Mercante, F.M. et al., 2002. 65 REVISÃO IMPORTÂNCIA DOS COMPOSTOS FENÓLICOS NAS INTERAÇÕES ENTRE ESPÉCIES LEGUMINOSAS E RIZÓBIO FÁBIO MARTINS MERCANTE1 SÍLVIA REGINA GOI 2 AVÍLIO ANTONIO FRANCO3 ABSTRACT: MERCANTE, F. M., S. R. GOI & A. A. FRANCO. Importance of phenolics compounds in the interactions between leguminous species and rhizobia. The molecular signal exchange initiates with the exsudation of chemical compounds (flavonoids and betaines) by the host plant, which induce the expression of the rhizobia nodulation genes. In turn, the bacteria sinthetize compounds known as nodulation factors (Nod factors), which consist of lipo-chitin oligosaccharides. The Nod factors are responsible for the initial phenothypic alterations that occur in the roots of the host plant, such as root hair deformation and proliferation leading to the nodule formation. This review article focus on the mechanisms and factors envolved in molecular signals exchange in the early stages of the root nodule morphogenesis with emphasis on the host plant signals. KEY WORDS: Flavonoid; rhizobia; leguminous; nod genes; Nod factors. INTRODUÇÃO As bactérias do solo pertencentes aos gêneros Rhizobium , Bradyrhizobium , Azorhizobium, Sinorhizobium e Mesorhizobium , comumente referidas como rizóbios, são capazes de associarse simbioticamente com espécies leguminosas, formando estruturas altamente especializadas, os nódulos radiculares. No caso de Azorhizobium spp., esses nódulos também podem ser formados no caule. Estas bactérias diferenciam-se em bacteróides nos nódulos da planta hospedeira, fixando nitrogênio pela redução do nitrogênio atmosférico à amônia. Em troca, a planta supre a bactéria com fontes de energia e carbono para sua manutenção. 1 Autor correspondente. Pesquisador da EMBRAPA – Centro de Pesquisa Agropecuária do Oeste (CPAO). Rodovia BR 163, Km 253, Caixa Postal 661, 79804-970, Dourados (MS). Fax: ++55-67-421-0811. E-mail: [email protected] 2 Professora do Instituto de Floresta da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Km 47, 23851-970, Seropédica (RJ). 3 Pesquisador da EMBRAPA-Centro Nacional de Pesquisa de Agrobiologia (CNPAB). Km 47, 23851-970, Seropédica (RJ). Fax: ++55-21-682-1230. Este processo de nodulação é controlado, em grande parte, pela troca de sinais entre a bactéria simbionte e a planta hospedeira. Nos estádios iniciais de formação dos nódulos radiculares, a espécie hospedeira libera sinais na sua rizosfera, identificados como compostos fenólicos (flavonóides) e betaínas, que são percebidos pela bactéria, desencadeando a expressão coordenada de uma série de genes da nodulação - nod / nol /noe, referidos coletivamente como nod (Long, 1989; Martínez et al., 1990; Krishnan et al., 1995). Os genes da nodulação da bactéria são essenciais para a infecção da raiz do hospedeiro e estabelecimento do nódulo (Stacey et al., 1995). Na maioria das espécies de Rhizobium, os genes que controlam a nodulação, a especificidade hospedeira e a fixação de nitrogênio estão localizados num plasmídeo grande, chamado plasmídeo simbiótico - “pSym” (Banfalvi et al., 1981; Hooykaas et al. , 1981). Em Bradyrhizobium e Azorhizobium, a informação genética para a simbiose encontra-se no cromossoma (Noti et al. , 1985; van den Eede et al., 1987; Long, 1989). 66 De modo geral, esta simbiose é uma interação específica, em que cada espécie de Rhizobium forma nódulos num número específico e limitado de espécies de leguminosa hospedeira (Mulligan & Long, 1985; van Rhijn & Vanderleyden, 1995). A associação simbiótica entre estirpes de rizóbio e espécies leguminosas é um processo complexo, que envolve a expressão de genes simbióticos da planta hospedeira e do microssimbionte. Nesta simbiose, a formação de nódulos radiculares fixadores de nitrogênio abrange diversas etapas de comunicação para coordenar a expressão do gene e o desenvolvimento entre macro e microssimbionte. A troca inicial de sinais envolve a ativação da expressão do gene nod do rizóbio pelos compostos flavonóides produzidos pelas plantas (Peters et al. , 1986; Rossen et al., 1987; Zaat et al. , 1989). Os flavonóides liberados pela planta induzem a transcrição dos genes “comuns” da nodulação, nodABC (Long, 1989). Este processo é controlado pelo produto do gene regulatório nodD (proteína NodD), que interage com os flavonóides (Rossen et al., 1985; Peters et al., 1986; Redmond et al., 1986; Maxwell et al., 1989). Os genes nodABC são encontrados em todas as espécies de rizóbio e são requeridos para a biossíntese das moléculas de lipooligossacarídeos ou oligossacarídeos lipoquitínicos, coletivamente chamados “fatores Nod” (Lerouge et al., 1990; Göttfert, 1993; Schultze et al., 1994; López-Lara et al., 1995). Estes metabólitos Nod representam, assim, os sinais que a bactéria envia para a planta, provocando o encurvamento do pêlo radicular, o início da divisão celular no córtex da raiz e a indução do meristema do nódulo (Lerouge et al., 1990; Spaink et al., 1991; Truchet et al., 1991; Schultze et al., 1992). De modo geral, poucos indutores são liberados pela planta hospedeira, sendo provável que a indução dos genes nod, em resposta a flavonóides específicos, possa © Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro Importância dos compostos fenólicos resultar de uma evolução adaptativa, que dá ao rizóbio vantagens competitivas na rizosfera da leguminosa hospedeira (Redmond et al., 1986). Uma exceção ao pequeno número de flavonóides normalmente exsudados pelas leguminosas foi observada por Hungria et al. (1991a, b), que relataram vários indutores liberados de sementes e raízes de uma cultivar de feijão preto. Contudo, estas descobertas recentes, que buscam um melhor entendimento do processo de troca de sinais nas interações entre plantas e bactérias, conduzindo à infecção e formação dos nódulos, podem conduzir a resultados significativos de aumento da nodulação e capacidade competitiva das estirpes de bactéria. Esta revisão visa, principalmente, enfocar os mecanismos e fatores envolvidos na troca de sinais moleculares nos estádios mais iniciais de formação dos nódulos radiculares, com ênfase nos sinais (compostos fenólicos, coletivamente designados flavonóides) liberados pelas plantas hospedeiras. EVENTOS INICIAIS DA INTERAÇÃO RIZÓBIO-LEGUMINOSA A infecção radicular por rizóbio é um processo que envolve várias etapas, iniciando-se pelos eventos de pré-infecção na rizosfera. Nestes eventos iniciais, as bactérias mostram “quimiotaxia”, ou seja, reação a gradientes químicos, a diversas substâncias exsudadas pelas plantas hospedeiras. Entre estas substâncias exsudadas incluem-se carboidratos, aminoácidos, além de compostos fenólicos (flavonóides), que servem não apenas como indutores do gene da nodulação- “nod”, mas também como quimioatraentes para a bactéria, promovendo a colonização da rizosfera (Aguilar et al., 1988; CaetanoAnollés et al., 1988; Peters & Verma, 1990; Barbour et al., 1991). A importância da quimiotaxia e motilidade da bactéria na simbiose com Revista. Universidade. Rural, Série. Ciências da Vida Vol. 22, n.1, p.65-81, 2002. Mercante, F.M. et al., 2002. leguminosas tem conduzido a diversos estudos, com diferentes espécies de rizóbio. Neste contexto, a motilidade da bactéria tem sido indicada como um importante fator na competição entre estirpes de Bradyrhizobium japonicum para nodulação. Hunter & Fahring (1980) observaram que mutantes incapazes de mover-se formaram apenas 20% dos nódulos em plantas inoculadas com o mesmo número de bactérias que se moviam. O envolvimento da quimiotaxia do rizóbio em direção aos flavonóides, no início da formação dos nódulos radiculares, tem sido sugerido como um possível efeito na especificidade hospedeira (Aguilar et al. , 1988). No entanto, outros autores, como Gaworzewska & Carlile (1982), investigaram os efeitos quimiotáticos de exsudatos radiculares brutos e fracionados de plantas hospedeiras e não hospedeiras, em diferentes espécies de Rhizobium , e nenhuma correlação direta entre o efeito quimiotático e a nodulação específica foi encontrada. Diversos compostos flavonóides exsudados de sementes e raízes de leguminosas têm sido identificados como substâncias indutoras do gene nod em vários sistemas planta-rizóbio (Firmin et al., 1986; Peters et al., 1986; Redmond et al., 1986). Caetano-Anollés et al. (1988) observaram uma estreita correlação entre as habilidades indutoras dos genes nod de R. meliloti e os efeitos quimiotáticos de flavonóides. Para R. leguminosarum bv. viciae, esta correlação entre a indução dos genes nod e a quimiotaxia foi menos pronunciada (Armitage et al., 1988). Os resultados obtidos por Aguilar et al. (1988) não indicaram uma correlação entre a quimiotaxia de R. leguminosarum bv. phaseoli em direção aos flavonóides e a indução dos genes nod para estas substâncias. Após a colonização da rizosfera, as bactérias aderem-se aos pêlos radiculares das plantas, induzindo-lhes o encurvamento 67 e, posteriormente, o início da formação do meristema do nódulo (Lerouge et al., 1990; Truchet et al., 1991; Spaink et al., 1991). Ocorre, então, a dissolução da parede celular, permitindo a entrada da bactéria nas raízes. Este processo dá início à formação de um cordão de infecção, que se desenvolve e estende-se até o córtex da raiz, transportando a bactéria para o meristema do nódulo (Bauer, 1981; Verma, 1992). Os processos de divisão das células do córtex e indução do meristema nodular, que se iniciaram antes da penetração das bactérias, são incrementados, formando o primórdio do nódulo. Os cordões de infecção entram nas células desses primórdios, em cujo citoplasma as bactérias são liberadas envoltas em uma membrana (Robertson & Lyttleton, 1982). As bactérias continuam crescendo e, por último, diferenciam-se em bacteróides capazes de fixar N2 (Vincent, 1980; Hungria, 1994). OS GENES DA NODULAÇÃO DE RIZÓBIO- ÊNFASE NOS ESTUDOS DOS GENES “NOD” Os genes requeridos nos estádios mais iniciais do processo de infecção são classificados de acordo com suas propriedades funcionais, quando transferidos para outras espécies de rizóbio ou para alguma bactéria relacionada, como Agrobacterium tumefaciens. Desta forma, os genes do rizóbio “essenciais” à infecção e formação do nódulo podem ser divididos em duas classes. Uma classe inclui os genes envolvidos na formação da superfície celular da bactéria, tais como os genes determinantes da síntese de exopolissacarídeos (genes “exo”), lipopolissacarídeos (genes “lps”) e 1,2-bglucanos (genes “ndv”), ligados ao desenvolvimento nodular. Mutações nestes genes podem afetar o processo de infecção de várias maneiras, como, por exemplo, incapacitando a formação dos cordões de infecção, que resultaria na formação de nódulos vazios, não fixadores de N2 - 68 “fenótipo Nod+ Fix-” (Arnold et al., 1994). Tem sido sugerido um possível envolvimento dos genes exo e lps na determinação da especificidade hospedeira, mas nenhuma evidência mais clara mostrou que os componentes da superfície celular do rizóbio são os determinantes principais da especificidade hospedeira (Gray & Rolfe, 1990; Reuber et al., 1991). A segunda classe dos “genes essenciais” consiste dos genes da nodulação- “nod/ nol / noe” , que resultam em alterações no processo de infecção, quando mutados. A inativação dos genes desta classe de genes da nodulação podem resultar em diversos fenótipos na planta, como ausência de nodulação (Nod- ), nodulação tardia, porém, efetiva (Nodd Fix+), ou uma mudança na faixa de hospedeiro. O papel de cada gene nod é, então, determinado pela alteração no fenótipo da nodulação, causada pelo mutante do rizóbio. Alguns genes nod apresentam um grau elevado de homologia, podendo ser trocados entre diferentes espécies e biovares de rizóbio, sem que percam suas propriedades funcionais. Os genes nod incluídos nesta categoria são designados como “genes nod comuns” (Kondorosi et al., 1989; Djordjevic et al., 1985). Por outro lado, alguns genes nod estão envolvidos na nodulação de um hospedeiro específico e são, por isso, chamados de “genes nod específicos do hospedeiro”- “hsn” (Kondorosi et al., 1989). Estes genes não apresentam homologia genética ou funcional entre as espécies de rizóbio, não podendo, assim, ser substituídos pelos alelos de um rizóbio de outra espécie (Kondorosi et al., 1989). Numa outra categoria dos genes nod, estão incluídos os genes classificados como “regulatórios”. Neste caso, a regulação da expressão dos genes nod é controlada pelos genes nodD, que estão presentes em todas as espécies de rizóbio, em uma ou mais cópias (Mulligan & Long, 1989). © Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro Importância dos compostos fenólicos Os genes nod “comuns” Os genes “comuns” nodA, nodB e nodC estão presentes em todas as estirpes de rizóbio e são chamados de “induzíveis”, porque não são expressos constitutivamente, precisando, pois, de um indutor (Mulligan & Long, 1985). A transcrição dos genes nodA, nodB e nodC é essencial aos estádios de pré-infecção, especialmente, para divisão celular do córtex da planta e deformação dos pêlos radiculares (Kondorosi et al., 1989; Djordjevic et al., 1985). Na maioria das estirpes de rizóbio, os genes nodA , nodB e nodC, que são responsáveis pela síntese da estrutura Nod básica, estão no mesmo operon- nodABC. O plasmídeo simbiótico (pSym) de estirpes tipo I de R. leguminosarum bv. phaseoli, os biovares americanos que foram recentemente reclassificados como R. etli (Segovia et al., 1993), representa uma exceção, já que o nodBC é separado do nodA por 20 Kb (Girard et al., 1991; Vázquez et al., 1991). Contudo, estudos realizados recentemente por Ritsema et al. (1996) indicam que o conceito de nodA como um “gene nod comum” deve ser revisado, uma vez que nos sistema genético usados nestes estudos, a troca do gene nodA de R. leguminosarum bv. viciae pelo gene nodA de Bradyrhizobium sp. (ANU289) resultou no fenótipo Nod- em Vicia. Genes nod “específicos do hospedeiro”hsn Os genes nod específicos do hospedeiro (hsn) são necessários para a nodulação de uma planta hospedeira específica (Kondorosi et al., 1989). Na maioria dos casos, as mutações não podem ser totalmente complementadas pela introdução de genes correspondentes de outra espécie de rizóbio. A maior parte das mutações resulta em alterações ou extensão na faixa de hospedeiro. Em R. Revista. Universidade. Rural, Série. Ciências da Vida Vol. 22, n.1, p.65-81, 2002. Mercante, F.M. et al., 2002. meliloti, por exemplo, mutantes nodH perderam a habilidade de nodular seu hospedeiro homólogo (alfafa), e passaram a nodular Vicia, um hospedeiro heterólogo. Os mutantes nodQ-, por outro lado, foram capazes de infectar alfafa e Vicia (Faucher et al., 1989; Horvath et al., 1986). Gene “regulatório” nodD A expressão dos genes nod estruturais do rizóbio requer a presença de um sinal da planta, geralmente flavonóides, e a presença de uma proteína regulatória “NodD”. A proteína NodD se liga a sequências de DNA que precedem os genes nod a serem ativados (Kondorosi et al., 1989). Estas sequências de nucleotídeos, com 47 pares de base, são semelhantes em diversas espécies de rizóbio, e foram denominadas nod “boxes” (Göttfert et al., 1986; Spaink et al., 1987; Fisher et al., 1988). Na presença de exsudatos (indutores) liberados pelas sementes e raízes, a proteína NodD se liga ao nod “box”, atuando como um ativador transcricional (Fisher et al., 1988). O sistema regulatório NodD está presente em todas as estirpes de rizóbio investigadas até o momento, havendo uma variação entre as espécies, quanto ao número de cópias presentes. Em R. leguminosarum bv. viciae e R. leguminosarum bv. trifolii há apenas uma cópia do gene nodD (Innes et al., 1985; Bassam et al., 1988; Schlaman et al. , 1992); Outras espécies, incluindo R. leguminosarum bv. phaseoli, R. tropici, R. meliloti e R. fredii apresentam duas ou mais cópias relacionadas do gene nodD (Göttfert et al., 1989; van Rhijn et al., 1993). Na estirpe CIAT899 (R. tropici) foram identificados cinco alelos, sendo que o nodD1 contribuiu com a maior parte da atividade e, quando sofreu mutação, a nodulação de L. leucocephala e M. atropurpureum foi inibida completamente, além de ter reduzido a nodulação em P. vulgaris (van Rhijn et al., 1994). 69 O efeito de uma mutação nodD parece ser específica para cada estirpe de rizóbio. R. leguminosarum bv. trifolii e, provavelmente, Azorhizobium caulinodans, apresentam somente uma cópia do gene nodD, e mutantes nodD- não foram capazes de nodular todas as plantas hospedeiras (Innes et al., 1985). Em R. leguminosarum bv. phaseoli, onde há pelo menos três cópias do gene nodD, a eliminação destas cópias impediu completamente a nodulação, embora mutações em um dos genes nodD não tenha inibido a nodulação (Davis & Johnston, 1990 a,b). Um maior detalhamento dos genes da nodulação do rizóbio e suas funções podem ser obtidos, consultando-se revisões recentes, como as de Göttfert (1993), Schultze et al. (1994), Hungria (1994) e van Rhijn & Vanderleyden (1995). SINAIS MOLECULARES LIBERADOS EM EXSUDATOS DE PLANTAS HOSPEDEIRAS Evidências da troca de sinais entre Rhizobium e suas respectivas plantas hospedeiras As estirpes de Rhizobium podem sobreviver no solo por vários anos, sem estar associadas à planta hospedeira (Bottomley, 1992). O pré-requisito para que o rizóbio esteja associado como um microssimbionte, no entanto, é que a planta seja capaz de se comunicar com ele. Embora, há muitos anos atrás, já houvesse especulação sobre esta comunicação entre o Rhizobium e seu hospedeiro, trocando sinais moleculares, as moléculas que proporcionariam tal comunicação só foram evidenciadas muito recentemente. A existência de sinais enviados da planta para a bactéria e viceversa foram deduzidos a partir de um experimento realizado por van Brussel et al. (1986), em que plantas de Vicia sativa subsp. Nigra foram cultivadas sob condições estéreis em meio líquido e, após sete dias, inoculada com R. leguminosarum 70 bv. Viceae. Posteriormente, o sobrenadante desta cultura foi esterilizado por filtragem e utilizado como substrato para V. sativa, também sob condições estéreis. Após sete dias de crescimento, as raízes mostraram respostas positivas quanto à deformação dos pêlos radiculares (fenótipo “Had”- “hair deformation”) e formação de raízes mais curtas e grossas (fenótipo “Tsr”- thick and short root”). Estes fenótipos radiculares foram utilizados para avaliar a resposta do hospedeiro ao microssimbionte específico (Canter-Cremers et al., 1986; van Brussel et al., 1986; Zaat et al., 1987a). Os controles que incluíam plantas crescendo em sobrenadantes de bactérias, que não haviam sido expostas aos exsudatos das plantas, e em exsudatos de plantas que não haviam sido inoculadas com bactérias, foram negativos para os fenótipos “Had” e “Tsr”. Foi constatado, ainda, que “Tsr” e “Had” estavam necessariamente ligados à presença do plasmídeo simbiótico (pSym) e dos genes nodABC da bactéria (van Brussel et al., 1986). Resultados semelhantes foram obtidos com R. leguminosarum bv. Trifolii e plantas de Trifolium repens (Canter-Cremers et al. , 1986). Detecção de sinais indutores dos genes da nodulação do rizóbio Inicialmente, os estudos dos sinais liberados pelas plantas baseavam-se na indução dos fenótipos Had- e Tsr, referentes à deformação dos pêlos radiculares e à formação de raízes mais curtas e grossas, respectivamente (van Brussel et al., 1986). Posteriormente, estas análises foram substituídas por outra mais específica e direta, baseada na indução dos genes nod pelos sinais da planta presentes nos seus exsudatos. Assim, tem-se utilizado plasmídeos, nos quais fragmentos de DNA da região nod são unidos, por um processo denominado de “fusão de genes”, ao gene estrutural lacZ (sem promotor), de Escherichia coli. Com estas construções © Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro Importância dos compostos fenólicos genéticas, denominadas de “plasmídeos repórteres”, a expressão dos genes nod pode ser monitorada pela atividade da enzima b-galactosidase (Mulligan & Long, 1985; Rossen et al., 1985; Innes et al., 1985; Zaat et al., 1987b). Desta forma, este sistema que utiliza um gene repórter pode ser usado para a detecção de fatores derivados da planta (indutores do gene nod), auxiliando na identificação dos compostos responsáveis pela ativação dos genes nod do rizóbio. A expressão dos operons nod induzíveis está sob o controle do produto do gene nod, que, na forma ativada por exsudatos liberados pelas plantas, inicia a transcrição destes operons (Mulligan & Long, 1985; Innes et al., 1985; Rossen et al., 1985; Zaat et al., 1987a). Contudo, as fusões do gene lacZ de E. coli e os genes nod de rizóbio têm sido usadas para monitorar a atividade indutora de vários exsudatos e extratos de plantas, uma vez que a expressão do gene nod está diretamente relacionada à produção da enzima b-galactosidase, que pode ser medida facilmente por métodos colorimétricos (Mulligan & Long, 1985; Boivin et al., 1990; Lam et al., 1990). Assim, a expressão dos genes nod na presença de um sinal da planta (flavonóide) induzem a produção da enzima bgalactosidase, desenvolvendo uma coloração azul na presença de “X-gal” (5bromo-4-cloro-3-indolil-b-D-galactosida), que é o substrato da enzima (Drahos et al., 1986). Outras construções genéticas utilizadas nos estudos de expressão da atividade indutora do gene nod, além desta utilizada com o gene marcador lacZ, acima exemplificada, têm sido obtidas recentemente. O uso de outros genes marcadores nos estudos das interações planta-microrganismo, como o gene gusAcodificador da enzima b-glucuronidase, tem se mostrado bastante apropriados às análises de regulação da expressão de genes (van den Eede et al., 1992; Wilson, Revista. Universidade. Rural, Série. Ciências da Vida Vol. 22, n.1, p.65-81, 2002. Mercante, F.M. et al., 2002. 1995). Tipos de sinais moleculares (indutores) liberados pelas leguminosas. A expressão dos genes nod, conforme apresentado anteriormente, requer a presença de sinais, identificados como compostos fenólicos, na maioria dos casosflavonóides, que são exsudados pela planta hospedeira. Mulligan & Long (1985) conduziram um trabalho pioneiro, utilizando uma construção genética, em que o gene lacZ de E. coli foi inserido após o nodC no plasmídeo de R. meliloti. Desta forma, foi possível detectar que o produto do gene regulatório nodD interagia com um fator ainda desconhecido, presentes em extratos brutos da leguminosa hospedeira e, nesta forma ativada, iniciava a transcrição do operon nodABC (Mulligan & Long, 1985). O primeiro indutor estudado foi isolado de extratos de sementes de alfafa e identificado como um composto fenólico, denominado flavona “luteolina”, que é derivado dos fenilpropanóides (Peters et al., 1986). Após a identificação desse flavonóide (luteolina), outros indutores presentes nas sementes e raízes de outras leguminosas hospedeiras começaram a ser investigados. A grande maioria dos compostos investigados posteriormente foram identificados como flavonóides, que induziram a transcrição dos genes nodABC em estirpes de R. meliloti (Maxwell et al., 1989; Hartwig et al., 1990), Bradyrhizobium japonicum, R. fredii (Kosslak et al., 1987; Kape et al., 1992), R. leguminosarum bv. Viceae (Firmin et al., 1986; Zaat et al. , 1989), R. leguminosarum bv. Trifolii (Innes et al., 1985; Redmond et al., 1986; Djordjevic et al., 1987) e R. leguminosarum bv. Phaseoli (Hungria et al., 1991a, b). Os flavonóides pertencem a uma ampla classe de metabólitos secundários, sendo distribuídos por todo o reino vegetal e sintetizados tanto na parte aérea quanto nas raízes (Harborne, 1967). 71 Os diversos trabalhos que vêm sendo desenvolvidos mostram que as plantas hospedeiras liberam grupos diferentes de flavonóides. Contudo, o espectro de flavonóides é dependente da espécie de planta (Rolfe, 1988) e do estádio de desenvolvimento da planta (Hartwig et al., 1990; Phillips, 1992). Os flavonóides exsudados por sementes e raízes de uma determinada leguminosa consiste de uma mistura de indutores do gene nod fracos e fortes, além de compostos inibidores e ineficazes (Mulligan & Long, 1985; Firmin et al., 1986; Peters et al., 1986; Redmond et al., 1986; Hartwig et al., 1989, 1990; Hungria et al., 1992). Além disso, a exsudação radicular não é uniformemente distribuída ao longo do eixo radicular. Em alfafa, a zona de máxima capacidade indutora do gene nod, a zona de emergência dos pêlos radiculares, também corresponde à zona mais susceptível para a infecção e nodulação (Redmond et al., 1986). O início da simbiose entre a leguminosa e o rizóbio ocorre pelos efeitos indutores dos exsudatos da planta em associação com as proteínas NodD do rizóbio. Flavonóides que induzem os genes nod do rizóbio têm sido identificados em exsudatos de muitas leguminosas (Long, 1989). Entre as diversas estruturas de flavonóides que têm sido reportadas como indutores naturais do gene nod para diversas leguminosas, incluem-se as flavonas (Peters et al., 1986; Redmond et al., 1986), isoflavonas (Kosslak et al., 1987), chalconas (Maxwell et al., 1989), flavanonas (Zaat et al., 1989), antocianidinas (Hungria et al., 1991a) e flavonóis (Hungria et al., 1991b). Recentemente, dois compostos não pertencentes à família dos flavonóides, as betaínas trigonelina e estaquidrina, foram identificadas como substâncias indutoras exsudadas pelas sementes de alfafa, que interagem com a proteína NodD2 (Phillips et al., 1992). No caso do feijoeiro, o principal grupo de compostos indutores liberados pelas 72 sementes foi identificado como antocianinas (delfinidina, petunidina e malvidina) e flavonóis (miricetina e canferol) (Hungria et al., 1991a). Nos exsudatos radiculares foram identificados eriodictiol, naringenina e genisteína como os principais indutores (Hungria et al., 1991b). BolanõsVásquez & Werner (1997) identificaram outros compostos flavonóides indutores dos genes nod em exsudatos radiculares de feijoeiro, a chalcona isoliquiritigenina, e a correspondente flavanona liquiritigenina, que ainda não haviam sido identificadas nos exsudatos radiculares do feijoeiro. Os efeitos dos indutores podem ser aditivos ou sinergísticos, mas os indutores fracos em quantidades modestas podem reduzir o efeito de indutores fortes (Hartwig et al., 1989). Os indutores potentes podem atuar em concentrações menores que 1mM (Göttfert, 1993). Segundo Hartwig et al. (1989), a presença de concentrações subótimas de diferentes indutores podem resultar num aumento sinergístico na expressão do gene. Os resultados experimentais obtidos por estes autores demonstraram que a leguminosa hospedeira parece se beneficiar do efeito sinergístico entre indutores da semente e indutores da raiz, criando uma zona altamente propícia à nodulação na coroa da raiz. Do mesmo modo, foi observado um aumento na transcrição dos genes nod de R. leguminosarum bv. Phaseoli pela ação sinergística entre a malvidina (3,5,7,4‘-tetrahidroxi-3‘,5‘-di-metoxi-flavilium), principal indutor das sementes de feijão, e a genisteína, indutor mais potente das raízes (Hungria et al., 1992). Contudo, as interações entre os flavonóides da planta hospedeira e a proteína NodD do microssimbionte parecem muito mais complexas do que a simples ativação dos genes nod. Tem sido observado que os flavonóides também podem atuar como repressores da indução do gene nod (Firmin et al., 1986; Djordjevic et al., 1987; Peters & Long, 1988; Kosslak et al., 1990). A daidzeína e © Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro Importância dos compostos fenólicos genisteína, por exemplo, que são fortes indutores em B. japonicum, são potentes inibidores da expressão do gene nod em R. meliloti (Györgypal et al., 1991). Diversos estudos têm mostrado, ainda, que a transcrição dos genes pode ser inibida por uma interação complexa entre os próprios indutores liberados pela planta. Djordjevic et al. (1987) verificaram que um indutor forte poderia ser atenuado por um indutor fraco do mesmo hospedeiro inoculado com R. leguminosarum bv. Trifolii. Do mesmo modo, a ação do principal indutor (metoxi-chalcona) exsudado pelas raízes de alfafa foi decrescida por dois indutores fracos (hidroxi-flavona e hidroxiflavanona) liberados pelas raízes do mesmo hospedeiro, inoculado com R. meliloti (Hartwig et al., 1989). De uma maneira geral, a síntese e a liberação de flavonóides são controladas, principalmente, pela planta. Contudo, as bactérias presentes na rizosfera são capazes de influenciar a síntese e/ou exsudação de flavonóides indutores do gene nod, alterando o metabolismo da planta. Tem sido demonstrado que R. leguminosarum bv. Viciae (van Brussel et al., 1990), B. japonicum (Cho & Harper, 1991) e R. leguminosarum bv. Phaseoli (Dakora et al., 1993), assim como fatores Nod purificados (Spaink et al., 1991), aumentaram a produção de flavonóides indutores nas plantas hospedeiras. Assim, tem sido sugerido que a exsudação destes indutores em resposta aos fatores Nod poderia representar um terceiro passo da comunicação molecular entre a planta e o microrganismo (Hungria, 1994). Resultados experimentais recentes têm mostrado a possibilidade de se obter incrementos na nodulação, por exemplo, pelo fornecimento de sinais (flavonóides), que poderiam ser adicionados aos inoculantes. Hungria et al. (1993a, b) observaram que entre duas linhagens de feijão (uma parental e uma mutante isogência para a síntese dos principais indutores dos genes nod), a nodulação da Revista. Universidade. Rural, Série. Ciências da Vida Vol. 22, n.1, p.65-81, 2002. Mercante, F.M. et al., 2002. 73 Tabela 1- Identificação dos principais flavonóides indutores dos genes nod, obtidos de leguminosas (Hungria, 1994, modificado) Hospedeiro x Simbionte Medicago sativa x R. meliloti Pisum sativum x R. leguminosarum bv. viceae Vicia sativa x R. leguminosarum bv. viceae Flavonóide Nome comum Fonte Referência extrato de semente exsudato de semente exsudato de semente Peters et al. (1986) Hartwig et al. (1990) Hartwig et al. (1990) liquiritigenina metoxi-chalcona exsudato de raiz Maxwell et al. (1989) 5,7,4`-tri-hidroxi-flavona-7- Oglucosídeo apigenina-7-Oglucosídeo exsudato de semente e raiz Firmin et al. (1986) 5,7,3`,4`-tetra-hidroxiflavanona eriodictiol exsudato de raiz Zaat et. al. (1989) exsudato de raiz e extrato de plântula Redmond et al. (1986) extrato de semente e de plântula Kosslak et al. (1987) 5,7,3`,4`-tetra-hidroxi flavona luteolina 3`-metoxi-5,7,4`-tri-hidroxiflavona 7,4`-di-hidroxi-flavanona 4,4`-di-hidroxi-2`-metoxichalcona crisoeriol 3,5,7,3`-tetra-hidroxi-4`metoxi-flavanona 7,3`-di-hidroxi-4`-metoxiflavanona Trifolium repens x R. leguminosarum bv. trifolii 7,4`-di-hidroxi-flavona 7,4`-di-hidroxi-3`-metoxiflavona 4`-hidroxi-7-metoxi-flavona geraldona Glycine max x 7,4`-di-hidroxi-isoflavona daidzeína B. japonicum x R. fredii x B japonicum 5,7,4`-tri-hidroxi-isoflavona genisteína 4,2`,4`-tri-hidroxi-chalcona isoliquiritigenina exsudato de semente e raiz Kape et al. (1992) Phaseolus vulgaris x R. leguminosarum bv. phaseoli 3-O-glucosídeos de: 3,5,7,3`,4`,5`-hexahidroxi-flavilium delfinidina exsudato de semente Hungria et al. (1991a) 3,5,7,4`,5`-pentahidroxi-flavil 3,5,7,4`-tetra-hidroxiflavil 3-O-glucosídeos de: 3,5,7,3`,4`,5`-hexahidroxi-flavona 3,5,7,3`,4`-pentahidroxi-flavona 3,5,7,4`-tetra-hidroxiflavona 5,4`-di-hidroxiisoflavona-7-Oglucosídeo 5,7,3`,4`-tetra-hidroxiflavanona cianidina genisteína-7-Oglucosídeo exsudato de raiz Hungria et al. (1991b) eriodictiol exsudato de raiz BolanõsVásquez & Werner (1997) 5,7,4`-tri-hidroxiflavanona 2`,4`,4--tri-hidroxichalcona 4`,7-di-hidroxiflavanona naringenina malvidina miricetina quercetina campeferol isoliquiritigenina liquiritigenina Importância dos compostos fenólicos 74 mutante isogênica estava limitada pelo baixo teor de indutores, recuperando a nodulação quando os flavonóides foram adicionados às sementes. Em outro estudo, foi constatado que a adição de flavonóides indutores às raízes de alfafa inoculada aumentou a nodulação, mostrando que, naquelas condições, os flavonóides eram os fatores limitantes (Kapulnik et al., 1987). Enfim, diversos benefícios agronômicos, como o aumento significativo da nodulação de leguminosas e da capacidade competitiva das estirpes de rizóbio, podem ser alcançados pelo aumento quantitativo e/ou qualitativo dos indutores exsudatos pelo hospedeiro. Contudo, torna-se necessário um melhor entendimento da troca de sinais nas intrerações plantamicrorganismos. LITERATURA CITADA AGUILAR, J. M. M., A. M. ASHBY, A. J. N. RICHARDS, G. J. LOAKE, M. D. W ATSON & C.H.SHAW. 1988. Chemotaxis of R. leguminosarum bv. Phaseoli towards flavonoids inducers of the symbiotic nodulation genes. Journal of General Microbiology, London, 134:27412746. ARMITAGE, J. P., A. GALLAGHER & A. W. B JOHNSTON. 1988. Comparison of the chemotactic behaviour of Rhizobium leguminosarum with and without the nodulation plasmid. Molecular Microbiology, Oxford, 2:743-748. ARNOLD, W., A. BECKER, M. KELLER, A. ROXLAU & A. PÜHLER. 1994. 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