Mal de Parkinson

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2 BAURU, domingo, 23 de abril de 2017
SAÚDE
Mal de Parkinson
Avanços científicos buscam melhoria da vida de pacientes
H
á 200 anos, o médico inglês
James Parkinson publicou
artigo em que definiu uma nova
doença, que hoje leva seu nome. Com
esse mote, a Academia Brasileira de
Neurologia (ABN) lançou no último dia
10 a “Campanha Nacional da Doença
de Parkinson - 200 anos de história e
conhecimento”, para avaliar avanços
científicos nos dois séculos de busca
pela melhoria da vida de pacientes. O
dia mundial de combate à enfermidade
é lembrado hoje.
Segundo dados da Organização
Mundial de Saúde, cerca de 1% da
população mundial acima de 65 anos
é portador da doença. No Brasil,
estima-se que 200 mil pessoas
sofram desse mal.
Hoje, há novas drogas em estudo
e outras já disponíveis para o
tratamento: as neuroprotetoras, que
podem interferir na evolução da
doença.
“Outra abordagem é a terapia
genética, quando se sabe da
existência de genes que influenciam
a doença. Neste sentido, há
tentativas de modificação genética,
visando mudar ou alterar os
mecanismos celulares envolvidos
na degeneração celular, em
fase experimental e ainda sem
aplicabilidade clínica. Há também
estudos com células-tronco em
andamento”, diz o neurologista João
Carlos Papaterra Limongi.
Ele ressalta ser importante
que os pacientes com Parkinson
tenham a consciência que, além do
neurologista, eles vão precisar de
acompanhamento de uma equipe
multiprofissional. Especialistas
aconselham procurar um médico ao
perceber ligeiro tremor nas mãos.
XXVida ativa ajuda os pacientes
O diagnóstico precoce
favorece o início do
tratamento e, com isso,
a qualidade de vida do
paciente. Por isso, é
essencial ficar atento
aos primeiros sintomas,
como mudanças na
forma de caminhar, perda
de expressão facial e
diminuição do volume da
voz.
“Se além desses sinais,
estiverem presentes alguns
dos sintomas não motores,
a possibilidade de que
o quadro corresponda
a Parkinson aumenta”,
observa Rubens Gisbert
Cury, neurologista do
Hospital Samaritano.
Não há cura para a
doença, mas existem
terapias medicamentosas
e cirúrgicas que ajudam a
controlar os sintomas.
A preservação de uma
vida profissional e social
ativas ajuda no sucesso do
tratamento. “Caminhadas,
prática de atividades
físicas regulares, conviver
com amigos, sair de casa,
mesmo com dificuldades,
e não se preocupar com
as limitações resultam em
um tratamento mais bemsucedido”, diz Henrique
Ballalai Ferraz, membro
da ABN.
XXRecomendações
Entre as recomendações
de médicos, está a de que os
pacientes devem consultar
um neurologista para se
informarem sobre opções
de tratamento disponíveis e
mais adequadas para cada
caso.
Outra questão
importante é não atribuir
ao avançar da idade a
perda da expressão facial
e o piscar dos olhos menos
frequentes. Esses e outros
sinais da doença têm que
ser acompanhados por um
médico especialista.
Como parte de um
tratamento multidisciplinar,
a fisioterapia será
necessária, por exemplo,
por conta das alterações
posturais e da marcha,
além das contraturas das
alterações musculares.
O acompanhamento
fonoterápico será útil para
tratar alterações da voz,
além de acompanhamento
nutricional e psicológico
- já que a depressão é um
dos sintomas.
Segundo dados da Organização
Mundial de Saúde, cerca de 1%
da população mundial acima de
65 anos é portador da doença
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