TIPIFICAÇÕES FÍSICAS E QUÍMICAS DE SEDIMENTOS DO RIO BALSAS - MA Silva, M.R.C.(1); Rocha,J.R.(1); Santos, D.O.(1). ; Freato, L.(1) [email protected] (1) Faculdade de Educação de Bacabal – FEBAC, Bacabal – MA, Brasil, CNPQ. RESUMO Este trabalho buscou avaliar as características físicas e químicas do sedimento do rio Balsas, que está localizado no sul do Estado do Maranhão, é um município extenso ocupando uma área de 12.618 km2. Foram coletadas quatro pontos de amostras de sedimentos na proximidade do rio a montante e a jusante. Nas amostras de sedimento analisou-se a concentração de fósforo total, e matéria orgânica e inorgânica e granulométrica, e pH do sedimento e Argiminerais. Utilizando–se técnicas analíticas de espectrofotômetro Uv - vis modelo -1601pc, com métodos analíticos da Difração de Raios -X Os resultados obtidos foram satisfatórios, e indicam baixa concentração de fósforo por ser região de área agrícola. Porém podem influenciar no ambiente aquático. Palavras-chave: Sedimento, Rio Balsas, Granulométrica. Resumos Expandidos do I CONICBIO / II CONABIO / VI SIMCBIO (v.2) Universidade Católica de Pernambuco - Recife - PE - Brasil - 11 a 14 de novembro de 2013 INTRODUÇÃO O município de Balsas está localizado no sul do Estado do Maranhão, limitando-se ao norte com os municípios de Novas Colinas, Fortaleza dos Nogueiras e São Raimundo das Mangabeiras; ao sul, com Alto Parnaíba; a leste, com os municípios de Sambaíba e Tasso Fragoso e a oeste com Riachão e o Estado de Tocantins. A rede hidrográfica é constituída pelos rios Balsas, Balsinhas, Cocal, Macapá e Maravilha, todos afluentes do rio Balsas que deságua no rio Parnaíba, sendo os dois primeiros da margem direita e os três últimos da margem esquerda e o rio Sereno, que banha a região oeste do município de Balsas, e é afluente do rio Manuel Alves Grande, pela margem direita (SEMAT, 1991). O clima regional é do tipo tropical quente e úmido. O regime de chuvas se estende de setembro a abril, com maior intensidade nos meses de novembro e dezembro, Com a decadência da pecuária e, mais tarde, a ascensão da agricultura caracterizada pela produção de grãos, destacando-se a soja, a economia de Balsas obteve muitos lucros, a ponto de chamar a atenção de outros empresários interessados na monocultura da soja. A “capital da soja”, como ficou conhecida a cidade de Balsas, registrou crescimento e desenvolvimento econômico significativo, adquirindo projeção nacional, em face da produtividade e 2 Resumos Expandidos do I CONICBIO / II CONABIO / VI SIMCBIO (v.2) Universidade Católica de Pernambuco - Recife - PE - Brasil - 11 a 14 de novembro de 2013 da qualidade da soja produzida na região. A nova condição conferiu progresso e dinamismo à economia de Balsas (MA), mas vem causando sérios problemas ambientais (SIVA, 2001). MATERIAL E MÉTODOS A coleta dos sedimentos para a análise foi efetuada utilizando-se coletores do tipo “core’’ e “draga” de Eckmann (MUDROCH, 1991) e foram coletados em áreas de remanso, em locais com maior acúmulo de material, Foram feitas quatro coletas de sedimento em cada margem do rio recompostas em uma única. As amostras de sedimento foram utilizadas para a determinação das porcentagens das matérias orgânica e inorgânica seguindo o procedimento padrão de incineração (ALLISON, 1965), granulométrica pelo método peneiramento ou combinação de peneiramentos, seguindo as normas da ABNT - NBR 7181-84. Para determinar os argiminerais foi pelo método técnica de difratometria por raios-X (DRX) As técnicas e os princípios aplicados na análise de difratogramas são abordados por CULLITY (1978) e fósforo total foi determinado pelo método de Especiação do Fosforo (Cavalcante, P, 1995 modificado de Williams et al, 1976) analisado em Espectrofotômetro APHA, 1995). 3 Resumos Expandidos do I CONICBIO / II CONABIO / VI SIMCBIO (v.2) Universidade Católica de Pernambuco - Recife - PE - Brasil - 11 a 14 de novembro de 2013 Estão apresentados na Figura 1, os pontos de amostragem do rio BalsasMA, Rio Maravilha, (P1), que faz parte do afluente do rio Balsas; Grado bravo, (P2) e Rio Balsa, Área Urbana, (P3) e Rio Balsas, Comunidade Santa Luzia, (P4). Figura 1: Localização hidrográfica do Rio Balsas-MA com os pontos de coletas. Fonte: SILVA, 2002 RESULTADOS E DISCUSSÃO Tabela 1: Determinações de análise matéria orgânica, Inorgânica, (% ) pH e Fósforo total (µg/L ) do sedimento da região de Balsas – MA, nos pontos de coleta (Jan/08). Pontos Matéria Orgânica Matéria Inorgânica pH Fósforo P1 P2 P3 1,9 3,7 2,8 98,1 96,3 97,2 6,57 7,02 4,70 1,0 2,0 1,5 P4 1,7 98,3 6,47 1,0 4 Resumos Expandidos do I CONICBIO / II CONABIO / VI SIMCBIO (v.2) Universidade Católica de Pernambuco - Recife - PE - Brasil - 11 a 14 de novembro de 2013 Tabela 2: Determinação de análise granulométrica e os tipos de argilas, para o Sedimento do rio Balsas - MA, nos pontos de coleta (jan/08). Pontos Argila Silte Areia fina Areia média **Tipo de Argila 1,3 10,6 62,8 25,3 K,Gb ,Q, H P1 2,5 12,2 60,2 25,1 K,Gb ,Q, H P2 3,4 13,3 62,1 21,2 K,Gb ,Q, H P3 2,6 11,5 58,8 27,1 K,Gb ,Q, H P4 *Areia fina à média siltosa à argilosa (%) - Classificação, * * (K):caulinita; (Gb): gibsita; Q: quartzo; e (H): hematita. Foram analisados amostras de sedimentos nos 4 pontos de coleta da Bacia do rio Balsas a montante e a jusante. Foram determinadas as porcentagens de matéria orgânica e inorgânica, pH, concentrações de fósforo total e estão mostradas nas Tabelas 1 e 2 as análises granulométrica analisados no laboratório de geoquímica da UFMA e os tipos de argilas determinada no laboratório de cristalografia da IQSC – USP. Os valores de matéria orgânica podem representar um potencial de adsorção de poluentes, bastante favorecida pela afinidade entre estes e os sítios de ligação existente na matéria orgânica para o solo e em relação ao sedimento a porcentagens foram menor que 10% considerando de natureza inorgânica e quanto aos valores de pH, variando entre 4,70 e 7,02, no entanto, pode-se encontrar ambientes mais ácidos ou mais alcalinos na área de coleta do P3 é considerado mais ácido devido aos dejetos domésticos isso é um fator que interfere para ser caracterizado ácido mais que os pontos 1 e 4 já o P2 o sedimento á mais alcalina típico do ponto com área de dejetos de 5 Resumos Expandidos do I CONICBIO / II CONABIO / VI SIMCBIO (v.2) Universidade Católica de Pernambuco - Recife - PE - Brasil - 11 a 14 de novembro de 2013 produtos agrícola,esses valores de pH influi na distribuição das formas livre e ionizada de diversos compostos químicos e as concentrações dos fósforos totais são considerada oligotrófica, ou seja pobre de nutriente, situação típica de ecossistemas aquáticos com baixo grau de intervenção antrópica. Por ser uma área agrícola e urbana de cerrado e de plantio de soja, demonstram influência ao meio ambiente no sistema aquático. Na Tabela 2 os resultados demonstraram uma variação granulométrica espacial e temporal na composição do sedimento foi observada uma maior participação classificação do sedimento como Areia fina à média siltosa à argilosa sendo que a porcentagens foram de 1,3 a 3,4 % argila e silte foram de 10,6 a 13,3 % e para areia são maiores porcentagens de 62,8% devido área é mais arenosa para o sedimento. Pode se observar que todos os pontos têm a mesma característica da mineralogia da fração da argila típica do solo da região que é Latossalo vermelho – marrom somente avaliação qualitativa dos minerais, K: caulinita; (Gb): gibsita; Q: quartzo; e (H): hematita . Segundo a literatura OLIVEIRA, 2003, o solo ao de mesma característica mineralógica e físico - química determinada também por Raios- X, esta amostra foi dividida nas frações matriz (solo) de cor vermelha escura, amostra L-M e fração nodular de cor amarela que encontra-se dispersa na matriz, amostra. Minerais presentes na amostra L-M: caulinita, gibsita, quartzo, goetita e hematita. 6 Resumos Expandidos do I CONICBIO / II CONABIO / VI SIMCBIO (v.2) Universidade Católica de Pernambuco - Recife - PE - Brasil - 11 a 14 de novembro de 2013 CONCLUSÃO Neste estudo, as características físicas e químicas, foram importantes na dinâmica do ecossistema aquático e os valores observados nos quatro pontos de coletas do rio Balsas-MA, foram consideradas adequadas para manutenção da vida aquática. Os resultados obtidos foram satisfatórios, e indicam baixa concentração de fósforo por ser a região de área agrícola. Porém, o fósforo pode influenciar no ambiente aquático. A retirada da vegetação natural (principalmente cerrado) e de modo geral, a ausência de mata ciliar deixam tanto o solo quanto a água e o sedimento desprotegidos. REFERÊNCIAS ALLISON, L. E. Organic Carbon. In. BLACK, C. A ,EVANS, D. D.; WHINT, J. L. ENSIMINGER, L.; CLARAK, F. E.; DDINAUER, R. C. 1965. Methods of Soil Analysis. Madison: Asa,. p. 367-378. AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION, 1995. Standard Methods for the examination of water and waste-water. 25. ed. New York: McGraw-Hill, 720 p. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (RESOLUÇÕES CONAMA).Disponível:em:<http://www.mma.gov.br/port/CONAMA/res357/mar/200 5.html>. Acesso em: 11 agosto. 2007. CULLITY, B. D. 1978. Elements of X-Ray diffraction. Addison-Weslwy. 555p. 7 Resumos Expandidos do I CONICBIO / II CONABIO / VI SIMCBIO (v.2) Universidade Católica de Pernambuco - Recife - PE - Brasil - 11 a 14 de novembro de 2013 SILVA, C. M. R. Estudo de Sedimento da Bacia Hidrográfica do Mogi- Guaçu, com ênfase na Determinação de Metais Pesados. 2002. 98f. Dissertação (Mestrado) Instituto de Química de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2002. SILVA, J. G. 2001. O que é questão agrária. São Paulo, Brasiliense, 106 p. MACKERETH, S. J. H.; HERON, J.; TALLING, J. S., 1978. Water analysis: some resed methods for limnologists (Freshwater Biological Association Scientific Publication, 36) Kendal: Titus Wilson & Sons Ltda., 117p. MUDROCH, A.; MacKNIGHT, S.D.1991. CRC Handbok of. techniques for aquatic sediments sampling. Boca Raton: CRC,. 255p. OLIVEIRA, L. A. 2003. Caracterização dos latossolos da chapada De araguari: minerais argilosos, Granulometria e evolução. caminhos de geografia - revista on line 3 (7)20-37p. SEMAT, 1991. “Diagnóstico dos principais problemas ambientais” do Estado do Maranhão. Secretária de Estado do Meio Ambiente e Turismo, Governo do Estado do Maranhão. São Luís. 520 p. 8