DEPRESSÃO NA DOENÇA DE PARKINSON Aliandro Mesquita

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DEPRESSÃO NA DOENÇA DE PARKINSON
Aliandro Mesquita Lisboa
Instituto Pharmacológica
[email protected]
Edson Negreiros dos Santos- Mestre em Farmacologia
1- INTRODUÇÃO
O Brasil há muito perdeu suas características de país jovem onde se percebe,
cada vez mais, um crescimento significativo da população idosa. Contudo, essa
característica não é somente observada no Brasil, mas configura-se como um fenômeno
global. O Brasil é considerado o sexto país do mundo a apresentar um grande número de
idosos como componentes de sua população. Por idoso, conforme determinação da
Organização Mundial de Saúde, entende-se todo aquele indivíduo que possui mais de 65
anos de idade (AVERSI-FERREIRA et al., 2008).
O avanço da idade provoca significativas mudanças no cérebro. O processo de
atrofia torna-se acelerado, com a presença da dilatação de sulcos e ventrículos. É também
visível a perda de neurônios, a presença de fibras, depósitos de proteína β-amilóide e
degeneração, os quais podem se espalhar por todo o córtex cerebral.O aumento da
população idosa no país provoca um desafio para todo o sistema de saúde, uma vez que o
número de doenças crônicas e incapacitantes dentro dessa faixa etária é muito maior.
Sendo assim, esses números se tornaram um problema social, pois é cada vez mais difícil
evitar o surgimento dessas doenças do que suas consequências, dentre elas, a morte.
Na literatura, encontram-se disponíveis inúmeras teorias acerca dos processos
de envelhecimento e suas principais causas. Devido a essa ampla disponibilidade, é
praticamente impossível obter-se uma única definição para o envelhecimento do organismo
humano que possa ser aplicado em diferentes contextos. Isso ocorre porque cada conceito
está diretamente relacionado ao seu campo de atuação e ao seu objeto de interesse. Sendo
assim, é possível compreender o envelhecimento como sendo resultado de um processo
biológico, social, intelectual, econômico, funcional e temporal, embora alguns autores
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acreditem que o envelhecimento caracteriza-se por ser fisiológico, sem nenhuma relação
com a idade cronológica.
Dessa forma, como consequência do envelhecimento, torna-se comum o
aparecimento de doenças durante essa fase, resultante do decaimento dos processos
funcionais de todo o organismo. Com isso, a presença de uma patologia orgânica
geralmente conduz ao surgimento de transtornos de ordem psicológica, aumentando os
riscos de seu desenvolvimento. Efeitos diretos nas funções cerebrais podem contribuir mais
facilmente para o aparecimento desse tipo de patologia, produzindo efeitos psicológicos ou
psicossociais. A depressão é um dos problemas psiquiátricos mais comuns, pois
geralmente encontra-se associada a outros tipos de doenças.
Essa complexa relação existente entre patologias orgânicas e transtornos
psiquiátricos implica em importantes consequências para o tratamento de ambas. Dessa
forma, o objetivo geral do presente trabalho busca abordar as principais características da
doença de Parkinson, com destaque para o surgimento do sintoma de depressão associado à
doença.
Com a finalidade de promover o seu enriquecimento, o estudo abrange algumas
particularidades da doença, tais como o seu histórico, formas de tratamento e diagnóstico.
A realização do presente estudo visa, também, contribuir para o enriquecimento da
literatura disponível e fornecer subsídios para o desenvolvimento de novos trabalhos que
estejam direta ou indiretamente relacionados com o tema em destaque.
Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizou-se, como método principal, um
levantamento bibliográfico acerca do tema abordado. Priorizou-se a busca por artigos
científicos, monografias e dissertações em fontes atuais da literatura científica nacional.
Para a realização da busca, bancos de dados disponíveis pela internet foram utilizados,
como Scielo e Google Scholar, onde os seguintes termos foram utilizados: “doença de
Parkinson”, “depressão”, “depressão na doença de Parkinson”, “características da doença
de Parkinson”. Os resultados encontrados foram organizados e apresentados de forma a
elucidar o objetivo proposto pelo presente trabalho.
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2 - A DOENÇA DE PARKINSON
Em 1817, o médico britânico James Parkinson descobriu e determinou a
doença de Parkinson, através de seu clássico trabalho denominado “An essay on the
shaking palsy”. Em homenagem a sua descrição, a doença recebeu o nome de seu
descobridor (BARROS et al., 2004).
Em sua primeira descrição, James Parkinson conceituou a doença como sendo
“uma condição progressiva marcada por tremor involuntário com pouca força muscular. O
indivíduo apresenta propensão para curvar o tronco para frente e para passar de uma
marcha para uma corrida”. Inicialmente, James Parkinson chamou a doença de “paralisia
agitante”, onde somente meia década depois de sua determinação é que a enfermidade foi
denominada doença de Parkinson (ROCHA, 2007; FERREIRA, 2008).
James Parkinson caracterizou a doença como sendo crônica e progressiva, que
acomete o sistema nervoso, tendo início durante a meia idade. A doença promove paralisia,
sobretudo do sistema motor, onde possui maior prevalência entre idosos do sexo masculino
e com idade acima dos 50 anos. Entretanto, o diagnóstico geralmente é feito após os 60
anos, para ambos os sexos e todas as classes sociais. Além disso, estudos sugerem que de 5
a 10% dos pacientes com a doença de Parkinson possuem um caráter familiar hereditário,
onde há transmissão autossômica dominante (AVERSI-FERREIRA et al., 2008).
Atualmente, a doença de Parkinson pode ser considerada como a terceira
doença crônica mais comum, dentro da faixa etária acima citada, e é incidente em todos os
países, grupos étnicos e classes sócio-econômicas. Estima-se que a doença atinja cerca de
100 a 200 pacientes em cada 100.000. A expectativa de vida é considerada próxima a de
um paciente que não possui a doença. Contudo, fatores como quedas, causadas por meio
das alterações dos distúrbios de marcha, aumentam o risco de morte desses pacientes
(TEIXEIRA-JÚNIOR & CARDOSO, 2004).
Estatísticas disponíveis na literatura ainda revelam que, a cada ano, surgem 20
novos casos de doença de Parkinson a cada 100.000 habitantes. Cerca de 1% da população
mundial acima de 50 anos é acometida pela doença, onde esse número torna-se maior com
o avanço da idade, chegando a atingir 2,6% entre a população com 85 anos ou mais. A
idade média de ocorrência da doença está em torno de 58 e 60 anos. Contudo, uma
pequena faixa da população com 30 a 40 anos também pode ser acometida. A prevalência
da doença entre o sexo masculino figura entre uma proporção de 3 para 2, com relação ao
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sexo feminino. No Brasil, os números apontam para 3,3% da prevalência da doença de
Parkinson em indivíduos acima de 64 anos de idade (FERREIRA et al., 2010).
2.1 - Características da doença de Parkinson
O sistema motor, ou extrapiramidal, localizado no sistema nervoso central, é a
principal região acometida na doença de Parkinson. Isso ocorre como consequência da
perda de neurônios pigmentados localizados na substância negra do mesencéfalo. A
degeneração dos neurônios dessa região provoca uma diminuição da produção de
dopamina, neurotransmissor encontrado nessa substância, o que provoca um desequilíbrio
que se manifesta por meio de dificuldades na geração de movimentos musculares. As
alterações na substância negra fazem com que a doença seja considerada como uma
síndrome extrapiramidal, onde sua degeneração ocorre de forma lenta, progressiva e
irreversível, provocada, também, pelo seu envelhecimento. Um fator importante na vida do
paciente, mas que não entra no estudo e avaliação da qualidade de vida, diz respeito à
sexualidade do indivíduo. Alguns autores afirmam que uma vida sexual ativa torna a
percepção global do paciente, com relação à própria vida, algo mais satisfatório, o que
aumenta sua qualidade. Essa função decai conforme a idade e o estágio da doença e,
devido a isso, a avaliação da vida sexual torna mais confiável a determinação de sua
qualidade de vida (DANTAS, 2006).
Na doença de Parkinson, é comum observar alterações de voz e de fala no
paciente. De maneira geral, tantos os portadores da doença quanto os idosos apresentam
esses tipos de alterações que podem ser percebidas como redução da intensidade vocal,
imprecisão na articulação, variação na frequência e na intensidade, alteração na qualidade
vocal, diminuição da velocidade e do tom de voz, caracterizando o emprego de uma fala
mais baixa. Todas essas alterações no setor da fala ocorrem como conseqüência de uma
alteração no controle muscular dos mecanismos da fala. Um fator importante na vida do
paciente, mas que não entra no estudo e avaliação da qualidade de vida, diz respeito à
sexualidade do indivíduo. Alguns autores afirmam que uma vida sexual ativa torna a
percepção global do paciente, com relação à própria vida, algo mais satisfatório, o que
aumenta sua qualidade. Essa função decai conforme a idade e o estágio da doença e,
devido a isso, a avaliação da vida sexual torna mais confiável a determinação de sua
qualidade de vida (AZEVEDO et al., 2003).
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O conjunto de alterações na voz do paciente parkinsoniano constitui a chamada
disartria hipocinética ou disartrofonia. Esses distúrbios são caracterizados por monotonia e
baixa intensidade de voz, disfunções de ritmo e articulação imprecisa. Os fatores que
ocasionam essas alterações são decorrentes de redução da intensidade da voz, restrições na
modulação de sua frequência e alterações na qualidade. Estudos que abordam as mudanças
observadas na voz do paciente, suas consequências e métodos de tratamento ainda
precisam ser mais aprofundados. Isso ocorre porque a maioria dos pesquisadores preocupase mais com as características motoras e respiratórias da doença, acreditando que estes são
os principais sintomas e os que provocam maior impacto na qualidade de vida do paciente
(DIAS & LIMONGI, 2003).
Dentre as alterações mais frequentes observadas no indivíduo portador da
doença de Parkinson, encontram-se os distúrbios de memória. Esses distúrbios
caracterizam-se pela dificuldade que o paciente apresenta em recordar informações verbais
recentemente aprendidas. Isso ocorre devido ao déficit na codificação de novas
informações ou devido à sua incapacidade de processamento. A memória de conteúdo não
verbal é ainda mais afetada. Nesse sentido, o paciente apresenta dificuldades na realização
de atividades visuais e espaciais (GALHARDO et al., 2009).
Complicações secundárias decorrentes dos sintomas físicos da doença de
Parkinson são determinantes para o comprometimento da saúde emocional, social e
econômica dos portadores da doença. Esse fato contribui para o aumento da incapacitação
do indivíduo, o que diminui progressivamente sua qualidade de vida. Devido a esses
fatores, tem-se observado, nas últimas décadas, que medidas de qualidade de vida de
parkinsonianos tornaram-se uma ferramenta importante para a manutenção da qualidade de
vida desses pacientes. O estudo da qualidade de vida permite identificar a eficácia do
tratamento e contribui para um planejamento estratégico da doença e para o bem-estar de
pacientes crônicos (CAMARGOS et al., 2004).
As ferramentas de medida da qualidade de vida do portador da doença de Parkinson
incluem medidas coletivas e individuais. Em nível coletivo, a ferramenta procura controlar
tendências de espaço e de tempo na saúde da população. Também avalia tendências sociais
e políticas de saúde empregadas na população, oferecendo recursos conforme suas
necessidades específicas. Em nível individual, a ferramenta de estudo da qualidade de vida
procura avaliar o caráter e o estágio de comprometimento físico e mental ao qual se
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encontra a doença. Também avalia os efeitos da terapêutica da enfermidade e verifica a
existência de fatores etiológicos que afetam a saúde do paciente.
Um fator importante na vida do paciente, mas que não entra no estudo e avaliação
da qualidade de vida, diz respeito à sexualidade do indivíduo. Alguns autores afirmam que
uma vida sexual ativa torna a percepção global do paciente, com relação à própria vida,
algo mais satisfatório, o que aumenta sua qualidade. Essa função decai conforme a idade e
o estágio da doença e, devido a isso, a avaliação da vida sexual torna mais confiável a
determinação de sua qualidade de vida.
A etiologia da doença de Parkinson ainda permanece uma incógnita. Existem
várias hipóteses que sugerem o surgimento da doença. Alguns autores acreditam que a
origem da doença fundamenta-se na genética ou na exposição a toxinas ambientais tais
como inseticidas, herbicidas, óxido nítrico, ferro e cálcio. A presença de estresse oxidativo
e radicais livres, anormalidades mitocondriais, fatores imunológicos, infecciosos e
envelhecimento cerebral também podem contribuir com o surgimento da doença. Contudo,
sua origem mais provável fundamenta-se na etiologia idiopática, que se caracteriza por ser
um processo lento, progressivo, irregular e irreversível (FERREIRA, 2008).
2.2 - Diagnóstico
O diagnóstico da doença de Parkinson ainda baseia-se praticamente em
observações clínicas. Não existem marcadores biológicos para um diagnóstico preciso da
doença, contudo, sua determinação pode ser feita com base nos critérios clínicos. A
confirmação só é conseguida por meio de exames que caracterizem a degeneração de
neurônios dopaminérgicos da parte compacta da substância negra do cérebro. Essa
degeneração é acompanhada por inclusões citoplasmáticas eosinófilas de agregados
protéicos, conhecidas por Corpos de Lewy (TEIXEIRA-JÚNIOR & CARDOSO, 2004).
2.3 - Tratamento
Para a doença de Parkinson, ainda não existe cura. Contudo, a doença pode ser
tratada na busca de se amenizar, diminuir o progresso ou até mesmo combater alguns
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sintomas que interferem drasticamente na qualidade de vida do paciente. Os medicamentos
utilizados possuem a função de manter o equilíbrio entre a produção de dopamina e
acetilcolina no cérebro, cujo desajuste é motivo principal para o desencadeamento da
doença e de todos os seus sintomas decorrentes (GONÇALVES et al., 2007).
Atualmente o medicamento mais utilizado no tratamento da doença de
Parkinson é o Levodopa. No início do tratamento, 70% dos pacientes reagem bem ao
medicamento. É possível observar uma melhora considerável nos tremores, rigidez e na
bradicinesia. Contudo, essa reação varia conforme o estágio da doença, onde em pacientes
com estágios mais avançados, a diminuição da sensibilidade dos receptores de dopamina
nos neurônios afeta bastante a resposta do paciente ao tratamento com Levodopa.
Geralmente, também é necessário associar outros medicamentos que potencializem a ação
do Levodopa ou que ajudem a combater os efeitos colaterais como náuseas, vômitos e
arritmias cardíacas (DANTAS, 2006).
É possível adotar algumas técnicas cirúrgicas que contribuem para o tratamento
da doença de Parkinson. Essa forma de tratamento é mais indicada para aqueles pacientes
que não mais respondem ao tratamento farmacológico, cujo estado da doença encontra-se
bastante avançado. A interferência cirúrgica contribui em maior relevância, com o estado
motor do paciente, não interferindo na questão fonológica do mesmo. Entretanto, a decisão
pela cirurgia varia de paciente para paciente, conforme o estágio da doença e sua resposta
aos tratamentos alternativos. Dentre as técnicas cirúrgicas utilizadas, destacam-se a
talomotomia, a palidotomia e a estimulação cerebral do tálamo, globo pálido ou núcleo
subtalâmico (GONÇALVES et al., 2007).
3- DEPRESSÃO ASSOCIADA À DOENÇA DE PARKINSON
A presença da depressão associada a doenças clínicas é um fator bastante
comum na vida da população brasileira. Quando esses fatores coexistem, a depressão pode
ser considerada tanto como uma complicação da doença clínica, ou de seu tratamento,
quanto como a sua principal causa. Também pode ser considerada uma mera coincidência.
Contudo, no geral, a depressão muitas vezes é mal interpretada podendo ser, até mesmo,
negligenciada pelo médico, o que afeta drasticamente a vida do paciente (FURLANETTO
& BRASIL, 2006).
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Dentre as características da depressão, destacam-se: apatia, diminuição das
atividades cotidianas, diminuição do apetite, diminuição da libido, sentimentos de culpa,
hipersonia ou insônia, irritabilidade, lentificação psíquica, descuido pessoal, problemas de
memória, dificuldades de concentração, além de mudanças de comportamento e
personalidade do indivíduo (GALLUCCI NETO et al., 2005).
Dentre as manifestações não motoras, a depressão apresenta maior índice na
doença de Parkinson. Sua prevalência situa-se em torno de 40% dos pacientes
parkinsonianos. Contudo, sua alta incidência ainda não tem causa definida. Acredita-se que
a depressão diagnosticada nesses pacientes esteja fundamentada em dois principais fatores:
psicológicos, em decorrência das consequências da doença de Parkinson e de suas
limitações, e/ou cerebrais, através das disfunções ocorridas nesse órgão (FERREIRA et al.,
2010).
Na doença de Parkinson, a depressão está associada à gravidade da doença. De
acordo com a escala de Hoehn e Yahr, quanto maior o estágio, maior a propensão do
paciente a desenvolver a depressão. Outros sintomas da doença de Parkinson contribuem
para a depressão: déficit cognitivo, ocorrência de quedas, bradicinesia, alterações na
marcha e no balanço, idade avançada do paciente, sexo feminino e forte presença de
alteração do comportamento. A depressão pode surgir como uma característica que precede
as manifestações motoras da doença de Parkinson. Está presente em maior quantidade
quando associada à doença de Parkinson, do que a outras doenças que conduzem à
incapacidade física do indivíduo, como problemas ortopédicos e condições reumatologicas
(PRADO, 2008).
As depressões associadas à doença de Parkinson podem ser classificadas em
dois principais tipos: depressão endógena, caracterizada pela degeneração neurológica, e
depressão exógena, relacionada à consciência dos pacientes parkinsonianos de que sofrem
de uma doença neurodegenerativa, progressiva e debilitante. Contudo, é tarefa bastante
difícil distinguir um tipo de depressão do outro, da mesma forma em que não está
totalmente esclarecido o fato de alguns pacientes apresentarem sintomas de depressão e
outros não (ROCHA, 2007).
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4 - CONCLUSÃO
No futuro, a população brasileira e mundial enfrentará um grande desafio que
será cuidar do extenso número de idosos. A grande demanda por procedimentos
terapêuticos será enfrentada pelo sistema de saúde, principalmente no que diz respeito a
doenças vasculares e neurológicas. É importante que essas características direcionem a
população ao processo de aceitação de que o envelhecimento associado ao grande número
de patologias é um evento de saúde pública.
Todas as definições disponíveis para o envelhecimento geralmente baseiam-se
nos aspectos biológicos, sociais, econômicos, funcionais e temporais desse processo. Dessa
forma, não existe uma única hipótese que caracterize as causas do envelhecimento, mas
sim uma forma de aceitação de que todos esses aspectos estão relacionados ao
envelhecimento como um todo.
As alterações motoras são os sintomas da doença de Parkinson que apresentam
maior destaque na literatura. Apesar de sua importância, o conhecimento de outros
sintomas de caráter não-motor também é essencial para o sucesso do tratamento da doença.
Distúrbios no sistema fonador ou ainda, de cognição, afetam drasticamente a qualidade de
vida do paciente e merecem ser tratados da mesma forma que os distúrbios motores.
É de suma importância o conhecimento de todos os setores, na vida de um
paciente, que são afetados pela doença de Parkinson, bem como suas causas. Com base
nessas informações, pode-se desenvolver programas de tratamento que contribuam para o
aumento da qualidade de vida desses indivíduos, minimizando as limitações decorrentes da
progressão da doença de Parkinson na vida dos pacientes.
Essa atitude é importante, pois, a doença de Parkinson é única para cada
indivíduo. Apresenta sintomas variados e com evolução progressiva, provocando grandes
alterações na postura do paciente. Assim, a evolução da doença de Parkinson está
diretamente ligada à gravidade da doença, condições pré-existentes, estilo de vida do
paciente, tipos de tarefas executadas e à porção neurológica afetada.
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