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Drogas - Conceito e classificação
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Dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: — Senhor,
que eu veja. Jesus (Lucas, 18:41)
1.1 CONCEITO
2. CLASSIFICAÇÃO
A existência de várias classificações para as drogas é indício de que nenhuma é
satisfatória. Uma das mais utilizadas é a seguinte:
— Drogas estimulantes: cocaína, crack, anfetaminas, ecstasy, nicotina, cafeína.
— Drogas depressoras ou sedativas: ópio, opiáceos e opióides, hipno-sedativos,
tranqüilizantes, álcool. Estas drogas podem dificultar o processamento das
mensagens que chegam ao cérebro.
— Drogas alucinógenas: LSD (ácido lisérgico), psilocibina, mescalina, MDA, MDMA,
maconha.
— Drogas inalantes: solventes orgânicos, nitritos voláteis, óxido nitroso.
Outra classificação muito prática – veiculada pela Secretaria Nacional Antidrogas
(SENAD) do governo brasileiro – é esta:
Drogas que diminuem a atividade mental: são as drogas depressoras. Afetam
o cérebro, que funciona de forma mais lenta. Estas drogas diminuem a atenção,
a concentração, a tensão emocional e a capacidade intelectual. Exemplos:
ansiolíticos (tranqüilizantes), álcool, inalantes (“cola de sapateiro”), narcóticos
(morfina, heroína).
Drogas que aumentam a atividade mental: são as drogas estimulantes. Afetam o
cérebro, que funciona de forma mais acelerada. Exemplos: cafeína, tabaco,
anfetamina, cocaína, merla, crack.
CAMPANHA NACIONAL ANTIDROGAS - FEB
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define droga como qualquer substância,
natural ou sintética que, uma vez introduzida no organismo vivo, pode modificar uma ou
mais de suas funções. O termo droga presta-se a várias interpretações, mas para o senso
comum é uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo, que pode modificar funções
orgânicas, as sensações, o humor e o comportamento. Em sentido restrito, as drogas são
substâncias químicas que produzem alterações dos sentidos.8
A OMS considera a intoxicação química por substâncias psicoativas como uma
doença e classifica a compulsão por drogas como transtornos mentais e comportamentais.6
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Antidrogas • Capítulo I • Conceito e classificação
Drogas que alteram a percepção: são as substâncias alucinógenas. Provocam
distúrbios no funcionamento do cérebro, de forma que ele passa a trabalhar
desordenadamente, numa espécie de delírio. Exemplos: LSD, ecstasy, maconha.
CAMPANHA NACIONAL ANTIDROGAS - FEB
As drogas são também classificadas, do ponto de vista legal, em lícitas e ilícitas, ou legais e
ilegais. As primeiras são vendidas livremente, como o álcool e o tabaco, enquanto as segundas têm
sua comercialização restrita e controlada (tranqüilizantes, morfina, anti-depressivos, anorexígenos
etc.) ou terminantemente proibida (maconha, cocaína, crack, merla, heroína, ecstasy etc.) estando
sujeitos os seus infratores ao rigor da lei. A Oficina Pan-americana de Saúde classifica as drogas
em psicoativas, as que alteram ou prejudicam o Sistema Nervoso Central (SNC), e psicotrópicas, as
que alteram ou prejudicam o SNC e causam dependência.4
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Quanto à forma de produção, as drogas são classificadas em:7 a) naturais — como
a cafeína existente no café e no chá mate, a nicotina presente no tabaco, o ópio da semente
de papoula e o THC (tetrahidrocanabiol) do vegetal cannabis (maconha); b) semi-sintéticas
— substâncias naturais modificadas quimicamente no laboratório, a exemplo do crack,
cocaína, cristais de haxixe (ou rachiche); c) sintéticas — fabricadas em laboratório,
exigindo para isso técnicas especiais. São substâncias ou misturas de substâncias
exclusivamente psicoativas produzidas através de meios químicos, cujos principais
componentes ativos não são encontrados na Natureza.
3. RAZÕES DO USO DE DROGAS
Cada pessoa tem seus próprios motivos. Os principais são os seguintes:
a) A oportunidade surgiu e o indivíduo experimentou.
b) O uso pode ser visto como algo excitante e ousado.
c) Elas podem modificar sensações e percepções. Este poder de transformação
das emoções pode tornar-se um grande atrativo, sobretudo para os jovens.
d) Pressão do grupo: influência de colegas e amigos.
e) Tentativa de amenizar sentimentos de solidão, de inadequação, de baixa estima
ou falta de confiança.
f) Desajustes familiares e deficiência na formação ético-moral.
Do ponto de vista histórico, o uso de drogas estava associado a aspectos religiosos,
culturais, medicinais, místicos e até como forma de buscar a transcendência espiritual,
pela alteração do estado de consciência. Tratava-se, porém, de consumo restrito a grupos
fechados, diferente do caráter disseminador da atualidade.
Não desconhecemos, contudo, a existência de inúmeras criaturas que renascem
em ambientes viciosos e que não se deixam arrastar pelo vício; ou de tantas outras que
experimentam drogas e as rejeitam. O que faz essas pessoas serem diferente das demais?
Antidrogas • Capítulo I • Conceito e classificação
A resposta a esta indagação pode ser resumida nestas duas ordens de idéias: tendências
instintivas e educação familiar.5
As tendências que marcam a personalidade do ser humano encontram em Allan
Kardec as seguintes explicações:
A orientação familiar que valoriza a educação moral, educação «[...] que consiste
na arte de formar os caracteres [...]»2 previne muitos males, criando obstáculos à
curiosidade, tão comum nos jovens, de experimentar substâncias psicoativas. Da mesma
forma, o adulto que edificou o caráter em bases sólidas, da moral e da ética, dificilmente
faz uso de drogas, ainda que se encontre sob o peso das provações e dos testemunhos.
Isto nos faz recordar Emmanuel que nos exorta coragem perante as tentações que nos
assaltam a existência: «Vigiai na luta comum. Permanecei firmes na fé, ante a tempestade.
Portai-vos varonilmente em todos os lances difíceis. Sede fortes na dor, para guardar-lhe
a lição de luz.»3
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CAMPANHA NACIONAL ANTIDROGAS - FEB
Ao nascer, traz o homem consigo o que adquiriu, nasce qual se fez; em cada existência, tem um
novo ponto de partida [...]; se se vê punido, é que praticou o mal. Suas atuais tendências más
indicam o que lhe resta a corrigir em si próprio e é nisso que deve concentrar-se toda a sua atenção,
porquanto, daquilo de que se haja corrigido completamente, nenhum traço mais conservará. As
boas resoluções que tomou são a voz da consciência, advertindo-o do que é bem e do que é mal e
dando-lhe forças para resistir às tentações.1
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Antidrogas • Capítulo I • Conceito e classificação
REFERÊNCIAS
1. KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro.
127. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 5, item 11, p.114.
2. ______. O livro dos espíritos. 91. ed, Rio de Janeiro: FEB, 2007, questão 685-a,
comentário, p. 371.
3. XAVIER, Francisco C. Fonte viva. Pelo Espírito Emmanuel. 36. ed. Rio de Janeiro:
FEB, 2007. Cap. 90 (Varonilmente), p. 233.
4. MINISTÉRIO DA SAÚDE- Biblioteca virtual: www.saude.gov.br
5. MOURA, Marta Antunes. Por que as pessoas usam drogas. Reformador. Ano 125,
n0 2.144, novembro. Rio de Janeiro: FEB, 2007, p. 436.
CAMPANHA NACIONAL ANTIDROGAS - FEB
6. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Programa de prevenção às drogas e
HIV/AIDS. Escritório contra drogas e crimes (UNODC): http://www.unodc.org/brazil/
pt/campanha_drogas_2007.html
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7. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO. CEBRID - Centro brasileiro de
informações sobre drogas psicotrópicas: http://www.estudobiblico.com.br/drogas/
CEBRID.htm
8. WIKIPÉDIA - a enciclopédia livre: http://pt.wikipedia.org
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