Intestino grosso

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA
DISCIPLINA: MORFOLOGIA VIII
CURSO: ENFERMAGEM
ROTEIRO DE ESTUDO
Abdome
ÓRGÃOS
Intestino grosso
Começa na junção ileocecal e termina no ânus, possuindo cerca de 1,5m. Ele
“emoldura” o andar inframesocólico. Possui algumas estruturas características, as quais são
ausentes apenas no apêndice, reto e canal anal:
 Tênias do colo: três feixes musculares equidistantes; tênia ometal, tênia mesocólica e
tênia livre.
 Haustros (saculações): pequenas bolsas formadas pelo fato das tênias serem mais
curtas do que o intestino grosso.
 Apêndices ometais (epiplóicos): gorduras que ficam penduradas nas tênias, como
pingentes.
Figura 15 – Vista anterior do intestino grosso isolado. Copyright © Drake, Gray's Anatomy, 1ª edição, 2011.
É composto por:
1º - Ceco: situado na fossa ilíaca direita e inferior à junção íleocecal, na região da virilha direita
(inguinal direita), é uma bolsa cega que corresponde ao início do intestino grosso. A valva
ileocecal (papila ileal), que se segue ao óstio ileocecal, é responsável pelo controle do
esvaziamento do íleo no ceco. Na face póstero-medial do ceco encontra-se o apêndice
PROF. CARLOS CHAGAS
ACADÊMICO: DANIEL MÄHLMANN
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA
DISCIPLINA: MORFOLOGIA VIII
CURSO: ENFERMAGEM
vermiforme, formado pela união das tênias do colo, e fica ligado à parede posterior do abdome
através do mesoapêndice, o qual contém os vasos apendiculares. O óstio do apêndice
vermiforme permite a sua comunicação com o ceco. O ceco é intraperitoneal devido à sua
mobilidade.
Figura 16 – A. vista anterior do ceco e íleo terminal seccionados longitudinalmente para mostrar suas estruturas
internas e externas. B. vista posterior do ceco mostrando as três tênias do colo. Copyright © Sobotta, Vol. 2, 21ª
edição, 2000.
2º - Colo ascendente: começa na borda superior da junção ileocecal e termina na flexura
hepática, formada pelo dobramento do intestino grosso para a esquerda, inferiormente ao lobo
direito do fígado. Ou seja, vai do flanco direito ao hipocôndrio direito. É retroperitoneal
secundário, ficando preso à parede posterior do abdome.
3º - Colo transverso: começa na flexura
hepática e termina na flexura esplênica, formada
pelo dobramento do intestino grosso para baixo,
inferiormente ao baço. Essa flexura é mais
superior e posterior que a flexura hepática.
Assim, o trajeto do colo transverso vai do
hipocôndrio direito ao hipocôndrio esquerdo. O
ligamento hepatocólico prende a flexura
hepática ao fígado, e o ligamento frenocólico
prende a flexura esplênica ao diafragma e
funciona como sustentação para o baço. O colo
transverso é intraperitoneal e possui o mesocolo
transverso,
que
leva
suas
estruturas
neurovasculares.
Figura 17 – Flexura direita e esquerda do colo. Copyright
© Drake, Gray's Anatomy, 1ª edição, 2011.
4º - Colo descendente: vai da flexura esplênica e desce até a fossa ilíaca esquerda. Ou seja,
vai do hipocôndrio esquerdo até a região da virilha esquerda (inguinal esquerda). É
retroperitoneal secundário, ficando preso à parede posterior do abdome.
PROF. CARLOS CHAGAS
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DISCIPLINA: MORFOLOGIA VIII
CURSO: ENFERMAGEM
5º - Colo sigmóide: tem o formato da letra “S”, começando na fossa ilíaca esquerda e
penetrando na cavidade pélvica, indo até o nível de S3. É intraperitoneal e possui o mesocolo
sigmóide, que leva suas estruturas neurovasculares.
6º - Reto: vai de S3, onde fica a junção retossigmóidea, e segue as curvas dos ossos sacro
e cóccix até a flexura anorretal. É retroperitoneal. Possui três flexuras e três pregas
transversas. O reto não possui meso, haustros, tênias e apêndices omentais. Sua mucosa é
lisa.
7º - Canal anal: começa na flexura anorretal e desce com inclinação para trás. Possui dois
esfincteres, um mais superior chamado esfíncter interno do ânus, que é involuntário, e um
mais inferior chamado esfíncter externo do ânus, de controle voluntário.
Figura 18 – Vista anterior mostrando a túnica mucosa e musculatura do intestino grosso. Copyright © Netter, 4ª
edição, 2006.
PROF. CARLOS CHAGAS
ACADÊMICO: DANIEL MÄHLMANN
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