1 Benefícios da mobilização neural na lombociatalgia Sarah Matos Alves1 [email protected] Luis Ferreira Monteiro Neto2 Pós-graduação em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapia Manual – Faculdade FAIPE Resumo A incidência de dores na região lombar é de aproximadamente 80% da população mundial. A lombociatalgia refere-se a um quadro doloroso que se instala na região da coluna lombar com existência de irradiação da dor para os membros inferiores, admitindo-se o envolvimento do nervo ciático. A Mobilização Neural é uma técnica que visa restaurar o movimento e a elasticidade do Sistema Nervoso, promovendo às suas funções normais e a redução do quadro sintomático, além de ser utilizada também como um método de avaliação das mais diversas patologias. O objetivo desta pesquisa é realizar uma revisão de literatura sobre os benefícios da mobilização neural na lombociatalgia. Para a sua realização foram consultadas as bases de dados obtidos em livros, revistas e periódicos publicados em sites de busca tais como SCIELO, BIREME, LILACS e google acadêmico. De acordo com estudos pesquisados a mobilização neural teve como principal benefício a redução da dor em pacientes com lombociatalgia. Palavras-chave: Lombalgia; Lombociatalgia; Mobilização Neural. 1. Introdução A incidência de dores na região lombar é de aproximadamente 80% da população mundial, e 35% destes desenvolvem para a lombociatalgia que é caracterizada por uma irritação do nervo isquiático, causando distúrbios sensitivos em seu trajeto. A lombociatalgia constitui um problema de saúde em todos os países com certo grau de desenvolvimento, sendo que a perda da capacidade laboral e a aposentadoria são consequências significantes para a sociedade e economia (MORÁN, 2001). Uma das causas mais evidente da lombociatalgia chama-se hérnia de disco, entretanto, existem outras como: processos degenerativos, infecções, luxações traumáticas do quadril, anomalias congênitas (DOSANI et al., 2004), síndrome do piriforme (ROSSI et al., 2001) e estenose do canal lombar. Os sintomas manifestam-se como dor lombar, dor ao longo do trajeto do nervo, distúrbios sensoriais e fraqueza dos músculos do membro inferior inervados pelo isquiático (KOBAYASHI, YOSHIZAWA E YAMADA, 2004). Boeing (2004), afirma que a dor é relatada como uma sensação de queimação, pontada, lacinante, ocasionalmente formigamento e parestesia em dermátomo do membro inferior. Existem muitas técnicas de tratamento descritas na literatura com o objetivo de abolir ou controlar os sintomas álgicos do paciente, estando entre estas a Mobilização Neural, técnica que teve um grande desenvolvimento, principalmente nos últimos 35 anos, desde que autores como Grieve, Maitland, Elvey e Butler publicaram seus estudos relativos ao conhecimento da função mecânica do sistema nervoso. Posteriormente, foi criado o termo neurodinâmica por Shacklock, que veio revelando a importância em integrar a mecânica 1 2 Pós-graduanda em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapias Manuais. Fisioterapeuta Doutor em Ciências da Saúde. 2 do Sistema Nervoso com a fisiologia e explicando como elas se relacionam entre si e são integradas à função musculo-esquelética (SHACKLOCK, 2007). A Mobilização Neural é uma técnica que visa restaurar o movimento e a elasticidade do Sistema Nervoso, promovendo às suas funções normais e a redução do quadro sintomático (OLIVEIRA e TEIXEIRA, 2007). Logo, a Mobilização Neural, sendo uma técnica de Terapia Manual, pode ser uma opção para o tratamento das lombociatalgias, já que o uso da mão é o mais antigo remédio conhecido pelo homem para reduzir o sofrimento humano (COX, 2002). Considerando que a lombociatalgia é um problema mundial e que traz vários sintomas desagradáveis podendo até causar limitações, verifica-se a importância em tratar esta patologia com a Mobilização Neural com o intuito de reduzir a sintomatologia e o retorno das funções normais tanto do sistema nervoso acometido como das estruturas musculo esqueléticas que recebem sua inervação. Diante desse contexto, este artigo tem por objetivo realizar uma revisão de literatura sobre os benefícios da mobilização neural na lombociatalgia, com um intuito de comprovar cientificamente os dados já obtidos por tal técnica de terapia manual. 2. Fundamentação Teórica 2.1. Lombociatalgia A dor lombar tornou-se uma causa comum de morbidade e incapacidade, além de ser a fonte mais dispendiosa de lesão relacionada ao trabalho em países industrializados (DUTTON, 2006). Segundo Cecin (2000), há diversas etiologias que geram dores lombares, dentre as mais frequentes são as de natureza mecânica-degenerativa produzidas por desordens estruturais, desvios biomecânicos ou a interação desses dois fatores. São várias as patologias que aparecem com o sintoma de lombalgia, e as vezes nem se tem um diagnóstico fidedigno quanto a causa desta dor, pois existem inúmeras estruturas da coluna que possivelmente estejam evolvidas sendo a fonte de dor (COX, 2002). A lombalgia comum que é o tipo mais prevalente, se limita ao aparecimento de dores na região lombar e nádegas na maioria das vezes. Raramente se irradia para as coxas. Pode aparecer subitamente pela manhã e apresentar-se acompanhada de escoliose antálgica (BRASIL et al, 2004). Já a lombociatalgia apresenta-se com o quadro doloroso que se instala na região da coluna lombar com existência de irradiação da dor para os membros inferiores, admitindo-se o envolvimento do nervo ciático (KNOPLICH, 2003). Miranda (2004) afirma que o nervo isquiático ou ciático é o principal nervo do plexo sacral, e também o maior nervo do corpo, formado pelos ramos anteriores de L4, L5, S1, S2, S3. Ele sai da pelve pelo forame isquiático maior e passa entre o túber isquiático e o trocânter maior. Na região glútea, localiza-se logo abaixo do músculo piriforme. Desce verticalmente na região posterior da coxa, entre o músculo adutor magno e a porção longa do bíceps femoral e ao chegar na face poplítea, divide-se em dois troncos: o nervo tibial e o nervo fibular comum. Na maioria das vezes o segmento L5-S1 é o local que mais acarreta problemas na coluna vertebral, pois este nível sustenta mais peso que qualquer nível vertebral. O centro de gravidade passa exatamente através dessa vértebra, diminuindo as forças de cisalhamento neste segmento (MAGEE, 2005). Para Mendes (2005), existem alguns fatores principais que contribuem para o surgimento da dor lombar, dentre eles estão: problemas psicológicos, baixo nível de escolaridade, atividade pesada ou em postura sentada, levantar grandes quantidades de peso, 3 sedentarismo, acidentes de trabalho, dirigir veículos, horas excessivas de trabalho, gravidez, ferimentos, tabagismo, entre outros. Uma das causas mais evidente da lombociatalgia chama-se hérnia de disco, entretanto, existem outras como: processos degenerativos, infecções, luxações traumáticas do quadril, anomalias congênitas (DOSANI et al., 2004), síndrome do piriforme (ROSSI et al., 2001) e estenose do canal lombar. Os sintomas manifestam-se como dor lombar, dor ao longo do trajeto do nervo, distúrbios sensoriais e fraqueza dos músculos do membro inferior inervados pelo isquiático (KOBAYASHI, YOSHIZAWA E YAMADA, 2004). Considera-se que a principal causa da lombociatalgia seja alguma alteração do disco intervertebral, que se tornaria incapaz de amortecer as cargas que lhe são impostas. Porém, a parte central do disco não possui inervação sensitiva e por isso a dor só aparece quando as alterações discais atingem as lamelas superficiais e o ligamento posterior que são estruturas ricamente inervadas. Neste caso, a raiz nervosa comprimida através da herniação do disco é que dá a origem da dor e assume características de uma síndrome radicular (O’SULLIVAN, 2004). Segundo Negrelli (2001), os objetivos do tratamento da lombociatalgia estão em aliviar a dor, aumentar a capacidade funcional e retardar a progressão da doença. O tratamento pode ser conservador e em último caso cirúrgico. O tratamento conservador é baseado em imobilização da região lombar com cintos ou coletes, oferecendo repouso durante todo o processo inflamatório, tomando-se cuidado como os efeitos deletéricos do imobilismo, acrescentando-se gradualmente manipulação, tração e atividades físicas. A crioterapia, diatermia e eletroterapia garantem a melhora do quadro álgico. O tratamento cirúrgico é indicado somente quando não se alcança sucesso com a terapia convencional ou quando a doença evolui de forma significativa. 2.1.1. Anatomia e Biomecânica da Coluna lombar A coluna vertebral de um adulto é composta geralmente por 33 vértebras dispostas em cinco regiões: 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacais e 4 coccígeas, além de possuir quatro curvaturas que fornecem um suporte flexível para o corpo. As curvaturas torácica e sacral são côncavas anteriormente e primárias por terem se desenvolvido no período fetal, já as curvaturas cervical e lombar são côncavas posteriormente e secundárias por se tornarem evidentes quando a criança começa a manter a cabeça ereta, a andar e assume a postura ereta (MOORE E DALLEY, 2001). As vértebras têm como função de envolver e proteger a medula espinal, sustentar o crânio, permitir seus movimentos, além de articular com a caixa torácica e fornecer a fixação para os músculos do tronco. Possuem os discos intervertebrais que garantem a flexibilidade à coluna vertebral e absorvem os impactos verticais (GRAAFF, 2003). As vértebras lombares (L1-L5) são as maiores e mais fortes vértebras da coluna vertebral, pois a quantidade de peso corporal que tem que ser suportado, pelas vértebras, vai aumentando conforme descemos para a região distal da coluna vertebral. Os processos articulares superiores são localizados medialmente, em vez de superiormente, e os processos articulares inferiores são localizados mais lateralmente, em vez de inferiormente. Os processos espinhosos têm o formato quadrangular, são grossos e largos, e projetam-se quase horizontalmente (TORTORA E GRABOWSKI, 2002). O sacro é composto por cinco vértebras sacrais fundidas que formam um grande osso cuneiforme triangular. A sua base é formada pela face superior da vértebra S1, cujo seus processos articulares superiores articulam-se com os processos articulares inferiores da vértebra L5. O sacro é inclinado formando o ângulo lombossacral que varia de 130° a 140° (MOORE E DALLEY, 2001). 4 São vários os ligamentos que sustentam a coluna, contribuindo para a estabilidade dos segmentos que realizam movimentos. Dentre eles podemos destacar o ligamento anterior e o ligamento longitudinal posterior que conectam os corpos vertebrais nas regiões cervical, torácica e lombar. O ligamento supra-espinal está inserido nos processos espinhosos em toda a extensão da coluna e tem um aumento proeminente na região cervical, onde recebe a designação de ligamento nucal ou ligamento do pescoço. As vértebras adjacentes possuem conexões a mais entre os processos espinhosos, os processos transversos e as lâminas, reforçadas respectivamente pelos ligamentos interespinhais, ligamentos intertransversários e ligamentos amarelos. O último ligamento aprimora a estabilidade vertebral, pois fica tensionado até mesmo quando a coluna está em posição anatômica (HALL, 2005). O disco intervertebral é formado por duas estruturas: um anel externo espesso, formado por cartilagem fibrosa, denominado anel fibroso ou ânulo, circunda um material gelatinoso central, conhecido como núcleo pulposo ou núcleo. Os discos e as articulações facetárias têm em volta de 80% da capacidade da coluna em resistir à torção rotacional e ao cisalhamento, sendo que parte das articulações facetárias contribuem com a metade desta porcentagem (HALL, 2005). A coluna vertebral possibilita a execução em todos os três planos de movimento, bem como a circundução. Permitindo assim, uma amplitude de movimento na região da coluna lombar de 20° (L5-S1) para flexão e extensão; de 6° para flexão lateral, exceto em L5-S1 que se reduz para cerca de 3º; e de 2° de movimento para rotação, devido a conexão dos processos articulares nesse nível, porém na articulação lombossacra permite um movimento de 5º (HALL, 2005). A realização destes movimentos da coluna vertebral nas regiões cervical e lombar são mais livres do que em outros locais porque: - Os discos intervertebrais são consistentes em relação ao tamanho dos corpos das vértebras neste nível, embora sejam finos em relação a maioria dos outros discos; - As articulações planas são quase horizontais e as faces articulares das articulações dos processos articulares são moderadamente grandes; - As cápsulas articulares das articulações dos processos articulares são frouxas; - O pescoço é mais fino (por ter menos massa de tecido mole adjacente) (MOORE E AGUR, 2004). 2.1.2. Neuroanatomia Conforme Hüter-becker e Dölken, 2008, o sistema nervoso é considerado um dos mais importantes sistemas do nosso organismo. É ele que realiza todos os comandos dos demais sistemas através da captação, transmissão e organização de impulsos elétricos. Didaticamente o sistema nervoso pode ser dividido sob o ponto de vista anatômico e/ou funcional, somente para facilitar a compreensão, pois na realidade as estruturas e funções se superpõem. Anatomicamente é dividido em sistema em central (SNC) e periférico (SNP). O SNC é constituído pelo encéfalo e pela medula espinal, enquanto o SNP pelos nervos (raízes nervosas) que surgem a partir do encéfalo. Fisiologicamente (funcional), o sistema nervoso é classificado de acordo com sua função em: a) Sistema sensório-motor; b) Sistema nervoso periférico; c) Sistema nervoso autônomo (vegetativo). O nosso organismo mantém o contato com o meio ambiente através do sistema nervoso sensório-motor que recebe os impulsos sensoriais (visuais, auditivos, gustativos, táteis, dolorosos ou térmicos, etc), os quais incidem sobre órgãos especiais, os estímulos 5 captados pelos receptores sensoriais são transmitidos em seguida pelas fibras nervosas do sistema nervoso periférico, até onde são decodificados (percebidos). O sistema nervoso sensório-motor além de receber e perceber os impulsos sensoriais, tem também como função produzir a motricidade, ou seja, é capaz de produzir movimentos, gerando desta forma as respostas necessárias (HÜTER-BECKER e DÖLKEN, 2008). O tecido nervoso é constituído basicamente por dois tipos de células: os neurônios e as células gliais ou neuróglia. O neurônio é a sua unidade principal e tem como função básica receber, processar e enviar informações. Já as células gliais (neuroglia) são células que ocupam os espaços entre os neurônios, com funções de sustentação, revestimento ou isolamento, modulação da atividade neuronal e defesa. Os neurônios são formados por três estruturas: corpo celular, dendritos e axônio. O corpo celular funciona como o centro metabólico do neurônio, nele contém o núcleo e o citoplasma, chamado também de pericário, onde é encontrado os ribossomas, retículo endoplasmático granular e agranular e aparelho de golgi; os dendritos são geralmente curtos, podem possuir os mesmos constituintes citoplasmáticos do pericário, além de serem responsáveis em alterar o potencial de repouso da membrana ao receberem estímulos; o axônio tem um prolongamento longo e fino que se origina do corpo celular ou até mesmo de um dendrito principal, sua função é gerar e conduzir o potencial de ação ao longo de sua estrutura até a sua porção terminal que irá fazer conexões com outros neurônios ou com células efetuadoras (MACHADO, 2002). Os neurônios classificam-se de acordo com seus prolongamentos em: - Neurônios Multipolares: possuem vários dendritos e um axônio. Os dendritos conduzem um potencial graduável que percorre até o pericário e que por sua vez chega ao ponto gatilho gerando um potencial de ação que se propaga até a terminação nervosa; - Neurônios Bipolares: possuem um dendrito e um axônio que deixam o corpo celular; - Neurônios Pseudo-unipolares: seus corpos celulares se localizam nos gânglios sensitivos e somente um prolongamento deixa o corpo celular se dividindo em dois ramos com o formato de um T, sendo que um é periférico, pelo qual forma a terminação nervosa sensitiva, e o outro é central, que se dirige ao sistema nervoso central mantendo contato com os outros neurônios (MACHADO, 2002). Os nervos têm a aparência de cordões esbranquiçados que são formados por feixes de fibras nervosas que unem o sistema nervoso central aos órgãos periféricos logo após saírem do tronco encefálico, da medula espinhal ou de gânglios sensitivos, constituindo desta forma os nervos espinhais e cranianos. As fibras nervosas que compõem os nervos são reforçadas por três bainhas de tecido conjuntivo: epineuro, perineuro e endoneuro. O epineuro envolve todo o nervo. O perineuro envolve os feixes de fibras nervosas. E o endoneuro envolve cada fibra nervosa. Através de suas fibras, a função dos nervos é realizar a condução de impulsos nervosos do sistema nervoso central para a periferia (impulsos eferentes) e da periferia para o sistema nervoso central (impulsos aferentes) (MACHADO, 2002). 2.2. Mobilização neural A mobilização neural é uma técnica que parte dos princípios da aplicação das terapias manuais ao tecido nervoso. Ela foi desenvolvida com a junção de novos conhecimentos como neurobiologia, biomecânica e fisiopatologia do tecido neural e se baseia na restauração do movimento elástico do sistema nervoso o que promove o retorno as suas funções normais (MARINZEC, 2000). Veras (2011), completa com o raciocínio que a mobilização neural é uma técnica fisioterapêutica que passa a ser conhecida também por neurodinâmica. A mesma é 6 aplicada partindo do princípio que comprometimentos da fisiologia e da mecânica do sistema nervoso (movimento, elasticidade, condução, fluxo axoplasmático) podem levar à disfunções do mesmo ou em estruturas musculoesqueléticas por ele inervadas, e que o restabelecimento de sua biomecânica e fisiologia adequada, por meio do movimento e/ou tensão, permite a recuperação da extensibilidade e da funcionalidade normal desse sistema e das estruturas comprometidas. Este método consiste em colocar tensão nos nervos periféricos realizando movimentos oscilatórios e/ou brevemente mantidos, sendo importante ressaltar que, durante a aplicação dos testes de tensão neural, é crucial haver cautela por parte do terapeuta (ALMEIDA, 2011). De acordo com Butler e Jones (2003), a técnica deve ser aplicada de uma forma que o paciente se sinta confortável, com grande amplitude, lenta e rítmica, porém iniciando o processo distante da área dolorosa e sem inicialmente provocar sintomatologia ou aumentá-la. O movimento passivo dos tecidos neurais realizado através da técnica de mobilização do sistema nervoso, serve para as alterações da neurodinâmica, tendo como explicação os movimentos em uma parte do corpo que podem ser transmitidas para outro local através de tensões. Contudo, o objetivo é normatizar tanto a função mecânica quanto a fisiológica do sistema nervoso, restaurando tanto o seu próprio comprometimento quanto o das disfunções ocasionadas em estruturas músculo-esqueléticas que recebem sua inervação (MARINZECK, 2000). Oliveira Jr e Teixeira (2007), explicam e complementam que o objetivo da mobilização neural é de melhorar a neurodinâmica e restabelecer o fluxo axoplasmático, reestabelecendo a homeostasia dos tecidos nervosos, o que promove o retorno às suas funções normais. E ainda afirma que a técnica é utilizada para o ganho de flexibilidade articular. O sistema nervoso não se limita somente em conduzir impulsos por meio de grandes amplitudes e complexidades de movimento, mas também em adaptar-se mecanicamente a esses movimentos, retraindo-se e alongando-se, podendo até mesmo limitar essas amplitudes em certas combinações de movimentos. Quando a neurodinâmica está alterada, ocorre o que se denomina de Tensão Neural Adversa, que consiste numa resposta mecânica e fisiológica anormal quando a amplitude normal do sistema nervoso e sua capacidade de alongamento são testadas (VASCONCELOS, 2011). Através de uma lesão nervosa é gerado alterações em suas propriedades mecânicas (movimento e elasticidade) e fisiológicas (condução de impulso nervoso e fluxo axoplasmático) do nervo, alterando sua neurodinâmica, e dessa forma sustentando ou agravando a lesão. A lesão implica na alteração das funções do nervo, que consequentemente leva a alteração da condução elétrica acarretando distúrbios sensoriais (dor e parestesias), distúrbios motores (distonias) e fraqueza autonômica (vasomotores e pilomotores). Isso mostra que as lesões podem derivar para disfunções nas estruturas que recebem sua inervação (MACHADO e BIGOLIN, 2010). Desde 1970 os testes de tensão neural começaram a ser reconhecidos como terapia, denominados também de testes de estiramento neural. São testes que avaliam a mecânica e a fisiologia de uma parte do sistema nervoso através das sequências de movimentos. Poderá ser considerado positivo quando houver diminuição da amplitude de movimento ou quando os sintomas dolorosos e de alongamento profundo forem reproduzidos, quando a resposta no lado envolvido variar unilateralmente entre respostas normais, e quando houver diferenciação estrutural de uma fonte neurogênica. Nem todos os sintomas podem ser considerados patológicos, pois como o tecido neural também é inervado, o seu estiramento pode causar dor, sendo necessário que se conheça tais respostas e tais diferenças entre um indivíduo sintomático e assintomático. Os testes neurodinâmicos para membros inferiores podem isolar um nervo ou toda a cadeia nervosa, escolhendo o Slump 7 Test ou o teste da elevação da perna estendida, SLR (ZAMBERLAN e KERPPRES, 2007). O SLR é realizado com o paciente em decúbito dorsal, relaxado e confortável, com os quadris e tronco em posição neutra. O examinador deverá posicionar uma mão sob o tendão de Aquiles e a outra acima do joelho, com o intuito de impedir a flexão deste, e em seguida elevar a perna perpendicularmente à cama como uma barra sólida movendo em um ponto fixo na articulação do quadril. A perna é elevada até revelar uma resposta sintomática pré-determinada ou atingir sua ADM. Esta resposta é então comparada com o SLR da outra perna, e ao que é considerado normal. A adição da dorsiflexão acrescentará tensão adicional ao longo do trato tibial, pode ser adicionado primeiro e depois o membro elevado, ou pode ser adicionado ao limite do SLR. Os autores também utilizam uma forma mais útil para se realizar a técnica que é colocar o membro inferior do paciente no ombro do examinador e depois com a outra mão flexiona dorsalmente o pé (BUTTER e JONES, 2003). Fonte: Butler e Jones (2003). Figura 1: SRL com dorsiflexão do tornozelo. O Slump Teste é realizado com paciente sentado, com as mãos no dorso. Deve-se pedir que o paciente flexione a coluna torácica e lombar e, logo em seguida, realiza também flexão cervical. O examinador exerce uma pressão na cervical do paciente, para que a mesma seja acentuada. Já o paciente realiza flexão de quadril com o joelho estendido, realizando dorsiflexão do tornoxelo (OLIVEIRA JR e TEIXEIRA, 2007). Lima et al (2013), descreve que os exercícios da mobilização neurodinâmica podem ser classificados como deslizantes ou tensionantes descritos abaixo: a) Os exercícios deslizantes movimentam duas articulações ao mesmo tempo, de tal forma que quando uma alonga o leito nervoso a tensão é contrabalançada por um movimento da articulação adjacente, por exemplo, na extensão do punho associada a flexão de cotovelo. Os benefícios dessa técnica incluem a facilitação do deslizamento 8 do nervo, redução da sua aderência sobre tecidos adjacentes, dispersão de substâncias fluidas nocivas, aumento da vascularização neural e melhora do fluxo axoplasmático. b) Os exercícios tensionantes são realizados através da movimentação de apenas uma articulação causando o alongamento neural e das estruturas adjacentes. Os benefícios do estiramento neural estão em reduzir o edema e o comprometimento circulatório e induzir a irrigação do nervo devido ao efeito de bombeamento provocado pelo exercício. A contra-indicação relativa da aplicação dos testes neurodinâmicos se dá em casos de afecções irritativas, inflamação, sinais medulares, malignidade, compressão de raízes nervosas, neuropatia periférica e síndrome da dor regional periférica (ZAMBERLAN e KERPPERS, 2007). 3. Metodologia Para a produção deste estudo foi realizado uma pesquisa bibliográfica utilizando livros, revistas e periódicos publicados em bases de dados SCIELO (Scientific Eletronic Library Online), BIREME (Biblioteca Virtual em Saúde), LILACS (Literatura latino-Americana) e Google acadêmico, utilizando as palavras-chaves: Mobilização Neural, Lombalgia e Lombociatalgia, no período de novembro de 2014 à março de 2015. 4. Resultados e Discussão A terapia manual existe há séculos e consiste na aplicação de técnicas que utilizam as mãos sobre o corpo do paciente, com o objetivo de promover o retorno à função normal dos mesmos. Dentre as técnicas de terapia Manual temos a mobilização do sistema nervoso, além das demais como manipulação articular, mobilização articular, massagem, mobilização facial, pompage e etc (PEREIRA, 2005). Segundo Hall (2004), pacientes com lombociatalgia tratados com mobilização neural obtiveram uma redução da sintomatologia dolorosa. Abreu, Godinho e Aquino (2007) compararam em seus estudos 18 indivíduos com idade entre 20 e 55 anos o efeito da mobilização neural (SLR) no ganho de amplitude de movimento da coluna lombar, através do teste de schober. A técnica do SLR com a manobra sensibilizante de dorso-flexão promoveu um ganho significativo na mobilidade da coluna lombar. No estudo de Cleland et al (2006), utilizou o SLR e avaliou um diafragma para análise de deficiência, dor e centralização dos sintomas em 30 pacientes com idade entre 18 e 60 anos. Os resultados sugerem que o SLR é benéfico para melhorar em curto prazo deficiência, dor e centralização dos sintomas. No estudo de Jesus (2004), onde avaliou a mobilização do sistema nervoso e seu efeito no alongamento da musculatura, foi aplicado a técnica de mobilização neural através de oscilações lentas em 50 indivíduos distribuídos em dois grupos, um com 21 pacientes com comprometimento neural ao Slump Test e o outro com 28 pacientes sem comprometimento neural ao mesmo teste. Foi verificado um aumento da flexibilidade dos isquiotibiais, concluindo que a mobilização do nervo interfere no fluxo axoplasmático, podendo ser esperado a melhora da função neural. Boeing (2004), realizou seu trabalho a avaliação e o tratamento de 6 voluntários com objetivo de identificar a eficácia de um protocolo de técnicas de mobilização neural como recurso para tratamento de pacientes portadores de lombociatalgia. Foram realizadas 10 sessões aplicando um protocolo de mobilização neural analisando as seguintes variáveis: 9 dor, sensibilidade e mobilidade da coluna lombar. Nos resultados obtidos, verificou que houve melhora estatisticamente significativa somente na redução do quadro álgico. Machado e Bigolin (2010), compararam a técnica de mobilização neural com o alongamento muscular em lombálgicos crônicos. Pela análise dos resultados obtidos, tanto o programa de mobilização neural como o programa de alongamento muscular revelaram melhoras na execução das atividades funcionais, na flexibilidade da cadeia posterior e na redução do quadro álgico. Ressalta-se, porém, que somente o programa de mobilização neural obteve melhora estatisticamente significativa. Fonteque et al (2008), também compararam a mobilização do sistema nervoso com o alongamento passivo e observaram que o ganho de amplitude de movimento do quadril foi mais eficaz com a técnica de mobilização neural do que o uso do alongamento passivo. Malmann et al (2012), através de experiências sobre a prevenção de hipotrofia muscular pelo uso da mobilização neural em modelo experimental de ciatalgia em 10 ratos, concluíram que a mobilização neural como forma de terapia foi eficaz na redução da hipotrofia, provinda de uma neuropraxia nos animais. Em relação a força muscular, Lopes et al (2010), demonstraram que a mobilização neural possibilitou um aprimoramento da força muscular do quadríceps antes das sessões de treinamento em comparação com o alongamento muscular. Pinto, Zeinedin e Vieira (2010), aplicaram a técnica de mobilização neural em 11 pacientes com o objetivo de tratar a dor em pacientes com lombalgia e lombociatalgia, onde o diagnóstico clínico era realizado através do Slump Test. De acordo com os resultados encontrados neste estudo, constatou-se que o emprego da mobilização neural, fazendo uso de técnicas deslizantes e tensionantes, foi eficaz para a redução da dor, melhora da capacidade funcional, obtenção de ganho na amplitude de movimento do quadril e aumento da mobilidade da coluna lombar. Em um estudo de caso, Monnerat e Pereira (2010), analisaram a influência da técnica de mobilização neural na dor e incapacidade funcional da hérnia de disco lombar, demonstraram que a técnica pode ser eficaz no tratamento da hérnia de disco lombar por apresentar boa resposta terapêutica na regressão dos sintomas dolorosos e incapacidade funcional. 5. Conclusão A mobilização neural tem sido uma técnica alternativa de terapia manual para tratar patologias que tenham um comprometimento neural. Seu conceito vem crescendo no mundo através de pesquisas científicas proporcionando ao terapeuta uma maior eficiência e eficácia no tratamento manual. Esse estudo procurou analisar os benefícios da mobilização neural na lombociatalgia, pelo qual foi constatado de acordo com as literaturas revisadas que o principal benefício foi a redução da dor, porém foi observado outros como o ganho da amplitude de movimento, o aumento da flexibilidade muscular, a melhora da capacidade funcional e o aumento da mobilidade da coluna lombar. Para se entender um pouco da aplicabilidade da técnica e de seus benefícios, houve a necessidade de se explicar um pouco sobre o sistema nervoso e a anatomia e biomecânica da coluna lombar. Pois, acredita-se como relatado anteriormente que o objetivo da mobilização neural é de melhorar a neurodinâmica e reestabelecer o fluxo axoplasmático, fazendo com que haja a homeostasia dos tecidos nervosos que consequentemente promove o retorno às suas funções normais. Isto justifica os benefícios alcançados como resultado desta pesquisa e verifica-se a importância do fisioterapeuta ter tal conhecimento. 10 Espera-se que este levantamento de revisão literária venha servir de base tanto para outros estudos como para os próprios profissionais desta área que almejam alcançar resultados satisfatórios em seus pacientes com o diagnóstico de lombociatalgia. Sugere-se ainda, que novos estudos sejam realizados, de preferência do tipo ensaios clínicos randomizados, para que haja melhor aperfeiçoamento e validação desta técnica no âmbito da fisioterapia traumato-ortopédica. Referências ABREU, AC; GODINHO, IO; Aquino MS. Efeito da Técnica Neurodinâmica na Mobilidade da Coluna Lombar. Ter Man [Serial on the internet]. 2007; 5(22). Available from: http://www.terapiamanual.net. ALMEIDA, Emanuela Freire. Mobilização Neural: Interpretação e efeitos. Saúde em Diálogo, Fortaleza, n.1, v.II, P.07-13, jan-jun, 2011 BOEING M. Análise da eficácia de técnicas de mobilização neural para pacientes com lombociatalgia [Trabalho de conclusão de curso]. Cascavel: Universidade Estadual do Oeste do Paraná, 2004. BRASIL et al. Diagnóstico e Tratamento das Lombalgias e Lombociatalgias. Revista Brasileira de Reumatologia. V. 44, n. 6, p. 419-425, nov./dez., 2004. BUTLER, David S.; JONES, Mark A. Mobilização do sistema nervoso. Tradução de Juliana Frare. Barueri: Manole, 2003. CECIN, H. A. Consenso brasileiro sobre lombalgias e lombociatalgias. Sociedade Brasileira de Reumatologia - Comitê de coluna vertebral. Uberaba, Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, 2000. CLELAND JA et al. Slump stretching in the management of non-radicular Low back pain: A pilot clinical trial. Man Therapy [Serial on the internet]. 2006; 11. Available from: http://www.sciencedirect.com/science. COX J.M. Dor lombar: mecanismos, diagnósticos e tratamento. São Paulo. Editora Manole, 2002. DOSANI, A.; GIANNOUDIS, P. V.; WASEEM, M.; Hinsche, A.; SMITH, R. M. Unusual presentation of sciatica in a 14-year-old girl. Injury 2004, 35, 1071-1072. DUTTON M. Fisioterapia ortopédica: Exame, Avaliação e Intervenção. São Paulo: Artmed, 2006. FONTEQUE, MA; PETRY, CO; SALGADO, ASI; PACHECO, MTT. Estudo da eficácia da mobilização do sistema nervoso e do alongamento passivo para ganho de amplitude de movimento de flexão de quadril. [citado 3 jun. 2008]. Disponível em: http://www.inicepg.univap.br/INIC_2005/epg/EPG4/EPG416%20ok.pdf GRAAFF, Kent M. Van de. Anatomia humana. 6ª ed. São Paulo, Editora Manole, 2003, p. 128. HALL, Susan J. Biomecânica básica. 4ª ed. Editora Guanabara Koogan, 2005, p. 267, 269, 272, 273 e 274. HALL, T. Mobilização neural - novo conceito manipulativo. Revista do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Mai. 2004. HÜTER-BECKER, Antje; DÖLKEN, Mechthid. Fisioterapia em neurologia. São Paulo. Editora santos, 2008, p.15. JESUS, Claudia Schneck. A mobilização do sistema nervoso e seu efeito no alongamento da musculatura ísquiotibial. Revista Terapia Manual, Londrina, v. 2, n. 4, p. 162 – 165, 2004. KNOPLICH, J. Enfermidades da coluna vertebral – uma visão clínica e fisioterapêutica. 3ed., São Paulo: Robe, 2003. 11 KOBAYASHI, S.; YOSHIZAWA, H.; YAMADA, S. Pathology of lumbar nerve root compression. Part 2: morphological and immunohistochemical changes of dorsal root ganglion. J Orthop Res 2004, 22, 180188. LIMA, Emyle Martins et al. Mobilização neurodinâmica e regeneração nervosa preriférica: revisão bibliográfica. Revista Pesquisa em Fisioterapia. Salvador, 2013 Jul; 1(3): 67-68. LOPES, RSD et al. Influência do alongamento muscular e da mobilização neural sobre a força do músculo quadríceps. ConScientiae Saúde 2010 nov; 9(4): 603-9. MACHADO, Angelo. Neuroanatomia fincional. 2ª ed. São Paulo, Editora Atheneu, 2002, p. 17, 18, 19 e 20 e 21) MACHADO, Guilherme Fortes; BIGOLIN, Simone Eickhoff Estudo comparativo de casos entre a mobilização neural e um programa de alongamento muscular em lombálgicos crônicos. Fisioterapia em movimento. Curitiba, v. 23, n. 4, out./dez. 2010. MAGEE, D. J. Avaliação Musculoesquelética. 4 ed. São Paulo: Manole, 2005. MALLMAN, Juliana Scmatz et al. Prevenção de hipotrofia muscular pelo uso da mobilização neural em modelo experimental de ciatalgia. Revista brasileira de fisiologia do exercício. São Paulo, v.11, n. 01, p. 13-16, jan./mar. 2012. MARINZECK, S. Mobilização neural - aspectos gerais. São Paulo, 2000. Disponível em: <http://www.terapiamanual.com.br/br/artigos.php>. MENDES R. Patologia do trabalho. 2ª ed. São Paulo. Editora Atheneu; 2005. MIRANDA, Edalton. Bases de Anatomia e Cinesiologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2004. MONNERAT, Eduardo; PEREIRA, João Santos. A influência da técnica de mobilização neural na dor e incapacidade funcional da hérnia de disco lombar: Estudo de caso. 2010. Disponível em: www.tmobrasil.com.br/tmo/pdf/Artigo5.pdf MOORE, Keith L.; AGUR, Anne M. R. Fundamentos da anatomia clínica. 2ª ed. Editora Guanabara Koogan. Rio de janeiro, 2004, p. 235. MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F. Anatomia orientada para a clínica. 4ª ed. Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan, 2001, p.380, 382, 388 e 389. MORÁN, A. F. Criterios científicos actuales en el tratamiento del paciente con hernia discal lumbar. Rev Cubana Med Milit 2001, 30(1), 27-35. NEGRELLI, Wilson Fábio. Hérnia discal: procedimento e tratamento. Acta de Ortopedia Brasileira. São Paulo, v.9, n.4, out-dez, 2001; O’SULLIVAN, Suzan B; SCHMITZ, Thomas Junior. Fisioterapia: Avaliação e Tratamento. 4ª ed. Barueri: Editora Manole: São Paulo, 2004. OLIVEIRA HFO Junior, TEIXEIRA AH. Mobilização do sistema nervoso: avaliação e tratamento. Fisioterapia em Movimento. Curitiba, v. 20, n.3, p. 41-53, jul./set. 2007. PEREIRA, André Guimarães. Os efeitos clínicos de técnicas de terapia manual na cervicobraquialgia (CBO) – Um estudo de caso. Tubarão, 2005. PINTO, Douglas S.; ZEINEDIN, Samir; VIEIRA, Viviane. Mobilização Neural como tratamento da dor em pacientes com lombalgia e lombociatalgia. Foz do Iguaçú-PR, 2010. Disponível em: http://www.terapiamanual.net. 12 ROSSI, P.; CARDINALLI, P.; SERRAO, M.; PARISI, L.; Bianco, F. Magnetic ressonance imaging findings in piriformis syndrome: a case report. Arch Phys Med Rehabil 2001, 82, 519-521. SHACKLOCK M. Neurodinâmica clínica. Uma nova abordagem de tratamento da dor e da disfunção musculo-esquelética. São Paulo: Elsivier, 2007. TORTORA, Gerard J.; GRABAWOSKI, Sandra Reynolds. Princípios da anatomia e fisiologia. 9ª ed. Rio de janeiro. Editora Guanabara Koogan, 2002, p. 186 e 187. VASCONCELOS, Danilo de Almeida; LINS, Lívia Cristina Rodrigues Ferreira and DANTAS, Estélio Henrique Martin. Avaliação da mobilização neural sobre o ganho de amplitude de movimento. Fisioterapia em movimento. 2011, vol.24, n.4, pp. 665-672. ISSN 0103-5150. VERAS, Lariss Sales Téles et al. Avaliação da dor em portadores de hanseníase submetidos à mobilização neural. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.18, n.1, p.31 - 36, 2011. ZAMBERLAN, Andressa Luiza; Kerppers, Ivo Ilvan. Mobilização neural como um recurso fisioterapêutico na reabilitação de pacientes com acidente vascular encefalico - revisão. Revista Salus, Guarapuava- Paraná, v. 1, n. 2, p. 185 – 191, 2007.