SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR SARGENTO NADER ALVES DOS SANTOS SÉRIE/ANO:2ª Série TURMA(S): A, B,C, D DISCIPLINA: Sociologia DATA: ____ / ____ / 2015 PROFESSOR (A): FERNANDA BARBOSA FERNANDES OLIVEIRA ATIVIDADE COMPLEMENTAR ALUNO (A):____________________________________________________________ Nº_______ AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS “Desde que nascemos, começamos a aprender as regras e os procedimentos que devemos seguir na vida em sociedade. À medida que a criança cresce e passa a entender melhor o mundo em que vive, percebe que em todos os grupos de que participa existem certas regras importantes, certos padrões de comportamento que a sociedade considera fundamentais. Essas regras, instituídas pelos nossos antepassados, sofreram modificações ao longo do tempo. A sociedade exerce pressão sobre cada indivíduo para que todas elas sejam cumpridas”. 1- O que é INSTITUIÇÃO SOCIAL São todas aquelas estruturas sociais ou formas de organização estáveis como a Família, a Igreja, a Escola ou uma Empresa, que são baseadas em regras e procedimentos padronizados, socialmente reconhecidos, aceitos, sancionados e seguidos pela sociedade. Em outras palavras, poderíamos dizer também que são os modos de pensar, de sentir e agir que a pessoa, ao nascer, já encontra estabelecidos e cuja mudança se faz muitas vezes com dificuldades. E mais, elas existem para satisfazer necessidades e servem como formas de controle social. 2- Grupo Social e Instituição Social Os grupos sociais são reuniões de indivíduos com objetivos comuns, em processo de interação. Enquanto as instituições sociais se referem às regras e procedimentos que se aplicam a diversos grupos. 3- Interdependência entre as Instituições Nenhuma instituição existe isolada das outras. Há sempre uma relação de interdependência, no sentido de que qualquer alteração em determinada instituição pode acarretar mudanças maiores ou menores nas outras. Ex: a libertação dos escravos, a mulher no trabalho fora de casa, a Internet, a questão salarial, etc. 4- Principais tipos de Instituição Não descartando as demais, consideramos que as principais instituições sociais são: a Família, o Estado, as instituições Educacionais, e Igreja e as instituições Econômicas. 4.1 – A Família É aquele tipo de agrupamento social cuja estrutura varia em alguns aspectos no tempo e no espaço. Essa variação pode se referir ao número e à forma de casamento, ao tipo de família e aos papéis familiares. Números de casamentos Neste caso, a família pode ser monogâmica ou poligâmica. A família monogâmica é aquela em cada marido e cada mulher tem apenas um cônjuge. A família poligâmica é aquela em que cada esposo pode ter dois ou mais cônjuges. Entre os esquimós e algumas tribos do Tibet ocorre a poliandria (casamento de uma mulher com dois ou mais homens). Já em certas tribos africanas, entre os mórmons e os muçulmanos, ocorre a poliginia (casamento de um homem com várias mulheres). Formas de casamento Temos a endogamia e a exogamia. Endogamia quer dizer casamento permitido apenas dentro do mesmo grupo, da mesma tribo. Esta era uma forma muito comum entre os povos primitivos, e encontrada ainda hoje no sistema de castas da Índia e curiosamente em algumas famílias do Nordeste brasileiro. Exogamia trata-se da união com alguém fora do grupo, entre pessoas de religião, raça ou classe social diferentes. É encontrado na maioria das sociedades modernas. Tipos de famílias e suas funções Entre várias possibilidades, vamos classificar a família em dois tipos básicos: Conjugal ou nuclear – é o grupo que reúne marido, mulher e filhos; Consangüínea ou extensa – além do casal e seus filhos, reúne outros parentes, como avós, netos, genros, noras, primos e sobrinhos. Entre as principais funções da família podem ser destacadas: Sexual ou reprodutiva – satisfação dos impulsos sexuais dos cônjuges e a perpetuação da espécie humana; Econômica – assegurar os meios de subsistência e bem-estar de seus membros; Educacional – transmissão dos valores e padrões culturais da sociedade. Papéis familiares Nos últimos anos percebeu-se uma transformação profunda quanto aos papéis familiares. O pai já não é mais o “chefe da família” e nem a mãe a “rainha do lar”. Ou seja, os filhos são criados por pai e mãe que trocam constantemente de papéis entre si. Da mesma forma, os índices de divórcio cresceram acentuadamente. Nos EUA, por exemplo, a proporção de divórcio em relação ao número de casados quadruplicou em apenas trinta anos. Ao mesmo tempo, o número de filhos de mães solteiras subiu bastante também. Por outro lado a função nuclear reprodutiva está igualmente ameaçada: a fertilidade caiu tão drasticamente na Itália, Espanha e Alemanha que esses países estão em via de perder 30% da população em cada geração. A nova família é também monoparental. Em muitos casos, os filhos moram só com o pai ou só com a mãe. Uma curiosidade, no entanto. Apesar das transformações verificadas especialmente nos últimos trinta anos, o modelo de família nuclear parece continuar predominando. A instituição familiar no Brasil Em primeiro lugar devemos destacar que as mudanças ocorridas nos últimos anos estão relacionadas com o tipo de vida característico da sociedade industrial. Outro ponto a considerar, agora do ponto de vista legal, é a aprovação da Lei do Divórcio em 1977. Tanto é que o objetivo do casamento deixa de ser apenas a constituição de um lar, com muitos filhos, de preferência, e passa a ser o estabelecimento de uma comunhão de vida entre os cônjuges. Outra inovação é o fato da responsabilidade da família passar a caber igualmente aos dois integrantes do casal, com os mesmos direitos, e não mais apenas ao pai como “chefe da família”. Bem como, em caso de separação, a guarda dos filhos não cabe mais exclusivamente à mãe, mas ao cônjuge que estiver em melhores condições. Com toda justiça, cabe destacar que todas essas mudanças apenas dão cunho legal às transformações que estão ocorrendo na sociedade brasileira, na qual a mulher vem assumindo um papel destacado na estrutura familiar. 4.2 – A Igreja Uma coisa é fato, todas as sociedades conheceram e conhecem alguma forma de religião. E enquanto a origem de todas as outras instituições pode ser encontrada nas necessidades físicas do homem, a religião não corresponde a nenhuma necessidade material específica. De certa forma, cada povo tem nas crenças religiosas um fator de estabilidade social e de obediência às normas sociais da sociedade. Por isso, dizemos que a religião sempre desempenhou uma função importante e indispensável. Bom, geralmente, todas as religiões têm seu lugar de culto: igrejas, templos, mesquitas, sinagogas, etc. E assim como a família, a religião, ou as religiões também sofreram muitas mudanças. As religiões ocidentais sofreram profundas mudanças com o desenvolvimento da economia industrial, sendo que o progresso da ciência e da arte deu ao homem uma nova visão de si mesmo e da vida em geral. De certa forma, a partir desta nova situação, as várias religiões no mundo têm procurado conciliar suas doutrinas com o conhecimento científico. Outra tendência é dar mais ênfase aos valores sociais do que aos dogmas religiosos. Prova disso é o surgimento, na Igreja Católica, da doutrina da Teologia da Libertação. Por outro lado, há também grupos conservadores que defendem o apego à tradição, como a TFP, algumas igrejas “renovadas” (Evangélicas), entre eles o movimento da Renovação Carismática (Igreja Católica) etc. Percebe-se também um crescimento exagerado das mais diferentes seitas religiosas. Tal crescimento, possivelmente deve-se a fatores como: instabilidade social, dificuldades econômicas, crescimento demográfico, miséria e insegurança. Tais incertezas acentuam as crises existenciais dos seres humanos, que se voltam para a religião, na tentativa de encontrar uma saída para seu desamparo e sua angústia. Devido a situação do mundo atual citada acima, percebe-se também diversas formas de renovação religiosa no cristianismo, no islamismo e no judaísmo nas últimas duas décadas. Enfim, é inegável que a Religião continua sendo uma das principais instituições a influir no comportamento humano. Porém, ela não constitui condição imprescindível da ordem social. Uma curiosidade: das grandes religiões, o islamismo é a que mais cresce no mundo. 4.3 – O Estado Todos os recursos recolhidos pelo Estado, teoricamente deveriam ser investidos em investimentos de infra-estrutura e preste os serviços sociais básicos à população, além, claro, manter a máquina administrativa do Estado. Para retirar estes recursos da população, o Estado se baseia numa qualidade que é a essência dele mesmo: seu poder de coerção. Esse poder autoriza o Estado e recorrer a várias formas de pressão para fazer valer seu direito de cobrar impostos. Direito e poder do Estado Em qualquer sociedade, apenas o Estado tem o direito de recorrer à coação para obrigar os indivíduos a cumprir suas leis. É inegável que o Estado é o mais importante agente de controle social de uma sociedade. Ele exerce essas funções por meio de leis e, em última instância, pelo uso da força e da violência legítima, desde que baseado na lei. Nas democracias representativas, como já sabemos, o poder do Estado se distribui pelos poderes Executivo (governo, administração pública, forças armadas), Legislativo (Congresso Nacional, Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores) e Judiciário (órgãos da Justiça). Alguns componentes do Estado O Estado é essencialmente um agente de controle social. Difere de outras instituições como a família e a Igreja, que também exercem controle, na medida em que tem poder para regular as relações entre todos os membros da sociedade. Os três componentes mais importantes do Estado são: Território; População; Instituições políticas (principalmente os três poderes e os diversos órgãos administrativos que compõe o governo). Estado, nação e governo Veja: a NAÇÃO é um conjunto de pessoas ligadas entre si por vínculos permanentes de idioma, religião, tradições, costumes e valores; é anterior ao Estado, podendo até existir sem ele (Ex: Ciganos, Palestinos e os Judeus antes da criação do Estado de Israel). Já um ESTADO pode compreender várias nações, como é o caso do Reino Unido ou Grã-Bretanha, formada pela Escócia, Irlanda do Norte, País de Gales e Inglaterra. Logo o Estado é uma nação com um conjunto de instituições políticas, entre as quais um GOVERNO que é um componente transitório do Estado que é permanente. Interessante lembrar que nas democracias, a base da organização do Estado é sua Constituição, que estabelece as normas referentes aos poderes públicos e afirma os direitos e deveres dos cidadãos. Estado e formas de governo O governo pode adotar as seguintes formas: monarquia ou república. Há, no entanto, variações nestas formas de governo. Em países da Europa (Grã-Bretanha, Espanha, Suécia e Noruega) existem as chamadas monarquias institucionais (que também podem ser parlamentaristas). E em outros países a república parlamentarista e ainda a presidencialista. 4.4 - Escola Em um país onde o analfabetismo ainda assusta, o processo seletivo para a universidade é excludente, falar das instituições educacionais e da própria escola, é muito sério. A Escola pode ser vista como um grupo social ou como instituição. Ou seja, por um lado ela é uma reunião de indivíduos com objetivos comuns e em contínua interação. Mas é também uma estrutura mais ou menos permanente que reúne normas e procedimentos padronizados, altamente valorizados pela sociedade, cujo objetivo principal é a socialização do indivíduo e a transmissão de determinados aspectos da cultura e do conhecimento. Objetivos da Educação É por meio da educação que os povos transmitem às gerações mais jovens sua herança cultural, seus conhecimentos, seu modo de vida e suas regras e valores. Ao passar por ela, os indivíduos adquirem as informações e condições necessárias para uma vida ativa (inclusive econômica) em sociedade e são preparados para conviver com os outros de acordo com as normas dos grupos sociais a que pertencem. O processo educativo Já vimos que a educação pode ser: Informal (assistemática ou difusa); Formal (sistemática) A educação formal tem recebido uma atenção especial dos governos (ou deveria) pelo fato de não ser mais possível pessoas com pouca ou sem nenhuma instrução progredir profissionalmente. A educação (formal) passa a ser cada vez mais um instrumento vital para que o indivíduo possa enfrentar os desafios da sociedade contemporânea. A Escola e as novas tecnologias Um ponto que merece muita atenção e reflexão é o uso de novas tecnologias na educação. A Internet e os diversos meios de comunicação vieram para provocar mudanças na educação. Ao mesmo tempo em que traz inúmeras vantagens, e isto é indiscutível, traz o problema da socialização, da falta de contato físico e a pesquisa direto nas fontes. Ou seja, a educação não poderá em hipótese alguma se reduzir a estes novos equipamentos. É preciso reforçar a socialização dos alunos, procurando preservar as relações humanas e evitar o individualismo. Para responder: 01)Nosso modelo de educação, de escola, é democrático? Justifique. 02) Somos críticos? Nos utilizamos da educação para sermos agentes sociais? Comente.