Microeconomia Arilton Teixeira [email protected] 2012 1 Bibliografia • Mankiw, cap. 14. • Rubinfeld e Pindyck, cap. 8. 2 Maximização de Lucro • O objetivo das empresas é maximizar lucro (ou maximizar o valor da empresa). • Nossa abordagem é achar a quantidade ótima que a empresa deve vender para maximizar lucro. 3 1 Receita e Demanda • A função demanda é a relação entre o preço máximo de um bem e a quantidade que pode ser vendida, dadas as demais variáveis. ou p = f (q) q = f ( p) • Tudo o mais constante, o preço e a quantidade demandada do bem vão em direção contraria. 4 Função Demanda p D q 5 Receita Total, Média e Marginal • Receita Total: quantia que a empresa recebe pela suas vendas. • Receita Média (RMe): é a receita total (RT) dividida pela quantidade produzida. • Receita Marginal (RMg): é a variação da receita total devido a venda de uma unidade adicional. 6 2 Exemplo Quantidade 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Preço 6 6 6 6 6 6 6 6 6 RT 0 6 12 18 24 30 36 42 48 Rme RMg 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 Teoria da Firma: Quantidade Ótima a ser produzida • A função lucro é dada por Lucro = RT ( q ) − CT ( q ) • Para achar a quantidade ótima, devemos observar o MR e o MC. ∆ Lucro = ∆ RT − ∆ CT ∆Lucro = RMg ⋅ ∆q − CMg ⋅ ∆q = (RMg − CMg )∆q 8 • Da última equação é fácil ver que a quantidade ótima a ser produzida, q*, é aquela onde MR=MC. • Se MR>MC, então, um aumento em q, gera aumento do lucro total ( ∆Lucro > 0 ). • Se MR<MC, um aumento em q gera uma redução do lucro total ( ∆Lucro < 0 ). 9 3 Maximização de Lucro • O objetivo das empresas é maximizar lucro. • A função lucro associa a cada nível de produção o lucro máximo que a firma pode obter. π ( p, q ) = max{RT ( q) − CT (q)} q 10 Quantidade Ótima a ser Produzida • O lucro é dada por Lucro • = RT ( q ) − CT ( q ) Para achar a quantidade ótima, devemos derivar a função lucro e igualar a zero. dLucro dRT(q) dCT(q) = − =0 dq dq dq RMg ( q ) = CMg ( q ) 11 Análise Gráfica p MC MR MC p* D q q* MR 12 4 Organização Industrial • Existem várias estruturas de mercado: – concorrência perfeita, – monopólio, – oligopólio e – concorrência monopolística. 13 Concorrência Perfeita • O mercado de concorrência perfeita é caracterizado pela: – existência de um grande número de empresas e de consumidores; – bem homogêneo (não existe diferenciação entre empresas). – Livre entrada. 14 • O grande número de empresas impede que elas se identifiquem no mercado. • Além disto, cada empresa é muito pequena relativo ao tamanho do mercado. Assim cada empresa individualmente não afeta o preço. • Vender acima do preço gera grande queda na quantidade demandada. Vender abaixo gera explosão de demanda. 15 5 Lucro ou Prejuízo • Até o momento discutimos a quantidade ótima a ser produzida pela firma. • Devemos agora determinar se para esta quantidade ótima a firma tem lucro ou prejuízo. 16 • Se para a quantidade ótima escolhida, o preço p for maior que o custo médio, então a firma tem lucro. Caso contrário, a firma tem prejuízo. • O ponto onde o preço é igual ao custo médio (RT=CT) é conhecido como “Break Even Point”. 17 Análise Gráfica p CMg CMe Lucro >0 p1 P>CMe p0 Lucro <0 q0 q1 q 18 6 Curva de Oferta • É a relação entre a quantidade ótima que a firma oferta para diferentes níveis de preços. 19 Gráfico – Curva de Oferta p S q 20 Curva de Oferta da Firma • Na concorrência perfeita, o preço é dado. Ou seja, como cada empresa é muito pequena em relação ao mercado, a venda de unidades adicionais é feita com o preço constante. Em outras palavras, MR=p. 21 7 • Como a quantidade ótima a ser produzida é aquela onde RMg = CMg. Temos, que a quantidade ótima na concorrência perfeita é aquela onde p=MC(q). • Como a firma opera somente se o P>CVMe, então, a curva de oferta é igual a curva de CMg no ramo em que CMg > CVMe. 22 Análise Gráfica p CMg CMg = S q>0 CVMe p2 p1 q=0 q q1 q2 23 Curva de Oferta do Mercado • A curva de oferta do mercado é a soma das curvas de oferta de todas as empresas operando no mercado. 24 8 Decisões de Curto Prazo • No curto prazo a firma pode ter lucro ou prejuízo. • Se a firma tem prejuízo, deve decidir se ela produz ou não. • A regra é que se o P > CVMe, então a firma deve produzir, mesmo tendo prejuízo (produzir reduz o prejuízo). Caso contrário, a firma não deve produzir, pois isto aumentaria seu prejuizo. 25 Análise Gráfica p Lucro: P>CMe CMe CMg CVMe p1 q >0 Prejuizo: P<CMe p0 q=0 q 26 Curto Prazo x Longo Prazo • No curto prazo, poderíamos ter um equilíbrio com lucro ou prejuízo. No longo prazo isto não poderia acontecer. • No mercado de concorrência perfeita a entrada é livre. Como a firma está tendo lucro econômico, isto irá atrair novas firmas, levando o preço para baixo, até que o lucro econômico seja zero. 27 9 Análise Gráfica p CMg p S CMe E p0 S’ Lucro p* D q q* q0 q Q0 Q* 28 Choques e Ajustamento • Choques podem vir a afetar as curvas de demanda (por exemplo, a descoberta que determinada substância tem agentes cancerígenos, pode levar a queda de demanda). • A entrada e saída de firmas levará ao novo equilíbrio de longo prazo, onde o lucro econômico é zero. 29 Curva de Oferta no Curto Prazo • No curto prazo, a curva de oferta da empresa é dada pela curva de CMg, no ramo da curva onde CMg > CVMe. Se P < CVMe, a firma não opera. 30 10 Curva de Oferta de Mercado de Longo Prazo • No longo prazo a curva de oferta de mercado é horizontal, no nível onde o preço é igual ao custo médio mínimo 31 Análise Gráfica p p CMg S CMe E p0 S’ Lucro S_LP p* D q q* q0 q Q0 Q* 32 11