,7%) entre 40 e 80 anos, sendo 52% do sexo masculino. A ostomia do lado esquerdo foi a mais prevalente entre as localizações (56,1%),a ileostomia foi realizada em 25 % desses pacientes.A neoplasia colorretal foi a causa da indicação, sendo 32,7% devido a neoplasia de reto e 22,7% em cólon. Em relação ao tempo da ostomia 44,4% dos pacientes tinham menos de um ano com o estoma e 19,4% há mais de um ano. Apresentaram complicações de estomas e periostomais 16,1% , sendo 34,4% devido a prolapso, 31% por dermatite, 27,5% por retração. Conclusão: No ambualtório de Ostomizados do Hospital de Base do Distrito Federal foram realizadas mais ostomias a esquerda, sendo a neoplasia a indicação mais frequente e tendo como complicação mais comum o prolapso. POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR: UM RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Alzira Leite Gomes / Uepa; Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophir Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; Bruno de Castro Ribeiro / Hospital Ophir Loyola; Victor Soares Peixoto / Hospital Ophir Loyola; Carolina Costa Beckman Nery Oti / Hospital Ophir Loyola; Caio Cardoso Costacurta / Uepa. Resumo PERFIL DOS PACIENTES OSTOMIZADOS DO HOSPITAL DE BASE Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Franciara Letícea Moraes da Cunha / HBDF; Cynthia Abdalla Cruz / HBDF; Alexandra Isabel de Amorim Lino / Introdução: A polipose adenomatosa familiar (PAF) é uma doença hereditária, autossômica dominante, com penetrância próxima de 100%, causada por uma mutação no gene Adenomatous polyposis coli (APC), localizado no cromossomo 5q 21. A PAF se manifesta GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 81 A nais 82 da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo pela presença de numerosos pólipos adenomatosos em todo diagnóstico se baseia no achado de: (1) presença de 5 ou mais trato gastrointestinal, especialmente o cólon. Estes pólipos podem lesões polipoides hamartomatosas no intestino grosso; (2) pólipos estar presentes anos antes do surgimento dos sintomas, fato que juvenis no trato gastrointestinal; (3) qualquer número de pólipos ratifica a importância da investigação precoce de familiares de juvenis com história familiar de polipose intestinal. Clínicamente os pacientes acometidos pela doença. O câncer da tireóide ocorre em pacientes apresentam eliminação de muco, hematoquezia, ane- 1 a 2% dos casos e tende a ser bem delimitado, pouco agressivo mia, hipoalbuminemia, hipoproteinemia, prolapso de pólipos pela e com baixo potencial de metástases. A colectomia é o tratamento região anal. História familiar de polipose juvenil pode ser encontra- recomendado para reduzir o risco de câncer colorretal e as opções da em aproximadamente 33% dos pacientes diagnosticados com cirúrgicas incluem colectomia total com ileorretoanastomose ou polipose hamartomatosa. Exames de endoscopia digestiva alta e proctocolectomia total com ileostomia terminal ou com bolsa colonoscopia deveram ser realizados assim que aparecerem sin- ileal em J. Objetivo: Relatar um caso de Polipose Adenomatosa tomas clínicos, ou em pacientes assintomáticos com risco elevado Familiar. Casuística: Um paciente (Relato de Caso). Método: da doença a partir dos 15 anos de idade. A presença de pólipos Avaliação retrospectiva do prontuário da paciente no Hospital Ophir numerosos, complicados com hemorragia, anemia, transformação Loyola. Resultados. Feminimo, 51 anos, com antecedentes pessoais maligna serão tratados cirurgicamente. A colectomia subtotal ou de surdez congênita e carcinoma papilífero de Tireóide há 20 anos, total com bolsa ileal são os procedimentos indicados. Relato de além de três irmãos com PAF e casos de câncer colorretal na família. Caso: LRPO, 15 anos deu entrada pelo pronto atendimento com Procurou atendimento em 2012 relatando episódios de diarreia, quadro de hemorragia digestiva baixa e exteriorização de lesão hematoquezia e perda ponderal. A colonoscopia evidenciou polipóide pela região anal. Sem antecedentes familiares de lesões múltiplos pólipos colônicos, indicando polipose adenotamosa em sistema digestório. Apresentava-se clínicamente anemiada, familiar. A paciente foi então submetida à colectomia subtotal com PA: 11x6 mmHg FC: 112r macrocefalia e aumento de folículos anastomose íleorretal término-lateral. Em 2013, uma colonoscopia pilosos pelo corpo. Anuscopia com lesão polipoide prolapsada de controle mostrou um pólipo em reto superior e uma lesão pela região anal com sangramento em babação. Hemoglobina de elevada de limites imprecisos e cerca de 3 cm de diâmetro em reto entrada: 6,2; hematócrito 19,6%. Optado por redução manual do inferior, sendo realizada polipectomia da primeira lesão e biópsias pólipo prolapsado e colocação de tampão anal hemostático para incisionais da segunda. O exame histopatológico demonstrou posterior investigação endoscópica. Realizada endoscopia digesti- adenoma tubular de baixo grau em reto superior e adenoma túbulo- va alta que mostrava apenas gastrite leve antral sem pólipos, pes- viloso de alto grau em reto inferior. Conclusão: A PAF é uma quisa de H.pylori negativo. Colonoscopia com presença de várias doença hereditária que se manifesta em indivíduos jovens, que se lesões polipoides em reto, sigmóide, colons de tamanhos variados, não tratados adequadamente desenvolverão neoplasia colorretal. O ulcerados sem que fosse possível tratamento de ressecção. Reali- melhor tratamento continua a ser o tratamento cirúrgico. zada proctocolectomia total com bolsa ileal e anastomose ileoretal sem complicações. Alta hospitalar no 7 dia pós-operatório. O Ana- POLIPOSE HAMARTOMATOSA JUVENIL - RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Cólon tomopatológico revelou presença de 5 lesões: em cólon direito, ceco, cólon transverso e reto compatíveis com adenocarcinomas moderadamente diferenciado e presença de 1 gânglio pericólico Autores: Luiz Claudio Landolfi Pereira / Hospital Nove de Julho; Mauricio Andrade Azevedo / Hospital Nove de Julho; Guilherme Blattner de Oliveira / Hospital Nove de Julho. em ceco comprometido de 72 retirados. Encaminhada para trata- Resumo PÓLIPO DE APÊNDICE: RELATO DE CASO Introdução: A Polipose hamartomatosa juvenil faz parte das Autores: Gabriel Faria Najas / UnP; Sílvio José de Lucena Dantas / UnP; Tiago Bezerra de Fretias Diniz / UnP; José Saint-Clair de Sousa Torres Filho / UnP; Pedro Bezerra Nóbrega / UnP; Senival Alves de Oliveira Júnior / UnP; Andrey Freitas Duarte / UnP; Rielly de Sousa e Silva / UnP; mento complementar de quimioterapia. Temário: Cirurgia / Cólon Síndromes de Tumores Hamartomatosos polipóides (PTEN Síndrome) caracterizada pela formação de pólipos no trato digestivo alto e baixo com elevado potencial de transformação maligna. O GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Resumo Introdução: Embora a apendicite aguda seja uma enfermidade comum, outras doenças que afetam o apêndice são pouco descritas. Há algum tempo, o uso da ultrassonografia e da tomografia computadorizada tem ajudado no diagnóstico de várias patologias envolvendo o apêndice. No entanto, dados na literatura sobre achados endoscópicos de diferentes processos envolvendo o apêndice ainda são escassos. Os pólipos hiperplásicos são pólipos não neoplásicos e tendem a ser diminutos e assintomáticos. são os segundos pólipos colorretais em frequência, sendo encontrados quase exclusivamente no reto e no sigmoide. Podem ter uma apresentação típica de uma apendicite aguda ou queixar-se de uma dor crônica em quadrante inferior direito de abdômen. Alguns casos podem ser assintomáticos, como também apresentar sintomas inespecíficos e melena. Entretanto, pólipos maiores tendem a ser sintomáticos pela tendência a ocluir o lúmen apendicular. A apendicectomia é o tratamento de escolha. Objetivo: Relatar um caso de paciente portador de pólipose apendicular, apresentando tratamento instituído e evolução. Metodologia: Revisão de prontuário e de literatura nas bases de dados MEDLINE, PubMed, UpToDate e SciELO, utilizando o descritor pólipo de apêndice. Incluídos artigos de língua inglesa e portuguesa, entre 2009 e 2014. Relato de Caso: Paciente JCR, 64 anos, sexo masculino, portador de um pólipo em apêndice observado na colonoscopia, paciente realizava este exame de rotina devido à existência prévia de pólipos em cólon. Paciente negava, queixas álgicas, diarreia, constipação, febre, náuseas, vômitos, melena, hematoquezia, anorexia. AP: HAS, DM, pólipos intestinais em cólon, já ressecados e colite. AF: Sem história familiar para pólipos. Colonoscopia mostrou uma área elevada no interior do óstio apendicular com fibrina no ápice sugestiva de lesão polipoide. Foi realizada a apendicectomia por videolaparoscopia. Apêndice cecal e segmento do ceco foram enviados para análise histopatológica, cuja Conclusão foi de pólipo hiperplásico de apêndice. O paciente permaneceu internado no pósoperatório durante três dias, tendo alta hospitalar posteriormente. Conclusão: como advento e disseminação dos exames de imagem novas patologias vem sendo mais corriqueiramente diagnosticadas. O pólipo de apêndice apesar de ser uma patologia benigna pode evoluir com risco de comodidades, e até mesmo mortalidade para com o paciente. Como são os casos de obstrução do apêndice pelo pólipo, estando indica a terapêutica cirúrgica. PREVENÇÃO DE HÉRNIA PARAESTOMAL, COM REFORÇO EM TELA DE POLIPROPILENO, EM UM PACIENTE COM NEOPLASIA DE RETO: RELATO DE CASO EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NA AMAZÔNIA Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Carlos José Cardoso Dourado / Ophir Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca / Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Ophir Loyola; Luiz Nazareno França de Moura / Ophir Loyola; Luiz Otávio Lopes de Macedo / Ophir Loyola; Raissa Pereira de Tommaso / Ophir Loyola; Sebastião Neto Fernandes Barros / Ophir Loyola; Bruno de Castro Ribeiro / Ophir Loyola. Resumo Introdução: A confecção de estoma, como resultado do tratamento de neoplasias colorretais, pode associar-se a complicações que afetam a qualidade de vida do paciente e aumentam os custos dos sistemas de saúde. A hérnia paraestomal se destaca entre as complicações tardias. Objetivo: Relatar o caso de um paciente com neoplasia retal, submetido a colostomia terminal com reforço em tela de polipropileno. Casuística: Paciente EGB, 48 anos, sexo masculino, natural de Belém-PA, admitido no Complexo Hospitalar Jean Bittar – Ophir Loyola, no dia 24/05/2013, com queixa principal de dor ao evacuar e diagnóstico de adenocarcinoma de reto baixo, há 6 meses. Realizou, previamente, 30 sessões de radioterapia e 05 de quimioterapia. Nega outras comorbidades. Ao exame: paciente em regular estado geral. Abdome normotenso, indolor a palpação, com ausência de massas palpáveis. Toque retal: presença de lesão palpável a 6 cm da borda anal, em paredes laterais e posterior, endurecida e sangrante. Método: As informações contidas neste trabalho foram obtidas por meio de revisão de prontuário, registros de exames complementares, e revisão da literatura. Resultados: Em 01/06/14 o paciente foi submetido à amputação abdominoperineal de reto e colostomia terminal com colocação de tela profilática. Antibioticoprofilaxia foi realizada durante indução anestésica. Sob anestesia geral, e após a amputação abdominoperineal do reto (cirurgia de Miles), foi confeccionada a colostomia terminal ao nível do sigmoide, com colocação de tela profilática. A tela utilizada foi do tipo polipropileno monofilamentar, medindo cerca de 10cm de diâmetro, com uma fenestração central de aproximadamente 5cm, local de passagem do intestino. O posicionamento desta tela se deu no plano retromuscular sobre a fáscia posterior e o peritônio. Durante a cirurgia não foram registradas intercorrências. Evolução: Paciente evoluiu bem no GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 83 A nais pós-operatório, sem nenhuma complicação cirúrgica, recebendo alta hospitalar no 7° PO. Segundo o planejamento o seguimento ambulatorial do paciente se dará com consultas no 15º dias, 1º, 3º e 6º mês, e 1º, 2º e 5º ano, pós-operatório. Nos dois primeiros retornos, a colostomia apresentou-se funcionante e sem evidência de complicações. Conclusão: As hérnias paraestomais são complicações comuns que resultam em grande dano físico e social aos pacientes ostomizados. Dada a praticidade técnica e relativo baixo custo, o uso de tela profilática se posiciona como alternativa de prevenção. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo desde 2005 no tratamento da PAF. Objetivo: Analisar os resultados clínicos e funcionais obtidos com o uso desta técnica cirúrgica no tratamento de crianças com PAF. Materiais e Métodos: Dados clínicos foram recuperados dos prontuários das crianças submetidas a este tratamento. Posteriormente, estes pacientes foram convocados para uma entrevista médica e exame físico sucinto. Neste momento, responderam a um questionário padronizado, com o objetivo de avaliar as condições clínicas, padrão evacuatório e aspectos relacionados a qualidade de vida. Resultados: 8 pacientes com diagnóstico endoscópico e histopatológico de PAF foram submetidos ao PROCTOCOLECTOMIA RESTORATIVA COM ILEONEORRETO-ANASTOMOSE NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DA POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR EM CRIANÇAS 84 Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Pedro Luiz Toledo de Arruda Lourenção / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Amanda André Monteiro / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Erika Veruska Paiva Ortolan / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Rozemeire Garcia Marques / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Marcos Curcio Angelini / Faculdade de Medicina de Botucatu UNESP; Wilson Elias de Oliveira Junior / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Francine Ambrosio Lopes da Silva / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Bonifácio Katsunori Takegawa / Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP. tratamento cirúrgico com INRA. A média de idade foi de 12,25 (± 2,9) anos. A mediana do tempo cirúrgico foi de 465 minutos e variou entre 600 minutos (primeiro caso) à 240 minutos (caso mais recente). Não houve complicações no intraoperatório. Três pacientes necessitaram de re-operações (2 por bridas e 1 por torção da alça proximal da ileostomia protetora). A mediana do tempo de seguimento clínico foi de 36 meses (5-120 meses). A maioria dos pacientes (57%) encontra-se com hábito intestinal regular, com fezes pastosas e com frequência evacuatória de até 5 vezes por dia. Apenas dois pacientes apresentam incontinência fecal (1 caso com perdas diárias durante o sono e 1 caso com perdas semanais). Conclusão: A proctocolectomia total com ileoneorreto anastomose mostrou-se uma técnica segura, eficaz e com adequados resultados clínicos e funcionais para o tratamento de crianças com PAF. Resumo Introdução: O tratamento cirúrgico da Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) tem como objetivo a remoção da mucosa coloretal e, ao mesmo tempo, fornecer adequada qualidade de vida, com continência fecal e frequência de evacuações aceitável. Em 1999, Van Laarhoven et al. propuseram uma técnica inovadora: a proctocolectomia restorativa com ileoneorreto-anastomose (INRA). Após a realização de uma colectomia subtotal, confecciona-se uma mucosectomia do reto, mantendo sua parede muscular íntegra. Um novo revestimento mucoso para esta parede retal será propiciado pela mucosa do segmento mais distal do íleo terminal, previamente dissecada de sua parede sero-muscular e mobilizada ao reto em conjunto com o seu suprimento vascular. Apesar de ser considerada uma técnica cirúrgica reprodutível e com baixo índice de complicações, há poucos relatos do seu uso na literatura, nenhum abordando a faixa etária pediátrica. Nosso grupo tem utilizado esta técnica PROLAPSO PÉLVICO MULTICOMPARTIMENTAL ASSOCIAÇÃO DE MÚLTIPLOS PROCEDIMENTOS ABDÔMINOPERINEAIS: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Juliana portella Fontana / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Luis Fernando Mariano Rodrigues / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Fabio Alves Soares / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Calil Abud Neto / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Leonardo de Mota Seixas / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Danielle Talamonte / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF; Patricia Maria B. Cavalcanti / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Resumo caso de adenocarcinoma de reto localmente avançado. Casuística: Um paciente (Relato de Caso). Método: Avaliação retrospectiva Paciente de 53 anos, mulher, com histórico de disquezia importante do prontuário da paciente no Hospital Ophir Loyola Resultados: No há 20 anos – após parto vaginal de criança macrossômica – presente estudo, relata-se o caso da paciente S.S.L., 37 anos, do sexo associada à dispareunia e sensação de peso vaginal. Ao exame feminino, com história dor ao evacuar, sangramento retal espontâneo e físico, apresentava descenso perineal excessivo à inspeção dinâmica, melena de início no começo do ano de 2013. O exame histopatológico retocele de 3 grau, enterocele palpável à manobra de Valsalva mostrou adenocarcinoma tubular moderadamente diferenciado, no exame bidigital e colpocistocele. O escore pré-operatório infiltrando mucosa escamosa. A colonoscopia não foi realizada por para constipação da Cleveland Clinic (ECCC) era de 11. Realizou preparo inadequado. A Tomografia Computadorizada de abdome manometria e cinedefecografia (CD) pré-operatórias, tendo a evidenciou espessamento parietal do reto-sigmoide. Sendo assim, a CD demonstrado intussuscepção retoanal com redução do lume paciente foi encaminhada ao Hospital Ophir Loyola para realização retal, enterocele volumosa associada a alargamento da distância de radioterapia e quimioterapia neoadjuvantes, foram feitas 25 e 10 retovaginal em 4 cm, além de descenso perineal de 6 cm à manobra sessões respectivamente. Posteriormente, a Ressonância Nuclear evacuatória. Foi submetida a procedimento de Moschcowitz para Magnética detectou invasão de parede posterior e não regressão do obliteração do fundo-de-saco posterior e correção da enterocele, tumor. Foi internada na enfermaria de oncocirurgia para o tratamento associado a pexia do fórnice vaginal mediante uso de tela de cirúrgico no dia 16/06/2014. Ao exame físico encontrava-se em bom polipropileno subperitoneal anterior (“POPS Procedure”) e correção estado geral, hipocorada (+/4+), sem outras alterações. Ao exame transanal grampeada da intussuscepção com grampeador EEA HEM retal verificou-se na inspeção plicomas, e ao toque, incontinência 33® (“Apex Technique”) em um mesmo tempo cirúrgico. Evoluiu do esfíncter anal externo, com ausência do reflexo anal e massa em satisfatoriamente e sem intercorências no pós-operatório precoce, parede anterior de consistência endurecida com erosões. A cirurgia obtendo remissão de suas queixas pelvi-perineais. O ECCC reduziu- foi realizada no dia 07/07/2014 e consistiu em colostomia a Hartmann, se para 6 pontos no pós-operatório. sem remoção do tumor devido à sua irressecabilidade. Evoluiu o sem intercorrências, com alta hospitalar após 3 dias de cirurgia. RELATO DE CASO DE ADENOCARCINOMA DE RETO LOCALMENTE AVANÇADO Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Bruma Gouveia de Melo / Uepa; Marcelo Bandeira Coelho Dias / Hospital Ophir Loyola; Patrícia Isabel Bahia Mendes Freire / Hospital Ophir Loyola; Alessandro França de Souza / Hospital Ophir Loyola; Marcos de Souza Lopes Freire Filho / Hospital Ophir Loyola; Denise Cristina dos Santos Luz / Hospital Ophir Loyola; Renan Faria Cardoso / Uepa; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola. Resumo Introdução: Neoplasia maligna mais comum do tubo digestivo, o câncer colorretal teve sua incidência aumentada nos últimos anos, principalmente em áreas consideradas de baixo risco (países em desenvolvimento). Vários fatores parecem estar envolvidos, como o envelhecimento precoce da população, sedentarismo e hábitos alimentares pouco saudáveis. Estima-se em cerca de meio milhão, o número de óbitos por esta doença a cada ano, com tendência decrescente em mortalidade nós últimos anos. Objetivo: Relatar um Conclusão: A detecção precoce dos tumores malignos é essencial para o tratamento e prognóstico do paciente. Quanto mais cedo for diagnosticado um tumor maligno, mais formas de tratamento eficazes estarão disponíveis e melhor o prognóstico do paciente RELATO DE CASO: ABAIXAMENTO RETRO-RETAL DO CÓLON COM ANASTOMOSE COLORRETAL NA DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Sebastião Neto Fernandes Barros / Hospital Ophir Loyola; Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophir Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; José Gabriel Miranda da Paixão / Hospital Ophir Loyola; Pablo Baptista Oliveira / Hospital Ophir Loyola; Raquel de Maria Maues Sacramento / Hospital Ophir Loyola; Carolina Costa Beckman Nery Oti / Hospital Ophir Loyol. Resumo Introdução: A doença de Hirschsprung é caracterizada pela GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 85 A nais ausência de células ganglionares nos plexos mioentéricos do trato intestinal distal. É também conhecida pelos nomes de megacólon aganglionar ou megacólon congênito. Objetivo: Descrever um caso de doença de Hirschsprung. Casuística: Um paciente (relato de caso) Metodologia: Relato de caso prospectivo e revisão da literatura (SCIELO e LILACS). Resultado: Paciente de 15 anos de idade com queixa de dificuldade para evacuar desde os 6 anos de idade, de inicio insidioso e progressivo, com melhora apenas após uso de óleo mineral e lactulona. No entanto, sintomas de constipação vem se agravando com o passar dos anos, relatando a paciente ter 86 da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Gabriel Miranda da Paixão / Hospital Ophir Loyola; Bruno de Castro Ribeiro / Hospital Ophir Loyola; Raquel de Maria Maues Sacramento / Hospital Ophir Loyola; Carolina Costa Beckman Nery Oti / Hospital Ophir Loyola. Resumo Introdução: A moléstia diverticular do cólon é uma patologia decorrente dos hábitos alimentares da vida moderna. Associada a uma dieta pobre em fibras sua incidência tem crescido nas últimas décadas. Objetivo: descrever um caso de diverticulite ficado sem evacuar por até 30 dias, só apresenta melhora com o complicada. Casuística: Um paciente (relato de caso). uso de bisacodil. Fora internada anteriormente para retirada manual Metodologia: Relato de um caso de diverticulite complicada e de fecaloma, quando então retomou evacuações normais por curto revisão da literatura (SCIELO e LILACS). Resultado: Paciente período e logo após voltaram sintomas de constipação. Responsável masculino 77 anos com história de dor epigástrica intensa de relata redução da eficácia de medicamentos laxativos há 1 ano. Ao início há 2 meses, acompanhado de tenesmo, dificuldade para exame físico: Abdome plano, flácido, apresentando abaulamento evacuar e urinar. Procurou atendimento no Hospital Modelo, onde em hipogastro, flanco e fossa ilíaca esquerda, com macicez a permaneceu internado por 8 dias recebendo sintomáticos e sonda percussão e doloroso a palpação profunda nas regiões supracitadas. vesical de demora. Foi internado no Hospital de Pronto Socorro Nota-se alças repletas de fezes em colon descendente, sigmoide e Municipal Mário Pinoti por 7 dias com quadro de dor hipogástrica ampola retal, com presença de conteúdo depressível, que cede a e apresentando sangue vermelho escuro nas fezes e urina de média pressão, não retornando a conformação original de imediato. coloração avermelhada. Refere perda de +/- 10 kg em 2 meses. Submetida a nova extração manual de fecaloma. Clister Opaco: Atualmente refere dor abdominal hipogástrica, 6 evacuações Alterações no calibre (aumento) e pregueado mucoso ao nível do diárias, com sangue vivo. Diurese presente por sonda vesical de reto e sigmoide. ID: Megacólon (D. de Hirschsprung). Optou-se demora, de coloração avermelhada. AMP: HAS, ex-tabagista, nega pelo tratamento cirúrgico: Exérese de retossigmoide + dissecção de DM e etilismo, AVC há 10 anos, nódulo prostático diagnosticado espaço retro-retal via perineal + abaixamento retro-retal de coto retal há 4 anos (sem tratamento). Abdome: Algo distendido, doloroso com sutura sero-muscular. 7 dias após: Pontos de fixação de cólon a palpação profunda em hipogástrio, sem visceromegalias, RHA abaixado em margem anal com catgut 0 + grampeamento de cólon presentes, descompressão brusca negativa. Posteriormente o abaixado e reto com grampeador linear 75 mm. O paciente evoluiu paciente evoluiu com dor em fossa ilíaca esquerda e suprapúbica satisfatoriamente bem no pós-operatório, recebendo alta em bom e o abdome encontrava-se: globoso, com presença de massa estado geral. Conclusão: Abaixamento retro-retal do colon com dolorosa quente em FIE, que se estendia por toda parede lateral anastomose colorretal retardada pela técnica de Duhamel-Haddad esquerda, até o hipocôndrio esquerdo e descompressão brusca foi a técnica mais utilizada em nosso meio para megacolo chagásico. positiva. TC de abdome demonstra espessamento da parede Descrita por Duhamel para o megacolo congênito e modificada por do cólon sigmoide ebolhas de ar extra-intestinal sugerindo Haddad. Esta última é a única técnica que ainda sobrevive em alguns diverticulite complicada com perfuração. Optou-se pelo tratamento poucos centros, realizada agora em único tempo. cirúrgico com incisão mediana transubilical. Achados: Diverticulite em atividade com perfuração de cólon descendente e sigmoide, RELATO DE CASO: DIVERTICULITE COMPLICADA Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Sebastião Neto Fernandes Barros / Hospital Ophir Loyola; Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophir Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; José com presença de abscesso em fossa ilíaca esquerda. Realizado: Retossigmoidectomia + hemicolectomia Esquerda + colostomia terminal em Hipocôndrio Esquerdo + drenagem de abscesso. O paciente evoluiu satisfatoriamente bem no pós-operatório, recebendo alta em bom estado geral. Conclusão: As evidências atuais sustentam que a cirurgia eletiva realizada posteriormente ao episódio de diverticulite aguda obtém menores taxas de conversão, GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 morbimortalidade e menor tempo de internação do que a cirurgia de urgência em vigência de processo inflamatório agudo. RELATO DE CASO: HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA DE CÓLON COMO CAUSA DE EMPIEMA PLEURAL Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Flávius Vinícius Cabral Soares / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Fernando Holanda Costa Júnior / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Liana Barbosa e Silva / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Mariana Marconato Monje / Hospital Geral de Fortaleza; Hanysson Freire de Almeida / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Carlos Márcio Melo de Matos / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Marina Paiva Sousa / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Ticiano Adler de Sousa Sindeaux / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira. Resumo Introdução: As hérnias diafragmáticas são sempre um desafio à abordagem cirúrgica. Hérnias diafragmáticas com conteúdo colônico são incomuns e a sua ruptura causando empiema pleural são extremamente raras. Objetivo: Relatar a comunidade científica a abordagem de um caso de hérnia diafragmática de conteúdo colônico que apresentou ruptura causando empiema pleural de origem fecalóide, sendo o diagnóstico iniciado como investigação de uma incomum de dor toráxica aguda em paciente jovem. Casuística: Hérnias diafragmáticas apresentam-se normalmente durante a infância, com incidência em neonatos, variando de 1:4000 a 1:7000, no adulto é um achado raro. Como o cólon apresentase como um órgão fixo na cavidade abdominal a sua herniação é evento raro, sendo a sua ruptura como causa de empiema pleural extremamente rara. Métodos: Os dados foram coletados por meio de anamnese, exame físico da paciente e informações registradas em prontuário médico, bem como laudos de exames de imagem e biópsia, sob autorização do paciente. Resultados: C.B.S., 39 anos, masculino, iniciou subitamente, 3 meses antes da internação, uma quadro de dor de forte intensidade em região do hemitórax esquerdo, sem irradiação em caráter de aperto, constante, associado a vômitos incoercíveis e dispnéia. Procurou atendimento médico sendo diagnosticado com empiema pleural. A tomografia mostrou que havia uma hérnia diafragmática com rotura do cólon na cavidade pleural provocando derrame pleural fecalóide. Foi então submetido a uma toracotomia com decorticação pulmonar, limpeza da cavidade com laparotomia combinada para redução de hérnia, rafia diafragmática e colectomia à esquerda a Hartmann. Posteriormente foi encaminhado para reconstrução do trânsito intestinal. Paciente evolui bem sem intercorrências no pós-operatório. Conclusão: Paciente portador de patologia cirúrgica rara e desafiadora foi submetido a tratamento cirúrgico com sucesso sendo um caso de interesse para relato à comunidade científica. RELATO DE CASOS CLÍNICOS DE MUCOCELE DE APÊNDICE COM APRESENTACÕES CLÍNICAS DISTINTAS Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Gabriel Salim Casseb / UNAERP; Fernado Cesar Ferreira Pinto / UNAERP; Leonardo Castro Marinzeck / UNAERP; Fábio Augusto Brassarola / UNAERP; Octávio Assumpção Macedo / Instituto de Cirurgia de Ribeirão Preto; Tassiane Bonotto Horvatich / UNAERP; Heitor Fernades Amorim / UNAERP; Franz Andrei Patriarcha / UNAERP. Resumo Introdução: Mucocele de apêndice cecal é o acúmulo de muco na luz do apêndice, que distende. são 3 fatores necessários para a produção de muco: obstrução crônica da luz do apêndice, esterilidade do seu conteúdo e atividade secretória continua do epitélio. Idade media 55 anos. Relação 4:1, mulheres e homens. Classificada em 3 tipos: I- mucocele ou cisto de retenção, formada pela obstrução da luz do apêndice por muco. II- cisto adenoma mucinoso, maioria dos casos, lesão cística, parcial ou totalmente recoberto por epitélio neoplásico (benigna). III- cisto adenocarcinoma mucinoso, invasão do estroma por glândulas neoplásicas (maligna). A sintomatologia é variável, com diagnósticos feitos durante as cirurgias por outras patologias ou por achado histopatológico. Objetivo: Relatar e comparar casos de mucocele de apêndice com caracteristicas clínicas distintas. Casuística e método: Mulher, 74 anos, com dor de forte intensidade em fossa ilíaca direita há 4 dias, com melhora após uso de analgésicos, sem irradiação, continua, nega demais sintomas. Us abdome: imagem heterogênea em fossa ilíaca direita, sem limites aparentes, associada a espessamento ecogênico do mesentério ao seu redor e pequena quantidade de liquido. Foi realizado apendicentomia no mesmo dia. O anatomo mostrou apêndice cecal com cistoadenoma com neoplasia intraepitelial de baixo grau, algumas áreas ulceradas e substituídas por muco, com sinais de apendicite aguda ulcero-flegmonosa e peri-apendicite exsudativa acometendo GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 87 A nais a serosa e o mesoapêndice, não foi detectado neoplasia invasora, margens cirúrgicas livres de atipias. Outro caso, mulher, 70 anos, com quadro de desconforto abdominal inespecífico e constante há 1 ano, com apenas 1 pico de exacerbação associado a disúria, sem outras queixas. Durante a investigação, foi solicitado US de abdome: cálculo no terço inferior do rim direito, e uma formação cística alongada, no retroperitônio e na loja renal direita. Complementado, TC de abdome: distensão líquida do apêndice cecal medindo 8,6cm, paredes finas, com discreto realce parietal, concluindo achado compatível com mucocele de apêndice. Realizado apendicectomia. O anatomo mostrou cistoadenoma mucinoso sem outras alterações, com margens livres. Resultados e conclusões: Casos da mesma patologia, com apresentações clínicas distintas, porém mesma conduta cirúrgica. portanto, mucocele do tipo I e II somente apendicectomia é satisfatório, mas mucocele do tipo III é necessário colectomia a direita. 88 SEGUIMENTO CLÍNICO A LONGO PRAZO DE CRIANÇAS COM DISPLASIA NEURONAL INTESTINAL Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Pedro Luiz Toledo de Arruda Lourenção / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Laura Luiza Minelli Rosa / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Erika Veruska Paiva Ortolan / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Bonifacio Katsunori Takegawa / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Antonio Marcos Rodrigues / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Simone Antunes Terra / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Vanessa Melo Granado / Faculdade de Medicina de Botucatu; Maria Aparecida Marchesan Rodrigues / Faculdade de Medicina de Botucatu. Resumo da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo prazo de pacientes com diagnóstico de DNI, submetidos a diferentes formas de tratamento. Pacientes e métodos: Foram analisados, retrospectivamente, os prontuários de 17 crianças com diagnóstico histopatológico de DNI para obtenção de dados sobre o curso clínico da doença. Em um segundo momento, de forma prospectiva, estes pacientes foram convocados para uma entrevista para investigação do atual estado clínico, com enfoque para o padrão evacuatório e incontinência fecal. Resultados: Constipação intestinal, definida pelos critérios de Roma III, estava presente em todos os casos, no momento do diagnóstico. Cinco pacientes evoluíram com abdome agudo obstutivo e necessitaram de cirurgia de urgência. Outros 10 pacientes foram submetidos ao tratamento cirúrgico (abaixamento de colon endorretal transanal), em caráter eletivo, após insucesso do tratamento clínico e/ou por opção familar. Dois pacientes foram mantidos apenas com tratamento clínico (mudanças na dieta e laxantes). O tempo médio de seguimento clínico foi de 7.83 ± 3,86 anos. Dos 15 pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico, 5 (33,3%) mantém sintomas de constipação intestinal e necessitam de uso regular de laxantes. Os dois pacientes submetidos ao tratamento clínico ainda mantém o uso regular de medicações laxativas, porém não apresentam sintomas de constipação intestinal. Nove pacientes apresentam quadro de incontinência fecal, todos do grupo submetido ao tratamento cirúrgico (60% dos casos). Conclusão: Apesar de o tratamento cirúrgico ser a principal opção para os casos de insucesso do tratamento clínico, a manutenção da constipação intestinal e a incontinência fecal são problemas frequentes no pós-operatório, despertando dúvidas a respeito de qual deve ser a melhor opção de tratamento para esta doença. SÍNDROME DE GARDNER: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Cólon Introdução: A Displasia Neuronal Intestinal (DNI) é uma doença rara caracterizada por complexas alterações do sistema nervoso entérico. O seu diagnóstico é realizado a partir da análise histopatológica de biópsias de reto de pacientes que apresentam constipação intestinal, habitualmente refratária a tratamento clínico. Uma minoria dos casos pode apresentar obstrução intestinal aguda ou enterocolite. O tratamento da DNI pode ser clínico ou cirúrgico. Entretanto, os resultados destes diferentes tipos de tratamento são discordantes e os estudos de seguimento são raros e com número limitado de pacientes. Objetivo: Investigar a evolução clínica a longo Autores: Lilian Cristhian Ferreira dos Santos Rocha / ITPAC; Agamenon Dias de Oliveira / ITPAC; Hudson Fernandes Barile / ITPAC; Mariana Rocha Queiroz / ITPAC; Filipe Coutinho Mota / ITPAC; Isabela Cristina Macedo Fernandes / ITPAC; Pedro Ernesto Alves Mangueira Júnior / ITPAC; Rone Antonio Alves de Abreu / ITPAC. Resumo Síndrome de Gardner é um transtorno genético caracterizado pela presença de pólipos múltiplos no cólon em associação com tumores fora do cólon. Os tumores fora do cólon podem GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 incluir osteomas do crânio, câncer de tireóide, cistos epidermoides, Resumo fibromas e cistos sebáceos. Os incontáveis pólipos no cólon predispõem o desenvolvimento de câncer de cólon. Os pólipos Introdução: A apendicite aguda é um das mais frequentes também podem crescer no estômago, duodeno e intestino causas de abdome agudo, sua principal etiologia é a obstrução delgado. O objetivo desse trabalho é relatar um caso da Síndrome do lúmen. Existem grande controvérsias na literatura sobre o de Gardner, observando os critérios que conduzem ao diagnóstico Enterobius vermicularis causarem apendicite aguda, questão e suas peculiaridades no(a) paciente em questão, assim como a debatida por vários autores. Objetivo: Relato de uma conduta cirúrgica empregada. O trabalho foi realizado através de apendicectomia na qual foi evidenciado infecção por Enterobius uma revisão de prontuário e levantamento acerca do tema com vermiculares. Casuística: Emergência. Relato do Caso: C.A., pesquisa em dados disponíveis no MEDLINE, LILACS-BIREME, 15 a., feminina, brasileira, branca, solteira. Data da Internação: PUBMED e COCHRANE e literatura especifica. Paciente feminino, 02/07/14 QP: “Dor na barriga” HDA: Inicio dos sintomas no dia 25 anos, encaminhado do Hospital de Araguaína ao ambulatório de anterior com dor em região epigástrica migrou para FID, nega oncologia apresentando diarreia sanguinolenta há três meses com relação com esforço, náuseas, vômitos ou febre. DUM: 15 dias perda ponderal de aproximadamente 10 Kg no período de evolução. antes. HPP: Ndn. Ao exame: Acordada, orientada, anictérica, Realizada colonoscopia demonstrando múltiplos pólipos. Realizados estável hemodinamicamente. AR e AC: s/alt. Abdome: plano, exames pré-operatórios de proctocolectomia total. Internada para depressível, doloroso a palpação em FID com descompressão procedimento cirúrgico com diagnóstico pré-operatório de polipose dolorosa nessa região, RHA +, punho percussão de região colônica familiar; neoplasia de reto médio; tumor de reto; tumor lombar indolor. MMII: s/alt. Exames laboratoriais: Hb: 13,0;Ht: de transverso; possível metástase hepática. No intraoperatório 38%;Leucócitos: confirmou-se pequena metástase hepática assim como as hipóteses 57,0%; Eosinófilos:1,0%;Linfócitos: 35,0%;Plaquetas 358.000 diagnósticas pré-operatórias, observou-se ainda invasão na parede Parcial de Urina: s/alt.βHCG. Cirurgia: Optou-se então pela posterior da vagina e da pelve lateralmente. Optou-se por uma intervenção cirúrgica com raquianestesia e posterior incisão de ressecção alargada de tumor de intestino, ileostomia, metastectomia hepática, linfadenectomia retroperitoneal e pélvica. Permaneceu internada por 3 dias no CTI, com boa evolução, tendo alta no 7 DPO, com ileostomia terminal produtiva, uso de antibiótico e encaminhamento para oncologia clínica. Foi submetida à radioterapia neoadjuvante por um mês. Retorna ao Hospital após melhora do estado geral e ganho de peso para realização de amputação de reto abdomino perineal. Evolui sem intercorrências no pós-operatório e no momento mantém em acompanhamento com a oncologia. 12.700;Bastonetes: 1,0%;Segmentados: Davis. Após visualização do apêndice com pequena hiperemia e edema, realizado então a apendicectomia. Limpeza da cavidade e fechamento por planos. Material foi encaminhado para o exame anatomopatológico . A pct evolui bem e teve alta hospitalar no fim do primeiro dia pós-operatório; Anatomopatológico : Consiste em apêndice vermiforme de 7,0 x 0,5 x 0,5 cm. Externamente a serosa é acastanhada e brilhante, parcialmente revestido por tecido fibroadiposo vascularizado do mesoapêndice. Aos cortes a parede apendicular é íntegra, acastanhada e maciaelástica, 0,2 cm de espessura máxima. Na luz apendicular há INFECÇÃO POR ENTEROBIUS VERMICULARIS MIMETIZANDO APENDICITE AGUDA: RELATO DE CASO COM DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA E REVISÃO DA LITERATURA conteúdo fecal, havendo de permeio das diminutas estruturas Temário: Cirurgia / Cólon neoplásico. Conclusão: A discussão literária sobre o Enterobius Autores: Claudio Luiz Lourenço de Souza Junior / UNOESC; Rafael Rodrigues Rothbarth / UNOESC; Ricardo Hohmann Camiña / Instituto de Patologia de Joaçaba; Flavia Silva de Souza / Universidade Estacio de Sá - RJ; Vicente Sposito / UNOESC; Felipe Wurzel / UNOESC; Roberto Zilio / UNOESC; Rita de Cassia Palma Lima / UNOESC. vermiculares ser causa de apendicite aguda se mantém. Casos filiformes castanho-esbranquiçadas, a maior com 0,2 cm. Os corte histológicos revelam apêndice vermiforme com acentuada hiperplasia linfoide folicular na lâmina própria, na luz apendicular, conteúdo fecal e diversas larvas de Enterobius vermicularis. Sem evidências histológicas de apendicite aguda ou processo de apendicectomias que posteriormente se identificas infecção apendicular por parasitas são raros e cabe sempre a discussão sem eles podem causar realmente apendicite aguda ou apenas mimetizam os sintomas. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 89 A nais XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo TRATAMENTO DE FISSURA ANAL CRÔNICA ASSOCIADA À PROLAPSO HEMORROIDÁRIO POR APLICAÇÃO INTRAESFINCTERIANA DE TOXINA BOTULÍNICA TIPO “A” RELATO DE CASO Cynthia Abdalla Cruz / HBDF; sergio Luiz Cruz Cunha / HBDF; Mariana Dias Zanchetta / HBDF; Silvana Marques e Silva / HBDF; Lucio Lucas Pereira / HBDF; Alexandre Gheller / HBDF; Fabio Laves Soares / HBDF. Autores: Patricia Maria B. Cavalcanti / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF.; Luis Fernando Mariano Rodrigues / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF.; Juliana portella Fontana / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF.; Fabio Alves Soares / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF.; Calil Abud Neto / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF.; Leonardo de Mota Seixas / Unidade de Coloproctologia do Hospital das Forças Armadas – Brasília / DF.; Danielle Talamonte / Unidade de Coloproctologia do Hospital Das Forças Armadas – Brasília / DF. Introdução: A Neoplasia Endócrina Múltipla tipo-2 (NEM-2) Resumo hormonais e não-hormonais produzidas pelas glândulas afetada. Temário: Cirurgia / Cólon 90 da Resumo é herdada por genes autossômicos dominantes e compreende um grupo de doenças, tais como carcinoma medular de tireóide familiar (CMT-F), neoplasia endócrina múltipla tipo-2A (NEM-2A), que apresenta CMT associado a feocromocitoma (FEO) e hiperparatireoidismo primário (HPT), e NEM, tipo-2B (NEM-2B), onde ocorrem CMT, FEO e gânglio-neuromatose de mucosas. Estas neoplasias neuroendócrinas são oriundas de células da crista neural: células C da tireóide, células cromafins da medula da adrenal; células principais e oxifílicas das paratireóides; gânglios simpáticos, parassimpáticos e entéricos, além do trato urogenital. A NEM-2 apresenta elevada expressão de várias substâncias Relato do Caso: Paciente do sexo feminino , 51 anos, quadro Paciente de 55 anos, mulher, queixava-se há mais de um ano de dor importante ao evacuar, associada à hematoquezia e prolapso anal manualmente redutível. Ao exame, apresentava fissura anal mediana posterior com características de cronicidade e, à inspeção dinâmica, prolapso de mamilos hemorroidários internos. Foi submetida à manometria anorretal que demonstrava hipertonia em centímetro distal do canal anal distal e hipotonia em centímetro proximal do canal anal, em canal anal curto (1,5 cm). Devido ao elevado risco de incontinência pós-operatória, optou-se por realizar esfincterotomia química pelo uso da toxina botulínica do tipo a injetada apenas no centímetro distal do esfíncter anal interno, associando-se, no mesmo tempo cirúrgico, a desarterialização hemorroidária transanal com hemorroidopexia (THD). A paciente apresentou cura da fissura anal e remissão completa da hematoquezia e do prolapso anal no pósoperatório mediato. Até o momento, mantém-se sem recorrência dos sintomas e nega incontinência fecal. de dor em fossa ilíaca direita, alteração do hábito intestinal, fezes sanguinolenta. História familiar de neoplasia colônica. Ao exame físico apresentava tumoraçãos de 8 x 4 cm aproximadamente em hipocôndio direito, doloroso à palpação. Realizou exame de colonoscopia: sob regulares condições de preparo e sem intercorrências até lesão ulcero-vegetante estenosante que ocupa 100% da circunferência do órgão e que causa estenose da luz, não permitindo a progressão doa aparelho, localizada aparentemente no cólon transverso proximal. Realizadas biópsias: Carcinoma neuroendócrino com alto indice mitótico em ângulo hepático do cólon. Tomografia computadorizada de tórax: normal. Tomografia computadorizada de abdome: Espessamento parietal irregular do ângulo hepático do cólon determinando dilatação desse segmento associado à densificação dos planos adiposos adjacentes e linfonodomegalia satélite e periaóritca. Esse espessamento tem intimo contato com a cabeça pancreática, vesicula biliar e primeira/segunda porção duodenal. Fígado com morfologia, contorno e volume hepático habitual e homogênea, sem evidências de le- TUMOR OBSTRUTIVO CÓLON ASCENDENTE DEVIDO À NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA – RELATO DE CASO sões focais. Na endoscopia digestiva alta: Esofagite erosiva grau Temário: Cirurgia / Cólon adjuvância. Realizada colectomia direita com gastroduodenopan- Autores: Franciara Letícea Moraes da Cunha / HBDF; createctomia. a de Los angeles. Área deprimida na grande curvatura do corpo gástrico. Abaulamento na parede posterior do antro-compressão extrínseca. Avaliada pela Oncologia não teve indicação de neo- GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 TUMOR SINCRÔNICO DE CÓLON: UM RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Ana Tereza Silveira Zica / UniEvangélica; Úrsula Santos Mendonça / UniEvangélica; Eurico Del Fiaco Neto / UniEvangélica; Ana Elisa Maranhão de Conti / UniEvangélica; Hugo Alexandre da Rosa Martins / UniEvangélica; Leonardo de Godoy Ribeiro / FACIPLAC; Beatriz Barbosa dos Santos / FACIPLAC. Resumo Introdução: Carcinoma de colorretal (CRC) representa a terceira neoplasia maligna mais comum no mundo. CRC esporádico ocorre mais comumente acima dos 60 anos e tem como sítio primário cólon sigmoide ou reto. A incidência relatada de CCR sincrônicos varia de 1,5 a 8%. Esta variação é atribuída à falta de uniformidade de critérios diagnósticos e diferenças na população estudada. Objetivo: Descrever um caso de tumor sincrônico de cólon em uma paciente de 65 anos de idade. Métodos: Revisão de prontuário e métodos diagnósticos da paciente e revisão de literatura. Relato de caso: A.G.O.P, sexo feminino, 65 anos de idade, admitida em um serviço de clínico do município de Anápolis-GO, com queixa de “desconforto abdominal”. Afirma que após episódio de dengue realizou exame de rotina por apresentar desconforto abdominal, além de hematoquezia associada. Apresentando em colonoscopia: lesão Borman II em transição retossigmoideana e lesão Borman II em sigmoide 10 cm acima da lesão anterior, sugerindo adenocarcinoma de grau II e adenoma tubuloviloso com displasia de alto grau. Nega quaisquer antecedentes patológicos familiares. Refere ser hipertensa e em uso de losartana, e apresenta ptiríase versicolor. Nega outras patologias. Ao Exame físico, BEG, eupnéica, corada, hidratada, afebril, anictérica, acianótica. Aparelho cardiovascular e respiratório sem alterações. Abdome apresentando RHA presentes, flácido, indolor à palpação e sem visceromegalias. Exames apresentados: USG de abdome normal. Resultados: Após conduta inicial foi solicitado avaliação pré-operatória, TC de abdome. Em seguida, a paciente foi submetida a uma retossigmoidectomia. No 16º dia de pós-operatório apresentava-se com hiporexia, em BEG, eupnéica, corada, hidratada. Ao Exame físico, abdome e ferida operatória sem alterações. No 23º dia de pós-operatório, apresenta-se com hiporexia, aceitação da dieta e eliminações fisiológicas presentes. Análise anatomopatológica: 1- adenocarcinoma grau II, margens livres 0-16 LN; 2- adenoma tubular com atipias de alto grau, margens livres. Citológica oncótica: negativa. Conduta: acompanhamento oncoclínico. Conclusão: As manifestações do CCR variam com a localização e incluem quadros clínicos inespecíficos. A identificação de uma outra neoplasia colorretal simultânea é importante porque sua localização poderá influenciar na extensão da ressecção primária. A colonoscopia representa o método atual de escolha na identificação pré-operatória de lesões sincrônicas. VASCULITE MESENTÉRICA NO PÓSOPERATÓRIO DE APENDICECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Paula Daphne Brisigueli Borges de Almeida / HUSF; Danilo Toshio Kanno / HUSF; Ciro Carneiro Medeiros / HUSF; Ronaldo Nonose / HUSF; Caled Jaoudat Kadri / HUSF; Carlos Augusto Real Martinez / HUSF; Celene Bragion / HUSF. Resumo Introdução: Vasculites são um grupo de doenças caracterizadas pela inflamação da parede dos vasos sanguíneos cujas causas ainda não foram completamente esclarecidas. Sua apresentação clínica varia de acordo com a localização e tamanho do vaso afetado e pode ser sistêmica ou localizada, sendo a primeira mais comum. Vasculites no TGI podem ocorrer isoladamente, mas devido à extensão do órgão acometido, tem um impacto significante na morbidade e mortalidade dos pacientes. As manifestações mais comuns são dor abdominal, angina abdominal, náusea ou vômito, diarreia, hematoquezia ou melena. Objetivo: Relatar um caso de Vasculite mesentérica em pós-operatório de apendicectomia laparoscópica. Relato de caso: JDCS, sexo masculino, 25 anos, retorna ao pronto socorro no 2º PO de apendicectomia com distensão abdominal, parada de eliminação de flatos e fezes há um dia, com um episodio febril. Ao exame apresentava-se em REG, corado, desidratado +/4+, eupneico, afebril. Abdome globoso, FO em bom aspecto, RHA ausente, flácido, doloroso difusamente à palpação, com irritação peritoneal, submetido a LE que evidenciou hematoma em intestino delgado com intensa distensão de alça, coleção purulenta em pelve e presença de pulso mesentérico até arcadas. Foi realizada lavagem da cavidade. comhipótese de vasculite mesentérica, foi instituído tratamento com corticoide em dose imunossupressora, apresentando melhora do quadro, tornando-se afebril em 24 horas e eliminando fezes no 3º dia de tratamento, recebeu alta no 9º PO. Discussão: a apendicite aguda é a causa mais comum de abdome agudo não traumático, com incidência de 8% no ocidente. Como complicação mais frequente no pós-operatório de apendicectomia temos o abscesso de parede, GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 91 A nais seguido de abscesso intracavitário, que pode cursar com peritonite. Outras complicações possíveis são deiscência de planos da parede abdominal, hérnias incisionais, fístula e peliflebite. Embora a vasculite de mesentérica seja uma afecção menos comum, por manifestarse como abdome agudo, deve ser uma hipótese pensada como da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo a reconstrução de trânsito videolaparoscópica após cirurgia de Hartmann diminui a morbidade e o tempo de internação comparada à técnica aberta, com mortalidade semelhante. Muitos pacientes deixam de reconstruir o trânsito devido a comorbidades, e poderiam se beneficiar do procedimento minimamente invasivo. diagnóstico diferencial em pós-operatório, evitando reabordagem desnecessária. RECONSTRUÇÃO DE TRÂNSITO VIDEOLAPAROSCÓPICA PÓS RETOSSIGMOIDECTOMIA A HARTMANN POR DIVERTICULITE AGUDA COMPLICADA Temário: Cirurgia / Cólon 92 Autores: Edno Tales Bianchi / Hospital das Clínicas de São Paulo - FMUSP; Amir Zeide Charruf / Hospital das Clínicas de São Paulo - FMUSP; Rodrigo Ambar Pinto / Hospital das Clínicas de São Paulo - FMUSP; Lucas Soares Gerbasi / Hospital das Clínicas de São Paulo - FMUSP; Marcelo Martins Souto / Hospital das Clínicas de São Paulo - FMUSP; sergio Carlos Nahas / Hospital das Clínicas de São Paulo FMUSP; Ivan Cecconello / Hospital das Clínicas de São Paulo - FMUSP; Henrique Dameto Giroud Joaquim / Hospital das Clínicas de São Paulo – FMUSP. Resumo Introdução: A colostomia afeta negativamente a qualidade de vida. A taxa de reconstrução é de 50-60%, com 0-15% de deiscência de anastomose e mortalidade de até 10%. A abordagem laparoscópica pode melhorar a morbidade, e diminuir o tempo de internação e de retorno às atividades. A conversão ocorre em 0-22% dos casos. Relato de caso: Paciente de 68 anos, colecistectomia e cesariana prévias, submetida à retossigmoidectomia à Hartmann convencional em 2012 por diverticulite aguda complicada. Em 2013, foi submetida à reconstrução de trânsito laparoscópica. O tempo operatório foi de 180 minutos, e não houve perda sanguínea significativa. Utilizou-se acesso à cavidade pela técnica de Hasson, com lise de aderências, dissecção da pelve e isolamento do coto retal. A paciente havia desenvolvida hérnia paracolostômica. Realizou-se a redução do conteúdo, isolamento e liberação do cólon. Foi realizada anastomose mecânica com grampeador circular sob visão laparoscópica, e herniorrafia pela incisão sobre o estoma. A evolução pós-operatória foi satisfatória, a paciente eliminou flatos no 2° PO, evacuou no 5° PO, recebendo alta em boas condições clínicas. Discussão: TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FÍSTULA URETROCISTORETAL PÓS RADIOTERAPIA PARA TRATAMENTO DE NEOPLASIA DE PRÓSTATA Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Diego Fernandes Maia Soares / FMUSP; Carlos Frederico Sparapan Marques / FMUSP; Rodrigo Ambar Pinto / FMUSP; Caio Sérgio Rizkallah Nahas / FMUSP; sergio Carlos Nahas / FMUSP; Miguel Srougi / FMUSP; Fabio de Freitas Busnardo / FMUSP. Resumo Este vídeo tem como objetivo demonstrar a avaliação diagnóstica e conduta no tratamento de fístula uretrocistoretal em paciente submetido a tratamento não cirúrgico para neoplasia de próstata. O vídeo demonstra a histórica clínica passando pelo diagnóstico , tratamento cirúrgico ate o seguimento pós-operatório. O caso é de um paciente sexo masculino de 80 anos de idade com diagnóstico de adenocarcinoma prostático T3b Gleason 9 (4 + 5) metastático. O diagnóstico foi dado em 2011 na época já se apresentando com metástases óssea em calota craniana e ilíaco a direita. Realizou tratamento com radioterapia 8000 cGy término em outubro de 2011. Esta em seguimento com oncologista. Apresentou como efeito colateral da radioterapia retite actínica com pouco sintomas em uso de mesalazina supositório. Após 2 anos de seguimento apresentou dor em região retal com alguns episódios de sangramento. Após 2 meses apresentou quadro de saída de urina pelo anus sendo feito diagnóstico clínico de fistula da via urinária com o reto. Investigado com RNM de pelve com diagnóstico de fístula uretrocistoretal Realizada abordagem multidisciplinar com equipe urologia, oloproctologia e cirurgia plástica. Iniciada com derivação intestinal com Ileostomia VLP. Seguido de acesso perineal e dissecção da fistula e rafia dos orifícios. Passagem de sonda vesical para derivação urinária. Seguido de interposição de retalho com músculo Grácil. Procedimento sem intercorrências duração de 400 min sem necessidade de transfusão de hemoderivados ou uso de drogas vaso ativas. Apresentou seroma no 3 PO com drenagem por USG e retirada no 10 PO. Recebeu alta no 10 PO. Concluimos que o tratamento da fistula retal com a GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 via urinária pós radioterapia é complexo e exige uma abordagem multidisciplinar. A derivação do transito intestinal e do transito urinário é imperativa para evitar complicações infecciosas locais e mantendo a região em repouso facilitando o processo de cicatrização. Na literatura encontramos recomendação de reconstrução do transito urinário e do transito intestinal após 3 meses mas exames de imagem devem ser realizados para programação da conduta e cada caso deve ser particularizado. VIDEOLAPAROSCOPIA COMBINADA COM A VIA VAGINAL PARA RETOSSIGMOIDECTOMIA POR ENDOMETRIOSE Temário: Cirurgia / Cólon Autores: Luciana Amaral de Retamal Marzan / HIAE; sergio Szachnowicz / HIAE; Ivani Pires de Andrade Kehdi / HIAE. Resumo Os autores discutem os aspectos técnicos da retossigmoidectomia na endometriose profunda e propõe a via vaginal para a retirada da peça e confecção da anastomose. CARCINOMA ESPINOCELULAR EM DIVERTÍCULO DE ZENKER Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro / Universidade de São Paulo; Henrique Dametto Giroud Joaquim / Universidade de São Paulo; Edno Tales Bianchi / Universidade de São Paulo; Sérgio Szachnowicz / Universidade de São Paulo; Rubens Antônio Aissar Sallum / Universidade de São Paulo; Ivan Cecconello / Universidade de São Paulo. for localizado no fundo do divertículo, sem apresentar infiltração de toda a espessura da parede e sem sinais de disseminação linfonodal, a diverticulectomia pode oferecer controle satisfatório da doença com baixo risco terapêutico. Relato de Caso: Paciente masculino, de 74 anos, com queixa de disfagia há 2 anos associada a perda de 20 Kg no período (20% do peso), realizou endoscopia diagnóstica, com achado de divertículo faringoesofágico de 5 cm, com retenção de alimento e sem aparente lesão mucosa. O paciente também realizou esofagograma contrastado, evidenciando divertículo de 10 cm, com mucosa de aspecto normal. O paciente foi submetido a cervicotomia esquerda, com diverticulectomia com grampeador e miotomia do músculo cricofaríngeo. Não houve complicação pósoperatória e o paciente recebeu dieta oral após sete dias. O estudo anátomo-patológico da peça cirúrgica descreveu um carcinoma espinocelular superficialmente invasivo, sem invasão perineural ou angiolinfática. por tratar-se de lesão inicial, optou-se por não realizar terapia adjuvante. O paciente permanece em seguimento. Realizou nova endoscopia com cromoscopia esofágica 6 meses após a operação, sem alteração detectável. Permanecerá em seguimento, com endoscopias e exames de imagem periódicos. Conclusões: O achado de câncer em divertículo faringoesofágico é condição incomum. Em casos iniciais, sem infiltração da parede do divertículo e sem sinais de disseminação, a diverticulectomia é opção terapêutica adequada. A possibilidade da presença de tumor precoce em sua mucosa faz com que o tratamento do divertículo de Zenker não deva ser restrito a miotomia do cricofaríngeo, mas sempre associar-se à ressecção do divertículo. ORIENTAÇÕES NA PERFURAÇÃO ESOFÁGICA - EXPERIÊNCIA DE UM CENTRO ESPECIALIZADO Temário: Cirurgia / Esôfago Resumo Introdução: O divertículo faringoesofágico (divertículo de Zenker) é um condição rara, com prevalência de 0,06% a 3,6% na população geral, mais comumente em idosos. Existe risco de malignização em função de irritação crônica da mucosa por alimentos, inflamação e lesão continuada. Este risco é estimado em 1,1% dos casos. O diagnóstico pré-operatório de carcinoma em um divertículo esofágico pode ser difícil, pois os sintomas assemelham-se aos do divertículo ou ao distúrbio motor existente. A maioria dos pacientes com câncer em divertículo de Zenker deve ser tratados da mesma maneira dos outros casos de neoplasia esofágica. porém, se o tumor Autores: Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro / Universidade de São Paulo; Júlio Rafael Mariano da Rocha / Universidade de São Paulo; Edno Tales Bianchi / Universidade de São Paulo; Sérgio Szachnowicz / Universidade de São Paulo; Rubens Antônio Aissar Sallum / Universidade de São Paulo; Ivan Cecconello / Universidade de São Paulo. Resumo Introdução: A perfuração esofágica é condição grave, associada a alta mortalidade. Sua ocorrência aumentou nos últimos 20 anos, em decorrência do aumento dos procedimentos invasivos endoscópicos. Objetivo: Avaliar a ocorrência de perfuração esofágica em um GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 93 A nais centro especializado, analisando as principais causas, métodos de diagnóstico e tratamento. Materiais e Métodos: Análise retrospectiva de pacientes com perfuração esofágica tratados pelo serviço de Cirurgia do Esôfago do Hospital das Clínicas da FMUSP de Junho de 2002 a Junho de 2014. Foram selecionados doze pacientes. Resultados: a principal causa de perfuração foi manipulação 94 da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo de São Paulo; Valter Nilton Félix / Universidade de São Paulo; Vinicius Lacerda Ribeiro / Universidade de São Paulo; Rubens Antônio Aissar Sallum / Universidade de São Paulo; Ivan Cecconello / Universidade de São Paulo. Resumo endoscópica, com nove casos. Houve uma perfuração por corpo Introdução: A esofagocoloplastia é uma das técnicas mais estranho em esôfago, uma por placa de osteossíntese cervical e uma utilizadas para reconstrução do trânsito alimentar nas este- perfuração espontânea, em paciente com hiperemese gravídica. noses cáusticas do esôfago. Alguns detalhes técnicos, no O principal método diagnóstico empregado foi a tomografia com entanto, podem resultar em maus resultados funcionais a lon- contraste oral, realizada em dez casos. Onze pacientes realizaram go prazo. Relato de caso: Paciente feminina, 57 anos, com endoscopia antes do tratamento, mas foi empregada como história de ingestão de soda cáustica na infância, com con- método diagnóstico em apenas dois. O esofagograma contrastado seqüente estenose de esôfago. Na ocasião, submeteu-se a foi utilizado em apenas dois casos, mas a tomografia foi realizada tentativas de dilatações endoscópicas, sem sucesso. Foi então posteriormente. O local de perfuração foi o esôfago torácico em oito submetida, aos 14 anos de idade, a esofagocoloplastia, com pacientes, a transição esôfago-gástrica em três e o esôfago cervical boa evolução. Aos 53 anos, iniciou quadro de disfagia, asso- em um. O tratamento clínico, com jejum oral e antibioticoterapia de ciada a abaulamento cervical à direita durante as deglutições, amplo espectro foi empregado em quatro pacientes. Um caso de dispnéia após refeições copiosas, regurgitação, tosse e perda perfuração de tumor esofágico durante endoscopia foi tratado com ponderal de 13kg. Como investigação, realizou videodegluto- prótese endoscópica. Em cinco casos, havia sinais de gravidade grama e tomografia computadorizada, que evidenciaram dis- clínica associados a coleções mediastinais ou pleurais. Três foram cinesia faríngea com retenção transitória do contraste, cólon submetidos a esofagectomia transmediastinal e dois a exclusão interposto dilatado e tortuoso ocupando grande parte do he- esofágica, com esofagostomia e gastrostomia. Uma perfuração mitórax direito e retardo do esvaziamento do contraste para o de cárdia após dilatação endoscópica foi submetido a rafia, com estômago. Endoscopia digestiva alta progrediu até 14 cm da cardiomiotomia e fundoplicatura. por fim, o paciente com perfuração arcada dentária superior, sendo interrompida devido a tortu- esofágica por material de osteossíntese cervical foi submetido osidade do cólon, impedindo a progressão do aparelho, evi- a rafia primária da lesão. O tempo de internação variou de 3 a 30 denciando estase alimentar. A paciente foi submetida a nova dias, com média de 11 dias. Houve apenas um óbito, na paciente abordagem cirúrgica, com plastia da anastomose esofagocó- com perfuração espontânea. Conclusões: a perfuração esofágica, lica, que se encontrava estenótica decorrente de fibrose por embora com incidência crescente nos últimos anos, permanece uma provável perfuração bloqueada. Associadamente, realizou-se ocorrência rara. Além disso, a apresentação é variada, em função reconstrução da musculatura pré-tireoidiana, para tratamento das diferentes localizações, tempo até o diagnóstico e apresentação clínica. por isso, não é possível comparar as diversas formas de tratamento, que deverá variar em cada caso. porém, a correta seleção do tratamento pode apresentar bons resultados. do abaulamento cervical. Além disso, foi realizada laparotomia, com ressecção do segmento de cólon redundante e da anastomose cologástrica, que se encontrava estenótica, com confecção de nova anastomose cologástrica término-lateral manual. Paciente evoluiu bem, com melhora da disfagia. Conclusão: Detalhes técnicos, como a redundância do có- REDUNDÂNCIA DA COLOPLASTIA COMO CAUSA DE DISFAGIA TARDIA APÓS ESOFAGOCOLOPLASTIA PARA TRATAMENTO DA ESTENOSE CÁUSTICA DO ESÔFAGO Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Flávio Hiroshi Ananias Morita / Universidade de São Paulo; Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro / Universidade lon transposto, podem levar a maus resultados funcionais, com falha do tratamento da esofagocoloplastia a longo prazo. ABORDAGEM DE LESÃO EXTRA MUCOSA DO TERÇO MÉDIO DO ESÔFAGO - TÉCNICA CIRÚRGICA Temário: Cirurgia / Esôfago GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Autores: Daniel de Almeida Braga / Depto. de Cirurgia e Gastrocentro da FCM-UNICAMP; Paulo Vitor Barreto Guimarães / Depto. de Cirurgia e Gastrocentro da FCMUNICAMP; Nelson Adami Andreollo / Depto. de Cirurgia e Gastrocentro da FCM-UNICAMP; Luiz Roberto Lopes / Depto. de Cirurgia e Gastrocentro da FCM-UNICAMP. Resumo Introdução: As lesões extra-mucosa em terço médio do esôfago sempre foram um desafio para abordagem diagnóstica e cirúrgica pela dificuldade de acesso. Os métodos minimamente invasivos trouxeram uma opção com maior visualização e possibilidade de ressecção completa da lesão. Relato de caso: A.C.A.C, 37 anos, sexo feminino, encaminhada para o Hospital de Clínicas da UNICAMP por queixa de disfagia para alimentos sólidos nos últimos 6 anos, associado a episódios de regurgitação e dor retroesternal, com acentuação progressiva dos sintomas. Sem antecedentes patológicos prévios. No exame físico, a paciente não tinha achados patológicos. Realizada a investigação com EDA, Estudo contrastado e Tomografia de tórax que evidenciou lesão submucosa esofágica com discreto abaulamento do contorno com cerca de 5cm de extensão longitudinal ao nível da carina. A paciente foi submetida a exérese por vídeo-toracoscopia, com remoção completa da lesão de 7cm. Realizado pós-operatório em UTI, sem intercorrências. O estudo anátomo-patológico com perfil imuno-histoquímico foi compatível com leiomioma. Descrição da técnica cirúrgica: Após intubação seletiva com cânula duplo-lúmen, a paciente é posicionada em décubito ventral com membro superior direito elevado e inclinação da mesa cirúrgica. A toracoscopia é feita com quatro trocateres, no 4º, 6º, 7º e 8ºespaços intercostais, com passagem do primeiro infra-escapular. A lesão foi identificada abaixo da veia ázigo direita com lesão logo abaixo, extendendo-se por cerca de 7cm. Realizada a miotomia esofágica para enucleação da lesão com cautela para não lesar a mucosa abaixo. É realizada rafia da miotomia com fio absorvível monofilamentar em sutura contínua com posterior revisão da hemostasia e colocação do dreno de tórax pelo local do trocater de 10mm antes da retirada da peça cirúrgica, a qual necessitou de ampliação da incisão de 12mm, por onde passava a ótica. O fechamento da parede por planos, com fio inabsorvível multifilamentar na camada muscular e subcutâneo, número 3-0 e rafia da pele com fio absorvível. Conclusão: A abordagem das lesões em terço médio de esôfago é um desafio técnico para os cirurgiões. O relato de caso traz uma opção técnica minimamente invasiva, podendo servir como um guia para estratégia pré-operatória. ABORDAGEM DO TRAUMA ESOFÁGICO DISTAL EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA - RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Denise Cristina dos Santos Luz / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Daniel Nery de Oliveira / Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência; Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Luiz Carlos da Silva Duarte Junior / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Raíssa Pereira de Tommaso / Hospital Ophir Loyola/ Centro Hospitalar Jean Bitar; Carlos José Cardoso Dourado / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Pablo Baptista de Oliveira / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar. Resumo Introdução: A lesão traumática do esôfago é pouco frequente. A perfuração esofágica é uma situação clínica grave e responsável por altos índices de mortalidade. A perfuração do esôfago abdominal apresenta sintomatologia predominantemente abdominal, sendo observada no exame físico. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente com trauma esofágico. Casuística: Um paciente. Metodologia: As informações contidas neste trabalho foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com o paciente, acompanhamento do caso e revisão de literatura. Resultados: Paciente do sexo feminino, 16 anos, com história de ferimento por arma de fogo com orifício em região dorsal na linha axilar posterior. Deu entrada no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, apresentando no momento da admissão vias aéreas pérvias, sem colar cervical. Tórax expandindo simetricamente. Ausculta pulmonar com murmúrio vesicular diminuído em base esquerda. Frequência cardíaca de 90bpm, pressão arterial de 120x80mmHg. Ausculta cardíaca com bulhas normofonéticas, em 2 tempos, ritmo regular, sem sopros. Glasgow =15, pupilas isocóricas e fotorreagentes. Abdome globoso, tenso, doloroso a palpação, DB positivo. Foi indicada laparotomia exploradora na qual foi observado: hemoperitôneo moderado; lesão esplênica grau III; lesão hepática grau III não sangrante; lesão gástrica parede posterior; lesão esofágica. Foi realizada: toracostomia com drenagem pleural fechada a esquerda; janela pericárdica negativa; esplenectomia; gastrorrafia; esofagorrafia e fundoplicatura gástrica recobrindo sutura esofágica. A paciente foi reabordada no 13º pos-operatório devido imagem sugestiva de empiema no raio-x de tórax e descência de ferida operatória e distensão abdominal. Foi realizada a toracotomia com descorticação, frenorrafia e drenagem de empiema, além da GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 95 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo resutura da parede abdominal. A paciente evoluiu satisfatoriamente apresentando relaxamento incompleto do esfíncter esofagiano no pós-operatório, recebendo alta melhorada após longo período inferior, com pressão respiratória média de 40,8 mmHg e aperistalse de internação hospitalar. Conclusão: Para se conduzir o trauma do corpo esofágico em 100% das deglutições líquidas realizadas. esofágico é de fundamental importância o diagnóstico precoce Realizou-se terapia nutricional através de sonda nasogástrica e para se estabelecer uma abordagem cirúrgica imediata. O retardo se indicou o tratamento cirúrgico. Foi realizada cardioplastia com na realização de uma abordagem cirúrgica aumenta os índices de vagotomia troncular e gastrectomia parcial com reconstrução em mortalidade e morbidade. O índice de mortalidade também aumenta Y de Roux (operação de serra-Dória). Paciente evoluiu bem no em torno de 45% se houver complicações mediastinais decorrentes pós-operatório, recebendo alta com aceitação adequada da dieta de um diagnóstico tardio ou uma conduta inadequada por ocasião branda via oral sem queixas. Conclusão: Descrevemos um caso do primeiro atendimento. incomum de acalásia em nosso meio, de etiologia não chagásica, cuja condução cirúrgica demonstrou resolução completa da queixa ACALÁSIA IDIOPÁTICA: TRATAMENTO CIRÚRGICO PELA TÉCNICA DE SERRA-DÓRIA Temário: Cirurgia / Esôfago 96 Autores: Zailton Bezerra de Lima Junior / UFPB; Fernando Salvo Torres de Mello / FCM; Péricles José Carvalho de Oliveira / Hospital Municipal Santa Isabel; Petrúcio Abrantes Sarmento / UFPB; José Paulo Wamberto Ramalho / Hospital Municipal Santa Isabel; Maria Angélica Soares Gomes / Hospital Municipal Santa Isabel; Edinilson Carlos Pereira / Hospital Municipal Santa Isabel; Sarah Joaquina Sá Rodrigues / Hospital Municipal Santa Isabel. Resumo Introdução: Acalásia é caracterizada por relaxamento parcial ou ausente do esfíncter inferior do esôfago (EIE), e contrações não- disfágica. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DA ESOFAGECTOMIA INDICADA PARA O TRATAMENTO DO CÂNCER E DE AFECÇÕES BENIGNAS DO ESÔFAGO Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Maria Aparecida Coelho de Arruda Henry / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Mauro Masson Lerco / Faculdade de Medicina de Botucatu UNESP; Fhillipe Geraldo Teixeira de Abreu Reis / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Lidia Raquel de Carvalho / Instituto de Biociências de Botucatu – UNESP; Walmar Kerche de Oliveira / Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP. Resumo peristálticas no corpo do esofágico. Sua patogênese é presumida como idiopática ou devido à degeneração neurogênica infecciosa. A esofagectomia (esofag) é um dos procedimentos mais complexos A acalásia idiopática é doença pouco frequente, com prevalência empregados para o tratamento das doenças esofágicas. O objetivo estimada de 7 a 13 casos por 100.000 habitantes. combase na deste trabalho é analisar os resultados da esofag indicada para o disfagia do paciente, o diagnóstico de megaesôfago pode ser tratamento do câncer (CE) e de doenças benignas do esôfago. feito a partir de três exames: seriografia de esôfago, manometria e Método: Estudo retrospectivo dos resultados da esofag em endoscopia digestiva alta (EDA). Indica-se tratamento cirúrgico em pacientes com CE (G1, n = 40) e com doenças benignas (G2, n megaesôfagos maiores do que 4cm, sendo definida, em linhas gerais, = 20). Resultados: Diferenças significativas (P<0,001) foram a cardiomiotomia a Heller com válvula anti-refluxo. Objetivo: Relatar encontradas somente quanto à idade (58 anos em G1 e 43 em G2) um caso de acalásia idiopática, com megaesôfago grau II, tratado e sexo (35 homens em G1 e, 9 homens em G2). Considerando a cirurgicamente pela cirurgia de serra-Dória. Relato do Caso: AAV, raça, o valor de P foi 0,14. Em G2, as afecções foram: megaesôfago 17 anos, com disfagia e regurgitação há 2 anos, déficit nutricional, avançado (10), estenose caustica (6) e lesão iatrogênica (4). IMC de 18,24kg/m2. Sem constipação com epidemiologia negativa Índice de massa corpórea e Albumina não apresentaram diferença para doença chagásica. Esofagograma evidenciou megaesôfago enquanto que quando associados ao Etilismo e ao tabagismo, grau II com 5,3 cm de dilatação, sorologia chagásica negativa e G1 e G2 diferiram (P<0,001). Foram realizadas 20 e 06 esofag endoscopia digestiva alta com dilatação esofágica e dificuldade de TT, em G1 e G2 respectivamente, e 20 e 14 TH, em G1 e G2, progressão através da junção esofagogástrica; esofagomanometria respectivamente. Complicações – G1: Fistula cervical (11), BCP (12), GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Derrame pleural (4), Necrose do tubo gástrico (1), óbitos (8). Em G2: Choque cardiogênico (2), Embolia pulmonar (1), Fistula cervical (2), óbitos (2). Conclusões: Considerando que todos os pacientes foram operados pela mesma equipe, os autores concluem que os resultados mais desfavoráveis observados nos pacientes com CE devem ser decorrentes de: a) idade mais avançada; b) distúrbios metabólicos causados pelo consumo exagerado de álcool e de tabaco; c) características próprias da doença consuptiva. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DO TRATAMENTO CIRÚRGICO EM PACIENTES PORTADORES DE ESTENOSE CÁUSTICA DE ESÔFAGO CARCINOMA EPIDERMOIDE EM TERÇO DISTAL DE ESÔFAGO SEM FATORES DE RISCO CLASSICAMENTE CONHECIDOS – RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; Fabio Costa Negrão / Hospital Ophir Loyola; Marcelo Bandeira Coelho Dias / Hospital Ophir Loyola; Patrícia Isabel Bahia Mendes Freire / Hospital Ophir Loyola; Alessandro França de Souza / Hospital Ophir Loyola; Denise Cristina dos Santos / Hospital Ophir Loyola; Luiz Otávio Lopes Macedo / Hospital Ophir Loyola; Victor Soares Peixoto / Hospital Ophir Loyola. Resumo Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Sérgio Ratto Colombo / UNICAMP; Luiz Roberto Lopes / UNICAMP; Nelson Adami Andreollo / UNICAMP; Valdir Tercioti Junior / UNICAMP; João de Souza Coelho Neto / UNICAMP; Henrique Cesta / UNICAMP; Maria Luiza Pio Ferreira Colombo / UNICAMP. Introdução: O carcinoma epidermoide de esôfago é a neoplasia Resumo terço médio do esôfago. Existe uma íntima correlação entre alcoolismo A ingestão de substância cáustica no Brasil é uma situação freqüente e potencialmente grave, com grandes riscos de complicações e interferência na qualidade de vida do paciente. A intensidade da lesão está correlacionada como tipo de agente cáustico, a quantidade ingerida, a concentração e o tempo de contato com a mucosa. Uma grave complicação é a estenose de esôfago. O tratamento dessa patologia pode ser realizado de maneira conservadora através de dilatações ou cirúrgico, em situações mais graves. Avaliou-se 66 pacientes submetidos à cirurgia para o tratamento de estenose cáustica de esôfago no HC UNICAMP, entre 1990 e 2014 e analisou o resultado do tratamento cirúrgico com ênfase nas complicações precoces e na qualidade de deglutição através do questionário elaborado por Saeed et al. Assim, entre outras informações, os dados mostraram que a maioria dos pacientes operados ingeriu o corrosivo como tentativa de suicídio (86%) e o agente principal foi a soda cáustica (98%). Na maioria dos pacientes tentou-se o tratamento com dilatações seriadas com vela de savarry-gillard antes da cirurgia, cuja técnica principal utilizada foi esofagocoloplastia retroesternal (94.5%). Antes do procedimento, a maioria dos pacientes apresentava afagia ou disfagia para líquido. Como resultado cirúrgico a maioria passou a deglutir normalmente ou apresentaram disfagia para sólidos (98% dos casos). se o carcinoma precocemente, o tratamento cirúrgico consiste em esofágica mais comum no nosso meio, tendo como principais fatores de risco o etilismo e o tabaco. O câncer de esôfago encontra-se entre os dez tipos de câncer mais incidentes no mundo, sendo o sexto tipo mais mortal. O carcinoma epidermoide acomete principalmente o e tabagismo nos pacientes portadores dessa neoplasia. Detectandoressecção do tumor, dos linfonodos regionais e na reconstrução do trânsito esofagogástrico Objetivo: Apresentar um caso de carcinoma epidermoide em terço distal do esôfago, evidenciando dados epidemiológicos, clínicos e terapêuticos da doença. Casuística: Estudo de 1 caso de câncer de esôfago. Método: Foi realizado um estudo do tipo relato de caso, com dados obtidos através de revisão de prontuários e entrevista direta com o paciente. Foram utilizados resultados de exames laboratoriais, de imagem e histopatológico de biópsias e peça cirúrgica. Resultados: Paciente do sexo masculino, 52 anos, apresentando disfagia há 8 meses, inicialmente para sólidos com piora progressiva até a tolerância parcial para líquidos. Emagrecimento associado de cerca de 25 kg em 1 ano, encontrandose atualmente com 51 kg. Não possui história de doenças do tubo digestivo prévias, etilismo, tabagismo, ingesta de bebidas quentes ou antecedentes familiares. A Endoscopia Digestiva Alta mostrou lesão vegetante em terço distal ocupando quase toda a luz do órgão, que impedia a progressão do aparelho. A análise histopatológica não foi definitiva, sendo realizada imunohistoquímica que confirmou carcinoma epidermoide pouco diferenciado, com citoqueratina 5, 8 e 18 positivos e CD20, CD3 e cromogranina a negativos. Não foi visualizado qualquer metástase no estadiamento pré-operatório. Paciente submetida à esofagectomia total com gastrectomia polar GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 97 A nais superior e anastomose esofagogástrica cervical associada a colecistectomia, drenagem torácica a direita e jejunostomia, sem intercorrências. Conclusão: Apesar dos principais fatores de risco já conhecidos como tabagismo, etilismo e desnutrição, pode-se observar o surgimento dessa doença em um paciente sem evidência de qualquer possível fator etiológico conhecido. Levando a concluir da necessidade de maiores estudos quanto à outros possíveis fatores causais da neoplasia esofagiana. CARCINOMA EPIDERMOIDE INVASIVO EM TRANSIÇÃO ESÔFAGO GÁSTRICA: APRESENTAÇÃO ATÍPICA DE UM TUMOR DE TRANSIÇÃO ESÔFAGO GÁSTRICA – RELATO DE CASO da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo da lesão, optou-se por realizar cirurgia de imediato, não sendo indicada terapia neoadjuvante. Submetido à esofagectomia subtotal transhiatal com gastrectomia total + linfadenectomia a DII. A análise da peça confirmou se tratar de carcinoma espinocelular ulcerado de 8 cm de tamanho, moderadamente diferenciado em esôfago distal e fundo gástrico. Um linfonodo positivo (1+/15). Margens cirúrgicas livres. Estadiamento patológico (TNM): pT4apN1pMx. Recebeu alta em boas condições, sendo encaminhado para seguimento pela oncologia clínica. Conclusão: A idade e condição geral do paciente, o tipo histológico incomum do tumor para um tumor de JEG, sua localização e grau de invasibilidade, além do tratamento radical efetivo, vão de encontro à casuística dos tumores de JEG descritos na literatura vigente relacionada ao tema, sendo de suma importância seu relato para a comunidade médica. Descritores: Carcinoma de células escamosas, junção esofagogástrica, tratamento cirúrgico. Temário: Cirurgia / Esôfago 98 Autores: Aretuza Iolanda Pimentel de Almeida Torres / UFPB; Zailton Bezerra de Lima Junior / UFPB; Fernando Salvo Torres de Mello / FCM. Resumo Embora o carcinoma epidermoide do esôfago se apresente há muitas décadas como o mais comum dos tumores malignos, nota-se uma inversão desta tendência, com o adenocarcinoma do esôfago distal e da JEG (Junção esofagogástrica) apresentando aumento importante de suas incidências em várias séries na literatura. Estimase que o número de carcinomas da JEG quadruplicou nos últimos 30 anos e que anualmente 1,4 milhões de novos casos de carcinomas gástricos e da transição esôfago-gástrica sejam detectados, com taxas elevadas de mortalidade nestas apresentações. Objetivo: O objetivo do presente trabalho é relatar uma apresentação atípica de tumor de transição esôfago-gástrica histologicamente compatível com carcinoma epidermoide, com ênfase nas características epidemiológica e histológica incomuns do caso, além de considerações acerca da proposta terapêutica empregada. Relato de Caso: Paciente do sexo masculino, 43 anos, hígido, etilista, eutrófico, queixando-se de perda de peso ponderal e disfagia leve há 3 meses. Endoscopia digestiva alta demonstrando lesão em terço inferior do esôfago e JEG, invadindo todo o fundo gástrico. Biópsia compatível com carcinoma espinocelular em amostras obtidas no esôfago e estômago. Tomografia computadorizada (TC) de tórax e abdome sem evidência de metástases à distância. Pela boa condição do paciente e pela aparente ressecabilidade CARCINOMA NEUROENDÓCRINO DO ESÔFAGO: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Maria Aparecida Coelho de Arruda Henry / FMBUNESP; Gustavo de Nerdi Marçal / FMB-UNESP; Mauro Masson Lerco / FMB-UNESP; Walmar Kerche de Oliveira / FMB-UNESP; Maria Aparecida Marquesan Rodrigues / FMB-UNESP. Resumo O carcinoma espinocelular e o adenocarcinoma são as neoplasias mais comumente observadas no esôfago, todavia tumores mais raros podem também acometer este órgão. Nos últimos meses tivemos a oportunidade de atender um paciente com carcinoma neuroendócrino do esôfago e, considerando a raridade do tumor, tivemos a iniciativa de apresentá-lo neste evento. Objetivo: Relato de caso de paciente com carcinoma neuroendócrino do esôfago. Método: Relato do caso: Homem de 59 anos, branco e procedente de são Manuel – SP refere disfagia para sólidos há 4 meses e emagrecimento de 10 kg. Tabagismo e etilismo dos 16 aos 32 anos. Bom estado geral, peso: 97,5 kg, índice de massa corporal: 31,82 kg/m2 e porcentagem de perda ponderal de 9,30%. Ausculta cardíaca sem anormalidades. Pulmões livres. PA: 130x80 mmHg. Hemoglobina: 14,2 e hematócrito: 41,5%, albumina: 4,6 g/dL. Resultado: Endoscopia revelou lesão vegetante, friável dos 32 aos 40 cm da arcada dentária superior, cuja biopsia demonstrou tratar-se de adenocarcinoma, com áreas de esôfago de Barrett com atipias celulares de alto grau. Tomografia GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 computadorizada de abdome: linfonodos retroperitoniais. Após neoadjuvância (Epirrubicina, Oxaliplatina e Capecitabina), o paciente foi submetido a esofagectomia sub total trans hiatal seguida de esofagogastroplastia. O exame da peça circúrgica, associado ao estudo imunohistológico, com positividade para os marcadores cromogranina A, Ki-67 e sinaptofisina, concluiu-se pelo diagnóstico de tumor neuroendócrino. Noventa por cento dos linfonodos A equipe médica decidiu por conduta paliativa, já que a neoplasia era avançada, com extensão maior que três corpos vertebrais ao estudo contrastado. Conclusão: Apesar de não haver na literatura estudos relacionando a extensão do tumor aos corpos vertebrais, na prática, verifica-se que um tumor com extensão maior que dois corpos vertebrais são geralmente irressecáveis sendo esta conduta tomada no Hospital Ophir Loyola. retirados apresentaram positividade para a neoplasia. O paciente encontra-se no quinto mês de pós-operatório e com qualidade de vida satisfatória. Conclusão: O carcinoma neuroendócrino é um tumor raro e agressivo, mas é passível de tratamento cirúrgico, o qual proporciona boa qualidade de vida. CÂNCER DE ESÔFAGO AVANÇADO EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM BELÉM DO PARÁ Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Julyara Lima Pinheiro / Uepa; Pablo Baptista Oliveira / Hospital Ophir Loyola; Meg Bonna Cunha / Uepa; Marcelo Bandeira Coelho Dias / Hospital Ophir Loyola; Marcos de Souza Lopes Freire Filho / Hospital Ophir Loyola; Patrícia Isabel Bahia Mendes Freire / Hospital Ophir Loyola; Alessandro França de Souza / Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola. Resumo Introdução: O câncer de esôfago é uma neoplasia relativamente incomum e extremamente letal. No mundo ocidental, a doença tem maior frequência em homens, negros, com mais de 50 anos de idade e de nível sócio-econômico baixo. A distribuição epidemiológica sugere o envolvimento de fatores ambientais e alimentares, com uma predisposição genética pouco definida. As deficiências nutricionais associadas ao alcoolismo e ao tabagismo podem contribuir para o processo da carcinogênese. A presença de disfagia progressiva, odinofagia, desconforto retroesternal, dor epigástrica, náuseas e anorexia sugerem a existência de carcinoma esofágico. Objetivo: Os autores discutem a partir de um relato de caso a importância do diagnóstico precoce e prognóstico do câncer de esôfago. Casuística: Um paciente (relato de caso). Método: Prospectivo, observacional. Resultado: É apresentado um paciente de 54 anos diagnosticado com câncer de esôfago de células escamosas não queratinizante ulcerado grau 3 à 23 cm da arcada dentária superior e com luz menor que 8 cm, que foi internado para esofagectomia, porém após resultado do exame de imagem contrastado recebeu alta. ESÔFAGO NEGRO EM PACIENTE ETILISTA Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Sheilane Rodrigues da Silva / Hospital de Base do Distrito Federal; Mariana Dias Zanchetta / Hospital de Base do Distrito Federal; Dennyson Melo de Andrade / Hospital de Base do Distrito Federal; Vinicius Teixeira Macedo / Hospital de Base do Distrito Federal; Rodrigo de Freitas Garbero / Hospital de Base do Distrito Federal; Marília Rávila Acioly / Hospital de Base do Distrito Federal; Lucas Santana Nova da Costa / Hospital de Base do Distrito Federal; Jucelino Nunes Vidal / Hospital de Base do Distrito Federal; Kenisse Juliana Araujo / Hospital de Base do Distrito Federal; Beatriz de Souza Barros / Hospital de Base do Distrito Federal. Resumo Paciente com 19 anos, com quadro de dor abdominal e hematêmese, sem relato de comorbidades prévias, referindo etilismo. Submetido a Endoscopia Digestiva Alta (EDA) que evidenciou esofagite, gastrite e duodenite hemorrágicas difusas e acentuadas, sugestivas de lesão de natureza vascular. Tomografia Computadorizada de Abdome com líquido livre em cavidade abdominal e aparente espessamento da parede duodenal e gástrica. Paciente evoluiu com instabilidade hemodinâmica e necessidade de hemotransfusão. Realizada Laparotomia Exploradora com evidencia de necrose de delgado. Realizada enterectomia iniciada em segmento distal do duodeno até cerca de 60cm do ângulo de Treitz, desconexão antropilórica, duodenojejunoanastomose término-terminal, jejunostomia descompressiva com dreno supra-anastomótico em duodeno, gastrostomia descompressiva e jejunostomia alimentar e drenagem de cavidade à direita. Apresentou boa evolução no pós-operatório, porém com piora do leucograma e dor abdominal no décimo dia de pós-operatório. Submetido a relaparotomia exploradora que não evidenciou novas áreas de necrose ou demais alterações, realizada gastrojejunoanastomose látero-lateral, desfeitas jejunostomia alimentar, jejunostomia e gastrostomia descompressivas. Submetido à nova EDA dez dias após reabordagem que mostrou mucosa esofágica GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 99 A nais e de jejuno normais, mucosa gástrica com enantema moderado. A necrose esofágica aguda é uma entidade rara, de etiologia multifatorial e pouco conhecida, que pode estar relacionada à ingestão aguda e crônica de álcool, por lesão direta e indireta, podendo acometer todo o tubo digestivo IDENTIFICAÇÃO DOS TIPOS PSICOLÓGICOS EM PACIENTES COM CÂNCER DE ESÔFAGO: CONTRIBUIÇÕES PARA A EQUIPE CLÍNICA E MULTIDISCIPLINAR Temário: Cirurgia / Esôfago 100 Autores: Stela Duarte Pinto / ICESP-HC-FMUSP; Ulysses Ribeiro Júnior / ICESP-HC-FMUSP; Ana Catarina Araújo Elias / ICESP-HC-FMUSP; Lórgio Henrique Diaz Rodriguez / ICESP-HC-FMUSP; Evelise Pelllegrinelli Zaidan / ICESPHC-FMUSP; Marcos Roberto Tacconi / ICESP-HC-FMUSP; Flávio Roberto Takeda / ICESP-HC-FMUSP; Thaís de Campos Cardenas / ICESP-HC-FMUSP. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo A função principal é a função sensação, dominante em 56% dos pacientes e a função auxiliar é o sentimento, secundária em 44%. Estes pacientes por funcionarem de forma predominantemente concreta, oriunda da função sensação, e afetiva, decorrente da função auxiliar, autorreflexivos e introspectivos, devido à introversão, indicam ênfase para o trabalho psicológico no tema/foco: relações afetivas interpessoais e intrapsíquica. Além disso, denotam necessidade de acolhimento empático por parte da equipe médica e interdisciplinar e revelam a importância da elaboração psíquica e a integração dos conteúdos verbalizados pela equipe, na sua realidade cotidiana, inclusive para a concretização da proposta de tratamento, onde todos poderão valer-se das potencialidades dos pacientes para envolvê-los de uma forma mais efetiva no processo de adoecimento, promovendo um avanço nos atendimentos da área da saúde. Conclusão: O questionário de avaliação tipológica permitiu a caracterização dos tipos psicológicos dos pacientes com câncer do esôfago. LEIOMIOMA SINTOMÁTICO EM ESÔFAGO Resumo Temário: Cirurgia / Esôfago O câncer de esôfago pode ser desencadeado por hábitos de vida e também por fatores intrínsecos ao indivíduo, interferindo significativamente na qualidade de vida do paciente. de acordo com a psicologia junguiana uma doença como o câncer, além dos fatores orgânicos, ambientais e sociais, pode representar uma tentativa simbólica para compensar uma atitude unilateral do indivíduo, no tocante ao relacionar-se com o ambiente e consigo Autores: Rafael Viana Leite / UNIFACS; Renata Fernandes Cunha / UNIFACS; Vanessa Barreto Matos Maia / UNIFACS; Renata Borges de Lima / UNIFACS; Raianne Silva Lima / UNIFACS; Marcos de Almeida Correia Lima / UNIFACS; Márcio Rivison Silva Cruz / UNIFACS; Natália Matos Muricy / UNIFACS. Resumo mesmo, sugerindo que a amplificação do conhecimento sobre os aspectos do funcionamento e da dinâmica psíquica do sujeito pode contribuir para a otimização do tratamento psicológico, assim como, auxiliar a equipe médica e interdisciplinar na condução da relação terapeuta/paciente. O objetivo deste estudo é identificar a tipologia psicológica em pacientes com diagnóstico de câncer de esôfago, através de método transversal, exploratório e descritivo, utilizando o Questionário de Avaliação Tipológica (Zacharias, 2003). Apresentamos neste trabalho uma amostra da pesquisa em andamento, através de 39 pacientes, maiores de 18 anos, virgens de tratamento clínico, atendidos em hospital oncológico do Sistema Único de Saúde (ICESP-HC-FMUSP), com ensino fundamental e que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Nossa amostra é composta de 85% de pacientes do sexo masculino e 15% do sexo feminino. Os resultados indicaram que 82% têm o foco de atenção para relacionar-se com as pessoas baseado na introversão. Introdução: O leiomioma é um tumor de células de músculo liso, de origem intramural. Apesar de ser o tumor benigno de esôfago mais frequente, é bastante incomum, representando 0,5-0,8% de todos os tumores esofágicos e 5-10% de todos os leiomiomas que acometem o trato digestivo. Localiza-se mais comumente no 1/3 distal do esôfago. Seu pico de incidência ocorre entre a 3a e 5a décadas de vida, sendo mais prevalente no sexo masculino. É um tumor de crescimento lento e assintomático, na maioria dos casos, o que pode tornar o diagnóstico tardio. Disfagia e dor retroesternal são sintomas encontrados quando sintomático e estão diretamente relacionados ao tamanho do tumor e sua localização. O leiomioma geralmente está associado a outras patologias do esôfago como DRGE e hérnia de hiato. Objetivo: Relatar um raro caso de leiomioma no esôfago distal em paciente sintomático, bem como sua resolução terapêutica. Relato de caso: Paciente de trinta e três anos, sexo masculino, GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 cursou com queixa de dificuldade de ingerir sólidos nos últimos meses. Foi, então, submetido à investigação clínica e exames complementares, como endoscopia digestiva alta (EDA), estudo radiológico do esôfago, estômago e duodeno (EREED) e tomografia de tórax (TC). A EDA evidenciou lesão submucosa em esôfago distal, a cerca de 35cm da arcada dentária superior (ADS), maior que 5cm. A TC de tórax apresentou espessamento parietal concêntrico e irregular do esôfago distal com redução do diâmetro luminal. O EREED mostrou alterações de preenchimento do 1/3 distal compatível com tumor, tendo sido indicado o tratamento cirúrgico. Foi realizada uma esofagectomia distal com anastomose primária por laparoscopia. O paciente evoluiu sem intercorrências, obtendo alta hospitalar no 7º dia do pós-operatório. O exame anatomopatológico confirmou leiomioma esofágico. Método: O caso foi obtido através da revisão do prontuário, registro fotográfico dos métodos diagnósticos utilizados para a identificação e extração do leiomioma e revisão de literatura. Conclusão: O leiomioma esofágico é uma apresentação rara dos tumores de esôfago, sua descrição na literatura é infrequente, com métodos operatórios pouco discutidos. A ressecção esofágica laparoscópica, apesar de tecnicamente mais complexa, é uma excelente opção como tratamento desse tipo de paciente. MEGAESÔFAGO CHAGÁSICO SUBMETIDO À CARDIOPLASTIA A THAL-HATAFUKU E TRATAMENTO COMPLEMENTAR: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Natália Mota de Oliveira / UNIUBE; José do Carmo Junior / UNIUBE; Erica Silva / UNIUBE; Luiz Eduardo Gonçalves Ferreira / UNIUBE; Natanni Reis Canaverde / UNIUBE; Michel Hamui Sallum / UNIUBE; Muriele Batista do Vale / UNIUBE; João Paulo Chaves de Melo / UNIUBE. Resumo Introdução: O megaesôfago é uma manifestação frequente da forma digestiva da doença de Chagas, a qual de forma progressiva vem apresentando redução na incidência; porém, quando acometidos, os pacientes apresentam complicações que deterioram a qualidade de vida. Objetivo: Descrever um caso de megaesôfago chagásico avançado submetido à cardioplastia a Thal- Hatafuku, dilatação endoscópica e uso de sildenafil complementar. Descrição do caso: M.B.B.F, feminino, parda, 75 anos, natural e procedente de Uberaba- MG, deu entrada no nosso serviço com megaesôfago chagásico avançado de longa data, apresentado disfagia para líquidos e regurgitação, em uso de suporte nutricional por dieta enteral há 4 anos, sem alimentação via oral neste período. Apresentava condições clínicas e cardiovasculares que contraindicava o procedimento cirúrgico de escolha, que seria esofagectomia, devido a quadro de dólico megaesôfago evidenciado ao esofagograma baritado. Optado por procedimento cirúrgico de cardioplastia à Thal-Hatafuku em 29 de agosto de 2012, evoluindo com melhora do quadro disfágico e aceitação alimentar por via oral, sendo retirado a sonda nasoenteral. Em abril de 2014 apresentou quadro de monilíase esofagiana, sendo submetida a tratamento com antifúngicos com resolução do quadro. Novamente, em julho de 2014 referiu queixa de disfagia para alimentos sólidos, sendo submetida a endoscopia digestiva alta que demonstrou grande quantidade de restos alimentares, sendo iniciado uso de Sildenafil e dilatação endoscópica esofágica com melhora dos sintomas. No momento, encontra-se assintomática em acompanhamento ambulatorial. Conclusão: O tratamento do megaesôfago chagásico e da acalasia do cárdia pode ser realizado através de tratamento cirúrgico como as cardiomiotomias ou através de procedimentos cirúrgicos mais extensos como esofagectomias, de acordo com o grau de acometimento da doença. Também são empregados tratamentos como a dilatação esofágica, o uso de drogas como o sildenafil, a miotomia endoscópica como demonstrado em estudos recentes. No caso relatado optou-se pela realização de cardioplastia a Thau-Hatafuku primeiramente descrita em 1964 devido às condições clínicas da paciente. A recidiva do quadro disfágico após 23 meses respondeu bem ao tratamento complementar de dilatação e uso de sildenafil, que bloqueando a fosfodiesterase, leva maior liberação de oxido nítrico e relaxamento da musculatura do cárdia. UM CASO RARO DE MÚLTIPLAS METÁSTASES CUTÂNEAS DE CARCINOMA EPIDERMOIDE DO ESÔFAGO Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Uirá Fernandes Teixeira / UFCSPA; Paulo Roberto Ott Fontes / UFCSPA; Fábio Luiz Waechter / UFCSPA; José Artur Sampaio / UFCSPA; Roque Furian / Santa Casa de porto Alegre; Luiz Pereira-Lima / UFCSPA. Resumo Introdução: A neoplasia de esôfago é uma doença agressiva que geralmente tem um prognóstico reservado. Os pacientes acometidos apresentam, habitualmente, sinais e sintomas re- GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 101 A nais lacionados ao crescimento loco-regional do tumor, ao sangra- da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Resumo mento gastrointestinal e comprometimento nutricional. Metás- 102 tases cutâneas são eventos raros, associadas com um estágio Com o diagnóstico progressivamente mais precoce do câncer avançado e baixa sobrevida, sendo relatadas em menos de 1% de esôfago, surgem oportunidades para tratamento cirúrgico dos casos. Relato de caso: Reportamos o caso de um pa- com finalidade curativa com o emprego de técnicas menos ciente do sexo masculino, de 51 anos, que apresentava estado invasivas como a videocirurgia. Encontramos, na literatura, geral comprometido, disfagia há 4 meses, perda de peso e le- diversas técnicas, com suas vantagens e desvantagens, para sões cutâneas disseminadas e indolores. Endoscopia digesti- tratamento de neoplasia de esôfago, de acordo com sua posição va alta revelou a presença de lesão ulcerada e estenótica no e estadiamento; no entanto ainda é discutido qual seria a melhor segmento inferior do esôfago, acometendo cerca de 60% da opção terapêutica em cada situação. Este vídeo tem a finalidade circunferência do órgão, com 5 cm de extensão. Outra lesão de descrever passo a passo a realização da esôfago-gastrectomia elevada e irregular foi identificada na segunda porção duodenal, por videolaparoscopia e videotoracoscopia em decúbito no mesmo exame. A biópsia revelou tratar-se de carcinoma epi- ventral (ou posição prona) com linfadenectomia mediastinal e dermoide esofágico em ambos os sítios. A tomografia de tórax reconstrução com anastomose de tubo gástrico intra-torácico, no e abdome evidenciou múltiplos nódulos pulmonares e hepáti- tratamento de um adenocarcinoma inicial de esôfago distal sobre cos (sugestivos de implantes secundários), além de aumento lesão de Barrett. Procedimento iniciado no tempo abdominal de linfonodos loco-regionais. Além disso, biópsias excisionais em posição de litotomia, com dissecção do esôfago abdominal, aleatórias das lesões de pele, avaliadas por imunohistoquími- liberação da grande curvatura do estômago e confecção do ca, confirmaram metástase cutânea da neoplasia esofágica. O tubo gástrico. Paciente movida para decúbito ventral e realizada paciente foi encaminhado para tratamento com radio e quimio- dissecção do esôfago torácico através de apenas 3 portais em terapia. Discussão: Metástases cutâneas de neoplasias do hemitórax direito. comamplo espaço para visualização e trabalho, trato gastrointestinal são raras, com frequência de 0.7 a 9%. realizada ressecção da peça e linfadenectomia mediastinal, sem Para neoplasia maligna do esôfago são ainda mais raras, com necessidade de intubação com ventilação seletiva, seguida de prognóstico reservado, e sobrevida em torno de 4 a 20 meses anastomose manual intratorácica entre o esôfago proximal e o após o diagnóstico. Conclusão: Acreditamos que qualquer tubo gástrico. Retirada a peça por via abdominal após realização lesão cutânea suspeita que se apresente no espectro de uma de jejunostomia e revisão da cavidade abdominal. A paciente neoplasia gastrointestinal deva ser biopsiada, já que a confirma- também era portadora de um divertículo de Zenker, o qual foi ção de doença metastática muda o estágio da doença, o seu abordado endoscopicamente posteriormente. Conforme análise prognóstico e tratamento. anátomo-patológica da peça, não houve comprometimento de margens cirúrgicas e nem foi encontrada progressão da doença para linfonodos. Este relato de caso demonstra a viabilidade de ESÔFAGO-GASTRECTOMIA POR VÍDEO COM TORACOSCOPIA EM DECÚBITO VENTRAL POR ADENOCARCINOMA DE ESÔFAGO realização do procedimento e alguns detalhes técnicos os quais podem ser considerados vantajosos em relação a outras técnicas. são necessários mais estudos e um maior número de casos para avaliar segurança e eficácia desta técnica em relação a outras. Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Daniel Seiti Kurihara Oda / Hospital são Vicente de Curitiba - FUNEF - Curitiba/ PR; Antonio Carlos Rosa de Sena / Hospital são Vicente - FUNEF - Curitiba / PR; Marciano Anghinoni / Hospital são Vicente - FUNEF - Curitiba / PR; Tiago Kuchnir Martins de Oliveira / Hospital são Vicente - FUNEF - Curitiba / PR; Daniel Seigui Kaio / Hospital são Vicente - FUNEF - Curitiba / PR; Mariana de Castro / Hospital são Vicente - FUNEF - Curitiba / PR; Giovanna Cerri / Hospital são Vicente - FUNEF - Curitiba / PR; Andréa Carneiro Leite Mariz Álvares / Hospital são Vicente - FUNEF - Curitiba / PR. TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCÓPICO DA ÚLCERA GÁSTRICA PERFURADA: USO DO LIGAMENTO REDONDO COMO ALTERNATIVA AO REFORÇO COM OMENTO MAIOR Temário: Cirurgia / Esôfago Autores: Vagner Birk Jeismann / FMUSP; Emerson Shigueaki GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Abe / FMUSP; Gilton Marques Fonseca / FMUSP; Rodrigo Blanco Dumarco / FMUSP; Eduardo Danta Bariani Peres / FMUSP. Resumo Resumo cia, em sua maioria são assintomáticos, sendo diagnosticados Introdução: A doença ulcerosa péptica atualmente raramente damente 200 casos relatados na literatura e na sua maioria Introdução: O lipoma gástrico é uma patologia rara na infânpor exame de imagem acidentalmente. Hoje temos aproxima- apresenta indicação cirúrgica devido aos inquestionáveis avanços no entendimento de sua fisiopatologia e, consequentemente, no seu tratamento. A perfuração gastroduodenal permanece como complicação temida e de tratamento primariamente cirúrgico. A experiência com a abordagem videolaparoscópica tem crescido e costuma repetir os princípios da cirurgia aberta: adequada limpeza da cavidade abdominal, identificação e sínte- são casos em adultos. Objetivo: Relato de uma gastrectomia parcial para exérese de lipoma gástrico. Casuística: Emergência Relato do caso: I.T.A., 13 a, masculino, brasileiro, branco, solteiro. Data da Internação: 23/04/14 QP: Nauseas, vômitos, fezes endurecidas e de coloração escurecida. HDA: Inicio dos sintomas há mais ou menos 1 mês, onde paciente foi internado no hospital da cidade natal. Lá segundo informações se da perfuração, geralmente associada a reforço com alguma colhidas fez tratamento paliativo com sintomáticos e transfu- estrutura adjacente, como o omento maior. Objetivo: Relatar são sanguínea. HPP: Ndn. HFA: Ndn Ao exame: Acordado, caso de uma paciente com múltiplas comorbidades, incluindo orientado, anictérico, hipocorado +/4+, estável hemodinami- histórico de retalho de omento maior na região torácica devido camente. AR e AC: s/alt. Abdome: plano, depressível, indo- a complicações de radioterapia para neoplasia de mama, que lor a palpação, RHA +. MMII: s/alt. Exames laboratoriais: Hb: apresentou-se com peritonite difusa devido a uma úlcera gás- 10,5;Ht: 30%; demais sem alterações; marcadores tumorais: trica pré-pilórica perfurada tratada através da abordagem vide- negativos. Inicialmente realizou EDA que evidenciou massa olaparoscópica. Método: a cirurgia foi realizada através de 4 gástrica em região de grande curvatura, realizada biópsia que portais e consistiu na aspiração e irrigação da cavidade abdo- sugeriu lipoma. Devido quadro clínico incomum foi optado por minal, identificação de perfuração gástrica pré-pilórica seguida maior investigação de imagem (porém a tomografia encontra- de sua síntese com sutura e reforço com “patch” de ligamento va-se quebrada), realizou-se então ressonância magnética de redondo. Resultados: O tempo cirúrgico foi de 105 minutos. abdome com laudo: Lesão expansiva gástrica em topografia A paciente apresentou complicações pulmonares com boa res- submucosa na grande curvatura/corpo, com contornos lobu- posta ao tratamento clínico instituído. Não ocorreram outras in- lados e conteúdo adiposo, sem sinais de sangramento intra- tercorrências abdominais durante a internação e recebeu alta -lesional, infiltração e/ou invasão de estruturas adjacentes. hospitalar e recebeu alta hospitalar no 32o dia pós-operatório. Convém correlacionar com estudo anatomopatológico. Dentre Conclusão: A abordagem videolaparoscópica é factível e se- as possibilidades diagnósticas, estão incluídas as lesões com gura em casos selecionados de úlcera gastroduodenal perfu- conteúdo adiposo - lipoma/variantes histológicas. Optado rada. O uso do ligamento redondo é uma alternativa eficaz ao por cirurgia devido quadro de sangramento prévio. Cirurgia: reforço com “patch” de omento maior. Realizado incisão supra-umbilical onde identificou-se massa gástrica sem acometimento de nenhum outro órgão. Optou- LIPOMA GÁSTRICO INFANTIL: RELATO DE CASO DO TRATAMENTO CIRÚRGICO E REVISÃO DA LITERATURA Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Claudio Luiz Lourenço de Souza Junior / UNOESC; Carmen Francisca Leite / UNOESC; Vicente Sposito / UNOESC; Felipe Wurzel / UNOESC; Rita de Cassia Palma Lima / UNOESC; Roberto Zilio / UNOESC; Flavia Silva de Souza / Universidade Estacio de Sá- RJ; Gabriela Parizotto / UNOESC. -se então por gastrectomia parcial com margem de aproximadamente 2-3 cm do tumor que se encontrava encapsulado. (congelação com margens livres). Paciente evoluiu bem, no 3 dia P.O iniciado dieta liquida fria e no 6. P.O, alta hospitalar. Anatomopatológico : Confirmou a peça como Lipoma gástrico. Conclusão: O lipoma gástrico diagnosticado na infância é raro tendo poucos casos descritos. Se reduzirmos aos casos que são sintomáticos, reduzimos mais ainda o número. Parece haver um consenso que o tratamento cirúrgico nesses casos é o mais indicado. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 103 A nais XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo TUMOR DESMOIDE ABDOMINAL GIGANTE: RELATO DE CASO A PARTIR DE CONCEITOS DA GASTROSTOMIA ENDOSCÓPICA Autores: Agamenon Dias de Oliveira / ITPAC; Lilian Cristhian Ferreira dos Santos Rocha / ITPAC; Paulo Henrique Dias de Moraes / ITPAC; Isabela Cristina Macedo Fernandes / ITPAC; Jorge Higo Paiva Oliveira / ITPAC; Débora Rosa portilho / ITPAC; Pedro Ernesto Alves Mangueira Júnior / ITPAC; Rone Antonio Alves de Abreu / ITPAC. Autores: Emmanuel Conrado Sousa / UESC; Mayana Oliveira Soares Vieira / SCMI; Fernando Elias Oliveira Cruz / UESC. Resumo trostomia. Após descrição da técnica endoscópica, devido a sua efi- Temário: Cirurgia / Estômago Temário: Cirurgia / Estômago Resumo Introdução: Até 1980, a técnica de Stamm era padrão para gasciência e rapidez, rapidamente tornou-se método de escolha para O tumor desmoide (TD) é um tipo de neoplasia rara, de crescimento lento, sem metástase, que pode ser dividido em extra-abdominais, abdominais e intra-abdominais. O objetivo deste trabalho é relatar o caso Fibromatose tipo Desmoide, no qual será abordada a clínica do paciente até a resolução do caso com tratamento cirúrgico. O trabalho foi realizado através de uma revisão de prontuário e 104 da levantamento acerca do tema com pesquisa em dados disponíveis no MEDLINE, LILACS-BIREME, PUBMED e COCHRANE e literatura especifica. Paciente masculino, 16 anos, encaminhado ao ambulatório de oncologia do hospital regional de araguaína (HRA) apresentando massa abdominal palpável, cerca de 6 meses de crescimento, inicialmente em região epigástrica e hipocôndrio direito e posteriormente ocupando toda região abdominal. Acompanhado de perda ponderal (20 Kg ) nesse período de evolução. Pesquisa dos marcadores tumorais CEA e Ca 19.9 com resultados negativos. Foi realizada gastrectomia parcial e esplenectomia com ligadura de vasos correspondentes. Os exames histopatógico e imuno-histoquímica evidenciaram lesões mesenquimais fusocelular com celularidade baixa com íntima relação com a parede gástrica, margens cirúrgicas livres e baço com congestão leve; as características morfológicas e de imunomarcação favoreceram diagnóstico de fibromatose tipo desmóide. Paciente evoluiu bem sem intercorrências recebendo alta hospitalar, sem a necessidade de quimioterapia. A fibromatose agressiva ou tumor desmoide (TD) é um tipo de neoplasia que se estende aos tecidos músculo-aponeuróticos, penetra cápsulas articulares, infiltra-se ao longo dos planos fasciais e invade estruturas neurovasculares adjacentes. Apresenta alta taxa de recidiva local após ressecção cirúrgica a qual é o tratamento de escolha para a acesso enteral prolongado. O autor descreve uma técnica que combina a visualização direta do estômago da cirurgia aberta com a simplicidade e menor trauma da gastrostomia endoscópica. Metodologia: Descrição da técnica: Paciente em decúbito dorsal sob anestesia. Incisão mínima no epigástrio e tração do estômago. Incisão de 03 mm em flanco esquerdo e punção com agulha para passagem de fio guia. Perfuração punctiforme do estômago, apreensão do fio guia, conexão com sonda e tração percutânea com aproximação do estômago à parede abdominal sem necessidade de sutura em torno da sonda. Discussão: As duas principais técnicas de gastrostomia cirúrgica, Stamm com dupla sutura em bolsa e Witzel com criação de um tubo seroso, procuram envolver a sonda em tecido gástrico, buscando evitar as complicações do vazamento do conteúdo ácido. A gastrostomia endoscópica com perfuração punctiforme do estômago e aproximação do estômago à parede abdominal produz resultados de morbidade e mortalidade menores ou pelo menos iguais aos da gastrostomia cirúrgica, sendo tecnicamente mais simples, menos traumática e com custo menor. As vantagens da técnica descrita incluem: uma laparotomia mínima, tracionando facilmente o estômago para fora da cavidade; incisão punctiforme no estômago para passagem do fio guia e exteriorização da sonda tornando desnecessária a sutura em bolsa no estômago; uso de sonda com flange interna circular, utilizada na técnica endoscópica, permitindo uma melhor tração e fixação da parede gástrica ao peritônio parietal. Conclusão: A gastrostomia cirúrgica com incisão mínima no estômago para exteriorização da sonda, utilizando dispositivos da gastrostomia endoscópica, mostrou-se segura, de fácil execução, menos traumática, mais rápida, simples e elegante. patologia, contudo, em casos em que não há indicação cirúrgica, opta-se por radioterapia. ADENOCARCINOMA GÁSTRICO: UM RELATO DE CASO UMA NOVA TÉCNICA DE GASTROSTOMIA CIRÚRGICA Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Bruna Feio de Oliveira / Uepa; Marcelo Bandeira Coelho Dias / Hospital Ophir Loyola; Patrícia Isabel Bahia GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Mendes Freire / Hospital Ophir Loyola; Alessandro França de Souza / Hospital Ophir Loyola; Marcos de Souza Lopes Freire Filho / Hospital Ophir Loyola; Raquel de Maria Maues Sacramento / Hospital Ophir Loyola; Larissa Nayara Martins Belarmino / Uepa; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola. sem intercorrências. Conclusão: O adenocarcinoma gástrico é o tipo histológico mais comum, figurando entre as principais causas de morte por câncer no mundo. Além disso, o subtipo difuso (infiltrativo) possui pior prognóstico com metástases precoces e, por isso, necessita de tratamento agressivo, sendo indicado o tratamento cirúrgico com gastrectomia total. Resumo Introdução: As neoplasias malignas de estômago estão entre as mais prevalentes no mundo. Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer, para o ano de 2012 foram esperados, no Brasil, cerca de 12.670 casos novos de câncer de estômago em homens e 7.420 em mulheres. de acordo com o INCA, estes valores correspondem a um risco estimado de 13 casos novos a cada 100 mil homens e 7 a cada 100 mil mulheres. Objetivo: Relatar um caso de Adenocarcinoma Gástrico. Casuística: Um paciente (Relato de Caso). Método: Avaliação retrospectiva CÂNCER GÁSTRICO AVANÇADO: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Camila Paula de Siqueira Maués / Hospital Ophir Loyola - Centro Hospitalar Jean Bitar; Thais Travassos da Silva / UEPA; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; Marcelo Bandeira Coelho Dias / Hospital Opir Loyola; Patrícia Isabel Bahia Mendes Freire / Hospital Ophir Loyola; Alessandro França de Souza / Hospital Ophir Loyola; Marcos de Souza Lopes Freire Filho / Hospital Ophir Loyola; José Gabriel Miranda da Paixão / Hospital Ophir Loyola. do prontuário da paciente no Hospital Ophir Loyola. Resultados: Masculino, 58 anos. Paciente relata há dois anos episódio Resumo de ardência epigástrica pré- prandial com melhora após a alimentação. Apresentou vertigem seguida de vômitos. Há 1 Introdução: O câncer gástrico é a segunda causa mais comum ano houve piora do quadro, com dor em hipocôndrio direito de morte por câncer no mundo e a maioria dos casos ocorrem em irradiando para a clavícula direita, dor epigástrica e dor em países em desenvolvimento. No Brasil, estima-se que seja o quarto aperto em hipocôndrio esquerdo, mais intensa no período pré- tumor maligno mais frequente entre os homens e sexto entre as prandial e disfagia para sólidos. Nos últimos 6 meses houve mulheres. Está relacionado à infecção gástrica pelo Helicobacter perda de 10 Kg , adinamia, fraqueza, vertigem seguida de pylori; idade avançada, sexo masculino, tabagismo, dieta rica em sal e vômito. Diabético há 6 anos, ex-etilista e ex-tabagista há 2 anos. alimentos defumados. Objetivo: Relatar o caso de um paciente com Paciente sem história de neoplasia na família. Ao exame físico: diagnóstico tardio de câncer gástrico. Casuística: Um paciente paciente com murmúrio vesicular diminuído em hemitórax (relato de caso) Método: Relato de caso de um portador de câncer direito (FR: 12 irpm). Abdomên globoso, tenso, doloroso à gástrico acompanhado no Hospital Ophir Loyola em Belém-PA em palpação em HE. Tomografia computadorizada evidenciando: 2013. Resultado: O paciente M.N.S.M., sexo masculino, 55 anos, espessamento irregular da parede gástrica compatível com motorista, residente e procedente de Tomé Açú-PA ao ser internado, processo neoplásico, comprometendo sobretudo a pequena e relatou episódio de hematêmese 8 há meses antes associada à a grande curvatura. Endoscopia revelando: à 5 cm da cárdia plenitude gástrica e epigastralgia episódica; negou perda ponderal. nota-se lesão ulcerada, borda irregular, fundo recoberto com Endoscopia digestiva alta da época mostrou pangastrite enantematosa fina camada de fibrina, medindo aproximadamente 4cm. Corpo moderada e biópsia gástrica com presença de H. pylori (3+/4+), foi médio (parede posterior) lesão elevada de superfície lisa com tratado com IBP. Todavia, a hematêmese persistiu, agora associada coágulo aderido medindo aproximadamente 2,5 cm. Antro à melena. Ao ser encaminhado para Belém, uma nova endoscopia revestido de mucosa levemente enamtematosa, superfície atestou gastrite enantematosa moderada de corpo, presença de lisa e regular com xantoma. Histopatológico: adenocarcinoma cicatriz vermelha de úlcera gástrica com halo eritematoso intenso com infiltrativo ulcerado moderadamente diferenciado do estômago. friabilidade em pequena curvatura gástrica (5 cm após o esôfago) e Cirurgia realizada: gastrectomia total paliativa, reconstrução biópsia com ausência de H. pylori e presença de adenocarcinoma em Y de Roux, linfadenectomia D1, colecistectomia, biópsia mucinoso mucocelular ulcerado. Relatou história familiar positiva para hepática, biópsia de nódulo mesentérico. Paciente evoluiu neoplasias (mãe e avó materna). Sem alterações significativas ao GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 105 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo exame físico admissional, evoluiu na internação com piora do estado vários mecanismos podem atuar ao mesmo tempo. Os cistos de geral, permanência de hematêmese e melena, queixa de fraqueza duplicação são geralmente assintomáticos nos adultos, apresentando e tontura, apresentando-se hipocorado (3+/4+), com edema em como sintomas comuns obstrução intestinal, dor, vômitos, mãos e pés, diurese preservada e sem alterações, vômitos após a distensão abdominal e sangramento. No passado, as duplicações ingesta de líquido (leite e água), anemia hipo/micro com anisocitose e gástricas raramente eram diagnosticadas em pré-operatório, mas poiquilocitose leve, leucocitose e plaquetopenia que não melhoraram a crescente utilização de meios de imagem, e principalmente da com as transfusões realizadas. A tomografia computadorizada ecoendoscopia, são cada vez mais identificadas. O tratamento revelou derrame pleural bilateral, nódulo em base pulmonar direita preconizado é cirúrgico, sendo considerado padrão ouro. Contudo, e padrão heterogêneo (“salpicado”) em coluna vertebral sugestiva não existe uma técnica cirúrgica padrão. Recomenda-se a excisão de infiltração medular. Após 13 dias de internação, evoluiu a óbito. completa da lesão. Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Conclusão: O estudo do câncer gástrico e principalmente de seus Endoscopia Digestiva, o acompanhamento endoscópico periódico fatores de risco, deve ser permanente, já que o diagnóstico tardio das lesões subepiteliais < 2,0 cm com aspecto ecoendoscópico dificulta a eficácia terapêutica e o prognóstico dos pacientes. benigno parece ser seguro, porém o intervalo de acompanhamento deverá ser individualizado. Conclusão: Na literatura atual, existem 106 CISTO DE DUPLICAÇÃO GÁSTRICO: DISCUSSÃO DA ABORDAGEM TERAPÊUTICA Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Lumi Amaral Gomes / Universidade do Grande Rio; Fábio Gomes Oliveira / Universidade do Grande Rio; Ronaldo Carneiro dos Santos / Universidade do Grande Rio. Resumo Introdução: Os cistos de duplicação gastrointestinal são malformações congênitas raras que podem surgir ao longo de todo o tubo digestivo. Sua localização mais frequente é no íleo e a mais rara, no estômago (2 a 7%). A maioria dos casos é diagnosticada na infância. Objetivo: Este trabalho aborda as diferentes opções de conduta nos casos de cisto de duplicação gástrica através de relato de caso de um paciente de hospital público do Rio de Janeiro, comparando-o com a literatura atual. Métodos: Revisão de prontuário e pesquisa bibliográfica nas bases de dados MEDLINE, LILACS, SciELO; efetuando busca com as palavras: “duplicação”, “tubo divergências de conduta nas duplicações gástricas determinadas por diferentes protocolos na prática clínica. portanto, a opção pelo tratamento cirúrgico (definitivo) ou acompanhamento endoscópico dependerá da análise das características do cisto de duplicação frente ao caso do paciente. GASTRECTOMIA TOTAL COM ESPLENECTOMIA E PANCREATECTOMIA CORPO CAUDAL POR TUMOR GÁSTRICO AVANÇADO Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Victor Soares Peixoto / HOL; Hamilton Cezar Rocha Garcia / HOL; Joyce Carmen Abreu Da Silva / UFPA; Marcelo Bandeira Coelho Dias / HOL; Patrícia Isabel Bahia Mendes Freire / HOL; Alessandro França de Souza / HOL; Marcos de Souza Lopes Freire Filho / HOL; Raíssa Pereira de Tommaso / HOL. Resumo digestivo”, “cisto de duplicação gástrico”, “abordagem terapêutica”. Introdução: O câncer de estômago ocupa o segundo lugar em Resultados: As duplicações podem ser encontradas em todo frequência em todo o mundo, depois do câncer de pulmão. A aparelho digestivo, da boca ao ânus, sendo o segmento mais afetado localização mais frequente é a porção distal do estômago. Objetivo: o íleo. Apresentam tamanhos variáveis e podem se comunicar com Relatar o caso de um paciente com neoplasia gástrica avançada o aparelho gastrointestinal. As duplicações esféricas ocorrem mais submetida a tratamento cirúrgico no hospital Ophir Loyola. Casuística: no esôfago e porção proximal do aparelho digestivo e normalmente 1 paciente (Relato de Caso). Metodologia: Relato de caso baseado não são comunicantes. As duplicações tubulares são mais raras, em dados de prontuário, entrevista e acompanhamento do quadro ocorrem em 1/3 dos casos e comunicam frequentemente com o clínico da paciente. Resultados: R.N.P, sexo masculino, 44 anos, aparelho digestivo adjacente. Não existe uma teoria bem definida admitida no hospital Ophir Loyola com o diagnóstico endoscópico de para esclarecer o surgimento dos cistos de duplicação; parece que presença de uma lesão ulceroinfiltrativa (Borrmmam III) em parede GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo posterior do antro gastrico , e histopatológico um adenocarcinoma paciente retornou com 6 meses, e EDA mantendo alterações gástrico pouco diferenciado com células em anel de sinete. O anatomopatológico já descritas. Indicado tratamento cirúrgico há paciente foi submetida à cirurgia de gastrectomia total, esplenectomia 2 anos (gastrojejunostomia em Y de Roux). Paciente apresentou e pancreatectomiacorpocaudal com reconstrução em Y de Roux. remissão completa dos sintomas no período pós-operatório, e No pós-operatório (PO)a paciente evoluiu satisfatoriamente bem, permanece assintomático há 2 anos. Conclusão: O refluxo ocorre dentro do esperado, recebendo alta hospitalar no 14° dia PO, sem em intensidades variáveis e as alterações inflamatórias também são intercorrências. Conclusão: Concluimos que os pacientes jovens de proporções distintas, com os sintomas clínicos relacionados à devem ser submetidos à investigação diagnóstica precoce se intensidade deste processo inflamatório, ocorrendo em período de persistirem os sintomas. tempo independente da data de realização da cirurgia, variando de semanas até anos. O diagnóstico de gastrite alcalina não é difícil de GASTRITE POR REFLUXO BILIAR PÓSGASTRECTOMIA A BILLROTH II (BII) Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Annelyse de Araújo Pereira / PUC GOIÁS; André Rezek Rodrigues / PUC GOIÁS; Germana Jardim Marquez / PUC GOIÁS; Tadeu Cavalcante Nogueira de França Lino / Santa Casa de Misericórdia de Goiânia; Roberto Van de Wiell Barros / Santa Casa de Misericórdia de Goiânia; Izabella Rezende Oliveira / Puc Goiás; Manoel Lemes da Silva Neto / Santa Casa de Misericórdia de Goiânia. ser realizado, pois os sintomas pós-operatórios são característicos. A indicação da cirurgia ocorre com mais frequência após as gastrectomias com reconstrução a BII, na qual o refluxo costuma ser mais acentuado. Nesta situação a melhor técnica conhecida é a conversão em Y de Roux que tem trazido grandes benefícios no desaparecimento dos sintomas do refluxo biliar. GIST GÁSTRICO DE 13KG EM PACIENTE ASSINTOMÁTICO Temário: Cirurgia / Estômago Resumo Introdução: Gastrite por refluxo biliar é uma lesão da mucosa gástrica pelo refluxo bilio-pancreático para o estômago por perda da estrutura pilórica. É uma complicação comum após gastrectomias, mais frequente pela técnica de reconstrução gastrojejunal à Billroth Autores: Flávio Slano / Hospital são Rafael; Paulo Cezar Galvão do Amaral / Hospital são Rafael; Rodolfo Carvalho Santana / Hospital são Rafael; Jorge Reis Pinheiro de Lemos / Hospital são Rafael; Eric Ettinger de Menezes Junior / Hospital são Rafael; Luiz Gustavo do Prado Farias / Hospital são Rafael; Elias Luciano Quinto de Souza / Hospital são Rafael; Ricardo Bandeira de Melo Amaral / Hospital são Rafael. II. Os sintomas são epigastralgia não relacionada à alimentação, com vômitos biliosos e perda de peso, não aliviada pelo uso de inibidores Resumo de bomba de prótons (IBP), antiácidos ou alimentos. Achados endoscópicos de hiperemia da mucosa, enantema, hemorragia e GIST gástrico de 13kg em paciente assintomático. Introdução: Os histopatológicos de hiperemia foveolar, edema e vasodilatação na tumores do estroma gastrointestinal (GIST) representam 85% de lâmina própria, além de gastrite difusa e atrófica são comuns. O todas as neoplasias mesenquimais do trato digestivo. Desses, dois tratamento inicial é clínico, com poucas evidências de melhora. A terços são encontrados no estômago. Esses tumores geralmente cirurgia de conversão da anastomose BII para uma gastrojejunostomia apresentam-se como lesões pequenas, descobertas, muitas vezes, em Y de Roux é indicada nos casos em que a sintomatologia seja incidentalmente. Quando sua apresentação é por massa abdominal, intensa e prejudicando a ingestão alimentar. Objetivos: Relatar achado bastante infrequente, os sintomas mais comuns são: Dor caso de gastrite por refluxo alcalino pós-gastrectomia à Billroth há 20 abdominal, associada a náuseas e vômitos, além de perda de peso anos. Relato: ABF, submetido à Gastrectomia à BII para tratamento e constipação intestinal. Objetivo: Relatar um caso de paciente de Doença Ulcerosa Péptica (DUP) há 22 anos, com queixas assintomático, portador de GIST gástrico de 13kg. Casuística: de epigastralgia contínua não relacionada com a alimentação, Um caso de GIST gástrico de 13kg, operado no serviço de Cirurgia com resposta pouco satisfatória ao uso de IBP contínuo. Ritmo do Aparelho Digestivo do Hospital são Rafael – Salvador – Bahia. intestinal obstipado. Endoscopia digestiva alta (EDA) com gastrite Paciente/Método: Paciente do sexo masculino, 52 anos, enantematosa-erosiva severa de corpo, biópsia gástrica compatível assintomático, com aumento do volume abdominal progressivo há 5 com refluxo biliar. Diante da resposta clínica pouco satisfatória, anos, atribuído a ingesta de cerveja. Alimentando-se normalmente, GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 107 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo ritmo intestinal habitual e exercendo atividades laborativas diárias. posteriror abordagem cirúrgica do tumor. Foi submetido à laparotomia Estudado por tomografia abdominal que mostrou: formação na qual foi evidenciado tumor gástrico localmente avançado, com expansiva, com algumas calcificações e áreas hipodensas de invasão de raiz do mesentério, cólon e mesocólon transverso, discreta necrose, lobulada, medindo 33,1x28,6x21,8cm e ocupando quase quantidade de liquído em cavidade peritoneal. Diante dos achados toda cavidade abdominal. Resultado: Submetido à laparotomia foi optado pela realização de jejunostomia e fechamento da cavidade. em Maio 2014. Realizado exérese da massa, gastrectomia parcial Paciente evolui com drenagem de secreção de aspecto bilioso pela com reconstrução em Y-Roux e transversectomia com anastomose jejunostomia de débito médio diário de 1200ml/24h. Manteve bom primária do cólon. Anatomia patológica evidenciou GIST. estado geral sendo submetido a reabordagem cirúrgica no 5º P.O. Conclusão: Apesar da literatura mostrar que GIST gástricos que se sendo confeccionada nova jejunostomia. Paciente evolui bem nos apresentam como massas abdominais produzem sinais e sintomas, primeiros 3 dias após a reabordagem, com melhora do estado geral sobretudo: Dor abdominal, náuseas, vômitos e alteração do ritmo e alimentação enteral via jejunostomia. No 4º P.O., deu-se início, intestinal (constipação), nesse relato de caso, apesar das dimensões novamente, a saída de secreção biliosa pela jejunostomia associada do GIST, o paciente era assintomático. ao ressurgimento do quadro álgico e deterioração do quadro clínico. Apesar da reintrodução da Nutrição Parenteral Parcial e otimização NEOPLASIA GÁSTRICA AVANÇADA: UM RELATO DE CASO 108 Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Alysson Amaral Barreto / Uepa; Marcelo Bandeira Coelho Dias / Hospital Ophir Loyola; Patrícia Isabel Bahia Mendes Freire / Hospital Ophir Loyola; Alessandro França de Souza / Hospital Ophir Loyola; Marcos de Souza Lopes Freire Filho / Hospital Ophir Loyola; Luiz Otávio Macedo / Hospital Ophir Loyola; Shirlei Monteiro Uchoa / Uepa; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola. Resumo da analgesia com opióides fortes, o paciente veio a óbito no 7º P.O. Conclusão: O câncer gástrico permance apresentando uma alta incidência e mortalidade, principalmente devido ao seu diagnóstico tardio em países subdesenvolvidos. Nos casos avançados, o tratamento cirúrgico, único curativo, não oferece uma sobrevida satisfatória mesmo com medidas paliativas. NEOPLASIA GÁSTRICA EM PACIENTE COM LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Estômago Introdução: O câncer de estômago é o segundo tipo mais comum de neoplasia em incidência e mortalidade, principalmente entre os idosos. A frequência na população é baixa aos 40 anos e aumenta progressivamente com a idade, até atingir seu valor mais elevado por volta dos 70 anos. Objetivo: Relatar um caso de câncer gátrico avançado. Casuística: um paciente (relato de caso). Método: Análise retrospectiva de prontuário ambulatorial e hospitalar no Hospital Ophir Loyola-PA. Resultado: Paciente do sexo masculino, 64 anos, com Autores: Luiz Otávio Lopes Macedo / Hospital Ophir Loyola; Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophir Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; José Miranda Rabelo Neto / Hospital Ophir Loyola; Fábio Costa Negrão / Hospital Ophir Loyola; Denise Cristina dos Santos / Hospital Ophir Loyola; Claudio Claudino Alves Almeida / Hospital Ophir Loyola. Resumo história de dor epigástrica intermitente, de moderada intensidade, dispepsia, disfagia inicialmente para sólidos e posteriormente para Introdução: No Brasil, o câncer gástrico é o quarto tumor maligno líquidos, abaulamento epigástrico há 2 anos, associado à anorexia mais frequente entre os homens e sexto entre as mulheres. A e emagrecimento de 24 kg no período. Hipocorado, desidratado e leucemia mielóide crônica (LMC) é uma doença clonal maligna mal nutrido ao exame físico; com presença de massa palpável fixa caracterizada por uma excessiva proliferação da linhagem mielóide em epigástro. EDA evidenciando lesão ulcerada vegetante a 6 cm (Fase Crônica), seguida por uma perda progressiva da diferenciação da cárdia, estendendo-se pela pequena curvatura até a incisura celular (Fase Acelerada) terminando em um quadro de leucemia angular, semi-circunferencial de limites imprecisos; histopatológico aguda (Fase Blástica). A terapia baseada no transplante de medula evidenciando adenocarcinoma gástrico tubular moderadamente óssea (TMO) é a única chance de cura. Casuística: Uma paciente. diferenciado. Foi internado na enfermaria de oncocirurgia visando Objetivo: Relatar o caso de uma paciente com neoplasia gástrica GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 avançada e portadora de LMC. Método: Relato de caso baseado em dados de prontuário, entrevista e acompanhamento clínico da paciente. Resultados: Paciente do sexo feminino, 67 anos, casada, natural de Maracaçumé-Ma com quadro de dor epigástrica, náuseas e vômitos há seis meses. Evolui com inapetência, perda ponderal importante. Devido a leucocitose, anemia grave e plaquetose, foi encaminhada ao Hemopa e recebeu o diagnóstico de LMC, sendo encaminhada à hematologia do Hospital Ophir Loyola (HOL). Devido ao mal estado geral foi internada durante a qual foi submetida a medidas de suporte, antibioticoterapia (Imipenem, Vancomicina) e Endoscopia Digestiva Alta atestando lesão Bormann 3 em antro. A biopsia da lesão mostrou carcinoma gástrico tipo difuso e ulcerado. Foram realizados exames para estadiamento demonstrando a TC de abdômen espessamento irregular captante de contraste da região antro-pilórica, estendendo-se pela pequena curvatura gástrica infiltrando a gordura adjacente, bem como a borda visceral do segmento III do fígado, linfonodos aumentados em localização epigástrica, tronco celíaco e no hilo hepático, além de presença de líquido livre, notadamente de localização sub-hepática, indicando provável doença metastática. Devido ao mau estado geral e padrão hematológico desfavorável, foi contra-indicada a abordagem cirúrgica e adotadas medidas paliativas. Conclusão: Paciente portadora de LMC e Neoplasia Gástrica avançada com provável metástase cuja opção terapêutica foi paliação clínica devido ao seu mal estado geral para cirurgia. PERFIL GLICÊMICO E LIPÍDICO EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA EM HOSPITAL DA REDE PRIVADA DE SÃO LUÍS-MA Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Sarah Oliveira Weiler / Universidade Ceuma; Leonardo C. O. Itapary / Universidade Ceuma; Vanessa Pimentel Leal / Universidade Ceuma; Vivian Guimaraes Siqueira / Universidade Ceuma; Michelle Souza Monteiro / Universidade Ceuma; Juliana Lacerda / Universidade Ceuma. Resumo do sono e esteatose hepática, dessa forma contribuindo para uma morbidade e mortalidade cada vez mais precoce. As cirurgias bariátricas atualmente tornaram-se o tratamento mais adequado em paciente com IMC ≥ 35 kg/m² com comorbidades ou IMC ≥ 40 kg/ m², principalmente pela ineficácia dos tratamentos medicamentosos e/ou dietéticos. Os objetivos desse estudo foram comparar os níveis lipídicos e glicêmicos dos pacientes antes e seis meses após a realização da cirurgia bariátrica. Estudo descritivo, transversal, com dados coletados de prontuários de pacientes que foram submetidos à cirurgia bariátrica, em um hospital da rede privada de são Luis, MA no período de janeiro a junho de 2013. No período do estudo foram analisados 100 pacientes, destes sendo 63 mulheres e 37 homens. Verificou-se a redução nos valores iniciais, tais como perda de peso de 109,45±23,17kg para 88,1±22kg (p<0,0001), glicemia em jejum de 106,70±34,98mg/dL para 86,11±19,79mg/dL (p<0,0001), hemoglobina glicada de 5,09±2,06% para 4,52±0,65% (p=0,03), níveis de triglicerídeos de 193,69±93,31mg/dL para 110,11±33,87mg/dL (p<0,0001) e o LDL-c de 125,30±38,90mg/ dL para 95,22±22,86mg/dL (p<0,001). Concluiu-se que a melhora verificada no estado metabólico após o tratamento cirúrgico pode reduzir as comorbidades associada com o risco cardiovascular aumentado. PSEUDOTUMOR GÁSTRICO OBSTRUTIVO CAUSADO PELO CMV EM PACIENTE COM SIDA: RELATO DE CASO E Revisão DO TRATAMENTO CIRÚRGICO Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Yuri Longatto Boteon / UNICAMP; Iuri Pedreira Filardi Alves / UNICAMP; Amanda Pinter Carvalheiro da Silva / UNICAMP; Valdir Tercioti Junior / UNICAMP; Joao de Souza Coelho Neto / UNICAMP; Luiz Roberto Lopes / UNICAMP; Marcelo de Carvalho Ramos / UNICAMP; Nelson Adami Andreollo / UNICAMP. Resumo Introdução: O citomegalovirus (CMV) é um patógeno oportunista A obesidade é uma doença caracterizada pelo excesso de gordura no corpo. Esse acúmulo ocorre quando a oferta de calorias é constantemente maior que o gasto de energia corporal e resulta frequentemente em sérios prejuízos à saúde. Está relacionada diretamente com o aumento na incidência de diabetes tipo II, hipertensão arterial, dislipidemia, osteoartrite, apnéia obstrutiva comum em pacientes infectados pelo vírus HIV sendo uma das principais causas de úlceras gastrointestinais em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA). Pseudotumor pelo CMV em estômago é uma causa rara de obstrução do trato digestivo. Objetivo: Descrever um caso de obstrução pseudotumoral gástrica pelo CMV bem como seu tratamento cirúrgico. Método: GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 109 A nais Descreve-se o caso de um paciente do sexo masculino de 39 anos infectado pelo HIV com SIDA em estágio C3 apresentando úlcera gástrica pré-pilórica com deformidade e aspecto pseudotumoral do antro. Biópsia endoscópica com infecção pelo CMV. Submetido à anastomose gastrojejunal em Y-Roux com melhora dos sintomas. Conclusão: A infecção pelo CMV deve ser lembrada como agente em lesões gástrica de pacientes infectados pelo HIV. A anastomose gastrojejunal em Y-Roux é uma opção de tratamento cirúrgico nesses pacientes com melhora da qualidade de vida e menor risco de complicações peri-operatórias. RELATO DE CASO - NEOPLASIA GÁSTRICA EM ADULTO JOVEM Temário: Cirurgia / Estômago 110 Autores: Bruno de Castro Ribeiro / HOL; Marcelo Bandeira Coelho Dias / HOL; Patricia Isabel Bahia Mendes Freire / HOL; Alessandro França de Souza / HOL; Luiz Carlos da Silva Duarte Junior / HOL; José Gabriel Miranda da Paixão / HOL; Camila Paula de Siqueira Maues / UEPA; Hamilton Cezar Rocha Garcia / HOL. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo A paciente negava dificuldade para se alimentar e perda de peso significativa. Fazia uso de esomeprazol 40mg 1 vez ao dia. Negava outras comorbidades associadas, bem como tabagismo e etilismo. Ao exame físico, a paciente se encontrava em bom estado geral, sem alterações significativas. Ausência de linfonodomegalias nas cadeias examinadas. Demais exames de imagem e laboratoriais sem alterações significativas. A paciente foi submetida à cirurgia de gastrectomia total com reconstrução em Y de Roux. No pósoperatório (PO) a paciente evoluiu satisfatoriamente bem, dentro do esperado, recebendo alta hospitalar no 10° dia PO, sem intercorrências. Conclusão: Concluimos que os pacientes jovens devem ser submetidos à investigação diagnóstica precoce se persistirem os sintomas clínicos após tratamento medicamentoso. comisto, teríamos maiores possibilidades de diagnóstico precoce e melhor índice de cura. RELATO DE CASO: ABORDAGEM DE UM TUMOR GIGANTE DO ESTROMA GASTRINTESTINAL (GIST) Temário: Cirurgia / Estômago Resumo Introdução: O câncer de estômago ocupa o segundo lugar em frequência em todo o mundo, depois do câncer de pulmão. O carcinoma gástrico em pacientes jovens, com idade igual ou menor que 40 anos é pouco frequente. A incidência de câncer gástrico em pacientes com menos de 40 anos varia de 2 a 9% do total de portadores de câncer gástrico. Não há diferença na distribuição por sexo (1: 1). A localização mais frequente é a porção distal do estômago. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente jovem com neoplasia gástrica submetida a tratamento cirúrgico no hospital Ophir Loyola. Casuística: Um paciente (relato de caso) Metodologia: Relato de caso baseado em dados de prontuário, entrevista e acompanhamento do quadro clínico da paciente. Resultados: R. B. S., feminina, 26 anos, admitida no hospital Ophir Loyola com queixa de sensação de queimação retroesternal. A paciente exibia sintomas dispétoticos desde 2005. Em 2009 teve o diagnóstico de úlcera gástrica e pesquisa para H. pylori positiva na endoscopia digestiva alta (EDA). Em dezembro de 2013, relata dor de forte intensidade no epigastro, sendo submetida a nova EDA com biopsia, obtendo como resultado endoscópico a presença de uma lesão ulceroinfiltrativa (Borrmmam III), além de uma úlcera circular ativa A2 de Sakita na porção baixa da parede posterior gástrica, e histopatológico um adenocarcinoma gástrico pouco diferenciado. Autores: Flávius Vinícius Cabral Soares / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Fernando Holanda Costa Júnior / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Raphael Felipe Bezerra de Aragão / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Marina Paiva Sousa / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Karen Félix da Silva / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Lívia Rocha de Miranda Pinto / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Mariana Marconato Monje / Hospital Geral de Fortaleza; Phelipe Celestino Santos / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira. Resumo Introdução: Os tumores do estroma gastrintestinal (GISTs – gastrintestinal stromal tumors) são as neoplasias mesenquimatosas do trato gastrintestinal. Entretanto, trata-se de uma neoplasia rara, cuja investigação pode se iniciar pelas manifestações clínicas e por exames de imagem, mas o diagnóstico é feito por biópsia da peça cirúrgica, com pesquisa de CD117 (c-kit) à imunohistoquímica. O tratamento é essencialmente cirúrgico, podendo haver bons resultados com a associação com o inibidor de tirosina quinase, mesilato de imatinib. Objetivo: Relatar à comunidade científica o caso de uma paciente portadora de GIST volumoso de estômago, de modo a discutir e abranger os conhecimentos sobre esse tipo de tumor Casuística: Estudos mostram uma in- GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 cidência de 10 a 20 casos por milhão de habitantes no mundo. A maioria dos GISTs é assintomática até que atinja um tamanho considerável podendo apresentar-se como massa abdominal palpável. Métodos: Os dados foram coletados por meio de anamnese, exame físico da paciente e informações registradas em prontuário médico, bem como laudos de exames de imagem, biópsia e imunohistoquímica, sob autorização da paciente. Resultados: F.M.C., 70 anos, feminino, começou a apresentar, 3 meses antes da internação, uma massa endurecida e dolorosa à palpação em hipocôndrio esquerdo, que vinha aumentando progressivamente de tamanho. Ela referiu quadro de empachamento pós-prandial associado a perda de peso de 8kg em 8 meses (71 – 63 kg). A Endoscopia digestiva alta mostrou um abaulamento em parede posterior de corpo proximal e médio do estômago e recoberto por mucosa gástrica de aspecto normal. A TC de abdome evidenciou uma volumosa lesão mista e bem delimitada, com aparente origem na parede do fundo gástrico e extensão extra-luminal caudal, medindo 18,6 x 14,8 x 10,5 cm (LxTxAP). Não havia sinais de metástase à distância. A paciente foi, então, submetida à gastrectomia em cunha com ressecção em bloco da massa. A biópsia da peça cirúrgica evidenciou uma neoplasia fusocelular atípica, com sua maior medida de 19,2 cm e com 4 figuras de mitoses a cada 10 campos de grande aumento e o resultado da imuno-hostoquímica apresentou resultados positivos para CD117 e CD 34, sendo a paciente encaminhada para tratamento com mesilato de imatinib após alta hospitalar. Conclusão: Podemos concluir que o GIST é uma neoplasia rara que faz parte do diagnóstico diferencial das massas abdominais palpáveis de tratamento cirúrgico associado a quimioterapia específica. RESULTADOS DA GASTRECTOMIA RADICAL PARA O CÂNCER GÁSTRICO: RELATO DE CASOS E REVISÃO DA LITERATURA Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Raquel de Maria Maues Sacramento / Residente do serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola; Francisco de Assis Alencar / Chefe do serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca / Coordenador da Residência de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Vice Coordenador da Residência de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/ Hospital Ophir Loyola; Fábio Costa Negrão / Residente do serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola; Carlos José Cardoso Dourado / Residente do serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola; Luiz Carlos da Silva Duarte Júnior / Residente do serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola; Claudio Claudino Alves Almeida / Preceptor do serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola. Resumo O câncer gástrico é a neoplasia maligna do tubo digestório mais prevalente do estado do Pará sendo o tratamento de escolha a gastrectomia radical. Objetivo: Avaliar os resultados e sobrevida em 5 anos de 3 casos após gastrectomia radical para adenocarcinoma avançado com linfacenectomia D2. Caso 01: MRS, feminino, 68 anos. Há 2 anos evoluíndo com epigastralgia e perda ponderal. EDA evidenciava Lesão ulceroinfiltrativa em grande curvatura. Histopatológico: Adenocarcinoma Moderadamente diferenciado. Achados: Tumoração em antro e corpo gástrico sem invasão de serosa, ascite e/ou carcinomatose, submetida a Gastrectomia Total com esofagojejunoanastomose e reconstrução em Y de Roux e linfadenectomia D2. Estadiamento T3N1M0. Encaminhada para quimioterapia, evoluindo no segundo ano de pos-operatório com subestenose de anastomose esôfago jejunal e abandono do tratamento. Caso 02: MMA, 66 anos, feminino. Há 1 ano apresentando plenitude gástrica e perda ponderal. EDA: Lesão ulcerada em parede posterior do estomago. Histopatológico indicava Adenocarcinoma pouco diferenciado com células em anel de sinete. Achados: Tumoração em parede anterior de pequena curvatura do corpo gástrico sem invasão de serosa, sem ascite e carcinomatose. Submetida à Gastrectomia total com anastomose esofagojejunal, reconstrução em Y de Roux, linfadenectomia D2. Estadiamento: T2N0M0. Evoluiu no segundo ano de pós-operatório com refluxo e plenitude pós prandial. Assintomática e sem sinais de atividade da doença após 5 anos de pós-operatório. Caso 03: MNSN, 70 anos, feminino. Evoluindo há 6 meses com plenitude gástrica e perda ponderal de aproximadamente 10 kg. EDA: lesão ulcerada de 6 cm em corpo gástrico. Histopatológico: Adenocarcinoma moderadamente diferenciado. Achados: Lesão vegetante em parede anterior de corpo gástrico sem expressão da serosa, sem ascite e carcinomatose. Submetida à Gastrectomia Subtotal com gastroenteroanastomose e reconstrução em Y de Roux e linfadenectomia D2. Estadiamento: T2N0M0. Evoluindo sem intercorrências clínicas ou cirúrgicas nos 5 anos de acompanhamento. A gastrectomia a D2 é reprodutível e segura, mesmo em pacientes de idades mais avançadas, apesar da literatura evidenciar que a mortalidade pós operatória é maior nessa faixa etária. No entanto, o estadio do tumor é o fator mais GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 111 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo importante para o prognóstico e na morbimortalidade, uma vez que convencional) corrobora os dados da literatura, reforçando o papel lesões mais avançadas aumentam o porte da cirurgia assim como o da cirurgia conservadora no GIST gástrico como uma prática factível risco de complicações. e oncologicamente adequada. Conclusão: A ressecção cirúrgica é o método de escolha em todos os casos de GIST, contudo, o TUMOR DO ESTROMA GASTROINTESTINAL (GIST): RELATO DE UM CASO EM PACIENTE JOVEM Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Bianca Astrogildo de Freitas / ACSCRG; Camila Medeiros Machado / ACSCRG; Félix Regis Ojeda Rocha / ACSCRG; Filipe Geannichini Rodrigues / ACSCRG. Resumo tumor. Diagnóstico precoce, tratamento correto e acompanhamento rigoroso são fundamentais pois essas neoplasias apresentam alta tendência a malignidade. TUMOR GÁSTRICO EVOLUINDO PARA OBSTRUÇÃO INTESTINAL BAIXA: UM RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Estômago Introdução: O GIST é um raro tumor mesenquimal, representando cerca de 2% dos tumores do tubo digestório, com provável origem nas células de Cajal. Localiza-se na maioria dos casos no estômago, 112 resultado desta terapia dependerá do comportamento biológico do tem distribuição similar entre homens e mulheres e a maior incidência ocorre entre a quinta e a sétima década de vida. são tumores imprevisíveis no comportamento, a maioria é assintomática Autores: Raissa Magalhães de Mendonça Fonseca / Uepa; Marcelo Bandeira Coelho Dias / Hospital Ophir Loyola; Patrícia Isabel Bahia Mendes Freire / Hospital Ophir Loyola; Alessandro França de Souza / Hospital Ophir Loyola; Marcos de Souza Lopes Freire Filho / Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; Bruno de Castro Ribeiro / Hospital Ophir Loyola; Victor Soares Peixoto / Hospital Ophir Loyola. e a descoberta acidentalmente durante exame endoscópico e radiológico. Relato de caso: Paciente do sexto feminino, 19 Resumo anos, raça negra, em investigação de anemia crônica, apresentou quadro súbito de hematêmese volumosa. Realizado Endoscopia Introdução: O câncer gástrico é um dos tumores malignos mais digestiva alta que evidenciou grande lesão polipóide localizada na comuns, em certos países o mais frequente e a principal causa de pequena curvatura do antro, friável, com ulceração central e biópsia mortalidade oncológica. Os pacientes procuram assistência médica inconclusiva. Achados tomográficos de tórax e abdome dentro da tardiamente, porque os sintomas na fase inicial (potencialmente normalidade. Pela ausência de invasão ou metástases foi indicada curável) são mínimos ou inexistentes. Objetivo: Relatar um caso de tratamento cirúrgico através de ressecção gástrica parcial. Exame neoplasia gástrica evoluindo com obstrução intestinal. Casuística: patológico revelou neoplasia mesenquimal maligna compatível com Um paciente. Método: Avaliação retrospectiva do prontuário de um tumor de estroma gastrointestinal, com margens cirúrgicas livres e paciente do Hospital Ophir Loyola em Belém-PA. Resultados: SFA, ausência de metástase nos nove linfonodos examinados. Imuno- sexo masculino, 55 anos, solteiro, procedente e residente na cidade histoquímica apresentou positividade para o CD117, confirmando de porto de Moz-PA deu entrada no serviço de urgência do Hospital diagnóstico de GIST. Discussão: Embora constituam as neoplasias Ophir Loyola apresentando dor abdominal e dificuldade para deglutir mesenquimatosas mais comuns do trato gastrintestinal, os GISTs sólidos e líquidos. Apresentou perda ponderal de 15kg em seis são raros e ocupam a terceira posição na lista de todos os tipos meses e disfagia para sólidos e dor intensa em região epigástrica. de tumores da mesma região. Ocorrem, predominantemente, Procurou atendimento médico sendo realizada EDA com biópsia que em indivíduos de meia idade (média em torno de 60 anos), evidenciou Adenocarcinoma invasivo. Após receber o diagnóstico de sendo infrequente a ocorrência em idades extremas, como no Abdomen Agudo Obstrutivo o paciente foi submetido no mesmo dia caso relatado. A apresentação clínica, muito variada e por vezes de internação a cirurgia de Laparotomia Exploradora com realização inexistente, depende da localização do tumor, podendo ocorrer de Ileostomia sem intercorrências. Como achado intraoperatório sintomas dispépticos vagos, massa abdominal, anemia ferropriva, foi visualizado tumor gástrico do tipo difuso classificado como T4 hemorragia digestiva e emagrecimento. Quanto ao procedimento devido estar invadindo estruturas vizinhas e acometendo inclusive cirúrgico, o realizado no presente estudo (gastrectomia segmentar a raiz do mesentério e englobando o cólon tranverso, motivo pelo GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 qual o paciente estava com obstrução intestinal baixa. Evoluiu no 4º pós-operatório com fístula que drenava conteúdo fecal pela ferida operatória sendo submetido novamente a laparotomia exploradora e realização de fistulorrafia. No 13º pós-operatório da primeira abordagem cirúrgica o paciente evoluiu com infecção do sítio cirúrgico recebendo lavagem intensa com soro fisiológico, tendo alta após 15 dias de internação ainda drenando conteúdo purulento pela ferida operatória, porém sem repercussão sistêmica. Foi orientada a realização de curativos com drenagem da secreção e recebendo Ciprofloxacino via oral. Conclusão: Uma das complicações das neoplasias é a obstrução. Esta complicação pode se dar tanto por oclusão do órgão quanto por compressão extrínseca de estruturas vizinhas. A obstrução neoplásica geralmente requer tratamento cirúrgico de urgência e é relacionada a um pior prognóstico do paciente. de Caso: Paciente SCD, masculino, 78 anos, deu entrada em pronto socorro com queixa de dor abdominal difusa e intensa há cinco dias, associada a náuseas e vômitos. Referia piora do quadro álgico nas últimas 24 horas, tendo recebido altas doses de analgésicos, inclusive morfina. Paciente hipertenso e cardiopata, em uso de captopril e ácido acetilsalicílico. Havia realizado endoscopia digestiva alta há nove meses, que identificou gastrite. Ao exame, encontravase hipocorado, sudoreico, taquicárdico, afebril, com abdome tenso, doloroso à palpação superficial e com presença de sinais de irritação peritoneal. A radiografia de tórax e abdome evidenciou pneumoretroperitônio. O paciente foi submetido à laparotomia exploratória com identificação e rafia de úlcera gigante perfurada em parede posterior do corpo gástrico. Foi realizada a biópsia da borda da úlcera. O paciente evoluiu sem intercorrências e recebeu alta hospitalar no quarto dia pós-operatório em uso de ciprofloxacino e metronidazol. Conclusão: Diferente da úlcera perfurada em parede ÚLCERA GÁSTRICA PERFURADA EM PAREDE POSTERIOR Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Renata Fernandes Cunha / UNIFACS; Rafael Viana Leite / UNIFACS; Renata Borges de Lima / UNIFACS; Ylanna Fortes Fonsêca / UNIFACS; Marcos de Almeida Correia Lima / UNIFACS; Marcio Rivison Silva Cruz / UNIFACS; Raianne Silva Lima / UNIFACS; Natália Matos Muricy / UNIFACS. Resumo anterior, com sintomatologia e diagnóstico estabelecido, devido a sua prevalência, a perfuração em parede posterior é uma afecção rara, com evolução lenta e quadro clínico atípico, dificultando o diagnóstico por seguir com escassez de sintomas e ausência de achado definitivo em métodos de imagem. CORPO ESTRANHO GÁSTRICO TRATAMENTO LAPAROSCÓPICO Temário: Cirurgia / Estômago Introdução: A úlcera péptica é uma afecção resultante da perda circunscrita de tecido em regiões do trato digestivo, estando relacionada principalmente à hipercloridria, infecção por H.pylori e uso de antiflamatórios não esteroides. A autodigestão pode evoluir com perfuração, que acomete mais frequentemente o duodeno (relação de 3:2 com as perfurações de estômago). Dentre as perfurações gástricas, 97% acometem parede anterior e apenas 3% ocorrem em parede posterior; um estudo analisando 173 prontuários de pacientes com perfuração provocada por úlceras gastroduodenais encontrou 1,15% de casos com localização em parede posterior do estômago (Peroza e Garcia, 2000). Quando isso ocorre, geralmente atinge órgãos vizinhos ou a retrocavidade dos epíplons, dificultando o diagnóstico. Objetivo: Relatar o caso atípico de um paciente portador de úlcera péptica perfurada em parede posterior do corpo gástrico e sua resolução cirúrgica, elucidando a raridade e a dificuldade em ser diagnosticada e localizada. Método: Revisão de literatura e do prontuário do paciente, com registro fotográfico do método diagnóstico e das peças cirúrgicas. Relato Autores: Fábio Kenedy Almeida Trigueiro / Hcg - Hospital Campina Grande. Resumo Introdução: Os corpos estranhos no tubo digestivo superior se constituem em uma das principais causas de atendimento nos serviços de endoscopia de emergência. Os corpos estranhos que se localizam no estômago geralmente têm uma resolução espontânea e devem ser observados por três dias. A maior incidência ocorre em crianças, portadores de deficiência mental, desdentados que usam próteses e etilistas. Relato de caso: Os autores relatam o caso de um paciente do sexo masculino, 53 anos, que foi encaminhado para o serviço de endoscopia terapêutica proveniente de outro hospital com história de engasgo por prótese dentária ingerida de forma incidental, no momento de embriagues, 5 dias antes. A história clínica era de queixas de dor retro-esternal e epigástrica, náuseas e mal estar, estava há 5 dias de jejum. Inicialmente procedemos com nova endoscopia digestiva sob sedação consciente, onde constatamos no GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 113 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo esôfago superior e médio grande ulcera longitudinal fibrinosa e com grave que ainda não apresenta um tratamento padronizado, podendo bordos cortantes. No estômago constatamos uma grande prótese ser conservador, endoscópico com colocação de stent ou cirúrgico. dentária no corpo gástrico, fizemos algumas tentativas de remoção da Relato de caso: Paciente sexo feminino, 31 anos, admitida na mesma com Basket, não passava no cárdia. A cirurgia procedeu-se emergência com quadro de náuseas persistentes, três meses após ter utilizando um trocater para-umbilical esquerdo para ótica de 10 mm, sido submetida à Gastrectomia Vertical Laparoscópica. Apresentava- dois trocateres auxiliares para o cirurgião, ambos de 5 mm e um para se estável hemodinamicamente, sem dor abdominal e sem sinais de o 1o. auxiliar de 5 mm. Realizado laparoscopia e abordado a parede irritação peritoneal. Durante investigação, foi submetida à tomografia gástrica anterior do corpo alto, fizemos a incisão longitudinal de 4,0 computadorizada (evidenciando lesões hipodensas heterogêneas cm com eletrocautério. Localizado o corpo estranho na cavidade esparsas pelo parênquima hepático e uma lesão com a mesma gástrica, retiramos o mesmo e colocamos em endobag. Realizado característica em pólo superior esplênico, podendo corresponder a sutura da parede gástrica em dois planos e retirado o corpo estranho abscessos). Prosseguiu-se a investigação, sendo identificado, após da cavidade abdominal. O paciente recebeu alta hospitalar 24 horas seriografia e endoscopia digestiva alta, uma fístula gástrica junto depois sem intercorrências. Discussão: a cirurgia laparoscópica ao grampeamento do ângulo de Hiss, indicando-se procedimento permite a realização do procedimento com segurança, com menor cirúrgico. Neste trabalho demonstramos a resolução do quadro após dor pós-operatória, sem riscos de complicações relacionadas com conversão para gastroplastia redutora em Y de Roux laparoscópica. parede abdominal(hérnia, abscessos, aderências), menor período de internação, se comparado com cirurgia convencional. Conclusão: 114 A abordagem vídeolaparoscópica para os corpos estranhos gástricos, está reservada para os casos onde não há resolução espontânea, a endoscopia digestiva não teve êxito, ou, que a tentativa endoscópica poderia incorrer em sérias complicações. É um procedimento seguro, eficaz e com baixa morbi-mortalidade, dependendo da experiência da equipe cirúrgica. FÍSTULA TARDIA EM PÓSOPERATÓRIO DE GASTRECTOMIA VERTICAL: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Augusto Tinoco, Renam Tinoco, Stephany Roman Farfan, Erica de Almeida, Pedro Gentil / Hospital são José do Avai. GASTRODUODENECTOMIA COM LINFADENECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Abdon José Murad Junior / Hospital são Domingos; Roclides Castro de Lima / Hospital são Domingos; Giuliano Peixoto Campelo / Hospital são Domingos; José Aparecido Valadão / Hospital são Domingos; Christian Lamar Scheibe / Hospital são Domingos; Taffarel de Castro Pereira e Silva / Universidade Federal do Maranhão; Audran Lardiner Alves de Oliveira / Universidade Federal do Maranhão; Danilo Dallago de Marchi / Universidade Federal do Maranhão. Resumo Introdução: Tumores carcinóides de duodeno são raros, apresentando incidência de 0,7 casos para 100.000 habitantes. Resumo Geralmente ocorrem na 1ª ou 2ª porções duodenais e são menores que 1 cm. O diagnóstico clínico é raro, os métodos de imagem têm No mundo ocidental a prevalência da obesidade está aumentando acurácia média de 50% e a himunoistoquímica define o tumor. O indiscutivelmente em todas as faixas etárias. Atualmente aproxi- tratamento é cirúrgico e o prognóstico para pacientes tratados madamente 2/3 da população encontra-se na faixa do sobrepeso ou precocemente é bom. Relato do caso: Paciente do sexo masculino, obesidade. A cirurgia bariátrica revolucionou a forma como se trata 54 anos, apresentava dor em abdome superior e plenitude pós- a obesidade. A gastrectomia vertical é um procedimento puramente prandial. Foi submetido a endoscopia digestiva alta que revelou restritivo é indicado para todos os tipos de paciente obeso e muito pequena tumoração em primeira porção do duodeno. Realizada eficaz para pacientes superobesos. É um procedimento com menor biópsia e o histopatológico revelou tumor carcinóide. Tomografia índice de complicações a longo prazo, sendo a mais relevante de abdome revelava espessamento de parede na transição entre a fístula, encontrada em 1 a 7% dos casos, na maioria das vezes o estômago e o duodeno. O paciente foi submetido à cirurgia de próximo a junção esofagogástrica. É considerada uma complicação gastrectomia parcial + duodenectomia (primeira porção do duodeno) GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 + linfadenectomia totalmente vídeo-laparoscópica. A cirurgia durou paciente e também mantendo reservatório gástrico suficiente para 4 horas, e não houve intercorrências intra-operatórias. O paciente manutenção de qualidade de vida. evoluiu bem no pós-operatório, não teve qualquer complicação, e recebeu alta hospitalar no 5o dia pós-cirurgia. O histopatológico da peça confirmou o diagnóstico de tumor carcinóide. Conclusão: É viável, seguro e benéfico para o paciente cirurgias completamente vídeo-laparoscópicas para ressecção de tumores de estômago/ duodeno com linfadenectomia adequada. REDUÇÃO LAPAROSCÓPICA DE VOLVO GÁSTRICO COM FUNDOPLICATURA DE NISSEN E CORREÇÃO DE HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA GIGANTE Temário: Cirurgia / Estômago RESSECÇÃO VIDEOLAPAROSCÓPICA TRANSGÁSTRICA DE TUMOR SUBEPITELIAL GÁSTRICO GUIADA POR ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA Temário: Cirurgia / Estômago Autores: Luiz Gustavo de Quadros / Kaiser Clínica; Roberto Luiz Kaiser Junior / Kaiser Clínica; Mauricio Vecchi Carmo / Kaiser Clínica; Mario Flamini Junior / Kaiser Clínica; Mikaell Alexandre Gouvêa Faria / Kaiser Clínica; Luiz Gustavo de Quadros / Kaiser Clínica; Roberto Luiz Kaiser Junior / Kaiser Clínica; Mauricio Vecchi Carmo / Kaiser Clínica; Mario Flamini Junior / Kaiser Clínica; Mikaell Alexandre Gouvêa Faria / Kaiser Clínica. Autores: Isabelle Diehl Montandon / Universidade de Pernambuco / Faculdade de Ciências Médicas; Juscielle de Souza Barros / Universidade de Pernambuco / Faculdade de Ciências Médicas; Ingrid Laís Vieira Rodrigues / Universidade de Pernambuco / Faculdade de Ciências Médicas; Flávio Carvalho Santos Filho / Universidade de Pernambuco / Faculdade de Ciências Médicas; Juliana Maria de Arruda Lima / Universidade de Pernambuco / Faculdade de Ciências Médicas; Vladmir Goldstein de Paula Lopes / Universidade de Pernambuco / Faculdade de Ciências Médicas; Gustavo Lopes de Carvalho / Clínica Cirurgica Videolaparoscópica Gustavo Carvalho; Gildo de Oliveira Passos Junior / Universidade de Pernambuco / Faculdade de Ciências Médicas. Resumo Resumo Objetivo: Demonstrar a eficácia da Fundoplicatura de Nissen e Tumores de Estroma Gastrointestinal (GIST), embora relativamente correção de hérnia diafragmática por via laparoscópica no tratamento raros, representam cerca de 60% dos tumores mesenquimais cirúrgico do volvo gástrico. Método: Paciente do sexo masculino, gastrointestinais, e devem ser considerados potencialmente portador de volvo gástrico crônico agudizado associado a hérnia hiatal malignos. Pela dificuldade de definição diagnostica, a ressecção gigante. Técnica operatória: Paciente em decúbito dorsal com proclive cirúrgica é a escolha para o tratamento de tais lesões. Sabe-se hoje acentuado, foi introduzido trocarte de 10mm em região umbilical e que, devido à baixa frequência de metástases linfonodais, ressecções confeccionado pneumoperitônio aberto. Após o estabelecimento do parciais são possíveis, assim como linfadenectomias evitadas, pneumoperitônio inseriu-se a ótica e sob visão direta intra-abdominal devendo ser levado em conta o sitio da lesão para a abordagem foram inseridos mais 4 trocartes sendo 2 de 5mm e um de 3mm e apropriada. Descrevemos o caso de uma paciente de 34 anos, com um de 05mm para o afastador de fígado. Realizou-se as secções queixas gástricas inespecíficas, apresentando lesão subepitelial em dos ligamentos frenogástricos, frenoesofágico, gastroepático e das parede posterior de corpo gástrico a 2 cm da transição esôfago aderências periesofágicas, em seguida o conteúdo da grande hérnia gástrica. Indicado ressecção cirúrgica, realizamos tal procedimento hiatal foi reduzido, as aderências remanescentes desfeitas e o volvo acessando a cavidade abdominal por laparoscopia e acessando o gástrico corrigido. Foi realizado fundoplicatura completa e gastropexia, estômago por endoscopia. A lesão foi demarcada por endoscopia e ao final certificou-se com endoscopia que a válvula confeccionada o acesso laparoscópico ao estômago feito por 2 punções guiadas por era permeável e tinha bom aspecto endoscópico e executou-se a endoscopia. Realizado então ressecção laparoscópica transgástrica revisão da hemostasia. Resultado: a cirurgia transcorreu sem com visualização por endoscopia, removido a lesão por via oral pelo intercorrências. O tempo cirúrgico foi de 2 horas e 37 minutos. O endoscópio e síntese manual de planos gástricos. Desta forma, paciente teve alta após 48 horas e se encontra sem queixas e não evitamos que fosse realizada ressecção total do estomago devido apresentou recidivas. Conclusão: A abordagem laparoscópica para à localização do tumor, diminuindo o tempo de recuperação da correção de volvo gástrico associado à hérnia hiatal é viável, eficaz e GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 115 A nais segura. Ao mesmo tempo, também possui benefícios como redução do trauma à pele, cicatrizes quase ausentes e alta precoce. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo remanescente (158%). É possível que a necrose induzida pela RFQ seja um estímulo metabólico importante para a migração de fatores angiogênicos e regeneração hepática, já que nosso resultado foi ASSOCIAÇÃO DE RADIOFREQUÊNCIA HEPÁTICA COM LIGADURA DA VEIA PORTA NA HEPATECTOMIA EM DOIS ESTÁGIOS Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Uirá Fernandes Teixeira / UFCSPA; Fábio Luiz Waechter / UFCSPA; Rinaldo Danesi Pinto / FURB; José Artur Sampaio / UFCSPA; Felipe Koleski / FURB; Luiz Pereira-Lima / UFCSPA. Resumo 116 Introdução: A ressecção permanece o tratamento de escolha para pacientes com tumores hepáticos, representando a única chance de se obter sobrevida em longo prazo. Desde o trabalho de Schnitzbauer e colaboradores em 2012, algumas mudanças técnicas foram descritas para a associação da bipartição hepática com ligadura da veia porta para a hepatectomias em dois estágios (ALPPS). Entretanto, apesar do entusiasmo inicial, a morbidade relacionada à primeira cirurgia persiste elevada. Assim, baseada na nossa experiência inicial com o uso da radiofrequência bipolar com agulhas resfriadas (BRCN), decidimos substituir a transecção do parênquima hepático por duas colunas de radiofrequência (RFQ), de forma rápida, fácil, sem mobilização hepática ou perda sanguínea significativa. Relato de caso: Paciente de 62 anos com metástase hepática de carcinoma colorretal no lobo hepático direito e segmento IV, sem doença extra-hepática. Volumetria préoperatória estimou o remanescente hepático em 180 cm³. Na primeira cirurgia, o fígado foi separado apenas com duas colunas de RFQ, sem mobilização hepática; a veia porta direita foi ligada e feito ablação da veia hepática média. Após 20 dias, volumetria mostrou que o setor lateral esquerdo aumentou para 464cm³, uma hipertrofia estimada de 158%. O segundo estágio foi concluído com realização de trissegmentectomia direita, com boa evolução pós-operatória. Discussão: como advento do ALPPS, é possível obter hipertrofia, em média, de 75% do remanescente hepático, em período aproximado de 9 dias. Entretanto, a morbidade relatada na primeira cirurgia é alta, com taxas elevadas de fístula biliar e sangramento transoperatório. No nosso caso, com o uso das BRCN, não há necessidade de mobilização hepática, sendo possível realizar o primeiro procedimento com uma incisão menor, menor perda sanguínea, e excelente resultado na hipertrofia do setor acima da média reportada por estudos prévios. Conclusão: Assim, o uso das BRCN nas hepatectomias em dois estágios representa uma técnica nova para facilitar o procedimento. Juntamente com a ligadura portal, acarreta menor trauma cirúrgico comparado ao ALPPS, principalmente em virtude de evitar uma hepatotomia complexa e suas potenciais consequências (sangramento, fístula biliar e tempo operatório prolongado). REJEIÇÃO AGUDA TARDIA NO TRANSPLANTE DE FÍGADO: A EXPERIÊNCIA DE ÚNICO CENTRO Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Lucas Souto Nacif / HC FMUSP; Rafael Antonio de Arruda Pécora / HC FMUSP; Marcio Augusto Diniz / HC FMUSP; Wellington Andraus / HC FMUSP; Rafael Soares Pinheiro / HC FMUSP; Liliana Ducatti / HC FMUSP; Vinicius Rocha Santos / HC FMUSP; Luiz Augusto Carneiro D‘Albuquerque / HC FMUSP. Resumo Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar a rejeição aguda tardia após transplantes de fígado realizados no Divisão de Transplante de Órgãos do Aparelho Digestivo da Universidade de São Paulo. Método: de janeiro de 2002 a junho de 2013, realizado estudo comparativo retrospectivo no Departamento de Gastroenterologia da Universidade de São Paulo. Foram estudados dados clínicos e laboratoriais de 779 pacientes submetidos a transplante de fígado no período. Analisamos os dados de 219 biópsia hepática com diagnóstico de rejeição. A análise foi realizada pelo programa estatístico em R, versão 2.15.1. estatisticamente significativa com p <0,05. Resultados: Na amostra estudada, observou-se uma alta prevalência de rejeição aguda do que a rejeição aguda tardia. Não observamos diferença significativa entre as taxas de sobrevida entre as modalidades neste período de mais de 10 anos. Conclusão: A rejeição aguda tardia na nossa população têm a mesma taxa de sobrevivência de rejeição aguda. TRANSPLANTE DE FÍGADO NO TRATAMENTO DA SÍNDROME GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 DRESS (DRUG REACTION WITH EOSINOPHILIA AND SYSTEMIC SYMPTOMS) – RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Flávio Hiroshi Ananias Morita / HC - FMUSP; Igor Lepski Calil / HC - FMUSP; Rafael Soares Nunes Pinheiro / HC - FMUSP; Ryan Yukimatsu Tanigawa / HC - FMUSP; Ruy Jorge Cruz Junior / HC - FMUSP; Ivan Cecconello / HC - FMUSP; Luiz Augusto Carneiro D‘Albuquerque / HC – FMUSP. Resumo O fígado é o órgão mais comum para desenvolver abscessos, ocorre mais frequentemente em pacientes idosos devido a doenças do trato biliar ou infecções intra-abdominais. Relatamos o caso de um abscesso hepático com colelitíase. O trabalho foi realizado através de uma revisão de prontuário e levantamento acerca do tema com pesquisa em dados disponíveis no MEDLINE, LILACS-BIREME, PUBMED e COCHRANE e literatura especifica. S.S.Q, sexo feminino, 61 anos, admitida no Resumo Hospital Regional de Araguaína-TO, com dor em hipocôndrio Introdução: A síndrome DRESS (Drug Reaction with Eosinophilia and Systemic Symptoms) se caracteriza por uma reação específica e idiossincrática a drogas. É uma síndrome rara e potencialmente fatal. Apresenta-se com acometimento cutâneo, febre, linfadenopatia e acometimento vísceras como o fígado. Caso clínico: Paciente masculino, 18 anos, antecedente de uso de sulfadiazina há 40 dias para tratamento de toxoplasmose ocular, história de prurido por todo o corpo há 2 semanas, evoluindo na última semana com cefaléia, febre, náuseas, dor abdominal e rush cutâneo. Em investigação foi evidenciado hepatoesplenomegalia, linfonodos intra-abdominais aumentados e pequena ascite septada. Evoluiu com deterioração da função hepática, elevação das enzimas com padrão hepatocelular, leucocitose com eosinofilia, aumento do DHL, queda do complemento e sorologias negativas. Iniciou quadro de confusão mental e flapping, seguido de rebaixamento do nível de consciência, iniciado protocolo de hepatite fulminante. O transplante ortotópico de fígado foi realizado 24 horas após, com bom enxerto e sem intercorrências. Evoluiu com melhora da função hepática e queda das enzimas após seu pico esperado. porém no quinto dia após o transplante, apresentou choque séptico refratário e foi a óbito. Conclusão: A síndrome DRESS é grave, com importante morbidade e mortalidade, principalmente quando ocorre comprometimento hepático. Nesses casos, os pacientes devem ser referenciados a centros de transplante. direito a 1 semana acompanhada de inapetência. Negou febre, náuseas ou vômitos. Hipertensa, Diabética e Acidente Vascular Cerebral Isquêmico há 5 anos. Exame físico: afebril, hipocorada (+/4+), abdome com hepatomegalia, massa palpável na topografia da dor, Murphy negativo e ausência de irritação peritoneal. Exames laboratoriais: sem alterações significativas. Solicitou-se uma Ultrassonografia (USG) que evidenciou fígado de dimensões aumentadas, contornos regulares, processo expansivo hipoecóico heterogêneo com septações grosseiras e debris no parênquima hepático e Colelitíase. Paciente foi submetida a TC de abdome: Volumoso processo expansivo hipodenso, predominantemente com densidade cística, com septações grosseiras, localizado nos segmentos V e VIII; Vesícula biliar não foi individualizada. Paciente foi submetida a tratamento clínico com antibióticos sem melhora após 3 dias de tratamento, optando-se pelo tratamento cirúrgico. Foi realizado Laparotomia Exploradora, Drenagem de Abscesso Hepático, Lise de Aderências, Biópsia Hepática, com Sonda de Folley dentro do fígado. Foi evidenciado fígado de tamanho aumentado, endurecido, em processo inflamatório local, sem visualização da vesícula biliar, portanto não realizou-se Colecistectomia. Histopatológico descreveu fígado com proliferação fusocelular organizada associada a infiltrado inflamatório leve (abscesso hepático). Paciente evoluiu com melhora do quadro clínico com fístula biliar, sendo optado tratamento conservador ABSCESSO HEPÁTICO POR COLELITÍASE: RELATO DE CASO sem sucesso. Realizou-se então uma Colangiopacreatografia Temário: Cirurgia / Fígado ção de prótese no Ducto Biliar ao nível do Ducto cístico. Após Autores: Lilian Cristhian Ferreira dos Santos Rocha / ITPAC; Agamenon Dias de Oliveira / ITPAC; Samara Martins da Silva / ITPAC; Andressa Luiza Costa Rodrigues de Paiva / ITPAC; Isabela Cristina Macedo Fernandes / ITPAC; Pedro Ernesto Alves Mangueira Júnior / ITPAC; Rone Antonio Alves de Abreu / ITPAC. a CPRE houve diminuição progressiva da secreção biliar pelo Retrógrada Endoscópica (CPRE) com papilotomia e coloca- dreno. Na USG de controle foi relatado drenagem de abscesso hepático no segmento V sem evidência de coleção e Colelitíase. Paciente recebeu alta hospitalar, retornando 3 meses depois para realizar colecistecotmia eletiva, feita com sucesso. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 117 A nais ABSCESSO HEPÁTICO SECUNDÁRIO À PERFURAÇÃO GÁSTRICA POR CORPO ESTRANHO: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Hermano Augusto de Medeiros Junior / Hospital Renascença Campinas; Henrique Valerio de Mesquita / Hospital Renascença Campinas; Leandro de Souza Lehfeld / Hospital Renascença Campinas; Tatiana Paschoalato / Hospital Renascença Campinas; Gustavo da Silveira Trindade / Hospital Renascença Campinas. XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Resumo Agenesia de vesícula biliar (AVB) é uma patologia rara, mais frequente em mulheres na 2ª e 3ª décadas de vida. Relatamos o caso de uma paciente submetida a procedimento cirúrgico, aonde foi diagnosticada AVB. Paciente, sexo feminino, 29 anos, apresentou quadro álgico de leve intensidade em hipocôndrio direito, em novembro/2013. Após este episódio, apresentou crise de dor intensa em fevereiro/2014, que melhorou somente após uso de medicação. Realizou ultrassonografia abdominal que mostrou Resumo imagem semelhante à vesícula biliar com cálculos intraluminais, Introdução: Os abcessos hepáticos constituem uma entidade clínica pouco frequente que coloca desafios no diagnóstico e tratamento. Nas últimas décadas assistiu-se a mudanças na epidemiologia, avanços nos meios de diagnóstico e ao aparecimento de mais alternativas terapêuticas. Relato de caso: 118 da Paciente do sexo masculino, com relato de dor abdominal, febre e vômitos. Exames iniciais evidenciando leucocitose, sendo optado por realização de tomografia (CT) de abdome, que evidenciou lesão hepática sugestiva de abscesso pequeno e imagem inespecífica junto ao antro gástrico. Devido ao bom estado geral do paciente, foi iniciada antibioticoterapia e realizada endoscopia em busca de elucidação da imagem apresentada na CT, que não evidenciou alterações. Paciente apresentou piora clínica e foi optado por abordagem cirúrgica, com achado de abscesso hepático piogênico e corpo estranho (espinha de peixe) entre a parede gástrica e a área de abscesso. Realizada drenagem local. Evolução pós operatória satisfatória. Conclusão: O presente caso é raro, pois o abscesso hepático foi causado por corpo estranho após perfuração gástrica. O paciente foi tratado com abordagem cirúrgica e antibióticos, com sucesso. AGENESIA DE VESÍCULA BILIAR Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Marisa Rafaela Damasceno Lima / Universidade Federal do Pará; Augusto César Ataíde da Silva / Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará; Salime Saráty Malveira / Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará; Bernadete Mendes Cavaleiro de Macedo Ataíde da Silva / Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará; Romero Carvalho Pereira / Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará; Felipe Nunes Brito / Universidade Federal do Pará; José Paulo Lira Neto / Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará; Aldo Marçal Guimarães / Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. sugerindo litíase biliar. Procurou o serviço de cirurgia da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará para consulta pré-operatória e seguimento cirúrgico. Negou ocorrência de sintomas colestáticos. AMP: HIV positivo, realizando TARV desde 2010. Foi internada no dia 20/07/2014 e operada no dia seguinte. No intraoperatório, não foi localizada vesícula biliar no leito hepático, sendo realizada exploração da cavidade, sem sucesso. Foi identificado possível ducto cístico em fundo cego. Ao término do procedimento a paciente foi encaminhada para enfermaria, aonde foi explicada a patologia para a mesma e o acompanhante e ressaltada a importância de pesquisar outras malformações que poderiam acompanhar tal patologia. Dessa forma, foram realizadas colangiorressonância nuclear magnética (CRNM), confirmatória de ausência de vesícula biliar, e tomografia computadorizada de abdome, esta sem alterações patológicas. A paciente recebeu alta hospitalar e retornou ao ambulatório para seguimento pós-operatório sem complicações. Este caso, não diferente da maioria dos já relatados na literatura, teve o diagnóstico no intraoperatório e confirmação pós-cirúrgica através da CRNM, com um bom resultado, sem a existência de complicações posteriores. APRESENTAÇÃO ATÍPICA DE CARCINOMA HEPATOCELULAR EM PACIENTE JOVEM NÃO HEPATOPATA – RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Fábio Colagrossi Paes Barbosa / UFMS; Caio Fernando Cavanus Scheeren / Hospital Regional de Mato Grosso do Sul; Thiago Franchi Nunes / Santa Casa de Campo Grande; Nathan Rostey / Hospital Regional de Mato Grosso do Sul; Amauri Ferreira de Oliveira / Hospital Regional de Mato Grosso do Sul; Michel Mendes Camillo / UFMS; Andrezza Louise Delmondes Riberio / Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 BAÇO ACESSÓRIO EM PACIENTES PÓS-CIRURGIA DE DAPE Resumo Introdução: O carcinoma hepatocelular (CHC) é a sexta neoplasia mais frequente no mundo, e cerca de 80% dos casos ocorre em pacientes hepatopatas. A prevalência é maior entre homens, e em paciente entre a 6ª e 7ª décadas de vida. O CHC é um tumor agressivo, originando metástases principalmente para os pulmões, linfonodos regionais e ossos. Metástases cerebrais são extremamente raras, com uma Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Marcus Felipe Gonçalves Feitosa / UNIT; Ytalo Juan Oliveira Cardozo / UFS; Keity Magna e Silva / UNIT; Deivison Souto Dionizio / UFS; Paulo Vicente Santos Filho / FBHC; Valdinaldo Aragão de Melo / UFS -UNIT-FBHC; Rodrigo Oliveira / UFS; Eloy França / UNIT. Resumo incidência de 0,2% a 2,2%; assim como o acometimento de outros órgãos, entre eles, os ovários. O presente trabalho visa relatar a apresentação atípica de CHC em uma paciente jovem e não hepatopata. Casuística e método: Relato de caso e revisão de literatura. Resultados: Paciente feminina, 36 anos, não hepatopata, apresentou em março/2014 quadro agudo de dor em hipocôndrio direito e massa dolorosa na região, vômitos e sintomas dispépticos. Ultrassonografia evidenciou nódulo em lobo hepático direito, complementada com tomografia de abdome que mostrou lesão medindo 11,8 x 10,1cm, sugestiva de adenoma ou hiperplasia nodular focal. Realizada ressonância nuclear magnética para confirmação, apresentando tumor no segmento VI, com 11,2 x 10cm, com captação arterial de contraste e wash out. Pesquisa de marcadores tumorais constatou alfa-fetoproteína de 2200 ng/ml, CEA, CA 125 e CA 19.9 normais, e sorologias para hepatites negativas. Indicado tratamento cirúrgico, sendo a paciente submetida à hepatectomia parcial (segmentectomia V e VI), cujo laudo histopatológico mostrou CHC com invasão angiolinfática presente e margens livres. Boa evolução no pósoperatório, e após 30 dias evoluiu com quadro de abdome agudo hemorrágico, sendo submetida à laparotomia de A esquistossomose mansôni na forma hepato-esplênica representa a principal causa de hipertensão portal em nosso meio. A desconexão ázigo-portal com esplenectomia (DAPE) se tornou a opção cirúrgica preferida para estes pacientes. Baços acessórios tem sido encontrados após este procedimento. Objetivo: Propusemo-nos a pesquisar a presença de baço acessório em pacientes submetidos a DAPE. Material e Métodos: Foram estudados 89 pacientes que foram operados há pelo menos dez anos. Em todos os casos foram solicitados exames de imagem que incluíam: Ultrassonografia abdominal (USG) e/ou Tomografia computadorizada do abdome (TC), com a finalidade de pesquisar presença de baço acessório. Foi avaliado o hiperesplenismo através do hemograma e plaquetas. Resultados: 4 pacientes apresentaram baço acessório. Três eram do gênero masculino e um feminino, com idades variando de 31 a 52 anos. Houve um caso de hiperesplenismo às custas de plaquetas e leucócitos. À USG e TC, foram demonstrados dois baços acessórios em dois casos e um baço em dois casos. Localizavam-se junto ao omento pancreato-esplênico, com dimensões que variaram entre 1,5 a 5,7 cm de diâmetro. Todos os paciente estão sendo acompanhados ambulatorialmente, sem indicação de tratamento cirúrgico. A taxa de baço acessório após DAPe foi de 4,49%. urgência, com presença de grande quantidade de sangue intracavitário e massa rota em ovário esquerdo. Realizada ooforectomia esquerda, com laudo histopatológico de CHC metastático. Indicado tratamento adjuvante com Sorafenibe via oral, e após 30 dias, paciente evoluiu com várias crises convulsivas e desorientação temporo-espacial, sendo constatada lesão cerebral à tomografia. Submetida à ressecção cirúrgica da lesão, com comprovação histopatológica de CHC metastático. Paciente segue em acompanhamento clínico e tratamento adjuvante. Conclusão: O CHC é uma neoplasia frequente em nosso meio, que algumas vezes se apresenta de CALCULOSE INTRA-HEPÁTICA: REVISÃO DE LITERATURA Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Agamenon Dias de Oliveira / ITPAC; Lilian Cristhian Ferreira dos Santos Rocha / ITPAC; Débora Rosa portilho / ITPAC; Samara Martins da Silva / ITPAC; Amanda Gonçalves Rodrigues / ITPAC; Jaciara Rosalves de Almeida / ITPAC; Pedro Ernesto Alves Mangueira Júnior / ITPAC; Rone Antonio Alves de Abreu / ITPAC. Resumo forma atípica. Apesar de raro, pode acometer pacientes jovens e não hepatopatas. A presença de cálculos em vias biliares intra-hepáticas é rara GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 119 A nais no Ocidente e na maioria das vezes está também associada à presença de cálculos nas vias biliares extra-hepáticas ou à obstrução em topografia peri-hilar. O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão de literatura sobre o tema. Foi realizado estudo retrospectivo utilizando prontuário de paciente, feito então, levantamento acerca do tema utilizando banco de dados MEDLINE, LILACS-BIREME, PUBMED e COCHRANE e literatura especifica. A maioria dos relatos de casos de cálculos intra-hepáticos vem da China, Japão, Taiwan e Coreia entre outros, no entanto, não é incomum encontrar relatos desta patologia em outras partes do mundo. O quadro clínico mais habitual é o de síndrome de colangite piogênica de repetição, com presença de febre com calafrios, icterícia e dor em hipocôndrio direito. Os exames laboratoriais tem pouco valor diagnóstico, pois dão indícios inespecíficos da presença de colestase, sem 120 da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo de Ciências da Saúde de Alagoas/Hospital Unimed Maceió; Paula Cabral de Mendonça Cavalcanti / Universidade Anhembi Morumbi; Thayse da Rocha Ferro Cavalcanti / Hospital Unimed Maceió. Resumo O carcinoma de vesicular biliar (CVB) é raro, porém é o mais comum tumor maligno do trato biliar e o quinto mais comum no trato gastrintestinal. Alguns fatores de risco para o CVB são: o sexo feminino, a idade maior de cinqüenta anos e a presença de litíase. Histologicamente, predomina o adenocarcinoma (83%), seguindo por câncer indiferenciado ou anaplásico (4-7%), câncer de células escamosas (4%) e adenoacantomas (2,4%). A ultrassonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância nuclear magnética permitem estudar a extensão da enfermidade e o comprometimento das estruturas vizinhas. Independentemente indicarem o local da obstrução. Vários métodos radiológicos da técnica cirúrgica empregada, a cirurgia é, hoje em dia, a única de imagem podem elucidar o diagnóstico. Ultrassonografia modalidade terapêutica curativa para o câncer da vesícula biliar. abdominal e TC tem sensibilidade de diagnóstico mais baixo O objetivo é apresentar um caso de carcinoma epidermoide de comparado com o colangiorressonâcia que é o método de vesícula biliar. A metodologia foi por análise de prontuário médico e escolha amplamente usado para a exploração de toda a revisão da literatura. Apresenta-se um caso de uma paciente do sexo árvore biliar. O tratamento precoce da litíase intra-hepática feminino, 61 anos, diagnosticada com carcinoma epidermoide da é sintomático, devido ao risco de colangite secundária ou vesícula biliar após colecistectomia para o tratamento de colelitíase. colangite esclerosante com conseqüente risco de cirrose biliar Três meses após a cirurgia, apresentava tumoração nos segmentos posteriormente. A abordagem não-cirúrgica é reservada para IVb, V e VI do fígado, com intensa necrose. A conduta realizada foi pacientes com apresentação recorrente, doença bilobar com a laparotomia, onde se evidenciou neoplasia em estadio avançado, alto risco cirúrgico. Realiza-se então a colangiografia trans- com invasão de duodeno e implante na parede abdominal. Foi hepática percutânea (CTP) com ou sem litotripsia percutânea, realizada gastroenteroanastomose, como procedimento paliativo. através de abordagem T-tubo ou papilotomia transduodenal com por se tratar de um tumor epidermoide, sensível à radioterapia, foi ou sem litotripsia. A hepatojejunostomia para tratar hepatolitíase sugerido esse tratamento no pós-operatório. Houve recusa da família atualmente vem sendo discutido por causa da alta taxa de para o tratamento proposto. A paciente apresentou quadro de dor recorrência e colangite pós-operatório geralmente presente. A abdominal dois meses após, foi tratada sintomaticamente e faleceu em ressecção hepática é indicada em pacientes com cálculos intra- seis meses. Discussão: a associação da radioterapia à quimioterapia hepáticos associados à atrofia do lobo único, em pacientes com poderia suprimir o crescimento rápido do tumor, aumentando o abscesso hepático múltiplos, colangite secundária e pacientes tempo de sobrevivência com melhor qualidade de vida. Conclusão: com colangiocarcinoma intra-hepático e várias estenoses. O é necessário o reconhecimento do tumor da vesícula biliar durante tratamento da calculose intra-hepática é cirúrgico e individual, a colecistectomia, o que pode mudar consideravelmente a sobrevida pois se baseia na localização dos cálculos na árvore biliar, na se tratado adequadamente. Neste caso apresentado, o diagnóstico possibilidade de remoção dos mesmos e na presença de tardio foi o fator primordial para o mau prognóstico. estenose, inflamação ou infecção. CARCINOMA EPIDERMOIDE DE VESÍCULA BILIAR: RELATO DE CASO CISTOADENOMA HEPATOBILIAR: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA Autores: Carlos Augusto de Oliveira Cavalcanti / Universidade Estadual Autores: Amanda Pinter Carvalheiro da Silva / UNICAMP; Yuri Temário: Cirurgia / Fígado Temário: Cirurgia / Fígado GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Longatto Boteon / UNICAMP; Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin / UNICAMP; Elaine Cristina de Ataide / UNICAMP; Anaisa portes Ramos / UNICAMP; CAtherine Pulliti Hermida Reigada / UNICAMP; Thiago Jordão Matosinho / UNICAMP. Resumo Introdução: As lesões císticas hepáticas são representadas por um grupo heterogêneo de doenças que diferem em etiologia, prevalência e manifestações clínicas. O cistoadenoma hepatobiliar é uma neoplasia cística benigna do fígado rara e que acomete em maior número mulheres com idade superior a 40 anos. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 54 anos, encaminhada pro serviço de Cirurgia do Fígado, Hipertensão portal e Transplante Hepático HC-Unicamp, com história de 5 anos de desconforto abdominal leve associado a empachamento pós-prandial, sem emagrecimento, náuseas ou icterícia. Trouxe um ultrassom abdominal da cidade de origem mostrando uma imagem cística de contornos irregulares, com conteúdo sólido e debris de permeio, no lobo esquerdo de 14,8x13,6x12,6cm. Na época a paciente não apresentava alterações de exame físico ou laboratoriais. Foi submetida à tomografia multislice que mostrou lesão cística expansiva e bem delimitada com septos esparsos que apresentam realce pelo meio de contraste e tênues calcificações parietais comprometendo o lobo esquerdo em quase toda a sua extensão. A lesão media 14,4x10,7x10,5 cm. Paciente foi submetida a ressecção parcial hepática dos segmentos II e III. Resultados: a paciente evoluiu bem sem complicações clinícas ou cirúrgicas e com melhora total dos sintomas. No anatomopatológico os achodos foram:cistoadenoma hepatobiliar medindo 14x6x8 cm com área focal de displasia epitelial, sendo que RE(receptor estrógeno), RP(receptor progesterona) e Inibina foram fortemente positivos em células estromais dos septos intracístico. Conclusão: O cistoadenoma biliar além de ser uma lesão pré-maligna, não pode ser diferenciada do cistoadenocarcinoma por imagem, portanto o tratamento cirúrgico com ressecção completa da lesão não deve ser postergado assim que feito a suspeita diagnóstica. COLANGIOCARCINOMA ASSOCIADA À COLANGITE ESCLEROSANTE PRIMÁRIA E RETOCOLITE ULCERATIVA: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Silvania Klug Pimentel / Hospital Sugisawa; Celio Hasegawa / Hospital Sugisawa; Leonardo Yoshio Sato / Hospital Sugisawa; Lie Mara Hirata / Hospital Sugisawa; Felipe Pedrotti Locatelli / Hospital Sugisawa; Ana Paula Hitomi Nagabe / Hospital Sugisawa; Flávio Heuta Ivano / Hospital Sugisawa; Antonio Katsumi Kay / Hospital Sugisawa. Resumo A retocolite ulcerativa (RCU) é uma doença inflamatória intestinal crônica e pode apresentar manifestações extraintestinais em vias urinárias, na pele, nas articulações e na via biliar. As manifestações hepatobiliares são colelitíase, esteatose, pericolangite, asbcessos, colangite esclerosante primária (CEP) e colangiocarcinoma. A CEP causa colestase crônica e progressiva com perda da função hepática e alterações morfológicas. Atinge cerca de 5% dos pacientes com RCU, porém 90% dos pacientes com CEP têm RCU. O único tratamento efetivo nos estágios finais da doença é o transplante hepático. A complicação mais grave da CEP é o colangiocarcinoma, que inviabiliza o transplante hepático e piora o prognóstico do doente. Pacientes com CEP devem ser submetidos a exames de imagem e laboratoriais com dosagem de CEA e CA 19-9. Objetivo: Relatar o caso de diagnóstico de colangiocarcinoma, de rápida evolução, em paciente jovem, portadora de RCU e CEP. Relato de caso: T.R., feminino, 21 anos, portadora de RCU e CEP, apresentando quadros prévios de colangite tratada com colocação de prótese endoscópica via CPRE, em uso de ácido ursodesoxicólico, foi admitida no Hospital Sugisawa por quadro de hemorragia digestiva alta (HDA). Após estabilização do quadro, foi submetida à endoscopia digestiva na qual evidenciou úlcera ativa na transição bulbo duodenal, extensa, sem sinais de sangramento. Na endoscopia de controle, após 24 horas, observava-se lesão ulcerada e fístula coledocoduodenal por erosão da prótese. Optou-se pela retirada de prótese. Após 24 horas da retirada da prótese, paciente evoluiu com novo quadro de HDA e instabilidade hemodinâmica. Indicado laparotomia exploradora. No intraoperatório observou-se ascite, múltiplos nódulos hepáticos e tumoração perivesicular, que acometia via biliar. Realizado congelação intraoperatória com diagnóstico de colangiocarcinoma. Realizada cateterização da via biliar, controle de sangramento e exclusão pilórica com gastroenteroanastomose. Paciente ficou internada na UTI por 5 dias, e recebeu alta hospitalar com drenagem biliar externa no 7 PO. Após confirmação do resultado das biópsias, o caso foi discutido com a oncologia que optou por não iniciar quimioterapia. Conclusão: A CEP em 90% dos casos está relacionada à RCU. Cerca de 10% destes pacientes evoluem para colangiocarcinoma. Em alguns casos, principalmente em GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 121 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo pacientes jovens, a doença pode evoluir de maneira rápida e hepática. Conclusão: Os pacientes que serão submetidos agressiva, não havendo tempo para o diagnóstico precoce. à colecistectomia, devem passar por um screening hepático sempre relacionado aos sinais e sintomas e exame físico para COLEDOCOLITÍASE E COLELITÍASE COM ACHADO INTRAOPERATÓRIO DE POSSÍVEL CIRROSE HEPÁTICA Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Danilo Alves Ponzi Pereira / Hospital Ophir Loyola; Maurício da Camara Ferreira / Hospital Ophir Loyola; Francisco de Assis Alencar / Hospitl Ophir Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; Pablo Baptista Oliveira / Hospital Ophir Loyola; José Gabriel Miranda Da Paixão / Hospital Ophir Loyola; Carolina Costa Beckman Nery Oti / Hospital Ophir Loyola. Resumo 122 evitar surpresas intraoperatórias. COLEDOCOLITÍASE: UM RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Fígado Autores: José Miranda Rabelo Neto / Hospital Ophir Loyola; Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophir Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; Pablo Baptista Oliveira / Hospital Ophir Loyola; Raquel de Maria Maues Sacramento / Hospital Ophir Loyola; Carolina Costa Beckman Nery Oti / Hospital Ophir Loyola; Claudio Claudino Alves Almeida / Hospital Ophir Loyola. Resumo Introdução: Em torno de 10-18% dos pacientes com colelitíase também apresentam cálculos nas vias biliares. A identificação Introdução: A coledocolitíase consiste, geralmente, numa com- pré-operatória dos casos com risco de coledocolitíase associada plicação da colelitíase, através da migração do cálculo da vesícula permitiria a indicação racional de realização de colangiografia biliar através do ducto císitco, acrescentando elevação da morbi- endoscópica retrógrada (CPRE). Objetivo: Relatar um caso mortalidade. Aproximadamente 15% dos pacientes com colelitíase de colelitíase e coledocolitíase com cirrose. Casuística: Uma possuem cálculos no colédoco. Objetivo: Demonstrar a importância paciente. Metodologia: Estudo retrospectivo por análise de no diagnóstico clínico auxiliado por imagem para a escolha da prontuário do tipo relato de caso realizado no Hospital Ophir melhor abordagem terapêutica em pacientes com doença de vias Loyola em Belém-PA. Resultados: Paciente refere sensação biliares. Casuística: Relato de caso de uma mulher de 26 anos de febre de início súbito há aproximadamente 6 meses, não de idade, com diagnóstico de coledocolitíase após episódio de aferida, tendo sido acompanhada logo em seguida de icterícia. dor em hipocôndrio direito, acompanhado de náuseas, vômito, Houve início de quadro de dor em cólica em faixa localizada icterícia e colúria, há menos de um ano, tendo ultrassonografia em andar superior e médio do abdome. Ao exame: regular de abdome superior evidenciado múltiplos cálculos em vesícula estado geral, consciente, orientada, afebril, acianótica, ictérica biliar. Método: O presente trabalho obteve os dados a partir da (+/4+), desidratada (+/4+), hipocorada (++/4+), abdome revisão de prontuários e da literatura, utilizando-se do exame clínico. globoso, flácido, sem sinais de circulação colateral, indolor Resultados: Paciente A.S.S.F. de 26 de idade, sexo feminino, à palpação superficial e profunda. Vesícula biliar palpável em doméstica, natural e procedente de Belém, Pará. Relata que no fim hipocôndrio direito, em linha hemiclavicular direita abaixo do de sua gravidez, apresentou a primeira crise com dor em hipocôndrio rebordo costal direito, fígado palpável a 3cm do rebordo costal direito, náuses, vômito, icterícia e colúria, obtendo o diagnóstico de direito, sem esplenomegalia. Paciente realizou USG abdominal, colelitíase evidenciada pelo exame ultrassonográfico do abdome. evidenciando duas imagens sugestivas de coledocolitíase Três meses após o parto, ocorreu ou crise similar à primeira, tratada e ectasia do ducto colédoco. Foi submetida à CPRE no dia com medicação sintomática. Um mês antes da admissão hospitalar 09/06/2014 que evidenciou múltiplos cálculos de colesterol para submeter-se ao tratamento cirúrgico, fora internada, em serviço sendo realizada papilotomia endoscópica com extração dos de pronto atendimento da cidade com suspeita de pancreatite, cálculos. Após um dia, foi submetida à colecistectomia por confirmada posteriormente com exame de imagem e, evidenciando vídeo sem intercorrências, na qual se evidenciou fígado atrófico a existência coledocolitíase e, um cisto em corpo de pâncreas. e endurecido com suspeita de cirrose sendo realizada a biópsia Exames laboratoriais da internação com discreto padrão colestático GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 e, na admissão, cliente encontrava-se sem queixas. O tratamento proposto foi colecistectomia videolaparoscópica, tendo sido realizado colangiografia no intraoperatório e, necessitando elucidar o diagnóstico, fora submetida há uma colangiopancreatografia endoscópica retrógada (CPRE) com papilotomia, processo este transcorrido sem intercorrências, que detectou múltiplos cálculos em colédoco. Paciente recebeu alta hospitalar após 14 dias de internação, com melhora da condição clínica e, orientações sobre a importância do acompanhamento no ambulatório de cirurgia geral. Conclusão: O estudo evidencia a importância do diagnóstico clínico, auxiliado pelo laboratório e por imagem na elucidação do quadro e, no melhor preparo da abordagem cirúrgica para o tratamento de portadores de doenças em vias biliares. DESVASCULARIZAÇÃO ARTERIAL E PORTAL SEGMENTAR SEM RESSECÇÃO NO TRATAMENTO DO HEPATOCARCINOMA COM RESOLUÇÃO DE CURA: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Carlos Augusto de Oliveira Cavalcanti / Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - Uncisal/Santa Casa de Misericórdia de Maceió; Paula Cabral de Mendonça Cavalcanti / Universidade Anhembi Morumbi; Thayse da Rocha Ferro Cavalcanti / Santa Casa de Misericórdia de Maceió. hepatectomia proposta. Seccionou-se o parênquima hepático até próximo da veia hepática esquerda e realizada nova ultrassonografia, que demonstrou invasão tumoral da veia hepática esquerda até a sua emergência. O tumor e todo o segmento lateral estavam isquemiado totalmente (arterial e portal). Interrompeu-se a ressecção, deixando todo o segmento lateral esquerdo e o tumor com exclusão vascular total. O histopatológico pela hematoxilina eosina e a imunohistoquímica confirmaram carcinoma hepatocelular, com antígenos hepatocyte-1 e glypican positivos. Teve boa evolução pós-operatória, com alta no segundo dia. No seguimento houve decréscimo gradual da alfafetoproteína até a normalização e nos exames de imagem, ressonância nuclear magnética, houve involução gradual do tumor e de todo o segmento lateral esquerdo. No 22º mês de pós-operatório, a tomografia mostrou atrofia de todo o segmento lateral esquerdo hepático e do tumor, restando apenas uma formação ovalada sem realce significativo pós–contraste, medindo 3.3 x 3.3 x 2.4 cm. No 30º mês pós-operatório o paciente encontra-se sem evidência de recidiva ou progressão da neoplasia. Dessarte, pode-se inferir que a exclusão vascular total do segmento lateral esquerdo do fígado e do hepatocarcinoma, promoveu a involução marcante da neoplasia e do segmento hepático, com evidência de ausência de neoplasia no 30º mês pós-operatório e alfafetoproteína em nível normal. Pode-se inferir, também, um bom prognóstico neste caso. ESTENOSE CICATRICIAL DAS VIAS BILIARES: UM RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Fígado Resumo A ligadura do tronco da veia porta já foi descrito por Bismuth há mais de duas décadas para atrofia do lobo cirrótico a ser ressecado, com resultados satisfatórios. A embolização arterial (TACE) vem sendo utilizada amplamente no tratamento paliativo do carcinoma hepatocelular, com resultados variáveis. A isquemia total (arterial e portal) segmentar para o tratamento do hepatocarcinoma não tem descrição na literatura. Objetivo: Relatar um caso sem correlato na literatura. Metodologia: Descreve-se adiante o caso do paciente N.M.S., masculino, 68 anos, apresentando nódulo hepático nos segmentos II e III, com 8,7 x 8,6 x 8,0 cm, sugestivo de hepatocarcinoma, com estadiamento pré-operatório T1N0M0. A alfafetoproteína estava acima de 4.000 ng/mL. Indicada segmentectomia lateral esquerda. No ato operatório, a ultrassonografia demonstrou que houve crescimento do tumor desde a tomografia pré-operatória. Foi realizada isquemia intraglissoniana dos segmentos II e III para a ressecção regrada da Autores: José Miranda Rabelo Neto / Hospital Ophir Loyola; Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophir Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; Pablo Baptista Oliveira / Hospital Ophir Loyola; José Gabriel Miranda da Paixão / Hospital Ophir Loyola; Carolina Costa Beckamn Nety Oti / Hospital Ophir Loyola; Claudio Claudino Alves Almeida / Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola. Resumo Introdução: A estenose cicatricial das vias biliares, geralmente é causada por cirurgia previa. O rápido diagnóstico e tratamento da estenose das vias biliares são essenciais ao bom prognótico nestes pacientes, uma vez que a doença apresenta altos índices de morbi-mortalidade. Objetivo: Demonstrar a importância do rápido e preciso diagnóstico e, do tratamento precoce. Casuística: Relato de caso de uma mulher de 43 anos de idade, submetida à GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 123 A nais 124 colecistectomia convencional, aberta e, sendo admitida no serviço de cirurgia do Complexo Hospitalar Jean Bittar com evolução clínica de colangite. Método: O presente trabalho obteve os dados a partir da revisão de prontuários e da literatura, aproveitando o exame clínico. Resultados: Paciente M.M.B., 43 anos, sexo feminino, natural e procedente de Belém, PA, procura o serviço de cirurgia geral do C.H.J.B., devido a história clínica de queixa de dor abdominal, icterícia e vômitos, com evolução de dois meses, sendo que na admissão nem pronto atendimento, houve relato de alteração do nível de consciência e hipotensão; ou seja, colangite. Encaminhada ao nosso serviço de cirurgia geral, para obter o tratamento adequado, o tratamento de escolha foi a derivação bilio-digestiva em Y de Roux. Após sete dias de internação, o paciente recebeu alta hospitar com melhora da condição clínica e, foi orientado quando a importância do seguimento clínico, através do ambulatório de cirurgia geral. Conclusão: o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para o sucesso no tratamento da estenose cicatricial das vias biliares, proporcionando a estes pacientes baixas taxas de morbi-mortalidade e altos índices de sucesso. ESTENOSE DE COLÉDOCO EM PACIENTE ONCOLÓGICA – RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Raíssa Pereira de Tommaso / Hospital Ophir Loyola/ Centro Hospitalar Jean Bitar; Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Raquel de Maria Maués Sacramento / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Luiz Carlos da Silva Duarte Junior / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Sebastião Neto Fernandes Barros / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Luana Guimarães Dias / Universidade do Estado do Pará. Resumo Introdução: A maioria dos pacientes com câncer biliopancreático primário ou secundário são diagnosticados em fase avançada, com o aparecimento de icterícia obstrutiva. As cirurgias de derivação biliodigestivas, foram quase completamente abandonadas, devido à sua alta morbimortalidade, ao custo e à piora da qualidade de vida em relação à colocação de próteses radiológicas ou endoscópicas. Objetivos: Relatar o caso de uma paciente oncológica, portadora da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo de estenose em colédoco. Casuística: Trata-se de um trabalho descritivo, intervencional, prospectivo. Metodologia: As informações contidas neste trabalho foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com o paciente e acompanhamento do caso. Resultados: R.L.S., feminino, 31 anos, mastectomizada há 3 meses, em tratamento quimioterápico paliativo devido câncer de mama com metástase óssea e pulmonar, precisou interromper quimioterapia devido quadro de icterícia (3+/4+), colúria e acolia fecal. Realizou ultrassonografia de abdome total, que evidenciou vesícula biliar de paredes íntegras, apresentando imagem ecogênica móvel ao decúbito, podendo corresponder à lama biliar com presença de microcálculos em seu interior. Foi internada no Centro Hospitalar Jean Bitar, encontrava-se em regular estado geral, consciente orientada no tempo espaço, afebril, acianótica, ictérica (3+/4+), emagrecida, eupnéica, sem edemas. Ausculta cárdio-pulmonar e torácica sem alterações. Abdome plano, flácido, indolor, negativo à descompressão brusca, Sinal de Murphy negativo. Realizou colecistectomia videolaparoscópica com achado de lama biliar, implantes hepáticos e colangiografia peroperatória demonstrando estenose de colédoco sem causa definida. Realizou-se colocação de prótese em colédoco através de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), recebendo alta hospitalar após dois dias do procedimento, apresentando melhora da icterícia, sendo encaminhada para continuidade da quimioterapia. Conclusão: O alívio da icterícia aumenta a qualidade de vida do paciente, prolonga sua sobrevida e abre uma opção para a realização de quimioterapia.a oclusão das endopróteses biliares permanece o principal perlaço do tratamento não-cirúrgico da icterícia obstrutiva maligna; entretanto, quando ocluídas, essas podem ser facilmente trocadas. O uso de próteses metálicas, diminui a necessidade de futuras intervenções em menos de 20% dos pacientes. EXPERIÊNCIA INICIAL DO PIAUÍ EM RETIRADA DE FÍGADO PARA TRANSPLANTE: ANÁLISE DA SOBREVIDA DO ENXERTO E TEMPO DE ISQUEMIA Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Welligton Ribeiro Figueiredo / Universidade Estadual do Piauí; Carlos Renato Sales Bezerra / Universidade Estadual do Piauí; Erbert Martins portela Filho / Facid Devry; Kaline Fortes e Silva / Facid Devry; Rafael Felipe Martins de Oliveira Viana / Facid Devry; Mayara Magry de Andrade Silva / Facid Devry; Clara Caroline Ribeiro Figueiredo / Facid Devry; Ylara Liza porto de Carvalho / Facid Devry. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Resumo nas dimensões, mas em 10% dos casos possuem mais de 5 cm, sendo chamados hemangiomas gigantes. Exames radioló- Introdução: Os transplantes de órgãos são alicerçados no benefício terapêutico para doenças terminais, desta forma, o transplante hepático representa o tratamento mais eficiente, da atualidade, para doenças hepáticas crônicas terminais. O estado do Piauí não possui equipe de Transplante de Fígado e desde maio de 2011 realiza a cirurgia de extração do órgão com destino aos outros estados. Objetivo: Determinar a taxa de sobrevida do enxerto hepático retirado do Piauí bem como analisar o tempo de isquemia total até o transplante hepático. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa documental, retrospectiva, caráter descritivo e abordagem quantitativa. Realizou-se a coleta de dados através da revisão de prontuários e das fichas de notificação dos doadores e receptores de fígado e que realizaram a cirurgia por meio de formulário próprio no período de junho de 2011 a julho de 2014. Os dados foram coletados e organizados em planilha eletrônica do Microsoft Excel 2010 e analisados conforme estatística descritiva. Resultados: Foram doados 19 enxertos hepáticos, com prevalência do sexo masculino correspondendo a 68% dos doadores piauienses. Os principais destinos dos enxertos foram: Ceará (58%) e Pernambuco (26%). O tempo médio de isquemia total do enxerto hepático foi de 7h59min53s. de todos os receptores, 17 (88,2%) fizeram o transplante com sucesso e receberam alta hospitalar e apenas 2 (11,8%) foram a óbito no pós-operatório imediato por disfunção de enxerto e trombose de artéria. Conclusão: O Piauí destaca-se no âmbito nacional e regional na oferta de órgãos, em especial ao Estado do Ceará com tempo de isquemia satisfatório. A oferta de enxertos hepáticos de qualidade extraídos do Piauí reflete-se em sobrevida significativa dos receptores compatível com a média nacional. gicos de rotina flagram a maioria das lesões, e na maioria dos casos o tratamento é expectante. Objetivos: Relatar um caso de achado incidental de hemangioma hepático gigante submetido a tratamento cirúrgico. Relato de caso: A.S.F, masculino, 66 anos, relatando desconforto epigástrico sem dor, há vários anos, associado a diástase de músculo reto abdominal. Ao exame físico observava-se massa palpável e volumosa nesta topografia. Ultrassonografia de abdome total para avaliação prostática incidentalmente identificou lesão em lobo esquerdo hepático. Tomografia de abdome superior com contraste venoso demonstrou uma massa sólida expansiva, com impregnação difusamente heterogênea, de contornos lobulados e de limites relativamente bem definidos, acometendo quase todo o lobo esquerdo e que mede 14,5 x 11,0cm. A lesão comprimia e desviava as estruturas adjacentes, principalmente o estômago, sem, no entanto, determinar invasão deles. Paciente sem alteração de função hepática, com sorologias para hepatites A, B e C negativas. O paciente foi submetido à hepatectomia esquerda, com achado de lesão rompendo a cápsula de Glisson, acometendo segmentos II, III, IV do órgão; necessidade de hemotransfusão – um concentrado de hemácias, com evolução pós-operatória satisfatória e estabilidade hemodinâmica. Recebeu alta hospitalar em boas condições clínicas cinco dias após o procedimento cirúrgico. Exame anatomopatológico constou de produto de hepatectomia esquerda, medindo 16,5 x 11,5 x 9,0 cm e pesando 1.628g, apresentando superfície bocelada e pardo-acastanhada. Aos cortes, notou-se tecido castanho-vinhoso e esponjoso, permeando tecido hepático numa extensão de 13,0 cm. Margens cirúrgicas livres de neo- HEMANGIOMA HEPÁTICO GIGANTE: TRATAMENTO CIRÚRGICO plasia. Conclusão: A despeito do volume da lesão e de rom- Temário: Cirurgia / Fígado minou sintomatologia evidente. Esse caso merece destaque, Autores: Zailton Bezerra / UFPB; Petrucio Abrantes Sarmento / UFPB; Fernando Salvo Torres Mello / FCM; João Paulo de Freitas Sucupira / FCM; Maria Cléa de Sá Roriz Neves / HMSI; Brenda da Rocha Jampo Lins / HMSI; João Andreola Diniz Júnior / HMSI; Marcelo Costa Rique / FCM. em função de seu achado ultrassonográfico fortuito, resultan- per a cápsula hepática, esse hemangioma gigante não deter- do em trissegmentectomia esquerda com êxito. Resumo HEPATOCARCINOMA EXTENSO OLIGOASSINTOMÁTICO Introdução: Hemangiomas são os tumores benignos mais comuns no fígado. Acometem 0,4 a 7% da população, sendo, em geral, lesões solitárias. Apresentam normalmente peque- Autores: Tallita Olga Calvinho Martins / Uepa; Marcelo Bandeira Coelho Dias / Hospital Ophir Loyola; Marcos de Souza Lopes Freire Filho / Hospital Ophir Loyola; Patrícia Isabel Bahia Mendes Freire / Hospital Ophir Loyola; Alessandro Temário: Cirurgia / Fígado GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 125 A nais XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo França de Souza / Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; Isis Manoela da Paixão Cláudio Corrêa / Uepa; Pablo Baptista Oliveira / Hospital Ophir Loyola. Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - Uncisal, Hospital Unimed Maceió; Paula Cabral de Mendonça Cavalcanti / Universidade Anhembi Morumbi; Thayse da Rocha Ferro Cavalcanti / Hospital Unimed Maceió. Resumo Resumo Introdução: O hepatocarcinoma é o tumor hepático primário A litíase intra-hepática (LIH) pode ser classificada em primária, maligno mais comum e a terceira causa de morte por neoplasia no mundo, tendo como causa principal a cirrose. Objetivo: O objetivo desta pesquisa é relatar um caso de paciente portador de hepatocarcinoma oligoassintomático. Casuística: O estudo foi feito a partir do caso de um paciente internado no Hospital Ophir Loyola em Belém do Pará, de 69 anos, casado, aposentado, natural de Baião, residente do município de Repartimento, internado para tratamento cirúrgico de neoplasia hepática. Método: Dados foram obtidos a partir de entrevistas diárias com o paciente e acompanhamento de todos os procedimentos durante todo o 126 da período da internação. A execução desta pesquisa não alterou o tratamento proposto para este paciente. Resultados: Ao exame físico, o paciente encontrava-se consciente, orientado, em bom estado geral, hidratado, eupneico, acianótico, anictérico, afebril. Ausculta cardíaca sem alterações. Ausculta pulmonar com murmúrio vesicular diminuído e sibilos difusos em hemitórax direito. Abdome: globoso, indolor a palpação exceto pelo local da tumoração, que se encontra superficial a pele, medindo mais de 20 cm em seu maior diâmetro, de consistência endurecida e superfície irregular, localizada em epigástrio e hipocôndrio esquerdo. Em tomografia realizada no hospital, evidenciouse massa expansiva em segmento II do fígado. À EDA, não houve evidencias de varizes esofagianas e à colonoscopia, não foram observadas alterações. Conclusão: Concluiu-se a partir da observação deste caso que não foi possível proceder a hepatectomia parcial proposta para este paciente, uma vez que, durante o ato operatório, foram encontrados focos de metástase peritoneal, além de que o tecido hepático acometido pela neoplasia possuía área muito extensa, estando fora dos parâmetros para indicação de cirurgia. quando formada nos ductos biliares intra-hepáticos e secundária, quando associada à litíase extra-hepática ou à obstrução na altura do hilo hepático com migração dos cálculos para o fígado. Casos isolados de LIH são raros no ocidente, tendo uma prevalência de 0,6-1,3%. Nos países orientais a prevalência pode chegar a 12% na Malásia e 47% em Taiwan, por exemplo. Pacientes com LIH apresentam uma clínica de colangite piogênica recorrente associada à icterícia, dor abdominal intermitente no hipocôndrio direito, febre com múltiplos picos diários, náuseas e calafrio. Esse sintomas surgem intermitentemente, em crises de exacerbação e períodos de remissão. Laboratorialmente apresenta leucocitose e aumento dos níveis de fosfatase alcalina e gama glutamil transferase. Uma distinção entre LIH e outras doenças, que cursam com obstrução biliar e infecção, não é possível ser feita baseada apenas na clínica e avaliação laboratorial. O objetivo é apresentar um caso de litíase intra-hepática pouco descrito na literatura. E.L.S., sexo masculino, 33 anos, apresentando dor de forte intensidade no abdômen superior a dois anos, de caráter intermitente, com longos períodos de ausência, duradoura, mais localizada no hipocôndrio direito, sem irradiação e que melhora com o uso de analgésicos. Paciente colecistectomizado há 12 anos. A colangiorressonância magnética demonstrou dilatação das vias biliares dos segmentos V e VIII, com imagens sugestivas de cálculos próximo ao hilo hepático, apresentando também sinais de colangite crônica. Sinuosidades e ectasia dos ductos biliares dos segmentos VI e VII. O paciente foi submetido à hepatectomia direita com exclusão vascular seletiva e linfadenectomia hilar, sem necessidade de hemotransfusão. O lobo direito hepático ressecado estava com volume pouco reduzido, com vários ductos biliares segmentares repletos de cálculos e com a via biliar de alguns segmentos endurecida. A microscopia demonstrou parênquima hepático apresentando fibrose portal leve, colangite crônica de múltiplos LITÍASE INTRA-HEPÁTICA ENVOLVENDO TODOS OS SEGMENTOS DO LOBO DIREITO TRATADA COM HEPATECTOMIA ductos e presença de cálculos em ductos biliares. Linfonodo hilar Temário: Cirurgia / Fígado acompanhamento continuamente pela possibilidade de apresentar Autores: Carlos Augusto de Oliveira Cavalcanti / Universidade o mesmo quadro nos segmentos remanescentes. apresentando linfadenite crônica. Apresentou boa evolução de pós-operatório imediato e recebeu alta hospitalar no 5o dia de PO. Nas avaliações de retorno, apresentava-se bem e sem queixas. Está em GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 PACIENTE COM COLEDOCOLITIÁSE QUATRO APÓS COLECITECTOMIA E DOIS ANOS APÓS COLANGIOPACREATOGRAFIA RETRÓGRADA ENDOSCÓPICA Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophr Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophr Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Luiz Carlos da Silva Duarte Junior / Hospital Ophr Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Sebastião Neto Fernandes Barros / Hospital Ophr Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Pablo Baptista Oliveira / Hospital Ophr Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Raquel de Maria Maués Sacramento / Hospital Ophr Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Carolina Costa Beckman Nery Oti / Hospital Ophr Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar. Resumo Introdução: A coledocolitíase é a presença de um ou mais cálculos no colédoco, ocasionando a obstrução parcial ou completa do fluxo biliar, geralmente é uma complicação da colelitíase. Entretanto, a presença de estase biliar e infecção pode levar a formação de cálculo no colédoco. Objetivo: Descrever o caso de um paciente com o diagnóstico de coledocolitíase com suas repercussões e resoluções clínicas-cirúrgicas. Casuística: Uma paciente. Metodologia: Relato de caso, obtido por dados através da análise de prontuário e consentimento do paciente. Resultados: Paciente masculino, 75 anos, refere dor em hipocôndrio direito tipo cólica, pós-prandial, de início súbito, com irradiação para região infra escapular ipsilateral, obtendo melhora com administração de analgésicos, além disso, relata colúria e acolia fecal há 10 meses com resolução espontânea dos sinais, nega icterícia, refere perda ponderal. Os antecedentes são uma colecistectomia há quatro anos, colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) há dois anos, nega hipertensão e diabetes, relata história de neoplasia na família. Realizou uma tomografia computadorizada de abdômen há 10 meses onde se evidenciava dilatação de vias biliares intra-hepáticas com imagem hiperdensa no colédoco de 1,8 cm, realizado colangioressonância há 8 meses onde observou-se dilatação das vias biliares intra e extra hepáticas, dilatação do colédoco de 1,8 cm com imagem litiásica em seu interior e afilamento do colédoco terminal. Foi submetido a laparotomia exploradora com derivação biliodigestiva extra-hepática e reconstrução do trânsito intestinal em Y de Roux, durante o transoperatório foi observado o colédoco ectasiado com diâmetro de 3cm e ausência de cálculos no seu interior. Paciente evoluiu sem intercorrências clínicas, mantendo o quadro clínico estável, diminuição sérica da fosfatase alcalina e gama-GT, recebendo alta no 7º pós-operatório para acompanhamento ambulatorial. Conclusão: O tratamento para coledocolitíase depende de alguns fatores como o grau de dilatação do colédoco, tamanho do cálculo, diagnóstico da coledocolitíase antes, durante e após do colecistectomia e o status do paciente para suporta tais procedimentos, pois existem procedimentos menos invasivos como a CPRE e exploração vídeolaparoscópica do colédoco e mais invasivos como a derivação biliodigestiva, portanto é necessário um estudo de cada caso minuciosamente para a melhor escolha terapêutica para o paciente. PACIENTE DIAGNOSTICADO COM SÍNDROME DE MIRIZZI Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitala Jean Bitar; Francisco de Assis Alencar/Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitlar Jean Bitar; Allan Herbert Feliz Fonseca/Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitlar Jean Bitar; Luiz Carlos Da Silva Duarte Junior / Hospital Ophir Loyola/ Centro Hospitlar Jean Bitar; Sebastião Neto Fernandes Barros/Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitlar Jean Bitar; Victor Soares Peixoto/Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitlar Jean Bitar; Bruno de Castro Ribeiro/ Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitlar Jean Bitar; Carolina Costa Beckman Nery Oti/Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitlar Jean Bitar. Resumo Introdução: A síndrome de Mirizzi é uma obstrução extrínseca do ducto hepático comum por um grande calculo impactado no ducto cístico ou no infundíbulo da vesícula. A obstrução pode ser simplesmente mecânica ou secundária a inflamação por episódios frequentes de colangite. A classificação desta síndrome depende da presença ou ausência de fístula no hepático comum ou colédoco. Objetivo: Descrever o caso de um paciente internado em um serviço de cirurgia geral com o diagnóstico de colelitíase com suas repercussões e resoluções clínicas-cirúrgicas. Casuística: Uma paciente (relato de caso). Metodologia: Trata-se de um relato de caso, obtido por dados secundários através da análise de prontuário e consentimento do paciente. Resultados: Paciente do gênero feminino, 58 anos, refere dor em hipocôndrio direito tipo cólica com piora pós-prandial há 10 meses, além disso refere alguns episódios acompanhados de vômitos, relata melhora após analgesia, nega GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 127 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo icterícia, colúria e acolia fecal. Os antecedentes mórbidos pessoais ressecções hepáticas. Este panorama foi traçado a partir de uma e familiares refere diabetes melitus e alergia a dipirona e hioscina. revisão da literatura nas principais bases de dados. Os primeiros Realizou uma ultrassonografia de abdômen superior onde se relatos de “cirurgias hepáticas” referem-se a ressecções parciais evidenciava um cálculo de 1,7 cm na vesícula biliar, sem dilatações ou totais do fígado após lesões abdominais traumáticas no século de vias biliares intra e extra-hepática. Foi submetida a uma tentativa XVIII. Já no século XIX com as investigações de Cantlie e Rex, a de colecistectomia videolaparoscópica, porém no transoperatório foi anatomia hepática já passava a tornar-se mais clara, porém foi só identificado uma fístula entre a vesícula e duodeno ou colédoco, sendo no século XX, em 1957, que Claude Couinaud com seus estudos, a cirurgia convertida para aberta, foi realizado dissecção da fístula do chegou a divisão do fígado a partir de segmentos de I a VIII. Esses colédoco com lesão 1 cm do mesmo, introduzido dreno de Kerr e fatos históricos remontam a atual conjuntura das hepatectomias e realizado colangiografia, não identificando cálculos nas vias biliares. seus sucessos atuais. Paciente seguiu para a enfermaria, evoluindo sem intercorrências cíinicas, realizado nova colangiografia no 5º pós-operatório sem evidenciar cálculos, paciente segue na enfermaria com previsão de alta em breve e acompanhamento ambulatorial. Conclusão: A síndrome de Mirizzi é uma complicação rara da colelitíase, sendo geralmente diagnosticada no transoperatório, porém devido a ela, geralmente as colecistectomia videolaparoscópica é convertida 128 para a via aberta devido a dificuldade técnica, além disso existe PARAGANGLIOMA HEPÁTICO PRIMÁRIO NÃO FUNCIONANTE: É POSSÍVEL? Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Uirá Fernandes Teixeira / UFCSPA; Fábio Luiz Waechter / UFCSPA; José Artur Sampaio / UFCSPA; Luiz Pereira-Lima / UFCSPA. maior chance de iatrogenia do colédoco, assim é necessário um diagnóstico precoce com a devida classificação desta síndrome para Resumo um plano terapêutico cirúrgico mais adequado. Introdução: Os paragangliomas são tumores neuroendócrinos PANORAMA HISTÓRICO DAS HEPATECTOMIAS Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Larissa Lopes Harada / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Ibsen Augusto de Castro Azeredo Coutinho / Tecnomed Indústria; Luciana Meireles de Azeredo Coutinho / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Mayse Meireles de Azeredo Coutinho / Hospital Santa Genoveva; Lara Meireles de Azeredo Coutinho / Instituto de Assistência Médica Ao servidor Público Estadual de São Paulo; Lucyana Côrtes Torres / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Ana Luiza Rassi de Mendonça / Pontifícia Universidade Católica de Goiás. raros derivados dos paragânglios extra-adrenais. Podem apresentar-se em qualquer sítio ao longo das cadeias simpáticas paraganglionares, sendo mais frequentes no abdome em região periaórtica e no órgão de Zuckerlandl. Enquanto alguns pacientes podem apresentar-se com sinais e sintomas decorrentes do excesso de catecolaminas ou desconforto abdominal inespecífico, alguns tumores serão detectados incidentalmente em exames radiológicos. Relato de caso: Uma paciente de 43 anos com relato de desconforto abdominal vago há 4 meses. Seu histórico médico não apresentava relevância. À palpação abdominal, havia pouca dor em hipocôndrio direito. Foram realizadas tomografias de abdome, tórax e pelve com contraste que evidenciaram massa bem vascularizada em lobo direito do fígado, principalmente em segmento VIII hepáti- Resumo co, medindo 5,6 x 6,0 x 8,3 cm. Outras lesões não foram evidenciadas. RNM revelou área de intenso sinal na sequência ponderada Atualmente as hepatectomias são consideras cirurgias seguras, com em T2 ocupando o segmento VIII hepático, sem acometimento de indicações bem estabelecidas e índices de morbidade e mortalidade outros órgãos abdominais ou mediastino. A paciente foi submetida decrescentes. Contudo as ressecções hepáticas só chegaram a laparotomia exploradora, sendo realizada hepatectomia direita. ao sucesso atual após séculos de estudo. O desenvolvimento À microscopia, foram visualizadas células poligonais eosinofílicas das cirurgias hepáticas só foi possível a partir do conhecimento com núcleos redondos e raros nucléolos. Não havia pleomorfis- aprofundado tanto da anatomia quanto da fisiologia hepáticas. mo nuclear ou mitose. As células tumorais estavam arranjadas em O objetivo desse estudo foi traçar um panorama da história das pequenos ninhos, também chamados de “Zellballen”, em meio a GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 um estroma extremamente vascularizado. Imunohistoquímica demonstrou que as células neoplásicas eram fortemente positivas para cromogranina A, sinaptofisina e CD-56. O Ki-67 era < 1%. Discussão: Acredita-se que até 22% dos paragangliomas possam surgir a partir de ninhos de células paraganglionares residuais em localização extra-adrenal. Entretanto, o tipo intra-hepático primário deste tumor é extremamente raro. O diagnóstico diferencial de lesões nesta localização é vasto e sempre deve incluir outros tumores neuroendócrinos. Algumas vezes, paragangliomas primários podem ser confundidos com hepatocarcinomas fibrolamelares em virtude das semelhanças histológicas e nos exames de imagem. Conclusão: O tratamento de escolha para os paragangliomas é a excisão cirúrgica completa. O manejo laparoscópico vem substituindo a técnica convencional, com bons resultados em centros que dispõem de material adequado, juntamente com cirurgiões treinados e exames pré-operatórios refinados. com estadios I/II. A operação mais executada foi a colecistectomia simples, tendo como achado intraoperatório predominante, invasão hepática. O adenocarcinoma foi o tipo histológico preponderante sendo o grau de diferenciação mais encontrado o o moderadamente diferenciado (GII), com destaque para os estadios III e IV. Conclusão: O paciente portador de CVB é geralmente do sexo feminino, na sexta ou sétima década de vida, apresentando sintomas de colelitiase a cerca de 2 anos, foi submetido a uma colecistectomia antes do diagnóstico e chega ao hospital para complementação do tratamento. Os estadiamentos mais comuns no momento do diagnóstico foram o III e o IV. SEGMENTECTOMIA LATERAL ESQUERDA VIDEOLAPAROSCÓPICA EM PSEUDOTUMOR INFLAMATÓRIO: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Fígado PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO PACIENTE COM CÂNCER DE VESÍCULA BILIAR Autores: José Gabriel Miranda da Paixão / HOL; MArcelo Bandeira Coelho Dias / HOL; Patricia Isabel Bahia Mendes Freire / HOL; Alessandro França de Souza / HOL; MArcos de Souza Lopes Freire Filho / HOL; Bruno de Castro Ribeiro / HOL; Victor Soares Peixoto / HOL; Hamilton Cezar Rocha Garcia / HOL. Autores: Alexandra porto Torres / Faculdade Integral DiferencialFacid/Devry; Welligton Ribeiro Figueiredo / Faculdade Integral Diferencial- Facid/Devry; Carlos Renato Sales Bezerra / Faculdade Integral Diferencial- Facid/Devry; Alisson Duarte Martins / Faculdade Integral Diferencial- Facid/Devry; Mayara Magry de Andrade Silva / Faculdade Integral Diferencial- Facid/Devry; Rafael Felipe Martins de Oliveira Viana / Faculdade Integral Diferencial- Facid/Devry; Wilton Matos da Paz Filho / Faculdade Integral Diferencial- Facid/Devry; Kaline Fortes e Silva / Faculdade Integral Diferencial- Facid/Devry. Resumo Resumo Introdução: O câncer de vesícula biliar (CVB) é comumente associado a um prognóstico reservado. Isso porque, apesar de ser raro, apresenta alta mortalidade por ser uma doença agressiva com manifestações clínicas tardias e rápida progressão devido à extensa drenagem linfática do órgão. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico do paciente com Neoplasia de Vesícula Biliar in situ no serviço de Cirurgia Geral e oncológica do Hospital Ophir Loyola (HOL). Casuística: 25 casos. Metodologia: Foram colhidos dados dos prontuários dos pacientes, como anamnese, exame físico, resultado do histopatológico e relatos cirúrgicos. Resultado: 75% eram do sexo feminino, com média de idade de 63,2±11 anos e tempo de sintomatologia de 7,8±16,2 meses, não obtendo relação estatística com o estadio da doença. Dor no hipocôndrio direito, náuseas e icterícia predominaram como sinais/sintomas. A litíase biliar esteve presente em 91% dos casos, sendo positiva em 100% dos pacientes Introdução: A laparoscopia vem se desenvolvendo amplamente e habitualmente tornando-se uma técnica padrão para diversos procedimentos dentre eles a cirurgia hepática. Objetivo: O objetivo desse trabalho é relatar um caso de uma paciente portadora de um pseudotumor inflamatório do fígado submetida à segmentectomia lateral esquerda por videolaparoscopia. Relato do caso: MCGCS, 57 anos, sexo feminino, procurou serviço médico queixando-se de dor abdominal epigástrica e plenitude pós-prandial há 30 dias associado a perda ponderal de 4kg no período. Na investigação inicial a ultrassonografia de abdome evidenciou lesão em lobo hepático esquerdo, realizando-se então um estudo tomográfico confirmando lesão hipodensa não captante de 4,9 x 4,0x 3,9 cm em segmentos II e III do fígado com calcificação periférica de aspecto inespecífico. Marcadores tumorais (alfafetoproteína, CA 19-9 e CEA), endocoscopia digestiva alta e colonoscopia apresentavam-se normais. Foi realizado Temário: Cirurgia / Fígado GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 129 A nais uma hepatectomia segmentar (II e III) por videolaparoscopia com sucesso, o procedimento durou 150 minutos, sangramento estimado de 100ml, evoluindo bem no pós-operatório e recebendo alta no 3º dia pós procedimento. O histopatológico constatou pseudotumor inflamatório do fígado. Discussão: a laparoscopia evoluiu e tornase uma técnica aplicável e com bons resultados na cirurgia hepática. O segmento lateral esquerdo apresenta características que o tornam favorável à abordagem operatória. O pseudotumor inflamatório é uma neoplasia rara, localizada em uma variedade de órgãos e tecidos. É um tumor benigno e sua importância clínica deve-se particularmente à dificuldade no diagnóstico diferencial com doença maligna, dentre elas o hepatocarcinoma. SEPARAÇÃO DE GÊMEOS ONFALÓPAGOS COM FÍGADO COMPARTILHADO 130 Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Francisco de Assis Alencar / Centro Hospitalar Jean Bitar; Allan Herbert Feliz Fonseca / Centro Hospitalar Jean Bitar; Hamilton Cézar Rocha Garcia / Centro Hospitalar Jean Bitar; Denise Cristina dos Santos / Centro Hospitalar Jean Bitar; José Gabriel Miranda da Paixão / Centro Hospitalar Jean Bitar; Carlos José Cardoso Dourado / Centro Hospitalar Jean Bitar; Carolina Costa Beckman Nery Oti / Centro Hospitalar Jean Bitar. Resumo Introdução: A gemelaridade conjugada é uma entidade rara e resulta da fertilização de único ovo com divisão incompleta do disco da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo sendo então constatado que os gêmeos compartilhavam o fígado, sendo suas vias biliares e grandes vasos independentes. Decidiu-se então pelo procedimento cirúrgico para separação dos gêmeos. Durante todo o tempo cirúrgico, nenhuma intercorrência foi registrada, sendo realizada a separação dos gêmeos com sucesso. Os mesmos foram para o centro de terapia intensiva, sendo que o primeiro gemelar evoluiu satisfatoriamente bem até o quarto pós-operatório, dia em que começou a evoluir com insuficiência renal e descompensação cardiorrespiratória, já que este apresentava persistência do canal arterial, comunicação interventricular e transposição de grandes vasos. No décimo quarto pós-operatório, o primeiro gemelar foi a óbito. Já o segundo gemelar evoluiu insatisfatoriamente, com instabilidade hemodinâmica pós-operatória, hemorragia pulmonar e distensão abdominal, evoluindo a óbito no quarto pós-operatório. Conclusão: A saúde em nosso país ainda precisa evoluir a tal ponto que as gestantes possam ter o mínimo acesso às consultas pré-natais para que patologias como essas possam ser diagnosticadas precocemente e melhor manejadas SÍNDROME DE MIRIZZI E MARCADOR TUMORAL ELEVADO: UM RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Victor Cardoso Rocha / HUB ( Hospital Universitário de Brasília); Luciano Delgado Olival / HUB; Andrea Pedrosa Ribeiro Alves / HUB; Júlio Marinho dos Santos Neto / HUB; Raphael Bastianon / HUB; Júlia Borges Ramos / HUB; Thales Maia Teixeira / HUB; Xia Yuan / HUB. Resumo embrionário antes da terceira semana de gestação, podendo levar a múltiplas formas de fusão, inclusive com compartilhamento de órgão internos e outras malformações congênitas, como do trato gastrointestinal e cardíacas. Tem uma incidência estimada em 1-30.000 a 1-100.000 nascimentos 1,2,3. Objetivos: Descrever um caso raro de separação de gêmeos onfalópagos. Metodologia: Relato de gêmeos onfalópagos submetidos a separação cirúrgica e revisão da literatura (MEDLINE e LILACS). Resultados: RN de R.S.B, gêmeos onfalópagos, nascidos em 12/05/2014, pesando 4,912kg, Apgar 8/9 e com idade gestacional de 40 semanas e 4 dias. Mãe não realizou pré-natal, portanto não tinha nenhum resultado de sorologias no ato da internação. Durante o período de internação hospitalar, foram solicitadas as sorologias e constatou-se que a mesma apresentava sífilis e que os gêmeos nasceram com sífilis, sendo então instituído tratamento imediato. Foi realizada tomografia de abdome com contraste, Os marcadores tumorais têm sido utilizados crescentemente na avaliação prognostica e sustentação diagnostica de alguns tumores. Dentre eles, o CA 19.9 é um marcador frequentemente observado no câncer de pâncreas, valores acima de 1000U/mL em geral se associam a tumores irressecáveis. Altos títulos podem ser observados não apenas em patologias malignas, como também em patologias benignas, como as de vias biliares1. Relato de caso de Síndrome de Mirizzi (SM) associada a valores muito elevados de CA 19.9. As informações foram colhidas junto a prontuário arquivado do Hospital Universitário de Brasília (HUB). JJA, masculino, 56 anos, motorista, natural de João Pessoa-PB. Admitido, em maio de 2014, com quadro de cólica biliar há 14 dias e síndrome colestática há 05 dias da internação. Relatava náuseas e vômitos associados à alimentação. Sem perda ponderal no período. Exame físico: GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Ictérico 4+/4+ e com dor leve a palpação em hipocôndrio direito. teratura. Casuística e Método: Analisamos retrospectivamente Exames laboratoriais: bilirrubina total de 40,64 (indireta de 21,12 e dados colhidos em nossos arquivos no período de janeiro de 2005 direta de 19,52); fosfatase alcalina: 202; TGO:43; TGP:68; GGT:228; a dezembro de 2012 com todos os pacientes portadores de DHP CA19.9: 2539 (2149 e 1691, posteriormente); CEA 1,63. Exames tratados cirurgicamente no grupo de cirurgia de fígado e hiperten- de imagens: USG abdome (17/05/2014): colelitíase e dilatação de são portal do Departamento de Cirurgia da Irmandade da Santa vias biliares, Tomografia de Abdome (20/05/2014): dilatação de vias Casa de Misericórdia de São Paulo. Foram excluídos os pacientes biliares e ausência de tumorações em pâncreas ou linfonodomega- assintomáticos e que não foram submetidos a nenhum procedimen- lias; Colangiorressonância (22/05/2014): dilatação do ducto cístico to. Analisamos algumas características destes doentes: sexo, idade, e colédoco por cálculo localizado naquele com compressão deste sintomas, procedimento realizado, mortalidade, causa do óbito. Além (Mirizzi), Ecoendoscopia: colelitíase, dilatação de vias biliares extra- disso, a fim de avaliar os dados disponíveis na literatura foi realizada -hepáticas, dilatação intra-papilar do Wirsung e litíase no ducto cís- a revisão de publicações nas bases de dados do PubMed/Medline. tico. Submetido à colecistectomia laparotômica com realização de Resultados: Todos os pacientes eram do sexo feminino, a média colecistectomia com papilotomia e papiloplastia transduodenal e de idade era 52,12 anos no momento do tratamento, variando de exploração de vias biliares. Anatomopatológico evidenciou colecis- 37 a 77 anos, todos os pacientes eram sintomáticos, sendo que os tite crônica agudizada sem evidências de neoplasia (29/05/2014). sintomas mais comuns foram dor abdominal (n=5) e infecção (n=2). Paciente teve melhora clínica gradual e acompanhamento no pós- Foram realizados seis procedimentos: 2 destelhamentos por via aber- -operátorio com TC de controle sem evidências de neoplasia e com ta ou por 1 via laparoscópica, 2 hepatectomias com destelhamento e exames semanais laboratoriais com bilirrubina evidenciando queda 1 punção. Dois pacientes (40%) morreram no pós-operatório. Estes gradativa até normalização. Diante do quadro, as hipóteses iniciais dois doentes evoluíram no pós-operatório com pneumonia, sendo foram de coledocolitíase, tumor periampular ou SM. Os altos títulos que um evoluiu com insuficiência hepática grave e choque séptico. de CA19.9 além da clínica encontrada tornaram tumores periampu- Os três pacientes que sobreviveram continuam assintomáticos com lares diagnósticos mais prováveis. Demonstrado no caso relatado seguimento médio de dois anos. Conclusão: Nossa morbidade e evidência de quanto o CA 19.9 pode estar associado a patologias mortalidade foram mais elevadas do que a literatura, provavelmen- benignas2,3,4, mesmo em valores muito elevados, como acontece te por recebermos pacientes já tratados em outros serviços (n=2), em doenças das vias biliares em geral. e estes foram encaminhados ao nosso serviço devido a piora dos sintomas e/ou descompensação; portanto concluímos que todo paciente com doença hepática policística, mesmo que assintomático, TRATAMENTO CIRÚRGICO DA DOENÇA HEPÁTICA POLICÍSTICA: SÉRIE DE CASOS E REVISÃO DA LITERATURA deve ser encaminhado para um serviço com experiência em cirurgia hepática, para avaliação precoce e acompanhamento, e indicação de tratamento no momento adequado e não apenas no insucesso do tratamento ou na descompensação. Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Juliano Grubert de Arruda / Iscmsp; Luiz Arnaldo Szutan / Iscmsp; Pedro Cartapatti Da Silva / Iscmsp; Mauricio Alves Ribeiro / Iscmsp; Fabio Gonçalves Ferreira / Iscmsp. Resumo Introdução: A doença hepática policística (DHP), que é definida arbitrariamente quando mais de 20 cistos estão presentes, é uma condição pouco freqüente e fazendo parte do fenótipo de duas doenças hereditárias. A doença renal policística autossômica dominante (DRPAD), e a doença hepática policística autossômica dominante (DHPAD). Objetivo: Relatar os resultados do tratamento cirúrgico da doença hepática policística e comparar com os resultados da li- TRATAMENTO CONSERVADOR EM TRAUMA PENETRANTE POR ARMA DE FOGO EM TRANSIÇÃO TORACOABDOMINAL DIREITA: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Anderson Bedendo Rodrigues da Silva / Rede Metropolitana de Assistência à Saúde; Mônica Oiivo Rosa Nogueira / Rede Metropolitana de Assistência à Saúde; Carlos Eduardo Ferreira / Rede Metropolitana de Assistência à saúde; Marcio Roberto Viquiato / Rede Metropolitana de Assistência à Saúde; Lourival Augusto Cestari Junior / Rede Metropolitana de Assistência à Saúde; Adorisio Bonadiman GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 131 A nais / Rede Metropolitana de Assistência à Saúde; Andre Luiz Medeiros / Rede Metropolitana de Assistência à Saúde; Leonardo Odebrecht / Rede Metropolitana de Assistência à Saúde. Resumo O tratamento ao paciente politraumatizado vem passando por mudanças nas ultimas duas décadas com intuito de evitar lesões iatrogênicas desnecessárias. O trauma hepático é o segundo mais acometido no trauma abdominal fechado, atrás somente do trauma esplênico, mas o que mais resulta em morte. No caso de lesão penetrante na transição tóraco abdominal direita é o órgão mais acometido. Hoje após advento de novas tecnologias no âmbito radiológico e intervencionista, o tratamento para lesão traumática de órgãos sólidos vem passando por mudanças, sendo optado primeiramente pela conduta conservadora. Este relato tem 132 por objetivo apresentar um caso de uma paciente jovem, vitima de ferimento por arma de fogo, internada no serviço de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo do Hospital Metropolitano de Sarandi - PR, apresentando orifício de entrada em transição tóraco abdominal direita, com imagem tomográfica de lesão hepática grau IV, sendo optado por tratamento conservador com desfecho favorável. TRATAMENTO PALIATIVO DE OBSTRUÇÃO MALIGNA DO HILO HEPÁTICO PELA TÉCNICA DE HEPPCOUINAUD Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Pablo Baptista Oliveira / Centro Hospitalar Jean Bitar; Francisco de Assis Alencar / Centro Hospitalar Jean Bitar; Allan Herbert Feliz Fonseca / Centro Hospitalar Jean Bitar; Hamilton Cézar Rocha Garcia / Centro Hospitalar Jean Bitar; Denise Cristina dos Santos / Centro Hospitalar Jean Bitar; José Gabriel Miranda da Paixão / Centro Hospitalar Jean Bitar; Carlos José Cardoso Dourado / Centro Hospitalar Jean Bitar; Carolina Costa Beckman Nery Oti / Centro Hospitalar Jean Bitar. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo hilo hepático em casos de câncer hilar irressecável e o elevado risco cirúrgico dos pacientes com icterícia obstrutiva propiciaram o desenvolvimento de métodos não cirúrgicos, como a drenagem biliar externa, e a colocação de próteses, por via percutânea ou endoscópica, muitas vezes tendo insucesso. Objetivos: Descrever um caso com resolução cirúrgica pela técnica de Hepp-Couinaud de um paciente com neoplasia maligna avançada de via biliar. Metodologia: trabalho tipo relato de caso e revisão da literatura (MEDLINE e LILACS). Resultados: RBD, 63 anos, internou com quadro de icterícia obstrutivo por tumor em via biliar, visualizado pela tomografia com contraste, a qual sugeriu ser um tumor de Klastkin. Foi ainda realizado com colangiorressonância, a qual não conseguiu determinar se a origem do tumor era da via biliar ou se era da vesícula biliar. Apresentava icterícia 4+/4+, prurido intenso e nos exames laboratoriais apresentava bilirrubina total de 23,4 g/ dl, sendo 19,1 mg/dl, além de hipoalbuminemia (1.8mg/dl). Decidiuse então por abordar cirurgicamente o paciente e como achados intraoperatórios, o paciente apresentava um tumor de vesícula biliar, com invasão de todo hilo hepático. Diante da situação, foise decidido por fazer uma derivação biliodigestiva pela técnica de Hepp-Couinaud, sendo então usado para a anastomose o fio PDS 4.0. O paciente teve uma boa evolução pós-operatória, evoluindo apenas com infecção de ferida cirúrgica, sendo resolvida com uso de antibióticos. por conta do estágio avançado do câncer de vesícula, o paciente foi encaminhado para o centro de cuidados paliativos. Conclusão: Neoplasias malignas avançadas que envolvem a via biliar necessitam de individualização dos casos para que se possa decidir se o paciente será submetido a procedimento cirúrgico ou não cirúrgico, dando o máximo conforto para o paciente. TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCÓPICO DE CISTO HEPÁTICO GIGANTE Temário: Cirurgia / Fígado Resumo Autores: Gilton Marques Fonseca / FMUSP; Raphael Leonardo Cunha de Araújo / FMUSP; Vagner Birk Jeismann / FMUSP; Fabrício Ferreira Coelho / FMUSP; Aline Marcilio Alves / FMUSP; Jaime Arthur Pirola Kruger / FMUSP; Fabio Ferrari Makdissi / FMUSP; Paulo Herman / FMUSP. Introdução: Há décadas, admite-se que a sobrevida dos pacientes Resumo com neoplasias malignas da via biliar principal, submetidos apenas a tratamento paliativo, geralmente é prolongada. A mortalidade na maioria dos casos é decorrente de infecção biliar, sepse e insuficiência hepática. As dificuldades de abordagem cirúrgica do Introdução: Os cistos simples hepáticos são achados frequentes em exames de imagem. A grande maioria dos pacientes são assintomáticos. A cirurgia encontra-se indicada quan- GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 do há duvida quanto a natureza da lesão cística ou nos raros casos de cistos simples sintomáticos. Objetivo: Relatar o caso de paciente portador de volumoso cisto hepático simples submetido ao “destelhamento“ videolaparoscópico da lesão. Método: O procedimento foi realizado através de 4 portais após punção inicial para esvaziar o cisto parcialmente. A liberação de aderências, bem como a ressecção da porção livre do cisto foi realizada com o bisturi harmônico. Conclusão: Os cistos hepáticos simples raramente apresentam indicação cirúrgica. O procedimento de escolha para os casos sintomáticos, mesmo que bastante volumosos, é o “destelhamento”do cisto através cularização segmentar, sem necessidade de transfusão, teve boa evolução, com alta no sexto dia pós-operatório. A imunohistoquímica demonstrou marcadores para tumor carcinóide. Não houve tratamento adjuvante. Continua em seguimento há 10 anos, com ausência de recidiva. O diagnóstico do tumor carcinóide primário é baseado principalmente na histopatologia com a confirmação de origem neuroendócrina e a exclusão de tumor hepático secundário. são necessários exames de imagem no pré-operatório para avaliação e estadiamento, porém, o mais importante é a cirurgia e o seguimento rigoroso. A ressecção cirúrgica é recomendada, sempre que possível. da videolaparoscopia. TUMOR CARCINOIDE GIGANTE PRIMÁRIO DO FÍGADO: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Carlos Augusto de Oliveira Cavalcanti / UNCISAL/ Hospital Unimed Maceió; Thayse da Rocha Ferro Cavalcanti / Hospital Unimed Maceió; Paula Cabral de Mendonça Cavalcanti / Universidade Anhembi Morumbi; Maria Claudia Freire Bezerra / UNCISAL; Geyse Maria Lima da Piedade / UNCISAL; Lívia Lays Januário Nascimento / UNCISAL; Narelle Maria Cavalcanti Couto / UNCISAL; Reginaldo Melo Filho / UNCISAL. Resumo O tumor carcinóide hepático (TCHP) foi descrito inicialmente no século XX podendo ser único ou de múltiplos nódulos, que o torna de difícil diferenciação em relação às metástases. O tumor carcinóide primário do fígado é pouco frequente e com crescimento gigante torna-se extremamente raro, com poucos casos descritos na literatura. Justifica-se, assim, a importância do presente relato de caso. Paciente de 78 anos, sexo feminino, apresentou-se ao serviço de gastroenterologia com queixa de desconforto epigástrico e perda ponderal há cinco meses. Ao exame físico, apresentava abaulamento na região do epigástrio e mesogástrio de consistência endurecida, semimóvel e dolorida. A tomografia computadorizada com contraste demonstrou grande tumoração medindo 22cm x 14cm no segmento III do fígado, com realce moderado e irregular na fase arterial e crescimento exofídico atingindo o hipogástrio. Considerando-se um tumor T2N0M0, bom estado geral da paciente, foi indicada hepatectomia regrada. Realizada a hepatectomia com desvas- TUMOR DE KLATSKIN – RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Victor Soares Peixoto / HOL; Joyce Carmen Abreu Da Silva / UFPA; Raíssa Pereira de Tommaso / HOL; Alysson Rodrigues / HOL; Alessandro França de Souza / HOL; Patrícia Isabel Bahia Mendes Freire / HOL; Marcelo Bandeira Coelho Dias / HOL; Hamilton Cezar Rocha Garcia / HOL. Resumo Introdução: Colangiocarcinomas são formas incomuns de neoplasia gastrointestinal, cuja incidência varia de 0,01% a 0,8%. Os tumores de Klatskin são colangiocarcinomas hilares originados na bifurcação do ducto hepático principal.Objetivos: Relatar um caso de tumor de Klatskin submetido à hepatectomia direita e ressecção de via biliar extra hepática. Casuística: 1 paciente (relato de caso). Método: Relato de caso baseado em dados de prontuário, entrevista e acompanhamento do quadro clínico da paciente. Resultados: Mulher de 56 anos procurou assistência médica com quadro ictérico intenso e colangiorressonância magnética confirmou o diagnóstico de tumor de Klatskin. Foi submetida à laparotomia exploradora verificou-se massa tumoral acometendo o ducto hepático comum, ducto hepático direito e um segmento do ducto hepático esquerdo. Foi realizado Hepatectomia direita e ressecção da via biliar extra hepatica e anastomose biliodigestiva intra-hepática. Apesar do tratamento instituido, a paciente evoluiu a óbito em decorrência de complicações infecciosas pós cirurgia. Conclusão: O tumor de Klatskin é uma entidade rara e de tratamento difícil com alta morbimortalidade, tornando importante o seu reconhecimento para o adequado manejo desses pacientes. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 133 A nais DOENÇA POLICÍSTICA HEPÁTICA TRATAMENTO LAPAROSCÓPICO Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Fábio Kenedy Almeida Trigueiro / Hcg - Hospital Campina Grande. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo RESSECÇÃO DE ADENOMA HEPÁTICO POR VIDEOLAPAROSCOPIA COM USO DE HABIB Temário: Cirurgia / Fígado Resumo Autores: Everton Neubauer Faria / UFSM; Glauco da Costa Alvarez / UFSM; Mateus Diesel Miranda / UFSM. Introdução: A doença policística hepatorrenal é autossômica Resumo dominante, a frequência precisa dos cistos hepáticos não é 134 conhecida, porque a maioria não apresenta sintomas, estima-se Paciente sexo feminino, 35 anos, com achado incidental de em cerda de 5% da população e caracteriza-se pela presença adenoma hepático com 17cm no segmento 4b e nódulo de de múltiplos cistos dispersos difusamente no parênquima 3cm no segmento 5. Após interromper anticoncepcionais hepático e renal, geralmente assintomáticos, quando ocorre é orais, houve remissão da lesão após 1 ano para 7 cm. mais frequente entre a 4ª. e 6ª. décadas. O quadro clínico é O acompanhamento por mais 1 ano não mostrou nova com dor no quadrante superior direito e andar superior com remissão da lesão, com ela permanecendo em 7cm, com hepatomegalia, aumento de volume do abdômen e dispnéia. indicação cirúrgica. Este vídeo tem finalidade em demonstrar Os exames mais importantes para o diagnóstico são a detalhes técnicos e anatômicos da ressecção hepática ultrassonografia, CT abdominal e Ressonância Magnética; as videolaparoscópica utilizando o dispositivo de ressecção por provas de função hepática podem estar normais. O tratamento radiofrequência Habib 4x. através de punção aspirativa guiada pode ser feito nos cistos simples, ocorrendo muita recidiva. A cirurgia tanto pode ser convencional como laparoscópica sendo indicada para melhorar a dor, a hepatomegalia e a dispnéia. As técnicas utilizadas são a excisão do cisto parcial ou total, o destelhamento hepático(unroofing), segmentectomias, lobectomias ou até o transplante hepático. Objetivos: Relatar o tratamento cirúrgico por vídeolaparoscopia através da técnica do destelhamento hepático. Relatamos por vídeo o caso de uma paciente de 36 anos de idade, sexo feminino que queixava-se de dor abdominal RESSECÇÃO VIDEOLAPAROSCÓPICA DO HEMANGIOMA CAVERNOSO GIGANTE Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Everton Neubauer Faria / UFSM; Mateus Diesel Miranda / UFSM; Glauco da Costa Alvarez / UFSM. Resumo no QSD, aumento de volume abdominal, cansaço. Ao exame Paciente do sexo feminino, 38 anos, apresentou dor epigástrica, físico notava-se o fígado com 10 cm abaixo do rebordo costal plenitude pós prandial e sintomas compressivos gástricos. Na direito, logo acima da cicatriz umbilical, superfície lobulada. investigação foi evidenciado hemangioma hepático cavernoso Submetida à US abdominal e CT abdominal constatamos gigante com 18 cm localizado no segmento 3. Este vídeo tem múltiplos cistos em todo o parênquima hepático e renal. Na como objetivo demonstrar detalhes técnicos e anatômicos da Endoscopia Digestiva Alta notava-se compressão extrínseca na ressecção hepática videolaparoscópica utilizando o dispositivo de parede gástrica anterior, as provas de função hepática estavam ressecção hepática por radiofrequência Habib 4x. normais. Foi indicado a cirurgia por vídeo-laparoscopia, sendo confirmado o diagnóstico, realizamos o procedimento destelhamento hepático que se fundamenta na remoção da parede do cisto, fenestração e aspiração. Conclusão: O destelhamento hepático por vídeo-laparoscopia proporciona alivio dos sintomas com diminuição do volume hepático e menor trauma cirúrgico, menor morbidade e mortalidade, além de menor tempo de permanência hospitalar. TRATAMENTO DE CHC PERIFÉRICOS COM RADIOABLAÇÃO VÍDEO ASSISTIDA Temário: Cirurgia / Fígado Autores: Mateus Diesel Miranda / UFSM; Glauco da Costa Alvarez / UFSM; Everton Neubauer Faria / UFSM; Pedro Augusto Manica / UFSM. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Resumo Resumo Este vídeo tem como objetivo demonstrar o tratamento de Introdução: A tuberculose ainda é uma doença prevalente no Brasil, casos de tuberculose intestinal complicada tem índice de mortalidade elevada. Objetivo: Relatar e debater sobre um caso de tuberculose intestinal complicada. Casuística: Emergência Relato do Caso: A.M. 27, masculino, brasileiro, branco. QP: Falta de ar HDA: Paciente deu entrada na emergência do hospital com quadro de falta de ar e dor abdominal. Refere quadro prévio de tuberculose pulmonar, frequentes ida a emergência por dor abdominal. Referindo também diarreia e febre vespertina. HPP: Tuberculose pulmonar. HFA: Ndn Ao exame: Acordado, orientado, anictérico, estável hemodinamicamente. AR e AC: s/alt. Abdome: distendido, doloroso a palpação difusamente, RHA presente MMII: s/alt. Exames laboratoriais: Hb: 10,7;Ht: 31%; Leucócitos:22000;Metamielócitos: 1% Bastões: 15%, demais sem alterações. Optou-se por laparotomia exploradora devido quadro de abdome agudo. Cirurgia: Realizada incisão mediana supraumbilical, visualizado todo intestino delgado tomado por lesões e duas áreas de perfuração, apêndice encontravase inflamado, diversos linfonodos edemaciados. Realizado rafia das lesões em delgado, apendicectomia e biópsia linfonodal. No póscirúrgico paciente foi encaminhado para a UTI, evoluiu com piora do quadro clínico, instabilidade hemodinamicamente e foi a óbito no 1 P.O. Conclusão: A tuberculose é uma doença prevalente no país e por isso devemos estar preparado para lidar com as suas formas mais graves. O quadro de tuberculose intestinal complicada é muito grave e dificílimo manejo. carcinoma hepatocelulares periféricos por radioablação com a assistência de videolaparoscopia para o melhor manejo cirúrgico. SÍNDROME DE BOUVERET: DESCRIÇÃO DE UMA APRESENTAÇÃO ATÍPICA E REVISÃO DE LITERATURA Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Yuri Longatto Boteon / UNICAMP; Gustavo Lima do Valle Astur / UNICAMP; Amanda Pinter Carvalheiro da Silva / UNICAMP; Ricardo Roseto Machado / UNICAMP; Murillo Pimentel Utrini / UNICAMP; Everton Cazzo / UNICAMP; Martinho Antonio Gestic / UNICAMP; Elinton Adami Chaim / UNICAMP. Resumo Introdução: O duodeno biliar (Sindrome de Bouveret) tratase de uma rara complicação da colecistolitiase com formação de uma fistula biliodigestiva e impactação de um calculo biliar no duodeno. Caso clínico: Apresentamos um paciente feminina de 57 anos admitida na unidade de emergência com êmese de cálculos biliares sendo diagnosticada pela tomografia computadorizada fistula colecistoduodenal e cálculo obstrutivo na terceira porção do duodeno sendo submetida a tratamento cirúrgico com enterotomia e extração do cálculo. Conclusão: Descrevemos uma apresentação atípica da Síndrome de Bouveret, tratamento adotado em nosso serviço e trazemos a discussão as diferentes condutas adotadas na literatura evidenciando a simples enterotomia como mais segura e sem relatos evidentes de aumento da taxa de doença biliar recorrente. TUBERCULOSE INTESTINAL COMPLICADA - RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA. VOLVO ESPONTÂNEO DE JEJUNO CAUSANDO OBSTRUÇÃO INTESTINAL ALTA E ISQUEMIA MESENTÉRICA – RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Clementino Zeni Neto / UFPR; João Otávio Varaschin Zeni / Faculdade Evangélica do Paraná; Eduardo Lopes Martins / UFPR; Carina Carvalho de Pádua / PUCPR; Maija Fabiana Ramos / UFC; Luciana Clivatti / PUCPR; Edimar Leandro Toderke / UFPR. Resumo Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Claudio Luiz Lourenço de Souza Junior / UNOESC; Roberto Zilio / UNOESC; Rafael Rodrigues Rothbarth / UNOESC; Flavia Silva Souza / Universidade Estacio de SáRJ; Vicente Sposito / UNOESC; Felipe Wurzel / UNOESC; Rita de Cassia Palma Lima / UNOESC. Introdução: O volvo jejuno ileal caracteriza-se por uma torção do intestino delgado sobre o próprio eixo podendo ocasionar obstrução intestinal, gradual isquemia e eventual necrose. Objetivo: Discutir importância do diagnóstico diferencial de um Volvo de intestino GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 135 A nais delgado em adultos. Delineamento: Estudo de caso. Relato de caso: KC, 32 anos, deu entrada no serviço de emergência do Hospital e Maternidade são José apresentando dor abdominal em hipocôndrio direito, vômitos, inapetência, ausência de febre ou alteração do hábito intestinal. Início da dor há aproximadamente 6 horas antes do internamento. Foi realizada uma tomografia computadorizada de abdômen que evidenciou alterações sugestivas de volvo ou hérnia interna de intestino delgado. Foi optado por tratamento cirúrgico devido a piora da dor abdominal. Naquele momento a paciente apresentava dor abdominal intensa, porém 136 da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Santos / Hospital Ophir Loyola; Luiz Otávio Lopes Macedo / Hospital Ophir Loyola; Victor Soares Peixoto / Hospital Ophir Loyola; Luiz Carlos Da Silva Duarte Júnior / Hospital Ophir Loyola. Resumo Introdução: A intussuscepção representa a invaginação de um segmento intestinal sobre outro que, apesar de relativamente comum entre as crianças, raramente acomete os adultos. Constitui importante causa de obstrução intestinal em sem evidência de peritonite. Durante o procedimento cirúrgico foi crianças. Apenas 5% de todas as intussuscepções ocorrem evidenciado volvo de jejuno e isquemia segmentar sem sinais de nos adultos, o que corresponde a 1% de todas as obstruções necrose, tendo sido realizado a distorção do volvo sem necessidade intestinais. A ocorrência dessa entidade em adultos, ao con- de ressecção intestinal. Discussão: O volvo jejunal isolado trário das crianças, está fortemente relacionada a uma doença caracteriza-se como uma anomalia incomum em adultos. Diante de subjacente. A causa usualmente é uma lesão polipóide pe- uma torção de alça em torno do próprio eixo, o volvo está estabelecido diculada, em geral um lipoma. Pode também decorrer de tu- e a apresentação clínica do paciente pode envolver sintomas mores malignos, aderências, linfoma, metástases, divertículo crônicos, ou mal interpretados de difícil diagnóstico, quando não de Meckel, entre outras. Cerca de 10% a 20% dos casos são houver comprometimento circulatório do mesentério. Neste último idiopáticos. Objetivo: Apresentar um caso de intussuscep- caso caracteriza-se um quadro de isquemia mesentérica aguda. ção intestinal idiopática em idoso, evidenciando dados epi- Na fase aguda, o exame de imagem que deve ser utilizado para o demiológicos, clínicos e terapêuticos da doença. Casuística: diagnóstico precoce é a tomografia computadorizada, que orienta Estudo de 1 caso de obstrução intestinal em idoso. Método: anatomicamente, possibilita uma avaliação pré-operatória e mostra Foi realizado um estudo do tipo relato de caso, com dados sinais de torção mesentérica. Uma vez do diagnóstico estabelecido, obtidos através de revisão de prontuários e entrevista direta a opção cirúrgica é mandatória e deve ser feita o quanto antes com o paciente. Foram utilizados resultados de exames labo- para evitar maiores graus de isquemia e necrose, além de diminuir ratoriais e de imagem. Resultados: Paciente do sexo femini- as chances de morbidade e mortalidade. A técnica cirúrgica mais no, 70 anos de idade, com quadro de dor abdominal há uma adequada para o tratamento do volvo pode simplesmente ser uma semana com surgimento em 48 horas de distensão abdomi- distorção com avaliação da viabilidade das alças isquêmicas ou, na nal e parada de eliminação de fezes e flatos. Ao exame físico existência de segmento com necrose a ressecção deve ser realizada, apresentava distensão abdominal e dor à palpação profunda ou ainda, se não houver necrose, distorção do volvo e técnicas em mesogastro. TC do abdome distensão difusa de alças do de fixação do mesentério. Conclusão: O diagnóstico precoce intestino delgado. Submetida à laparotomia exploradora que diferencial e o tratamento adequado de imediato, são ferramentas confirmou a presença da intussuscepção ileal há 40 cm da vál- essências para evitar lesões intestinais extensas e tratar um volvo de vula ileocecal, sem sinais de sofrimento vascular. Realizou-se intestino delgado. enterectomia segmentar e reconstrução imediata do trânsito intestinal por meio de anastomose término-terminal. Aberta a ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO POR INTUSSUSCEPÇÃO IDIOPÁTICA EM IDOSO - RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophir Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; Fabio Costa Negrão / Hospital Ophir Loyola; Denise Cristina Dos peça no transoperatório, onde não foi encontrada qualquer lesão. Conclusão: A intussuscepção em adultos é uma possível causa, apesar de rara, de abdome agudo obstrutivo, estando na maioria da vezes associada a uma lesão subjacente no intestino. Assim, pode-se observar a raridade do caso, onde além de ocorrer em uma faixa etária incomum, também não foi encontrado qualquer patologia de base mecânica que favorecesse o seu surgimento. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 ABSCESSO HEPÁTICO COMO MANIFESTAÇÃO DE DIVERTÍCULO DE MECKEL: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Victor Cardoso Rocha / HUB; Andrea Pedrosa Ribeiro Alves / HUB (Hospital Universitario de Brasilia); Mateus Medeiros dos Santos / HUB; Luciano Delgado Olival / HUB; Julio Marinho Neto / HUB; Tatiany Lopes Lessa / HUB; Thales Maia Teixeira / HUB; Pedro Rafael Neto / HIUB. Resumo Divertículo de Meckel é a mais comum anomalia congênita do trato gastrointestinal. Há várias complicações relatadas como sangramento, diverticulite, perfuração, obstrução intestinal, fístulas e tumores. Existem poucos relatos da associação entre divertículo de Meckel e abscesso hepático. Apresenta-se um relato de caso no Brasil de abscesso hepático como complicação de diverticulite aguda em divertículo de Meckel. Homem de 34 anos, sem antecedentes mórbidos de relevância, foi admitido no serviço de Cirurgia Geral do Hospital Universitário de Brasília com quadro de febre recorrente há 6 meses. Sendo que nos últimos 02 meses tornou-se diária, associada a dor em hipocôndrio direito com irradiação para d orso, único. Apresentou boa evolução, com melhora clínica e radiológica, recebendo alta no 4º dia de pós-operatório. Divertículo de Meckel só se torna sintomático devido a complicações em menos de 3% dos casos. Demonstrando assim o quão raro é a complicação de abscesso hepático piogênico por diverticulite de Meckel perfurado como no caso relatado. APENDICITE AGUDA POR ENTEROBIUS VERMICULARIS RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Walmar Kerche de Oliveira / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Maria Aparecida Coelho de Arruda Henry / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Mauro Masson Lerco / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Luis Antonio Craveiro / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Luiz Henrique Cury Saad / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Fernando Pimazoni / Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Marcela Maria Silvino Craveiro / Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP. Resumo sem relação com ingesta alimentar ou sinais e sintomas colestáticos. Ao exame físico apresentava-se hipocorado, anictérico, taquicárdico, Introdução: A apendicite aguda é a patologia cirúrgica mais taquipneico, com abdome doloroso a palpação em hipocôndrio frequente nos serviços de urgência e emergência enquanto as direito, sem tumorações ou sinais de peritonite. Exames laboratoriais enteroparasitoses seguem geralmente um curso benigno com – Leucocitose: 14.700, sem desvio a esquerda; VHS: 94; Fosfatase tratamento clínico. A apendicite aguda ocorre geralmente por Alcalina: 250; TGO: 22; TGP: 55; Sorologias para HIV, Hepatites obstrução da luz do apêndice por fezes e às vezes por corpo A, B e C: Não reagentes. Realizado TC de abdome com contraste estranho ou tumores. Em alguns casos uma enteroparasitose pode revelando duas imagens sugestivas de abscesso hepático, uma ser a causa da apendicite aguda e consequente abdome agudo de 10x7cm em segmento VII e outra de 2,5x1,5cm em segmento inflamatório. Objetivo: O objetivo deste trabalho é relatar um caso IV, procedendo-se com drenagem guiada por TC da coleção maior, de abdome agudo inflamatório por apendicite aguda, provocada por com características piogênicas. Após o procedimento, apresentou presença de enterobius vermiculares na luz do apêndice. Relato do desconforto respiratório sendo constatado derrame pleural à direita, caso: Paciente adulto, 26 anos, sexo feminino, procurou o serviço realizando-se toracostomia. Apesar da antibioticoterapia e da de pronto socorro com queixa de dor abdominal há dois dias com redução dos abscessos hepáticos e do derrame pleural constatado piora importante há um dia. Após avaliação clínica e exame de por exames radiológicos de controle, permanecia com febre diária e ultrassonografia, chegou-se a hipótese diagnóstica de abdome agudo dor local. No 19º dia de internação hospitalar apresentou quadro de inflamatório por apendicite aguda. A paciente foi submetida à cirurgia distensão abdominal, descompressão brusca dolorosa em fossa ilíaca laparoscópica onde foi confirmado o diagnóstico de apendicite direita, náuseas e vômitos. Submeteu-se a laparotomia exploradora aguda. Durante a realização da apendicectomia, ao seccionar a base com achados no intraoperatório de três coleções purulentas em do apêndice observamos a presença parasitas na luz do apêndice. abdome inferior com bloqueio local em fossa ilíaca direita e presença O mesmo foi removido conforme padronização técnica do serviço e de divertículo de Meckel perfurado a cerca de 70cm da válvula encaminhado para exame de anátomo patológico. A paciente evolui ileocecal. Optou-se por diverticulectomia com fechamento em plano muito bem, recebendo alta hospitalar no dia seguinte à cirurgia. O GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 137 A nais exame de anatomopatológico confirmou apendicite aguda ulcerosa com presença de enterobius vermiculares na luz. Conclusão: Conclui-se que a apendicite aguda pode ter diversas causas inclusive a parasitose intestinal, porém o tratamento cirúrgico independente da causa, ainda é o considerado a conduta ideal, podendo ser realizado por videolaparoscopia, com excelente evolução para os pacientes, se realizado precocemente e por equipe habilitada. APENDICITE RETROPERITONEAL E SUAS COMPLICAÇÕES Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Daniel Ribeiro Rios / HRSS; Silas Evaldo Monteiro / HRSS; Ana Paula Lacerda / SSBS; Paulo de Tarso Vaz Oliveira / HRSS; Ricardo Gomes Viegas / HRSS. XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo ASSOCIAÇÃO ENTRE DOENÇA DE CROHN E ANGIODISPLASIA: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Sheilane Rodrigues da Silva / Hospital de Base do Distrito Federal; Mariana Dias Zanchetta / Hospital de Base do Distrito Federal; Beatriz de Souza Barros / Hospital de Base do Distrito Federal; Dalton Domingues Cordeiro / Hospital de Base do Distrito Federal; Waldete Cabral Moraes / Hospital de Base do Distrito Federal; Henrique Godoi Ramos / Hospital de Base do Distrito Federal; Rogério do Carmo Moreira / Hospital de Base do Distrito Federal; Vinicius Teixeira Macedo / Hospital de Base do Distrito Federal. Resumo Paciente com 63 anos, sexo masculino, acompanhado pelo serviço Resumo 138 da de Gastroenterologia do Hospital de Base do Distrito Federal Introdução: Apêndice cecal é uma estrutura vermiforme anexada ao ceco intestinal, possui fundo cego e o seu corpo pode localizar-se em diferentes regiões anatômicas, justificando as distintas manifestações clínicas. A localização mais comum é retrocecal, com sintomatologia típica. Apenas 4% são retroperitoneais e o quadro de dor lombar ou em flanco e/ou relato de alterações urinárias são as queixas mais descritas. A apendicite acomete cerca 8% da população, é comum em homens jovens e a principal causa de abdome agudo não traumático. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo retratar as complicações da apendicite retroperitoneal, além de ressaltar a dificuldade e a importância de se realizar um diagnóstico prévio rápido e preciso. Causuística: Trata-se de um relato de caso, paciente JMC, 20 anos, sexo masculino inicialmente com quadro de dor em região epigástrica e flanco direito, apresentou piora progressiva, comprometimento do estado geral, (HBDF), relatava dor e distensão abdominal, empachamento pós prandial há 4 meses da admissão, associado a hiporexia, astenia, diarreia intermitente e perda ponderal de 22kg neste período.Exetilista há 5 anos , tabagista há 50 anos. Sorologias e marcadores tumorais negativos, teste tuberculínico(PPD) não reator. Tomografia de Abdome (TC) com contraste evidenciando distensão segmentar de jejuno que terminava de forma abrupta na transição jejunoileal. Encaminhado ao serviço de Cirurgia Geral do HBDF e submetido à laparotomia exploradora com achado de área de estreitamento e espessamento da parede em transição jejunoileal, presença de linfonodomegalia em meso. Realizadaenterectomia segmentar com anastomose látero-lateral. Anatomopatológico com caraterísticas macro e microscópicas de Doença Crohn associada à Angiodisplasia em intestino delgado. Tal associação é rara e pouco relatada na literatura atual. realizado cinco intervenções cirúrgicas e surgimento de complicações como abcesso em raiz da coxa direita, alastramento da infecção, faceíte, acometimento de bolsa escrotal, pseudo aneurisma em artéria ilíaca interna esquerda. Método: Foi realizado acompanhamento do paciente durante o período de internação, após autorização do mesmo para estudo do caso. Resultados: Foi evidenciado dificuldade e atraso no diagnóstico inicial, e má evolução ao tratamento oferecido, com aparecimento de complicações graves. Conclusão: O diagnóstico tardio dificulta e retarda a abordagem clínica e cirúrgica. Exames especializados como a Tomografia Computadorizada auxiliam em um diagnóstico preciso e tratamento imediato. AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E EPIDEMIOLÓGICAS DE 1.120 PACIENTES COM APENDICITE AGUDA TRATADOS EM HOSPITAL PÚBLICO DE REFERÊNCIA Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Clara Caroline Ribeiro Figueiredo / Facid; Welligton Ribeiro Figueiredo / Facid; Carlos Renato Sales Bezerra / Facid; Rafael Felipe Martins de Oliveira Viana / Facid; Alexandra porto Torres / Facid; Wilton Matos Da Paz Filho / Facid; Mayara Magry de Andrade Silva / Facid; Alisson Duarte Martins / Facid. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Resumo do tumor em questão. Resultados: Tumores de mesentério são Introdução: A apendicite aguda é a principal causa de abdome agudo cirúrgico na criança, no adolescente e no adulto. É uma doença cujo tratamento é cirúrgico e imediato e possui evolução satisfatória desde que prontamente diagnosticada e tratada. Objetivo: Caracterizar o perfil do paciente submetido ao tratamento cirúrgico da apendicite aguda em um hospital público de referência no estado do Piauí, bem como determinar a potencialmente letais e podem acontecer em proximidade de regiões nobres como a artérias de alto fluxo, algo que torna seu manejo importante a ser estudado. Conclusão: A opção cirúrgica aberta teve êxito em remover e tratar o tumor mesenterial. Descritores: Tumor. Mesentério. Cirurgia. Aparelho Digestivo. Abstract: Gastrointestinal tumor have a special interest on studying for its each time earlier detection and better treatment. They can affect different areas on the gastrointestinal tract and in some extremely. mortalidade e tempo de interna ção desses pacientes. Método: Foi realizado um estudo retrospectivo no Hospital de Urgências de Teresina, onde os dados foram coletados através de revisão de 1120 prontuários de todos os pacientes submetidos à apendicectomia, no período de 01 janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2011. Foram analisadas as seguintes variáveis: idade, gênero, procedência, taxa de mortalidade, de reoperações e tempo de internação. Os dados foram coletados e inseridos em um protocolo de pesquisa e submetidos a posterior análise estatística. Resultados: Observou-se que a maioria dos pacientes eram do sexo masculino (64%), adultos jovens (50%), provenientes do interior do Piauí (55%), com tempo de internação médio de 3,4 dias, taxa de mortalidade pós-cirurgia de 0,44% (5 óbitos), 1,16% (13 casos) de reoperações. Conclusão: A apendicite aguda é uma doença mais prevalente em homens adultos, a apendicectomia possui um curto período de internação, baixa taxa de mortalidade e baixo índice de DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRÁFICO EM APENDICITE NA RESIDÊNCIA MÉDICA DE CIRURGIA GERAL NO VALE DO JEQUITINHONHA – SÉRIE DE CASOS Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Gustavo Fernandes Vilarinho / Hospital Deraldo Guimaraes; Lucianno Viana Ribeiro / Hospital Deraldo Guimaraes; Guilherme Chaves de Abreu / Hospital Deraldo Guimaraes; Pedro Araújo Bussad / Hospital Deraldo Guimaraes; Flávio Monteiro Lopes / Hospital Deraldo Guimaraes; Rafael Kalil Mangabeira / Hospital Deraldo Guimaraes; Jorge do Prado Correia Neto / Hospital Deraldo Guimaraes; Rodolfo de Assis / Hospital Deraldo Guimaraes. Resumo reoperações, quando comparado a outras cirurgias de urgência. CISTOS DE MESENTÉRIO Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Luiz Locks Junior / Imperial Hospital de Caridade; Lucas Benedetti / Unisul; João Carlos Ribas / Imperial Hospital de Caridade. Resumo Tumores do trato gastrointestinal tem interesse especial de estudo para sua detecção cada vez mais precoce e tratamento mais eficaz. Podem acometer variadas áreas do trato gastrointestinal e em alguns casos extremamente raros, existem afecções tumorais do mesentério. Objetivo: Relatar um caso de tumor mesenterial desde sua investigação precoce até seu tratamento objetivo com ideia de guiar futuras prodepêuticas. Métodos: Trata-se de um relato de caso. Foram reunidos dados de prontuários, exames radiológicos e anatomopatológicos para definir a resolução e surgimento Introdução: A apendicite é uma das maiores indicações de cirurgia abdominal e uma das causas mais comuns das cirurgias de urgência em todo o mundo, perdendo apenas para os traumatismos. A suspeita de apendicite aguda é um dos dilemas mais comuns de diagnóstico encontrados na prática clínica. Além disso, os sinais e sintomas clínicos que são, dor em quadrante inferior direito, náuseas, vômitos e inapetência, e também os inespecíficos, como dor epigástrica e periumbilical, flatulência, diarreia ou constipação e mal-estar geral, podem se sobrepor a outras condições como a gastroenterite viral, intussuscepção e adenite mesentérica. serie de casos: Estudo de 31 casos com suspeita de apendicite, em pacientes do Vale do Jequitinhonha, durante o período de 6 meses (01 de Fevereiro a 31 de Julho de 2014, na faixa etária compreendida entre 08 e 75 anos, sendo 28 pessoas do sexo masculino e 3 do sexo feminino). Em todos os casos foram realizados exames ultrassonográficos no quadrante inferior direito na admissão hospitalar pelo mesmo profissional. Encontramos GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 139 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo na sua maioria tais achados: apêndice não compressível Cirurgia: Realizada incisão de Davis, com posterior apendicectomia. com diâmetro transverso maior/igual a 6 mm; paredes com porém apêndice encontrava-se de aspecto normal. Desta forma espessura maior que 3 mm, ausência da camada ecogênica realizou-se revisão dos anexos uterinos que estavam sem central (submucosa), ausência de gás no interior do apêndice, alterações e revisão de íleo terminal, há aproximadamente 15 sendo este preenchido por líquido, presença de fecalito cm da válvula ileocecal, visualizado divertículo de Meckel que (apendicolito) visível como uma imagem ecogênica com encontrava-se edemaciado, hiperemiado e com áreas de fibrina. sombra acústica posterior. Sinais que somados a clínica do Realizado diverticulectomia e posterior fechamento por planos. paciente e leucograma apresentando leucocitose, nos remetem Conclusão: Casos em que a clínica é compatível com apendicite a uma forte suspeita de apendicite. Conclusão: Os pacientes e que, no momento da apendicectomia, o mesmo na visualização foram submetidos à laparotomia, fechando o diagnóstico macroscópica encontra-se de aspecto normal. É mandatória uma de apendicite em todos os casos. O diagnóstico precoce revisão em anexos uterinos e no íleo terminal. possibilita a intervenção antes que surjam complicações, como peritonite generalizada e sepse, levando a colocação de dreno da cavidade abdominal e aumentando o número de dias de internação hospitalar, na tentativa de aumentar a acurácia diagnóstica e diminuir o número de complicações. 140 DIVERTICULITE DE MECKEL MIMETIZANDO QUADRO DE APENDICITE - RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Claudio Luiz Lourenço de Souza Junior / UNOESC; Rafael Rodrigues Rothbarth / UNOESC; Roberto Zilio / UNOESC; Vicente Sposito / UNOESC; Felipe Wurzel / UNOESC; Rita de Cassia Palma Lima / UNOESC; Flavia Silva de Souza / Universidade Estacio de Sá –RJ. DIVERTÍCULO DE MECKEL COMO CAUSA DE OBSTRUÇÃO INTESTINAL EM ADULTO Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Natália Matos Muricy / Unifacs; Vanessa Barreto Matos Maia / Unifacs; Rafael Viana Leite / Unifacs; Raianne Silva Lima / Unifacs; Ylanna Fortes Fonseca / Unifacs; Renata Fernandes Cunha / Unifacs; Marcos de Almeida Correia Lima / Unifacs; Márcio Rivison Silva Cruz / Unifacs. Resumo Introdução: O divertículo de Meckel é a malformação congênita mais comum do trato gastrointestinal, acometendo 2% da população em geral com predominância no sexo masculino. Consiste em um divertículo verdadeiro e, portanto, Resumo apresenta todas as camadas da parede intestinal. Originase devido a uma obliteração incompleta do ducto vitelínico Introdução: A diverticulite de Meckel é um quadro menos e é localizado na borda antimesentérica geralmente no íleo prevalente do que uma apendicite, por isso dificilmente é a terminal. A grande maioria dos pacientes com divertículo primeira hipótese aventada numa situação de abdome agudo. de Meckel é assintomática, contudo o surgimento de uma Objetivo: Relatar e debater sobre um caso de Diverticulite de sintomatologia como hemorragia digestiva, mais comum em Meckel. Casuística: Emergência Relato do Caso: F.M. 24, crianças e abdome agudo obstrutivo e inflamatório, em adultos, feminino, brasileira, branca, casada. QP: Dor abdmominal HDA: sugere complicações. Dentre as sintomatologias a de obstrução Paciente deu entrada na emergência do hospital com quadro de intestinal representa a segunda mais comum. No entanto, a dor abdominal em FID. Refere início do quadro no dia anterior, maioria das complicações ocorre na infância, diminuindo sua sem relação com alimentação, sem piora, nega febre, náuseas e incidência com o aumento da idade. Objetivo: Relatar um caso vômitos. HPP: Ndn. HFA: Ndn Ao exame: Acordada, orientada, de obstrução intestinal secundária ao divertículo de Meckel anictérica, estável hemodinamicamente. AR e AC: s/alt. Abdome: invaginado para a luz. Relato do caso: Paciente, MGP, plano, depressível, doloroso a palpação em FID, RHA presente, sexo feminino, 57 anos, diabética e hipertensa, foi admitida sinal de Blumberg + MMII: s/alt. Exames laboratoriais: Hb: 14;Ht: com queixas de dor abdominal há cerca de 3 dias. Referiu 35%; Leucócitos:16000 Bastões: 3%, demais sem alterações. ter cursado com 3 episódios de vômito nas últimas 8 horas GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 e última evacuação há 6 dias. Ao exame físico, apresentou-se corada, eupnéica, afebril, com abdome globoso, distendido, hipertimpânico e doloroso difusamente a palpação profunda. A radiografia simples de abdome revelou distensão gasosa de alças intestinais e a tomografia computadorizada também mostrou a distensão com níveis hidroaéreos principalmente em delgado. A paciente foi encaminhada ao centro cirúrgico após suporte clínico inicial, tendo sido identificado, à laparotomia exploradora, um divertículo de Meckel invaginado, obstruindo a luz intestinal a cerca de 60 cm da válvula íleo-cecal. Foi realizada enterectomia e enteroanastomose termino-terminal em dois planos com evolução satisfatória. Método: O caso foi obtido através da revisão do prontuário, registro fotográfico dos métodos diagnósticos utilizados, da peça cirúrgica retirada e da revisão da literatura. Conclusão: Quando presentes, os sintomas secundários ao divertículo de Meckel estão condicionados a complicações, sendo normalmente confundidos com outras patologias. O caso relatado alerta para importância do diagnóstico diferencial nos casos de abdome agudo obstrutivo. EVOLUÇÃO PÓS-OPERATÓRIA DE PACIENTES COM APENDICITE AGUDA FASE IV: ESTUDO PROSPECTIVO Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Lilian Cristhian Ferreira dos Santos Rocha / ITPAC; Agamenon Dias de Oliveira / ITPAC; Débora Rosa portilho / ITPAC; Samara Martins da Silva / ITPAC; Amanda Gonçalves Rodrigues / ITPAC; Pedro Ernesto Alves Mangueira Júnior / ITPAC; Rone Antonio Alves de Abreu / ITPAC. Resumo de exames prévios, diagnóstico pregresso, tempo de internação prévia e nível de atendimento. Apenas 31.8% eram procedentes de Araguaína. Dos resultados analisados verificou-se que a dor abdominal esteve presente em 95.5% dos casos e, em 31.8% iniciou-se na FID, nos outros 68.2% localizou-se posteriormente; 59.1% realizaram algum tipo de exame e 54.5% receberam diagnóstico de apendicite aguda, 9.1% de Infecção do trato urinário e 36.4% não receberam diagnóstico. No HRA 90.1% dos pacientes realizaram exames de imagem. Receberam diagnóstico de apendicite aguda 63.6% dos pacientes, de abdome agudo inflamatório 31.8% e de massa anexial à direita 4.5%. No intraoperatório 54.5% dos pacientes apresentaram abscesso periapendicular e 5.5% peritonite difusa; 81.8%, dos pacientes tiveram drenagem abdominal pós-operatório. A complicação mais prevalente foi a infecção na ferida operatória (22.7%). O tempo médio de internação foi de 9 dias (4 a 42), sendo de 5 dias (4 a 6), para os pacientes sem infecção de FO versus 20 dias (10 a 42) para os infectados. Houve duas reoperações por fístulas do coto apendicular, sendo realizado cecorrafia e ileostomia. Neste estudo, o diagnóstico inicial correto de apendicite aguda pelo serviço de cirurgia do Hospital Regional de Araguaina foi consonante com o encontrado na literatura, embora resultados inferiores foram observados no primeiro atendimento. Logo, houve fator de equívoco, destacando-se a falta de melhor investigação diagnóstica nas unidades de contrareferência. A maioria dos pacientes foi encaminhada de outros serviços e metade recebeu diagnóstico equivocado, protelando o tratamento e duplicando o período de internação. HÉRNIA INGUINO-ESCROTAL ENCARCERADA EM NEONATO Temário: Cirurgia / Intestinos(s) A apendicite aguda pode manifestar-se de várias formas, desde inflamação até gangrena desse órgão. Na fase IV, também denominada perfurativa, há necrose do apêndice, perfuração do mesmo e extravasamento do conteúdo apendicular para a cavidade abdominal. O objetivo deste trabalho é verificar se há fator(es) de equívoco que implique(m) no protelamento da cirurgia dos pacientes com diagnóstico de apendicite aguda grau IV, definido no intraoperatório. A metodologia utilizada foi uma série de casos do tipo prospectivo com 22 pacientes. Foram apreciadas as seguintes variáveis: gênero, raça, idade, procedência, estado civil, religião, escolaridade, presença de dor abdominal, realização Autores: Renata Borges de Lima / UNIFACS; Rafael Viana Leite / UNIFACS; Ylanna Fortes Fonseca / UNIFACS; Vanessa Barreto Matos Maia / UNIFACS; Renata Fernandes Cunha / UNIFACS; Marcos de Almeida Correia Lima / UNIFACS; Márcio Rivison Silva Cruz / UNIFACS; Natália Matos Muricy / UNIFACS. Resumo Introdução: A hérnia inguinal é a patologia cirúrgica eletiva mais frequente da criança. Sua incidência é de aproximadamente 3% em nascidos a termo e acomete preferencialmente o lado direito (60% dos casos), sendo facilmente redutível por manobras GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 141 A nais clínicas na maioria das vezes. A persistência do conduto da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Resumo peritoniovaginal é sua causa em crianças e não a fraqueza da parede posterior do canal inguinal, como nos adultos. O sexo masculino é mais acometido que o sexo feminino, na proporção de 9:1. Uma das complicações é o encarceramento de alça intestinal, com possível isquemia e necrose do seguimento herniado. O tratamento cirúrgico não deve ser postergado, a fim de se evitar tais complicações. Objetivo: O objetivo é apresentar um caso de hérnia inguinoescrotal encarcerada, em um recém nascido a termo, com apenas trinta e seis horas de vida, bem como sua resolução cirúrgica. Relato do Caso: Recém-nascido de trinta e seis horas de vida, sexo masculino, nascido a termo, iniciou curso de choro persistente, distensão abdominal e vômitos de caráter progressivo há vinte e quatro horas. Ao exame, apresentava abdome distendido, hipertimpânico e doloroso à palpação e presença de tumoração irredutível em região inguinal à direita. O paciente foi submetido 142 a uma radiografia simples de abdome, a qual evidenciou A história da apendicite tem um alto valor dentro do desenvolvimento da cirurgia moderna, que começou, por volta do século XVIII, a ganhar destaque com os avanços das descobertas em anatomia e fisiologia. Hoje, variadas técnicas foram propostas na tentativa de diminuir o tempo cirúrgico, de recuperação e riscos de infecções. O objetivo do estudo é descrever o caminho percorrido até então no uso de diferentes técnicas na história da apendicectomia por meio de uma revisão na literatura. Realizada em 1880 pela primeira vez por um ginecologista, Dr Lawson Tait, nota-se que nesta época ela já era de difícil diagnóstico e, não raramente, confundida com inflamações anexiais. Descrita somente em 1887, por Frederick Treves, a apendicectomia mantém seus tempos cirúrgicos até os tempos atuais – localização, exposição, liberação, abordagem do mesoapêndice (ligar ou coagular) e abordagem do apêndice (ligar e seccionar), porém vem alterando suas técnicas de abordagem – laparotomia e laparoscopia – com diferentes tipos de incisões e inserção de trocartes. distensão gasosa em região inguinoescrotal à direita. Foram realizadas duas tentativas de redução manual da hérnia, porém, sem êxito. O recém nato foi, então, encaminhado ao centro cirúrgico, onde foi realizada a herniorrafia inguinal direita sem intercorrências. Não haviam sinais de comprometimento da alça intestinal encarcerada e o paciente recebeu alta hospitalar no segundo dia pós-operatório. Método: O caso foi obtido através da revisão do prontuário, registro fotográfico dos métodos diagnósticos utilizados e revisão da literatura. Conclusão: O encarceramento é uma complicação temida nos pacientes com hérnia inguinal, principalmente quando se trata de uma neonato de apenas trinta e seis horas. O exame clínico e os exames complementares bem empregados, além de diagnóstico e tratamento eficientes, justificam a boa evolução do paciente. HISTÓRIA DA APENDICECTOMIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Lucyana Côrtes Torres / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Ibsen Augusto de Castro Azeredo Coutinho / Tecnomed Industria; Luciana Meireles de Azeredo Coutinho / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Larissa Lopes Harada / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Ana Luiza Rassi de Mendonça / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Lara Meireles de Azeredo Coutinho / Hospital do servidor Público Estadual de São Paulo; Mayse Meireles de Azeredo Coutinho / Hospital Santa Genoveva. IMPACTO DOS POLIMORFISMOS DO COX-2 NA SOBREVIDA DE PACIENTES COM CÂNCER COLORRETAL (CCR) Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Michele Tatiana Pereira Tomitão / FMUSP; Guilherme Cutait de Castro Cotti / ICESP; Márcia Saldanha Kubrusly / FMUSP; Adriana Vaz Safatle-Ribeiro / FMUSP; Rosely Antunes Patzina / FMUSP; Ivan Cecconello / FMUSP; sergio Carlos Nahas / FMUSP; Ulysses Ribeiro Jr / FMUSP. Resumo O estudo de genes polimórficos pode auxiliar na detecção de pessoas com maior risco de desenvolver câncer, caracterização de evolução diferenciada, resposta distinta ao tratamento quimioterápico ou radioterápico e prognóstico. Polimorfismos nos genes Fator de Crescimento Endotelial Vascular a (VEGF-A) e Ciclooxigenase 2 (COX-2) tem sido implicados no câncer colorretal (CCR). Estes podem modificar os níveis de mRNA e expressão proteica e influenciarem consideravelmente o fenótipo da doença. Este trabalho teve como objetivo avaliar polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) dos genes VEGF-A e COX-2 e seu valor prognóstico em pacientes operados por CCR; e investigar possíveis interações entre estas variantes genéticas e características clínicopatológicas do CCR. Foram analisados SNPs em 230 pacientes submetidos à ressecção cirúrgica no Hospital das Clínicas (SP), com seguimento GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 mínimo de 5 anos. O DNA foi isolado dos leucócitos utilizando-se do kit de extração e purificação PureLink DNA Minikit, seguido de amplificação pela reação em cadeia da polimerase (PCR). A análise do PCR em Tempo Real foi usada para genotipar os polimorfismos do VEGFA and COX-2, através dos ensaios TaqMan ® SNP Genotyping Assay. Determinamos a frequência de quatro polimorfismos bialélicos do VEGFA (-2578C>A: CC = 36.09%; CA = 46.09%; AA = 17.83%; -460T>C: TT = 34.35%; TC = 46.09%; CC = 19.57%; -634G>C: GG = 48.70%; GC = 40.43%; CC = 10.87%; +936 C>T: CC = 74.35%; CT = 23.48%; TT = 2.17%), com doze genótipos; e dois polimorfismos do Cox-2 (-1195A>G: AA = 63.48%; AG = 31.30%; GG = 5.22%; 8437T>C: TT = 45.22%; TC = 44.35%; CC = 10.43%), com seis genótipos. Foi encontrada associação dos polimorfismos VEGFA -2578C>A e -460T>C com história familiar de câncer e do polimorfismo VEGFA -634G>C com doença hereditária. Houve associação, no modelo recessivo, da combinação dos genótipos COX-2 -1195AG/GG com menor sobrevida global (RR = 2,25; IC95% = 1,32-3,81; P = 0,003) e do COX-2 8437 TT com menor sobrevida global (RR = 2,86; IC95% = 1,54-5,26; P < 0,001) e menor sobrevida livre de doença (RR = 2,5; IC95% = 1,45-4,35; P= 0,001), comparados ao genótipo COX-2 -1195AA e 8437TC/CC. Assim, demonstramos associação dos polimorfismos do gene VEGFA com fatores relacionados à hereditariedade no CCR; concluímos que os genótipos COX-2 -1195AG/GG e 8437 TT estão associados a um pior prognóstico, e podem atuar como marcadores de agressividade nestes pacientes. de caso: Paciente do sexo feminino, 5 anos, admitida na emergência apática, prostrada, com quadro dor abdominal associada a náuseas, vômitos e parada da eliminação de gases e fezes, com 2 dias de evolução. Ao exame físico, abdome distendido, ausência de ruídos hidroaéreos, com sinais de irritação peritoneal. Rx simples de abdome evidenciando acentuada distensão de alças, com níveis hidroaéreos. Tomografia computadorizada nos planos axial mostrando invaginação do segmento de alça ileal proximal, do material com densidade de gordura e dos vasos sanguíneos de permeio para dentro do lúmen do segmento distal, caracterizando a intussuscepção intestinal. Paciente submetida à Laparotomia Exploradora que evidenciou invaginação de segmento de delgado, com necrose de alça intestinal, sem evidência de causas orgânicas. Realizada enterectomia de segmento comprometido com anastomose íleo-ileal termino-terminal. O resultado histológico da peça operatória excluiu a presença de lesão primária subjacente revelando “segmento de intestino delgado com necrose hemorrágica da parede compatível com invaginação”. Paciente evoluiu bem, recebendo alta no sexto pós-operatório. Discussão: Em estudo realizado por Strouse et al., analisando 6.000 exames de tomografia computadorizada (TC) abdominal pediátrica, a prevalência deste tipo de intussuscepção foi de 0,4%. Mais de 90% das intussuscepções não apresentam um ponto inicial patológico. A tríade clássica de dor abdominal, fezes avermelhadas “em geléia” e massa abdominal palpável é observada em menos de 50% dos casos, tornando difícil seu diagnóstico clínico. Conclusão: Embora seja uma patologia relativamente comum na idade pedi- INTUSSUSCEPÇÃO ILEO-ILEAL IDIOPÁTICA EM CRIANÇA – RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Intestinos(s) átrica, constituindo uma causa frequente de obstrução intestinal na infância, a presença de invaginação íleo ileal consiste em uma forma incomum de apresentação anatômica. A redução hidrostática entra como primeira escolha de tratamento na maioria das Autores: Bianca Astrogildo de Freitas / ACSCRG; Elieser Henn / ACSCRG; Rafael Simon Ribeiro Townsend / ACSCRG; Félix Regis Ojeda Rocha / ACSCRG; Gabriel Oliveira da Silveira / ACSCRG; Walter Pomar / ACSCRG. vezes, porém, na indisponibilidade deste ou em casos de fracasso Resumo INTUSSUSCEPÇÃO ILEOCECAL EXTENDIDA PARA O RETO EM LACTENTE Introdução: A intussuscepção é a telescopagem ou invaginação de uma parte proximal do intestino para dentro do lúmen do segmento distal adjacente. É uma das mais comuns causas de abdome agudo na infância, ocorrendo com maior frequência em idade abaixo dos dois anos, com predominância no sexo masculino. Objetivo: Este estudo pretende relatar o caso de um paciente com esta entidade, bem como o tratamento empregado. Relato terapêutico ou contraindicação, a intervenção cirúrgica deve ser realizada. Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Raianne Silva Lima / UNIFACS; Rafael Viana Leite / UNIFACS; Renata Borges de Lima / UNIFACS; Renata Fernandes Cunha / UNIFACS; Vanessa Barreto Matos Maia / UNIFACS; Ylanna Fortes Fonseca / UNIFACS; Marcos de Almeida Correia Lima / UNIFACS; Marcio Rivison Silva Cruz / UNIFACS. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 143 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo POR COMPRESSÃO EXTRÍNSECA – RELATO DE CASO Resumo Introdução: A intussuscepção ileocecal é uma das causas mais prevalentes de obstrução intestinal em lactentes e caracteriza-se pela invaginação de uma alça intestinal por dentro de outra, causando compressão dos vasos sanguíneos, congestão venosa Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Bianca Astrogildo de Freitas / ACSCRG; Rafael Simon Ribeiro Townsend / ACSCRG; Nicolle de Souza Zanetti / ACSCRG; Filipe Lopes Decusati / ACSCRG; Dinomar Fontana Ramires / ACSCRG. e edema da parede do intussuscepto. Quando persistente, pode acarretar isquemia, infarto intestinal e choque séptico. Sua apre- Resumo sentação é variável e em apenas um terço dos casos observa-se 144 a tríade clássica: dor abdominal, fezes avermelhadas “em geleia” Introdução: O melanoma é um tumor de elevada malignidade e e massa abdominal palpável; o que torna difícil o diagnóstico representa cerca de 3% de todos os tipos de cânceres. O melanoma clínico. Vários níveis topográficos já foram descritos, sendo que maligno é a causa mais comum de doença metastática envolvendo quanto mais distal a intussuscepção, menor a taxa de redução o trato gastrointestinal, e o intestino delgado é o sítio mais frequen- terapêutica: apenas 25% das que alcançam o reto podem ser temente envolvido. As manifestações clínicas são inespecíficas, e o reduzidas, a maioria necessitando de reparo cirúrgico. Objeti- quadro de abdome agudo obstrutivo pode ser a primeira manifes- vo: Apresentar um caso atípico de intussuscepção intestinal tação. Objetivo: O objetivo é relatar o caso de uma paciente com com invaginação para o reto tratada com ressecção cirúrgica do melanoma metastático e 5 anos de sobrevida, que apresentou me- íleo distal e ceco. Método: Revisão de literatura e dos dados tástase intestinal evoluindo com quadro de obstrução intestinal por do prontuário, registro fotográfico dos métodos diagnósticos compressão extrínseca. Caso clínico: Paciente do sexo feminino, utilizados e das peças cirúrgicas ressecadas. Relato do Caso: 57 anos, em acompanhamento por Melanoma Mestastático há 5 Paciente ISS, feminina, cinco meses de idade, admitida com dis- anos. Paciente admitida na emergência com quadro de suboclusão tensão abdominal associada a vômitos e evacuação gelatinosa intestinal e volumosa massa palpável em flanco e fossa ilíaca esquer- com muco e sangue há 24 horas. Ao exame físico foi evidenciada da, sem sinais de irritação peritoneal ao exame físico. Paciente com uma massa à palpação profunda em fossa ilíaca esquerda e, ao história de melanoma em pé esquerdo, sendo realizada cirurgia cura- toque retal, massa palpável em reto. Realizou radiografia de ab- tiva há 5 anos, e enterectomia devido a intussuscepção por lesão dome que evidenciou distensão gasosa de alças de delgado com expansiva intra-luminal em íleo terminal medindo 5,5cm há dois anos. sinal de “stop” e ausência de ar em cólon e ampola retal, confir- Colonoscopia sem evidências de alterações. Paciente submetida à mando o diagnóstico de intussuscepção ileocecal extendida para Laparotomia Exploradora onde foi evidenciado volumosa tumoração o reto. A paciente foi submetida à laparotomia e ressecção do em mesentério. Realizado ressecção da lesão e biópsia de gânglio íleo distal, que se encontrava invaginado em todo o segmento do em mesentério. Estudo anatomopatológico e imunohistoquímica cólon até o reto, e do ceco, com ileoascendenteanastomose em confirmaram diagnóstico. Discussão: Entidade relativamente in- dois planos. Evoluiu sem intercorrências, recebendo alta assin- comum, o melanoma metastático intestinal representa cerca de 1/3 tomática no quarto dia pós-operatório. Conclusão: Este caso dos tumores metastáticos do trato gastrointestinal. O diagnóstico é sugere que, apesar do difícil reparo cirúrgico, o diagnóstico pre- obtido em menos que 5% dos casos, e geralmente se dá na vigên- coce pode contribuir para o bom prognóstico dos pacientes com cia das complicações, sendo as mais frequentes o sangramento e a intussuscepção ileocecal com extensão para o reto. Um exame obstrução intestinal por intussuscepção. As metástase intestinais lo- clínico cuidadoso e a escolha correta de exames complementa- calizadas devem ser excisadas sempre que possível, com ressecção res podem justificar a terapêutica empregada, assegurando a boa segmentar da porção acometida, obtendo assim tanto melhora dos evolução da paciente. sintomas como a melhora da sobrevida. Conclusão: A hipótese de metástase intestinal deve ser sempre considerada em qualquer paciente com história prévia de lesão melanocítica de pele e que MELANOMA MESTASTÁTICO: ENVOLVIMENTO MESENTÉRICO CAUSANDO OBSTRUÇÃO INTESTINAL apresente sintomatologia abdominal, e o tratamento cirúrgico dessas lesões, apesar do caráter paliativo, pode ocasionalmente resultar alívio sintomático e maior sobrevida. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 OBSTRUÇÃO DUODENAL POR ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL: “SÍNDROME AORTODUODENAL”RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Pedro Henrique Della Libera / FCMSCSP; Felipe Diaz Pimentel / FCMSCSP; Marcelo Lutz Dantas de Almeida / FCMSCSP; Vinicius Araujo Garcia / FCMSCSP; Tiago Riuji Ijichi / FCMSCSP; Wilson Rodrigues de Freitas Junior / FCMSCSP; Paulo Kassab / FCMSCSP; Carlos Alberto Malheiros / FCMSCSP. Resumo do aneurisma é o tratamento mais utilizado, com bons resultados. Esta opção depende de condição clínica do paciente e disponibilidade de intervenção vascular. A GA para descompressão duodenal é uma alternativa. Este relato é importante para considerar a SAD no diagnóstico diferencial da OIA e para considerar a GA como alternativa de tratamento para descompressão duodenal em pacientes sem condições clínicas favoráveis. OBSTRUÇÃO INTESTINAL TARDIA POR INGESTÃO DE CAROÇO DE MANGA Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Introdução: Descrita em 1905 por Osler, é uma causa rara de obstrução duodenal. O mecanismo obstrutivo pelo aneurisma de aorta abdominal (AAA) não é bem conhecido. A aderência ao duodeno pode causar a obstrução, embora não seja considerado um aneurisma inflamatório. Diagnósticos diferenciais: outras causas de obstrução intestinal alta (OIA) (úlcera péptica; neoplasias; e causas vasculares compressivas, como Síndrome da Artéria Mesentérica Superior). O diagnóstico deve ser suspeitado em pacientes na 6ª/7ª décadas de vida, com dor abdominal, vômitos, perda de peso, distensão abdominal e massa abdominal pulsátil. Tomografia computadorizada (TC) de abdome com AAA e distensão gástrica; além do RX contrastado do estômago/duodeno e endoscopia digestiva alta (EDA) podem contribuir para o diagnóstico. Objetivo: Relatar um caso de OIA por Síndrome Aortoduodenal (SAD). Relato de caso: Mulher de 70 anos, internada no PS da Santa Casa de São Paulo, com dor epigástrica, vômitos e parada de eliminação de gases e fezes. Exame físico: emagrecida, regular estado geral, desidratada, abdome distendido, difusamente doloroso, sem irritação peritoneal. Laboratório na internação: hemograma, PCR e VHS, uréia, creatinina, eletrólitos, amilase, AST, ALT e bilirrubinas sem alterações EDA: grande quantidade de líquido de estase sem identificação do local de obstrução. RX contrastado do estômago e duodeno evidenciou câmara gástrica contrastada e distendida, sem contraste no duodeno. TC de abdome: dilatação gástrica e duodenal, dilatação aneurismática da aorta em contato com o duodeno; aneurisma fusiforme, diâmetro máximo de 4,9 x 3,9 cm, tortuoso e com placas calcificadas. Intraoperatório: observado aorta dilatada (6 cm de diâmetro), em contato com o duodeno; além de algumas frouxas aderências de delgado distal ao Ângulo de Treitz, sem dilatação de alças, sem massas. Realizado gastroenteroanastomose (GA) anisoperistáltica em dois planos para a descompressão duodenal. Evoluiu com melhora clínica, dieta oral e alta no 11º dia após cirurgia. Discussão e Conclusão: Correção Autores: sergio Ibañez Nunes / Faculdade de Medicina de Valença - FAA; Alessandro Cronge Bouzada / Faculdade de Medicina de Valença - FAA; Natália Lemos Carvalho / Faculdade de Medicina de Valença - FAA; Marielle Grazielle Costa da Ponte / Faculdade de Medicina de Valença - FAA; Thais Barros Correa / Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF. Resumo Introdução: A ingestão de corpos estranhos é bastante frequente na clínica cirúrgica. A conformação do objeto determina o grau de comprometimento no tubo digestório e o possível local da lesão, quanto mais ponteagudo maior a chance de perfuração em segmentos mais altos, se pequeno e arredondado provavelmente sairá por via retal, a ingestão de caroço de manga, pelo seu volume é pouco frequente e a obstrução intestinal geralmente é mais precoce, a obstrução tardia é pouco frequente. Método: Relatar um caso de obstrução intestinal por caroço de manga após 5 meses de ingestão e fazer revisão de literatura em meio impresso e eletrônico. Relato do Caso: MRA, 33 anos, masculino, branco, solteiro, procedente de Três Rios. Paciente obeso com história de ter ingerido caroço de manga 5 meses antes dos sintomas, iniciou com vômitos, parada de eliminação de gases e fezes, ao exame distensão abdominal, dor difusa à palpação, com irritação peritoneal. Radiografia com níveis hidroaéreos, sem ar em cólons. Tomografia com níveis hidroaéreos e área calcificada em fossa ilíaca direita. À laparotomia exploratória foi observada obstrução em íleo terminal, na palpação indentificou-se corpo estranho, realizada enterotomia e retirada do caroço de manga com enterorrafia primária. No pós-operatório fez embolia pulmonar e infecção de ferida operatória, evoluindo satisfatoriamente, tendo alta no 25º. pós-operatório. Conclusões: Corpo estranho ingerido pode provocar perfurações, obstruções ou passar ileso pelo GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 145 A nais tubo digestório, evoluções tardias são pouco frequentes, devemos ficar atentos para a anamese dos pacientes. RELATO DE DOIS CASOS DE ADENOCARCINOMA DE DELGADO EM SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL E DO APARELHO DIGESTIVO EM SARANDI - PR Temário: Cirurgia / Intestinos(s) 146 Autores: Mônica Olivo Rosa Nogueira / Rede Metropolitana de Assistência à saúde; Anderson Bedendo Rodrigues da Silva / Rede Metropolitana de Assistência à saúde; Carlos Eduardo Ferreira / Rede Metropolitana de Assistência à saúde; Marcio Roberto Viquiato / Rede Metropolitana de Assistência à Saúde; Lourival Augusto Cestari Junior / Rede Metropolitana de Assistência à Saúde; Adorisio Bonadiman / Rede Metropolitana de Assistência à Saúde; Andre Luiz Medeiros / Rede Metropolitana de Assistência à Saúde; Leonardo Odebrecht / Rede Metropolitana de Assistência à Saúde. Resumo Tumores de intestino delgado hoje são raros, variando entre 1 a 6% dos casos de tumores malignos do trato gastrointestinal. de difícil diagnóstico por serem em sua grande maioria assintomáticos, ou com queixas abdominais inespecíficas, que quando associados a quadro de dor importante, tem sua origem maligna na maioria dos casos. Exames de laboratório, de imagem e endoscópicos podem ser úteis na propedêutica complementar porem muitas as vezes não conclusivos para o diagnóstico desse tipo de lesão. O tratamento geralmente é cirúrgico, com ressecção da lesão com bordas livres, acompanhada de linfadenectomia loco regional na dependência da neoplasia e seu estadiamento. Este é um relato de dois casos operados e diagnosticados no serviço de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo do Hospital Metropolitando de Sarandi – PR, no primeiro semestre de 2014. Caso 1 M.I.M.S; feminino; 45 anos; dor abdominal inespecífica em FID e HID, acompanhado vômitos após ingesta alimentar. Admitida no Hospital Metropolitano de Sarandi, dia 18/03/2014. No ato cirúrgico foi identificado lesão tumoral obstrutiva a 40cm do ângulo de Treitz e adenopatia mesentérica com anatomopatológico apresentando adenocarcinoma intestinal de padrão tubular moderadamente diferenciado, invasivo. Caso 2 C.S.P., 40 anos, masculino. Paciente encaminhado via ambulatorial para realização de laparotomia exploradora, após da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo resultado de exame por cápsula endoscópica, com lesão ulcerovegetante em delgado. Realizada laparotomia exploradora, com visualização de massa em íleo, carcinomatose peritoneal, implantes diafragmáticos e massas difusas em omento maior. Encaminhado material para anatomopatológico, o qual resultou em adenocarcinoma de intestino delgado. RESSECÇÃO VIDEOASSISTIDA DE SARCOMA ILEAL Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Marcelo Martins Souto / HCFMUSP; Leandro Cardoso Barchi / HCFMUSP; Carlos Eduardo Jacob / HCFMUSP; Osmar Kenji Yagi / HCFMUSP; Donato Roberto Mucerino / HCFMUSP; Rodrigo José de Oliveira / HCFMUSP; Bruno Zilberstein / HCFMUSP; Ivan Cecconello / HCFMUSP. Resumo Introdução: O intestino delgado é sede de 2% dos cânceres do trato digestivo, e os sarcomas respondem por 5-15%, sendo o adenocarcinoma e o tumor neuroendócrino os mais frequentes. O pico de incidência ocorre na sexta década, e sangramento é o sintoma mais comum. Metátases estão presentes em 20-40%. O tratamento é a ressecção. Relato do caso: Paciente masculino de 40 anos, ex-tabagista e ex-etilista, com três meses de astenia, vertigem e perda ponderal (102 para 93 kg). Apresentava-se hipocorado, com Hb em 5,7. Na investigação, EDA foi normal, e a colonoscopia evidenciou pólipos inflamatório (6 mm) e adenoma tubular com displasia de baixo grau (8 mm). TC identificou lesão com aspecto expansivo caracterizada por espessamento parietal e retração de segmentos de alças ileais na fossa ilíaca direita. Linfonodos mesentéricos arredondados com até 1,0 cm suspeitos para acometimento secundário. Paciente foi submetido à enterectomia videoassistida – tempo laparoscópico para identificação e isolamento de grande massa de crescimento endofítico, não visível em serosa de íleo, de aproximadamente 10 cm, a 40 cm da válvula íleo-cecal. Após, realizada incisão de Pfannenstiel, com exteriorização da peça, ressecção e entero-entero-anastomose mecânica. Paciente evoluiu bem, aceitou dieta líquida no 1° PO e teve alta no 5° PO. O exame anatomopatológico evidenciou sarcoma indiferenciado grau 3 histológico, 9,5 x 8,5 x 7,5 cm, fusocelular, índice de mitoses de 34/50 campos de grande aumento, necrose presente (20%), pT2b. A imuno-histoquímica foi positiva para EMA (focal), vimentina e actina de músculo liso, e negativa para CD 117, CD 34, desmina, proteína S-100 e DCG-1. A TC de controle após três meses foi livre GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 de doença. Considerando sarcoma de alto grau primário de intestino delgado estádio clínico III, com alto risco de metástase à distância, foi indicada adjuvância com ifosfamida e doxorrubicina, e o paciente encontra-se em tratamento. Discussão: Extrapolando dados que evidenciam resultados comparáveis entre ressecção convencional e laparoscópica em câncer gástrico e colorretal, o tratamento laparoscópico do sarcoma de intestino delgado é alternativa factível e segura, respeitando princípios oncológicos. O alto número de mitoses é fator de risco para metástases, e o seguimento intensivo é mandatório. SÍNDROME DO INTESTINO ULTRACURTO: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Gabriel Faria Najas / UnP; Maylee Beatriz Rego Chaves / UnP; Sílvio José de Lucena Dantas / UnP; Senival Alves Oliveira Júnior / UnP; Rielly de Sousa e Silva / UnP; Thaís Faria Collier de Andrade / UnP; Tiago Bezerra de Freitas Diniz / UnP; Pedro Bezerra Nóbrega / UnP. Resumo Introdução: Síndrome do intestino curto (SIC) refere-se ao estado SÍNDROME DE OGILVIE (PSEUDOOBSTRUÇÃO INTESTINAL AGUDA) – RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Intestinos(s) de má absorção causada pela perda anatômica ou funcional de porções significativas do intestino, e geralmente resulta de uma extensa ressecção intestinal (RI). É caracterizada por emagrecimento, desidratação, diarreia, perda de eletrólitos, esteatorreia e má Autores: Guilherme Chaves de Abreu / Lucianno Viana Ribeiro / Gustavo Fernandes Vilarinho / André Engelhardt Lorenzoni / Pedro Araujo Bussad / Flávio Monteiro Lopes / Jorge John Sanches Rosado / Leonardo Vilarinho Prudêncio Boscatti. absorção de nutrientes. O comprometimento do paciente depende Resumo ultracurto, apresentando tratamento instituído e evolução. Método: Introdução: A Síndrome de Ogilvie ou pseudo-obstrução intestinal, é a condição clínica na qual se caracteriza por uma dilatação maciça de cólon e ceco sem obstrução mecânica, mais comum em homens idosos, porem se manifesta como complicação no puerpério de parto cesariana. Achados radiológicos demonstram um imagem característica com níveis hidroaéreos e dilatação, acompanhado de parada da eliminação de fezes e gases na maioria dos casos. Relato de Caso: Paciente A.G.S, feminino, 34 anos, apresentou no quarto dia de puerpério pós cesariana, um quadro de distensão abdominal, associado a dor de forte intensidade, parada de eliminação de flatos e fezes, e Raio-x com distensão de alça ascendente e ceco, com presença de grande nível hidroaéreo. Foi submetida à laparotomia exploradora com perfuração única em ceco, e dilatação difusa em cólon. Realizado rafia puntiforme em ceco. No pós-operatório foi passado sonda nasogástrica, paciente evoluindo com estabilização do trânsito intestinal até a retirada da sonda, e retorno do hábito alimentar, recebendo alta no sétimo dia de dia pós-operatório, em bom estado geral. Conclusão: Apesar do difícil diagnóstico, a rápida abordagem do quadro, diminuiu mortalidade e morbidade dos pacientes e as complicações como, o risco de perfurações de ceco e gangrena de cólon. Alertando a obstetrícia dos riscos desta complicação desconhecida por muitos. PubMed, UpToDate e SciELO, utilizando o descritor síndrome do do comprimento e topografia do segmento ressecado, das condições do intestino remanescente, da natureza da doença que impôs a cirurgia, da capacidade de adaptação do intestino e da terapêutica. Objetivo: Relatar caso de paciente com síndrome do intestino Revisão de prontuário e de literatura nas bases de dados MEDLINE, intestino curto. Incluídos artigos de língua inglesa e portuguesa, entre 2009 e 2014, que retrataram a SIC. Resultados: Paciente 44 anos, sexo feminino, iniciou quadro de dor súbita em epigastro associado a sudorese, náusea, vômito e perda de consciência. Foi atendida em pronto-socorro, tendo sintomas aliviados com sintomáticos. Em outra crise, procurou um cirurgião de nossa equipe que optou por fazer uma laparotomia exploradora. Foi constatada isquemia mesentérica em decorrência de trombose de artéria mesentérica superior. Feito RI com anastomose jejuno-cólica, sendo preservados 10cm de jejuno. Evoluiu em UTI por um mês. Cerca de quatro meses do pósoperatório (PO), cursou com náuseas e vômitos e foi detectado um abscesso na cavidade o qual foi drenado. O PO ocorreu sem complicações, porém, durante internação, adquiriu uma infecção em cateter venoso central, cursando por duas vezes com sepse e um episódio de endocardite. Depois de estabilizada, iniciou-se alimentação parenteral, sendo desmamada após cerca de um ano, com introdução da dieta enteral. A paciente recebeu alta hospitalar e programado retorno para internamento quinzenal e em seguida a cada vinte e um dias. Hoje, com 51 anos de idade, encontra-se estável, respondendo bem ao tratamento instituído. Conclusão: Em geral, as RIs proximais são mais gerenciáveis que as distais porque GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 147 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo o grau de adaptação estrutural e funcional exibida pelo íleo é maior. mento ambulatorial com oncologista. Discussão: Apesar do curso Sendo assim, ressecções ileais normalmente resultam em doença indolente do tumor carcinóide, a ressecção cirúrgica permanece o mais grave. Mas alguns doentes surpreendem com evolução muito tratamento de escolha, já que é o único tratamento que pode al- favorável mesmo com um curto segmento intestinal remanescente e cançar a cura, sendo importante também na diminuição do volume sem íleo, como é o caso de nossa paciente. das metástases hepáticas e/ou mesentéricas, controle dos sintomas e prevenção de complicações, aumentando a sobrevida. TUMOR CARCINOIDE METASTÁTICO DE INTESTINO DELGADO: RELATO DE CASO TUMOR DE INTESTINO DELGADO TIPO GIST - RELATO DE CASO Autores: Fernanda / ISCMPA; Sérgio / ISCMPA; Marcos / ISCMPA. Autores: Luiz Locks Junior / Imperial Hospital de Caridade; Eduardo Usuy Junior / Clínica Usuy; Lucas Benedetti / Unisul. Resumo Resumo Introdução: Os tumores carcinóides são neoplasias neuroendócri- Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 51 anos, natural e nas raras, geralmente indolentes, clínicamente manifestas somente residente de Florianópolis – SC. Refere episódio de melena há 1 mês, quando há doença avançada ou evidência de síndrome carcinóide. ficou 2 dias e meio sobre tratamento ambulatorial com melhora e Temário: Cirurgia / Intestinos(s) 148 Objetivo: Relatar um caso de tumor carcinóide metastático, com sítio primário identificado somente no transoperatório. Relato do caso: Paciente masculino, 68 anos, atendido em serviço de emergência por dor abdominal súbita em mesogástrio à direita. Exames laboratoriais da chegada normais, ecografia abdominal evidenciando lesão no lobo hepático direito com cerca de 4,5cm e grupamento de linfonodos adjacente a aorta com cerca de 3,5cm, achados confirmados pela tomografia computadorizada de abdômen. Submetido à endoscopia digestiva alta e ileocolonoscopia não se identificando sítio primário. Punção ecoguiada da massa linfonodal e da lesão hepática identificou nas duas amostras neoplasia epitelial neuroendócrina, confirmada pela imunohistoquímica como tumor carcinóide clássico/ grau I da OMS. Paciente submetido então à laparotomia com abertura xifopúbica, identificando-se a metástase hepática, massa linfática mesentérica próxima ao íleo terminal, vários linfonodos aumentados mesentéricos e retroperitoniais e 4 lesões em alça de delgado - nos 2 metros distais do íleo até 20cm da válvula ileocecal- as quais foram Temário: Cirurgia / Intestinos(s) retorno a residência. Foram solicitadas: endoscopia digestiva alta (EDA), enterotomografia, TTPA e TAP, hematócrito e hemoglobina. Na investigação diagnóstica apresentava: Hemoglobina e hematócrito baixos, sinalizando anemia. TAP e TTPA normais. Nos exames de imagem: EDA. Pangastrite endoscópica atrófica moderada, urease positiva. AP gastritre crônica com atividade inflamatória moderada e áreas de acentuada atrofia glandular. Pesquisa H.P. positiva. Enterotomografia. Lesão sólida de 4,5 x 3,2 cm na cavidade pélvica a direita com contornos regulares em contato com alças intestinais ileais, que admite lesão estromal GIST como principal hipótese. Solicitada uma ressonância magnética para avaliação da possibilidade de ressecção cirúrgica. RNM. Lesão sólida de 4,5 x 3,2 cm na cavidade pélvica de permeio em contato com alças ileais que admite lesão estromal, GIST como principal hipótese diagnóstica. Diante do quadro clínico e dos exames complementares foi indicado ressecção cirúrgica através de laparotomia. Cirurgia realizada foi Enterectomia Segmentar. A.P imunohistoquímica confirmou GIST. ressecadas em bloco com fechamento da alça terminoterminal aproximando o jejuno ao íleo terminal bem como ressecção em bloco da metástase hepática nos segmentos IVA e B. Anatomopatológico do segmento de intestino delgado ressecado confirmou neoplasia neuroendócrina bem diferenciada de baixo índice mitótico, presente sob a forma de duas lesões não contínuas, comprometendo as camadas mucosa, submucosa e muscular, medindo 2,8cm no maior eixo, com metástase em tecido mesentérico e linfonodos livres. Paciente teve boa evolução clínica pós operatória e irá manter acompanha- TUMOR FIBROSO SOLITÁRIO DO MESENTÉRIO: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Lilian Cristhian Ferreira dos Santos Rocha / ITPAC; Agamenon Dias de Oliveira / ITPAC; Débora Rosa portilho / ITPAC; Isabela Cristina Macedo Fernandes / ITPAC; Samara Martins da Silva / Hospital Regional de Araguaína; Pedro Ernesto Alves Mangueira Júnior / ITPAC; Rone Antonio Alves de Abreu / ITPAC. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Resumo Autores: Stephany Roman Farfan, Augusto Tinoco, Renam Tinoco, Tarcianna Ribeiro / Hospital são José do Avai. Os Tumores Fibrosos Solitários (TFS) são neoplasias raras que geralmente se originam da pleura visceral. Estes tumores também podem surgir em locais extrapleurais como a orbita, cavidade oral, orofaringe, laringe e retroperitônio, mas raramente mesentério. O trabalho foi realizado através de uma revisão de prontuário e levantamento acerca do tema com pesquisa em dados disponíveis no MEDLINE, LILACS-BIREME, PUBMED e COCHRANE e literatura especifica. JNS, masculino, 34 anos foi admitido pelo serviço de Emergência do Hospital Regional de Araguaína (HRA) – TO com história de massa pélvica com cerca de sete meses de evolução, dor e limitação funcional da região anatômica acometida. Negava outras queixas. Ao exame apresentava massa abdominal palpável de consistência endurecida e dolorosa, localizada mais especificamente em fossa ilíaca esquerda, hipogástrio e flanco esquerdo. O mesmo foi submetido a exames laboratoriais e Tomografia computadorizada de pelve que demonstrou lesão expansiva sólida e hipervascularizada, com contornos lobulados, medindo cerca de 11,0 x 10,0 x 11,0 cm, em topografia na loja da próstata e vesículas seminais. Foi encaminhado ao serviço de Urologia que realizou Cistoscopia com Biopsia Orientada por Ultrassonografia com o resultado livre de neoplasia. Marcadores tumorais e Retossigmoidoscopia foram realizados com resultados normais. Paciente foi encaminhado para o serviço de cirurgia geral, com história de aumento importante da massa abdominal e piora da dor. Foi decidido realizar Laparotomia exploradora para estadiamento de doença com resseção de tumor pélvico, linfadenectomia pélvica, colostomia em alça e drenagem cavitária. Evolui no Pós-operatório sem intercorrências, com colostomia produtiva, e alta no 7ª dia pós-operatório. Histopatológico e Imunohistoquímica confirmando o diagnóstico de Tumor fibroso solitário. Paciente encaminhado a Oncologia Clínica que da alta sem necessidade de tratamento complementar. Seguiu em acompanhamento Ambulatorial pela Cirurgia com programação de fechamento de colostomia quatro meses após a laparotomia, realizada sem intercorrências. O tratamento deste tipo de neoplasia é predominantemente resseção cirúrgica, alterando diretamente o prognóstico. Cerca de 10 a 30 % podem ser malignos, se houver ressecção completa há baixo índice de recidiva. Vale ressaltar que de acordo com a base de dados, este seria o quinto caso relatado de tumor fibroso solitário que surge no mesentério. Resumo DUODENAL SWITCH MODIFICADA LAPAROSCÓPICA Temário: Cirurgia / Intestinos(s) O Diabetes Mellitus tipo 2 constitui uma doença devastadora com altos índices de mortalidade e morbidade, trazendo graves consequências como doenças cardiovasculares, déficit visual, insuficiência renal e amputações. Dentro do tratamento do diabetes estão incluídos dieta, controle dos níveis glicêmicos, exercício físico e uso de medicação. Apesar disso, a doença progride continuamente, com deteriorização de células Beta pancreáticas e a necessidade do uso de múltiplas drogas junto com insulina para o controle. Vários procedimentos cirúrgicos são usados para o tratamento da obesidade mórbida, melhorando substancialmente o controle do diabetes tipo 2. Dentre eles, foi criada uma nova técnica, o Duodenal Switch Modificado sendo considerado o melhor procedimento, com uma taxa de remissão de mais de 80% do diabetes tipo 2. Apresento paciente, sexo feminino, 67 anos, branca, que descobriu ser diabética durante a gestação há 36 anos. Fez uso de glibenclamida e metformina sem melhora do quadro, sendo trocada a medicação por insulina NPH e Regular há 15 anos. No pré operatório fazia uso de 30 UI de Insulina NPH pela manhã e 15 UI de Insulina Regular após almoço conforme a glicemia. Apesar do tratamento, teve diversas internações devido ao descontrole glicêmico. Entre outras comorbidades apresenta hipertensão arterial sistêmica, em uso de valsartana, espironolactona, anlodipino e sinvastativa; transtorno de sono e ansiedade fazendo uso de clonazepam, amitriptilina e zolpidem; hipotireoidismo em uso de levotiroxina. A cirurgia proposta para a paciente foi a gastroplastia vertical associada a interposição ileal laparoscópica. Durante a internação (cinco dias), apresentou 2 episódios de glicemia acima de 150 mg/dl no primeiro dia de pós-operatório, sendo necessária a administração de insulina. Nos dias seguintes apresentou glicemias entre 61mg/dl e 120 mg/dl. A paciente não apresentou outras intercorrências durante a internação. Atualmente a paciente está no terceiro mês de pós-operatório, em acompanhamento, sem necessidade de medicação para controle glicêmico. SUBOCLUSÃO RECORRENTE POR DIVERTÍCULO DE MECKEL TRATAMENTO TOTALMENTE LAPAROSCÓPICO GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 149 A nais Temário: Cirurgia / Intestinos(s) Autores: Hilton Telles Libanori / Hospital Israelita Albert Einstein - São Paulo; sergio Szachnowicz / Hospital Israelita Albert Einstein - São Paulo; Allan Garms Marson / Hospital Israelita Albert Einstein - São Paulo. Resumo 150 O divertículo de Meckel é uma patologia benigna de origem embriológica incomum, porém com apresentações clínicas variadas. Pode ser encontrado em até 2% doas pacientes submetidos à cirurgia abdominal por outras causas e geralmente seu diagnóstico é casual. Apesar da maioria dos pacientes portadores do divertículo serem assintomáticos, eles podem também apresentar quadros de suboclusão, sangramentos intestinais e mais frequentemente quadros infecciosos e inflamatórios agudos conhecidos como diverticulite de Meckel. O vídeo mostra o tratamento totalmente laparoscópico através da liberação de aderências firmes antigas, seguido de enterectomia e reconstrução primária, em paciente com Divertículo de Meckel com quadros de suboclusões recorrentes. O paciente havia sido submetido a exames prévios onde a alteração anatômica não havia sido detectada. Apenas durante quadro de descompensação por suboclusão que o Divertículo foi identificado em exame tomográfico e o paciente submetido à tratamento cirúrgico minimamente invasivo, apresentando excelente resolução e melhora total do quadro sem complicações. PERCEPÇÃO DO TEMPO DE ANTISSEPSIA NO PRÉ-CIRÚRGICO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: sergio Ibañez Nunes / Faculdade de Medicina Valença FAA; Marielle Grazielle Costa da Ponte / Faculdade de Medicina de Valença - FAA; Natália Lemos Carvalho / Faculdade de Medicina de Valença -FAA; Thais Barros Correa / Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF. Resumo Objetivos: a infecção é a principal complicação cirúrgica, por isso os cuidados de antissepsia devem ser muito bem protocolados, isso diminui o índice de infecções. Muitas vezes a percepção do cirurgião quanto ao tempo real da lavagem das mãos antes de procedimentos cirúrgicos. Método: O estudo foi realizado em dois hospitais da região do Campo das Vertentes em Minas Gerais, envolvendo os 30 primeiros cirurgiões do hospital que aceitaram participar da pesquisa Foi cronometrado o tempo gasto na lavagem de mãos da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo antes do procedimento, após o cirurgião era convidado a participar da pesquisa, então solicitado ao cirurgião opinar sobre o tempo que ele gastou. Foram separado em grupos de especialidades, tempo de formado e sexo. Resultados: Os tempos evocado e cronometrado foram respectivamente 4’ 11’’ ± 2’ 11’’ e 2’ 38’’ ± 1’ 10’’, com uma diferença de 1’ 32’’ entre as médias dos tempos. Observou-se que 83% do tempo evocado foi superior ao cronometrado. Apenas quatro cirurgiões evocaram o tempo inferior ao cronometrado e apenas um cirurgião acertou o tempo de antissepsia das mãos. Comparando o tempo evocado com o tempo cronometrado houve diferença significativa entre estes tempos com valor de p de 0,0015. Conclusão: A percepção dos cirurgiões no tempo gasto para lavar as mãos diverge do tempo cronometrado, subestimando esse tempo INFARTO ESPLÊNICO TOTAL: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Claudio Luiz Lourenço de Souza Junior / UNOESC; Rafael Rodrigues Rothbarth / UNOESC; Roberto Zilio / UNOESC; Vicente Sposito / UNOESC; Felipe Wurzel / UNOESC; Rita de Cassia Palma Lima / UNOESC; Flavia Silva de Souza / Univesidade Estacio de Sa – RJ. Resumo Introdução: O cisto esplênico é uma patologia rara, quando comparada a cistos de outros órgãos, dificilmente é aventado com primeiro diagnóstico durante uma avaliação clínica. Seus primeiros relatos datam entre 1790 (por Berthelot) e 1829 (por Antral). Devido à raridade do quadro em todo mundo, relataremos condução do caso desde o diagnóstico até o tratamento cirúrgico. Objetivo: Relato de um tratamento cirúrgico de cisto esplênico. Casuística: Emergência do Hospital Relato do Caso: J.B., 33 anos, sexo masculino, Haitiano, negro, casado. Data da Internação: 11/02/14 QP: “Dor na barriga” e vômitos HDA: Sintomas iniciaram 15 dias antes da internação, dor em região epigástrica associada à vômitos pós-prandial, nega piora com esforço físico. HPP: Ndn. Ao exame: Acordado, orientado, anictérico, estável hemodinamicamente. AR e AC: s/alterações Abdome: abaulamento epigástrico à inspeção e massa palpável nessa topografia estendendo-se para hipocôndrio E, doloroso a palpação em região epigástrica, RHA presentes. MMII: s/edemas, panturrilhas livres. Exames laboratoriais: s/alterações Exame radiológico: USG abdominal: Imagem hipoecogênica, em loja esplênica, envolta por um halo anecóico fazendo compressão no baço. TC abdominal: Coleção líquida, medindo 13X12cm, em GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 topografia de hipocôndrio E, fazendo compressão no baço, com diagnóstico presuntivo de pseudocisto de pâncreas. Cirurgia: Realizado então pré-operatório e no 3º dia de internação foi realizada laparotomia exploradora para exérese do cisto. Iniciada com incisão mediana supraumbilical, no inventário, identificou-se extenso cisto esplênico aderido ao estômago e epiplon. Devido dificuldade de dissecção foi realizada ampliação da incisão para região subcostal esquerda. Após dissecção e exérese do cisto, lavagem da cavidade com SF 0,9% morno, colocado dreno de suctor 4.8 em região de HT e e fechamento por planos. Peça foi encaminhada para exame anatomopatológico. Pct evoluiu bem no pós-operatório e no 7º dia de IH, alta hospitalar. Anatomopatológico : Baço com necrose coagulativa difusa do parênquima esplênico, áreas subcapsulares com resquício de tecido esplênico e áreas extensas de fibrose e inflamação crônica com depósito de hemosiderina, que se estende além da cápsula esplênica. Infarto Esplênico Total. Citologia: negativo para malignidade. Conclusão: Os cistos esplênicos em geral têm inicio insidioso e assintomáticos, muitos tem como primeira manifestação o abdome agudo, neste o tratamento cirúrgico é o definitivo Paciente 46 anos, masculino, admitido no HRA encaminhado pela UPA apresentando a seguinte história; dor em região epigástrica com irradiação para hipocôndrio esquerdo com evolução de 8 meses. Nos exames laboratoriais apresentou uréia de 30 mmol/l, creatinina de 1.2 mg/dl. Na ultrassonografia evidenciou grande calculo coraliforme acometendo parte do sistema pielocalicial associado a um abcesso esplênico com dimensões de 8.0 x 6.1 x 6.0 cm em polo superior. Solicitado tomografia de abdome (TC) que confirmou abscesso esplênico e apresentou sinais de atrofia renal à esquerda, com proeminente calculo coraliforme. Paciente foi submetido a nefrectomia a esquerda mais esplenectomia e drenagem subfrênica. Encaminhado para a UTI no pós-operatório imediato, evoluindo com alta para enfermaria onde evoluiu sem intercorrências recebendo alta hospitalar com resolução do quadro infeccioso no 7º dia pós- operatório. Os abcesso esplênicos são incomuns e fatais, 70% destes tem disseminação hematogênica, dentre as doenças predisponentes temos: Policitemia Vera, Endocardite, Trauma Prévio, Doença Falciforme, Infeccção do Trato Unirário, uso abusivo de droga intravenosa e AIDS. O quadro clínico é inespecífico e o diagnóstico é feito através de TC de alta precisão ou ultrassom. Os cálculos coraliformes são denominados ABCESSO ESPLÊNICO EM CONSEQUÊNCIA DE CÁLCULO CORALIFORME: RELATO DE CASO cálculos de Infecção, neste cao o tratamento conservador não foi uma opção, pois implicaria morbidade e mortalidade (próxima dos 30% aos 10 anos) significativas. portanto esta patologia exigiu um Temário: Cirurgia / Miscelânia tratamento cirúrgico agressivo. Autores: Lilian Cristhian Ferreira dos Santos Rocha / ITPAC; Agamenon Dias de Oliveira / ITPAC; Isabela Cristina Macedo Fernandes / ITPAC; Samara Martins da Silva / ITPAC; Amanda Gonçalves Rodrigues / ITPAC; Pedro Ernesto Alves Mangueira Júnior / ITPAC; Rone Antonio Alves de Abreu / ITPAC. ABDOME AGUDO CAUSADO POR TUMOR DE CÉLULAS GERMINATIVAS Resumo A litíase coraliforme afeta 1 a 1,5% da população, sendo acima dos 50 anos e no sexo feminino. Clínicamente apresenta-se por dor lombar, astenia, náuseas, vômitos, hematúria, embora o mais habitual seja por febre e/ou infecção urinária, simples ou complicada, se não tratado podendo evoluir para insuficiência renal crônica. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de cálculo coraliforme que evoluiu com abcesso esplênico, no qual será abordada a clínica do paciente até a resolução com tratamento cirúrgico. O trabalho foi realizado através de uma revisão de prontuário e levantamento acerca do tema com pesquisa em dados disponíveis no MEDLINE, LILACS-BIREME, PUBMED e COCHRANE e literatura especifica. Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Augusto Fey / PUC-PR; Lindolfo Moratelli / UNIDAVI / HRAV; Paulo Victor Jensen Cunha / UNIDAVI / HRAV; Paulo Hoffmann / UNIDAVI / HRAV; Bruno Haffemann Moser / HRAV; João Vilson Cláudio Teixeira / HRAV. Resumo Objetivo: Relatar caso clínico de paciente com quadro de tumor de células germinativas de testículo. Material e Metodologia: Realizado estudo de relato de caso ocorrido no Hospital Regional Alto Vale. Resultados: Relato de caso de paciente masculino, 43 anos,o qual deu entrada no pronto socorro do HRAV no dia 15/01/14 com quadro de dor abdominal com início há aproximadamente 5 dias associado à incontinência urinária. História de herniorrafia inguinal direita há 9 anos. Tabagista. Ao exame físico de chegada paciente GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 151 A nais 152 da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo em BEG, LOC, hidratado, pálido. ACP: SP. ABD: Semi distendido, radiográfico é difícil. Embora rara, o cirurgião geral deve ter sempre Blumberg -, massa palpável infraumbilical. Testículo não palpável à em mente a possibilidade de perfuração gastrointestinal em pacientes direita e diminuído de tamanho à esquerda. Exames laboratoriais que apresentam sintomas abdominais agudos atípicos. Em caso de (15 /01/14):normais com exceção da fosfatase alcalina que era de dúvida, deve-se fazer a exploração abdominal. Objetivo: Relatar 238. TC de abdome de chegada: imagem sugestiva de tumor de um caso raro de abdome agudo perfurativo bloqueado por parte de mesentério com linfonodos retroperitoneais. Realizadolaparotomia epiplon apos ingestão de corpo estranho, com manifestação tardia. exploradora no dia 16/01/14, com achado de tumor c/ Relato: O caso relatado trata de um paciente do sexo feminino, aproximadamente 15 cm em seu maior diâmetro, bem delimitada, de 76 anos, admitido em nossa instituição com quadro de dor com pedículo vascular. Realizado exérese da massa e exérese de abdominal em flanco esquerdo havia três meses associada com linfonodos mesentéricos e para aórticos. Paciente apresentou boa piora ha 1 semana. Paciente foi submetida à laparotomia exploradora evolução clínica com alta hospitalar no 2º PO. Anatomopatológico com identificação de corpo estranho (espinho de peixe) de cerca de (30/01/14): Neoplasia maligna pouco diferenciada, consistente 2,5 cm bloqueado por epíplon ao nível de jejuno há 140 cm da VIC. de tumor de células germinativas de testículo. Presença de Foi realizada ressecção da área bloqueada por epíplon e envida para metástase em linfonodos mesentéricos e para aórticos. O paciente anatomopatológico junto com o corpo estranho. Paciente evoluiu sem foi encaminhado para o serviço de oncologia para continuidade intercorrências e em bom estado geral; recebendo alta hospitalar no do tratamento. Conclusões: O caso mostra uma manifestação 2 pós operatorio. O laudo anatomopatológico evidenciou produto de atípica do tumor de células germinativas com diagnóstico a partir ressecção da lesão do omento; com processo inflamatório crônico de abdome agudo. A maioria dos pacientes se apresenta com supurativo com tecido de granulação e reação gigantocelular de tumor primário de testículo e neste caso a manifestação foi intra- tipo corpo estranho. (espinha de peixe). Conclusão: A partir deste abdominal. O diagnóstico dessa patologia se baseia nos aspectos caso, ilustramos uma situação, na qual, um caso de dor abdominal clínicos, radiológicos e de marcadores tumorais elevados (B-hcg e crônica tem sua investigação realizada de forma emergencial, apesar alfa fetoproteína). O prognóstico é favorável quando o diagnóstico de na maioria dos casos crônicos estes se darem ambulatoriamente é precoce. O tratamento consiste na combinação de ressecção com auxilio de exames. cirúrgica e quimioterapia. ABDOME AGUDO PERFURATIVO POR CORPO ESTRANHO SEM IDENTIFICAÇÃO DE PERFURAÇÃO INTRAOPERATÓRIA RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro Junior / UNISA; Fernando Furlan Nunes / UNISA; Diego Ferreira de Andrade Garcia / UNISA; Maycon Paulo de Oliveira / UNISA; Maytê Yule Alves Soares / UNISA; Carolina Zen Jannes / UNISA; Marselle Ribas / UNISA; Anaides Marques do Vale Cougo / UNISA. Resumo Introdução: A maioria dos corpos estranhos ingeridos passa por ABORDAGEM CIRÚRGICA DA DOENÇA DE CASTLEMAN NO TRATO DIGESTÓRIO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Iure Kalinine Ferraz de Souza / Universidade Federal de Ouro Preto; Amanda Jackcelly Borges Neves / Universidade Federal de Ouro Preto; Eduardo da Costa Marçal / Universidade Federal de Ouro Preto; Humberto Rodrigues Parreira / Universidade Federal de Ouro Preto; Leopoldo de Freitas Araujo / Universidade Federal de Ouro Preto; Iure Kalinine Ferraz de Souza / Universidade Federal de Ouro Preto; Amanda Jackcelly Borges Neves / Universidade Federal de Ouro Preto; Eduardo da Costa Marçal / Universidade Federal de Ouro Preto; Humberto Rodrigues Parreira / Universidade Federal de Ouro Preto; Leopoldo de Freitas Araujo / Universidade Federal de Ouro Preto. todo o trato gastrointestinal sem intercorrências, sendo eliminados nas fezes; entretanto, em alguns casos, podem ocorrer complicações Resumo como perfuração ou obstrução. A perfuração pode se manifestar por diversos quadros clínicos como sepse, obstrução e abscessos Introdução: A doença de Castleman é uma condição rara e carac- hepáticos ou abdominais; e o diagnóstico clínico, laboratorial e terizada por hiperplasia linfonodal. Existem três tipos anatomopatoló- GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 gicos dessa condição: tipo hialinovascular (HV), plasmocelular (PC) ou plasmocitário e misto. Clínicamente, a apresentação é unicêntrica ou multicêntirca - a primeira uma linfadenomegalia isolada, a segunda uma hiperplasia de múltiplas cadeias de linfonodos. O quadro está relacionado com a infeção pelo HIV e pelo herpes tipo 8, além de Harada / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Ana Luiza Rassi de Mendonça / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Lucyana Côrtes Torres / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Lara Meireles de Azeredo Coutinho / Hospital do servidor Público Estadual de São Paulo; Mayse Meireles de Azeredo Coutinho / Hospital Santa Genoveva. algumas formas de neoplasias malignas. A doença unicêntrica é mais comumente encontrada no mediastino, apesar de poder acometer Resumo qualquer qualquer tecido linfonodal, geralmente identificada por serendipitia em exame imaginológico como uma massa bem delimitada O erro médico é por definição qualquer ato ilícito praticado pelo com atenuação de tecidos moles; se utilizado contraste, há preen- médico com três elementos imprescindíveis: conduta culposa, re- chimento homogêneo, apesar de que massas grandes podem apre- sultado danoso e nexo causal entre a conduta e o resultado. Ou sentar padrão heterogêneo. A sintomatologia do acometimento do seja, alguma conduta médica que tenha ocasionado um prejuízo sistema digestório é possivelmente rica, havendo apresentações que para a saúde de um paciente. Esses erros estão cada vez mais se externam por sintomas obstrutivos, de hipersecreção ou mesmo presentes na mídia e infelizmente, ajudam a questionar a figura do em associação a manifestações sistêmicas de caráter endócrino que médico atual. O presente trabalho trata-se de um levantamento simulam manifestação sindrômica paraneoplásica. O diagnóstico final através de revisão bibliográfica sobre os fatores de risco que atuam normalmente é feito por meio de exame histológico de tecido biop- na ocorrência de erros cirúrgicos, especificamente na Cirurgia do siado. Objetivos: Concatenar os conhecimentos disponíveis sobre Aparelho Digestivo. Objetivamos com isso traçar fatores de prote- a doença de Castleman no que compete ao papel das intervenções ção para minimizar essa ocorrência, uma vez que se trata de uma cirúrgicas sobre a variante unicêntrica do trato digestório. Método: especialidade com procedimentos de baixa remuneração, que se Revisão não sistemática da literatura Resultado: Provavelmente em tornaram cada vez mais rápidos e sistematizados. Encontramos decorrência da raridade da condição, não se encontrou estudo ran- em nossas referencias como fatores de risco: a impessoalidade domizado que avalie as abordagens cirúrgicas; é consensual que a do atendimento médico, agendas cheias de médicos-cirurgiões, excisão completa do linfonodo acometido seja curativa, sendo o pa- pressão da mídia e dos meios de comunicação de massa, difusão drão ouro para tratamento da forma unicêntrica. Em uma revisão da do conhecimento, pouco treinamento técnico e profissional, entre literatura, de 278 pacientes submetidos à ressecção, o único preditor outras. Após a análise da bibliografia, foi possível traçar, entre ou- de mortalidade foi a ressecção completa, com uma mortalidade de tros, alguns principais fatores de proteção: a adoção do Termo de 4% em cinco anos, ao passo de nódulos biopsiados, mas não opera- Consentimento Livre e Esclarecido com linguagem acessível so- dos, estiveram associados a uma mortalidade de 18%. Em pacientes bre o procedimento a ser realizado, melhorar a relação cirurgião- com tumores inoperáveis, o debridamento também leva a resultados -paciente que foi deteriorada com o passar do tempo, além de melhores do que a conduta espectante. Conclusão: A doença de aprimorar o conhecimento técnico-cirúrgico, ético e legal sobre os Castleman, apesar de pouco comum, deve ser considerada em acha- erros médicos. Concluímos a partir disso, que o médico cirurgião dos incidentais de uma massa com características pouco sugestivas do Aparelho Digestivo deve adotar algumas medidas preventivas de alterações mais comuns do sistema digestório; seu diagnóstico em sua prática diária uma vez que nos encontramos na era da deve ser feito por de biópsia e, uma vez contatado o tipo histológico, indústria das indenizações. a lesão deve ser preferencialmente excisada. ABORDAGEM CIRÚRGICA E O ERRO MÉDICO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Luciana Meireles de Azeredo Coutinho / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Ibsen Augusto de Castro Azeredo Coutinho / Tecnomed Industria; Larissa Lopes ABSCESSO ESPLÊNICO EM PACIENTE EVOLUINDO COM QUADRO CONSUMPTIVO: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Thiago Sonalio Overrath Tomaz / Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen; Everson Fernando Malluta / Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen; Juliano Folletto / Hospital e Maternidade Marieta GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 153 A nais Konder Bornhausen; Victor Cangusssu Texeira Campos / Hospital e Matenidade Marieta Konder Bornhausen; Cassia Farris / Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen; Ana Cláudia Dall‘Oglio / Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen; Andressa Sará Maiochi / Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen; Murilo Martins / Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen. Resumo Introdução: O abscesso esplênico consiste em uma doença de difícil diagnóstico, porém com crescente aumento de casos publicados. Os avanços das técnicas diagnósticas auxiliaram o diagnóstico de novos casos. Objetivo: Relatar quadro consumptivo subagudo em um paciente portador de abscesso esplênico associado a espondilodiscite infecciosa. Relato de caso: Paciente de 59 anos evolui com quadro de intensa lombalgia, bilateral, incapacitante, cedendo apenas a analgesia com opiáceos. Diabético e hipertenso há 15 154 anos, com história prévia de amputações de pododáctilos por doença arterial periférica, evoluiu – em um período de 3 meses – com importante perda ponderal, limitação funcional a deambulação e piora do quadro álgico. Realizou hemograma com leucocitose importante e tomografia de abdome com esplenomegalia heterogênea, com volume aproximado de 1140 cm³, com coleção purulenta aderida em cauda de pâncreas e cúpula diafragmática esquerda. Foi submetido à drenagem cirúrgica da coleção e antibioticoterapia orientada para S.viridans, crescido em cultura. Durante a internação foi diagnosticado quadro associado de espondilodiscite infecciosa por ressonância magnética. Discussão: O abscesso esplênico esta associado diretamente a causas predisponentes como imunossupressão, trauma, radioterapia, endocardite infecciosa e extensão por contiguidade do processo infeccioso. O diagnóstico é complexo pois, geralmente, o quadro clínico é inespecífico. No caso em questão a possível etiologia das comorbidades é desconhecida. ACOMETIMENTO ABDOMINAL DE LINFANGIOLEIOMIOMATOSE: UM RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Flávius Vinícius Cabral Soares / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Jones Aguiar de Azevedo / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Pedro Pinto Firmeza / Hospital Geral de Fortaleza; Mariana Marconato Monje / Hospital Geral de Fortaleza; Phelipe Celestino Santos / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Ticiano Adler de Sousa Sindeaux / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Marina Paiva Sousa da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira; Fernando Holanda Costa Júnior / Hospital Geral Dr César Cals de Oliveira. Resumo Introdução: A linfangioleiomiomatose (LAM) é uma doença rara, multissistêmica com acometimento característico do parênquima pulmonar, resultando em formações císticas difusas. O paciente portador de LAM, geralmente, inicia o quadro clínico com sintomas pulmonares, sendo menos comum manifestações extrapulmonares. O prognóstico é ruim e os indivíduos com esta enfermidade tendem a evoluir anos após o diagnóstico com insuficiência respiratória e óbito. Objetivo: Apresentar à comunidade científica casode paciente portadora de LAM que iniciou o quadro clínico com acometimento abdominal, desenvolvendo um extenso linfangioleiomioma retroperitoneal. Casuística: a LAM ocorre preferencialmente mulheres jovens em idade fértil, com uma prevalência de 3,4-7,8 mulheres/1.000.000. Métodos: Os dados foram adquiridos por meio da coleta da história clínica, exame físico da paciente e informações registradas em prontuário médico, assim como revisão de prontuários de internamento prévio e laudos de exames de imagem, estudo histopatológico e imunohistoquímica, sob autorização da paciente. Resultados: K.C.A, sexo feminino, 26 anos, iniciou o quadro oito meses antes da internação com uma dor lombar bilateral, localizada, sem irradiações, que melhorava com o uso de analgésicos. Três meses após o início da dor, a paciente evoluiu com um quadro de equimose em região abdominal e episódios de saída de líquido de cor amarelada pela região umbilical. Realizou ultrassonografia abdominal que evidenciou uma volumosa massa pélvica. A Tomografia Computadorizada de Tórax confirmou a presença de uma extensa massa retroperitoneal. Foi submetida à laparotomia onde observou-se que a massa era bastante volumosa sendo colhido material para realização de biópsia, que apresentou linfangioleiomioma. Paciente evoluiu com um quadro de tosse seca, dispnéia em repouso e saída de líquido de coloração amarelada pela região umbilical, sendo observado a produção de derrame pleural com aspecto quiloso. Utilizou-se tamoxifeno como terapêutica. Realizou-se uma TCAR de tórax, que evidenciou formações císticas no parênquima pulmonar. Evoluiu com Trombose Venosa Profunda em Membro Superior Direito sendo suspenso do tamoxifeno. Indicou-se sirolimus como alternativa terapêutica. Conclusão: A LAM é uma doença rara que pode iniciar a sintomatologia com um quadro extrapulmonar, o linfangioleiomioma retroperitoneal, apesar de ser uma apresentação menos comum, entra no diagnóstico diferencial de tumores retroperitoneais. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 ACTINOMICOSE RETROPERITONEAL RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Fernando Furlan Nunes / Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro; Diego Ferreira de Andrade Garcia / Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro; Marcelo Augusto Fontanelle Ribeiro Junior / Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro; Adriano Sampaio / Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro; Julia Carvalho Seabra / Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro; Tamima Mohamad Abou Arabi / Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro; Javan Alvaro Matera Turrini / Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro; Stefanie Bergamim Saviano Moran / Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro. gastrointestinal. Ela se transforma em patógeno na presença de tecido(TEC) lesado, podendo ocorrer após CG abdominal, apendicite, perfuração gastrointestinal, corpo estranho ou neoplasia. O PC pode ter dor, anorexia, febre, leucocitose, massa palpável e fístulas. A AM pode ser confundida com neoplasia, AB diverticular, doença inflamatória intestinal e tuberculose. A CG permite um desbridamento do TEC necrótico,remoção de fístulas e DG definitivo. O TTO medicamentoso requer um tempo prolongado devido grande quantidade de fibrose formada pela infecção. Utiliza-se a PGC,de 10 a 20 milhões de unidades por dia durante 4 a 6. Conclusão: A AA é uma DC incomum mas remete um importante DG diferencial em PC com massa AL. O caso em questão foi elucidado através da cultura do material coletado na CG. Resumo A actinomicose (AM)abdominal (AL) é uma doença (DC) causada pelo Actinomyces israelli. É uma causa rara de DC e existem poucos relatos da bactéria como patógeno. A manifestação AL ocorre em 20% dos casos. O acometimento retroperitoneal(RP)é raro. A cirurgia(CG) é necessária para melhor elucidação do caso. Relato: Paciente(PC) DS,59 anos, masculino, procurou o serviço devido osteonecrose em fêmur e abscesso(AB) em coxa. Ex-tabagista e ex-etilista. Foi internado para drenar o AB e receber medicação. A análise do AB evidenciou presença de S aureus. Durante a internação, o PC evoluiu com febre,dor e distensão AL. Os exames constataram anemia hipocrômica e microcítica, discreta leucocitose e proteína C reativa aumentada. A tomografia computadorizada(TC) mostrou espessamentos nodulares retroperitoneais perirrenais à esquerda com formação expansiva, se estendendo até a região pré sacral. Foi aventada a hipótese de neoplasia RP. PC foi submetido à laparotomia diagnóstica que apresentou abscessos retroperitoneais, que foram enviados para análise. Durante o pós-operatório, o PC teve piora clínica, evoluindo com choque séptico de foco pulmonar e AL. Recebeu antibiótico de amplo espectro,enquanto aguardava o resultado da cultura do AB. O anatomopatológico evidenciou um processo inflamatório crônico inespecífico fibrosante em tecidos moles com ausência de sinais de malignidade.A cultura do AB teve como crescimento final Citrobacter freundii e Actinomyces.Após tal resultado,iniciou-se o TTO com penicilina G cristalina(PGC), 12 milhões de unidades por dia e houve melhora progressiva do caso. Discussão: a AM esta presente na flora da cavidade oral e do trato ADENOCARCINOMA DE APÊNDICE CECAL EM HÉRNIA DE AMYAND Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Alexsandro Sordi Libardoni / Hospital Estadual de Sumaré - UNICAMP; Milena Garcia / Hospital Estadual de Sumaré - UNICAMP; Elaine Cristina de Ataide / Hospital Estadual de Sumaré - UNICAMP; Henrique Jose Virgili Silveira / Hospital Estadual de Sumaré - UNICAMP; Marco Antonio de Oliveira Peres / Hospital Estadual de Sumaré UNICAMP; Thiago Jordao Almeida Prado Mattosinho / Hospital Estadual de Sumaré - UNICAMP; Arion Baptista Junior / Hospital Estadual de Sumaré – UNICAMP. Resumo Introdução: Hérnia inguinal é uma das afecções cirúrgicas mais comuns existentes. A Hérnia de Amyand caracteriza-se pela presença de apendicite aguda no interior do saco herniário inguinal. É uma condição rara, assim como as neoplasias primárias do apêndice, sendo o adenocarcinoma o 2º mais frequente. Relato de caso: MB, 85 anos, com hérnia inguinal direita recidivada de longa data, procurou nosso serviço relatando abaulamento no local da hérnia há 5 dias associado a dor. Ao exame físico: REG, corado, hidratado e afebril. Ao exame físico presença de hérnia inguinal encarcerada irredutível. Paciente submetido à inguinotomia exploradora, inventário: apêndice cecal aderido ao saco herniário, com sinais de apendicite grau II, realizado apendicectomia, seguida de herniorrafia pela técnica de Bassini. Paciente evoluiu bem e recebeu alta no 3º PO. Estudo histopatológico: adenocarcinoma bem diferenciado do apêndice cecal (pT1), com processo inflamatório crônico associado, ausência GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 155 A nais 156 de invasão angio-linfática, com margens de ressecção livres (3 cm). No seguimento ambulatorial foi proposto hemicolectomia direita para tratamento cirúrgico definitivo, porém filhos não assinaram o termo de responsabilidade cirúrgica. Estadiamento com tomografia e colonoscopia ambos com resultados normais. Discussão: a incidência da Hérnia de Amyand é de aproximadamente 0,1 %, o diagnóstico frequentemente é realizado no intraoperatório, o tratamento é apendicectomia seguida de herniorrafia, dando a preferência para técnicas sem a utilização de próteses devido a contaminação cirúrgica. As neoplasias de apêndice também são de incidência rara (1%). No intraoperatório realizado abertura da peça observando tumoração vegetante no interior do ápice do lúmen apendicular. Optamos por aguardar a histologia e não realizar a hemicolectomia na primeira abordagem, pelas condições clínicas e por existir a possibilidade de um carcinóide de apêndice (80-88% das neoplasias do apêndice), desta forma o tratamento teria sido definitivo. Conclusão: As duas patologias associadas têm o diagnóstico extremamente raro, o último caso descrito na literatura foi em 2009. O tratamento envolve as duas patologias de forma combinada, sendo de extrema importância a realização da hemicolectomia direita com linfadenectomia, mesmo que realizada secundariamente, pois este tratamento resulta em aumento da sobrevida, tendo sido bem estabelecido e documentado pela literatura. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo os tipos de câncer que acometem o intestino grosso. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 50 anos, queixa de dor anal, fezes em fita e hematoquezia iniciado há 10 meses, com perda ponderal de 9kg no período. Não tinha história familiar significativa para neoplasia e comorbidades. No exame abdominal presença de linfonodomegalias inguinais e no do ânus e reto presença de lesão endurecida, exteriorizando pelo ânus, lateral esquerda, acometendo toda a circunferência do canal anal. Exceto pelo tumor de canal anal, não haviam outras anormalidades no exame físico e com boa performance status ( ECOG-0) . Nos exames laboratoriais apresentava CEA 3,4. Exame de Colonoscopia mostrou lesão estenosante de canal anal, que não impedia a progressão do aparelho.Realizada biopsia da lesão: adenocarcinoma bem diferenciado, padrão usual. Tomografia computadorizada de tórax com contraste: discreta alterações pleurais de aspecto residual e pequena opacidade parenquimatosa no lobo médio. Tomografia computadorizada de abdome com contraste: cisto renal corticala esquerda, aparente espessamento parietal do reto com diminutos linfonodos perirretais. Baseados nestes achados a lesão foi diagnosticada como adenocarcinoma de margem anal, T3N3M0 , estadio IIIb (Classificação TNM). Realizou neoadjuvância (radioterapia e quimioterapia),sem boa resposta clínica, sendo posteriormente submetido a Amputação abdomino-perineal do reto. Anatomo-patologia : adenocarcinoma de margem anal. Foi encaminhado para seguimento na Oncologia ADENOCARCINOMA METASTÁTICO EM REGIÃO INGUINAL DIREITA PÓS AMPUTAÇÃO ABDOMINO-PERINEAL DEVIDO À NEOPLASIA DE CANAL ANAL Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Franciara Letícea Moraes da Cunha / HBDF; Cynthia Abdalla Cruz / HBDF; Sérgio Luiz Cruz Cunha / HBDF; Mariana Dias Zanchetta / HBDF; Dannilo Brito Silveira / HBDF; Alexandre Gheller / HBDF; Erivaldo Fernandes Lira / HBDF; Renata Gomes Ramalho Dos Santos / HBDF. Resumo clínica, realizou quimioterapia adjuvante. Retornou ao ambulatório de Coloproctologia após três anos apresentando lesão em região inguinal, ulcerada com retração e drenagem de secreção com odor fétido, medindo cerca de 8cm no seu maior diâmetro. Realizado biopsia: adenocarcinoma mestástatico, ulcerado e infiltrativo a pele da região inguinal direita. Encaminhado para Oncologia para terapia de resgate. ADENOCARCINOMA PRECOCE NO SEGMENTO GÁSTRICO EXCLUSO APÓS BYPASS GÁSTRICO: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Introdução: Os tumores no canal do ânus são mais frequentes entre as mulheres. Os que surgem nas bordas do ânus são mais comuns nos homens. Os tumores malignos surgem em tipos diferentes de tecidos, sendo o carcinoma epidermoide responsável por 85% dos casos. O câncer anal é raro e representa de 1 a 2% de todos os tumores do cólon e de 2 a 4% de todos Autores: Flávio Heuta Ivano / Hospital Sugisawa; Leonardo Yoshio Sato / Hospital Sugisawa; Lie Mara Hirata / Hospital Sugisawa; Aline Menacho Moraes / Hospital Sugisawa; Robson Matsuda Fernandez / Hospital Sugisawa; Rodrigo Coutinho Passos / Hospital Sugisawa; Ricardo Taqueyoshi Sugisawa / Hospital Sugisawa; Rogério Takeshi Miyake / Hospital Sugisawa. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Resumo A obesidade mórbida é um dos maiores problemas de saúde em todo o mundo. A cirurgia bariátrica é o tratamento mais efetivo para perda de peso em obesos mórbidos. No bypass gástrico em Y de Roux (BGYR), é confeccionado um pequeno reservatório gástrico, por onde o alimento passa, e a parte ADRENALECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA DE TUMOR DE GLÂNDULA ADRENAL Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Augusto Fey / PUC-PR; Paulo Hoffmann / UNIDAVI / HRAV; Lindolfo Moratelli / UNIDAVI / HRAV; Paulo Victor Jensen Cunha / UNIDAVI / HRAV; Bruno Haffemann Moser / HRAV; Jair Volney Carlos Teixera / HRAV. distal do estômago fica exclusa. O estômago excluso pode ser sede de doenças como gastrite, úlcera, hemorragia, obstrução, Resumo perfuração e neoplasia. O câncer gástrico no segmento excluso é raro. Após o BGYR, a avaliação endoscópica do estômago O adenoma de adrenal é mais frequente em adultos, principal- excluso fica comprometida, pois ele não é acessível por endos- mente no idoso frequentemente assintomático por não secretar copia digestiva alta (EDA). É possível avaliá-lo por meio da en- hormônios (não funcionantes). Entre os que secretam hormô- teroscopia de duplo balão (EDB), que é um método seguro e nios (funcionantes) pode haver hipersecreção de aldosterona eficaz. Outra forma de acesso é por meio de gastrostomia no gerando hiperaldosteronismo primário ou cortisol desenvolven- estômago excluso, que possibilita avaliação endoscópica deste do a síndrome de Cushing.Tratamento pode ser conservador segmento. Sem rotina para o uso de EDB, a presença de sinais quando a imagem radiológica demonstrar imagem menor que de alarme como anemia crônica, melena e emagrecimento deve 4 cm e ausência de hiperfunção hormonal. A videolaparoscopia ser investigada nos pacientes submetidos ao BGYR. A EDA no é o tratamento de escolha. O objetivo deste trabalho é relatar pré-operatório é o melhor método para avaliação do estôma- um caso de adenoma de suprarrenal tratado videolaparosco- go. Relato de caso: M.L.G.S., feminina, 52 anos, submetida picamente. Caso Clínico: Paciente feminina de 65 anos, em ao BGYR, há 9 anos. Iniciou com quadro de anemia refratária acompanhamento com serviço de nefrologia devido a hiperten- ao tratamento clínico e melena. Foi realizada EDA, que mostrou são arterial refratária ao tratamento e hipocalemia(K 2,3). Ape- BGYR. A colonoscopia demonstrou resíduos enegrecidos no sar do uso regular de diovan, anlodipino e atenolol, mantinha cólon direito e íleo terminal. Também foi submetida à EDB por picos hipertensivos, necessitando uso de atensina esporádico, via anterógrada, que permitiu acesso à alça bíleo-pancreática, com episódio de internação para tratamento de arritmia cardí- longa, com 100 cm de extensão, que impediu a progressão do aca em UTI, devido à hipocalemia (K 1,7). A partir dos dados aparelho além deste nível. Sem acesso ao estômago excluso, foi clínicos pensou-se em hiperaldosteronismo primário. Exames submetida à laparotomia exploradora com gastrostomia transo- complementares: Aldosterona: 40,2; Atividade de renina plas- peratória, para realização de EDA, que mostrou lesão ulcerada mática: 2,2. Teste confirmatório: dosagem de K urinário inade- com sinais de malignidade. A cirurgia foi complementada com quadamente elevado com metanefrinas urinárias normais. TC gastrectomia subtotal com esvaziamento ganglionar. A biópsia de abdome demostrou glândulas suprarrenais assimétricas e > revelou margens cirúrgicas livres de neoplasia e carcinoma gás- D, pela presença de nódulo hipercaptante medindo 16 X18mm, trico precoce, tipo macroscópico IIa + III, na incisura angular, sugerindo o aspecto do adenoma suprarrenal. Iniciou-se trata- de 4 x 2,5 cm. Tipo histológico: adenocarcinoma pouco dife- mento com espirinolactona e cloreto de potássio VO. Foi realiza- renciado com células em “anel de sinete”, invasor, tipo difuso de do adrenalectomia videolaparoscópica. Houve boa evolução e o Lauren. Profundidade de invasão: submucosa (SM2). Dois anos paciente recebeu alta hospitalar no segundo pós-operatório. O após a cirurgia, a paciente está assintomática e não há sinais de exame anatomopatológico da peça cirúrgica demonstrou ade- recorrência. Exames de imagem e marcadores tumorais perma- noma cortical de glândula adrenal No retorno pós-operatório necem dentro dos padrões de normalidade. Conclusão: Os em 7 dias a paciente apresentava controle satisfatório da pres- pacientes devem ser submetidos à EDA no pré-operatório para são arterial com uso apenas de um anti-hipertensivo (Diovan identificação de lesões suspeitas no estômago. Pacientes sub- 160mg) e níveis séricos normais de potássio (K: 4.3) Pode-se metidos ao BGYR com sinais de alarme devem realizar investi- concluir que a videolaparoscopia é um tratamento adequado gação do estômago excluso por meio de EDB. para tumores de suprarrenal. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 157 A nais ANÁLISE DOS ASPECTOS CLÍNICOS E CIRÚRGICOS EM PACIENTES VÍTIMAS DE ESCALPELAMENTO Temário: Cirurgia / Miscelânia 158 Autores: Raquel de Maria Maues Sacramento / Residente do serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/ Hospital Ophir Loyola; Francisco de Assis Alencar / Chefe do serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca / Coordenador da Residência de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Vice Coordenador da Residência de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola; Sebastião Neto Fernandes Barros / Residente do serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola; Raíssa Pereira de Tommaso / Residente do serviço de Cirurgia Geral Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola; Luiz Carlos da Silva Duarte Júnior / Residente do serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola; Claudio Claudino Alves Almeida / Preceptor do serviço de Cirurgia Geral - Centro Hospitalar Jean Bitar/Hospital Ophir Loyola. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo complicação oriunda do escalpelamento teve-se a infecção em (21/62) 34% dos pacientes, seguida da avulsão de pálpebras e orelhas. Dos procedimentos cirúrgicos realizados destacou-se o enxerto e o curativo cirúrgico realizados em 47,9% (23/48) das pacientes, expansor em (12/48) e retalho e trepanação, além de reconstrução de pálpebras, palvilhão auricular e supercílio. Conclusão: A principal característica das lesões foi a exposição óssea e de tecido granulomatoso. A complicação mais encontrada foi a infecção, seguida da avulsão de pálpebras e orelhas. Como principal intervenção cirúrgica reparadora encontraram-se as enxertias de origem autógena, tendo a coxa como principal área doadora. Tempo de tratamento das vítimas é longo e doloroso, e não recupera os cabelos e nem as lesões decorrentes do arrancamento de orelhas e pálpebras. Dai a importância das intervenções cirúrgicas com expansores e enxertos, visto que a necessidade de reconstrução de determinadas regiões ou áreas do corpo prevém a cura do paciente em primeiro lugar, mas, evita ainda complicações funcionais e maiores transtornos de ordem estética, mental e social. Resumo Introdução: Escalpelamento é trauma comum na região Norte do Brasil, causado por avulsão parcial ou total do couro cabeludo. Neste ambiente geográfico ocorre principalmente pelo contato acidental de cabelos longos com motor de eixo rotativo de embarcações fluviais (BRITO et al,2004). O presente trabalho tem como objetivo demonstrar, a partir da análise de casos atendidos no Hospital Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará a reconstrução das lesões do couro cabeludo em pacientes com traumas por escalpelamento. Objetivo: Relatar os aspectos clínicos e cirúrgicos prevalentes em vítimas de escalpelamento. Casuística: 48 pacientes. Método: Foi realizado um estudo observacional transversal, retrospectivo, descritivo e individual com 48 pacientes vítimas AS DIFICULDADES DA READAPTAÇÃO ALIMENTAR E GANHO NUTRICIONAL NO PACIENTE OSTOMIZADO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores:Ana Luiza Rassi de Mendonça / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Ibsen Augusto de Castro Azeredo Coutinho / Tecnomed Industria; Luciana Meireles de Azeredo Coutinho / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Lucyana Côrtes Torres / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Larissa Lopes Harada / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Mayse Meireles de Azeredo Coutinho / Hospital Santa Genoveva; Lara Meireles de Azeredo Coutinho / Hospital do servidor Público de São Paulo. Resumo de escalpelamento no período de Janeiro de 2006 a setembro de 2010. Resultados: Dos prontuários analisados 37,50% Nos últimos anos tem-se observado um aumento crescente (18/48) tiveram escalpelamento total e 56,25% (27/48) tiveram no número de ostomias realizadas em pacientes com escalpelamento parcial, os demais não foram registrados, o doenças neurológicas e portadores de doenças do trato causador da avulsão do couro cabeludo em 91,64% foi devi- gastrointestinal. Esta intervenção é capaz de modificar o do a torção do cabelo junto ao eixo rotativo do barco. Como processo anabólico e catabólico do organismo do paciente, principal característica das lesões a exposição óssea, presente alterando suas funções biológicas e com isso o curso de sua em (19/62) 30,6% dos casos pesquisados. FREITAS, (2005) patologia. O objetivo do estudo foi descrever e identificar, aponta também, como lesões por escalpelamento, necrose com bases na literatura, as dificuldades que os pacientes isquêmica, osteíte e seqüestração óssea. e como principal ostomizados encontram na sua readaptação alimentar e GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 ganho nutricional após a cirurgia. Tratou-se de um estudo de revisão dos últimos dez anos, nas bases de dados LILACS e SciELO. Certos alimentos, principalmente aqueles que promovem cheiro forte nas fezes, gazes e fezes amolecidas são os mais rejeitados pelos pacientes ostomizados, que devem procurar, mesmo que evitando certos alimentos, uma dieta balanceada e com suporte nutricional adequado para seu organismo. como presente estudo foi possível concluir que, uma vez realizada a ostomia no paciente, esta promove não só mudanças na saúde biológica do individuo, como também modifica o âmbito psicossocial, sendo que o ostomizado deve aprender a observar os efeitos que cada alimento promove em seu organismo retirando aqueles não tolerados sem que isso influencie em seu ganho nutricional. AVALIAÇÃO DE PACIENTES QUANTO AO RISCO DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO EM UM HOSPITAL PÚBLICO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Carlos José Cardoso Dourado / Ophir Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca / Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Ophir Loyola; Raissa Pereira de Tommaso / Ophir Loyola; José Gabriel Miranda Da Paixão / Ophir Loyola; Daniel Pereira Rezende de Almeida / Cesupa; Ariney Costa de Miranda / Cesupa; Denise Cristina Dos Santos Luz / Ophir Loyola. Resumo A infecção de sítio cirúrgico (ISC) vem sendo apontada como a principal complicação dos procedimentos cirúrgicos. Dentre ASPECTOS BIOPSICOSSOCIAIS DO PACIENTE JOVEM RECÉMOSTOMIZADO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Ana Luiza Rassi de Mendonça / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Ibsen Augusto de Castro Azeredo Coutinho / Tecnomed Indústria; Luciana Meireles de Azeredo Coutinho / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Lara Meireles de Azeredo Coutinho / Hospital do servido Público Estadual de São Paulo; Mayse Meireles de Azeredo Coutinho / Hospital Santa Genoveva; Lucyana Côrtes Torres / Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Larissa Lopes Harada / Pontifícia Universidade Católica de Goiás. as suas implicações destacam-se: a ampliação do período de internação, a utilização de terapia antibiótica, a utilização de testes adicionais de diagnóstico e a necessidade de novos procedimentos cirúrgicos. Trata-se de um tipo específico de infecção responsável pelo aumento da morbidade e mortalidade, que se traduz em enormes prejuízos aos pacientes e aos sistemas de saúde. O presente estudo tem como objetivo: descrever o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes diagnosticados com ISC; identificar eventuais fatores de risco; e avaliar sua relação com o escore de risco NNIS. Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, que avaliou dados de 241 pacientes submetidos a procedimentos em cirurgia geral, em um hospital terciário, no período de janeiro a dezembro de 2012. A taxa de incidência Resumo global de ISC foi de 8,7% (IC95%: 5,2 a 12,3%). Somente 38,1% dos diagnósticos se deram na internação hospitalar. A faixa etária Nos últimos anos tem-se observado um aumento crescente no com maior incidência foi a de 61 a 75 anos (17,7%). O sexo número de ostomias realizadas em pacientes jovens portadores de masculino apresentou maior taxa de ISC, 10,4 contra 7,4%. As doenças do trato gastrointestinal e vitimas de trauma abdominal. comorbidades mais prevalentes foram: a hipertensão arterial O objetivo deste estudo foi descrever e identificar, com bases na sistêmica (22%); o tabagismo (15,8%), obesidade (14,1%) e o literatura, as dificuldades que os pacientes jovens (15 – 35 anos) diabetes (6,6%). O procedimento cirúrgico que apresentou a ostomizados encontram na sua readaptação social. Tratou-se de um maior taxa de ISC foi a reconstrução do transito intestinal (25%). estudo de revisão dos últimos dez anos, nas bases de dados LILACS Das variáveis estudadas, comportaram-se como fator de risco: e SciELO. No decorrer deste trabalho foi possível concluir que além o tabagismo, a imunossupressão, o índice ASA e o potencial de das inúmeras modificações da fisiologia do trato gastrointestinal, o contaminação do procedimento cirúrgico. e como fator protetor: paciente jovem deve contar após a ostomia, com cuidados amplos de a ausência de comorbidades e a colecistectomia laparoscópica. higiene corporal, restrições de certas atividades físicas características por fim, o estudo demonstra que o diagnóstico pós-alta hospitalar dessa faixa etária, mudança em sua vida social, sexual e obter, com o é bastante representativo sobre a taxa global de ISC, e que existe apoio de uma equipe multiprofissional, uma nova perspectiva de sua uma real associação entre a ocorrência da ISC e o aumento da autoimagem. classificação do escore de risco NNIS. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 159 A nais CARCINOMA ESPINOCELULAR EM VESÍCULA BILIAR – RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro Junior / UBISA; Murillo de Lima Favaro / UNISA; Fernando Furlan Nunes / UNISA; Diegi Ferreira de Andrade Garcia / UNISA; Ligia Oliveira Ribeiro / UNISA; Leonardo Neves da Silva Saguia / UNISA; Fernando Kamimoto Eckmann Helene / UNISA; Guilherme Erdmann da Silveira / UNISA. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo prolifera-se rapidamente, exibe baixa incidência de metástase linfonodal, sendo direta a invasão precoce de órgãos vizinhos. A ressecção curativa pode ser esperada em 20-40% dos pacientes e confere prognóstico reservado ao paciente. CISTO DE MESENTÉRIO GIGANTE DE ORIGEM TUBERCULOSA Temário: Cirurgia / Miscelânia Resumo 160 Introdução: O câncer de vesícula biliar é a neoplasia mais comum do trato biliar, com prevalência muito variável: 1,43/100.000 nos EUA e 17,8/100.000 no Chile. O adenocarcinoma é o tipo histológico mais comum (90-95%), enquanto o Carcinoma Espinocelular (CEC) é raro, o que torna sua informação na literatura limitada. A idade média dos pacientes com CEC de vesícula biliar é de 65 anos, com predominância no sexo feminino (3,8:1). Objetivo: Relatar caso de CEC em Vesícula Biliar diagnosticado no Hospital Geral do Grajaú (SP), em maio/2014, e verificar sua apresentação, evolução e prognóstico diante do tratamento realizado, correlacionando-o com a literatura. Metodologia: Revisão de prontuário e literatura. Relato de Caso: VVG, 45 anos, masculino, pardo, solteiro, ajudante geral, natural da Bahia, em SP há 20 anos. QD: dor abdominal há 1 ano. HPMA: paciente refere dor em flanco esquerdo há 1 ano irradiada para mesogastro e febre não aferida. Nega alteração do hábito intestinal. Relata perda de 10 kg em 7 meses. Exame Físico de entrada: regular estado geral, anictérico, acianótico e afebril. Abdome flácido, doloroso em flanco esquerdo, abaulamento palpável, endurecido, aderido aos planos profundos até região umbilical, com diâmetro de 15 cm. Tomografia Computadorizada visualizou: vesícula biliar não caracterizada, com volumosa coleção heterogênea, cápsula espessa, conteúdo líquido/gasoso extendendo-se até fossa ilíaca direita e hipogastro. Indicada laparotomia exploradora que evidenciou: tumoração intracavitária acometendo o cólon transverso, aderida à parede abdominal e à grande curvatura gástrica, envolvendo a vesícula biliar. Realizada Colectomia segmentar com grampeador linear 75, ressecção da tumoração em monobloco (vesícula biliar, transverso, meso correspondente e linfonodos) e cólon-cólon anastomose à Barcelona. Resultados: Anatomopatológico: CEC bem diferenciado. Estadiamento: pT3 pNX pMX. Perfil imunohistoquímico associado ao aspecto histológico consistente com infiltração de CEC bem diferenciado em vesícula biliar e parede de intestino grosso. Sítio primitivo provável: vesícula biliar Conclusão: O CEC de vesícula biliar é uma entidade rara, de difícil diagnóstico, Autores: Emmanuel Conrado Sousa / UESC; Mayana Oliveira Soares Vieira / UESC; Matheus porto Carvalho / SCMI; Rosangela Carvalho de Melo / UESC; Dário Nunes Moreira Junior / SCMI. Resumo Introdução: Os cistos de mesentério são entidades raras, com incidência estimada em 1/100.000 a 1/250.000 admissões hospitalares, com igual proporção entre os sexos. É definido como qualquer lesão cística localizada entre os folhetos do mesentério, sendo mais comumente encontrado no íleo. Metodologia: Descrição de caso clínico: WMS, masculino, 25 anos, ajudante de pedreiro e solteiro. Apresentava aumento de volume abdominal há 01 ano, mais acentuado nos úlimos três meses,empachamento pós-prandial e emagrecimento de 12 Kg neste período, equivalendo a 15% do peso corporal. Tratado de tuberculose pulmonar há 04 anos. Paciente emagrecido e descorado+/4. Ao exame abdômen distensão acentuada , indolor, pouco móvel e de consistência cística a palpação; maciço a percussão e com RHA diminuídos. Exames de imagem (ultrassonografia e tomografia computadorizada do abdômen) identificam volumosa massa cística ocupando todo abdômen e deslocando alças intestinais superiormente e para esquerda, com diâmetro longitudinal de 32 cm. Submetido à laparotomia exploradora que mostrou volumoso cisto mesentérico do intestino delgado, contendo 15 litros de liquido esverdeado sem odor. Apresentava cápsula firme e adjacente ao mesentério do delgado bloco de linfonodos aumentados que foi ressecado. Paciente apresentou boa evolução no pos-operatório, alta no 7º dia de posoperatório. A histopatologia mostrou tratar-se de cisto de mesentério gigante de origem tuberculosa. Discussão: Em 1950, Beahrs e cols classificaram os cistos mesentéricos em quatro grupos de acordo com sua etiologia e características histológicas: cistos embrionários ou de desenvolvimento, cistos traumáticos ou adquiridos, cistos neoplásicos e cistos infecciosos ou degenerativos. Nosso relato registra uma destas raridades, apresentando-se como lesão cística gigante, relacionada à tuberculose pulmonar tratada anteriormente, GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 com resolução do quadro abdominal após completa excisão do cisto. Conclusão: A excisão cirúrgica completa deve ser indicada em todos os casos de cisto do mesentério, contribuindo para determinar sua etiologia e evitando complicações como hemorragia ou ruptura. moderadamente diferenciado, comprometendo a cabeça do pâncreas e linfonodos locorregionais, compatível com sítio primário de vias biliares extra hepático (colédoco). O duodeno livre de neoplasia. O pós-operatório imediato foi na UTI, evoluindo com fístula biliar e boa resposta ao tratamento conservador. Abscesso hepático que foi tra- CISTOADENOCARCINOMA DE COLÉDOCO COM TUMOR SINCRÔNICO DE PÂNCREAS Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Augusto Fey / PUC-PR; Lindolfo Moratelli / UNIDAVI / HRAV; Paulo Hoffmann / UNIDAVI / HRAV; Paulo Victor Jensen Cunha / UNIDAVI / HRAV; João Vilson Cláudio Teixeira / HRAV; Bruno Hafemann Moser / HRAV. Resumo tado com punção guiada por tomografia. Alta no vigésimo primeiro dia de internação e ao serviço de oncologia. COLANGIOPANCREATOGRAFIA RETRÓGRADA ENDOSCÓPICA (CPRE) MAIS PAPILOTOMIA EM PACIENTE COM COLEDOCOLITÍASE RESIDUAL – RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Paciente de 43 anos, masculino. Atendido pronto-socorro do Hospital Regional do Alto Vale com uma história de dor em hipocôndrio direito há 15 dias e há 7 dias com icterícia, emagrecimento, colúria e acolia, desidratado, abdômen doloroso em hipocôndrio direito sem massas palpáveis.Irmão com neoplasia hepática avançada aos 43 anos. Exames laboratoriais: TGO: 351; TGP: 509; GGT: 1400; FA: 1202; Bilirrubinas: Total 17,2; Indireta 1,8; Direta: 15,4. USG:Pequena dilatação das vias biliares intra-hepáticas, com formação de aspecto cístico, medindo 8,2 x 5,4 cm na topografia do colédoco. TC de abdômen:Discreta dilatação de vias biliares intra-hepática, com formação expansiva hipodensa medindo cerca de 8,8 x 5,5cm, localizado na topografia do colédoco. Optou-se pelo tratamento cirúrgico onde foi realizado exérese de cisto de colédoco + colecistectomia + anastomose bileodigestiva em Y de Roux. Anatomopatológico:adeno carcinoma moderado diferenciado e invasivo de ducto extra hepático. Dilatação cística de colédoco com infiltração de gordura e metástase para linfonodos locorregionais. Estadiamento T3N2. Paciente evoluiu com fistula da anastomose bileodigestiva, com boa resposta ao tratamento conservador com nutrição parenteral. Recebeu alta hospitalar no décimo quarto dia de internação e foi encaminhado ao serviço de oncologia que iniciou com quimioterapia. Após 4 meses da cirurgia o paciente retorna ao serviço de cirurgia com dor abdominal e exames laboratorias compatíveis com pancreatite. Foi realizado umacolangiorressonanciamagnética que demonstrou pâncreas apresentando aumento da região cefálica, devido provável lesão nodular (medida estimada de 2cm), ocasionando dilatação difusa do ducto pancreático principal e sinais de atrofia do corpo e calda. Paciente foi submetido a duodenopancreatectomia e jejunostomia com ressecção dos linfonodos locais. Anatomopatológico: adenocarcinoma Autores: Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; Luiz Otávio Lopes Macedo / Hospital Ophir Loyola; Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophir Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; Carlos Jose Cardoso Dourado / Hospital Ophir Loyola; Adriano Sousa / Hospital Ophir Loyola; Carlos Augusto Furtado Pereira de Souza / Hospital Ophir Loyola; Fabio Costa Negrao / Hospital Ophir Loyola. Resumo Introdução: No Ocidente, no qual temos o Brasil, cerca de 90 – 95% dos casos de coledocolitíase resultam da passagem de um cálculo formado na vesícula biliar pelo ducto cístico em 6 – 12 % dos portadores de colelitíase. Objetivo: Relatar um caso de coledocolitíase tratada por CPRE e papilotomia evoluindo a óbito. Casuística: Um paciente (relato de caso). Método: Avaliação retrospectiva do prontuário da paciente no Hospital Jean Bitar. Resultados: Paciente do sexo feminino, 69 anos, com antecedente de colecistectomia há dez anos, procurou atendimento médico há dois anos devido apresentar dor em hipocôndrio direito e epigástrio. Foi realizada ultrassonografia que atestou diagnóstico de coledocolitíase residual, além de possuir colangiorressonância afirmando dilatação do ducto colédoco. A paciente negou episódios sugestivos de colestase e não possuía outras comorbidades. A fosfatase alcalina, GGT, bilirrubinas totais e frações apresentavam-se em seus níveis de normalidade no pré-operatório, bem como não havia alterações no restante dos exames laboratoriais pré-operatórios. O risco cardiológico foi avaliado de classe I. A paciente internou no Hospital Jean Bitar e foi realizado o tratamento por meio de CPRE mais papilotomia e retirada de cálculos do colédoco. Dois dias após o procedimento a paciente GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 161 A nais evoluiu progressivamente com rebaixamento do nível de consciência, hipotensão, cianose de extremidades e taquedispneia, dando entrada na UTI. A mesma apresentava–se com níveis de lactato, bem como de ureia, GGT, AST e ALT pouco elevados e um aumento mais significativo da creatinina sérica. porém mais significativo foi o aumento da amilase para 2.492 U/L e da lipase para 1.147 U/L. Apresentava também leve anemia sem leucocitose. Evoluiu com acidose metabólica e respiratória com pH de 6,94. A paciente teve quatro paradas cardíacas na UTI evoluindo a óbito. Conclusão: A CPRE, embora invasivo, possui taxa de complicação em torno de 5-7 % e as principais complicações da esfincterectomia são a colangite e a pancreatite, perfuração e sangramento. A esfincterectomia tem uma taxa de mortalidade de 1%. portanto, mesmo com taxas baixas de complicações, as mesmas, quando ocorrem precisam de extrema atenção e intervenção em tempo hábil. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo B e C, bem como outras causas de imunodeficiência, estando todos os resultados negativos. Foi submetido à biópsia da lesão que evidenciou condiloma acuminado sendo ressecado pela técnica de Shaving e as recidivas com crioterapia. Discussão: O objetivo principal do tratamento do condiloma acuminado é a eliminação do maior número de lesões visíveis até que o sistema imune do hospedeiro consiga controlar a replicação viral. A escolha da melhor técnica depende do tamanho, local, número, morfologia das lesões, custo, reações adversas, preferências do paciente, terapias anteriores e habilidades do médico. A terapia farmacológica é indicada para lesões de pequenas. A terapia cirúrgica, por sua vez, tem a vantagem de conseguir extinguir as lesões em uma ou poucas sessões. A crioterapia é indicada para as recidivas. A ressecção cirúrgica é o melhor método além de permitir a avaliação histológica da lesão, foi o método utilizado no caso em questão. A recorrência 162 CONDILOMA ACUMINADO COM LOCALIZAÇÃO INGUINAL EM PACIENTE MASCULINO: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Beatriz Moraes Vieira da Silva / PUC Campinas; Bianca Calil / PUC Campinas; Ivna Holanda Viana / PUC Campinas; Antonio José Alves Junior / PUC Campinas; Joaquim Simões Neto / PUC Campinas. é elevada (25 a 50%) principalmente se o tratamento cirúrgico não é empregado. Conclusão: O condiloma acuminado é uma doença de incidência crescente, cujo diagnóstico é realizado por suspeita clínica e biópsia. O tratamento é variado e tem o objetivo de eliminar o maior número de lesões, entretanto as taxas de recidiva ainda são altas, especialmente onde é empregado outro tratamento que não o cirúrgico. HÉRNIA DE SPIEGEL ENCARCERADA: RELATO DE CASO Resumo Temário: Cirurgia / Miscelânia Introdução: Os condilomas acuminados são lesões vegetantes que atingem a região ano genital causados pelo Papiloma Vírus Humano (HPV). A transmissão se dá por contato sexual e tem período de incubação de três semanas a oito meses. A incidência do condiloma em homens e mulheres é equivalente e a faixa etária mais acometida está entre 15 e 30 anos. Sua infecção é atualmente a doença sexualmente transmissível (DST) mais prevalente no Brasil. Objetivo: Relatar um caso clínico de interesse na prática médica por sua crescente incidência e mostrar a condução do mesmo. Relato de caso: Paciente masculino, 49 anos, procurou o serviço de Cirurgia Geral do Hospital da PUC – Campinas referindo o aparecimento de lesões enegrecidas, não pruriginosas e indolores em região inguinal há 1 ano . Ao exame físico apresentava bom estado geral, com numerosas lesões enegrecidas, elevadas e de tamanhos variados em região inguinal bilateral. Durante a investigação diagnóstica foram pesquisadas infecções pelo vírus HIV, Hepatite Autores: Hermano Augusto de Medeiros Junior / Hospital Renascença Campinas; Henrique Valerio de Mesquita / Hospital Renascença Campinas; Leandro de Souza Lehfeld / Hospital Renascença Campinas; Tatiana Paschoalato / Hospital Renascença Campinas; Gustavo da Silveira Trindade / Hospital Renascença Campinas. Resumo Introdução: As hérnias de Spiegel podem ser descritas como protrusão de um saco peritonial, órgão ou gordura pré-peritonial por meio de defeito adquirido ou congênito através da fáscia spiegeliana, que faz parte da aponeurose do músculo transverso abdominal, localizando-se entre a linha semilunar e a borda lateral do músculo reto abdominal, frequentemente acima dos vasos epigástricos inferiores, ao nível da linha arqueada, onde a fáscia encontra-se mais larga e delgada. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 40 anos, obesa, com relato de dor abdominal persistente em região GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 de fossa ilíaca esquerda, náuseas, sem vômitos, sem febre. Exames diagnóstico de Policitemia Vera há cinco anos, sendo flebotomia iniciais com leucocitose discreta. Realizada tomografia de abdome periódica a única conduta terapêutica; negou outras comorbidades. e solicitada avaliação da equipe de Cirurgia Geral. Ao exame físico Ao exame físico admissional, paciente apresentava abdômen globoso, apresentava massa dolorosa próximo a crista ilíaca esquerda, sem normotenso, com abaulamento de 5x6 cm em flanco esquerdo, sinais flogísticos, irredutível manualmente mesmo após sedação. doloroso à palpação superficial em flanco e fossa ilíaca esquerda, Optado por abordagem cirúrgica, com achado de hérnia de Spiegel ruídos hidroaéreos presentes e presença de esplenomegalia até o nível encarcerada, sem sinais de sofrimento do conteúdo. Realizado da cicatriz umbilical. Realizou-se colecistectomia videolaparoscópica reparo e colocaçao de tela pré aponeurótica. Evolução pós associada à hernioplastia, com colocação de tela, no mesmo ato operatória satisfatória. Conclusão: As hérnias de Spiegel são raras operatório. Os procedimentos cirúrgicos foram realizados sem e com potencial de encarceramento. O presente caso foi tratado intercorrências, com diagnóstico intraoperatório de hérnia de Spiegel. cirurgicamente com sucesso. Paciente retornou ao leito e 6 horas após a cirurgia, evoluiu com formação de hematoma subjacente às incisões e retornou ao bloco HÉRNIA DE SPIEGEL EM PACIENTE PORTADORA DE POLICITEMIA VERA: UM ACHADO INTRAOPERATÓRIO DE COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Bernardo porto Maia / UEPA; Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; Allan Herberth Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; Bruno de Castro Ribeiro / Hospital Ophir Loyola; Victor Soares Peixoto / Hospital Ophir Loyola; Carolina Costa Beckman Nery Oti / Hospital Ophir Loyola; Igor Isamu Couceiro Seto / UEPA. Resumo Introdução: A Hérnia de Spiegel é uma patologia não muito frequente cujo tratamento é cirúrgico. Entre os diagnósticos diferenciais podemos ter desde lipomas até tumores de anexos à pele. O conhecimento dessa patologia é essencial para que haja o correto diagnóstico e tratamento da mesma. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente portadora de policitemia vera com hérnia de Spiegel diagnosticada durante colecistectomia laparoscópica. Casuística: Um paciente (relato de caso). Metodologia: Relato de caso baseado em dados de prontuário, entrevista e acompanhamento do quadro clínico da paciente. Resultado: MJAS, sexo feminino, 69 anos, cirúrgico para drenagem da coleção. No primeiro pós-operatório, com dispneia e mal estar geral, a paciente foi encaminhada novamente ao bloco para cirurgia de controle de danos e posteriormente ao CTI, no qual foram administradas drogas vasoativas e transfusão de concentrados de hemácias. Durante sua permanência no CTI, evoluiu com insuficiência renal, choque hipovolêmico grau IV e acidose metabólica, progredindo a óbito quatro dias depois. Conclusão: A adição de procedimentos secundários ao procedimento principal aumenta o índice de complicações cirúrgicas principalmente em pacientes com co-morbidades já previamente diagnosticadas. HÉRNIA INCISIONAL GIGANTE EM PACIENTE HEPATOPATA - RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Diego Ferreira de Andrade Garcia / Universidade de Santo Amaro; Fernando Furlan Nunes / Universidade de Santo Amaro; Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro Junior / Universidade de Santo Amaro; Alana Coutinho Torres / Universidade de Santo Amaro; Julia Carvalho Seabra / Universidade de Santo Amaro; Tamima Mohamed Abou Arabi / Universidade Santo Amaro; Bianca Dermendjian / Universidade de Santo Amaro; Stefanie Bergamim Saviano Moran / Universidade de Santo Amaro. Resumo parda, aposentada, casada, natural de Belém, G5A0P5, procurou o ambulatório de cirurgia geral do Centro Hospitalar Jean Bitar Introdução: Hérnia de parede abdominal é problema frequente com queixas de dor e abaulamento abdominal. Referiu história de em pacientes cirróticos, estando presente em mais de 20% e em abaulamento e dores abdominais em flanco e fossa ilíaca esquerda, até 40 % nos que apresentam também ascite. O grande volume há cinco anos, associada a vômitos e dor em hipocôndrio direito. do saco herniário favorece a ocorrência de complicações. Relato Ultrassonografia abdominal evidenciou colelitíase, sem dilatação do caso: GRP, 40 anos, sexo masculino, veio ao serviço por de vias biliares e baço com dimensões aumentadas. Paciente com hérnia incisional gigante. Paciente com histórico de 2 herniorrafias GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 163 A nais umbilicais prévias, refere aumento abdominal há 4 meses com da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Resumo lesões necróticas e algia, febre e astenia. Ex-etilista e cirrose 164 hepática alcoólica há 2,5 anos, CHILD C e MELD 11. Ao exame Introdução: A correção das hérnias volumosas e dos grandes físico de entrada, apresentava-se em regular estado geral, com defeitos da parede abdominal constitui desafio da prática cirúrgica. hérnia incisional em abdome em 2 porções, supra e infra umbilical. O pneumoperitônio progressivo pré-operatório para o fechamento Foram feitos exames pré-operatórios e internação. Exames de defeitos da parede abdominal já existe há 60 anos. Desde en- laboratoriais evidenciaram hipoalbuminemia e diminuição do INR. tão, modificações ocorreram gerando bons resultados, apesar de A Tomografia Computadorizada Contrastada, mostrou volumosa grande parte das publicações incluírem casos pequenos. Objetivo: ascite abdominal e hérnia na parede abdominal anterior com Relatar um caso de uso do pneumoperitônio progressivo no pré- protrusão de alças colônicas, principalmente transverso, com ascite -operatório de hérnia incisional e discutir aspectos relevantes da e conteúdo de delgado, com anel hérniario de cerca de 12 cm. técnica. Relato de caso: J.A.R, 62 anos, sexo masculino, porta- A esofagogastroduodenoscopia concluiu varizes de fundo gástrico dor de hérnia incisional volumosa recidivada, que se iniciou há 17 e de esôfago de médio e grosso calibres, gastropatia hipertensiva anos, com exposição da tela de Marlex, ulceração em região para- leve, e pólipos gástricos. Foi realizado hernioplastia incisional, com -umbilical esquerda com drenagem de secreção purulenta e cheiro 3 anéis herniários em linha mediana, com ressecção e fechamento fétido compatível com infecção por Pseudomonas aeruginosa. Em primário do terço médio e inferior com colocação de tela dupla maio/2014, foi submetido a desbridamento da ferida com retirada da face. Foi drenado 12 litros de líquido ascítico de aspecto purulento, tela de Marlex. Em 13 de agosto de 2014, após jejum de 8 horas, o e reposto 30g de albumina 04 de volumen e 03 plasma. Paciente procedimento para realização do pneumoperitônio foi na sala de Ul- segue internado na Unidade de Terapia Intensiva com choque trassonografia, guiado por ultrassom e tomografia. A punção foi re- séptico e síndrome hepatorrenal, respondendo satisfatoriamente ao tratamento. GRP aguarda transplante hepático. Discussão: Herniorrafia em pacientes portadores de cirrose avançada e ascite resulta em alta morbi-mortalidade. Os critérios de Child-Pugh são frequentemente usados para a estratificação do risco cirúrgico, com mortalidade de 10% 31% e 76% nos grupos A, B e C, respectivamente. As hérnias nestes pacientes provoca diminuição da qualidade de vida, por desconforto, alterações na deambulação, perfuração. É imprescindível o tratamento agressivo da ascite para a reparação da hérnia, para diminuir recidivas. Conclusão: O paciente hepatopata com hérnia de parede abdominal, apresenta piora na qualidade de vida, embora a hernioplastia desses pacientes resulta em alta morbi-mortalidade, a realização é indicada e pode anteceder o transplante hepático. alizada no hipocôndrio esquerdo, sobre a linha hemiclavicular, junto ao rebordo costocondral. Após a colocação do cateter, introduziu-se a primeira dose de ar ambiente. Tomografia de abdome foi realizada para confirmar a presença de pneumoperitônio. As insuflações diárias de ar ambiente variaram de 20 a 250mL ao dia, totalizando 1,9 litros, por período de 27 dias. Além disso, tomografias seriadas foram feitas para corroborar a expansão. A tolerância ao pneumoperitônio foi avaliada clínicamente, observando a presença de algum tipo de desconforto relatado pelo paciente. O paciente foi encaminhado à cirurgia dia 10/09/2014 para realização de hernioplastia com deslocamento da aponeurose e musculatura abdominal e reaproximação das bordas com sutura elástica. Ato sem intercorrências. Conclusão: As hérnias volumosas da parede abdominal podem causar grandes complicações, sendo difíceis de serem tratadas. O uso do pneumoperitônio progressivo pré-operatório constitui-se de um procedimento seguro e simples de ser realizado, contribuindo HÉRNIA INCISIONAL VOLUMOSA: TRATAMENTO COM PNEUMOPERITÔNIO PROGRESSIVO NO PRÉ-OPERATÓRIO ASSOCIADO À SUTURA ELÁSTICA Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Renata Silva Lima / Uni-BH; Ivianny Ferreira Mathias / Uni-BH; Raquel Habibe Costa da Silva / Uni-BH; Kelly Renata Sabino / Santa Casa de Misericórdio de Belo Horizonte; Andy Petroianu / Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte. de forma significativa na reparação cirúrgica desses defeitos. Além disso, gera bons resultados, tanto no que diz respeito à técnica operatória quanto à adaptação sistêmica do paciente. HÉRNIA INGUINAL ENCARCERADA POR TORÇÃO TESTICULAR INTRAVAGINAL CRIPTORQUÍDICO – RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Autores: Raíssa Pereira de Tommaso / Hospital Ophir Loyola/ Centro Hospitalar Jean Bitar; Francisco de Assis Alencar / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Emanoel José Baptista Oliveira / Hospital Pronto Socorro Municipal Mario Pinotti; Carlos José Cardoso Dourado / Hospital Ophir Loyola/ Centro Hospitalar Jean Bitar; Jose Miranda Rabelo Neto / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Fabio Costa Negrão / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar. Resumo Introdução: A criptorquidia é uma doença causada pela retenção do testículo em algum lugar na descida do retroperitônio à raiz do escroto. Ao longo do tempo, tende a causar alterações morfofisiológicas testicular, além de degeneração maligna. A torção testicular tem maior incidência entre os 12 e 18 anos, sendo a torção intravaginal a forma mais comum de apresentação clínica. Está associada de pós-operatório. Conclusão: A cirurgia nos casos de criptorquidismo é indicada para evitar a degeneração maligna e reduzir a taxa de torção testicular, visto que esta é uma urgência urológica e requer intervenção cirúrgica imediata, por causar uma necrose isquêmica irreversível do testículo acometido. INTUSSUSCEPÇÃO DE TRANSVERSO SECUNDÁRIA À COLITE SUPURATIVA: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Henrique Valério de Mesquita / Santa Casa de Limeira; Gabriel Carvalho Oliveira Gazarra Borges / Santa Casa de Limeira; Filipe Starling Hubner / Santa Casa de Limeira; Renata Rossato / Santa Casa de Limeira; Bruno de Oliveira Araújo Souza / Santa Casa de Limeira; Ignácio Leite da Costa / Santa Casa de Limeira; José Felipe Freire Martins / Santa Casa de Limeira; Gustavo José Ferroni Plentz da Silva / Santa Casa de Limeira. Resumo as deformidades anatômicas promovendo instabilidade do órgão, e rotação livre do testículo, devido à ausência de aderência normais Objetivo: Apresentar caso de intussuscepção em paciente adulto, com a túnica vaginal. Objetivos: Relatar o caso de uma paciente de etiologia benigna. Frequente na faixa pediátrica, a intussuscep- com hérnia inguinal encarcerada. Casuística: Trata-se de um tra- ção, invaginação de um seguimento proximal do intestino em um balho descritivo, intervencional, prospectivo. Metodologia: As seguimento distal adjacente, é listada como possível causa de obs- informações contidas neste trabalho foram obtidas por meio de re- trução intestinal em adultos. Apresenta variação clínica sintomática visão do prontuário, entrevista com o paciente e acompanhamento diversificada, podendo ter o seu diagnóstico suspeitado através de do caso. Resultados: J.M.S.B.C., 28 anos, sexo masculino, deu en- exames de imagem, apesar da acurácia limitada dos métodos. Dessa trada no HPSMMP, com queixa de dor e abaulamento em região forma, o diagnóstico de certeza fica, na maioria das vezes, reservado inguinal direita há 3 dias, nega febre, vômitos e outros sintomas. Diu- ao intraoperatório de laparotomia exploradora em pacientes com ab- rese presente e normal e mantém eliminação de flatos e fezes. Ao dome agudo. A etiologia da intussuscepção é variável, podendo ser exame físico, paciente encontrava-se bom estado geral, consciente, baseada em causas malignas, benignas ou idiopáticas. Relato de orientado, com fáscies de dor, eupnéico, estável hemodinamicamen- caso: Paciente do sexo masculino, 59 anos, acamado, com paralisia te. Abdome: flácido, indolor a palpação, sem massas ou megalias cerebral, levado o serviço de emergência da Irmandade Santa Casa palpáveis, descompressão brusca negativa. Notou-se presença de de Misericórdia de Limeira-SP com quadro de dor abdominal difusa hérnia inguinal encarcerada à direita e ausência testicular em bolsa associada a náuseas, vômitos, parada de eliminação de flatos e fe- escrotal ipsilateral. Paciente refere ausência de testículo direito desde zes e irritação peritoneal. Realizado USG de abdome que evidenciou o nascimento. Foi submetido à exploração cirúrgica por inguinotomia presença de liquido de aspecto heterogêneo e debris em abdome. clássica, com achado de torção testicular intravaginal em testículo Submetido à Laparotomia Exploradora, foi evidenciado lesão perfu- criptorquidico. Após desfazer-se a torção testicular, não houve re- rativa em ceco, intussuscepção colo-colônica e tumoração em colón torno da perfusão testicular de forma satisfatória, sendo comprovada transverso, sendo realizado colectomia direita, respeitando os limites a inviabilidade testicular, optou-se por realizar a orquiectomia direita oncológicos. A avaliação anátomo-patológica mostrou processo infla- alta. No pós-operatório paciente evoluiu bem, sem queixas de dor, matório agudo supurativo sem indícios morfológicos de malignidade. deambulando precocemente, aceitando a dieta oferecida, mantendo Conclusão: A intussuscepção é causa pouco frequente de obstru- funções de eliminações normais. Recebeu alta hospitalar no 3º dia ção intestinal no adulto, sendo sua ocorrência associada a condições GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 165 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo malignas como o adenocarcinoma, na maioria das vezes. Tumores e hemorragia recente. A paciente apresentou boa evolução pós- estromais benignos, pólipos adenomatosos e lipomas estão entre operatória com uso de anticoagulação plena. Conclusão: Na as causas benignas, bem como cirurgias prévias. Lesão inflamatória trombose venosa abdominal, o aumento da pressão hidrostática inespecífica, como no caso em questão, são ainda mais raras. A res- das veias porta e mesentérica superior causam sequestro de secção cirúrgica com margens oncológicas é o tratamento de eleição líquido intraluminal e edema de parede intestinal, com hipovolemia e deve ser realizada, visto o potencial maligno que esta patologia trás. relativa e hemoconcentração, levando a vasoconstrição e infarto dos O caso aqui retratado visa instigar a percepção do médico cirurgião segmentos intestinais afetados, hemorragia e necrose focal eventuais. para abranger dentro dos seus diagnósticos diferenciais a inturssuscepção intestina como sendo causa de dor abdominal e abdome agudo obstrutivo. Temário: Cirurgia / Miscelânia ISQUEMIA INTESTINAL SECUNDÁRIA À TROMBOSE DE VEIAS PORTA E MESENTÉRICA SUPERIOR: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia 166 ÍLEO BILIAR: RELATO DE CASO Autores: Henrique Valério de Mesquita / Hospital Renascença Campinas; Hermano Augusto de Medeiros Junior / Hospital Renascença Campinas; Leandro de Souza Lehfeld / Hospital Renascença Campinas; Tatiana Paschoalato / Hospital Renascença Campinas; Gustavo da Silveira Trindade / Hospital Renascença Campinas; Murilo Rodrigues do Carmo / Hospital Renascença Campinas; Renato de Mesquita Tauil / Hospital Renascença Campinas; Rodrigo Augusto Rosolen / Hospital Renascença Campinas. Autores: Silvania Klug Pimentel / Hospital Sugisawa; Flávio Heuta Ivano / Hospital Sugisawa; Leonardo Yoshio Sato / Hospital Sugisawa; Lie Mara Hirata / Hospital Sugisawa; Rodrigo Coutinho Passos / Hospital Sugisawa; Letícia Maria Schmitt Moreira / Hospital Sugisawa; Ana Paula Hitomia Nagabe / Hospital Sugisawa; Antonio Katsumi Kay / Hospital Sugisawa. Resumo A doença calculosa biliar apresenta prevalência elevada, podendo acometer 10% dos indivíduos em determinadas populações. As complicações dessa enfermidade são colecistite, colangite, pancreatite aguda, coledocolitíase, fístulas, síndrome de Mirizzi e íleo biliar. O íleo biliar é uma complicação rara da colecistite aguda e é definida como obstrução intestinal devido à impactação de cálculo Resumo biliar no íleo terminal. A média de idade de acometimento é na sétima década de vida e mais prevalente no sexo feminino. A fisiopatologia Objetivo: Apresentar caso de trombose de veias porta e mais observada é a origem de fístula bilioentérica após episódio mesentérica superior com isquemia intestinal secundária. Método: de colecistite aguda por onde ocorre a passagem do cálculo biliar, a trombose venosa das veias porta e mesentérica superior podem que obstruí o intestino. Os exames complementares mais utilizados evoluir com quadro de isquemia intestinal secundária por limitar o são radiografia simples de abdome e tomografia computadorizada fluxo arterial causando edema e infarto segmentar. Relato de (tríade de Rigler: alças distendidas, pneumobilia e cálculo biliar caso: Paciente feminina, 36 anos, internada devido à dor abdominal ectópico). O tratamento é enterolitotomia, associada,ou não, à há uma semana. Referia plaquetopenia idiopática como patologia colecistectomia e reparação da fístula dependendo da condição de base. Tomografia Computadorizada (TC) de abdome sugestiva clínica do paciente. Pacientes com baixo risco operatório apresentam de isquemia intestinal, sendo indicada laparotomia exploradora. No indicação da realização dos procedimentos no mesmo ato, pois estão inventário da cavidade observou-se isquemia de intestino delgado submetidos a menor risco de apresentarem complicações. Pacientes de 1,50m de extensão, entre 20cm da válvula ileocecal e 1,60m do com alto risco cirúrgico ou em vigência de processo inflamatório, ângulo de Treitz, optado por realização de enterectomia do segmento tem melhor prognóstico com a realização da enterolitotomia isolada, comprometido, confecção de ilestomia terminal e sepultamento pois proporciona rápida correção da obstrução intestinal e menor do coto distal. AngioTC de abome realizada no pós-operatório taxa de mortalidade. Relato de caso: Paciente feminino, 67 evidenciou trombose de veias porta e mesentérica superior. A anos, com dor abdominal difusa, náuseas e hiporexia. comsinais paciente evoluiu favoravelmente. Anátomo-patológico confirmou de desidratação, de SIRS, abdome doloroso a palpação difusa, infarto isquêmico transmural segmentar acompanhado de congestão renitência de parede e ruídos hidroaéreos aumentados. Apresenta GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 leucocitose com desvio à esquerda e aumento da amilase e lipase. A tomografia computadorizada mostra vesícula calcificada, com ar em seu interior, fistula colecistoduodenal e distensão de alças de delgado até o ponto onde se observa calcificação compatível com calculo biliar. Administrado antibioticoterapia com metronidazol e ceftriaxona. Indicado laparotomia exploradora e observado fistula colecistoduodenal e presença de íleo biliar. Realizada colecistectomia, duodenorrafia e enterolitotomia. Recebeu alta hospitalar no sétimo dia de internação. Conclusão: O íleo biliar é uma complicação pouco frequente da colecistite aguda. O tratamanto é baseado em enterolitotomia, podendo ser realizado colecistectomia e correção das fístulas no mesmo tempo cirúrgico, dependendo das condições clínicas do paciente. LESÃO DE HEPÁTICO COMUM PÓS COLECISTECTOMIA, RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Claudio Luiz Lourenço de Souza Junior / UNOESC; Rafael Rodrigues Rothbarth / UNOESC; Roberto Zilio / UNOESC; Vicente Sposito / UNOESC; Felipe Wurzel / UNOESC; Rita de Cassia Palma Lima / UNOESC; Flavia Silva de Souza / Universidade Estacio de Sá. quantidade de bile livre em cavidade e lesão em hepático comum arredondada medindo aproximadamente 4 mm de diâmetro(Bismuth I). com saída de bile de forma ativa. Inserido um dreno de Kehr nº8 no ducto hepático com rafia do mesmo ao redor do dreno e feito colangiografia de controle que não demonstrou extravasamento de contraste e via biliar intra e extra-hepática de aspecto usual com passagem de contraste para duodeno. Colocação de dreno de suctor em leito hepático com exteriorização em hipocôndrio Direito. Paciente evoluiu bem e no 7 P.O teve alta com dreno de Kehr fechado. Realizara colangiografia de controle em 14 dias. Conclusão: O tratamento de lesões de via biliares por laparoscópica nos dias atuais é tema de debate. O tempo do diagnóstico da lesão também interfere a conduta terapêutica. É importante conhecer as condutas para cada situação, pois o manejo de uma lesão de via biliar requer bastante cuidado. LINFANGIOMA CÍSTICO DE GRANDE OMENTO EM ADULTO: APRESENTAÇÃO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Emmanuel Conrado Sousa / UESC; Mayana Oliveira Soares Vieira / SCMI; Matheus porto Carvalho / SCMI; Maiani Conrado de A. Sousa / FAMEVACO. Resumo Resumo Introdução: A colecistectomia videolaparoscopia est consolidada na atualidade, porém como todo procedimento cirúrgico temos complicações e o debate sobre como lidar com essas complicações é essencial nos dias de hoje. Objetivo: Relato do manejo de uma lesão de hepático comum por via laparoscópica. Casuística: Consultório Relato do Caso: A.T.T., 58a, feminino, brasileira, branca. Data da Internação: 21/07/14 QP: Dor abdominal HDA: Paciente havia realizado colecistectomia videolaparoscópica eletiva, 5 P.O. iniciou com quadro com dor abdominal após almoço que piorou no jantar associada a náuseas e então procurou a emergência do hospital. HPP: HAS. HFA: Ndn Ao exame: Acordada, orientada, anictérica, estável hemodinamicamente. AR e AC: s/alt. Abdome: plano, depressível, doloroso a palpação em hemi abdome direito, mais intensa em hipocôndrio D, RHA +. MMII: s/alt. Exames laboratoriais: Hb: 10,7;Ht: 31%; Leucócitos:17000; Bastões: 0%, demais sem alterações. A paciente foi internada, feito antibiótico, sintomáticos e no dia seguinte realizou: USG de abdome: Visualizou status pós colecistectomia e moderada quantidade de liquido livre em cavidade. Cirurgia: Realizado então laparoscopia que visualizou moderada Introdução: Os linfangiomas são tumores benignos de baixa incidência que ocorrem principalmente em crianças. Mais frequentemente localizados na região cefálica, pescoço e axila e raramente no abdômen. Sua origem esta relacionado a um defeito embrionário ou um processo inflamatório com obstrução do sistema linfático. Quando ocorrem no abdômen, comprometem mais comumente o mesentério, seguido do omento, mesocolon e retroperitônio. são extremamente raros em adultos, justificando a publicação do caso. Metodologia: Paciente sexo feminino, 62 anos, com queixa de desconforto em flanco e FID há 01 ano. Exame físico do abdômen presença de massa em flanco e FID, consistência fibroelástica, pouco móvel e indolor; macicez a percussão. Exames laboratoriais estavam normais. US abdômen massa cística em flanco e FID.RMN e TC abdômen identificaram cisto de aproximadamente 10 cm em flanco direito, em intimo contato com alças de delgado. Submetida à laparotomia foi constatado massa cística em grande omento juntamente com cistos menores, associado a pequenos cistos em mesentério do delgado. Submetida à omentectomia maior. A histopatologia mostrou tratar-se de linfangioma cístico de GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 167 A nais 168 da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo grande omento. Discussão: As malformações linfáticas também A etiologia da intussuscepção é variável, podendo ser baseada conhecidas como higroma cístico ou linfangiomas, se originam de em causas malignas, benignas ou idiopáticas. Relato de um defeito na formação dos vasos linfáticos e na incapacidade caso: Paciente do sexo masculino, 39 anos, com história de dor destes vasos anormais de se comunicarem com os canais de abdominal esporádica em cólica, associada à vômitos e alteração drenagem linfática. Isto resulta em formação de cistos que são do hábito intestinal há dois meses, deu entrada na unidade caracteristicamente multilobulados e multiloculados. O linfangioma de emergência da Irmandade Santa Casa de Misericórdia cístico abdominal é muito raro em adultos e sua sintomatologia de Limeira-SP com quadro de dor e distensão abdominal é variável e dependente do tamanho, mobilidade e localização associada a náuseas e vômitos fecalóides, além de parada de do cisto. Os cistos de omento e do mesentério se confundem eliminação de flatos e fezes há dois dias. Realizada Tomografia do ponto de vista clínica e de imagem, porém, este último tem Computadorizada (TC) de abdome que evidenciou distenção de origem em tecido mesotelial e não linfático. Clínicamente podem cólon e principalmente de delgado, com anormalidade em íleo ser assintomáticos ou podem causar dor abdominal associada terminal. Submetido à Laparotomia Exploradora, foi evidenciado ou não a uma massa evidente. As complicações principais do tumoração em ceco, intussuscepção em íleo terminal, sendo linfangioma podem incluir hemorragia, infecção, torsão e obstrução realizado colectomia direita, respeitando os limites oncológicos, do intestino delgado. O diagnóstico diferencial inclui além dos cistos com íleo-transverso anastomose latero-lateral mecânica e de mesentério, cistos entéricos, cistos de duplicação, pseudocistos, ileostomia de proteção. A avaliação anátomo-patológica teratoma cístico, leiomioma cístico, leiomiosarcoma e cistos de evidenciou neoplasia maligna indiferenciada de cólon direito origem ovariana. Conclusão: O linfangioma cístico é uma doença (T3N0Mx) e estudo imunohistoquímico diagnósticou linfoma não raramente encontrada em adultos. O tratamento de escolha consiste Hodgkin de imunofenótipo B, classificado morfológicamente como em ressecção completa do cisto e seguimento a longo prazo para linfoma maligno difuso de grandes células. Evoluiu favoravelmente detectar recorrência. no pós-operatório. Realizado tratamento quimioterápico com boa resposta. Encontra-se em programação cirúrgica eletiva LINFOMA COMO CAUSA DE INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Henrique Valério de Mesquita / Santa Casa de Limeira; Filipe Starling Hubner / Santa Casa de Limeira; Gabriel Carvalho Oliveira Gazarra Borges / Santa Casa de Limeira; Ciro Eduardo Falcone / Santa Casa de Limeira; Ricardo Estevam Martins / Santa Casa de Limeira; José Felipe Freire Martins / Santa Casa de Limeira; Gustavo Ziggiatti Gutti / Santa Casa de Limeira; Gustavo José Ferroni Plentz da Silva / Santa Casa de Limeira. para fechamento de ileostomia de proteção. Conclusão: A intussuscepção é causa pouco frequente de obstrução intestinal no adulto, sendo sua ocorrência associada a condições malignas como o adenocarcinoma, na maioria das vezes. Tumores estromais benignos, pólipos adenomatosos e lipomas estão entre as causas benignas, bem como cirurgias prévias. Linfomas, como no caso em questão, são ainda mais raros. A ressecção cirúrgica com margens oncológicas é o tratamento de eleição e deve ser realizada, visto o potencial maligno que esta patologia trás. O caso aqui retratado visa instigar a percepção do médico cirurgião para abranger dentro dos seus diagnósticos diferenciais a inturssuscepção intestinal como sendo causa de dor abdominal e abdome agudo obstrutivo. Resumo Objetivo: Apresentar caso de intussuscepção em paciente adulto, de etiologia maligna. Frequente na faixa pediátrica, a intussuscepção, invaginação de um seguimento proximal do intestino em um seguimento distal adjacente, é listada como possível causa de obstrução intestinal em adultos. O diagnóstico de certeza fica, na maioria das vezes, reservado ao intraoperatório de laparotomia exploradora em pacientes com abdome agudo. MELANOMA MALIGNO DO TRATO GASTROINTESTINAL Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Ana Paula Dal Magro / UCS; Rafael Sartori Balbinot / UCS; Augusto Cardoso Sgarioni / UCS; Andreza Gauterio Cavalcanti / UCS; José Luiz Guimarães Filho / UCS; Jonathan Soldera / UCS; Silvana Sartori Balbinot / UCS; Raul Angelo Balbinot / UCS. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Resumo Resumo Introdução: Melanomas são tumores derivados da transformação O objetivo é relatar o caso clínico de paciente com diagnóstico de maligna dos melanócitos. Estes são células derivadas da crista neoplasia de esôfago proximal com comprometimento de laringe, neural, consequentemente melanomas podem atingir quaisquer faringe e tireóide tratado cirurgicamente Paciente masculino de outras localizações onde as células da crista neural migram, como 63 anos com quadro de disfagia para sólidos e progressivamente é o caso do trato gastrointestinal (TGI) e do cérebro. Relato do para líquidos, de início há 6 meses. Foi submetido a exame endos- caso: Paciente masculino, 40 anos, sem comorbidades prévias, cópico que evidenciou obstrução completa no nível da transição procurou atendimento no Hospital Geral de Caxias do Sul em faringo-esofágica. A Tomografia de crânio, cervical e tórax com janeiro de 2014 com quadro de melena e anemia grave. Realizado contraste evidenciou uma massa aderida e obstrutiva de esôfago endoscopia digestiva na ocasião, a qual evidenciou a presença de superior sem definição de planos. A Ressonância Magnética de 5 úlceras, 1 em antro gástrico e as demais em duodeno. Ao exame Região cervical evidenciou Lesão expansiva de aspecto neoplási- físico, apresentava linfonodomegalias axilares e supraclavicular co envolvendo o esôfago cervical, com extensão para lâmina es- esquerdas endurecidas e dolorosas à palpação. Ecografia de querdada cartilagem tireoide e sem plano de clivagem nítido com Abdome visualizou formações expansivas e hipoecóicas. por a parede posterior da hipofaringe e da traqueia. Realizado trata- descompensação aguda do quadro, foi submetido à laparotomia mento inicial com gastrostomia e dieta hipercalórica pela sonda. exploratória de emergência, na qual foram visualizadas múltiplas Associação de fisioterapia respiratória, uso de manitol e enema massas tumorais enegrecidas em delgado com comprometimento de mesentério e omentos. O anatomopatológico comprovou neoplasia maligna indiferenciada com deposição de melanina, compatível com melanoma. Paciente foi a óbito dois dias após a intervenção à custa de choque séptico refratário às medidas. Discussão: O melanoma maligno cutâneo apresenta altas taxas de mortalidade, podendo metastizar para qualquer órgão. A doença primária do trato gastrointestinal é bastante rara, já as metástases intestinais de melanomas cutâneos são comuns devido à tendência dos melanomas primários em metastizar para o TGI. Estas metástases podem se apresentar ao mesmo tempo ou décadas após como primeiro sinal de recidiva tumoral. Os implantes secundários podem se localizar em diferentes sítios, desde a cavidade oral até o ânus, sendo o local mais comum o intestino delgado. Deste modo, paciente com história de melanoma cutâneo, devemos ficar atentos a sinais como dor abdominal e anemia sem causa definida, pela alta incidência de metástases intestinais dos melanomas malignos. O diagnóstico precoce e a retal 24 horas antes do procedimento. No ato operatório realizou-se a ressecção total de laringe permanecendo artérias carótidas e veia jugular esquerda + traqueostoma permanente complementada pela cirurgia de Ivor Lewis modificada que consiste em método de Mckeown, caracterizando transposição intratorácica do cólon com cervicotomia, sem necessidade de toracotomia. No intraoperatório abdominal, realizado gastroplastia (devido sonda) e transposição de cólon transverso com anastomoses: 1-faringo-colônica 2- cólon-gástrico, 3- cólon- cólon. Peça encaminhada para análise – Anatomopatológico: Carcinoma epidermoide moderadamente diferenciado, mede 9 cm, localizada em terço proximal de esôfago, tipo ulcero infiltranteestenosante, infiltrativo para adventícia e partes moles circunjacentes, bem como glândula tireoide. Ausência de metástases em linfonodos cervicais isolados bem como os enviados referidos como nível 5 Estadiamento patológico T4,N0,MX Paciente evolui com pós-operatóriosem intercorrências e recebe alta após 23 dias de internação e encaminhado ao serviço de oncologia. intervenção cirúrgica podem aumentar a sobrevida dos pacientes. NEOPLASIA DE ESÔFAGO SUPERIOR, LARINGE, FARINGE E TIREOIDE Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Augusto Fey / PUC-PR; Lindolfo Moratelli / UNIDAVI / HRAV; Paulo Hoffmann / UNIDAVI / HRAV; Paulo Victor Jensen Cunha / UNIDAVI / HRAV; João Vilson Cláudio Teixeira / HRAV; Bruno Hafemann Moser / HRAV. NEOPLASIA RETROPERITONEAL : RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: José Gabriel Miranda da Paixão / Hospital Ophir Loyola; Francisco de assis alencar / Hospital Ophit Loyola; Allan Hebert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; HAmilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; Luis Otavio Lopes Macedo / HOL; José Miranda Rabelo Neto / HOL; FAbio Costa Negrão / HOL; José Nazareno Xavier da Silva / HOL. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 169 A nais 170 da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Resumo Resumo Introdução: Tumores retroperitoneais primários são incomuns, Introdução: Pseudomixoma peritoneal (PMP) é uma rara se considerarmos sua origem e achados histológicos os entidade clínica caracterizada por uma grosseira disseminação mesmos apresentam diagnósticos diferenciais interessantes e intraperitoneal de tumores mucinosos, acompanhados por ascite tratamentos diversos Objetivo: Relatar um caso de Neoplasia gelatinosa, usualmente, secundários a um tumor mucinoso do de retroperitônio diagnosticado após exérese de lesão em um apêndice cecal. O caráter indolente desta neoplasia pode dificultar serviço de Pronto Atendimento em cirurgia geral. Casuística: o seu diagnóstico precoce, comprometendo o prognóstico e Um paciente (relato de caso). Metodologia: Foram colhidos plano terapêutico do paciente. Materiais e Metodos: Relato dados do prontuário da paciente, como anamnese, exame físico de Caso: homem, 54 anos, procurou atendimento por episódios e resultado do histopatológico. Resultado: A.N.S.M., 47 anos, esporádicos de intensa dor abdominal e flatulência. USG de sexo feminino, dona de casa, natural e procedente de Belém, abdome evidenciou ascite moderada e coleção cística septada Pará. Há cerca de três meses evoluindo com desconforto em flanco direito. Apresentou quadro álgico e clínica de abdome epigástrico, pirose, sensação de “peso” em fossa ilíaca direita, agudo,submetido à lapatoromia exploradora que confirmou anorexia e perda ponderal, procura Pronto–Socorro devido apendicite supurada e grande volume de “ascite gelatinosa”. parada de eliminação de gases e fezes há dois dias. Ao exame Histopatológico cistoadenoma mucinoso. RNM de abdome e físico, mostrava-se queixosa, com palidez cutâneo-mucosa, pelve com múltiplas imagens císticas e/ou ascite multisseptada, discreto edema em perna direita, taquipneica e taquicárdica. ocupando a cavidade peritoneal, comprimindo alças intestinais, Abdome distendido, levemente doloroso a palpação profunda, volumosa ascite, nódulos captantes de contraste, captação hipertimpânico, descompressão brusca negativa. Adotadas de contraste na superfície parietal do peritôneo, notadamente condutas de suporte clínico e solicitada Rotina Radiológica de nas regiões subdiafragmáticas e na fissura do ligamento Abdome Agudo, cuja alteração foi distensão de alças intestinais falciforme do fígado e periesplênica. Pequenos cistos esparsos de delgado e presença de níveis hidroaéreos nas mesmas. e imagem ovalada captante de contraste no fígado. Linfonodos Definida a conduta de Laparotomia Exploradora. O achado paracardíacos à esquerda e esparsos pelo peritôneo e alguns na intraoperatório foi de massa retroperitoneal medindo 4cm X fossa ilíaca/flanco direitos. Parâmetros radiológicos como “omental 6cm em seus maiores diâmetros, de aspecto pardacento com cake”, volumosa ascite loculada e aumento do CEA fortaleceram base em zona 3 à direita comprimindo íleo terminal e artéria e a hipótese de PMP. Encaminhado à cirurgia citorredutora veia ilíacas externas à direita, porém com plano de clivagem com seguida por quimioterapia intraperitoneal hipertérmica(HIPEC). estruturas contíguas. Realizada exérese de lesão e encaminhada Quimioterapia realizada no peroperatório, com mitomicina C para patologia. Paciente evoluiu sem intercorrências em pós- aquecida a 42ºC. Nas peças cirúrgicas, células compatíveis com operatório (PO) recebendo alta hospitalar no 3º dia PO. O adenocarcinoma mucinoso bem diferenciado. Em 2011, exames resultado do histopatológico foi de Schwannoma, tendo com elevação do CEA, e imagens sugestivas de recidiva do PMP. a paciente sido encaminhada a serviço de referência em Optou-se por uma nova citorredução com HIPEC, substituindo oncologia para seguimento de tratamento. Conclusão: O a mitomicina C por oxaliplatina. Hospitalizado 2 vezes por caso apresentado enquadrou-se no comumente relatado obstrução intestinal suboclusiva e resolução clínica. Atualmente, pela literatura mundial. Os Schwannomas retroperitoneais assintomático. Conclusão: O prognóstico e a eficácia do normalmente são encontrados devido sintomas compressivos tratamento considerado padrão ouro de órgãos adjacentes. diretamente relacionados ao diagnóstico precoce da doença, para o PMP estão ao grau de malignidade do tumor e à presença de metástase. PSEUDOMIXOMA PERITONEAL RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Viviane Lozano Espasandin / Unigranrio; Adriana Gonçalves Pastana / Unigranrio. Pela apresentação clínica, esta neoplasia é quimioinsensível, tendo como única chance de cura a citorredução associada a HIPEC. Desta forma, conclui-se que um melhor entendimento do PMP na prática clínica é de vital importância para os pacientes potencialmente acometidos. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 RECONSTRUÇÃO DE TRÂNSITO INTESTINAL E PAREDE ABDOMINAL EM PERITNEOSTOMIA TARDIA: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Thiago Patta da Silva / Instituto VIGOR; Jhennyffer Boritza / Faculdades Integradas Aparício Carvalho; Cezar Roeder / Instituto VIGOR; Sergio Andrade / Instituto VIGOR; Daniel Cardoso / Instituto Vigor; Thiago Amaral / Instituto VIGOR; Thiago Perondi / Instituto Vigor; Dimas Silva / Instituto Vigor. Conclusão: Apos reconstrução de trânsito difícil com 50 cm de intestino delgado remanescente, obteve-se êxito com a técnica empregada para reconstrução de transito intestinal, a paciente evoluiu sem intercorrências com alta hospitalar no sétimo dia pósoperatório. Hoje encontra-se no segundo ano após fechamento da peritoneostomia com três evacuações diárias e em bom estado nutricional. RELATO DE CASO - SÍNDROME DO CASULO ABDOMINAL Temário: Cirurgia / Miscelânia Resumo Introdução: O tratamento da peritonite e as reparações cirúrgicas decorrentes desta enfermidade lançam desafios a médicos cirurgiões mundo afora. Haja vista que grandes peritonites com sepse abdominal ou as síndromes compartimentais abdominais apresentam a necessidade de peritoneostomia (NETO, J. R. T. et al, 2007). Geralmente passando por dois momentos terapêuticos em sua evolução: primeiramente com o objetivo de salvar a vida do paciente e controlar a peritonite e síndrome compartimental, no segundo reconstruir a anatomia abdominal e transito intestinal. Objetivo: Evidenciar uma possibilidade de resolução de um quadro de peritoneostomia tardia, com um ano e seis meses de internação por complicações fistulosas após sua segunda cesariana de evolução crônica, e síndrome do intestino curto no mesmo tempo cirúrgico. Metodologia: Acompanhamento clínico e cirúrgico da paciente CKP, sexo feminino 24 anos, iniciado no 230 dia pós-operatório de laparotomia exploradora. Sendo indicada uma terceira laparotomia após a cesariana por peritonite entérica e sepse abdominal, realizando lavagem exaustiva da cavidade abdominal e enterectomia extensa de jejuno e íleo devido a múltiplas perfurações e necrose intestinal (cerca de 40 cm do ângulo de Treitz até 20 cm antes do ceco), com peritoneostomia para controle da sepse e síndrome compartimental. Resultados: Após 30 dias a paciente saiu do coma com controle total da sepse abdominal, porém sem possibilidade de fechamento da peritoneostomia por múltiplas fistulas intestinas jejuno-ileais. Restando 40 cm de jejuno proximal e 10 cm de íleo distal, onde com alongamentos de meso fez-se a anastomose mecânica látero-lateral e anisioperistáltica. Para fechamento da parede abdominal, foram feitas incisões de relaxamento em aponeurose do reto abdominal e aproximação da parede e sutura com pontos separados, colocado uma tela grande dupla face, permitindo então a adequada síntese da parede abdominal, drenagem da cavidade e do subcutâneo. Autores: Bruno de Castro Ribeiro / HOL; Francisco de Assis Alencar / HOL; Allan Herbert Feliz Fonseca / HOL; Hamilton Cezar Rocha Garcia / HOL; Carolina Costa Beckman Nery / HOL; Fabio da Costa Negrão / HOL; Marcos Fraga Fortes / HRS; Alan Espindola Torres / UEPA. Resumo Introdução: Síndrome do casulo abdominal é uma condição de etiologia desconhecida, que afeta principalmente jovens do sexo feminino na faixa etária entre 6 e 18 anos, que vivem em regiões tropicais. Trata-se de uma doença rara do peritônio com menos de 50 casos reportados. Esta entidade rara de obstrução intestinal tem sido descrita em toda a literatura como um saco fibroso de espessura que cobre o intestino delgado, parcial ou totalmente. Objetivo: Relatar o caso de um paciente jovem com síndrome do casulo abdominal submetido a tratamento cirúrgico. Casuística: Um paciente (relato de caso). Metodologia: Relato de caso baseado em dados de prontuário, entrevista e acompanhamento do quadro clínico da paciente. Resultados: S.A.S.A, masculino, 26 anos, com relato de dor abdominal intensa, vômitos intermitentes e fecalóides e distensão abdominal, há mais de 12 horas. Relatou história de sintomas gastrointestinais, como constipação intestinal, plenitude gástrica, vômitos e dor abdominal de alívios espontâneos e medicamentosos de longa data. O paciente então foi submetido à laparotomia exploradora de urgência, com a impressão diagnóstica de abdome agudo obstrutivo. Após abertura da cavidade observou-se distensão de estômago e presença de alças intestinais e colón encobertos por um saco peritoneal espesso, simulando um casulo. Realizou-se então uma peritonectomia onde foi liberado todo o intestino delgado e colón, estando estes viáveis após a liberação, sendo descartado qualquer outro procedimento cirúrgico adjuvante. O pós-operatório do paciente ocorreu sem intercorrências, recebendo alta no 5º dia. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 171 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Em retorno ambulatorial após 7 dias da alta hospitalar, o paciente múltiplas formações hipodensas disseminadas. Método: Revisão não referiu nenhuma queixa, encontrando-se em bom estado geral. de prontuário e registro fotográfico de métodos diagnósticos e do Conclusão: Apesar dessa rara doença do peritônio ser descrita procedimento cirúrgico pelos quais o paciente foi submetido e revisão principalmente em mulheres, temos um caso do sexo masculino. bibliográfica. Resultados: Feito o diagnóstico de linfoma, paciente Divulgações de casos como esses são de grande importância, uma iniciou tratamento clínico sem resposta satisfatória, sendo realizada vez que o diagnóstico pré-operatório de casulo abdominal é difícil, esplenectomia com objetivo diag nóstico específico e obtenção de devendo no entanto, ser considerado como diagnóstico diferencial melhora clínica. Conclusão: Realizada esplenectomia com ligadura em casos de síndrome de abdome agudo obstrutivo. das esplênicas. Baço gigante de aproximadamente 3500 gramas e 25 centímetros de comprimento que ocupava todo hemiabdome RELATO DE CASO: ESPLENECTOMIA DE BAÇO GIGANTE esquerdo. Durante procedimento foi feito biópsia hepática cujo resultado não foi divulgado até a Conclusão deste trabalho. Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Ana Tereza Silveira Zica / UniEvangélica; Isabela Camargo Fonseca / UniEvanagélica; Úrsula Santos Mendonça / UniEvangélica. 172 Resumo Introdução: O baço é o maior órgão linfoide do organismo e está localizado no hipocôndrio esquerdo sob proteção da arcada costal. Varia e volume conforme a idade, o estado nutricional o imunológico e diante do aumento da pressão portal, sendo que no adulto pesa RUPTURA ESPONTÂNEA DE VEIA RENAL- RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Diego Ferreira de Andrade Garcia / Universidade de Santo Amaro; Fernando Furlan Nunes / Universidade de Santo Amaro; Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro Junior / Universidade de Santo Amaro; Mariana Yumi Miyaoka / Universidade de Santo Amaro; Javan Alvaro Matera Turrini / Universidade de Santo Amaro; Tamima Mohamed Abou Arabi / Universidade de Santo Amaro; Julia Carvalho Seabra / Universidade de Santo Amaro; Stefanie Bergamim Saviano Moran / Universidade de Santo Amaro. aproximadamente 150 gramas. A esplenectomia está indicada para pacientes com linfoma para tratamento de esplenectomia maciça, quando o volume do baço contribui para dor abdominal e Resumo sensação de plenitude. Também pode ser eficaz no tratamento dos pacientes que desenvolvem hiperesplenismo com anemia associada, Introdução: A ruptura espontânea de veia renal é uma condição trombocitopenia e neutropenia. É muito comum ocorrer a correção extremamente rara. Possíveis causas para seu aparecimento podem da pancitopenia após esplenectomia, isso diminui a necessidade de ser por trauma urológico ou abdominal, gestação, complicação de transfusão e melhora da qualidade de vida. Objetivo: Relatar caso neoplasias, doenças vasculares ou idiopática. Relato de caso: de hepatoesplenomegalia e avaliar indicação cirúrgica. Relato do JBS, 62 anos, sexo masculino, vem ao serviço por cólica em região caso: Paciente, M.D.S., sexo masculino, 36 anos, procurou hospital hipogástrica súbita, localizada, sem demais sintomas, há 1 dia. É hi- para atendimento com queixa de fraqueza, desconforto abdominal pertenso em uso de captopril. Ao exame físico de entrada, apresen- e febre diária. Ao exame físico apresentou pressão arterial sistêmica tou-se em regular estado geral, com o abdômen tenso, doloroso à 100/60 mmhg, febre, pele hipocorada e hepatoesplenomegalia com palpação superficial e profunda difusamente, descompressão brusca baço palpável 10 centímetros abaixo do rebordo costal esquerdo. e Giordano negativos, ruídos hidroaéreo positivo. Foi realizado exa- Assim como, foram encontrados ascite e derrame pleural. Foram mes laboratoriais, com proteinúria e leucocitúria de 23.000, sem de- solicitados hemoglobina (Hb: 5,3 g/dl), hematócrito (Hc: 17,9%), mais alterações. A Tomografia Computadorizada abdominal eviden- plaquetas (89000/mm3) e leucócitos (2800/mm3). A ultrassonografia ciou líquido livre na cavidade, hematomas/coágulos mesentéricos. abdominal mostrou hepatoesplenomegalia heterogênea com Indicado laparotomia exploradora por abdome hemorrágico, que nódulos. A tomografia computadorizada abdominal mostrou evidenciou hematoma retroperitoneal em expansão em zonas 1 e 2, fígado com contornos regulares, múltiplas formações nodulares; e com moderada quantidade de liquido hemático em toda cavidade, baço com dimensões aumentadas, densidade heterogênea, com manobras de Cattel e Kocher com evidência de sangramento ativo GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 em veia renal direita (VRD), realizado rafia de VRD. Paciente evo- realizados: USG de abdome mostrou dilatação das vias biliares in- luiu com anemia, dispnéia e febre, sendo necessário a transfusão tra e extra hepáticas, TC de Abdome com moderada dilatação das de 2 concentrados de hemácias, oxigenoterapia e antibioticote- vias intra e extra hepáticas com imagem sugestiva de cálculo no rapia (ciprofloxacino e metronidazol), após tratamento realizado, colédoco, Colangioressonância que evidenciou coledocolitíase, obteve melhora do quadro clínico, recebendo alta no 8o dia. ducto cístico com implantação baixa a 3 cm da papila duodenal. Discussão: a etiologia mais comum para a lesões renovascula- Aumento de bilirrubinas predominante da fração direta, GGT e FA. res (LR), é a traumática, que corresponde a 8-10% dos traumas Submetido a CPRE com papilotomia e retirada do cálculo, ducto abdominais, sendo que a lesão vascular renal está presente em cístico com dilatação média de 20mm contínuo à vesícula biliar e 3-14 % desses casos. Segundo uma revisão de Cass, 20% das implantação baixa a 3 cm da papila duodenal, sendo diagnostica- LR, corresponde à ruptura de veia renal. Uma revisão na litera- do Síndrome de Mirizzi. Dois dias após, realizada colecistectomia tura, identificou um caso de ruptura espontânea de veia renal videolaparoscópica com necessidade de conversão para lapa- esquerda materna durante a gestação. O artigo discute possí- rotomia, devido à dificuldade de identificação anatômica da via veis etiologias, como fatores hormonais, genéticos, trombóticos biliar. Realizada derivação bílio-digestiva(ccolédoco-jejunal) em Y ou mecânicos. Há três opções terapêuticas para a lesão de veia de Roux. Evoluiu com fístula precoce da anastomose colédoco- renal (LVR): ligadura, nefrectomia e reparação da veia. As LVR -jejunal, de baixo débito com resolução espontânea. Recebeu alta esquerda são geralmente mais fáceis de manusear do que as hospitalar no 17° pós-operatório, retornou no 30° pós-operatório de VRD, em função do comprimento do vaso e da possibilidade com fístula da anastomose jejuno-jejunal. Após punção guiada de ligadura proximal das veias gonadal e adrenais. Conclusão: por USG e tratamento conservador apresentou melhora clínica. A Lesão renovascular espontânea é uma entidade muito rara, No momento em seguimento ambulatorial. Conclusão: A rea- principalmente por etiologia idiopática, porém seu diagnóstico e lização de colecistectomia precoce em pacientes com colelitíase tratamento precoce é extremamente importante para prevenir a sintomática evita complicações como a Síndrome de Mirzzi. O instabilidade hemodinâmica do paciente e até sua mortalidade. diagnóstico pré operatório desta complicação é importante na dia de pós-operatório para acompanhamento ambulatorial. definição da melhor abordagem cirúrgica. SÍNDROME DE MIRIZZI COM DERIVAÇÃO BÍLIO-DIGESTIVA: RELATO DE CASO SUBOCLUSÃO INTESTINAL POR HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA PÓSTRAUMÁTICA COM TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCÓPICO: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Gilberto Andre Teles de Oliveira Junior / Uniube; Ricardo Pastore / Uniube; Gustavo Roberto de Carvalho Tiveron / Uniube; Dalmara Simplicio / Uniube; Jose do Carmo Junior / Uniube; Glenio Fernandes de Moraes / Uniube; Patricia Lopes Prospero / Uniube; Jorge Resende Lopes Junior / USP-RP. Resumo Introdução: O quadro inflamatório devido à impactação de cálculo no infundíbulo da vesícula ou ducto cístico levando a compressão da via biliar é denominada Síndrome de Mirizzi. Objetivo: Relato de um caso: Síndrome de Mirizzi, suas complicações e evolução. Descrição: V.A.D.R. , 58 anos, masculino, branco. Admitido em nosso serviço com icterícia obstrutiva, dor abdominal, febre, queda do estado geral e perda ponderal de 15kg. Foram Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Fábio Colagrossi Paes Barbosa / Professor Adjunto da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Doutor em Cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Membro Titular Especialista do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva.; Robson Luiz Silveira Jara / Cirurgião Geral do NHU - UFMS; Ianê Cardoso Diniz / Acadêmica do 5º ano de Medicina da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul; Carolina Bernal de Lucena / Acadêmica do 5º ano de Medicina da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul; Milena Marchini Rodrigues / Acadêmica do 5º ano de Medicina da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul; Thainá Soares Miranda Silva / Acadêmica do 5º ano de Medicina da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul; Nathan Rostey / Médico Residente do serviço de Cirurgia Geral do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 173 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo SÍNDROME DE DUMBAR Resumo Temário: Cirurgia / Miscelânia Introdução: Hérnia diafragmática pós-traumática (HDPT) é a protrusão de órgão ou estrutura abdominal através de um diafragma lesado previamente. Quando diagnosticado no momen- Autores: Augusto Fey / PUC-PR; Paulo Victor Jensen Cunha / UNIDAVI / HRAV; Paulo Hoffmann / UNIDAVI / HRAV; Lindolfo Moratelli / UNIDAV / HRAV; Bruno Hafemann Moser / HRAV; Jair Volnei Carlos Teixeira / HRAV. to do trauma a correção é simples com sutura da lesão, porém, se diagnosticado tardiamente ao trauma estão associadas à alta morbimortalidade principalmente devido às aderências das vís- Resumo ceras abdominais ao tórax. Objetivo: Descrever um caso de 174 suboclusão intestinal, tendo como causa HDPT diagnosticada Introdução: Síndrome de compressão do tronco celíaco ou tardiamente. Casuística e Método: Relato de caso. Resul- síndrome do ligamento arqueado é um raro distúrbio abdominal, tados: Paciente masculino, 35 anos, queixando-se de dor em também conhecido como síndrome de Dunbar em que ocorre hipocôndrio e região paraumbilical esquerda, tipo cólica, de forte compressão do tronco celíaco pelo ligamento arqueado causan- intensidade, iniciada há 3 dias, intermitente, com piora após ali- do sintomas inespecíficos de dor abdominal e emagrecimento mentação, associada a parada de eliminação de gases e fezes, inexplicável. Objetivo: Relatar um caso clínico e o tratamento de náuseas, hiporexia e calafrios. Negou febre, vômitos, diarreia e uma paciente com Síndrome de Dunbar, atendida e tratada no alterações urinárias. Relatou ferimentos cortocontusos por arma HRAV. Relato de Caso: M.O.J.R.S, 62 anos, feminina, negra, branca em tórax há 4 anos, não explorados cirurgicamente. Não procedente de Rio do Sul, aposentada com quadro de dor abdo- apresentava hérnias de parede, cirurgias abdominais prévias ou minal pós-prandial e emagrecimento de 12 kg em 1 ano. Exames comorbidades. Estável hemodinamicamente, com boa expansibi- laboratoriais, endoscopia digestiva alta e ultrassonografia de ab- lidade torácica, duas cicatrizes de cerca 5cm em 7º espaço in- dome total sem alterações significativas. A tomografia computa- tercostal (EIC) na linha axilar anterior a direita e 9º EIC em linha dorizada de abdome demonstrou estenose acentuada do tronco axilar média a esquerda, sem alterações à ausculta. Abdome fláci- celíaco causada pelo ligamento arqueado médio. O paciente foi do, timpânico à percussão, espaço de Traube livre, ruídos hidroa- então encaminhado para tratamento cirúrgico. Durante a laparo- éreos aumentados e metálicos, doloroso a palpação superficial de tomia foi identificado e seccionado o ligamento arqueado, des- região paramediana esquerda, descompressão brusca negativa, comprimindo o tronco celíaco. A paciente teve uma boa evolução presença de fezes em ampola ao toque retal. Presença de leucocitose com desvio a esquerda. Exame radiográfico (RX) com elevação de cúpula diafragmática esquerda e presença de níveis hidroaéreos escalonados no abdome. O paciente foi submetido à videolaparoscopia, que evidenciou hérnia em cúpula diafragmática esquerda, com grande quantidade de epíplon, alças de pós-operatória, recebendo alta no terceiro dia. Durante o acompanhamento ambulatorial observou-se que a paciente permanecia assintomática e com ganho de 7 Kg no período. Conclusão: A síndrome de Dunbar é um distúrbio raro, com sintomas inespecíficos, mas intensos, com diagnóstico radiológico, tratamento exclusivamente cirúrgico e com boa resposta pós-operatória. intestino delgado, cólon transverso adentrando a cavidade torácica e ausência de líquido livre em cavidade abdominal. Realizada redução dos órgãos herniados e sutura do defeito herniário no diafragma com fio Ethybond® 2-0 ponto contínuo e drenagem de tórax à esquerda. Recebeu alta no quarto dia de pós-operatório, sem intercorrências. Conclusão: lesões diafragmáticas devem ser pesquisadas em pacientes com ferimentos penetrantes na transição tóraco-abdominal. As HDPT podem causar sérias complicações como abdome agudo obstrutivo. TRATAMENTO CIRÚRGICO DA TUMORAÇÃO ABDOMINAL CONDUTA DIAGNÓSTICA: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Maria Silvia Burnier Ganimi Dutra / FCMS-JF; Raphaela Silveira do Amaral / FCMS-JF; Gabriela Paiva Soares e Ladeira Carvalho / FCMS-JF; Diego Filipe da Silva / HMTJ; Rodrigo de Oliveira Peixoto / HMTJ; Carlos Augusto Gomes / HMTJ; Maria Silvia Burnier Ganimi Dutra / FCMS-JF; Raphaela Silveira do Amaral / FCMS-JF; Gabriela Paiva Soares e Ladeira Carvalho / FCMS-JF; Diego Filipe da Silva / HMTJ; Rodrigo de Oliveira Peixoto / HMTJ; Carlos Augusto Gomes / HMTJ. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Resumo com tumores malignos do aparelho digestivo, de janeiro de 2008 a dezembro de 2012. Métodos: Realizou-se pesquisa através Introdução: Relato de caso de um paciente com tumoração abdominal inespecífica. Objetivo: Descrever a conduta diagnóstica frente a tumoração abdominal. Relato de caso: Paciente I.C, masculino, 60 anos, branco, foi admitido no Hospital Maternidade Therezinha de Jesus em agosto de 2014 com quadro de dor em mesogástrio à esquerda, iniciada em maio, progressiva, em queimação, que piorava aos esforços e inicialmente era aliviada com o uso de antiácidos, Omeprazol e Hioscina. Evoluiu com náuseas, vômitos e constipação. Nega febre ou sangramentos. Refere emagrecimento de aproximadamente 20 kg em dois meses. Nega cirurgias prévias e história familiar de neoplasia. Ex-tabagista (14 anos/maço). Ao exame físico: massa palpável em mesogástrio, de consistência firme, não móvel, de aproximadamente 8 cm. Foram solicitados: exames laboratorias e marcadores tumorais; Ultrassom (USG) abdominal a fim de avaliar a ecogenicidade, dimensões e limites da tumoração; Tomografia Computadorizada (TC) para investigação de densidade, profundidade e invasão tumoral.; Biópsia endoscópica com imunohistoquímica para definir o tipo histológico do tumor. Conclusão: Os exames laboratoriais, o USG de abdômen juntamente com a TC e biopsia endoscópica complementada com imunohistoquímica são imprescindíveis para um correto diagnóstico de uma tumoração abdominal e consequente conduta terapêutica adequada. do sistema informatizado de registro hospitalar, a fim de identificar todos os doentes operados de tumores malignos do aparelho digestivo no período. Foram identificadas 769 cirurgias eletivas, excluídas as de urgência e emergência. A análise dessa casuística consistiu em sexo, idade, tempo de hospitalização, tipo de tumor, cirurgia realizada, número total de cirurgias e de óbitos. Resultados: Dentre as 769 cirurgias eletivas realizadas, 86% foram radicais e 14%, paliativas. Tais cirurgias corresponderam a 3,1% do total de cirurgias. As gastrectomias (30,8%), as colectomias (26,2%) e as hepatectomias (23,7%) foram, respectivamente, as cirurgias radicais mais realizadas. por outro lado, as gastrostomias (28%) e as derivações bilio-digestivas (28%) foram as cirurgias paliativas mais realizadas. Observou-se prevalência do sexo masculino (57,8%) e do tumor gástrico (32,5%), seguido pelos tumores colorretais (23,5%), e de fígado e vias biliares intra-hepáticas (20,8%). A média de idade foi de 58,6 anos e o tempo médio de internação de 12,8 dias em enfermaria e 4,0 dias em UTI. A cirurgia mais freqüente foi gastrectomia subtotal (23,5%). Em relação ao número de óbitos ocorridos durante internação na enfermaria de Gastrocirurgia no período, 14% deveu-se a tumores malignos do aparelho digestivo. Conclusão: Nesse século, a vigilância do câncer irá desempenhar papel fundamental na monitorização do progresso da nação contra a doença. Os tumores do aparelho digestivo, pela sua elevada frequência, merecem atenção à parte. O TUMORES DO APARELHO DIGESTIVO EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: ANÁLISE DE 769 CIRURGIAS Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Nelson Adami Andreollo / UNICAMP-SP; Ana Paula Penezi / UNICAMP-SP; Pedro Cesar Furlan / PUC-SP; Luiz Roberto Lopes / UNICAMP-SP; Valdir Tercioti Junior / UNICAMP-SP; João de Souza Coelho Neto / UNICAMP-SP. Resumo Introdução: Nas últimas décadas, o câncer tornou-se grande problema de saúde pública mundial. Segundo dados do INCA, estima-se 385 mil novos casos por ano, excluindo-se câncer de pele não-melanoma. Os tumores do aparelho digestivo apresentam elevada incidência na população brasileira, sendo mais frequentes os de cólon e reto, estômago, esôfago, fígado e pâncreas. Objetivo: Análise de cirurgias eletivas realizadas em pacientes esclarecimento da população sobre a necessidade da detecção precoce da doença, bem como a sensibilização da classe médica de que a cada consulta, ainda que direcionada a outra queixa, seja uma oportunidade de diagnóstico de um desses tumores, constituem meios de evitar a realidade do diagnóstico tardio de muitos doentes que procuram o auxilio médico quando sua doença já se encontra em estágio avançado. USO DE TELA ANTI-ADERENTE PARA TRATAMENTO LAPAROSCÓPICO DE HÉRNIA DE SPIEGEL: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Flávio Heuta Ivano / Hospital Sugisawa; Leonardo Yoshio Sato / Hospital Sugisawa; Lie Mara Hirata / Hospital Sugisawa; Ana Paula Hitomi Nagabe / Hospital Sugisawa; Victor Kenzo Ivano / Pontifícia Universidade Católica do Paraná; Letícia Maria Schmitt Moreira / Hospital Sugisawa; Felipe Pedrotti Locatelli / Hospital Sugisawa; Cassius Frigulha / Hospital Sugisawa. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 175 A nais Resumo A hérnia de Spiegel (HS) é um raro defeito da parede abdominal, que está localizado entre a linha semilunar e a borda lateral do músculo reto, com alto risco de obstrução e encarceramento. É mais comum do lado direito, em mulheres e em pacientes com idade maior que 50 anos. O diagnóstico clínico pré-operatório dessas hérnias, pode ser um desafio por apresentar um grande espectro de sinais e sintomas. Fatores de risco para HS são obesidade, rápida perda de peso, múltiplas gestações, constipação crônica, ascite, trauma e cirurgias prévias. O quadro clínico é variável. A ausência de sintomas típicos e a falta de experiência médica com esse tipo de hérnia podem dificulta o diagnóstico precoce. Exames de imagem como ecografia e tomografia computadorizada tem alta sensibildade e valor preditivo positivo em relação as HS ocultas. Uma vez que o diagnóstico de HS é estabelecido, o tratamento cirúrgico é indicado devido ao alto risco de complicações. Quando o diagnóstico é incerto, uma abordagem 176 laparoscópica deve ser instituída. O tratamento cirúrgico pode ser feito por meio de hernioplastia ou cirurgia laparoscópica com colocação de tela. As vantagens da laparoscopia são efetividade e segurança do procedimento, com baixos índices de morbidade e recorrência, cicatrizes menores e menor tempo de internamento. Relato de Caso: R.C.F.S., 50 anos, feminina, obesa, fundoplicatura prévia, com queixa de dor e abaulamento na parede abdominal na porção antero-lateral direita. Ao exame físico, apresentava abdome globoso, flácido, com aumento de volume na parede abdominal à direita, na borda lateral do músculo reto abdominal, sem sinais de estrangulamento ou encarceramento. A tomografia de abdome e pelve mostrou sinais de fundoplicatura, protrusão de gordura e de segmento de alça de íleo na parede abdominal anterior, lateralmente ao músculo reto-abdominal, sem sinais de obstrução. Foi indicado procedimento cirúrgico laparoscópico, com colocação de tela antiaderente (Physiomesh®) e fixação com caprofyl e endogrampeador de 5 mm com grampos absorvíveis (Securestrap®). Paciente evoluiu bem durante o pós-operatório, sem queixas. Teve alta no 1º PO. Retornou em consulta no 10º PO sem queixas, em bom estado geral. Conclusão: A hérnia de Spiegel é uma doença rara, porém com alto risco de complicações. Quando efetuado seu diagnóstico, o tratamento de da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Autores: Luciano Zogbi Dias / FURG; Bruno Schmidt / FURG; Aluísio Neutzling / FURG; Fabiano Vendrasco / FURG; Evelise Berlet / FURG; Linjie Zhang / FURG. Resumo Novas modalidades de colecistectomia minimamente invasivas proporcionam menor trauma operatório e melhor recuperação do paciente. A maioria, entretanto, requer aquisição de novos materiais ou equipamentos. Apresentamos vídeo demonstrativo de estudo com a técnica com 3 portais, comparando-a ao procedimento clássico com 4 portais, seus resultados e análise estatística. Equipamento e materiais utilizados foram os mesmos do método clássico. Incluímos no estudo todos os pacientes operados consecutivamente nos últimos 5 anos, totalizando 104 pacientes: 61 com a técnica de 3 trocartes (grupo A) e 43 com a técnica padrão de 4 trocartes (grupo B). Os resultados foram computados com média e desvio padrão. Utilizamos teste t de Student para análise de variáveis contínuas e teste exato de Fischer para variáveis categóricas. A técnica de 3 incisões utiliza portais de 10mm na cicatriz umbilical e epigástrio e outro de 5mm no hipocôndrio direito, sem o 4º portal de 5mm utilizado habitualmente para tração do fundo da vesícula. Inserida a óptica no trocarte umbilical, planejase a seguir o melhor posicionamento dos demais portais, a fim de melhorar a ergonomia do procedimento. A pinça de apreensão da mão esquerda é posicionada de forma a elevar a vesícula e abrir o triângulo hepatocístico, expondo adequadamente as estruturas. A conversão para o método clássico pela introdução do quarto portal é empregada quando há dificuldade técnica. O tempo médio de internação foi de 1,06 dias no grupo a e 1,30 dias no grupo B (p=0,03). O uso médio de opiáceos sob livre demanda foi de 0,64/ paciente no grupo a e 0,42/paciente no grupo B (p=0,3). A taxa de conversão foi nula (0%) no grupo a e 1 (2,32%) no grupo B (p=0,4). A taxa de óbito peroperatório e taxa de sequelas foram nulas em ambos os grupos (p=1). A abordagem laparoscópica com 3 incisões é segura e oferece resultados animadores, pois despende menos recursos materiais e de pessoal, e propiciando menor tempo de internação hospitalar. escolha é o cirúrgico. Hoje, é possível realizar o tratamento laparoscópico com efetividade, segurança e baixos índices de complicação. COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA: 3 OU 4 PORTAIS ? Temário: Cirurgia / Miscelânia ESPLENECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA POR CISTO ESPLÊNICO DE GRANDE VOLUME Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Christian Lamar Scheibe / Hospital são Domingos; Roclides Castro de Lima / Hospital são Domingos; Zélio GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Rodrigues Borges / Hospital são Domingos; José Aparecido Valadão / Hospital são Domingos; Abdon José Murad Junior / Hospital são Domingos; Giuliano Peixoto Campelo / Hospital são Domingos; Taffarel de Castro Pereira e Silva / Universidade Federal do Maranhão; Manuel Dominguez de La Cruz / Universidade Federal do Maranhão. Resumo Introduçâo: Cistos esplênicos são raros. Em 1978 Robbins relatou apenas 32 casos em uma série de 42.327 autópsias, ou seja, 0,75%. Cistos grandes podem causar dor em hipocôndrio esquerdo e sintomas de compressão de órgãos adjacentes tais como náusea, vômitos, flatulência e diarreia. O tratamento é cirúrgico para cistos maiores que 4 a 5 cm. O papel da esplenectomia laparoscópica está bem estabelecido no tratamento de doenças hematológicas, porém, sua utilização para tratamento de cistos esplênicos de grande volume é pouco relatada. Objetivo: Relatar um caso de esplenectomia vídeo-laparoscópica por cisto esplênico. Relato: M.M.C., sexo feminino, 25 anos, história de plenitude gástrica precoce, náuseas e dor à palpação em hipocôndrio esquerdo com massa palpável. Realizou TC de abdome que evidenciou lesão de aspecto cístico medindo 12 x 10 cm em polo superior do baço. A paciente foi submetida à esplenectomia vídeo-laparoscópica. A mesma evoluiu satisfatoriamente e recebeu alta dois dias após a cirurgia. Histopatológico evidenciou pseudocisto não-parasitário. Conclusão: Esplenectomia laparoscópica é um método viável e seguro para tratamento de grandes cistos esplênicos. NEUROMODULAÇÃO SACRAL ASPECTOS TÉCNICOS PARA O TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA FECAL Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Luciana Amaral de Retamal Marzan / NUFIG Control HIAE; Ivani Pires de Andrade Kehdi / NUFIG Control HIAE; Paulo Jose Pereira de Campos Carvalho / NUFIG Control HIAE. Resumo Neste vídeo serão discutidos os principais aspectos técnicos da implantação do neuromodulador sacral na fase teste e definitiva. Durante a apresentação serão apresentados os resultados a longo prazo incluindo a experiência do grupo. TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCÓPICO DO ANEURISMA DE ARTÉRIA ESPLÊNICA Temário: Cirurgia / Miscelânia Autores: Glauco da Costa Alvarez / UFSM; Mateus Diesel Miranda / UFSM; Cleoni Pedron / UFSM; Mateus Picada Correa / UFSM; Everton Neubauer Faria / UFSM. Resumo Paciente sexo feminino, 63 anos, diagnosticada com aneurisma de artéria esplênica com 4cm. Houve falha na intervenção endovascular em tentativa embolizante com colocação de mola. Este vídeo tem o objetivo de apresentar os detalhes técnicos e anatômicos do tatamento videolaparoscópico dos aneurismas viscerais onde a abordagem endovscular não obteve sucesso. ISQUEMIA DE DELGADO DEVIDO HÉRNIA INTERNA APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Cláudio Luiz Lourenço de Souza Junior / UNOESC; Rafael Rodrigues Rothbarth / UNOESC; Flavia Silva de Souza / Universidade Estacio de Sa- RJ; Vicente Sposito / UNOESC; Felipe Wurzel / UNOESC; Rita de Cassia Palma Lima / UNOESC; Roberto Zilio / Zilio, Roberto. Resumo Introdução: A cirurgia bariátrica hoje está consolidada e difundida e por este motivo o estudo de suas complicações é de extremamente importância. Essas podem ser diversas como desnutrição, complicações respiratórias, hérnias internas, fístulas. Objetivo: Relato do manejo de uma hérnia interna após cirurgia bariátrica. Casuística: Emergência. Relato do Caso: E.S.L., 48 a., feminino, brasileira, branca, casada. Data da Internação: 01/07/14 QP: “Dor na barriga de forte intensidade” HDA: Inicio dos sintomas com dor súbita, difusa, de forte intensidade que não melhorava com analgesia. Nega náuseas, vômitos ou febre. HPP: Refere cirurgia bariátrica pela técnica de Scopinaro há 15 anos. Ao exame: Acordada, orientada, anictérica, acianótica estável hemodinamicamente. AR e AC: s/alt. Abdome: plano, depressível, doloroso a palpação difusamente, RHA diminuídos. MMII: s/alt. Exames laboratoriais: Hb: 13,0;Ht: 38%;Leucócitos: 22000;Bastonetes: 3,0%; demais s/alt. Realizou TC de abdome que visualizou edemas de alça de delgado. Cirurgia: Optou-se GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 177 A nais 178 então pela lapatorotomia com incisão mediana supraumbilical, evidenciando grande quantidade de liquido serohemático na cavidade, aderências. Além de uma hérnia interna da alça bileo-pancreática que que apresentava necrose de aproximadamente 60 cm de extensão. Após liberação de aderências e redução da hérnia, feito enterectomia da alça necrosada com o grampeador linear cortante GIA 80, por conseguinte fez a anastomose término lateral da alça bileo-pancreática com a alça alimentar manualmente em duas linhas de sutura. Pct evoluiu bem, porém no 5 P.O apresentou abundante saída de secreção biliar pela F.O. Optou-se por nova laparotomia exploradora na qual foi visualizado grande quantidade de bile livre em cavidade, fístula na anastomose entero-entero e diversas perfurações na alça bileo-pancreatica. Após ressecção da alça biliar de aproximadamente 10 cm(até margem viável), ressecção também da parte da alça comum onde se encontrava-se a anastomose prévia. Nova anastomose em entero-entero látero-lateral com grampeador linear cortante GIA 80 (mais proximal que a anterior) e anastomose termino-terminal entero-entero(entre alças comuns) manualmente. Paciente evolui bem e no 8 P.O. teve alta hospitalar. Conclusão: A hérnia interna é uma das complicações mais temidas na cirurgia bariátrica seu tratamento com em fase tardia é complicado, portanto medidas que visem a profilaxia tais como o fechamento das brechas mesentéricas são válidas. ANÁLISE DO PERFIL CLÍNICO NO PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Taianne Machado Nascimento / UFS; Antônio Alves Júnior / UFS; Curt Vieira Neto / UFS; Ytallo Juan Cardozo de Oliveira / UFS; José Jackson Guimarães Júnior / UFS; Tiago Rodrigo Pereira de Freitas / UFS; Ramsés Matos Couvre / UFS; Ismael Martins da Silva / UFS. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo 2013, foi realizado um estudo observacional transversal, avaliando pacientes no pré-operatório de cirurgia bariátrica. Os dados clínicos utilizados foram peso, grau de obesidade, IMC, idade e sexo. Foram utilizados também a avaliação dos níveis séricos de: TGO, TGP, albumina, plaquetas, glicose, HDL, LDL, triglicerídeos, cálcio, vit D e ferro. Os resultados foram cotejados com os valores de referência. Resultados: Dos 73 pacientes avaliado, 51(70%) eram mulheres e 22 homens (30%). O grau de obesidade foi II para 45 (62%) dos pacientes e III para 28(38%) dos pacientes. A média de idade, IMC e peso foram de respectivamente 36 anos, 40,36Kg/m² e 111Kg. Os níveis séricos de: TGO, TGP,albumina, plaquetas,glicose,HDL,L DL,triglicerídeos,colesterol total, cálcio, vitamina D e ferro foram de 22U/L, 30,8U/L, 4,14g/dL, 303258, 103mg/dL, 46mg/dL, 122mg/ dL, 174mg/dL, 201mg/dL, 9,9mg/dL, 26,3 ng/mL e 97,4 μg/dL Conclusões: Das variáveis séricas avaliadas, quatro obtiveram valores alterados em relação aos valores de referência. Obtiveram valores inferiores a vitamina D 26,3 ng/mL e o cálcio 9,9mg/dL séricos. Já os valores de glicose (103mg/dL) e triglicerídeos (174mg/ dL) apresentaram médias superiores aos valores de referência. Essas alterações podem estar relacionadas ao grau de obesidade desses pacientes. CIRURGIA BARIÁTRICA: REVISÃO DOS ASPECTOS PSICOSSOCIAIS PÓS-OPERATÓRIO Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Ana Tereza Silveira Zica / UniEvangélica; Úrsula Santos Mendonça / UniEvangélica; Eurico Del Fiaco Neto / UniEvangélica; Ana Elisa Maranhão de Conti / UniEvangélica; Hugo Alexandre da Rosa Martins / UniEvangélica; Beatriz Barbosa dos Santos / FACIPLAC; Leonardo de Godoy Ribeiro / FACIPLAC. Resumo Resumo Introdução: A obesidade é um problema crescente de saúde no mundo, chegando a dobrar sua prevalência desde a década de 80 . Ela tem etiologia multifatorial como genética, ambiental e social e está relacionada com diversas comorbidades. Neste contexto, a cirurgia bariátrica aparece como um tratamento eficaz para obesidade e suas comorbidades. Objetivo do Trabalho: Avaliar o perfil clínico de pacientes no pré-operatório de cirurgia bariátrica Casuística: Foram avaliados 73 pacientes no pré-operatório de cirurgia bariátrica Metodologia: Durante o período de Janeiro de 2011 a Abril de Introdução: As cirurgias bariátricas têm sido consideradas alternativas para pessoas que não conseguem perder peso pelos métodos tradicionais ou para quem sofre de problemas crônicos de saúde relacionados a essa doença. É um processo complexo, pois envolve a interligação dos aspectos físicos, psíquicos e sociais, e varia em cada indivíduo. A cirurgia promove redução drástica do peso e diminuição das comorbidades, porém, o impacto que essas mudanças bruscas de peso causam na saúde psicológica do indivíduo deve ser considerado. Nesse sentido, existe a recomendação do Ministério da Saúde para que haja um GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 acompanhamento multiprofissional e sistemático aos indivíduos que se submeteram ao tratamento cirúrgico. Objetivos: O atual estudo teve como objetivo identificar as expectativas, resultados, dificuldades e frustrações enfrentadas após a realização da cirurgia bariátrica. Metódo: Realizou-se o levantamento bibliográfico da atual literatura identificando as principais conseqüências psicossociais da cirurgia bariátrica. Os artigos foram publicados nos períodos entre 2002 a 2012 e se encontram na Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando a base de dados eletrônica Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Resultados: As publicações mostram que apesar de uma grande parcela dos pacientes possuírem resultados satisfatórios com a redução substancial do peso, com melhoria ou cura de comorbidades, incluindo a diminuição do comportamento alimentar, o aumento da autoestima e uma melhor qualidade de vida, há vários casos em que o emagrecimento súbito incorre em quadros psiquiátricos, tais como: sintomas de ansiedade, depressão, uso de substâncias prejudiciais ao organismo, alterações comportamentais e ideação suicida, dentre outras situações, associadas às mudanças emocionais que o paciente vivencia com o novo estado físico e psíquico. Conclusão: A cirurgia contra a obesidade é um procedimento complexo e, assim como qualquer cirurgia de grande porte, apresenta risco de complicações. Desta forma, além das orientações técnicas, o acompanhamento psicológico é aconselhável em todas as fases do processo, pois apesar dos bons resultados da cirurgia na maioria dos pacientes, alguns indivíduos com obesidade mórbida não respondem positivamente à cirurgia e não beneficiam psicologicamente dela. COMPARATIVO DOS NÍVEIS DE ALBUMINA SÉRICA NO PRÉ OPERATÓRIO E PÓS - OPERATÓRIO DE 6 MESES E 1 ANO DE CIRURGIA BARIÁTRICA Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Taianne Machado Nascimento / UFS; Antônio Alves Júnior / UFS; Curt Vieira Neto / UFS; Ytallo Juan Cardozo de Oliveira / UFS; Tiago Rodrigo Pereira de Freitas / UFS; José Jackson Guimarães Júnior / UFS; Maria Rosa Melo Alves / UFS; Ismael Martins da Silva / UFS. Resumo plasma e no transporte de algumas substâncias. A hipoalbuminemia está relacionada com a desnutrição. Dessa forma, a dosagem dela pode representar a medida de avaliação do estado nutricional. Objetivo: Comparar os níveis de albumina sérica no pré e pósoperatório de seis meses e de um ano de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Casuística: Foram avaliados 53 pacientes no período de pré-operatório e de pós-operatório de cirurgia bariátrica. Metodologia: No período de Janeiro de 2011 a Julho de 2012, foi realizado um estudo observacional transversal, para avaliar a albumina sérica de pacientes submetidos a cirurgia bariátrica pela técnica da gastroplastia vertical com derivação gastrojejunal em Y de Roux. Os dados clínicos utilizados foram idade, peso, IMC, sexo e níveis séricos de albumina no período pré operatório e pós-operatório de seis meses e de um ano. Resultados: Nos pacientes avaliados a média etária foi de 35 anos, sendo que 37(69,8%) eram mulheres e 16(30,2%) eram homens. O peso e o IMC médios foram de respectivamente 112,8Kg e 34,74kg/m² no pré operatório,78,06Kg e 30,0Kg/m² no pós-operatório de 6 meses e 69,22Kg e 27,09Kg/m² no pós-operatório de 1 ano. As taxas médias de albumina sérica foram de 4,09g/dL no pré operatório e de 4,03g/dL(redução de 1,47 %) e 4,17g/dL(aumento de 1,96%) no pós-operatório de seis meses e de um ano correspondentemente. Conclusão: Os níveis séricos de albumina após a cirurgia de gastroplastia com derivação gastrojejunal apresentaram discreta resolução nos primeiros seis meses, mas com recuperação e elevação pequena no período de um ano. COTEJAMENTO DO GRAU DE FIBROSE HEPÁTICA AVANÇADA NO PRÉ-OPERATÓRIO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA: INSTITUIÇÃO PÚBLICA VERSUS PRIVADA Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Taianne Machado Nascimento / UFS; Ytallo Juan Cardozo de Oliveira / UFS; Curt Vieira Neto / UFS; Antônio Alves Júnior / UFS; Tiago Rodrigo Pereira de Freitas / UFS; Ramsés Matos Couvre / UFS; José Jackson Guimarães Júnior / UFS; Marco Antônio Fontes Sarmento / UFS. Resumo Introdução: A doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA) é a doença hepática crônica mais comum e é caracterizada como o Introdução: A albumina é uma proteína abundante no meio extracelular,sendo importante na manutenção da pressão oncótica do aumento de gordura no fígado não associado ao consumo etílico. Ela pode ter como etiologia a obesidade, sendo a manifestação GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 179 A nais hepática deste problema. A cirurgia bariátrica é um dos tratamentos da obesidade e consequentemente da DHGNA. Objetivo: Cotejar o perfil hepático no pré-operatório de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica nas instituições pública e privada. Casuística: Foram avaliados 45 pacientes no pré-operatório de cirurgia da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Alencar / Hospital Ophir Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola; Pablo Baptista Oliveira / Hospital Ophir Loyola; Raquel de Maria Maues Sacramento / Hospital Ophir Loyola; Carolina Costa Beckman Nery Oti / Hospital Ophir Loyola; Giordano Bruno Ribeiro Palmeira de Freitas / UEPA. bariátrica: 14 destes, fizeram a cirurgia pelo serviço público de Saúde(HU-UFS), enquanto os outros 31 fizeram a mesma cirurgia Resumo pelo privado (HSL) da mesma cidade. Metodologia: Durante 180 o período de Janeiro de 2012 a Julho de 2013, foi realizado um Introdução: A obesidade é uma doença universal de preva- estudo observacional transversal para avaliar pacientes no pré- lência crescente e que vem adquirindo proporções epidêmicas, operatório de cirurgia bariátrica. Os dados clínicos utilizados atingindo mais de um bilhão de adultos, sendo um dos principais foram IMC,idade e sexo. Para categorizar o perfil hepático foi problemas de saúde pública da sociedade. A indicação cirúrgica utilizado o escore de fibrose do NAFLD (non alcoholic fatty liver clássica é em pacientes com Índice de Massa Corporal disease) que avalia o grau de fibrose avançada no fígado a partir (IMC) acima de 40 kg/m² ou acima de 35 kg/m² associado a da idade e do IMC e das dosagens plasmáticas de ALT,AST, comorbidade causada ou agravada pela obesidade, sendo albumina e plaquetas. Pacientes com NAFLD abaixo de -1,455 ainda importante analisar fracasso de métodos conservadores não apresentariam fibrose avançada, com NAFLD acima de 0,676 de emagrecimento, condições psicológicas para cumprir a apresentariam e com NAFLD entre esses valores, apresentariam orientação dietética no pós-operatório e ausência de causas escore indeterminado. Resultados: Na instituição privada a endócrinas de obesidade. Dentre as técnicas utilizadas, o faixa etária foi de 33 anos, na instituição pública foi de 41 anos. padrão ouro é a gastroplastia redutora com bypass gástrico Nas duas instituições o número de mulheres avaliadas foi maior, em Y de Roux, com baixa morbidade e alta eficácia. Esse tipo sendo 22(71%) na particular e 12(85,7%) na pública. A média do de cirurgia está associado a saciedade precoce com perda de IMC dos pacientes da instituição pública foi de 51,24Kg/m² maior peso significativamente maior do que em outras gastroplastias. que a da particular que foi de 40,25Kg/m². A média de ALT, AST, Objetivo: Relatar um caso de pós-operatório de um paciente albumina e plaquetas(mm³) foi de respectivamente,33U/L, 22U/L, obeso mórbido submetido a uma gastroplastia redutora com 4,08g/dL e 281050 na instituição privada e de 41U/L, 25U/L, bypass gástrico em Y de Roux. Casuística: 1 paciente (relato 3,44g/dL e 255000 na pública. Dos pacientes da rede particular de caso) Método: Revisão de prontuário. Resultados: Sexo avaliados, 2(6,45%) obtiveram o escore do NAFLD abaixo de masculino, 45 anos, com história de ganho de peso desde a -1,455; 20(64,51%) obtiveram o resultado entre -1,455 e 0,675 e infância, admitido com 192kg, IMC de 60,6 kg.m-2, realizou 9(29,04%) obtiveram esse escore acima de 0,675. Na rede pública, preparo por 3 meses com dieta hipocalórica (800kcal/dia), dos pacientes avaliados, 11(84,62%) tiveram o NAFLD acima de bupropiona e topiramato uma vez ao dia e 2 comprimidos de 0,675 e 2(15,38%) tiveram esse escore entre -1,455 e 0,675. Da metformina 500mg após o almoço. No momento da liberação amostra da rede pública observada, nenhum apresentou NAFLD para a operação estava com 174,4kg e 178cm, IMC de 55 kg.m- abaixo de -1,455. Conclusões: Os pacientes da rede pública 2. Submetido à gastroplastia redutora com bypass gástrico em Y apresentaram um maior grau de fibrose hepática avançada, o de Roux (técnica de Fobi-Capella). O transcurso intraoperatório que pode estar relacionado ao maior grau de obesidade desses ocorreu sem anormalidades. Evoluiu sem intercorrências no pós- pacientes. operatório imediato. Apresentou secreção serosanguinolenta no 5º dia de pós-operatório pelos pontos centrais da ferida OBESO MÓRBIDO TRATADO COM GASTROPLASTIA REDUTORA COM BYPASS GÁSTRICO EM Y DE ROUX: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Carolina Teixeira Cidon / UEPA; Francisco de Assis operatória, cessando no 7º dia, após drenagem manual do conteúdo. Durante a primeira semana evoluiu com intolerância alimentar, com vômitos, náuseas e síndrome de dumping precoce, obtendo a melhora clínica com medicamentos sintomáticos na segunda semana de pós-operatório, recebendo alta cirúrgica. Conclusão: A intolerância alimentar mostrou-se GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 constante no pós-operatório do presente trabalho, assim como o encontrado na literatura. Salienta-se a necessidade de atenção quanto ao fracionamento das refeições, mastigação e quantidade de alimentos ingeridos numa mesma refeição. APLICATURA GÁSTRICA COM BY PASS: PODE SER VIÁVEL? Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Clayton Alencar Moreira / Unigastro; Alberto Jose Lopes Magalhaes / Unigastro; Max Carneiro / Unigastro; Maira Piani / UePa. Resumo 3.1 -Tipo de estudo: Estudo experimental, prospectivo, longitu-dinal, observacional, em hospital privado na cidade Belém o Pará no ano de 2014. 3.2- População de estudo. serão incluídos 10 pacientes com índice de massa corporal entre 35 e 45Kg/ m², com ou sem co-morbidades. Sendo excluídos pacientes fora destes parâmetros. 3.4-Técnica 3-Incisão a esquerda da linha média acima da cicatriz umbilical, punção com trocater de 10mm não descartável para confecção o pneumoperitônio. Coloca-se agulha de Veres, com pressão de insuflação de 20mmhg. 4-Introdução de mais 4 portais, sendo 3 de 5mm (1 subxifóide, 1 borda lateral do reto anterior do abdome e outro na linha axilar anterior esquerda) e mais 1 de 10mm na linha mamilar esquerda sub-costal. Após introdução de laparoscópio, procedemos com o inventário da cavidade. 5-O anestesista introduz uma sonda de Fouchet 11mm, posicionada para esvaziar o conteúdo gástrico. 6-Inicia-se com tesoura ultrassônica (sonosurg Olympus), a desconexão da grande curvatura do grande epíplon, desde 2cm o piloro até o ângulo de Hiss. A sonda de Fouchet, neste momento, é colocada até o piloro a fim de realizar moldagem gástrica, para começar a plicatura. 7-Realizado um primeiro plano completo, contínuo e invaginante com fio de prolene 2-0 gastrintestinal, do ângulo de Hiss até meia distância entre o piloro e a incisura angulares. Um segundo plano, também, com prolene, contínuo, invaginando o primeiro plano de sutura até a incisura angularis. 8-Identifica-se o ângulo de Treitz e se mede 2 metros de jejuno, fazendo-se anastomose manual em 2 planos gastrojejunal latero-lateral em parede posterior de antro, de 5 cm, com Poliglecaprone 25 2-0 e ancoragem da alça antes e após a anastomose, com 2 pontos em cadalado no estômago. Sem drenagem da cavidade. 9-Fechamento dos orifícios com pontos intradérmicos e cola dermica. Esta técnica chancela mais uma opção cirúrgica de baixo custo, pouca complicação e com boa efetividade, num país com baixo poder aquisitivo e obesidade endêmica. Além de criar subsídios para estudos posteriores analisarem os resultados metabólicos. CONVERSÃO LAPAROSCÓPICA DE GASTROPLASTIA VERTICAL EM GASTROPLASTIA COM BYPASS GASTROENTERAL Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Severino Oscar Barreto Coutinho Neto / Clínica são Gabriel; Bruno Antônio Bezerra Barreto / Clínica são Gabriel; Marco Aurélio de Freitas Cabral / Clínica são Gabriel; Guilherme Martins Delduque de Macedo / Clínica são Gabriel. Resumo A gastroplastia vertical se consolidou como umas das opções no tratamento de pacientes obesos mórbidos, devido a facilidade de execução e baixa morbidade. Nos pacientes submetidos a este tipo de cirurgia, a perda insatisfatória de peso no pós-operatório tardio de gastroplastia vertical é uma complicação encontrada com relativa frequência. como objetivo de demonstrar uma forma de abordar esta problemática utilizando um método minimamente invasivo, trouxemos o vídeo da conversão videolaparoscópica de gastroplastia vertical em gastroplastia com bypass gastroenteral. Neste caso abordamos cirurgicamente uma paciente submetida, há 03 anos, à uma gastroplastia vertical que evoluiu com perda de peso insatisfatória, tendo atingido a estabilidade do peso corporal há 02 anos. Após consultas ambulatoriais e acompanhamento com psicólogos e nutricionistas, optou-se pela reabordagem videolaparoscópica da paciente. Durante a cirurgia podemos visualizar as alterações gástricas decorrentes da primeira abordagem e demonstrar as manobras que precisam ser executadas para uma conversão bem sucedida. Após o procedimento, a paciente evoluiu clínicamente bem e voltou a apresentar perda de peso, como esperado. Tendo a paciente evoluido satisfatoriamente, chegamos a Conclusão de que, neste caso, a conversão videolaparoscópica das gastroplastia vertical em gastroplastia com bypass foi uma conduta apropriada. Esta cirurgia se mostra benéfica tanto em pacientes com perda de peso abaixo do esperado após a gastroplastia vertical, como parte de uma abordagem cirúrgica em dois tempos. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 181 A nais RESGATE TÉCNICO NO REFLUXO GASTRO-ESOFÁGICO APÓS GASTRECTOMIA VERTICAL Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Flavio Masato Kawamoto / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Daniel Riccioppo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Denis Pajecki / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Henrique Dametto Giroud Joaquim / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Andre Fonseca Duarte / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP; Filippe Camarotto Motta / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP.; Marco Aurelio Santo / Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. HC-FMUSP. Resumo Introdução: A herniação do estômago trans-hiatal após gastrectomia vertical (GV) é considerada como possível causa de 182 sintomas de refluxo gastro-esofágico (RGE). Problemas técnicos relacionados à confecção da bolsa gástrica podem relacionar-se a dificuldade de esvaziamento, colaborando para o surgimento de RGE na GV. Objetivos: Relato de caso de obesa mórbida submetida a GV e sintomas de DRGE pós-operatória, investigação anátomofuncional das possíveis causas de refluxo, e análise da conduta. Método: Paciente de 46 anos, peso máximo 110kg (IMC 41,4). Sem doenças metabólicas associadas, ou sintomas de RGE. Exames pré-operatórios com endoscopia digestiva alta (EDA) sem sinais de RGE ou hérnia hiatal, Rx EED com pequena hérnia de hiato por deslizamento, manometria e pH-metria esofágicas normais. Optado da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Melhora importante das queixas de RGE, sem necessidade de uso de medicação. CT 3D pós-operatória mostrou morfologia adequada da bolsa gástrica e redução de volume, cintilografia mostrou aceleramento do esvaziamento gástrico. Conclusões: a hérnia de hiato pós-GV pode ser um dos fatores que contribui para sintomas de RGE. A realização do procedimento de modo a confeccionarse uma bolsa gástrica tecnicamente adequada, com baixo volume, ressecção completa do fundo gástrico, sem acotovelamentos, estenoses, ou torções em seu eixo longitudinal, e com antro de tamanho adequado, relaciona-se a melhor esvaziamento gástrico, e menor risco de RGE. TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCÓPICO DE GESTANTE COM HÉRNIA INTERNA PÓS GASTROPLASTIA POR OBESIDADE Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Daniel Seiti Kurihara Oda / Hospital são Vicente FUNEF - Curitiba; Antonio Carlos Rosa de Sena / Hospital são Vicente - FUNEF - Curitiba/PR; Tiago Kuchnir Martins de Oliveira / Hospital são Vicente - FUNEF - Curitiba/PR; Daniel Seigui Kaio / Hospital são Vicente - FUNEF - Curitiba/ PR; Mariana de Castro / Hospital são Vicente - FUNEF Curitiba/PR; Giovanna Cerri / Hospital são Vicente - FUNEF - Curitiba/PR; Andréa Carneiro Leite Mariz Álvares / Hospital são Vicente - FUNEF - Curitiba/PR. Resumo por GV. Apresentou perda de peso de 36kg em 6 meses (PEP 104%, IMC 22,2). Dois anos após a cirurgia iniciou queixa importante de Com a evolução das técnicas de cirurgias bariátricas, identificamos RGE. Realizados novos exames: EDA sem esofagite, com hérnia de diversas complicações tardias do procedimento, entre elas a hiato por deslizamento, Rx-EED com hérnia de hiato para-esofágica, hérnia interna. No entanto, são escassos os relatos de ocorrências manometria esofágica com esfíncter inferior do esôfago intratorácico em situações específicas como a gestação. O objetivo do vídeo e pH-metria com RGE patológico. Volumetria da bolsa gástrica por é demonstrar a segurança da opção de tratamento cirúrgico tomografia 3D: 555ml, com presença de fundo residual, e antro amplo, videolaparoscópico em abdome agudo obstrutivo por hérnia interna regiões onde houve retenção de radioisótopo durante cintilografia pós gastroplastia na 34ª semana de gestação. Através deste vídeo de esvaziamento gástrico (esvaziamento lentificado). Proposta será realizado o relato de caso. Paciente submetida à gastroplastia resgate técnico de GV, com redução da bolsa gástrica, hiatoplastia, e videolaparoscópica por obesidade pela técnica de Bypass Gástrico adequação da bolsa gástrica, com ressecção total de fundo gástrico, proximal com colocação de anel. Após mais de 3 anos de pós- e redimensionamento do antro. Resultados: Achado de herniação operatório evoluiu com um quadro de abdome agudo obstrutivo de estômago para o tórax, e realizada redução de conteúdo por hérnia interna em anel de gastroplastia, conforme identificado herniado com hiatoplastia. Realizada ressecção de excesso de fundo através de radiografia de abdome e por endoscopia digestiva alta. gástrico e antro gástrico. Duração de procedimento: 200 minutos, Estava em acompanhamento em sua cidade de origem por gestação evoluiu com boa aceitação de dieta no PO2. Alta hospitalar no PO4. de 34 semanas sem intercorrências. Realizada tentativa de abertura GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 do anel através de dilatação endoscópica, sem sucesso. A paciente foi submetida à videolaparoscopia + ressecção e retirada do anel + redução de hérnia interna. O vídeo demonstra passo a passo do procedimento, desde a inserção da óptica em portal epigástrico. O fato de a maior parte da cavidade abdominal estar ocupada pelo útero gravídico impossibilita a abordagem convencional com a colocação do primeiro trocarte em região periumbilical. Não havia pelo robô. Deve-se destacar a necessidade de sincronia entre o cirurgião que fica no console e o primeiro assistente que manuseia e aplica o grampeador laparoscópico.Também foi demonstrada a dissecção e ressecção da fibrose produzida pela presença da banda gástrica ajustável, a dificuldade de apresentação dessa região e a necessidade do uso de uma carga para tecidos mais espessos (verde ou dourada). sinal de sofrimento de alças intestinais, o que possibilitou a redução das alças herniadas após a ressecção do anel. A paciente teve resolução completa do quadro agudo, recebeu alta em menos de 24h de pós-operatório e não houve intercorrência obstétrica no peri ou pós-operatório. Através da técnica demonstrada no vídeo, pode se concluir que é viável a realização de videolaparoscopia em paciente gestante pós cirurgia bariátrica em um quadro de abdome agudo e que tal técnica pode ser reproduzida com segurança em pacientes selecionados. CIRURGIA REVISIONAL – RETIRADA DE BANDA GÁSTRICA AJUSTÁVEL E REALIZAÇÃO DE BY-PASS GÁSTRICO POR VIA VIDEOLAPAROSCÓPICA ROBÓTICA Temário: Cirurgia / Obesidade Autores: Denis Pajecki / Hospital Nove de Julho - São Paulo; Daniel Bauab Puzzo / Hospital Nove de Julho - São Paulo; Marco Aurélio Santo / Hospital Nove de Julho - São Paulo; Thiago Shigueyoshi Otsuzi / Hospital Nove de Julho - São Paulo; Luis Francisco de Arruda Zeni / Hospital Nove de Julho - São Paulo. Resumo Os autores apresentam um vídeo editado mostrando a realização de uma retirada de banda gástrica ajustável seguida da realização de uma transposição gástrica em “Y de Roux” sem anel de silicone por videolaparoscopia através do uso de tecnologia robótica (“Da Vinci System” – Stratner Inc.). A indicação da conversão do método, de banda gástrica para “by-pass” gástrico, foi devido a falha na obtenção da perda de peso desejada. Assim, os autores demonstram a técnica, destacando a segurança do método, a possibilidade de realização de movimentos que não são exequíveis por videolaparoscopia e a ótima visualização das vísceras envolvidas. Ressalta-se a semelhança com os tempos da cirurgia quando realizados pela via videolaparoscópica convencional e algumas modificações na apresentação das estruturas oferecidas e/ou impostas ADENOMA VILOSO DE PAPILA DE VATER: RESSECÇÃO LOCAL OU DUODENOPANCREATECTOMIA? Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Yuri Longatto Boteon / UNICAMP; Daniel Alvarenga Fernandes / UNICAMP; Amanda Pinter Carvalheiro da Silva / UNICAMP; Everton Cazzo / UNICAMP; Daniel Lahan Martins / UNICAMP; Martinho Antonio Gestic / UNICAMP; Thiago José Penachim / UNICAMP; Nelson Marcio Gomes Caserta / UNICAMP; Elinton Adami Chaim / UNICAMP. Resumo Introdução: As neoplasias benignas da ampola de Vater são lesões pré-malignas e raras. Frente à malignização de cerca de 30-40%, a abordagem cirúrgica ainda é controversa: ressecção local e acompanhamento ou duodenopancreatectomia? Descrevemos o caso de uma paciente feminina, 61 anos, com dor em hipocôndrio direito, emagrecimento, vômitos, icterícia flutuante e febre intermitente. Laboratoriais com ictérica com predominio de bilirrubina direta. Investigação com ultrassonografia, complementado com TC multislice, RNM e colangiorressonância. Realizada endoscopia digestiva alta com biópsia e colangiopancreatografia retrógrada endoscópica com presença de lesão polipóide, multilobulada de 5 a 6 cm na região da papila de Vater. O diagnóstico histopatológico da biopsia foi de adenoma tubular com neoplasia intraeptelial de alto grau de papila duodenal. Submetida à duodenopancreatectomia com diagnóstico histopatológico de adenoma túbulo-viloso com focos superficiais de adenocarcinoma bem diferenciado com estádio patológico I. Discussão: a avaliação por imagem é de extrema importância na programação cirúrgica, os avanços no estadiamento dessas lesões com ultrassonografia endoscópica ou intraductal são ferramentas úteis para selecionar candidatos ao tratamento endoscópico. A alta resolução da ressonância magnética associada à colangiorressonância e sequências ponderadas em difusão possibilita boa avaliação dos tumores periampulares. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 183 A nais LOCALIZAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DE INSULINOMA: ANÁLISE DE SEIS PACIENTES TRATADOS NO HUCFF ENTRE 2009/13 Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: José Marcus Raso Eulálio / UFRJ; Lucila Marieta Perrotta de Souza / UFRJ; Homero Soares Fogaça / UFRJ; Eduardo Sabino de Machado Magalhães / UFRJ; Matheus Mannarino do Carmo Silva Ribeiro / UFRJ; Lucca Jaeger Martins / UFRJ; Bruno Munhoz Agena / UFRJ; Pedro Luiz Rodrigues Guimarães Filho / UFRJ. XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Autores: Marcelo Gonçalves Sousa1; Francieudo Justino Rolim2; Carlos Eduardo Moreira Guedine Junior3; Luciana Nogueira Paraguassú de Morais 4 , Jose Helman Palitot de Oliveira5 , Kerly Casimiro da Silveira 6, Jose Maximo Costa Pinto7, Rafael Lucas Costa de Carvalh / Universidade Federal da Paraiba. Resumo Introdução: A pancreatite é condição inflamatória, aguda ou crônica, pode evoluir com sintomatologia discreta até graves conseqüências. Dentre as complicações da pancreatite encontramos Resumo os pseudocistos pancreáticos. Geralmente são adjacentes ao Introdução e Objetivos: a localização topográfica dos insulinomas pancreáticos é fundamental para o adequado tratamento cirúrgico. Este trabalho tem por objetivo avaliar retrospectivamente diferentes métodos de imagem utilizados para localização em pacientes com 184 da insulinoma comprovado. Materiais e Métodos: Foram incluídos todos os pacientes com insulinoma confirmado por ressecção cirúrgica entre jan 2009 e dez 2013. Foram analisados os exames de Tomografia, Ressonância Magnética e Ecoendoscopia quanto à identificação, tamanho e localização de nódulos pancreáticos nestes pacientes. Resultados: do total de seis pacientes, cinco tiveram ressonância ou Tomografia positivas para nódulo pancreático. A Tomografia foi realizada em seis pacientes e positiva em 3. A ressonância foi realizada em seis pacientes e positiva em 3. A Ecoendoscopia foi realizada em cinco pacientes e identificou o insulinoma em todos. O tamanho dos nódulos variou entre 10 e 25mm. Todos os pacientes tiveram pelo menos um exame de imagem positivo para insulinoma. Quatro pacientes tiveram dois exames positivos e um paciente teve os três exames positivos. Cinco pacientes apresentaram insulinomas únicos e um paciente apresentou três insulinomas totalizando oito nódulos. Cinco em corpo e três na cabeça do pâncreas. Conclusão: Tomografia e Ressonância são exames que se complementam na localização de insulinomas. A Ecoendoscopia foi capaz de localizar todos os insulinomas que passaram desapercebidos aos outros métodos. próprio órgão, porém podem ser encontradas nas proximidades do pâncreas em contato com órgão como estomago e duodeno, ou a distancia como alguns citados em baço, região pélvica e mediastino. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo relatar de pseudocisto pancreatico intramural duodenal em paciente com pancreatite crônica. Metodologia: Descrição, com base em dados do prontuário e história clínica, da firmação diagnostica e intervenção terapêutica, associado a revisão literária da temática. Relato de caso: Paciente masculino, 45 anos, agricultor, pardo, natural e procedente de Nazarezinho – PB. Admitido no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW)- UFPB, João Pessoa – PB em 04/06/2014. comqueixa principal de Dor abdominal há 04 semanas. Relatava quadro de dor em hipocôndrio direito com irradiação para flanco e fossa ilíaca ipsilateral, súbita,de leve intensidade, em aperto,de caráter continuo, com inicio a cerca de 15dias. Tinha quadro de dores abdominais difusas há 4 anos. Perda de 8kg em 2 meses. Diabetes Tipo II diagnosticado há 2 meses. Tabagismo de 33 Maços-Ano. Etilismo com uso de aguardente, diariamente (4-5 doses/dia), por cerca de 30 anos. Tratado com analgésicos, IBP e dado inicio a investigação etiológica. A investigação com endoscopia digestiva alta, ultrassonografia, tomografia de abdome, ressonância magnética de abdome, revelou existência de pancreatite crônica com episodio agudo e surgimento de dois pseudocistos, sendo um deles intramural (duodenal) e outro retrogástrico. Elegeu-se tratamento endoscópico para o pseudocisto retrogástrico, pioneiro em nosso serviço e acompanhamento clínico para o pseudocisto intramural PSEUDOCISTO DE PÂNCREAS INTRAMURAL EM DUODENO, ASSOCIADO A PSEUDOCISTO PANCREÁTICO RETROGÁSTRICO – RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Pâncreas duodenal por o mesmo ter seguido viés de regressão. O paciente evolui sem queixas e segue em acompanhamento ambulatorial no tratamento da pancreatite crônica. Conclusão: Os pseudocistos pancreáticos são agravos presumíveis em casos de pancreatites agudas ou crônicas. Intramurais ou duplos são raros, mas podem ocorrer simultaneamente. O tratamento clínico rigoroso e drenagem GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 por endoscopia, quando possível, e em mãos experientes, parece ser um caminho menos agressivo e fornecer excelentes resultados. NEOPLASIA MUCINOSA PAPILAR INTRADUCTAL – RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Camila de Almeida Mazzoni / Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora; Laís Tavares Miranda / Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora; Samya Maria Monteiro Lima / Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora; José Otávio Guedes Junqueira / Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora; Fernando Mendonça Vidigal / Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. operatório, a paciente obteve alta hospitalar no 14º dia e encontrase em acompanhamento ambulatorial. O estudo anatomopatológico mostrou tratar-se de neoplasia mucinosa papilífera intraductal, com margem pancreática comprometida. Conclusão: A NMPI pode ser um achado incidental no exame de imagem, ou manifestar-se como pancreatite, devido à obstrução do ducto pancreático pela produção de mucina, ou como sintomas inespecíficos. Seu risco de malignização pode chegar a 70%, dependendo da sua classificação. NEOPLASIAS CÍSTICAS DE PÂNCREAS: DESAFIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO Temário: Cirurgia / Pâncreas Resumo Introdução: As neoplasias císticas do pâncreas constituem cerca de 10% das neoplasias pancreáticas, e dentre elas, as mais comuns são a neoplasia cística serosa e a neoplasia cística mucinosa. A neoplasia mucinosa papilar intraductal (NMPI) é caracterizada pela proliferação do epitélio ductal pancreático, com hipersecreção de mucina e consequente dilatação do ducto principal e/ou de seus ramos secundários e exibe graus variáveis de atipia celular. Possui maior prevalência entre a 5ª e a 6ª décadas de vida e localiza-se preferencialmente na cabeça do pâncreas. Objetivo: Relatar um caso de neoplasia mucinosa papilar intraductal como causa de pancreatite aguda. Relato de Caso: Paciente do sexo feminino, 75 anos, internada com quadro de dor abdominal em andar superior do abdome, associada a náuseas, vômitos, leucocitose com desvio à esquerda e elevação de amilase sérica. Realizada ultrassonografia de abdome que não evidenciou colelitíase, foi submetida à tomografia de abdome que mostrou dilatação de vias biliares intra-hepáticas, dilatação do ducto pancreático e aumento volumétrico da região de cauda pancreática, sugestivo de pancreatite aguda. A paciente foi então submetida a uma colangiorressonância, que evidenciou dilatação difusa do ducto pancreático e imagens de aspecto cístico alongado em região de processo uncinado e cabeça de pâncreas. Dosagem de CA 19.9 de 43. Para melhor elucidação do caso foi realizada colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), que mostrou alargamento do orifício da papila maior com exteriorização de muco (“fish mouth”), compatível com NMPI e dilatação difusa do ducto pancreático principal, medindo cerca de 10 mm. Resultado: Realizada duodenopancreatectomia com preservação do piloro, não tendo sido realizado estudo de congelação da margem em decorrência de problemas técnicos. Sem complicações no pós- Autores: Júlio Marinho dos Santos Neto / HUB (Hopsital Universitário de Brasília); Luciano Delgado Olival / HUB; Victor Cardoso Rocha / HUB; Henrique Horta Barbosa Filgueiras Pohl / HUB; Andrea Pedrosa Ribeiro Alves / HUB; Rodrigo Bresani / HUB; Cristina de Jesus e Oliveira / HUB. Resumo As neoplasias císticas do pâncreas representam mais de 50% dos cistos pancreáticos, sendo a neoplasia mucinosa cística o maior representante em frequência. Geralmente relacionado ao sexo feminino, com maior prevalência na quinta e sexta década de vida. A cauda do pâncreas é o local anatômico mais acometido. As neoplasias císticas possuem grande potencial de malignização, podendo chegar à 38% o número de adenocarcinomas no momento do diagnóstico. O tratamento padrão consiste em ressecção cirúrgica, mas o papel de tratamentos adjuvantes não é bem definido na literatura. O objetivo desse trabalho é relatar a conduta adotada pelo nosso serviço para a abordagem dessa doença rara. Paciente 28 anos, feminina, estudante, parda, solteira, procedente de Santa Maria-DF, deu entrada no serviço de Cirurgia Geral do Hospital Universitário de Brasília relatando dor de leve intensidade, em cólica, esporádica, localizada em hipocôndrio esquerdo. Ultrassom de abdome realizado em novembro de 2012 evidenciou lesão cística multilobulada de provável origem em adrenal esquerda. A tomografia computadorizada de abdome realizada em maio de 2013 demostrou volumosa lesão cística (15x11x8cm) na cauda do pâncreas ou de origem esplênica. Os marcadores tumorais estavam dentro dos valores normais (CA199: 7,54 e CEA: 0,958). A paciente foi então submetida à laparotomia com realização de esplenectomia associada à hepatectomia não regrada por aderência firme local de baço, fígado e cauda de pâncreas em 09/05/2014. Evoluindo com bom estado geral e sem GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 185 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo queixas, recebendo alta no quarto dia de Pós-operatório. Anátomo- ciente recebe alta com programação cirúrgica. Realizada co- patológico evidenciou Cistoadenoma mucinoso invasor do pâncreas, lecistectomia eletiva, com colangiografia intra-operatória (sem bem diferenciado, medindo 12,5cm em seu maior eixo com margens progressão do contraste), indicada CPRE. Evoluiu com novo livres. As neoplasias císticas mucinosa do pâncreas são afecções quadro de pancreatite aguda (FA 299 U/L; GGT 768 U/L). pouco frequentes em âmbito nacional e mundial, representando CPRE: hepato-colédoco com 1,0 cm de diâmetro e falha de aproximadamente 5% das neoplasias pancreáticas. Sua incidência enchimento. Colangioressonância: formação cística na cabeça vem aumentando principalmente devido ao avanço nos métodos pancreática medindo 110 x 9 x 8 mm. Aparente contiguida- diagnósticos, bem como o aumento da realização de exames de de com ducto de Wirsung, discreta compressão sobre ducto imagem. O manejo de lesões císticas pancreáticas permanece um colédoco distal, sem efeito obstrutivo. Alta após realização de desafio clínico, tornando as decisões terapêuticas individualizadas, colangioressonância, com encaminhamento ao ambulatório guiadas, por exemplo, por comorbidades, viabilidade de ressecção de Interlagos. Resultados: A presença de cistos pancreá- cirúrgica e a decisão do paciente. ticos como causa de pancreatite aguda apresenta-se como etiologia rara e pouco documentada. A recidiva de pancreatite PANCREATITE AGUDA BILIAR POR LESÃO CÍSTICA DO PÂNCREAS – RELATO DE CASO 186 Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Marcelo Augusto Fontanelle Ribeiro Junior / UNISA; Luis Vagner Sipriani Junior / UNISA; Fernando Furlan Nunes / UNISA; Diego Ferreira de Andrade Garcia / UNISA; Thiago Alexi Freitas / UNISA; Paulo Chang / UNISA; Leonardo Neves da Silva Saguia / UNISA; Victor Santo Pietro Pereira / UNISA. aguda nestes pacientes pode necessitar exérese do cisto. A investigação ecoendoscópica faz-se indispensável para pesquisa e rastreio, já que pode fornecer dados sobre a morfologia destas lesões e possibilitando por meio da punção guiada, a colheita de material para avaliação citológica e dos marcadores tumorais, é considerado seguro e eficiente. Conclusão: O caso descrito mostra associação rara entre pancreatite aguda e cisto pancreático e ratifica a necessidade de procedimento ecoendoscópico para seguimento do caso. Apesar de rara, a cura da neoplasia cística só é possível quando esta for detectada em fase inicial. Resumo Introdução: Os cistos pancreáticos têm incidência crescente nos últimos anos devido à melhoria em métodos de imagem. Frequentemente é um achado acidental, apresenta-se 95% das vezes como sintomas vagos e igual distribuição na cabeça, corpo ou cauda do pâncreas. Objetivo: Relatar Caso de Lesão cística de pâncreas, tendo compressão de vias biliares e apresentando-se como causa de pancreatite aguda biliar. Metodologia: Revisão de prontuário e literatura. Relato de caso: MSS, 78 anos, feminino, aposentada, natural de MG, PANCREATITE AGUDA COMPLICADA COM ROTURA ESPLÊNICA - RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Bruno de Lucia Hernani / ISCMSP; Pedro Cartapatti da Silva / ISCMSP; Ricardo Tadashi Nishio / ISCMSP; Henrique Cunha Mateus / ISCMSP; Tercio de Campos / ISCMSP; José César Assef / ISCMSP. Resumo em SP há 45 anos. QD: dor abdominal há 1 dia. HPMA: refere dor em hipocôndrio direito há 1 dia associada a vômito que Introdução: A rotura esplênica é uma complicação incomum evolui com piora da dor. Exame Físico: regular estado geral, da pancreatite aguda. Apresentamos um caso de rotura es- hidratada, afebril, anictérica. Abdome flácido, doloroso em an- plênica como complicação de uma pancreatite aguda com dar superior, Murphy negativo. Exames: FA 281U/L; Amilase trombose de veia esplênica. Relato do caso: Paciente de 30 135 U/L; GGT 554U/L; TGO 491U/L; TGP 522U/L. TC: ca- anos, sexo masculino, deu entrada no serviço de Emergência beça pancreática mal definida, ectasia do colédoco: 0,9 cm, com dor em andar superior do abdômen há 6 horas, asso- sem fatores obstrutivos. Discreta ectasia do ducto de Wirsung. ciado a vômitos e suderese. Diagnosticado com pancreatite Ranson 4, Balthazar B; após tratamento da pancreatite pa- aguda de etiologia alcoólica. Realizou tomografia de abdômen GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 que evidenciou Balthazar C, área com suspeita de necrose tase. Procurou atendimento hospitalar, com exames de sangue afetando 30% do órgão, além de trombose de veia esplênica. de entrada normais e ao USG apresentou nódulo na cabeça do Paciente apresentou melhora significativa do quadro depois pâncreas. Realizada RNM que evidenciou nódulo hipervascular de 72h da admissão. Contudo, no sexto dia da hospitalização, no processo uncinado do pâncreas de 1,9 x 1,7cm. Optado por apresentou uma piora clínica progressiva, com distensão ab- ecoendoscopia com biópsia da lesão. A imunohistoquímica era dominal e queda hematimétrica. Realizou uma angiotomografia compatível com tumor neuroendócrino do pâncreas. Marcado- que revelou grande quantidade de líquido livre no abdômen res tumorais dentro dos limites normais (CEA: 0,2; CA19.9: 5,1; e grande hematoma esplênico com extravasamento de con- CA125: 10,5). Indicado tratamento cirúrgico, sendo realizada a traste. Paciente foi submetido então a laparotomia sendo evi- duodenopancreactectomia com preservação do piloro, sendo denciado hemoperitôneo secundário a rotura do parênquima que o anatomopalógico mostrou tratar-se de um adenocarci- esplênico. Realizada esplenectomia. No pós-operatório apre- noma pouco diferenciado com invasão ductal e de tecido adi- sentou coleção retroperitoneal tratada com drenagem percu- poso peripancreático, sem invasão perineural ou angiolinfática tânea e antibioticoterapia de largo espectro, evoluindo bem. e ausência de linfonodos comprometidos em 21 ressecados. Cirurgia sem intercorrências, sendo a paciente extubada e en- PANCREATITE AGUDA GRAVE PÓSDUODENOPANCREATECTOMIA CEFÁLICA EM PACIENTE JOVEM COM ADENOCARCINOMA Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Fábio Colagrossi Paes Barbosa / UFMS; Thiago Franchi Nunes / Santa Casa de Campo Grande; Michel Mendes Camillo / UFMS; Nathan Rostey / Hospital Regional de Mato Grosso do Sul; Caio Fernando Cavanus Scheeren / Hospital Regional de Mato Grosso do Sul; Andrezza Louise Delmondes Riberio / Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. Resumo Introdução: A duodenopancreatectomia é o único procedimento com possibilidades curativas para tumores periampulares, dentre os quais o mais comum é o adenocarcinoma de cabeça do pâncreas. Caracteriza-se por elevados índices de complicações no pós-operatório sendo que estas ocorrem em 40 - 58% dos procedimentos e as mais comuns são fístula pancreática, fístula biliar, sepse, pneumonia e infecção de ferida operatória. Ocorrem principalmente em pacientes com comorbidades, no caminhada estável a UTI. Evoluiu no POI com pancreatite aguda grave, instabilidade hemodinâmica, reintubação e necessidade de droga vasoativa. Apresentou coleções abdominais tratadas clínicamente. Após longo período de internação obteve boa recuperação, seguindo em acompanhamento ambulatorial. Conclusão: Dentre as complicações da duodenopancreatectomia, pancreatite grave pós-operatória é rara e pouco descrita na literatura, porém quando se apresenta, eleva ainda mais os já elevados níveis de morbi-mortalidade do procedimento e deve ser pensada em pacientes que instabilizam subitamente no pós-operatório imediato. PANCREATITE AGUDA GRAVE: QUAL O MELHOR ÍNDICE (ESCORE) PROGNÓSTICO DE GRAVIDADE? Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Iure Kalinine Ferraz de Souza / Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); Janaína a Bartelega / UFOP; Alexandre F Ferreira / Universidade José do Rosário Velano (UNIFENAS-BH); Rodrigo V Gomes / UFOP. Resumo entanto, no que se refere a complicações relacionadas ao procedimento em si, não há diferença significativa na ocorrência Introdução: A forma grave da Pancreatite Aguda está presente ao se comparar pacientes jovens e idosos. A pancreatite grave em até 30% dos casos e seus índices de mortalidade variam em pós-procedimento é evento raro, pouco descrito na literatura, e 1% na forma leve até 20-30% na forma grave. A aplicação de ín- atípico em pacientes jovens. Relato de caso: A.R., sexo fe- dices (escores) prognósticos de gravidade, sejam eles isolados ou minino, 28 anos, obesa apresentou-se com 3 dias de dor em multifatoriais, tem com o objetivo; predizer a evolução para a forma hipocôndrio direito e epigástrio, irradiada para dorso, associada grave da doença e, principalmente, o risco de mortalidade. Objeti- a vômitos. Não apresentou icterícia ou outros sinais de coles- vo: Apresentar uma análise crítica dos principais índices (escores) GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 187 A nais preditores de gravidade atualmente empregados, na abordagem da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Resumo do paciente com pancreatite aguda grave. Metodologia: Revi- 188 são não sistemática da literatura utilizando 43 artigos, identificados Introdução: A pancreatite aguda necrotizante associada a infec- nas bases de dados: LILACS, MEDLINE, CAPS e PUBMED com ção é potencialmente grave e demanda cuidados especializados. As os descritores: Pancreatite aguda; Prognóstico; Escores de gravida- complicações vasculares são raras, e dentre elas, a mais comum é a de, no período entre 2013 e 2014. Discussão: Diversas variáveis formação de pseudoaneurisma da artéria esplênica. O sangramento clínico-laboratoriais, moleculares e imaginológicas que podem pre- pelo pseudoaneurisma pode ocorrer dentro do trato gastrointestinal, dizer o desenvolvimento da PA grave têm sido identificadas. Algu- ducto pancreático, órgãos adjacentes, espaço retroperitoneal ou na mas, isoladamente, podem ser determinantes da evolução da do- cavidade peritoneal, e sua incidência pode chegar a 37%. Mesmo ença para a forma grave tais como: hematócrito, obesidade, idade com a terapêutica adequada, a letalidade nestes casos pode chegar avançada (> 70 anos), tabagismo, etc. O hematócrito, por exem- a 42%. Objetivo: Relatar um caso de pseudoaneurisma de artéria plo, recebe destaque: valores > 44% na admissão configuram-se esplênica, como complicação após pancreatite aguda grave necroti- como fator de risco para a necrose do órgão. A dosagem de uréia zante. Relato do Caso: LF, 47 anos, etilista social, sem comorbi- sérica > 20 mg/dl no momento da internação aumenta a taxa de dades, internado com quadro de dor abdominal em andar superior mortalidade. Dentre os demais marcadores bioquímicos, a PCR é o do abdome, náuseas e vômitos, foi diagnosticado com pancreatite mais útil, pois diferencia os casos leves dos casos graves (≥ 15 mg aguda idiopática grave, e submetido à drenagem de abscesso peri- / dl) nas primeiras 24h, com alto VPN. Além disso, vários marca- -pancreático. Após dois meses, paciente evoluiu com retorno dos dores de resposta inflamatória têm sido avaliados como preditores sintomas e febre. Iniciado tratamento clínico e solicitada tomografia de PA severa tais como a IL-1, IL-6, o TNF-alfa e a pró-calcitonina (TC) de abdome, que evidenciou pâncreas de espessura levemente (PCT). Escores multifatoriais mensurados na admissão e durante aumentada com áreas hipodensas no parênquima, coleções líquidas as primeiras 48h de internação tem sido utilizados, sendo os mais com presença de gás no espaço pararrenal anterior à esquerda e empregados: RANSON (≥3), APACHE II (≥ 8), GLASGOW (≥3), adjacente ao baço. Submetido à lombotomia esquerda com irrigação IGET (≥ 7) e SAPS II (≥ 34). Para os paciente com evolução gra- copiosa com solução fisiológica e fixação de dreno tubular. Paciente ve da doença é fundamental a internação em unidade de terapia foi reabordado no 12º e no 19º DPO para nova lavagem das lojas de intensiva, onde os diversos parâmetros são mais adequadamente abscesso e reintrodução do dreno. Recebeu alta no 20º DPO. Um monitorados. Conclusão: Não há um índice considerando ideal mês após a alta, intercorreu com episódio de sangramento ativo pelo para todos os serviços. Os principais fatores determinantes da es- dreno, com repercussão hemodinâmica, sendo reinternado para in- colha do índice (escore) preditor de gravidade mais adequado, são: vestigação. Realizada arteriografia seletiva pelo radiologista interven- reprodutibilidade, baixa invasibilidade e grau de especificidade do cionista com identificação de pseudoaneurisma de ramo de artéria método considerando, ainda, o tempo de evolução da doença e a esplênica e embolização. Recebeu alta hospitalar com dreno em ca- experiência e preferência do serviço em questão. Palavras-chaves: vidade. Após dois meses foi realizada TC de controle, sem alterações, Pancreatite aguda; Prognóstico; Escores/Índices de gravidade sendo retirado dreno e mantido o acompanhamento ambulatorial. Conclusão: Os estudos mostram que a abordagem minimamente PSEUDOANEURISMA DE ARTÉRIA ESPLÊNICA SECUNDÁRIO À PANCREATITE AGUDA NECROTIZANTE: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Aline dos Santos Dias / Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora; Camila de Almeida Mazzoni / Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora; Samya Maria Monteiro Lima / Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora; Fernando Mendonça Vidigal / Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora; Luiz Henrique Silva Borsato / Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. invasiva, quando comparada à abordagem clássica, apresenta um menor índice de morbidade. Assim, atualmente o padrão ouro para o diagnóstico de pseudoaneurisma de artéria esplênica é a angiografia, que pode ser tanto diagnóstica quanto terapêutica. O tratamento de primeira linha nos pacientes sem repercussões hemodinâmicas é por via endovascular, enquanto a cirurgia laparotômica é preferida nos casos que apresentem instabilidade. PSEUDOCISTO PANCREÁTICO ROTO: TRATAMENTO CIRÚRGICO Temário: Cirurgia / Pâncreas GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Autores: Autores: Marcelo Gonçalves Sousa1; Francieudo Justino Rolim2; João Lincoln Lima Brito3; Luciana Nogueira Paraguassú de Morais 4 , Rodolpho Mota Salvador de Miranda 5 , Kerly Casimiro da Silveira 6, Paulo Jose Haiek Araujo7, Rafael Lucas Costa de Carvalho8 / UFPB. Resumo Introdução: O pseudocisto pancreático é definido como uma coleção líquida peripancreática com duração maior que 4 semanas. Diferentemente do cisto verdadeiro, epitélio não o delimita. Normalmente ocorre na pancreatite aguda (30 a 40% dos casos), mas pode ser uma manifestação característica de pancreatite crônica agudizada (25%). Aparece como uma complicação dessas moléstias. Objetivo: Relato de um caso de pseudocisto de pâncreas roto no serviço de Cirúrgica Geral do Hospital universitário Lauro Wanderley (HULW), João Pessoa – Paraíba. Metodologia: Descrição, com base em dados do prontuário e história clínica, da firmação diagnostica e intervenção terapêutica cirurgica. Relato de caso: JMS, 44 anos, agricultora, natural e procedente de Juru- PB, admitida em serviço do HULW com história de dor abdominal de forte intensidade em todo o abdome, sinal de Murphy positivo e vômitos incoercíveis. O quadro álgico acompanhado de vômitos se arrastou por 24 dias antes da admissão. A dor se pronunciava melhor em hipocôndrio direito e os vômitos amarelos ora esverdeados. Como antecedentes apresentava HAS, tabagismo cessado há 2 anos (< 1 maço-dia por 10 anos) e uso esporádico de bebida alcoólica. Não havia comemorativos de síndrome colestática. Foram solicitados USG de abdome total, perfil hepático, pancreático, ionograma e ECG. Elencadas como hipóteses diagnósticas colelitíase, coledocolitíase e pancreatite aguda biliar. O laudo da USG indica colelitíase e pancreatite possivelmente por causa biliar. Imagem sugestiva de pseudocisto de pâncreas, confirmado por tomografia de abdome contrastada posteriormente. Associado houve aumento expressivo da amilase e lípase, de enzimas canaliculares indicando processo obstrutivo biliar. Como conduta, afora o suporte necessário, procedese com aguardo do amadurecimento da cápsula pra abordagem cirúrgica. Três dias antes da conduta cirúrgica, anastomose do pseudocisto com órgão adjacente, houve rompimento espontâneo com peritonite pronunciada necessitando de abordagem cirúrgica de urgência. A paciente evoluiu com melhora no pós-operatório e encontra-se em acompanhamento ambulatorial. Conclusão: Casos de rompimento espontâneo de pseudocisto de pâncreas são raros. O reconhecimento imediato e o tratamento cirúrgico adequado podem resultar em evolução não catastrófica como no caso em questão. SCHWANNOMA PANCREÁTICO – RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Kevin Verdin Phillips / Universidade de Passo Fundo; Daniel Navarini / Universidade de Passo Fundo; Ramir Luan Perin / Universidade de Passo Fundo; Flávia Elys Potrich / Universidade de Passo Fundo; Matheus Koop / Hospital são Vicente de Paulo; Marilia Weissheimer Ferrari / Hospital são Vicente de Paulo. Resumo Introdução: O Schwannoma pancreático é uma neoplasia extremamente rara, originada das células de Schwann, podendo ser benignos ou malignos. Somente 47 casos foram descritos na literatura inglesa nos últimos 30 anos. Relato de caso: Masculino, 58 anos, com quadro de distensão abdominal, perda ponderal (5 kg/5 meses), náuseas e vômitos alimentares há 6 meses. No exame físico não havia alterações. Exames laboratoriais com TGP (63U/L) e GGT (84U/L) alteradas. Ultrassom (US) revelou esteatose hepática difusa em grau leve e imagem nodular hipoecoica junto ao processo uncinado do pâncreas. Tomografia (TC) de abdome apresentou lesão expansiva no processo uncinado do pâncreas medindo 3,3cm, homogênea, hipodensa, em íntimo contato com a artéria e veia mesentéricas superiores. Foi realizada a enucleação da massa tumoral. Os exames de congelação, anatomopatológico e imunohistoquímico reveleram o diagnóstico de Schwannoma pancreático. O paciente teve boa recuperação pós-operatória, recebendo alta após 13 dias. Discussão: O Schwannoma pancreático é uma neoplasia extremamente rara, com origem em células especializadas na produção de mielina em nervos periféricos. Somente 47 casos foram descritos nos últimos 30 anos e a incidência é semelhante entre os sexos. Aproximadamente 70% dos casos reportados são sintomáticos, geralmente inespecíficos, sendo o mais comum a dor abdominal, seguida de perda de peso, dor lombar, náuseas e vômitos. Os exames de laboratório geralmente são normais e pouco auxiliam. Normalmente é confundido com outros tipos de lesões, com a TC e o US demonstrando componentes císticos e sólidos, com lesões hipodensas encapsuladas ou degeneração cística.. O diagnóstico definitivo é dado através de exame histopatológico e imunohistoquímica. Tanto a duodenopancreatectomia quanto a enucleação são eficazes, com elevada taxa de cura. Em caso de dúvida, o exame de congelação intraoperatório deve ser feito para evitar cirurgias radicais desnecessárias. Conclusão: O Schwannoma pancreático é uma neoplasia rara e de diagnóstico pré-operatório GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 189 A nais extremamente difícil, devendo-se excluir outras causas de lesões císticas pancreáticas. TRAUMA PANCREÁTICO EM CRIANÇA: RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Lilian Cristhian Ferreira dos Santos Rocha / ITPAC; Agamenon Dias de Oliveira / ITPAC; Fábio Barros de Souza / ITPAC; Amanda Gonçalves Rodrigues / ITPAC; Débora Rosa portilho / ITPAC; Isabela Cristina Macedo Fernandes / ITPAC; Pedro Ernesto Alves Mangueira Júnior / ITPAC; Rone Antonio Alves de Abreu / ITPAC. XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Unidade de Terapia Intensiva, ficando aos cuidados da Cirurgia Geral recebendo alta hospitalar no 11º pós-operatório. Apesar da baixa incidência do trauma de pâncreas, a dificuldade diagnóstica associada a altas taxas de morbimortalidade evidencia a importância do conhecimento do cirurgião a respeito das vicissitudes que envolvem pacientes com lesão pancreática o que torna o caso clínico relatado peculiar. TUMOR DE CABEÇA DE PÂNCREAS E POSSIBILIDADES TERAPÊUTICAS RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Pâncreas Resumo 190 da Trauma pancreático é a quarta lesão de órgão sólido mais comum em crianças. A mortalidade das lesões pancreáticas, ao contrário de sua baixa incidência, é elevada, atingindo acima de 50% dos casos onde há lesão complexa do órgão. Relatamos um caso de trauma pancreático em criança o qual foi feita uma revisão de prontuário e levantamento acerca do tema utilizando banco de dados MEDLINE, LILACS-BIREME, PUBMED e COCHRANE e literatura especifica. J.S.P., sexo feminino, 8 anos foi admitida na Emergência do Hospital Regional de Araguaína-TO vítima de trauma abdominal por queda de bicicleta, cursando com dor abdominal moderada e um episódio de hematêmese. Ao exame físico a alteração mais relevante foi a dor a palpação profunda em abdome superior, sem sinais de irritação peritoneal com ruídos hidroaéreos débeis. Ultrassonografia de Abdome evidenciou processo expansivo hipoecoico, com septações grosseiras de permeio localizado em região epigástrica em íntimo contato com lobo esquerdo do fígado, sugestivo de hematoma, pequena a moderada quantidade de líquido livre na cavidade intraabdominal, predominando nas goteiras parietocólicas. Radiografias de Abdome e Exames Laboratoriais não evidenciaram alterações significativas. Tomografia Computadorizada de Abdome Superior relatou lesão expansiva hiperdensa de contornos lobulados localizada na região epigástrica, inferiormente à cabeça do pâncreas e na topografia do duodeno, mais provavelmente relacionada à contusão de alça intestinal. por persistência dos sintomas e sem diagnóstico radiológico definido a paciente foi submetida a Laparotomia Exploradora que constatou lesão traumática com secção total do pâncreas ao nível da veia mesentérica inferior, realizada Pancreatectomia parcial distal, Esplenectomia Total por impossibilidade de dissecção da veia e artéria esplênica e drenagem cavitária. A paciente evoluiu sem intercorrências com alta da Autores: Denise dos Santos Luz / Hospital Ophir Loyola/ Centro Hospitalar Jean Bitar; Daniel Nery de Oliveira / Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência; Allan Herbert Feliz Fonseca / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Hospital Ophir Loyola/ Centro Hospitalar Jean Bitar; Bruno de Castro Ribeiro / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Fábio Costa Negrão / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Carlos José Cardoso Dourado / Hospital Ophir Loyola/Centro Hospitalar Jean Bitar; Alzira Leite Gomes / Universidade do Estado do Pará. Resumo Introdução: No tumor de cabeça de pâncreas a sobrevida em 5 anos é menor que 5%. Apresenta-se inicialmente como doença restrita ao pâncreas em cerca de 20% dos casos e com metástases à distância em cerca de 45% dos casos. No Brasil representa cerca de 2% dos tumores malignos. Neoplasia de pâncreas nessa localização apresentam como sintomatologia característica a ictericia. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente com trauma esofágico. Casuística: um paciente (relato de caso). Metodologia: As informações contidas neste trabalho foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com o paciente, acompanhamento do caso e revisão de literatura. Resultados: PPA, apresentava há aproximadamente 1 ano icterícia (3+/4+) acompanhada de dor em epigástrio, perda de peso de aproximadamente 10% da massa corporal e prurido generalizado intenso. Realizou uma ultrassonografia que atestou massa pancreática. Foi realizado em seguida uma tomografia de abdome que apontou hiperdistensão da vesícula biliar; aumento volumétrico da cabeça do pâncreas que encontra-se irregular e mal definido; o corpo e cauda do pâncreas estão aparentemente preservados; vias biliares intra e extra hepáticas dilatadas. Possibilidade de lesão expansiva da cabeça do pân- GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 creas promovendo dilatação das vias biliares deve ser considerada. O paciente foi então encaminhado para o Hospital Ophir Loyola – referência em ondologia. No hospital o paciente foi abordado cirurgicamente com intuito de ser realizado uma gastroduodenopancreatectomia. Contudo, no intraoperatório foi observado que o tumor acometia o pâncreas como um todo e invadia hilo hepático, torando o tumor irressecável cirurgicamente. Foi realizado derivação biliodigestiva com reconstrução do transito intestina em Y de Roux. Evoluiu satisfatoriamente no pós-operatório com melhora clínica especialmente do prurido. Atualmente o paciente encontra-se em acompanhamento pela oncologia clínica para tratamento paliativo. Conclusão: 35% dos pacientes quando diagnosticados com tumor em cabeça de pâncreas já apresentam doença localmente avançada. O diagnóstico precoce desta patologia é primordial para que se possa viabilizar um tratamento curativo. TUMOR DE FRANTZ: RELATO DE UM CASO COM CARACTERÍSTICAS NÃO HABITUAIS Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Carlos José Cardoso Dourado / Ophir Loyola; Allan Herbert Feliz Fonseca / Ophir Loyola; Hamilton Cezar Rocha Garcia / Ophir Loyola; Pedro Augusto Bisi dos Santos Filho / Ophir Loyola; Luiz Otávio Lopes de Macedo / Ophir Loyola; Sebastião Neto Fernandes Barros / Ophir Loyola; Raissa Pereira de Tommaso / Ophir Loyola; Victor Soares Peixoto / Ophir Loyola. Resumo Introdução: O Tumor de Frantz, também denominado de neoplasia sólida pseudopapilar, corresponde a 0,1 a 2,7 de todos os tumores pancreáticos. Esta neoplasia acomete, principalmente, mulheres jovens e tem um quadro clínico bastante inespecífico. O tratamento considerado “gold standard” é a ressecção cirúrgica. Objetivo: Relatar o caso de um paciente com tumor de Frantz submetido a gastroduodenopancreatectomia com colecistectomia. Casuística: Paciente GFJ, 41 anos, sexo masculino, natural de Belém-PA, admitido no Complexo Hospitalar Jean Bittar – Ophir Loyola, no dia 19/07/2013 com queixa de dor abdominal em epigastro e hipocôndrio direito, com massa palpável em epigastro, móvel e indolor a palpação. TC com contraste evidenciava formação expansiva em cabeça de pâncreas, medindo 5,2 x 4,6cm. Vesícula biliar hidrópica e vias biliares com discreta dilatação. Laboratório alterado: Amilase: 179U/L; lipase:768U/L, GGT: 498U/L e Fosfatase alcalina 207U/L. Método: As informações foram obtidas por meio de revisão de prontuário, registros de exames complementares, e revisão da literatura. Resultados: No dia 23/07/2014, o paciente foi submetido à gastroduodenopancreatectomia, mais anastomose biliodigestiva coledocojejunal términolateral, acompanhada de anastomose pancreatojejunal por telescopagem e anastomose gastrojejunal a Billroth 2, além de colecistectomia, sem intercorrências. Durante a cirurgia foi evidenciado consistência endurecida da cabeça pancreática, com massa de aspecto sólido-cístico de aproximadamente 5cm e intenso processo fibrótico peripancreático. O diagnóstico anatomopatológico evidenciou: tumor circunscrito, rugoso externamente. Aos cortes: presença de cavitações císticas, áreas de necrose e áreas hemorrágicas. Microscopicamente: neoplasia imatura, capsulada, constituída por proliferação de células com discreta anaplasia, dispostas em torno de eixos conjuntivos hialinizados, de aspecto papilar compatíveis com neoplasia pseudopapilar do pâncreas. O paciente apresentou pós-operatório sem intercorrências. Conclusão: O Tumor de Frantz, deve sempre ser lembrado em sintomatologias que envolvam o quadrante superior do abdome. O tratamento cirúrgico precoce é imperativo, em virtude do grande benefício ao paciente. TUMOR NEUROENDÓCRINO DE PÂNCREAS EM PACIENTE JOVEM – RELATO DE CASO Temário: Cirurgia / Pâncreas Autores: Marcelo Gonçalves Sousa / Universidade Federal da Paraiba; Autores: Marcelo Gonçalves Sousa; Francieudo Justino Rolim; Daniel Gustavo Sabino Ferreira Bandeira, Paloma Nunes Campos, Rodolpho Mota Salvador de Miranda, Rafael Mourato Inácio da silva, Victor Emanoel Gregorio de Andrade, Alexandre Rolim / Universidade Federal da Paraiba. Resumo acompanhado de náuseas e vômitos, de caráter intermitente, além de um episódio de colúria e icterícia, há seis meses. Nega outras comorbidades. Ao exame: paciente em bom estado geral, afebril, anictérico e normocorado. Abdome plano, normotenso, Introdução: Os tumores neuroendócrinos são derivados do sistema neuroendócrino difuso, constituído por células produtoras de aminas e ácidos com diferentes perfis hormonais. Representam GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 191 A nais 2% dos tumores gastrointestinais e os do pâncreas possuem uma incidência de 1:100.000 pessoas, podendo ser funcionantes ou não-funcionantes. Objetivos: Relatar um caso clínico de um paciente de 29 anos de idade diagnosticado com neoplasia de pâncreas no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) – PB. Metodologia: Descrição da história clínica do paciente e das condições sob a qual foi firmado o diagnóstico e realizada a intervenção; Realização de uma revisão literária acerca do tema em questão. Relato de caso: Paciente identificada como E.S.M., de 29 anos, sexo feminino, admitida no serviço de gastrocirurgia do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), vinculado a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com queixa dor em hipocôndrio esquerdo há sete meses, de forte intensidade (8 numa escala de 0 a 10), caráter intermitente, aliviada por analgésicos e associada a náuseas e vômitos. Encaminhada inicialmente à nefrologia, que solicitou ultrassonografia de vias urinárias, sem esclarecimento diagnóstico. Depois tomografia computadorizada de abdome com contraste, da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo o qual evidenciou uma lesão de aspecto nodular na cauda do pâncreas. A paciente foi submetida a uma pancreatectomia subtotal com ressecção corpo-caudal associada a esplenectomia. O exame anátomo-patológico revelou uma neoplasia pancreática de padrão epitelióide e arranjos sólidos e trabeculares, índice mitótico de 1/10 campos de grande aumento (40x) e com aspectos morfológicos sugestivos de tumor neuroendócrino (TNE) bem diferenciado. O exame imuno-histoquímico relevou que a lesão era positiva para cromogranina A, sinaptofisina, pan-citoqueratina e KI-67 (em menos de 2% das células), sendo o TNE de Grau 1 (OMS). A paciente evoluiu sem intercorrências e recebeu alta em bom estado clínico. Conclusão: Os tumores pancreáticos de origem neuroendócrina são raros, possuem um crescimento lento e, quando comparados aos tumores do pâncreas exócrino, apresentam um melhor prognóstico. A sintomatologia é variável, podendo apresentar diversas síndromes clínicas, e o tratamento é eminentemente cirúrgico. 192 GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Anais da XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo Proceedings of XIII Brazilian Week of Digestive - SOBED – ORAL ANÁLISE CRÍTICA DO USO DE MIDAZOLAM, FENTANIL E PROPOFOL NA SEDAÇÃO CONSCIENTE NA ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA EM AMBIENTE NÃO HOSPITALAR Temário: Endoscopia Autores: Marcio Lamas Lopes / Hospital Ipiranga-Uga Ii; Paula Bechara Poletti / Hospital Ipiranga-Uga Ii/ Hospital Nove de Julho; Ricardo Anuar Dib / Hospital Ipiranga- Uga Ii/ Hospital Nove de Julho; Tomás Navarro Rodriguez / Hospital Ipiranga-Uga Ii / Hospital Nove de Julho; Artur Adolfo Parada / Hospital Ipiranga- Uga Ii / Hospital Nove de Julho. Propofol 0,09ml/kg. Não foram observadas quedas significativas dos níveis de oximetria e PA, observando-se discreta desaturação em 13% dos casos aos 5min(satO2 91,26%), 7,76% aos 10min (92,2%) e 1,23% aos 15min (92,43%). Somente 2,65% apresentaram queda abaixo de 90%. Nenhum paciente apresentou SatO2 inferior a 95% aos 15min. Hipotensão (PA<90/60mmHg) ocorreu em apenas 1,76% ao término do exame. Conclusões: Em nossa amostra (567 pac) a sedação consciente para EDA com Midazolan, Fentanil e Propofol EV sob suplementação de O2 se mostrou segura. Não observamos quedas significativas ou prolongadas dos níveis de satO2, assim como dos níveis pressóricos. Quedas para níveis de satO2 inferiores a 90% ocorreram em apenas 2,65% dos pacientes, foram transitórias, Resumo sem repercussões hemodinâmicas. Nenhum paciente necessitou de Resumo: Sedação leve e moderada, definida como a depressão do nível de consciência induzida por medicamentos com manutenção assistência ventilatória adicional. O procedimento foi satisfatório para 98,6% dos pacientes. da capacidade ventilatória, é amplamente utilizada nos exames endoscópicos com intuito de reduzir o desconforto aos pacientes. Atualmente, é possível controlar de maneira rápida e precisa a infusão dos fármacos e promover a sedação suave, com manutenção confiável e controlável durante a endoscopia gerando despertar curto e previsível. Objetivo: Avaliar alterações dos níveis pressóricos e de oxigenação periférica decorrente da sedação realizada por médicos endoscopistas com Midazolam, Fentanil e Propofol em pacientes submetidos à EDA ambulatorial assim como seu perfil de segurança. Métodos: Foram analisados prospectivamente 567 pacientes com idade variando de 18 a 80 anos, média de 42, de ambos os sexos, ASA 1 e 2, submetidos à EDA sob sedação consciente, no Centro de AVALIAÇÃO DE LESÕES NEOPLÁSICAS COLORRETAIS ATRAVÉS DE CROMOSCOPIA E MAGNIFICAÇÃO Temário: Endoscopia / Colonoscopia Autores: Fabio Shiguehissa Kawaguti / ICESP; Bruno da Costa Martins / ICESP; Carlos Frederico Sparapan Marques / ICESP; Caio sergio Rizkallah Nahas / ICESP; Caterina Maria Pia Simioni Pennacchi / ICESP; Ulysses Ribeiro-Junior / ICESP; sergio Carlos Nahas / ICESP; Fauze Maluf-Filho / ICESP. Resumo Diagnóstico e Terapêutica Endoscópica/H9J, de maio a julho de 2014. Os exames foram realizados por 2 médicos, auxiliados por um técnico Introdução: Através do uso da colonoscopia com magnificação de enfermagem. Todos os pacientes receberam suplementação de e avaliação do padrão de criptas, pode-se predizer o potencial O2 (Cat 2l/min) previamente à sedação. Os valores da oximetria de maligno de lesões colorretais. O diagnóstico preciso das lesões pulso e PA não invasivas foram registrados antes, durante e após permite indicação do melhor tratamento, endoscópico ou cirúrgico. o exame. Na sedação foram empregados Midazolam, Fentanil e Objetivo: Avaliar eficácia do diagnóstico endoscópico de Propofol em doses ajustadas ao peso e comorbidades. Resultados: neoplasias colorretais precoces através do uso de colonoscopia Dos pacientes avaliados 77(13,58%) apresentavam idade ≥ 60 anos com magnificação de imagens. Pacientes e métodos: Entre e 102 (17,99%) IMC ≥ 30 kg/m². As doses médias de sedativos abril de 2009 e agosto de 2014, pacientes com lesões neoplásicas utilizados foram: Fentanil 0,39mcg/kg, Midazolam 0,039mg/kg e colorretais (sésseis, deprimidas e lesões planas do tipo LST) foram GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 193 A nais submetidos à colonoscopia com cromoscopia e magnificação da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Resumo de imagens. A conduta terapêutica (tratamento endoscópico 194 ou cirurgia) foi definida de acordo com a avaliação endoscópica. Introdução: As Lesões de Crescimento Lateral (LSTs) são Realizada correlação do padrão de criptas com anatomopatológico lesões precursoras do câncer colorretal, caracterizadas por da lesão ressecada. Lesões não ressecadas ou aquelas em que não sua progressão lateral e circunferencial na parede do cólon. foi possível visibilizar o padrão de criptas devido superfície erodida são classificadas em granulares e não granulares, de acordo foram excluídas do estudo. Resultados: Foram avaliadas 104 lesões, com o aspecto de sua superfície, podendo ser subdivididas sendo 6 destas excluídas. O tamanho médio das lesões foi de 45.1 em granular homogênea (GH), granular nodular (GN), mm. As formas macroscópicas das lesões avaliadas foram: 15.3% não granular planoelevada (NGPE) e não granular pseudo- sésseis, 4.1% deprimidas e 80.6% LSTs. Os tratamentos realizados deprimida (NGPD). Tais lesões são menos invasivas que foram: 2.0% polipectomia; 15.3% mucosectomia em monobloco lesões polipoides de mesmo tamanho, podendo ser tratadas (EMR); 13.3% mucosectomia fatiada (EPMR); 45.9% dissecção por via endoscópica. Estudos prévios demonstraram que as submucosa endoscópica (ESD); 9.2% microcirurgia endoscópica LSTs diferem com relação ao risco de malignidade e localização transanal (TEM) e 14.3% cirurgia. A correlação do padrão de no cólon. Objetivo: Avaliar e correlacionar as características criptas com anatomopatológica mostrou: - II: 100% adenoma com clínicopatológicas dos LSTs de cólon com o aspecto displasia de baixo grau (2/2) - IIIL: 69.2% de adenoma de baixo endoscópico. Casuística e métodos: Estudo retrospectivo grau (9/13) - IIIS: 100% de adenocarcinoma intramucoso (1/1) - IV: realizado no serviço de Endoscopia Gastrintestinal do HC- 72.0% de adenoma com displasia de alto grau ou adenocarcinoma FMUSP, de Junho/09 a Junho/14. Resultados: Foram intramucoso (18/25) - Vi: 86.9% de adenocarcinoma intramucoso avaliadas 209 lesões de 178 pacientes (66,8% mulheres, idade ou invasão submucosa superficial <1000 micra (40/46) / 6.5% média: 60,5 ± 9,8 anos). Aspecto endoscópico: GH (46,4%), adenocarcinoma com invasão submucosa maciça >1000 micra GN (15,3%), NGPE (27,8%), NGPD (10,5%). O tamanho (3/46) - Vn: 54.5% de adenocarcinoma com invasão submucosa médio das lesões foi de 23 ± 15 mm, com o subtipo GN maciça (6/11); 45.5% de adenocarcinoma com invasão até apresentando maiores dimensões que os outros três subtipos camada muscular própria a indicação terapêutica foi considerada (p < 0,000). Os tumores localizaram-se preferencialmente no correta em 96.9% dos casos (95/98). Três casos de lesões com cólon direito (56,4%), sendo a maioria deles adenomas (77,5%). padrão de criptas Vi que foram ressecados endoscopicamente A localização da lesão não se correlacionou com o aspecto e o anatomopatológico mostrou invasão maciça de submucosa endoscópico (p= 0,326), nem com o tipo histológico (p= necessitaram de tratamento cirúrgico complementar. Conclusão: 0,09). O método de ressecção endoscópico foi o preferencial A colonoscopia com magnificação se mostrou eficaz no diagnóstico (85,6%). Houve correlação entre o aspecto endoscópico e o das neoplasias colorretais precoces, proporcionando conduta tipo histológico, com os subtipos GH e NGPE apresentando terapêutica adequada. O padrão de criptas Vn é contra-indicação maior frequência de adenomas com displasia de baixo grau, de ressecção endoscópica. enquanto os subtipos GN e NGPD apresentaram maior frequência de displasia de alto grau/carcinoma in situ (DAG/ CIS) e invasão submucosa (p< 0,001). Foram observados 15 CARACTERÍSTICAS CLÍNICOPATOLÓGICAS DAS LESÕES DE CRESCIMENTO LATERAL (LSTS) DE CÓLON DE ACORDO COM O ASPECTO MACROSCÓPICO Temário: Endoscopia / Colonoscopia Autores: Benilton Batista de Souza / USP; Elisa Ryoka Baba / USP; Helcio Cardoso Gomes / USP; Vinicius Leite de Castro / USP; Mariana Iennaco de Siqueira Campos / USP; Murilo Folharini Catalano / USP; Paulo Sakai / USP; Eduardo Guimaraes Hourneaux de Moura / USP. casos de câncer com invasão de submucosa, correspondendo a 5,2% dos GH, 12,5% dos GN e 27,3% dos NGPD, estando ausente no subtipo NGPE. Conclusão: No presente estudo, não houve diferenças de localização no cólon entre os subtipos. Os métodos endoscópicos foram o tratamento preferencial para ressecção das LSTs. Os achados histológicos de maior risco (DAG/CIS e invasão de submucosa) foram mais comuns nos subtipos granular nodular e não granular pseudo-deprimido, o que deve suscitar maior atenção quando da ressecção desses tipos de lesão. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 COLONOSCOPIA COMO MÉTODO TERAPÊUTICO EM INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL EM CRIANÇAS – REVISÃO DE PRONTUÁRIOS Temário: Endoscopia / Colonoscopia Autores: Simone Cristina Baylon / HU- USP; Edmar Tafner / HU- USP; Luis Masúo Maruta / HU- USP; Simone Perez Pilli / HU- USP; Ana Luiza Werneck-Silva / HU- USP; Celso Guilherme Christiano / HU- USP; Lincoln Tavares de Andrade / HU- USP; José Guilherme Nogueira Silva / HU-USP. Resumo Management. 4th ed. Ontario, Canada: BC Decker;2004. The surgical abdomen.p.604. COMPARAÇÃO ENTRE DOIS DIFERENTES PARÂMETROS DE COAGULAÇÃO COM PLASMA DE ARGÔNIO (APC) NO TRATAMENTO DA RETITE ACTÍNICA CRÔNICA: ENSAIO CLÍNICO COM CONTROLE HISTÓRICO Temário: Endoscopia / Colonoscopia Introdução: A intussuscepção intestinal ocorre com maior frequência em crianças com idade inferior a dois anos. Os sintomas mais comuns são dor abdominal, vômitos e diarreia. A tríade clássica de dor abdominal, sangramento com aspecto em geléia de framboesa e massa palpável ocorre aproximadamente em 15% dos casos. O diagnóstico inclui avaliação clínica associada a exames de imagem como ultrassonografia e exames contrastados. O tratamento inclui medidas não cirúrgicas como enemas contrastados ou pneumáticos e cirurgia em caso de falha destes. Ainda não existem estudos sobre o papel da colonoscopia para este fim. Objetivo geral: Avaliar o papel da colonoscopia na resolução dos casos de intussuscepção intestinal em crianças, no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo no período de 2009 a 2014. Metodologia: Revisão de prontuários de casos de intussuscepção em crianças oriundas do pronto atendimento do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, com comprovação clínica e ultrassonográfica de intussuscepção intestinal, sem resolução com as medidas clássicas como os enemas glicerinados e que tinham indicação para resolução através do enema opaco, que não estava disponível no serviço. Estas então foram encaminhadas para a cirurgia, e submetidas na sala de cirurgia e anterior ao ato cirúrgico, ao exame de colonoscopia. Resultados: No período de abril de 2009 a abril de 2014, 21 pacientes foram submetidos a colonoscopia na tentativa de resolução da invaginação intestinal. Foram 12 do sexo masculino (57,14%) e 09 (42,86%) do sexo feminino. Em 71,42% (15) dos pacientes a invaginação foi resolvida pela colonoscopia e em 28,58% (6) a cirurgia foi indicada, sendo que destes, 03 (50%) casos no intraoperatório, 02 (33,3%) 24 horas após por refazerem a invaginação e um caso em outro serviço após ser transferido. Conclusão: A colonoscopia mostrou ser um bom método alternativo ao enema opaco em pacientes com intussuscepção intestinal. Bibliografia: 1. Lloyd D A, Kenny S E. In: Walker WA, Goulet O, Kleinman RE et al, editor. Pediatric Gastrointestinal Disease: Pathophysiology, Diagnosis, Autores: Thiago Rabelo da Cunha / Hospital de Câncer de Barretos; Emiliano de Carvalho Almodova / Hospital de Câncer de Barretos; Gilberto Fava / Hospital de Câncer de Barretos; Wagner Colaiacovo / Clínica de Endoscopia Avançada Rio Preto; Denise Peixoto Guimarães / Hospital de Câncer de Barretos. Resumo Introdução: APC é o tratamento de escolha no sangramento retal (SR) causado pela retite actínica (RA). As complicações do tratamento com APC parecem estar associadas aos parâmetros de fluxo do gás e potência usados. Objetivos: Comparar os resultados do tratamento da RA no Hospital de Câncer de Barretos com dois diferentes parâmetros de APC. Casuística: Incluídos 69 pacientes (pts) com SR por RA tratados com APC entre 2010-14. Métodos: Estudo clínico comparativo com controle histórico. APC foi aplicado prospectivamente em um grupo de 36 pts (GE) com potência de 40W e 1,2L/min de fluxo e comparado com grupo controle retrospectivo (GC) de 33 pts que recebeu potência de 40-50W e 2,0-2,5L/min de fluxo. RA foi graduada segundo Zinicola (A=leve; B=moderada; C=intensa). Características demográficas, de prétratamento (características basais, CB) e do tratamento endoscópico foram comparadas, assim como o sucesso clínico (SC) (ausência de SR) e as complicações do APC. Para todas as análises estatísticas realizadas foi considerada uma significância de 0,05. Resultados: Os grupos foram similares em relação à média de idade (GE=68,5; GC=71,3, p=0,081), sitio primário da neoplasia (próstata, GE=88,9%; GC=90,9%, p=0,999), grau da retite (B, GE=52,8%; GC=39,4%, p=0,490) e gênero (masculino, GE=86,1%; GC=90,9%, p=0,081). O SC foi alcançado em 100% dos pts. A média do tempo de tratamento (TT) e o do número de sessões de APC foram maiores no GC (136 dias e 3,1 sessões) do que no GE (72 dias e 2,6 sessões), com significância estatística no TT (p<0,001; p=0,144, respectivamente). Não houve associação entre as CB e o TT. Como complicações, GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 195 A nais a estenose retal ocorreu em um caso (3%) no grupo GC e em nenhum do GE. As úlceras retais (UR) foram frequentes em ambos os grupos (100% no GC e 97,2% no GE), porém foram maiores e mais profundas no GC (p=0,002; p<0,001, respectivamente). UR foram significativamente mais profundas quanto maior a idade, nos dois grupos (GE-p=0,029 e GC-p=0,016). O tamanho (GEp=0,102 e GC-p<0,001) e a profundidade (GE-p=0,316 e GCp=0,064) das UR tiveram impacto no TT em ambos os grupos, com significância apenas em relação ao tamanho no GC. Conclusão: APC foi um método eficaz no tratamento da RA independentemente do parâmetro utilizado. UR são frequentes como consequência do tratamento endoscópico. A utilização do APC com fluxo e potência mais baixos resultou, neste estudo, em UR de menor tamanho e menor TT, quando comparado com parâmetros mais elevados. 196 ESTUDO PROSPECTIVO DUPLOCEGO RANDOMIZADO ENTRE PREPAROS DE CÓLON COM PEG 4000 E LACTULOSE Temário: Endoscopia / Colonoscopia Autores: José Celso Cunha Guerra Pinto Coelho / Gastrocenter; Karen Orsini de Magalhães Brescia / Gastrocenter; Lais Gomes Lopes Terra / Gastrocenter; Camila Teixeira Costa / Gastrocenter; Lívia Torres Vaz / Gastrocenter. Resumo A colonoscopia é atualmente um dos principais métodos diagnósticos de alterações intestinais e de rastreamento do câncer colorretal. Um preparo intestinal de boa qualidade é essencial para o adequado exame diagnóstico e para as abordagens terapêuticas necessárias. Esse estudo visa comparar dois preparos quanto à eficácia: o PEG 4000, padrão ouro nos Estados Unidos, e a solução de Lactulose a 10%, laxante osmótico ainda sem indicação formal de preparo intestinal. Método: Estudo prospectivo, duplo-cego e randomizado com a inclusão de 400 pacientes submetidos a exames eletivos de colonoscopia em clínica privada. Os pacientes foram randomizados em dois grupos de 200 pacientes e, em cada grupo, foi utilizado um dos preparos analisados. Foi avaliada a qualidade do preparo através da Escala de Preparo Intestinal de Boston (BBPS). Resultados: Dos 400 exames feitos, apenas 13 foram considerados inadequados. Dos pacientes que utilizaram PEG, apenas seis (3%) tiveram preparo considerado inadequado e, do grupo que usou Lactulose, apenas sete (3,5%). Isso resulta em um p=0,778, o que determina que não há diferença estatística em relação à eficácia entre os dois preparos. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Conclusão: O estudo concluiu que a eficácia da solução de Lactulose, como preparo intestinal para exames de colonoscopia, é semelhante à do PEG 4000, podendo a solução de Lactulose a 10% ser indicada como opção de preparo de cólon para exames de colonoscopia, respeitando-se as suas contra-indicações e restrições. NOVAS ESTRATÉGIAS DE PREPARO INTESTINAL PARA COLONOSCOPIA: LACTULOSE COMBINADA COM BISACODIL Temário: Endoscopia / Colonoscopia Autores: Marina Santos e Souza / UFMG; Júlia Faria Campos / UFMG; Rodrigo Vieira Gomes / UFMG; Thiago Antunes Ferrari / UFMG; Vinícius Rodrigues Taranto Nunes / UFMG; Silas de Castro Carvalho / UFMG; Jairo Silva Alves / UFMG; Vitor Nunes Arantes / UFMG. Resumo Introdução: Colonoscopia é o método de escolha na avaliação do cólon, sendo que indicadores de qualidade como índice de entubação do ceco e de detecção de pólipos estão diretamente associados à qualidade do preparo. O uso do polietilenoglicol (PEG) está bem estabelecido como seguro e eficaz no preparo do cólon, porém o volume excessivo pode não ser bem tolerado, comprometendo a qualidade do preparo. Objetivo: Testar a combinação de lactulose com bisacodil no preparo do cólon para colonoscopia, avaliando sua eficácia e tolerabilidade. Método: Estudo prospectivo. Entre abril e agosto de 2014, foram admitidos no estudo 40 pacientes, para realização de colonoscopia eletiva e que consentiram em participar do estudo. Critérios de exclusão: ileostomia, colectomia parcial ou total, impossibilidade de ingestão oral ou suspeita de obstrução intestinal. Os pacientes receberam orientações durante a préconsulta sobre o preparo intestinal constituído de 20mg de bisacodil, 200ml de lactulose diluídos em 300ml de suco claro, e dieta sem resíduos, a partir da véspera do exame. Foram analisados o gênero, idade, exames colonoscópicos prévios, indicação do exame, ingestão completa do preparo, tolerância, efeitos adversos, taxa de entubação do ceco, taxa de detecção de pólipos/adenomas e qualidade do preparo segundo escala de Boston. Resultados: Foram incluídos no estudo 40 pacientes (22 mulheres, mediana de idade – 60 anos). A indicação mais frequente foi rastreamento de câncer colorretal (52,5%). Preparo completo foi possível em 95% dos casos, com tolerância excelente em 21 pacientes (52,5%) e boa em 15 pacientes (37,5%). O sintoma adverso mais comum foi náusea (42,5%). GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Taxa de entubação do ceco de 90%. Foram detectados pólipos adenomatosos em 11 exames (27,5%). O preparo foi classificado como excelente em 75% dos casos (Escore de Boston 9), sendo que em 90% dos exames o Escore de Boston foi superior a 6. Não ocorreram complicações relacionadas ao preparo. Conclusão: A combinação de bisacodil com lactulose mostrou-se segura e eficaz para o preparo intestinal, com tolerância satisfatória e índices adequados de entubação do ceco e detecção de adenoma. Conclusão: A dissecção submucosa endoscópica foi curativa na maioria dos casos, com avaliação histopatológica dos espécimes e baixo índice de recidiva e complicações. RESSECÇÃO ENDOSCÓPICA SUBMUCOSA COLORRETAL EXPERIÊNCIA DO GASTROCENTRO UNICAMP RETROVISÃO E CROMOSCOPIA NA AVALIAÇÃO COLONOSCOPICA DO CÓLON ASCENDENTE NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DE CÓLON EM PACIENTES SUBMETIDOS À COLONOSCOPIA NO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Autores: José Olympio Meirelles dos Santos / Unicamp; Priscila Andrade Santana / Unicamp; Nelson Myiajima / FMUSP; Ingrid Neves dos Santos / Unicamp; José Antonio Possatto Ferrer / Unicamp; Michel Gardere Camargo / Unicamp; Rita Carvalho / Unicamp; Claudio Saddy Rodrigues Coy / Unicamp. Autores: Tiago Coelho Martins / Hu-USP; Edmar Tafner / Hu-USP; Luis Masúo Maruta / Hu-USP; José Guilherme Nogueira Silva / Hu-USP; Renato Hassegawa Takayuki / HuUSP; Celso Guilherme Christiano / Hu-USP; Simone Perez Pilli / Hu-USP; Lincoln Tavares de Andrade / Hu-USP. Resumo Resumo Introdução: A dissecção endoscópica submucosa (DES) permite a ressecção em bloco de lesões colorretais tendo objetivo curativo possibilitando completa avaliação histopatológica do espécime. Objetivos: Relatar a experiência do Gastrocentro-Unicamp abordando exequibilidade e complicações no tratamento de lesões neoplásicas colorretais por DES. Materiais e métodos: As indicações de DES seguiram a escola japonesa. Excluídos pacientes com sinais endoscópicos de invasão submucosa ou ausência de elevação da lesão após infiltração submucosa. Acompanhamento: colonoscopias após 90, 180 e 360 dias no primeiro ano e anualmente após o primeiro ano. Resultados: De setembro/2010 a abril/2013, 30 pacientes, idade média 42 (45-85) anos, 20 feminino, foram submetidos a DES. Tamanho médio foi 40 (20-70) mm, 15 no reto, uma em sigmoide, 3 no descendente, 5 no transverso, 2 no ascendente e 3 no ceco. Duração média de 130min (60 a 420 min), sendo 23 (76,6%) ressecadas em monobloco e uma não ressecada por dificuldades técnicas. Ocorreram três complicações (10%) tratadas endoscopicamente (dois sangramentos e uma perfuração), ambas com boa evolução. Em relação ao diagnóstico histológico pós DES, diagnósticou-se 19 adenomas e 11 adenomas com adenocarcinoma, sendo um com invasão m1, sete com invasão m2 e três com invasão de sm1. Três (10%) apresentaram margem lateral focalmente comprometida, sendo uma (3,3%) recidiva no acompanhamento. Introdução: O câncer colorretal (CCR) é uma das maiores causas de óbitos no mundo industrializado. O Risco de desenvolver CCR é de aproximadamente 5 a 6% na população ocidental. O uso da colonoscopia reduziu a mortalidade por CCR em 70% paras as lesões do cólon esquerdo e taxas muito insignificantes paras as lesões do cólon direito. Na tentativa de avaliar o papel da retrovisão e cromoscopia na detecção de lesões no cólon direito, foi elaborado este trabalho prospectivo, em pacientes submetidos à colonoscopia no serviço de endoscopia do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP). Objetivo: Comparar os resultados da visão frontal com a retrovisão no cólon proximal, antes e após a cromoscopia, no rastreamento do CCR. Metodologia: Estudo prospectivo. Pacientes submetidos à colonoscopia em caráter ambulatorial no serviço de endoscopia do Hospital Universitário da USP, com idade entre 40 e 75 anos, no período de Janeiro de 2012 a Julho de 2014. Critérios de exclusão: portador de doença inflamatória intestinal, diagnóstico de CCR já estabelecido, preparo inadequado, quadro de oclusão intestinal, enterorragia e exames inconclusivos. Resultados: 77 pacientes foram avaliados. Desses, 40 (52,6%) tiveram lesões detectadas após retrovisão e/ou cromoscopia no cólon ascendente, sendo 34 lesões vistas na visão frontal após a cromoscopia, 3 em retrovisão e 3 após retrovisão e cromoscopia. O tipo de lesão mais prevalente, de acordo com a classificação de Paris, Temário: Endoscopia / Colonoscopia Temário: Endoscopia / Colonoscopia GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 197 A nais foi a IIa. Referências: Baxter et al. Association Between Colonoscopy e and Colorectal Cancer Mortality in a US Cohort According to Site of Cancer and Colonoscopist Specialty. JCo Jul 20, 2012:2664-69. AVALIAÇÃO DA ECOENDOSCOPIA NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS LESÕES CÍSTICAS DO PÂNCREAS da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Cisto seroso em 08 (9,9%), Pseudocisto em 16 (19,8%) e outras neoplasias em 10 (12,3%). Conclusão: A concordância completa entre aspecto endoscópico, citopatologico e bioquímica ainda é rara em nosso meio, mas a Ecoendoscopia mostrou-se capaz de sugerir o diagnóstico na maioria dos portadores de lesões císticas do pâncreas, ratificando a indicação do procedimento neste grupo de pacientes. Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia Autores: José Marcus Raso Eulálio / UFRJ; Lucila Marieta Perrotta de Souza / UFRJ; José Eduardo Ferreira Manso / UFRJ; Mônica Soldan / UFRJ; Eduardo Sabino de Machado Magalhães / UFRJ; Matheus Mannarino do Carmo Silva Ribeiro / UFRJ; Bruno Munhoz Agena / UFRJ; Pedro Luiz Rodrigues Guimarães Filho / UFRJ. Resumo AVALIAÇÃO DA PRECISÃO E QUALIDADE DA ECOENDOSCOPIA ASSOCIADA À PUNÇÃO ASPIRATIVA COM AGULHA FINA (EUS-FNA) EM TUMORES PANCREÁTICOS: EXPERIÊNCIA DE UM CENTRO DE REFERÊNCIA Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia 198 O Diagnóstico diferencial das lesões císticas do pâncreas é fundamental para o adequado acompanhamento clínico, e para a indicação do tratamento cirúrgico. O presente estudo tem por objetivo avaliar a concordância entre imagem ecoendoscópica, citopatologico e análise bioquímica no diagnóstico diferencial destas lesões. Materiais e Métodos: Foram analisadas retrospectivamente as Ecoendoscopias com laudo de imagem cística no pâncreas, realizadas no HUCFF entre jan 2009 e jun 2014 quanto a : 1. Aspecto ecoendoscópico e 2. Punção Biópsia. A punção biópsia foi analizada quanto a: 2a. citopatologico e 2b. bioquímica. A correlação entre os dados ecoendoscópicos foi dividida em quatro grupos: Concordância 3 quando houve concordância total entre entre a imagem ecoendoscópica a patologia e a biópsia (1+2a+2b); Concordância 2 quando houve concordância entre 1 e 2a ou 1 e 2b; Concordância 1 quando houve concordância apenas entre a imagem ecoendoscópica e os exames prévios, e Indeterminado quando 1 e ou 2 não definiram um diagnóstico nem auxiliaram a conduta terapêutica. O diagnóstico diferencial foi classificado quanto à presença de: cisto seroso, cisto mucinoso, pseudocisto, outras neoplasias e indefinido. Resultados: Foram realizadas 727 Ecoendoscopias, que evidenciaram lesões císticas em 81 exames (11,1%). Todos apresentavam estudos prévios de imagem e quadro clínico com suspeita diagnóstica a ser confirmada. O diagnóstico ecoendoscópico foi definido em 63 exames (77,8%) divididos nos grupos Concordância 3 com 8 exames (9,9%), Concordância 2 com 37 exames (45,7%) e Concordância 1 com 18 exames (22,2%). O grupo Indeterminado apresentou 18 exames (22,2%). No diagnóstico diferencial encontramos Cisto Mucinoso em 29 (35,8%), Autores: Victor Rossi Bastos / Hospital Geral Roberto Santos; Marcos Clarêncio Batista Silva / Hospital Geral Roberto Santos; Marcela Brasil Fortunato / Hospital Nove de Julho; José Celso Ardengh / Hospital Nove de Julho. Resumo Trata-se de um estudo sobre o controle de qualidade (CQ), com acompanhamento e avaliação do sistema hoje utilizado em nosso serviço para maximizar a eficácia da EUS-FNA. Baseia-se na análise retrospectiva dos prontuários de pacientes submetidos a EUS-FNA durante Janeiro a Julho de 2014. O CQ analisou a precisão diagnóstica, o impacto do diagnóstico final da EUS-FNA no diagnóstico pré-existente, o número de passes necessários para se obter a melhor acurácia diagnóstica.215 pacientes foram enviados ao serviço de Ecoendoscopia do Hospital 9 de Julho. A EUS-FNA com microhistologia foi realizada em 54 pacientes (25,1%) e 46 (85,6%) tumores de pâncreas. O diagnóstico final foi obtido pela EUS-FNA, seguimento clínico e cirurgia. Vinte e três pacientes com tumor maligno e também vinte e três benigno. Dentre os malignos encontramos adenocarcinoma ductal (13), cistoadenomamucinoso (4), NIMP (3) e tumor neuroendócrino (3). O diagnóstico pela imagem da EUS apresentou sensibilidade, especificidade, VPP, VPN e acurácia de 87.5%, 83.3%, 97,2%, 50% e 86,9%, respectivamente. A microhistologia apresentou sensibilidade, especificidade, VPP, VPN eacurácia de 95,6%, 94,4%, 95,8%, 77,2% e 86,9%, respectivamente. O local da biópsia mais comum foi a cabeça do pâncreas (52%). A acurácia ao submetermos o paciente a 1, 2 ou mais que 3 passes da agulha foi 78,2% (18/23), 93,7% (15/16) e 85,7% (6/7), respectivamente. Depois da FNA GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 e seguimento, foram encontrados 5 falsos negativos (10,8%), enquanto que 6,5% das amostras ainda não tinham um diagnóstico definitivo. O CQ sugere que a acurácia da EUS-FNA é elevada ao usarmos a técnica da microhistologia, que garante melhor obtenção de amostras e estudo tecidual, sendo desnecessária a presença de um patologista em sala. Que a acurácia pode ser melhorada: a) passando duas vezes a FNA em lesões suspeitas e b) ter um ecoendoscopista experiente. O estudo CQ é valioso na identificação de pontos fracos e aumentando assim a eficácia dos EUS-FNA. ECOENDOSCOPIA NAS DOENÇAS PANCREÁTICAS Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia Autores: Thiago Felippe da Rocha / HBPSP; Fabio Menezes Filgueiras / HBPSP; Celso Eduardo Patrício / HBPSP; Sandrone Granja de Abreu / HBPSP; Marcos Ney da Costa Barros / HBPSP; Eduardo Henrique Costa Brandão / HBPSP; Thiago Correia da Silva Ganança / HBPSP; Roberto Felipe Soares Dias Loyola / HBPSP. Resumo Negativo para células neoplásicas: 8,75%; Material insuficiente: 7,5%. Não realizaram punção: 10%. Como complicação houve 4 pacientes com dor abmominal após o procedimento. Nenhum foi internado. Conclusão: A EE + PAAF mostrou boa sensibilidade (~90%) no diagnóstico das patologias pancreáticas, portanto deve ser utilizada quando não há definição por outros métodos menos invasivos ou é necessário comprovação histológica. ESTUDO COMPARATIVO E PROSPECTIVO SOBRE A LAVAGEM ECOGUIADA DE CISTOS PANCREÁTICOS COM ETANOL E IODOPOVIDONA Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia Autores: Juliana Campos Barbosa / HC-FMRP; Jacob Szejnfeld / Hospital 9 de Julho; José Celso Ardengh / Hospital 9 de Julho; Guilherme Grici Hisatomi / HC-FMRP; Diego Miconi / Hospital 9 de Julho; José Carlos Pardal / Hospital 9 de Julho; Jerusa dos Reis / Hospital 9 de Julho; Hemanoel de Souza Ribeiro / Hospital 9 de Julho; Rafael Kemp / HCFMRP; José Sebastião dos Santos / HC-FMRP. Resumo Introdução: A ecoendoscopia (EE) é um método atualmente consagrado na avaliação das patologias pancreáticas porque permite uma definição morfológica adequada das lesões císticas e sólidas, bem como a obtenção de material para micro-histologia e dosagens bioquímicas (CEA, amilase). A proximidade do transdutor com a glândula oferece esta capacidade com risco muito baixo de complicações. Entretanto a sensibilidade e acurácia diagnóstica depende também do preparo do material obtido pela punção ecoguiada e da experiência da equipe de patologia. Objetivo: Avaliar os achados da ecoendoscopia focada nas doenças pancreáticas e a sensibilidade das punções no serviço de endoscopia e comparálos com dados da literatura. Métodos: Estudo retrospectivo com 80 pacientes encaminhados para o nosso serviço de endoscopia, no período de 2010 a 2013, para realizar ecoendoscopia por suspeita de doença pancreática. Os procedimentos foram realizados por um único endoscopista e o material de punção processado e avaliado por dois laboratórios de patologia, entretanto um deles ficou responsável por mais de 80% dos casos. Resultados: O diagnóstico final foi de: Adenocarcinoma: 26,25%; Cistoadenoma mucinoso: 10%; Cistoadenoma seroso: 7,5 %; Cistoadenoma: 3,75%; Processo inflamatório crônico: 5%; IPMN: 10%; Tumor neuroendocrino: 3,75%; Linfoma: 2,5%; Necrose liquefeita : 5%; Introdução: Cirurgia de cisto pancreático associa-se a morbidade significativa. A lavagem ecoguiada de cistos pancreáticos é uma modalidade de tratamento minimamente invasiva. A injeção de álcool absoluto e paclitaxel, comumente usados, raramente causam efeitos sistêmicos. Baseado em relato da literatura sobre o uso de iodopovidona em cisto neoplásico pancreático, os autores compararam os resultados do uso da injeção ecoguiada de iodopovidona e álcool absoluto, em relação à ablação do cisto e ocorrência de eventos adversos. Método: Pacientes com cistos uniloculares no pâncreas de 1 a 8 cm foram tratados pela injeção ecoguiada de etanol ou iodopovidona. Estudamos a ocorrência imediata de eventos adversos, o diâmetro do cisto três meses após a injeção e a necessidade de nova lavagem no caso do cisto ter apresentado redução menor que 30% do seu tamanho inicial. Resultados: a injeção de etanol a 99% foi feita em 14 pacientes, com média de injeção de 27,6 ml (10-80 ml) e de iodopovidona em 6 pacientes com média de injeção de 25,2 ml (2-50 ml). O tamanho médio dos cistos no grupo submetido à injeção de álcool foi de 4,7 cm (2,5 – 7,8) e no grupo iodopovidona foi de 4,5 (1,2 – 3,6) a média de sessões para o álcool foi de 1,4 (1-5) e iodopovidona foi 1. A dor foi o único evento adverso após a injeção de álcool 28,5% enquanto que não foi observado qualquer GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 199 A nais evento adverso após a injeção de iodopovidona. Após a injeção de álcool e iodopovidona houve ablação em 2/14 (14,2%), 5/6 (83,3%) e diminuição de mais de 50% do volume inicial em 57,1% e 16,6%, respectivamente. Conclusão: Os resultados do presente estudo permitem concluir que a lavagem ecoguiada com iodopovidona apresentou maior taxa de ablação cística e menor ocorrência de dor. são necessários mais estudos prospectivos e randomizados, para que possamos afirmar, que a iodopovidona é a melhor forma de tratamento para a ablação de cisto pancreático. PREVALÊNCIA DE ACHADOS DIAGNÓSTICOS DEFINIDORES NA REALIZAÇÃO DE ECOENDOSCOPIA DE LESÕES SUBEPITELIAIS: ESTUDO RETROSPECTIVO Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia 200 Autores: Ana Carolina Benvindo Lopes / Hospital de Base do Distrito Federal; Bruno Chaves Salomão / Hospital de Base do Distrito Federal; Rodrigo Aires de Castro / Hospital de Base do Distrito Federal; Flávio Hayato Ejima / Hospital de Base do Distrito Federal; Lucas Santana Nova da Costa / Hospital de Base do Distrito Federal; Maria Auzier Freitas / Hospital de Base do Distrito Federal; Marília Ávila Acioly / Hospital de Base do Distrito Federal; Juliano Benvindo Lopes / Universidade de Brasília. Resumo Introdução: Lesões subepiteliais (LSE) são encontradas em até 1% dos exames endoscópicos, sendo a ecoendoscopia (USE) o exame de melhor acurácia para definir a etiologia da lesão. Entretanto, a literatura ainda é controversa no que tange à real indicação deste método, não havendo uma padronização de conduta. Objetivo: Determinar a prevalência de achados diagnósticos definidores em pacientes submetidos à ecoendoscopia com suspeita de LSE, que devido ao seu aspecto ecográfico típico e caráter benigno, não necessitariam de nenhum tipo de seguimento, seja por endoscopia ou USE. Métodos: Foram estudados retrospectivamente, 178 pacientes submetidos à EUS para avaliação de LSE do trato gastrointestinal superior entre julho de 2011 e julho de 2014, sendo 62,3% (111) do sexo feminino e a média de idade de 50,9 anos. Os exames foram realizadas em ambiente intra-hospitalar e sob sedação com propofol feita por anestesiologista. Todos os exames foram realizados com aparelho setorial com frequência de 5 a 12 mHz. Dentre as lesões estudadas, 20,2% (36) se localizava no esôfago, da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo 70,8% (126) no estômago e 9% (16) no duodeno. Resultados: Dos 178 pacientes avaliados, 22,4% (40) apresentavam aspecto ecográfico típico de lipoma, 3,4% (6) de pâncreas ectópico, 11,2% (20) de cistos intraparietais e 15,7% (28) de compressão extrínseca, e ainda em 3,4% (6) dos casos não foi identificada nenhuma alteração ecográfica, sendo estes achados considerados definidores diagnósticos. A prevalência de pacientes submetidos à ecoendoscopia por suspeita de LSE que apresentaram achados diagnósticos definidores foi de 53,9%. Conclusão: Devido à alta prevalência de achados ecoendoscópicos definidores nos pacientes com suspeita de LSE, a ecoendoscopia deve ser solicitada a todos os pacientes nesta situação, o que acarretará em diminuição de custos com outros exames complementares e/ou acompanhamento periódico. PREVALÊNCIA DE CISTOADENOMA SEROSO EM PACIENTES SUBMETIDOS À ECOENDOSCOPIA PARA AVALIAÇÃO DE LESÕES CÍSTICAS PANCREÁTICAS Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia Autores: Marília Ávila Acioly / HBDF; Bruno Chaves Salomão / HBDF; Lucas Santana Nova da Costa / HBDF; Maria Auzier Freitas / HBDF; Ana Carolina Benvindo Lopes / HBDF; Rafael Rodrigues Oliveira / HBDF; Rodrigo Aires de Castro / HBDF; Flávio Hayato Ejima / HBDF. Resumo Introdução: Apesar do predomínio dos pseudocistos, as neoplasias císticas têm tido aumento de incidência nos últimos anos. Dentre estas, o cistoadenoma seroso (CS) é uma afecção benigna e de evolução favorável, muitas vezes não exigindo seguimento posterior. Entretanto, os métodos radiológicos têm baixa acurácia para o diagnóstico de certeza de CS e muitas cirurgias desnecessárias ainda são realizadas. Objetivo: Determinar a prevalência de lesões com achados ecoendoscópicos típicos e definidores de CS, sem necessidade de punção ecoguiada. Método: Trata-se de estudo retrospectivo envolvendo 70 pacientes submetidos à ecoendoscopia por achado prévio de lesão cística pancreática em outros métodos de imagem. Os exames foram feitos em ambiente hospitalar sob sedação com propofol feita pelo anestesiologista, no período de junho de 2011 a julho de 2014. A média de idade foi de 57,2 anos, com predomínio do sexo feminino (74,2%). Resultados: Dos 70 pacientes analisados, 18,5% (13) apresentavam achados GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 ecográficos definidores de CS, dentre os quais: aspecto microcístico em favo de mel e presença de calcificação central. Destes, 84,6% (11) eram do sexo feminino e 15,3% (2) do sexo masculino, com média de idade de 52 anos. Quanto à localização da lesão, 61,5% (8) estavam na cabeça, 23,0%(3) no corpo e 15,3%(2) na cauda do pâncreas. Devido aos achados típicos, não foi realizada punção aspirativa nestes casos. Conclusão: A prevalência de achados característicos de cistoadenoma seroso foi de 18,5% (13) neste estudo, o que vai ao encontro da literatura, denotando a importância desse recurso para excluir um percentual significativo de pacientes de seguimento radiológico, com implicação em custos e diminuição de radiação, bem como evitando cirurgias desnecessárias e de alta morbi-mortalidade, como se observa nas ressecções pancreáticas. deles com complicações imediatas ou tardias. Apenas um paciente tinha shunt espleno-renal, e em nenhum deles houve a embolização do polímero. Estes pacientes tiveram acompanhamento máximo de 10 meses, tendo, todos eles as varizes trombosadas, com uma ou mais sessões de tratamento. Diante desses resultados, achamos o método eficaz e seguro para o tratamento das varizes gástricas. ABORDAGEM ENDOSCÓPICA SISTEMÁTICA PARA O DIAGNÓSTICO PRECOCE DE CÂNCER DE ESÔFAGO EM PACIENTES COM CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO TRATAMENTO DE VARIZES GÁSTRICAS COM MOLA E CIANOACRILATO Autores: Juliana Trazzi Rios / ICESP; Stephanie Wodak / ICESP; Maria Sylvia Ierardi Ribeiro / ICESP; Carla Cristina Gusmon / ICESP; Adriana Vaz Safatle-Ribeiro / ICESP; Marcelo Simas Lima / ICESP; Bruno Costa Martins / ICESP; Fauze Maluf-Filho / ICESP. Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia Autores: Maíra Ribeiro de Almeida Lôbo / USP; Dalton Marques Chaves / USP; Gustavo de Oliveira Luz / USP; Cristiano Sakai / USP; Kengo Toma / USP; Paulo Sakai / USP; Eduardo Guimaraes Horneaux de Moura / USP. Resumo As varizes gástricas são encontradas em associação com as varizes esofágicas em cerca de 20% dos pacientes com hipertensão portal. Apesar da baixa incidência de hemorragia pelas varizes gástricas (3%), o sangramento é mais grave e de difícil controle. O método endoscópico de eleição para o tratamento das varizes gástricas é a utilização do n-butil cianoacrilato; apresenta melhor controle do sangramento e menor taxa de ressangramento em relação aos outros métodos. Uma complicação grave da obliteração das varizes gástricas com cianoacrilato é a embolização do polímero através de shunts espleno-renal ou gastro-renal. Sua incidência é de cerca de 4%. A injeção ecoguiada de molas de embolização vem sendo proposta para ser utilizada no tratamento destas varizes. Tem como objetivo manter o polímero do cianoacrilato no vaso, formando um conglomerado mola-cianoacrilato, evitando sua migração e consequente embolia da cola. Outra vantagem desta técnica é sua utilização na vigência do sangramento, quando grande quantidade de sangue no estômago dificulta a realização da injeção do cianoacrilato; através da punção pelo esôfago distal essa dificuldade diminui. Descrevemos uma série de casos de pacientes tratados com mola + cianocrilato. Temos 5 pacientes tratados por este método, nenhum Resumo Introdução e objetivos: O carcinoma de células escamosas (CEC) do esôfago é diagnosticado tardiamente, resultando em mau prognóstico. Na população de alto risco para essa condição, o controle endoscópico pode melhorar a taxa de detecção de câncer de esôfago em fase precoce, aumentando a chance de ressecções R0 e sobrevida livre da doença. O objetivo deste estudo foi determinar a eficácia da avaliação da endoscopia sistemática do esôfago, usando imagem de alta definição, luz branca, imagem endoscópica de banda estreita e cromoendoscopia com solução de Lugol, para a detecção de CEC do esôfago em pacientes com câncer de cabeça e pescoço. Métodos: Análise retrospectiva de pacientes com histórico de câncer de cabeça e pescoço que foram submetidos ao controle endoscópico para a detecção de CEC esofágico sincrônico ou metacrônico. Avaliação endoscópica seguiu uma sequência sistemática: 1. Avaliação da mucosa esofágica com endoscópio de luz branca de alta definição, 2. Avaliação da mucosa esofágica com imagem de banda estreita (NBI), 3. Avaliação da mucosa do esôfago após a instilação de solução de Lugol 1,5%. As áreas avermelhadas sob luz branca, marrom sob imagem de banda estreita e não coradas após instilação de Lugol foram biopsiadas. Lesões superficiais foram macroscopicamente classificadas de acordo com a classificação Paris. Resultados: de setembro de 2010 a setembro de 2013, 703 endoscopias foram realizadas em 557 pacientes com histórico de carcinoma de cabeça e pescoço (80,5% homens, com GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 201 A nais 202 da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo idades entre 26 e 90 anos). Nós encontramos 158 (28%) lesões suspeitas de neoplasia. Foram confirmadas neoplasias precoces em 27 (5%) delas. As lesões mediam entre 7 e 70 milímetros; 3 (11%) <10 mm, 10 (37%) entre 10 e 20 mm e 14 (52%)> 20 mm. Elas foram localizadas principalmente no esôfago médio 16 (59%). O aspecto endoscópico das lesões foi de 0-IIa 9 (33%), 0-IIb 16 (59%) e 0-IIc 2 (7%). Sob a endoscopia com luz branca, detectamos 13 (48%) dos cânceres precoces, sob cromoendoscopia óptica, 25 (92%) e sob a solução de Lugol, 27 (100%) delas. Conclusões: Abordagem endoscópica sistemática para o diagnóstico precoce de carcinoma de células escamosas do esôfago é viável e eficaz para o controle dos pacientes com histórico de câncer de cabeça e pescoço. A endoscopia com luz branca de alta definição teve uma baixa sensibilidade para a detecção precoce de CEC nesse grupo de pacientes, diagnosticando apenas 50% das lesões. do IMC foi 7,58 ± 3,51 kg/m². A média da perda percentual do peso corporal foi de 20,56 ± 7,84% e da perda percentual do excesso de peso foi de 74,84 ± 46,49. Houve maior perda percentual do peso inicial em pacientes com obesidade grau III do que em pacientes com sobrepeso e obesidades graus I e II (p<0,001). Houve maior redução do IMC e maior perda % do peso inicial em homens do que em mulheres (p<0,0001 e p=0,018, respectivamente). Conclusão: O tratamento endoscópico da obesidade com o uso do BIG se estabelece como uma ótima opção terapêutica a esta patologia. ANÁLISE DE MUCOSECTOMIAS DUODENAIS DO CENTRO DE DIAGNÓSTICO EM GASTROENTEROLOGIA/ HCFMUSP ANÁLISE DE EFICÁCIA DO BALÃO INTRAGÁSTRICO NUMA CASUÍSTICA DE 2.748 CASOS Autores: Lorena Pithon Lins / HCFMUSP; Rafael Gonzaga Nahoum / HCFMUSP; Renata dos Santos Lugão / HCFMUSP; Jamile Rosário Kalil / HCFMUSP; Leandro Ferreira Ottoni / HCFMUSP; Vitor de Sousa Medeiros / HCFMUSP; Cláudio Lyoiti Hashimoto / HCFMUSP. Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta Autores: Bruno Queiroz Sander / Clínica Sander; Manoel Galvão Neto / Gastro Obeso Centro; Jimi Izaques Bifi Scarparo / Balão BIB; Gabriel Cairo Nunes / Clínica UltraNutri; Ricardo José Fittipaldi-Fernandez / Endogastro Med service; Marcelo Pereira Sander / Clínica Sander. Resumo Introdução: O balão intragástrico (BIG) tem se mostrado bastante eficaz no tratamento do excesso de peso para pacientes com IMC maior que 27 kg/m². Objetivo: Avaliar a eficácia e as complicações do tratamento com BIG nos pacientes da Clínica Sander (MG), Endogastro Med service (RJ), Clínica Balão BIB (SP) e Clínica Ultranutri (SP). Métodos: Foram analisados 2748 pacientes. Utilizou-se o BIG da marca Allergan. Todos os pacientes apresentavam índice de Massa Corporal (IMC) inicial mínimo de 27 kg/m² e foram acompanhados por equipe multidisciplinar durante os 06 meses de tratamento. Dados analisados com estatística descritiva, análise de variância e teste t de student. Resultados: 148 pacientes (5,4%) foram excluídos: 99 (3,6%) por retirada precoce, 27 (1%) por perda de peso nula, 16 (0.58%) por ganho de peso e 06 (0,22%) por gravidez. A incidência de fungo foi 0,26% (n=7) e de vazamento 0,38% (n=10). Os pacientes apresentaram perda significativa de peso, com IMC final (28,83 ± 4,68 kg/m2), significativamente menor que o IMC inicial (36,41 ± 5,6 kg/m²) (p<0,0001). A redução média Resumo As lesões duodenais são desafiadoras pela heterogeneidade, localização tecnicamente mais difícil para o endoscopista e pelo maior risco de sangramento. Ressecções endoscópicas por mucosectomia e dissecção submucosa podem ser realizadas, no entanto a literatura mostra maior taxa de complicações relacionadas à localização. Objetivo: Analisar mucosectomias endoscópicas duodenais realizadas no CDG -HCFMUSP. Métodos: Estudo retrospectivo através de dados de prontuários de pacientes submetidos ao procedimento no período entre 2006 e julho/2014. Resultados: Foram avaliados 16 pacientes, e um total de 18 mucosectomias duodenais. A idade média dos pacientes foi de 54,8 anos, sendo 56% do sexo masculino e 44% feminino. Apenas 22% das endoscopias foram realizadas sob assistência anestésica, sendo as demais com sedação consciente, administrada por 2 endoscopistas. Cromoscopia com índigo carmin a 0,8% foi utilizada para realçar a lesão em 33% dos exames. Quanto à localização: 50% no bulbo; 44% na segunda porção e 6% na transição para segunda porção. A maioria (50%) das lesões foi classificada como plano-elevada (IIa), e os tamanhos variaram entre 3 e 25mm (média 9,3mm). Em relação à técnica, em dois pacientes, foi optado pela ligadura elástica seguida de mucosectomia; e 95% dos procedimentos injetaram solução salina para elevação da lesão. Como complicação GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 imediata, três procedimentos (16%) apresentaram sangramento, graus, sendo mais da metade dos casos com grau C e D de Los sendo realizada hemostasia com hemoclipe, com bom aspecto final. Angeles. Observaram-se,também, complicações como estenose Nenhum dos casos necessitou internação ou intervenção cirúrgica. péptica e esôfago de Barrett em cerca de 37 % dos casos. O principal No estudo anátomo-patológico das lesões, o achado mais frequente achado manométrico foi a aperistalse dos 2/3 inferiores do corpo foi adenoma (33%), cujas margens foram livres em todos, seguido em 100% dos complexos de deglutição estudados. Conclusão: por tumor neuroendócrino grau 1 e hiperplasia de glândulas de a maioria dos pacientes com doença do colágeno apresentam um Brunner. Conclusão: A mucosectomia endoscópica no duodeno é comprometimento típico da doença do refluxo gastroesofágico, um método indicado na ressecção de lesões adenomatosas. Estudos com sintomas relacionados e alta prevalência de esofagite erosiva com amostras maiores são necessários para estabelecer taxa de endoscópica. As anormalidades referentes à motilidade esofágica sucesso e complicações do procedimento. são confirmadas pela manometria, com acometimento esofágico predominante e mais intenso nos pacientes com esclerose sistêmica ANÁLISE DO ESTUDO ENDOSCÓPICO E MANOMÉTRICO DO ESÔFAGO EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇAS DO COLÁGENO Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta Autores: Juliano Vanz / HSPE-SP; Luiz Henrique de Souza Fontes / HSPE-SP; Renato Luz Carvalho / HSPE-SP; José Francisco de M. Farah / HSPE-SP; Eli Kahan Foigel / HSPESP. progressiva . BYPASS GASTROJEJUNAL CALIBRADO ASSOCIADO À OCLUSÃO DO PILORO UTILIZANDO-SE NOTES ESTUDO PILOTO Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta Resumo Autores: Kiyoshi Hashiba / HSL; Horus Antony Brasil / HSL; Jorge C Cassab / HSL; Fernando Pavinato Marson / HSL; Pablo Rodrigo de Siqueira / HSL; Ricardo Z Abdalla / HSL; Márcia Tatianna Fernandes Pereira / HSL. Racional: As doenças difusas do tecido conjuntivo afetam vários Resumo sistemas orgânicos, inclusive o digestório, sendo o esôfago o órgão mais comprometido. Neste, as principais manifestações clínicas Introdução: É apresentado uma técnica de bypass realizado por estão associadas a DRGE e variam em intensidade e frequência. NOTES que usa um enteroscópio inserido no jejuno de forma a Objetivo: Estabelecer de forma mais consistente, por intermédio calibrar o grau de desabsorção. O bypass pode ser criado por duas de um interrogatório clínico , dos exames de endoscopia digestiva técnicas: uso de stapler ou colocação de endoprótese metálica. alta (EDA) e manometria o conjunto e frequência das alterações Material e método: 8 porcos da raçaminipig BR com peso esofagianas observadas na esclerose sistêmica progressiva, de aproximadamente 30 kg foram usados, após anestesia com artrite reumatóide, dermatomiosite, lúpus eritematoso sistêmico e enfluorane e midazolan. Dois aparelhos foram empregados ao mesmo Síndrome de Sjögren. Pacientes e Método: Foram avaliados tempo. Inicia-se confeccionando uma gastrostomia pela técnica retrospectivamente 52 pacientes, no intervalo de janeiro de 2008 a proposta por Hashiba1 utilizando-se um trocar de 12mm. A seguir fevereiro de 2014, com idade média de 55,6 anos (36 a 77 anos). realiza-se uma mucosectomia de 1 cm de diâmetro no antro médio Deste total, 28 apresentavam esclerose sistêmica progressiva, 11 que será usada para perfuração gástrica. Depois, um enteroscópio artrite reumatóide, 9 lúpus eritematoso sistêmico, 1 Síndrome de é inserido pela gastrostomia e introduzido no piloro controlando-se Sjogren e 3 dermatomiosite. Todos foram submetidos, a estudo o nível exato de inserção pela escala do enteroscópio. Esta será a manométrico do esôfago e a endoscopia digestiva alta com aparelho alça desfuncionalizada. A seguir completa-se a perfuração gástrica convencional . Resultados: O estudo revelou elevada prevalência na mucosectomia e o gastroscópio penetra na cavidade peritoneal de sintomas relacionados ao esôfago nas cinco doenças investigadas, e procura a alça iluminada pela luz do enteroscópio. Esta alça é cerca de 74,2%, sendo a pirose (92,6%) e a regurgitação (81,5%) tracionada com uma pinça e trazida para a luz gástrica sendo fixada os mais encontrados, seguidos da disfagia (66,6%). Cerca de através de 8 suturas com dispositivos em T (T-tags) como descrito 88,8% dos pacientes apresentaram esofagite erosiva em variados anteriormente2. A alça jejunal é aberta com um papilótomo em GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 203 A nais 204 estilete. Para a manutenção da abertura anastomótica, duas técnicas foram usadas: sutura com stapler 45 mm inserido pela gastrostomia (GRUPO A) e o uso de endoprótese metálica de 2 cm de diâmetro (GRUPO B). O procedimento termina com o fechamento do piloro por pontos de T-tag após realizar-se mucosectomia. Resultados: O controle pós-operatório por endoscopia realizado após 2 semanas revelou uma anastomose ampla com cerca de 2 cm. Foi possível penetrar-se em ambas as alças aferente e eferente. O piloro encontrava-se parcialmente fechado. À avaliação post-morten, poucas aderência foram achadas no peritôneo visceral próximo a anastomose e, a anastomose encontrava-se pérvea, cicatrizada e íntegra. Conclusão: Esta técnica realizada por NOTES, mostrou-se possível em modelos animais, mas deve ser aperfeiçoada e no futuro poderá ser considerada para o tratamento de obesidade em casos selecionados. Mais estudos a longo prazo e com maior casuística são necessários para confirmar estes resultados. Referências: 1-Hashiba, K. Endoscopicgastrostomy. Endoscopy,1987;19:23-4 2-Hashiba K, Siqueira PR, Brasil HA, et al., Endoscopictreatment for gastricperforationusing t-TAG and a plasticprotectionchamber: a shorttermsurvivalstudyArqGastroenterol. 2011 Apr-Jun;48(2):159-62. COMPLICAÇÕES A LONGO PRAZO DA PRÓTESE METÁLICA AUTOEXPANSÍVEL EM PACIENTES COM CÂNCER DE ESÔFAGO AVANÇADO Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta Autores: Bruno da Costa Martins / ICESP; Maria Sylvia Ierardi Ribeiro / ICESP; Carla Cristina Gusmon / ICESP; Matheus Cavalcante Franco / ICESP; Ricardo Sato Uemura / ICESP; Adriana Vaz Safatle-Ribeiro / ICESP; Ulysses Ribeiro Jr / ICESP; Fauze Maluf-Filho / ICESP. Resumo da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Paulo. Foram incluídos neste estudo os pacientes com seguimento maior que 180 dias. Resultados: Dos 145 pacientes contidos no banco de dados, 32 foram selecionados por preencher os critérios de inclusão. Houve predomínio do sexo masculino (78,1%), com média de idade de 60 anos e com carcinoma espinocelular (78,1%). As lesões foram localizadas principalmente no esôfago médio (53,1%). Vinte e nove próteses foram parcialmente cobertas (90,6%), e três completamente cobertas (9,4%). Vinte e dois (68,7%) pacientes receberam quimioterapia e/ou radioterapia previamente, e 26 (81,2%) posteriormente à inserção da PMAE. Complicações ocorreram em 20 pacientes (62,5%), sendo: migração (n = 9), overgrowth (n = 8), ingrowth (n = 4), fístula (n = 3), infecção pulmonar (n = 2), impactação alimentar (n = 2), DRGE (n = 1), hemorragia (n = 1) e dor intratável (n = 1). A maioria das complicações pode ser tratada endoscopicamente. Complicações fatais ocorreram em 2 (6,2%) pacientes: um por sangramento e outro por infecção pulmonar. A mediana de sobrevida após a prótese foi de 305 dias (variando de 182-630 dias). Uma média de 0,9 procedimentos por paciente (variação de 0-10) foram realizados para manter a permeabilidade da prótese. Ao final do acompanhamento, 20 pacientes ainda mantinham a funcionalidade da PMAE, enquanto que os 12 restantes tinham retirado a prótese ou recebido sonda nasogástrica. Conclusão: O uso de PMAE em pacientes com câncer de esôfago avançado com sobrevida maior que 6 meses está associado a altas taxas de complicações. A maioria das complicações pode ser tratada endoscopicamente. DISSECÇÃO ENDOSCÓPICA SUBMUCOSA NO TRATAMENTO DAS NEOPLASIAS GÁSTRICAS PRECOCES: EXPERIÊNCIA DO GASTROCENTRO/ UNICAMP Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta Introdução: Prótese metálica auto-expansível (PMAE) é considerada o melhor tratamento paliativo para disfagia dos pacientes com câncer de esôfago avançado. As complicações desta conduta podem ser graves, especialmente em pacientes com melhor prognóstico e maior sobrevida. Objetivo: Avaliar a prevalência de complicações relacionadas com a PMAE no acompanhamento de pacientes com câncer de esôfago avançado que sobreviveram mais de 6 meses. Métodos: Realizada análise retrospectiva de um banco de dados coletado prospectivamente de pacientes com câncer de esôfago avançado, submetidos a passagem de PMAE de fevereiro de 2009 a dezembro de 2012, no Instituto do Câncer do Estado de São Autores: José Olympio Meirelles dos Santos / UNICAMP; Letícia Stahelin / UNICAMP; Nelson Miyajima / FMUSP; Alexsandro Sordi Libardoni / UNICAMP; Rita Barbosa de Carvalho / UNICAMP; José Antônio Possatto Ferrer / UNICAMP; Ciro Garcia Montes / UNICAMP; Drausio Jeferson de Morais / UNICAMP. Resumo Introdução: A dissecção endoscópica submucosa (DES) é uma técnica desenvolvida no Japão para ressecção em bloco de lesões maiores. É utilizada tanto com objetivo curativo as- GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 sim como para avaliação histopatológica completa da lesão. Resumo Possui baixa recorrência se comparada com a mucosectomia para lesões maiores do que 2 cm e deve ser realizada em centros especializados por ser considerada tecnicamente difícil. Objetivos: Relatar a experiência do Gastrocentro-Unicamp abordando a exequibilidade e complicações no tratamento das lesões neoplásicas gástricas por DES. Materiais e métodos: Os critérios de indicação para ressecção foram baseados no guideline da associação japonesa de câncer gástrico. O acompanhamento foi realizado com exames endoscópicos após 30, 90 e 180 dias no primeiro ano e uma vez por ano após. Resultados: Entre setembro de 2010 a julho de 2014, 28 pacientes foram submetidos à DES gástrica. A idade média foi de 67,1 anos (45 a 88 anos), 14 do sexo masculino. O tamanho médio das lesões foi de 30,6 mm, variando de 15 a 55 mm. A duração média do procedimento foi 120,7 min (60 a 240 min). A ressecção em bloco foi realizada em 27 pacientes (96,4%). Como complicações ocorreram uma subestenose, um sangramento no oitavo PO e uma perfuração. Todos tratados endoscopicamente com sucesso. O diagnóstico histopatológico pós DES evidenciou: adenoma com displasia de baixo grau (n=2), adenoma com displasia de alto grau (n=8), tumor neuroendócrino (n=2). Dos adenocarcinomas bem diferenciados (M1=2, M2=4, M3=6, SM1=3), sendo duas lesões M3 com invasão vascular e uma M2 com margem focalmente acometida. Um adenocarcinoma pouco diferenciado Sm1 com invasão vascular foi diagnosticado pós DES. A taxa de cura foi de 85,7% (n=24). Nestes pacientes, não foi detectado Introdução: A dissecção endoscópica submucosa (DES) possiblita ressecção em bloco de lesões, além de possibilitar melhor avaliação histopatológica. Os tumores neuroendócrinos (TNE) são diagnosticados frequentemente em estágios precoces (limitados a mucosa e submucosa), com baixa frequência de metástases linfonodais e à distancia, permitindo o tratamento endoscópico. A ressecção endoscópica é o tratamento de escolha para TNE do tipo I maiores que 1cm, em número menor ou igual a 6 que não ultrapassam a submucosa, sendo a DES indicada para lesões maiores que 2cm. Objetivos: Relatar a experiência do serviço no tratamento destas lesões por DES. Materiais e métodos: Foi indicado DES para TNE do tipo I maiores ou iguais a 2,0 cm. Resultados: Entre setembro de 2010 a julho de 2014, 28 pacientes foram submetidos à DES gástrico no Gastrocentro-Unicamp, sendo 2 destes portadores de TNE. Pacientes do sexo feminino, com idades de 45 e 65 anos (Asa I e II) submetidas a ultrassonografia endoscópica e octreotídeo 99-TC. Uma lesão encontrava-se na pequena curvatura e outra na parede anterior, ambas em corpo gástrico e apresentavam 20x20mm cada. A duração do procedimento foi de 70 e 80 minutos respectivamente. Quanto ao diagnóstico histopatológico pós DES: TNE com invasão ao nível da submucosa profunda (SM3), Ki67 de 2% e margens livres em ambos os casos. Não ocorreram complicações. Seguimento endoscópico após 180 dias de uma das pacientes mostrou cicatriz. Conclusão: A DES possibilitou avaliação histológica completa dos espécimes e cura dos casos, ausência de recidiva endoscópica ou complicações sendo a DES uma boa opção terapêutica. recidiva local em seguimento médio de 17,3 meses. Conclusão: A DES possibilitou adequada avaliação histopatológica das espécimes assim como ressecção curativa na maioria dos casos. A ausência de recidiva endoscópica e o baixo índice de complicações demonstra que este procedimento pode ser realizado com segurança em centros especializados. DISSECÇÃO SUBMUCOSA PARA O TRATAMENTO DE TUMOR NEUROENDÓCRINO GÁSTRICO Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta Autores: José Antonio Possatto Ferrer / UNICAMP; Letícia Stahelin / UNICAMP; Priscila Andrade Santana / UNICAMP; Nelson Myagima / UNICAMP; Fábio Guerrazzi / UNICAMP; Cristiane Kibuno Nagasako Cruz / UNICAMP; Rita Barbosa de Carvalho / UNICAMP; José Olympio Meirelles dos Santos / UNICAMP. EFICÁCIA DO BALÃO INTRAGÁSTRICO NO PREPARO DO PACIENTE PRÉBARIÁTRICO Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta Autores: Bruno Queiroz Sander / Clínica Sander; Gabriel Cairo Nunes / Clínica Ultranutri; Jimi Izaques Bifi Scarparo / Balão BIB; Ricardo José Fittipaldi-Fernandez / Endogastro Med service; Ricardo Anuar Dib / Hospital Ipiranga; Manoel Galvão Neto / Gastro Obeso Centro. Resumo Introdução: É bem definido que a perda de pelo menos 10 % do peso inicial ou de 25 % do excesso de peso no préoperatório de cirurgia bariátrica, melhora significativamente as comorbidades de pacientes obesos mórbidos. Dietas e exercícios GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 205 A nais acarretam risco virtualmente nulo, porém invariavelmente fracassam a médio e longo prazo. O emprego da farmacoterapia pode promover discreta perda de peso, mas acarreta um risco maior para o paciente pelos possíveis efeitos colaterais dos diversos medicamentos. Altas taxas de insucesso (entre 90 e 98%) têm sido relatadas na literatura. comas elevadas taxas de insucessos das terapias menos invasivas faz-se necessário a utilização de novas técnicas no preparo desses pacientes. Uma opção considerável é a utilização do balão intragástrico (BIG). Objetivo: O objetivo desse trabalho é avaliar a perda de peso induzida pelo balão gástrico no pré-operatório da cirurgia bariátrica. Métodos: Trabalho retrospectivo de pacientes de clínicas de São Paulo e Belo Horizonte. Foram avaliados todos os pacientes com o IMC maior que 45 kg/m² que optaram em colocar o BIG para perda de peso antes da realização da cirurgia bariátrica entre Janeiro de 2008 a Julho de 2014 e que permaneceram com o BIG pelo tempo determinado (06 meses). 206 Dos 76 pacientes, 47 (61,84 %) eram do sexo feminino e 29 (38,15%) masculino. Todos os participantes eram maiores de 18 anos. Resultados: O peso inicial médio inicial destes pacientes foi de 143kg (+25,70), sendo que o IMC inicial foi de 50,52kg/ m² (+7,86). Após a retirada do BIG o peso final médio foi de 111,2kg (+17,5), com o IMC final de 42,49kg/m² (+6,68). A perda de peso durante o período do tratamento, em média, foi de 25,3kg (+12,7), o que representou 17,4% (+00,6) do peso inicial. Desta forma verificamos uma perda de 31,86% (+9,65) do excesso de peso inicial e um IMC final de 42,49kg/m² (+6,68) após os seis meses de uso do BIG. Os valores entre parênteses correspondem ao desvio padrão. Conclusão: Observamos que houve uma perda de peso média de 25,3 kg e de 31,86 % do excesso de peso, reduzindo consideravelmente os valores de IMC dos pacientes. A redução de ao menos 10 % do peso inicial ou de 25 % do excesso de peso foi atingida em 100 % dos pacientes. Desta forma concluímos que o BIG é uma excelente opção terapêutica para a perda de peso para pacientes obesos mórbidos que serão submetidos à cirurgia bariátrica. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Tomio Miyajima / HCFMUSP; Mariana Iennaco de Siqueira Campos / HCFMUSP; Vinicius Leite de Castro / HCFMUSP; Paulo Sakai / HCFMUSP; Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura / HCFMUSP. Resumo Introdução: A Dissecção Endoscópica da Submucosa (ESD) foi desenvolvida no Japão, sendo atualmente considerada padrão ouro para tratamento de câncer gástrico precoce (CGP). Objetivo: Avaliar a evolução tardia dos pacientes tratados com ESD, bem como se há evidência estatisticamente significante entre o resultado do procedimento executado por médicos brasileiros e japoneses. Casuística: Foram incluídos no estudo 60 pacientes submetidos a ESD gástrico de março de 2005 a agosto de 2013, levantados nos nossos sistemas de arquivo. 34 procedimentos foram realizados por médicos da equipe de Endoscopia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e 26 pacientes foram submetidos ao procedimento realizado por médicos japoneses convidados durante os Cursos Internacionais de Endoscopia promovidos anualmente pelo setor. Método: Foram avaliados retrospectivamente idade, sexo, localização da lesão, tipo da lesão, extensão, histologia da lesão, ressecção R0 e monobloco, e a evolução tardia dos pacientes. Resultado: Dos brasileiros, foram 25 (73%) ressecções em monobloco, versus 24 (92%) dos japoneses. Quanto às complicações, houve 1 (3%) perfuração no grupo brasileiro e 1 (3,8%) sangramento no grupo japonês, todos de resolução endoscópica com sucesso. No grupo tratado pelos brasileiros, quanto às margens, 5 laterais (14,7%) e 1 (3%) profunda foram comprometidas, porém sem repercussão na evolução do paciente. Pelos japoneses, 3 (11,5%) margens laterais e 1 (3%) profunda foram comprometidas. Quanto às recidivas, 7 (26%) nos tratados pelos brasileiros e 6 (46%) pelos japoneses. Quanto ao seguimento tardio, 7 (20,5%) do grupo tratado pelos brasileiros (20,5%) perderam seguimento. Dos pacientes contactados, 26 (96,2%) estão se mantendo livres de doença e 1 (3,7%) faleceu em decorrência da progressão da doença. Entre os pacientes dos japoneses, 8 (30,7%) perderam seguimento. Dos pacientes contactados, 15 (83,3%) estão livres de doença, e 3 fale- ESD EM CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE: COMPARAÇÃO DE RESULTADOS ENTRE JAPONESES E BRASILEIROS Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta Autores: Débora Vieira Albers / HCFMUSP; Dalton Marques Chaves / HCFMUSP; Elisa Ryoka Baba / HCFMUSP; Nelson ceram, sendo 2 (22,2%) falecimentos relacionados à doença. Conclusão: Os brasileiros apresentaram desempenho e resultados sem diferença estatisticamente significante em relação aos japoneses. O seguimento a longo prazo dos pacientes tratados demonstra número significativo de pacientes livres de doença com sucesso semelhante do procedimento quando executado tanto por brasileiros quanto pelos japoneses. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 EVOLUÇÃO DO ESÔFAGO DE BARRETT E RASTREAMENTO ENDOSCÓPICO DE DISPLASIA E ADENOCARCINOMA ESOFÁGICO NO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS – GASTROCENTRO – UNICAMP Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta Autores: Lucas Marques de Faria / UNICAMP; José Antonio Possatto Ferrer / UNICAMP; Alexsandro Sordi Libardoni / UNICAMP; Ingrid Neves dos Santos / UNICAMP; Nelson Adami Andreollo / UNICAMP; Ciro Garcia Montes / UNICAMP; Drausio Jeferson de Morais / UNICAMP; José Olympio Meirelles dos Santos / UNICAMP. Resumo displasia no seguimento de 18 meses; 1 submetido a esofagectomia evoluindo com metástase pulmonar e óbito. Conclusão: Nesta casuística o rastreio de displasia/adenocarcinoma de esôfago mostrou-se efetivo nos pacientes portadores de DBG no diagnóstico precoce de alterações displásicas possibilitando manejo/seguimento específico individualizado. O diagnóstico precoce do AE no EB possibilitou tratamento endoscópico curativo em 2 dos 4 pacientes, demonstrando a importância do seguimento nos pacientes com displasia. FATORES DE RISCO DE MIGRAÇÃO DE PRÓTESE METÁLICA AUTOEXPANSÍVEL EM PACIENTES COM CÂNCER DE ESÔFAGO AVANÇADO Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta Introdução: O Esôfago de Barrett (EB) é uma condição em que epitélio colunar metaplásico com células caliciformes substitui o epitélio escamoso estratificado. Sua relação causal com a predisposição do adenocarcinoma esofágico (AE) é conhecida. Objetivos: Avaliar prevalência de displasia e adenocarcinoma, evolução e fatores de risco dos pacientes com EB seguidos no Gastrocentro. Casuística: Entre janeiro de 2009 a julho de 2014 duzentos e oitenta e sete pacientes diagnosticados com EB foram seguidos. Métodos: Análise retrospectiva através de banco de dados da anatomia-patológica e análise individual dos prontuários com tempo de evolução/seguimento e fatores de risco associados. Resultados: 19 pacientes diagnosticados com displasia baixo grau (DBG), 2 com displasia de alto grau (DAG) e 4 com AE. Quanto a dados clínicos dos grupos DBG, DAG e AE respectivamente: idade (66,1, 47,5 e 68,25 anos), sexo (10 masculino; 1 masculino e 4 masculino). Quanto aos fatores de risco: tabagismo (10, 1 e 4 pacientes), alcoolismo (3, 1 e 4 pacientes), tempo de doença (58,3; 39 e 11,7 meses). Quanto aos achados endoscópicos dos grupos DBG, DAG e AE respectivamente: extensão do Barrett (3,18cm, 6,5cm e 3,5cm), hérnia hiatal (13, 1 e 3 pacientes). Dos 19 pacientes com DBG, 14 não apresentaram displasia ao seguimento; 3 mantiveram DBG, 1 evoluiu com DAG tratado com sucesso com argônio sem displasia no seguimento de 25 meses e 1 perdeu seguimento. Dos 2 pacientes com DAG, um evoluiu com ausência de displasia e o outro com AE tratado com QTX e RTX. Dos 04 pacientes com AE 3 foram submetidos a tratamento endoscópico: mucosectomias (2) sem displasia no seguimento de 21 e 41 meses; dissecção endoscópica submucosa (1) com recidiva tratada com QTX e RTX evoluindo sem Autores: Juliana Trazzi Rios / ICESP; Maria Sylvia Ierardi Ribeiro / ICESP; Bruno Costa Martins / ICESP; Adriana Vaz Safatle-Ribeiro / ICESP; Marcelo Simas Lima / ICESP; Felipe Alves Retes / ICESP; Ulysses Ribeiro Junior / ICESP; Fauze Maluf-Filho / ICESP. Resumo Introdução: A migração é uma das complicações mais comuns após a colocação de prótese metálica autoexpansível como tratamento paliativo da disfagia em pacientes com neoplasia de esôfago inoperável. Sua ocorrência é de 36% dos casos, sendo de grande utilidade reconhecer os fatores de risco associados a essas complicações, podendo assim ser tomadas medidas preventivas para evitá-las. Objetivo: Identificar os fatores de risco de migração da prótese metálica autoexpansível colocada em área de câncer de esôfago avançado.Métodos: de 2009 a 2012, pacientes com neoplasia avançada de esôfago submetidos à colocação de prótese metálica autoexpansível foram acompanhados prospectivamente, os dados foram coletados para avaliação dos fatores de risco associados à migração da prótese metálica autoexpansível. Pacientes com menos de 1 mês de seguimento foram excluídos do estudo. Resultados: Um total de 145 pacientes, com idade média de 63 anos (DP±10) e predominância do sexo masculino (79,3%) foram incluídos no estudo.A histologia mais comum foi o carcinoma de células escamosas (109 casos, 75%), seguido pelo adenocarcinoma (24 casos, 16,5%) e câncer extra-esofágico (12 casos, 8,5%).A lesão foi localizada no terço distal do esôfago em 54 (37,2%), no terço médio do esôfago em 70 (48,3%) e no esôfago proximal em GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 207 A nais 21 (14,5%) pacientes. O comprimento médio dos tumores foi de 7,5 centímetros (DP=±2,8cm). 59 (40,7%) pacientes receberam quimio e radioterapia previamente e 13 (9,0%) posteriormente a colocação da prótese metálica autoexpansível.Foram colocadas próteses metálicas autoexpansíveis parcialmente revestidas em 135 (93%) pacientes e totalmente revestidas em 10 (7%) pacientes. Evolução dos pacientes com utilização de prótese metálica autoexpansível (n=69, 47,5%), Hanaro (n=44, 30,3%), Endoflex (n=13, 9%), Wallflex (n=12, 8,2%), PLASTIMED (n=6, 4,2%) e Ultraflex (n=1, 0,8%). Após um tempo médio de acompanhamento de 156 dias (variação: 31-630 dias), a taxa de migração foi de 13,1% (19 pacientes, variação: 1-323 dias). A taxa média de sobrevida após o procedimento foi de 146 dias (DP±137). A análise univariada mostrou que prótese metálica autoexpansível totalmente revestida (p=0,049) e prótese metálica autoexpansível com diâmetro menor de 20 mm (p=0,004) foram significativamente associados com maior taxa de migração. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo na SM da parede lateral esquerda do esôfago, incisão de 1cm na mucosa e confecção de túnel na SM 8cm acima e 2cm abaixo do EIE. Cap adaptado ao aparelho. Uso de corrente de corte na SM e coagulação para miotomia. ME das fibras circulares do esôfago distal por 6cm, mais 2cm no estômago, totalizando 8cm. Síntese da mucosa com clipes. Procedimentos realizados no setor de endoscopia, sedação por midazolam e fentanil, complementação com propofol e O2 por cateter nasal. Antibioticoterapia por 3 dias e alta hospitalar com dieta pastosa no 4º DPO. Resultados: de 08/08/11 até o presente 100 pacientes foram submetidos a ME. Houve melhora da disfagia (Eckhardt<3) em 95(95%) e permanência da disfagia (Eckhardt >3) em 5(5%): 3 receberam ME bilateral, 1 dilatação com balão e outro aguarda ME. Complicações: enfisema cervical em 14(14%), pneumotórax em 3(3%), sangramento em 1(1%). Conclusão: ME é o NOTES com potencial para tornar-se primeira opção terapêutica na acalasia. Conclusão: Prótese metálica autoexpansível totalmente recoberta 208 e prótese metálica autoexpansível com diâmetro menor que 20 mm estão associados com maior taxa de migração. MIOTOMIA ENDOSCÓPICA (ME) PARA TRATAMENTO DA ACALASIA EXPERIÊNCIA DE 100 CASOS Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta Autores: Antonio Carlos Coelho Conrado / Hospital da Restauração - Recife,PE; Júlia Corrêa de Araújo / Hospital da Restauração - Recife,PE; Cláudia Cristina de Sá / Instituto do Fígado de Pernambuco - Recife, PE; Maria da Glória Melo Cavalcanti / Procape/UPE - Recife,PE; Lígia Almeida Carlos Diniz / Hospital da Restauração - Recife, PE; Antônio Marcial de Alencar / Hospital da Restauração - Recife, PE; Camila de Oliveira Ramalho / Hospital da Restauração - Recife, PE; Admar Borges da Costa Junior / Hospital da Restauração Recife, PE. Resumo Introdução: Acalasia é distúrbio motor que afeta o esfíncter inferior do esôfago (EIE). O tratamento padrão é a miotomia a Heller. Nova técnica endoscópica tem sido empregada com sucesso, nela o EIE é seccionado através de túnel na submucosa (SM). Objetivo: Avaliar melhora clínica de 100 pacientes, submetidos a ME. Método: Os pacientes foram submetidos à avaliação clínica (escore de Echardt), manométrica, radiológica e EDA antes e 3 meses após. Técnica: Injeção de hialuronato de sódio 0,4%, manitol 20% e azul de metileno MUCOSECTOMIAS GÁSTRICAS: RESULTADOS e COMPLICAÇÕES EXPERIÊNCIA DO CENTRO DE DIAGNÓSTICO EM GASTROENTEROLOGIA DO HCFMUSP Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta Autores: Lorena Pithon Lins / HCFMUSP; Rafael Gonzaga Nahoum / HCFMUSP; Renata dos Santos Lugão / HCFMUSP; Jamile Rosário Kalil / HCFMUSP; Leandro Ferreira Ottoni / HCFMUSP; Vitor de Sousa Medeiros / HCFMUSP; Cláudio Lyoiti Hashimoto / HCFMUSP. Resumo A ressecção endoscópica gástrica constitui uma alternativa à cirurgia para lesões displásicas e para o câncer gástrico precoce. As técnicas disponíveis atualmente são a mucosectomia e a dissecção submucosa, ambas requerendo habilidade e experiência do endoscopista para obtenção de melhor taxa de sucesso e menos complicações. Objetivo: Analisar as mucosectomias gástricas realizadas no CDG - HCFMUSP. Métodos: Estudo retrospectivo através de dados de prontuários dos pacientes submetidos a mucosectomia endoscópica no estômago, no período entre 2006 e julho/2014. Resultados: Foram estudados 23 pacientes, sendo 14 mulheres (61%) e 9 homens (39%), com idade média de 61,3 anos. Foram realizadas 29 mucosectomias ao longo do período avaliado. Apenas 17% das endoscopias foram realizadas sob assistência anestésica, sendo as demais com sedação consciente, administrada GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 por dois endoscopistas. Cromoscopia com índigo carmin a 0,8% foi utilizada para realçar a lesão em 55% dos exames. Quanto à localização: 45% no corpo; 41% no antro; 10% no fundo; 4% no cárdia. A maioria (48%) das lesões foi classificada como pólipo séssil (Is) e os tamanhos variaram entre 4 e 25mm (média 11,5mm). Em relação à técnica, 65% dos procedimentos injetaram solução salina para elevação da lesão, sendo utilizado também solução salina com adrenalina ou manitol com índigo carmin em alguns casos. A maior parte das mucosectomias apresentou bom aspecto final, com ressecção em fragmento único, sendo 20% ressecados em piece meal. Como complicação imediata, apenas um apresentou sangramento, sendo realizada hemostasia com injeção de adrenalina e colocação de hemoclipe. Nenhum dos casos necessitou internação ou intervenção cirúrgica. No estudo anátomo-patológico das lesões, os achados mais frequentes foram os adenomas (38%), seguidos por hiperplásico (24%); tumor neuroendócrino grau 1 (17%), além de um caso de adenocarcinoma bem diferenciado, ressecado com margens livres. Conclusão: A mucosectomia endoscópica gástrica, realizada por endoscopistas experientes, é uma técnica segura e eficaz, sendo indicada nas lesões adenomatosas e até mesmo nos carcinomas limitados à mucosa, e pode atingir a cura sem necessidade de intervenção cirúrgica. RESSECÇÃO TOTAL DE PAREDE GÁSTRICA POR VIA ENDOSCÓPICA – ESTUDO EXPERIMENTAL Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta Autores: Kiyoshi Hashiba / HSL; Horus Antony Brasil / HSL; Fernando Pavinato Marson / HSL; Pablo Rodrigo de Siqueira / HSL; Andre M Wada / HSL; Márcia Tatianna Fernandes Pereira / HSL. Resumo pelo nosso grupo1, utilizou-se um dispositivo adaptado a ponta do endoscópio e foi confeccionado ponto de sutura até a muscular própria ancorando a lesão e servindo para tração. Este fio foi trazido até a boca do animal e protegido pela inserção de um tubo plástico de 8 mm que serviu de guia para manipular e tracionar a lesão. Após esta etapa inseriram-se dois pontos de sutura em U na parede anterior do abdome ancorando o estômago a parede abdominal como descrito na técnica de gastrostomia proposta por Hashiba2. A seguir um trocar de 12 mm inserido na parede anterior do antro completou a gastrostomia. A lesão foi tracionada pela sutura protegida com o cateter plástico formando-se uma tenda de parede. Um stapler linear de 45 mm foi passado pela gastrostomia e aplicado transversalmente, ressecando um segmento completo de parede juntamente com a lesão. Resultados: Quatro ressecções foram realizadas em cada animal sendo duas no corpo e duas no antro. Os espécimes foram retirados com alça de polipectomia e mediram em média 12 cm2 no corpo e 10 cm2 no antro. Duas cargas foram usadas por ressecção. A serosa foi bem evidenciada. Um sangramento ocorreu, mas foi contido com clipe. O procedimento demorou cerca de 1,5 horas em média. Conclusão: A RTPG parece ser factível, segura e com baixo índice de complicações. Esta técnica poderia ser aplicada em casos selecionados. Mais estudos a longo prazo e com maior casuística se fazem necessários para validação destes resultados Referências 1-Hashiba K, Siqueira PR, Brasil HA, et al., Endoscopic treatment for gastric perforation using t-TAG and a plastic protection chamber: a short-term survival study ArqGastroenterol. 2011 Apr-Jun;48(2):159-62 2-Hashiba, K. Endoscopicgastrostomy. Endoscopy,1987;19:23-4. RESULTADOS DA DILATAÇÃO ENDOSCÓPICA EM PACIENTES COM ESTENOSE DA ANASTOMOSE ESOFAGOGÁSTRICA Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta Introdução: Alguns tipos de lesão gástrica, tais como adenocarcinoma ou GIST são tratadas por ressecção local. Nestes casos, uma camada ou a parede inteira do estômago é ressecada. Às vezes este tratamento pode ser mais invasivo e demorado do que quando feito por endoscopia. Objetivo: Avaliar a eficácia e aplicabilidade da ressecção total de parede gástrica (RTPG) usando- Autores: Matheus Cavalcante Franco / ICESP; Juliana Trazzi Rios / ICESP; Bruno da Costa Martins / ICESP; Fabio Shiguehissa Kawaguti / ICESP; Mauricio Paulin Sorbello / ICESP; Caterina Maria Pia Simione Pennacchi / ICESP; Ricardo Sato Uemura / ICESP; Fauze Maluf-Filho / ICESP. Resumo se um dispositivo de grampeamento do tipo stapler inserido por uma gastrostomia. Material e método: Três porcos da raça minipigBR foram anestesiados com enfluorane e midazolan. Uma área foi escolhida para simular uma lesão. Conforme relatado anteriormente Introdução: A estenose da anastomose esofagogástrica é a causa mais comum de disfagia após esofagectomia com esofagogastroplastia, por câncer de esôfago. Objetivo: Avaliar o re- GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 209 A nais 210 da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo sultado da terapêutica endoscópica de dilatação para a estenose alcançar bons resultados no tratamento e ,que a vigilância da anastomose esofagogástrica. Método: Análise retrospectiva endoscópica anual é importante para este propósito. Muitos de banco de dados coletado prospectivamente de pacientes regimes de biópsias foram propostos. Objetivo: Comparação submetidos à esofagectomia subtotal por câncer e que evoluí- na taxa de detecção de alterações pré cancerosas de muco- ram com estenose da anastomose esofagogástrica, no Instituto sa gástricas e neoplasias gástricas iniciais utilizando ambas do Câncer do Estado de São Paulo. Resultados: de maio de as biópsias randomizadas quanto as dirigidas com e sem azul 2010 a maio de 2014 foram incluídos 32 pacientes com disfagia, de metileno. Método: Os pacientes serão submetidos ao e estenose da anastomose esofagogástrica com mediana de 3 exame de endoscopia digestiva alta com luz branca primei- meses após a cirurgia (variando de 0,5 a 19 meses). Oito (25%) ramente e, serão colhidas biópsias dirigidas de alterações de pacientes apresentaram fístula ou deiscência da anastomose no mucosas. Após lavagem adequada do estômago, o mesmo pós-operatório e depois evoluíram com estenose da anastomose. será corado com azul de metileno e novas biópsias dirigidas A estenose foi intransponível ao aparelho de 9,8 mm em 18 casos serão colhidas. Após serão colhidas as biópsias randomiza- (56%). Para a terapêutica com dilatação endoscópica utilizou-se das (uma de cada quadrante da anastomose gastroenteral, sonda termoplástica (Savary-Gilliard; Wilson-Cook Medical) em uma da pequena curvatura, uma da grande curvatura e uma 17 (56%) casos, sonda termoplástica e balão hidrostático (TTS- do cárdia). Critérios de exclusão: pacientes com lesões avan- -CRE; Boston Scientific) em 14 (43%) casos, e apenas balão hi- çadas no exame endoscópico.Critérios de inclusão: pacientes drostático em 1 caso. O diâmetro máximo de 15 mm foi atingido gastrectomizados por câncer gástrico e pacientes gastrec- em 31 (96%) pacientes, com mediana de 5 sessões de dilatação tomizados com reconstrução à Billroth II. Resultados: 37 por paciente (mínimo de 1; máximo de 25). Não houve compli- pacientes sendo que 34 pacientes inclusos: tempo médio da cações. Foram realizadas injeções de triancinolona em 22 (69%) cirurgia para o exame foi de 14,45 anos. 20 pacientes foram casos, com média de 2,1 sessões (mínimo de 1; máximo de 5), operados por neoplasia, 12 por doença ulcerosa péptica e 1 retirada dos fios de sutura em 7 (22%), estenotomia em 2 (6%), por Sd. de Zollinger-Ellison. 27 pacientes tiveram a reconstru- e colocação de prótese auto-expansível em 1 caso. Sucesso tera- ção do trânsito intestinal por Billroth II, 2 por Billroth I, 3 por Y pêutico, definido como melhora clínica sem necessidade de no- de Roux e 1 por Kenneth-Warren. Neoplasia (anel de sinete) vas dilatações por período de pelo menos 6 meses, foi obtido em foi encontrada em um paciente já no exame com luz bran- 28 (87,5%) pacientes. Conclusão: A maioria dos pacientes sub- ca. 36% das biópsias randomizadas encontraram lesões ditas metidos a esofagectomia e anastomose esofagogástrica quando precursoras de neoplasias (metaplasia intestinal) e 0,8% das evoluem com estenose sintomática o fazem nos primeiros meses biópsias dirigidas.Houve associação anatomopatológica entre após a operação. A dilatação endoscópica realizada com sonda gastropatia alcalina e metaplasia intestinal e 17% das biópsias ou balão, associada à injeção de corticoide de depósito, apresen- com metaplasia inestinal foi encontrada na cárdia. Discus- ta sucesso em mais de 80% dos pacientes. são: Concluimos que o exame endoscópico minucioso em pacientes gastrectomizados dispensa biópsias randomizadas VIGILÂNCIA DE CÂNCER GÁSTRICO COM BIÓPSIAS RANDOMIZADAS VERSUS DIRECIONADAS EM PACIENTES GASTRECTOMIZADOS evitando procedimentos mais invasivos e exames mais demorados nesses pacientes. Autores: Renata Arruda Passos Freire de Barros / ISCMSP; Maurício Sab Assef / ISCMSP. TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DE MEMBRANA DUODENAL CONGÊNITA: UMA SÉRIE DE CASOS Resumo Autores: Aline Gonçalves Lima / Santa Casa de São Paulo; Fabio Estudos prévios demonstraram que a detecção precoce de Barros / Santa Casa de São Paulo; Thomy Jun Ahn / Santa Casa de câncer no coto gástrico após gastrectomia é essencial para São Paulo; Wagner Valentino / Santa Casa de São Paulo. Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva pediátrica Marioni / Santa Casa de São Paulo; Renata Arruda Passos Freire de GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Resumo tica endoscópica nas afecções biliopancreáticas em pacientes com anatomia gastrointestinal alterada. Contudo, intervenções Introdução: A membrana duodenal apresenta-se como patologia rara, ocorrendo entre 1:16000 a 1:20000 nascimentos. Os sintomas são variados já que a obstrução é incompleta, retardando o diagnóstico. Objetivo: Apresentar uma série de casos de tratamento endoscópico em recém-nascidos e lactentes, com baixos índices de complicações e alta taxa de sucesso. Resultados: Apresentamos quatro pacientes de ambos os sexos, com idade no momento do diagnóstico, variando entre 8 e 50 dias. Os principais sintomas, dentre os indivíduos analisados, foi a presença de vômitos e desnutrição. Todos os pacientes possuíam suspeita clínica e radiológica de membrana duodenal congênita. Diagnosticados como portadores desta patologia localizada em segunda porção duodenal, em região proximal a papila. Sendo submetidos entre 2 e 3 sessões de dilatação com balão hidrostático, de diâmetros variando entre 8 e 15mm. comausência de complicações inerentes ao método aplicado. Apresentando após o final do tratamento calibre duodenal compatível com a normalidade para a idade e ausência de sintomas relacionados, corroborando os dados encontrados na literatura mundial. Conclusão: O tratamento endoscópico das membranas duodenais têm sido um procedimento seguro que pode ser uma alternativa eficaz e menos invasiva comparando-se a cirurgia. endoscópicas através da EAB nestes pacientes, tais como a canulação da via biliar, são tecnicamente difíceis, em decorrência da falta do elevador no aparelho e da necessidade de acessórios longos (Fähndrich et al., Z Gastroenterol 2008; Koshitani et al., World J Gastroenterol 2012). Objetivo: Avaliar a eficácia da CPRE assistida por enteroscopia de balão único (CPRE-EBU), com overtube modificado, em pacientes com anatomia alterada. Métodos: Dez pacientes com idade entre 41 e 80 anos, sendo 6 homens e 4 mulheres, foram submetidos a 11 procedimentos de CPRE-EBU, no período de abril/2012 a fevereiro/2014, no Instituto do Câncer da FMUSP. As cirurgias corresponderam a: 3 (30%) gastrectomia subtotal em Y de Roux, 2 (20%) gastroduodenopancreatectomia, 2 (20%) gastrectomia total em Y de Roux, 1 (10%) duodenopancreatectomia, 1 (10%) derivação gastrojejunal em Y de Roux, 1 (10%) derivação biliodigestiva. Ao alcançar a via biliar, fez-se incisão no overtube em três quartos da circunferência, com cuidado de não cortar a linha que mantém a pressão do balão, a qual deve permanecer íntegra. Após retirar o enteroscópio, introduziu-se o gastroscópio de 8,8 mm, permitindo utilizar acessórios convencionais. Resultados: Dois pacientes apresentavam angulação acentuada da alça biliopancreática, não permitindo seu acesso. Sucesso em alcançar a via biliar ocorreu em 81,8% (9/11 procedimentos). Destes, pode-se ESTRATÉGIA PARA FACILITAR ACESSO À VIA BILIAR ATRAVÉS DA ENTEROSCOPIA ASSISTIDA POR BALÃO EM PACIENTES COM ANATOMIA ALTERADA acessar a via biliar em 87,5%, nos quais foram possíveis intervenções diagnósticas e/ou terapêuticas, representando 70% do total de procedimentos. Terapêuticas endoscópicas incluíram: papilotomia, estenotomia, fistulotomia, dilatação, extração de cálculos com balão ou basket, colocação e retirada de prótese. Não hou- Temário: Endoscopia / Intestino delgado ve complicações. Conclusão: A estratégia de cortar o overtube Autores: Ana Carolina Strake Navarro / HCFMUSP; Adriana Vaz Safatle-Ribeiro / ICESP; Marcelo Simas Lima / ICESP; Bruno Costa Martins / ICESP; Juliana Trazzi Rios / ICESP; Telesforo Bacchella / HCFMUSP; Ulysses Ribeiro Junior / ICESP; Fauze Maluf-Filho / ICESP. facilitou o acesso à via biliar além de permitir uso de acessórios Resumo Com a evolução de cirurgias bariátricas, hepáticas e biliopancreáticas complexas e aumento do número de pacientes com anastomose em Y de Roux, observa-se maior dificuldade de acesso à via biliar. O sucesso da colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) depende do alcance do trato biliar. CPRE assistida por enteroscopia de balão (CPRE-EAB) representa tá- convencionais durante intervenções terapêuticas, representando opção segura e efetiva na CPRE-EAB em pacientes com anatomia alterada. BALÃO INTRAGÁSTRICO COMO MÉTODO RESTRITIVO À INGESTÃO ALIMENTAR Temário: Endoscopia / Miscelânea Autores: Bruno Queiroz Sander / Clínica Sander; Gabriel Cairo Nunes / Clínica UltraNutri; Jimi Izaques Bifi Scarparo / Clínica Balão BIB; Ricardo José Fittipaldi-Fernandez / Endogastro Med service; Marina Queiroz Sander / Clínica Sander. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 211 A nais Resumo Introdução: A dieta após a colocação do Balão intragástrico (BIG) compreende a fase líquida, pastosa e a sólida hipocalórica, distribuída em cinco a seis refeições diárias. Objetivo: Avaliar a ingestão calórica após a colocação do BIG na 2a, 6ª, 10ª e 16ª semanas, compreendendo as dietas líquida, pastosa e normal hipocalórica, respectivamente. Metodologia: Estudo retrospectivo com análise de prontuários. Os pacientes preencheram o recordatório alimentar diário, a fim de obtermos informações sobre a ingestão calórica. Foram entregues 1638 recordatórios entre o ano de 2008 e 2014, porém apenas 950 pacientes (58%) trouxeram as 04 fases preenchidas corretamente, nos 04 tempos determinados para esse trabalho. Resultados: Na 1ª semana os pacientes deveriam seguir uma dieta líquida de 400 calorias diárias (307,5 + 69,75)*. Na 2ª semana os pacientes deveriam seguir uma dieta pastosa de 550 calorias diárias 212 (705+78,52)*. Da 3ª a 6ª semana os pacientes deveriam seguir uma dieta sólida hipocalórica de 750 calorias diárias (850,07+450,65)*. Da 7ª semana em diante os pacientes foram orientados a seguir uma dieta individualizada, considerando a preferência individual de cada caso, mas que não ultrapassasse uma média de 1.100 calorias diárias (980,07+850,22). Média e desvio padrão. Discussão: Pacientes que colocam o BIG enfrentam grande dificuldade na ingestão calórico/protéica até a segunda semana após a colocação, pois apresentam sintomas variados (refluxo gastro-esofágico, dispepsia, náuseas e vômitos) neste período. Nos dois primeiros meses após a introdução do BIG, por ser um período de adaptação, onde a dieta ainda é mais restrita e os sintomas mais incômodos quando existem exageros por parte dos pacientes, estes tendem a seguir com mais rigor a dieta proposta e conseqüentemente apresentam maior perda de peso. porém, após o 3º mês, se não houver um comprometimento eficaz do paciente, associado à prática de atividades físicas, a tendência é que o paciente diminua gradativamente a perda de peso e volte a ingerir uma quantidade calórica maior, mesmo ingerindo um volume alimentar menor que aquele ingerido anteriormente à introdução do BIG. Conclusão: A maioria dos pacientes que usam o BIG ingere, em média, uma quantidade calórica maior que a orientada pelo nutricionista. Mas mantém uma média de ingestão diária próxima de 1.100 calorias, resultando em uma boa perda de peso com esse método, desde que sigam as orientações do médico e da equipe multi-disciplinar que o acompanham. ENDOMICROSCOPIA CONFOCAL da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo NO DIAGNÓSTICO DE LESÕES ESOFÁGICAS EM PACIENTES COM NEOPLASIA DE CABEÇA E PESCOÇO Temário: Endoscopia / Miscelânea Autores: Adriana Vaz Safatle-Ribeiro / ICESP - FMUSP; Elisa Rioka Baba / ICESP - FMUSP; Marcelo Simas Lima / ICESP - FMUSP; Bruno Martins / ICESP - FMUSP; Matheus Franco / ICESP FMUSP; Fábio Kawaguti / ICESP - FMUSP; Ulysses Ribeiro Junior / ICESP - FMUSP; Fauze Maluf Filho / ICESP – FMUSP. Resumo Os tumores do trato aerodigestivo alto apresentam elevada preva-lência e estão frequentemente associados aos mesmos fatores etiológicos que predispõem o paciente a maior risco de desenvolver tumores múltiplos sincrônicos e metacrônicos (Li Y et al, Oral Oncol. 2014). Através da cancerização de campo, pode-se entender o desenvolvimento de um segundo tumor primário (Sabharwal R et al., South Asian J Cancer, 2014). Neste contexto, indicam-se exames de vigilância endoscópica do esôfago na população com neoplasia de cabeça e pescoço. Métodos que aumentem a detecção de lesões precoces de esôfago como cromoscopia com lugol ou com NBI e magnificação representam hoje boa estratégia. Contudo, o exame anatomopatológico ainda deve ser realizado para confirmar tais achados. Através da endomicroscopia confocal (EC) e biópsia óptica é possível o diagnóstico imediato, já durante o procedimento. Objetivo: Avaliar a acurácia diagnóstica da EC em lesões hipocoradas e não coradas ao lugol em pacientes com neoplasia de cabeça e pescoço. Pacientes e métodos: Treze pacientes com áreas de esôfago alteradas à cromoscopia com lugol foram submetidos à EC. Dez pacientes eram do sexo masculino e a idade variou de 52 a 74 anos de idade. Cinco pacientes tinham tido tumores de laringe e oito de orofaringe. Após aplicação da fluoresceína endovenosa foi introduzido o cateter de laser pelo canal de trabalho do endoscópio. Dezenove áreas hipocoradas ou lugol negativas de 13 pacientes foram avaliadas através da EC. O tamanho das lesões suspeitas variaram de 6 mm a 50 mm. Os resultados da EC foram comparados posteriormente com o resultado histológico, considerado padrão ouro. Resultados: Não foi possível fazer EC em um paciente que, após lugol, apresentou intensa descamação da mucosa. Das 9 lesões de 6 pacientes com diagnóstico histológico de carcinoma espinocelular, EC foi assertiva em 8/9 (94,4%). Das 9 lesões de 6 pacientes com diagnóstico histológico de esofagite, EC foi assertiva em 100%. Conclusões: 1. EC apresentou alta acurácia diagnóstica nestes pacientes com suspeita de carcinoma espinocelular esofágico; 2. EC pode alterar a conduta terapêutica durante a vigilância endoscópica destes pacientes. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 Anais da XIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo Proceedings of XIII Brazilian Week of Digestive - SOBED – CET A UTILIZAÇÃO DA ESCALA DE BOSTON PARA AVALIAÇÃO DO PREPARO INTESTINAL E SUA CORRELAÇÃO COM A DETECÇÃO DE PÓLIPOS, LESÕES PLANAS OU TUMORES Temário: Endoscopia / Centro de treinamento Autores: Silvia Grillo / Hospital Unimed Santa Helena – SP; Wagner Takahashi / Hospital Unimed Santa Helena – SP; Danilo Verotti / Hospital Unimed Santa Helena – SP; Julia Bergonso / Hospital Unimed Santa Helena – SP; Marco Tulio Ribeiro / Hospital Unimed Santa Helena – SP; Tamlyn Tieme Matushita / Estudante da Faculdade de Medicina do ABC; Paulo Emanuell Sahade / Hospital Unimed Santa Helena – SP; Adriana Costa Genzini / Hospital Unimed Santa Helena – SP. Resumo Introdução: A acurácia diagnóstica da colonoscopia depende da completa visualização da mucosa de todo o órgão, fazendo do preparo intestinal, peça fundamental para a detecção de pólipos e lesões planas colorretais. Realizar colonoscopia em condições subótimas de preparo pode prolongar o tempo de exame, aumentar o risco de complicações e impedir a visualização de lesões existentes em meio aos resíduos, levando à repetição do exame em intervalos de tempo menores. Várias escalas para avaliação da qualidade do preparo intestinal têm sido propostas. A escala de Boston (BBPS) baseia-se na soma das pontuações aferidas aos segmentos colônicos individualmente (cólon direito, transverso e esquerdo), indicando o grau de visualização do intestino em uma escala de 0 a 3 por segmento. Ela é aplicada durante a retirada do colonoscópio e após manobras endoscópicas como lavagem, aspiração e limpeza do cólon. Objetivo: Correlacionar o score de limpeza do cólon, utilizando Escala BBPS, com a taxa de detecção de pólipos, lesões idade média 57,1a. As principais indicações foram: prevenção (29,7%), dor abdominal (18,4%) e controle de pólipos (12,3%). O score médio pela escala BBPS foi 7,5. Em 73 exames (34,43%) foram detectados pólipos, lesões planas e/ou tumores, sendo 84,9% destas lesões diagnosticadas em exames com BBPS igual ou maior a 7, em escala crescente conforme aumento do score. Apenas exames com score menor ou igual a 4 foram inconclusivos, interrompidos ou suspensos. Conclusão: A escala BBPS se mostrou ferramenta de fácil utilização e entendimento para mensurar a qualidade do preparo intestinal. Índices acima de 7,5 estão relacionados a uma maior detecção de pólipos em nosso estudo. 1- The Boston bowel preparation scale: a valid and reliable instrument for colonoscopy-oriented research. Edwin J. Lai et al, Gastrointestinal Endoscopy Volume 69, No. 3 : Part 2 of 2 : 2009. ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE PACIENTES ADMITIDOS COM HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA VARICOSA E POR DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA NO CENTRO DE HEMORRAGIA DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DA BAHIA Temário: Endoscopia / Centro de treinamento Autores: Vinicius Rodrigues Alvim Julião / SED,CHD,Hospital Geral Roberto Santos; Diego Araújo Paternostro / SEDCHD-Hospital Geral Roberto Santos; Ivone Catarina Ferreira / SED-CHD-Hospital Geral Roberto Santos; Marcos Clarêncio Batista Silva / SED-CHD-Hospital Geral Roberto Santos; Igelmar Barreto Paes / SED-CHD-Hospital Geral Roberto Santos; Lourianne Nascimento Cavalcante / SED-CHDHospital Geral Roberto Santos. Resumo planas ou tumores colorretais. Materiais e métodos: análise pros- A hemorragia digestiva alta é uma causa comum de internação pectiva de 212 colonoscopias realizadas entre abril e julho de 2014. hospitalar e que possui uma taxa de mortalidade elevada. Todos os exames foram agendados eletivamente e o preparo foi feito Objetivo: Comparar possíveis fatores associados a sangramento em ambiente hospitalar ou domiciliar, utilizando 4 comprimidos de digestivo alto de origem varicosa e por doença ulcerosa péptica dulcolax, 500ml de Manitol 10% e dieta pobre em fibras. Resultados: em pacientes admitidos no centro de hemorragia de um hospital 212 pacientes foram submetidos a 212 colonoscopias, 67,5% fem, de referência. Método: Estudo transversal, retrospectivo. Incluídos GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 213 A nais pacientes admitidos no período entre 1°/janeiro a 31/dezembro de da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Resumo 2013 com hemorragia digestiva alta (HDA) varicosa e por doença 214 ulcerosa péptica. Foram triados 558 pacientes neste período, sendo Introdução: Esôfago de Barrett (EB) é o mais importante fator incluídos na análise 291 (52,2%) pacientes com HDA; os demais de risco reconhecido para o adenocarcinoma esofágico. Apesar foram excluídos da análise por apresentarem outro diagnóstico, dos protocolos de vigilância, a incidência do adenocarcinoma por apresentarem ainda dados incompletos que impediram análise esofágico vem crescendo nos últimos 25 anos. Um dos possíveis ou perda de segmento. Resultados: Entre os 291 indivíduos motivos talvez seja a falha no reconhecimento do EB quando admitidos com HDA, 49,5% ( n=144) apresentavam etiologia este é curto. Objetivo: Demonstrar a variação interobservador varicosa, 34,7% (n=101) doença ulcerosa péptica (DUP) e do diagnóstico endoscópico de EB curto (< 3 cm). Casuística: 15,8%(n=46) foram classificadas em outras causas (esofagite 1,4%, Cinquenta imagens endoscópicas de pacientes com suspeita angiectasia 4,5%, Mallory-Weiss 1,7%, outros 8,3%). A média de de EB curto capturadas digitalmente e submetidas à avaliação idade nos grupos com HDA varicosa foi 55,9 anos e 53,4 anos entre de 19 endoscopistas experientes. Método: Estudo transversal os indivíduos com HDA ulcerosa (p>0,05). No grupo com HDA da análise de imagens endoscópicas suspeitas de EB por varicosa 79,2 % eram homens e 20,2% mulheres, similar ao grupo endoscopistas experientes. O diagnóstico histológico de EB foi com HDA-DUP (73,3% masculinos e 26,7% femininos) (p=0,18). realizado por 2 patologistas experientes na análise de patologias Os pacientes com DUP apresentaram taxas de hemoglobina(Hb) do TGI pela técnica de hematoxilina-eosina (HE) e confirmado na admissão mais baixas que os indivíduos com HDA varicosa, com por imunoistoquímica (alcian blue e PAS). As imagens foram valor mais baixo inicial médio de 4,8g/dL no grupo com HDA-DUP, projetadas no mesmo equipamento e avaliadas com tempo enquanto aqueles com HDA varicosa a Hb foi 6,5g/dL(p<0,004). predeterminado. Os avaliadores eram cegos quanto ao paciente O uso de antiinflamatórios (AINES) foi superior entre os indivíduos e ao resultado histopatológico da imagem. Foram calculadas admitidos com HDA por DUP (78,6%) comparados aqueles com sensibilidade, especificidade e acurácia do método. O teste de HDA varicosa(21,4%) (P=0,001). A taxa de ressangramento em Kappa foi utilizado para analisar a variação interobservador. todos os pacientes nesta amostra foi de 7,1% (n=13). Pacientes Resultados: Os valores médios da sensibilidade, especificidade com idade<60 anos, observou-se número discretamente maior e acurácia foram de 75,7%, 20,5% e 64,1%, respectivamente de ressangramento por DUP após 72h da admissão (n=6) no diagnóstico correto do EB. O Kappa médio foi de -,033. quando comparado ao grupo com HDA varicosa (n=4) (p=0,54). Discussão: O resultado do Kappa demonstra a grande Observamos ainda uma frequência cardíaca (FC) superior na variação interobservador entre os endoscopistas no diagnóstico admissão entre os indivíduos que ressangraram (FC=109bpm vs de EB curto. Existem poucos estudos específicos analisando FC=82bpm, p=0,04). Conclusões: HDA varicosa e de etiologia esse aspecto entre endoscopistas no EB curto, ao contrário da ulcerosa são as principais etiologias de HDA observadas em um já conhecida variação interobservador entre os patologistas, serviço de referência, em concordância com dados da literatura. tornando o diagnóstico final dessa patologia um desafio. Esses Parâmetros como FC, idade e nível de Hb na admissão são fatores resultados podem estar relacionados ao aumento da incidência de possivelmente preditores aos desfechos clínicos e complicações adenocarcinoma esofágico, portanto, a orientação e treinamento como ressangramento durante internamento na HDA de ambas médico com novas tecnologias como cromoendoscopia, etiologias. magnificação de imagens e endomicroscopia confocal podem se mostrar úteis para diminuir a variação interobservador dessa ANÁLISE DA VARIAÇÃO INTEROBSERVADOR ENTRE ENDOSCOPISTAS NO DIAGNÓSTICO DE ESÔFAGO DE BARRETT CURTO patologia. Conclusão: Existe grande variação interobservador entre endoscopistas no diagnóstico de esôfago de Barrett curto, levando a um baixo índice de especificidade e acurácia no diagnóstico dessa patologia. Temário: Endoscopia / Centro de treinamento Autores: Horus Antony Brasil / HSL; Kiyoshi Hashiba / HSL; Pablo Rodrigo de Siqueira / HSL; Fernando Pavinato Marson / HSL; Márcia Tatianna Fernandes Pereira / HSL. ANÁLISE DAS CAUSAS DE MORTALIDADE EM PACIENTES GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 SUBMETIDOS À GASTROSTOMIA ENDOSCÓPICA PERCUTÂNEA Temário: Endoscopia / Centro de treinamento Autores: Lilian Gomes de Sousa / IAMSPE/ HSPE - FMO; Renato Luz de Carvalho / IAMSPE/ HSPE - FMO; Luis Henrique S. Fontes / IAMSPE/ HSPE - FMO; Daniel Moribe / IAMSPE/ HSPE - FMO; Juliano Vanz / IAMSPE/ HSPE FMO; Renata Fischer de Andrade / IAMSPE/ HSPE - FMO; Eli Kahan Foigel / IAMSPE/ HSPE – FMO. Resumo Introdução: A gastrostomia endoscópica percutânea (GEP) é um método que consiste na introdução de uma sonda na cavidade gástrica através da parede abdominal, guiada pela endoscopia, em doentes que não conseguem deglutir por diversas razões, com o intuito de fornecer um suporte nutricional e hídrico adequados. A mortalidade tardia pós-realização deste procedimento é elevada, principalmente devido as comorbidades preexistentes, ao mau prognóstico do paciente e a sua baixa expectativa de vida. Objetivo: Avaliar as causas de mortalidade precoce e tardia nos pacientes submetidos a GEP. Métodos: Foram avaliados retrospectivamente 115 pacientes submetidos a GEP no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2013, pela técnica retrógrada de Ponsky e Gauderer, com sondas de 20 Fr, no Hospital do servidor Público Estadual de São Paulo. A antibiótico profilaxia foi realizada para todos, com um grama de cefazolina. Resultados: Destes 115 pacientes, 58 (50, 4 %) foram do gênero masculino e 57 (49,6 %) do feminino, com uma média das idades de 74 anos (14 – 97 anos). A principal indicação para o método foi o acidente vascular encefálico (41,3 %), seguido pela síndrome demencial avançada (19,6 %), neoplasias do sistema nervoso central (10,9 %), neoplasias de cabeça e pescoço (8,7 %), e outras causas (15,2 %), como a esclerose múltipla, fibrose cística, encefalopatia não progressiva, erros inatos do metabolismo, esclerose lateral amiotrófica e o traumatismo raquimedular. O tempo de procedimento variou entre 5 a 16 minutos. A taxa de mortalidade após o procedimento foi de 59,3%, predominando nos pacientes masculinos, tendo como causa principal a septicemia de origem pulmonar (broncopneumonia aspirativa), 41,4 % dos casos; seguida pela sepses por infecção urinária e cutânea (17,2 %). Cerca de 13,4 % foram a óbito num período inferior a um mês, 53,7 % entre 1 e 6 meses, 32,9 % após 6 meses, e apenas um nas primeiras 24 horas. Não houve diferença entre o início da dieta, precoce ou tardia, em relação a mortalidade . A escala de desempenho ou status de Karnofsky encontrada foi entre 30 e 40 durante o procedimento sem mudanças significativas no período avaliado. Conclusão: Houve uma alta taxa de mortalidade tardia nos pacientes submetidos a GEP sendo a broncopneumonia aspirativa a principal causa . Talvez esteja aberta uma premissa para estudarmos se a gastrojejunostomia percutânea endoscópica poderia contribuir de alguma forma para redução destes índices. ANÁLISE DAS COMPLICAÇÕES APÓS REALIZAÇÃO DE COLANGIOPANCREATOGRAFIA RETRÓGRADA ENDOSCÓPICA NO CENTRO DE HEMORRAGIA DIGESTIVA DO HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS EM SALVADOR - BAHIA Temário: Endoscopia / Centro de treinamento Autores: Conceição Maria de Oliveira Mendonça / HGRS; Flávia Peixoto Campos Lima / HGRS; Aryana Isabelle de Almeida Neves / HGRS; Suzana Silva Leal / HGRS; Jamile Silva Carvalho / HGRS; Bruno Frederico Medrado / HGRS; Lourianne Nascimento Cavalcante / HGRS; Marcos Clarencio Batista Silva / HGRS. Resumo Introdução: A Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) tem sido utilizada para diagnóstico e principalmente tratamento de doenças com envolvimento da via biliar e pancreático. As principais complicações possíveis relacionadas à CPRE são pancreatite, colangite, perfuração e hemorragia. Objetivo: Avaliar a frequência e os possíveis fatores preditivos de complicações após realização do procedimento em um hospital geral de referência do estado da Bahia. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo. Foram incluídos os pacientes submetidos a CPRE no Centro de Hemorragia Digestiva do Hospital Geral Roberto Santos em Salvador, Bahia, no período de julho de 2013 a junho de 2014 com análise de laudos e prontuários. Foram excluídos os pacientes submetidos a CPRE prévia, os doentes oriundos de outros hospitais ou submetidos a CPRE de urgência. Foram avaliados os fatores de risco para o desenvolvimento de complicações (idade, sexo, cateterização do ducto pancreático, tamanho do cálculo, realização de papilotomia), as complicações como pancreatite, sangramento, colangite, perfuração e em quais situações estas complicações se desenvolveram, além da taxa de mortalidade. Resultados: Foram realizadas 367 CPRE no período analisado, sendo excluídos 61 pacientes. No total de 306 pacientes analisados, 74,5% dos pacientes eram do sexo feminino. Resultados parciais mostram que ocorreram GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 215 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo complicações durante o procedimento em 3,2% dos exames e dor abdominal (4,76%). Os principais achados foram : angiectasias, realizados, sendo sangramento o mais frequente acontecendo doença de Crohn, tumores e GIST. Em 47 pacientes (31,97%) não em 2,6% dos exames. Complicações após o procedimento foram encontradas anormalidades no exame. Realizaram-se os ocorreram em 18,5% dos casos, sendo colangite e pancreatite as seguintes procedimentos terapêuticos: polipectomias, passagem de mais frequentes, ocorrendo em 8,6% e 6,1%, respectivamente. próteses auto expansíveis, fulguração com argônio e uso de clips. 16 A ocorrência de complicações foi relacionada a morbidade e pacientes com anatomia cirurgicamente modificada foram submetidos aumento no tempo de permanência hospitalar. Não foram relatados a 23 EABA para realização de CPRE, cujos principais achados óbitos relacionados à CPRE no presente estudo. Conclusão: A foram estenose de anastomose biliodigestiva e coledocolitíase. frequência das complicações verificada foi maior que a encontrada Cateterização das vias biliares, dilatação e/ou estenostomia de em outros estudos. Seu conhecimento é de extrema importância para boca anastomótica, passagem de próteses e retirada de cálculos avaliação de medidas de prevenção e de diagnóstico precoce de tais foram realizados com sucesso. Houve 2 perfurações associadas a complicações. EAB, uma delas tratada cirurgicamente e uma microperfuração com tratamento conservador. Ambas tiveram boa evolução e receberam ANÁLISE DE 208 ENTEROSCOPIAS ASSISTIDAS POR BALÃO (EAB) Temário: Endoscopia / Centro de treinamento 216 Autores: Marco Tulio Ribeiro / Hospital Unimed Santa Helena – SP; Wagner Takahashi / Hospital Unimed Santa Helena – SP; Danilo Verotti / Hospital Unimed Santa Helena – SP; Julia Bergonso / Hospital Unimed Santa Helena – SP; Silvia Grillo / Hospital Unimed Santa Helena – SP; Tamlyn Tieme Matushita / Estudante da Faculdade de Medicina do ABC; Kaysi Marchezini / Hospital Unimed Santa Helena – SP; Adriana Costa Genzini / Hospital Unimed Santa Helena – SP. Resumo Introdução: A EAB permite avaliar grande parte do intestino delgado (ID) de forma anterógrada e retrógrada, com realização de biópsias e múltiplas terapêuticas endoscópicas inclusive nas patologias pancreato-biliares de pacientes com anatomia cirurgicamente modificada. Objetivo: Análise das EAB, correlacionando as indicações com seus achados. Métodos: Análise retrospectiva de 208 EAB realizadas entre janeiro/11 e julho/14 num único centro. Todos os exames foram realizados em ambiente hospitalar, ambulatoriais ou internados, sob sedação moderada ou anestesia geral. Foi utilizado enteroscópio de monobalão (Olympus Japan) e insuflação de CO2 alta após 7 dias de internação. Conclusão: A EAB é procedimento seguro e muito eficiente no diagnóstico e tratamento de patologias do intestino delgado e em pacientes com anatomia alterada, com valor diagnóstico positivo em 68% dos casos, para todas as indicações em nossa casuística. ANÁLISE DO SUCESSO NA DESOBSTRUÇÃO DA VIA BILIAR e TAXA DE REMOÇÃO DE CÁLCULOS ATRAVÉS DA REALIZAÇÃO DE COLANGIOPANCREATOGRAFIA RETRÓGRADA ENDOSCÓPICA NO CENTRO DE HEMORRAGIA DIGESTIVA DO HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS EM SALVADOR - BAHIA Temário: Endoscopia / Centro de treinamento Autores: Flávia Peixoto Campos Lima / HGRS; Conceição Maria de Oliveira Mendonça / HGRS; Suzana Silva Leal / HGRS; Aryana Isabelle de Almeida Neves / HGRS; Jamile Silva Carvalho / HGRS; Bruno Frederico Medrado / HGRS; Lourianne Nascimento Cavalcante / HGRS; Marcos Clarencio Batista Silva / HGRS. Resumo em todos os casos. Os dados coletados foram: demográficos (idade, sexo), indicação do exame, via de inserção, extensão examinada, Introdução: A Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica achados e terapias realizadas. Resultado: 147 pacientes foram (CPRE) é um método utilizado para diagnóstico e principalmente submetidos a 208 EAB, sendo 161 (77,4%) anterógradas (EABA) tratamento de doenças com envolvimento da via biliar e pancreática. e 47 (22,6%) retrógradas (EABR). 36 EABA e 36 EABR foram A principal causa de obstrução biliar é a coledocolitíase, sendo realizados sequencialmente, em mesmo ato anestésico/sedação. a CPRE o principal método de desobstrução da via biliar. A CPRE As indicações mais frequentes foram: hemorragia digestiva obscura também pode ser utilizada para desobstrução em casos de neoplasia (50,34%), diarreia (11,56%), suspeita de doença de Crohn (9,52%) periampular através de colocação de prótese. Objetivos: Avaliar GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 o sucesso da CPRE na desobstrução da via biliar e remoção de geral. Seu tratamento é multidisciplinar e inclui medidas dietéti- cálculos em um hospital geral de referência do estado da Bahia. cas, comportamentais, exercício físico, medicamentos e métodos Materiais e métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo. Foram endoscópicos e cirúrgicos. O tratamento cirúrgico é um recurso incluídos os pacientes submetidos a CPRE no Centro de Hemorragia consistente nos casos de obesidade grave (IMC≥40 ou ≥35 as- Digestiva do Hospital Geral Roberto Santos em Salvador, Bahia, no sociado à comorbidades). A indicação da EDA pré-operatória em período de julho de 2013 a junho de 2014 com análise de laudos e pacientes assintomáticos é controversa, no entanto a maioria dos prontuários. Foram excluídos os pacientes submetidos a CPRE ou estudos e das associações e sociedades recomendam sua rea- papilotomia prévias. Foram avaliados o perfil epidemiológico dos lização em todos os pacientes. Objetivo: Analisar os resultados pacientes submetidos a CPRE no serviço, a eficácia da CPRE em da EDA em pacientes que se encontravam em pré-operatório relação a taxa de desobstrução da via biliar e a taxa remoção de de cirurgia bariátrica, submetidos ao procedimento no serviço cálculos, além dos tipos de instrumentos utilizados. Resultados: de endoscopia da Santa Casa de São Paulo, e compará-los aos Foram realizadas 367 CPRE no período analisado, sendo excluídos achados do grupo controle. Método: Uma série de 34 pacientes 65 pacientes. No total de 302 pacientes analisados, o acesso à via obesos em pré-operatório de cirurgia bariátrica com um grupo biliar foi obtido em 86,75% dos casos, sendo a causa mais comum de controle (em formação) submetidos à EDA no serviço de En- falha na obtenção do acesso o insucesso na cateterização da papila. doscopia da Santa Casa de São Paulo no período de fevereiro a 50,99% dos pacientes tiveram o diagnóstico de coledocolitíase, julho de 2014. Foram analisados dados clínicos e endoscópicos. 13,9% de papilite e 10,59% de neoplasia periampular determinando Resultados: a média de idade do grupo de pacientes foi de obstrução da via biliar. A taxa de desobstrução de via biliar foi de 43,76 anos e do grupo controle, 41,44 anos. A maioria dos indi- 75,16%, considerando-se os casos de coledocolitíase, neoplasia e víduos do grupo de pacientes e do grupo controle era do sexo papilite / suspeita de disfunção de esfíncter de Oddi. Houve retirada feminino. A média do valor do IMC no grupo de pacientes foi completa de cálculos com a utilização de balão extrator e / ou basket de 47,05 kg/m2 e no grupo controle de 23,99 kg/m2. A maioria em 74,67% dos casos de coledocolitíase. Conclusão: A drenagem dos pacientes era assintomática e não fazia uso de IBP. A EDA endoscópica associada à remoção do cálculo e / ou colocação de estava alterada em 80,65% dos pacientes assintomáticos. As al- prótese é conduta de excelência na prevenção ou resolução de terações endoscópicas no grupo de pacientes foram 58,8% de- complicações como colangite. correntes da doença ulceropéptica e 32,4% associadas à DRGE. No grupo de pacientes, a análise de correlação entre o aumento ANÁLISE DOS RESULTADOS DA ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA NOS PACIENTES EM PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA ATENDIDOS NO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA DA SANTA CASA DE SÃO PAULO Temário: Endoscopia / Centro de treinamento Autores: Tiago Torres Melo / Santa Casa de São Paulo; Maurício Saab Assef / Santa Casa de São Paulo; Fábio Marioni / Santa Casa de São Paulo; Osvaldo Araki / Santa Casa de São Paulo; Natália Mariana Germani / Santa Casa de São Paulo; Anna Fernanda Cazavia Domene / Santa Casa de São Paulo; Thiago Pirola Antonio / Santa Casa de São Paulo; Caroline Moreira do Nascimento / Santa Casa de São Paulo. do valor do IMC e a ocorrência de achados endoscópicos não se mostrou estatisticamente significativa. A análise do número de achados endoscópicos no grupo de pacientes em relação ao grupo controle não demonstrou diferença estatística significante. A prevalência da infecção do H. pylori foi de 58,8% no grupo de pacientes. Conclusão: Mediante os resultados deste estudo, conclui-se que a EDA deve ser realizada em todos pacientes em pré-operatório de cirurgia bariátrica e a obesidade não tem relação com um maior número de alterações endoscópicas. Introdução: A obesidade tornou-se uma epidemia e está asso- ANÁLISE PROSPECTIVA E COMPARATIVA DA ECOENDOSCOPIA (EE) DIAGNÓSTICA (D) E TERAPÊUTICA (T) EM RELAÇÃO À FREQUÊNCIA DE EVENTOS ADVERSOS (EA) e MORTALIDADE ciada a maior morbidade secundária e aumento da mortalidade Temário: Endoscopia / Centro de treinamento Resumo GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 217 A nais Autores: Fabio Rosa Moraes / HI e H9J; Diego Miconi / H9J; José Carlos Pardal / H9J; Jerusa dos Reis / H9J; Hemanoel de Souza Ribeiro / H9J; Jose Celso Ardengh / H9J e FMRP; Rafael Kemp / FMRP; José Sebastião dos Santos / FMRP; Luciano de Souza Hybner / HI e H9J; Mariana Potrich Maymone / HI e H9J; Isabela Klautau Leite Chaves Borges / HI e H9J. Resumo Introdução: A EE é procedimento de alta complexidade e faz parte da rotina. Ela é segura, mas pode apresentar EA. Objetivo: Coletar prospectivamente dados referentes à segurança dos pacientes submetidos à EE e avaliar a ocorrência de EA e taxa de mortalidade em relação à EED e EET. Método: de Março de 1992 a Abril de 2014 foram coletados prospectivamente os resultados de 11.229 pacientes; 8549 submetidos à EED e 2680 à EET. Foram excluídos os pacientes onde não foram obtidos 218 os resultados do seguimento em relação aos EA e mortalidade. Analisamos a ocorrência, tipo de EA e a taxa de mortalidade. Resultados: Vinte e oito pacientes (0,25%) apresentaram EAs relacionados à EE e 5 (0,04%) morreram. Não houve diferença estatística significativa entre a taxa de EAs e de mortalidade para a EED e EET. Quatro pacientes morreram após a ocorrência de perfurações, durante EED (4) e EET (1) (p<0,005). O número total de EA foi de 28 [perfuração 10 (35,7%), Sangramento 8 (28,5%), pancreatite aguda 7 (25%), Broncoaspiração 2 (7,1%) e coleperitônio 1 (3,6%)]. O EA mais comum foi a perfuração que ocorreu durante a EE diagnóstica em 6 (0,07%) e terapêutica em 4 (0,14%). A PA ocorreu sempre após a punção com agulha fina em pacientes com neoplasia cística do pâncreas. Os EAs ocorreram com maior frequência durante procedimentos diagnósticos 18/28 (0,21%) e destes a EES-PAAF foi o procedimento com maior número de eventos adversos 11/18 (0,45%). A EET apresentou 10/28 0,37%) complicações sendo que 80% deles durante a drenagem/necrosectomias ecoguiadas (8). A taxa de mortalidade foi maior em procedimentos diagnósticos (4/5) que terapêuticos (1/5) (p< 0,005). Conclusão: A EE é um procedimento diagnóstico e terapêutico seguro, com taxa de complicação comparável às da endoscopia digestiva alta (EDA). A avaliação da condição clínica do paciente, a análise pormenorizada da indicação e o conhecimento das contraindicações, são fundamentais para aumentar a segurança e a eficácia do exame. Um processo construtivo de qualidade e segurança, deve ser implementado em todos os serviços que realizam EED e EET. da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo APLICAÇÃO CLÍNICA DA BIÓPSIA POR PUNÇÃO GUIADA POR ECOENDOSCOPIA EM PACIENTES COM Lesão CÍSTICA PANCREÁTICA Temário: Endoscopia / Centro de treinamento Autores: Victor Cavaretti / Santa Casa de são José do Rio Preto; Rodrigo Tadeu Rodrigues Silvestre / Santa Casa de são José do Rio Preto; Luiz Gustavo de Quadros / Clínica Kaiser; Fernando Tadeu Vanucci Coimbra / Santa Casa de são José do Rio Preto. Resumo Cistos pancreáticos podem ser classificados como “verdadeiros”, quando existe epitélio revestindo a lesão. A prevalência de LCP é de aproximadamente 2,5% (De Jong et al., 2010). O diagnóstico dessas lesões aumenta com a idade, sendo que a prevalência de aproximadamente 1% em indivíduos menores de 40 anos pode chegar a 10% em indivíduos com mais de 70 anos. O desenvolvimento tecnológico dos métodos de diagnóstico por imagem como ultra-sonografia transabdominal (USG), tomografia computadorizada (TC), colangiografia pancreática retrógrada endoscópica (CPRE), colangiopancreatografia por ressonância magnética (CPRM) e ecoendoscopia (EE) têm possibilitado identificar lesões pancreáticas pequenas, quando a maioria dos pacientes é assintomática e não relata história prévia ou presente de doença pancreática. Na avaliação de pacientes com dor abdominal, o diagnóstico de LCP tem aumentado devido ao crescente uso desses exames. Entretanto, o principal entrave nos exames de imagem é que não existem características que permitam sua diferenciação. Ecoendoscopia permite estudo detalhado do parênquima e ducto pancreáticos em toda a extensão da glândula, sem interposição de gás ou gordura abdominal, podendo identificar lesões não detectadas anteriormente e, com isso, esclarecer alterações detectadas por TC e RM, sendo atualmente considerada padrão ouro para avaliação desse órgão (Guaraldi et al., 2005). Esse exame é fundamental no estudo dessas lesões, devido a melhor imagem na caracterização da morfologia do cisto (presença de nodulação na parede do cisto, componente sólido associado) e devido à possibilidade de biópsia por agulha fina com coleta de material para análise (Hawes et al., 2012; Vilman et al., 1992). A punção das LCP guiadas por ultrassom endoscópico, com a análise citológica do aspirado tem sido usado para aumentar a acurácia diagnóstica. serão estudados retrospectivamente pacientes com lesão cística pancreática, independente de sexo e raça, provenientes da região de são José do Rio Preto, SP, submetidos à GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 biópsia por punção guiada por ecoendoscopia. Os procedimentos foram realizados na clínica Gastroimagem de são José do Rio Preto, no período de setembro/2013 a Junho/2014. brancacentas no cólon ou reto, principalmente em países tropicais, deve suspeitar de esquistossomose e proceder com biópsias dirigidas para o adequado diagnóstico. ASPECTO ENDOSCÓPICO DA ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE EFEITOS ADVERSOS PRECOCES RELACIONADOS AO EXAME DE COLONOSCOPIA REALIZADOS AMBULATORIALMENTE NO HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS UNIDADE BELA VISTA Temário: Endoscopia / Centro de treinamento Autores: César Camargos de Oliveira / Centro de Treinamento da SOBED - Hospital Madre Teresa; Walton Albuquerque / Centro de Treinamento da SOBED - Hospital Madre Teresa; Ricardo Castejon Nascimento / Centro de Treinamento da SOBED - Hospital Madre Teresa; Roberto Motta Pereira / Centro de Treinamento da SOBED - Hospital Madre Teresa; Renata Figueiredo Rocha / Centro de Treinamento da SOBED - Hospital Madre Teresa; Rodrigo Albuquerque Carreiro / Centro de Treinamento da SOBED - Hospital Madre Teresa; Letícia Arruda Mendes Cruz / Centro de Treinamento da SOBED - Hospital Madre Teresa; Carlos Alberto Ribeiro / Instituto Roberto Alvarenga. Resumo Introdução: A colonoscopia é um dos procedimentos endoscópicos mais utilizados atualmente graças ao valor que a polipectomia trouxe para redução e prevenção do câncer coloretal. comisso, eventualmente, o endoscopista poderá encontrar pequenas alterações durante o exame em indivíduos assintomáticos e deverá interpretá-las corretamente para adequada conduta. Objetivo: Relatar um caso de esquistossomose diagnosticada por biópsias retais. Caso clínico: A.L.A.L. sexo feminina, de 70 anos, sem conhecimento de esquistossomose prévia, submetida a colonoscopia para prevenção de câncer coloretal. Em reto, foram identificadas diminutas nodulações, brancacentas e endurecidas ao toque com a pinça de biópsias. Durante a coleta do material, houve exteriorização de um nódulo endurecido e brancacento. A histologia confirmou se tratar de um granuloma esquistossomótico. Discussão: O método de detecção do ovo de schistosoma mais utilizado é a coproscopia que tem alta sensibilidade e de fácil execução. Pórem, com o aumento das colonoscopias em pessoas assintomáticas, aumenta também o número de alterações inesperadas, assim como aconteceu no caso acima. Diante das nodulações retais, foi realizado estudo minucioso com cromoscopia digital, sendo a biópsia retal oportuna para o diagnóstico etiológico. Sabe-se que no caso dessa doença infecto-parasitária, as biópsias retais são mais bem indicadas para controle do tratamento. Conclusão: O endoscopista, ao encontrar nodulações Temário: Endoscopia / Centro de treinamento Autores: Daniela Laila Garcia / Hospital Sirio Libanês; Lucio Giovanni Battista Rossini / Hospital Sirio Libanês; Vinicius Pfuetzenreiter / Hospital Sirio Libanês; Kiyoshi Hashiba / Hospital Sirio Libanês. Resumo Introduçâo: O método que desponta como o ideal para o rastreamento do câncer colorretal é a colonoscopia. A taxa de complicação global do exame de colonoscopia diagnóstica está estimada em 0,3%. Nos procedimentos que envolvem mucosectomia e/ou polipectomia, as taxas de complicações podem variar entre 0,3 a 6%, dependendo de vários fatores, tais como tamanho da lesão, localização no cólon, técnicas de ressecção e comorbidades do paciente. Objetivo: Identificar a incidência de efeitos adversos precoces relacionados aos procedimentos ambulatoriais de colonoscopia realizados no hospital Sírio Libanês unidade Bela Vista. Casuística: Prontuários e seus respectivos questionários de qualidade local do serviço de endoscopia de 300 pacientes que realizaram exame de colonoscopia via ambulatorial no hospital Sírio-Libanês na Unidade Bela Vista. Método: Avaliação dos prontuários médicos e questionários de qualidade institucional, aplicado entre 24 e 72 horas após o exame de colonoscopia via telefônica, para todos os pacientes que realizaram a colonoscopia ambulatorialmente. Resultados: Foram avaliados 300 prontuários e respectivos questionários, e os dados estudados foram: síndrome pós polipectomia, sangramento imediato e precoce, perfuração imediata e precoce, técnica de polipectomia utilizada, tamanho e localização da lesão, idade e comorbidades dos pacientes, seguimento das orientações pós procedimento. Conclusão: Considerando a metodologia utilizada e suas limitações, neste estudo a incidência de procedimentos adversos imediatos e precoces, relacionados aos procedimentos ambulatoriais de colonoscopia, resultaram próximos das taxas obtidas na literatura. GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 219 A nais AVALIAÇÃO PROSPECTIVA E COMPARATIVA DAS LESÕES CÍSTICAS DO PÂNCREAS ASSINTOMÁTICAS E SINTOMÁTICAS DETECTADAS PELA ECOENDOSCOPIA ASSOCIADA À PUNÇÃO ASPIRATIVA COM AGULHA FINA Temário: Endoscopia / Centro de treinamento Autores: Diogo Peral Caetano / Hospital Ipiranga; José Celso Ardengh / Hospital Nove de Julho; Danielle Padim Morgado / Hospital Ipiranga; Otávio Micelli Neto / Hospital Nove de Julho. Resumo Introdução: O diagnóstico das lesões císticas tem aumentado na última década, devido a aumento da tecnologia dos exames de imagem, como: ultra-sonografia, tomografia, ecoendoscopia, CPRE, 220 ressonância magnética, entre outros. As lesões císticas pancreáticas podem ser classificadas em mucinosas e não mucinosa. Dentre as mucinosas podemos dividi-las em 3 tipos: cistoadenoma mucinoso benigno (CAM benigno), cistoadenoma mucinoso maligno (CAM maligno) e neoplasia intraductal mucinosa papilífera (IPNM). Já da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo os pacientes submetidos a EUS FNA foram obtidos os seguintes resultados: 21,37% CAS. 0,45% von hippel-lindau, 0,45% lesão vascular, 7,05% cisto simples, 0,68% cisto de retenção, 0,23% tumor de frant´z, 0,23% cisto de duplicação, 1,36% abscesso, 21,81% pseudocisto, 0,68% NET, 3,86% nódulos, 9,55% CAM, 32.28% IPNM. Conclusão: como advento da ecoendoscopia com PAF, as lesões císticas pancreáticas passaram a ter um melhor diagnóstico, quanto aos seus tipos, assim sendo os tratamentos também foram adequados aos diagnósticos, evitando que pacientes fossem submetidos a tratamento intervencionistas desnecessários. CARACTERÍSTICAS CLÍNICOPATOLÓGICAS DAS LESÕES DE CRESCIMENTO LATERAL (LSTS) DE CÓLON DE ACORDO COM O ASPECTO MACROSCÓPICO Temário: Endoscopia / Centro de treinamento Autores: Benilton Batista de Souza / USP; Nayana Camurca de Araujo / USP; Elisa Ryoka Baba / USP. Resumo as lesões não mucinosas: cistoadenomas serosos (CAS), tumores Introdução: As Lesões de Crescimento Lateral (LSTs) são lesões neuroendócrinos císticos(NET) e outras lesões raras. Os CAS precursoras do câncer colorretal, caracterizadas por sua progres- tem evolução benignas, submetidos a cirurgia por dois motivos: são lateral e circunferencial na parede do cólon. são classificadas dificuldade de diagnóstico e sintomatologia. Já os CAM tem em granulares e não granulares, de acordo com o aspecto de sua potencial maligno, com tratamento cirúrgico como escolha. por superfície, podendo ser subdivididas em granular homogênea serem lesões de difícil diagnóstico, muitas vezes confundidas com (GH), granular nodular (GN), não granular plano elevada (NGPE) outras lesões, dá-se como auxilio diagnóstico a ecoendoscopia com e não granular pseudo-deprimida (NGPD). Tais lesões são menos punção aspirativa por agulha fina (EUS FNA). Objetivo: Avaliar e invasivas que lesões polipoides de mesmo tamanho, podendo ser quantificar o papel da EUS FNA no diagnóstico das lesões císticas tratadas por via endoscópica. Estudos prévios demonstraram que do pâncreas. Materiais e métodos: O presente estudo consiste as LSTs diferem com relação ao risco de malignidade e localização em um levantamento prospectivo de todos os casos de lesões no cólon. Objetivo: Avaliar e correlacionar as características clí- císticas no período de 12 anos (jan de 2000 a dez de 2012), em um nico-patológicas dos LSTs de cólon com o aspecto endoscópico. serviço de endoscopia. Todos os pacientes foram submetido a EUS Casuística e métodos: Estudo retrospectivo realizado no serviço FNA (agulha 22 ga). Os dados foram padronizados formando um de Endoscopia Gastrintestinal do HC-FMUSP, de Junho/09 a Ju- banco de dados. Resultados: De todos os pacientes submetidos nho/14. Resultados: Foram avaliadas 209 lesões de 178 pacientes a EUS, 455 pacientes apresentaram algum tipo de lesão cística (66,8% mulheres, idade média: 60,5 ±9,8 anos). Aspecto endos- pancreática, desses 258 não apresentaram sintomas, 6 massa cópico: GH (46,4%), GN (15,3%), NGPE (27,8%), NGPD (10,5%). abdominal, 96 dor abdominal podendo estar associado a outro O tamanho médio das lesões foi de 23 ± 15 mm, com o subtipo sintoma,71 pancreatite, 1 diarreia, 1 diabete, 1 dispepsia, 11 febre, GN apresentando maiores dimensões que os outros três subtipos 5 icterícia, 2 perda ponderal, 1 suspeita de indulinoma. A média de (p < 0,000). Os tumores localizaram-se preferencialmente no cólon idade é de 57,1 anos. Os exames apresentaram lesões do tamanho direito (56,4%), sendo a maioria deles adenomas (77,5%). A locali- médio de 3,1cm, sendo submetidos em média a 2 punções. de todos zação da lesão não se correlacionou com o aspecto endoscópico (p: GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 0,326), nem com o tipo histológico (p: 0,09). O método de ressecção endoscópico foi o preferencial (85,6%). Houve correlação entre o aspecto endoscópico e o tipo histológico, com os subtipos GH e NGPE apresentando maior frequência de adenomas com displasia de baixo grau, enquanto os subtipos GN e NGPD apresentaram maior frequência de displasia de alto grau/carcinoma in situ (DAG/ CIS) e invasão submucosa (p< 0,001). Foram observados 15 casos de câncer com invasão de submucosa, correspondendo a 5,2% dos GH, 12,5% dos GN e 27,3% dos NGPD, estando ausente no subtipo NGPE. Conclusão: No presente estudo, não houve diferenças de localização no cólon entre os subtipos. Os métodos endoscópicos foram o tratamento preferencial para ressecção das LSTs. Os achados histológicos de maior risco (DAG/CIS e invasão de submucosa) foram mais comuns nos subtipos granular nodular e não granular pseudo-deprimido, o que deve suscitar maior atenção quando da ressecção desses tipos de lesão. CASUÍSTICA DE ENTEROSCOPIA POR CÁPSULA ENDOSCÓPICA DE UM CENTRO TERCIÁRIO DE ENDOSCOPIA DA CIDADE DE SÃO PAULO Temário: Endoscopia / Centro de treinamento Autores: Gisele de Fatima Cordeiro Leite / Hospital Sírio Libanês; Fernando Pavinato Marson / Hospital Sírio Libanês; Pablo Rodrigo de Siqueira / Hospital Sírio Libanês; Carlos Alberto Cappellanes / Hospital Sírio Libanês; Kiyoshi Hashiba / Hospital Sírio Libanês. Resumo Introdução: O exame de cápsula endoscópica (CE) é a técnica diagnóstica de escolha para o estudo de patologias do intestino delgado permitindo a análise não invasiva da mucosa enteral. A CE é considerada o terceiro teste diagnóstico em pacientes com sangramento gastrointestinal de origem obscura (SGIO) após avaliação convencional com endoscopia digestiva alta e colonoscopia. Objetivo: Apresentar a casuística de enteroscopia por cápsula endoscópica de um centro terciário de endoscopia da cidade de São Paulo. Casuística: Relatórios de 303 exames de cápsula endoscópica realizadas no período de Novembro de 2002 a Julho de 2014. Método: Análise retrospectiva dos relatórios de 303 pacientes submetidos ao exame de cápsula endoscópica no Hospital Sírio Libanês no período de Novembro de 2002 à Julho de 2014. Resultados: Foram realizados 303 exames (161 pacientes homens e 142 mulheres) no período estudado. A indicação mais comum foi SGIO (55,4%, 168 exames), seguido por dor abdominal (18,8%, 57 exames) e alteração do hábito intestinal (11,2%, 34 exames). Dentre os que fizeram a cápsula por SGIO 12,2%, (37 pacientes) apresentavam sangramento ativo ou sinais de sangramento recente. As principais causas de sangramento foram lesões vasculares (62%, 23 casos), úlceras (19%, 7 casos) e lesões elevadas (11%, 4 casos). Em 8% dos casos, sangramento oriundo do cólon foi observado. do total de pacientes 36 (11,9%) tiveram a CE introduzida via endoscópica devido a incapacidade de deglutir ou anatomia alterada. O exame foi completo (CE alcançou o cólon em 8 horas) em 280 casos (92,4%). Em 71 pacientes (23%) o exame foi considerado normal. Três pacientes cursaram com retenção da CE no intestino delgado. Todos apresentavam subestenose, um por doença de Crohn (retirada por enteroscopia de duplo-balão), um por AINE (retirada cirurgicamente) e outro por tumor (removida cirurgicamente). Conclusão: A cápsula endoscópica é um importante método de avaliação da mucosa enteral que tem sido cada vez mais utilizado na prática clínica. O rendimento diagnóstico para doenças do intestino delgado é alto e o número de complicações é baixo, o que faz da cápsula uma valiosa modalidade diagnóstica. COLANGIOSCOPIA NAS PATOLOGIAS DOS DUCTOS BILIARES Temário: Endoscopia / Centro de treinamento Autores: Renata Nobre Moura / HC-FMUSP; Tomazo Franzini / HC-FMUSP; Fred Olavo Aragão Andrade Carneiro / HC-FMUSP; Christiano Makoto Sakai / HC-FMUSP; Everson Luiz de Almeida Artifon / HC-FMUSP; Paulo Sakai / HC-FMUSP; Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura / HC-FMUSP. Resumo Introdução: A visão endoscópica direta das vias biliopancreáticas é certamente um dos maiores avanços na endoscopia terapêutica. O uso da plataforma de colangioscopia de operador-único (SpyGlass) é uma técnica promissora na avaliação de afecções tais como estenoses de etiologia indefinida e coledocolitíase gigante. Essa é a primeira série de casos brasileira utilizando o método. Métodos: Reportamos uma série de 20 pacientes nos quais foi realizado Spyglass com objetivos diagnósticos e terapêuticos. Resultados: a maioria dos pacientes era do sexo feminino (60%), com idade que variou de 14 a 94 anos (mediana de 48). Coledocolitíase foi a indicação mais comum (12/20) e litotripsia eletrohidráulica (LEH) foi realizada em 8 (66%). LEH foi realizada com sucesso em 7 pacientes (87,5%). GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 221 A nais da XIII S emana B rasileira do A parelho D igestivo Fragmentação parcial dos cálculos ocorreu em um paciente com tesia geral. Objetivo: Avaliar a viabilidade, segurança e eficiên- desproporção cálculo-coledociana, sendo conduzido com colocação cia de realizar colostomia com o auxilio de um colonoscópio e o de prótese plástica e reabordagem endoscópica programada em 3 emprego da colopexia percutânea endoscópica, sem morbidade meses. Nos casos de estenoses biliares de etiologia indeterminada, adicional de exploração abdominal, em animais de laboratório. foi possível a realização de biópsia sob visualização direta e exclusão Métodos: Foram submetidos ao procedimento colonoscopico de malignidade em 85%. Uma complicação ocorreu (perfuração com realização da colostomia 5 animais, que foram acompanha- duodenal) após dilatação balonada da papila. Conclusão: Foram dos durante 7 dias onde foi avaliado: 1. Aceitação alimentar. 2. demonstrados os benefícios do uso do Spyglass, principalmente Aspecto, viabilidade e funcionamento da colostomia. Após o 7° nos casos de coledocolitíase gigante e estenoses biliares de dia todos os animais foram submetidos a colonoscopia controle, etiologia indefinida. Outras potenciais vantagens como a redução da seguindo se laparotomia. Resultados: a aceitação da dieta e exposição à radiação deve ser confirmada em estudos prospectivos a mobilidade do animal iniciou se no pós-operatório imediato e posteriores. foram satisfatórios. Quanto a aspectos técnicos da realização da colostomia e sua funcionalidade, ocorreu em um animal retração da colostomia. Durante um procedimento ocorreu uma lesão de 222 COLOSTOMIA ASSISTIDA POR ENDOSCOPIA COM COLOPEXIA PERCUTÂNEA EM MODELO PORCINO: ESTUDO EXPERIMENTAL Temário: Endoscopia / Centro de treinamento Autores: Leonardo A. Bustamante L / Departamento de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.; Marianny N. Sulbaran N. / Departamento de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.; Paulo Sakai / Departamento de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.; Eduardo G de Moura / Departamento de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.; Caio sergio Nahas / Departamento de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.; Ivan Cecconello / Departamento de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.; Carlos Frederico Marques / Departamento de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. bexiga, tratada de imediato antes da realização da colostomia. No 7° dia todos os animais foram submetidos a colonoscopia e laparotomia exploradora que demonstram cavidade abdominal integra. Conclusão: A colostomia endoscópica assistida com colopexia em modelo experimental é um método viável e eficaz para a realização de uma ostomia. A curva de aprendizagem é bastante curta. COMPARAÇÃO DOS ACHADOS ECOENDOSCÓPICO E ANATOMOPATOLÓGICO DE LESÕES SÓLIDAS E CÍSTICAS DO PÂNCREAS Temário: Endoscopia / Centro de treinamento Resumo Autores: Victor Rossi Bastos / Hospital Geral Roberto Santos; Ingrid Puig Cardoso Silveira / Hospital Geral Roberto Santos; Lourianne Nascimento Cavalcante / Hospital Geral Roberto Santos; Bruno Frederico Oliveira Azevedo Medrado / Hospital Geral Roberto Santos; Igor Campos da Silva / Hospital são Rafael; Igelmar Barreto Paes / Hospital Geral Roberto Santos; Marcos Clarêncio Batista Silva / Hospital Geral Roberto Santos. Introdução: As indicações do emprego da colostomia nas Resumo doenças colorretais são na vigência da obstrução de colón, reto ou anus, na doença diverticular em fase aguda, enterite de radia- As particularidades anatômicas do pâncreas tornam sua avalia- ção pós-radioterapia, nas fístulas perirretais complexas, nos trau- ção bastante complexa, de modo que não são raras as situações mas anorretais e na incontinência anal grave. Este procedimento em que o diagnóstico preciso só é definido após a intervenção é frequentemente necessário em pacientes críticos que podem cirúrgica. Nesse contexto, vale destacar a utilidade da ecoen- não serem capazes de tolerar uma laparotomia exploradora. A doscopia, para a investigação de afecções pancreáticas, nota- colostomia assistida por laparoscopia é um método alternativo damente as lesões de pâncreas, sejam elas sólidas ou císticas. O para colostomia, porém também necessita do emprego da anes- método ecoendoscópico tem alta sensibilidade para a detecção GED gastroenterol. endosc. dig. 2014: 33 (Supl.1): 29-581 dessas lesões, especialmente as de dimensões menores, que podem não ser visualizadas em imagens obtidas por ressonância magnética (RM) e, principalmente, por tomografia computadorizada (TC) de abdômen. Apesar de comprovada eficácia da ecoendoscopia na identificação das afecções pancreáticas, seja Autores: Alexsandro Sordi Libardoni / UNICAMP; Cristiane Kibune Nagasako / UNICAMP; Ciro Garcia Montes / UNICAMP; Jose Olympio Meirelles dos Santos / UNICAMP; Fabio Guerrazi / UNICAMP; Ingrid Neves dos Santos / UNICAMP; Maria Aparecida Mesquita / Unicamp; Leonardo Trevizan Monici / Unicamp. cística ou sólida, a correlação com o diagnóstico anatomopatológico de peças cirúrgicas é i