introdução relato do caso conclusão bibliografia

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LINFOMA DE GRANDES CÉLULAS B DIFUSO CEREBRAL
ASSOCIADO A NEUROCISTICERCOSE – RELATO DE CASO
F onte
Medicina Diagnóstica
Andréa Rodrigues Cordovil Pires, Cristina M. Freitas Zanellato, Andréa Lima
Cruz Monnerat, Nathalie Henriques Silva Canedo & Alexandre Rossato Felix
Fonte Medicina Diagnóstica Ltda. - Niterói - RJ & Lab. Sample - Ponta Grossa - PR
INTRODUÇÃO
A neurocisticercose é uma das infecções neurológicas mais
freqüentes. Alguns estudos prévios demonstraram aumento na
freqüência de anormalidades cromossômicas em linfócitos de
animais e humanos com cisticercose, e outros encontraram
associação entre neurocisticercose e doenças hematológicas
malignas, sugerindo a infecção como provável fator oncogênico.
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RELATO DO CASO
Paciente masculino, 63 anos, com hemiparesia direita
progressiva e cefaléia. Tomografia computadorizada mostrou
processo expansivo parassagital à esquerda, com hipótese clínica
de meningioma. Na microscopia observou-se processo
inflamatório crônico granulomatoso tipo corpo estranho,
sugestivo de neurocisticerco roto, associado a proliferação de
linfócitos atípicos, freqüentemente com padrão de infiltração
angiocêntrico. O exame imuno-histoquímico demonstrou área de
proliferação compacta de centroblastos com imunopositividade
difusa com o anticorpo anti CD20 e alto índice de proliferação
celular (Ki-67 maior que 50%). Presença de área representada por
tecido cerebral com reação inflamatória crônica granulomatosa
com necrose central, onde observa-se imunomarcação
adequadamente compartimentalizada com os anticorpos anti CD3,
CD20, oncoproteína bcl-2 e CD68. Foi diagnosticada infiltração
cerebral por linfoma de grandes células B difuso (OMS, 2008)
associado a processo inflamatório crônico granulomatoso
compatível com neurocisticercose.
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Figuras 1 e 2 - área do granuloma, mostrando centro com restos necróticos,circundado por camada de
macrófagos epitelióides, cápsula e infiltrado inflamatório mononuclear rico em plasmócitos;
HE, 4 e 20x.
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Figura 3 - área do granuloma, mostrando macrófagos epitelióides e células gigantes multinucleadas tipo
corpo estranho; HE, 40x.
Figura 4 - periferia do granuloma, mostrando infiltrado inflamatório mononuclear rico em plasmócitos; HE,
40x.
CONCLUSÃO
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O câncer é uma doença de origem multifatorial e, em
diversos tipos, há relação estabelecida com agentes
infecciosos (HPV, EBV, HTLV-1, SV40, HHV8, HCV, HBV, H.
pylori, Schistosoma hematobium, Schistosoma mansoni
etc), quer como fator iniciador ou promotor. A
neurocisticercose pode ser considerada como potencial
fator de risco para doenças hematológicas malignas,
principalmente nos locais onde a infecção ainda é um
problema de saúde pública.
BIBLIOGRAFIA
Herrera LA et al. Possible relationship between neurocysticercosis and hematological malignancies. Arch Med
Res 1999;30(2).
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Figuras 5 e 6 - área distinta do granuloma, exibindo proliferação linfóde difusa e com arranjo concêntrico
perivascular; HE e IHQ com anticorpo anti CD20, 4x.
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Figuras 7 e 8 - detalhe das imagens anteriores, exibindo proliferação linfóde composta por centroblastos,
com distribuição difusa e com arranjo concêntrico perivascular; HE e IHQ com anticorpo anti
CD20, 40x.
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