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01/10/09 - 12h46 - Atualizado em 01/10/09 - 13h03
Música de jogos pode ter qualidade de clássica, diz maestro de
games
Emmanuel Fratianni é o regente da turnê brasileira do Video Games Live.
Em entrevista ao G1, compositor revela novidades sobre apresentações.
Mylène Neno
Do G1, no Rio
Pianista, compositor de jazz e maestro, o italiano Emmanuel Fratianni é o regente convidado da turnê brasileira
deste ano do Video Games Live, para comandar a Orquestra Sinfônica Villa-Lobos. Sua música está presente
em trilhas de filmes, programas de TV, comerciais, concertos e, claro, videogames. Recentemente, seu álbum
“Classics Video Game Live, Vol. 1” (EMI) tornou-se o primeiro de música de videogame a atingir o ranking dos
dez CDs mais vendidos da revista “Billboard”.
Leia também: Video Games Live se apresenta no Brasil pelo quarto ano consecutivo
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Em entrevista exclusiva ao G1, Fratianni fala sobre a “game music” e suas expectativas em se apresentar para o
público brasileiro.
G1 - Há quanto tempo você trabalha com o Video Games Live?
Emmanuel Fratianni será o
regente da turnê brasileira deste
ano da VGL. (Foto: Divulgação)
Emmanuel Fratianni - Estou envolvido com o VGL desde o seu primeiro grande concerto, em 2005, no
Hollywood Bowl, em Los Angeles. Tommy Tallarico, Laurie Robinson e eu compusemos a música do game
"Advent rising". Eu também criei com Laurie a orquestração para a peça "Halo". Em março de 2009 meus amigos
Jack Wall e Tommy Tallarico me convidaram para participar da turnê do VGL como regente, função que estou
muito animado em desempenhar.
G1 - Quais são suas expectativas em relação aos shows e ao público brasileiro? Você já veio ao Brasil?
Fratianni - É minha primeira vez no Brasil, e estou muito animado. Há muito tempo eu sonhava conhecer o país porque o Brasil tem uma cultura
musical incrível que sempre teve um grande impacto sobre meu trabalho como compositor e pianista. Mal posso esperar para conhecer o público e
estou muito ansioso para experimentar a sua resposta à música que vamos apresentar para eles. Eu sei que para mim será uma experiência
maravilhosa.
G1 - Como você se sente em levar a música erudita e torná-la atraente para os jovens ao apresentar "game music" em vez de temas
clássicos?
Fratianni - Acho que a música orquestral causa impacto nas emoções humanas como nenhum outro gênero musical, seja "game music" ou uma
sinfonia de Beethoven. Fico muito feliz pelo fato de que os jovens de hoje podem apreciar músicas de videogame tocadas por uma orquestra
sinfônica tradicional e que toda uma nova geração pode ser exposta a uma gama de texturas e sons que um conjunto sinfônico pode produzir.
G1 - O que você acha sobre a música de games? É tão boa quanto a música clássica?
Fratianni - Ao longo dos últimos anos têm surgido algumas músicas realmente notáveis compostas para games. Compositores de game music
atualmente têm mais e mais oportunidades de compor música de qualidade fenomenal. Eu realmente acho que a música do videogame pode ser
tão boa quanto qualquer música clássica.
G1 - Qual é a sua trilha de game favorita? Por quê?
Fratianni - Minha trilha de game favorita é "World of warcraft", composta pelo meu amigo Jason Hayes. Sua música tem melodias memoráveis,
ritmos sofisticados, excelente orquestração, coros maravilhosos e um grande conteúdo dramático. Eu realmente amo reger essa obra.
G1 - Por que você acha que a música de videogame tem tantos fãs pelo mundo?
Fratianni - Eu acho que a música no game traz um verdadeiro prazer ao jogador, especialmente se os temas musicais são bons. Por exemplo, os
temas que Koji Kondo compôs para o Super Mario Bros e Zelda são tão sensacionais que um aficionado por videogame daria tudo para ouvi-las ao
vivo, especialmente tocadas por uma orquestra sinfônica. Em última análise, é realmente porque a "game music" atingiu um nível tão elevado de
qualidade que já há tantos fãs ao redor do mundo.
G1 - Você joga? Qual seu game favorito?
Fratianni - Eu jogo games. Meus favoritos são os jogos de corrida de carros, porque eu sou italiano!
G1 - Jack Wall se apresentou aqui no Brasil no ano passado. Quais são as principais diferenças entre o seu concerto e o dele? Quais são
as novas trilhas sonoras que você apresentará no Brasil?
Fratianni - Acho que Jack Wall e eu somos muito parecidos na nossa abordagem nas performances do VGL. No entanto, este ano vamos trazer
algumas músicas empolgantes ao Brasil que mal posso esperar para reger. "Silent hill", "Shadow of the colossus", "Metal gear solid 3", "Snake
eater" são algumas das novas peças que vamos apresentar junto com outros clássicos do VGL.
G1 - O que você sabe sobre as bandas brasileiras que vão abrir os concertos do VGL? Já ouviu sua música? O que você acha sobre eles
e suas músicas, que também são inspiradas no universo dos games?
Fratianni - Eu não conheço as bandas porque sou muito focado na música orquestral, mas mal posso esperar para conhecê-las nos concertos. Eu
acho que eles têm uma abordagem muito original ao apresentar música de game e será realmente um prazer ouvi-las "ao vivo" no Brasil!
G1 - Com o sucesso de jogos musicais como "Guitar hero" e "Rock band", é possível que o VGL inclua artistas clássicos como The
Beatles, Santana e Metallica em seus concertos no futuro?
Fratianni - Eu realmente não sei, já que sou apenas o regente. Tommy Tallarico e Jack Wall provavelmente podem ter essa informação. Isso
realmente seria muito bom se pudesse ter uma forma de incluir esses grandes artistas em alguns shows do VGL, seria emocionante!
Colaborou Gustavo Petró
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